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Nós Cirúrgicós Definicãó: O nó cirúrgico é a unidade fundamental da hemostasia definitiva e da síntese. O nó deve ser executado de maneira padronizada e segura. Fúncãó: O essencial é que se estabeleça os três objetivos básicos da sutura (aproximação, recobrimento e hemostasia) quanto for necessário. Cãrãcteristicãs: Deve ser de fácil execução. O principal é que não se afrouxe, permitindo perfeito ajuste das bordas a serem afrontadas. A quantidade de pontos necessária para uma sutura adequada depende do local anatômico e sua função e do calibre e tipo de fio empregado. O mesmo deve estabelecer o tempo de retirada dos pontos (quando necessário). Quanto antes a retirada do fio de sutura, desde que observado o tempo para cicatrização do tecido, melhor o resultado estético e menor a reação tecidual. O nó bem-executado exige atenção aos seguintes itens: • não deve ser cruzado, sob risco de rompimento; • o primeiro nó não deve estar frouxo; • deve-se empregar forças iguais em ambos os braços do fio, sem deslocar o nó; • os dedos indicadores acompanham o laço do nó, dirigindo-o e fixando-o no local apropriado e com tensão apropriada; • na execução do segundo nó, evita-se a tração do primeiro já executado, pois qualquer tração mais intensa removerá o primeiro nó; • o número de nós varia de acordo com o tipo de fio empregado e com os tipo de tecido. Os fios finos e monofilamentares (mononylon e Prolene), pela propriedade de “memória” do fio, exigem a execução de mais de três nós. Seminós: O nó cirúrgico, em geral, contas de uma primeira laçada que aperta (1º seminó faz a contenção → seminó constritor), e uma segunda fixadora, que impede o afrouxamento da primeira (2º seminó fixa o entreleçamento → seminó fixador). Quando há necessidade de maior segurança acrescenta-se um terceiro nó (3º seminó é o fixador de reforço → seminó reforço), também utilizado quando existe tendência de os anteriores afrouxarem-se. Cada laçada deve ser feita no sentido oposto ao da anterior, caso contrário, o nó tende a se afrouxas. Além disso, deve-se usar mais os dedos do que as mãos e deve-se deslizar o nó com o indicador esticado. Nó Cómúm: Dois seminós simples seguidos realizados com apenas uma mão. Dentro do nó comum temos: o Nó quadrado: mais seguro, possui duas passagens diferentes (dois seminós simples em direções opostas), é assimétrico, mais resistente a o deslizamento. o Nó falso: deslizante, não é adequado, tem duas passagens iguais (um seminó simples sobreposto sobre o outro), é simétrico. Se você amarrar um fio (1° seminó) da esquerda sobre a direita e sobre ele um segundo seminó também da esquerda sobre a direita, você produz um nó comum (você também poderia amarrar dois fios da direita sobre a esquerda, da direita sobre a esquerda). No nó comum, os fios dos dois seminós se cruzam em vez de correrem paralelos como no nó direito, encurtando o comprimento de contato. Em um nó comum as extremidades tendem a estar em ângulos retos com as partes fixas. Nó Direitó: Amarre dois fios (1° seminó) da esquerda sobre a direita, por exemplo, cruzando os fios de forma que o fio esquerdo é tracionado para a direita e o fio direito é tracionado para a esquerda, e crie um segundo seminó cruzando o que é agora o fio direito para a esquerda, sobre o fio esquerdo. Isso forma um nó direito. Em um nó direito as extremidades estão paralelas às partes fixas. Nó Córredicó: Se você criar os mesmos seminós para um nó comum e um nó direito, mas mantiver um fio esticado, você produz um nó corrediço. Isso enfatiza a necessidade crítica, quando apertar os nós, de manter corretamente sua relação. Tecnicã de Pãúchet: Técnica utilizando o dedo médio para a confecção do nó, unimanual. Possui rápida execução e desvantagem em tecidos sob tensão. 1. A mão direita (dominante, fio amarelo) que dá o nó cruza o fio por baixo. A mão esquerda passa o fio por baixo, para mão direita que vai fará o nó (fica cruzado em cima). No nó comum uma mão trabalha (dominante) enquanto a outra fica parada. 2. Segura o cordão da mão direita com o indicador e polegar (no formato de pinça), apoia os 3 dedos e vira a palma da mão para cima. O fio fica encostado no mindinho. 3. O fio da mão esquerda vem por cima (fio preto), formando um 4. (Fica encostado no indicador) 4. Usa-se o dedo médio para confeccionar o nó. O dedo médio passa por cima do fio preto, enroscando o fio amarelo por baixo e o trazendo para dentro da laçada. 5. Retiram-se os dedos e os fios são puxados para se fizarem, finalizando o nó. Tecnicã Cirúrgiãó: 1º seminó duplo e 2º seminó simples, independente da técnica utilizada para a confecção dos seminós 1. Com a mão direita faz-se a técnica do dedo médio (passa fio amarelo por baixo). E a mão esquerda usa a técnica do indicador então passa por cima. 2. O fio amarelo é pego em pinça com a técnica do dedo médio, sendo os 3 dedos apoiados para virar. 3. A mão esquerda leva o fio para baixo do polegar. 4. Realiza-se o seminó simples. Tecnicã Sãpãteiró: Realizam-se 3 seminós. Possui lenta elaboração mas permite a realização de seminós sem diminuir a tensão do nó, mantendo os fios sempre esticados. 1. Fio esquerdo passa para o lado direito (por cima). 2. Fio direito passa para o lado esquerdo (por baixo). 3. O fio da mão direita passa por cima da mão esquerda, colocando o polegar entre os fios. 4. O polegar e o indicador direitos em pinça pegam a ponta do fio da mão por cima 5. Pegar novamente a ponta com a mão esquerda. 6. Deslizar o seminó dado com o dedo indicador esticado. Tecnicã Sãpãteiró Invertidó: 1. Fio esquerdo passa para a direita (por baixo). 2. Fio direito passa para o lado esquerdo (por cima). 3. Dedo polegar direito traciona o fio direito por fora e entra por baixo do fio esquerdo, ficando o fio direito à esquerda do fio esquerdo. 4. O polegar direito fica entre o fio direito e o fio esquerdo. 5. Dedo indicador direito e o dedo polegar fazem uma pinça, pegando o fio esquerdo que estava sendo segurado pela mão esquerda, e o puxa para cima, passando novamente para a mão esquerda e dando o seminó. 6. Deslizar o semi-nó dado com o dedo indicador esticado. Tecnicã Cóm ó Dedó Indicãdór: 1. No fio amarelo mão direita, apoia o fio no polegar e o dedo indicador fica livre 2. Ao fazer o 4, o fio preto está passao por baixo do polegar 3. O dedo indicador passa por dentro do laço e por cima do fio preto 4. O fio amarelo é “pescado” embaixo e trazido por dentro do laço. Referenciãs Bibliógrãficãs: a) Manual de Técnica Cirúrgica Para a Graduação – Luís Marcelo Inaco Cirino b) 1. CIRINO, L.M.I. Manual de técnica cirúrgica para a graduação. 1a edição. São Paulo: Sarvier, 2006. 111p. c) KIRK, R.M. Bases técnicas da cirurgia. 6a edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 224p. d) GOFFI, F.S. Técnica cirúrgica – bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 4a edição. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte: Atheneu, 2006. 822p. e) PHILLIPS, N; SEDLAK, P.K. Novo manual de instrumentação cirúrgica. 1a edição. São Paulo: Rideel, 2012. 280p