Logo Passei Direto
Buscar

292411245_Serie_Questoes_Portugues_CESGR (1)

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Na tira anterior, observa-se um desvio no emprego da norma culta da Língua Portuguesa. Com base no entendimento da mensagem e considerando o último quadrinho, o uso de tal variação pode ser explicado pelo fato de:

a) criticar o emprego excessivo de línguas estrangeiras no Brasil.
b) abolir uma marca da oralidade na escrita.
c) ironizar a forma como os brasileiros utilizam a Língua Portuguesa.
d) exemplificar como a língua falada se diferencia da língua escrita.
e) valorizar o idioma nacional por meio do status da Língua Estrangeira.

No terceiro quadrinho da tira de Maurício de Sousa, após perceber que os balões de diálogo estavam vazios, Cebolinha manifesta uma expressão de desespero, logo desfeita nos quadrinhos subsequentes. Considerando o desfecho da história, a mensagem que a tira veicula é:

a) É importante aproveitar a juventude enquanto se pode.
b) Não é preciso palavras para que haja comunicação.
c) A fantasia da criança substitui qualquer problema.
d) O sentimento de raiva não leva a lugar algum.
e) É fundamental saber distinguir entre ficção e realidade.

Segundo o texto, o 'impacto dramático...' (l. 2) ocasionado pelas mudanças deve-se:

a) ao crescente despreparo técnico dos profissionais.
b) aos danos psicológicos causados aos profissionais.
c) à velocidade com que estas ocorrem.
d) à incapacidade de adaptação do profissional às mudanças.
e) à dificuldade de os profissionais perceberem tais mudanças.

Em relação às ideias apresentadas no 3º parágrafo do Texto I, é INCORRETO afirmar que a (o):

a) “…produtividade.” (linha 19) caracteriza-se como uma medida importante por estar relacionada a qualidade e baixo preço.
b) produtividade, em meio a tantas mudanças, é o que persiste sob um novo enfoque.
c) capacidade de adaptação é característica necessária ao profissional nessa nova realidade.
d) pronome “Isto…” (linha 20) faz referência semântica, precisamente, a “…flexibilidade, velocidade e qualidade do trabalho realizado…” (linhas 16 e 17).
e) profissional deve ser capaz de aliar destreza à excelência no trabalho que realiza.

Segundo as ideias apresentadas no Texto I, é correto afirmar que:

a) todas as qualidades do profissional, preconizadas pela empresa, têm como principal objetivo a capacidade de inter-relacionamento da equipe.
b) as mudanças se restringem ao contexto profissional.
c) o autoconhecimento acelera a produtividade e garante o êxito profissional.
d) o autoconhecimento oportuniza ao profissional tentar adequar-se às expectativas da empresa em que atua.
e) a múltipla visão dos profissionais especializados, especialmente nas linhas de produção, aprimora a qualidade do trabalho.

Com base no segundo período do 7º parágrafo do Texto I, a criatividade é uma característica profissional importante, pois possibilita:

a) inovar o habitual.
b) rechaçar o inusitado.
c) ratificar o usual.
d) manter o padrão.
e) relegar o novo.

Segundo o 8º parágrafo do Texto I, o sentido de “…regras do jogo” (linha 52) é(são) a (s):

a) fluidez do tempo em relação ao momento presente.
b) efemeridade das normas em relação às tendências vindouras.
c) relatividade do tempo em relação às tendências do momento.
d) exigências relativas às tendências do momento.
e) permanências de uma tendência de outrora.

No último período do último parágrafo do Texto I, “…melhoria contínua…” (linha 64) significa, no contexto em que se insere,

a) manutenção das ideias.
b) cautela nas ações.
c) comedimento nas decisões.
d) persistência nas atitudes.
e) capacidade de superação.

Em “Uma coisa que sempre me comoveu (e intrigou)…” (linha 1), substituindo a expressão “Uma coisa” por outra mais específica semanticamente, a opção é:

a) Um modo.
b) Um detalhe.
c) Uma atitude.
d) Uma situação.
e) Uma observação.

Em “Quase sempre estão brincando, tirando sarro uns com os outros, sorridentes e solícitos com os moradores.” (linhas 4 a 6), devido a alterar o sentido do texto, o vocábulo destacado NÃO pode ser substituído por:

a) temerosos.
b) prestimosos.
c) cuidadosos.
d) prestativos.
e) zelosos.

Em “Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo” (linhas 6 e 7), o elemento destacado, no contexto em que se insere, tem valor argumentativo de:

a) exclusão.
b) inclusão.
c) retificação.
d) designação.
e) restrição.

Em “No momento em que saía de casa, vi surgir no topo da rua o grande caminhão amarelo.” (linhas 11 a 13), os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo. Ocorre essa mesma relação temporal entre os fatos apresentados em:

a) “O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou.” (linhas 17 e 18)
b) “Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.”

A questão busca pela alternativa em que “os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo”. Para encontrar esta relação, temos que observar as conjunções presentes nas alternativas. É sabido que a questão é de interpretação, porém veremos que o entendimento da função das conjunções facilitará muito a escolha da alternativa correta. Nas alternativas (a), (b), (c) e (d), temos a conjunção aditiva e. Usualmente aprendemos que a conjunção “e” é classificada como aditiva. Porém, ela pode exprimir simultaneidade, contradição, reciprocidade e oposição. (a) Incorreta. Em “(a) O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou.” temos a conjunção aditiva e que exprime uma continuidade dos fatos. (b) Incorreta. Em “(b) Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.” o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continuidade dos fatos. (c) Incorreta. Em “(c) Depois de beber boas goladas, meteu a carapinha sob a água e se refrescou.”(linhas. 24-26) o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continuidade dos fatos. (d) Incorreta. Em “(d) O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha vizinha e seguiu correndo atrás do caminhão amarelo” o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continuidade dos fatos. (e) Correta. Em “(e) enquanto ele acendia o seu “mata-rato”, comentei” o enquanto pode ser substituído por ao mesmo tempo que sem alteração de sentido. Enquanto é uma conjunção temporal que caracteriza uma correlação temporal com a frase subordinante, ou seja, os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo. Vejamos o período: “Emprestei-lhe o isqueiro e, enquanto ele acendia o seu ‘mata-rato’, comentei: “Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.”

a) II and IV are correct.
b) II, III, and IV are correct.
c) I, III, and IV are correct.

Qual passagem encerra uma censura, uma crítica?

a) “E eis que de sua traseira saltou um negão todo suado,”
b) “…desperdiçando água como já é de costume.”
c) “Espera um pouco que eu busco água filtrada.”
d) “…meteu a carapinha sob a água…”
e) “O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha vizinha…”

Caracteriza-se como uma descrição a seguinte passagem:

a) “Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.”
b) “O sol no céu azul estava de arrebentar mamona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor.”
c) “Na esquina de baixo, o caminhão parou,”
d) “Parei na sombra de uma quaresmeira para observar o trabalho deles…”
e) “O caminhão arrancou e eu fiquei pensativo, enquanto esperava o ‘busun’.”

Qual é o trecho que corresponde à fala do personagem narrador?

a) “‘Será que a senhora me deixa beber um pouco d’água?’”
b) “‘Espera um pouco que eu busco água filtrada.’”
c) “‘Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.’”
d) “‘E por que a gente devia de ser triste?’”
e) “‘Mas duro mesmo é a vida de quem revira o lixo à procura de comida.’”

Segundo as ideias do texto, o futuro, em nossa vida,

a) delineia-se pela sucessão de nossas escolhas.
b) se configura pelo retrocesso de uma decisão tomada indevidamente.
c) decorre da incidência de erros que se possam vir a cometer.
d) consiste na adequação de cada decisão à situação presente.
e) se torna imperceptível devido às infinitas decisões tomadas no passado.

Em virtude da (o):

a) ocorrência eventual.
b) grande incidência com que ocorrem.
c) irrelevância da ação presente.
d) grau de repercussão no futuro.
e) desvínculo do presente com o passado.

Segundo as ideias apresentadas no último período do primeiro parágrafo, é INCORRETO afirmar que a insegurança, o medo, a raiva são sentimentos que:

a) nos embotam a percepção.
b) motivam nossas ações.
c) interferem no nosso futuro.
d) precipitam nossas decisões.
e) racionalizam nossas escolhas.

No texto, a passagem que se configura, semanticamente, como uma restrição ao sentido de “as decisões podem ser adiadas,” (linha 17) é

a) “Como podemos superar esses momentos?” (linha 12)
b) “Como fazer para evitar esses erros súbitos?” (linhas 12 e 13)
c) “…cometo todos os erros inerentes a minha condição,” (linhas 14 e 15)
d) “…o mundo não acaba amanhã…” (linha 16)
e) “retirando a morte,” (linha 17)

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

Na tira anterior, observa-se um desvio no emprego da norma culta da Língua Portuguesa. Com base no entendimento da mensagem e considerando o último quadrinho, o uso de tal variação pode ser explicado pelo fato de:

a) criticar o emprego excessivo de línguas estrangeiras no Brasil.
b) abolir uma marca da oralidade na escrita.
c) ironizar a forma como os brasileiros utilizam a Língua Portuguesa.
d) exemplificar como a língua falada se diferencia da língua escrita.
e) valorizar o idioma nacional por meio do status da Língua Estrangeira.

No terceiro quadrinho da tira de Maurício de Sousa, após perceber que os balões de diálogo estavam vazios, Cebolinha manifesta uma expressão de desespero, logo desfeita nos quadrinhos subsequentes. Considerando o desfecho da história, a mensagem que a tira veicula é:

a) É importante aproveitar a juventude enquanto se pode.
b) Não é preciso palavras para que haja comunicação.
c) A fantasia da criança substitui qualquer problema.
d) O sentimento de raiva não leva a lugar algum.
e) É fundamental saber distinguir entre ficção e realidade.

Segundo o texto, o 'impacto dramático...' (l. 2) ocasionado pelas mudanças deve-se:

a) ao crescente despreparo técnico dos profissionais.
b) aos danos psicológicos causados aos profissionais.
c) à velocidade com que estas ocorrem.
d) à incapacidade de adaptação do profissional às mudanças.
e) à dificuldade de os profissionais perceberem tais mudanças.

Em relação às ideias apresentadas no 3º parágrafo do Texto I, é INCORRETO afirmar que a (o):

a) “…produtividade.” (linha 19) caracteriza-se como uma medida importante por estar relacionada a qualidade e baixo preço.
b) produtividade, em meio a tantas mudanças, é o que persiste sob um novo enfoque.
c) capacidade de adaptação é característica necessária ao profissional nessa nova realidade.
d) pronome “Isto…” (linha 20) faz referência semântica, precisamente, a “…flexibilidade, velocidade e qualidade do trabalho realizado…” (linhas 16 e 17).
e) profissional deve ser capaz de aliar destreza à excelência no trabalho que realiza.

Segundo as ideias apresentadas no Texto I, é correto afirmar que:

a) todas as qualidades do profissional, preconizadas pela empresa, têm como principal objetivo a capacidade de inter-relacionamento da equipe.
b) as mudanças se restringem ao contexto profissional.
c) o autoconhecimento acelera a produtividade e garante o êxito profissional.
d) o autoconhecimento oportuniza ao profissional tentar adequar-se às expectativas da empresa em que atua.
e) a múltipla visão dos profissionais especializados, especialmente nas linhas de produção, aprimora a qualidade do trabalho.

Com base no segundo período do 7º parágrafo do Texto I, a criatividade é uma característica profissional importante, pois possibilita:

a) inovar o habitual.
b) rechaçar o inusitado.
c) ratificar o usual.
d) manter o padrão.
e) relegar o novo.

Segundo o 8º parágrafo do Texto I, o sentido de “…regras do jogo” (linha 52) é(são) a (s):

a) fluidez do tempo em relação ao momento presente.
b) efemeridade das normas em relação às tendências vindouras.
c) relatividade do tempo em relação às tendências do momento.
d) exigências relativas às tendências do momento.
e) permanências de uma tendência de outrora.

No último período do último parágrafo do Texto I, “…melhoria contínua…” (linha 64) significa, no contexto em que se insere,

a) manutenção das ideias.
b) cautela nas ações.
c) comedimento nas decisões.
d) persistência nas atitudes.
e) capacidade de superação.

Em “Uma coisa que sempre me comoveu (e intrigou)…” (linha 1), substituindo a expressão “Uma coisa” por outra mais específica semanticamente, a opção é:

a) Um modo.
b) Um detalhe.
c) Uma atitude.
d) Uma situação.
e) Uma observação.

Em “Quase sempre estão brincando, tirando sarro uns com os outros, sorridentes e solícitos com os moradores.” (linhas 4 a 6), devido a alterar o sentido do texto, o vocábulo destacado NÃO pode ser substituído por:

a) temerosos.
b) prestimosos.
c) cuidadosos.
d) prestativos.
e) zelosos.

Em “Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo” (linhas 6 e 7), o elemento destacado, no contexto em que se insere, tem valor argumentativo de:

a) exclusão.
b) inclusão.
c) retificação.
d) designação.
e) restrição.

Em “No momento em que saía de casa, vi surgir no topo da rua o grande caminhão amarelo.” (linhas 11 a 13), os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo. Ocorre essa mesma relação temporal entre os fatos apresentados em:

a) “O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou.” (linhas 17 e 18)
b) “Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.”

A questão busca pela alternativa em que “os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo”. Para encontrar esta relação, temos que observar as conjunções presentes nas alternativas. É sabido que a questão é de interpretação, porém veremos que o entendimento da função das conjunções facilitará muito a escolha da alternativa correta. Nas alternativas (a), (b), (c) e (d), temos a conjunção aditiva e. Usualmente aprendemos que a conjunção “e” é classificada como aditiva. Porém, ela pode exprimir simultaneidade, contradição, reciprocidade e oposição. (a) Incorreta. Em “(a) O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou.” temos a conjunção aditiva e que exprime uma continuidade dos fatos. (b) Incorreta. Em “(b) Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.” o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continuidade dos fatos. (c) Incorreta. Em “(c) Depois de beber boas goladas, meteu a carapinha sob a água e se refrescou.”(linhas. 24-26) o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continuidade dos fatos. (d) Incorreta. Em “(d) O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha vizinha e seguiu correndo atrás do caminhão amarelo” o e é classificado como conjunção aditiva e exprime uma continuidade dos fatos. (e) Correta. Em “(e) enquanto ele acendia o seu “mata-rato”, comentei” o enquanto pode ser substituído por ao mesmo tempo que sem alteração de sentido. Enquanto é uma conjunção temporal que caracteriza uma correlação temporal com a frase subordinante, ou seja, os fatos acontecem numa relação concomitante de tempo. Vejamos o período: “Emprestei-lhe o isqueiro e, enquanto ele acendia o seu ‘mata-rato’, comentei: “Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.”

a) II and IV are correct.
b) II, III, and IV are correct.
c) I, III, and IV are correct.

Qual passagem encerra uma censura, uma crítica?

a) “E eis que de sua traseira saltou um negão todo suado,”
b) “…desperdiçando água como já é de costume.”
c) “Espera um pouco que eu busco água filtrada.”
d) “…meteu a carapinha sob a água…”
e) “O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha vizinha…”

Caracteriza-se como uma descrição a seguinte passagem:

a) “Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.”
b) “O sol no céu azul estava de arrebentar mamona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor.”
c) “Na esquina de baixo, o caminhão parou,”
d) “Parei na sombra de uma quaresmeira para observar o trabalho deles…”
e) “O caminhão arrancou e eu fiquei pensativo, enquanto esperava o ‘busun’.”

Qual é o trecho que corresponde à fala do personagem narrador?

a) “‘Será que a senhora me deixa beber um pouco d’água?’”
b) “‘Espera um pouco que eu busco água filtrada.’”
c) “‘Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.’”
d) “‘E por que a gente devia de ser triste?’”
e) “‘Mas duro mesmo é a vida de quem revira o lixo à procura de comida.’”

Segundo as ideias do texto, o futuro, em nossa vida,

a) delineia-se pela sucessão de nossas escolhas.
b) se configura pelo retrocesso de uma decisão tomada indevidamente.
c) decorre da incidência de erros que se possam vir a cometer.
d) consiste na adequação de cada decisão à situação presente.
e) se torna imperceptível devido às infinitas decisões tomadas no passado.

Em virtude da (o):

a) ocorrência eventual.
b) grande incidência com que ocorrem.
c) irrelevância da ação presente.
d) grau de repercussão no futuro.
e) desvínculo do presente com o passado.

Segundo as ideias apresentadas no último período do primeiro parágrafo, é INCORRETO afirmar que a insegurança, o medo, a raiva são sentimentos que:

a) nos embotam a percepção.
b) motivam nossas ações.
c) interferem no nosso futuro.
d) precipitam nossas decisões.
e) racionalizam nossas escolhas.

No texto, a passagem que se configura, semanticamente, como uma restrição ao sentido de “as decisões podem ser adiadas,” (linha 17) é

a) “Como podemos superar esses momentos?” (linha 12)
b) “Como fazer para evitar esses erros súbitos?” (linhas 12 e 13)
c) “…cometo todos os erros inerentes a minha condição,” (linhas 14 e 15)
d) “…o mundo não acaba amanhã…” (linha 16)
e) “retirando a morte,” (linha 17)

Prévia do material em texto

This document was created with Prince, a great way of getting web content onto paper.
PORTUGUÊS
Cesgranrio
Mapas mentais, resumo teórico e
125 questões comentadas
SÉRIE QUESTÕES
Juliana Vilela Alves
Sumário
Capa
Folha de rosto
Front Matter
Copyright
Dedicatória
Agradecimentos
A Autora
Apresentação
Capítulo 1. Interpretação de Textos
1º GRUPO DE QUESTÕES COMENTADAS
2º GRUPO DE QUESTÕES COMENTADAS
Capítulo 2. Fonética e Fonologia
QUESTÕES COMENTADAS
Capítulo 3. Morfologia
QUESTÕES COMENTADAS
Unidade 1 – Verbo
QUESTÕES COMENTADAS
Unidade 2 – Palavras Invariáveis
QUESTÕES COMENTADAS
Capítulo 4. Sintaxe
QUESTÕES COMENTADAS
Unidade 1 – Concordância Verbal
QUESTÕES COMENTADAS
Unidade 1.1 – Concordância Nominal
QUESTÕES COMENTADAS
Unidade 2 – Regência Verbal e Nominal
QUESTÕES COMENTADAS SOBRE REGÊNCIA
Unidade 3 – Pontuação
QUESTÕES COMENTADAS
Unidade 4 – Crase
QUESTÕES COMENTADAS
Referências
4/294
Cadastro
Preencha a ficha de cadastro no final deste livro e receba gratu-
itamente informações sobre os lançamentos e as promoções da
Elsevier.
Consulte também nosso catálogo completo, últimos lança-
mentos e serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br
http://www.elsevier.com.br
Copyright
© 2012, Elsevier Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora,
poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios
empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer
outros.
Editoração Eletrônica: SBNigri Artes e Textos Ltda.
Revisão Gráfica: Hugo Correia de Lima
Coordenador da Série: Sylvio Motta
Elsevier Editora Ltda.
Conhecimento sem Fronteiras
Rua Sete de Setembro, 111 – 16º andar
20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
Rua Quintana, 753 – 8º andar
04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP – Brasil
Serviço de Atendimento ao Cliente
0800-0265340
sac@elsevier.com.br
ISBN 978-85-352-5911-7
Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No ent-
anto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em
qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de
Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a
questão.
Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por even-
tuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta
publicação.
CIP-BRASIL. CATALOGAçÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
A479p
Alves, Juliana
Português [recurso eletrônico]: Cesgranrio / Juliana Alves. - Rio de Janeiro: El-
sevier, 2012.
recurso digital (Questões)
Formato: ePub
Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-85-352-5911-7 (recurso eletrônico)
7/294
mailto:sac@elsevier.com.br
1. Língua portuguesa. 2. Língua portuguesa - Problemas, questões, exercícios.
3. Serviço público - Brasil - Concursos. 4. Livros eletrônicos. I. Fundação Cesgran-
rio. II. Título. III. Série.
12-3012. CDD: 469.5
CDU: 821.134.3′36
08.05.12 15.05.12 035354
8/294
Dedicatória
Aos meus alunos que estudam Português, em especial, aos
primeiros: engenheiros mecânicos da Universidade Federal de
Uberlândia, que confiaram em meu trabalho e me motivaram a
escrever um material de estudos para a Banca Cesgranrio.
Agradecimentos
Aos meus pais, Cláudio e Deuslíria, que tudo tornaram pos-
sível. Obrigada por trilha-rem meu caminho.
Ao meu noivo, Renato Pacheco Silva, pela paciência,
companheirismo, apoio incondicional nos momentos em que
eu escrevia, e, sobretudo, pelo respeito à minha profissão.
Seu amor é o meu mais sólido alicerce.
Às minhas irmãs, Tatiana e Mariana, pela compreensão
da falta de tempo e distância enquanto escrevia.
Ao professor, Sylvio Motta, e, à Editora de Desenvolvi-
mento, Raquel Zanol, pela leitura do meu manuscrito e pelas
valiosas contribuições para o desenvolvimento desse livro.
Agradeço a confiança e a oportunidade de crescimento pess-
oal e profissional.
Às amigas, Karine Marquez e Aline Segate, que tiveram
o carinho de ler antes, obrigada pelas sugestões
enriquecedoras.
À minha sogra, Iris D’arc, pela leitura cuidadosa e crít-
ica do manuscrito.
Ao meu orientador de mestrado, professor Dr. Waldenor
Barros Moraes Filho, pela inspiração de trabalho e
conhecimento.
Aos meus amigos pela compreensão em todos os mo-
mentos de ausência. Vocês estiveram sempre presentes,
mesmo distantes.
Aos meus alunos que sempre me incentivaram a escre-
ver. Sem dúvida, vocês fazem parte desse sonho.
Às minhas avós, tios, tias, primos e primas por acredit-
arem em mim e no meu trabalho.
A todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram
para que esse sonho saísse do papel e ganhasse asas.
11/294
A Autora
Juliana Vilela Alves é graduada em Letras e mestranda em
Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlân-
dia (UFU). É responsável por elaborar conteúdo, manter e
atualizar o site www.incentivocursos.com.br disponibiliz-
ando vídeos, questões comentadas, notícias e artigos espe-
cializados para concursos. Tem experiência no ensino e
aprendizagem de Língua Materna e Estrangeira, atuando
principalmente com os seguintes temas: Português para con-
cursos, Português para estrangeiros, Ensino a Distância e de
Língua Estrangeira (Inglês).
http://www.incentivocursos.com.br
Apresentação
Desenvolver alguém significa tirá-lo do invólucro. O objetivo
primordial deste material, caro leitor, é contribuir para o seu
desenvolvimento, a fim de capacitá-lo para as provas da Ces-
granrio. Por isso, tratarei a teoria da Língua Portuguesa de
maneira didática e com fins de aplicabilidade no seu dia a
dia para que você obtenha a aprovação que deseja, e, con-
sequentemente, aprenda a Língua Portuguesa.
Ao longo deste livro, apresentarei a teoria por meio de
esquemas ou mapas mentais com assuntos que são recor-
rentes nas provas da Banca Cesgranrio. O livro é composto
por quatro capítulos, respectivamente: Interpretação; Fonét-
ica e Fonologia; Morfologia; e Sintaxe. Cada capítulo é form-
ado por suas unidades temáticas.
No primeiro capítulo, tecerei comentários acerca de
questões das provas do BACEN, Petrobras, FUNASA, Pet-
roquímica Suape e IBGE. São 34 questões comentadas dividi-
das em dois grupos: o 1º grupo é formado pelas provas da
FUNASA, Petroquímica Suape e IBGE, contendo histórias em
quadrinhos e charges; o 2º grupo é composto por 29
questões retiradas de duas provas da Petrobras (março e
maio de 2010) e 1 prova do BACEN (2010).
No segundo capítulo, apresento a unidade de Fonética e
Fonologia descrevendo os conceitos de acentuação, orto-
grafia, sílabas, fonemas e sons da fala. O final do capítulo
traz 15 questões comentadas para treino e fixação do assunto
estudado.
O terceiro capítulo trata da Morfologia, que é dividida
em três unidades: elementos mórficos, verbos e palavras in-
variáveis. A unidade de elementos mórficos possui 12
questões comentadas acerca da teoria estudada; a de verbos,
10 questões comentadas; e, na última parte – palavras invar-
iáveis –, 16 questões comentadas.
No quarto capítulo, apresento a unidade dedicada à
Sintaxe que é composta por cinco unidades: funções sintátic-
as, concordância, regência, pontuação e crase. São 6
questões comentadas sobre as funções sintáticas, 12 sobre
concordância, 7 sobre regência, 3 sobre pontuação e 10
sobre crase.
Você perceberá que, ao final de cada unidade, serão
comentados alguns exercícios da Banca Cesgranrio. Vale res-
saltar que a resolução de exercícios é essencial para um bom
desempenho nos certames aos quais você concorre. Perce-
berá, também, que qualquer semelhança entre as questões
não é mera coincidência. Devido à experiência, conhecemos
o “estilo” da banca e as probabilidades de aparecer
14/294
determinado tema. São inúmeras as questões e o planeja-
mento adequado é fundamental para que você obtenha su-
cesso nos concursos. Desejo-lhe bons estudos e a almejada
aprovação.
Um abraço,Juliana Vilela Alves
15/294
Capítulo 1
Interpretação de Textos
Começamos nosso trabalho com as questões de inter-
pretação. Interpretar é, para muitos, um grande desafio.
Portanto, para superar as possíveis dificuldades nas provas
de interpretação da banca Cesgranrio, teceremos comentári-
os acerca de questões das provas do BACEN, Petrobras,
FUNASA, Petroquímica Suape e IBGE.
Para facilitar o entendimento dividimos as questões
comentadas em 2 grupos: o 1º grupo é formado pelas provas
da FUNASA, Petroquímica Suape e IBGE, contendo histórias
em quadrinhos e charges. Este grupo de questões não é
muito frequente nas provas de concursos, mas como já
apareceu em provas anteriores é importante conhecê-lo para
entender como estas questões são abordadas nas provas; o 2º
grupo é composto por 29 questões retiradas de duas provas
da Petrobras (março e maio de 2010) e 1 prova do BACEN
(2010).
17/294
1º GRUPO DE QUESTÕES
COMENTADAS
1. FUNASA 2009
A charge é um gênero textual que apresenta um
caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato
específico, em geral de caráter político e que é do conhe-
cimento público.
No plano linguístico, o humor da charge:
18/294
a) tem como foco a imagem antagônica entre a palavra
riqueza e a figura do homem maltrapilho.
b) baseia-se no jogo polissêmico da palavra economia, ora
empregada como ciência, ora como conter gastos.
c) baseia-se na linguagem não verbal, que apresenta um
homem subnutrido como um exemplo de brasileiro.
d) está centrado na ironia com que é tratada a produção de
riquezas no Brasil.
e) reside na ideia de um morador de rua saber falar tão bem
sobre assuntos como política, saúde e economia.
(a) Incorreta. Ao fazer menção ao foco da charge, po-
demos depreender que o foco não está na “imagem ant-
agônica entre a palavra riqueza e a figura do homem mal-
trapilho”. Porém, devemos ter muito cuidado ao pensar que
o foco da charge está relacionado intimamente à imagem.
Portanto, não devemos subestimar a linguagem verbal
presente na charge. Nesta questão, o foco e o humor da
charge, estão na polissemia da palavra economia. A po-
lissemia pode ser definida como os diferentes significados de
uma mesma palavra de acordo com o contexto. Por estes
motivos, a letra (a) está incorreta.
(b) Correta. A polissemia ocorre quando uma palavra ap-
resenta diferentes sentidos. Podemos entender que o humor
da charge está relacionado com os sentidos da palavra “eco-
nomia”, pois o autor a utiliza no primeiro momento com o
sentido de ciência que preside à produção e distribuição das
19/294
riquezas, e no segundo momento com o sentido de tirar pro-
veito que resulta em gastar pouco. Pelos motivos apresenta-
dos anteriormente, a letra (b) é a alternativa correta.
(c) Incorreta. A charge se utiliza da linguagem verbal e da
não verbal para a transmissão da mensagem. Nesta altern-
ativa, o autor diz que o foco e o humor da charge estão na
imagem, como podemos perceber: “(c) baseia-se na lin-
guagem não verbal, que apresenta um homem subnutrido
como um exemplo de brasileiro.” Como vimos na alternativa
B, o foco e o humor da charge estão relacionados à po-
lissemia da palavra “economia”, portanto a letra (c) está
incorreta.
(d) Incorreta. É incorreto dizer que o humor da charge es-
tá centrado na produção de riquezas do Brasil, uma vez que
a ironia é percebida por meio da polissemia da palavra
economia.
(e) Incorreta. Como podemos observar, em momento al-
gum da charge, o humor “reside na ideia de um morador de
rua saber falar tão bem sobre assuntos como política, saúde
e economia.” Nesta charge, a carga ideológica e política não
é o objetivo principal do criador. O humor se dá por meio da
polissemia e uma ironia em relação à “economia” do país.
Portanto, o item (e) está incorreto.
Gabarito: B
20/294
2. FUNASA 2009
Na propaganda apresentada, o texto verbal que sintet-
iza corretamente as ideias presentes estritamente na im-
agem é que o cigarro é um (a):
a) vício que leva as pessoas à morte.
b) instrumento de prazer e desgosto, ao mesmo tempo.
c) arma, e por meio dela você está se matando.
d) forma de sociabilização das pessoas, mas mata.
e) marca do desequilíbrio das pessoas, antes de tudo.
O texto verbal Pare enquanto há tempo é caracterizado
pelo verbo parar no modo imperativo, que o define como
uma ordem e/ou um pedido. O verbo haver é impessoal
sendo utilizado no sentido de tempo decorrido, ou seja,
21/294
transmite a mensagem de que ainda “existe” um tempo para
que continuemos vivos.
Além do texto verbal, a interpretação do texto ocorre por
meio da análise da figura. A priori, poderíamos marcar a al-
ternativa (a), pois a figura do cigarro e o emprego do verbo
pare no imperativo direciona o leitor a marcar esta altern-
ativa, uma vez que é amplamente divulgado que fumar não
faz bem à saúde. Porém, a alternativa (a) é uma pegadinha
para os que estão dispersos, já que a junção do texto verbal e
não verbal não se resume ao simples “(a) vício que leva as
pessoas à morte”.
A alternativa correta desta questão é a letra (c), pois o ci-
garro nesta imagem representa uma arma “(c) (…), e por
meio dela você está se matando.”
Gabarito: C
22/294
3. IBGE 2010
Na tira anterior, observa-se um desvio no emprego da
norma culta da Língua Portuguesa. Com base no en-
tendimento da mensagem e considerando o último quad-
rinho, o uso de tal variação pode ser explicado pelo fato
de:
a) criticar o emprego excessivo de línguas estrangeiras no
Brasil.
b) abolir uma marca da oralidade na escrita.
23/294
c) ironizar a forma como os brasileiros utilizam a Língua
Portuguesa.
d) exemplificar como a língua falada se diferencia da língua
escrita.
e) valorizar o idioma nacional por meio do status da Língua
Estrangeira.
Nesta tira, o desvio no emprego da norma culta é repres-
entado pelas expressões: tá tentando ao invés de está tent-
ando; realmente tamos ao invés de realmente estamos; e
já tá ao invés de já está. Porém, o foco da questão é o uso
do estrangeirismo e não o desvio da norma culta. Perce-
bemos que o primeiro personagem faz a pergunta em por-
tuguês nos dois primeiros quadrinhos. Já no terceiro quad-
rinho, o primeiro personagem responde em inglês, e o se-
gundo, pela primeira vez, responde em Português com a
seguinte frase: “já tá pegando a cultura nacional”, ou seja,
percebemos a intenção de valorizar o estrangeirismo, de util-
izar a Língua estrangeira ao invés da Língua Portuguesa, pois
pode-se inferir que é uma língua considerada de maior
prestígio pela sociedade.
Portanto, a alternativa correta é a letra (a), já que o objet-
ivo deste quadrinho é de “criticar o emprego excessivo de
línguas estrangeiras no Brasil.” Porém, como o enunciado da
questão enfocou o desvio da norma culta – normalmente
utilizada na escrita –, poder-se-ia confundir a resposta cor-
reta como sendo a letra (d) “exemplificar como a língua
24/294
falada se diferencia da língua escrita”, pois utilizaram tá
tentando ao invés de está tentando, dentre outros casos ap-
resentados na tira analisada.
Vale ressaltar que a questão não foi anulada, portanto,
fique atento, principalmente, ao objetivo e ao foco da tira.
Gabarito: A
Leia a tira a seguir para responder às questões de números 9 e 10.
SOUZA, Mauricio de. Revista da Mônica. São Paulo: Globo, jun.1990.
4. PETROQUÍMICA SUAPE 2010
Qual dos comentários a seguir refere-se à apreensão do
sentido da tira, considerando-se a construção textual?
a) A linguagem não verbal da tira aponta para a ideia de que
a partir do momento em que a comunicação não se dá por
25/294
meio de palavras as pessoas não conseguem manter o
equilíbrio.
b) A tira sugere uma visão próxima da realidade, apesar de
os personagens serem ficcionais, uma vez que dialoga com
um personagem do cinema mundial.
c) A argumentação da tira pode ser compreendida por meio
de conhecimentos prévios, como a natureza do person-
agem Carlitos e a construção gráfica dos balões.
d) A interpretação da tira depende da experiência de mundo
doautor, sem a qual a comunicação fica prejudicada ou
não se efetiva.
e) A fala exclamativa do personagem, no 3º quadrinho, rev-
ela o tom dramático com que têm sido tratados os assun-
tos referentes à falta de diálogo entre jovens.
(a) Incorreto. Devemos conhecer a linguagem verbal e a
não verbal, bem como cada um de seus objetos. A linguagem
verbal é construída pelos textos, diálogos, entre outros. A
linguagem não verbal é construída pelas imagens, os quad-
ros, os balões. O balão é a convenção gráfica em que é in-
serida a “fala” ou o “pensamento” dos personagens. Por meio
destas definições, podemos dizer que a imagem também
comunica o que é descrito por meio de palavras. Assim
sendo, não existe a obrigatoriedade da linguagem verbal
para que haja comunicação. Portanto, a alternativa (a) “A
linguagem não verbal da tira aponta para a ideia de que a
partir do momento em que a comunicação não se dá por
26/294
meio de palavras as pessoas não conseguem manter o
equilíbrio” insinua que se não há interação verbal, portanto,
não existe outra possibilidade de comunicação.
(b) Incorreto. Vamos reescrever a frase da alternativa:
“Apesar de os personagens serem ficcionais, a tira sugere
uma visão próxima da realidade, uma vez que dialoga com
um personagem do cinema mundial.” Na ordem direta, con-
forme aparece na questão, percebemos que há uma inform-
ação contraditória, pois os personagens são ficcionais e estão
próximos à realidade. Como existe esta possibilidade? Total-
mente ilógica para que haja uma apreensão do sentido da
tira.
(c) Correto. Carlitos foi o personagem mais conhecido e
bem-sucedido de Charles Chaplin, sendo considerado um
ícone do cinema-mudo. Então, para que entendêssemos esta
tira, que não apresenta a linguagem verbal, deveríamos cor-
relacionar Charles Chaplin com o personagem Carlitos; além
de ter conhecimento prévio acerca da carreira do person-
agem Carlitos como ator. Portanto, é necessário que o leitor
tenha conhecimento de mundo do ator Carlitos e do signific-
ado da convenção gráfica “balão” para a linguagem não
verbal.
(d) Incorreto. “(d) A interpretação da tira depende da ex-
periência de mundo do autor, sem a qual a comunicação
fica prejudicada ou não se efetiva.” Neste caso, para a
27/294
apreensão do sentido da tira “A interpretação da tira de-
pende da experiência de mundo do leitor”.
(e) Incorreto. A exclamação possui uma significação
semântica podendo ser interpretada e adquirir o sentido de
acordo com o contexto em que está inserida no texto.
Gabarito: C
5. PETROQUÍMICA SUAPE 2010
No terceiro quadrinho da tira de Maurício de Sousa,
após perceber que os balões de diálogo estavam vazios,
Cebolinha manifesta uma expressão de desespero, logo
desfeita nos quadrinhos subsequentes. Considerando o
desfecho da história, a mensagem que a tira veicula é:
a) É importante aproveitar a juventude enquanto se pode.
b) Não é preciso palavras para que haja comunicação.
c) A fantasia da criança substitui qualquer problema.
d) O sentimento de raiva não leva a lugar algum.
e) É fundamental saber distinguir entre ficção e realidade.
Partindo dos conceitos abordados na questão 4, sabemos
que o desenho retrata o que é descrito por meio da lin-
guagem, portanto, podemos nos expressar por meio da lin-
guagem verbal e não verbal. Portanto, a alternativa B é a
correta, pois “(b) Não é preciso palavras para que haja
comunicação.”
28/294
Gabarito: B
2º GRUPO DE QUESTÕES
COMENTADAS
Texto I
O PROFISSIONAL DO FUTURO
Num mundo globalizado
A magnitude e a velocidade das mudanças em todo o
mundo têm trazido um impacto dramático sobre as pess-
oas e seus locais de trabalho nos últimos tempos. O ritmo
das mudanças é muito rápido. E o 5 futuro nos acena
com uma aceleração ainda maior em termos de inovação,
tecnologia e globalização.
Quando há uma era de profundas modificações, o conhe-
cimento se expande e aumenta em valor e em poder.
Uma das maiores mudanças é a transformação 10 de uma
economia baseada em indústrias para uma economia
baseada em informações. Atualmente a quantidade de
conhecimento disponível é imensa, sendo necessário
saber selecionar o que devemos aprender e onde investir
nosso tempo para nosso crescimento 15 intelectual e
profissional.
29/294
Precisamos nos esforçar para melhorar nossa flexibilid-
ade, velocidade e qualidade do trabalho realizado e ainda
dar importância para o que permanece como uma das
medidas mais importantes: a produtividade.
20 Isto porque as organizações sabem que os clientes não
apenas exigem produtos e serviços rápidos e com qualid-
ade impecável: eles também querem que os produtos e
serviços não sejam caros.
Tudo mudou, está mudando e deverá mudar no 25 futuro
com uma rapidez cada vez maior. Por isso, nas organiza-
ções e até mesmo em nossa casa, existem mudanças na
maneira como nos relacionamos, na forma como bus-
camos uma vida mais longa, mais saudável e mais feliz.
30 Todos os trabalhadores, independente de trabalharem
nas linhas de produção ou nos escritórios, precisam ver-
se como um empresário, um vendedor especializado de
serviços com uma marca especial, que seja conhecida por
todos – VOCÊ. Então, se você não conseguir 35 vender-se,
não conseguirá atingir o sucesso.
A cada dia mais os profissionais precisam preocuparse em
se conhecer para saber quais características possuem,
para poder fortalecer as qualidades e trabalhar os seus
defeitos na área profissional. […]
40 Uma boa maneira de conseguir diferenciar-se nesse
novo contexto do mercado de trabalho é usar ao máximo
a sua criatividade. Veja que isso é simplesmente buscar
30/294
fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de uma
forma igual. Pensar uma nova maneira, 45 mais prática,
melhor, mais barata ou mais rápida de fazer as suas
atividades, para conseguir atingir os resultados esper-
ados. Assim, o profissional que quiser crescer nas organ-
izações precisa ser criativo, a fim de achar novas soluções
para os problemas do 50 dia a dia.
Tendo todo um novo mundo de informações disponíveis e
conhecendo bem essas regras do jogo, você poderá
destacar-se e inovar. Concentre-se em observar essas
pequenas diferenças entre os profissionais, 55 lembrando-
se sempre de que o jogo pode mudar a qualquer hora. E
apenas um bom profissional, que entenda e conheça tudo
que acontece ao seu redor, será capaz de se adaptar a es-
sas mudanças que sempre acontecem.
60 E procure se lembrar sempre de que os líderes não
gostam de dois tipos de colaboradores: os que não fazem
o que eles pedem e os que só fazem o que eles pedem.
Busque fazer sempre mais. E melhor. A melhoria con-
tínua deve ser o maior desafio do ser 65 humano.
JORDÃO, Sonia.
Disponível em:<http://www.endeavor.org.br/wp-con-
tent/themes/endeavor/downloads/artigos/
OPROFISSIONALDOFUTURO.pdf> (Com adaptações)
31/294
http://www.endeavor.org.br/wp-content/themes/endeavor/downloads/artigos/OPROFISSIONALDOFUTURO.pdf
http://www.endeavor.org.br/wp-content/themes/endeavor/downloads/artigos/OPROFISSIONALDOFUTURO.pdf
http://www.endeavor.org.br/wp-content/themes/endeavor/downloads/artigos/OPROFISSIONALDOFUTURO.pdf
PETROBRAS 2010
1. Segundo o texto, o “…impacto dramático…” (l. 2) oca-
sionado pelas mudanças deve-se:
a) ao crescente despreparo técnico dos profissionais.
b) aos danos psicológicos causados aos profissionais.
c) à velocidade com que estas ocorrem.
d) à incapacidade de adaptação do profissional às
mudanças.
e) à dificuldade de os profissionais perceberem tais
mudanças.
Antes de iniciar a leitura do texto, sugiro que você faça
um scanning de todas as perguntas que são feitas nas
questões. O scanning é uma estratégia de leitura que util-
izamos quando queremos encontrar algo específico no texto,
isto é, nós sabemos o que estamos procurando no texto. É
muito importante você desenvolver este processo de maneira
rápida e eficiente, pois isso irá ajudá-lo a encontrar a opção
correta da questão uma vez que você lerá o texto focado nas
alternativas.
Então, segundo o texto, o “impacto dramático” deve-se a
“Amagnitude e a velocidade das mudanças…”, logo, de-
vemos procurar a alternativa que atende ao direcionamento
do nosso texto. A alternativa correta é a letra (c), pois “…im-
pacto dramático…” (Linha 2) ocasionado pelas mudanças
deve-se “(c) à velocidade com que estas ocorrem”. Sobre as
32/294
demais alternativas não houve nenhuma citação ou referên-
cia ao longo do texto.
Gabarito: C
2. Em “o conhecimento se expande e aumenta em valor e
em poder.” (Linhas 8 e 9), devido a provocar alteração
do sentido, o vocábulo em destaque NÃO pode ser sub-
stituído por:
a) alastra.
b) amplia.
c) espalha.
d) dissipa.
e) difunde.
Para este tipo de questão, muitas vezes, não é necessário
voltar ao texto. Preste atenção no que é pedido: “o vocábulo
que NÃO pode substituir expande. Então, basta reconhecer
os sinônimos entre as alternativas. No caso, podemos sub-
stituir expande por: “(a) alastra;” “(b) amplia;” “(c) es-
palha;” e “(e) difunde”. Assim sendo, a alternativa correta é
“(d) dissipa,” pois normalmente utilizamos o verbo dissipar
para expressar fenômenos da natureza.
Gabarito: D
3. De acordo com o 2º parágrafo, confrontando-se a
quantidade de informações que surgem com o tempo
real disponível para apreendê-las, pode-se inferir que
33/294
a relação estabelecida entre eles só NÃO se marca pela
(o):
a) inadequação.
b) desproporcionalidade.
c) dissociação.
d) irregularidade.
e) descompasso.
Por meio da oração “Atualmente a quantidade de conhe-
cimento disponível é imensa sendo necessário saber sele-
cionar o que devemos aprender e onde investir nosso
tempo para nosso crescimento intelectual e profissional.
“(linha 11) percebemos que há uma relação entre as altern-
ativas” “(a) inadequação,” “(b) desproporcionalidade, “(d)
irregularidade” e “(e) descompasso,” já que há muita inform-
ação disponível, porém não há um tempo hábil para
apreendê-las, portanto, temos que selecioná-las.
Para resolver este exercício, relacionamos as alternativas
da questão com a informação vinculada no 2º parágrafo. A
alternativa correta é a letra “(c) dissociação,” já que neste
ritmo frenético de uma sobrecarga de informações não há
elementos dissociados, portanto, não tem como desagregar
algo que ainda não está agregado.
Gabarito: C
4. Em relação às ideias apresentadas no 3º parágrafo do
Texto I, é INCORRETO afirmar que a (o):
34/294
a) “…produtividade.” (linha 19) caracteriza-se como uma
medida importante por estar relacionada a qualidade e
baixo preço.
b) produtividade, em meio a tantas mudanças, é o que
persiste sob um novo enfoque.
c) capacidade de adaptação é característica necessária ao
profissional nessa nova realidade.
d) pronome “Isto…” (linha 20) faz referência semântica,
precisamente, a “…flexibilidade, velocidade e qualidade
do trabalho realizado…” (linhas 16 e 17).
e) profissional deve ser capaz de aliar destreza à excelên-
cia no trabalho que realiza.
(d) Incorreta. Vamos analisar o parágrafo em que o pro-
nome isto se encontra. “Precisamos nos esforçar para mel-
horar nossa flexibilidade, velocidade e qualidade do trabalho
realizado e ainda dar importância para o que permanece
como uma das medidas mais importantes: a produtividade.
Isto porque as organizações sabem que os clientes não apen-
as exigem produtos e serviços rápidos e com qualidade im-
pecável: eles também querem que os produtos e serviços não
sejam caros.” O pronome isto se refere e relaciona-se com
produtividade ao invés de fazer referência semântica, pre-
cisamente, a …flexibilidade, velocidade e qualidade do
trabalho realizado…
As demais alternativas estão corretas e podem ser com-
provadas por meio de trechos do texto.
35/294
Gabarito: D
5. Segundo as ideias apresentadas no Texto I, é correto
afirmar que:
a) todas as qualidades do profissional, preconizadas pela
empresa, têm como principal objetivo a capacidade de
inter-relacionamento da equipe.
b) as mudanças se restringem ao contexto profissional.
c) o autoconhecimento acelera a produtividade e garante o
êxito profissional.
d) o autoconhecimento oportuniza ao profissional tentar
adequar-se às expectativas da empresa em que atua.
e) a múltipla visão dos profissionais especializados, espe-
cialmente nas linhas de produção, aprimora a qualidade
do trabalho.
Preste atenção nas alternativas (c) e (d). As duas utilizam
o termo autoconhecimento. Em muitos casos, você fica com
dúvida entre uma delas e sempre marca a errada, não é?
Então, vamos interpretar o texto.
Com relação à alternativa “(c) o autoconhecimento acelera
a produtividade e garante o êxito profissional.”, em algum
momento do texto é dito que o autoconhecimento GARANTE
o êxito profissional? Tome cuidado com estas afirmações,
pois não há argumentos no texto que sustentem e provem
que o autoconhecimento acelera a produtividade e garante o
êxito profissional. Portanto, a alternativa (c) está errada.
36/294
Em “(d) o autoconhecimento oportuniza ao profissional
tentar adequar-se às expectativas da empresa em que atua.”
Perceba que aqui ele utiliza os verbos oportunizar e tentar
adequar ao invés de um verbo impositivo como o garantir
da alternativa (c). Por isso, a alternativa (d) está correta,
pois o autoconhecimento dá o ensejo, a oportunidade de ad-
equação, no ambiente em que o profissional atua.
Gabarito: D
6. Com base no segundo período do 7º parágrafo do
Texto I, a criatividade é uma característica profission-
al importante, pois possibilita:
a) inovar o habitual.
b) rechaçar o inusitado.
c) ratificar o usual.
d) manter o padrão.
e) relegar o novo.
A 1ª dica para este tipo de questão é tentar achar as palav-
ras sinônimas, ou seja, as palavras com significação semel-
hante. Sempre que você encontrar sinônimos não marque es-
ta alternativa, pois se trata de duas alternativas comuns, e,
como sabemos, cada questão tem somente uma alternativa
correta.
A 2ª dica é encontrar no texto o sentido de criatividade.
Observe na linha 42 a seguinte afirmação: “(…) Veja que
37/294
isso é simplesmente buscar fazer de forma diferente aquilo
que todos fazem de uma forma igual.”
Após lermos o trecho da linha 42, analisaremos os verbos:
“inovar, ratificar, rechaçar, manter e relegar”. Os verbos
sinônimos são o relegar e rechaçar que possuem o sentido
de repelir, afastar. Então, as alternativas “(b) rechaçar o
inusitado” e “(e) relegar o novo” estão incorretas, uma vez
que são sinônimas e contradizem a afirmação da linha 42.
A alternativa “(c) ratificar o usual” é incorreta, pois o
verbo ratificar possui o sentido de validar, confirmar, con-
solidar e, segundo o texto, a criatividade não é a consolid-
ação do usual.
A alternativa “(d) manter o padrão” também está incor-
reta, já que a criatividade do profissional não está relacion-
ada com a sustentação de um padrão.
A alternativa correta é a letra “(a) inovar o habitual”, pois
há uma renovação do profissional, já que ele “busca fazer de
forma diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual.”
Gabarito: A
7. Segundo o 8º parágrafo do Texto I, o sentido de “…re-
gras do jogo” (linha 52) é(são) a (s):
a) fluidez do tempo em relação ao momento presente.
b) efemeridade das normas em relação às tendências
vindouras.
38/294
c) relatividade do tempo em relação às tendências do
momento.
d) exigências relativas às tendências do momento.
e) permanências de uma tendência de outrora.
Nesta questão, você deve prestar atenção nas alternativas
(c) e (d). O que diferencia uma da outra está marcado em
negrito: “(c) relatividade do tempo em relação às tendên-
cias do momento” e “(d) exigências relativas às tendências
do momento”.
Para justificar a alternativa correta, observemos na linha
56 “(…) lembrando-se sempre de que o jogo pode mudar a
qualquer hora” e na linha 58, temos a seguinte passagem: “E
apenas um bom profissional, que entenda e conheça tudo
que acontece ao seu redor, será capaz de se adaptar a essas
mudanças que sempre acontecem.” A relação está entre os
seguintes trechos: “jogo pode mudar”; “entenda e conheça
tudo que acontece”; “essas mudançasque sempre
acontecem”. Portanto, o foco das “regras do jogo” não está
na relatividade do tempo em relação às tendências do mo-
mento, e sim nas exigências que o profissional deve ter e
conhecer.
Gabarito: D
8. No último período do último parágrafo do Texto I,
“…melhoria contínua…” (linha 64) significa, no con-
texto em que se insere,
39/294
a) manutenção das ideias.
b) cautela nas ações.
c) comedimento nas decisões.
d) persistência nas atitudes.
e) capacidade de superação.
Na linha 63, temos a seguinte passagem “(…) Busque fazer
sempre mais. E melhor. A melhoria contínua deve ser o
maior desafio do ser humano”. Percebemos aqui a relação
entre melhoria contínua e desafio. Segundo o dicionário
HOUAISS e VILLAR (2001, p. 951) da Língua Portuguesa, a
palavra desafio pode ser definida como “situação ou grande
problema a ser superado, tarefa difícil de ser executada”.
Portanto, a alternativa correta é a letra “(e) capacidade de
superação” uma vez que corresponde à definição de desafio.
As alternativas (b) e (c) são sinônimas já que “comedimento”
e “cautela” podem ser definidos como “virtude da prudên-
cia”. As alternativas (a) e (d) também possuem significação
semelhante, pois manutenção e persistência podem ser
substituídas por demonstração de constância.
Gabarito: E
Texto II
Uma lição de vida
Uma coisa que sempre me comoveu (e intrigou) é a
alegria da rapaziada da coleta de lixo. Dia sim, dia não, o
caminhão da SLU desce a minha rua e eles fazem aquela
40/294
algazarra. Quase sempre estão brincando, 5 tirando sarro
uns com os outros, sorridentes e solícitos com os mor-
adores. Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo, en-
contram tempo para gritar “bom-dia, patrão” ou para
comentar a vitória do Galo, a derrota do Cruzeiro ou
vice-versa.
10 Dia desses levantei de bom humor, o que nem sempre
acontece nas manhãs quentes de verão. No momento em
que saía de casa, vi surgir no topo da rua o grande cam-
inhão amarelo. E eis que de sua traseira saltou um negão
todo suado, com um sorriso branco 15 no meio da cara. A
vizinha do lado estava lavando o passeio, desperdiçando
água como já é de costume. O sujeito limpou o suor na
manga da camisa e a cumprimentou. “Será que a senhora
me deixa beber um pouco d’água?”, ele perguntou sem
rodeios. “Essa 20 água não é boa”, ela disse. “Espera um
pouco que eu busco água filtrada.” “Que é isso, madame?
Precisa não. Água da mangueira já está bom demais.”
Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou. Depois de be-
ber boas goladas, meteu a carapinha sob 25 a água e se
refrescou. O sol no céu azul estava de arrebentar ma-
mona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor. O
negão agradeceu a “caridade” da minha vizinha e seguiu
correndo atrás do caminhão amarelo, dentro do qual
atirava os sacos de lixo apanhados no 30 passeio.
Na esquina de baixo, o caminhão parou, pois o con-
domínio em frente sempre produz muitos sacos plásticos.
41/294
Quando passei pelo negão e seu companheiro, ambos
atiravam sacos no triturador do caminhão. Parei 35 na
sombra de uma quaresmeira para observar o trabalho
deles enquanto esperava o ônibus.
O motorista saiu da boleia com um cigarro na boca e per-
guntou se eu tinha fósforo. Emprestei-lhe o isqueiro e, en-
quanto ele acendia o seu “mata-rato”, comentei: 40
“Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.” O
motorista soprou a fumaça, devolveu-me o isqueiro e
comentou: “E por que a gente devia de ser triste?” “Não
sei… Um trabalho desses não deve ser mole.” “Claro que
não”, ele retrucou. “Mas duro mesmo é a 45 vida de
quem revira o lixo à procura de comida. A gente pelo
menos não chegamos lá.” Em seguida, ele entrou na
boleia, os dois homens de amarelo terminaram a coleta e
subiram na carroceria. O caminhão arrancou e eu fiquei
pensativo, enquanto esperava o “busun”.
SANTOS, Jorge Fernando dos.
Disponível em: <http://umacoisaeoutra.com.br/cultura/
jorge.htm>. Acesso em: 10 dez. 2009.
9. Em “Uma coisa que sempre me comoveu (e in-
trigou)…” (linha 1), substituindo a expressão “Uma
coisa” por outra mais específica semanticamente, a
opção é:
a) Um modo.
b) Um detalhe.
42/294
http://umacoisaeoutra.com.br/cultura/jorge.htm
http://umacoisaeoutra.com.br/cultura/jorge.htm
c) Uma atitude.
d) Uma situação.
e) Uma observação.
Preste bem atenção ao enunciado: “(…) substituindo a ex-
pressão Uma coisa por outra mais específica semantica-
mente”, você tem que escolher uma palavra que substitua
uma coisa por outra mais específica. Analisando as altern-
ativas desta questão, achamos conveniente explicar a difer-
ença entre “(b) Um detalhe” e “(d) Uma situação”. De
acordo com o dicionário HOUAISS e VILLAR (2001, p.
2.587) da Língua Portuguesa, a palavra situação é uma
combinação de acontecimentos num dado momento; conjun-
tura. Já a palavra detalhe, segundo HOUAISS e VILLAR
(2001, p. 1.022), é uma narração ou exposição circunstan-
ciada ou minuciosa, pormenor, particularidade.
Após a análise dos sentidos das palavras detalhe e situ-
ação vemos que ao trocarmos “uma coisa por outra mais es-
pecífica” a palavra que mais se adéqua ao contexto é de-
talhe. Portanto, a alternativa correta é a letra (b) Um
detalhe.
Gabarito: B
10. O Texto II, quanto à tipologia discursiva, é
predominantemente:
a) narrativo.
b) descritivo.
43/294
c) injuntivo.
d) argumentativo.
e) expositivo.
(a) Correta. No texto narrativo o produtor do texto conta o
que aconteceu, relata os fatos, os acontecimentos, conta uma
história. Nesta tipologia predominam verbos dinâmicos que
caracterizam ações, fatos, fenômenos. Percebemos que o
texto é, predominantemente, narrativo apesar de ter, tam-
bém, momentos descritivos.
(b) Incorreta. No texto descritivo o produtor do texto diz
como é caracterizado o objeto a ser descrito. Os textos
descritivos contêm verbos ligados ao campo da visão, re-
metendo, assim, ao campo sensorial.
(c) Incorreta. No texto injuntivo o produtor do texto
exprime uma ordem ao interlocutor para que ele expresse ou
não uma determinada ação. Os textos injuntivos são normal-
mente caracterizados por verbos no imperativo.
(d) Incorreta. O texto argumentativo é um tipo de texto
dissertativo. O texto dissertativo busca argumentar, refletir,
persuadir o leitor. No texto dissertativo argumentativo tem-
se a intenção de convencer o leitor de determinado tópico
discursivo.
(e) Incorreta. O texto expositivo é caracterizado pela ex-
posição de ideias do produtor ao receptor do texto. Neste
44/294
tipo de texto, não há a intenção de persuadir, descrever,
impor diferenciando-o das demais tipologias apresentadas.
Gabarito: A
11. Em “Quase sempre estão brincando, tirando sarro
uns com os outros, sorridentes e solícitos com os mor-
adores.” (linhas 4 a 6), devido a alterar o sentido do
texto, o vocábulo destacado NÃO pode ser substituído
por:
a) temerosos.
b) prestimosos.
c) cuidadosos.
d) prestativos.
e) zelosos.
Assim como fizemos em outras questões anteriores desta
banca, buscaremos os sinônimos. Primeira dica: se você não
souber o que é solícito leia as alternativas e busque as pa-
lavras que possuem o mesmo sentido entre si. Solícito é ser
atencioso, prestativo, que faz as coisas com rapidez, zeloso.
Então, por meio da definição do vocábulo solícito, vemos
que a única alternativa que contradiz essa definição é a da
alternativa (a) temerosos. Ser temeroso é ter medo ou
temor, portanto, por meio do texto e do contexto em que a
frase está inserida, podemos ter certeza que a alternativa (a)
está incorreta.
Gabarito: A
45/294
12. Em “Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo”
(linhas 6 e 7), o elemento destacado, no contexto em
que se insere, tem valor argumentativo de:
a) exclusão.
b) inclusão.
c) retificação.
d) designação.
e) restrição.
O vocábulo mesmo pode ter a função de advérbio, adjet-
ivo, pronome e substantivo. Nesta alternativa, mesmo de-
nota valor argumentativo de inclusão cuja função sintática,
na oração, é de advérbio. É uma conjunção concessiva cuja
relação sintática-semântica denota inclusão, embora
enunciecerta contrariedade expressa pelas conjunções con-
cessivas como comprovamos pela relação entre as orações:
“Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo, encontram
tempo para gritar ‘bom-dia, patrão’ ou para comentar a
vitória do Galo, a derrota do Cruzeiro ou vice-versa.” (Lin-
has 6 a 8).
Gabarito: B
13. Em “No momento em que saía de casa, vi surgir no
topo da rua o grande caminhão amarelo.” (linhas 11 a
13), os fatos acontecem numa relação concomitante
de tempo. Ocorre essa mesma relação temporal entre
os fatos apresentados em
46/294
a) “O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a
cumprimentou.” (linhas 17 e 18)
b) “Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.” (linha 23)
c) “Depois de beber boas goladas, meteu a carapinha sob a
água…” (linhas 24 e 25)
d) “O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha vizinha e
seguiu correndo atrás do caminhão amarelo,” (linhas 27
e 28)
e) “enquanto ele acendia o seu “mata-rato”, comentei:”
(linha 39)
A questão busca pela alternativa em que “os fatos
acontecem numa relação concomitante de tempo”. Para en-
contrar esta relação, temos que observar as conjunções
presentes nas alternativas. É sabido que a questão é de inter-
pretação, porém veremos que o entendimento da função das
conjunções facilitará muito a escolha da alternativa correta.
Nas alternativas (a), (b), (c) e (d), temos a conjunção adit-
iva e. Usualmente aprendemos que a conjunção “e” é classi-
ficada como aditiva. Porém, ela pode exprimir simultan-
eidade, contradição, reciprocidade e oposição.
(a) Incorreta. Em “(a) O sujeito limpou o suor na manga
da camisa e a cumprimentou.” temos a conjunção aditiva e
que exprime uma continuidade dos fatos.
47/294
(b) Incorreta. Em “(b) Ela estendeu o jato d’água e ele se
deliciou.” o e é classificado como conjunção aditiva e
exprime uma continuidade dos fatos.
(c) Incorreta. Em “(c) Depois de beber boas goladas, meteu
a carapinha sob a água e se refrescou.”(linhas. 24-26) o e é
classificado como conjunção aditiva e exprime uma continu-
idade dos fatos.
(d) Incorreta. Em “(d) O negão agradeceu a ‘caridade’ da
minha vizinha e seguiu correndo atrás do caminhão am-
arelo” o e é classificado como conjunção aditiva e exprime
uma continuidade dos fatos.
(e) Correta. Em “(e) enquanto ele acendia o seu “mata-
rato”, comentei” o enquanto pode ser substituído por ao
mesmo tempo que sem alteração de sentido. Enquanto é
uma conjunção temporal que caracteriza uma correlação
temporal com a frase subordinante, ou seja, os fatos
acontecem numa relação concomitante de tempo. Vejamos o
período: “Emprestei-lhe o isqueiro e, enquanto ele acendia o
seu ‘mata-rato’, comentei: “Sempre admirei a alegria com
que vocês trabalham.”
Gabarito: E
14. Qual passagem encerra uma censura, uma crítica?
a) “E eis que de sua traseira saltou um negão todo suado,”
(linhas 13 e 14)
48/294
b) “…desperdiçando água como já é de costume.” (linha
16)
c) “Espera um pouco que eu busco água filtrada.”(linhas
20 e 21)
d) “…meteu a carapinha sob a água…” (linhas 24 e 25)
e) “O negão agradeceu a ‘caridade’ da minha viz-
inha…”(linhas 27 e 28)
A alternativa correta é a letra (b). O narrador faz uma crít-
ica à vizinha demonstrando a censura ao ato de desperdiçar
água por meio da fala “já é de costume”, o que caracteriza
um comportamento indevido dela. Comprovamos a afirm-
ação com a transposição de todo o trecho: “A vizinha do
lado estava lavando o passeio, desperdiçando água como já
é de costume.” (linhas 16 e 17)
Gabarito: B
15. Caracteriza-se como uma descrição a seguinte
passagem:
a) “Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.” (linha 23)
b) “O sol no céu azul estava de arrebentar mamona e o
alto da rua oscilava sob o efeito do calor.” (linhas 25 a
27)
c) “Na esquina de baixo, o caminhão parou,” (linha 31)
d) “Parei na sombra de uma quaresmeira para observar o
trabalho deles…” (linhas 34 a 36)
49/294
e) “O caminhão arrancou e eu fiquei pensativo, enquanto
esperava o ‘busun’.” (linhas 48 e 49)
O trecho “(a) Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou.”
é narrativo, já que relata um fato. Percebemos, ainda, o uso
das formas verbais no pretérito perfeito (estendeu e deli-
ciou) indicando uma ação que já ocorreu.
O trecho “(b) O sol no céu azul estava de arrebentar ma-
mona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor.” é
descritivo, uma vez que o locutor faz a caracterização de
um ambiente, representando um retrato verbal (aparência)
do que é descrito. O texto descritivo tem como característica
a ausência de ação.
O trecho “(c) Na esquina de baixo, o caminhão parou,” é
narrativo, pois, novamente, o locutor relata um fato. Perce-
bemos, também, o uso da forma verbal no pretérito per-
feito (parou) indicando um processo.
O trecho “(d) Parei na sombra de uma quaresmeira para
observar o trabalho deles…” é narrativo, pois está centrado
no relato de um fato. Percebemos o uso da forma verbal no
pretérito perfeito (parei) indicando um processo.
O trecho “(e) O caminhão arrancou e eu fiquei pensativo,
enquanto esperava o ‘busun’.” é um trecho narrativo, pois
está centrado no relato de um fato. Percebemos o uso da
forma verbal no pretérito perfeito (arrancou) indicando
uma ação.
50/294
Gabarito: B
16. Qual é o trecho que corresponde à fala do person-
agem narrador?
a) “‘Será que a senhora me deixa beber um pouco
d’água?’” (linhas 18 e 19)
b) “‘Espera um pouco que eu busco água filtrada.’” (linhas
20 e 21)
c) “‘Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.’”
(linha 40)
d) “‘E por que a gente devia de ser triste?’” (linha 42)
e) “‘Mas duro mesmo é a vida de quem revira o lixo à pro-
cura de comida.’” (linhas 44 e 45)
(a) Incorreta. A fala “(a) Será que a senhora me deixa be-
ber um pouco d’água?” é do negão.
(b) Incorreta. A fala “(b) Espera um pouco que eu busco
água filtrada.” é da vizinha.
(c) Correta. A fala “(c) Sempre admirei a alegria com que
vocês trabalham.” é do narrador-personagem o qual se refere
ao pessoal que recolhe o lixo, da limpeza.
(d) Incorreta. A fala “(d) E por que a gente devia de ser
triste?” é do motorista.
(e) Incorreta. A fala “(e) Mas duro mesmo é a vida de
quem revira o lixo à procura de comida.” é do motorista.
Gabarito: C
51/294
Não transforme o seu futuro em um passado
de que você possa arrepender-se
O futuro é construído a cada instante da vida, nas toma-
das de decisões, nas aceitações e recusas, nos caminhos
percorridos ou não. Esse movimento é feito por nós diari-
amente sem percebermos e sem muito 5 impacto, con-
tudo, quando analisado em um período de tempo maior,
ficam nítidos os erros e acertos. Sabemos, internamente,
dos melhores caminhos, entretanto, pelas inseguranças,
medos e raivas, diversas vezes adotamos posturas im-
pensadas que impactam 10 pelo resto da vida, compro-
metendo trilhas que poderiam ser melhores ou mais
tranquilas.
Como podemos superar esses momentos? Como fazer
para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também
quero responder, afinal, sou humano e cometo 15 todos
os erros inerentes a minha condição, contudo, posso
afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a
morte, as decisões podem ser adiadas, lembrando que al-
gumas delas geram ônus e multas. No direito e na medi-
cina isso é mais complexo, mas em 20 muitas outras
áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não
deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje” não
é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é abso-
luto, mas relativo.
Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não 25 deixe en-
trar aquilo de que você tem dúvida; se deixar, limite o
52/294
espaço. A pessoa mais importante da vida é o seu propri-
etário, o nosso maior erro é ser inquilino dela, deixar en-
trar algo que se acha errado ou não se quer é tornar-se
inquilino do que é seu, pagando aluguel e 30 preocupado
com o final do contrato da sua vida. Não cometa esse
erro.
A felicidade atual depende do passado, assim como a
tristeza, a pobreza, a saúde e muitas outras coisas. Nunca
se esqueça disso, nunca. Torne mais 35 flexível o seuor-
gulho, algo que hoje não deu certo, pode ser perfeita-
mente aplicável daqui a um tempo. O orgulho impede de
você tentar de novo. Não minta para você, essa é a forma
mais rápida de se perder. Quando tiver dúvida, fale alto
com você mesmo, escute as 40 suas palavras e pense
muito. É melhor ser taxado de louco do que ser infeliz.
Aceite que erramos, mas lembre que cometer os mesmos
erros é burrice. O ideal é aprender com os erros dos out-
ros; para que isso aconteça, observe o 45 que acontece
com o mundo ao seu redor, invariavelmente o seu prob-
lema já foi vivido por outras pessoas. Você não foi o
primeiro a cometer erros e, com absoluta certeza, não
será o último. A observação é o melhor caminho para um
futuro mais tranquilo, mais equilibrado, 50 mais pleno.
Temos que separar um tempo do nosso dia para a re-
flexão e meditação.
Utilize-se de profissionais especialistas, não cometa a
bobagem de escutar amigos acerca de um problema, eles
53/294
são passionais e tendenciosos pelo nosso 55 lado. Com
eles, sentimo-nos seguros para imaginarmos soluções per-
feitas que nunca se concretizarão. O fracasso nessas idei-
as geniais solucionadoras dos seus problemas, tipo “seus
problemas acabaram”, causa frustrações e raivas, senti-
mentos que atacam 60 nossa autoestima e podem preju-
dicar o resto de nossa vida. Cuidado com isso.
Por fim, tente ser feliz, tente amar, ajude as pessoas que
precisam, seja bom. Nunca, mas nunca mesmo,
machuque as pessoas de caso pensado, só por 65
vingança ou maldade, esse é com absoluta certeza o mais
vil de todos os pecados que um ser humano pode fazer.
Quando machucar por outro motivo, arrependase e peça
desculpas sinceras e tente nunca mais machucar, tente
com afinco. Evite criticar as pessoas; 70 como o mundo
dá muitas voltas, um dia você pode ser o criticado. Aceite
as pessoas como são, não tente mudá-las, seja humilde e
aceite os seus erros. Esses comportamentos não resolvem
os problemas, mas podem evitá-los. O nosso futuro pode
ser 75 um passado legal, depende apenas de nós.
Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/
33414/1/NAO-TRANSFORME-O-SEU-FUTURO-EM-UM-
PASSADO-QUE-VOCE-POSSA-SE-ARREPENDER-/pagin-
a1.html (adaptado) Acessado em: 9 abril/2010.
PETROBRAS 2010
17. Segundo as ideias do texto, o futuro, em nossa vida,
54/294
http://www.webartigos.com/articles/33414/1/NAO-TRANSFORME-O-SEU-FUTURO-EM-UM-PASSADO-QUE-VOCE-POSSA-SE-ARREPENDER-/pagina1.html
http://www.webartigos.com/articles/33414/1/NAO-TRANSFORME-O-SEU-FUTURO-EM-UM-PASSADO-QUE-VOCE-POSSA-SE-ARREPENDER-/pagina1.html
http://www.webartigos.com/articles/33414/1/NAO-TRANSFORME-O-SEU-FUTURO-EM-UM-PASSADO-QUE-VOCE-POSSA-SE-ARREPENDER-/pagina1.html
http://www.webartigos.com/articles/33414/1/NAO-TRANSFORME-O-SEU-FUTURO-EM-UM-PASSADO-QUE-VOCE-POSSA-SE-ARREPENDER-/pagina1.html
a) delineia-se pela sucessão de nossas escolhas.
b) se configura pelo retrocesso de uma decisão tomada
indevidamente.
c) decorre da incidência de erros que se possam vir a
cometer.
d) consiste na adequação de cada decisão à situação
presente.
e) se torna imperceptível devido às infinitas decisões
tomadas no passado.
(a) Correta. Já que na primeira linha podemos comprovar
que “O futuro é construído a cada instante da vida, nas
tomadas de decisões, nas aceitações e recusas, nos caminhos
percorridos ou não.”
(b) Incorreta, pois o futuro não se configura pelo retro-
cesso, ou seja, não há como recuar/ voltar atrás depois de ter
tomado uma decisão indevidamente.
(c) Incorreta, uma vez que o futuro não decorre da in-
cidência de erros, já que “Aceite que erramos, mas lembre
que cometer os mesmos erros é burrice”.
(d) Incorreta, pois o futuro consiste na adequação de cada
decisão à situação presente a ser pensada, afinal “O nosso fu-
turo pode ser um passado legal, depende apenas de nós”.
(e) Incorreta, pois “O futuro é construído a cada instante
da vida, nas tomadas de decisões, nas aceitações e recusas,
nos caminhos percorridos ou não. Esse movimento é feito
55/294
por nós diariamente sem percebermos e sem muito im-
pacto…”. Portanto, não podemos afirmar que “(e) se torna
imperceptível devido às infinitas decisões tomadas no
passado.”
Gabarito: A
18. No segundo período do primeiro parágrafo, a que ca-
racterística que as escolhas apresentam entre si faz
referência semântica o vocábulo “movimento”?
a) Sistematicidade.
b) Proporcionalidade.
c) Disparidade.
d) Regularidade.
e) Invariabilidade.
Lembremos das palavras sinônimas ou semelhantes
presentes nas alternativas. Pensemos nos sentidos de “sistem-
aticidade, proporcionalidade, regularidade, invariabilidade”.
Todas elas significam uma certa regularidade e uma propor-
cionalidade, de acordo com o período: “O futuro é con-
struído a cada instante da vida, nas tomadas de decisões, nas
aceitações e recusas, nos caminhos percorridos ou não. Esse
movimento é feito por nós diariamente sem percebermos e
sem muito impacto, contudo, quando analisado em um per-
íodo de tempo maior, ficam nítidos os erros e acertos.” O
movimento não é constante, tampouco invariável e
56/294
sistemático. O movimento é desigual e desproporcional.
Portanto, a alternativa (c) é a correta.
Gabarito: C
19. Segundo o texto, fazemos escolhas diariamente
“…sem percebermos e sem muito impacto,” (linhas 4 e
5) em virtude da (o):
a) ocorrência eventual.
b) grande incidência com que ocorrem.
c) irrelevância da ação presente.
d) grau de repercussão no futuro.
e) desvínculo do presente com o passado.
A alternativa correta é a letra (b): “grande incidência com
que ocorrem,” pois “o futuro é construído a cada instante da
vida”. Quanto às demais alternativas, não há referência
sobre elas no texto.
Gabarito: B
20. Segundo as ideias apresentadas no último período do
primeiro parágrafo, é INCORRETO afirmar que a inse-
gurança, o medo, a raiva são sentimentos que:
a) nos embotam a percepção.
b) motivam nossas ações.
c) interferem no nosso futuro.
d) precipitam nossas decisões.
e) racionalizam nossas escolhas.
57/294
A alternativa (e) é a incorreta, pois a insegurança, o medo,
a raiva são sentimentos que dificultam a nossa escolha ao in-
vés de otimizá-la. As demais alternativas estão corretas e
condizem com as informações apresentadas no texto.
Gabarito: E
21. Em “afinal, sou humano…” (linha 14), o elemento
destacado é um operador argumentativo de:
a) condição.
b) consequência.
c) conclusão.
d) conformidade.
e) concessão.
Nesta questão, o afinal não é conjunção. Para entender-
mos a função deste operador argumentativo, vejamos o per-
íodo: “Como podemos superar esses momentos? Como fazer
para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também
quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os er-
ros inerentes a minha condição” (linhas 14 a 16). No início
do período, temos duas perguntas as quais ele pretende re-
sponder. Assim, o afinal exerce função de operador argu-
mentativo conclusivo, podendo ser substituído por logo sem
alteração de sentido. Vemos que a intenção do autor ao util-
izar o afinal, foi dar um desfecho às perguntas indagadas no
início do período.
Gabarito: C
58/294
22. No texto, a passagem que se configura, semantica-
mente, como uma restrição ao sentido de “as decisões
podem ser adiadas,” (linha 17) é
a) “Como podemos superar esses momentos?” (linha 12)
b) “Como fazer para evitar esses erros súbitos?” (linhas 12
e 13)
c) “…cometo todos os erros inerentes a minha condição,”
(linhas 14 e 15)
d) “…o mundo não acaba amanhã…” (linha 16)
e) “retirando a morte,” (linha 17)
A alternativa correta é a letra (e). Vejamos o trecho: “con-
tudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retir-
ando a morte, as decisões podem ser adiadas, lembrando
que algumas delas geram ônus e multas.” (linhas 16 e 17).
De acordo com o período, exceto a morte, todas as outras de-
cisões podem ser adiadas.
Gabarito: E
23. Em “No direito e na medicina isso é mais complexo,”
(linhas 18 e 19), o elemento destacado faz referência
semântica, especificamente, a que passagem do texto?a) “…cometo todos os erros…” (linhas 14 e 15)
b) “…o mundo não acaba amanhã…” (linha 16)
c) “retirando a morte,” (linha 17)
d) “as decisões podem ser adiadas,” (linha 17)
e) “…em muitas outras áreas…” (linhas 19 e 20)
59/294
O isso é um elemento coesivo que faz referência a um ele-
mento citado anteriormente no texto. O que é mais com-
plexo no direito e na medicina? O fato das decisões serem
adiadas. Portanto, a alternativa correta é a letra (d), pois “as
decisões podem ser adiadas,” porém “no direito e na medi-
cina isso é mais complexo, mas em muitas outras áreas isso é
perfeitamente aceito.” (linhas 18 e 20).
Gabarito: D
24. Analise o trecho:
“Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe
entrar aquilo de que você tem dúvida;” (linhas 24 e 25).
Qual das palavras a seguir confere sentido mais es-
pecífico à palavra “coisa”?
a) Insegurança.
b) Situação.
c) Atitude.
d) Distorção.
e) Configuração.
Vejamos os períodos do texto: “A máxima de que “não
deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje” não é
tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto,
mas relativo. Uma coisa faz muito sentido nesse tema: “não
deixe entrar aquilo de que você tem dúvida;” (linha 25).
Uma coisa neste período está relacionada à atitude de “não
60/294
deixar para fazer amanhã o que você pode fazer hoje”. Port-
anto, a alternativa correta é a letra (c).
Gabarito: C
25. De acordo com as ideias apresentadas no terceiro
parágrafo, infere-se que “…ser inquilino…” (linha 27)
é uma consequência decorrente da:
a) inclemência.
b) transigência.
c) rigidez.
d) radicalidade.
e) inflexibilidade.
No terceiro parágrafo há uma metáfora sobre a vida: você
ser inquilino dela. O inquilino é aquele que reside em casa
alugada, ou seja, não controla sua própria vida, é condes-
cendente, ponderado com a vida. A alternativa que traduz a
significação de ser inquilino é a letra (b) transigência.
Gabarito: B
26. O referente do pronome destacado na passagem “A
pessoa mais importante da vida é o seu proprietário, o
nosso maior erro é ser inquilino dela,” (linhas 26 e 27)
é:
a) “pessoa”.
b) “vida”.
c) “proprietário”.
61/294
d) “erro”.
e) “inquilino”.
“A pessoa mais importante da vida é o seu proprietário, o
nosso maior erro é ser inquilino dela.” Façamos a pergunta
para identificarmos o pronome: Ser inquilino de quem? Da
vida. Portanto, a alternativa que substitui o pronome dela é
a letra (b).
Gabarito: B
27. A influência negativa dos amigos, em relação aos
problemas, deve-se a:
a) conscientizar-nos da gravidade dos problemas.
b) questionarem a postura dos especialistas.
c) apontar-nos a inviabilidade de buscar soluções.
d) levar-nos a superestimar nossa capacidade de ação.
e) alertar-nos para a ocorrência de possíveis decepções.
A alternativa correta é a letra (d), pois os amigos “são pas-
sionais e tendenciosos pelo nosso lado.” Por isso, eles nos
levam a “superestimar nossa capacidade de ação”, fazendo-
nos acreditar que sozinhos encontraremos uma solução per-
feita para o problema.
Gabarito: D
Texto III
A cidade moderna são os ecos [de um] labirinto – presí-
dio complexo de ruas cruzadas e rios aparentemente sem
62/294
embocadura – onde a iniciação itinerante e o fio de Ari-
adne se mostram tênues ou nulos. 5 Invertendose uma
das interpretações do mito, o labirinto aqui não é a trilha
para chegar-se ao centro; é, antes, marca da dispersão.
Indica a vitória do material sobre o espiritual, do
perecível sobre o eterno. Ou mais, o lugar do descartável
e do novo e sempre-igual.
10 O homem citadino é presa dessa cidade, está enredado
em suas malhas. Não consegue sair desse espaço denso,
uma vez que a civilização urbana espraiouse para além
dos centros metropolitanos e continua a preencher
grandes áreas que gravitam em torno 15 desses centros. A
partir da Revolução Industrial, o fenômeno urbano
parece ter ultrapassado as fronteiras das “cidades” e ter-
se difundido pelo espaço físico. O signo do progresso
transforma a urbanização em movimento centrífugo, ger-
ando a metrópole que 20 se dispersa. Assim, o citadino –
homem à deriva – está na cidade como em labirinto, não
pode sair dela sem cair em outra, idêntica ainda que seja
distinta.
GOMES, Renato Cordeiro. Todas as cidades, a cidade. Rio
de Janeiro: Rocco, 1994.
BACEN 2010
28. Na visão do autor, a cidade é um espaço caracteriz-
ado por antíteses, por opostos que se somam num to-
do quase sempre contraditório. Esse ponto de vista se
63/294
faz presente de forma particularmente significativa
em:
a) “A cidade moderna são os ecos [de um] labirinto –”
(linha 1)
b) “Ou mais, o lugar do descartável e do novo e sempre
igual.” (linhas 8 e 9)
c) “O homem citadino é presa dessa cidade,” (linha 10)
d) “Não consegue sair desse espaço denso,” (linhas 11 e
12)
e) “O signo do progresso transforma a urbanização em mo-
vimento centrífugo,” (linhas 18 e 19)
A questão pede que haja uma oposição na alternativa que
define a cidade.
(a) Incorreta. Na alternativa (a), não há oposição de idei-
as, pois trata-se do início da descrição do que é a cidade: “A
cidade moderna são os ecos [de um] labirinto – presídio
complexo de ruas cruzadas e rios aparentemente sem embo-
cadura – onde a iniciação itinerante e o fio de Ariadne se
mostram tênues ou nulos.”
(b) Correta. Na alternativa (b), temos a caracterização hi-
potética da cidade como um lugar descartável e ao mesmo
tempo novo. Portanto, há uma antítese entre o “descartável”
e o “novo” para a definição deste espaço convencionalmente
chamado de “cidade”. A antítese está em notar que o
descartável já foi usado, contrapondo o novo.
64/294
(c) Incorreta. O que é um homem citadino? É um homem
que habita esta cidade. Pelo sentido, não há uma oposição
na frase, já que o homem citadino “está enredado em suas
malhas”, ou seja, faz parte desta cidade que o abrigou.
(d) Incorreta. Quando o autor utiliza a expressão “Não
consegue sair desse espaço denso,” é que ele já está habitu-
ado àquela vida e não possui pretensão de mudá-la. Com
isso, não existe uma oposição no espaço caracterizado da
cidade, pois ele é parte dela.
(e) Incorreta. O indivíduo, que é parte integrante desta
cidade, é um dependente dela, tornando-se, então, um refém
sem saída. Por isso, não há uma oposição quando o citadino
está incluído neste contexto.
Gabarito: B
Texto IV
Acredito na existência de vida em outros planetas. Tenho
três adolescentes em casa. Embora seus corpos per-
maneçam nesta dimensão, suas mentes vagam bem além
da ionosfera. Não. Não adianta dizer que também já fui
assim. Não fui. Não fui. Não fui. Vou prender a respir-
ação até você acreditar em mim. Não tive infância, nem
adolescência; já nasci velho. Portanto, observo as três
jovens moças como se a porta da nave tivesse acabado de
se abrir e, lá de dentro, eu ouvisse: “Leve-me ao seu
líder”.
65/294
Errado. Essa frase jamais seria ouvida no planeta de onde
elas vêm. Lá, o desconhecimento do conceito de líder é
absoluto. Logo, por que haveriam de querer conhecer o
líder da Terra? Graças às últimas festinhas de criança,
que hoje percebo terem sido congressos de ufologia dis-
farçados, sou testemunha de que alienígenas do sexo
masculino são rebeldes, mas isso não torna as alienígenas
do sexo feminino exatamente dóceis. Elas são é distraí-
das, vivem com a cabeça nas nuvens, não associam a TV
ligada à eletricidade.
DAPIEVE, Arthur. Notas de ufologia parental. O Globo,
13 ago. 2004. (Adaptado)
29. “Não. Não adianta dizer que também já fui assim.
Não fui. Não fui. Não fui. Vou prender a respiração até
você acreditar em mim. Não tive infância, nem ad-
olescência; já nasci velho.” (linhas 4 a 7)
No trecho acima, o autor:
a) afirma, de forma convincente, que sempre foi maduro.
b) revela sua inveja das filhas adolescentes.
c) tenta afirmar sua maturidade, mas se mostra infantil.
d) demonstra a necessidade de ser sempre maduro.
e) mostra sua nostalgia pela infância perdida.
Por meio do trecho acima e do texto IV, o autor tenta
mostrar a sua maturidade, porém a repetiçãoexaustiva de
vocábulos e a tentativa de convencer o interlocutor pela in-
sistência, não caracteriza um comportamento adulto.
66/294
Portanto, a alternativa correta é a letra (c). Nesta altern-
ativa, o autor tenta mostrar a sua maturidade, no entanto, se
mostra infantil por meio do processo de repetição e pelo
comportamento expresso em “Não fui. Não fui. Não fui. Vou
prender a respiração até você acreditar em mim”.
Gabarito: C
67/294
Capítulo 2
Fonética e Fonologia
A parte de Fonética e Fonologia engloba as noções de
fonema, sílaba, ortografia e acentuação. A seguir, ap-
resentamos o mapa mental desta disciplina, o qual aborda
conteúdos de extrema importância e que, frequentemente,
aparecem nas provas da Banca Cesgranrio.
69/294
70/294
71/294
72/294
73/294
74/294
Quadro-resumo do novo acordo ortográfico
75/294
76/294
77/294
QUESTÕES
COMENTADAS
1. DECEA
A sequência cujas palavras têm o mesmo número de
fonemas é:
a) chuva – Paulo – vento.
b) irreal – amigo – contei.
78/294
c) guiando – convém – presente.
d) noite – trouxe – desceu.
e) uma – sim – meu.
A questão aborda o conceito de fonema. É uma questão de
conteúdo muito simples, porém, muitas vezes, “passamos”
por essa disciplina e não internalizamos os conceitos
estudados. Lembre-se que o fonema é um elemento que faz
parte da constituição SONORA das palavras, ou seja, é perce-
bido pela audição.
(a) Incorreto. Em “(a) chuva – Paulo – vento.” temos: 5 le-
tras e 4 fonemas em chuva, dado o dígrafo consonantal
“ch”; 5 letras e 5 fonemas em Paulo; e 5 letras e 4 fonemas
em vento, tendo em vista o dígrafo vocálico “en”.
(b) Correta. Em “(b) irreal – amigo – contei.” temos: 6 le-
tras e 5 fonemas em irreal, haja vista o dígrafo consonantal
“rr”; 5 letras e 5 fonemas em amigo; e 6 letras e 5 fonemas
em contei, dado o dígrafo vocálico “on”. Em todas as palav-
ras temos 5 fonemas, logo esta é alternativa correta.
(c) Incorreta. Em “(c) guiando – convém – presente.”
temos: 7 letras e 5 fonemas em guiando, haja vista o dígrafo
consonantal “gu” e o dígrafo vocálico “an”; 6 letras e 5
fonemas em convém, tendo em vista o dígrafo vocálico
“on”; e 8 letras e 7 fonemas em presente, haja vista o dí-
grafo vocálico “en”. Portanto, essa alternativa está incorreta.
79/294
(d) Incorreta. “(d) noite – trouxe – desceu.” temos: 5 letras
e 5 fonemas em noite; 6 letras e 6 fonemas em trouxe; e 6
letras e 5 fonemas em desceu, devido ao dígrafo consonantal
“sc”.
(e) Incorreta. “(e) uma – sim – meu.”, temos: 3 letras e 3
fonemas em uma; 3 letras e 2 fonemas em sim, tendo em
vista o dígrafo vocálico “im”; e 3 letras e 3 fonemas em
meu.
Gabarito: B
Para responder esta questão, temos que estar atentos ao
conceito de dígrafo vocálico. Os dígrafos vocálicos são o
encontro do /m/ e /n/ com as vogais que representam um
som nasal (um fonema). São os seguintes: /am/na (ã), /em/
em, /im/in, /om/on, /um/um.
Em uma ocasião já fui questionada se o “em” em convém
era um dígrafo. Afinal, é ou não é dígrafo? Não, pois ao final
de palavras /em/, /am/ e /em/ não são dígrafos, já que fon-
eticamente, representam dois fonemas, formando, portanto,
um ditongo nasal.
Resumo de alguns conceitos importantes da Fonologia:
Fonema: é um elemento que faz parte da constituição
SONORA das palavras e é percebido pela audição.
Letra: é a representação gráfica do fonema e é percebido pela
visão.
80/294
Dígrafos: (di=dois; grafos=letras) é o conjunto de duas letras
que representa um único fonema. Os dígrafos são divididos em
vocálicos e consonantais.
Dígrafos consonantais: lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, qu (seguido de
E e I com som de /k/) e gu (seguido de E e I com som de /G/).
Dígrafos vocálicos: são sons nasais e as letras “m” e “n” que
não representam consoantes, mas somente indicam que a vogal
anterior é nasal. São eles: am/an, em/en, im/in, om/on, um/un.
Dífono: (di=dois; fono=sono) uma letra que representa dois
fonemas. Ex.: táxi o “x” representa o som /ks/.
2. REFAP
A sequência em que a letra x corresponde ao mesmo
fonema em todas as palavras é:
a) exonerar – expelir – extinto.
b) sexo – afixar – inexequível.
c) exuberante – excitar – exótico.
d) máximo – sintaxe – tórax.
e) exuberante – exumar – exonerar.
Nesta questão, o candidato deve encontrar a alternativa
em que a sequência com a letra “x” corresponda ao mesmo
fonema em todas as palavras. FONEMA é um elemento que
faz parte do som da palavra e LETRA é o símbolo que rep-
resenta visualmente o fonema. Aconselho que você fale cada
81/294
palavra de cada questão, mentalmente, reconheça o fonema
e o coloque sobre cada palavra. Ao final deste exercício de
falar, reconhecer e anotar, fica fácil encontrar a resposta
certa. Porém, PRESTE muita ATENÇÃO: Em “sintaxe” qual o
fonema para a letra /x/? /s/ ou /ks/? Confira na letra (d).
(a) Incorreto. Em “(a) exonerar – expelir – extinto.” temos
o fonema /z/ para exonerar, fonema /s/ para “expelir” e
fonema /s/ para “extinto”.
(b) Incorreto. Em “(b) sexo – afixar – inexequível.” temos
o fonema /ks/ para “sexo”, fonema /ks/ para “afixar” e
fonema /z/ para “inexequível”.
(c) Incorreto. Em “(c) exuberante – excitar – exótico.”
temos o fonema /z/ para exuberante, fonema /s/ para “ex-
citar” e fonema /z/ para “exótico”.
(d) Incorreto. Em “(d) máximo – sintaxe – tórax.” temos o
fonema /s/ para “máximo”, fonema /s/ para “sintaxe” e
fonema /ks/ para “tórax”. Muitos alunos utilizam o fonema
/ks/ para “sintaxe”. É inadequado de acordo com o padrão
culto da língua. O correto é o fonema /s/ para “sintaxe”.
(e) Correto. Em “(e) exuberante – exumar – exonerar”
temos o fonema /z/ para “exuberante”, fonema /z/ para “ex-
umar” e fonema /z/ para “exonerar”. Logo, a resposta cor-
reta é a letra (e) porque tanto em “exuberante” quanto em
“exumar” e “exonerar” o fonema é /z/.
Gabarito: E
82/294
3. DECEA
Há um ditongo na palavra:
a) mitologia.
b) abaixo.
c) navio.
d) ainda.
e) reencadernar.
Esta é uma questão muito simples de encontros vocálicos.
(a) Incorreta. Em mitologia, temos hiato nas duas sílabas
finais – mi – to – lo – gi – a. Como sabemos, o hiato é o en-
contro de duas vogais que se pronunciam separadamente.
(b) Correta. Em abaixo temos ditongo, visto que esse vo-
cábulo apresenta uma vogal % uma semivogal na segunda
síbala – a – bai – xo. O ditongo é o encontro de uma vogal e
uma semivogal em uma mesma sílaba. Eles podem ser: cres-
centes, decrescentes, orais e nasais.
(c) Incorreto. Em “(c) navio,” temos hiato nas duas sílabas
finais – na-vi-o.
(d) Incorreto. Em “(d) ainda,” temos hiato nas duas síla-
bas iniciais – a-in-da.
(e) Incorreto. Em “(e) reencadernar,” temos hiato homo-
gêneo nas duas sílabas iniciais- re-en-ca-der-nar.
Gabarito: B
83/294
4. PROMINP
A palavra que apresenta ERRO de acentuação é:
a) elétrico.
b) potência.
c) tratorísta.
d) óleo.
e) mecânico.
A palavra que possui erro de acentuação está na altern-
ativa (c), pois tratorista é uma paroxítona terminada em A,
logo, não deve receber o acento gráfico em função da re-
gra dos paroxítonos terminados em “a”.
Dica:
Lembre-se de que se a oxítona terminada em uma certa letra é
acentuada, a paroxítona com a mesma terminação não é, e vice-
versa.
Gabarito: C
5. DECEA
São acentuadas graficamente pela mesma razão as
palavras:
84/294
a) audácia – prudência – imprescindíveis – equilíbrio.
b) política – sábia – destrói – ótimo.
c) catástrofes – histórica – econômica – entretém.
d) além – ninguém – você – órfão.
e) três – há – até – só.
Este tipo de questão sobre acentuação é marca registrada
da Banca Cesgranrio. Veremos adiante que temos questões
semelhantes a essa em que várias palavras são distribuídas
nas alternativas e você candidato deve buscar a semelhança
entre elas. Na teoria, apresentamos um esquema sobre a
acentuação. Sugiro que você mentalize-o para que, no mo-
mento da prova, você não confunda as regras de acentuação.
Nesta questão, você deverá encontrar a alternativa em que
todas as palavras são acentuadas pela mesma regra. Logo a
respostacorreta, é a letra (a), pois, todas as palavras são par-
oxítonas terminadas em ditongo, e, por isso, são acentuadas.
Gabarito: A
6. PROMINP
A palavra que obedece à mesma regra de acentuação de
fenômeno é:
a) biocombustíveis.
b) energética.
c) agricultável.
85/294
d) suínos.
e) país.
A palavra fenômeno é uma palavra proparoxítona. De
acordo com a Gramática Normativa, acentuam-se todas as
palavras proparoxítonas.
(a) Incorreta. Em “(a) biocombustíveis” temos um par-
oxítono terminado em ditongo, logo deve receber o acento
gráfico em função da regra dos paroxítonos terminados em
ditongo.
(b) Correta. A palavra “(b) energética” é uma palavra pro-
paroxítona. De acordo com a gramática normativa,
acentuam-se todas as palavras proparoxítonas. Assim, a res-
posta correta é a letra (b), pois energética é uma palavra
proparoxítona.
(c) Incorreta. Em “(c) agricultável” temos um paroxítono
terminado em “L”, logo, deve receber o acento gráfico em
função da regra dos paroxítonos terminados em “L”.
(d) Incorreta. Em “(d) suínos” temos um hiato. Suínos é
acentuado pela regra do “i/u” na segunda vogal de hiato,
sozinhas ou seguidas de s e que não sejam seguidas de “nh”.
(e) Incorreta. Em “(e) país” temos um hiato. País obedece
à mesma regra da alternativa (d).
Gabarito: B
86/294
7. PROMINP
O caminhão percorreu uma grande e___tensão de terreno.
Para escrever corretamente esta palavra deve-se usar:
a) ss.
b) c.
c) x.
d) ch.
e) s.
Esta é uma questão simples que trata do emprego de con-
soantes. A resposta correta é a letra (c) eXtensão, pois as pa-
lavras que em latim se iniciavam por ex- mantiveram a
mesma grafia ao passarem para o português – extensione →
extensão.
Gabarito: C
8. PROMINP
A palavra que deve ser completada com ss é:
a) ge____o.
b) bele____a.
c) solu____ão.
d) de____empenar.
e) pi____cina.
87/294
A palavra que deve ser completada com “SS” está na al-
ternativa “(a) geSSo”.
(b) Incorreta. “(b) beleZa.” escreve-se com “z”, pois sub-
stantivos abstratos provenientes de adjetivos são grafados
com “z”.
(c) Incorreta. “(c) soluÇão.” é com “ç”, pois substantivos
provenientes de verbos terminados com –ionar em geral são
grafados com “ç”.
(d) Incorreta. “(d) deSempenar.” é com “s”, pois o prefixo
da palavra/vocábulo é “des”.
(e) Incorreta. “(e) piSCcina.” é com “sc”, pois mantém o
radical etimológico advindo de “pesca”, “pescador”.
Gabarito: A
9. IBGE
Em qual das palavras apresentadas a seguir as lacunas
NÃO podem ser preenchidas com os mesmos sinais gráfi-
cos destacados no vocábulo expansão?
a) E __clu __ão.
b) E __po __ição.
c) E __ terili __ação.
d) E __ pan __ ivo.
e) E __ cur __ão.
88/294
A palavra que não pode ser preenchida com os mesmos
sinais gráficos destacados no vocábulo expansão está grafada
na alternativa (c) eSteriliZação. A palavra “esterilização” já é
escrita com “z” e deriva do verbo “esterilizar”,
IMPORTANTE!
Usa-se “z” no processo de sufixação de palavras terminadas em
“-izar – formadores de verbos” e de “-ização – formadores de
substantivos”. Outro exemplo: colonizar – colonização.
Gabarito: C
10. BNDES
O substantivo abstrato derivado do verbo apresentado
NÃO é grafado com o mesmo fonema consonantal dos
demais em:
a) perceber – percep___ão.
b) conceder – conce____ão.
c) satisfazer – satisfa___ão.
d) interpretar – interpreta___ão.
e) aprovar – aprova___ão.
(a) Incorreta. “(a) perceber – percep___ão.” é grafado com
“Ç”.
89/294
(b) Correta. “(b) conceder – conce____ão.” é grafado com
“SS”.
(c) Incorreta. “(c) satisfazer – satisfa___ao.” é grafado com
“Ç”.
(d) Incorreta. “(d) interpretar – interpreta___ão” é grafado
com “Ç”.
(e) Incorreta. “(e) aprovar – aprova___ão.” é grafado com
“Ç”.
Assim, o substantivo abstrato derivado do verbo ap-
resentado que NÃO é grafado com o mesmo fonema conson-
antal dos demais se encontra na alternativa “(b) conceder –
conce____ão” que é grafado com “SS”. Os demais substantivos
são grafados com “Ç”.
Gabarito: B
11. BNDES
Indique a opção em que os substantivos derivados dos
verbos abaixo são grafados, respectivamente, com Ç e
SS, como os derivados de “aproximar” e “interessar”.
a) Pretender e intimar.
b) Afligir e reprimir.
c) Agredir e exibir.
d) Interessar e compreender.
e) Explicar e deter.
90/294
(a) Incorreto. Em “(a) Pretender e intimar.” temos os
substantivos “pretenSão” – grafado com “S” e “intimaÇão” –
grafado com “Ç”.
(b) Correto. Em “(b) Afligir e reprimir.” temos os sub-
stantivos “afliÇão” – grafado com “Ç” e “repreSSão” – gra-
fado com “SS”. Assim, a resposta correta é a (b), pois a
opção em que os substantivos derivados são grafados, re-
spectivamente, com Ç e SS é “Afligir e reprimir”.
(c) Incorreto. Em “(c) Agredir e exibir.” temos os sub-
stantivos “agreSSão”- grafado com “SS” e “exibiÇão” – gra-
fado com “Ç”.
(d) Incorreto. Em “(d) Interessar e compreender.” temos
os substantivos “intereSSe” – grafado com “SS” e
“compreenSão” – grafado com “S”.
(e) Incorreto. Em “(e) Explicar e deter.” temos os sub-
stantivos “explicaÇão” – grafado com “Ç” e “detenÇão” –
grafado com “Ç”.
Gabarito: B
12. PETROBRAS 2010
O par de palavras que NÃO deve ser acentuado, segundo
o registro culto e formal da língua, é:
a) interim – polen.
b) itens – pudico.
91/294
c) juizes – prototipo.
d) economico – refem.
e) heroi – biceps.
(a) Incorreto. Em “(a) interim – polen.” temos ínterim que
é proparoxítona. Relembrando que as proparoxítonas são
aquelas em que a sílaba tônica é a antepenúltima. Pólen é
paroxítona terminada em “n”, portanto, deve ser
acentuada.
(b) Correta. Em “(b) itens – pudico.” temos duas palavras
paroxítonas. As paroxítonas terminadas em “ens” e “o” não
são acentuadas.
Dica sobre acentuação: IMPORTANTE!
Se a oxítona terminada em certa letra é acentuada, a paroxítona
não é, e vice versa, se a oxítona terminada em certa letra não é
acentuada, a paroxítona com a mesma terminação é. Exemplo:
“Pólen” é paroxítona terminada em “n”, portanto, deve ser
acentuada. Com isso, oxítona terminada em “n” não deve ser
acentuada.
“Itens” é paroxítona terminada em “ens” e não é acentuada.
Armazéns é oxítona terminada em “ens” e é acentuada.
(c) Incorreto. Em “(c) juizes – prototipo.” temos um hiato
em juízes. Em protótipo temos uma palavra
92/294
proparoxítona. De acordo com a Gramática Normativa,
acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.
(d) Incorreto. Em “(d) economico – refem.” econômico é
uma palavra proparoxítona, ou seja, deve ser acentuada.
Em refém temos uma oxítona terminada em “em”, port-
anto, deve ser acentuada.
(e) Incorreto. “(e) heroi – biceps.” Em herói temos uma
oxítona terminada em ditongo aberto “ói”, logo, deve ser
acentuada. Em bíceps temos uma paroxítona terminada em
“ps”, portanto, deve ser acentuada.
Gabarito: B
13. EPE
Os substantivos dicção e junção, derivados de “dizer” (l.
2) e “juntar” (l. 21), são grafados com ç. Assinale a
opção em que o vocábulo é grafado com essa mesma
letra.
a) Prospec___ão.
b) Discu___ão.
c) Preten___ão.
d) Cone___ão.
e) Permi___ão.
93/294
(a) Correto. “(a) Prospec___ão.” é a alternativa correta,
pois é grafado com -ç- e deriva de verbos terminados em
“–pectar”, orginando o substantivo abstrato “prospecção”.
(b) Incorreto. “(b) Discu___ão.” é grafado com -ss- e deriva
de verbos terminados em “-tir”.
(c) Incorreto. “(c) Preten___ão.” é grafado com -s- e deriva
de verbos terminados em “-ender”
(d) Incorreto. “(d) Cone___ão.” é grafado com -x- e deriva
de verbos terminados em “-nectar”.
(e) Incorreto. “(e) Permi___ão.” é grafado com -ss- e deriva
de verbos terminados em “-tir”.
Gabarito: A
14. PETROBRAS 2010
Duas palavras cuja acentuação NÃO ocorre, segundo o
registro culto e formal da língua, pela mesma regra, são:
a) já e lá.
b) solícitos e ônibus.
c) vitória e água.
d) está e vocês.
e) saía e condomínio.
(a) Incorreta. Em “(a) já e lá.” temos dois monossílabos
tônicos terminados em “A”. Segundo a Gramática
94/294
Normativa, todos monossílabos tônicos terminados em “a
(s)”, “e (s)” e “o (s)” devem ser acentuados.(b) Incorreta. Em “(b) solícitos e ônibus.” temos duas pa-
lavras proparoxítonas. De acordo com a Gramática
Normativa, acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.
(c) Incorreta. Em “(c) vitória e água.” temos duas palavras
paroxítonas terminadas em ditongo, logo devem receber o
acento gráfico em função da regra das paroxítonas termin-
adas em ditongo.
(d) Incorreta. Em “(d) está e vocês.” temos duas palavras
oxítonas. A primeira palavra é oxítona terminada em “a”, e a
segunda é oxítona terminada em “e”. Ambas recebem acento
gráfico em função da regra de acentuação das oxítonas ter-
minadas em “a”, “e”, “o”, “em/ens”.
(e) Correta. Em “(e) saía e condomínio.” temos duas palav-
ras cuja acentuação não ocorre pela mesma regra. A
primeira é acentuada pela regra do “i/u” na segunda vogal
de hiato, sozinhas ou seguidas de s e que não sejam seguidas
de nh. Já a segunda palavra é uma paroxítona terminada em
ditongo.
Gabarito: E
95/294
15. DNPM
A ____________ do uso de computadores restabeleceu o silên-
cio nas redações dos jornais, onde agora a voz do jor-
nalista ____________ sem esforço.
Assinale a opção que apresenta as formas dos vocábu-
los que completam com correção a frase acima.
a) ascensão – sobressai.
b) ascenção – sobressai.
c) assenção – sobressai.
d) ascenção – sobressae.
e) assensão – sobressae.
Para resolvermos esta questão, lembremo-nos, primeira-
mente, da regra dos substantivos derivados dos verbos. Os
verbos terminados em “ender” criam os substantivos deriva-
dos com “são”. O verbo desta questão é o “ascender”, port-
anto, o substantivo derivado será “ascensão”.
Gabarito: A
DICA
As questões de fonética e fonologia são cobradas em concursos
públicos, porém não são tão recorrentes como as questões de
sintaxe e interpretação de texto. Por isso, otimize seu tempo e
estude as questões que já apareceram nos concursos e não se
96/294
esqueça de rever as matérias estudadas. Devido a nossa experiên-
cia em provas de concursos, percebemos que há uma tendência
da Banca Cesgranrio em cobrar: 1 – acentuação: conjunto de pa-
lavras que são acentuadas pela mesma regra; 2 – palavras deriva-
das e primitivas: quais as terminações utilizadas; 3 – No caso do
uso das consoantes, o melhor exercício é ler, pois é difícil
guardar todas as regras e usos sem leitura.
97/294
Capítulo 3
Morfologia
Definir morfologia é sempre um desafio. Não podemos ser
simplistas e passar uma lista de prefixos e sufixos gregos e
latinos e supor que alguém, algum dia, consiga aprender esta
disciplina desta maneira. Por isso, gosto de dizer que a mor-
fologia estuda o processo de decomposição das palavras,
suas estruturas e classificação. O conteúdo é bastante ex-
tenso e de extrema relevância para realizarmos questões em
outros capítulos. Neste momento de preparação, atrevo-me a
dizer algo: existe uma parte da morfologia que é muito mais
cobrada do que a outra nas provas da Banca Cesgranrio.
Veremos os esquemas e comentaremos as questões que
aparecem com maior ou menor frequência.
99/294
100/294
101/294
102/294
103/294
104/294
QUESTÕES
COMENTADAS
1. PETROBRAS 2010
O elemento mórfico destacado NÃO está classificado cor-
retamente em:
a) beber – desinência modo-temporal.
b) trabalham – tema.
c) vizinha – desinência de gênero.
d) sol – radical.
e) triste – vogal temática.
Incorreta. (a) beber – desinência modo-temporal. O se-
gundo e de beber é vogal temática verbal. A vogal temát-
ica tem a função de preparar o radical para receber as
desinências. Outra função é de identificar a conjugação a
que o verbo pertence. Preste atenção no quadro abaixo. Ele
mostra os exemplos de vogais temáticas verbais:
Vogal temática Conjugação Exemplos
A 1ª sonhar
E 2ª viver
105/294
Vogal temática Conjugação Exemplos
I 3ª sorrir
(b) Correta. (b) trabalham – tema. O tema é a junção do
radical (TRABALH-) + vogal temática (a). O radical é a
parte da palavra responsável por sua significação principal.
(c) Correta. (c) vizinha – desinência de gênero. Lembre-se
que as desinências indicam as flexões das palavras. Elas po-
dem ser nominais ou verbais. As desinências nominais indic-
am o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/
plural). Em vizinha, o a é desinência nominal de gênero
feminino.
(d) Correta. (d) sol – radical. Sol é o radical, pois designa
o morfema que concentra a significação principal da palavra.
(e) Correta. (e) triste – vogal temática. O e em triste é
vogal temática já que não admite flexão de gênero mas-
culino/feminino.
IMPORTANTE!
Diferença entre vogal temática e desinência nominal de gênero.
Exemplos:
Livro → o é vogal temática, pois não admite flexão de gênero
masculino/feminino.
106/294
Médico → o é desinência nominal de gênero, pois admite
flexão de gênero feminino (médica).
Gabarito: A
2. FAEPOL
Assinale a opção em que NÃO há correspondência de
significado entre os elementos destacados.
a) Antiaéreo – anteposto.
b) Semicerrado – hemisfério.
c) Impossível – desassossegado.
d) Indiferente – imóvel.
e) Subterrâneo – hipoglicemia.
(a) Correta. Em “(a) Antiaéreo – anteposto”, temos dois
prefixos distintos. Em anti, temos o sentido de oposição, con-
tra. Para não confundirmos, lembre-se sempre que com-
pramos o antialérgico, o antigripal que são contra as
doenças. Já o prefixo ante indica anterioridade,
antecedência.
(b) Incorreta. Em “(b) Semicerrado – hemisfério”, temos
os prefixos semi e hemi que indicam metade. Como não é
cobrado em provas de concurso, não é necessário saber qual
prefixo é de origem grega e qual é de origem latina.
107/294
(c) Incorreta. Em “(c) Impossível – desassossegado”, temos
os prefixos im e des e ambos indicam ausência de.
(d) Incorreta. Em “(d) Indiferente – imóvel”, temos os pre-
fixos in e i que indicam ausência de.
(e) Incorreto. Em “(e) Subterrâneo – hipoglicemia”, temos
os prefixos sub e hipo que significam posição abaixo. Temos
o oposto de sub e hipo que são super e hiper que signi-
ficam “posição acima”. Ex.: super-homem e hipertensão.
DICA
Preste atenção nas palavras que você usa no dia a dia e se elas
são formadas por prefixos. Esta é a maneira mais prática de
aprender esta parte da morfologia. Lembre-se que utilizamos di-
versas palavras tais como “multinacional”, “polissílabo”,
“exportar”, “retroceder”, dentre outras, que são compostas por
prefixos que utilizamos constantemente.
Gabarito: A
3. PETROBRAS
Em desigual e infeliz, os prefixos destacados têm sentido
de negação. O prefixo que apresenta esse mesmo sentido
está na palavra:
a) expatriar.
108/294
b) imigrar.
c) reação.
d) anarquia.
e) decapitar.
(a) Incorreta. Em “(a) Expatriar”, o prefixo ex tem o signi-
ficado de movimento para fora.
(b) Incorreta. Em “(b) imigrar”, o prefixo i possui o sen-
tido de movimento para dentro, ou seja, imigrar = entrar em
um país.
(c) Incorreta. Em “(c) reação”, o prefixo re significa re-
petição, ou seja, agir de novo.
(d) Correta. Em “(d) anarquia,” o prefixo an significa neg-
ação, privação.
(e) Incorreta. Em “(e) decapitar”, o prefixo de indica sep-
arar, ou seja, tirar a cabeça de.
Gabarito: D
4. PETROBRAS 2010
Dentre as apresentadas a seguir, as palavras NÃO
cognatas são:
a) pedra e empedrar.
b) caminho e caminhar.
c) pura e depurar.
d) atrás e atrasado.
109/294
e) mudança e emudecer.
As palavras cognatas são aquelas que apresentam um
mesmo radical primário, pertencendo a uma mesma família
de significação.
(a) Incorreto. Na alternativa (a), as duas palavras são
cognatas já que possuem o mesmo radical pedr- que é de-
rivado da palavra grega pétra. É importante percebermos a
formação da palavra “empedrar” para que reconheçamos o
mesmo radical pedra. No caso de empedrar temos 3 mor-
femas: em+pedra+ar e o radical comum pedr-.
(b) Incorreto. Na alternativa (b), caminho e caminhar são
palavras cognatas, pois possuem o radical comum caminh- o
qual é derivado do latim camminu. Como fazem parte da
mesma família, a formação de caminhar é caminho+ar.
(c) Incorreto. Na alternativa (c), pura e depurarsão palav-
ras cognatas, pois apresentam o mesmo radical do latim pur-
us que significa “limpar, purificar, sem mistura”. Em por-
tuguês o radical comum das palavras é o pur- em “pura e
depurar”.
(d) Incorreto. Na alternativa (d), atrás e atrasado são pa-
lavras cognatas uma vez que possuem o mesmo radical at-
ras- sendo assim da mesma família. Ambas são derivadas do
latim ad+trans.
(e) Correto. Na alternativa (e), há duas palavras de famíli-
as diferentes. Mudança é formada por 2 morfemas –
110/294
Mudar+ança – sendo derivada do latim mutare. O radical de
mudança é muda-. Já emudecer é derivado do latim mutu e é
composto por 3 morfemas – em+mudo+ecer. O radical de
emudecer é mud-, portanto, percebemos que as duas palavras
não são cognatas já que não são da mesma família e não pos-
suem radicais comuns.
Gabarito: E
5. PETROBRAS 2010
A frase abaixo que deve ser completada, segundo o re-
gistro culto e formal da língua, com o pronome lhe é:
a) De início, o profissional especialista não ____
compreendera.
b) Prevenira- ____ de que, um dia, ela poderia ser alvo de crít-
icas ácidas.
c) Eu ____ vi ontem pedindo desculpas sinceras por seus erros
no passado.
d) A observação é o caminho que _____ conduzirá a um futuro
próspero.
e) Disse ao amigo que _____ queria muito bem.
As formas oblíquas lhe e lhes funcionam, sempre, como comple-
mento de verbo e referem-se a substantivos regidos por pre-
posição – verbos transitivos indiretos (VTI). Não devem ser
111/294
confundidos com os pronomes o, a, os, as que exercem função
de complemento de verbo transitivo direto (VTD), ou seja, sem
preposição.
(a) Incorreto. Em “(a) De início, o profissional especialista
não ____ compreendera.” é incorreto o uso do pronome lhe,
visto que o verbo compreender está sendo empregado como
VTD, isso requisita pronome átono o.
(b) Incorreto. Em “(b) Prevenira- ____ de que, um dia, ela
poderia ser alvo de críticas ácidas.” é incorreto o uso do pro-
nome lhe, (b) uma vez que o verbo previnir é V.T.D.I
quando possui o sentido de “avisar antecipadamente”. Ve-
jamos a dica: quem previne, previne alguém de alguma coisa
– zero preposição (pessoa) + preposição de (alguma coisa).
Assim, na frase acima, o uso do pronome lhe é incorreto,
pois o pronome lhe atua, exclusivamente, como OI.
(c) Incorreto. Em “(c) Eu ____ vi ontem pedindo desculpas
sinceras por seus erros no passado.” é incorreto quanto ao
uso do pronome oblíquo átono “lhe”, pois o verbo ver
empregado como VTD, requisita pronome átono o.
(d) Incorreto. Em “(d) A observação é o caminho que _____
conduzirá a um futuro próspero” é incorreto o uso do pro-
nome oblíquo átono lhe, pois o verbo conduzir empregado
como VTD, requisita pronome átono o.
112/294
(e) Correto. Em “(e) Disse ao amigo que _____ queria muito
bem.” é correto o uso do pronome oblíquo átono lhe, nesta
alternativa, tendo em vista a regência do verbo dizer.
Gabarito: E
6. PETROBRAS 2010
Em relação aos aspectos gramaticais, assinale a opção
em que é respeitado o registro culto e formal da língua.
a) Não sei onde você pretende chegar com esse tipo de
atitude.
b) Devido o processo de seleção, precisamos nos capacitar.
c) Entre mim e você não deve existir concorrência desleal.
d) O profissional qualificado almeja ao seu espaço na
empresa.
e) A tolerância, a ousadia e a criatividade, fazem parte do
perfil de um bom profissional.
A alternativa (c) é a correta, pois as formas eu e tu não
podem vir precedidas de preposição, funcionando como
complemento. Para substituí-las, usam-se os pronomes ob-
líquos correspondentes mim e você, conforme percebemos
em: “Entre mim e você não deve exisir concorrência desleal.
113/294
7. PETROBRAS 2010
Para _______, o maior desafio do ser humano são os rela-
cionamentos na organização. Desse modo, para _______ as-
cender profissionalmente, preciso acabar com as difer-
enças que há entre _______ e _________. A sequência que com-
pleta corretamente a frase acima, segundo o registro
culto e formal da língua, é:
a) mim – mim – eu – tu.
b) mim – eu – mim – você.
c) eu – mim – eu – você.
d) eu – eu – mim – ti.
e) eu – mim – mim – ti.
(b) Correta. Na primeira lacuna desta questão, devemos
preencher com Para mim com vírgula, que equivale à ex-
pressão “na minha opinião”. Na segunda lacuna, devemos
prestar atenção no emprego do pronome; se ele estiver fun-
cionando como sujeito da oração, obrigatoriamente, será
usado o eu ou o tu, pois apenas os pronomes retos podem
exercer a função de sujeito da frase. “Desse modo: para (pre-
posição) EU ascender (verbo no infinitivo) profissional-
mente…”. Na última lacuna devemos utilizar os pronomes
oblíquos mim e você, já que os pronomes eu e tu não po-
dem vir precedidos de preposição.
Gabarito: B
114/294
8. PETROBRAS 2010
Assinale a opção em que o termo “EM QUE” tem a
mesma função sintática do destacado em “No momento
em que saía de casa,” (••. 11-12).
a) Na casa em que ela morava antigamente não faltava água.
b) Existem determinadas histórias em que, às vezes, não
acreditamos.
c) Foi providencial a época em que conheci pessoas tão
generosas.
d) O argumento em que você se baseava foi rejeitado pelo
diretor.
e) O projeto de reciclagem em que tinham absoluta confi-
ança foi indeferido.
Na expressão “No momento em que saía de casa,” po-
demos perceber que o em que é adjunto adverbial de
tempo. O adjunto adverbial é o termo de valor adverbial
que se junta ao verbo para indicar circunstância do fato ex-
presso pelo verbo. No fragmento: “No momento em que saía
de casa,” o termo em que indica o tempo em que ocorre o
fato verbal, portanto, é adjunto adverbial de tempo.
(a) Incorreto. Em “(a) Na casa em que ela morava antiga-
mente não faltava água.” o em que, na presente passagem,
denota adjunto adverbial de lugar, portanto esta altern-
ativa está incorreta.
115/294
(b) Incorreto. Em “(b) Existem determinadas histórias em
que, às vezes, não acreditamos.” o em que, desse trecho, é
objeto indireto. O objeto indireto é o complemento do
verbo transitivo indireto (VTI). No fragmento: “Existem de-
terminadas histórias em que, às vezes, não acreditamos.” o
termo em que indica o alvo/destinatário do fato verbal,
portanto, é objeto indireto.
(c) Correto. Em “(c) Foi providencial a época em que con-
heci pessoas tão generosas.” o em que é adjunto adverbial
de tempo. No fragmento: “Foi providencial a época em que
conheci pessoas tão generosas.”, indica o tempo em que
ocorre o fato verbal, portanto é adjunto adverbial de
tempo. Assim, o em que possui as mesmas características
sintáticas do em que contido no enunciado, sendo a altern-
ativa correta.
(d) Incorreto. Em “(d) O argumento em que você se
baseava foi rejeitado pelo diretor.” é, na presente passagem,
complemento verbal do verbo basear, portanto, esta al-
ternativa está incorreta.
(e) Incorreto. Em “(e) O projeto de reciclagem em que tin-
ham absoluta confiança foi indeferido.” o em que é, nesta
expressão, complemento nominal.
Gabarito: C
116/294
9. BNDES 2006
Assinale a opção em que a flexão de número do sub-
stantivo composto é feita da mesma maneira que em
“beija-flores” (l. 26).
a) Guarda-florestal.
b) Carro-pipa.
c) Bóia-fria.
d) Quebra-mar.
e) Bem-te-vi.
Nesta questão, você terá que encontrar a alternativa que a
palavra possui a mesma flexão de “beija-flores”, ou seja, a
flexão ocorrendo somente no segundo elemento.
(a) Incorreta. Em “(a) Guarda-florestal.” temos a flexão de
ambos os elementos – guardas-florestais, pois quando
temos duas palavras variáveis quanto ao número ambas de-
vem ir para o plural. “Guarda-florestal” é formado por sub-
stantivo e adjetivo.
(b) Incorreta. Em “(b) Carro-pipa.” temos dois plurais:
carros-pipas ou carros-pipa. Em “carros-pipa” somente o
primeiro elemento deve ir para o plural, quando o segundo
elemento indicar finalidade em relação ao primeiro. “Carro-
pipa” é formado por dois substantivos.
(c) Incorreta. Em “(c) Bóia-fria.” temos a flexão de ambos
os elementos – bóias-frias, pois quando temos duas palavras117/294
variáveis quanto ao número ambas devem ir para o plural.
“Bóia-fria” é formado por substantivo e adjetivo.
(d) Correta. Em “(d) Quebra-mar.” a flexão só ocorre no
segundo elemento, pois o segundo elemento deve ir para o
plural somente quando o primeiro elemento é um verbo.
“Quebra-mar” é formado por verbo e substantivo.
(e) Incorreta. Em “(e) Bem-te-vi.” temos a flexão apenas
do último elemento – os bem-te-vis. Segundo a Gramática
Normativa, os nomes próprios com valor de substantivo ap-
resentam o plural especial.
Gabarito: D
10. BNDES 2009
Qual vocábulo se flexiona em número pela mesma justi-
ficativa que “salva-vidas” (l. 26)?
a) Guarda-municipal.
b) Beija-flor.
c) Salário-mínimo.
d) Segunda-feira.
e) Navio-escola.
Nesta questão, você deverá encontrar a alternativa que
mostra a mesma flexão de “salva-vidas”, ou seja, a flexão
ocorrendo somente no segundo elemento.
118/294
(a) Incorreta. Em “(a) Guarda-municipal.” temos a flexão
de ambos os elementos – guardas-municipais, pois quando
temos duas palavras variáveis quanto ao número ambas de-
vem ir para o plural. “Guarda-municipal” é formado por sub-
stantivo e adjetivo.
(b) Correta. Em “(b) Beija-flor.” a flexão só ocorre no se-
gundo elemento, pois somente o segundo elemento deve ir
para o plural quando o primeiro elemento é um verbo.
“Beija-flor” é formado por verbo e substantivo.
(c) Incorreta. Em “(c) Salário-mínimo.” temos a flexão de
ambos elementos – salários-mínimos, pois quando temos
duas palavras variáveis quanto ao número ambas devem ir
para o plural. “Salário-mínimo” é formado por substantivo e
adjetivo.
(d) Incorreta. Em “(d) Segunda-feira.” temos a flexão de
ambos elementos – segundas-feiras, pois quando temos
duas palavras variáveis quanto ao número ambas devem ir
para o plural.
(e) Incorreta. Em “(e) Navio-escola.” temos dois plurais:
navios-escolas ou navios-escola. Em “navios-escola” o
primeiro elemento deve ir para o plural, somente quando o
segundo elemento indicar finalidade em relação ao primeiro.
“Navio-escola” é formado por dois substantivos.
Gabarito: B
119/294
11. BNDES
Assinale a opção INCORRETA quanto à classe atribuída à
palavra destacada.
a) “Sabe-se que,” (l. 3) – conjunção subordinativa integrante.
b) “…beneficiando-se de um impulso mútuo.” (l. 10-11) –
numeral.
c) “ela entra outra vez…” (l. 14) – pronome indefinido.
d) “levantam vôo, sozinhas,” (l. 29) – adjetivo.
e) “…para apoiar o mais fraco.” (l. 32-33) – advérbio.
(a) Correta. Na alternativa “(a) Sabe-se que quando cada
ave bate as asas, move o ar para cima, ajudando a sustentar
a ave imediatamente de trás”, o que exerce função de con-
junção subordinada integrante.
(b) Incorreta. Na alternativa “(b) …beneficiando-se de um
impulso mútuo.” – o um é artigo indefinido masculino que
antecede o substantivo impulso. Para que um exerça função
de numeral este deve ter uma representação numérica.
(c) Correta. Na expressão “(c) ela entra outra vez…” –
outra é pronome indefinido. O pronome indefinido se refere
à terceira pessoa do discurso de forma imprecisa.
(d) Correta. Em “(d) levantam voo, sozinhas,” – sozinhas
é adjetivo. Pode ser substituída por “sós” sem alteração de
sentido.
120/294
(e) Correta. Em “(e) …para apoiar o mais fraco.” – mais é
advérbio de intensidade. Nesta alternativa, o advérbio de in-
tensidade mais exprime circunstância e modifica o adjetivo
fraco intensificando-o.
Gabarito: B
12. EPE
Assinale a correlação INCORRETA entre o cargo/título e
o referido pronome de tratamento.
a) Papa: Vossa Santidade.
b) Reitor: Vossa Magnificência.
c) Senador: Vossa Excelência.
d) Príncipe: Vossa Majestade.
e) Diretor de escola: Vossa Senhoria.
A alternativa incorreta é a letra “(d) Príncipe: Vossa
Majestade”. O pronome de tratamento utilizado para Prín-
cipe é Vossa Alteza. O pronome Vossa Majestade refere-se
aos imperadores, reis e rainhas.
Gabarito: D
121/294
Unidade 1 – Verbo
A definição de verbo segundo o dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa (HOUAISS e VILLAR, 2001, p.2.844) “A palavra
que exprime, por flexões diversas, o modo de atividade ou
estado que apresentam as pessoas, animais ou coisas de que
se fala.” A definição é “perfeita”, porém não contribui para
que logremos sucesso em nossos certames. Vejamos um ex-
emplo. Qual a construção mais adequada da frase a seguir:
“As novas tecnologias têm mudado a forma de ensino” ou
“As novas tecnologias estão mudando a forma de ensino”.
Ambas as construções estão corretas de acordo com a
gramática normativa, e indicam que a ação de mudar está
em progressão, em um processo que ainda não está ter-
minado. Em “têm mudado” temos a forma do pretérito per-
feito composto que indica um fato iniciado no passado e
que continua ocorrendo até o fato da fala, e em “estão
mudando” temos o “gerúndio durativo “que apresenta uma
ação em curso. Portanto, quando estudamos verbo, devemos
saber analisar os tempos verbais, o que cada modo, tempo e
formas nominais tem para nos oferecer para podermos
comunicar e nos expressar com mais competência nas diver-
sas situações por meio da Língua Portuguesa. Abaixo, ap-
resentamos o esquema de verbos. Ressaltamos a importância
de conhecermos os conceitos e entendermos a funcionalid-
ade deles para aplicá-los na prática.
123/294
124/294
125/294
Esquema de derivação das formas verbais:
QUESTÕES
COMENTADAS
1. PETROBRAS 2011
O verbo destacado NÃO é impessoal em:
126/294
a) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o setor
de finanças.
b) Espero que não haja empecilhos à minha promoção.
c) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial.
d) Já passava das quatro horas quando ela chegou.
e) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado.
A questão trata dos verbos impessoais, ou seja, verbos que
não têm sujeito com quem concordar. Por isso, os verbos
impessoais sempre estão na 3ª pessoa do singular.
O verbo houvesse não é impessoal em “(e) Embora
houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado”. O verbo
haver como impessoal tem o sentido de existir. Nesta or-
ação, tentaremos substituir o houvesse por existisse e
veremos que não faz sentido. Vejamos: “Embora existisse
acertado a hora, ele chegou atrasado”. A frase fica total-
mente sem sentido, portanto, o verbo haver nesta oração não
é impessoal.
Gabarito: E
2. PETROBRAS 2011
Sob Medida
Chico Buarque
Se você crê em Deus
127/294
Erga as mãos para os céus e agradeça
Quando me cobiçou
Sem querer acertou na cabeça
No fragmento acima, passando as formas verbais
destacadas para a segunda pessoa do singular, a sequên-
cia correta é:
a) crês, ergues, agradecei, cobiçais, acertais.
b) crês, ergue, agradece, cobiçaste, acertaste.
c) credes, ergueis, agradeceis, cobiçaste, acertaste.
d) credes, ergas, agradeças, cobiçais, acertais.
e) creis, ergues, agradeces, cobiçaste, acertaste.
(b) Correta. O verbo “crer” está conjugado no presente do
indicativo (ele crê). Passando para a segunda pessoa do sin-
gular do presente do indicativo temos crês. Já se passarmos
para a segunda pessoa do plural do presente do indicativo
temos credes.
O verbo erguer está no imperativo afirmativo, portanto a
segunda pessoa do singular é “ergue”. Preste atenção no es-
quema de derivação do presente do indicativo para o imper-
ativo afirmativo que apresentamos abaixo.
128/294
Presente do
indicativo
– Erguer
Imperativo
Afirmativo
– Erguer
Comentários sobre a
conjugação verbal
Eu ergo —– No imperativo não se
conjuga a primeira
pessoa pela im-
possibilidade de dar
uma ordem a si
mesmo.
Tu ergues Ergue Tu A 2ª pessoa do singular
do imperativo afirm-
ativo deriva da 2ª
pessoa do singular
do presente do in-
dicativo retirando a
desinência “s”.
Ele ergue Erga Você
Nós erguemos Ergamos Nós
Vós ergueis Erguei Vós A 2ª pessoa do plural
do imperativo afirm-
ativo deriva da 2ª
pessoa do plural do
presente do
129/294
Presente do
indicativo
– Erguer
Imperativo
Afirmativo
– Erguer
Comentários sobre a
conjugação verbal
indicativo retirando
a desinência “s”.
Eles erguemErgam Eles
O verbo agradecer está conjugado no imperativo afirmat-
ivo e sofre o mesmo processo que o verbo “erguer”. Portanto,
na segunda pessoa do singular deve ser conjugado agradece
tu.
O verbo cobiçou está conjugado no pretérito perfeito do
indicativo. Passando para a 2ª pessoa do singular do
pretérito perfeito do indicativo temos cobiçaste. O verbo
acertou está conjugado na 3ª pessoa do singular do pretérito
perfeito do indicativo. Transformando-o para a 2ª pessoa do
singular temos acertaste.
Gabarito: B
3. DECEA
É preciso que _____________ adequadamente sentimentos. A
flexão do verbo nomear que completa corretamente a
frase acima é:
130/294
a) nomeiemos.
b) nomeas.
c) nomeamos.
d) nomeem.
e) nomeemos.
O verbo “nomear” é um dos verbos irregulares mais cobra-
dos em provas de concursos. O verbo “nomear” faz parte do
grupo de verbos “EAR”, ou seja, o grupo que apresenta o ac-
réscimo de “i” após o radical nas formas rizotônicas (vogal
tônica dentro do radical). Vejamos a conjugação do verbo
“nomear” no presente do subjuntivo:
Que eu nomeie
Que tu nomeies
Que ele nomeie
Que nós nomeemos
Que vós nomeeis
Que eles nomeiem
A única exceção no acréscimo de “i” na forma rizotônica é
na 1ª pessoa do plural. Como nesta questão a lacuna deve ser
preenchida por um verbo da 1ª pessoa do plural do
presente do subjuntivo, a alternativa correta é
“nomeemos”.
Gabarito: E
131/294
4. DECEA
Assinale a opção cuja frase está INCORRETA quanto à
flexão verbal, segundo a norma culta.
a) Quando o ver, saberei como tratá-lo.
b) Já houve momentos em que tive dúvidas quanto ao modo
de agir.
c) Se não mantivermos firmes propósitos, não teremos
sucesso.
d) Seu êxito depende de que você esteja aberto ao diálogo.
e) Vimos agora, pois não pudemos vir antes.
(a) Incorreta. O verbo ver é conjugado “Quando o vir…”
no futuro do subjuntivo. Este é um erro comum da fala que
aparece constantemente em provas de concurso. Preste
atenção na conjugação do verbo vir no futuro do subjuntivo:
“Quando eu vier…”.
ATENÇÃO
Fique atento às formas dos verbos vir e ver no futuro do
subjuntivo.
(b) Correta. Nesta sentença o verbo haver é usado no sen-
tido de existir – verbo impessoal – não admite flexão de
plural. É uma oração sem sujeito, logo, o verbo fica na 3ª
pessoa do singular.
132/294
(c) Correta. O verbo manter é derivado do verbo ter. Port-
anto, vemos que há uma correspondência entre a forma
mantivermos – futuro do subjuntivo – com o teremos –
presente do indicativo.
(d) Correta. O trecho “depende de que” caracteriza o
caráter hipotético da sentença. Portanto, a forma verbal do
presente do subjuntivo – esteja – está correta.
(e) Correta. Vimos é forma da 1ª pessoa do plural do
presente do indicativo do verbo vir. A locução verbal pu-
demos vir é forma da 1ª pessoa do plural do pretérito per-
feito do indicativo do verbo poder. A correlação entre os
tempos verbais foi adequada.
Gabarito: A
5. REFAP
Assinale a opção em que o par de orações NÃO ap-
resenta transformação da voz verbal.
a) “‘O que eu fiz, nenhum bicho jamais faria.’” (l. 14) / O
que foi feito por mim não teria sido feito por nenhum
bicho.
b) “O poeta espanhol Federico Garcia Lorca… ficou as-
sustado com Nova York.” (l. 26-28) / O poeta espanhol Fe-
derico Garcia Lorca foi assustado por Nova York.
c) “Enquanto os turistas admiram a qualidade da comida nos
magníficos restaurantes,” (l. 31-32) / Enquanto a
133/294
qualidade da comida é admirada pelos turistas nos mag-
níficos restaurantes.
d) “Lorca interpela os que se beneficiam com esse sistema,”
(l. 39-40) / Os que se beneficiam com esse sistema são in-
terpelados por Lorca.
e) (Lorca) “Acusa os detentores do poder e da riqueza de
camuflarem a dura realidade social…” (l. 44-45) / Os de-
tentores do poder e da riqueza são acusados por Lorca de
camuflarem a realidade social.
(a) Incorreta. “(a) O que eu fiz, nenhum bicho jamais
faria.” (l. 14) / O que foi feito por mim não teria sido feito
por nenhum bicho. Esta alternativa está incorreta, pois, na
primeira oração, temos a voz ativa (o sujeito é o agente da
ação verbal). Na segunda oração temos a voz passiva analít-
ica (ser + particípio do verbo principal + agente da pas-
siva). Logo, houve transformação de voz verbal. (b) Correta.
“(b) O poeta espanhol Federico Garcia Lorca… ficou as-
sustado com Nova York.” (l. 26-28) / O poeta espanhol Fe-
derico Garcia Lorca foi assustado por Nova York. Esta al-
ternativa é a correta, pois não houve mudança na voz verbal.
Nas duas orações temos a voz passiva analítica.
(c) Incorreta. “(c) Enquanto os turistas admiram a qualid-
ade da comida nos magníficos restaurantes,” (l. 31-32) / En-
quanto a qualidade da comida é admirada pelos turistas nos
magníficos restaurantes. Está incorreta, pois na primeira or-
ação temos a voz ativa; na segunda, a voz passiva analítica.
134/294
(d) Incorreta. “(d) Lorca interpela os que se beneficiam
com esse sistema,” (l. 39-40) / Os que se beneficiam com
esse sistema são interpelados por Lorca. Esta alternativa es-
tá incorreta, pois, na primeira oração, temos a voz ativa; na
segunda oração, a voz passiva analítica.
(e) Incorreta. “(e) (Lorca) Acusa os detentores do poder e
da riqueza de camuflarem a dura realidade social…” (l.
44-45) / Os detentores do poder e da riqueza são acusados
por Lorca de camuflarem a realidade social. Está incorreta,
pois na primeira oração temos a voz ativa; na segunda or-
ação, a voz passiva analítica.
Gabarito: B
6. BNDES
“Isso não quer dizer que seus funcionários sejam
preguiçosos,” (l. 14-15) Assinale a opção em que o verbo
está flexionado no mesmo tempo e modo que o
destacado na passagem acima.
a) Estejam atentos na hora da reunião.
b) Os ventos sopram em direção ao mar.
c) Gostaria de que ele fosse mais educado.
d) Se reouver os documentos perdidos, ficarei aliviado.
e) Espero que você cumpra o horário do trabalho.
135/294
Em “Isso não quer dizer que seus funcionários sejam
preguiçosos,” (l. 14-15), o verbo sejam corresponde à 3ª
pessoa do plural do presente do subjuntivo.
(a) Incorreta. Em “(a) Estejam atentos na hora da re-
união.” o verbo estejam corresponde à 3ª pessoa do plural
do imperativo afirmativo.
(b) Incorreta. Em “(b) Os ventos sopram em direção ao
mar.” o verbo sopram corresponde à 3ª pessoa do plural do
presente do indicativo.
(c) Incorreta. Em “(c) Gostaria de que ele fosse mais edu-
cado.” o verbo fosse corresponde à 3ª pessoa do singular do
pretérito imperfeito do subjuntivo.
(d) Incorreta. Em “(d) Se reouver os documentos per-
didos, ficarei aliviado.” o verbo reouver corresponde à 3ª
pessoa do singular do futuro do subjuntivo.
(e) Correta. Em “(e) Espero que você cumpra o horário do
trabalho.” o verbo cumpra corresponde à 3ª pessoa do sin-
gular do presente do subjuntivo.
Gabarito: E
7. BNDES
Transpondo a frase Faça diferente todos os dias! para a
2ª pessoa do singular do imperativo negativo, teremos a
forma verbal:
136/294
a) não faze.
b) não faças.
c) não fazes.
d) não fazei.
e) não faz.
Os termos verbais: presente do subjuntivo, imperativo neg-
ativo e imperativo afirmativo derivam do Presente do indic-
ativo. Segue abaixo o quadro para que você perceba a semel-
hança e a diferença entre os diferentes tempos verbais.
vejamos
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Que eu faça -----
Que tu faças Não faças (tu)
Que ele faça Não faça (você)
Que nós façamos Não façamos (nós)
Que vós façais Não façais (vós)
Que eles façam Não façam (vocês)
Imperativo Negativo Imperativo Afirmativo
----- -----
137/294
Imperativo Negativo Imperativo Afirmativo
Não faças (tu) Faze (tu)
Não faça (você) Faça (você)
Não façamos (nós) Façamos (nós)
Não façais (vós) Fazei (vós)
Não façam (vocês) Façam (vocês)
A 3ª pessoa do singular, 1ª pessoa do plural e 3ª pessoa do
plural são iguais para os três tempos verbais. As diferentes
são: 2ª pessoa do singular e 2ª pessoa do plural
(a) Incorreta. “(a) Não faze.” Faze (tu) é a forma da 2ª
pessoa do singular do Imperativo Afirmativo.
(b) Correta.“(b) Não faças.” Não faças (tu) é a forma da
2ª pessoa do singular do Imperativo Negativo.
(c) Incorreta. “(c) Não fazes.” (Tu) Fazes é forma da 2ª
pessoa do singular do Presente do Indicativo.
(d) Incorreta. “(d) Não fazei.” Fazei (vós) é a forma da 2ª
pessoa do plural do Imperativo Afirmativo.
(e) Incorreta. “(e) Não faz.” (Ele) faz é forma da 3ª pessoa
do singular do Presente do Indicativo.
Gabarito: B
138/294
8. SOPH
Assinale a opção em que os verbos estão flexionados cor-
retamente, de acordo com a norma culta da língua.
a) Vou ficar bastante feliz se você se dispor a aceitar o
convite.
b) Quando ele compor a comissão, talvez já seja tarde
demais.
c) Só vou à reunião de estudos se ele primeiro vir à minha
casa.
d) Quer que eu digito o texto de português para você?
e) Quando eu vir o secretário, peço a ele para entrar em
contato.
As alternativas (a), (b), (c), (e) trazem as formas dos verb-
os no futuro do subjuntivo. Devemos estar atentos a estas
conjugações, pois elas são muito utilizadas na linguagem
coloquial de maneira equivocada. Portanto, estude esse
tempo verbal e sua formação.
(a) Incorreta. A forma dispor está errada. Neste caso,
usamos a 3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo
dispuser.
(b) Incorreta. A forma compor está inadequada. Neste
caso, usamos a 3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo
compuser.
139/294
(c) Incorreta. A forma vir está inadequada. Neste caso,
usamos a 3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo vier.
Lembre-se que na questão 4 deste capítulo apresentamos as
diferenças nas conjugações do verbo vir e ver.
(d) Incorreta. A forma digito está inadequada. Neste caso,
usamos a 3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo
digite.
(e) Correta. O verbo ver está conjugado adequadamente
no futuro do subjuntivo – “quando eu vir o secretário…”.
Percebemos o enfoque dado ao uso do verbo ver e vir no fu-
turo do subjuntivo.
Gabarito: E
9. Em “O futuro é construído a cada instante da vida,”
encontramos o emprego da voz passiva analítica “é
construído” (Locução verbal – verbo auxiliar +
particípio).
a) constrói-se.
b) construiu-se.
c) há de ser construído.
d) pode ser construído.
e) foi construído.
A resposta correta é a letra A, pois, na passiva sintética,
o verbo “muda” para o mesmo tempo em que estava o
verbo auxiliar na passiva analítica (é: presente; constrói:
presente); o verbo da passiva analítica (é construído)
140/294
assume, na passiva sintética, a forma de verbo indicador de
ação + pronome apassivador SE (Constrói-se).
Para entender a transposição das vozes verbais, utilize os
quadros abaixo que mostram as alterações que ocorrem na
estrutura das orações.
Voz passiva analítica: Verbo auxiliar (ser/estar/ficar
etc.) + particípio do verbo indicador de ação.
Voz ativa
Transforma-
se em
Voz passiva analitica
Sujeito
Agente
----- Agente da passiva
Verbo (VTD
ou VTDI)
----- Locução verbal (verbo
auxiliar + participio)
Objeto
Direto
----- Sujeito paciente
Objeto
Indireto
Não se
transforma
Objeto indireto
Voz passiva sintética: É uma síntese da passiva analítica.
Tem sujeito paciente, VTD ou VTDI + pronome apassivador
SE.
141/294
Voz ativa
Transforma-se
em
Voz passiva
sintética
Sujeito Agente ----- -----
Verbo (VTD ou
VTDI)
----- VTD + SE ou VTDI
+ SE
Objeto Direto ----- Sujeito paciente
Objeto Indireto Não se
transforma
Objeto indireto
Voz passiva analítica x voz passiva sintética
Voz passiva analitica
Transforma-
se em
Voz passiva
sintética
Sujeito Paciente ----- Sujeito
Paciente
Locução verbal (verbo
auxiliar+participio)
----- VTD + SE ou
VTDI + SE
IMPORTANTE!
Na transposição da voz passiva analítica para a voz passiva
sintética, o verbo SEMPRE concorda com o sujeito, ou seja,
142/294
verbo no singular sujeito no singular; verbo no plural sujeito no
plural.
Gabarito: A
10. PETROBRAS
Os verbos destacados NÃO podem ser considerados uma
locução verbal em:
a) “…de que você possa arrepender-se” (título)
b) “Como podemos superar esses momentos?” (l. 12)
c) “Perguntas a que também quero responder,” (l. 13-14)
d) “posso afirmar que o mundo não acaba amanhã…”(l. 16)
e) “não deixe entrar aquilo…” (l. 24-25)
As locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar e
um verbo principal. O verbo principal é empregado em uma
das formas dos verbos nominais – infinitivo, gerúndio ou
particípio. Os verbos ter e haver são verbos auxiliares utiliz-
ados na construção da voz ativa. Já na construção da voz
passiva utilizamos os auxiliares ser e estar. Outros verbos
tais como: poder, dever, querer exercem a função de verbos
auxiliares.
(a) Correta. Em “Não transforme seu futuro em um pas-
sado de que você possa arrepender-se” (título) temos o
143/294
verbo auxiliar – possa – e o verbo principal no infinitivo –
arrepender-se compondo uma única oração.
(b) Correta. A oração “Como podemos superar esses mo-
mentos?” é composta por um verbo auxiliar – podemos – e o
verbo principal no infinitivo – superar – compondo uma ún-
ica oração.
(c) Correta. A oração “(c) Perguntas a que também quero
responder,” é formada por um verbo auxiliar – quero – e o
verbo principal no infinitivo – responder – compondo uma
única oração.
(d) Correta. Em “(d) posso afirmar que o mundo não
acaba amanhã…” temos o verbo auxiliar – posso – e o verbo
principal no infinitivo – afirmar.
(e) Incorreta. Em “não deixe entrar aquilo de que você
tem dúvida; se deixar, limite o espaço.” temos duas orações:
uma principal e uma subordinada. A oração principal é não
deixe; a oração subordinada é entrar aquilo (…). Essa or-
ação subordinada substantiva objetiva direta reduzida de in-
finitivo não apresenta conjunção ou pronome relativo em
sua formação e possui o verbo no infinitivo.
Gabarito: E
144/294
Unidade 2 – Palavras
Invariáveis
Normalmente, as locuções adverbiais femininas recebem
acento grave indicativo de crase conforme mostramos nos
exemplos acima. Porém, preste atenção na diferença entre às
vezes e as vezes, à noite e a noite. À noite é uma locução
adverbial que significa de noite, durante a noite Ex: Saiu à
noite (Saiu de noite ou saiu durante a noite). Já a noite sem
o acento indicativo da crase, normalmente, indica o sujeito
da oração. Ex.: Saiu a noite (sem crase). Quem saiu? En-
tenderíamos que quem saiu foi o período “da noite” o que
146/294
não é possível. O às vezes é uma locução adverbial com o
sentido de: de vez em quando. Já o as vezes sem o acento in-
dicativo da crase significa momento, ocasião. Ex.: Todas as
vezes que viajo fico com insônia. Portanto, temos que en-
tender o sentido dessas expressões ao invés de decorá-las,
pois, assim, compreenderemos o sentido do texto e as possí-
veis ambiguidades nas orações.
IMPORTANTE!
Perceberemos que nas provas de concurso há várias questões de
concordância nominal utilizando palavras que podem ser adjet-
ivos ou advérbios.
Ex.: mesmo. Advérbio de afirmação: sentido de “realmente”,
“com certeza”. É invariável. Adjetivo: concorda com a palavra a
que se refere.
147/294
Entender o funcionamento das preposições e a sua função
no texto é essencial para o aprendizado dos conceitos de
regência, de transitividade e de crase.
148/294
149/294
Como você pode perceber, a lista de conjunções é ex-
austiva. Não achamos conveniente decorar sequência de con-
junções. O importante é que você entenda o sentido da con-
junção na oração. Para facilitar o aprendizado, listamos
abaixo as conjunções que mais aparecem nas provas da
Banca Cesgranrio e os possíveis sentidos de cada uma delas.
Além disso, gostaria de explicar o sentido de algumas pa-
lavras variáveis e invariáveis (conjunções, substantivos e ad-
jetivos) que são classificadas nas gramáticas por “Problemas
gerais da Língua”.
150/294
151/294
152/294
O “como” pode desempenhar diferentes funções no texto, porém,
enfocamos as que mais aparecem nas provas de concurso.
153/294
Portanto, sugiro que entenda o sentido do como em cada frase e
faça a análise de acordo com o contexto em que a conjunçãoestá
inserida.
154/294
155/294
No esquema acima, temos as várias funções do se. De acordo
com a gramática normativa da Língua Portuguesa, o se pode ex-
ercer outras funções tais como objeto direto (OD), objeto in-
direto (OI), partícula expletiva e sujeito de infinitivo. Nós não
abordaremos estes conceitos, pois eles não aparecem com
156/294
frequência nas provas da Banca Cesgranrio. Caso tenha alguma
dúvida, consulte uma gramática da Língua Portuguesa ou as
referências indicadas ao final do livro. Preste bastante atenção
nos esquemas apresentados e estude as definições do se, pois es-
tas definições estão relacionadas com outros assuntos presentes
nas provas de concurso.
Usos do “que” em orações subordinadas
157/294
158/294
QUESTÕES
COMENTADAS
1. BNDES 2006
Assinale a opção em que o sentido se mantém quando se
reescrevem os períodos “Deixamos de criar. Nos
apegamos aos padrões que nos impedem de crescer,
ampliar e inovar.” (l. 28-29) em um só período.
a) Deixamos de criar no entanto nos apegamos aos padrões
que nos impedem de crescer, ampliar e inovar.
b) Deixamos de criar mesmo que nos apeguemos aos padrões
que nos impeçam de crescer, ampliar e inovar.
c) Deixamos de criar a fim de que nos apeguemos aos
padrões que nos impedem de crescer, ampliar e inovar.
d) Deixamos de criar uma vez que nos apegamos aos padrões
que nos impedem de crescer, ampliar e inovar.
e) Como deixamos de criar, nos apegamos aos padrões que
nos impedem de crescer, ampliar e inovar.
Podemos observar que o segundo período da sentença
acima “(…) Nos apegamos aos padrões que nos impedem de
crescer, ampliar e inovar.” (l. 28-29) mostra a causa, o
motivo de termos “deixado de criar”. Notamos, também, que
159/294
é necessário um conector causal. Desse modo, a leitura dos
dois primeiros períodos do texto dá-nos a ideia que o se-
gundo período, explica a razão da afirmativa contida no
primeiro período.
(a) Incorreto. “(a) Deixamos de criar no entanto nos
apegamos aos padrões que nos impedem de crescer, ampliar
e inovar.” Está incorreto, pois “no entanto” é um conector
de valor adversativo e o seu uso promoverá um desvio
semântico, pois exprime um valor contrastivo.
(b) Incorreto. “(b) Deixamos de criar mesmo que nos
apeguemos aos padrões que nos impeçam de crescer, ampliar
e inovar.” o “mesmo que” é um conector de valor concess-
ivo e o seu uso promoverá um desvio semântico, já que in-
dica certa contrariedade.
(c) Incorreto. “(c) Deixamos de criar a fim de que nos
apeguemos aos padrões que nos impedem de crescer, ampli-
ar e inovar.” Está incorreto, pois “a fim de que” é um con-
ector com valor de finalidade e o seu uso está inadequado,
pois nesta sentença exprime uma finalidade. Pode ser sub-
stituído por “para que”.
(d) Correto. “(d) Deixamos de criar uma vez que nos
apegamos aos padrões que nos impedem de crescer, ampliar
e inovar.” Está correto, pois “uma vez que” é um conector
com valor causal que mostra a causa, o motivo de termos
“deixado de criar”. Podemos substituir o conector uma vez
que por porque, visto que, porquanto.
160/294
(e) Incorreto. “(e) Como deixamos de criar, nos apegamos
aos padrões que nos impedem de crescer, ampliar e inovar.”
O uso do “como” apresentou uma inversão da relação de
causa e efeito entre os dois períodos da sentença. Com isso,
não reproduziu com exatidão o sentido do texto original.
Gabarito: D
2. BNDES 2008
“É, pois, um estado de compreensão prévia,” (l. 24). Ass-
inale a opção em que o vocábulo destacado tem o
mesmo valor semântico que o do destacado na passagem
acima.
a) Ele é tão irreverente que chega a ser mal-educado.
b) Como disse a verdade, não foi punido.
c) Você foi injusto com seu amigo; deve, portanto,
desculpar-se com ele.
d) Não veio à reunião, pois estava acamado.
e) Fique atento porque você será chamado a seguir.
Em “É, pois, um estado de compreensão prévia,” o conect-
or pois tem valor conclusivo. Note que o pois com valor
conclusivo, normalmente, vem entre vírgulas. Pode ser sub-
stituído por portanto, logo. No exemplo acima, há uma or-
ação coordenada sindética conclusiva, caracterizada pelo
“pois” após o verbo.
161/294
(a) Incorreta. “(a) Ele é tão irreverente que chega a ser
mal-educado.” Esta alternativa está incorreta, pois o conect-
or que não tem valor conclusivo, visto que, na relação
“…tão…que…”, assume valor de consequência.
(b) Incorreta. “(b) Como disse a verdade, não foi punido.”
nesta sentença o como assume valor de conjunção causal.
Para facilitar o entendimento dessa expressão faça a sub-
stituição: “Não foi punido já que/porque disse a verdade”
(c) Correta. “(c) Você foi injusto com seu amigo; deve,
portanto, desculpar-se com ele.” está correta, pois o port-
anto tem valor conclusivo na oração coordenada sindética.
Conforme vimos, geralmente, o pois com valor conclusivo
vem entre vírgulas e pode ser substituído por portanto, logo.
Assim, o portanto desta alternativa possui o mesmo valor
semântico que o destacado no enunciado desta questão.
(d) Incorreta. “(d) Não veio à reunião, pois estava aca-
mado.” está incorreto, já que o pois assume valor de con-
junção explicativa. Podemos substituir o pois por porque,
vejamos “(d) Não veio à reunião, porque estava acamado.”.
(e) Incorreta. “(e) Fiquei atento porque você será cha-
mado a seguir.” o porque assume valor de conjunção caus-
al. Pode ser substituído por uma vez que sem alteração de
sentido.
Gabarito: C
162/294
3. BNDES 2010
“Contudo, mais que prever o futuro…” (l. 9-10). Na linha
argumentativa do texto, qual o conector que substitui,
sem alteração de sentido, o destacado acima e que re-
lação ele estabelece entre o enunciado que introduz e o
anterior?
a) não obstante – oposição.
b) por isso – conclusão.
c) porquanto – explicação.
d) de modo que – consequência.
e) enquanto – tempo.
“(…) “Este ano vou achar o amor da minha vida”, este
ano, este ano… e por aí vai. Vale tudo (ou quase tudo):
roupa branca, pular sete ondas, comer lentilha, se consultar
com cartomantes, tarólogos, astrólogos que podem até nos
dar uma previsão. Contudo, mais que prever o futuro é
preciso concebê-lo!”
O conector “contudo” marca uma oposição, ou seja, pela
linha argumentativa do texto nós podemos ter uma previsão
do futuro, porém mais que prevê-lo temos que concebê-lo.
Assim, o conector que substitui e estabelece a mesma relação
de sentido é (a) não obstante.
Gabarito: A
163/294
4. BNDES 2008
Em “Na esquina de baixo, o caminhão parou, pois o con-
domínio em frente sempre produz muitos sacos plásti-
cos.” (l. 31-33), o operador destacado introduz, em re-
lação ao enunciado anterior, um argumento:
a) alternativo.
b) conclusivo.
c) aditivo.
d) explicativo.
e) comparativo.
Em “Na esquina de baixo, o caminhão parou, pois o con-
domínio em frente sempre produz muitos sacos plásticos.” A
oração destacada tem valor explicativo, e pode ser sub-
stituída por porquanto, visto que. A resposta correta, é, en-
tão, a letra D.
Lembre-se das funções do “pois”!!
O pois pode ter valor conclusivo e pode ser substituído por
logo, portanto. Nesse caso, o pois vem entre vírgulas e posposto
ao verbo.
Gabarito: D
164/294
5. PETROBRAS 2010
A função sintática do “QUE” difere da dos outros trechos
em:
a) “que seja conhecida por todos – “(l. 33-34)
b) “…que todos fazem de uma forma igual.” (l. 43-44)
c) “…que quiser crescer…” (l. 47-48)
d) “que entenda…” (l. 56-57)
e) “…que sempre acontecem.” (l. 58-59)
(a) Incorreta. Em “(a) que seja conhecida por todos –” o
que exerce função sintática de sujeito desta oração.
(b) Correta. Em “(b) …que todos fazem de uma forma
igual.” o que exerce função sintática de objeto direto da or-
ação. O sujeito desta oração é todos.
(c) Incorreta. Em “(c) …que quiser crescer…” o que ex-
erce função sintática de sujeito da oração.
(d) Incorreta. Em “(d) que entenda…” o que exerce função
sintática de sujeito da oração.
(e) Incorreta. “(e) …que sempre acontecem.” o que exerce
função sintática de sujeito da oração.
Gabarito: B
165/294
6. PETROBRAS2010
Em “Não minta para você, essa é a forma mais rápida de
se perder.” (l. 37-38), relacionando a 2ª oração com a 1ª,
o conectivo que NÃO poderia introduzir a 2ª oração, por
provocar alteração do sentido inicial, é:
a) porquanto.
b) que.
c) pois.
d) logo.
e) porque.
Nesta questão, as alternativas A, B, C e E são compostas
por conjunções explicativas, ou seja, elas podem ser sub-
stituídas umas pelas outras e completar o sentido da 1ª e 2ª
oração. Vejamos a transformação: Não minta para você por-
quanto, que, pois, porque essa é a forma mais rápida de se
perder.
A única alternativa que possui o caráter conclusivo é a le-
tra “(d) logo”. A reescritura da oração com o conectivo não é
possível. Portanto, está é a alternativa correta.
Gabarito: D
166/294
7. FUNASA 2009
A primeira frase do personagem pode ser lida como uma
hipótese formulada a partir da fala que faz a seguir.
Apesar de não estarem ligadas por um conectivo, pode-
se perceber a relação estabelecida entre as duas orações.
O conectivo que deve ser usado para unir essas duas or-
ações, mantendo o sentido, é:
a) embora.
b) entretanto.
c) logo.
d) se.
e) pois.
167/294
A dica para este tipo de questão é entender o sentido das
orações. Por isso, dissemos, anteriormente, que não adianta
decorarmos uma lista de conjunções, pois a relação entre as
orações é que define a conjunção a ser utilizada.
(a) Incorreta. “Embora” é uma conjunção concessiva que
pode ser substituída por ainda que, mesmo que. Percebemos
que, nesta alternativa, não há uma relação concessiva es-
tabelecida entre as duas orações: “Deveria ser a primeira
“embora/ainda que/ mesmo que” é o país que mais faz
economia em saúde, educação, habitação…”.
(b) Incorreta. “Entretanto” é uma conjunção adversativa
que pode ser substituída por, mas, porém, todavia. Assim
como na alternativa anterior, percebemos que não há uma
relação adversativa entre as orações. Vejamos “Deveria ser a
primeira “entretanto/mas/porém/todavia” é o país que
mais faz economia em saúde, educação, habitação…”.
(c) Incorreta. “Logo” é uma conjunção conclusiva que
pode ser substituída por portanto, assim. Porém, nesta
questão, não há uma relação conclusiva entre as orações.
(d) Incorreta. “Se” é uma conjunção condicional que pode
ser substituída por senão, salvo se. Na fala do personagem
não há uma ideia de condição a ser expressa.
(e) Correta. “Pois” é uma conjunção explicativa e a ideia
expressa pelo personagem é de explicar o motivo do Brasil
ser a primeira economia mundial e pode ser substituído por
porque/porquanto. Vejamos: Deveria ser a primeira
168/294
porque/porquanto é o país que mais faz economia em
saúde, educação, habitação…”.
Gabarito: E
8. BACEN 2010
No fragmento “O novo acordo precisa ir muito além de
Kyoto, se a meta for impedir que o aumento da temper-
atura média da atmosfera ultrapasse 2ºC de aqueci-
mento neste século, como recomenda a maioria dos cli-
matologistas.” (l. 15-19), o termo “SE” tem o sentido
equivalente ao de:
a) logo que.
b) à medida que.
c) no caso de.
d) apesar de.
e) uma vez que.
Na sentença “O novo acordo precisa ir muito além de
Kyoto, se a meta for impedir que o aumento da temperatura
média da atmosfera ultrapasse 2ºC de aquecimento neste
século, como recomenda a maioria dos climatologistas,” o se
é uma locução conjuntiva condicional, pois introduz or-
ações que indicam hipótese ou condição.
(a) Incorreta. “(a) logo que.” é uma locução conjuntiva
temporal, uma vez que introduz orações que expressam
169/294
circunstâncias de tempo. Esta locução pode ser substituída
por “quando, apenas, mal”. Ex.: “Logo que morreu,
começaram as brigas pela herança.”
(b) Incorreta. “(b) à medida que.” é uma locução con-
juntiva proporcional, pois introduz orações que expressam
simultaneidade. A locução “à medida que” pode ser sub-
stituída por “à proporção que, ao passo que”.
(c) Correta. “(c) no caso de.” é uma locução conjuntiva
condicional, ou seja, introduz orações que indicam hipótese
ou condição.
(d) Incorreta. “(d) apesar de.” é uma locução conjuntiva
concessiva, uma vez que expressa sentido de contrariedade.
(e) Incorreta. “(e) uma vez que.” é uma locução con-
juntiva causal e introduz orações que indicam circunstân-
cias de causa.
Gabarito: C
9. BNDES 2006
As palavras em destaque pertencem à mesma classe gra-
matical, EXCETO na opção:
a) “…que falta hoje a todos nós nas empresas?” (l. 2-3)
b) “…que estão acontecendo neste exato momento.” (l. 9-10)
c) “…que o tempo não para…” (l. 18)
170/294
d) “…que nos impedem de crescer, ampliar e inovar.” (l.
28-29)
e) “…que nossa voz interior diz…” (l. 33)
Nesta questão, preste atenção na diferença entre pronome
relativo e conjunção integrante. O pronome relativo refere-se
a um nome anteriormente apresentado e, para não repeti-lo,
utilizamos o pronome “que”.
(a) Incorreta. Em “(a) …que falta hoje a todos nós nas
empresas?” o “que” é pronome relativo. Vamos comprovar
como o seguinte trecho: “Criatividade no dicionário quer
dizer “ver-se, ter coragem para empreender”. Não seria isso
que falta hoje a todos nós nas empresas? (l. 1-3)”. Faça a
pergunta: “O que é isso que falta hoje nas empresas? Cri-
atividade.” O pronome “que” refere-se à criatividade e in-
troduz uma oração subordinada adjetiva.
(b) Incorreta. Em “(b) …que estão acontecendo neste ex-
ato momento.” o “que” é pronome relativo. Veja: “Aliás, essa
é a questão de muitas palestras que estão acontecendo neste
exato momento (l. 9-10)”. Nesta sentença, temos uma oração
subordinada adjetiva na qual a oração principal é “Aliás,
essa é a questão de muitas palestras” e a oração subordinada
é “que estão acontecendo neste exato momento (l. 9-10)”
Como sabemos as orações subordinadas adjetivas são ini-
ciadas pelos pronomes relativos. O objetivo do pronome re-
lativo é evitar a repetição das palavras em uma sentença.
171/294
Observe as orações: “Aliás, essa é a relação de muitas
palestras (oração principal)” e “As palestras estão aconte-
cendo neste exato momento (oração subordinada)”. Port-
anto, para evitar a repetição do termo “palestras” escreve-
mos a oração: “Aliás, essa é a questão de muitas palestras
que estão acontecendo neste exato momento (l. 9-10)”
(c) Correta. Em “(c) …que o tempo não pára…” o que é
conjunção integrante de uma oração subordinada substant-
iva objetiva direta. Vejamos o trecho: “E quando “dá o click”
é preciso correr, pois já dizia o poeta que o tempo não pára
e se demorar outro terá a mesma idéia…(l. 17-19)”. Para re-
conhecermos uma oração subordinada substantiva basta sub-
stituir a oração subordinada por “isto”. Neste caso teremos
“pois já dizia o poeta (oração principal) isto (oração subor-
dinada)”. A substituição fez sentido? Sim, portanto sabemos
que ela é uma oração subordinada substantiva. Agora temos
que reconhecer a função do “que” nesta oração. Ele exerce a
função de conjunção integrante já que completa/integra a
oração subordinada.
(d) Incorreta. Em “(d) …que nos impedem de crescer,
ampliar e inovar.” o que é pronome relativo. Vejamos o
trecho: “Nos apegamos aos padrões que nos impedem de
crescer, ampliar e inovar. (l. 27-28)”. “Quebraremos” a or-
ação a fim de reconhecer a função do “que”. “Nos apegamos
aos padrões” e “Aos padrões que nos impedem de crescer,
172/294
ampliar e inovar”. Percebemos que o “que” substitui “aos
padrões”, portanto, exerce função de pronome relativo.
(e) Incorreta. Em “(e) …que nossa voz interior diz…” o
que é pronome relativo. Veja o trecho completo: “Devíamos
ousar mais nas nossas idéias. Não ter medo de ouvir “não”.
Acreditar naquilo que nossa voz interior diz (todos somos
um pouco “esquizofrênicos” e ouvimos uma voz no nosso ín-
timo) (l. 31-33).” Podemos substituir o “que” por “naquilo”
sem alteração de sentido, assim podemos classificá-lo como
pronome relativo.
Gabarito: C
10. BNDES 2006
A opção em que a classe gramatical do “que” difere das
demais é:
a) “…em que o meu quintal era o meu mundo.” (l. 1-2)
b) “…que abrigavam os seus ninhos,” (l. 7)
c) “…queestava sempre aceso,” (l. 11)
d) “…que iam dar lugar…” (l. 23)
e) “…que voar,” (l. 36)
(a) Incorreto. Em “(a) …em que o meu quintal era o meu
mundo.” o que é pronome relativo. Vejamos a sentença:
“Houve um tempo em minha vida em que o meu quintal era
o meu mundo. (l. 1-2)” Vamos “quebrar” a sentença. “Houve
173/294
um tempo em minha vida” e “Em minha vida o meu
quintal era meu mundo”. Percebemos que o em que sub-
stitui em minha vida, portanto, exerce função de pronome
relativo.
(b) Incorreto. Em “(b) …que abrigavam os seus ninhos,” o
que é pronome relativo. Vejamos a sentença “Ali eu podia
sonhar, jogar pião, conversar com os passarinhos e com as
árvores que abrigavam os seus ninhos (l. 6-7)”. Desmem-
brando a sentença temos “Ali eu podia sonhar, jogar pião,
conversar com os passarinhos e com as árvores” e “árvores
que abrigavam os seus ninhos”. Percebemos que o que sub-
stitui árvores, portanto, exerce função de pronome relativo.
(c) Incorreto. Em “(c) …que estava sempre aceso,” o que é
pronome relativo. Vejamos a sentença: “Quem saísse pela
porta da cozinha, sob uma cobertura de telhas, dava com um
fogão de lenha que estava sempre aceso mantendo quente
um bule de café… (l. 11-12)”. Desmembrando a sentença
temos “Quem saísse pela porta da cozinha, sob uma cober-
tura de telhas, dava com um fogão de lenha” e “Fogão de
lenha estava sempre aceso mantendo quente um bule de
café”. O que substitui fogão de lenha, portanto, exerce fun-
ção de pronome relativo.
(d) Incorreto. Em “(d) …que iam dar lugar…” o que é
pronome relativo. Vejamos o trecho: “Mas o xodó mesmo era
com o meu pé de tamarindo. Frondoso, aconchegante, per-
fumado pelas flores que iam dar lugar a deliciosos frutos (l.
174/294
22-23)”. Desmembrando a sentença temos: “Mas o xodó
mesmo era com o meu pé de tamarindo. Frondoso,
aconchegante, perfumado pelas flores” e “As flores iam dar
lugar a deliciosos frutos”. Percebemos que o que substitui
“flores”, portanto, exerce função de pronome relativo.
(e) Correto. Em “(e) …que voar,” o que é preposição po-
dendo ser substituído por “eu tive de voar” sem alteração de
sentido. Vejamos a sentença: “Vi filhotes nascerem, serem al-
imentados, alçarem seus primeiros vôos, conquistarem os
céus. Como eles, um dia, eu tive que voar, sair do meu
quintal, ganhar as ruas.”
Gabarito: E
11. BNDES 2011
“…que olhava cada coisa à sua volta…” (l. 1-2)
“…que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio
do seu escritório.” (l. 19-20)
Quanto às classes de palavras, os elementos destaca-
dos nas passagens acima são, respectivamente:
a) conjunção e pronome relativo.
b) pronome indefinido e conjunção.
c) pronome relativo e advérbio.
d) preposição e conjunção.
e) partícula de realce e preposição.
175/294
Nesta questão, temos o que com funções diferentes. Ve-
jamos o primeiro trecho: “Acho que foi o Hemingway quem
disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela
última vez. (l. 1-2)”. Para reconhecermos uma oração subor-
dinada substantiva basta substituir a oração subordinada por
“isto”. Façamos o teste: “Acho que foi o Hemingway quem
disse isto”. Faz sentido? Sim. Assim, temos uma oração sub-
ordinada substantiva na qual o “que” exerce a função de
conjunção.
Em “De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que
passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu es-
critório.(l. 18-20)” o “que” exerce função de pronome relat-
ivo. “Desmembraremos” a oração para comprovar. “Sei de
um profissional” e “Um profissional passou 32 anos a fio
pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.” Percebemos
que o que substitui um profissional, portanto, exerce fun-
ção de pronome relativo.
Assim, a alternativa correta é a letra (a) conjunção e pro-
nome relativo.
Gabarito: A
12. FUNASA 2009
Na passagem “Os empresários que não se adequarem à
lei em noventa dias poderão ser multados em até 3,2
176/294
milhões de reais.” (l. 14-16), o termo “QUE” apresenta a
mesma classe gramatical que em:
a) “A lei é tão rigorosa que mesmo ambientes com teto alto e
sem paredes,” (l. 12-13)
b) “‘Ficou tão difícil fumar que até decidi parar’,” (l. 22-23)
c) “Quem considera a lei exagerada deve saber que São
Paulo apenas se alinha a uma tendência mundial.” (l.
24-25)
d) “Os fumantes americanos têm outro problema com que se
preocupar:” (l. 36-37)
e) “E a maioria não fumante não quer deixar que ela seja
reavivada.” (l. 44-45)
Em “Os empresários que não se adequarem à lei em
noventa dias poderão ser multados em até 3,2 milhões de
reais.” o que exerce função de pronome relativo, pois pode
ser substituído por “os empresários” sem alteração de
sentido.
(a) Incorreta. Em “(a) A lei é tão rigorosa que mesmo am-
bientes com teto alto e sem paredes, como marquises, serão
vetados ao tabaco” temos uma conjunção adverbial consec-
utiva. As conjunções consecutivas são formadas pelo “que +
tão, tal, tanto, quanto”. Além disso, estas conjunções indic-
am a consequência do que foi declarado na oração anterior.
(b) Incorreta. Em “(b) “‘Ficou tão difícil fumar que até de-
cidi parar’,” assim como na alternativa (a), temos uma
177/294
conjunção adverbial consecutiva. As conjunções consecutivas
são formadas pelo “que + tão, tal, tanto, quanto”. Além
disso, estas conjunções indicam a consequência do que foi
declarado na oração anterior.
(c) Incorreta. Em “(c) Quem considera a lei exagerada de-
ve saber que São Paulo apenas se alinha a uma tendência
mundial.” o que é uma conjunção integrante. Podemos con-
firmar isso por meio da substituição da oração subordinada
substantiva por isto. Vejamos a substituição: “Quem consid-
era a lei exagerada deve saber isto”.
(d) Correta. Em “(d) Os fumantes americanos têm outro
problema com que se preocupar:” Nesta oração o que é um
pronome relativo. Vejamos a transformação: “Os fumantes
americanos têm outro problema” e “Preocupar-se com
outro problema”. Aqui o que substitui “problema” sem al-
teração de sentido. Logo, nesta questão temos que prestar
atenção na regência do verbo preocupar. Lembre-se: quem
se preocupa, preocupa com alguém ou alguma coisa.
(e) Incorreta. Em “(e) E a maioria não fumante não quer
deixar que ela seja reavivada.” o que é uma conjunção in-
tegrante. Para reconhecermos esta função basta substituir-
mos a oração subordinada por “isto”. Vejamos “E a maioria
não fumante não quer deixar isto”.
Gabarito: D
178/294
13. IBGE 2010
“Nenhum bicho venenoso pode alegar que a luta pela
vida o fez assim. Que ele foi ficando venenoso com o
tempo, que só descobriu que sua picada era tóxica por
acidente, que nunca pensou etc.” (l. 14-17) No trecho
acima, o cronista faz uso do termo “que”,
repetidamente.
A passagem na qual o termo “que” apresenta a mesma
classificação gramatical daquela desempenhada no
trecho destacado é:
a) “as características que garantem a sua sobrevivência”. (l.
3-4)
b) “a arma ou o disfarce que o salva dos seus predadores”. (l.
6-7)
c) “E o que vale para serpentes vale para o ser humano”. (l.
19-20)
d) “o fato é que não dá para evitar a constatação”. (l. 22-23)
e) “A pura maldade inerente a tanto que se vê”. (l. 41-42)
Em “Nenhum bicho venenoso pode alegar que a luta
pela vida o fez assim” temos o que como conjunção in-
tegrante. Para confirmarmos tal premissa faremos a sub-
stituição da oração subordinada substantiva por isto.
Vejamos “Nenhum bicho venenoso pode alegar isto”.
179/294
(a) Incorreta. Em “De acordo com o darwinismo clássico
os bichos desenvolvem, por seleção natural, as característic-
as que garantem a sua sobrevivência” o que é um pronome
relativo. O que faz referência e retoma o substantivo anteri-
or “as características”.
(b) Incorreta. Em “a arma ou o disfarce que o salva dos
seus predadores ou facilita o assédio a suas presas é re-
produzido na sua descendência, ou na descendência dos que
sobrevivem…” o que é pronome relativo que relaciona-se
com a arma ou disfarce.
(c) Incorreta. Em “(c) E o que vale para serpentes vale
para o ser humano” o “que” com a função de pronome relat-
ivo. Preste atenção no“o que vale…” quando temos o “o”
posterior ao que ele exerce função de pronome demonstrat-
ivo (= “aquilo”) e o que posterior será pronome relativo.
(d) Correta. Em “Sem querer entrar na velha discussão
sobre o valor relativo da genética e da cultura na formação
da personalidade, o fato é que não dá para evitar a con-
statação de que há pessoas venenosas, naturalmente veneno-
sas, assim como há pessoas desafinadas.” o que exerce fun-
ção de conjunção integrante. Para comprovarmos faremos a
substituição da oração subordinada por isto – “o fato é isto”.
Portanto, temos a mesma função – conjunção integrante –
que a oração do enunciado.
180/294
(e) Incorreta. Em “(e) A pura maldade inerente a tanto
que se vê” o que tem a função de pronome relativo. O que
faz referência e retoma a pura maldade.
Gabarito: D
14. TERMOMACAÉ
As razões _________ não simpatizo com você são muitas.
Não faça críticas negativas, _________ se arrependerá. O
que eu disser poderá ser _________ interpretado.
A opção cuja sequência completa, corretamente, as
sentenças acima é:
a) por quê – senão – mal.
b) por que – senão – mal.
c) porquê – se não – mal.
d) porque – se não – mau.
e) porque – senão – mau.
(a) Incorreta. (a) POR QUÊ – essa forma só é empregada
no final de frase. SENÃO – Essa forma pode ser empregada
com dois sentidos. Na frase “Não faça críticas negativas,
_________ se arrependerá” é uma conjunção adversativa e equi-
vale a do contrário.
MAL pode ser advérbio, substantivo e conjunção. Na frase
“O que eu disser poderá ser _________ interpretado.” o “mal” é
181/294
empregado como advérbio e significa “erradamente”. Opõe-
se a bem. Lembre-se do “El”.
(b) Correta. (b) POR QUE – Essa forma pode ser
empregada em dois casos. Na frase “As razões _________ não
simpatizo com você são muitas.”, o por que é uma sequên-
cia de preposição + pronome relativo, equivalendo a pelas
quais e suas flexões (pela qual, pelo qual, pelos quais).
SENÃO – Essa forma pode ser empregada com dois sen-
tidos. Na frase “Não faça críticas negativas, _________ se arre-
penderá.” equivale a do contrário. Na frase “O que eu disser
poderá ser _________ interpretado.”
MAL é advérbio e significa “erradamente”. Lembre-se da dica
“OU para “bom” e “mau” e “EL para “bem” e “mal”.
(c) Incorreta. (c) PORQUÊ – Essa forma é empregada com
o significado aproximado de razão/motivo. É sempre prece-
dida de artigo ou pronome. Como é um substantivo, pode ser
pluralizado sem qualquer problema.
SE NÃO – Se não surge em orações condicionais, é uma
conjunção condicional e equivale a caso não. Na frase “O
que eu disser poderá ser _________ interpretado.” O MAL é ad-
vérbio e significa “erradamente”. Opõe-se a bem.
(d) Incorreta. (d) PORQUE – é uma conjunção, equival-
endo a pois, já que, uma vez que, como.
182/294
SE NÃO – “Se não” surge em orações condicionais e pode
ser substituída por caso não.
MAU – É adjetivo e significa ruim, “de má índole”, “de
má qualidade”. Opõe-se a bom.
(e) Incorreta. (e) PORQUE – é uma conjunção, equival-
endo a pois, já que, uma vez que, como.
SENÃO – Essa forma pode ser empregada com dois sen-
tidos. Na frase “Não faça críticas negativas, _________ se arre-
penderá.” equivale a do contrário. MAU – É adjetivo e sig-
nifica ruim, “de má índole”, “de má qualidade”. Opõe-se a
bom.
Gabarito: B
15. PETROBRAS 2010
Segundo o registro culto e formal da língua, há ERRO
em:
a) A rua por que transitava o caminhão de lixo estava muito
esburacada.
b) Sentei-me à sombra da mangueira porque precisava
descansar.
c) Os catadores de lixo estão quase sempre brincando, por
que?
d) Só queria saber o porquê de tanta algazarra.
183/294
e) Saiu correndo porque precisava apanhar logo todos os sa-
cos de lixo.
(a) correta. Em “(a) A rua por que transitava o caminhão
de lixo estava muito esburacada.” o emprego do “por que”
está correto, já que podemos substituí-lo por “pela qual”
sem qualquer alteração de sentido.
(b) correta. Em “(b) Sentei-me à sombra da mangueira
porque precisava descansar.” o emprego do “porque” está
correto, já que se emprega o “porque” em frases afirmativas
e respostas; geralmente equivale a “visto que” – conjunção
causal.
(c) Incorreta. Em “(c) Os catadores de lixo estão quase
sempre brincando, por que?” o emprego do “por que” está
incorreto, visto que essa forma passa ser tônica no final de
frases –“(…) por quê?”
(d) Correta. Em “(d) Só queria saber o porquê de tanta al-
gazarra.” o emprego do “porquê” está correto, haja vista
que essa forma é empregada com o significado aproximado
de motivo/causa/razão. Sempre é precedida de artigo.
(e) Incorreta. Em “(e) Saiu correndo porque precisava
apanhar logo todos os sacos de lixo.” o emprego do
“porque” está correto, e equivale a “visto que” – conjunção
causal.
Gabarito: C
184/294
16. IBGE
“Ambos vêm promovendo poluição visual, instalando
faixas e cartazes irregularmente em várias áreas do Rio
de Janeiro e em outras cidades do estado.” (l. 4-6).
A segunda oração do período pode ser substituída,
sem a alteração de sentido, por Ambos vêm promovendo
poluição visual…
a) caso instalem faixas e cartazes irregularmente em várias
áreas do Rio de Janeiro e em outras cidades do estado.
b) uma vez que instalam faixas e cartazes irregularmente em
várias áreas do Rio de Janeiro e em outras cidades do
estado.
c) logo instalam faixas e cartazes irregularmente em várias
áreas do Rio de Janeiro e em outras cidades do estado.
d) entretanto instalam faixas e cartazes irregularmente em
várias áreas do Rio de Janeiro e em outras cidades do
estado.
e) ainda que instalem faixas e cartazes irregularmente em
várias áreas do Rio de Janeiro e em outras cidades do
estado.
Em “Ambos vêm promovendo poluição visual, instalando
faixas e cartazes irregularmente em várias áreas do Rio de
Janeiro e em outras cidades do estado.” temos a oração prin-
cipal ambos vêm promovendo poluição visual; e a oração
185/294
subordinada adverbial causal reduzida de gerúndio in-
stalando faixas e cartazes irregularmente (…). Para fazer
a substituição solicitada pelo enunciado da questão devemos
estar atentos à relação de sentido entre as orações.
Vejamos o primeiro parágrafo: “Os dois principais candid-
atos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
seção Rio de Janeiro, estão violando as regras de propa-
ganda eleitoral em vigor. Ambos vêm promovendo poluição
visual, instalando faixas e cartazes irregularmente em várias
áreas do Rio de Janeiro e em outras cidades do estado. (l.
1-6)” Transformaremos a oração subordinada reduzida em
oração subordinada desenvolvida – introduzida por conjun-
ção. Reescreveremos: Ambos presidentes da OAB vêm pro-
movendo poluição visual uma vez que/ já que/ visto que/
porquanto instalam faixas e cartazes irregularmente em
várias áreas (…). As conjunções apresentadas acima são cau-
sais e representam a relação de causa e efeito entre as
orações.
(a) Incorreta, pois caso é conjunção condicional e as or-
ações propostas no enunciado não estabelecem relação de
sentido condicional.
(b) Correta, uma vez que a relação semântica presente nas
orações é de causa e efeito, logo, o uso de uma vez que não
altera o sentido das orações.
186/294
(c) Incorreta, pois o logo é conjunção conclusiva e as or-
ações propostas não estabelecem relações semânticas
conclusivas.
(d) Incorreta, já que entretanto introduz uma adversidade
e pelas relações semânticas entre as orações percebemos que
não há está relação.
(e) Incorreta, porquanto ainda que é conjunção
concessiva.
Gabarito: B
187/294
Capítulo 4
Sintaxe
A sintaxe estuda a função da palavra e apresenta diversas
funções como: sujeito, predicado, objeto, adjunto adverbial,
agente da passiva, predicativo, adjunto adnominal, comple-
mento nominal, complemento verbal, aposto e vocativo.
Todas essas funções serão trabalhadas neste capítulo IV e es-
tão no mapa mental acima. Em seguida, comentaremos as
questões que abordam o tema.
Quando o verbo haver é usado no sentido de existir ele é
impessoal, ou seja,permanece na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Há muitas casas bonitas no meu bairro. Mas, se o
próprio verbo existir estiver sendo usado ele tem sujeito e
o verbo deve concordar com ele. Ex.: Existem muitas casas
bonitas no meu bairro.
Nesta parte abordamos somente as duas classificações de
sujeito: indeterminado e inexistente, pois são as que mais
189/294
aparecem nas provas da Banca Cesgranrio. Vale ressaltar que
outras classificações podem aparecer em provas da referida
Banca, mas o conhecimento e entendimento desses dois con-
ceitos são essenciais para resolver questões de concordância
verbal.
IMPORTANTE!
Separado o sujeito do predicado, para classificar o verbo, basta
observar a “ideia” que ficou no predicado. Para encontrar o
sujeito basta fazer a pergunta: Quem/ O que? antes do verbo.
190/294
Vale ressaltar que o núcleo do sujeito é sempre um substantivo
sem preposição ou palavra com valor de substantivo.
191/294
192/294
193/294
194/294
QUESTÕES
COMENTADAS
1. TERMOAÇU
O termo da oração em destaque está identificado de
acordo com a sintaxe em
a) “Cantavam tristes,” (l. 34) – adjunto adverbial de modo.
b) “De manhã, chegavam ao mercado do peixe…” (l. 43) –
adjunto adverbial de Lugar.
c) “Viam-se cercados pelos fregueses.” (l. 47) – objeto
indireto.
d) “Vinham cozinheiras, homens de importância da terra,”
(l. 48) – núcleos do sujeito composto.
e) “Pareciam quietos, de noite bem dormida,” (l. 50-51) –
objeto direto.
(a) Incorreta. Vejamos o trecho “E, no entanto, os pes-
cadores de camarão sabiam que não era fácil assim o seu tra-
balho, que as dificuldades do seu ofício não eram tão
maneiras (…). Cantavam tristes, vozes conduzidas pelo pa-
vor da escuridão, vozes que se elevavam de dentro dos seus
corações, como se estivessem chamando gente em socorro”
(l. 27 e 34). Neste trecho, percebemos que quem cantava
195/294
triste eram os pescadores. Assim, em “Cantavam tristes,” o
tristes não exerce função de adjunto adverbial de modo, e
sim de predicativo do sujeito de pescadores.
IMPORTANTE!
Qual a diferença entre adjunto adverbial e predicativo do
sujeito?
O adjunto adverbial é o termo que denota circunstância e
modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advér-
bio. De acordo com a gramática normativa, os advérbios são pa-
lavras invariáveis, ou seja, não sofrem flexão. Ex.: O livro é
muito importante para a preparação. O muito, nesta oração,
tem a função de intensificar o adjetivo importante que é núcleo
do predicativo do sujeito. Logo, o muito é adjunto adverbial de
intensidade nesta oração. Dica: tente passar a seguinte frase para
o plural. Vejamos: Os livros são muito importantes para a pre-
paração. O muito sofreu alteração na sua flexão? Não. Logo,
comprovamos que muito é adjunto adverbial, pois exerce função
de advérbio que é palavra invariável. Portanto, quando passar-
mos a sentença do singular para o plural e tivermos um advér-
bio, ele deverá manter-se no singular.
Já o predicativo do sujeito é o termo que possui a função de
caracterizar, qualificar o termo a que faz referência. Normal-
mente, ele possui três características: 1-acompanha o verbo de
ligação, 2- na maioria dos casos é representado por um adjetivo,
196/294
3- é parte integrante do predicado nominal. Vejamos o mesmo
exemplo: Ex.: O livro é muito importante para a preparação.
Dica: Passaremos a sentença para o plural: Os livros são muito
importantes para a preparação. O adjetivo importante é o
núcleo do predicativo do sujeito da oração. Quando fazemos esta
transformação percebemos que houve alteração na flexão de im-
portante, caracterizando, assim, um adjetivo. Segundo a gramát-
ica normativa, os adjetivos são palavras variáveis, ou seja, sofr-
em flexão.
(b) Incorreta. Do peixe é adjunto adnominal de mercado
– que é um substantivo de valor concreto – não sendo um
adjunto adverbial de lugar conforme a questão propõe.
(c) Incorreta. Para que haja um objeto indireto na oração é
obrigatório um verbo transitivo indireto. Na oração: “Viam-
se cercados pelos fregueses.” (l. 47) o verbo ver é transitivo
direto pronominal (VTP), logo, não é possível que pelos
fregueses seja objeto indireto. Pelos fregueses é comple-
mento nominal de cercados – que é um adjetivo que pede
preposição por. O complemento nominal completa o sentido
de um nome. Já o objeto indireto completa o sentido de um
verbo transitivo indireto (VTI).
(d) Correta. Vejamos: “Vinham cozinheiras, homens de
importância da terra, para conversar, regatear.” Quem vinha
para conversar, regatear? As cozinheiras e homens de
197/294
importância. Logo, os termos destacados exercem função de
sujeito composto.
(e) Incorreta. Vejamos: “Pareciam quietos, de noite bem
dormida, mas a cara amarela, os lábios roxos, o olhar vivo,
diriam do esforço, da resistência contra o frio e o sono. Para
identificarmos se é ou não é um objeto direto devemos saber
a transitividade do verbo pareciam. Pensemos na pergunta:
quem se parece, se parece com alguém ou com alguma coisa
(VTDpI). Nesta alternativa, o verbo parecer não é um verbo
transitivo direto que pede objeto direto. Logo, quietos é pre-
dicativo do sujeito dos pescadores.
Gabarito: D
2. BNDES
Assinale a opção INCORRETA quanto à classe atribuída à
palavra destacada.
a) “Sabe-se que,” (l. 3) – conjunção subordinativa integrante.
b) “…beneficiando-se de um impulso mútuo.” (l. 10-11) –
numeral.
c) “ela entra outra vez…” (l. 14) – pronome indefinido.
d) “levantam voo, sozinhas,” (l. 29) – adjetivo.
e) “…para apoiar o mais fraco.” (l. 32-33) – advérbio.
(a) Correta. Em “No outono, quando se vêem bandos de
aves voando, formando um grande V no céu, indaga-se o
198/294
porquê de voarem desta forma. Sabe-se que, quando cada
ave bate as asas, move o ar para cima,(…) (l. 1-3)” o que é
conjunção integrante, pois faz a junção da oração principal
com a oração subordinada, integrando-as.
(b) Incorreta. Vejamos a sentença “Pessoas que têm a
mesma direção e sentido de comunidade podem atingir seus
objetivos de forma mais rápida e fácil, pois viajam
beneficiando-se de um impulso mútuo. (l. 7-11)” O um não
é numeral, pois não indica um número exato. O um é artigo
masculino indefinido que antecede o substantivo impulso.
(c) Correta. Vejamos: “Sempre que uma ave sai do bando,
sente subitamente o esforço e a resistência necessários para
continuar voando sozinha. Rapidamente, ela entra outra vez
em formação para aproveitar… (l. 12-13)”. O outra é pro-
nome indefinido que conforme o nome (in + define) confere
imprecisão ao momento expresso.
(d) Correta. Vejamos: “Finalmente, quando uma ave fica
doente ou se fere, duas aves saem em formação e a acom-
panham para ajudá-la e protegê-la. Ficam com ela até que
consiga voar novamente ou morra. Só então, levantam vôo,
sozinhas, ou em outra formação. (l. 26-30)”. Sozinhas é ad-
jetivo com sentido de só (só + -zinho).
(e) Correta. Em “Se tivéssemos o sentido das aves também
ficaríamos da mesma forma um ao lado do outro para apoiar
o mais fraco”. O mais é advérbio de intensidade. (l. 31-33)
Gabarito: B
199/294
3. DNPM
Está correta a identificação do termo destacado apenas
na opção:
a) “A substituição da máquina de escrever […] não afetou
muito o que se escreve.” (l. 1-2) – objeto indireto.
b) “Não existem mais originais,” (l. 15) – sujeito.
c) “O processo da criação foi engolido,” (l. 19) – comple-
mento nominal.
d) “…pelos quais recebo xingamentos…” (l. 38) – agente da
passiva.
e) “Nossa posteridade será eletrônica…” (l. 42-43) – objeto
direto.
(a) Incorreta. Da máquina de escrever não é objeto in-
direto, pois não completa o sentido de um verbo transitivo
indireto. Da máquina de escrever é complemento nominal
de “A substituição”, pois é a máquina de escrever quem so-
fre a ação expressa pelo nome – substituição.
(b) Correta. Em: “(b) “Não existem mais originais, por ex-
emplo. Os velhos manuscritos corrigidos, com as impressões
digitais, por assim dizer, do escritor, hoje são coisas do pas-
sado: com o computador só existe versão final.”(l. 15-18),
originais é sujeito da oração. Para identificar lembre de
fazer a pergunta ao verbo: O que não existe mais? Os
originais.
200/294
(c) Incorreta. Preste atenção na diferença entre comple-
mento nominal e adjunto adnominal. O complemento nom-
inal sempre é preposicionado e o adjunto adnominal algu-
mas vezes também é. O que fazer para identificar a diferença
entre eles? O complemento nominal é quem sofre a ação ex-
pressa pelo nome, ou seja, é o alvo da ação; ele nunca
exprime posse em relação ao nome anterior; e, associa-se a
adjetivos e advérbios. Já o adjunto adnominal é o agente da
ação, ou seja, pratica a ação expressa pelo nome; exprime
ideia de posse em relação ao nome anterior; e refere-se a
substantivos. Na sentença: “O processo da criação foi en-
golido, não sobram vestígios. Só se vê a sala do parto depois
que enxugaram o sangue e guardaram os ferros. (l. 19-20)”,
da criação tem um valor de posse sobre o processo de cri-
ação, ou seja, ele faz parte do processo de criação. Logo, é
adjunto adnominal.
(d) Incorreta. Em: “A internet está cheia de textos apócri-
fos, inclusive alguns atribuídos a mim pelos quais recebo
xingamentos (e tento explicar que não são meus) e elogios
(que aceito, resignado), e que, desconfio,…(l. 36-38)”, pelos
quais não é agente da passiva já que não complementa o
sentido de um verbo na voz passiva, indicando-lhe o ser que
praticou a ação verbal. Nesta oração, temos quais exercendo
função de pronome relativo que indica a causa/motivo de re-
ceber os xingamentos. Vejamos a substituição do pronome
relativo quais pelo termo a que se refere: “… pelos textos
201/294
apócrifos atribuídos a mim que recebo xingamentos (e
tento explicar que não são meus) e elogios (que aceito, resig-
nado), e que, desconfio,…”
(e) Incorreta. Em “(e) “Nossa posteridade será eletrônica
e, do jeito que vai, será fatalmente de outro.” (l. 42-45),
eletrônica não exerce função de objeto direto, pois objeto
direto pede verbo transitivo direto (VTD) e será é verbo de
ligação nesta oração. Lembremos das características do pre-
dicativo do sujeito: Normalmente, ele possui três caracter-
ísticas: 1 – acompanha o verbo de ligação, 2 – na maioria
dos casos é representado por um adjetivo, 3 – é parte integ-
rante do predicado nominal. Logo, concluímos que eletrôn-
ica é predicativo do sujeito do verbo ser.
Gabarito: B
4. TERMOAÇU
Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos
pronomes nas frases.
I – “O vento da noite cortava-lhes o lombo,” (l. 30) – Pro-
nome pessoal com sentido possessivo.
II – “Os pescadores de largo curso olhavam para eles
com certo desprezo.” (l. 15-16) – Pronome indefinido
atenuando o sentido do substantivo desprezo.
202/294
III – “era como se todo o mundo se aproximasse para
aconchegá-los.” (l. 40-41) – Pronome indefinido todo
equivalendo a qualquer.
É (São) verdadeira (s), APENAS, a (s) afirmação (ões):
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
I – Correta. Em “O vento da noite cortava-lhes o lombo,”
(l. 30) – Pronome pessoal com sentido possessivo o lhe pode
traduzir ideia de posse ao substituir o lhe por pescadores,
reescreveremos a frase: O vento da noite cortava o lombo
dos pescadores.
II – Correta. Em “Os pescadores de largo curso olhavam
para eles com certo desprezo.” (l. 15-16) o certo é pronome
indefinido que atenua o sentido do substantivo desprezo.
III – Incorreta. Em “era como se todo o mundo se aproxi-
masse para aconchegá-los.” (l. 40-41) para que o todo seja
classificado como pronome indefinido equivalendo a
qualquer, ele não pode ter artigo masculino – o – posposto a
ele. Assim, ficaria a frase “era como se todo o mundo se
aproximasse para aconchegá-los.” Todo mundo possui o
sentido de qualquer mundo.
Gabarito: D
203/294
5. TERMOAÇU 2008
A classificação que NÃO corresponde à palavra em
destaque é:
a) “…até o clarear do dia,” (l. 13) – substantivo.
b) “…era serviço de mulher.” (l. 16-17) – locução adjetiva.
c) “…sabiam que não era fácil assim o seu trabalho,” (l. 28)
– conjunção.
d) “de noite bem dormida,” (l. 51) – adjetivo.
e) “diriam do esforço, da resistência contra o frio e o sono.”
(l. 52-53) – preposição.
(a) Correta. O clarear é substantivo nessa oração, pois há
um artigo definido masculino que o antecede. Os substant-
ivos são precedidos por artigo. Caso o clarear não estivesse
precedido por artigo masculino ele poderia exercer função
de verbo intransitivo ou verbo transitivo.
(b) Correta. A locução adjetiva possui o valor e o sentido
do adjetivo. De mulher é locução adjetiva já que podemos
substituir o serviço de mulher por serviço feminino sem
nenhuma alteração de sentido.
(c) Correta. Em “E, no entanto, os pescadores de camarão
sabiam que não era fácil assim o seu trabalho, que as di-
ficuldades do seu ofício não eram tão maneiras” o que é
uma conjunção integrante de uma oração subordinada ob-
jetiva direta.
204/294
(d) Incorreta. Em “de noite bem dormida,” (l. 51) o bem
não é adjetivo. Ele é advérbio de intensidade que se rela-
ciona com o ato de dormir.
(e) Incorreta. Contra é uma preposição que significa em
direção oposta de.
Gabarito: D
6. FUNASA
Na passagem “Eugênio examinava-lhe as mudanças do
rosto com comovida atenção.” (l. 10-11), o pronome ob-
líquo lhe exerce função sintática idêntica ao termo
destacado em:
a) “Olívia se aproximou de Eugênio…” (l. 1)
b) “A enfermeira juntava os ferros.” (l. 3)
c) “A respiração voltava lentamente,” (l. 7)
d) “Vencera! Salvara a vida de uma criança!” (l. 12)
e) “Sentia-se leve e aéreo.” (l. 17)
Para identificarmos o sentido do lhe, nesta sentença,
vamos reescrevê-la: “Eugênio examinava-lhe as mudanças do
rosto com comovida atenção.” (l. 10-11) Eugênio examinava
as mudanças do rosto do menino com comovida atenção.
Por meio da substituição vemos que o lhe possui o sentido
de posse, referindo-se ao do menino. Assim, quando o lhe
205/294
traduz o sentido de posse é classificado como adjunto
adnominal.
(a) Incorreta. Pensemos na transitividade do verbo aproxi-
mar. Lembra da dica de perguntar ao verbo? Segue o ra-
ciocínio: “Quem se aproxima, se aproxima de alguém ou de
alguma coisa”. Olívia se aproximou de Eugênio, logo, de
Eugênio é objeto indireto dessa oração.
(b) Incorreta. Pensemos na transitividade do verbo juntar.
“Quem junta, junta alguma coisa”. A enfermeira juntava os
ferros, logo, ferros é o objeto direto que o verbo regente
juntar pede. Lembre-se que o lhe nunca pode ser substituído
por objeto direto.
(c) Incorreta. Em “A respiração voltava lentamente,”
lentamente é adjunto adverbial. O adjunto adverbial exerce
a função de modificar o sentido do verbo, advérbio ou
adjetivo indicando-lhe circunstância.
(d) Correta. Em “Vencera! Salvara a vida de uma cri-
ança!” podemos substituir o de uma criança por lhe sem al-
teração de sentido. Nesta troca, percebemos que o lhe indica
posse, sendo, então, classificado como adjunto adnominal.
Veja: Vencera! Salvara-lhe a vida.
(e) Incorreta. Em “Sentia-se leve e aéreo.” leve e aéreo é
predicativo do objeto. O predicativo do objeto exprime uma
característica nova ao nome complementando o sentido de
um objeto direto ou indireto.
Gabarito: D
206/294
Unidade 1 – Concordância
Verbal
Por que utilizar esquemas ao estudar a concordância verbal?
Porque os esquemas constituem uma maneira prática para
você aprender esse assunto. Pense bem, quantas vezes você
já leu sobre a concordância verbal? Para facilitar o seu
aprendizado da Língua Portuguesa elaboramos esquemas
sobre o tema proposto. Então, o que é realmente relevante
neste momento de preparação? O que sempre aparece nas
provas, o que é recorrente. Caso tenha alguma dúvida olhe
as referências bibliográficas ao final do livro.
208/294
Como podemos observar no esquema acima, o se possui
várias funções e, por isso, muitos alunos têm dificuldades de
identificar suas diferentes funções no texto. Pensando em
sanar estas dúvidas, apresentamos organograma para que
identifiquemos as várias funções que o “se” pode exercer
209/294
num texto.Na concordância verbal, estudaremos o “se”
como pronome apassivador ou partícula apassivadora e
índice de indeterminação do sujeito.
Primeiramente, faremos uma breve explicação acerca da
concordância verbal com o intuito de internalizarmos estes
conceitos. Isso contribuirá durante a realização da prova.
Lembramos que o importante não é decorar conceitos, e sim
entendê-los para quando houver alguma mudança na estru-
tura você consiga resolver a questão. Vejamos:
Quais são as vozes verbais?
A voz ativa e passiva.
Como que elas funcionam?
Na voz ativa o sujeito é agente – pratica ação verbal. O
verbo deve ser transitivo direto (VTD) ou transitivo direto e
indireto (VTDI).
Por outro lado, na voz passiva o sujeito é paciente – re-
cebe a ação, é paciente do processo verbal. O verbo tem que
ser transitivo direto (VTD) ou transitivo direto e indireto
(VTDI). A voz passiva se divide em duas:
Voz passiva analítica:
Voz ativa
Transforma-
se em
Voz passiva analitica
Sujeito Agente -----→ Agente da passiva
210/294
Voz ativa
Transforma-
se em
Voz passiva analitica
Verbo (VTD ou
VTDI)
-----→ Locução verbal (ser +
participio)
Objeto Direto -----→ Sujeito paciente
Objeto Indireto Não se
transforma
Objeto indireto
Voz passiva sintética: É uma síntese da passiva analítica.
Tem sujeito paciente, VTD ou VTDI + pronome apassivador
SE.
Voz ativa
Transforma-se
em
Voz passiva
sintética
Sujeito Agente -----→
Verbo (VTD ou
VTDI)
-----→ VTD + SE ou VTDI
+ SE
Objeto Direto -----→ Sujeito paciente
Objeto Indireto Não se
transforma
Objeto indireto
IMPORTANTE!
211/294
Sempre que quiser descobrir se a função do “se” é de índice de
indeterminação do sujeito ou partícula apassivadora, faça a
seguinte transformação:
Para Partícula Apassivadora:
Note, nos exemplos, que o sujeito concorda com o verbo, ou
seja, sujeito no singular verbo no singular e vice-versa. O sujeito
é o mesmo na voz passiva sintética e na voz passiva analítica
(morangos). Portanto, o “se” é pronome apassivador e acom-
panha verbos que exigem objeto sem preposição (VTD) na voz
passiva sintética. Então, temos a seguinte dica: Basta substituir
o verbo da voz passiva sintética pelo (ser+particípio) da voz
passiva analítica. Se der certo, é pronome apassivador.
Tente nesta frase: Precisa-se de vendedoras. Vendedoras são
precisadas. Faz sentido? Não. Neste caso, o “se” não é partícula
212/294
apassivadora já que com a substituição a frase fica totalmente
sem sentido. Logo, o “se” é índice de indeterminação do sujeito.
Para Índice de Indeterminação do sujeito:
Quando temos o “se” como índice de indeterminação do
sujeito, o sujeito da oração está indeterminado. Lembre-se que, a
caracterização da indeterminação do sujeito é que o verbo tem
que ficar na 3ª pessoa do singular. Além disso, você deve saber
que o sujeito nunca pode ser preposicionado. Assim, seria impos-
sível você classificar “de novos funcionários” como o sujeito
desta oração.
E o que isso tem a ver com concordância verbal? Tudo!
Por que se o “se” for partícula apassivadora o sujeito con-
cordará com o verbo da oração. Já se o “se” for índice de in-
determinação do sujeito ele permanecerá na 3ª pessoa do
singular. Por isso, faça sempre a transformação da voz pas-
siva sintética para a analítica, certo?
213/294
Abaixo, apresentamos esquemas com outras regras de Con-
cordância Verbal:
214/294
215/294
QUESTÕES
COMENTADAS
1. REFAP
Indique a opção em que a concordância verbal NÃO está
feita corretamente.
a) Homens, mulheres, guris, ninguém o aceitava.
b) Na cidade, haviam mulheres com vassouras.
c) Eu e tu não acreditaríamos na história.
d) O maior problema daquele grupo são as superstições.
e) Os piazinhos têm medo do desconhecido.
(a) Correta. Neste caso, temos um sujeito composto que
termina com a palavra resumitiva ninguém. A concordância
é feita entre ninguém e aceitava. Você deve lembrar que
existem outras palavras que têm valor resumitivo, tais como:
tudo, nada, ninguém etc.
(b) Incorreta. Esta alternativa é muito recorrente nas
questões de concordância verbal dos concursos da banca
Cesgranrio. Muitas pessoas fazem confusão no momento de
analisar o sentido do verbo haver. Ele é impessoal com o
sentido de existir e de tempo decorrido. E quando ele não pos-
sui esse sentido, ele é impessoal? Não. O verbo haver será
216/294
flexionado em qualquer tempo (presente, passado, futuro).
Nesta alternativa, o verbo haver é sinônimo de existir, port-
anto, a forma adequada da oração seria “(b) Na cidade,
havia mulheres com vassouras.”
(c) Correta. Nesta alternativa, temos o caso de sujeito
composto de pessoas gramaticais diferentes. A regra diz “Os
pronomes da 1ª pessoa (eu/nós) em um sujeito composto
com outra pessoal gramtical determinam que o verbo fique
na 1ª pessoa do plural.” Podemos ver que, na alternativa,
“(c) Eu e tu não acreditaríamos na história”, o pronome eu
determina a concordância com a 1ª pessoa do plural.
IMPORTANTE
O que determina a concordância do verbo no plural no caso de
sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes? É a pessoa
que tem precedência na ordem gramatical, ou seja, 1ª, 2ª e 3ª.
(d) Correta. Nesta alternativa, percebemos que o sujeito
está no singular e o verbo ser, bem como o predicativo su-
perstições estão no plural. De acordo com a gramática
normativa, o verbo ser tem que concordar com o predicativo
superstições mesmo que o sujeito esteja no singular.
(e) Correta. Nesta oração, temos a regra geral da con-
cordância verbal. Temos um verbo na 3ª pessoa do plural do
217/294
presente do indicativo – “têm” – que concorda com o sujeito
simples “os piazinhos”.
IMPORTANTE!
Nova ortografia: Os verbos ter e vir na 3º pessoa do plural do
presente do indicativo NÃO perderam o acento circunflexo.
Assim, continuam têm e vêm. Já os verbos que possuem, na 3ª
pessoa do plural do presente do indicativo e do subjuntivo, o hiato
“ee”, tais como “crer”, “dar”, “ler” e “ver”, perderam o acento
circunflexo. Deste modo, são escritos “creem, deem, leem, veem”.
Gabarito: B
2. PETROBRAS
Todas as frases abaixo estão corretas quanto à con-
cordância verbal. Uma delas, porém, admite uma outra
concordância também correta. Assinale-a.
a) Atende a diferentes propósitos o uso do computador.
b) Precisa-se urgentemente de um novo computador.
c) Nunca se venderam tantos portáteis.
d) Malograram todas as suas tentativas.
e) Sou eu quem dependo mais dele.
218/294
Nesta questão a banca Cesgranrio pede ao candidato que
marque a alternativa que admite mais de uma concordância
verbal. Sabemos que há regras que permitem mais de uma
concordância, e é isso que buscaremos nesta questão. Perce-
bemos que todas as alternativas desta questão estão corretas,
logo identificaremos a alternativa que possui duas con-
cordâncias possíveis.
Na alternativa (a), temos um sujeito simples o uso do
computador que concorda com o núcleo uso. Não é possível
fazer outro tipo de concordância nesta oração.
(b) A Banca Cesgranrio adora o uso do “se”. Por isso, na
parte teórica deste livro, procuramos explicitar detalhada-
mente como encontrar o índice de indeterminação do sujeito
e da partícula apassivadora. Para facilitar durante a resol-
ução da questão, preste atenção e faça o esquema na prova.
Primeiro, encontre o sujeito desta oração. Depois, tente fazer
a transformação da voz passiva sintética para a analítica.
Agora, responda as questões: É possível termos um sujeito
preposicionado – de um novo computador? A transposição
de uma voz para outra fez sentido? De um novo computa-
dor é precisado urgentemente. Com certeza, não. Assim,
temos um sujeito indeterminado, e, por isso, o verbo deve
ficar na 3ª pessoa do singular. Além disso, o verbo precisar é
VTI seguido de “se”, e quando se trata de índice de inde-
terminação do sujeito o verbo NUNCA é VTD – não se es-
queça disso. Logo, não é possível fazer outra concordância.
219/294
(c) Nesta alternativa, o sujeito tantos portáteis concorda
com o verbo venderam. Regra básica de concordância
verbal quenão permite uma concordância diferente.
(d) Malograram todas as suas tentativas. Nesta alternativa,
o sujeito todas as suas alternativas concorda com o núcleo
tentativas. Novamente, a regra básica de concordância
verbal que não permite uma concordância diferente.
(e) é a alternativa que permite uma nova concordância.
Vimos na teoria que o pronome “quem” permite a con-
cordância com o pronome reto e com o pronome relativo
“quem” (valor de 3ª pessoa do singular). Assim, temos “Sou
eu quem dependo mais dele” ou “Sou eu quem depende
mais dele”.
Gabarito: E
3. ANP
Assinale a opção em que a concordância verbal está cor-
retamente estabelecida.
a) Cerca de 30 milhões de reais será aplicado em novas
obras.
b) Terão muitos novos portos na região amazônica.
c) Existe várias possibilidades de desenvolvimento no
Amazonas.
d) As populações crêm no progresso causado pelos novos
portos.
220/294
e) Há muitos anos não se via tanto investimento em
infraestrutura.
(a) Incorreta. Na alternativa (a) você deve prestar atenção
na concordância do verbo com o numeral. O numeral é o
sujeito da oração – 30 milhões – que deve concordar com a
locução serão aplicados. Assim, a reescritura correta da
sentença é “(a) Cerca de 30 milhões de reais serão aplica-
dos em novas obras.”
(b) Incorreta. Em “(b) Terão muitos novos portos na região
amazônica.” o verbo ter está sendo utilizado com o sentido
de existir equivalendo ao haver. Neste caso, ele é impessoal
e fica SEMPRE na 3ª pessoa do singular. O correto é “(b)
Terá (haverá) muitos novos portos na região amazônica.”
(c) Incorreta. O verbo existir não é impessoal. Os verbos
haver, ter quando equivalem a existir são impessoais,
porém o verbo existir é pessoal e possui sujeito. Assim,
deve-se fazer a concordância entre o sujeito, várias possibil-
idades e existem. O correto, então, e “(c) Existem várias
possibilidades de desenvolvimento no Amazonas.”
(d) Incorreta. Esta questão apresenta um erro grosseiro
que é o plural da 3ª pessoa do plural do verbo crer no
presente do indicativo – crêm. Vimos que, com a nova orto-
grafia, a 3ª pessoa do plural do verbo crer no presente do in-
dicativo perde o acento circunflexo. A conjugação do
presente do indicativo do verbo crer possui o hiato “ee” em
221/294
sua formação no plural da 3ª pessoa. Portanto, o correto é
“(d) As populações creem no progresso causado pelos novos
portos”.
(e) Correta. Percebemos que o verbo haver foi utilizado,
nessa sentença, com o sentido de tempo decorrido, ou seja,
é impessoal, e, por isso, deve ser escrito na 3ª pessoa do sin-
gular. Não se esqueça de estudar e relembrar os verbos
impessoais, pois eles, sempre, estão presentes nas provas
desta Banca.
Gabarito: E
4. DNPM
Assinale a frase correta quanto à concordância verbal.
a) Não fosse os pesquisadores e os arqueólogos, o passado
continuaria desconhecido.
b) Se não houverem peixes no rio, a comunidade semeará e
colherá.
c) Nenhuma das pessoas comentaram a respeito da vida dos
habitantes.
d) Um pesquisador ou algum arqueólogo descobriram ali
vestígio de outros povos.
e) A partir do século XIX encontraram-se na região vários sí-
tios arqueológicos.
222/294
(a) Incorreta. Nesta alternativa, temos duas opções de con-
cordância verbal. A primeira é do verbo ser (fossem) com o
núcleo do sujeito mais próximo os pesquisadores; e na se-
gunda o plural com os dois núcleos do sujeito os pesquisad-
ores e os arqueólogos. Lembre-se que, nesta alternativa,
ambos os núcleos estão no plural, mas temos outras altern-
ativas com um núcleo no plural e outro no singular. Nelas a
concordância deve ser feita seguindo essa mesma regra.
(b) Incorreta. Novamente, temos uma questão do verbo
haver no sentido de existir. A alternativa está incorreta,
pois esse verbo deve permanecer na 3ª pessoa do singular.
Reescrevendo a sentença temos “(b) Se não houver peixes no
rio, a comunidade semeará e colherá.”
(c) Incorreta. Primeiramente você deve encontrar o sujeito
desta oração – “Nenhuma das pessoas”. Depois, lembrar que
a concordância de verbos com pronomes indefinidos – nen-
huma – é sempre feita no singular. Portanto, o verbo
comentar deve ser utilizado no singular ao invés do plural.
(d) Incorreta. Lembre-se do sujeito ligado a ou. Se o ou
exprime ideia de exclusão o sujeito deve ficar no singular. Já
se o ou não exprime exclusão, o sujeito deve ir para o plural.
Percebemos que, nesta alternativa, o ou exprime a ideia de
exclusão, já que um ou outro pode descobrir vestígio de out-
ros povos. Assim, o verbo “descobrir” deveria ser escrito no
singular devido ao uso da conjunção alternativa “ou” com o
sentido de exclusão.
223/294
(e) Correta. Lembre-se da dica dada anteriormente, sobre a
transposição da voz passiva sintética para a voz passiva
analítica? Então, vamos fazer a transformação da voz passiva
sintética para analítica. “(e) A partir do século XIX
encontraram-se na região vários sítios arqueológicos.” “Na
região vários sítios arqueológicos foram encontrados a
partir do século XIX”. A transformação fez sentido? Sim.
Então, a partícula “se” é índice de indeterminação do sujeito
ou partícula apassivadora? Neste caso, o “se” é partícula
apassivadora. Logo, o sujeito vários sítios arqueológicos é
passivo e o verbo encontrar concorda com esse sujeito.
Gabarito: E
5. BNDES 2009
Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância
verbal, segundo o registro culto e formal da língua.
a) Necessita-se de novos programas de qualidade de vida.
b) A pressão, a ansiedade e a tensão muscular, tudo preju-
dicava a saúde do trabalhador.
c) Os Estados Unidos contrataram profissionais especializa-
dos em comunicação.
d) Já fazem três meses que ele se adaptou a uma nova realid-
ade profissional.
e) Cada um dos profissionais do RH deve saber administrar o
seu estresse.
224/294
(a) Correta. Novamente, a Banca Cesgranrio “cobra” a
identificação da função do se em uma de suas questões.
Como já vimos, o sujeito não pode ser preposicionado, port-
anto, nesta oração “(a) Necessita-se de novos programas de
qualidade de vida” não temos sujeito. Já que, nessa sen-
tença, não há um sujeito, o se é índice de indeterminação do
sujeito. Devido a estes fatos, você deve lembrar que na trans-
formação da voz passiva sintética para a voz passiva analít-
ica o verbo deve ficar sempre na 3ª pessoa do singular
quando o sujeito é indeterminado.
(b) Correta. Já vimos alternativa semelhante a esta anteri-
ormente. Quando temos um pronome indefinido – tudo – o
verbo deve concordar com ele no singular.
(c) Correta. No esquema da concordância verbal, vimos
como ocorre a concordância de nomes próprios. Pudemos
perceber que ela ocorre com a presença ou não de artigo.
Nesta alternativa, temos o artigo os que concorda com o
verbo contrataram.
(d) Incorreta. Novamente, o verbo fazer aparece como
impessoal. Nesta alternativa, ele significa tempo decorrido
e, por isso, devemos mantê-lo na 3ª pessoa do singular. Mais
uma vez, o “verbo impessoal” é cobrado pela Banca
Cesgranrio.
(e) Correto. Na alternativa “(e) Cada um dos profissionais
do RH deve saber administrar o seu estresse.” O verbo deve
225/294
concorda com a expressão cada um, por isso, esta altern-
ativa está correta.
Gabarito: E
226/294
Unidade 1.1 – Concordância
Nominal
1 – Esquema de Concordância Nominal: assuntos recor-
rentes em provas da Banca Cesgranrio. Fique atento aos
casos especiais e se tiver alguma dúvida consulte as referên-
cias bibliográficas ao final do livro.
228/294
QUESTÕES
COMENTADAS
1. EPE 2007
Em relação à concordância nominal, assinale a opção
em que a frase está correta, segundo a norma culta da
língua.
a) Os homens tenderão a ser só, caso continuem mantendo
uma postura egocêntrica.
b) É preciso encontrar alternativas as mais diversas possível.
c) Em meio a tantos insucessos, a vida se delineia meio in-
certa ao homem.
d) Aos 60 anos, percebemos se estamos ou não quite com
nossas realizações pessoais.
e) Aos 20 anos, o jovem ainda não demonstra ter bastante
experiências.(a) Incorreta. Nesta alternativa, o só é adjetivo e deve
concordar com o substantivo “homens”. Quando o só exerce
a função de adjetivo é variável, por isso, obrigatoriamente,
deve concordar com a palavra a que se refere. Reescrev-
cendo temos: “(a) Os homens tenderão a ser sós, caso con-
tinuem mantendo uma postura egocêntrica.” Podemos
229/294
perceber que o adjetivo “sós” equivale a “sozinhos” sendo
perfeitamente substituído na frase acima.
IMPORTANTE!
Lembre-se do esquema apresentado na teoria sobre o só. Sem
dúvida ele o ajudará na resolução das questões sobre concordân-
cia. Dica: só pode ser advérbio de exclusão – invariável – equi-
valendo a “apenas”, “somente”; e adjetivo – variável – equival-
endo a “sozinho (a/s)”.
(b) Incorreta. Encontramos um deslize de concordância
nessa frase. O adjetivo possível varia de acordo com o
artigo que precede o superlativo mais, menos. Assim, a
passagem “(b) É preciso encontrar alternativas as mais diver-
sas possível” está inadequada, uma vez que o artigo as não
concorda com possível. O adequado seria: “(b) É preciso en-
contrar alternativas as mais diversas possíveis”. Podemos
perceber, então, por meio do adjetivo possíveis, que a con-
cordância foi efetuada com o artigo feminino plural as.
(c) Correta. Não se nota erro de qualquer natureza nesta
alternativa. Em meio a é uma locução prepositiva que é in-
variável. Em “(…) a vida se delineia meio incerta ao
homem” meio é um advérbio de intensidade, portanto, in-
variável, que está relacionado ao adjetivo incerta, e con-
corda com o sujeito da oração vida. Nesta sentença, o
230/294
advérbio meio pode ser substituído por um pouco sem al-
teração de sentido.
IMPORTANTE!
Lembre-se do esquema apresentado na teoria sobre o meio.
Quando meio é advérbio equivale a um pouco, sendo invar-
iável. Quando é numeral concorda com a palavra a que se refere,
ou seja, varia. Equivale a metade.
(d) Incorreta. Em “(d) Aos 60 anos, percebemos se estamos
ou não quite com nossas realizações pessoais”, quite é adjet-
ivo e deve concordar com o sujeito elíptico “nós” na sen-
tença. Observe a concordância correta na frase: “(d) Aos 60
anos, percebemos se estamos ou não quites com nossas real-
izações pessoais.”
(e) Incorreta. Bastante pode ser usado como advérbio ou
pronome. Ao empregar bastante em “(e) Aos 20 anos, o
jovem ainda não demonstra ter bastante experiências.” está
inadequado, pois, neste caso, bastante não é um advérbio e
não pode ser substituído por muito sem transgredir a norma
culta. Neste contexto, bastante é um pronome indefinido
que deve concordar com o substantivo experiências. A frase
ficará corretamente grafada na alternativa “(e) Aos 20 anos,
o jovem ainda não demonstra ter bastantes experiências.
231/294
IMPORTANTE!
Lembre-se do esquema apresentado na teoria sobre o bastante.
Quando é um advérbio é invariável e somente pode ser sub-
stituído por muito. Já quando é um pronome é variável e pode
ser trocado por muitos ou suficientes.
Gabarito: C
2. PETROBRAS 2010
A opção em que a concordância nominal está correta,
segundo o registro culto e formal da língua, é:
a) Eu mesmo, disse a senhora, providenciarei a água filtrada
para o gari.
b) No condomínio em frente, havia menas gente cuidadosa.
c) Haja visto o seu bom humor, pedi-lhe que me ajudasse nas
tarefas.
d) Ao recolher os sacos de lixo, eles estavam feliz.
e) No verão, água gelada é bom para minimizar o calor.
(a) Incorreta. Em “(a) Eu mesmo, disse a senhora, provid-
enciarei a água filtrada para o gari”. Nesta sentença, o vo-
cábulo mesmo está incorreto, pois o adjetivo mesmo con-
corda com o substantivo a que se refere em gênero e número
(senhora).
232/294
IMPORTANTE!
Não se esqueça de consultar os esquemas com os casos especiais
de concordância. Quando o mesmo é advérbio tem o sentido de
“realmente”, “de fato”. Neste caso é invariável. Quando é adjet-
ivo concorda com a palavra a que se refere.
(b) Incorreta. Como sabemos menas não existe. É uma al-
ternativa muito fácil, pois quem se prepara para um con-
curso concorrido espera questões com uma complexidade
maior. Portanto, esta alternativa NÃO pode ser marcada em
hipótese alguma já que é muito simples. Em “(b) No con-
domínio em frente, havia menas gente cuidadosa” o vo-
cábulo menas está incorreto, pois “menos” é advérbio e,
portanto, invariável.
(c) Incorreta. De início, um esclarecimento: Segundo o
gramático BECHARA (2009), a expressão haja vista com o
valor de “veja”, “tendo em vista”, deve ter o verbo invar-
iável, qualquer que seja o número do substantivo seguinte.
Neste caso, “(c) Haja visto o seu bom humor, pedi-lhe que
me ajudasse nas tarefas”, a expressão haja visto está inad-
equada. Devemos apontar, ainda, a existência da locução
verbal haja visto que equivale a “tenha visto”. A locução
verbal haja visto é formada pela primeira ou terceira pessoa
do singular do presente do subjuntivo (que eu/ele haja) e
pelo particípio do verbo ver (visto).
233/294
(d) Incorreta. Nesta alternativa, temos o adjetivo na fun-
ção de predicativo do sujeito. Em “(d) Ao recolher os sacos
de lixo, eles estavam feliz” temos um sujeito simples. Perce-
bemos que a concordância nominal está incorreta, pois
quando o adjetivo (feliz) está na função de predicativo do
sujeito, ele concorda com o núcleo (eles).
Para lembrar: O predicativo do sujeito é um termo que carac-
teriza o sujeito tendo como intermediário um verbo de ligação.
Vale ressaltar que, quando o sujeito é composto, a concordância
pode ser feita de duas maneiras: 1 – o adjetivo vai para o plural;
2 – o adjetivo concorda só com o primeiro substantivo.
(e) Correta. Em “(e) No verão, água gelada é bom para
minimizar o calor” a concordância nominal está correta, pois
o sujeito água gelada não está determinado por artigo,
portanto, a expressão é bom fica invariável.
IMPORTANTE!
Lembre-se: Se o sujeito estiver determinado por artigo, as ex-
pressões é bom, é preciso, é necessário, é proibido são variá-
veis, concordando com o sujeito em gênero e número.
Gabarito: E
234/294
3. PETROBRAS
BIOCOMBUSTÍVEL 2010
Qual sentença está de acordo com o registro formal
culto da língua, no que tange à concordância?
a) Fazem muitos anos que Claudia Souza virou a monja
Coen.
b) As pesquisas sobre felicidade são as mais precisas possível.
c) Cada uma das atividades cotidianas conta para a
felicidade.
d) A felicidade é difícil, haja vistos nossos esforços para
alcançá-la.
e) Todos querem a verdadeira satisfação e não uma
pseudafelicidade.
Nesta questão há conceitos da concordância verbal. Qu-
alquer dúvida, não deixe de consultar os esquemas e mapas
mentais sobre concordância verbal.
(a) Incorreta. Nesta alternativa, houve um equívoco
quanto ao uso do verbo impessoal “fazer”. O verbo
impessoal apresenta-se sempre na 3ª pessoa do singular.
“Fazer” quando indica tempo transcorrido é impessoal, port-
anto, teremos “(a) Faz muitos anos que Claudia Souza virou
a monja Coen.”
(b) Incorreta. Ao comentarmos a alternativa b da questão
1 desta unidade, vimos que o adjetivo possível varia de
235/294
acordo com o artigo que precede o superlativo mais,
menos. Ao corrigirmos teremos: “(b) As pesquisas sobre feli-
cidade são as mais precisas possíveis”.
(c) Correta. Como sabemos, quando temos a expressão
cada um o verbo concorda com essa expressão no singular.
Vejamos: O que conta para a felicidade? Cada uma das
atividades. Eis, então, a transcrição da frase: “(c) Cada uma
das atividades cotidianas conta para a felicidade.”
(d) Incorreta. Já mostramos no comentário da questão (2),
alternativa (c), a explicação sobre a expressão haja vista, a
qual indica que tendo em vista é uma expressão invariável,
portanto, não deve concordar com a expressão nossos
esforços.
(e) Incorreta. Como vimos no esquema de concordância
nominal, os advérbios – pseudo, alerta, menos – são invar-
iáveis. A frase “(e) Todos querem a verdadeira satisfação e
não uma pseudafelicidade.” exemplifica uma concordância
equivocada de “pseudo”. A correção dessa oração,resulta
em: “(e) Todos querem a verdadeira satisfação e não uma
pseudofelicidade.”
Gabarito: C
4. BNDES 2008
Segundo a norma culta, há ERRO de concordância na
opção:
236/294
a) A revista custa caro.
b) Os funcionários estão meio descrentes.
c) As equipes devem estar sempre alerta.
d) Às faturas estão anexo as listas de preço.
e) Todos chegaram ao continente salvo ele.
(a) Correta. Nesta alternativa “caro” exerce a função de
advérbio (normalmente ligado ao verbo custar – preço), não
podendo concordar com o substantivo feminino “revista”.
IMPORTANTE!
Lembre-se: “Caro” varia quando empregado como adjetivo, por
isso, concorda com a palavra a que se refere. (Ex.: Caros ami-
gos). Já quando utilizado como advérbio está ligado a preço, fic-
ando invariável.
(b) Correta. Já abordamos este assunto na questão (1), al-
ternativa (c). Nesta alternativa, meio é advérbio de intensid-
ade e pode ser substituído por um pouco. Assim, temos: “(b)
Os funcionários estão um pouco descrentes.”
(c) Correta. Podemos observar que alerta é advérbio de
modo e, portanto, é invariável. Por isso, não pode concordar
com o substantivo equipes.
(d) Incorreta. Houve um deslize de concordância nesta al-
ternativa. Anexo é adjetivo e deve concordar em gênero e
número com o substantivo que se refere. Portanto, a
237/294
reescrita correta da alternativa é “Às faturas estão anexas
as listas de preço.” Vale lembrar que o advérbio em anexo é
invariável.
(e) Correta. Em: “(e) Todos chegaram ao continente salvo
ele”, salvo é preposição com o sentido de concessão. As pre-
posições são invariáveis, não podendo ser flexionadas.
Gabarito: D
Atenção: Você perceberá que as questões são muito parecidas.
Coloque em prática o que você já aprendeu.
5. CITEPE 2009
Assinale a opção em que a concordância está correta.
a) Este é o bairro da cidade que tem menas árvores.
b) A diretora anunciou que ela mesmo fará o mural.
c) Ela ficou meio abalada com a notícia.
d) Achei a novela e o filme engraçados.
e) Modesta, disse apenas “obrigado” ao ouvir o elogio.
(a) Incorreta. Não há muito o que se comentar neste item,
dada a simplicidade dessa afirmativa. O vocábulo menos é
invariável, por isso, não aceita a variação menas.
(b) Incorreta. Em “(b) A diretora anunciou que ela mesmo
fará o mural.” O mesmo está incorreto, pois mesmo é
238/294
adjetivo e, portanto, concorda com o substantivo a que se
refere em gênero e número (ela).
(c) Correta. Em “(c) Ela ficou meio abalada com a notí-
cia.” podemos substituir o meio por um pouco – “Ela ficou
um pouco abalada com a notícia.” Desse modo, concluímos
que o “meio” é um advérbio, pois pode ser substituído por
“um pouco” sem nenhuma alteração de sentido.
(d) Incorreta. Nesta alternativa, vale a pena destacar alguns con-
ceitos importantes. Na concordância do adjetivo posposto ao
substantivo temos duas opções:
1 – se os substantivos são de gêneros diferentes e estão no singu-
lar, o adjetivo pode concordar com o substantivo mais próx-
imo (concordância mais comum);
2 – se os substantivos são de gêneros diferentes e estão no singu-
lar, o adjetivo pode concordar com os substantivos em con-
junto, caso em que vai para o masculino plural – concordância
rara. CUNHA e CINTRA (2001, p. 271). Pelo que percebemos,
a Banca examinadora Cesgranrio aceita como correto a con-
cordância mais comum (1), por isso, a alternativa está incor-
reta. Neste caso, a forma correta seria: “(d) Achei a novela e o
filme engraçado.”
(e) Incorreta. O adjetivo obrigado, assim como quite, in-
cluso concordam com as palavras a que se referem. Nesta
239/294
alternativa, obrigada concorda com o substantivo a que se
refere: modesta. Portanto, reescrevendo temos: “(e)
Modesta, disse apenas obrigada ao ouvir o elogio.”
Gabarito: C
6. PETROBRAS 2010
Na passagem “…somos responsáveis por nós mesmos;” (l.
40-41), o vocábulo destacado é variável. Em qual das
frases abaixo há uma transgressão ao registro culto e
formal da língua, quanto à flexão dos vocábulos
destacados?
a) Felizmente, bastantes pessoas foram corajosas para en-
frentar seus problemas emocionais.
b) Alguns ficaram meio irritados por não entenderem a sutil
diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
c) Os seus atos e temperamento custaram caro para você.
d) Haja visto o resultado final, começou a entender melhor
suas derrotas.
e) Acredito que só as verdadeiras amizades se mantêm para
toda a vida.
Percebemos que todas as alternativas apresentadas nesta
questão já foram abordadas anteriormente. Por isso, tecere-
mos breves comentários acerca de cada alternativa. Lembre-
se que esta questão pede ao candidato que selecione uma
240/294
frase em que há transgressão ao registro culto e formal da
língua.
(a) Incorreta. Em “(a) Felizmente, bastantes pessoas fo-
ram corajosas para enfrentar seus problemas emocionais.”
bastantes exerce a função de adjetivo, podendo ser perfeit-
amente substituída por muitas.
(b) Incorreta. Nesta alternativa, meio é advérbio e pode
ser substituído por um pouco sem nenhuma alteração de
sentido.
(c) Incorreta. Nesta alternativa caro exerce a função de
advérbio (normalmente ligado ao verbo custar – preço), por
isso, não concorda com os seus atos.
(d) Correta. Já mostramos no comentário da questão (3),
alternativa (d). A expressão haja vista indica tendo em
vista, veja, é invariável.
(e) Incorreta. Nesta frase “só” é advérbio – invariável –
equivalendo a “somente”.
Gabarito: D
7. TERMOMACAÉ 2009
O vocábulo destacado está em DESACORDO com o regis-
tro culto e formal da língua, quanto à flexão de gênero
ou número, em:
a) Havia menas ilusões no seu comportamento.
241/294
b) É necessário calma para falar do outro.
c) Entre mim e você há divergências bastantes.
d) Ela permanecia meio preocupada consigo mesma.
e) Como falavam mal de todos, ficavam sós.
Como vimos, nesta questão são abordados assuntos que já
apareceram em provas anteriores. Caso tenha alguma
dúvida, volte nas questões comentadas ou nos esquemas ap-
resentados na teoria.
(a) Correto. Em “(a) Havia menas ilusões no seu com-
portamento.” O vocábulo “menas” está incorreto, pois
“menos” é advérbio e, portanto, invariável.
(b) Incorreto. Em “(b) É necessário calma para falar do
outro.” O vocábulo “necessário” está correto, pois o
substantivo apresenta-se sem palavra determinante (artigo
ou pronome) e, por isso, o adjetivo fica invariável.
(c) Incorreto. Em “(c) Entre mim e você há divergências
bastantes.” Bastantes está correto, pois está empregado
como adjetivo e, portanto, é variável. Quando bastante for
adjetivo pode ser substituído por muitas.
(d) Incorreto. Em “(d) Ela permanecia meio preocupada
consigo mesma.”. Meio está correto, pois se apresenta como
advérbio e, portanto, é invariável. Quando advérbio pode
ser substituído por um pouco.
(e) Incorreto. Em “(e) Como falavam mal de todos,
ficavam sós.” Sós está correto, pois apresenta-se como
242/294
adjetivo e, portanto, é variável. Quando sós for adjetivo
pode ser substituído por sozinho (a) (s).
Gabarito: A
243/294
Unidade 2 – Regência
Verbal e Nominal
A regência estabelece uma relação entre um termo regente –
um nome ou um verbo – e o termo regido – um comple-
mento. Ela é dividida em regência verbal e nominal. Para lhe
ajudar a compreender melhor este conteúdo, apresentamos
os esquemas abaixo:
Regência Verbal é a relação de dependência dos termos da
oração. Para entendê-la com clareza precisamos relembrar
alguns conceitos básicos importantes.
A explicação sobre a transitividade verbal está no capítulo
4 – Sintaxe. Qualquer dúvida consulte esta parte do material
ou as referências ao final do livro.
Abaixo temos o quadro com a regência verbal.
245/294
Pelos exemplos, percebemos que a transitividade do verbo
é essencial para identificar se o complemento é regido ou
não por preposição. Se ele for regido por preposição, o verbo
será VTI ou VTDI. Caso não tenha preposição, o verbo será
246/294
VTD que pede como complemento um OD (exceto objeto
direto preposicionado). Alémdisso, a mudança na transit-
ividade do verbo pode acarretar mudança de sentido na re-
lação do verbo com seus complementos e é nisto que deve-
mos prestar mais atenção, pois é o que mais aparece nas
questões de regência em concursos. Por este motivo, trabal-
haremos os verbos que são mais recorrentes nas provas. Vale
ressaltar que o “NUNCA” apresentado no quadro sobre
regência não pode ser utilizado de acordo com a norma
culta. Na variedade coloquial, o utilizamos constantemente
sem que sejamos prejudicados ou penalizados.
No esquema abaixo temos verbos com mais de uma regência
verbal.
No esquema abaixo temos verbos com mais de uma regência
verbal.
247/294
248/294
249/294
Foram apresentados anteriormente alguns verbos os quais a
mudança na transitividade reflete a mudança de sentido na or-
ação. O que aconselho é que você os estude e que fique atento
para não errar a regência deles. Pelos exemplos, percebemos que
o VTI pede um complemento preposicionado e que o VTD pede
complemento sem ser preposicionado (temos a exceção do objeto
direto preposicionado, que será explicado detalhadamente na
unidade sobre “termos integrantes da oração). Segue uma dica
relevante para o entendimento da transitividade e da regência.
Importante: Normalmente (não é sempre), o OI refere-se a
uma pessoa e o OD a uma coisa. Exemplo 1: Paguei o aparta-
mento. Quem paga, paga alguma coisa. O que paguei? O aparta-
mento (OD).
Exemplo 2: Paguei ao funcionário o salário. Quem paga, paga
alguma coisa a alguém. O que paguei? O salário (OD) A quem?
Ao funcionário (OI).
Nos dois casos a regra que normalmente é ultilizada deu certo,
não foi? Foi, porém não podemos ser simplistas e generalizar
tudo. Para isso, vamos analisar outro exemplo?
Exemplo 1: Avisei o gerente do problema. Quem avisa, avisa
alguém de alguma coisa. Quem foi avisado? O gerente (OD). Do
quê? Do problema (OI).
Exemplo 2: Avisei ao gerente o problema. Quem avisa, avisa
alguma coisa a alguém. A quem avisei? Ao gerente (OI). Sobre o
quê? O problema (OD).
250/294
Pelos exemplos anteriores, fica claro que é importante en-
tender primeiro os conceitos para depois fazermos a análise da
oração, pois se formos simplistas diremos que o OI refere-se a
uma pessoa e OD a uma coisa. Por isso, não adianta apenas dec-
orar é importante interpretar cada oração isoladamente, pois
cada construção sintática transpõe uma mudança de sentido e de
enfoque. Lembre-se disto sempre!
Os nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – podem,
por regência nominal, exigir complementação para seu sen-
tido precedida de preposição. Daremos atenção especial aos
nomes que exigirem preposição “A”, pois podem ser passí-
veis de emprego da crase.
Quadro de Regência Nominal
Nomes Preposiçoes Exemplos
Ajuda Preposição:
“A”.
Os livros ajudam aos alunos
nos concursos públicos
Assessoria Preposição:
“A”
Assessoria aos noivos.
Agradável Preposição:
“A”
Uniu o útil ao agradável.
Benéfico Preposição:
“A”
Alho é benéfico à saúde.
251/294
Nomes Preposiçoes Exemplos
Corrida Preposição:
“A”
Benefícios da corrida à saúde.
Favorável Preposição:
“A”
Não sou favorável à legaliza-
ção das drogas.
Horror Preposição:
“A”
Tenho horror a gatos.
Imune Preposição:
“A”
Sou imune à gripe.
Invisível Preposiçao:
“A”
A corrupçao parece invisível
à populaçao.
Nivelado Preposição:
“A”
O custo de vida em Uberlân-
dia é nivelado à Ribeirão
Preto.
Preferível Preposição:
“A”, “DO
QUE”
Era preferível uma derrota a
uma desistência.
Propenso Preposição:
“A”,
“PARA”
Ele está propenso a estudar.
Lia está propensa para a
fama.
252/294
Os alunos sempre dizem que os exemplos de regência em sala de
aula são simples. Sim, eles são os mais simples e os complemen-
tos estão sempre próximos. Qual o motivo? Para você internaliz-
ar o conceito e aprendê-lo. Assim, quando aparecer um comple-
mento nominal distante do nome você vai identificá-lo porque
aprendeu o conceito e não o decorou. Observamos nos exemplos
que temos várias orações nas quais o acento grave indicativo da
crase aparece. Por quê? A crase é a junção de artigo (a) + pre-
posição (a) que resulta em “à”. Assim, para acertar o uso da
crase temos que entender regência e os seus usos. Para obter su-
cesso nos certames, não podemos decorar os conceitos já que
eles fazem parte de um todo e não devem ser vistos
isoladamente.
DICA IMPORTANTE!
Para resolver com êxito as questões de regência o primeiro passo
é descobrir a transitividade do verbo. Faça a pergunta: quem
___,____ (prep.) alguém ou alguma coisa. Depois, ache os comple-
mentos, e, analise a oração de acordo com a pergunta da
questão.
253/294
QUESTÕES
COMENTADAS SOBRE
REGÊNCIA
Questões comentadas
1. PETROBRAS
Assinale a opção em que a regência do verbo destacado
difere da dos demais.
a) “…exige de nós a capacidade de atuarmos em áreas…” (l.
4-5)
b) “O sentir faz a ponte entre o pensar e o agir.” (l. 14-15)
c) “…e consequentemente nos leva ao aprendizado.” (l.
16-17)
d) “alguém perguntou a um velho se ele tinha crescido
naquela cidade.” (l. 49-50)
e) “…que nos ensina a resposta do velho sábio.” (l. 52-53)
Para acertarmos as questões de regência verbal temos que
prestar atenção na transitividade do verbo. Assim, o
primeiro passo é utilizar a seguinte frase para identificar os
254/294
verbos transitivos indiretos (VTI): “quem verbo, verbo +
preposição + alguém ou alguma coisa”. Para verbos transit-
ivos diretos utilizaremos a seguinte frase “quem verbo,
verbo % zero preposição + alguém ou alguma coisa”
Assim, em “(a) …exige de nós a capacidade de atuarmos
em áreas…” faremos a substituição de “quem verbo, verbo
+ preposição + alguém ou alguma coisa” para “quem ex-
ige, exige de alguém alguma coisa. (VTDI → Verbo transit-
ivo direto e indireto)”. Agora, identificaremos os termos da
oração. Quem exige? O mercado. Exige de quem? De nós.
(OI → Objeto Indireto) O quê? A capacidade. (OD → Objeto
Direto).
Nesta alternativa, o verbo exigir é verbo transitivo direto
e indireto (VTDI) com o sentido de “impor obrigação ou de-
ver de…”. Esta alternativa está incorreta, pois a regência do
verbo não difere das demais.
(b) Correta. Em “(b) O sentir faz a ponte entre o pensar e
o agir.” faremos a substituição “quem faz, faz alguma coisa”.
Nesta oração, o verbo fazer é verbo transitivo direto (VTD)
já que não temos um OI para que ele seja VTDI. Além disso,
neste contexto o verbo fazer como VTD possui o sentido de
“conceber”, “realizar”. Esta alternativa esta correta, pois é a
única em que temos um VTD.
(c) Incorreta. Em “(c) …e consequentemente nos leva ao
aprendizado.” o verbo levar está como verbo transitivo
255/294
direto e indireto (VTDI), com o sentido de “ampliar”,
“aproximar”.
(d) Incorreta. Em “(d) alguém perguntou a um velho se
ele tinha crescido naquela cidade.” fazendo a substituição
temos “quem pergunta, pergunta alguma coisa a alguém”.
Quem pergunta? Alguém. Pergunta a quem? A um velho
(OI). O que? Se ele tinha crescido naquela terra. Nesta al-
ternativa, o verbo perguntar é verbo transitivo direto e in-
direto (VTDI) regido com a preposição “a” e com o sentido
de “solicitar informação”, “indagar”.
(e) Incorreta. Em “(e) …que nos ensina a resposta do
velho sábio.” identificamos que “quem ensina, ensina al-
guma coisa a alguém”. Assim, percebemos que o verbo en-
sinar está como verbo transitivo direto e indireto (VTDI) re-
gido pela preposição “a” e possui o sentido de “explicar”,
“ministrar conhecimentos teóricos e/ou práticos”.
Gabarito: B
2. BNDES
Assinale a opção cuja regência do verbo apresentado é a
mesma do verbo destacado na passagem “Ser aceito im-
plica mecanismos mais sutis e de maior alcance…” (l.
28-29).
a) Lembrar-se.
b) Obedecer.
256/294
c) Visar (no sentido de almejar).
d) Respeitar.
e) Chegar.
O verbo implicar pode exercer função de VTDI, VTD ou
VTI. Em “Ser aceito implica mecanismos mais sutis e de
maior alcance…”, o verbo implicar tem o sentido de “pres-
supor” sendo verbo transitivo direto (VTD). Neste caso, “im-
plica” algo, ou seja,“implica mecanismos mais sutis e de
maior alcance…”.
(a) Incorreta. Lembrar-se está incorreto, pois como verbo
pronominal é transitivo indireto (VTI) que rege a preposição
“de”. Vale ressaltar que o verbo lembrar pode ser VTD
quando ele não é pronominal.
(b) Incorreto. O verbo obedecer pode ser V.I ou VTI.
Quando é verbo transitivo indireto (VTI) é regido pela pre-
posição “a”.
(c) Incorreto. Como aprendemos, o verbo visar pode ter
duas transitividades verbais com três sentidos distintos.
Como VTD pode ter sentido de dar visto ou de mirar. Como
VTI possui o sentido de objetivar/ter meta. Assim, o verbo
“Visar (no sentido de almejar)” é VTI regido pela preposição
“a”.
(d) Correta. Está correto, pois o verbo respeitar é verbo
transitivo direto (VTD) assim como o verbo “implicar” do
enunciado da questão.
257/294
(e) Incorreta. O verbo chegar pode ser V.I ou VTI. Como
VTI utiliza-se a preposição “a” com o sentido de “atingir,
alcançar”.
Gabarito: D
3. TERMOAÇU
Analise as frases.
– Desejavam saber o preço __________ venderiam o
camarão.
– Com cenário iluminado, a pesca na lagoa foi a mais
bonita __________ assistiu.
– O barco __________ estavam os que se dirigiam ao porto
passava distante dos pescadores.
Tendo em vista a regência verbal, as frases acima se
completam com:
a) de que / em que / com que.
b) de que / em que / do qual.
c) pelo qual / a que / em que.
d) pelo qual / que / de que.
e) com o qual / com que / em que.
Para preencher a lacuna da oração “– Desejavam saber o
preço __________ venderiam o camarão.” devemos substituir
“quem vende, vende algo por algum preço”. Assim, o ante-
cedente do pronome relativo “qual” deve ser “pelo”, devido
258/294
à regência do verbo vender. Nesta alternativa, o verbo
vender é VTDI regido pela preposição “por”. A partir da
primeira oração, sabemos que a alternativa correta é a letra
(c) ou (d), pois as demais não estão regidas pela preposição
“pelo”.
Em “– Com cenário iluminado, a pesca na lagoa foi a mais
bonita __________ assistiu”. “Quem assiste, assiste a alguma
coisa”. Neste caso, “alguém assistiu à pesca na lagoa”. O
verbo assistir é VTDI com sentido de “ver/presenciar” sendo
regido pela preposição “a”.
Em “O barco __________ estavam os que se dirigiam ao porto
passava distante dos pescadores.” O verbo estar exerce a
função de predicativo locativo de lugar, exigindo preposição
“em”. Assim, a preposição que rege este verbo é “em”, que
antecede o pronome relativo “que”. Reescrevendo a oração
entendemos que “os que se dirigiam ao porto estavam no
(em+o) barco”.
A alternativa correta é a letra (c) devido à regência dos
verbos vender, assistir e estar.
Gabarito: C
4. TCE
Assinale a opção em que há uso INADEQUADO da regên-
cia verbal, segundo a norma culta da língua.
259/294
a) É interessante a obra de Freyre com a qual a de Sérgio
Buarque compõe uma dupla magistral.
b) É necessário ler estes livros nos quais nos vemos
caracterizados.
c) Chico Buarque, por quem os brasileiros têm grande admir-
ação, é filho de Sérgio Buarque.
d) É tão bom escritor que não vejo alguém de quem ele possa
se comparar.
e) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas leis as pess-
oas traçam suas vidas.
(a) Correta. “Quem compõe, compõe algo com alguém”. O
verbo compor é VTDI regido pela preposição com e pede
um OD e um OI. Nesta oração temos ambos – A obra (OD) –
com a qual a de Sérgio Buarque (OI). Percebemos que o pro-
nome relativo a qual está posposto à preposição com vincu-
lando a ideia de composição.
(b) Correta. “Quem vê, vê alguma coisa em alguém ou em
alguma coisa”. A preposição “em” antes do pronome relativo
“os quais” caracteriza o lugar “nestes livros”. O verbo ver é
VTDI regido pela preposição em.
(c) Correta. “Quem tem admiração, tem admiração por al-
guém”. A preposição por está adequada com a regência do
substantivo abstrato admiração, já que está de acordo com a
oração “os brasileiros têm grande admiração por Chico
Buarque”.
260/294
(d) Incorreta. “Quem se compara, se compara a alguém”.
Na alternativa temos –“É tão bom escritor que não vejo al-
guém de quem ele possa se comparar” – a preposição utiliz-
ada foi o de e o verbo comparar-se é regido pela preposição
a. Portanto, a alternativa está incorreta.
(e) Correta. Nesta alternativa a preposição sob transmite
condição antes do pronome relativo cujas que transmite a
ideia de posse. Reescrevendo a oração temos: “as pessoas
traçam suas vidas sob as leis daquele livro”.
Gabarito: D
5. TRANSPETRO
Indique a opção em que o verbo responder está usado
INCORRETAMENTE, no que tange à regência.
a) Respondeu com mau humor à mãe.
b) O injustiçado responde às calúnias.
c) Os soldados responderam às balas.
d) Ninguém responde o juiz daquele jeito.
e) Respondi o que podia e o que não devia.
Esta questão trata de regência do verbo responder.
Lembre-se que o verbo “responder” possui duas transitivid-
ades. Como VTI vincula a ideia de “comunicar (falando ou
escrevendo) alguma coisa em resposta”, ou seja, responder a
algo. Como VTI pede preposição “a”. Já como VTD ele
261/294
exprime a informação respondida e não deve ser
preposicionado.
(a), (b), (c) e (e) estão corretas, pois o verbo responder é
VTD com sentido de “exprimir a informação respondida.”,
portanto, não deve ser preposicionado.
(d) Incorreta. Em “(d) Ninguém responde o juiz daquele
jeito” o verbo responder transmite a ideia de “comunicar
(falando ou escrevendo) alguma coisa em resposta”, ou seja,
é VTI e é regido pela preposição a. O correto é: “Ninguém
responde ao juiz daquele jeito”.
Gabarito: D
6. DNPM
Observe:
Os caboclos _______ apresentou o projeto começaram a
entender melhor o passado.
A cultura, _______ são guardiãs as populações ribeirin-
has, é objeto de estudo de pesquisadores.
A opção que, de acordo com a norma culta da língua,
completa corretamente as frases, tendo em vista a regên-
cia do verbo ou do nome, é:
a) por quem – pelo que.
b) sobre quem – a que.
c) de quem – a que.
262/294
d) a quem – a que.
e) a quem – de que.
Para “Os caboclos _______ apresentou o projeto começaram
a entender melhor o passado” vamos fazer a seguinte trans-
formação: “quem apresenta, apresenta algo a alguém”.
Assim, vemos que o verbo apresentou é VTDI, ou seja, pede
OD e OI. Quem apresentou o projeto aos caboclos? Alguém.
A partir desta frase podemos construir a seguinte: “Alguém
apresentou o projeto aos caboclos”. Vimos que o verbo ap-
resentou pede preposição a e que temos o pronome relativo
quem posposto à preposição. Assim, as alternativas (a), (b) e
(c) já podem ser excluídas.
Em “A cultura, _______ são guardiãs as populações ribeirin-
has, é objeto de estudo de pesquisadores”. Transformaremos
“quem é guardiã, é guardiã de alguma coisa ou alguém”.
Veja que guardiãs pede a preposição de, portanto, a altern-
ativa correta é a letra (e), já que temos as preposições a e de
que regem apresentou e guardiãs.
Gabarito: E
7. CASA DA MOEDA
Foram inúmeros os problemas ________ nos defrontamos e
inúmeras as experiências ________ passamos. De acordo
com a norma culta da língua, completam a frase,
respectivamente,
263/294
a) que e em que.
b) que e de que.
c) de que e por que.
d) com que e por que.
e) com que e em que.
Para completar a oração acima devemos analisar os verbos
defrontar e passar. O verbo defrontar é VTDI e lembremos
que “quem defronta, defronta com alguém ou alguma coisa.”
Portanto, este verbo é regido pela preposição com e é pos-
posto pelo pronome relativo que. O verbo passar com o sen-
tido de “experimentar/suportar” é VTI, e é regido pela pre-
posição por. Assim, substituindo: “quem passa, passa por al-
guma coisa ou alguém”. A alternativa que preenche a lacuna
é a letra (d) com que e por que, devido à regência dos verb-
os defrontar e passar.
Gabarito: D
264/294
Unidade 3 – Pontuação
QUESTÕES
COMENTADAS
1. PETROBRAS 2010
Considere as afirmativas apresentadas a seguir.
I – Em “que seja conhecida por todos –” (l. 33-34), o
travessão indica uma mudança de interlocutor.
II – Em“Então, se você não conseguir…” (l. 34-35), a vír-
gula separa uma palavra conclusiva de uma oração
subordinada deslocada.
266/294
III – Em “…de que os líderes não gostam de dois tipos de
colaboradores:” (l. 60-61), os dois-pontos antecedem
um aposto.
Está correto APENAS o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
A alternativa correta é a letra (e). Vejamos cada item
separadamente.
Em I temos: “Todos os trabalhadores, independente de tra-
balharem nas linhas de produção ou nos escritórios,
precisam ver-se como um empresário, um vendedor especial-
izado de serviços com uma marca especial, que seja con-
hecida por todos – VOCÊ.” (l. 30-34) (grifo meu). O
travessão nesta alternativa não indica mudança de inter-
locutor, pois não temos um diálogo indicando uma fala ou
mudança de uma pessoa. O travessão é utilizado com a fun-
ção de dar destaque à palavra VOCÊ chamando, assim, a
atenção do leitor. Logo, o item I é falso.
Em II: “Então, se você não conseguir vender-se, não con-
seguirá atingir o sucesso (l. 33-35)” temos uma oração sub-
ordinada substantiva condicional, ou seja, ela exprime uma
condição. A oração está descolada, pois Não conseguirá
267/294
atingir o sucesso é a oração principal e se você não con-
seguir vender-se a oração subordinada substantiva condi-
cional (conjunção se). Reescrevendo na ordem direta
teremos: Não conseguirá atingir o sucesso, se você não
conseguir vender-se. Logo, a alternativa está correta.
Em III: “E procure se lembrar sempre de que os líderes não
gostam de dois tipos de colaboradores: os que não fazem o
que eles pedem e os que só fazem o que eles pedem.
(l.60-62)”. Colaboradores é um aposto já que tem a finalid-
ade de esclarecer e explicar melhor o termo colaboradores.
Portanto, a alternativa III está correta.
Gabarito: E
2. BANCO DO BRASIL
Em “Mas não havia engano.” (l. 25), o sinal de pontu-
ação que NÃO pode substituir o ponto (.) é:
a) vírgula (,).
b) ponto-e-vírgula (;).
c) dois-pontos (:).
d) travessão (–).
e) reticências (…).
Em: “Apurei os ouvidos, esfreguei as orelhas como se est-
ivessem empoeiradas. Mas não havia engano. Passei pelo
portão apreensivo quanto ao que meus sentidos me
268/294
mostravam, voltei o olhar para cima,(…)”, percebemos que
não há uma relação entre o período anterior e “Mas não
havia engano.” Portanto, nesta questão, o uso da vírgula é
incorreto já que não existe relação entre as orações.
Gabarito: A
3. IBGE
“O Brasil é um Titanic negreiro: insensível aos porões e
aos icebergs”. (l. 5-6)
A relação de sentido que os dois-pontos estabelecem,
ligando as duas partes, visa a introduzir uma
a) ideia de alternância entre as duas partes da frase.
b) ideia que se opõe àquela dada anteriormente.
c) adição ao que foi sugerido na primeira parte da frase.
d) conclusão acerca do que foi mencionado antes.
e) explicação para a visão assumida na primeira parte da
frase.
Vimos no esquema que os dois-pontos exercem diferentes
funções. A que mais nos lembramos é a função de introduzir
a fala de um interlocutor na qual, posteriormente, há um
travessão. Pelas orações apresentadas percebemos que os
dois-pontos não têm esta função nesta questão. O que temos
é uma relação explicativa entre as duas partes que visa es-
clarecer o que foi dito anteriormente. Podemos perceber esta
269/294
relação por meio do seguinte trecho: “O Brasil é um navio
negreiro em direção ao futuro. Um negreiro, com milhões
de pobres excluídos nos porões – sem comida, educação,
saúde – e uma elite no convés, usufruindo de elevado padrão
de consumo em direção a um futuro desastroso. O Brasil é
um Titanic negreiro: insensível aos porões e aos icebergs. (l.
1-6)” (grifo da autora).
Para comprovar a relação explicativa entre as duas or-
ações substituiremos os dois-pontos por pois. Vejamos: O
Brasil é um Titanic negreiro, pois é insensível aos porões e
aos icebergs. Logo, a alternativa correta é a letra (e).
Gabarito: E
270/294
Unidade 4 – Crase
Busco entender o porquê de tanta dificuldade quanto ao
uso da crase. Por isso, neste livro, tento facilitar o entendi-
mento deste conceito, Desmitificando o seu uso e exemplific-
ando. Porém não podemos esquecer que o uso da craze está
intimamente ligado à regência.
Sempre que você tiver dúvidas sobre o uso ou não da crase substitua a pa-
lavra feminina por uma palavra masculina e, consequentemente, você utiliz-
ará “AO”, o que caracteriza uma preposição e um artigo. Ex.: Dei presente
às tias (palavra feminina). Substituição: Dei presente aos tios (palavra mas-
culina). Ressalto que, vamos trabalhar todos os casos de emprego da crase
para que você, realmente, aprenda.
272/294
Dicas de quando USAR a crase:
273/294
274/294
IMPORTANTE: Diferenças de usos entre o “as vezes” e
“às vezes”.
275/294
QUESTÕES
COMENTADAS
1. BNDES 2008
“E depois discorde à vontade.” (l. 37-38). Assinale a
opção em que a palavra destacada também deve ter
acento grave, como a do trecho acima.
a) Caminhava a pé refletindo sobre a situação.
b) Dia a dia enfrentava novos desafios.
c) Pense a respeito do que lhe disse.
d) As vezes em que chegava cedo dormia tarde.
e) Pôs fim a discussão iniciada há dias.
(a) Incorreta. Na expressão “(a) Caminhava a pé refletindo
sobre a situação.” é incorreto o emprego do acento grave,
276/294
visto que a crase não ocorre diante de palavras masculi-
nas (pé).
(b) Incorreta. Na expressão “(b) Dia a dia enfrentava nov-
os desafios.” é incorreto o emprego do acento grave, já que
em expressões com palavras repetidas o “a” é preposição,
situação que não permite o uso do acento grave.
(c) Incorreta. Na alternativa “(c) Pense a respeito do que
lhe disse.” é incorreto o emprego do acento grave, pois o “a”
aparece em uma locução prepositiva (a respeito do) que o
núcleo é masculino (respeito).
(d) Incorreta. Na alternativa “(d) As vezes em que chegava
cedo dormia tarde.” é incorreto o emprego do acento grave
quando o as vezes é uma locução adverbial feminina que
possui o sentido de nas vezes.
IMPORTANTE!
Quando “às vezes” funciona como locução adverbial de tempo
indeterminado, significando de vez em quando, deve receber o
acento indicativo da crase.
(e) Correta. A alternativa correta é a “(e) Pôs fim a dis-
cussão iniciada há dias.” devido ao fato do verbo pôr ser re-
gido pela preposição a que se une com a artigo feminino re-
lativo ao substantivo discussão. Então, temos a
(preposição) % a (artigo) = à discussão.
277/294
Gabarito: E
2. ELETROBRAS 2010
O acento indicativo da crase só está corretamente
empregado em:
a) Só consegui comprar a televisão à prestações.
b) O comerciante não gosta de vender à prazo.
c) Andar à pé pela orla é um ótimo exercício.
d) Entregue o relatório à uma das secretárias.
e) Chegaremos ao trabalho à uma hora da tarde.
(a) Incorreta. Em “(a) Só consegui comprar a televisão à
prestações.” está incorreto o emprego do acento grave, pois,
nesta sentença, a crase não ocorre antes de palavras femini-
nas no plural precedidas de a.
(b) Incorreta. Em “(b) O comerciante não gosta de vender
à prazo.” está incorreto o emprego do acento grave, pois a
crase não ocorre diante de substantivos masculinos (prazo).
(c) Incorreta. Em “(c) Andar à pé pela orla é um ótimo ex-
ercício.” está incorreto o emprego do acento grave, pois a
crase não ocorre diante de substantivos masculinos (pé).
(d) Incorreta. Em “(d) Entregue o relatório à uma das
secretárias”, está incorreto o emprego do acento grave, pois
o verbo entregar é VTDI (Verbo transitivo direto e indireto –
278/294
entregar algo a alguém) e rege a preposição a, mas não ad-
mite artigo feminino a para que ocorra a crase.
(e) Correta. Em “(e) Chegaremos ao trabalho à uma hora
da tarde.” está correto o emprego do acento grave, pois à
uma hora da tarde expressa indicação de hora específica.
IMPORTANTE: Não confunda com as indicações de horas
não especificadas, pois estas não recebem o acento grave.
Ex.: Chegarei a qualquer hora.
Gabarito: E
3. DECEA
Assinale a frase com o uso INCORRETOdo acento indic-
ativo de crase.
a) Deve ser garantido à todas as pessoas o direito de ir e vir.
b) Estamos à procura de bons roteiros de viagem.
c) Foi da Itália à Alemanha de avião.
d) Viajamos à tarde para São Paulo.
e) Às vezes ele caminha no Jardim Botânico.
(a) Incorreta. Não devemos utilizar o acento indicativo de
crase antes de pronomes indefinidos tanto no feminino,
quanto no masculino. Além disso, devemos lembrar que o
acento é utilizado pela junção de um artigo e uma pre-
posição, o que não ocorre nesta alternativa.
279/294
(b) Correta. Nesta alternativa, temos uma locução prepos-
itiva à procura de. De acordo com as nossas dicas, quando
temos locuções introduzidas por uma preposição a seguida
de palavra feminina (procura) % a preposição de, deve-se
utilizar o à.
(c) Correta. Você se lembra da 2ª dica sobre o uso da
crase? “Se vou “a”, volto “da”, logo crase há. Se vou “a”,
volto “de”, crase para quê?” Assim, eu vou à Alemanha e
volto da Alemanha, há crase. Além disso, para entender o
uso da crase, temos a explicação sobre a regência do verbo
ir. O verbo ir é VTI que é regido pelas preposições a, para,
até a – no caso “quem vai, vai a algum lugar”. Portanto,
temos um verbo regido pela preposição a – ir – e o artigo
feminino a antes de Alemanha.
(d) Correta. A locução adverbial à tarde deve ser sub-
stituída por à tarde = de tarde Ex.: (d) Viajamos à tarde
para São Paulo. (Viajamos de tarde para São Paulo). Vamos
analisar este exemplo: A tarde é quente. Este a tarde leva
“a” o acento indicativo da crase ou não? Não. Isso ocorre,
pois a expressão a tarde, dessa sentença, é o sujeito da or-
ação. O que é quente? A tarde. Diferentemente do primeiro
exemplo, não temos uma locução adverbial.
(e) Correta. Neste caso, temos uma locução adverbial com
sentido de tempo indeterminado significando, de vez em
quando, por isso, deve receber o acento indicativo da crase
– “às vezes”.
280/294
Gabarito: A
4. EPE
___ medida que o tempo passava, ela ficava mais nervosa,
___ espera de uma intuição que ___ levasse ___ tomar ___de-
cisão acertada. Assinale a opção cuja sequência com-
pleta corretamente a frase acima.
a) À – a – a – a – a.
b) À – à – a – a – a.
c) A – à – a – à – a.
d) A – a – à – a – à.
e) A – a – a – à – a.
(b) Correta. De acordo com as dicas que elencamos anteri-
ormente, vamos relembrar a teoria das locuções. O import-
ante é reconhecermos as locuções prepositivas sem ter que
decorá-las. Lembre-se que para ter crase é necessário um
artigo + uma preposição. Portanto, a medida que e a es-
pera que devem receber o acento indicativo da crase, pois o
substantivo feminino é antecedido de um artigo feminino a,
que, ao encontrar-se com a preposição de mesma sonorid-
ade, se funde a ela.
A terceira lacuna é preenchida pelo pronome oblíquo
átono que retoma o pronome ela; a quarta lacuna é
preenchida pela preposição a que completa a locução verbal
281/294
levasse a tomar e na quinta coluna o substantivo decisão
pede o artigo a.
Gabarito: B
5. PETROBRAS 2011
Em qual dos pares de frases abaixo o a destacado deve
apresentar acento grave indicativo da crase?
a) Sempre que possível não trabalhava a noite. / Não se
referia a pessoas que não participaram do seminário.
b) Não conte a ninguém que receberei um aumento salarial.
/ Sua curiosidade aumentava a medida que lia o relatório.
c) Após o julgamento, ficaram frente a frente com o acusado.
/ Seu comportamento descontrolado levou-o a uma situ-
ação irremediável.
d) O auditório IV fica, no segundo andar, a esquerda. / O
bom funcionário vive a espera de uma promoção.
e) Aja com cautela porque nem todos são iguais a você. / Por
recomendação do médico da empresa, caminhava da
quadra dois a dez.
(a) Incorreta. Em “(a) Sempre que possível não trabalhava
à noite.” o à noite deve receber o acento indicativo da crase,
pois a locução adverbial à noite pode ser substituída por de
noite sem alteração de sentido. Já em “Não se referia a pess-
oas que não participaram do seminário.” não deve receber o
282/294
acento indicativo da crase, pois o substantivo feminino plur-
al pessoas pede um artigo feminino no plural, fato que não
houve nesta sentença, portanto, o a que está no singular rep-
resenta a preposição que rege o verbo referir.
(b) Incorreta. Em “(b) Não conte a ninguém que receberei
um aumento salarial.” sabemos que não se deve usar o
acento indicativo da crase antes de pronomes indefinidos.
Em “Sua curiosidade aumentava à medida que lia o re-
latório.” devemos utilizar o acento indicativo da crase, pois
à medida é uma locução conjuntiva formada por núcleo
feminino medida.
(c) Incorreta. Em “(c) Após o julgamento, ficaram frente a
frente com o acusado.” você deve se lembrar de que quando
temos palavras repetidas – frente a frente – não devemos
utilizar o acento indicativo da crase entre elas. Em “Seu
comportamento descontrolado levou-o a uma situação ir-
remediável.” não ocorre acento indicativo de crase antes de
pronomes pessoais, demonstrativos, indefinidos e expressões
de tratamento, pois não admitem artigo. O a, no exemplo an-
terior, é meramente preposição exigida pelo verbo.
(d) Correta. Em “(d) O auditório IV fica, no segundo an-
dar, à esquerda.” À esquerda é uma locução adverbial que
deve receber o acento indicativo da crase. Em “O bom fun-
cionário vive à espera de uma promoção.” temos a locução
prepositiva à (palavra feminina = espera) + de que deve
receber o acento indicativo da crase.
283/294
(e) Incorreta. Em “(e) Aja com cautela porque nem todos
são iguais a você.” não há crase antes do pronome de trata-
mento – você. Em “Por recomendação do médico da
empresa, caminhava da quadra dois à (quadra) dez.” deve-
se utilizar a crase, pois faz referência a um substantivo fem-
inino subentendido, que não se repete por questão de estilo.
Gabarito: D
6. REFAP
Assinale a frase em que há uso INADEQUADO do acento
grave, indicativo da crase.
a) O piazinho chegou à cidade rapidamente.
b) Foi, às pressas, contar o que tinha visto.
c) Todos ficaram à beira da estrada para ouvi-lo.
d) Então ele deu todas as informações àquelas pessoas
espantadas.
e) A multidão quase mata o motorista à porretadas.
(a) Correta. Vamos começar pela regência do verbo
chegar. O verbo chegar é VTI regido pela preposição a.
Então, “quem chega, chega a algum lugar”. Em seguida,
temos a palavra cidade que pede artigo feminino a. Assim,
temos a junção da preposição do verbo “chegar” com o
artigo feminino a que antecede cidade. Por isso, temos “(a)
O piazinho chegou à cidade rapidamente.”
284/294
(b) Correta. Às pressas é uma locução adverbial feminina
de modo e antes de locuções adverbiais, conjuntivas e pre-
positivas femininas devemos acentuar o a (s) que as
antecede.
(c) Correta. À beira da é uma locução prepositiva femin-
ina de modo e antes de locuções adverbiais, conjuntivas e
prepositivas femininas devemos acentuar o a (s) que as
antecede.
(d) Correta. Vamos analisar a regência do verbo dar. O
verbo dar é VTDI, ou seja, pede OD e OI. Assim, “quem dá,
dá alguma coisa a alguém”. A quem ele deu todas as inform-
ações? Àquelas pessoas espantadas. Logo, o a preposição que
rege o verbo dar funde-se com o a inicial do pronome
demonstrativo aquelas formando “(d) Então ele deu todas
as informações àquelas pessoas espantadas.”
(e) Incorreta. Nesta alternativa, porretadas está no plural
o que pede artigo feminino no plural, porém, vemos que o a
está no singular o que caracteriza a ausência do artigo fem-
inino. Deste modo, não há uma fusão de um artigo feminino
e uma preposição, portanto, está incorreto o uso do acento
indicativo da crase. Além disso, de acordo com a gramática
normativa, se o a vier no singular e o substantivo no plural
não se usa a crase.
Gabarito: E
285/294
7. TCE
Assinale a opção em que está correto o uso do acento in-
dicativo da crase.
a) Atribui-se à Sérgio Buarque uma visão otimista do Brasil.
b) O autor refere-se, no texto, à uma monumental
desigualdade.
c) O Brasil passou a ser entendido à partir dessesestudos.
d) O povo brasileiro é dado à festas folclóricas.
e) Muitos universitários recorrem às pesquisas destes dois
autores.
(a) Incorreta. Lembramos da primeira regra geral da crase:
não se usa crase antes de palavras masculinas. Sérgio
Buarque é um nome próprio masculino que não aceita o uso
do artigo feminino.
(b) Incorreta já que antecedendo um artigo indefinido –
uma – a crase não é admitida, uma vez que a palavra
seguinte à preposição, mesmo que feminina, já está acom-
panhada de um determinante.
(c) Incorreta. Lembre-se da regra: antes de verbos não se
aceita o uso do artigo. No caso da locução prepositiva a
partir de temos, na base da sua formação, um verbo, port-
anto, não deve receber o acento indicativo da crase.
(d) Incorreta. Aqui temos a regra de quando o a estiver no
singular e o substantivo no plural ele designa uma
286/294
preposição, ou seja, não há uma fusão entre um artigo e uma
preposição. Na alternativa “(d) O povo brasileiro é dado à
festas folclóricas”, temos o a preposição que antecede o sub-
stantivo plural festas. Caso houvesse o acento indicativo da
crase, reescreveríamos: “(d) O povo brasileiro é dado às fest-
as folclóricas.”
(e) Correta. Analisemos a regência do verbo recorrer: VTI
que é regido pela preposição a. “Quem recorre, recorre a al-
guém ou a alguma coisa”. Na alternativa “(e) Muitos uni-
versitários recorrem às pesquisas destes dois autores” temos
a fusão do “a” preposição que rege o verbo recorrer e o a
artigo que antecede o substantivo plural pesquisas.
Gabarito: E
8. CASA DA MOEDA – 2009
Só NÃO deve receber acento grave o a (s) da opção:
a) Devido as notícias de que o jornalismo estaria termin-
ando, houve preocupação.
b) A medida que o tempo passa, vemos que muitas previsões
estavam erradas.
c) Refere-se a informações retiradas da Internet.
d) O mundo fica sempre a espera de novas tecnologias.
e) As vezes, há previsões meramente especulativas.
287/294
(a) Incorreta. Em expressões tais como: devido às, refer-
ente à, com respeito à seguidas de palavras femininas, há o
acento indicativo da crase.
(b) Incorreta. De acordo com a gramática normativa,
temos duas locuções conjuntivas que devem receber o acento
indicativo da crase – à medida que e à proporção que.
(c) Correta. Nesta alternativa, temos o a no singular antes
de palavra no plural – informações: Segundo a gramática
normativa, não se usar o acento indicativo da crase com o a
no singular antes de palavra no plural.
(d) Incorreta. Temos a locução prepositiva à espera de
que deve receber o acento gráfico. Para não esquecer esta
regra, lembre-se do filme À espera de um milagre.
(e) Incorreta. Quando o as vezes funciona como locução
adverbial de tempo indeterminado deve receber o acento in-
dicativo da craze. Podemos substituir por de vez em
quando sem alteração de sentido. Vejamos: De vez em
quando, há previsões meramente especulativas.
Gabarito: C
9. DECEA 2009
Leia as frases abaixo.
I – Os homens devem se prevenir ante ___ crises do
desemprego.
288/294
II – Com o excesso de prudência, pode-se chegar ___
imobilidade das grandes massas.
III – São necessárias algumas virtudes para se reagir ___
crises econômicas.
IV – Os dirigentes de países ricos não atendem ___ nen-
huma necessidade dos mais pobres.
V – O homem pode se isolar muito, atingindo, assim, ___
solidão.
Indique a opção que, na sequência, preenche as la-
cunas acima corretamente.
a) as – à – as – à – a.
b) as – à – às – a – a.
c) as – a – as – à – à.
d) às – a – as – à – à.
e) às – à – às – a – a.
A alternativa (b) é a resposta correta. Vejamos:
Em “I – Os homens devem se prevenir ante ___ crises do
desemprego.” Nesta alternativa, o verbo prevenir não é re-
gido pela preposição a, tornando-se, então, impossível a
fusão com o as que antecede o substantivo crises.
Em “II – Com o excesso de prudência, pode-se chegar à
imobilidade das grandes massas.” Nesta alternativa, o verbo
chegar é VTI e pede preposição a, pois quem chega, chega a
algum lugar”. O substantivo imobilidade pede o artigo fem-
inino a, portanto, temos a fusão do a artigo + a preposição.
289/294
Em “III – São necessárias algumas virtudes para se reagir
___ crises econômicas.” O verbo reagir é VTI e pede pre-
posição a, pois “quem reage, reage a alguma coisa”. O sub-
stantivo feminino crise pede o artigo feminino a, portanto,
temos a fusão do a artigo + a preposição.
Em “IV – Os dirigentes de países ricos não atendem ___
nenhuma necessidade dos mais pobres.” Lembre-se de que o
pronome indefinido – nenhuma – não aceita o acento indic-
ativo de crase.
Em “V – O homem pode se isolar muito, atingindo, assim,
___ solidão.” Nesta alternativa, o verbo principal não pede
preposição a, logo, torna-se, impossível, a fusão entre o a
artigo que antecede solidão e um a preposição.
Gabarito: B
10. TERMOMACAE 2009
Em “…que tem imputado àqueles que se empenham…”
(l. 18-19), ocorre o acento grave, indicativo da crase, no
vocábulo destacado. Assinale a opção cujo “a” também
deve receber o acento grave, indicativo da crase.
a) Referiu-se a busca exagerada por conhecimento.
b) Dia a dia buscava informações diversas.
c) Nada falava a respeito da valorização do saber.
d) O conhecimento atinge a todos.
e) O equilíbrio é necessário a quem busca o saber.
290/294
(a) Correta. Nesta alternativa analise a regência do verbo
referir. Lembre-se do macete: “Quem refere, refere a alguém
ou a alguma coisa (VTI)”, portanto, referiu-se a + a busca
exagerada por conhecimento.
(b) Incorreta. Em expressões repetidas formadas por palav-
ras masculinas não se usa crase. No caso de Dia a dia o a é
preposição.
(c) Incorreta. A respeito de o a aparece em uma locução
prepositiva – a respeito de – que a palavra base – respeito –
é masculina. Por isso, não há o uso da crase.
(d) Incorreta. Não se usa crase antes da maioria dos pro-
nomes. No caso a é preposição ligada ao pronome indefinido
todos.
(e) Incorreta. Não se usa crase antes da maioria dos pro-
nomes. No caso a é preposição ligada ao pronome quem.
Gabarito: A
291/294
Referências
1. BECHARA Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa Rio
de Janeiro: Nova Fronteira; 2009.
2. CIPRO NETO Pasquale, INFANTE Ulisses. Gramática da
Língua Portuguesa São Paulo: Scipione; 2008.
3. CUNHA Celso, CINTRA Lindley. Nova gramática do Por-
tuguês Contemporâneo Rio de Janeiro: Nova Fronteira;
2001.
4. FERREIRA Mauro. Aprender e praticar gramática São
Paulo: FTD; 2007.
5. FERREIRA JÚNIOR José Paulo. Visão panorâmica da Lín-
gua Portuguesa Uberlândia: Editora Aline; 2001.
6. GARCIA Othon M. Comunicação em prosa moderna Rio
de Janeiro: Editora FGV; 2000.
7. HOUAISS Instituto Antônio, AZEREDO Coordenação e
Assistência de José Carlos, eds. Escrevendo pela nova or-
tografia: Como Usar as Regras do Novo Acordo Orto-
gráfico da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha;
2008.
8. HOUAISS Antônio, VILLAR Mauro de Sales. Dicionário
Houaiss da Língua Portuguesa Rio de Janeiro: Objetiva;
2001.
9. LUFT Celso Pedro. Dicionário prático de regência nomin-
al São Paulo: Ática; 1992.
10. LUFT Celso Pedro. Dicionário prático de regência verbal
São Paulo: Ática; 1995.
11. MESQUITA Roberto Melo. Gramática da Língua Portuguesa
São Paulo: Saraiva; 1997.
12. TRAVAGLIA Luiz Carlos. Gramática: Ensino plural São
Paulo: Cortez Editora; 2003.
Sites consultados
1. CESGRANRIO, Fundação (Org.). Fundação Cesgranrio –
Concursos. Disponível em:
<http://www.cesgranrio.org.br/concursos/princip-
al.aspx>. Acesso em: 27 jun. 2011.
2. FRONTEIRA, Nova (Ed.). Dicionário Novo Aurélio.
Disponível em:
<http://www.dicionariodoaurelio.com/>. Acesso em:
27 jun. 2011.
3. MELHORAMENTOS, Editora (Ed.). Moderno dicionário da
Língua Portuguesa. Disponível em:
<http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: 27 jun.
2011.
293/294
http://www.cesgranrio.org.br/concursos/principal.aspx
http://www.cesgranrio.org.br/concursos/principal.aspx
http://www.dicionariodoaurelio.com/
http://michaelis.uol.com.br/
@Created by PDF to ePub
http://www.pdf-epub-converter.com/?e2p-bPORTUGUÊS Cesgranrio
	Mapas mentais, resumo teórico e 125 questões comentadas
	Sumário
	Cadastro
	Copyright
	Dedicatória
	Agradecimentos
	A Autora
	Apresentação
	Capítulo 1
	Interpretação de Textos
	1º GRUPO DE QUESTÕES COMENTADAS
	1. FUNASA 2009
	2. FUNASA 2009
	3. IBGE 2010
	4. PETROQUÍMICA SUAPE 2010
	5. PETROQUÍMICA SUAPE 2010
	2º GRUPO DE QUESTÕES COMENTADAS
	PETROBRAS 2010
	PETROBRAS 2010
	BACEN 2010
	Capítulo 2
	Fonética e Fonologia
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. DECEA
	2. REFAP
	3. DECEA
	4. PROMINP
	5. DECEA
	6. PROMINP
	7. PROMINP
	8. PROMINP
	9. IBGE
	10. BNDES
	11. BNDES
	12. PETROBRAS 2010
	13. EPE
	14. PETROBRAS 2010
	15. DNPM
	Capítulo 3
	Morfologia
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. PETROBRAS 2010
	2. FAEPOL
	3. PETROBRAS
	4. PETROBRAS 2010
	5. PETROBRAS 2010
	6. PETROBRAS 2010
	7. PETROBRAS 2010
	8. PETROBRAS 2010
	9. BNDES 2006
	10. BNDES 2009
	11. BNDES
	12. EPE
	Unidade 1 – Verbo
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. PETROBRAS 2011
	2. PETROBRAS 2011
	3. DECEA
	4. DECEA
	5. REFAP
	6. BNDES
	7. BNDES
	8. SOPH
	10. PETROBRAS
	Unidade 2 – Palavras Invariáveis
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. BNDES 2006
	2. BNDES 2008
	3. BNDES 2010
	4. BNDES 2008
	5. PETROBRAS 2010
	6. PETROBRAS 2010
	7. FUNASA 2009
	8. BACEN 2010
	9. BNDES 2006
	10. BNDES 2006
	11. BNDES 2011
	12. FUNASA 2009
	13. IBGE 2010
	14. TERMOMACAÉ
	15. PETROBRAS 2010
	16. IBGE
	Capítulo 4
	Sintaxe
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. TERMOAÇU
	2. BNDES
	3. DNPM
	4. TERMOAÇU
	5. TERMOAÇU 2008
	6. FUNASA
	Unidade 1 – Concordância Verbal
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. REFAP
	2. PETROBRAS
	3. ANP
	4. DNPM
	5. BNDES 2009
	Unidade 1.1 – Concordância Nominal
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. EPE 2007
	2. PETROBRAS 2010
	3. PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL 2010
	4. BNDES 2008
	5. CITEPE 2009
	6. PETROBRAS 2010
	7. TERMOMACAÉ 2009
	Unidade 2 – Regência Verbal e Nominal
	QUESTÕES COMENTADAS SOBRE REGÊNCIA
	Questões comentadas
	1. PETROBRAS
	2. BNDES
	3. TERMOAÇU
	4. TCE
	5. TRANSPETRO
	6. DNPM
	7. CASA DA MOEDA
	Unidade 3 – Pontuação
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. PETROBRAS 2010
	2. BANCO DO BRASIL
	3. IBGE
	Unidade 4 – Crase
	QUESTÕES COMENTADAS
	1. BNDES 2008
	2. ELETROBRAS 2010
	3. DECEA
	4. EPE
	5. PETROBRAS 2011
	6. REFAP
	7. TCE
	8. CASA DA MOEDA – 2009
	9. DECEA 2009
	10. TERMOMACAE 2009
	Referências
	Sites consultados

Mais conteúdos dessa disciplina