tema 3 Cálculos Atuariais fundamentos de demografia

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Cálculos Atuariais – 
Fundamentos de Demografia
Patrícia Cota
Introdução
Por que a demografia é importante para os cálculos atuarias O que é densidade demográfica? O que é esperança? 
de vida Neste tema, abordaremos os estudos da população, conurbações, densidade demográfica, esperança de?
vida, índices de envelhecimento, mortalidade ou sobrevivência, para que você seja capaz de responder a essas e
outras perguntas ligadas à prática da demografia.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• reconhecer os processos de demografia comparando com a fundamentação teórica de introdução aos 
cálculos atuariais.
1 Estudo da População
As Ciências Atuariais utilizam as informações sobre os fenômenos gerados pelos acontecimentos demográficos.
A demografia tem por objetivo estudar o movimento da população e a investigação de sua tendência, tamanho,
distribuição e composição, dividindo-se em Quantitativa — estuda os fatores como mortalidade, natalidade,
migração — e Qualitativa — estuda características como sexo, idade, estado de saúde, características intelectuais.
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Figura 1 - Estudo da População
Fonte: Robert Kneschke, Shuttestock, 2020.
1.1 Instituto Brasileiro de Atuária
O Instituto Brasileiro de Atuária (IBA) foi fundado por matemáticos e pesquisadores, em 1944, visando ampliar o
âmbito das pesquisas sobre o tema. Apesar de não ser uma entidade de classe, o órgão é responsável pela
regulamentação da profissão, além da emissão do registro dos atuários no Ministério do Trabalho.
Hoje, a missão do IBA é disseminar a profissão e proporcionar a pesquisa no segmento da atuária, além de
promover a defesa das prerrogativas dos associados. Sua visão é ampliar a gama de serviços oferecidos aos seus
associados, incluindo atividades de capacitação, e ser a principal referência como disseminador da ciência
atuarial.
1.2 Conurbações
As conurbações acontecem quando mais de uma cidade próxima de outra cidade integram física e
funcionalmente, formando um conjunto. Dessa forma, conurbação é um fenômeno urbano, compondo um único
núcleo urbano.
FIQUE ATENTO
Os resultados positivos de textos publicados no início dos anos 40 sobre o tema foi um dos
incentivos à fundação do IBA, que tem em seu rol os seguintes valores: cooperação, ética,
excelência, foco no sócio, integridade, inovação e transparência.
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Uma população pode se modificar através de três formas: nascimentos, falecimentos e envelhecimento. A rotina
de trabalho do Atuário envolve, diariamente, trabalhar com números, tabelas e cálculos de probabilidades. Por
isso é muito importante gostar de cálculo e estatística para seguir a carreira de atuário.
1.3 Densidade demográfica
Densidade demográfica representa a quantidade de habitantes por região. Segundo dados pesquisados no site do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, o Brasil possuía uma população de 208,4 milhões
habitantes em uma área de 8.515.767,049 km², resultando em uma densidade demográfica de 24,47 habitantes
por quilômetro quadrado.
1.4 Esperança de vida
Segundo IBGE, a expectativa de quem nasceu no Brasil, no ano de 2018, é viver, em média, até os 76,3 anos, umo 
aumento de três meses e quatro dias em relação . O aumento também foi verificado naao ano anterior
expectativa de vida dos brasileiros, sendo que a dos homens passou de 72,5 anos (2017) para 72,8 anos (2018), e
a das mulheres foi de 79,6 para 79,9 anos, no mesmo período. Já a probabilidade de um menino em 2018nascido 
não completar o primeiro ano de vida era de 13,3 a cada mil nascimentos, enquanto as meninas de 11,4 para
cada mil.
1.5 Índices de envelhecimento
O mundo está envelhecendo a passos largos. Dados divulgados em 2019 pela Divisão de População da
Organização das Nações Unidas (ONU) reforçam essa constatação, ainda de forma mais rápida no Brasil. E para
calcular o envelhecimento da população é Índice de Envelhecimento (IE). Ele mede a relação entre autilizado o
população idosa e a população jovem de 0 a 14 anos. Na imagem a seguir, podemos conferir o IE mundial, no
período que vai de 1950 e 2100, para idosos de 60 anos de idade e mais, 65 anos e mais e 80 anos e mais. É
interessante observar que os idosos eram minoria em 1950. Em meados do século passada, haviam 23 idosos de
60 anos e mais para cada 100 jovens de 0 a 14 anos, 15 idosos de 65 anos e mais para o mesmo grupo e 1,6 de 80
anos e mais.
FIQUE ATENTO
Informações do número de habitantes, raça, sexo, religião, taxa de natalidade, taxa de
mortalidade, índices de fecundidade, poder aquisitivo, dentre outros fatores são de suma
importância para os cálculos atuariais.
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Figura 2 - IE para idosos de 1950-2100
Fonte: ONU, 2019.
O gráfico abaixo mostra o Índice de Envelhecimento para o Brasil, entre 1950 e 2100, para as mesmas categorias
de idosos. Nota-se que em 1950 havia somente 11,7 idosos de 60 anos e mais, para cada 100 jovens de 0 a 14
anos na população brasileira, 7,2 idosos de 65 anos e mais para cada 100 jovens e menos de 1 idoso de 80 anos e
mais para cada 100 jovens. Os jovens eram ampla maioria na estrutura etária brasileira em meados do século
passado.
Mas a transição da fecundidade começou na segunda metade da década de 1960 e o número médio de filhos por
mulher caiu de pouco mais de 6 para menos de 2 filhos por mulher, num intervalo de 40 anos. Desta forma, a
base da pirâmide populacional se estreitou, enquanto os demais grupos etários se alargaram. Como a transição
da fecundidade foi rápida no Brasil, a transição da estrutura etária também está sendo rápida. O Brasil terá um
dos processos de envelhecimento populacional mais intensos e rápidos do mundo.
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Figura 3 - IE para idosos no Brasil de 1950-2100
Fonte: ONU, 2019.
Sendo assim, em 2030, o Brasil será considerado um país idoso, se consideramos os idosos de 60 anos e mais.
Considerando os idosos na categoria 65 anos e mais passará a ter uma estrutura envelhecida em 2038. O mais
impressionante é que, considerando as pessoas da “quarta idade”, o Índices de envelhecimento irá ultrapassar
100 no ano de 2077, quando o Brasil terá mais idosos de 80 anos e mais do que jovens de 0 a 14 anos. A tabela
abaixo compara os números dos dois gráficos (do mundo e do Brasil) para alguns anos selecionados.
Figura 4 - IE para o Brasil e o mundo de 1950-2100
Fonte: ONU, 2019.
O futuro do século XXI será um peso proporcional crescente de idosos, qualquer que seja a categoria a ser
utilizada para definição do início da velhice. O impacto econômico do envelhecimento populacional e do fim do
primeiro bônus demográfico tende a trazer dificuldades para o crescimento do Produto Interno Bruto e para o
aumento do bem-estar geral da população, com efeitos desafiadores sobre o sistema de proteção social e de
saúde.
Com tudo isso, o envelhecimento da população também pode trazer novas oportunidades e podem contribuir
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Com tudo isso, o envelhecimento da população também pode trazer novas oportunidades e podem contribuir
com o bem-estar da população, se forem adotadas políticas públicas adequadas para aproveitar o segundo bônus
demográfico. Os governos, as famílias e a iniciativa privada precisam ter sabedoria e discernimento para superar
as externalidades negativas e aproveitar as poucas, mas fundamentais oportunidades do fenômeno do
envelhecimento populacional que dominará o cenário demográfico do século XXI.
1.6 Mortalidade ou sobrevivência
 IGBE a mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade caiu de 14,9 por mil 2017) paraO aponta que (
14,4 por mil (2018). Das crianças que vieram a falecer antes de completar anos, 85,5% teriam a chance decinco 
morrer no primeiro ano de vida e 14,5% de vir a falecer entre um e quatro anos de idade. Em 1940, a chance de
morrer era de 30,9%, mais que o dobro.
Entre as Unidades da Federação, a maior expectativa de vida foi encontrada em Santa Catarina, 79,7 anos, e a
menor no Maranhão, 71,1 anos. Uma pessoa idosa que completasse 65 anos em 2018 teria a maior expectativa
de vida (20,4 anos) no EspíritoSanto. Por outro lado, em Rondônia, uma pessoa que completasse 65 anos em
2018 teria expectativa de vida de mais 16,1 anos. Considerando-se a diferença por sexo, a população idosa
masculina capixaba viveria mais 18,4 anos e a feminina, 22,2 anos. Entre as menores expectativas, estão os
homens idosos do Piauí, com mais 14,7 anos, e as mulheres de Rondônia, com mais 17,3 anos.
Fechamento
 tema, aprendemos porquê a demografia é tão importante para os cálculos atuarias. o que éNeste Vimos
densidade demográfica e esperança de vida, além de conhecer a importância dos estudos sobre a população,
conurbações, densidade demográfica, índices de envelhecimento, mortalidade e sobrevivência.
SAIBA MAIS
Na página do IBGE, podemos conferir a Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil – 2018. A
tabela mostra as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos, usada como parâmetro
para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de
Previdência Social. A edição de 2018 traz comparações com 1940, ano a partir do qual foi
verificada uma primeira fase de transição demográfica, caracterizada pelo início da queda nas
taxas de mortalidade.
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Referências
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providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0806.htm.
Acesso em: 12 jan. 2020.
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https://www.atuarios.org.br/publicacoes
https://www.atuarios.org.br/publicacoes
https://www.ibge.gov.br/.
https://population.un.org/wpp2019/.
	Introdução
	1 Estudo da População
	Estudo da População
	1.1 Instituto Brasileiro de Atuária
	1.2 Conurbações
	1.3 Densidade demográfica
	1.4 Esperança de vida
	1.5 Índices de envelhecimento
	IE para idosos de 1950-2100
	IE para idosos no Brasil de 1950-2100
	IE para o Brasil e o mundo de 1950-2100
	1.6 Mortalidade ou sobrevivência
	Fechamento
	Referências