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PATOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO  Os pulmões são órgãos com interação entre os meios externos e internos;  Local onde há as trocas de O2 e CO2;  Orgãos muito vascularizados, com dupla circulação (Artéria pulmonar, Artéria Brônquica);  O infarto no pulmão é classificado como Infarto vermelho (geralmente o trombo advém da circulação periférica, por exemplo, MMII)  CONSISTÊNCIA: macio e esponjoso, devido as cavidades cheias de ar (alvéolos), as quais não compactam devido ao Surfactante;  PULMÃO DIREITO-> 3 LOBOS e PULMÃO ESQUERDO-> 2 LOBOS  Há ramificação progressiva, o que aumenta a superfície de contato e torna mais eficiente o controle da oxigenação. Além disso, tal progressão atua como defesa à partículas estranhas, visto que o ar que chega aos alvéolos já passou, com tal anatomia, por uma filtração;  Ácinos: conjunto de alvéolos que são ventilados pelos bronquíolos;  A movimentação dos cílios é fundamental para manter a homeostase;  Barreira Alvéolo-capilar: local em que haverá as trocas gasosas; *Diferentemente do coração, os pulmões nem sempre terão comprometimento da homeostase decorrente de algumas doenças.  CÉLULAS: - Pneumócito tipo I: célula alongada que faz revestimento do septo alveolar, não sofre divisão; - Pneumócito tipo II: produz surfactante, sofre divisão, é uma célula especializada; - Macrófagos residentes (alveolares): denominados também de células de poeira.  Interstício: estruturas de sustentação, colágeno.  Fase Alveolar: da 36ª semana ao 4º ano - compõe o desenvolvimento pulmonar, ou seja, caso tenha prematuridade pode haver o colabamento (aparecimento das membranas hialinas); - o fornecimento de corticoide para gestantes estimula o amadurecimento dos pulmões, a fim de proporcionar produção de surfactante. (gestantes com risco de parto prematuro); - Caso ocorra o nascimento prematura, sem antes ter entrado com o uso de corticoide, nesse momento entra com o uso de surfactante; DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC): se dá pelo da resistência ao fluxo devido a obstrução parcial ou completa em qualquer nível, desde a traqueia até os bronquíolos terminais e respiratórios;  Principal causa é o TABAGISMO;  Difere-se de doenças restritivas;  Compõe Enfisema (alvéolos) e Bronquite crônica (brônquios e bronquíolos);  Manifestações clínicas: tosse, dispneia e expectoração.  ENFISEMA: aumento anormal e permanente dos ácinos pulmonares e destruição dos septos alveolares, sem fibrose evidente (o que difere da Bronquite) - Apresenta progressiva destruição da parede alveolar; - Muitas das vezes o paciente pode apresentar 50% de destruição e só assim começa a manifestar sintomas; - MACROSCOPIA: pulmão volumoso, pálido (devido do leito capilar), com presença de bolhas. - Tal doença devido a dos capilares, começa a ocorrer uma Hipertensão pulmonar, o que pode evoluir para a Hipertrofia de Ventrículo Direito (cor pulmonale crônico); - A hipóxia do tecido estimula a vasoconstrição dos vasos pulmonares, o que favorece a Hipertensão pulmonar, levando à Hipertrofia Direita; - Há produção de células inflamatórias, o que desregulado o equilíbrio entre proteases e antiproteases; - Há, portanto, uma maior concentração de proteases do que antiproteases em indivíduos tabagistas; - A 1- Antitripsina INIBE a ação de proteases. - Existem pessoas que têm a deficiência de 1- Antitripsina, o que colabora para o agravamento do quadro, caso também sejam tabagistas. - TIPOS DE ENFISEMA: depende da localização. o Centroacinar (pagina 27) o Panacinar (pagina 27) o Parasseptal o Irregular Macrófagos Neutrófilos 1- Antitripsina CIGARRO ELASTASE ENFISEMA Destruição dos septos alveolares  BRÔNQUITE CRÔNICA: inflamação das vias respiratórias e parênquima pulmonar. Acompanha tosse persistente com produção excessiva de muco, na maioria dos dias em 3 meses por 2 anos consecutivos. - Processo inflamatório que luz dos brônquios e bronquíolos; - Uma vez obstruído, dificilmente haverá reversão, entretanto, cessar o tabagismo melhora a movimentação dos cílios; - o de células CALICIFORMES e de GLÂNDULAS permite maior produção de muco -> inflamação; - há aumento da camada muscular lisa; *Na Asma ocorre aumento de células mononucleares. ASMA: doença crônica das vias aéreas de condução, geralmente causada por reação imunológica. Decorre da Hiper-reatividade brônquica.  Diferente da DPOC, a asma é a irregularidade funcional, podendo, portanto, ter reversão;  Numa crise utiliza-se, primeiramente, broncodilatador, caso persista, deve-se usar também um Corticóide;  Há hiperplasia de células caliciformes e glândulas, também pode ter hipertrofia da musculatura lisa;  Há, portanto, espessura da parede e da luz;  Principal célula inflamatória: Eosinófilos;  Manifestações clínicas: Tosse, Dispneia, Expectoração;  Estado de Mal Asmático: vários dias, comprometimento da ventilação, presença de muco espesso, com células inflamatórias, pode levar à formação de Tampão. BRONQUITE 5 Capturados por céls, Dendríticas no epitélio brônquico Com MHCII apresenta os fragmentos peptídicos aos Linfócitos T (LT) Alérgenos mucosa na IL-5 ( Ativação dos eosinófilos) LT produzem citocinas Proliferação de TH2 IL-4 ( Produção de IgE) IL-13 (Secreções mucosas) 6 MICROSCOPIA: o o o Acúmulo de secreção na luz; Descamação epitelial; Espessamento membrana basal; da o Infiltrado inflamatório; o Hipertrofia muscular o Infiltrado inflamatório rico em eomsminmófilos 7 BRONQUIECTASIA: processo inflamatório que causa necrose de parede, podendo atingir camada muscular. Leva à fibrose, permanecendo dilatado (onde se houver acúmulo de secreção, pode haver comprometimento das trocas). o Traves de fibrose *Há casos congênitos. o Bronquiectasia 8 PL 2 A pressão arterial pulmonar em repouso tem valores de 10-14 mmHg. Os pulmões possuem o único leito capilar que passa 100% de sangue venoso. O endotélio é metabolicamente ativo (ECA) e com junções resistentes. EMBOLIA PULMONAR: os vasos pulmonares recebem o sangue venoso do organismo dentro de um sistema pulmonar que segue uma progressão, tornando-se cada vez mais estreito até os alvéolos. Partículas sólidas, líquidas ou gasosas trafegam no território arterial, podendo essas se impactarem em alguma região do leito. Logo, a definição de embolia pulmonar é a impactação de alguma dessas partículas no leito vascular pulmonar.  Pode ser de origem Trombótica, gordurosa ou gasosa;  Pode ser assintomática; mas também pode apresentar quadro com Dispneia, Tosse, Dor Torácica, Hipotensão arterial.  Trombo ≠ Embolo  O fenômeno Tromboembólico pulmonar (TEP) é bem frequente; em 10% dos casos, o óbito ocorre em até 1 horas. O diagnóstico clínico de TEP nem sempre é preciso;  Nos pulmões, a obstrução arterial é quase sempre de origem embólica; sendo a trombose pulmonar in situ rara e ocorre principalmente em pacientes com Hipertensão Pulmonar;  Em 80%, os Trombos que originam Êmbolos advém dos MMII, das veias profundas (Trombose venosa profunda). Além disso, fratura de osso longo pode formar um Tromboembolo, assim como o procedimento estético de Lipoaspiração;  Veia profundas de MMII:  Neoplasias malignas;  Uso prolongado de ACO (anticoncepcional oral)  Imobilização prolongada;  Obesidade;  Cirurgia recente;  Gravidez Localizado; Estrutura organizada; Normalmente estático Resultado da fragmentação de um Trombo 9 A B C  Locais de embolia: Obstrução de grandes vasos: pode levar à Hipóxiaaguda e/ou colapso circulatório; também pode ocasionar a sobrecarga de Ventrículo Direito, o complica-se em Cor pulmonale, podendo apresentar uma Insuficiência respiratória aguda. (MORTE SÚBITA POR HIPÓXIA AGUDA) Obstrução de ramos médios: pode levar a um Infarto pulmonar (nem sempre será grave); os mais comuns são vasos de menor calibre e na base pulmonar; o Infarto pulmonar é caracterizado de infarto Vermelho (terá sempre essa denominação devido a presença de dupla circulação que inunda a região necrosada de sangue). Obstrução de pequenos vasos: pode ocorrer a formação de tromboembolos em pequenos vasos, podendo não ser grave em pacientes saudáveis; pode decorrer de Lipoaspiração; pode levar à FA; há processo de recanalização. *Portanto, 2 consequências: comprometimento respiratório e comprometimento hemodinâmico. REPERCUSSÕES o Morte súbita por hipóxia aguda; o Morte súbita por falência aguda do ventrículo direito (cor pulmonale agudo); o Infarto pulmonar; o Hipertensão pulmonar: episódios repetidos de embolia o Alterações subclínicas 10 Trombo presente em grandes vasos Tromboembolo ocluindo a luz do vaso Vaso recanalizado 11 MACROSCOPIA: Lesões têm coloração avermelhada; São bem delimitadas; MICROSCOPIA: Necrose de parênquima; Estruturas fantasmas de alvéolos, vasos e brônquios, misturados com sangue; INFARTO PULMONAR (VERMELHO): geralmente decorrente de obstrução de vasos distais. Há necrose isquêmica do parênquima pulmonar. A dupla circulação (brônquica e arterial) confere proteção ao órgão, logo, a oclusão de um pequeno ramo arterial não tem, no geral, maiores consequências para o parênquima pulmonar. Entretanto, o risco é aumentado nos casos em que há o acometimento na circulação brônquica em pacientes com: -Débito cardíaco reduzido; -Congestão pulmonar devido dificuldade de retorno venoso; -Doenças cardiopulmonares prévias.  Principal causa: tromboembolismo;  Pode ter formato de Triangular (cone) ou de Cunha (com a base voltada para a pleura e o ápice voltado para o vaso obstruído)  Mais frequente nas bases pulmonares;  Micro-hemorragias -> hemossiderinose Embolia do tipo gordurosa Se infecção secundária na área necrosada, pode tornar-se Abscesso; Com o tempo, torna-se mais acastanhada devido acúmulo de macrófagos (pigmento de Hemossiderina); 12 EDEMA PULMONAR: O interstício ao redor da microcirculação possui uma pressão subatmosférica que oscila com os movimentos respiratórios. Esta condição faz com que a resultante das forças de Starling na microcirculação pulmonar seja em fluxo contínuo de fluidos para o interstício. Uma vez absorvido nesse local, a drenagem do excesso de líquidos ocorre pelos vasos linfáticos peribronquicos e perivasculares, fazendo uma vazão basal pelo ducto torácico. Portanto, o desequilíbrio desses mecanismos homeostáticos leva ao Edema pulmonar, sendo um dos tipos o Edema Cardiogênico. EDEMA CARDIOGÊNICO: agudo ou crônico da Pressão Hidrostática dos capilares pulmonares. Desequilíbrio entre o Débito Cardíaco do VD e a capacidade de propulsão do VE. Tal capacidade de VE pode estar prejudicado por Arritmias, lesões na valva mitral ou perda de massa ventricular funcionante.  Morfologia: Pulmão encontra-se mais pesado devido a presença de liquido; é mais comum atingir bases. EDEMA PULMONAR MICROSCOPIA: edema, inicialmente em septos alveolares, os quais encontra-se alargados e com capilares congestos. Com a passagem de fluidos para as luzes alveolares, estas ficam preenchidas por material acidófilo e amorfo. 13 Obs.: Devido ao extravasamento de hemácias, com o tempo, pode ser encontrado pigmentos acastanhados (Hemossiderina) oriundos de macrófagos.  Manifestações clínicas: Ortopneia progressiva, visto que em pé há redução do Retorno Venoso. HIPERTENSÃO PULMONAR: Caracterizada pelo aumento da PA pulmonar, sendo > 25mmHg (repouso) e > 30mmHg (exercício). Quando com valores > 40 mmHg, esta é considerada grave.  Pode ser Primária ou Secundária (Cardiopatias, TEP, DPOC);  Apresenta-se com uma Insuficiência respiratória progressiva e Hipertrofia de VD (COR PULMONALE CRÔNICA)  Classificação pela OMS: - Hipertensão arterial pulmonar: coleção de disfunções que impactam primariamente artérias musculares pulmonares pequenas; - Hipertensão pulmonar secundária à insuficiência cardíaca esquerda; - Hipertensão pulmonar originada de doença do parênquima pulmonar ou hipoxemia; - Hipertensão pulmonar tromboembólica crônica; - Hipertensão pulmonar de base multifatorial.  Mecanismos: HPOV (“sigla só para facilitar”) - H: Hipercinético -> de fluxo sanguíneo; - P: Passivo -> Hipertensão arterial prolongada; - O: Obstrutivo -> Obstrução vascular; - V: Vasoconstritivo -> Vasoconstrição pulmonar. 14  Causas: - Doenças obstrutivas ou intersticiais - Cardiopatia congênita / adquirida - Tromboembolia recorrente - Doenças autoimunes - Apneia obstrutiva do sono - Idiopática (primária): até 80% base genética  Morfologia (remodelamento): - Grande vasos: aterosclerose - Pequenos vasos: hiperplasia e hipertrofia da média + fibrose da íntima - Redução da luz MICROSCOPIA: o Espessamento dos vasos; o Redução da luz; Lesão Plexiforme: Hipertensão pulmonar grave 15 PL 3 – INFECÇÕES Acometimento maior no Trato Respiratório Superior, sendo o agente etiológico principal, o VÍRUS. As INFECCÇÕES PULMONARES vão depender da PATOGENICIDADE DO ORGANISMO e do SISTEMA IMUNE DO PACIENTE. PNEUMONIA: infecção do parênquima pulmonar com expressão clínica variável; os bronquíolos são preenchidos com exsudato inflamatório, alterando a eficiência das trocas gasosas.  Principal agente: Bactérias;  Quadro infeccioso desenvolve-se devido falência dos mecanismos de defesa;  Existem 3 tipos:  BRONCOPNEUMONIA (Pneumonia Lobular) - Acomete mais Idosos, Crianças e Imunossuprimidos; - Agente etiológico: Haemophilus influenzae; Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae. - Há o aumento da consistência da região acometida, perde-se o caráter esponjoso; - Múltiplas regiões com exsudato inflamatório ( concentração de Polimorfonucleares); - Pode ocorrer destruição dos septos alveolares; - Pode evoluir para um quadro de Sepse, Abcessos (apresentando lise celular, tecido de necrose, ocupando uma região mais delimitada), Óbito; - Com o passar do tempo, há da inflamação, substituindo por células Mononucleares, formação de Tecido Fibroso, Cicatrizes nos locais que tinham septos; - Acometimento IRREGULAR (múltiplos focos) 16 - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tosse, Dispneia, Taquipneia, Febre, Prostração.  PNEUMONIA LOBAR: - Prevalente em Adultos; - 90 – 95% tem pelo agente etiológico: Pneumococos; - Exsudação mais extensa, com disseminação rápida do patógeno; - Há o acometimento de uma única região. O lobo apresenta aspecto consolidado, homogêneo; - Acometimento UNIFORME; - Há substituição do ar dos alvéolos por Exsudato inflamatório; 17 - Diferente da Lobular, nesse caso, há preservação das vias aéreas maiores e das estruturas alveolares; - Pode ter, com o passar do tempo, os focos de fibrose, mas em MENOR quantidade. 18  PNEUMONIA INTERSTICIAL: - Menos comum; - Agente etiológico: Vírus sincicial respiratório; - Acometimento pulmonar pode ser difuso ou zonal, por vezes, bilateral; - Pode confundir o diagnóstico com acometimento de via aérea superior; - Não nota-se consolidação de lobos e a pleura, na maioria das vezes, é lisa. SEPTOS ESPESSOSSEPTOS NORMAIS MICROSCOPIA: Septos alveolares espessos e edematosos, geralmente com presença de Infiltrado inflamatório mononuclear; 19 OBS.: ABCESSO PULMONAR: Apresenta lise celular, tecido de necrose 20 OBS.: AGRAVAMENTO DO QUADRO DE PNEUMONIA INTERSTICIAL: PLEURITE  FASES DA PNEUMONIA:  Congestão: septos alveolares congestos, presença de edema, poucos neutrófilos e várias bactérias na luz alveolar;  Hepatização vermelha: alvéolos com exsudato inflamatório, fibrina e bactérias; (coloração vinhosa, consistência aumentada, semelhante ao fígado);  Hepatização cinzenta: redução da congestão, do edema e das bactérias; presença de mononucleares;  Resolutiva: lise do exsudado intra-alveolar com reabsorção dos restos celulares. Reinicia a penetração de ar nos alvéolos. 21 TUBERCULOSE: doença infectocontagiosa que tem como principal agente o Microbacter tuberculosis. Doença que tem preferência pelo Parênquima pulmonar.  Transmissão: de pessoa para pessoa por meio de aerossóis do infectado para o meio (Tosse, espirro). Tais gotículas expelidas possuem uma determinada quantidade de bacilos;  Fatores que influenciam:  Concentração de bacilos expelidos pelo paciente;  Intensidade e frequência do contato;  Condições ambientais;  Resistência natural do indivíduo exposto. HEPATIZAÇÃO VERMELHA 22  Taxa de adoecimento é aproximadamente 10%;  Tuberculose primária: primeiros 3 anos da primo-infecção, geralmente no 1 º ano.  Tuberculose secundária: após 3 anos da primo-infecção, seja por meio da Reativação de foco latente ou por Reinfecção (nova inalação de bacilos).  Foco Granulomatoso (Nódulo de Ghon): resposta imunológica em que Macrófagos e Linfócitos circundam as microbactérias para conter a infecção e eliminar tais microrganismos invasores. (É comum a calcificação desse nódulo após cicatrização)  Complexo de Ranke: União do Nódulo de Ghon com Adenopatia satélite;  Pode-se formar Necrose Caseosa (sendo que na regressão tal região é substituída por Fibrose); 23 PL 4 – CÂNCER DE PULMÃO  Neoplasia comum maligna;  Causa mais comum de morte em homens e segunda mais comum em mulheres;  Altamente letal;  Evolução agressiva;  Sobrevida em 5 anos (13-21% em países desenvolvidos);  Principal fator de risco: TABAGISMO;  Sua gênese se dá pela relação entre as INTERAÇÕES AMBIENTAIS e os FATORES GENÉTICOS;  Tabagismo passivo: é também fator de risco, compondo 25% dos canceres de pulmão;  Exposição ocupacional aos Asbesto (não só câncer, mas também pode levar à Fibrose pulmonar); Exposição ocupacional ao gás Radônio;  Suscetibilidade genética;  OMS divide em 4 tipos:  ADENOCARCINOMA; (mais comum)  CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS;  CARCINOMA GRANDES CÉLULAS;  CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS (pior prognóstico) ADENOCARCINOMA (50-61 anos): mais comum em MULHERES; tem localização mais frequente na PERIFERIA; tem pouca associação ao tabagismo.  Para diagnóstico utiliza-se: manifestações clínicas + exames de imagem;  Constatada a massa ou nódulo, é necessário a biópsia para fechar o diagnóstico; CARCINOMAS DE CÉLULAS NÃO PEQUENAS MICROSCOPIA: o o Há infiltração das células tumorais; Formação de desorganizado diferentes); arranjo glandular (tamanhos o Células tumorais ATÍPICAS (núcleo grandes, nucléolo evidente e cromatina irregular) 24 OBS.: É o primeiro mais comum e segundo de melhor prognóstico; Pode levar à metástase na PLEURA. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (ESCAMOCELULAR OU EPIDERMÓIDE): 2º mais frequente; mais comum em HOMENS; associa-se ao TABAGISMO; geralmente relaciona-se com Vias Aéreas Maiores, portanto, é mais CENTRAL.  Tem melhor prognóstico do que o Adenocarcinoma;  Crescimento lento;  Disseminação hematogênica tardia; MICROSCOPIA: Devido exposição, há lesão progressiva do epitélio brônquico, levando a uma Metaplasia escamosa (ainda NÃO neoplásica). Se persistir a exposição, haverá a Displasia, que inicia-se em nível basal, começando leve e progredindo ao longo do tempo. Podendo ser invasiva e infiltrativa na membrana basal. o Nota-se focos de Ceratina (pérola córnea) o Bem diferenciado (melhor prognóstico) 25 CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS: predomínio nos HOMENS; pico a partir da 6ª década; forte associação com tabagismo; localização mais CENTRAL; muito AGRESSIVO; já é classificado como um tumor pouco diferenciado (pior prognóstico); 20% dos tumores malignos do pulmão.  Acometimento bem infiltrativo;  Crescimento rápido;  Células atípicas em alta concentração;  Metástase à distância; (linfonodais e medula óssea)  É o mais associado a manifestações paraneoplásicas;  É comum produzir ACTH, estimulando a suprarrenal, liberando uma maior concentração de Cortisol sérico (manifestações, portanto, semelhantes à Síndrome de Cushing) MICROSCOPIA: Presença de células pouco diferenciadas ou indiferenciadas 26 CARCINOMA DE GRANDES CÉLULAS: são MENOS frequentes; predominam na PERIFERIA; tende a acometer mais MULHERES; é agressivo; evolução rápida para o OBITO. SINAIS CLÍNICOS:  Manifestações relacionadas ao tumor primário, às metástases e/ou manifestações sistêmicas;  Tosse, Perda de peso; Dor torácica; Dispneia; Obs.: Muitos pacientes emagrecem devido a produção, pelo tumor, de fatores inflamatórios (ex.: TNF – α) que estimulam o Catabolismo.  Após o diagnóstico de câncer de pulmão, avalia-se o ESTADIAMENTO (TNM) em que leva a consideração o Tamanho, Acometimendo de Linfonodos, Presença de Metástase.  Deve-se lembrar que os pulmões também podem ter metástase de outro órgão, não sendo portanto, oriundo deles. (MAMA, ESTÔMAGO, CÓLON, PROSTATA)  EXAMES: Radiografia de tórax (PA e perfil); Tomografia computadorizada de tórax e abdome com contraste; Biópsia (diagnóstico preciso); Cintilografia óssea (carcinoma de pequenas células ou quando há dor óssea); MICROSCOPIA: o Pouco diferenciada; o Células grandes; o Podem núcleos; ter vários 27  O Tipo histológico e o estadiamento são os principais elementos que direcionam o tratamento (cirúrgico, quimio ou radioterapia) e também que dá o prognóstico ao paciente. ENFISEMA PARACINAR CENTROLOBULAR Carcinoma de células escamosas (focos de seratina) Carcinoma de pequenas células Carcinoma de grandes células Adenocarcinoma SISTEMA RESPIRATÓRIO  Locais de embolia:  Causas:  Morfologia (remodelamento):  BRONCOPNEUMONIA (Pneumonia Lobular)  PNEUMONIA LOBAR: - Acometimento UNIFORME; MENOR quantidade. OBS.: ABCESSO PULMONAR:  FASES DA PNEUMONIA: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (ESCAMOCELULAR OU SINAIS CLÍNICOS: ENFISEMA