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Alcance uma Vida Cristã Feliz 
com os Ensinos dos Salmos
Á
mais que uma 
bíblia de estudos, 
uma companheira 
de todas as horas
Em mais de 25 anos de existência, a Bíblia de Estudo Pentecostal 
(BEP) se tornou uma companheira presente nos cultos, nos devocionais 
e na leitura diária de centenas de milhares de brasileiros, indo muito 
além de sua função primária de ser uma Bíblia para estudos segundo 
a doutrina pentecostal.
Ao longo de todo esse tempo, o projeto da BEP ampliou-se, passando 
a incluir as impressões em várias cores de capa e formatos, a edição 
com a Harpa Cristã e as versões com conteúdo próprio e exclusivo 
para crianças e jovens.
Neste ano de 2022, ela passa por uma grande reformulação, com a 
revisão dos materiais de estudo, reorganização das notas e adequação 
do texto conforme o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
A Bíblia de Estudo Pentecostal se aperfeiçoa para continuar sendo o 
que sempre foi: a Bíblia número 1 no coração dos cristãos brasileiros.
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LIÇAO 1 O LIVRO DE SALMOS 3
LIÇÃO 2 O CAMINHO DO ÍMPIO E DO JUSTO 10
liçAo 3 O MESSIAS JÁ VEIO 17
LIÇÃO 4 O BOM PASTOR ESTÁ COMIGO 24
LIÇÃO 5 PRESTANDO UM CULTO SANTO A DEUS 32
LIÇÃO 6 O ANSEIO DA ALMA POR DEUS 40
LIÇÃO 7 PERDOE-ME, SENHOR 48
LIÇÃO 8 ALCANÇANDO UM CORAÇÃO SÁBIO 55
LIÇÃO 9 HABITANDO NO ESCONDERIJO DO ALTÍSSIMO 62
LIÇÃO 10 BENDIGA AO DEUS CRIADOR 69
LIÇÃO 11 LIVRAMENTO E AÇÃO DE GRAÇAS 76
LIÇÃO 12 QUANTO AMO A TUA PALAVRA 83
LIÇÃO 13 A BELEZA DA UNIDADE ESPIRITUAL 90
I Ü M M Í
s u
CASA PUBLICADORA DAS 
CBO ASSEMBLÉIAS DE DEUS
Presidente da Convenção Geral das
Assembléias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre CLaudino Coelho
Consultor Doutrinário e Teológico
ELienai Cabral
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da SiLva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista GuiLherme da SiLva
Gerente de TI
Rodrigo Sobral
Gerente de Comunicação
Leandro Souza da Silva
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira
Chefe do Setor de Arte &. Design
Wagner de Almeida
Comentarista
Marcelo Oliveira
Editora
Telma Bueno
Projeto Gráfico/Designer
Suzane Barboza
Capa
Leonardo Engel 
Fotos
shutterstock.com
ENCORAJAMENTO, 
INSTRUÇÃO E CONSELHO
Alcance uma Vida Cristã Feliz 
com os Ensinos dos Solmos
Com a graça de Deus iniciare­
mos o segundo trimestre do ano. 
Estudaremos o maior Livro da Bíblia 
e um dos mais conhecidos: o Livro 
de Salmos.
Nosso propósito é mostrar que 
o Livro de Salmos é uma coletânea 
de poesia hebraica inspirada pelo 
Espírito Santo. Veremos que essas 
poesias nos permitem potencializar 
a nossa devoção ao Altíssimo.
O Livro de Salmos é singular 
porque nele encontramos o ho­
mem falando com Deus a respeito 
das questões mais profundas da 
sua alma.
Desejamos que, ao Longo deste 
trimestre, a sua vida devocional seja 
edificada para a glória de Deus.
Que Deus o abençoe.
Até o próximo trimestre.
RIO DE JANEIRO - CPAD MATRIZ
Av. Brasil, 34401 - Bangu - CEP21852-002 
Rio de Janeiro - RJ
CENTRAL DE ATENDIMENTO
0800-021-7373 Ligação gratuita 
Segunda a sexta: 8h às l8h.
Livraria ViRTUALwww.cpad.com.br
Comunique-se com a editora da revista: 
telma.bueno@cpad.com.br
Conheça mais 
a respeito do
NovoCurrículo!
http://www.cpad.com.br
mailto:telma.bueno@cpad.com.br
O LIVRO DE SALMOS
"E disse-lhes: São estas as 
palavras que vos disse estando 
ainda convosco: convinha que se 
cumprisse tudo que de mim estava 
escrito na Lei de Moisés, e nos 
Profetas, e nos Salmos." (Lc 24.44)
O Livro dos Salmos nos ajuda 
em nossa vida com Deus. Ele nos 
permite potencializar a nossa 
devoção ao Altíssimo.
LIÇÃO 1
2 abr 2023
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Lc 24.44
O Livro de Salmos na vida de Jesus 
TERÇA - 1 Co 14.26 
Os Salmos na igreja do 
primeiro século 
QUARTA - Ef 5.19 
Os Salmos como elemento do 
culto da Igreja Primitiva 
QUINTA - Sl 51.4 
A intimidade do ser humano 
nos Salmos 
SEXTA - Sl 109.26 
Um clamor por auxílio 
divino nos Salmos 
SÁBADO - Sl 33.6-8 
O Deus Criador nos Salmos
RESUMO DA LIÇÃO
TEXTO PRINCIPAL
JOVENS 3
OBJETIVOS
% MOSTRAR que SaLmos é um Livro que faLa ao coração;
0 EXPLICAR a composição e propósito do Livro de SaLmos; 
% DESTACAR os principais temas do Livro de Salmos.
INTERAÇAO
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus iniciaremos mais um trimestre. 
O comentarista das lições é o evangelista Marcelo Oliveira, chefe do Setor de 
Educação Cristã da CPAD. Ele é bacharel em Teologia pela FAECAD (Faculdade 
Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia das Assembleias de Deus), 
licenciado em Letras e graduando de Psicologia. Especialista em Educação.
Estudaremos porções do Livro de Salmos, e veremos se tratar de uma das 
mais belas expressões do Espírito Santo por meio de seus autores no Antigo 
Testamento. Na primeira lição, o autor vai abordar o Livro no tempo de Jesus e da 
igreja do primeiro século, bem como seu título, autoria e data. Ele também fará 
uma análise da composição e do propósito de Salmos, focando alguns temas im­
portantes desse precioso Livro. O propósito, ao longo deste trimestre, é que a sua 
vida devocionaL, assim como a de seus alunos, seja edificada para a glória de Deus.
ORIENTAÇAO PEDAGÓGICA
Professor(a), para a primeira aula do trimestre, sugerimos que você repro- 
duza a tabela abaixo mostrando aos alunos uma visão panorâmica da divisão 
dos Salmos em cinco livros.
LIVRO I 
1-41
LIVRO II 
42-72
LIVRO III 
73-89
LIVRO IV 
90-106
LIVRO V 
107-150
Total de Salmos 41 31 17 17 44
Autoria Maioria de Davi
Maioria 
de Davi e 
dos filhos 
de Corá
Maioria 
de Asafe
Maioria 
de anôni­
mos
Maioria 
de Davi ou 
anônimos
Nome divino 
predominante
Jeová (o 
SENHOR)
El/
ELOHIM
(Deus)
El/
ELOHIM
(Deus)
Jeová(o 
SENHOR)
Jeová(o 
SENHOR)
Temas fre­
quentes
O ser hu­
mano e a 
criação.
Livra­
mento e 
redenção
Adora­
ção e 
santuá­
rio
O deserto 
e os
caminhos 
de Deus
A Palavra 
de Deus 
e o seu 
louvor
Semelhança 
com o Penta- 
teuco
Gênesis Êxodo Levítico Números Deutero-nômio
Extraído de Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 813.
4 JOVENS
TEXTO BÍBLICO
Lucas 24.44-49
44 E disse-Lhes: São estas as paLavras 
que vos disse estando ainda con- 
vosco: convinha que se cumprisse 
tudo que mim estava escrito na Lei 
de Moisés, e nos Profetas, e nos 
SaLmos.
45 Então, abriu-Lhes o entendimento para 
compreenderem as Escrituras.
46 E disse-lhes: Assim está escrito, e as­
sim convinha que o Cristo padecesse
e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos 
mortos.
47 E, em seu nome, se pregasse o arre­
pendimento e a remissão dos pecados, 
em todas as nações, começando por 
Jerusalém.
48 E dessas coisas sois vós testemunhas.
49 E eis que sobre vós envio a promessa 
de meu Pai; ficai, porém, na cidade 
de Jerusalém, até que do alto sejais 
revestidos de poder.
INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre, estudare­
mos porções do Livro de Salmos. Essa 
obra é uma das mais belas expressões do 
Espírito Santo por meio de seus autores no 
Antigo Testamento. Nesta primeira lição, 
abordaremos o livro no tempo de Jesus e 
da Igreja do primeiro século, bem como 
seu título, autoria e data; analisaremos a 
composição e o objetivo de SaLmos; e 
focaremos em alguns temas importantes 
desse precioso livro. Assim, o nosso pro­
pósito, ao longo deste trimestre, é que a 
sua vida devocionalseja potencializada 
e edificada para a glória de Deus.
I - UM LIVRO QUE FALA AO CO­
RAÇÃO
1. O Livro de SaLmos e Jesus. Na
leitura bíblica, o evangelista apresenta o 
Livro dos Salmos como Escritura que fala 
da vida, morte e ressurreição do Senhor 
Jesus (Lc 24.44). Não por acaso, ele tinha 
lugar na vida devocional de nosso Senhor. 
Além de ocupar um lugar no ministério de 
Jesus, juntamente com o livro de Isaías, 
o Livro dos Salmos é o mais citado pelo 
Senhor no Novo Testamento. Por isso,
ao longo da história da Igreja, o povo 
de Deus sempre Leu os SaLmos tendo 
em Jesus, o Cristo que se revela no livro.
2. O Livro de Salmos e a Igreja. Esse 
livro sempre auxiliou a vida devocional 
da Igreja de Cristo. Encontramos evi­
dências disso quando o apóstolo Paulo 
menciona a forma de a Igreja Primitiva 
se reunir: “[...] quando vos ajuntais, cada 
um de vós tem salmo” (1 Co 14.26); ou 
como ordem na Epístola paulina: “en­
chei-vos do Espírito, falando entre vós 
com salmos” (Ef 5.19). Esses versículos 
rastreiam uma prática comum da igreja 
antiga. Os primeiros cristãos oravam, 
cantavam e sentiam os Salmos. Não 
era um exercício de mera repetição, 
mas de profunda devoção em que as 
palavras do saltério passavam a ser as 
suas próprias orações; as poesias, suas 
próprias canções.
3. O título do livro. O título do Livro 
de Salmos remonta a ideia de devoção a 
Deus. Por isso, os hebreus o denominam 
de Tehilim, com o sentido de “louvores”. O 
título tal como conhecemos hoje deriva 
da palavra latina psalmus e da grega 
psalmós, ambas traduzem a ideia de 
toque de um instrumento musical. Assim,
JOVENS 5
com base na etimologia hebraica, Latina 
e grega, bem como a tradição do uso do 
Livro de SaLmos com Jesus e sua Igreja, 
podemos afirmar que ele remonta uma 
coletânea de 150 poesias que edifica a 
vida espiritual do povo de Deus. Judeus 
fiéis foram tocados por essa coletânea. 
Os Salmos também é denominado de 
SaLtério. Os primeiros cristãos tiveram 
seus corações aquecidos por essas 
belas e espirituais poesias. Você, em 
pleno século XXI, pode ser edificado(a) 
espirituaLmente pela beleza das canções 
de Salmos.
4. Autoria e data. Não há apenas 
um autor no Livro de Salmos. Esse livro 
sagrado foi escrito por várias mãos, 
guiadas e inspiradas pelo Espírito Santo 
(2 Tm 3.16,17). Nesse sentido, metade 
das poesias de Salmos é atribuída a 
Davi. Há Salmos atribuídos aos filhos de 
Corá (como o Salmo 42); há também os 
atribuídos a Asafe (como o Salmo 50); 
há Salmos atribuídos a Salomão, Hemã, 
Etã; e, finalmente, há Salmos com autoria 
desconhecida.
Quanto à data de autoria, podemos 
dizer que a maioria dos Salmos foi escrita 
entre os séculos X a V a.C. Assim, há os 
que foram escritos no tempo de Moisés, 
outros após o reinado de Davi e outros, 
ainda, após o exílio dos judeus. Portanto, 
esse livro abrange quase toda a história 
de Israel no Antigo Testamento.
© PENSE!
O que difere a poesia encontrada no 
Livro de SaLmos das demais?
® PONTO IMPORTANTE!
Difere no fato de que as poesias do 
Livro de Salmos foram inspiradas 
pelo Espírito Santo.
SUBSÍDIO ^
Prezado(a) professor(a), inicie o tópico 
fazendo a seguinte pergunta: “O que 
vocês sabem a respeito do Livro de 
Salmos?” Ouça os alunos com atenção 
e incentive a participação de todos. 
Em seguida, explique que “os Salmos, 
como orações e louvores inspirados pelo 
Espírito, foram escritos para, de modo 
geral, expressarem as mais profundas 
emoções íntimas da alma em relação 
a Deus. (1) Muitos foram escritos como 
orações a Deus, como expressões de a) 
confiança, amor, adoração, ação de gra­
ças, louvor e anelo por maior comunhão 
com Deus; b) desânimo, intensa aflição, 
medo, ansiedade, humilhação e clamor 
por livramento, cura ou vindicação. (2) 
Outros foram escritos como cânticos 
de louvor, ação de graças e adoração, 
exaltando a Deus por seus atributos e 
pelas grandes coisas que Ele tem feito. 
(3) Certos salmos contêm importantes 
trechos messiânicos.”
(Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostai 
Rio de Janeiro: CPAD, p. 814.)
II - COMPOSIÇÃO E PROPÓSITO 
DE SALMOS
1. A divisão do Livro de SaLmos. Já
vimos que o Livro de SaLmos é uma 
coletânea de 150 poesias. Como Livro 
poético, eie está na mesma categoria de 
Livros como Jó, Provérbios, EcLesiastes 
e Cantares. Contudo, o Livro de SaLmos 
é formado por uma coLetânea de cinco 
outros livros. Vejamos:
a) Livro I. O primeiro Livro é formado 
peLos SaLmos 1-41. Essa coLeção é de 
autoria de Davi. O SaLmo 1 é uma intro­
dução à primeira coLeção (Livro I) em que 
é descrita uma promessa para os que se
6 JOVENS
entregam à Palavra de Deus e um alerta 
para quem escoLhe o conseLho dos ímpios.
b) Livro II. O segundo livro é formado 
pelos Salmos 42-72 e é de autoria variada. 
Essa coletânea traz orações pessoais e 
ações de graças.
c) Livro III. O terceiro livro é de Salmos 
73-89. A maioria desses Salmos foi escrita 
por Asafe. É uma coletânea que descreve 
a vida de IsraeL como uma nação.
d) Livro IV. O quarto livro é uma co­
leção dos Salmos 90-106. Nesse livro, a 
fidelidade de Deus com Israel é cantada.
e) Livro V. Finalmente, o último livro 
é formado pelos Salmos 107-150. Uma 
coletânea que traz a meditação na Pa­
lavra de Deus como referencial. Nela, se 
destaca o maior Salmo de todo o livro: 
o Salmo 119.
2. CLassificação Literária dos SaL­
mos. Os Salmos são um livro produzido 
para ser cantado, declamado em voz 
alta. Por isso, dizemos que ele tem 150 
composições e não capítulos. Nesse 
sentido, eles são poemas e, portanto, o 
livro é classificado Uterariamente como 
poético. Assim, os estudiosos costumam 
cLassificar os diversos SaLmos em cate­
gorias básicas, tais como: 1) Salmos de 
lamentação; 2) de sabedoria; 3) régios; 4) 
de louvor; 5) de ação de graças; 6) pro­
féticos; 7) penitenciais. Essas categorias 
nos auxiliam na compreensão do livro.
3. O propósito do Livro de SaLmos. É 
importante ressaltar que Salmos é um 
livro em que há vários temas interde­
pendentes. Nesse aspecto, podemos 
dizer que o propósito maior do Livro de 
Salmos é expressar o sentimento mais 
íntimo da alma humana a Deus. Um dos 
aspectos mais belos desse livro santo é 
a imagem da alma humana se inclinando 
ao Deus Todo-Poderoso para confessar
um pecado (Sl 51.4), clamar por auxílio (Sl 
109.26), reconhecer a grandeza divina (Sl 
33.6-8). É a alma do homem se dirigindo 
à presença do Deus Criador. Assim, o 
Saltério cumpre uma função muito nobre 
na Bíblia: a de nos aproximar do Deus Pai 
Todo-Poderoso.
^ PENSE!
Qual o propósito da sua adoração 
ao Senhor?
® PONTO IMPORTANTE!
Adoramos ao Senhor não para rece­
ber nada de sua parte, mas porque o 
amamos e queremos externar nosso 
amor mediante as canções.
SUBSÍDIO A
Prezado(a) professor(a), é importante 
que seus alunos saibam que “o Livro de 
Salmos é o primeiro Livro na terceira 
divisão da Bíblia hebraica. Conhecida 
como Kethublin ou Escritos, essa terceira 
divisão era popularmente conhecida pelo 
nome do primeiro livro, isto é, ‘Os Salmos'. 
Deste modo, Jesus inclui todo o Antigo 
Testamento no que tange às profecias 
a seu respeito na ‘Lei de Moisés, e nos 
Profetas, e nos Salmos' (Lc 24.44).
O título em português vem da tra­
dução grega, Septuaginta em cerca de 
150 a. C. Psalmoi, o termo grego, signi­
fica ‘cânticos' ou ‘cânticos sagrados' e é 
derivado da raiz que significa ‘impulso, 
toque', em cordas de um instrumento de 
cordas. O título hebraico é Tehilin, significa 
‘louvores' ou ‘cântico de louvor'.
Os Salmos têm uma importância 
especial na Bíblia. Lutero descreveu esse 
livro como ‘uma Bíblia em miniatura'. Cal- 
vino o descreveu como ‘uma anatomia 
de todas as partes da alma', visto que,
JOVENS 7
como explicou, 'não existe emoção que 
não é representada aqui como em um 
espelho'. O lugar que Salmos recebe no 
Novo Testamento claramente testifica 
sobre o valor desse importante livro, Dos 
aproximados 263 textos do Antigo Tes­
tamentos citados no Novo Testamento, 
um pouco mais deum terço, ou seja, um 
total de 93 é tirado do Livro de Salmos,"
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005, p. 103)
III - PRINCIPAIS TEMAS DE SALMOS
1.0 Deus Criador e Sustentador. Uma
das imagens mais poderosas do Livro 
de Salmos é a apresentação de Deus 
como o Criador e sustentador de todas 
as coisas: “Do Senhor é a terra e a sua 
plenitude, o mundo e aqueles que nele 
habitam. Porque ele a fundou sobre os 
mares e a firmou sobre os rios” (Sl 24.2). 
Aqui, Deus é apresentado como um ser 
distinto de sua Criação e, ao mesmo 
tempo, que sustenta e se relaciona 
pessoalmente com o que criou. Uma 
mensagem consoladora dos Salmos, 
quanto ao poder criador e sustentador 
de Deus, é que não estamos sozinhos 
neste mundo. Não pertencemos a um 
mundo que foi produzido pelo acaso, Ao 
contrário, vivemos em um mundo criado e 
sustentado pelo Deus Pai Todo-Poderoso. 
Fomos criados por Ele, sustentados pela 
sua destra e amados por seu generoso 
e sublime amor.
2. A realeza do Messias. Muitos Sal­
mos enfatizam o rei de Israel, isto é, sua 
entronização, justiça, retidão e reinado 
perene (Sl 72.1-7; 110.1;). É verdade que 
esses Salmos se referiam originalmente 
a Davi e seus sucessores. Entretanto, 
algumas declarações a respeito do rei
em Israel não se cumpriram, mas foram 
reveladas ao longo do ministério do 
Senhor Jesus (cf. Mt 22.43 -45). Os pri­
meiros cristãos também citaram textos 
dos Salmos régios para confirmar que o 
Senhor Jesus era o Messias prometido 
nos Salmos. Sim, o Livro de Salmos nos 
ajuda a adorar a Jesus como o Rei dos 
reis e o Senhor dos senhores.
3. A vida de devoção a Deus. Esse 
livro remonta diversos aspectos da vida 
espiritual a partir de váriados temas 
devocionais: louvar a Deus, agradecê- 
-Lo, celebrá-lo, clamá-lo; confessar o 
pecado, confiar, esperar; enfim, muitos 
aspectos da vida espiritualapresentados 
no Saltério produzem um conjunto de 
prática devocional. Por isso, podemos 
dizer que o Livro de Salmos nos ajuda 
a orar melhor, a louvar ao Senhor de 
maneira mais piedosa, a cuLtuá-lo em 
espirito e em verdade (Jo 4.23,24). Sua 
linguagem nos ajuda a moldar nossos 
afetos e devoção a Deus e, sobretudo, as 
nossas ações na vida, isto é, exercitando 
o autoexame, a confissão, a retidão e a 
justiça diante de Deus.
© P E N S E !
Qual a função prática do Livro dos
Salmos?
© PONTO IMPORTANTE!
Ajudara vida de devoção do(a)jovem
cristão(ã).
SUBSÍDIO ©
Professor (a), dê início ao tópico fa­
zendo a seguinte pergunta: “Quais os 
principais temas do Livro de Salmos?" 
Ouça os alunos com atenção. Explique 
que os temas são variados e seria impos­
sível abordar todos no espaço da revista.
8 JOVENS
© HORA DA REVISÃO
1. QuaL relação os primeiros cristãos 
tinham com os Salmos?
Os primeiros cristãos oravam, can­
tavam e sentiam os salmos.
2. O que o título do Livro de Salmos 
remonta?
O título do Livro de Salmos remonta 
a ideia de devoção a Deus.
3. Como o Livro de Salmos é dividido’
Livro I. O primeiro livro é formado 
pelos Salmos 1-41 Essa coleção é 
de autoria de Davi. Livro II. O segun­
do livro é formado pelos Salmos 
42-72 de autoria variada. Livro III. O 
terceiro livro é dos Salmos 73-89, 
A maioria desses Salmos foi escrita 
por Asafe. Livro IV. O quarto Livro é 
uma coleção dos Salmos 90-106. 
Livro V. Finalmente, o último livro 
é formado pelos Salmos 107-150.
4. O que podemos dizer a respeito 
do propósito do Livro de Salmos? 
É importante ressaltar que Salmos 
é um livro em que há vários temas 
interdependentes, Nesse aspecto, 
podemos dizer que o propósito 
maior do Livro de Salm os é ex­
pressar o sentimento mais íntimo 
da alma humana a Deus.
5. Qual é uma das im agens mais 
poderosas do Livro dos Salmos?
Um dos aspectos mais belos desse 
livro santo é a imagem da alma 
humana se inclinando ao Deus 
Todo-Poderoso para confessar um 
pecado (Sl 51.4), clamar por auxílio 
(Sl 109,26), reconhecer a grandeza 
divina (Sl 33.6-8). É a alma do ho­
mem se dirigindo à presença do 
Deus Criador.
r
© CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos 0 conceito, a 
estrutura, 0 propósito e alguns temas 
que perpassam o Livro de Salmos. 
Vimos que esse livro era usado por 
Jesus e a Igreja Primitiva, Aprendemos 
que ele é muito proveitoso para poten­
cializar a nossa vida devocional diante 
de Deus. Assim, 0 nosso objetivo é 
que, ao longo das 13 lições, possamos 
orar melhor, adorar de maneira mais 
piedosa e servir ao Senhor de forma 
mais amorosa,
r
ANOTAÇAO
abr 2023
0 CAMINHO [ 
EDO JUSTO
X ) IMPIO
TEXTO PRINCIPAL f l LEITURA SEMANAL
"Pois será como árvore plantada 
junto a ribeiros de águas, a 
qual dá 0 seu fruto na estação 
própria, e cujas folhas não caem, 
e tudo quanto fizer prosperará." 
(SI 1.3)
SEGUNDA - Pv 1.10
O jovem cristão não pode 
consentir com os pecadores
TERÇA - 2 Tm 2.22a
Fugindo dos desejos da m ocidade
QUARTA - 2 Pe 2.20
Não retroceda
QUINTA - 2 Tm 2.22b
Vivendo as virtudes perenes de Deus
SEXTA - Rm 12.2
A vontade de Deus
SÁBADO - Mt 6.33
Vivendo a justiça de Deus
H RESUMO DA LIÇÃO
0 caminho do ímpio representa 
instabilidade e superficialidade; 
0 do justo, raízes na Palavra de 
Deus que gera estabilidade e 
profundidade espiritual.
JOVENS 10
OBJETIVOS
• COMPREENDER a bem-aventurança do justo;
• MOSTRAR o perigo do caminho dos ímpios;
• CONSCIENTIZAR da verdadeira felicidade do justo.
/
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta lição estudarem os o Salm o 1, cujo autor 
apresenta dois caminhos: o do justo e do impio. Veremos que estes caminhos 
são, na verdade, dois estilos de vida antagônicos. O salmista também mostra 
os resultados de uma vida justa, segundo os preceitos divinos e de uma vida 
ímpia, longe de Deus e contrária à sua Palavra. O salmista enfatiza que a ver­
dadeira felicidade é decorrente de se ter uma vida temente a Deus, segundo 
as Escrituras Sagradas: “Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei 
medita de dia e de noite" (v. 2).
Na atualidade, muitos se perguntam? Qual o segredo para se ter uma vida 
feliz e próspera? A chave está no refletir, meditar e obedecer a Palavra de Deus, 
pois quando aplicamos a Bíblia a nossa vida diária, encontramos um caminho se­
guro. Somente a Palavra de Deus pode fazer florescer as bênçãos do Senhor em 
toda a nossa vida (Sl 1.3). Não podemos nos esquecer de que há uma promessa 
para aqueles que abandonam os conselhos e valores dos Ímpios, e passam a ter 
prazer na Lei de Deus, meditando nela com toda a devoção: Deus prosperará o 
seu futuro. No decorrer da lição, enfatize que uma vida regida sob os valores da 
Palavra de Deus é uma vida segura, amadurecida e abençoada.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a). reproduza a tabela abaixo no quadro. Em seguida, faça a seguinte 
pergunta: “Como o Salmo 1 descreve os ímpios?" Ouça os alunos com atenção e 
em seguida utilize a tabela para mostrar a maneira como o salmista descreve os 
pecadores. Conclua enfatizando que uma vida regida sob os valores da Palavra 
de Deus é uma vida segura, amadurecida e abençoada.
1. Sao como a “moinha" lançada para longe por forças que não conseguem ver (v, 4);
2 Serão condenados na presença de Deus no dia do juízo (v. Sl
3. Perecerão etemamente (v. 6),
Extraído de BíbÜâ de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 817.
JOVENS 11
TEXTO BÍBLICO
Salmos 1.1-6
1 Bem-aventurado o varão que não anda 
segundo o conselho dos ímpios, nem 
se detém no caminho dos pecadores, 
nem se assenta na roda dos escarne- 
cedores.
2 Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, 
e na sua lei medita de dia e de noite.
3 Pois será como a árvore plantada junto 
a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto
na estação própria, e cujas folhas não 
caem, e tudo quanto fizer prosperará.
4 Não são assim os ímpios; mas são como 
a moinha que o vento espalha.
5 Pelo que os ímpios não subsistirão no 
juízo, nem os pecadores na congrega­
ção dos justos.
6 Porque o SENHOR conhece o caminho 
dos justos; mas o caminho dos ímpios 
perecerá.
INTRODUÇÃO
Nesta lição,estudaremos o Salmo
1. Ele aborda dois estilos de vida que 
são encontrados na Palavra de Deus: 
o do ímpio e do justo. Nele, o salmista 
apresenta a verdadeira felicidade do 
justo, o caminho do ímpio e as bênçãos 
que percorrem a vida dos que fazem 
a vontade de Deus.
I - A BEM-AVENTURANÇA DO
JUSTO
1. Bem-aventurado. O Salmo 1 é uma 
introdução ao Livro I de todo o Livro dos 
Salmos. Sua posição no livro não está ali 
por acaso, pois é como se fosse uma 
porta de entrada aos preciosos ensina­
mentos e canções. Lembra muito o estilo 
de escrita do livro de Provérbios. Por isso, 
estudiosos o comparam à literatura de 
sabedoria judaica. Esse Salmo apresenta 
um contraste de dois estilos de vida: 
uma vida sob os valores dos ímpios; uma 
vida sob os valores da Lei do Senhor. 
Nesse sentido, só há uma forma de ser 
feliz e ela passa pelos valores perenes 
e atemporais da Lei do Senhor.
A expressão “bem-aventurado", 
neste Salmo, tem o mesmo sentido
da expressão que aparece no Sermão 
do Monte (Mt 5.1-12): felicidade. Com 
o uso dessa expressão, o salmista traz 
a ideia de que o ser humano só pode 
ser verdadeiramente feliz por causa do 
favor precioso de Deus.
2. O justo não “anda", não se “de­
tém", nem se “assenta". O versículo 1 
apresenta três verbos: andar, deter e 
assentar; e três substantivos: ímpios, 
pecadores e escarnecedores. O versí­
culo ainda apresenta claramente uma 
ideia de progressão: quem “anda" no 
conselho dos ímpios acaba se “d e- 
tendo" no caminho dos pecadores e, 
finalmente, se “assenta" na roda dos es­
carnecedores. A lição é viva: quem ouve 
o conselho do ímpio, passa a estreitar 
os laços afetivos com os pecadores 
e, consequentemente, junto com os 
escarnecedores, passa a escarnecer 
do justo e de sua justiça. O Salm o 
afirma que esse estilo de vida promove 
dispersão, superficialidade, juízo divino 
e condenação eterna (Sl 1.4-6). Logo, 
a verdadeira felicidade não pode ser 
encontrada nessa forma de viver.
3.0 prazer do justo em meditar na 
Lei do Senhor. Há verdadeira felicidade
12 JOVENS
para quem desenvolve um estilo de vida 
que leve em conta os conselhos da Lei 
do Senhor e medita cotidianamente na 
instrução divina (Sl 1.2). Com base na 
imagem da agricultura, árvore e águas 
(v.3), o Salmo afirma que o conselho 
divino promove um estilo de vida que 
traz segurança e firmeza (árvore plan­
tada), crescimento e vida (corrente de 
águas), maturidade e frutificação (fruto 
no tempo devido). Aqui, há verdadeira 
felicidade na vida de quem pratica a 
justiça e o Deus Todo-Poderoso conhece 
o caminho dojusto (v.6).
SUBSÍDIO O
Prezado(a) professor(a), explique 
aos alunos que “o Salmo l serve como 
introdução a todo o livro dos Salmos. Ele 
contrasta os dois únicos tipos de pessoas 
do ponto de vista de Deus, tendo cada 
tipo um conjunto distintivo de princípios de 
vida: (1) osjustos, que são caracterizados 
pela retidão, pelo amor, pela obediência 
à Palavra de Deus e pela separação do 
mundo (vv, 1,2) e (2) os ímpios, que re­
presentam o modo de ser e as idéias do 
mundo, que não pertencem na Palavra 
de Deus, e que por isso não têm parte 
na assembléia do povo de Deus (w, 4,5). 
Deus conhece e abençoa o justo, mas o 
ímpio não tem parte no Reino de Deus (1 
Co 6.9) e perecerá (v, 6), A separação entre 
esses dois grupos de pessoas existirá 
no decurso da história da redenção e 
continuará na eternidade."
(Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal. 
Rio de Janeiro: CPAD, p. 817.)
II - O PERIGO DO CAMINHO
DO ÍMPIO
1. Que conselho ouvir? Em pri­
meiro lugar, como jovem, você deve
reconhecer as características que 
marcam o ciclo de sua vida (a juventu­
de). Certamente, nessa fase da vida há 
conflitos interiores que o leva a indagar 
por muitas questões. Nesse momento, 
sentimentos e em oções tornam -se 
vulneráveis aos conselhos de amigos 
e colegas que o levam a viver em opo­
sição à vontade direta de Deus para a 
sua vida (Pv 1.10). Nesse caso, estamos 
diante de um “conselho dos ímpios” (Sl 
1.1), Aqui, chega a seguinte indagação: 
devo viver segundo os conselhos de 
amigos ou atender à orientação direta 
do Espírito Santo? O Salmo mostra que 
escolher o conselho dos ímpios trará 
muita confusão, superficialidade e 
dispersão espiritual (Sl 1.4). Sim, é uma 
questão de escolha.
2. Deter-se no caminho dos pe­
cadores. Deter-se no caminho dos 
pecadores não é apenas ouvir os seus 
conselhos, mas assumir uma posição 
permanente derivada deles. A opinião 
dos ímpios passa a ser a sua: o que 
pensam, passa a ser o seu pensamen­
to: o que defendem passa a ser a sua 
defesa. Então, as escolhas erradas e o 
comportamento pecaminoso passam 
a ser justificados de maneira racional.
3. Assentar-se na roda dos es- 
carnecedores. Aqui, está instalado o 
estágio de completa separação de 
Deus. A postura que o verbo “assentar" 
denota é o desprezo às coisas divinas, 
bem como a disposição em ridicularizar 
e criticar de maneira mórbida quem 
busca fazer a vontade do Pai e viver 
de maneira coerente com os seus 
caminhos. Nesse estágio, o jovem se 
“assentou” na roda dos escarnecedores 
(Sl 1.1). O apóstolo Pedro, em uma de 
suas cartas, faz uma descrição bem
JOVENS 13
“Porquanto se, depois 
de terem escap ad o das 
corrupções do mundo, pelo 
conhecim ento do Senhor e 
Salvad or Jesu s Cristo, forem 
outra vez envolvidos n elas 
e vencidos, tornou-se-lhes 
o último estado pior que o 
primeiro" (2 Pe 2.20).
realista a respeito disso: “Porquanto se, 
depois de terem escapado das corrup­
ções do mundo, pelo conhecimento do 
Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem 
outra vez envolvidos nelas e vencidos, 
tornou-se-lhes o último estado pior 
que o primeiro" (2 Pe 2.20). O Salmo 
encerra dizendo que o caminho dos 
ímpios será implodido (Sl 1.6).
SUBSÍDIO ©
Professor(a), explique como o Salmo 
1 descreve o caminho dos ímpios (vv. 
4-6). Ressalte que “enquanto os justos 
são valiosos, úteis, árvores frutíferas, os 
ímpios são 'como a moinha que o vento 
espalha', a moinha mais destacada, a 
poeira que o dono do solo espalhou, 
por não ter mais utilidade. Você a va­
loriza? Você a consideraria? Eles são 
como a moinha, sem valor algum no 
julgamento de Deus, Quão altamente 
eles podem valorizar a si m esm os? 
Você consideraria o gênio deles? ELes 
são leves e vaidosos: eles não têm 
conteúdo, nem consistência; eles são 
facilmente induzidos por cada vento e 
tentação e não têm constância. Você 
saberia o fim deles? A ira de Deus os 
afastou em sua loucura, como o vento 
faz com as moinhas, que nunca mais são
reunidas nem procuradas. As moinhas 
podem estar, por um tempo, entre o 
trigo; mas Ele consente com aqueles 
que têm o sopro nas mãos e que lim­
pa perfeitamente o seu solo. Aqueles 
que por meio do seu próprio pecado 
e tolice tornam-se como as moinhas, 
serão encontrados após 0 redemoinho 
de vento e o fogo da ira divina (Sl 35.5) 
incapazes de permanecer diante dela 
e de fugir dela (Is 1713)-"
(HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo 
Testamento: Jó a Cantares. Rio de Janeiro: 
CPAD, zoio, p. 217>
III - A VERDADEIRA FELICIDADE
DO JUSTO
1. Realizando-se com a Palavra 
de Deus. Um dos ensinamentos mais 
impactantes do Salmo 1 é que a Palavra 
de Deus traz estabilidade e segurança. 
Por isso, maturidade e ânimo brotam 
do ensino da Palavra de Deus. Por meio 
dela, o jovem cristão está preparado 
para fugir “dos desejos da juventude” 
e, consequentemente, ter a disposição 
de seguir “a justiça, a fé, o amor e a 
paz com os q uev com um coração 
puro, invocam ao Senhor" (2 Tm 2.22b). 
Precisamos, porém, ressaltar que só 
podemos ter prazer na Lei do Senhor, 
saindo dos d e se jo s da m ocidade 
para a prática das virtudes divinas, 
por causa de sua preciosa graça (Ef 
2.8-10), jam ais por causa de nossos 
esforços. Tudo isso traz verdadeira 
realização pessoal.
2. Meditando na Bíblia para a vida, 
O prazer na Lei do Senhor passa por 
refletir e meditar na Palavra de Deus. 
Quando estudamos, memorizamos e 
aplicam os a Bíblia em nossa rotina,encontramos cam inhos seguros, e
14 JOVENS
não movediços; cura para alma, e não 
doenças emocionais; restauração, e não 
prostração espiritual. A água da Palavra 
de Deus faz florescer as bênçãos do 
Senhor em toda a nossa vida (Sl 1,3), Há 
uma promessa clara neste Salmo: se 
abandonarmos os conselhos e valores 
dos ímpios, e passarmos a ter prazer 
na Lei de Deus, meditando nela com 
toda a devoção, Deus prosperará o 
nosso futuro, Uma juventude regida 
sob os valores da Palavra de Deus é 
uma juventude segura, amadurecida 
e abençoada, pois sabe que a vonta­
de divina é boa, perfeita e agradável 
(Rm 12.2).
3. Os valores perenes e atemporais 
de Deus. A Bíblia nos ensina valores 
que permearão toda a vida de um(a) 
jovem cristão(ã). A justiça é um valor 
divino que faz toda a diferença em 
sua vida tanto agora como no futuro. 
Você é chamado a buscar o Reino de 
Deus e a sua justiça, isto é, a retidão, 
e as demais coisas lhe serão acres­
centadas (Mt 6.33). Viver de maneira 
justa nesta vida implica a prática do 
amor, outro valor perene e atemporal. 
Não existe justiça sem amor, pois no 
final de tudo, o que sobrará é o amor 
(1 Co 13.13). Para exercer ju stiça e 
amar neste mundo, é preciso ter fé, 
pois sem ela não podemos agradara 
Deus (Hb 11.6). Portanto, dentre muitas 
virtudes, a Palavra de Deus nos convi­
da a exercitar a virtude da justiça, do 
amor e da fé. É um convite para viver 
sob os conselhos de Deus e de sua 
poderosa Palavra; encontrando, assim, 
a verdadeira felicidade em Deus.
SUBSÍDIO ô
“Professor(a), enfatize que "os santos 
de Deus não somente evitam o mal, 
como também edificam a sua vida em 
torno das palavras do Senhor. Procuram 
obedecer à vontade de Deus porque 
seus corações realmente têm prazer 
nos cam inhos e m andam entos do 
Senhor (ver, 2 Ts 2,10, onde os Ímpios 
perecem porque não querem amar a 
verdade). A motivação dos atos dos 
salvos provém dos seus espíritos e 
emoções redimidos, conquistados pela 
verdade de Deus conforme temos na 
sua Palavra.
O resultado, para os que fielmente 
buscam a Deus e à sua Palavra, é ter 
vida no Espírito. Uma vez que a água 
comumente representa o Espírito de 
Deus, os que são instruídos por Deus e 
guardam a sua Palavra terão em si uma 
fonte de vida inesgotável da parte do 
Espírito. A expressão 'tudo quanto fizer 
prosperará’ não significa que 0 crente 
nunca terá problemas nem reveses, mas 
sim, que o justo conhecerá a vontade 
de Deus e a sua bênção."
(Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal. 
Rio de Janeiro: CPAD, p. 817.)
PROFESSOR(A), “o Livro dos Salmos destaca-se sobre outras obras 
antigas ou modernas de poesia, cantando não somente o gênio dos ho­
mens, mas a completa inventividade do Deus que os inspirou" (RICHARD, 
Lawrence 0 . Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a Apocalipse Capítulo 
por Capitulo. 9, ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 349).
JOVENS 15
© CONCLUSÃO
O Salmo 1 nos ensina que há apenas 
dois caminhos: o do impio e o do justo. 
O caminho do impio resulta em valores 
que trazem confusão, dispersão e 
superficialidade. O caminho do justo 
traz segurança, maturidade e bênçãos 
de Deus. A verdadeira felicidade do 
jovem cristão deve ser encontrada nos 
valores que brotam da Palavra de Deus. 
Mediante a preciosa graça do Senhor, 
podemos desfrutar de seus valores 
eternos e, portanto, experimentar a 
verdadeira felicidade.
ANOTAÇAO
ESTANTE DO PROFESSOR
PEARLMAN. Myer. Salm os: Adorando 
a Deus com os Filhos de Israel. 9.ed. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
© HORA DA REVISÃO
1. Como o Salmo 1 pode ser visto?
Como uma introdução ao Livro I J- 
de todo o Livro dos Salmos. Sua g 
posição no livro não é por acaso, I 
pois é como se fosse uma porta % 
de entrada aos preciosos ensina- ; i 
mentos e canções.
2. O que significa a expressão “bem- 
-aventurado”?
A expressão “bem-aventurado", . ; 
neste Salmo, tem o mesmo s e n - ; ; 
tido da expressão que aparece - 
no Sermão do Monte (Mt 5.1-12): 
felicidade, A
3. O que o estilo de vida ímpio pro­
move?
Separação de Deus, confusão, * 
superficialidade e dispersão espi- ■ 
ritual (Sl 14)
4. A verdadeira felic idade é para 
quem?
É somente para os justos.
5. Cite os três valores perenes citados 
na lição.
O valor da justiça, do amor e da fé.
O MESSIAS
JA VEIO
TEXTO PRINCIPAL
"Recitarei o decreto:
O Senhor me disse: Tu és meu 
Filho; eu hoje te gerei. 
Pede-me, e eu te darei as 
nações por herança e os confins 
da terra por tua possessão." 
(SI 2 .7,8)
RESUMO DA LIÇÃO
Quem se submete ao reinado 
e ao senhorio de Cristo Jesus 
tem sua vida completamente 
ordenada por Ele.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Át 4.25,26
A perseguição contra o 
ungido de D eus
TERÇA - Mt 10.40; Jo 13.20
Quem recebe o Filho recebe o Pai
QUARTA - Rm 1.5
A expectativa para que as nações 
obedeçam à fé
QUINTA - Rm 2.14-16
A reta justiça divina
SEXTA - Dn 2.21
Deus é quem institui e destitui reis
SÁBADO - Hb 12.2
O Rei Jesus é a nossa referência
JOVENS 17
OBJETIVOS
m MOSTRAR a rebelião contra o Ungido de Deus;
• CONSCIENTIZAR de que um dia o Ungido pedirá contas aos insurgentes,
• EXPLICAR o chamado à rendição e à submissão ao Ungido de Deus.
INTERAÇÃO ,
Prezado(a) professor(a), nesta terceira lição do trimestre estudaremos o Salmo 
Este é um Salmo messiânico, cujo o propósito é mostra que o reinado de Cristo 
nunca terá fim. As nações, até os dias atuais, insistem em rebelar-se contra o 
Unqido do Senhor revelado pelo salmista. Os insurgentes nao ficarao impunes, 
chegará o dia em que o Messias pedirá contas dos atos de rebeldia dos homens. 
Veremos que o Salmo 2 é uma revelação profética do reinado messiânico de 
Jesus O Inimigo fez de tudo para que o Salvador não viesse ao mundo e nao 
cumprisse a sua missão, entretanto haverá um tempo, que o reino do Senhor 
será plenamente estabelecido neste mundo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA ; -J
Professor(a), reproduza o quadro abaixo e utilize-o na introdução da liçao. 
Mostre aos alunos as quatro cenas principais do Salmo 2 mostrando que e uma 
alusão ao reino de Cristo.
(1) 0 salmista começa com uma alusão aos povos e reis da terra em oposição ao 
Ungido de Deus (w. 1-3);
(2) Deus responde zombando dos ridículos intentos do mundo para remove-lo do 
cenário (vv. 4-6).
(3) Deus, o Pai, promete que enviará seu Filho amado (vv. 7-9). para aniquilar todos 
que se opõem ao seu governo.
(4) Através do salmista, o Espírito Santo exorta a raça humana a ser sábia diante de Deus. 
(Adaptado de Bíbüa de Estudo Pentecostal: CPAD, p. 817).
18 JOVENS
Salmos 2.1-9
1 Por que se amotinam as nações, e os 
povos imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam , e os 
príncipes junto s se m ancom unam 
contra o Senhor e contra o seu ungi­
do, dizendo:
3 Rompamos as suas ataduras e sacu­
damos de nós as suas cordas,
4 Aquele que habita nos céus se rirá; o 
Senhor zombará deles.
5 Então, lhes falará na sua ira e no seu 
furor os confundirá.
6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu 
santo monte Sião.
7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: 
Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
8 Pede-me, eeu teclarei as nações por heran­
ça e os confins da terra por tua possessão.
9 Tu os esmigalharás com uma vara de 
ferro; tu os despedaçarás como a um 
vaso de oleiro.
INTRODUÇÃO
A história é marcada por impérios 
que tentaram dominar o mundo. Até 
hoje há lideres que possuem a utopia 
de dominá-lo. O Salmo 2 mostra que 
há um rei em que seu reinado nunca 
terá fim. Verem os como as nações 
insistem em rebelar-se contra esse rei, 
como este pedirá contas dos homens e, 
finalmente, como que o rei messiânico 
apela para que os reis se rendam ao 
seu senhorio.
I - A REBELIÃO CONTRA O UN­
GIDO DE DEUS
1. A importância do Salmo 2. O
Salmo 2 está na categoria dos salmos 
régios ou m essiânicos. Segundos 
estudiosos, é possível que os salmos 
régios se refiram a Davi ou algum rei 
em Israel. O ponto importante é que 
esses salmos são uma descrição do 
rei messiânico. Não por acaso, o Novo 
Testamentoaplica o Salmo 2 à pessoa 
de Jesus tanto na perspectiva do mi­
nistério terreno quanto na perspectiva 
futura daquEle que implantará o seu 
glorioso reino na terra. Em Mateus 3.17,
a expressão "este é o meu filho amado” 
tem a ver com Salmo 2.7; Atos 4.25-28, o 
evangelista cita os versículos de Salmo 
2.1,2 e aplica a perseguição registrada 
no Salmo a Jesus. Em Hebreus 1.5 e 
5.5. você verá paraleLos bem claros 
das passagens do salmo. Por isso, o 
Salmo 2 é muito importante para nós 
os cristãos.
2. A rebelião das nações. O Salmo 
está estruturado em quatro blocos de 
três versículos cada: vv.1-3; vv.4-6; vv.7-9; 
vv.10-12.0 primeiro bloco diz respeito à 
rebelião dos gentios contra a autorida­
de de Deus. O versículo primeiro inicia 
com uma pergunta retórica: “Por que se 
amontinam as nações U ” (v.i). Essa per­
gunta, na verdade, revela a presunção 
dos reis das nações ao se voltar contra 
o Senhor, Eles se preparam, planejam 
estratégias acreditando que terão êxito 
em seu propósito. O problema é que 
eles se levantam contra o Ungido do 
Senhor, na verdade, levantam-se contra 
0 próprio Senhor (v.2). Eles acham mes­
mo que terão autonomia para romper o 
domínio divino, bem como seus planos 
(v.3). Os primeiros cristãos aplicaram 
essa passagem na perseguição que
JOVENS 19
0 que Leva um(a) jovem 
a deixar de desfrutar do bem 
espiritual que tem im pacto 
positivo e construtivo na vida 
terrena para abraçar um 
estilo tolo e desordenado, 
que só trará prejuízos? Perder 
a juventude na rebelião 
contra Deus nunca foi um a 
boa ideia.
eles sofreram (At 4.25,26). No contexto 
do Novo Testamento, o Senhor Jesus 
é o Ungido, o Cristo de Deus, acima 
de todo principado, poder, potestade 
e domínio (Ef 2,20,21).
3, Rebelião contra Deus é tolice. Há 
uma lição muito preciosa nesses primei­
ros versículos. Se uma pessoa não servir 
ao Senhor Jesus e praticar o seu ensino, 
servirá a outro segundo a sua filosofia (Mt 
6.24). Não tem como escapar. Liberdade 
longe de Deus é uma completa ilusão. 
Infelizmente, quando alguém se rebela 
contra o Altíssimo, deixando de seguir 
seus valores, tal pessoa passa a seguir 
uma série de falsidades e ilusões. Ora, 
os valores de Deus são eternos, bons e 
verdadeiros. O que leva um(a) jovem a 
deixar de desfrutar do bem espiritual que 
tem impacto positivo e construtivo na 
vida terrena para abraçar um estilo tolo 
e desordenado, que só trará prejuízos? 
Perder a juventude na rebelião contra 
Deus nunca foi uma boa ideia.
SUBSÍDIO ©
“Por que se amotinam as nações? (1) 
Refere-se ao goyim, 'gentios', ‘pagãos’, 
não-ísraelitas, como distintos do povo 
de Israel. As nações estavam se amo­
tinando com o propósito de organizar 
uma insurreição. As nações antagônicas 
ao verdadeiro Deus podem ser chama­
das de forma apropriada de 'gentios'. 
Os povos imaginam significa ‘os povos 
meditam'; a mesma palavra é usada 
em 1.2, mas aqui tem a conotação de 
tramar uma ação maléfica. Entende-se 
por coisas vãs uma rebelião irracional 
e sem esperança.
A rebelião não tem uma conotação 
meramente política. Ela é contra o 
Senhor e contra o seu ungido (v. 2). Em 
hebraico; Meshiach, que é Messias. Quan­
do traduzido para o grego, Meshiact? se 
torna Christos. Essa é a justificativa para 
uma interpretação messiânica do Salmo, 
junto com a aplicação feita no Novo 
Testamento para Jesus. Os rebeldes 
estão determinados a romper as suas 
ataduras, possivelmente os ferrolhos 
que prendiam ojugo ao animal, e suas 
cordas, que podem representar as ré­
deas usadas para controlar o boi que 
puxava o arado, 'Lance fora o seu jugo'.
Quaisquer que tenham sido as cir­
cunstâncias imediatas, esses versículos 
representam a descrição de pecado 
mais comum do Antigo Testamento. 
O pecado não é meramente uma im­
perfeição humana ou finita. O pecado 
é uma rebelião moral, uma revolta 
contra as leis de Deus. Pecar é colocar 
a vontade do homem no centro da vida, 
em vez da vontade de Deus. A revolta 
das nações é um retrato do pecado 
da alma humana de cada indivíduo,"
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005, P 116.)
II - O UNGIDO PEDIRÁ CONTAS
1, Como Deus contempla a re­
belião dos homens? No versículo 4,
20 JOVENS
temos uma resposta de Deus num 
tom de desprezo e escárnio, típicas 
expressões da natureza humana. É 
muito com um essa linguagem na 
Bíblia, denominada em Teologia de 
antropopatismo, ou seja, atribuição 
das paixões humanas a Deus (cf. Gn 
6.6; Zc 8.2). Essa figura de linguagem 
nos ajuda a compreender as verdades 
eternas da Bíblia de acordo com a 
nossa capacidade. Então, Deus está 
olhando para a rebelião hum ana, 
zombando dela porque Ele mesmo 
falará aos homens no derramamento 
de sua ira (v. 5). Os homens não podem 
fazer nada contra a soberania divina. 
Deus ungiu o seu rei sobre o monte 
Sião, isto é, o monte de sua santida­
de, onde está o Santo Templo (v.6). 
Não por acaso, o Novo Testamento 
apresenta a passagem que revela 
essa mesma relação entre Jesus e 
o Pai: “Quem vos recebe a mim me 
recebe; e quem me recebe a mim, 
recebe aquele que me enviou” (Mt 
10.40; cf. Jo 13.20).
2. O Ungido do Senhor regerá o 
mundo todo. O versículo 7 remonta um 
oráculo divino, ou profecia, em que é 
dito ao ungido do Senhor: Tu és o meu 
filho; eu hoje te gerei" (v.7). Essa expres­
são tem a ver com um herdeiro da casa 
de Davi para sempre (2 Sm 7,13,14). No 
Novo Testamento, o autor aos Hebreus 
desenvolve a messianidade de Jesus 
a partir dessa mesma expressão (1.5). 
Nesse caso, Deus dará por herança as 
nações ao rei (v.8) e o ungido destruirá 
com “vara de ferro" os rebeldes e seu 
reinado será dejustiça (v.g).
3- Todos prestarão contas. Deus “ri” 
das artimanhas dos homens aqui da 
Terra porque todo poder vem dEle. Os
homens que arrogam para si orgulho e 
soberba e, ao mesmo tempo, buscam 
a rebelião contra o Altíssimo, estão 
fadados ao fracasso. Da mesma forma 
que eles foram dotados de poder, 
podem perdê-lo a qualquer momento 
(Dn 2.21). Por isso, precisamos andar 
em hum ild ad e e m ansidão com o 
Jesus ensinou (Mt 11.29). A soberba 
e a arrogância humanas só levam ao 
caminho de perdição. A Palavra de 
Deus mostra com clareza que, seja 
quem for, um dia todos estarem os 
diante do Juiz para prestar contas de 
todas as nossas ações (Rm 2.6,7). E 
tudo será feito de acordo com a reta 
justiça divina (Rm 2.14-16).
SUBSÍDIO 0
Professor(a), explique que a res­
posta de Deus contra os insurgentes 
‘é retratada pelo salmísta em termos 
de escárnio e desprezo humanos, A 
Bíblia frequentemente atribuí a Deus 
aspectos, atitudes e ações derivadas da 
experiência humana. Isto é feito sem a 
intenção de rebaixar 0 Infinito ao nível 
humano, mas para apresentar verdades 
em termos que somos capazes de en­
tender, O Senhor é visto como aquele 
que habita nos céus (v, 4), 'entronízado 
nos céus’, Ele nem precisa se elevar para 
opor-se à insurreição. O Senhor não é 
0 nome mais comum atribuído a Deus, 
Yaweh (traduzido por SENHOR na ARC 
e ARA) mas Adonaí (Senhor, indicado 
pelas letras em caixa baixa e depois da 
letra maíúscula. ‘Deus é visto como o 
governante soberano do mundo, em 
vez de o Deus da aliança de Israel"
(Comentário Bíbtico Beacon, Vol 3, Rio de
Janeiro: CPAD. 2005, p. 116,)
JOVENS 21
III - UM CHAMADO À RENDIÇÃO
EÀ SUBMISSÃO
1. Um chamado aos reis da Terra.
O último bloco do Salmo, ou estrofe, 
traz um chamado à rendição completa: 
“Agora, pois, ó reis, sede prudentes; 
deixai-vos instruir, juizes da terra" (Sl 
2.10). É uma oportunidade dada às 
nações para reverter seus caminhos 
tortuosos. Esse chamado lembra muito 
o convite de sabedoria que lemos no 
livro de Provérbios (9.10). Ademais, o 
chamado também é para servir a Deus 
com temor e tremor (v.11). Por isso, a 
Bíblia diz que o temor do Senhor é o 
princípio do saber (Pv 1.7 - NAA).
2. Se curvando ao Filho, Aquele que 
se arrepende da rebelião contra Deus 
e o seu ungido, deve se submeter ao 
Altíssimo e ao seu Filho: “Beijai o Filho” 
(v.12).É uma homenagem de submis­
são ao senhorio do Filho. Quem assim 
proceder será poupado da ira vindoura. 
Por isso, é feliz e realizado quem se 
refugia e confia no Filho (v.12). Assim, 
o Salm o encerra exatam ente com 
o convite de cultivar a confiança no 
ungido do Senhor. O Novo Testamento 
nos orienta a olhar “para Jesus, autor e 
consumador da fé" (Hb 12.2).
3. Jesus é Rei e Senhor? De maneira 
geral, o Salmo nos ajuda a refletir a res­
peito da completa rendição e submissão 
a Jesus. No mundo de hoje, submeter-se 
e render-se a Jesus não é um desafio 
fácil. Isso significa fazer dEle o Rei do 
nosso coração. Aqui, é que acontece a 
verdadeira batalha: quando Jesus deve 
ser o Rei do nosso pensamento, do 
nosso sentimento e da nossa vontade 
(2 Co 10.5). Quando nosso Senhor se 
torna Rei do nosso mundo interior, o 
mundo exterior é completamente or­
denado. Entretanto, quando Ele não é 
Rei da nossa vida interior, a exterior fica 
completamente desordenada. Por isso, 
o Salmo nos ajuda a refletir a respeito 
de não lutarmos mais contra o reinado 
de Jesus em nós. Deixemo-Lo reinar! 
Então seremos verdadeiramente Livres.
SUBSÍDIO 0
"Na última estrofe, o salmista fala di­
retamente aos rebeldes. 0 texto hebraico 
começa com: Agora, pois’ (v. io), como 
que indicando a conclusão extraída dos 
versículos precedentes. Deixai-vos instruir 
ou 'admoestar'. Juizes é um termo usado 
para os governantes em geral, incluindo 
os subordinados do rei.
Em vez de continuar com sua re­
belião, o povo é impelido a servir ao 
Senhor com temor (v. 11). Aqui se tem 
em mente m ais do que uma mera 
submissão política, visto que servir 
e temor são termos usados constan­
temente no Antigo Testamento com 
significado religioso. ‘0 temor do Senhor' 
é o respeito reverente com o qual o 
homem deve venerar 0 Deus soberano. 
Esse conceito do Antigo Testamento 
é o que mais se aproxima da palavra 
‘rebelião’. Esse serviço capacitará o 
homem a legrar-se com tremor. Não 
existe contradição nessa cláusula. Ela 
representa a harmonização da 'alegria 
do Senhor' com ‘o temor do Senhor'. 
As duas emoções são apropriadas ao 
homem diante do seu Criador.
Da mesma forma que a rebelião se 
expressou contra o Senhor e contra o 
seu ungido, assim o arrependimento 
deve influir tanto o Deus soberano 
como o seu Filho real."
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p. 117)
22 JOVENS
ESTANTE DO PROFESSOR
JEREM IAH, David. O Desejo do Meu 
Coração: Vivendo Cad a Momento na 
M aravilha da Adoração.
Rio de Janeiro: CPAD.
m 0 CONCLUSÃOO Salmo 2 tem uma ligação muito profunda com o reinado messiânico do Senhor Jesus. Ao longo dos séculos, 
os cristãos sempre leram esse Salmo 
com vista ao reino messiânico do Se­
nhor Jesus. Haverá um tempo, em que
o reino do Senhor será plenamente
€> HORA DA REVISÃO
1. Em qual categoria podemos clas­
sificar o Salmo 2?
O Salmo 2 está na categoria dos 
Salmos régios ou messiânicos.
estabelecido neste mundo. Todavia, 
ele pode ser experimentado agora por 
meio do reinado de Cristo em nossos 
corações. É tempo de deixar Jesus 
reinar dentro de nós.
2. O que a expressão "Por que se 
amontinam as nacoes" (v.i) revela2 3 * 5 * 7
Revela a presunção dos reis das 
nações ao se voltar contra o Senhor. T
3 . O que é antropopatismo? ANOTAÇAO
É uma atribuição das paixões hu­
manas a Deus. -----------------------------------
4 O que a Palavra de Deus mostra?
A Palavra de Deus mostra com 
clareza que, seja quem for, um dia 
todos estaremos diante do Juiz para 
prestar contas de todas as nossas 
ações (Rm 2.6,7). E tudo será feito 
de acordo com a reta justiça divina 
(Rm 2.14-16).
5. O que o Salmo nos ajuda a refletir?
De maneira geral, o Salmo nos aju­
da a refletir a respeito da completa 
rendição e submissão a Jesus.
O BOM PASTOR 
ESTÁ COMIGO
TEXTO PRINCIPAL
"O SENHOR é o meu pastor; 
nada me faltará. Ainda que eu 
andasse pelo vale da sombra da 
morte, não temeria mal algum, 
porque tu estás comigo 
(SI 23 .1,4)
RESUMO DA LIÇÃO
O Senhor Deus supre todas 
as necessidades. Ele é o 
nosso pastor e, por isso, 
tudo preenche.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Jo 10.27
As ovelhas conhecem a 
voz do pastor 
TERÇA - 2 Co 416 
D eus renova o interior 
QUARTA-Ef 4 -23,24 
Revestidos de um novo 
homem em justiça 
QUINTA - Et 6.1-11 
Q uando o justo é honrado 
SEXTA - Lc 18.8 
Perseverando no Senhor 
SÁBADO - Jo 10.11 
O bom Pastor
JOVENS 24
OBJETIVOS
• APRESENTAR um panorama do Salmo 23;
■ COMPREENDER o porquê da plena confiança em Deus;
• EXPLICAR o que é a plena provisão do Pai Celestial.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta Lição estudaremos o Salmo 23, um dos mais co­
nhecidos e recitados por pessoas de todas as idades. Um cântico que exalta a 
confiança em Deus. Sabemos que todos nós enfrentamos momentos difíceis, 
mas nós não estamos sozinhos e podemos encontrar no Senhor o refúgio e 
segurança que precisamos. Tal verdade traz conforto e segurança para nós e 
“refrigera a nossa alma”.
No decorrer da lição, procure enfatizar que tudo de bom que acontece com o 
justo vem tão somente de Deus. Por isSo, em quaisquer circunstâncias ou di­
ficuldades, podemos declarar convictamente que o Pastor está conosco. Que 
tribulação alguma nos faça esquecer de que temos um pastor que cuida de 
nós; um anfitrião que nos agracia, dia a dia, com um rico banquete espiritual. 
Deus está com você em todos os momentos, confie!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), converse com os alunos explicando que “ao descrever o Senhor 
como um pastor, Davi escreveu sobre a sua experiência, porque passou muitos 
anos de sua juventude pastoreando ovelhas, que são completamente depen­
dentes do pastor para provisão, direção e proteção (l Sm 16.10,11).
Diga que o Novo Testamento chama Jesus de o Bom Pastor, o Grande Pastor 
e o Sumo Pastor. Em seguida, peça que três alunos(as) encontrem as referên­
cias no Novo Testamento que apresentam Jesus como o Bom Pastor, o Grande 
Pastor e o Sumo Pastor. Conclua pedindo que os alunos leiam as referências 
encontradas. As referências são:
- 0 Bom Pastor (Jo 10.10):
- O Grande Pastor (Hb 13.20);
- O Sumo Pastor (1 Pe 5.4).
Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: CPAD, p. 753.
JOVENS 25
Salmos 23.1-4
1 O SENHOR é o meu pastor; nada me 
faltará.
2 Deitar-me faz em verdes pastos, guia- 
-me mansamente a águas tranquilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me pelas
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o Salmo 
23. Verem os que a p alavra -ch ave 
dele é confiança. Deus aparece nesse 
salmo como o pastor e o anfitrião do 
salmista.
I - PANORAMA DO SALMO 23
1. Confiança em Deus. De autoria 
de Davi, o Salmo 23 é um dos mais 
queridos e declam ados salm os na 
vida da Igreja. A expressão “o Senhor 
é o meu pastor e nada me faltará” está 
nos lábios da maioria dos cristãos. Essa 
expressão traz consigo exatamente 
o tema que domina todo o Salmo; a 
confiança em Deus. Por isso, muitos 
cristãos que passam por momentos 
de estresse, ansiedade, angústia e 
depressão encontram, no Salmo 23, 
consolo e descanso para a alma. Todo 
leitor atento percebe um ambiente de 
oásis que brota das tetras do Salmo. 
Toda alma cansada pode encontrar 
descanso nessa porção da Palavra de 
Deus. Assim, veremos que o Salmo 23 
traz duas imagens: a do pastor (vv.1-4) 
e a do anfitrião (vv.5,6).
2. A estrutura do Salmo 23: a ima­
gem do pastor. A imagem do pastor 
no Salmo revela as atividades de um
veredas da justiça por amor do seu 
nome.
4 Ainda que eu andasse pelo vale da 
sombra da morte, não temeria mal 
algum, porque tu estás comigo; a tua 
vara e o teu cajado me consolam.
pastor com suas ovelhas no campo: 
ele as alimenta e as satisfaz; guia e 
orienta; recupera quando m achuca­
das; as protege diante do perigo; não 
as deixa sozinhas; cuida, dando-lhes 
conforto (vv,i-4). No Novo Testamento, 
encontramos nosso Senhor dizer que 
suas ovelhas conhecem a sua voz, pois 
Ele é o Bom Pastor (Jo 10.27). As carac­
terísticas do Bom Pastor, mencionadaspor Jesus, são as mesmas encontradas 
no Salmo 23 (Sl 23.1-4; cf. Jo 10.9,11,14). 
O nível profundo de relacionamento 
faz com que a ovelha reconheça o seu 
pastor (Jo 10.16).
3. A estrutura do Salm o 23: a 
imagem do anfitrião. A imagem do 
anfitrião revela a característica pro­
vedora de Deus (vv.5.6). No contexto 
do Salmo, Deus é apresentado como 
o que oferece um banquete aos seus 
filhos diante dos que se tornaram 
adversários e trabalharam para pre­
judicá-los. O compositor sabia bem 
dessa realidade, pois ninguém como 
e le a experim entou por m eio de 
muitas conspirações no reinado de 
Israel (cf. 2 Sm 2.1-32; 3-1- 39 . 13,1- 39)- 
Assim, como bom anfitrião, o Senhor 
foi bondoso, misericordioso com o 
seu servo.
26 JOVENS
SUBSÍDIO O
Professorta), explique que 'nenhuma 
parte das Escrituras, com a possível 
exceção da Oração do Pai Nosso, é mais 
conhecida do que ‘O Salmo do Pastor’. 
Sua beleza literária e percepção espi­
ritual são insuperáveis. Como observa 
Taylor Ao longo dos séculos esse Salmo 
tem conquistado um lugar supremo na 
literatura religiosa do mundo. Todos que 
leem, independentemente de idade, 
raça ou circunstâncias, encontram na 
beleza pacifica dos seus pensamentos 
uma amplitude de percepção espiritual 
que satisfaz e domina a alma. Ele per­
tence à classe de Salmos que exalam 
confiança e segurança no Senhor [...). 
Aqui o salm ista não apresenta um 
prefácio de queixas acerca das dores e 
enfermidades ou traição dos inimigos, 
mas inicia e termina com palavras de 
gratidão pela bondade eterna do Senhor.
Oesterley também escreve: Esse 
breve e seleto Salmo, provavelmente 
o mais conhecido de todos os Salmos, 
relata de alguém cuja confiança sublime 
em Deus lhe trouxe paz e contentamen­
to. O relacionamento íntimo com Deus 
sentido pelo salmista é expresso por 
duas figuras representando o protetor e 
o Anfitrião amoroso. A breve referência 
aos inimigos indica que ele não estava 
livre da maldade e intenção perversa 
de pessoas do seu povo, mas a menção 
delas é superficial. Diferentemente de 
tantos outros salmistas que são vítimas 
de inimigos inescrupulosos e que aca­
bam exteriorizando sua amargura de 
espírito, esse servo fiel de Deus tem 
somente paLavras de reconhecimento 
e gratidão pela bondade divina."
(Comentário Bíblico Beacon. Vo13. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p. 151.)
No Antigo Testamento, 
D eus é visto com o o Pastor 
do seu povo (Gn 49.24).
II - A PLENA CONFIANÇA EM
DEUS
1. O Senhor como pastor (v.i). No
Antigo Testamento, Deus é visto como 
o Pastor do seu povo (Gn 49.24). Neste 
Salmo, à luz da experiência de Davi 
em apascentar as ovelhas, o salmista 
recobra essa imagem de Deus como 
o seu pastor, dizendo que Ele o basta 
em tudo. Deus é o supremo pastor do 
seu povo e, por ser assim, de nada 
sentiremos falta do que necessitamos 
(cf. Fp 4.13). Ele nos supre, guarda e sara 
as feridas de nossas almas. Diante do 
contexto atual, quem tem sido o seu 
bom pastor? A quem você tem se di­
rigido para buscar auxílio? Você pode 
afirmar que, como bom pastor, Deus 
o(a) preenche por completo?
2. O Senhor-que trata a alm a 
(vv.2,3). Esses dois versículos mostram 
como Deus preenche o interior do ser 
humano. “Deitar em verdes pastos" e 
“guiar às águas tranquilas" remontam a 
ideia de quietude da alma. Por isso, no 
versículo 3, o salmista diz: “Refrigera a 
minha alma”. Assim, tratada e descan­
sada, essa alma receberá instruções 
para andar em retidão e justiça. Esse 
tratamento interior é tão necessário 
que o apóstolo Paulo fala disso em 
suas cartas, dizendo que o nosso 
homem interior deve se renovar dia 
em dia diante dos desafios exteriores 
(2 Co 4.16: Ef 4.23,24). Assim, cada vez
JOVENS 27
Quem já experim entou 
o refrigério do Senhor em 
m om entos d ifíceis sab e 
o quanto Ele é bom e 
cu id a de nós.
mais que nos relacionamos com Cristo, 
temos a nossa vida interior renovada 
e, por isso, podemos testemunhá-lo 
em quaisquer áreas da vida.
3. 0 Senhor está conosco. Ser tra­
tado pelo Senhor, ser tomado pela sua 
mão e descansar nEle não quer dizer 
que não passaremos por situações 
de perigo. Não significa que não atra­
vessaremos momentos de dolorosos. 
Entretanto, o salmista tem uma visão 
realista da vida, sabe que o dia mal 
pode chegar a qualquer momento, 
mas também sabe que o pastor não o 
deixará em falta: Tu estás comigo" (v.4). 
Que decLaração de confiança! 0 pastor 
está na jornada da alma do salmista.
Por isso, ele sabe que, ainda que esse 
momento inseguro lhe cause lamentos, 
ele será consolado pelo pastor (v.4). 
Nosso Senhor disse que no mundo 
teríamos aflições, mas não deixaríamos 
de ter paz (Jo 16.33; cf. 14 27)- Quem já 
experimentou o refrigério do Senhor em 
momentos dificeis sabe o quanto Ele é 
bom e cuida de nós. Precisando desse 
refrigério, permita que a letra, a beleza 
e a realidade espiritual desse Salmo 
inunde a sua alma e, como ovelha do 
bom Pastor, encontre refúgio debaixo 
do seu cajado.
SUBSÍDIO 0
Professor(a), explique aos alunos 
que "Davi podia escrever a partir da 
sua rica experiência pessoal com as 
ovelhas: ‘O Senhor é 0 meu Pastor; 
nada me faltará' (v. 1; isto é, não sentirei 
falta de qualquer coisa indispensável). 
Existem ‘sete provisões' que 0 Pastor 
supre para as suas ovelhas: a) ‘Não 
me faltará completa satisfação' (v. 2). 
Deitar-me em verdes pastos fala, lite-
PROFESSOR(A), "os crentes são as ovelhas do Senhor. Pertencemos 
a Ele e somos alvo especial do seu amor e atenção. Embora 'todos nós 
andamos desgarrados como ovelhas' (Is 53.6), o Senhor nos redimiu com 
seu sangue derramado (1 Pe 1.18,19), e agora somos dEle. Como suas ovelhas, 
podemos lançar mão das promessas desse Salmo quando atendemos a sua 
voz e 0 seguimos,
Quando fico desanimado, 0 Bom Pastor revigora minha alma mediante seu poder e 
graça (Pv 25.13), Guia-me por meio do Espirito (Rm 8.14) nos caminhos escolhidos, 
que se conformam com seus alvos de santidade (cf. Rm 8. 5-14) Correspondo 
obedecendo: sigo o Pastor ouvindo a sua voz (Jo 10.3,4); não seguirei 'a voz de 
estranhos'" (Bíblia de Estudo Pentecostol. Rio de Janeiro: CPAD, p. 833)
28 JOVENS
ralmente, de pastos de capim macio 
e novo. Dizem que as ovelhas nunca 
se deitam, até que estejam satisfeitas. 
Cada necessidade espiritual é supri­
da, A figura transmite um completo 
descanso na satisfação proporcionada 
pelo cu idado vig ilante do grande 
Pastor, b) ‘Não me faltará orientação' 
(v. 2). ‘Guia-m e mansamente a águas 
tranquilas, ou 'águas de descanso'. 
Continuando a ideia de provisão para 
as necessidades do rebanho, o poeta 
acrescenta o pensamento de orien­
tação. O pastor oriental empurra ou 
impele, ele sempre guia suas ovelhas, 
c) 'Não me faltará restauração' (v. 3). 
'Refrigera a minha alma. isto é, Ele me 
aviva, renova e refresca, Esse é um 
tema recorrente do Novo Testamento; 
'O interior, contudo, se renova de dia 
em dia’ (2 Co 4.16). 'E vos renoveis no 
espírito do vosso sentido' (Ef 4.23); ‘E 
vos vestistes do novo, que se renova 
para o conhecimento' (Cl 3,10). Essa 
graça que sustenta a alma. d) 'Não 
me faltará instrução da justiça' (v. 3). 
'Guia-me pelas veredas da justiça por 
am or do seu nome. As veredas da 
justiça são caminhos planos. Uma das 
funções das Escrituras é 'instruir em 
justiça' (2 Tm 3,16). Deus não somente 
adverte contra 0 mal; Ele nos guia nos 
caminhos da justiça, Isso ocorre por 
amor do seu nome, provando 0 tipo 
de Deus que Ele é. 0 Deus, cujo nome 
é santo, quer que seu povo também 
seja santo (Lv 19.2; 1 Pe 114-16), e) 'Não 
me faltará coragem diante do perigo' 
(v. 4), Ainda que eu ande pelo vale 
da sombra (hb., escuridão profunda 
e mortal) da morte, não temerei mal 
algum. Aqui está a certeza da ajuda no 
momento mais difícil da vida. A morte
o Salm o m ostra D eus 
honrando o salm ista, 
ungindo-o com óleo - 
segundo os estudiosos, 
um óleo perfum oso que 
representava hospitalidad e 
e favor - e transbordando 
o cá lice, que sim b oliza a 
grande generosidadedo 
Anfitrião.
não é um adversário desprezível. Ela 
é o nosso último grande inimigo (1 
Co 15.26).”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005, pp. 152,153.)
II! - A PLENA PROVISÃO DE
DEUS
1, A impotência dos adversários 
diante da provisão de Deus (v.5). Saindo 
da imagem do campo para a de uma 
casa, a expressão “preparas uma mesa” 
traz a ideia de 0 anfitrião convidar 0 justo 
para uma refeição. Nela, os inimigos 
do justo estarão presentes. Estudiosos 
dizem que aqui aparece uma imagem 
da demonstração pública que um rei 
oriental fazia para honrar alguém na 
presença de todos. Nesse sentido, os 
inimigos estariam presentes diante da 
honraria do rei. Isso lembra um pouco 
o episódio de Mardoqueu em que 
Hamã, o inimigo dele, teve de honrá-lo 
(Et 6.1-11). Então, o Salmo mostra Deus 
honrando o salmista, ungíndo-o com 
óleo - segundo os estudiosos, um óleo 
perfumoso que representava hospi­
talidade e favor - e transbordando o 
cálice, que simboLiza a grande genero-
JO VENS 29
Com o o sa lm ista 
tinha a co n v icçã o de que 
b on d ad e e m isericó rd ia 
seriam re a lid a d e por 
todos os d ia s d a v id a dele, 
e ssa re a lid a d e tam bém 
é a n o ssa até a volta do 
Senho r Jesu s.
sidade do Anfitrião. Lembre-se de que 
Deus já tratou assim conosco. Muitos 
pecadores, com vidas destruídas, já 
foram completamente restaurados por 
Deus e servidos por Ele com graça, 
abundância de bênçãos espirituais 
e materiais sem medidas, Podemos 
afirmar que milhares de pessoas que 
outrora foram vítimas de palavras de 
morte, hoje contemplam uma realidade 
de bênçãos inimagináveis.
2. Bondade e misericórdia do Se­
nhor (v.6). Aqui, como consequência 
de todo bem que o Senhor fez com 
o salmista, ele chega à conclusão de 
que a sua vida será conduzida debaixo 
da bondade e misericórdia de Deus. A 
cada dia, experimentamos a bondade 
e a misericórdia do Senhor. Como o 
salmista tinha a convicção de que bon­
dade e misericórdia seriam realidade 
por todos os dias da vida dele, essa 
realidade também é a nossa até a volta 
do Senhor Jesus (Mt 28.20; Lc 6.38).
3. Habitando na Casa do Senhor 
(v.6). Portanto, o salm ista esperava 
habitar na Casa do Senhor por longos 
dias, ou “por dias sem fim" ou “todos 
os dias da minha vida" ou “para todo 
sempre". Aqui a ideia é de servir a Deus 
por toda a vida. Nesse contexto, não 
há como olhar para trás depois de
conhecer e experimentar o Senhor 
como pastor e anfitrião de nossas vidas. 
Como cristãos, anelamos por estar com 
Cristo para todo o sempre (1 Ts 417). 
Por isso, devem os perseverar para 
nos acharmos fiéis na ocasião de sua 
vinda (Lc 18.8; 2 Tm 4.8). Nesse caso, 
a melhor forma de fazer assim é estar 
em comunhão com outros jovens e 
demais irmãos na igreja Local, exercer 
a vocação como gratidão ao que Deus 
fez em sua vida e manter-se fiel a Ele 
em toda reverência e santidade.
SUBSÍDIO #
“A ideia do completo cumprimento 
de cada necessidade com a qual o 
salmo inicia continua controlando o 
seu desenvolvimento, mas a compa­
ração muda do Pastor para o Anfitrião, 
do campo para a casa. Preparas uma 
mesa perante mim na presença dos 
meus inimigos (v. 5) retrata a marca da 
apreciação pública que o rei oriental 
mostrava àquele que desejava honrar 
de uma maneira especial. Essa é a única 
referência passageira aos inimigos que 
aparecem descritos tão amplamente 
em outros salmos de Davi. ‘Unges a 
minha cabeça com óleo': não é o óleo 
da unção que era usado para empossar 
o rei ou o sacerdote; um outro termo 
hebraico é usado para esse fim, Esse 
era um óleo perfumoso amplamente 
usado em banquetes do Oriente antigo 
como marca de hospitalidade e favor. A 
cabeça ungida com óleo é uma figura 
bíblica comum para abundância de 
alegria. ‘O meu cálice transborda sim­
boliza a provisão abundante oferecida 
pelo generoso Anfitrião,”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de
Janeiro: CPAD. 2005, p. 153)
30 JOVENS
ESTANTE DO PROFESSOR
LUCADO, Max. Seguro nos Braços 
do Pastor: Esperança e 
Encorajamento do Salm o 23. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
© HORA DA REVISÃO
1. Quais as duas imagens presentes 
no Salmo 23?
A imagem do pastor e a imagem 
do anfitrião.
2. Quais versículos mostram como Deus 
preenche o interior do ser humano?
“Deitar em verdes pastos" e "guiar 
as águas tranquila".
3. Segundo a lição, qual a visão rea­
lista que o salmista tem da vida?
O salmista tem uma visão realista da 
vida. sabe que o dia mal pode chegar 
a qualquer momento, mas também 
sabe que o pastor não o deixará em 
falta: T u estás comigo" (v.4).
©CONCLUSÃO
Temos um pastor que cuida de nos. 
Temos um anfitrião que nos agracia 
com um rico banquete espiritual. O 
dia a dia de nossas vidas nos impõe 
desafios bem complexos, Por isso. 
devemos estar seguros no Pastor 
que não nos falta, no anfitrião que é 
generoso para conosco. Temos muitas 
razões para, numa ocasião de sombra e 
penumbra, declarar: “Tu estás comigo". 
Sim, Deus está com vocè. Ele sempre 
esteve, Que o Espírito Santo seja per­
cebido em cada metro quadrado em 
que habitarmos!
r
ANOTAÇAO
4. Que ideia a expressão “preparas 
uma mesa” traz?
A expressão “preparas uma mesa” 
traz a ideia de o anfitrião convidar 
o justo para uma refeição.
5. Segundo a lição, qual é a ideia pre­
sente nas expressões “habitar na 
Casa do Senhor ‘por dias sem fim' 
ou ‘todos os dias da minha vida?"
Aqui a ideia é de servir a Deus por 
toda a vida.
PRESTANDO UM CULTO 
SANTO A DEUS
TEXTO PRINCIPAL
"Levantai, ó portas, as vossas 
cabeças; levantai-vos, ó 
entradas eternas, e entrará 
o Rei da Glória."
(SI 24 .7)
RESUMO DA LIÇÃO
A nossa vida deve estar 
plenamente em coerência 
com os valores do Deus que 
tributamos, reverenciamos 
e adoramos.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA- 2 Sm 6.12-15
A A rca d e D eu s co n d u zid a 
p a ra Je ru sa lé m
TER ÇA - Mt 1.23
Je su s Cristo é 0 Em an u el
QUARTA - Ap 2 0 .2-7
0 Sen h o r im p lan tará o seu 
reino eterno
QUINTA - Mt 2 2 .37-39
A m an d o a D e u s e ao próxim o
SEXTA - Hb 10.19,20
0 novo e vivo cam in ho
SÁBADO - Jo 4 23
A d orand o a D e u s em espírito 
e em verdade
JOVENS 32
OBJETIVOS
• COMPREENDER que o Deus Todo-Poderoso é o objeto de nossa 
adoração;
• SABER como o crente deve se apresentar diante de Deus em um 
santo culto;
• CONSCIENTIZAR de que o culto é a expressão visível do divino na Terra.
" " \
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito do Salmo 24. 
Veremos que “como a terra è do Senhor, todos somos servos, zeladores. Devemos 
administrar bem este mundo e seus recursos, mas não devemos dedicar-nos a 
qualquer coisa criada nem agir como proprietário exclusivos, porque este mundo 
passará.
Este Salmo pode ter sido escrito para celebrar a mudança da Arca da Aliança 
da casa de Obede-Edom para Jerusalém (2 Sm 6.10-12). A tradição diz que era 
cantado no primeiro dia de cada semana, nos cultos realizados no Templo. Os 
versículos de um a seis explicam quem é digno de adorar a Deus" (Bibíia de Estudo 
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 755).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), peça que em grupo os alunos leiam os versícuLos de 7 a 10 do 
Salmo 24. Em seguida faça a seguinte pergunta: “Quem é este Rei da Glória?" 
Incentive a participação dos alunos e ouça a todos com atenção. Explique que 
aqui, Ele é identificado como o Senhor Todo-Poderoso, é 0 Messias eterno, santo 
e poderoso. Este Salmo não é apenas um grito de guerra para a Igreja, também 
aponta para a espera ansiosa pela entrada de Cristo na nova Jerusalém, para 
reinar para sempre (Ap ig.11-21). Este cântico de louvor, provavelmente foi usado 
na adoração pública. Deve ter sido entoado muitas vezes no Templo. Imaginem 
a cena. As pessoas do lado de fora clamariam para que os portões do recinto se 
abrissem e deixassem entrar o Rei da glória. Do lado de dentro, os sacerdotes 
ou outro grupo perguntam: 'Quem é este Rei da Glória?'Todos respondem em 
uníssono:'O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra’ (adaptado 
da Bíblia de A plicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 754).
JOVENS 33
Salmos 24.1-10
1 Do SENHOR é a terra e a sua pleni­
tude, o mundo e aqueles que nele 
habitam.
2 Porque ele a fundou sobre os mares e 
a firmou sobre os rios.
3 Quem subirá ao monte do SENHOR ou 
quem estará no seu lugar santo?
4 Aquele que é limpo de mãos e puro 
de coração, que não entrega a sua 
alma à vaidade, nem jura enganosa­
mente.
5 Este receberá a bênção do SENHOR e 
a justiça do Deus da sua salvação.
6 Esta é a geração daqueles que bus­
cam, d aq ueles que buscam a tua 
face, ó Deus de Jacó. (Selá)
7 Levantai, ó portas, as vossas cabeças; 
levantai-vos, ó entradas eternas, e 
entrará o Rei da Glória.
8 Quem é este Rei da G lória? O S E ­
NHOR forte e poderoso, o SENHOR po­
deroso na guerra.
9 Levantai, ó portas, as vossas cabeças; 
levantai-vos, ó entradas eternas, e 
entrará o Rei da Glória.
10 Quem é este Rei da G lória? O S E ­
NHOR dos Exércitos; ele é o Rei da 
Glória. (Selá)
INTRODUÇÃO
A presente lição é um estudo a 
respeito do Salmo 24. Veremos o con­
texto em que este Salmo foi produzido, 
sua estrutura e como ele mostra duas 
realidades no contexto de um culto: 
Deus como objeto de adoração; ado­
radores que tributam adoração a Ele. 
Nesse sentido, perceberemos que o 
Salmo 24 tem muito a nos auxiliar na 
prática do culto a Deus em nossas 
igrejas locais.
I - O DEUS TODO-PODEROSO
É O OBJETO DE NOSSA ADO­
RAÇÃO
1. O contexto do Salmo 24. Acerca 
do Salmo 24, a maioria dos estudiosos 
o remonta ao contexto da chegada da 
Arca da Aliança à tenda preparada no 
Monte Sião, no período do reinado de 
Davi (2 Sm 6.1-15). É verdade também 
que o Salmo tem sido classificado na 
categoria dos messiânicos devido à
ênfase dos versículos 7-10. Entretanto, 
0 nosso estudo se dará na perspectiva 
de considerar o salmo adequado para 
uma ocasião litúrgica, e o quanto ele 
nos ajuda a cultuar a Deus de maneira 
verdadeira. Por isso, o classificamos 
na categoria de salmos litúrgicos. Seu 
apelo litúrgico nos auxilia na prática 
do culto moderno. Assim, podemos 
estabelecer a seguinte estrutura do 
Salmo 24:1) A verdadeira natureza da 
adoração (vv.l-6); 2) A coroação do 
Rei (vv.7-10). Na primeira estrutura, 
a natureza da verdadeira adoração, 
podemos subdividi-la em duas par­
tes: a) o objeto da adoração, o Deus 
Criador (vv.1,2); b) a vida de quem 
adora (v.3-6). Neste primeiro tópico, 
abordaremos os versículos 1,2 e os 
versículos 7-10, pois dizem respeito 
ao objeto de devoção e adoração 
do crente,
2. Deus é soberano (vv.1,2). O pri­
meiro versículo atesta que o mundo 
e tudo o que nele habita pertencem
34 jO VENS
ao Senhor (v.i). Foi D eus m esm o 
que fundou a terra sobre os mares 
e a estabeleceu sobre os rios (v.2). 
Esse Deus é o objeto de adoração na 
Tenda de Israel (2 Sm 6.12-15). Como 
estabeleceu o mundo e tudo o que 
nele há, Deus formou a nossa vida, 
nos forjou segundo a sua vontade. 
Nós som os criação direta do Deus 
Todo-Poderoso. É a Ele que devemos 
Louvar e adorar. É a Ele que devemos 
prestar culto. Deus é soberano na vida 
do seu povo. Não somos onipotentes, 
onipresentes nem oniscientes; mas 
Deus é. Somos limitados, mas Ele é 
iLimitado e infinito.
3. A coroação do Rei (vv. 7-10). É 
possível contextualizar esses versí­
culos a um chamado ao povo diante 
das portas da tenda que se tornou 
Templo (v.7), O pastor George Wood, 
em sua obra sobre Salmos, diz que 
nos versículos 3-6 o adorador está fora 
do Templo, mas nos versículos 7-10 
ele está dentro da área do Templo. 
É o Senhor, forte, poderoso e Rei da 
Glória entrando no Templo (vv. 8-10). 
Como cristãos, também aplicam os 
os versículos 7-10 à messianidade de 
Jesus Cristo (Jo 1.14). Nosso Senhor é 
o Rei da Glória, o Emanuel, isto é, o 
Deus conosco, o Deus que se tornou 
barro (Mt 1.23). Embora tenha sido hu­
milhado com uma morte de cruz, Deus 
o exaltou soberanamente, dando-lhe 
um nome que é sobre todo o nome 
para que todo joelho se dobre diante 
dEle e toda Língua confesse que Jesus 
Cristo é o Senhor. Assim, o Salmo 24 
nos ajuda a adorar o Deus Filho, Jesus 
Cristo, Eis o elemento cristocêntrico do 
culto cristão. Nele, experimentamos um 
pouco do reino eterno de nosso Senhor
N osso Senhor é o Rei 
d a Glória, o Em anuel, 
isto é, o D eus conosco, o 
D eus que se tornou barro 
(Mt 1.23).
quando um dia será implantado neste 
mundo por Ele mesmo e de uma vez 
por todas (Ap 20.2-7).
@ PENSE!
Deus criou soberanamente 0 mundo 
e tudo 0 que nele habita.
Q PONTO IMPORTANTE!
0 Senhor Jesus Cristo é 0 Rei da 
Glória, 0 nosso Senhor.
SUBSÍDIO O
'O Salmo 24 diz respeito ao reino de 
Jesus Cristo: (1) O seu reino providencial 
pelo qual Ele governa 0 mundo (w. 1,2). 
(2) O reino de sua graça, pelo qual Ele 
governa a sua igreja. 1. Em relação aos 
súditos de tal reino. O seu caráter (w. 
4,6). o seu estatuto, v. 5.2. Em relação 
ao rei desse reino, e uma intimação 
para que todos lhe deem admissão, 
vv. 7-10. É suposto que o Salmo tenha 
sido escrito na ocasião em que Davi 
trouxe a arca para o lugar preparado 
para eLa, e que a sua intenção fosse 
conduzir o povo acim a da pompa e 
das cerimônias externas para uma vida 
santa de fé em Cristo, de quem a arca 
era um tipo."
(HENRY. Matthew. Comentário Bíblico Antigo 
Testamento: Jó a Cantares. Rio de Janeiro: 
CPAD. zoio, p. 288.)
JOVENS 35
Em Cristo, podem os 
adorar a D eus em espírito e 
em verdade. N esse sentido, 
quem “sobe ao m onte do 
Senhor" vive integralm ente 
o estilo de vida de um 
verdadeiro adorador.
II - COMO SE APRESENTAR
DIANTE DE DEUS EM SANTO
CULTO
1. Pureza de coração (v. 3,4)- O
versículo 3 se inicia com a seguinte 
pergunta: "Quem subirá ao Monte do 
SENHOR?" Em outras palavras, quem 
pode entrar no templo e receber a 
bênção do SENHOR (v.5)? O versículo 
4 responde: “o limpo de mãos, puro 
de coração, que não tem vaidade e 
nem pratica o engano", Todas essas 
características são esperadas do jovem 
adorador que entra no Templo para 
cultuar a Deus. É um tipo de vida em 
que o adorador renuncia o próprio ego 
para entronizar a Deus em seu coração 
(Mt 22.37-39). É um estilo de vida que 
tem consequências práticas para fora 
da área do Templo.
2. Bênçãos e justiça de Deus (w. 5,6). 
Os versículos 5 e 6 trazem uma promes­
sa. 0 adorador, que age de acordo com 
os versículos 3 e 4, receberá bênçãos de 
Deus e sua justiça para salvação. Nesse 
sentido, esses adoradores são os que 
buscam a face de Deus. Sim, 0 adorador 
é chamado para se apresentar diante 
do Altíssimo para adorá-lo, buscá-lo e 
exaltá-lo (Rm 12.1).
3. É tempo de “subir ao monte 
do Senhor". O Salmo 24 nos chama
a subir ao “monte do Senhor". O Novo 
Testamento aprofunda a compreensão 
do Templo de Deus. Hoje, o Espírito 
Santo nos im pulsiona a gLorificar a 
Cristo (Jo 16.14). O escritor aos Hebreus 
diz que “tendo, pois irmãos, ousadia 
para entrar no Santuário, pelo sangue 
de Jesus, pelo novo e vivo caminho 
que ele nos consagrou” (Hb 10,19,20). 
Em Cristo, podemos adorar a Deus 
em espírito e em verdade (Jo 4 24). 
Nesse sentido, 0 jovem que “sobe ao 
monte do Senhor" vive integralmente 
um estilo de vida de um verdadeiro 
adorador.
@ PENSE!
Quem pode ‘su b irã o monte do
Senhor"?
Q PONTO IMPORTANTE!
Quem é limpo mãos e de coração,
sem vaidade e engano.
SUBSÍDIO 0
Professoría), inicie o tópico fazendo 
a mesma indagação do salmista no ver­
sículo três: “Quem subirá ao Monte do 
Senhor?” Ouça os alunos com atenção. 
Explique que “aqui está uma investiga­
ção em busca de coisas melhores, v. 3. 
Essa terra são os escabelos de Deus; 
porém, se nós tivermos muito dela, nós 
devemos ficar aqui por pouco tempo, 
devemos em breve ir embora, e quem 
subirá ao monte do Senhor? Quem 
irá para 0 céu futuramente, e, falando 
sério acerca disso, haverá comunhão 
com Deus nas ordens santas? Uma 
alma que conhece e considera a sua 
própria natureza, origem e imortalidade, 
quando elativer visto a terra e a sua 
plenitude, ela se sentirá satisfeita, Não
36 JOVENS
foi encontrada, entre todas as criaturas, 
uma ajuda adequada para o homem, 
e, por essa razão, pensará acerca da 
ascensão em direção a Deus, em 
direção ao céu, e perguntará: 'O que 
eu devo fazer para subir para aquele 
lugar alto, aquele monte, onde o Se­
nhor habita e se manifesta, para que 
eu possa ser familiarizado com Ele e 
perm anecer naquele lugar santo e 
feliz onde Ele se encontra com o seu 
povo e os torna santos e felizes? O que 
devo fazer para que eu possa ser um 
daqueles a quem Deus toma como o 
seu povo peculiar e que pertence a 
Ele de outra maneira, como a terra é 
sua e a sua plenitude? Essa questão é 
muito parecida com essa, Salmos 15.1, 
O monte de Sião, em que o Templo 
foi construído, representando a igreja, 
tanto visível quanto invisível. Quando 
o povo vinha até a arca no seu santo 
lugar, Davi relembra-lhes de que esses 
eram modelados das coisas celestiais, 
e, portanto, que por meio deles, eles 
deveríam ser levados a considerar as 
coisas celestiais."
(HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo 
Testamento: Jó a Cantares. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2010, p. 289.)
III - O CULTO: A EXPRESSÃO
VISÍV EL DO DIVINO NA TERRA
1. O culto a Deus. Basicamente o 
culto a Deus é o momento em que 
tributamos, reverenciamos e adoramos 
a Deus numa igreja local. Embora os 
cristãos entendam, teológica e doutrina- 
riamente, que a adoração não mais está 
restrita à área geográfica (Jo 4.24), desde 
os primórdios nos reunimos num local 
visível para cultuar a Deus e cumprir 
as duas ordenanças de nosso Senhor:
D e m aneira geral, 
podem os conceituar 
liturgia com o a form a 
que um culto a D eus é 
conduzido.
ao batismo e a Ceia do Senhor. Nesse 
momento, entendemos que Deus se 
encontra conosco em culto, pois o lou­
vamos, intercedemos, esperamos que 
Ele fale conosco por meio da exposição 
da Palavra de Deus e experimentamos 0 
compartilhamento dos dons espirituais 
para a nossa edificação (1 Co 12.4-11), 
Logo, o culto cristão é um momento de 
grande devoção espiritual de maneira 
congregacional.
2. A importância da liturgia. De
maneira geral, podemos conceituar 
liturgia como a forma que um culto 
a Deus é conduzido. Nesse caso, de 
acordo com a sua história, a igreja local 
pensa nos cânticos, na linguagem a ser 
usada, nos gestos e toda forma audível 
e visível que contribuirão para o bom 
andamento do culto. Naturalmente, a 
liturgia traz uma ideia de ordem. Ela 
deve ser espontânea no sentido do que 
o apóstolo Paulo ensinou: “Quando vos 
ajuntais, cada um de vós tem salmo, 
tem doutrina, tem revelação, tem língua, 
tem interpretação. Faça-se tudo para 
edificação" (1 Co 1426). Assim, podemos 
dizer que a liturgia das igrejas, no geral, 
tem os seguintes elementos: oração 
inicial, cânticos congregacionais, mo­
mento de intercessão, leitura oficial 
das Escrituras, ofertório, pregação da
JOVENS 37
De acordo com o 
Salm o 24, nosso culto 
e su a liturgia devem nos 
levar a adorar a 
D eus em espirito e 
em verdade 
(Jo 4,26).
Palavra, apeLo, oração final e bênção 
apostólica, Essa ordem pode variar de 
acordo com a região de nosso pais e 
a liderança da igreja.
3. Como devo me preparar para 
o culto? De acordo com o Salmo 24, 
nosso culto e sua liturgia devem nos 
levar a adorar a Deus em espírito e 
em verdade (Jo 4,26). Aqui. espírito e 
verdade têm a ver exatamente com 
a disposição de estar inteiro no ato 
de adoração, sabendo o que se está 
fazendo ali (Rm 12.1). Não podemos 
estar presentes de corpo, mas ausentes 
de mente. O culto não acontece por 
causa da liturgia, mas por causa dos 
adoradores. Nesse sentido, toda a 
nossa memória, atenção, imaginação, 
pensamento e linguagem devem estar 
voltados para o que estamos fazendo: 
prestando santo culto a Deus. No mo­
mento do culto, estamos subindo ao 
“monte do Senhor'. Por isso, devemos 
ser participantes ativos do período 
cúltico. Entoar os cânticos, suplicar 
a Deus na oração congregacional, 
receber a Palavra de Deus com toda 
reverência e quebrantamento (Sl 51.17). 
Um culto pode mudar a trajetória de 
uma vida.
@ PENSE!
0 que é um culto a Deus?
0 PONTO IMPORTANTE!
Um momento de tributo, reverência
e adoração a Deus..
SUBSÍDIO ô
Tendo em vista a soberania de Deus, 
quais são as exigências feitas àqueles 
que o adorariam? As qualificações es­
pirituais daqueles que se aproximavam 
de Deus ‘em espírito e em verdade' Uo 
424) são anunciadas. Perowene descreve 
os versículos 3-6 como uma lista das 
‘condições morais que são necessárias 
para toda a pessoa que se aproxima de 
Deus em seu suntuárío. O Salmo passa, 
como ocorre habitualmente, do geraL 
para o particular, da relação de Deus 
com toda a humanidade como o seu 
Criador para o seu relacionamento 
especial com seu povo escolhido no 
meio do qual Ele tem manifestado a sua 
presença. O Deus Poderoso é também 
0 Deus Santo. Seu povo. portanto, deve 
ser santo. Observe os paralelos em 15. 
1-5 e Isaias 33.14-17
Aquele que é ümpo e puro de co­
ração está livre da culpa dos pecados 
cometidos, Pilatos lavou suas mãos em 
água para simbolizar sua alegação de 
inocência pela morte de nosso Senhor. 
Mas a água não pode limpar as mãos 
manchadas dos pecadores. Somente 
a fonte aberta para a casa de Davi 
contra o pecado e a impureza pode 
proporcionar a purificação da culpa 
(Zc 13.1). As mãos representam aquilo 
que a pessoa faz, mas puro de cora­
ção representa aquilo que a pessoa é. 
Mesmo o Antigo Testamento reflete o 
padrão do Evangelho quanto à pureza 
de coração (51,7-10; cf. Tg 4 8)."
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD. 2005. p. 290.)
38 JOVENS
ESTANTE DO PROFESSOR
GONZALES, Justo. A Bíbtia na Igreja 
Antiga. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
A BÍBLIA
N A IG R E J A
| A N T IG A 1\
© HORA DA REVISÃO
Qual contexto do Salmo 24 pode­
mos remontar?
Acerca do salmo 24. a maioria dos 
estudiosos o remonta ao contexto da 
chegada da Arca da Aliança a tenda 
preparada no Monte Sião, no período 
do reinado de Davi (2 Sm 6.1-15).
2. O que o primeiro versículo atesta?
O primeiro versículo atesta que o 
mundo e tudo o que nele habita 
pertencem ao Senhor (v.i).
3. Segundo 0 Salmo 24, quais caracterís­
ticas são esperadas de um adorador?
‘O limpo de mãos, puro de coração, 
que não tem vaidade e nem pratica 
o engano.'
© CONCLUSÃO
0 Salmo 24 mostrou que Deus é 0 
objeto de nossa adoração e que nós 
vivemos para adorá-lo. Nesse sen­
tido, temos um compromisso ético 
com Deus e com nós mesmos que 
expressa a nossa vida de culto a Deus, 
0 momento em que passamos em 
comunhão, adorando ao Senhor em 
espírito e em verdade, pode alterar 
por completo a trajetória de nossa 
vida. Portanto, cultuar a Deus com os 
nossos irmãos se torna 0 melhor ato 
do mundo.
ANOTAÇÃO
4. Como podemos conceituar o culto 
a Deus, de acordo com a lição?
Basicamente o culto a Deus é o 
momento em que tributamos, re­
verenciamos e adoramos a Deus 
numa igreja local.
5. Conforme a lição, cite pelos menos 
três elementos da liturgia bíblica,
Oração inicial, cânticos congregacio- 
nais, momento de intercessão, lei­
tura oficial das Escrituras, momento 
ofertório, pregação da Palavra, apelo, 
oração final e bênção apostólica.
Vi!®®
TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL
O ANSEIO DA ALMA 
POR DEUS
LIÇÃO 6
7 mai 2023
"Com o o cervo brama pelas 
correntes das águas, assim 
suspira a minha alma por ti, ó 
Deus!" (SI 42 .1)
RESUMO DA LIÇÃO
A nossa alma suspira por Deus; 
sua presença traz sentido à nossa 
vida. Não podem os viver sequer 
um dia sem o Senhor.
SEGUNDA - Hb 11.1-3
Hom ens que dependeram de Deus 
TERÇA - Js 3-14-17 
A natureza nos ensina lições de Deus 
QUARTA - l Co 13.13 
A esperança é uma virtude 
QUINTA - SI 43 4,5 
D eus é a nossa alegria e auxílio 
SEXTA-1J0 4 4 
"M aior é o que está em vós" 
SÁBADO - Lm 3.21 
Cultivando lembranças 
que edificam
JOVENS 40
OBJETIVOS
■ COMPREENDER que a alma humana suspira por Deus;• MOSTRAR as características da alma que se encontra abatida;
• EXPLICAR como podemos fortalecer a esperança em tempos difíceis.
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos o Salmo 42. Você, junta­
mente com seus alunos, verá que este cântico traz lições preciosas para a nossa 
vida pessoal e espiritual. No decorrer da lição, reforce a ideia de que passar pela 
juventude desejando a presença de Deus é uma bênção singular. Entretanto, não 
significa que não sentiremos dores e tristezas, mas que, uma vez na presença de 
Deus, estaremos prontos para vencer os desafios e dificuldades que a vida nos 
impõe. Veremos que a nossa profundidade devocional determinará a qualidade 
da nossa vida.
Jamais podemos nos esquecer de que a nossa alma é dependente de Deus. 
Não há nada em que podemos colocar a nossa confiança para preencher o lugar 
do Senhor. Somente Ele nos completa e não nos deixa caminhar sozinhos. So­
mente a comunhão com o Eterno pode trazer equilíbrio espiritual e social, bem 
como nos conduzir a viver a vontade de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Sugerimos que você o utilize-a para 
mostrar aos alunos que o verdadeiro crente tem fome e sede de Deus.
1. "Sem sede de Deus a pessoa morre espirítualmente. Não devemos, pois, per­
m itir que coisa alguma faça dim inuir nosso anelo pelo Senhor, Acautele-se dos 
cuidados deste mundo, da busca das coisas terrenas e dos prazeres que tiram 
a fome e sede de Deus, e 0 desejo de buscar a sua face em oração (Mc 4.19},"
2 'Devemos orar para que aumente o nosso anseio pela presença de Deus, que 0 nosso desejo 
peta plena manifestação do Espírito Santo cresça, e que se aprofunde a nossa paixão pela 
plenitude do reino de Cristo e sua justiça, até clamarmos por Ele de dia e de noite, com sede 
sincera, assim como 0 cervo trama pelas correntes das águas' em tempos de seca (v. t Mt 5.6Í"
Extraído da B íb lia de Estudo Pentecostat Rio de Janeiro: CPAD, p 850.
JOVENS 41
Salmos 42.1-11
1 Como o cervo brama pelas correntes
das águas, assim suspira a minha alma 
por ti, ó Deus!
2 A minha alma tem sede de Deus, do 
Deus vivo; quando entrarei e me apre­
sentarei ante a face de Deus?
3 As minhas lágrimas servem -m e de 
mantimento de dia e de noite, por­
quanto me dizem constantemente: 
Onde está o teu Deus?
4 Quando me lembro disto, dentro de 
mim derramo a minha alma; pois eu 
havia ido com a multidão; fui com eles 
à Casa de Deus, com voz de alegria e 
louvor, com a multidão que festejava.
5 Por que estás abatida, ó minha alma, 
e por que te perturbas em mim? Es­
pera em Deus, pois ainda o louvarei na 
salvação da sua presença.
6 Ó meu Deus, dentro de mim a minha 
alma está abatida; portanto, lembro-me
de ti desde a terra do Jordão, e desde 
o Hermom, e desde o pequeno monte.
7 Um abismo chama outro abismo, ao 
ruido das tuas catadupas; todas as tuas 
ondas e vagas têm passado sobre mim.
8 Contudo, o SENHOR mandará de dia 
a sua misericórdia, e de noite a sua 
canção estará comigo: a oração ao 
Deus da minha vida.
9 Direi a Deus, a minha Rocha: Por que 
te esqueceste de mim? Por que ando 
angustiado por causa da opressão do 
inimigo?
10 Com o com ferida mortal em meus 
ossos, me afrontam os meus adver­
sários, quando todo o dia me dizem: 
Onde está o teu Deus?
11 Por que estás abatida, ó minha alma, e 
por que te perturbas dentro de mim? 
Espera em Deus, pois ainda o louvarei. 
Ele é a salvação da minha face e o 
meu Deus.
INTRODUÇÃO
0 estudo do Salmo 42 traz lições 
preciosas para a vida espiritual. Nele, 
veremos que passar pela juventude 
desejando a presença de Deus é uma 
bênção. Isso não significa que as dores 
da alma não serão sentidas, mas que, 
uma vez na presença de Deus, a nossa 
alma é preenchida e estaremos prontos 
para vencer os desafios que a vida nos 
impõe. Aprenderemos, portanto, que 
a nossa profundidade devocional de­
terminará a qualidade do nosso futuro.
1 - A ALMA QUE SUSPIRA POR
DEUS
1, Introdução ao Salmo 42.0 Salmo 
42 introduz o Livro II de Salmos. Ele
forma uma unidade com o Salmo 43 - 
Trata-se de uma canção escrita pelos 
filhos de Corá, uma família de levitas. 
Esses levitas que sabiarríbem a respeito 
da importância da adoração no Templo. 
Por isso, a canção dos Salmos 42 e 43 
expressa o desejo do levita em retor­
nar ao Templo para a adorar a Deus. O 
cantor lamenta as circunstâncias da vida 
que o impedem de participar do culto 
no Templo. Nesta lição, priorizaremos 
a exposição do Salmo 42.
2. A alma anseia por Deus. 0 cantor 
usa a imagem da corça que anseia pelas 
águas a fim de mostrar o quanto ele 
anseia pela presença de Deus (SL 42.1). 
Em seu comentário bíblico, Matthew 
Henry escreve: “Comparecer diante de 
Deus é, ao mesmo tempo, 0 desejo dos
42 JOVENS
justos e o terror dos hipócritas”. Essa 
citação capta exatamente o desejo do 
justo em estar diante da face de Deus 
por intermédio do culto público, mas 
quando isso não acontece, por causa 
de uma circunstância impeditiva, sua 
alma chora e se abate. O justo sente 
prazer em estar diante de Deus. Nesse 
sentido, o início do Salmo 42 revela a 
privação do cantor em cultuar a Deus 
no Templo e sua preocupação em 
encontrar uma fonte que alivie a sua 
sede (v.2). Essa imagem revela que não 
há alívio para a alma do jovem sem a 
presença de Deus.
3. A capacidade da memória, uma 
faculdade da alma. Longe da presença 
de Deus, simbolizada pela presença 
no Templo, memórias e sentimentos 
passados do salmista o lembram dos 
tempos áureos da adoração pública (Sl 
42.3,4). Entretanto, essas lembranças 
aprofundam o desânimo de sua alma 
ao ponto de ele indagá-la: “Por que se 
perturba dentro de mim?" (Sl 42.5a). Note 
que as lembranças têm a capacidade de 
aprofundar uma dor ou a consequência 
de uma experiência negativa: mas, ao 
mesmo tempo, elas têm a capacidade 
de renovar a esperança (Sl 42.5b). Isso 
dependerá da capacidade que você tem 
de lembrar das dores e das experiências 
negativas e aprender com elas, bem 
como a capacidade de recordar das 
experiências edificantes, dos milagres 
extraordinários da providência divina 
em sua vida para motivar as suas ações 
hoje. Não por acaso, o apóstolo Paulo 
nos convida a cultivar a memória, com 
a verdade, a honestidade, a justiça, 
a pureza, a am abilidade e todas as 
virtudes possíveis (Fp 4.8 cf. Lm 3.21). 
É preciso que você selecione bem o
O início do Salm o 42 
revela a privação do cantor 
em cultuar a D eus no 
Templo e su a p reocupação 
em encontrar um a fonte 
que a liv ie a su a sed e (v.2). 
E ssa im agem revela que 
não há alívio p ara a a lm a 
do jovem sem a presen ça 
de Deus.
que entra em sua memória, pois o que 
você lembra hoje o motivará para tomar 
decisões espirituais, morais e sociais 
amanhã (Sl 42.5).
© P E N S E !
Por quem a sua alma suspira?
© PONTO IMPORTANTE!
A alma do jovem cristão suspira 
por Deus.
SUBSÍDIO O
Prezado(a) professor(a), inicie fa­
zendo as seguintes pefguntas: ‘O que 
vocês sabem a respeito do Salmo 42?” 
“Quem é o autor do Salmo 42?” “Ouça 
os alunos com atenção e expLique que 
este é um Salmo bem conhecido e ele 
é de autoria dos filhos de Corá, uma 
família de levitas, Este Salmo abre o 
segundo livro dos Salmos (Salmos 42 a 
73) dando-nos um cântico para aqueles 
momentos em que não temos vontade 
de cantar. Trata-se de um masquil, um 
poema de discernimento que apresenta 
instruções sobre como nos conduzir em 
momentos de profundo desânimo. A 
causa da maioria das depressões é um 
sentimento de perda — de ser amado,
JOVENS 43
Diferentemente do 
tempo dos filhos de Corá, 
você tem a presença de Je ­
su s e a plenitude do Espírito 
Santo com você. Por isso, 
um a lição que o Salm o 42 
ensina é que nada em nossa 
vida pode tirar o foco da 
piedade. Sua vida espiritual 
dará a direção para o futuro 
que você colherá.
um objeto desejado, um amigo querido, 
da saúde, do emprego ou da carreira, 
do casamento ou de uma história de 
amor, sonhos.0 abatimento se intensifica 
quando sentimos que o próprio Deus 
já se foi. Que perda você experimentou 
que o fez ficar triste? Seria a ausência 
de Deus a primeira coisa da sua lista? 
Era assim com 0 salmista.
O salmista se compara a um cervo 
bramando pelas correntes de água (v. 
1), implicando uma grave necessidade 
e uma longa privação. Como o cervo, 
também queremos saber onde podemos 
encontrar a fonte para aliviar a nossa 
sede (v. 2). Nossa secura de coração 
contrasta com as lágrimas que correm 
de nossos olhos. Quando as pessoas 
perguntam 'onde está o teu Deus? (v, 
3), a resposta comum é: ‘não sei”"
(WOOD. George. Rio de Janeiro: CPAD, 
2006. p. 174>
II - A ALMA QUE SE ENCONTRA
ABATIDA
1. Não é pecado a alma estar aba­
tida. O versículo 6 diz assim: “Ó Deus,
dentro de mim, a minha alma está 
abatida". Muitos servos do Senhor, ao 
longo da história, tiveram momentos de 
angústias na caminhada cristã. Há uma 
galeria de heróis da fé que comprova 
isso (Hb 11). O versículo 6 deste salmo 
revela que uma experiência negativa 
pode introduzir em nossa alma um 
estado de angústia. Por exemplo, a 
não aprovação no vestibular pode fazer 
isso com a sua alma; o término de um 
namoro pode trazer esse sentimento 
de abatimento que paralisa a sua vida 
espiritual; experiências que trazem 
um sentimento de fracasso têm um 
potencial de aprisionar você por dentro.
2. A natureza traz lições de Deus. A 
expressão “portanto" traduz uma mudan­
ça de atenção do salmista. Nesse versí­
culo 6, duas expressões se destacam, 
“terra de Jordão” e “Hermon", além do 
desconhecido monte Mizar. O salmista 
se encontra nessa região, provavelmente 
ao norte do mar da Galileia. Embora ele 
esteja longe de Jerusalém, ele está num 
local que, historicamente, sempre reve­
lou as grandezas de Deus (Js 314-17; Sl 
133). A partir dessa imagem, o saudoso 
pastor norteamericano, George Wood, 
escreveu: “encontramo-nos na 'terra 
do Jordão', o ponto mais baixo da terra. 
Desse lugar tão baixo, devemos nos 
lembrar do ponto mais alto, o Hermon 
(v.6). Dias meLhores virão; a vida é feita 
de altos e baixos”. Assim, a natureza nos 
traz lições belíssimas de que ela não é 
fruto de um caos, de uma desordem. Há 
um Criador que a sustenta e a dirige. Se 
Ele faz isso com os minerais, os vegetais, 
os animais, por que seria diferente com 
os seres humanos?
3. É preciso ter esperança. Na fé 
cristã, o problema não é estar aba­
44 JOVENS
tido, pois isso é esperado em nossa 
caminhada (2 Co 4.8,9). O problema é 
perder a esperança (cf. 1 Co 13.13). Esta 
é uma virtude intrínseca à nossa fé, pois 
esperamos o Senhor Jesus voltar-se 
contra todo tipo de incredulidade. 
Portanto, podemos dizer assim para 
a nossa alma: “Espera em Deus, pois 
ainda o louvarei” (Sl 42.11).
@ PENSE!
Passaremos por momentos difíceis 
na Terra.
® PONTO IMPORTANTE!
Precisamos oihar para 0 aito, pois 
de lá vem a nossa esperança.
SUBSÍDIO ô
“Quando foi que Davi expressou 
este desejo intenso por Deus? Quando 
ele foi impedido de tomar parte nas 
ocasiões públicas em que se esperava 
em Deus, quando foi expulso para a 
terra do Jordão, e estava a uma longa 
distância dos átrios da Casa de Deus. 
Observe: Às vezes Deus nos ensina, 
de foram efetiva, a conhecer 0 vaLor 
das suas misericórdias pela ausência 
delas e aguça o nosso apetite pelos 
meios da graça ao diminuir drastica­
mente estes meios. Somos propensos 
a repudiar o maná, em função da sua 
fartura, o qual voltará a ser precioso 
para nós se voltarmos a sofrer da sua 
escassez. Quando ele foi privado, em 
grande medida, do conforto interior que 
costumava desfrutar diante de Deus. 
Ele agora com eçou a se lamentar; 
mas continuou bradando, Observe: 
Se Deus, pela sua graça, operou em 
nós um desejo sincero e intenso de 
buscá-lo, podemos encontrar conforto
neste desejo quando perdermos os 
prazeres arrebatadores que, muitas 
vezes, tínhamos um Deus, porque o 
lamento diante de Deus é uma evi­
dência tão certeira de que o amamos 
quanto a alegria diante dele. Antes de 
o salmista registrar as suas dúvidas, 
os seus temores, as suas aflições que 
haviam lhe abalado profundamente, 
ele pressupõe algo: que ele estava 
olhando para o Deus vivo como o seu 
bem maior, e nele havia colocado o 
seu coração e estava decidido a viver 
e morrer por Ele; e, depois lançar a 
âncora em um primeiro momento, ele 
escapa da tempestade."
(HENRY. Matthew. Comentário Bíblico Antigo 
Testamento: Jó a Cantares. Rio de Janeiro: 
CPAD, zoio, p. 357.)
III - COMO FORTALECER A ES­
PERANÇA EM TEMPOS DIFÍCEIS
1. Não esteja sozinho. Diferentemen­
te do tempo dos filhos de Corá, você 
tem a presença de Jesus e a plenitude 
do Espírito Santo com você (Hb 13.5; Jo 
14.16). Por isso, uma lição que o Salmo
42 ensina é que nada em nossa vida 
pode tirar o foco da fé. Sua vida espi­
ritual dará a direção para o futuro que 
você colherá. Por isso, vá ao altar do 
Senhor, louve-o, pois ELe é a sua alegria 
(Sl 4 3 4 ); anseie e priorize a presença 
de Deus, pois Ele é o teu auxílio (Sl
43 5 ; cf. Js 1.8). Observe a importância 
dos cultos públicos, das reuniões de 
estudos bíblicos, da vocação ministerial 
e da devoção pessoal. Disso depende 
o sentido da sua vida cristã.
2. Equilíbrio espiritual e social. 
Há muitos desafios na vida de mui­
tos jovens. Há jovens que trabalham 
e estudam. Há os que assumiram o
JOVENS 45
Por isso, Ele nos deu 
a faculdade da memória. 
Entre recordações e Lem­
branças, nossa alm a é 
alim entada por tudo o que 
Deus fez de bom.
sustento da casa, pois um dos pais foi 
recolhido por Deus. Outros ainda estão 
iniciando a carreira nas forças armadas, 
ou lutando para se sustentar numa uni­
versidade pública ou privada. Enfim, os 
desafios são complexos. Dependendo 
de como reagimos a esses desafios 
sociais, podemos entrar num ciclo de 
ansiedade tendo como consequência 
a depressão. Por isso, uma preciosa 
lição que o SaLmo nos ensina é que na 
proporção que a sua vida espiritual for 
profunda, você superará os desafios 
reais da vida, podendo prevenir a rota 
da ansiedade e da depressão. Por isso, 
se você está vivendo uma situação 
complexa, pare, se acalme e reflita: 1) 
ore e leia a Palavra de Deus; 2) estude e 
trabalhe com dedicação: 3) espere em 
Deus. Assim, esse momento complexo 
passará, você aprenderá com ele e sairá 
mais maduro do que quando entrou 
(cf. Rm 5 -3- 5)-
3. Traga à m em ória o que dá 
esperança. Outra lição preciosa que 
podemos extrair do Salmo 42 é a ca­
pacidade de trazer boas lembranças 
para o tempo presente desafiador. 
Tenha em mente que o que Deus 
permitiu você passar ontem é porque 
isso 0 ajudará hoje (Lm 3,21). Por isso, 
ELe nos deu a faculdade da memória. 
Entre recordações e lem branças, 
nossa alm a é alim entada por tudo
o que Deus fez de bom. Não seja 
escravo das Lembranças que trazem 
sofrimento e dor, mas cultive aque­
las que trazem esperança, ânimo e 
coragem (Js 1.13).
@ PENSE!
É possível fortalecer a esperança 
em tempos difíceis.
Q PONTO IMPORTANTE!
Em tempos difíceis é preciso não 
estar sozinho, ter equilíbrio e cul­
tivar bons pensamentos.
SUBSÍDIO m
Professor(a), enfatize o que pode­
mos fazer quando estamos abatidos. 
Explique que "o salmista apresenta 
a dor e a cura dela no Salmo 42. ELe 
afirma: 'Espera em Deus, pois ainda o 
louvarei na salvação da sua presença'. 
Explique que a confiança em Deus é 
um antídoto supremo contra o d e­
sânimo e a inquietude que querem 
dominar o nosso espírito. E, portanto, 
quando admoestamos a nós mesmos 
no sentido de manter a esperança 
em Deus: quando a alma abraça a si 
mesma, ela afunda; se ela se apega 
ao poder e às promessas de Deus, ela 
mantém a cabeça para cima da linha 
da água. Espera em Deus: Que Ele 
receberá glória a partir de nós: 'pois 
ainda o louvarei; experimentarei uma 
mudança tão significativa na minha 
situação, que não me faltará motivo 
para louvar, e uma mudança tal no 
meu espírito, que não me faltará louvor 
no coração"
(Adaptado de HENRY. Matthew:Comentário 
Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 357)
46 JOVENS
ESTANTE DO PROFESSOR
SPURGEON, Charles. Os 
Tesouros de Davi. Vol. i. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
© HORA DA REVISÃO
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos que a nossa alma é 
dependente de Deus. Não há nada em 
que você possa colocar a sua confiança 
para preencher o lugar do Senhor. Per­
cebemos também que a alma sente a
1. O que a canção dos Salmos 42 e 
43 expressam?
Expressa o desejo do levita em 
retornar ao Templo para a adorar 
a Deus.
ausência de Deus diante de uma tributa­
ção e angústia, embora Ele esteja perto. 
Podemos usar recursos espirituais para 
reagir ao sentimento paralisante. Assim, 
somos convidados a não estar sozinhos,
2. Por que o cantor usa a imagem da 
corça?
.: í O cantor usa a imagem da Corça 
que anseia pelas águas a fim de 
mostrar o quanto ele anseia pela 
presença de Deus (Sl 42.1).
3. O que o versículo 6 do Salmo 42 
revela?
j O versículo 6 revela que uma expe- 
’ j riência negativa pode introduzir em 
nossa alma um estado de angústia.
a andar em equilíbrio espiritual e social, 
bem como, a cultivar lembranças que 
nos motivam a viver a vontade de Deus.
r _
ANOTAÇAO
4. Por que a esperança é uma virtude 
intrínseca à nossa fé?
Esta é uma virtude intrínseca a 
nossa fé, pois esperamos 0 Senhor 
■ Jesus voltar contra todo tipo de 
: ■ " i J j incredulidade.
5. Cite três atitudes que fortalecem 
a nossa esperança.
Não estar sozinho: equilíbrio espi­
ritual e social e trazer a memória o 
que dá esperança.
PERDOE-ME, SENHOR
TEXTO PRINCIPAL
"Tem misericórdia de mim, 
ó Deus, segundo a tua 
benignidade; apaga as minhas 
transgressões, segundo a 
multidão das tuas misericórdias." 
(SI 51 .1)
RESUMO DA LIÇÃO
Para viver um processo de 
restauração espiritual é preciso 
reconhecer a benignidade e a 
misericórdia de Deus, bem como 
confessar o pecado praticado 
e abandoná-lo.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - SI 136.1
A benignidade do Senhor
TERÇA - Lm 3.22,23
A s m isericórdias do Senhor
QUARTA - SI 51.3-5
Confessando o pecado
QUINTA - Rm 3 9-12
Todos estão debaixo do pecado
SEXTA-Tg 1.14,15
A prática do pecado
SÁBADO - Jo 16.8
0 Espírito Santo ap ela para 
a consciên cia
JOVENS 48
OBJETIVOS
• COMPREENDER que o Salmo 51 é um clamor por misericórdia e 
confissão;
■ MOSTRAR o anelo do salmista pela restauração;
• EXPLICAR que depois da confissão e restauração da comunhão com 
o Senhor, estamos prontos para adorá-lo.
INTERAÇÃO
Professor(a), continuaremos nossos estudos do Livro de Salmos. Na lição deste 
domingo estudaremos o Salmo 51 Veremos que ele está na categoria dos Salmos 
penitenciais. Esses nos ensinam a respeito da importância da confissão e busca 
pelo perdão de Deus, Este Salmo foi escrito por Davi quando ele foi confrontado 
pelo profeta Natã por ocasião do adultério com Bate-Seba e o assassinato de 
Urias (cf. 2 Sm 12.1-14)-
O estudo do Salmo 51 nos revela importantes preceitos divinos para uma 
vida cristã abençoada, como por exemplo: a natureza misericordiosa de Deus, a 
necessidade de confessar o pecado para ser restaurado, a disposição de viver o 
processo de restauração e viver a adoração pública de maneira restaurada.
Como crentes recebemos uma nova natureza e não somos mais escravos 
do pecado, entretanto enquanto.vivermos neste mundo estamos vulneráveis ao 
pecado. Mas, agora não mais pecamos de forma deliberada. O erro é um acidente.
É importante que no decorrer da lição você ressalte que é tempo de humilhar- 
-se e de confessar toda iniquidade, ainda é tempo de ser restaurado(a) por Deus!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza a tabela abaixo no quadro. Sugerimos que você a 
utilize-a para explicar aos alunos a estrutura do SaLmo 51. Conhecer e analisar 
a estrutura nos ajuda a ter uma compreensão melhor do texto biblico que será 
estudado.
1. Reconhecimento da natureza misericordiosa de Deus (vv. 1,2).
2 Confissão de pecados (w. 3-5).
3. Busca por restauração (w. 6,13)
4. A adoração verdadeira (w. 14-17).
JOVENS 49
•s
TEXTO BÍBLICO
Salmos 51.1-17
1 Tem m isericórdia de mim, ó Deus, 
segundo a tua benignidade; apaga 
as minhas transgressões, segundo a 
multidão das tuas misericórdias.
2 Lava-m e completamente da minha 
iniquidade e purifica-me do meu pecado,
3 Porque eu conheço as minhas trans­
gressões, e o meu pecado está sempre 
diante de mim.
4 Contra ti, contra ti somente pequei, e 
fiz o que a teus olhos é mal, para que 
sejasjustificado quando falares e puro 
quando julgares.
g Esconde a tua face dos meus pecados 
e apaga todas as minhas iniquidades.
10 Cria em mim, ó Deus. um coração puro 
e renova em mim um espirito reto.
11 Não me lances fora da tua presença e 
não retires de mim o teu Espírito Santo.
12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação 
e sustém-me com um espírito voluntário.
13 Então, ensinarei aos transgressores os 
teus caminhos, e os pecadores a ti se 
converterão.
14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, 
Deus da minha salvação, e a minha 
língua louvará altamente a tua justiça.
5 Eis que em iniquidade fui formado, e 
em pecado me concebeu minha mãe.
6 Eis que amas a verdade no intimo, e no 
oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; 
lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para 
que gozem os ossos que tu quebraste.
15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha 
boca entoará o teu louvor.
16 Porque te não comprazes em sacrifícios, 
senão eu os daria; tu não te deleitas em 
holocaustos.
17 Os sacrifícios para Deus são o espírito 
quebrantado; a um coração quebrantado 
e contrito não desprezarás, ó Deus.
INTRODUÇÃO
O Salmo 51 está na categoria dos 
Salm os penitenciais. Esses Salm os 
trazem a ideia de confissão e busca 
pelo perdão de Deus. Outros Salmos 
podem ser classificados nessa c a ­
tegoria: 6 , 37,142, dentre outros. De 
acordo com essa categoria, o Salmo 
51 remonta o contexto em que o rei 
Davi foi confrontado pelo profeta Natã 
por ocasião do seu adultério com Ba- 
te-Seba e o consequente assassinato 
do esposo dela, Urias (cf. 2 Sm 12.1-14), 
ordenado e planejado pelo rei. Por 
isso, o Salmo 51 está estruturado da 
seguinte forma: 1) Reconhecimento 
da natureza misericordiosa de Deus 
(vv.1,2); 2) Confissão de pecados (vv.3-
5); 3) Busca por restauração (vv.6,13); 
4) Adoração verdadeira (vv. 14-17); 5) 
O bem a Sião (vv.18,19). Assim, nesta 
lição, estudaremos sobre a natureza 
misericordiosa de Deus, a necessi­
dade de confessar o pecado para ser 
restaurado, a disposição de viver o 
processo de restauração e, finalmente, 
viver a adoração pública de maneira 
restaurada.
I - MISERICÓRDIA E CONFIS­
SÃO (vv.1-5)
1, Um clamor por misericórdia.
Nos dois primeiros versículos, chama 
a atenção as expressões "tem miseri­
córdia" e “benignidade”; “apaga minhas 
transgressões” e “tua misericórdia"; 
“lava-me" e “purifica-me". O salmista
50 JOVENS
tem uma cLara noção de que Deus é 
benigno e misericordioso. A benigni- 
dade do Senhor dura para sempre (SL 
136.1), e suas misericórdias não têm fim 
(Lm 3.22,23). Por isso, só Deus pode 
‘'lavar” e “purificar" a alma do salmista. 
Assim, o rei Davi tem plena certeza 
de que se dirigir diretamente a Deus 
é a melhor decisão. Ele é benigno e 
misericordioso. Só Ele pode lavar e 
purificar sua alma.
2. Confessando o pecado. O sal­
mista se dirige a Deus de maneira 
humilde, confessando e especificando 
o seu pecado (vv.3,4). Este estava tão 
patente diante dele que a expressão 
“em pecado me concebeu a minha 
m ãe” (v.5) revela que o salmista re­
conhece a inclinação humana para o 
pecado desde o início da existência 
hum ana. Dois pontos estão bem 
claros nos versículos 3-5:1) o pecado 
específico praticado (vv.3,4) e 2) a 
consciência da inclinação humana ao 
pecado desde o início da existência 
(v.5; cf. Rm 3.9-12).
3. Deus é quem remove o pecado. 
Contra a prática do pecado só há um 
antídoto: voltar-se ao Deusmisericor­
dioso, por intermédio de Jesus Cristo, 
e confessar o pecado (vv.1-5; cf. 1 Jo 
1.8-10). Todo pecado é contra Deus 
somente. Embora Davi tivesse adul­
terado com Bate-Seba e ordenado a 
execução de Urias, foi “contra ti, contra 
ti somente pequei”. Davi havia violado 
vários mandamentos do Decálogo (cf. 
Êx 20.13-17) e, por isso, seu pecado era 
exclusivamente contra Deus. Logo, 
quem peca contra Deus só pode ser 
lavado, bem como ter purificado o co­
ração, por Ele mesmo por intermédio 
do Senhor Jesus (1 Jo 2.1,2). Assim, o
caminho para a restauração do jovem 
cristão, de maneira humilde, é se dirigir 
ao Deus misericordioso, confessando 
especificamente o pecado praticado, 
tendo a consciência de que somente 
Deus pode remover a mancha deletéria 
do pecado por meio do Senhor Jesus,
© PENSE!
Deus é benigno e misericordioso.
® PONTO IMPORTANTE!
Por isso. devemos confessar os 
nossos pecados a Deus e buscar 
orientação pastoral.
SUBSÍDIO O
Salmo de Davi, Professor(a), explique 
que “conforme se lê no título, este salmo 
de confissão é atribuído a Davi, alusivo 
ao momento em que o profeta Natã 
revelou seus pecados de adultério e 
de homicídio. Note-se que este salmo 
foi escrito por um crente que volunta­
riamente pecou contra Deus e de modo 
tão grave que foi privado da comunhão 
e da presença de Deus (cf. v. 11). Prova­
velmente, Davi escreveu este salmo já 
arrependido, após Natã declarar-lhe 
o perdão divino (2 Sm 12.13). Davi roga 
contritamente a plena restauração da 
sua salvação, a pureza, a presença de 
Deus, a vitalidade espiritual e a alegria
(Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: 
CPAD. p. 856)
II - BUSCANDO A RESTAURA­
ÇÃO (vv. 6-13)
1. Purificando a vida interior. A
prática do pecado nasce de dentro do 
ser humano (Tg 1.14,15). Isso devido à 
corrupção total da natureza humana
JOVENS 51
como consequência do advento do 
pecado (Gn 3-1- 19; cf. Rm 3-20). Nes­
se sentido, contemplamos o pedido 
do salmista: “purifica-me”, “lava-me", 
“apaga", “cria em mim [...] um coração 
puro” (Sl 51.6-11). O salmista sabia que 
Deus aprecia a verdade de nossa vida 
interior, pois diante dEle tudo está 
patente (v.6). Som ente Deus pode 
criar um coração puro, não mais sujo 
pelo pecado (v.10); um espírito reto, 
não uma vida torta (v.10). A nossa vida 
interior precisa ser purificada para que 
a presença do Espírito Santo seja uma 
realidade e, assim, tenhamos de volta 
a alegria da salvação e um espírito 
voluntário nas coisas de Deus (v.12).
2. Restituindo a alegria e o júbilo. 
Com a vida interior purificada, o sal­
mista espera ouvir júbilos e alegrias 
(v.8) no lugar de tristeza e angústia 
pelo pecado praticado. Sim, o salmista 
sabia que o pecado apaga a alegria 
de viver. O processo de restauração 
do pecador perpassa pela confissão, 
humilhação diante de Deus e, finalmen­
te, o fato de tornar a sentir a presença 
do Espírito Santo. Neste Salmo, uma 
das verdades mais contundentes é a 
de que o pecado tira a presença de 
Deus do salmista (cf. Ef 430). Sem esta 
presença não há alegria nem júbilo, 
mas sobra tristeza, angústia, frustração 
e consciência pesada.
3. A restauração com eça pela 
renovação interior. Precisamos lem­
brar de que a obra de restauração de 
uma vida que caiu no pecado é de 
Deus e não meramente uma decisão 
humana. Ele pode dar um coração 
puro e um espírito reto (Sl 51.10). 
Outrossim, o Espírito Santo sempre 
apelará para nossa co nsciência a
fim de que não fiquemos imersos na 
prática do pecado, pois é Ele quem 
nos convence do pecado, da justiça 
e do juízo (Jo 16.8). E, finalmente, há 
uma vida plena no Espírito, de ale­
gria e júb ilo para servir a Deus em 
sua obra e na vida. Entretanto, tudo 
começa pela purificação do coração 
e o estabelecimento de um espírito 
reto; tudo com eça pela renovação 
interior do jovem cristão.
0 PENSE!
A restauração começa pela vida 
interior.
0 PONTO IMPORTANTE!
Coração purificado e espírito reto 
são requisitos para a renovação 
interior do jovem cristão.
SUBSÍDIO 0
“Professor(a), explique que “todos 
que pecaram gravemente e que estão 
opressos por sentimento de culpa 
podem obter o perdão, a purificação 
do pecado e a restauração diante de 
Deus, se o buscarem conforme a na­
tureza e a mensagem deste salmo. A 
súplica de Davi, por perdão e restaura­
ção, baseia-se na graça, misericórdia, 
benignidade e compaixão de Deus 
(v. 1), num coração verdadeiramente 
quebrantado e arrependido (v. 17) e, 
em sentido pleno, na morte vicária 
de Cristo pelos nossos pecados (1 
Jo 2.1,2).
Às vezes, a certeza do perdão e 
restauração da bênção divina não 
ocorrem facilmente. A pessoa que 
antes desfrutava a alegria da salvação 
desce às profundezas da imoralidade 
poderá passar por um período de ar­
52 JOVENS
rependimento e de conflitos interiores 
antes de receber a certeza do perdão e 
a plena restauração ao favor de Deus. A 
experiência de Davi revela quão terrível 
é ofender a um Deus santo depois de 
alguém ter sido tão ricamente aben­
çoado por Ele"
(Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: 
CPAD, p. 856)
III - PRONTOS PARA ADORAR 
(vv. 14-17)
1. O desejo de participar da ado­
ração pública. Lem bre-se de que 
os Salmos são canções para adorar, 
principalmente, no Templo. O salmista 
tem o desejo, aqui, de louvar a justiça 
divina (Sl 51.14). Por isso, o pedido de 
livrá-lo dos "crimes de sangue", certa­
mente, uma alusão ao assassinato de 
Urias (v.14). Assim, uma vez perdoado, 
o salmista estaria pronto para adorar 
publicamente no Templo do Senhor 
de acordo com a justiça divina (v.15). 
A adoração pública, congregacional, 
tem a ver com o real estado interior 
da vida do salmista.
2. Quebrantamento e contrição. 
Os versículos 16 e 17 aprofundam 
mais ainda a questão do estado in­
terior para a adoração pública. Note 
as expressões “espírito quebrantado" 
e “coração quebrantado e contrito". 
Essas expressões não substituíram 
o sistema de sacrifício levítico, pois 
ele é retomado no versículo 19. A 
ideia é a de que não podemos nos 
apresentar para adoração pública de 
maneira mecânica, superficial. Nesse 
sentido, o salmista entende que todo 
0 seu ser deve estar presente no ato 
de adoração, isto é, espírito, alma e 
corpo (cf. 1 Ts 5.23). Espírito e coração
quebrantados e contritos são a prova 
de que a vida inteira do adorador está 
ali diante de Deus.
3. Fazendo o bem para outros. A 
nossa experiência de restauração nos 
permite “ensinar aos transgressores 
os teus caminhos” (Sl 51.13). É isso o 
que Deus quer fazer conosco. Que 
os nossos gestos exteriores reflitam 
a nossa vida interior, pois se o nosso 
coração for puro e nosso espírito for 
reto, consequentemente, nossas ações 
serão puras e retas (cf. Mc 7.18-22). 
Com o advento do sacrifício de Jesus 
Cristo, nós, almas restauradas, corpos 
posicionados, somos 0 sacrifício vivo, 
santo e agradável a Deus (Rm 12.1).
O PENSE!
Deus não despreza um espírito e 
coração quebrantados.
® PONTO IMPORTANTE!
A adoração pública deve refletira 
nossa vida privada.
SUBSÍDIO O
Professor(a), explique aos alunos 
que “todos os crentes precisam que o 
Espírito Santo crie neles um coração 
puro que aborreça a iniquidade e um 
espírito renovado e disposto a fazer 
a vontade de Deus. Somente Deus 
pode nos fazer novas criaturas e nos 
restaurar à verdadeira santidade (Jo 
3 3 ; 2 Co 517).
Davi sabe que se Deus abolir da 
sua vida a obra do Espírito Santo, que 
convence e repreende o pecador face 
aos seus pecados, não haverá qualquer 
esperança de salvação.’
(Bíblia de Estudo Pentecostal Rio de Janeiro 
CPAD. p. 856)
JOVENS 53
K é V
ESTANTE DO PROFESSOR
DEVER. Marti. A Mensagem do 
Antigo Testamento: Uma Exposição 
Teológica e Homilética.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
O CONCLUSÃO
Todos nós estamos vulneráveis ao 
pecado. Por isso, a Palavra de Deus nos 
ensina a vigiar e a cuidar de nossa vida 
espiritual. Entretanto, quando acontece 
um "acidente de percurso" na vida do 
jovem cristão, é importante que ele nãodeixe de perceber que Deus é mise­
ricórdia, que é necessário confessar 
especificamente o pecado praticado, 
primeiramente a Deus. em seguida, ao 
pastor da igreja e, finalmente, viver o 
processo de restauração espiritual. 
0 Espírito Santo nunca deixará de 
apelar às consciências dos que temem 
a Deus. É tempo de humilhar-se! É 
tempo de confessar! É tempo de ser 
restaurado(a) por Deus!
ANOTAÇÃO
© HORA DA REVISÃO
2.
4-
_ 5-
Qual noção o salmista tem a res­
peito de Deus?
Ele tem uma clara noção de que 
Deus é benigno e misericordioso.
Qual o único antídoto contra a 
prática do pecado?
Contra a prática do pecado só há 
um antídoto: voltar-se ao Deus 
misericordioso, por intermédio de 
Jesus Cristo, e confessar o pecado 
(vv.1-5: cf. 1 Jo 1.8-10).
Quem é que pode criar um coração 
puro?
Somente Deus pode criar um co­
ração puro, não mais sujo pelo 
pecado (v.io); um espírito reto, não 
uma vida torta (v.io).
Segundo a lição, a adoração pública, 
congregacional tem a ver com o quê?
A adoração pública, congregacional, 
tem a ver com o real estado interior 
da vida do salmista.
O que a nossa experiência de 
restauração nos permite?
A nossa experiência de restauração 
nos permite “ensinar aos transgres­
sores os teus caminhos” (Sl 5113).
LIÇAO 8
21 mai 2023
ALCANÇANDO UM 
CORAÇÃO SÁBIO
TEXTO PRINCIPAL
"Ensina-nos a contar os nossos 
dias, de tal maneira que 
alcancemos coração sábio."
(SI 90 .12)
RESUMO DA LIÇÃO
Contemplar a eternidade de Deus 
e constatar a nossa finitude e 
fragilidade é um bom início para 
alcançar um coração sábio.
LEITURA SEMANAL
S E G U N D A -Is 6.1
A glória de Deus
T E R Ç A -Is 6.5
A nossa finitude e fragilidade
QUARTA - Tg 4 -13-17
Uma vida humilde
Q U IN T A -H b 4-13
Nossa vida está patente 
diante de Deus 
SEXTA - Jo 16 .8 -10 ,13 
Sensíveis ao Espírito Santo 
SÁBADO - 1 Tm 4.2 
É preciso estar conscientes 
diante de Deus
JOVENS 55
INTERAÇÃO
Professor(a), na Liçao deste domingo estudaremos a respeito de se ter um co­
ração sábio, Mas como alcançar a sabedoria? Em primeiro lugar, precisamos ter 
consciência de que tudo começa em Deus. “O temor do SENHOR é o princípio 
da sabedoria" (Pv 9.10). Entretanto, o que significa temer a Deus? Temer a Deusé 
reconhecer a sua eternidade e soberania. Precisamos considerar a nossa finitude 
e fragilidade para depois reconhecermos os nossos pecados, e assim abraçar 
a graça de Deus. Se ao final desta lição, você e seus alunos fizerem a seguinte 
oração: “ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos 
coração sábio" (Sl 90.12), teremos alcançado os nossos propósitos.
Deus é eterno, mas nós, suas criaturas somos finitas. Por isso, não há tempo 
para desperdiçar. É preciso fazer como o salmista: desenvolver a consciência de 
nossa finitude e viver de maneira coerente com o propósito dEte para nossa vida,
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), sugerimos que você reproduza a estrutura do Salmo 90, apre­
sentada togo abaixo, no quadro. Utilize na introdução do primeiro tópico da 
lição. Conhecer a estrutura do Salmo vai ajudar seus alunos a compreenderem 
melhor o propósito dele.
1. A soberania de Deus (w. 1-6).
2 A brevidade da vida (w. 7-12)
3. A súplica pelo favor de Deus (w. 13-17),
Extraído de Comentário Bíblico Beacon. Vol 3 - Rio de Janeiro: CPAD, p. 25 ^
JOVENS 56
TEXTO BÍBLICO
Salmos 90.1-17
1 SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, 
de geração em geração.
2 Antes que os montes nascessem, ou 
que tu form asses a terra e o m un­
do, sim, de eternidade a eternidade, 
tu és Deus.
3 Tu reduzes o homem à destruição; e 
dizes: Volvei, filhos dos homens.
4 Porque mil anos são aos teus olhos 
como o dia de ontem que passou, 
e como a vigília da noite.
5 Tu os levas como corrente de água; 
são com o um sono; são com o a 
erva que cresce de madrugada;
6 De madrugada, cresce e floresce; à 
tarde, corta-se e seca.
7 Pois somos consumidos pela tua ira 
e pelo teu furor somos angustiados.
8 Diante de ti puseste as nossas iniqui- 
dades; os nossos pecados ocultos, à 
luz do teu rosto.
9 Pois todos os nossos dias vão passan­
do na tua indignação; acabam -se os 
nossos anos como um conto ligeiro.
10 A duração da nossa vida é de setenta 
anos. e se alguns, pela sua robustez, 
chegam a oitenta anos, o m elhor 
deles é canseira e enfado, pois passa 
rapidamente, e nós voamos.
11 Quem conhece o poder da tua ira? E 
a tua cólera, segundo o temor que te 
é devido?
12 Ensina-nos a contar os nossos dias, 
de tal maneira que alcancem os co­
ração sábio.
13 Volta-te para nós. SENHOR; até quando? 
E aplaca-te para com os teus servos.
14 Sacia-nos de madrugada com a tua 
benignidade, para que nos regozijemos 
e nos alegremos todos os nossos dias.
15 A leg ra-nos pelos dias em que nos 
afligiste, e pelos anos em que vimos 
o mal.
16 Apareça a tua obra aos teus servos, e 
a tua glória, sobre seus filhos.
17 E seja sobre nós a graça do Senhor, 
nosso Deus; e confirma sobre nós a 
obra das nossas mãos; sim, confirma 
a obra das nossas mãos.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar a res­
peito de ter um coração sábio. Veremos 
que tudo começa em Deus. É preciso 
reconhecer a sua eternidade e sobe­
rania. Depois, passaremos a considerar 
a nossa finitude e fragilidade. Então, 
estaremos prontos para reconhecer os 
nossos pecados para abraçar a graça 
de Deus e viver uma vida abundante. 
Que, ao final desta lição, possamos 
fazer a mesma oração do salmista: 
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de 
taL maneira que alcancemos coração 
sábio” (Sl 90.12).
I - A ETERNIDADE DE DEUS E A 
MORTALIDADE DO SER HUMANO 
1 . 0 Salmo 90. Esse Salmo introduz 
o quarto livro dentro dos Salmos. Ele 
é uma oração de Moisés. Nele, há um 
contexto de uma grave situação que 
não está especificada no Salmo, mas 
pode ser percebida nele (vv.13,15). O 
contexto de gravidade pode ser remon­
tado à peregrinação do povo de Israel 
no deserto, rumo à Terra Prometida 
(Nm 14). Para compreender melhor o 
propósito do Salmo, podemos dividi-lo 
da seguinte maneira: 1) Eternidade de 
Deus (vv.1,2); 2) Mortalidade do ser
JOVENS 57
humano (vv.3-6); 3) Reconhecimento 
de que o salmista está sob a ira de 
Deus (vv.7-12); 4) SúpLica por graça e 
esperança (w ,13- 17).
2. A eternidade de Deus (w.1,2). No 
contexto de sofrimento, o salmista olha 
para a eternidade de Deus: “de eternidade 
em eternidade, tu és Deus" (v.2). Por isso, 
Ele é o refúgio do salmista e de seu povo 
(v.i). Como é precioso perceber isso no 
Salmo 90! O salmista nos ensina a, diante 
de uma realidade sofrida, parar e olhar 
para a eternidade de Deus. Enquanto tudo 
no plano terreno é passível de alteração 
e degeneração, no plano celestial tudo 
permanece intacto, glorioso e poderoso, 
conforme a visão do profeta Isaías, seme­
lhante a Moisés no Salmo: “No ano em 
que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor 
assentado sobre um alto e sublime trono; 
e o seu séquito enchia o templo" (Is 6,1).
3. A mortalidade do ser humano (w. 
3-6). O Salmo também nos ensina que 
quem contempla a eternidade e a bele­
za celestial passa por uma constatação 
inequívoca: olhando para dentro de si, 
contempla a sua finitude e fragilidade. 
Isso aconteceu também com o profeta 
Isaías (6.5). Nessa porção de versículos, 
destaca-se as expressões: “mil anos U 
como o dia ontem” ou “como a vigília da 
noite" (v. 4), Em outras palavras, diante 
da eternidade de Deus, a vida do ser 
humano é curta e passageira. O Novo 
Testamento nos ensina essa mesma 
verdade: “Digo-vos que não sabeis o 
que acontecerá amanhã, Porque que é a 
vossa vida? É um vapor que aparece por 
um pouco e depois se desvanece" (Tg 4.14).
4. Pensando na finitude para alcançar 
um coração sábio. Tanto o Antigo quanto 
o Novo Testamento trazem a ideia de que 
sejamos humildes e não orgulhosos (cf. Tg
4.13-17). Viver de maneira humilde e não 
orgulhosa passa pela capacidade de ter 
consciência do quanto somos finitos. É 
próprio da juventude não pensar muito na 
finitude da vida. Essa fase é caracterizadapor muitos sonhos, anseios e, por isso, o 
olhar está sempre no futuro. Entretanto, 
o(a) jovem que está consciente de que 
não pode escapar dessa realidade finita 
e compreende a sabedoria bíblica aqui 
ensinada, saberá selecionar as coisas 
que valem a pena. Como a vida é passa­
geira, não podemos perder tempo com 
escolhas superficiais. Assim, podemos 
aprender com Jesus e seus apóstolos; 
estes últimos tinham plena consciência 
da finitude de suas vidas terrenas, ao 
mesmo tempo que sua esperança estava 
fundamentada no céu (2 Co 5.1; 2 Tm 46); 
embora muitos tenham tido uma vida 
relativamente curta (At 12.1,2), o mundo 
nunca mais foi o mesmo depois de seus 
ministérios. Portanto, com Jesus e seus 
apóstolos, aprendemos que quem olha 
para o céu lida muito melhor com as 
coisas aqui da Terra.
@ PENSE!
0 que acontece quando contempla­
mos a eternidade de Deus?
Q PONTO IMPORTANTE!
Compreendemos a nossa mortali­
dade humana.
SUBSÍDIO O
“O Salmo 90 tem sido descrito como 
'uma das pérolas mais preciosas do 
Saltério. Kittel denominou-o ‘um canto 
impressionante de elevação e poder 
quase únicos’. IsaacTaylor descreveu o 
Salmo 90 como ‘talvez a mais sublime 
das com posições humanas, o mais
58 JOVENS
profundo em relação aos sentimentos, o 
mais imponente na concepção teológica 
e o mais magnificente na descrição de 
imagens'. Sua ênfase na brevidade da 
vida humana faz com que esse Salmo 
seja incluído em muitos cultos fúnebres.
O título identifica o Salmo como 
‘Oração de Moisés', varão de Deus. 
Visto que os títulos não fazem parte do 
texto inspirado, mesmo comentaristas 
evangélicos ponderam que o conteúdo 
central do poema aponta para uma data 
posterior. Os versículos 13-17 parecem 
indicar um periodo histórico mais longo 
do que o tempo no deserto. No entan­
to, visto que Moisés foi reconhecido 
como o grande legislador do Antigo 
Testamento, o fato de que deveria ter 
sido atribuído ou dedicado a ele é um 
tributo à qualidade do Salmo.”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005, p. 253.)
II - CONSCIENTIZANDO-NOS
DE NOSSOS EQUÍVOCOS
1. Sob a ira de Deus (vv.7,8). O sal- 
mista reconhece que o seu povo está 
sob a ira de Deus (v.7). Essa ira divina 
chegou por causa dos pecados, que não 
estão mais ocultos, pois foram abertos 
diante da luz do rosto de Deus (v.8). Aqui 
há outro aprendizado extraordinário. 
No lugar de culpabilizar os outros por 
problemas que são nossos, precisamos 
aprender a conhecê-los, identificá-los 
e nominá-los. Tudo está patente diante 
dos olhos de Deus (Hb 4.13). Ora, ter um 
coração sábio não significa ser perfeito, 
mas tem a ver com ser sensível com 
uma faculdade da alma chamada cons­
ciência; em que a Bíblia a revela como 
juiz interno, bem como aos apelos do 
Espírito Santo Uo 16.8-10,13). Se algo que
você fez lhe causou dor na consciência, 
pare imediatamente. Não permita que 
ela se cauterize (1 Tm 4.2).
2. Não podemos desperdiçara vida 
(w.9-11). Note o sentimento do salmista: 
“Pois todos os dias vão passando na tua 
indignação; acabam-se os nossos anos 
como um conto ligeiro" (v.g). Você pode 
ser novo(a) agora, mas logo envelhecerá 
(v.10). Certamente, você não deseja 
envelhecer de uma maneira que não 
agrade a Deus. Certamente, essa não é 
uma atitude sábia. O salmista sabia que 
não havia tempo para desperdiçara vida 
de maneira a rebelar-se contra Deus. 
No lugar de viver essa vida passageira 
sob a ira de Deus, por causa da prática 
do pecado, o melhor seria vivê-la sob 
a sua promessa, segundo as bênçãos 
do Senhor (v.17). Não é verdade que 
para aproveitar a vida você tenha que 
praticar exatamente o que desagrada 
a Deus. É possível se realizar naquilo 
que glorifica ao Senhor.
3. Corações sábios. Essa porção 
do Salmo encerra assim; “Ensina-nos 
a contar os nossos dias, de tal maneira 
que alcancemos coração sábio” (v.12). 
Em outras palavras: "Senhor, ensina-nos 
a viver!' O Senhor pode nos ensinar 
por meio de sua Palavra, também por 
meio de conselhos de pessoas idôneas, 
experientes, que passaram por aquilo 
que você está passando hoje. Nas 
Escrituras, vemos esse ensinamento 
entre Elias e Eliseu (2 Rs 2.1-14), Paulo 
e Timóteo (At 16.1-3; 1 Tm 1.1) e Barnabé 
e João Marcos (At 15.39), só para ficar 
em três exemplos. A atitude mais tola 
na vida de um jovem cristão é ele des­
prezar o conselho dos mais experientes 
e, tomado pelo orgulho, fazer o que 
parece “reto aos seus olhos” (Jz 21.25).
JOVENS 59
© PENSE!
Ter sabedoria significa ser perfeito?
© PONTO IMPORTANTE!
Não. Ter sabedoria significa ser
sensívet à nossa consciência e aos
apelos do Espírito.
SUBSÍDIO ©
Professor(a), “o tema introduzido na 
primeira estrofe continua na segunda, A 
brevidade da vida é acentuada pelo fato 
de que o pecado a trouxe para debaixo 
da nuvem da ira de Deus, Iniquidades e 
pecados ocultos tinham despertado a 
ira consumidora e o furor de um Deus 
santo (vv, 7,8), Não existe nenhuma 
outra palavra que corresponda ao 
termo hebraico pecados no versículo 
8, ‘Nosso (pecado) secreto é, antes, 0 
pecado íntimo do coração, não visível 
ao homem, mas conhecido por Deus’.”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD. 2005, p. 254.)
III - A SABEDORIA TRAZ ES­
PERANÇA
1. Alegria e benignidade (w.13-16).
Uma vida de sabedoria conduz à uma 
experiência de alegria e de felicidade. 
Essa é a oração do salmista: “Sacia-nos 
de madrugada com a tua benignidade 
[...] Alegra-nos pelos dias em que nos 
afligistes, e pelos anos em que vimos 
o mal" (vv.14,15). Se outrora o salmista 
viveu as consequências de uma vida 
de equívocos, agora ele deseja viver 
a alegria e a benignidade de uma 
vida virtuosa, ou seja, sábia. Às vezes 
colhem os frutos desagradáveis de 
uma vida pregressa na contramão dos 
valores de Deus. Entretanto, quando nos
dispomos a viver de maneira coerente 
com 0 Senhor, podemos fazer a mesma 
oração do salmista, já que a alegria e 
a benignidade de Deus nos esperam.
2. Vivendo sob a graça (v.17). O 
salmista deseja viver sob a graça, não 
mais sob a ira (v.17). Viver sob a graça 
de Deus torna a vida mais sábia, pois, 
em primeiro lugar, quem vive sob a 
graça tem plena consciência de que 
não pode vencer os desafios sozinho. 
A Palavra de Deus diz que "Porque 
pela graça sois salvos, por meio da fé; 
e isso não vem de vós; é dom de Deus" 
(Ef 2.8). Viver por graça é aprender a 
depender totalmente de Deus.
3. Confirmando as obras (v.17). Uma 
vez conscientes da finitude da vida, da 
vida sob a graça, precisamos agir com 
responsabilidade. O salmista encerra 
pedindo que Deus confirme as obras 
de suas mãos (v.17). Sim, em Deus você 
pode sonhar, planejar e se preparar 
para atingir os objetivos propostos de 
acordo com o chamado divino para a 
sua vida. Ele o(a) chamou para viver um 
propósito. Se ainda não tem claro qual 
é o propósito de Deus para você, ou se 
não sabe responder qual o sentido de 
sua vida, chegou a hora de pensar nisso 
e responder à pergunta assertivamente. 
Quando vivemos de acordo com o pro­
pósito de Deus para com a nossa vida, 
tudo se encaixa e faz sentido. Então, 
você poderá pedir: “Confirma a obra de 
nossas mãos” (v.17).
© PENSE!
A quê uma vida de sabedoria conduz?
© PONTO IMPORTANTE!
A vida de sabedoria conduz à uma
vida de alegria e benignidade.
60 JOVENS
HORA DA REVISÃO
1. No contexto de sofrimento, para 
o quê o satmista olha?
No contexto de sofrim ento, o 
salmista olha para a eternidade 
de Deus; ‘de eternidade em eter­
nidade, tu és Deus" (v.2).
2. Além de ensinar a contemplar a 
eternidade e a beleza celestial, 
o que o Salmo 90 também nos 
ensinar a constatar?
O Salmo também nos ensina que 
quem contem pla a eternidade 
e a beleza ce lestia l sofre uma 
constatação inequívoca: olhando 
para dentro de si, contempla a sua 
finitude e fragilidade,
3. Segundo a lição, o que significa 
"ter um coração sábio"?
Tanto o Antigo quanto o Novo 
Testamento trazem a ideia de que 
sejamos humildes e não orgulho­
sos (cf. Tg 4.13-17),
4 O quepode ser classificado como 
exemplo de falta de sabedoria na 
vida do(a) jovem cristão(ã)?
A coisa mais sem sabedoria na 
vida de um jovem cristão é ele 
desprezar o conselho dos mais 
experientes e, tomado pelo orgu­
lho, fazer o que parece "reto aos 
seus olhos" (Jz 21.25).
5. Como o Salmo é encerrado pelo 
salm ista? Você pode fazer essa 
oração?
O salmista encerra pedindo que 
Deus confirme as obras de suas 
mãos (v.17). Resposta pessoal.
© CONCLUSÃO
Vimos 0 quanto Deus é eterno e nós 
somos passageiros. Por isso, não é 
tempo de desperdiçar a vida naquilo 
que não agrada ao Senhor. Somos 
convidados a ter consciência de nossa 
finitude, a selecionar com precisão as 
nossas escolhas e viver, segundo a 
graça de Deus, de maneira coerente 
com 0 propósito dEle para a nossa 
vida. Finalmente, Deus confirmará as 
obras de nossas mãos.
r
ANOTAÇÃO
LIÇÃO 9
28 mai 2023 ;
HABITANDO NO 
ESCONDERIJO DO 
ALTÍSSIMO
TEXTO PRINCIPAL
"Aquele que habita no 
esconderijo do Altíssimo, 
à sombra do Onipotente 
descansará."
(SI 91 .1)
RESUMO DA LIÇÃO
Quem se relaciona de maneira 
sincera com Deus, pode 
dizer que Ele é o seu refúgio 
e fortaleza.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - Mt 1717,18
Uma fé firme em Cristo Jesus
TERÇA - Js 1.9
A virtude bíblica da fortaleza
QUARTA - Rm 16.20
Vitória por meio de Jesus
QUINTA - Hb 11.35-40
Padecimentos na vida dos fiéis
SEXTA - Os 6.3
É preciso conhecer ao Senhor
SÁBADO - Lc 18.1
Tempo de buscar o Senhor 
em oração
62 JOVENS
«
V
i
OBJETIVOS
• COMPREENDER que Deus é o nosso refúgio e fortaleza;
• CONSCIENTIZAR de que podemos experimentar o livramento do 
Senhor;
■ SABER porque precisamos estar apegados com o Senhor.
/
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta lição estudaremos o Salmo 9 1 Este é um dos 
mais conhecidos e mais queridos Salmos de nossas igrejas. Entretanto, infelizmente 
alguns fazem um uso indevido dele, utilizando-o como um “amuleto” de proteção 
contra o mal. Não adianta deixar a Bíblia aberta no Salmo 91, pois temos que ler 
toda a Palavra de Deus e confiar que o nosso socorro vem somente do Senhor. 
Como o salmista, a nossa confiança deve estar depositada em Deus e só assim 
veremos o seu cuidado para conosco. Neste Salmo o autor nos revela o Altíssimo 
como um refúgio e uma fortaleza. Ele nos livra dos perigos e das muitas ciladas do 
Inimigo quando confiamos de modo incondicional em seu poder e misericórdia. 
Que a sua confiança no Senhor aumente cada dia mais e que você e seus alunos 
possam descansar à sombra dEte.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), inicie a lição fazendo as seguintes perguntas: “Quando você 
enfrenta uma situação difícil em que se refúgia?" “A quem você pede ajuda?" 
Incentive a participação dos alunos e ouça a todos com atenção. Em seguida, 
utilize o texto abaixo para explicar que Deus deve ser em toda e qualquer situação 
o nosso abrigo. Diga que “Deus é um abrigo, um refúgio quando sentimos medo. 
A fé do salmista no Deus Todo-Poderoso como protetor ajudou-ò a atravessar 
todos os perigos e temores da vida. isto deve moldar a nossa confiança: trocar 
todos os nossos temores pela fé em Deus, não importando quão possam ser. 
Para fazer isto, devemos viver e permanecer nEle (v. 1). Confiando-nos à sua pro­
teção e garantindo a nossa devoção diária a Ele, estaremos a salvo” (Adaptado 
de Bíblia de Estudo A plicação Pessoal: CPAD, p. 797).
JOVENS 63
TEXTO BÍBLICO
Salmo 91.1-16
1 Aquele que habita no esconderijo do 
Altíssimo, à sombra do Onipotente 
descansará.
2 Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o 
meu refúgio, a minha fortaleza, e nele 
confiarei.
3 Porque ele te livrará do laço do pas- 
sarinheiro e da peste perniciosa.
4 Ele te cobrirá com as suas penas, e 
debaixo das suas asas estarás seguro; 
a sua verdade é escudo e broquel.
5 Não temerás espanto noturno, nem seta 
que voe de dia,
6 nem p e ste q ue a n d e na e s c u r i­
dão, nem mortandade que assole 
ao meio-dia.
7 Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua 
direita, mas tu não serás atingido.
8 Somente com os teus olhos olharás 
e verás a recompensa dos Ímpios,
9 Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio! 
O Altíssimo é a tua habitação,
10 Nenhum mal te sucederá, nem pra­
ga alguma chegará à tua tenda,
11 Porque aos seus anjos dará ordem a 
teu respeito, para te guardarem em 
todos os teus caminhos.
12 Eles te sustentarão nas suas mãos, 
para que não tropeces com o teu pé 
em pedra.
13 Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos 
pés o filho do leão e a serpente.
14 Pois que tão encarecidam ente me 
amou, também eu o livrarei; pô-to-ei 
num alto retiro, porque conheceu o 
meu nome.
15 Ele me invocará, e eu lhe respon­
derei; estarei com ele na angústia; 
livrá-lo-ei e o glorificarei.
16 Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe 
mostrarei a minha salvação.
INTRODUÇÃO
A temática desta lição é o Salmo 91, 
um dos salmos mais queridos de nossas 
igrejas. Veremos que ele é um cântico 
precioso a respeito da confiança em 
Deus. Ele revela o Altíssimo como refú­
gio e fortaleza do fiel, sua consequente 
promessa de livramento e um apelo para 
o fiel apegar-se mais ao seu Deus. Que 
possamos, à luz desse belíssimo salmo, 
descansar à sombra do Onipotente.
I - DEUS COMO O NOSSO RE­
FÚGIO E FORTALEZA
1. A estrutura do Salmo 91. Nesta lição, 
classificamos a estrutura do Salmo 91 em 
três grandes partes: 1) Deus como 0 nosso 
refúgio e fortaleza (vv.1,2); 2) experimen­
tando o livramento do Senhor (w.3-13);
3) apegados ao Senhor (vv.14-16). Com 
base nessa estrutura, e fazendo a leitura 
e declamação do salmo, percebemos 
que a palavra-chave é “confiança”. Nesse 
sentido, 0 Salmo 91 tem semelhança com 
o 23 e o 46. Ele expressa a segurança 
dos que depositam a sua confiança em 
Deus. Ao longo dos anos, a igreja tem 
encontrado consolo e conforto nesse 
salmo, que segundo o pastor George 
Wood, pode ser relacionado ao que o 
apóstolo Paulo escreve em Romanos 
8.31-39. Nesse aspecto, o cristão lê e 
canta esse salmo, buscando em Deus 
proteção em tempos de perigos físicos 
e espirituais.
2.0 Deus soberano. Nos versículos 1 
e 2 podemos identificar uma alternância 
entre a primeira e a segunda pessoa: 
“AqueLe que habita [...]" e “Ele é o meu
64 JOVENS
Deus No primeiro versículo as pala­
vras “esconderijo”, “Altíssimo", “sombra”, 
“Onipotente", “descansará” remontam 
a ideia de plena segurança em Deus. 
Nesse sentido, estamos diante do que 
o Senhor Jesus sempre esperou de seus 
seguidores: uma fé robusta e firme (Mt 
171718; cf. Mt 8.26). O versículo 1 é uma 
afirmação do salmista de que é preciso 
reconhecera soberania de Deus em tudo 
em nossa vida, daí 0 destaque de palavras 
como Altíssimo e Onipotente. Só quem 
tem fé no Deus Altíssimo, habita com Ele, 
se esconde nEle e descansa debaixo de 
sua sombra, pode confiar plenamente 
no Senhor. Essa confiança é o resultado 
de um relacionamento estreito com o 
Deus Todo-Poderoso. Diante de muitos 
ensinos que enfraquecem a doutrina da 
soberania de Deus, que a Bíblia expõe 
com riqueza de detalhes, o Salmo 91 é 
um convite para nos lembrar de que a 
soberania divina é uma doutrina bíblica 
e cristã inegociável na história da Igreja 
e com impacto profundo na qualidade 
da vida espiritual dos crentes. Quem não 
crê na soberania divina tal qual encon­
tramos na Bíblia, afastou-se do ensino 
bíblico, de uma herança de fé legada 
pelos primeiros pais e, principalmente, 
não poderá declarar: “Ele é o meu Deus, 
o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele 
confiarei” (Sl 91.2).
3. Refúgio e fortaleza. O versículo 
2 se encontra na primeira pessoa. É a 
afirmação concreta do que Deus é para 
a pessoa que declama o Salmo. Assim, 
podemos nos refugiar no Deus Altíssimo 
e Onipotente. A experiência de descan­
sar no Senhor traz a plena confiança 
nEle. Sim, Deus é o nosso refúgio e a 
nossa fortaleza. Podemos nos esconder 
debaixo de “suas asas” e, ao mesmo 
tempo, podemos estar firmes nEle. É
preciso destacar aqui a importância da 
virtude bíblica da fortaleza. A fortaleza 
é uma virtude moralque encontramos 
abundantemente nas páginas da Bíblia: 
“Seja forte e corajoso" (Js 1.9 - NAA); 
“Fortalecei os vossos corações" (Tg 5.8); 
“U Mas tende bom ânimo; eu venci o 
mundo" Uo 16.33). Nesse sentido, Deus 
espera de nós resistência, perseverança 
e resiliência para fazer o bem, resistir às 
muitas tentações e superar os obstáculos 
em nossa vida espiritual e moral. Essa 
fortaleza não tem fundamento em nós 
mesmos, mas se encontra em Deus. 
Por isso, podemos dizer: Ele é “a minha 
fortaleza" (Sl 91.2).
© PENSE!
0 que a soberania de Deus promove?
© PONTO IMPORTANTE!
A soberania de Deus promove uma
fé firme e perseverante.
SUBSÍDIO O
“Este cântico de adoração, junto com 
o salmo sapiencial seguinte, é com fre­
quência ligado com 0 Salmo precedente 
formando o que ficou conhecido como 
trilogia da confiança. Várias conexões de 
pensamento e expressão servem para 
ligá-los. O Salmo 90 representa 0 pedido 
de libertação; o salmo 92 se regozija na 
sua consumação; e o Salmo 91 une a 
oração e sua resposta em uma expressão 
de confiança quase inigualável.
A primeira alternância entre a primeira 
e a segunda pessoa está nos versículos 
1-8, Nos versículos 1,2, o poeta expressa 
sua confiança na segurança proporcio­
nada pelo esconderijo do Altíssimo (v. 1), 
que é 0 seu refúgio e sua fortaleza (v, 2), 
Nos versículos 3-8, ele dirige palavras de 
confiança e conforto aos seus ouvintes ou
JOVENS 65
leitores. O esconderijo é o lugar escondido 
ou coberto provido pelo cuidado de Deus; 
a sombra é a proteção de Deus — pos­
sivelmente uma alusão à metáfora das 
asas da águia do versículo 4 Os títulos 
Altíssimo e Onipotente são alusões ao 
poder soberano de Deus para proteger 
e suprir os seus O salmista encontra seu 
refúgio e sua fortaleza no Senhor Deus”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005, p. 256J
II - EXPERIMENTANDO O LIVRA­
MENTO DO SENHOR (w. 3-13)
1. Livramento dos homens maus e 
das doenças (w.3-8). O salmista passa 
a descrever os diversos livramentos que 
Deus concede ao fiel que tem Deus 
como refúgio e fortaleza. O livramento 
diz respeito aos perigos de homens 
maus (“laço do passarinheiro", “espanto 
noturno”, “seta de dia” [v.5]), bem como 
dos perigos de enfermidades (“peste na 
escuridão”, “mortandade que assola ao 
meio-dia" lv,61). Os versículos 7 e 8 mos­
tram que os ímpios cairão e receberão 
uma recompensa de juízo, mas o justo, o 
que vive em fidelidade a Deus, não será 
atingido e viverá em segurança.
2. Triunfando na batalha (w. 9-13)- Os 
versículos 9 a 13 são a continuidade da 
descrição da segurança que o fiel tem 
em Deus; “O Senhor como refúgio” e “o 
Altíssimo como habitação" (v.g). A praga, 
no versículo 10, segundo os intérpretes, 
é uma referência às pragas que caíram 
no Egito (Éx 11.1), ou seja, Deus livraria o 
seu povo como o fez no Egito. Os ver­
sículos 11 e 12 trazem a perspectiva da 
intervenção divina do mundo espirituaL 
no mundo físico, por meio de anjos. Note 
que no Novo Testamento, Satanás usou 
esses dois versículos para tentar nosso 
Senhor, distorcendo completamente o
sentido (Mt 4.6), Em nenhum momento 
o salmo ensina que os crentes devem se 
expor deliberadamente aos perigos. E, 
finalmente, o leão e a cobra (v.13) trazem 
o símbolo de poderes destruidores e 
malignos, mas que o Deus Onipotente 
fará os seus fiéis superarem (cf. Rm 16.20).
3, Um olhar mais profundo. Precisa­
mos ressaltar que o salmista se refere, 
de modo geral, à relação do fiel com o 
Deus soberano. Entretanto, concordo 
com o pastor George Wood, ele sabia 
que nem sempre o justo recebe uma 
medida igualmente justa nesta Terra (Sl 
73.14). conforme lemos no livro de Jó na 
Bíblia, além da experiência concreta de 
exemplos que nos mostram isso. Certa­
mente você já presenciou um crente fiel a 
Jesus padecer de uma doença incurável, 
ou falecer por causa de um acidente. 
Sofrimentos e padecimentos também 
assolaram o Senhor Jesus e seus após­
tolos, bem como muitos heróis da fé da 
Bíblia (Hb 11.35-40). Não há como negar 
o sofrimento na vida (Jo 16.33)- Isso não 
quer dizer falta de fé ou de fidelidade por 
parte do crente. O saudoso pastor George 
Wood nos deu uma ótima chave para 
ler o Salmo 91: Romanos 8.31-39. Aqui, o 
apóstolo Paulo nos ensina que Deus é por 
nós e, por isso, nada nos poderá separar 
do seu amor: “nem a morte, nem a vida, 
nem os anjos, nem os principados, nem 
as potestades, nem o presente, nem o 
porvir, nem a altura, nem a profundidade, 
nem alguma outra criatura" (Rm 8.38,39)- 
Assim, podemos experimentar grandes 
livramentos físicos neste mundo. Entre­
tanto, “sabemos que, se a nossa casa 
terrestre deste tabemáculo se desfizer, 
temos da parte de Deus um edifício, uma 
casa não feita por mãos humanas, eterna, 
nos céus" (2 Co 51; cf. Dn 3.16-18). Portanto, 
nada pode nos separar do amor de Deus
66 JOVENS
derramado em Cristo Jesus, nosso Senhor, 
nem mesmo o padecimento físico.
© PENSE!
Podemos experimentar o livramento 
físico da parte Senhor.
® PONTO IMPORTANTE!
Podemos experimentar o livramento 
espiritual da parte do Senhor.
SUBSÍDIO 0
Professorta), explique que os quatro 
nomes de Deus vistos neste Salmo 
descrevem diferentes aspectos da sua 
proteção: (i) ‘Altíssimo’ (w. 1,9) demonstrou 
que Ele é maior que qualquer ameaça 
ou perigo que venhamos a enfrentar (cf. 
Gn 14.18,19): (2) 'Onipotente' (v. 1) destaca 
o seu poder para enfrentar e destruir 
todo e qualquer inimigo (cf. Êx 6.3); (3) ‘o 
SENHOR’ (vv, 2,9,14) garante ao crente 
que a presença divina está sempre com 
ete; e (4) ‘meu Deus' expressa a verdade 
de que Deus torna-se íntimo, achegado, 
daqueles que nEle confiam."
(Bíblia de Estudo PentecostaL Rio de Janeiro: 
CPAD. p. 883.)
III - APEGADOS COM O SENHOR 
(w. 14-16)
1. Tempo de se apegar a Deus. O
tema confiança continua presente no 
versículo 14. As palavras “livrarei" e “pro­
tegerei” aparecem como consequência 
de “se apegou a mim com amor” e "co­
nhece o meu nome”. A Palavra de Deus 
diz que devemos “conhecer e prosseguir 
em conhecer o Senhor” (Os 6.3). É um 
exercício incessante. É preciso conhecer 
a Deus por meio de sua Palavra. Não há 
como conhecê-Lo fora da Bíblia, a Pala­
vra de Deus. Esta é a fonte inesgotável
de conhecimento a respeito do Deus 
Todo-Poderoso.
2. Tempo de relacionamento profun­
do. O versículo 15 diz que o fiel invocará 
ao Senhor e Este o responderá e, na 
angústia, receberá o livramento de Deus, 
É na oração que encontramos consolo 
no Senhor. Na oração, conhecemos o 
Senhor de uma maneira experiencjal. 
Contemplamos a sua presença, que 
inunda a nossa alma. É na batalha da 
oração que o nosso relacionamento 
com Deus se aprofunda. Que maravilha 
é perceber conscientemente que o 
Senhor responde as nossas orações (Jr 
333). Você pode e deve desfrutar dessa 
rica experiência espiritual pois a oração 
sedimenta a solidez de nossa confiança 
em Deus. Quem o experimenta na oração, 
não duvida jamais de sua poderosa ação.
3, Desfrutando do favor do Senhor. 
O versículo 16 conclui o Salmo com uma 
promessa de longevidade e de salvação. 
Recobrando o prudente conselho do 
pastor George Wood, a promessa de 
longevidade e de salvação deve ser vista 
sempre à Luz da eternidade, como men­
cionamos no conteúdo acima. Sempre 
levando em conta a revelação do Novo 
Testamento a respeito da eternidade 
e da segurança no porvir. A lição que 
aprendemos no Salmo 91 é de que vale 
a pena confiar em Deus, tê-lo como 
refúgio e fortaleza, pois viveremos o seu 
bem tanto aqui na Terra quanto no Céu. 
Confie no Senhor!
© PENSE!
Por que precisam os nos apegar ao
Senhor?
© PONTO IMPORTANTE!
Porque assim, podemos desfrutar de
seu favor em tempos difíceis.
© CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos a respeito de 
Deus como nosso refúgio e fortaleza. 
Quem se refugia nEle, recebe sustento 
e livramento. Confiar inteiramente em 
Deus é a grande mensagem desse 
salmo. Por isso, a despeito das circuns­
tâncias e das adversidades externas, 
a nossa fé está amparada emDeus. 
Ele é o nosso esteio, sustento e rocha 
inabalável. O Salmo 91 é uma expressão 
que revela uma confiança inigualável 
no Todo-Poderoso. O Senhor é podero­
so para nos guardar de todo o perigo. 
Os sistemas de segurança do homem, 
por mais sofisticados que sejam, po­
dem falhar, mas o Senhor é infalível. 
Então, não deixe a preocupação e o 
medo dominarem seu coração. Confie 
inteiramente no Senhor.
ANOTAÇÃO
ESTANTE DO PROFESSOR
GEISLER. Norman L; MEISTER, 
Chad V (Ecü. Razões para Crer: 
Apresentando Argumentos da Fé 
Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
© HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição, apresente a 
estrutura do Salmo 91.
Nesta lição, classificamos a estrutu-: 
ra do Salmo 91 em três grandes p ar-, 
tes: 1) Deus como 0 nosso refúgio e ‘ 
fortaleza (vv.1,2); 2) experimentando 
o livramento do Senhor (vv.3-13) e 
3) apegados ao Senhor (vv.14-16).
2. Qual a palavra-chave do Salmo 91?
A palavra-chave é "confiança,
3. O que o salmista já sabia?
Ele sabia que nem sempre 0 justo 
recebe uma medida igualmente 
justa nesta Terra (Sl 7 3 -14).
4. Qual é a fonte inesgotável do co­
nhecimento de Deus?
A Biblia, a Palavra de Deus,
5. Que lição aprendemos do Salmo 91?
A lição que aprendemos no Salmo 
91 é de que vale a pena confiar em 
Deus, tê-lo como refúgio e fortaleza, 
pois viveremos o seu bem tanto 
aqui na Terra como no Céu. Confie 
no Senhor!
BENDIGA AO DEUS 
CRIADOR
TEXTO PRINCIPAL
"Bendize, ó minha alma, ao 
SENHOR! SENHOR, Deus meu, 
tu és magnificentíssimo; estás 
vestido de glória e de majestade. [...] 
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR. 
Louvai ao SENHOR." (S1104.1,35)
RESUMO DA LIÇÃO
Deus é majestoso e glorioso, e suas 
obras revelam a sua magnificência.
Por isso, somos chamados a 
louvá-lo, meditar em seus feitos e 
bendizê-lo por toda a vida.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-Is 40.22
Deus está assentado sobre 
o globo da Terra 
TERÇA - SI 96.6 
"Glória e majestade estão 
ante a sua face"
QUARTA - At 17.24,28a 
N ele vivemos, nos movemos 
e existimos 
QUINTA - Ec 3.1-8 
O tempo determinado para as coisas 
SEXTA - Rm 11.33-36 
A sabedoria insondável de Deus 
SÁBADO - Zc 12.1; Rm 8.16 
A vida interior é uma criação de Deus
JOVENS 69
——----------------------- s
OBJETIVOS
• EXPLICAR a glória e a majestade de Deus apresentada no Salmo 104;
• CONSCIENTIZAR de que Deus governa a criação;
• SABER que o Salmo 104 é um convite para nos deleitarmos no bem
do Senhor.
INTERAÇÃO
Professorta), nesta lição estudaremos o Salmo 104. Veremos que ele é um hino 
que celebra as obras de Deus.
Enfatize aos alunos que o estudo deste Salmõ vai nos trazer uma compre­
ensão ainda maior a respeito do Deus que governa a Criação. Veremos que o 
Senhor não somente criou todas as coisas mediante o poder da sua palavra, Ele 
também a sustenta.
Aproveite a temática da lição e promova uma reflexão a respeito dos feitos 
do Senhor. Mostre que somente o Ele é digno de que venhamos bendizê-lo para 
sempre. Você verá que esta lição é um convite para, a partir da perfeição da obra 
de Deus, encontrarmos sentido para superar obstáculos em todas as áreas da 
nossa vida.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), pergunte aos alunos o que eles conhecem a respeito do Salmo 
104. Ouça-os com atenção. Em seguida, reproduza a tabela abaixo no quadro. 
Converse com os alunos explicando que o Salmo 104 fala a respeito do poder 
criativo de Deus. Diga que o Senhor não somente criou o universo, mas o sus­
tenta até os dias de hoje. Faça, de forma resumida, uma explanação a respeito 
do relacionamento de Deus com a sua criação. Utilize a tabela para também 
mostrar a estrutura do Salmo.
i_ A glória de Deus na criação (vv. 1-23). __________________
2. A glória de Deus na conservação (w 24-30)._________________
3 A glória de Deus na correção (w. 31-35)________________
Extraído de Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPÁQ, pp. 270,271.
JOVENS 70
Salmos 104.1-5,9-12,19-24,35
1 Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SE­
NHOR, Deus meu, tu és magnificentissimo; 
estás vestido de glória e de majestade.
2 Ele cobre-se de luz como de uma veste, 
estende os céus como uma cortina.
3 Põe nas águas os vigamentos das suas 
câmaras, faz das nuvens o seu carro e 
anda sobre as asas do vento.
4 Faz dos ventos seus mensageiros, dos 
seus ministros, um fogo abrasador.
5 Lançou os fundamentos da terra, para 
que não vacile em tempo algum.
9 Limite lhes traçaste, que não ultra­
passarão, para que não tornem mais 
a cobrir a terra.
10 Tu, que nos vales fazes rebentar nas­
centes que correm entre os montes.
11 Dão de beber a todos os animais do 
campo; os jumentos monteses matam 
com elas a sua sede.
12 Junto delas habitam as aves do céu, 
cantando entre os ramos.
19 Designou a lua para as estações; o sol 
conhece o seu ocaso,
20 Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na 
qual saem todos os animais da selva.
21 Os leõezinhos bramam pela presa e 
de Deus buscam o seu sustento.
22 Nasce o sol e logo se recolhem e se 
deitam nos seus covis.
23 Então, sai o homem para a sua lida e 
para o seu trabalho, até à tarde.
24 Ó SENHOR, quão variadas são as tuas 
obras! Todas as co isas fizeste com 
sabedoria; cheia está a terra das tuas 
riquezas.
35 Desapareçam da terra os pecadores, 
e os ímpios não sejam mais.
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR. Louvai 
ao SENHOR.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos um hino 
de louvor que celebra as obras de Deus. 
Nesse sentido, trataremos a respeito da 
glória e da majestade divinas. Veremos 
também como Deus governa a Criação, 
destacando seu poder criador, ordenador 
e sustentador. E, finalmente, refletiremos 
a respeito do convite do salmista a can­
tar ao Senhor, meditar em seus feitos e 
bendizê-lo para sempre. Esta lição é um 
convite para, a partir da perfeição da obra 
de Deus, encontrarmos sentido para su­
perar obstáculos em nossa vida espiritual
I - A GLÓRIA E A MAJESTADE
DE DEUS
1. Estrutura do Salmo 104.0 Salmo 
104 inicia e encerra com a seguinte 
expressão: "Bendize, ó minha alma, ao
Senhor!”. Ele é um hino de celebração da 
criação de Deus, das coisas ordenadas 
e sustentadas por Ele mesmo. Muitos 
estudiosos o remontam ao primeiro e 
ao segundo capítulo de Gênesis. Por 
isso, podemos apreciar uma divisão 
do Salmo 104 parecida com os dias de 
Gênesis: Primeiro dia: Luz (v.2a); segundo 
dia: divisão das águas (w.2b-4); terceiro 
dia: separação entre a terra e a água (w.5- 
13). vegetação e árvores (w.14-18); quarto 
dia: luzeiros como guardião do tempo 
(w.19-24); quinto dia: criaturas marinhas 
(vv. 25,26); sexto dia: animais terrestres, 
o homem (w.21-24) e alimentos para as 
criaturas (w.27-30). Assim, essa estrutura 
revela a majestade e a glória do Criador 
e, por isso, somos convidados a deleitar 
a nossa alma à vista do maravilhoso tra­
balho manual do Deus Todo-Poderoso.
JOVENS 71
2. Deus está vestido de glória e majes­
tade. Os versículos 1 e 2 dizem que Deus 
está vestido de glória e de majestade, 
além dos céus serem uma “cortina”, as 
águas, “o vigamento de sua morada", 
bem como os anjos e ministros, “ventos 
e labaredas de fogo” (w.3,4), É o Deus que 
está assentado sobre o globo da Terra 
(Is 40.22); em que a “glória e majestade” 
revelam a sua face e o seu santuário revela 
sua “força e formosura” (SI96.6). Logo, os 
quatro primeiros versículos do Salmo 104 
revelam razões preciosas para que os 
seres humanos exaltem e adorem a Deus.
3. Contemplando a glória de Deus. É 
bem possível que você esteja vivendo dias 
em que não se sinta disposto(a) a bendizer 
ao Senhor. Pode ser que uma “tormenta” 
misturada ao “furacão" tenha se abatido 
sobre a sua vida. Uma decepção com 
o vestibular ou outra com uma vaga de 
emprego que não se abriu, uma decepção 
afetiva ou qualquer outra circunstância 
que trouxe incômodo à sua alma. Muitas 
vezes a nossa fé é posta à prova diante 
de uma experiência de sofrimento. Uns 
acabam perdendo a fé nesse processo, 
mas outros conseguem superá-lo e sair 
fortalecidos com a força do Espirito Santo.Isso acontece quando eles compreen­
dem que o Deus majestoso revela a sua 
glória, força e formosura até mesmo em 
momentos sombrios (Is 40.22; SI 96.6). 
Ainda que o momento seja de vazio e 
sem forma, todavia, Deus é poderoso 
para dar um acabamento perfeito. A 
ordem e a sustentação da Criação nos 
revelam um Deus majestoso e formoso 
que ordena e sustenta a nossa vida por 
completo (At 17.24,28a).
© P E N S E !
Deus é gLorioso e majestoso.
© PONTO IMPORTANTE!
0 Senhor deve ser exaltado e adorado.
SUBSÍDIO #
ProfessoKa), explique que 0 Salmo 104 
é “um hino a respeito da criação de todas 
as coisas, efetuada por Deus, e do seu 
providente cuidado concernente a todas as 
suas obras, Ressalta o seu interesse e cui­
dado em tudo que Ele criou, pois Ele está 
presente no mundo e o sustém. Aquilo que 
Deus continua fazendo no universo revela 
a sua glória. Todavia, a criação executada 
por Deus está maculada pelo pecado e 
pelo mal; por isso, o Salmo termina com 
uma oração para Deus remover da criação 
todo mal e todas aqueles que vivem na 
iniquidade (cf. Rm 8.19-23).”
(Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: 
CPAD. p. 856.)
II - DEUS GOVERNA A CRIAÇÃO
1. Deus criou. A questão de apresentar 
Deus como o Criador é de grande impor­
tância para nós, os cristãos. Ela responde 
às perguntas: “De onde viemos?”, “Qual 
é a nossa origem?” “Para onde vamos?". 
São perguntas que remontam o sentido 
da vida. Diante de muitas tentativas hu­
manas em responder qual o sentido da 
vida e às questões do início e do fim da 
existência, o Salmo 104 afirma que Deus 
criou a luz (v.2a), dividiu as águas (w.2b-4>. 
criou a vegetação e as árvores (w.14-18), 
criou as criaturas marinhas (vv.25.26), 
criou os animais terrestres, o homem e 
os alimentos para as criaturas (w.21-30). 
Nesse sentido, tudo o que vemos na 
Criação tem a assinatura celestial do 
Criador. Ora, sem Deus não haveria o sol, 
a lua, as estrelas, o céu, a terra, os animais, 
Sem Deus você não existiría.
72 JOVENS
2. Deus ordenou. Deus não apenas 
criou, mas Ele ordenou a sua Criação. 
Certo filósofo da antiguidade disse que 
próprio do sábio é ordenar. Deus é todo 
sábio (v.24; Rm 11.33-36) e, por isso, orde­
nou a sua criação (w.19-22). Pense nos 
ciclos das estações do ano: o verão, o 
outono, o inverno e a primavera. Tudo 
ordenado pelo Criador. Pense no ciclo 
vital das plantas: germinação da semente, 
crescimento da planta e produção de 
novas sementes. Assim também no cicto 
vital dos seres vivos: nascem, desenvol­
vem-se, reproduzem-se e morrem. Pense 
ainda nas fases de desenvolvimento 
do ser humano: infância, adotescência, 
fase adulta e velhice. Tudo na Criação, 
tanto humana quanto vegetal, tem um 
tempo estabelecido e ordenado por 
Deus (Ec 3.1-8). Isso não é aleatório ou 
por acaso, mas revela um Criador que 
ordenou, com precisão, o que criou (Gn 
1.6-13). Por acaso, a sua vida não pode 
ser ordenada por Ele?
3, Deus sustenta. Deus criou, ordenou 
e não abandonou a sua Criação (v.5). Ele 
estabeleceu as Leis naturais que garan­
tem o sustento e o desenvolvimento de 
tudo que formou (w, 11-15). A respeito 
do ser humano, a Palavra de Deus diz: 
“Fala o Senhor [...] que forma o espírito 
do homem dentro dele" (Zc 12.1). Já pa­
rou para pensar que, além do sustento 
físico, Deus sustenta a vida interior do ser 
humano? Você tem dentro de si algumas 
faculdades cognitivas sem as quais a vida 
seria impossível: 1) memória: 2) atenção; 
3) imaginação; 4) vontade; 5) linguagem 
etc. É por meio dessas faculdades que 
a Palavra de Deus comunica para nós a 
vontade divina e o Espírito Santo esclare­
cemos a respeito de verdades celestiais 
(Rm 8.16). Por isso, o Senhor Jesus afirmou:
“[■••] Nem só de pão viverá o homem, 
mas de toda a palavra que sai da boca 
de Deus" (Mt 4,4). Ora, Ele sustenta você 
física, emocional e espiritualmente.
© P E N S E !
Deus criou, ordenou e sustenta todas 
as coisas.
® PONTO IMPORTANTE!
Deus não nos abandonou à própria sorte.
SUBSÍDIO O
Professor(a), explique que Deus go­
verna e sustenta a sua criação. “Ele cuida 
para que etes tenham moradia adequada. 
Deus concedeu sabedoria aos homens 
para que construam por si mesmos e para 
o rebanho que é útil para eles, todavia, há 
algumas criaturas para as quais Deus provê 
mais ímediatamente abrigo, Algumas aves, 
por instinto, constroem seus ninhos em 
arbustos próximos de rios: Nas nascentes 
que correm entre os moentes, habitam 
as aves do céu, cantando entre ramos 
(v. 12). Elas cantam de acordo com sua 
capacidade para honra de seu Criador 
e benfeitor, e o canto delas envergonha 
o nosso silêncio, 'Nosso Pai celestial as 
alimenta’ (Mt 6.26), por isso, elas são tran­
quilas, alegres e não pensam no amanhã."
(HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo 
Testamento: Jó a Cantares. Rio de Janeiro: 
CPAD. 2010. p. 574.)
III - UM CONVITE PARA DELEI-
TAR-SE NO BEM DO SENHOR
1. “Cantarei ao Senhor”. Por tudo o 
que Deus fez e faz, o salmista diz: "Canta­
rei ao SENHOR enquanto eu viver” (v.33).
É um convite para viver de maneira em 
que a vida seja digna de louvar a Deus. 
Assim, cante ao Senhor porque Ele criou
JOVENS 73
você! Cante ao Senhor porque Ele ordena 
a sua vida! Cante ao Senhor porque Ele 
sustenta a sua vida! Em Deus, tudo é 
motivo para louvá-lo,
2. “A minha meditação". Uma vida de 
louvor a Deus não pode ser dissociada 
de uma vida de meditação. Por isso, o 
salmista afirma: “A minha meditação a 
seu respeito será suave"; e por isso, “eu 
me alegrarei no Senhor” (v.34). Os judeus 
sempre tiveram em alta conta a prática 
da meditação biblica. No Ocidente, 
infelizmente, essa prática não é muito 
comum. A meditação bíblica tem a ver 
com a ideia de pensar de maneira bem 
concentrada a respeito de algo bíblico 
e espiritual, Isso pode ser feito antes de 
um período de oração e após a leitura de 
uma porção bíblica. Por exemplo, nesta 
lição, estudamos a respeito da majesta­
de de Deus, como Criador, Ordenador 
e Sustentador da Criação. Seria muito 
proveitoso parar um pouco e meditar 
a respeito disso. Algumas perguntas, a 
partir do texto bíblico lido, ajudam nesse 
processo: “a visão de Isaías 61-3. ajuda­
mos a contemplara beleza da majestade 
do Senhor"; “Como posso contemplar 
a majestade e glória de Deus?”; "O que 
eu era antes de Deus me criar?"; “Que 
impacto tem em mim a verdade de 
que Deus me criou do nada?"; “Consigo 
observar Deus organizando o seu plano 
em minha vida, na infância, na juventude 
e na fase adulta?"; “Percebo os dias bem 
específicos em que contemplei a provisão 
de Deus?” Essas perguntas meditativas 
devem ser feitas em profunda contrição 
espiritual e quebrantamento de espírito, 
com uma consciência de que Deus está 
presente. Quando praticamos isso de 
maneira disciplinada, somado à nossa 
vida de oração, o resultado é o seguin­
te: “eu me alegrarei no Senhor" (v. 34).
Após uma semana de prática, é notória 
a diferença em nossa vida espiritual. A 
prática da meditação bíblica tem base 
na Bíblia e na história da Igreja. Homens 
de Deus do passado, como John Wesley, 
praticavam a meditação bíblica. Teremos 
muito proveito espiritualao meditarmos em 
diferentes porções das Escrituras Sagradas.
3. “Bendize, ó minha alma, ao SE­
NHOR". Finalmente, o Salmo encerra-se 
com o salmista exortando a própria alma 
a bendizer ao Senhor (v.35). Lembre-se 
de que a expressão “Bendize, ó minha 
alma, ao SENHOR" também inicia este 
Salmo. Fica claro que, independente do 
que esteja acontecendo em nossa vida, 
temos muitos motivos para deleitarmos 
em Deus. Após cantar ao Senhor e me­
ditar em suas obras não há outra coisa a 
fazer, senão: “Bendize, ó minha alma ao 
SENHOR” (v. 35).
© P E N S E !
Somos convidados a cantar ao Senhor 
e a meditar em suas obras.
© PONTO IMPORTANTE!
Há motivos profundos para bendizer 
ao Senhor.
SUBSÍDIO I I
Professorta), faça a seguinte indaga­
ção: “Você já louvou a Deus hoje pela sua 
criação?" Ouça os alunos com atenção 
e incentive a participação de todos. Em 
seguida,explique que “o salmista louvou 
muito a Deus: ‘Cantarei ao Senhor; LI ao 
meu Deus, Louvá-lo-ei como Jeová, o 
Criador; e como meu Deus, o Deus da 
aliança comigo, e não só agora, mas 
enquanto eu viver e enquanto existir (v, 33).”
(HENRY. Matthew. Comentário Bíblico Antigo 
Testamento: Jó a Cantares. Rio de Janeiro: 
CPAD. 2010. p. 576.)
74 JOVENS
ESTANTE DO PROFESSOR
HAN, Ken. Criacionism o: 
Verdade ou Mito.
Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
® HORA DA REVISÃO
De acordo com a lição, o que é o 
Salmo 104?
Ele é um hino de celebração da 
criação de Deus, das coisas ordena­
das e sustentadas por Ele mesmo.
O que os quatro primeiros versí­
culos do Salmo 104 revelam?
Os quatro primeiros versículos do 
Salmo 104 revelam razões preciosas 
para que os seres humanos exaltem 
e adorem a Deus.
Segundo a lição, o Salmo 104 apre­
senta Deus de três formas quanto ao 
seu governo da Criação. Quais são?
Deus criou: Deus ordenou e Deus 
sustenta.
O que a meditação bíblica tem a ver?
A meditação bíblica tem a ver com 
a ideia de pensar de maneira bem 
concentrada a respeito de algo bí­
blico e espiritual. Isso pode ser feito 
antes de um período de oração e 
após a leitura de uma porção bíblica.
Como o Salmo 104 encerra?
O Salmo encerra com o salmista 
exortando a própria alma a bendizer 
ao Senhor (v.35).
> CONCLUSÃO
Nesta lição, contemplamos a glória e a 
majestade de Deus. Aprendemos que 
esse ser glorioso criou todas as coisas, 
e não somente as criou: ordenou todas 
as coisas, e não somente as ordenou; 
Ele sustenta todas as coisas. Isso é 
muito consolador, pois entendemos 
que não fomos deixados sozinhos no 
mundo. Deus está conosco! Por isso, 
esse é 0 tempo em que devemos cantar 
ao Senhor, meditar em suas obras e 
bendizê-lo verdadeiramente.
r
ANOTAÇAO.
LIVRAMENTO E AÇÃO 
DE GRAÇAS
H TEXTO PRINCIPAL LEITURA SEMANAL ^
"Que darei eu ao SENHOR
SEGUNDA-Mt 26.30
Jesus e os apóstolos
por todos os benefícios entoavam os Salmos
que me tem feito?" TERÇA - At 2.21
(SI 116.12) É tempo de Invocar ao Senhor
RESUMO DA LIÇÃO
QUARTA-Ef 2.4
Deus é riquíssimo em misericórdia 
QUINTA -1 Sm 2.6
0 exercício da virtude da
Deus é 0 Senhor da vida 
SEXTA - SI 50.14
gratidão é uma ação vertical Expressando a gratidão
(para com Deus) e, ao mesmo SÁBADO - Rm 12.1
tempo, uma ação horizontal Oferecendo um culto a Deus
(para com o próximo). com a própria vida
76 JOVENS
OBJETIVOS
• MOSTRAR a súplica da alma diante do iminente perigo;
■ COMPREENDER o poderoso livramento do Senhor;
• EXPLICAR a ação de graças como expressão do culto público.
^ -------- ^
INTERAÇÃO
Professor(a), nesta lição estudaremos a respeito da gratidão. O Salmo 116 
que será objeto da nossa reflexão é uma canção de gratidão ao Senhor pelo que 
Ele fez em sua vida. Nosso objetivo.é que você e seus alunos venham ter um 
coração grato, pois a gratidão toma a vida mais saudável. Esse é um sentimento 
que está relacionado com a humildade, pois só o humilde reconhece que o que 
ele recebeu veio de Deus e não de suas próprias forças.
Você tem tido uma atitude de gratidão a Deus? Então, não terá dificuldade 
em trabalhar essa temática. Aproveite a oportunidade impar e incentive seus 
alunos a trocarem as murmurações, as criticas e a irritabilidade pela perspectiva 
gratidão. Creia que essa atitude pode mudar o seu presente e futuro. Sigamos o 
exemplo do apóstolo Paulo que declarou: Porque já aprendi a contentar-me
com o que tenho" (Fp 4.11). Isso é gratidão, sabedoria e amadurecimento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), explique que o Salmo 116 “expressa gratidão ao Senhor pelo 
livramento da morte, bem como os louvores de todos os crentes sofredores, 
socorridos que foram pelo Senhor, que os livrou da morte ou de grande cala­
midade. Em seguida, faça a seguinte indagação: ‘Que darei eu ao Senhor por 
todos os benefícios?’ Ouça os alunos com atenção e incentive a participação 
de todos. Em seguida explique que no coração de todos os que receberam 
a salvação da parte do Senhor, flui a gratidão. Eles a expressam pelo amor (v. 
1), lealdade (v. 2), vida santa (v. g), ação de graças e a firme determinação de 
obedecer ao Senhor (v. 14)" (Adaptado da BíbLia de Estudo Pentecostal. Rio de 
Janeiro: CPAD, p. 900).
JOVENS 77
u
I B S : TEXTO BÍBLICO
Salmos 116,1-19
1 Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a 
minha voz e a minha súplica.
2 Porque inclinou para mim os seus ou­
vidos; portanto, invocá-lo-ei enquanto 
viver.
3 Cordéis da morte me cercaram, e an­
gústias do inferno se apoderaram de 
mim; encontrei aperto e tristeza,
4 Então, invoquei 0 nome do SENHOR, di­
zendo: Ó SENHOR, livra a minha alma!
5 Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso 
Deus tem misericórdia,
6 0 SENHOR guarda aos símplices; estava 
abatido, mas ele me livrou.
7 Volta, minha alma. a teu repouso, pois 
o SENHOR te fez bem.
8 Porque tu, Senhor, livraste a minha alma 
da morte, os meus olhos das lágrimas 
e os meus pés da queda.
9 Andarei perante a face do SENHOR, na 
terra dos viventes.
10 Cri; por isso, falei: estive muito aflito,
11 Eu dizia na minha precipitação: todo 
homem é mentira.
12 Que darei eu ao SENHOR por todos os 
benefícios que me tem feito?
13 Tomarei o cálice da salvação e invocarei 
o nome do SENHOR,
14 Pagarei os meus votos ao SENHOR, 
agora, na presença de todo o seu povo,
15 Preciosa é à vista do SENHOR a morte 
dos seus santos.
16 Ó SEN H O R, deveras sou teu se r­
vo; sou teu servo, filho da tua serva; 
soltaste as minhas ataduras.
17 Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor e 
invocarei o nome do SENHOR.
18 Pagarei os meus votos ao SENHOR: que 
eu possa fazê-lo na presença de todo 
o meu povo.
19 Nos átrios da Casa do SENHOR, no meio 
de ti, ó Jerusalém! Louvai ao SENHOR!
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o privilégio 
de cultivar a gratidão em nossa vida. 
Veremos que, por ocasião de um gran­
de Livramento do salmista, ele propôs 
apresentar atos de ações de graças 
pelo que Deus fez em sua vida. Assim, 
aprenderemos que cultivar um coração 
grato torna a vida mais leve, A gratidão 
na vida de um crente revela o cultivo da 
humildade, pois o crente sabe que o que 
ele recebeu veio de Deus e não de suas 
próprias forças.
I - A SÚPLICA DA ALMA DIANTE
DO IMINENTE PERIGO
1. 0 que é o Salmo 116? Esse Salmo 
tem Davi como autor. Ele se encontra
na categoria dos Salmos de Louvor ou 
de Ação de Graças e faz parte do quin­
to livro dos Salmos. No contexto mais 
específico dos judeus, o Salmo 116 está 
entre os denominados de hattel (que 
significa louvor"), ou seja, os salmos 
113—118. Esses Salmos eram recitados, 
ou melhor, cantados sempre no encer­
ramento da ceia pascal dos judeus. No 
Novo Testamento, os evangelistas Mateus 
e Marcos escrevem que, por ocasião da 
“última ceia" de Jesus, nosso Senhor e os 
apóstolos cantaram um hino (Mt 26.30). 
De acordo com o contexto do Salmo 116, 
com os registros dos dois Evangelhos, 
que se antecipam ao período de angústia 
do Senhor no Getsêmani (Mt 26.36-46); 
provavelmente, o hino que Jesus e os
78 JOVENS
apóstolos cantaram foi o SaLmo 116. 
Trata-se de um hino em que o salmista 
agradece a Deus pelo livramento de uma 
morte iminente (vv. 3,9,15). Ele invocou 
o nome do Senhor por ocasião de um 
momento sombrio e Deus o respondeu 
com livramento. Esse hino, portanto, é 
uma canção de gratidão ao Senhor, em 
que se estabelece um laço espiritual de 
quem possui algo (Deus) com quem pre­
cisa de algo (o salmista). Isso é gratidão! 
Deus livrou o salmista de uma morte 
iminente e, por isso, ele o ama (Sl 116.1).
2. “Cordéis de morte"; “angústias do 
inferno". Os versículos 1 e 2 revelam quatro 
expressões tocantes: “Amo ao Senhor”, 
“ele ouviu”, “inclinou” e “invocá-lo-ei”. Es­
sas palavras revelam o amor do salmista 
pelo Senhor, Isso porque ele passou 
uma experiência de sofrimento em que 
precisou invocar a Deus e Este o ouviu 
e se inclinou, atendendo à sua oração, A 
experiência do salmista foi provavelmente 
uma experiência de quase morte. As duas 
expressões “cordéisde morte” e “angústias 
do inferno”, certamente referem-se ao 
episódio de quase-morte do salmista. 
Nesse sentido, todas as possibilidades 
humanas se esgotaram. Não havia nada, 
do ponto de vista humano, que 0 salmista 
pudesse fazer. A única coisa possível era 
“invocar o Senhor".
3. Invocação ao Senhor. “Então, in- 
voquei o nome do Senhor, dizendo: Ó 
Senhor, livra a minha alma” (v.4). 0 termo 
“invocar” tem um peso forte nas Escrituras 
quando o ser humano se coloca diante 
de Deus para buscá-lo em oração (Gn 
4.26: Jr 29.12; At 2.21). No salmo, trata-se 
de uma oração suplicante para que o 
Senhor concedesse um grande livramento 
diante da morte que estava assolando o 
salmista. Saiba que, em muitos momentos,
passaremos situações em que “os cordéis 
de morte” e “angústias do inferno” nos cer­
carão. Por isso, devemos aprender com o 
salmista a forma como reagir diante de um 
iminente perigo. Ele nos mostra que, no 
lugar de tomar uma decisão precipitada 
diante de um perigo, dirigir-se ao Senhor, 
clamando-lhe incessantemente, é a ação 
mais sábia (Lc 18.1-8). Pense agora em 
algum evento que pode estar causando 
tristeza a você! Como ele impacta sua 
vida? Parece que é uma ocasião bem 
sombria, não é mesmo? Coloque tudo 
isso diante de Deus. Invoque o Senhor! 
Só Ele pode transformar os “cordéis de 
morte”em “laçosdevida"; “asangústias 
do inferno” em “alegria do céu".
SUBSÍDIO O
“A natureza intensamente pessoal 
deste Salmo é indicada pelo uso exclu­
sivo dos pronomes da primeira pessoa 
eu, meu/minha e a min. Sua inclusão 
em um grupo de Salmos conhecidos 
basicamente como Salmos de adoração 
pública testifica acerca da verdade de 
que qualquer congregação, grande ou 
pequena, é constituída de indivíduos que 
elevam seu coração a Deus em oração 
e louvor. As alusões nos versículos 17,18 
ao oferecimento de 'sacrifícios de louvor' 
e ao pagamento de votos indicam um 
cenário em que se oferecem ofertas 
de gratidão pelo livramento da aflição 
descrita na primeira parte do Salmo. Aos 
estudiosos que buscam reagrupar os 
versículos do Salmo para alcançar uma 
progressão mais lógica de pensamento, 
Barnes responde: ‘Na oração do santo 
que está em árdua luta, não se espera 
uma sequência rigorosamente lógica. 
Esse tipo de oração certamente mistura 
petição com ações de graça. Liberto hoje,
JOVENS 79
ele enfrenta novos conflitos amanhã. Esse 
fluxo e refluxo de sentimentos debaixo 
das tempestades da vida'."
(Comentário Bíbíico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005. p. 289.)
II - O PODEROSO LIVRAMENTO 
DO SENHOR (w.5-11)
1. Piedoso, justo e misericordioso.
Os versículos 5 e 6 revelam a natureza 
do caráter de Deus. As palavras que a 
descrevem são “piedade", “justiça" e “mi­
sericórdia”. Deus jamais age de maneira 
contrária à sua natureza, ou seja, Ele não 
age de maneira ímpia, injusta e odiosa. 
No Novo Testamento, o apóstolo Paulo 
nos apresenta um Deus riquíssimo em 
misericórdia que nos amou com um 
grande amor, mesmo nós sendo ainda 
pecadores (Ef 24). Além disso, Ele cuida 
dos simples e dos humildes (Sl 116.6). Por 
isso, o salmista diz a sua alma: “Volta, mi­
nha alma, a teu repouso, pois o Senhor te 
fez bem” (v.7). O salmista recebeu o bem 
do Senhor, o livramento de Deus (v.6).
2. A vida pertence a Deus. Nos versí­
culos 8 a 11 o salmista afirma que o Senhor 
o livrou da morte (v.8). Veja que belo jogo 
de palavras: "livrou os olhos das lágrimas; 
os pés da queda" (v.8). O cantor, agora 
convicto, sabe que não será tirado da 
terra dos viventes, mas ao contrário, ainda 
terá uma jornada bonita para caminhar 
de acordo com a vontade de Deus (v.g). 
O versículo 9 está em plena harmonia 
com o versículo 15, em que aparece a 
expressão “preciosa é a vista do Senhor 
a morte dos seus santos”. A ideia aqui 
não é de que a morte do justo seja vista 
com alegria pelo Senhor, como se Ele a 
desejasse. O salmo trata da gratidão do 
saLmista pelo livramento dado por Deus, 
pois para Ele nossas vidas são preciosas,
tem um valor incomensurável, e mesmo 
a nossa partida está dentro dos cuidados 
de Deus. Ainda não era a hora do salmista 
partir. Aprendemos aqui que não somos 
deixados por Deus ao acaso, mesmo 
em ocasião bem delicada. Todavia, de 
modo geral, e principalmente no Novo 
Testamento, a Bíblia mostra que Ele nos 
acompanha até mesmo na hora da morte, 
pois a vida é um dom divino e nenhum 
de seus filhos perecem neste mundo fora 
do escopo de sua vontade (1 Sm 2.6; At 
7.54-60). Deus é cuidadoso com a nossa 
vida, mas também o é na nossa morte.
3. Experimentando o favor de Deus. 
Faça um exercício com sua memória. 
Recorde um grande livramento de perigo 
que você experimentou. Essa experiência 
pode ser um instrumento de muita edifi­
cação espiritual para você e outros jovens 
em Cristo. Esse exercício é importante 
para deixar claro que a vida com Deus 
é uma vida de experiências verdadeiras. 
Devemos ter plena convicção de que a 
nossa vida é moldada, traçada e estabe­
lecida pelo Deus vivo. Por intermédio do 
Espírito Santo, Ele nos dirige conforme o 
conselho de sua vontade (Jo 3.8; Ef 1.11). A 
caminhada com Deus é uma caminhada 
de profundas experiências com Ele.
@ PENSE!
Deus é piedoso, justo e misericordioso.
Q PONTO IMPORTANTE!
A nossa vida pertence a Deus, Ele a
dá e a tira.
SUBSÍDIO ©
Professor(a), explique que o “poeta 
confirma seu amor ao SENHOR, espe­
cialmente porque Ele respondeu à sua 
oração (1), Voz e súplica não deveríam ser
80 JOVENS
distinguidas, mas entendidas como uma 
pequena variação da frase comum: 'a voz 
das minhas súplicas' (cf, 28.2,6:3122:130.2 
e 140.6)— ou, de acordo com Harrison: 
‘minha voz suplicante’. As respostas à 
oração encorajam o salmista a continuar 
orando (v, 2). O salmista já tinha estado à 
beira da morte (v. 3). os seus cordéis (hb. 
'cordas', NVI) o cercavam e as angústias 
do inferno (Sheol) já o pressionavam: 
aperto e tristeza eram seus companheiros 
indesejados. Nesse limite das suas forças, 
ele invocou o nome do Senhor (v. 4) por 
livramento, e foi ouvido.”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005. p. 289.)
lil - AÇÃO DE GRAÇAS COMO
EXPRESSÃO NO CULTO PÚBLICO
1. A virtude da gratidão. Diante do 
livramento do cantor, surge a pergunta: 
“o que darei eu ao SENHOR [...]?" (v.12). 
Os benefícios são imensos, os favores 
de Deus são muitos. Então o salmista 
responde: “tomarei o cálice da salvação", 
“pagarei meus votos", “oferecerei sacrifí­
cios de louvores", “invocarei o nome do 
Senhor” (w.12-19). Todas essas atitudes 
do salmista têm a ver com o exercício da 
gratidão na adoração pública em Israel, 
ou seja, no Templo, em que o salmista 
erguerá o “cálice da salvação” (um cos- 
tumejudaico de acordo com a Lei cf. Nm 
28.7) por causa do que Deus fez. Ali, ele 
pagará o seus votos e suas ofertas (Sl 
50.14:66.13). Assim, cultivar a virtude da 
gratidão é também ativar na memória 
as lembranças das bênçãos de Deus, 
pois jamais podemos esquecer 0 que 
Ele fez. E à medida que somos gratos a 
Deus, somos também gratos ao nosso 
próximo, pois, na maioria das vezes, o 
Senhor usa o próximo como instrumento
de livramento para a nossa vida. Nesse 
caso, a relação de gratidão é tanto vertical 
(para com Deus) quanto horizontal (para 
com o próximo).
2. Culto público: um ambiente de 
gratidão. O culto é o ato de encontro entre 
Deus e o seu povo. Quando prestamos 
culto a Deus o fazemos de maneira que 
o Senhor venha receber o que levamos, 
isto é, a nossa própria vida (Rm 12.1). Nes­
se contexto, o culto público é o espaço 
adequado e especial para oferecermos 
a Deus a nossa ação de graça. Oferecer 
um culto de ação de graças por uma 
bênção recebida ainda é um exercício 
piedoso e gratificante para quem oferece 
e para quem participa. É a oportunidade 
que Deus dá ao seu povo para praticar 
a virtude da gratidão. Por isso, celebre a 
Deus em sua igreja local, por exemplo, 
pela bênção de passarem um vestibular; 
ou pelo ingresso em uma instituição para 
se desenvolver profissionalmente;ou 
pela cura de uma enfermidade; também 
podemos agradecer pelas bênçãos 
espirituais como a salvação de um ente 
querido, o batismo no Espírito Santo, 
enfim, as razões para a-agradecer ao Pai 
são inúmeras. Deus se alegra com as 
nossas vitórias. Ora, a sua vitória também 
pode ser um estímulo encorajador para 
outros jovens que podem ser animados 
por meio do seu exempLo. Louve a Deus 
com ação de graças, pois Ele é digno da 
nossa gratidão!
© P E N S E !
A gratidão é um ato de humildade.
© PONTO IMPORTANTE!
A gratidão é um exercício vertical
para com Deus e horizontal para
com o próximo.
PACKER, . 
Leitura
ESTANTE DO PROFESSOR
© CONCLUSÃO
Você tem tido uma atitude de gratidão 
a Deus? Quais pessoas foram instru­
mentos de bênçãos para a sua vida? 
É preciso trocar as murmurações. as 
críticas e a irritabilidade com as coisas © HORA DA REVISÃO
que não temos domínio pela perspec­
tiva da gratidão. Creia nisso! A vida 
fica muito mais leve. Não por acaso, o 
apóstolo Paulo declarou: “1...1 Porque 
já aprendi a contentar-me com o que 
tenho” (Fp 4.11). Isso só é possível por 
meio de um estilo de vida que cultive 
a virtude da gratidão.
1. Em que categoria o Salmo 116 se 
encontra?
Ele se encontra na categoria dos Sal- ~ 
mos de Louvor ou de Ação de Graças. ;
2. Do que trata a expressão “invocar 
ao Senhor"?
O termo "invocar' tem um peso | 
forte nas Escrituras quando o ser 
humano se coloca diante de Deus - 
para buscá-lo em oração.
ANOTAÇÃO
3. Quais palavras descrevem a na­
tureza do caráter de. Deus?
As palavras que a descrevem são 
"piedade", “justiça" e "misericórdia".
4. Segundo a lição, o que é também 
cultivar a virtude da gratidão?
É também ativar na memória as ■ 
lembranças das bênçãos de Deus, 
pois jamais podemos esquecer o 
que Ele fez.
5. No contexto desta lição, o que é 
o culto público?
Nesse contexto, o culto público 
é o espaço adequado e especial 
para oferecermos a Deus a nossa 
ação de graça.
QUANTO AMO A 
TUA PALAVRA
TEXTO PRINCIPAL
"Lâmpada para os meus pés 
é tua palavra e luz, para o 
meu caminho."
(SI 119.105)
RESUMO DA LIÇÃO
A meditação diária da Bíblia 
gera sabedoria e discernimento, 
bem como direção para a 
trajetória de nossa vida.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-SI 1.2,3
Um caminho de sabedoria 
TERÇA - SI 119.128 
Aprendendo a amar a verdade
QUARTA - Pv 4.18
A sabedoria da Palavra
QUINTA - 1 Jo 2.14
Andando na contramão do mundo 
SEXTA - 2 Tm 1.13,14
Honrando a Palavra
SÁBADO - Hb 412
O alcance da Palavra de Deus
JOVENS 83
OBJETIVOS
» MOSTRAR o apego do salmista pela Palavra de Deus;
■ COMPREENDER que a Palavra ilumina o caminho dos justos;
• SABER que a Biblia é um ponto de referência para os desafios atuais.
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos mais um Salmo, o de nú­
mero 119. Vamos iniciar pela sua estrutura e seu propósito. Veremos também o 
entusiasmo do salmista pelo comprometimento de viver os preceitos da Lei de 
Deus. Aproveite esta oportunidade ímpar para fazer do estudo do Salmo 119 uma 
oportunidade para potencializar a forma como você e seus alunos se relacionam 
como a inerrante e eterna Palavra de Deus. A Bíblia é “lâmpada para os nossos 
pés e luz para o nosso caminho", por isso precisamos conhecê-la. Não existe 
outra literatura, por melhor que seja, que foi ou é considerada como um farol para 
nós. Se você deseja uma vida de sabedoria e discernimento para seus alunos, 
incentive-os a lerem e meditarem nas Escrituras Sagradas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o esquema abaixo no quadro. Utilize-o para mostrar 
aos aLunos que o Salmo 119 expressa um grandioso amor à Palavra de Deus.
(1) 0 salmista expressa um profundo amor a Deus pelo fato de ele ler a sua Palavra, 
meditar nela e, mediante ela, orar. Ele nos ensina que só cresceremos em graça e 
em retidão à medida que o nosso amor crescer por ela.
(2) Este salmo forma um acróstico alfabético. Suas vinte e duas seções de oito versículos 
cada correspondem às vinte e duas letras do alfabeto hebraico. Cada versículo começa 
com a letra da sua respectiva seção.
Adaptado da Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 901.
JOVENS 84
TEXTO B
Salmos 119.97-109
97 Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha 
meditação em todo o dia!
98Tu, pelos teus m andam entos, me 
fazes mais sábio que meus inimigos, 
pois estão sempre comigo,
99 Tenho mais entendimento do que todos 
os meus mestres, porque medito nos 
teus testemunhos.
100 Sou mais prudente do que os velhos, 
porque guardo os teus preceitos.
101 Desviei os meus pés de todo caminho 
mau, para observar a tua palavra.
102 Não me apartei dos teus juízos, porque 
tu me ensinaste.
103 Oh! Quão doces são as tuas palavras
ao meu paladar! Mais doces do que o 
m elà minha boca.
104 Pelos teus mandamentos, alcancei 
entendimento; pelo que aborreço todo 
falso caminho.
105 Lâm pada para os meus pés é tua 
palavra e luz, para o meu caminho.
106 Jurei e cumprirei que hei de guardar 
os teus justos juízos.
107 Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó S E ­
NHOR, segundo a tua palavra.
108 Aceita. SENHOR, eu te rogo, as ofe­
rendas voluntárias da minha boca; 
ensina-m e os teus juízos.
109 A minha alma está de contínuo nas minhas 
mãos; todavia, não me esqueço da tua lei.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar o Sal­
mo 119. Veremos a sua estrutura, seu 
propósito e o entusiasmo pelo compro­
metimento de viver os preceitos da Lei 
de Deus na sociedade. O estudo desse 
Salmo é um convite a potencializar a 
forma como nos relacionamos com a 
Bíblia, a Palavra de Deus.
I - O APEGO PELA PALAVRA
DE DEUS
1. A estrutura do Salmo 119,0 Salmo 
119 é o maior de todos os poemas do 
livro dos Salmos, bem como o maior 
texto da Bíblia (não é adequado de­
nominar os poemas dos Salm os de 
capítulos). Ele tem semelhança com o 
salmo 19, um poema menor que mostra 
a beleza da Lei no contexto da criação 
divina. O Salmo 119 também pode ser 
classificado na categoria de Salmos de 
sabedoria, como os Salmos 1 e 112, pois
tem como propósito estimular o leitora 
desenvolver uma vida reta e piedosa. Ele 
faz parte do quinto livro dos Salmos, É 
uma canção precisamente estruturada 
em forma de acróstico, o seja, há uma 
estrutura de 22 estrofes organizadas 
de acordo com as 22 letras do alfabeto 
hebraico (átefe, bet, guímeí até a letra taü). 
Essas 22 estrofes são compostas de oito 
versos cada. E cada verso inicia com a 
respectiva letra que forma cada estrofe. 
Por exemplo, a primeira estrofe (vv.1-8) 
é formada por oito versos e cada verso 
se inicia com a primeira letra do alfabeto 
hebraico átefe. Claro que a tradução 
do texto hebraico para o português 
não nos permite perceber claramente 
essa estrutura, mas quem consegue 
lê a Bíblia em hebraico percebe isso 
com clareza. Essa estrutura privilegia 
a guarda dos preceitos divinos, a partir 
da memória, no coração. O propósito 
é para que quem memoriza o Salmo 
tenha os preceitos da Lei como ponto de
JOVENS 85
referência na trajetória da vida e, assim, 
viva de acordo com as Escrituras. É um 
Salmo que auxilia o crente a ampLiar 
o pensamento bíblico, aprofundar o 
significado dos retos princípios e atingir 
um grande nível de fervor espiritual. 
Naturalmente, é impossível expor o 
Salmo 119 em uma lição. Por isso, abor­
daremos aqui duas porções do Salmo: 
l) vv.97-104; 2) w.105-112.
2. A meditação na Palavra traz sa­
bedoria e discernimento (w.97-100). Os 
versículos 97-104 formam a estrofe iniciada 
pela letra hebraica Mem. O versículo 97 
mostra que o salmista ama a Lei de Deus 
e, por isso, ela é a sua meditação diária. 
Os versículos 98-100 trazem a consequ­
ência dessa meditação diária: sabedoria 
e discernimento. Nesse sentido, nem o 
conhecimento dos inimigos, as lições dos 
melhores professores e nem mesmo a 
experiência dos idosos se comparam com 
a sabedoria que emerge da meditação 
na Palavra de Deus. A lição é clara: ser 
perito numa atividade profissional ter uma 
invejável cultura intelectual ou, até mesmo,envelhecer, não significa ser sábio e um 
bom discernidor dos tempos. Podemos 
ser peritos em alguma atividade, ser 
intelectualmente vigorosos, experientes 
na vida, mas completamente vazios dos 
princípios divinos que regem o nosso 
comportamento espiritual e moraL Só a 
meditação diária nos princípios eternos 
é capaz de nos tornar verdadeiramente 
sábios neste mundo (Sl 1.2,3; Tg 1.5). Isso 
só é possível porque guardamos o que 
está na Palavra (v.100).
3. A meditação na Palavra traz amor 
pela verdade (w.101-104). Os versículos 
101-104 mostram que quem observa 
os preceitos da Palavra desvia os pés 
do erro (v.101), não se afasta dos justos
juízos de Deus (v.102), ao ponto de de­
leitar a alma na Palavra de Deus (v.103).
É essa experiência com a Palavra que 
leva o crente ao perfeito entendimento 
da verdade e, ao mesmo tempo, o faz 
“aborrecer” os caminhos falsos. Assim, 
uma das consequências naturais para 
a vida de quem persevera em meditar 
diariamente na Palavra de Deus é amar 
o que é verdadeiro e aborrecer o que 
é mentiroso, ilusório e passageiro (Sl 
119.128; cf. Fp 4.8,9).
SUBSÍDIO O
“Este è o maior Salmo, e o capítulo 
mais longo da Bíblia. Pode ter sido es­
crito por Esdras depois que o Templo 
foi reconstruído (Ed 6.14.15). como uma 
reiterada meditação sobre a beleza e 
a importância da Palavra de Deus para 
nos mantermos puros e crescentes 
na fé. O Salmo 119 tem 22 seções cui­
dadosamente elaboradas, cada uma 
correspondente a uma letra diferente 
do alfabeto hebraico, e cada versículo 
com eça com a letra de sua seção. 
Quase todos os versículos fazem alusão 
à Palavra de Deus. Tal repetição era 
comum na cultura hebraica. As pessoas 
não tinham cópias das Escrituras como 
nós: por esta razão, o povo de Deus 
memorizava e a transmitia oralmente. 
A estrutura deste Salmo permitia uma 
fácil memorização. Lembre-se. a Palavra 
de Deus. a Bíblia, é o único guia seguro 
para vivermos uma vida santa.'
Bíblia de Estudo Aplicação PessoaL Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005. P 814)
II - A PALAVRA ILUMINA 0 CA­
MINHO DO JUSTO
1. A Palavra de Deus como direção 
para a vida (v.105). Os versículos 105-
86 JOVENS
112 formam a estrofe iniciada pela letra 
hebraica Num. O primeiro verso diz que 
a Palavra de Deus é como lâmpada para 
os nossos pés (v.105). A imagem da luz 
nesse versículo, como em outros, traz 
a ideia de direção de Deus para cami­
nhar na vida (Sl 112.4). Essa luz na vida 
de quem busca na Palavra de Deus o 
fundamento de tudo é como a luz do 
alvorecer que brilha cada vez mais até 
clarear o dia (Pv 4.18). É da Palavra de 
Deus que precisamos, diante de uma 
infinidade de atuais filosofias e ideologias 
que, no lugar de estimularem o melhor 
de nós, despertam os mais violentos 
vícios de nossa alma. A Palavra de Deus 
é a direção certa para o caminho da vida 
por que, diferentemente das filosofias e 
ideologias contemporâneas, ela trata os 
nossos vícios e nos estimula a desen­
volver as virtudes do Espírito que são 
remédios para as doenças da alma (Gl 
5.22-24). Permitamos à Palavra de Deus 
nos dirigir para as virtudes do Espírito 
e, ao mesmo tempo, instalarem nossa 
alma o desprezo pelos vícios e instintos 
pecaminosos.
2. Comprom etido com os retos 
juízos da Palavra (w .106-110). Ter a
Palavra de Deus como luz nos estimula 
a nos comprometer com ela. Por isso 
o salmista “jura" a "cumprir" o seguinte: 
guardar os justos ju ízos da Palavra 
(v.106). Ora, quem tem o privilégio de 
guardar a Palavra, sabe: a) que, no mo­
mento da aflição, pode ser “vivificado" 
por ela (v.107); b) que a vida piedosa 
tende a ser mais intensa (v.108); c) que 
no momento do perigo, ainda assim, 
não se esquece da verdade (v.109); d) 
que, diante das armadilhas do Inimigo, 
não se desvia dos preceitos da Palavra 
(v.110). Quem guarda a Palavra de Deus
se compromete, e se entusiasma com 
isso, a viver na contramão de todos e 
quaisquer valores contrários à ela. Qual 
tem sido o seu comprometimento para 
com os retos juízos da Palavra de Deus?
3. Guardando a Palavra como le­
gado recebido (w.111,112). O saLmista 
reconhece que o testemunho que se 
encontra na Palavra foi recebido como 
legado de seus pais (v.111 cf. Dt 6.1,4-9). 
Por isso, o seu coração está inclinado 
a guardar os decretos divinos para 
sempre (v.112). Esses dois versículos 
nos ensinam que recebemos a Palavra 
de Deus como um legado de nossos 
antepassados. A Igreja de Cristo não 
começou conosco, muito menos a sua 
igreja local. Houve homens e mulheres 
desprendidos que deram suas vidas 
para que a Palavra de Deus pudesse 
nos alcançar. Há uma nuvem de teste­
munhas antes de nós (Hb 12.1). Por isso, 
somos convidados a agradecer a Deus 
pelos nossos pais, professores de Escola 
Dominical e pastores que nos legaram 
a Palavra de Deus (2 Tm 1,13). Quantas 
vezes recebemos de Deus a Palavra 
por intermédio da vida de um irmão 
ou de uma irmã? E como aprendemos 
a Palavra com eles. Portanto, olhe para 
trás e conheça o legado dos irmãos do 
passado que nos transmitiram a Palavra 
de Deus, aprenda com eles no presente 
a fim de amadurecer para o futuro, e 
não esqueça do conselho do apóstolo 
Paulo ao jovem Timóteo: “Guarda o bom 
depósito pelo Espírito Santo que habita 
em nós” (2 Tm 1.14).
SUBSÍDIO O
“A Palavra de Deus oferece luz para 
o caminho, passo a passo, ao longo 
desse caminho (v. 105). Neste versículo,
JOVENS 87
temos uma orientação específica — 
lâmpada para os meus pés — e uma 
orientação geral para todo o curso da 
vida — luz, para o meu caminho. O 
salmista apresenta seu juramento de 
obediência (v. 106), e no meio de muita 
aflição ora: Vivifica-me (‘preserva [...] a 
minha vida', NV1) 1...1 segundo a tua pro­
messa (v. 107). A expressão: As ofertas 
voluntárias da minha boca poderíam 
significar: ‘o sacrifício de oração e louvor 
(Hb 13.15); promessas voluntárias de 
devoção à lei."
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005. p. 298.)
III - A BÍBLIA COMO PONTO DE
REFERÊNCIA PARA OS DESAFIOS
ATUAIS
1. A Bíblia como a base da trajetória 
da vida. Ao estudarmos o Salmo 119, 
percebemos que ele é um louvor a 
Deus pela existência da sua Palavra. 
Essa Palavra se encontra ao alcance 
de suas mãos por meio da Bíblia. Esta 
é a revelação especial de Deus para a 
humanidade. Ela é a revelação especial 
porque fala da história da redenção em 
que Jesus Cristo é o centro de toda 
essa história (Hb 1.1). Assim, a Bíblia é a 
base da trajetória de nossa vida porque 
ela nos revela Cristo e todos os seus 
ensinamentos necessários para a vida. 
Por isso a Palavra de Deus perpassa 
os lugares mais escondidos dentro 
de nós (Hb 4.12). Portanto, a Bíblia nos 
ensina a viver e, também, nos prepara 
para morrer, pois um dia prestaremos 
contas de tudo o que fizemos neste 
mundo (2 Co 5.10).
2. A Bíblia como obstáculo às es­
colhas erradas. O Salmo 119 nos ajuda 
a perceber a Bíblia como base para a
trajetória da vida. Ele também nos auxilia 
a compreender que, consequentemen­
te, a Bíblia é um obstáculo às escolhas 
erradas. Ora, como ela alcança a nossa 
mente, nos ajudando pensar a verdade, 
a amar a verdade e praticar a verdade, 
a Bíblia se torna um antídoto contra as 
escolhas erradas (cf. Tg 1.14). Quando 
pensamos, amamos e praticamos os 
valores da Bíblia, não há espaço para os 
valores secularizados (1 Jo 2.15-17). Por 
isso, diante de uma cultura seculariza- 
da, que nos estimula a tomar decisões 
desprovidas dos valores atemporais e 
eternos da Bíblia, decida de maneira 
entusiasmada a obedecer, de todo o 
seu coração, a Palavra de Deus. Sinta-se 
privilegiado de ser convocado por Deus 
a trilhar um caminho de sabedoria e 
discernimento num tempo marcado 
pela tolice e ignorância espirituais 
(vv.97-100).
3. A Bíblia como fundamento sóli­
do. O Salmo 119 também nos ajuda a 
perceber a Bíblia como um farol que 
ilumina tempos escuros. Sociólogos 
já descreveram este tempo como um 
"período Líquido" em que não há valo­
res sólidos, em que a superficialidade 
predomina navida de muitos jovens, 
suas esperanças e sentido de vida se 
desmancham com facilidade. Entre­
tanto, a Palavra de Deus é como um 
a rocha que traz fundamento a uma 
casa. Por isso, a Bíblia tem o poder 
de trazer lucidez e equilíbrio ao ser 
humano que perdeu a esperança. 
Nela, encontramos o sentido de nossa 
existência e somos encorajados a viver 
de acordo com esse sentido, de uma 
maneira divinamente coerente com 
o que Deus nos vocacionou a ser (2 
Tm 1.6,7).
88 JOVENS
ESTANTE DO PROFESSOR
Dicionário Bíblico Wycliffe. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2013,
O HORA DA REVISÃO
1. Como o Salmo 119 está estruturado?
E uma canção precisamente es­
truturada em forma de acróstico, o 
seja, há uma estrutura de 22 estrofes 
organizadas de acordo com as 22 
letras do alfabeto hebraico,
2. Qual é a consequência natural de 
perseverar em meditar diariamente 
na Bíblia?
Os versículos 10 1-10 4 mostram 
que quem observa os preceitos da 
Palavra desvia os pés do erro (v.ioi), 
não se afasta dos justos juízos de 
Deus (v.102), ao ponto de deleitar 
a alma na Palavra de Deus (v.103).
3. Diante da infinidade das atuais filoso­
fias e ideologias, do que precisamos?
É da Palavra de Deus.
4 . Segundo a lição, o que a Bíblia nos 
ensina?
A Bíblia nos ensina a viver e, tam­
bém, nos prepara para morrer.
5. De acordo com a Lição, o que en­
contramos na Bíblia?
Nela, encontramos o sentido de 
nossa existência e somos encora­
jados a viver de acordo com esse 
sentido de uma maneira divina­
mente coerente com o que Deus 
nos vocacionou a ser (2 Tm 1.6,7).
© CONCLUSÃO
A presente lição nos encorajou a ter a 
Bíblia em alta conta. O Salmo 119 nos 
ajuda a refletir a respeito da importância 
da meditação na Bíblia, a Palavra de 
Deus, em nossa trajetória de vida. Certa- 
mente, você está inserido num contexto 
externo em que os valores da Bíblia são 
desprezados. Entretanto, você tem a 
oportunidade de revelar esses valores 
bíblicos no contexto de sua vivência, de 
modo que as pessoas sejam influenciadas 
pelos princípios atemporais e eternos 
que brotam das Sagradas Escrituras. 
Portanto, honre a Palavra de Deus em 
qualquer lugar que você esteja!
r
ANOTAÇAO
A BELEZA DA UNIDADE 
ESPIRITUAL
TEXTO PRINCIPAL
"Oh! Quão bom e quão 
suave é que os irmãos 
vivam em união!"
(SI 133.1)
RESUMO DA LIÇÃO
A unidade da Igreja de 
Cristo começa em Deus, 
em nosso relacionamento 
pessoal com Cristo.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA - l Sm 17 28,29
A falta de unidade familiar
TERÇA - l Sm 18.7-9
Davi teve que lidar com o 
ciúme de Saul
QUARTA - 2 Sm 5-1-4
A unificação do reino de Israel 
QUINTA-Jo 1723
Unidade espiritual gera fidelidade
SEXTA - Jo 15-5
Unidade espiritual gera frutos 
SÁBADO - At 2.42
Unidade gera perseverança
90 JOVENS
OBJETIVOS
• MOSTRAR a beleza da unidade;
• COMPREENDER que fomos unidos para a fidelidade e frutificação;
• EXPLICAR os elementos da unidade na Igreja,
\
/
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito de um 
tema bem relevante para o crente: a unidade. Esta é a temática do Salmo 133. 
Será feita uma relação deste Salmo com a oração sacerdotal do Senhor Jesus 
encontrada em João 17.20-23. Veremos que a verdadeira unidade dos cristãos 
começa em Deus, no nosso relacionamento pessoal com Cristo. Todos os nossos 
relacionamentos vão depender desta verdade irrefutável.
Você e seus alunos verão que o Salmo 133 tem muito a nos ensinar a respeito 
da beleza da unidade entre o povo de Deus. A unidade espiritual traz a unção 
e a bênção do Senhor. Desejamos que você exale a unção divina em seu coti­
diano por meio da unidade. Nada é mais incrível do que uma classe de Escola 
Dominical unida na causa do Evangelho. Como Deus se agrada de uma igreja 
que é uma na doutrina e faz o que Jesus ordenou que seja feito.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), sugerimos que você reproduza o esquema abaixo no quadro. 
Utilize na introdução do primeiro tópico da lição. Inicie fazendo a seguinte per­
gunta aos atunos. “Por que a união é importante?"
i,Faz da Igreja um exemplo para o mundo e ajuda a aproximaras pessoas do Se­
nhor
2 Ajuda-nos a cooperar conforme a vontade de Deus, antecipando um pouco da alegria 
que teremos no Céu;
3. Renova e revigora 0 ministério, porque existe menos tensão para extrair a nossa 
energia. Viver em união não significa que concordaremos em tudo; haverá muitas 
opiniões, da mesma maneira que existem muitas notas em um acorde musical. 
Mas devemos concordar em nosso propósito na vida; trabalhar juntos para Deus. A 
união reflete a nossa concordância de propósitos.
Adaptado de B íb lia de Estudo Aplicação Pessoal: CPAD. p. 822.
JOVENS 91
Salmos 133.1-3
1 Oh! Quão bom e quão suave é que os 
irmãos vivam em união!
2 É como o óleo precioso sobre a cabe­
ça, que desce sobre a barba, a barba 
de Arão, e que desce à orla das suas 
vestes.
3 Como o orvalho do Hermom, que desce
sobre os montes de Sião; porque ati 
o SENHOR ordena a bênção e a vida 
para sempre.
João 1720-23
20 Eu não rogo somente por estes, mas
também por aqueles que, pela sua 
palavra, hão de crer em mim.
21 Para que todos sejam um, como tu. 
ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que 
também eles sejam um em nós, para 
que o mundo creia que tu me enviaste.
22 E eu dei-lhes a glória que a mim me 
deste, para que sejam um, como nós 
somos um.
23 Eu neles, e tu em mim. para que etes 
sejam perfeitos em unidade, e para que 
o mundo conheça que tu me enviaste 
a mim e que tens amado a eles como 
me tens amado a mim.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito 
do tema da unidade encontrado no Sal­
mo 133. Relacionaremos 0 Salmo com a 
oração sacerdotal do Senhor Jesus (Jo 
17.20-23) e veremos que a verdadeira 
unidade dos cristãos começa em Deus, 
no nosso relacionamento pessoal com 
Cristo para, então, nos reLacionarmos 
com os irmãos. Esse relacionamento 
passa pela perseverança na doutrina, 
na piedade e no serviço cristão (At 2.42).
I - A BELEZA DA UNIDADE
1. O Salmo 133. É um Salm o de 
Davi, denominado dos degraus ou das 
peregrinações. Há pelo menos mais 15 
salmos na categorias dos degraus (120 
a 134). A característica principal deles 
é a de serem canções de adoração 
enquanto o povo de Deus peregrinava 
ao Monte Sião para adorar ao Senhor. 
Nesse aspecto, o tema desse salmo é 
a unidade. Na adoração, a unidade é 
o elemento indispensável. É o contra­
ponto a qualquer ideia de egoismo ou 
disputa. O Salmo 133 revela a beleza da
unidade de uma família natural, bem 
como da família espiritual.
2. A unidade é boa e suave (v.i).
Nesse versículo, duas expressões se 
destacam ; “quão bom” e “suave”. O 
salmista deseja demonstrar a beleza 
da unidade entre irmãos de uma família 
natural para animar a unidade espiritual 
da nação. Aqui, devemos levar em conta 
que nem sempre é possível que irmãos 
de carne habitem na mesma família. 
Passagens da Bíblia-mostram isso a 
respeito de Esaú e Jacó (Gn 36.6-8) e 
o desentendimento entre Abraão e seu 
sobrinho Ló (Gn 13.6). Quando irmãos 
vivem guerreando entre si, famílias in­
teiras sofrem. Entretanto, a força desse 
primeiro versículo reside exatamente 
em perceber que, se há degradação 
na desarmonia familiar, há beleza na 
unidade e harmonia entre irmãos: a 
família toda é abençoada, a paz e a 
harmonia predominam, bondade e 
suavidade têm lugar na família. Quem 
não gosta de desfrutar da bondade e 
da suavidade de um ambiente familiar? 
Essa imagem da unidade familiar deve
92 JOVENS
transbordar para a unidade espiritual, 
pois o salmista espera que os peregri­
nos israelitas apliquem essa verdade 
ao subir unidos para adorar no Templo. 
Na realidade da igreja local, somos 
irmãos espirituais em Cristo e como é 
belo, bom e suave quando a unidade 
é a nossa realidade.
3. Duas imagens: o óleo da unção 
e o orvalho de Hermom (vv. 2,3). Davi, 
o salmista, usa duas imagens para fa­
lar a respeito do valor e da beleza da 
unidade: o óleo da unção e o orvalho 
de Hermom.
a) O óleo da unção sobre o sum o 
sacerdote.A consagração do sumo 
sacerdote acontecia apenas uma vez 
na vida dele e tratava-se de coisa san­
ta. O perfume do óleo exalava todo o 
ambiente conforme ele escorria sobre 
o corpo do sumo sacerdote, sua cabe­
ça e barba, bem como suas vestes. A 
comparação é clara: a unidade espiritual, 
observada do ponto de vista de Deus, 
é coisa santa, sagrada, que destila 
bom perfume, formosura e doçura em 
qualquer ambiente pelo qual passar.
b) O orvatho de Hermom que desce 
sobre os montes de Sião. Do ponto de 
vista geográfico, o monte Hermom 
está bem distante do montes de Sião, 
estes ficam no sentido sul, aquele em 
sentido norte. O Hermom é cercado de 
uma região em que 0 sol é escaldante. 
Entretanto, por ser um monte bem 
elevado, seu pico sempre está coberto 
de neve. É o orvalho do Hermom que 
levará frescor e vida à área de vegeta­
ção castigada pelo sol escaldante, até 
chegar ao monte de Sião, a morada 
do Deus Todo-Poderoso, de onde Ele 
ordena todas as bênçãos. Assim, é o 
amor fraterno, a unidade entre irmãos.
Ele traz frescor em periodo de sequidão: 
saúde, em momento de enfermidades: 
conforto, alegria e vida para a família 
espiritual (cf. At 2.46,47).
© P E N S E !
0 que a unidade pode produzir?
© PONTO IMPORTANTE!
A unidade pode p roduzir frescor,
saúde, conforto, alegria e vida.
SUBSÍDIO #
“O Salmo 133 é um breve cântico de 
Louvor pela alegria decorrente da união 
entre irmãos, tanto da famíüa natural como 
da família espiritual de Deus. Oesterley e 
Taylor entendem que o Salmo se refere 
ao acordo do levírato na vida familiar, em 
que os irmãos casados continuam a viver 
juntos na mesma casa. Barnes entende 
que esse Salmo descreve a vida em 
comunhão dos judeus que vinham a Je­
rusalém para as festas anuais. No entanto, 
ele apresenta um significado mais amplo 
no que diz respeito à família da fé. Existe 
uma unidade espiritual entre os filhos de 
Deus que transcende inclusive barreiras 
denominacionaís. Como diz um veLho 
ditado: Você não vê as cercas quando 
o trigo está alto' (Jo 17.17-23).”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005, p. 313.)
II - UNIDOS PARA A FIDELIDADE
E FRUTIFICAÇÃO
1. Unidade na igreja. Da mesma 
forma que o salmista desejava que a 
nação compreendesse 0 valor, a beleza 
e a importância da unidade espiritual 
(Sl 133.1-13), nosso Senhor desejou a 
perfeita unidade de sua Igreja (Jo 1720- 
23). O Senhor Jesus não só desejou isso,
JOVENS 93
Ele orou por isso (v.20). Essa oração 
tem uma perspectiva futura, a respeito 
dos que “hão de crer em mim” (v.20). 
Nosso Senhor sabia que a unidade é 
boa e suave (Sl 133.1) e sua Igreja não 
pode renunciar à ela.
2. A unidade começa em Deus. Como 
Davi tomou o exemplo da consagração 
do sumo sacerdote e do orvalho de 
Hermom, para representara bondadee 
a suavidade e a unidade exalam, nosso 
Senhor tomou o seu relacionamento 
com o Pai para que a Igreja estivesse 
unida ao Pai e ao Filho (Jo 17.21). Nessa 
perspectiva, a unidade entre irmãos não 
é possível sem um verdadeiro relacio­
namento pessoal com Deus.
3. Unidade entre irmãos. Com o 
irmãos espirituais, nossa unidade deve 
ser à Luz da unidade do Filho com o 
Pai (v.22). Assim, seremos aperfeiçoa­
dos por Cristo nessa relação fraternal 
(v.23). É uma unidade que começa em 
nossa união espiritual com Cristo, onde 
a Bíblia diz que somos um Corpo e 
Cristo, a cabeça (1 Co 12.12; Ef 5.23): 
um edificio cujo fundamento é Cristo 
(1 Co 3.10,11). Com base nessa verdade, 
som os cham ados a perseverar em 
unidade como a igreja em Atos dos 
Apóstolos (At 2.46; 5 42; 9.31). Assim 
sendo, a ideia de uma igreja local di­
vidida, isto é, família espiritual não tem 
origem em Cristo nem em sua Palavra. 
A ideia de uma juventude divorciada 
de uma profunda convivência cristã na 
igreja local não tem rastro algum na 
Palavra de Deus. Essa convivência se 
dá por meio de alguns elementos bem 
concretos que, segundo o que lemos 
na Palavra de Deus, são bem claros: 
a doutrina, a piedade e o serviço (At 
2.42). A unidade deve levar em conta o
que temos em comum, ou seja, cremos 
na mesm a fé, praticamos a mesma 
piedade e prestamos 0 mesmo serviço.
© PENSE!
Onde a unidade cristã começa?
® PONTO IMPORTANTE!
A unidade cristã começa em Deus.
SU BSÍD IO #
Professoría), explique aos alunos que 
“provavelmente não escolhería os dois 
exemplos dados por Davi para a paz com 
as pessoas: o óleo da unção do sumo 
sacerdote e o orvalho do monte Hermom 
caindo sobre os montes de Sião. Davi 
escolheu essas metáforas para falar de 
três verdades. Primeiro, para Davi, a união 
seria coisa rara, Davi desfrutou de poucos 
momentos preciosos de paz com outras 
pessoas. Inicialmente, nem seu pai nem 
seus irmãos tinham um alto conceito 
dele. Segundo, a união, quando ocorre, 
vem em abundância. A cabeça, a barba 
e as vestes do sumo sacerdote ficavam 
encharcadas do óleo da unção. O orvalho 
do Hermom inunda qs arredores de Sião. 
Terceiro, a união vem como um dom de 
Deus. A tríplice repetição da palavra he­
braica 'desce' parcialmente se perde na 
tradução para o inglês, O ‘óleo precioso 
sobre a cabeça, que desce sobre a barba, 
a barba de Arão, e que desce à orLa de 
suas vestes... o orvalho do Hermom, que 
desce sobre os montes Sião (w, 2,3).”
(WOOD, George, Um Salmo em Seu Coração. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2006. pp. 538.539.)
III - ELEMENTOS DA UNIDADE
DA IGREJA
1. Unidade na doutrina. O Novo 
Testamento apresenta a doutrina como
94 JOVENS
elemento importante da unidade cris­
tã: “E perseveravam na doutrina dos 
apóstolos" (At 242). A “doutrina" aqui, 
ou “ensino", é o ensino de Jesus em seu 
ministério e quando por ocasião de sua 
aparição aos apóstolos durante 40 dias, 
após ter ressuscitado (At 1.3). Todo esse 
ensino foi transmitido aos apóstolos, 
e estes transmitiram à Igreja (Ef 2.20). 
Esta, por sua vez, tem o compromisso 
de preservar essa herança apostólica 
recebida diretamente de Jesus, Nesse 
caso, os jovens da Igreja de Cristo devem 
ter uma consciência doutrinária. Não por 
acaso, 0 apóstolo Paulo falou a respeito 
da perseverança na doutrina ao jovem 
Timóteo: “Tu, porém, tens seguido a 
minha doutrina permanece naquilo 
que aprendeste e de que foste inteirado, 
sabendo de quem o tens aprendido" (2 
Tm 3.10,14). Antes de pensarmos em fazer 
algo, é preciso pensar corretamente 
em algo. Nesse sentido, precisamos 
acessar intelectualmente a doutrina da 
PaLavra de Deus. A doutrina fala ao nosso 
intelecto, à nossa razão, por intermédio 
do Espírito Santo. Deus nos deu essa 
faculdade cognitiva para conhecer as 
suas verdades.
2. Unidade na piedade. Não basta 
apenas conhecer a doutrina correta, é 
preciso amar e viver a doutrina de Cristo, 
seu ensino e sua vida. O Cristianismo 
bíblico tem como base uma pessoa: 
Jesus Cristo, que foi crucificado, morto, 
sepultado e que ressuscitou ao terceiro 
dia. Nesse sentido, é preciso relacionar- 
-se com essa pessoa: Jesus Cristo. Isso 
acontece por meio da prática da vida 
piedosa, como contemplamos na pri­
meira igreja (At 2.42). Quando exercemos 
a piedade por meio das disciplinas da 
oração, do jejum, da leitura devocional
da Bíblia, das presenças regulares aos 
cultos e reuniões de oração da igreja 
local, estam os desenvolvendo um 
relacionamento pessoal com Jesus 
Cristo. Então, passamos amar o que com­
preendemos intelectualmente. Assim, 
experimentamos de maneira concreta 
que a PaLavra de Deus é a verdade que 
traz sentido para a nossa vida.
3. Unidade no serviço. Devemos 
conhecer a doutrina de Cristo, amar a 
pessoa de Cristo e praticar o que ELe 
ensinou. Aqui, nos referimos à prática das 
boas obras em favor do próximo, como 
acontecia na vida da igreja apostólica 
(At 242). Partilhar os bens para suprir 
a necessidade de uma pessoa, como 
resultado da compreensão do conteúdo 
transmitido pelos apóstolos e do amor 
despertado pelo relacionamento com 
o Senhor, era uma marca da igreja de 
Atos (At 244). É uma bênção quando 
há unidade entre os cristãos com a 
finalidadede suprir as necessidades de 
nossos irmãos. Certamente você deve 
conhecer alguém em sua igreja que 
precise de uma mão estendida. Assim, a 
juventude cristã é chamada para servir 
ao próximo em unidade como conse­
quência de pensar corretamente o que 
Jesus ensinou, de amar a Pessoa dEle, 
e por isso, fazer o que Ele ordenou (Lc 
10.25-37). Portanto, pensemos na mesma 
doutrina, amemos a mesma pessoa e 
pratiquemos o que Jesus ensinou.
0 PENSE!
Q uais eLementos co n stitu iem a
unidade cristã?
@ PONTO IMPORTANTE!
Unidade na doutrina, na piedade e
no serviço.
0 CONCLUSÃO
O Salmo 133 nos ensina a beleza da 
unidade entre o povo de Deus. A uni­
dade espiritual é como um perfume 
que exala seu doce aroma em todos 
os ambientes. Nosso Senhor espera 
que vocè exale esse aroma por meio 
da unidade. Nada é mais incrível do 
que uma juventude unida na causa do 
Evangelho. Como Deus se agrada de 
uma juventude que pensa na mesma 
doutrina, ama a mesma pessoa e faz 
exatamente o que Jesus ordenou 
que fizesse!
ANOTAÇÃO
© HORA DA REVISÃO
1. Q ual a característica principal 
dos Salmos dos degraus ou das 
peregrinações?
A característica principal d e le s : A 1 ; ; h 
é a de ser canções de adoração - , j : ■; •* ;.J 
enquanto o povo de Deus p e re -,; j 
grinava ao Monte Sião para adorar ' ' ; «
o Senhor. f '
2. O que o salmista deseja demons­
trar no Salmo 133?
O salmista deseja demonstrar a , ' j ■ ■ ' j 
beleza da unidade entre irmãos d e . - 
uma família natural para animar a ; 1; ; ' :,
unidade espiritual da nação.
3. Para representar a ideia de unida­
de, qual imagem o Senhor Jesus 
apresentou?
A imagem de um Corpo e Cristo. , .
o cabeça (1 Co 12.12: Ef 5.23); um • : 
edifício cujo fundamento é Cristo ‘ : ; ;
(1 Co 3.10,11),
4. A que a palavra “doutrina" se refere?
A “doutrina" aqui, ou "ensino", é o ■ j ‘ - 
ensino de Jesus em seu ministé- C : - -
rio e quando por ocasião de sua ’ ; ’ '
aparição aos apóstolos durante :
40 dias, após ter ressuscitado - 
(At 1.3). •! .• ■*.<• J -J
5. Com o podemos desenvolver o 
nosso relacionamento com Cristo?
Quando exercemos a piedade por 
meio das disciplinas da oração, • 
do jejum, da leitura devocionalda . í i 
Bíblia, das presenças regulares ■ 
aos cultos e reuniões de oração da í ' j 
igreja local, estamos desenvolvendo . . ** j 
um relacionamento pessoal com 1 ' - ’
Jesus Cristo.
ç • í , -
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I CPADvideo ISSN 2175-8136
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i APRENDENDO A AMAR 
A LEI COM OS SALMOS
'Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite". Salmo 1.2
Em nossas Bíblias há um livro especial, composto por uma série de 
canções atemporais chamadas de salmos. Estas têm gerado frutos 
em todas asgerações cujas mensagens gotejam o óleo de glória que 
nos capacitam a viver além das dificuldades do dia a dia.
Por isso, vale á pena gastarmos algum tempo refletindo, nas palavras 
sábias e princípios eternos entrelaçados nos Salmos. Veja$r-exemplo-. 
do quanto de sabedoria o principados pregadores; Spurgeon; extraiu 
dé um único! versículo, o Salmo 1.2:
“Vamos cantar uma canção de Davi a Cada dia da semana. Eu creio que 
estas letras, testadas pelo tempo, adicionarão exatamente o óleo suficiente 
aos nossos dias, permitindo que vivamos as verdades destes salmos.
Agora observe o caráter positivo do bem-aventurado: “Antes, tem o seu 
prazer na lei do Senhor”. Ele não está sob a lei como maldição e condenação, 
mas está nela e tem prazer de estar nela como regra-de vida./
Além disso, tem prazer em meditar na lei, lendo-a de dia e pensando nela 
de noite (“e na sua lei medita de dia e de noite”). Escolhe um texto e o leva 
consigo o dia todo. Nas vigílias da noite, quando o sono lhe abandona ás 
pálpebras, ele se afunda na meditação da Palavra de Deus. No dia da pros­
peridade, canta salmos da Palavra de Deus, e na noite da aflição, consolá-se 
com as promessas do mesmo livro.
Mas permitam-me uma pergunta: O seu prazer está na lei do Senhor? Você 
estuda a Palavra de Deus? Você faz da Bíblia o seu auxiliar indispensável, 
a sua melhor companhia o o seu guia de hora em hora? Se as respostas 
não forem afirmativas, esta bênção não lhe pertence.”

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