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IDADE MÉDIA E SOCIEDADE
 
Origem da Sociologia
A origem da Sociologia está vinculada à história do mundo europeu. Pensadores e obras do continente
europeu iniciaram o debate e a reflexão em torno do que seria o conhecimento sociológico
transformado em Ciência. Na história da sociedade humana europeia, esse período de constituição da
Sociologia tem suas bases no fim da Idade Média.
Idade das Trevas, Idade sem
Luz, sem criatividade humana. 
Girava em torno de Deus
pregado pela Igreja da época.Igreja Católica Apostólica Romana.
Esse cenário começou a mudar por
volta do ano 1.000, com o
surgimento das primeiras
Universidades.
 fim da Idade Média. 
Espírito renascentista, que
povoou a Europa.
CONHECIMENTO RELIGIOSO OU TEOLÓGICO 
A vida na sociedade medieval se caracterizava por um forte apelo às questões
religiosas e rurais no sentido de que o modo de produção vigente, conhecido
como Feudalismo, foi o mais usado em toda a história desse período, de
grandes extensões de terras do Senhor Feudal, em que trabalha o servo,
para fugir da miséria e buscar seu espaço no céu. Arte, Educação, Política,
Religião, Leis, Cultura, entre outros setores da sociedade da época, eram
fundamentadas no conhecimento religioso ou teológico. O teocentrismo era a
medida de todas as coisas
Período medieval
Relação principal:
Senhor Feudal e o Servo
da terra. O Servo
trabalhava nas terras do
Senhor Feudal. Era
considerado um produto
da terra, se a terra fosse
vendida, o Servo ficava
nas terras como um
produto a ser adquirido
pelo comprador
A divisão social: 
Era hierárquica, dividida
basicamente em quatro
estamentos ou estados:
Rei, Nobreza, Clero e
Servos, sendo que os
dois primeiros possuíam
privilégios em relação ao
último grupo
subordinado. 
Economia ou modo de
produzir as coisas: A
produção basicamente
girava em torno das
grandes extensões de
terras, os Feudos. Esse
sistema ficou conhecido
como Feudalismo. 
 As leis e os códigos de
condutas sociais: Eram
elaborados a partir das
Tradições da Nobreza e
da interpretação Bíblica. 
A visão de mundo,
religião, educação,
conhecimento, meio
ambiente e cultura: Nessa
época, predominava o
conhecimento Teológico,
marcado pela supremacia
da Igreja Católica
Apostólica Romana
(Igreja e Fiéis). A cultura
era elaborada a partir do
Teocentrismo. A
natureza era obra de
Deus e era perfeita.
Teocentrismo é uma
doutrina que toma
Deus como elemento
central.
Sociedade Medieval 
Viver na sociedade medieval era viver dentro dos limites da Igreja
Católica Apostólica Romana. Diretrizes, princípios, normas
estabelecidas na vida social tinham como parâmetro a
interpretação da Bíblia por parte dos membros da Igreja. O destino
da vida humana era imposto pela interpretação do clero, ou seja, o
conhecimento produzido para interpretar e compreender a vida
humana em todos os sentidos passava pelo crivo do conhecimento
religioso amparado nas leituras bíblicas das autoridades
religiosas da época.
Tempo e relações estabelecidas 
O tempo na Idade Média e a relação com elementos religiosos e sociais:
 
Viver no tempo: A forma
como os indivíduos
entenderam e viveram o seu
tempo é muito importante
para que possamos
compreender a sociedade.
Liturgia: O ano também era marcado pela
liturgia e pelas datas festivas relacionadas à vida
de Cristo, como o Natal, a Páscoa, a Ascensão e
o Pentecostes. Aos poucos foram se inserindo
festas em honra à Virgem Maria e aos demais
santos. Esses festejos normalmente marcavam
acontecimentos importantes para questões
econômicas, como, por exemplo, o pagamento
de tributos aos senhores ou a festa da colheita.
O bater dos sinos:
Chamando os fiéis para a
celebração dos ofícios
divinos, anunciando as
festas; avisando o início e o
fim do trabalho, lembrando
triste acontecimento ou
alertando as pessoas para
uma ameaça iminente.
Clero: O responsável pela medição do tempo útil e também pelo tempo
destinado ao descanso no Domingo, pela liturgia cristã que definia quais eram
os dias santos e de festa, bem como os dias de trabalho e os de jejum. O tempo
da Igreja era dominante no medievo, mas pede que tomemos cuidado ao fazer
essa afirmação, pois mesmo que a ideologia cristã tivesse total domínio sobre a
população, a maioria dos camponeses não sabia e nem se importava que dia
fosse (com exceção dos domingos e dias de festas), e é bem provável que não
soubessem nem mesmo qual era sua própria idade e o dia do seu aniversário.
 
Horas canônicas: São as várias partes do Ofício divino, escalonadas ao longo
do dia: Laudes, como oração da manhã; horas menores (Tercia, Sexta e Nona,
das quais se pode optar por uma única, hora intermédia, a mais adequada à
hora do dia); Vésperas, ao anoitecer (considerada hora principal, juntamente
com Laudes); Completas, ao deitar; e Ofício de Leitura, com o valor de tempo
de oração meditativa durante a noite, embora podendo celebrar-se a qualquer
hora.
Adubamento: Cerimônia de iniciação dos
jovens parra a cavalaria, no qual acontecia a
benção cristã do novo cavaleiro.
 Multiplicidades de tempo: O tempo natural e
rural; o tempo senhorial; o tempo religioso.
 
Criação do mundo: Segundo a Igreja o mundo e o homem, foram criados em
seis dias e o Criador descansou no sétimo, contemplando a sua obra. O
domingo representava esse dia, e por isso devia ser reservado às orações e ao
descanso.
O TEMPO NATURAL E RURAL
Estamos falando de uma época em que a agricultura era a principal atividade
econômica e, portanto, uma época em que a terra e o seu uso eram
fundamentais para a sobrevivência. A natureza imperava na medição e
contagem do tempo rural. Existia o tempo das chuvas e o das secas; o do dia e
o da noite; o do plantio e o da colheita; o do inverno e do verão. É o tempo
dos dualismos tão enfocados durante o período medieval: luz e escuridão,
calor e frio, ócio e trabalho, vida e morte. Esse tipo de tempo é cíclico, lento e
longo, e os camponeses estavam habituados a esperar, pacientes, pela
mudança – se é que ela ocorreria. Esse cenário é uma representação imagética
do tempo cíclico: um fato precede o outro, mas voltará a acontecer – como as
estações do ano.
TEMPO SENHORAL
 O tempo senhorial é, antes de tudo, militar, isso porque tem como pontos
culminantes no ano os períodos dos combates, das reuniões da cavalaria e dos
adoubements.
TEMPO RELIGIOSO 
 Os mosteiros levaram para além de suas muralhas o seu ritmo de vida. As
atividades diárias eram ritmadas pelo badalo dos sinos e pelo eco das orações
vindas dos interiores dos mosteiros. A importância dos sinos na Idade Média
era muito grande, pois cada som emitido significava um acontecimento
diferente.
 
 Obs. Os mosteiros foram grandes centros civilizacionais na Idade Média.
 
Espaço e relações
A relação espaço e ser humano no período medieval:
 
Fixação ao solo: A primeira condição
para o funcionamento do sistema
feudal era a fixação dos homens ao
solo. Ora, a ligação dessas pessoas com
a terra é indiscutível, pois a base da
sobrevivência era a agricultura. Além
do mais, é a organização espacial em
feudos que estabelece o lugar de cada
um: vassalo e suserano, servo ou
senhor.
 Obs. Vassalo: É o título dado ao
subordinado de um soberano.
(vassalo recebia terra, objetos
materiais ou até mesmo um
castelo de seu suserano. Em troca,
o vassalo devia oferecer fidelidade
absoluta e proteção ao seu
suserano.)
Suserano: Era responsável e tinha
o domínio do feudo principal de
que dependiam outros feudos e
vassalos; senhor feudal.
 
 
Paróquias: A divisão espacial em paróquias
mostra que a Igreja teve importância ímpar
também nesse aspecto, a criação do quadro
paroquial. A paróquia reunia os grupos,
formando aldeias ao redor da igreja (que era
um edifício sacralizado) e do cemitério. O
lugar central e para onde convergiam as
atenções e os olhares era o altar – lugar onde
a Igreja confirmava sua unidade através da
eucaristia. Essa distribuiçãopopulacional ao
redor dos edifícios sagrados origina um
espaço “heterogêneo e hierarquizado,
polarizado pelos santos e suas relíquias”.
 
Movimentação: Dava pelo fato de que, nesse
tempo, as propriedades podiam ser
provisórias. Os indivíduos estavam inseridos
em uma hierarquia que determinava sua
posição social: o senhor tinha todo o direito
de retomar do servo ou do vassalo a extensão
territorial a ele concedida, desde que o
transferisse para outra da mesma proporção.
Entretanto, esse novo local poderia estar
situado bem longe do local de origem. Já a
peregrinação estava associada às experiências
de exterioridade e poderia funcionar como
um meio de reforçar o vínculo com o lugar
de origem.
Vínculo a terra: No entanto, não podemos confundir vínculo à terra com
imobilidade, pois, ao contrário do que se acredita, nem todos os homens e
mulheres da Idade Média passavam a vida inteira no lugar onde nasceram,
muitos deles viviam em constante movimentação e peregrinação. Aparece
como um elemento fundamental do encelulamento, que contribui para a
estabilidade das populações rurais e, então, para a solidez do laço entre os
homens e o seu lugar, indispensável ao funcionamento da dominação feudal.
Religiosidade: O espírito religioso que imperava nessa época empurrava as
pessoas para a estrada. A busca pelos lugares santos e pelas relíquias sagradas
movia boa parte da população medieval. A travessia era, na maioria das vezes,
cercada de dificuldades: os caminhos longos e tortuosos, o frio e a fome, o
medo da noite e da floresta, os ladrões e o mau estado das estradas e dos
caminhos percorridos.
Peregrinação: Não visava a satisfação do desejo pessoal de conhecer novos
lugares, nem mesmo era uma atividade de lazer. A peregrinação era praticada
como uma penitência, como uma provação. Era uma das formas de purgar
pecados graves, de se sacrificar pelo perdão divino. Essas mobilidades e
deslocamentos deixavam cada vez mais clara para os indivíduos a importância
dos seus lugares e isso reafirmava neles o laço imaginário que os prendia ao
seu espaço.
FeudalismoFeudalismoFeudalismo
Sistema político, econômico e social denominado
feudalismo.
 
A agricultura era a base econômica dos povos
europeus ocidentais.
 
Predominou na Idade Média.
 
 O feudo era tido como um “modo de posse de bens reais” e
‘feudal’ relacionava-se não apenas ao feudo propriamente, mas
também aos encargos decorrentes deste tipo de posse.
Posteriormente, durante a monarquia absolutista, a expressão
que denominava o aspecto jurídico, passa a incorporar um
conteúdo político. Com isso, passa-se a enfatizar como principais
características do âmbito feudal os vários aspectos relativos à
fragmentação da soberania. Mais tarde, a partir dos estudos e
conceitos desenvolvidos por Karl Marx e Friedrich Engels, entre
1845 e 1846, o período medieval passa a ser visto pelos
historiadores marxistas como um modo de produção, o chamado
“modo de produção feudal”. Esse modo de perceber o
feudalismo como fenômeno histórico implicava num
entendimento em que a expressão “feudal” incorporasse também
um conteúdo econômico, referindo-se não apenas à organização
política e às relações pessoais estabelecidas entre os homens
pertencentes às classes dominantes, mas também à própria
maneira como estes sujeitavam uma população mais ampla para a
organização de uma produção agrícola da qual todos dependiam
para a sua subsistência. Assim, as relações verticais entre senhores
e servos e todo um complexo sistema de trabalho e propriedade
passavam a figurar o “modo de produção Feudal”.
 Portanto, o Feudalismo incluía tanto um sistema senhorial de
exploração econômica-social, como o conjunto de mecanismos
feudo-vassálicos, por onde se organizava a hierarquia.
 
 Renascimento e Sociedade 
 
Entre o final da Idade Média e início da Idade Moderna, o conhecimento dito científico
começa a colocar em questão muitos conhecimentos da época e o próprio entendimento
do mundo pelo conhecimento religioso/teológico. Por exemplo, lembremos a descoberta
de que a Terra não era o centro do Universo. A Revolução Francesa, por exemplo, foi
inspirada nas ideias iluministas e representa o principal marco desse movimento
intelectual (Renascentista).
Iluminismo: Contrário à visão teocêntrica que dominava a Europa. Essa
forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se
encontrava a sociedade. De acordo com Mello e Donato (2011, p. 252),
movimento filosófico e intelectual que aconteceu entre os séculos XVII e
XVIII na Europa (França). Os pensadores iluministas defendiam as liberdades
individuais e o uso da razão para validar o conhecimento, um movimento da
Idade Moderna que rompeu com o teocentrismo – doutrina que coloca Deus
no centro de tudo – e passou a ver o indivíduo como o centro do
conhecimento.
 
Século das Luzes: o movimento iluminista representa a ruptura do saber
eclesiástico, isto é, do domínio que a Igreja Católica exercia sobre o
conhecimento. E dá lugar ao saber científico, que é adquirido por meio da
racionalidade.
O pensamento iluminista tem como fundamentos a crença no poder da razão
humana de compreender nossa verdadeira natureza e de ser consciente de
nossas circunstâncias. O homem, então, creia ser o detentor de seu próprio
destino, formulando o racionalismo e contrariando as imposições de caráter
religioso, sua “razão” divina de existir, e os privilégios dados à nobreza e ao
clero – ainda predominantes à época (séculos XVII e XVIII).
O Racionalismo: É uma corrente filosófica que atribui particular confiança
à razão humana, ao passo que acredita que é dela que se obtém os
conhecimentos. Somente o pensamento por meio da razão é capaz de
atingir a verdade.
 A teoria do Racionalismo tem sido denunciada como sinônimo de
irreligião. Ou seja, o conhecimento que não aceita a Intuição, os valores
humanos ligados aos sentimentos. O Racionalismo expandiu-se, abrindo
novos horizontes do conhecimento. Ainda no século XVII, conquistou
espaços na política e nas artes .
O racionalismo descreve que há um tipo de conhecimento que surge
diretamente da razão, considera que o ser humano tem ideias inatas, ou
seja, que não são derivadas da experiência, mas se encontram no ser
humano desde seu nascimento e desconfia das percepções sensoriais.
O Renascimento cultural foi um movimento artístico, cultural e científico,
ocorrido nos séculos XIV, XV e XVI, marcando o início da Idade
Moderna. Foi marcado pela crítica à cultura religiosa medieval, baseada na
“fé cega”, quase que a rejeição da ideologia da Igreja Católica Romana,
apesar dos temas religiosos presentes em algumas de suas manifestações
artísticas.
O movimento difundiu-se primeiramente na Península Itálica, devido à
enriquecida burguesia da região que se beneficiou com o comércio
mediterrânico ocidente-oriente na Itália, mais precisamente em cidades
ligadas ao comércio, como Veneza, Pisa, Gênova e Florença. Tais cidades
receberam uma forte influência dos sábios bizantinos. Além disso, após a
Queda de Constantinopla, muitos pensadores do antigo Império Bizantino
fugiram para a Itália, auxiliando na difusão dos saberes da cultura greco-
romana clássica. Além dessa influência, havia os árabes que mantinham
contatos comerciais com os italianos.
 
 Características do Renascimento
 
 
Individualismo: valorização da capacidade do ser humano em fazer escolhas
livremente, valendo-se de suas próprias forças
Racionalismo: ênfase na razão como principal instrumento para compreender o
Universo, a natureza e até mesmo Deus.
 
Humanismo e Antropocentrismo: perspectiva de que o homem deveria ser o centro
das indagações dos pensadores em detrimento do teocentrismo medieval, centrado na
natureza de Deus. No entanto, o fato de os humanistas serem antropocêntricos não
quer dizer que fossem ateus. Ao contrário, eles eram profundamente cristãos. Sem se
afastarem da religião cristã, os humanistas fizeram da capacidadede conhecer as coisas
através do uso da razão uma das qualidades mais elevadas do homem. A fim de poder
empregar e desenvolver a inteligência humana eles defenderam o livre exame dos
textos sagrados, inclusive da Bíblia. Foi essa imensa confiança nas qualidades humanas
que caracterizou o humanismo.
 
Hedonismo: busca do prazer individual. Naturalismo: preocupações com a natureza,
dentro de uma perspectiva metafísica sobre as coisas e sobre as capacidades da razão
em moldar a realidade natural.
 
Neoplatonismo: ideia de que o homem deveria se elevar até Deus. Influência da
cultura Greco-Romana: o movimento se inspirou na cultura da antiguidade clássica,
adaptando-a de acordo com os interesses da burguesia europeia da Idade Moderna.
 
Mecenato: A Itália foi durante muito tempo apenas uma expressão geográfica e não
um país. Desde a Idade Média ela era composta de uma multidão de cidades-estados
independentes e assim continuou até sua unificação no século XIX. Na época do 
Renascimento, algumas cidades-estados, como Florença, Milão e Veneza, destacavam-
se não só pela riqueza, mas também pela proteção que dispensavam aos artistas e
intelectuais. Os governantes dessas cidades representavam certas famílias, como a
Sforza, de Milão, e os Medici, de Florença, notabilizando-se como mecenas, isto é,
como protetores e financiadores de sábios e artistas.
O Iluminismo floresceu na França, na Inglaterra, na Alemanha e nos Países
Baixos. A Filosofia Social Iluminista desdobrou-se em duas correntes: de um lado,
os Reformadores Sociais Moderados que buscavam um ajuste na sociedade aos
interesses da burguesia; de outro, os Radicais, que pareciam intuir vagamente os
interesses de um futuro proletariado. Os Moderados deram origem ao que mais
tarde ficou conhecido como o pensamento liberal conservador e positivista, e os
Radicais deram origem aos Socialistas.
A primeira corrente do pensamento sociológico propriamente dito foi o
Positivismo, primeira teoria a organizar alguns princípios a respeito do ser
humano e da sociedade de forma cientifica. Seu primeiro representante foi o
pensador francês Auguste Comte, influenciado por Saint Simon.
Auguste Comte e Saint Simon
 
 
Saint Simon
 
 
 Foi o autor de muitas ideias atribuídas ao seu secretário particular August Comte. Seu
pensamento ficou entre uma bifurcação ideológica: parte foi aproveitada pelos
conservadores e parte pelos socialistas. Foi o precursor do positivismo e, em alguns
aspectos, das ideias de Karl Marx, o mais importante teórico do socialismo.
Quais eram os principais pensamentos, ideias e princípios defendidos por Saint Simon? Vejamos
a seguir. Sobre o Desenvolvimento da Humanidade, Bins (1990, p. 14) afirma:
A humanidade progride por etapas. Na primeira a teológica, o mundo fora interpretado em
termos religiosos. Na segunda a metafisica, por meio da filosofia e por fim, a positiva ou
científica. O progresso para ele não se reduziria somente ao mundo das ideias, pois seria
também material.
Você pode notar acadêmico, que ele influenciou muito August Comte nessas ideias de que a
humanidade progrediu por etapas. Ao que parece, ele olha a humanidade em seus tempos
históricos: no início, a sociedade teria sido influenciada pela magia e rituais sagrados; depois,
viria a instituição da religião (idade média); a crítica humana à influência religiosa no mundo
(antropocentrismo e racionalismo), fase ou etapa dos intelectuais, pensadores e filósofos;
e, por último, a busca pelo conhecimento científico.
Olhando para educação e os conhecimentos criados e incorporados no dia a dia das escolas e
universidades da época, seriam as seguintes possíveis etapas: conhecimento religioso,
conhecimento filosófico e sociológico (com o suporte da geografia e história entre outros
conhecimentos) e, por fim, o conhecimento científico.
Simon vivenciou a revolução Francesa, que interpretou como luta de classes: os industriais,
os que produzem, contra a aristocracia parasitária. Não percebeu, porém, que esta
categoria era composta por duas classes, a dos burgueses e a dos trabalhadores. Após a
revolução, concluiu que se os industriais haviam teoricamente vencido, quem de fato tinha
liderado o processo e continuava a manter o poder eram os metafísicos, os advogados e
outras categorias bastardas (BINS,1990, p. 14).
É o primeiro teórico que esboça a ideia da luta de classes, muito embora esse conceito
seja divergente daquele apresentado por Marx. De acordo com Bins (1990, p. 15),
“imaginava que para o futuro, as sociedades tornar-se-iam orgânicas, com suas partes
perfeitamente integradas e sem conflitos, comandadas por uma elite técnica-
científica”.
Influenciou muitos pensadores com esse princípio de sociedades orgânicas, sobretudo
Herbert Spencer, e a sociologia evolucionista, que permite conceber o sistema social
composto por elementos interdependentes constituindo uma unidade própria, à
semelhança dos organismos biológicos. Spencer buscou no evolucionismo os mecanismos
e objetivos da sociedade, e defendeu o ensino da ciência para formar adultos
competitivos. A concepção organicista, em oposição à perspectiva historicista,
influenciou Durkheim e a corrente funcionalista.
Por último, a maior das contribuições. Segundo Bins (1990, p. 15), Simon “propôs a criação
de uma ciência especializada, no estudo da conduta humana, a física social, depois
rebatizada por Comte de sociologia”.
Crítico ferrenho da aristocracia e do clero, Saint-Simon distingue nas transformações
sociais de sua época os prenúncios de uma nova era na história da humanidade. Ele foi,
ao mesmo tempo, o referencial ideológico dos socialistas, dos positivistas e dos
anarquistas. Suas ideias para a Educação são notadas nessas três vertentes, nas
concepções teóricas e práticas da educação usada por parte de professores e sistemas
de ensino. Seu maior objetivo era a criação de uma sociedade ideal, mais justa e
igualitária. Para alguns pensadores de Saint Simon, esse era o grande objetivo do
Socialismo Utópico criado por ele. Outro grande pensador e fundador da Sociologia foi
August Comte.
Nasceu em Montpellier, França, em uma família católica e
monarquista. Viveu a infância na França napoleônica.
Estudou no colégio de sua cidade e depois em Paris, na
escola Politécnica. Tornou-se discípulo de Saint Simon, de
quem sofreu enorme influência. Devotou seus estudos à
filosofia positivista, considerada por ele como uma religião
da qual era o pregador. Segundo sua filosofia política,
existiam na história três estados: um teológico; outro
metafísico e, finalmente, o positivo. Esse último
representava o coroamento do progresso da humanidade.
Sobre as ciências, distinguia as abstratas das concretas,
sendo que a ciência mais complexa e profunda seria a
Sociologia, ciência que batizou na sua obra Curso de
Filosofia Positiva, em seis volumes, publicada entre 1830 e
1842. Além dessa, publicou Discurso sobre o espírito
positivo, Discurso sobre o conjunto do positivismo, Sistema
de política positivista, Catecismo positivista e a Síntese
subjetiva. Morreu em Paris (COSTA, 1987).
O positivismo foi uma corrente teórica criada por Auguste
Comte que influenciou a política praticada nos primeiros
anos do período republicano no Brasil.
 
 
Auguste Comte
 
Corrente Positivista
 
O positivismo foi uma corrente teórica criada pelo filósofo francês Auguste Comte
(1798-1857) que defendia que a regra para o progresso social seria a disciplina e a
ordem, o que influenciou a teoria moral utilitarista de John Stuart Mill (1806-1873).
Stuart Mill reformulou o primeiro utilitarismo fundado por seu professor, o
filósofo e jurista Jerehmy Bentham. No Brasil, o positivismo político de Comte,
renovado pela carga moral utilitarista, influenciou a política praticada nos
primeiros anos da Primeira República (1889-1930), devido às referências positivistas
trazidas pelos militares e pelo primeiro presidente, o marechal Manuel Deodoro da
Fonseca.Principais características positivismo 
 
• Doutrina filosófica: como uma continuidade do Iluminismo, a inspiração política e científica do
positivismo estava nos ideais iluministas. As aspirações dos primeiros filósofos iluministas de
alcançar um estágio de desenvolvimento moral da sociedade foram mantidas. No entanto, um novo
modo de agir era necessário para garantir a ordem social, desestabilizada após a Revolução
Francesa.
• Doutrina sociológica: visando garantir a ordem social, o positivismo atua como uma doutrina que,
partindo dos estudos sociológicos, serve de base para o comportamento social e moral das
pessoas. A Lei dos Três Estados estaria no topo dessa cadeia de desenvolvimento da sociedade.
• Doutrina política: a disciplina, o rigor e a ordem social eram requisitos políticos para a garantia
do avanço social na ótica positivista.
• Desenvolvimento das ciências e das técnicas: o progresso social estaria intimamente ligado ao
progresso intelectual, científico e tecnológico. A ideia de uma escola laica, universal e gratuita,
que já havia ganhado certo espaço durante o Iluminismo, passou a ser defendida com mais força
pelos intelectuais positivistas.
• Religião positiva: Comte entendia que a humanidade precisava de relações de devoção. A devoção
– antes baseada na fé em Deus ou nos deuses – no positivismo, dá lugar para a fé na ciência como
única depositária de confiança da humanidade, surgindo o cientificismo, caracterizado pela aposta
incondicional nas ciências como fonte total do conhecimento verdadeiro.
 Comte e o positivismo 
 
O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos
fenômenos, opondo-se ao racionalismo e ao idealismo, por meio da promoção do
primado da experiência sensível, única capaz de produzir a partir dos dados
concretos (positivos) a verdadeira ciência (na concepção positivista), sem qualquer
atributo teológico ou metafísico, subordinando a imaginação à observação, tomando
como base apenas o mundo físico ou material. O positivismo nega à ciência qualquer
possibilidade de investigar a causa dos fenômenos naturais e sociais, considerando
este tipo de pesquisa inútil e inacessível, voltando-se para a descoberta e o estudo
das leis (relações constantes entre os fenômenos observáveis).
 
A origem da Sociologia está vinculada à história do mundo europeu. Pensadores e obras do
continente europeu iniciaram o debate e a reflexão em torno do que seria o conhecimento
sociológico transformado em Ciência.
A Idade Média teve como fonte de compreensão, de interpretação da vida e tudo que se
relacionava com a sociedade, o conhecimento religioso ou o conhecimento teológico.
A vida na sociedade medieval se caracterizava por um forte apelo às questões religiosas e
rurais no sentido de que o modo de produção vigente conhecido como Feudalismo foi o mais usado
em toda a história desse período, onde grandes extensões de terras do Senhor Feudal eram
usadas pelos servos para fugir da miséria e buscar seu espaço no céu.
O pensamento iluminista tem como fundamentos a crença no poder da razão humana de
compreender nossa verdadeira natureza e de ser consciente de nossas circunstâncias. O
homem, então, cria ser o detentor de seu próprio destino, formulando o racionalismo e
contrariando as imposições de caráter religioso, sua “razão” divina de existir, e os privilégios
dados à nobreza e ao clero, ainda predominantes à época (séculos XVII e XVIII).
O Renascimento cultural foi um movimento artístico, cultural e científico, ocorrido nos séculos
XIV, XV e XVI, início da Idade Moderna. Foi marcado pela crítica à cultura religiosa medieval,
baseada na “fé cega”, quase que a rejeição da ideologia da Igreja Católica Romana, apesar dos
temas religiosos presentes em algumas de suas manifestações artísticas.
Saint Simon foi o autor de muitas ideias atribuídas ao seu secretário particular August Comte.
Seu pensamento ficou entre uma bifurcação ideológica: parte foi aproveitada pelos
conservadores e parte pelos socialistas. Foi o precursor do positivismo e, em alguns aspectos,
das ideias de Karl Marx, o mais importante teórico do socialismo.
Comte nasceu em Montpellier, França, em uma família católica e monarquista. Viveu a infância
na França napoleônica. Estudou no colégio de sua cidade e depois em Paris, na escola
Politécnica. Tornou-se discípulo de Saint Simon, de quem sofreu enorme influência. Devotou seus
estudos a filosofia positivista, considerada por ele como uma religião da qual era o pregador.
O positivismo foi uma corrente teórica criada pelo filósofo francês Auguste Comte (1798-1857),
que defendia que a regra para o progresso social seria a disciplina e a ordem, o que influenciou
a teoria moral utilitarista de John Stuart Mill (1806-1873). Stuart Mill reformulou o primeiro
utilitarismo fundado por seu professor, o filósofo e jurista Jerehmy Bentham. No Brasil, o
positivismo político de Comte, renovado pela carga moral utilitarista, influenciou a política
praticada nos primeiros anos da Primeira República (1889-1930), devido às referências
positivistas trazidas pelos militares e pelo primeiro presidente, o marechal Manuel Deodoro da
Fonseca.
 RESUMO DO TÓPICO

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