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As células procariontes não possuem organelas envolvidas por membrana. Todas as bactérias possuem citoplasma, ribossomo, membrana plasmática e nucleoide (DNA). A maioria das bactérias possuem parede celular, assim como cápsula, fímbrias, flagelos, pilus, plasmídeo (são facultativos). Existem muitos tamanhos e formas diferentes para as bactérias. A maioria varia de 02 a 2 micromêtros de diâmetro e de 2 a 8 micrômetros de comprimento. Giovanna Lopes E. coli de tamanho normal (2 micrômetros de comprimeto) e outra (acima) no processo de elongação para se dividir. COCOS: são redondas. Staphylococcus aureus / Streptococcus pyogenes BACILOS: estão em forma de bastonetes, são compridos e finos. ESPIRILO: tem a forma de um “til” (~), é uma forma curva. Em razão deste formato, facilita sua passagem por entre os tecidos. ESPIROQUETA: é como se fosse uma molinha retorcida. PLEOMÓRFICAS: bactérias que não apresentam forma definida. FILAMENTOSAS: bactérias em formato de filamento característicos dos fungos filamentos. Quando os cocos se dividem para se reproduzir, as células podem permanecer ligadas umas nas outras: DIPLOCOCOS: Cocos que permancem aos pares (quando as células se dividem formam diplococos de dois a dois) – Streptococcus pneumoniae STREPTOCOCCUS: Se dividem mas permanecem ligados em forma de cadeia (“cordão de pérolas”) STAPHYLOCOCCUS: Se dividem e formam agrupamentos maiores, tipo “cacho de uvas”. Essa divisão é útil para identificar certas bactérias e suas características causadoras de doenças. Quanto aos bacilos também podem se apresentar como bastonetes simples, mas também como: DIPLOBACILO: bacilos agrupados de 2 a 2. ESTREPTOBACILOS: bacilos que formam umm cordão, agrupados em fileiras. COCOBACILO: grupo de bactérias que não são redondos e nem compridos, são meio ovalados. Os VIBRIOS são bactérias que se assemelham aos bastonetes curvos – Vibrio cholerae É uma estrutura fina, situada no interior da parede celular, revestido o citoplasma das células. É composta principalmente de fosfolipídeos e proteínas. Por não possuir carboidratos, a membrana plasmática dos procariotos são menos rígidas do que a dos eucariotos. Também há glicoproteínas e glicolipídeos na superfície externa, ajudando a proteger e lubrificar as células na interação célula-célula. As proteínas presentes na superfície externa forma uma barreira semipermeável (barreira seletiva), impedido a entrada de certas substâncias e íons e facilitando outras. A permeabilidade das membranas dependem de vários fatores, como o tamanho das moléculas (proteínas não passam por serem grandes, mas a água, açúcar e CO2 penetram). A membrana plasmática também é importante na absorção de nutrientes e na geração de energia, como nas mitocôndrias dos eucariotos, pois possuem enzimas capazes de catalisar reações químicas que degradam nutrientes e produzem ATP. Em algumas bactérias, os pigmentos e as enzimas envolvidas na fotossíntese são encontradas em invaginações na membrana plasmática que se estende ao citoplasma = CROMÓFAROS (ou tilacoides). É uma estrutura complexa e semi-rígida, responsável pela forma da célula. Ela circunda a membrana plasmática que é frágil, protegendo-a do exterior. Quase todos os procariotos possuem parede celular. A sua principal função é previnir a ruptura das células bacterianas quando a pressão da água dentro da célula é maior do que fora (pressão osmótica). Também serve como ponto de ancoragem de flagelos. A sua composição é uma rede macromolecular formada por peptidídeoglicano (dissacarídeo repetido ligado por polipeptídeos). Nas GRAM-POSITIVAS o peptideoglicano é mais espesso, sucedido da membrana plasmática. Esse tipo de bactéria é mais simples. Aqui, a parede celular constitui várias camadas de peptideoglicano formando uma parede espessa e rígida. Contém ácidos teicoicos ligados exclusivamente ao peptideoglicano (álcool + fosfato). O ácido lipoteicoico atravessa a membrana e se liga a ela. Nas GRAM-NEGATIVAS a estrutura é mais complexa. Tem-se a membrana plasmática (membrana interna) e a membrana externa (lipopolissacarídica + proteína – principal fator de virulência). Entre as duas membranas encontra-se o periplasma (fluído semelhante a gel) juntamente com uma pequena e fina camada de peptideoglicano. Aqui, a parede celular contém apenas uma camada fina de peptideoglicano. O peptideoglicano está ligado às lipoproteínas da membrana externa. O periplasma contém uma alta concentração de enzimas de degradação e proteínas de transporte. Não contém ácidos teicoicos. São mais suscetíveis ao rompimento. A membrana externa evita a fagocitose por macrófagos, fornece uma barreira para certos antibióticos (como a penicilina) e à lizoenzima (age no peptídeoglicano). Quando esse tipo de bactéria morre, ela libera os lipídeos presentes na membrana externa que funcionarão como uma endotoxina, responsável por sintomas como febre e vasodilatação. Cerca de 80% é composto de água e peso molecular muito baixo, composto por proteínas, enzimas, carboidratos, lipídeos e íons orgânicos. É espesso, aquoso, semitransparente e elásstico. Suas principais estruturas são: uma área contendo DNA, ribossomos (inclusões). Não possui citoesqueleto. O cromossomo (e o genoma) se concentra na região do nucleoide (contém uma única molécula longa e contínua de DNA de fita dupla, arranjada de forma circular). Os cromossomos bacterianos não são circundados por um envelope nuclear. Também não há a presença de histonas e o DNA está fixado na membrana plasmática. Todas as células possuem ribossomos. Funcionam como locais de síntese de proteínas a partir do RNAm. São compostos por 2 subunidades constituídos por RNAr + proteínas. Os ribossomos dos procariotos são os ribossomos 70s (subunidades 50s com 31 proteínas + 30s com 21 proteínas). Existem 3 moléculas de RNA que têm função catalítica nos ribossomos (23s, 16s, 5s). Vários antibióticos vão atuar inibindo a síntese de proteína nos ribossomos dos procariotos. Também diferenciamos as paredes das bactérias em gram-positivas e gram- negativas. Alguns antibióticos serão específicos para cada uma das bactérias. A coloração de Gram é um mecanismo de ação que tem como base as diferenças nas estruturas das paredes das bactérias gram-positivas e gram-negativas e como cada uma reage a esses vários reagentes. 1º reagente importante = CRISTAL VIOLETA = corante primário, cora as células GRAM-POSITIVAS e GRAM-NEGATIVAS de púrpura, pois penetram no citoplasma de ambos os tipos celulares. Quando o lugol (solução de iodo) é aplicado, irá formar cristais que são grandes para passar pela parede das bactérias. Depois é aplicado um álcool que desidrata a parede dos peptideoglicanos das gram- positivas para torná-las mais impermeáveis ao cristal violeta. Nas gram-negativas, o álcool dissolve a membrana externa deixando pequenos buracos na camada de peptideoglicano por onde o cristal violeta e o iodo vão se difundir e sair da célula. As gram-negativas ficam incolores após a lavagem com álcool, então ocorre a adição de safranina (oferece cor contrastante ao cristal violeta) que torna a célula com a cor rosa. Ambos os tipos de células absorvem a safranina, mas só se manifesta na gram-negativa. Lisoenzima presente na lágrima age melhor na gram-positiva. Antibiograma = coloração de gram pra separar se é positivo (peptideoglicano mais espessos e sem membrana externa) ou negativo. Positivo e negativa tem classes de antibióticos diferentes. Algumas bactérias possuem a cápsula, uma estrutura além da parede celular. É composta principalmente por glicocálice (substâncias que envolvem as células). O glicocálice bacteriano é um polímero viscoso e gelatinoso, situado externamente à parede celular, compostode polissacarídeos ou polipeptídeos ou ambos. Em grande parte ela é produzida dentro da célula e secretada para a superficie celular. Em certas espécies, a cápsula é importante para a virulência da bactéria (capacidade de um vírus ou bactéria de se multiplicar dentro de um organismo, provocando doença). A cápsula também protege as bactérias patogênicas da fagocitose de macrófagos. O Streptococcus mutans faz o biofilme na superfície do dente pela capacidade de produzir a cápsula e produz a “dextrana” que liga a bactéria na superfície do dente = causadores da cárie dentária. Relacionadas à aderância. Podem ocorrer nos polos bacterianos ou podem estar homogeneamente distribuídas em todas as superfícies da célula. Podem variar em número. As fímbrias também auxiliam as bactérias a colonizar a mucosa. Salmonella typhi Neisseria gonorhoeae Não é comum em todas as bactérias, mas é comum em bactérias gram-negativas. Serve para transferência de DNA através de uma conexão através do pili. O DNA passa por dentro do pili (cano). Conjugação é esse processo de transferência. Escherichia coli Estão dentro dos citoplasmas das bactérias. São depósitos de reservas de vários tipos. As células podem acumular certos nutrientes quando são abundantes e usá-los quando tiverem escassos no meio externo = grânulos polissacarídeos (presença de glicogênio e amido). Esses grânulos podem ser identificados através de colorações específicas, como o Iodo. São estruturas de resitência ou dormência. Quando os nutrientes estão escassos em certas bactérias gram-positivas é formado células especializadas de repouso ou dormência = endosporos. Quando liberados no ambiente podem sobrevivier a temperaturas extremas, falta de água e exposição de substâncias tóxicas. Esporulação ou Esporogênese é o processo de formação dessa estruturas dentro da célula vegetativa e bacterianas. Estas células iniciam o processo de esporulação quando um nutriente importante, como carbono ou nitrogênio, se tornam escasso para as bactérias. Certas condições ambientais, como a umidade, não é boa para o crescimento da bactéria, ela tende a criar o endosposro. Possui várias estruturas que protegem o DNA (de dentro pra fora): DNA, córtex, parede do cerne, capa do esporo e exospório. Quando as condições ambientais se tornam propícios para o crescimmento bacteriano, ocorre a germinação do esdosporo. Essas estruturas são importantes do ponto de vista clínico e para a indústria alimentícia, pois são resistentes a processos que normalmente mata as células vegetativas (aquecimento, congelamento, dessecação e radiação). São longos apêndices filamentosos que impulsionam as células. São estrutras de locomoção. Eles podem ser peritríquios (distribuídos ao longo de toda a célula), polar (em um ou mais poros da célula), monotríquio (um único flagelo em um único polo) e lofotríquio (tufo de flagelo em uma das extremidades da célula), anfitríquo (flagelos em ambas as extremidades das células). Os flagelos giram através da força motriz, por meio da passagem de íons de H pela proteína motora (dineína). Essas estruturas são características das bactérias gram-negativas. Uma das vantagens da mobilidade é que ela permite uma bactéria a se mover em direção a um ambiente favorável ou para longe em um ambiente desfavorável. A taxia é o estímulo que a bactéria tem de se mover para perto ou para longe de determinado local. Se for por um estímulo químico é chamado de quimiotaxia. Se for um estímulo da luz é chamado de fototaxia. As bactérias móveis contém recptores em várias localizações, como dentro ou logo abaixo da parede celular. Esses recptores captam estímulos químicos, como o O2, ribose, galactose (nutrientes), e tem essa informação enviada para os flagelos em caso de sinais quimiostáticos positivos (favorável à bactéria), fazendo com que a bactéria se mova em direção a esse estímulo. Se for um sinal quimiostático negativo, como a presença de antibióticos, a bactéria foge para longe do estímuloo. A maioria das bactérias não possuem flagelos, então se movimentam por deslizamento. Para o deslizamento também é necessário a passagem dos íons de H para o interior da célula = ENERGIA necessária para que ocorra o deslocamento entre as proteínas da membrana plasmática em relação as proteínas da membrana externa, ocorrendo alteração das mesmas e a consequente movimentação.