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Trabalho e organização produtiva
Apresentação
O trabalho é uma atividade inerente à vida humana, que garante a sobrevivência e a prosperidade 
do indivíduo e da sociedade. Entender as relações de trabalho e como se baseiam as relações 
trabalhistas no contexto econômico é fundamental para compreender a própria dinâmica da 
sociedade, tendo em vista que as funções atreladas ao trabalho sempre moldou a hierarquia social.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a importância do trabalho para a atividade 
econômica, realçando alguns desafios da classe trabalhadora, quais são as diversas formas de 
organização do trabalho e a consequência da implementação das teorias organizacionais na forma 
de trabalho e produção. Por fim, vai conhecer um pouco mais sobre a organização do trabalho no 
Brasil e os desafios e as mudanças no cenário econômico brasileiro – desde o trabalho escravagista 
até o emprego fixo assalariado serão analisados como forma de exemplificação das alterações nos 
formatos e nas dinâmicas da organização do trabalho e das instituições.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Caracterizar as relações trabalhistas no contexto econômico.•
Discutir a organização do trabalho e suas consequências.•
Analisar os modos de organização do trabalho no Brasil.•
Desafio
O desemprego no Brasil é um fator que leva medo a milhares de pessoas historicamente. A 
ausência de emprego gera aumento da pobreza, diminuição da renda familiar e inúmeros desafios 
para o sustento dos lares, além de provocar redução média dos salários em razão da quantidade de 
pessoas para exercer funções menos especializadas.
Veja a seguinte situação:
Você é professor de Geografia e precisa fazer com que seus alunos compreendam a problemática 
levantada. Seu desafio é demonstrar os dados da taxa de desemprego atual no Brasil, apontando, 
por meio da construção de um texto, as principais consequências desse processo.
Lembre-se de verificar o percentual da população economicamente ativa (PEA) e o percentual de 
pessoas que saem do mercado de trabalho para melhor expor os argumentos. Construa um texto 
didático, pensando que o aluno leitor deva compreender os argumentos expostos.
Infográfico
Os sistemas produtivos taylorista, fordista, toyotista e volvista, embora tenham sido criados em 
tempos distintos, existem até os dias atuais e moldam as formas de organização do trabalho nas 
empresas. Distinguir cada um deles é fundamental para compreender os diferentes tipos de 
organização produtiva.
No Infográfico a seguir, conheça as diferenças básicas em cada um desses sistemas de produção.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/2289e1be-ab17-40dd-a892-ba2d998230bd/fbf9a164-53c0-4a5a-8508-a16d2f0fb6ac.jpg
Conteúdo do livro
Entender as diversas formas de trabalho e as mudanças históricas que as sociedades vivenciaram a 
partir de novas formas de produzir e consumir é essencial. A partir da Revolução Industrial e da 
consolidação do sistema capitalista, as formas de trabalho humano modificaram drasticamente. Os 
sistemas produtivos e as teorias de gerência científica impuseram novas formas de lidar com a 
produção, com o tempo e com a própria organização do trabalho. 
Na obra Geografia econômica, leia o Capítulo Trabalho e organização produtiva, base teórica para 
esta Unidade de Aprendizagem, e veja quais foram os principais processos que modificaram as 
relações de trabalho humano e como essas mudanças ocorreram no Brasil a partir do século XX 
com a diversificação da base econômica. Veja, ainda, como ocorreram as alterações nas 
organizações e nas formas de trabalho exercidas neste século. 
Boa leitura. 
GEOGRAFIA 
ECONÔMICA 
Jhonatan dos Santos Dantas
Trabalho e organização 
produtiva
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Caracterizar as relações trabalhistas no contexto econômico.
  Discutir a organização do trabalho e suas consequências.
  Analisar os modos de organização do trabalho no Brasil.
Introdução
O trabalho garante a sobrevivência e a prosperidade da sociedade, e as 
funções atreladas a ele moldam a hierarquia social. Por isso, conhecer as 
consequências da organização do trabalho é fundamental para entender 
a própria dinâmica da sociedade.
Após a Revolução Industrial, no século XVIII, novas formas de orga-
nização no contexto trabalhista emergiram para responder aos anseios 
econômicos da época. Incluem-se mudanças tanto organizacionais 
quanto produtivas. Os trabalhadores tiveram que aprender um novo jeito 
de lidar com o tempo. Além disso, novas profissões e novos mercados 
surgiram. O artesanato, o comércio e a agricultura, por exemplo, foram 
substituídos por trabalhos mais mecânicos em virtude da consequente 
necessidade de produção em larga escala. Esses processos chegaram ao 
Brasil e modificaram as relações sociais e territoriais, impondo às regiões 
uma nova organização socioprodutiva. 
Neste capítulo, você vai estudar as relações trabalhistas no contexto 
econômico. Para isso, também vai ler sobre a organização do trabalho, 
conhecendo suas consequências e seu funcionamento em âmbito na-
cional e internacional.
Relações trabalhistas no contexto econômico
O trabalho estrutura as bases da existência e a produção da vida social. Au-
tores como Karl Marx (1867) e, mais recentemente, Dermeval Saviani (1986) 
e Paulo Tumolo (2005) afi rmam que trabalho é a atuação humana sobre a 
natureza e sobre a própria realidade, de modo que essa atuação acaba por 
suprir as necessidades humanas. Por meio do trabalho, ao longo do tempo, 
as sociedades criaram técnicas essenciais à sobrevivência, que contribuiriam 
para a estruturação econômica da vida social posteriormente. A evolução das 
técnicas e do meio técnico criado pela sociedade, portanto, favoreceu a evolução 
de um sistema econômico que consolidou o capitalismo. Esse sistema passou 
a comandar as relações sociais por meio de uma cultura de acumulação de 
riquezas, que vai ter nas relações de trabalho um papel central.
Antes mesmo da estruturação do sistema capitalista, o trabalho já era 
um elemento fundamental para a sociedade e já sofria de certo modo grande 
exploração e precarização. A divisão do trabalho humano sempre foi baseada 
em hierarquia, que dividia a sociedade em nobreza, servos, camponeses e 
escravos. O tipo de trabalho e a função exercida na sociedade definia o grupo a 
que o sujeito iria pertencer. Portanto, desde a antiguidade havia uma hierarquia 
social pautada por, entre outras coisas, o trabalho. No entanto, foi depois da 
consolidação do sistema capitalista, nos séculos XVIII e XIX, e da Revolução 
Industrial, que o trabalho ganhou uma dimensão diferente, essencial para 
acumulação de riquezas e funcionamento do capitalismo.
O trabalho é fundamental para compreender o sistema capitalista, pois é 
ele que determina o valor das coisas. É o que chamamos de teoria do valor. 
Uma mercadoria é feita por meio do trabalho, então o valor dessa mercadoria 
é influenciado pelo trabalho, isto é, pelas condições em que foi feita a merca-
doria, pela habilidade do operário, pela técnica e pelo tempo necessário, entre 
outras variáveis. No entanto, o trabalhador não receberá esse valor em sua 
totalidade. Isso acontece para que os donos dos meios de produção, ou classe 
burguesa, acumulem riqueza. Marx denominou mais-valia esse excedente 
cumulativo que a mercadoria adquire. É, portanto, extraída do trabalhador 
a mais-valia produtiva. Ele troca sua mão de obra por um salário menor que 
sua produção material.
Dessa forma, surge a exploração do trabalho, já que o valor pago ao 
trabalhador é bem menor que o valor do seu trabalho. O autor argumenta que 
isso é possível porque a organização produtiva retira do trabalhador o senso de 
exploração, o que ele chamou de alienação.Dessa relação entre trabalhadores e 
classe burguesa surge a luta de classes, também entendida como hierarquização 
Organização do trabalho e das instituições II2
da sociedade em estratificações socioeconômicas, que irá pautar as relações 
sociais no mundo capitalista (MARX, 1983; MARQUES; NAKATANI, 2009).
O trabalho tem papel central na estrutura capitalista. Ao mesmo tempo, o trabalhador 
passou a ser um componente fundamental da infraestrutura. Marx denominou infra-
estrutura a base material das relações humanas, que envolve o modo de produção e 
as forças produtivas. Infraestrutura e superestrutura são componentes essenciais 
que ditam todas as relações sociais de acordo com o materialismo histórico. O primeiro 
trata do modo de produção material das coisas, que supre as demandas humanas. 
O segundo trata das ideologias, política, filosofia, cultura e arte; está no campo das 
ideias. Ambos interferem um no outro e ditam as relações sociais.
O avanço do capitalismo e a necessidade de consumo para manutenção e 
reprodução do sistema reformularam as formas de trabalho-tempo existentes. 
A integração de certos mercados nessa configuração e a diminuição da carga 
horária de trabalho foi um fator fundamental, pois o trabalhador passou a utili-
zar o tempo não produtivo para consumir mercadorias e, além disso, passou a 
ter um salário mais alto. Esse processo fez emergirem ideais de prosperidade, 
mesmo sob as classes operárias e trabalhadoras. 
Novas formas de organização do sistema produtivo resultaram também 
em diferentes modos de trabalho, novas funções, tipologias e demandas, o 
que acabou alterando a organização das empresas e, sobretudo, as relações e 
a divisão do trabalho. 
Organização do trabalho e suas consequências 
Apesar de o trabalho sempre ter sido fator de divisão social, foi na Revolução 
Industrial que as especializações no modo de trabalho ganharam maior ênfase 
e deram início às teorias de organização produtiva e organização do trabalho. 
Antes, o artesão, o agricultor e os comerciantes desempenhavam funções 
essenciais para a economia. No período pós-Revolução Industrial, surgiram 
novas funções e um novo processo de organização produtiva e trabalhista. 
As fábricas passaram a adotar um modelo de produção com novas formas de 
trabalho e novos ambientes organizacionais na esfera produtiva. 
3Organização do trabalho e das instituições II
De acordo com Davis (1966 apud FLEURY, 1980 p. 19), a organização do 
trabalho é “[…] a especificação do conteúdo, métodos e inter-relações entre 
os cargos, de modo a satisfazer os requisitos organizacionais e tecnológicos, 
assim como os requisitos sociais e individuais do ocupante do cargo”. A orga-
nização do trabalho, assim, estaria associada a dimensões técnicas e sociais.
Com relação à organização do trabalho industrial, Fleury (1980) aponta 
que o objetivo é aplicar a racionalidade técnica produtiva, com intuito de ma-
ximizar a produção e, consequentemente, o lucro. A primeira grande ruptura 
com o modo produtivo industrial clássico foi a incorporação do sistema de 
gerência científica, conhecido como taylorismo, estabelecido por Frederick 
Winslow Taylor. Essa teoria organizacional revolucionou o trabalho fabril e 
condicionou a expansão cumulativa de capital industrial. Propôs a ampliação 
produtiva com diminuição e controle de tempo e esforço e ganhou amplo 
espaço na organização fabril. No entanto, foi com Henry Ford, no século XX, 
que o modelo de produção em massa ganhou maior ênfase. O fordismo é uma 
teoria da administração que prega a racionalização dos processos e a linha de 
produção ou setorização de funções no trabalho. 
De acordo com Ribeiro (2015), a esteira rolante inovou as técnicas e a 
organização do sistema produtivo fabril. Com ela, o trabalhador ficou fixado 
em um ponto de trabalho, o que aumentou significativamente a produção. 
Apesar da forte resistência dos trabalhadores, a Ford expandiu os salários e 
minimizou a rotatividade de funcionários, combinando eficiência gerencial, 
produção em massa e salários elevados. Esse processo também veio acompa-
nhado de carga horária máxima de oito horas por dia, direito a férias e folgas 
nos fins de semana. Isso passou a incentivar o consumo no “tempo livre” e 
diminuir as pressões por melhores condições de trabalho. Além disso, o autor 
afirma que o fordismo delineou parte das reivindicações sindicais, que até 
hoje preocupam-se com a elevação de salários. 
Tanto o taylorismo quanto o fordismo, portanto, objetivavam controlar 
o trabalho. O primeiro iniciou o processo, e o segundo o intensificou. Esses 
sistemas de eficiência gerencial administrativa foram responsáveis pela orga-
nização industrial produtiva e influenciaram diretamente a Segunda Revolução 
Industrial. Porém, não ficaram restritos apenas às indústrias. Várias empresas 
do terceiro setor viram a necessidade de incorporar processos organizacionais 
para melhorar a eficiência administrativa e comercial. As empresas passaram 
a aderir à especialização em funções específicas, à divisão dos cargos e ao ge-
renciamento dos processos, buscando mais competitividade e aumento de lucro. 
O século XX foi marcado por grandes mudanças nas formas e na divisão do 
trabalho. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos os movimentos trabalhistas 
Organização do trabalho e das instituições II4
ganharam força e reivindicaram melhores condições, a globalização econômica se 
acentuou permitindo um processo de fragmentação produtiva. A fragmentação 
produtiva é um processo de dispersão espacial-global, em que alguns segmentos 
econômicos passam a operar em escalas diferentes e organizadas, integradas por 
meio de uma ampla rede produtiva. Na fabricação de aviões e automóveis, por 
exemplo, a matéria-prima é extraída de determinados países, enquanto a fabricação 
de peças internas, externas e motores é realizada em países diferentes e, além 
disso, a montagem do avião ou do automóvel ocorre em outro país. A dispersão 
e a fragmentação da produção têm um processo de industrialização distinto, 
mais ou menos especializado dependendo o ramo. Também permitiram uma 
integração global de certos segmentos econômicos, que gerou dependência de 
regiões à dinâmica da econômica global, fortalecida pela globalização econômica.
Outros segmentos, como o setor de vestuário, também sofreram um processo 
de reestruturação produtiva, fragmentando o processo de extração de matéria-
-prima, costura, etiqueta e distribuição da mercadoria. Essa articulação levou 
a acumulação capitalista ao máximo, pois a mão de obra barata, a diminuição 
de custos na produção e as estratégias locacionais para diminuir divisas fez 
com que as empresas multinacionais atuassem em escala global. 
Dessa forma, várias empresas europeias e estadunidenses começaram a 
operar em outros países. Países de economia periférica passaram por um pro-
cesso de industrialização e diversificação da base econômica. Apesar disso, a 
divisão social do trabalho permaneceu e instalou-se uma divisão internacional 
do trabalho produtivo. Com isso, a sede das grandes empresas globais se 
concentrou nos países de economia central, e as atividades menos especiali-
zadas tecnicamente passaram a ser desempenhadas em países de economia 
periférica e emergente. O resultado desse fenômeno foi uma reorganização 
produtivo-trabalhista em escala internacional. Países historicamente periféricos 
na economia global passaram por um amplo processo de industrialização e 
incorporação de mão de obra barata, adotando um padrão de baixos salá-
rios e alto rendimento produtivo. Enquanto isso, os países centrais passaram 
a investir em automação e tecnologia produtiva, o que também modificou 
drasticamente as relações de trabalho. O trabalhador fabril passou a precisar 
de especialização técnica para operar maquinários sofisticados. Além disso, 
foram criadas profissões ligadas ao setor de ciência e tecnologia e foram 
desenvolvidos sistemas computacionais modernos. Nos países periféricos, otrabalho precarizado se alastrou do setor primário da economia para o setor 
secundário industrial. As vantagens oferecidas para as empresas globais 
fizeram com que legislações trabalhistas e ambientais fossem fragilizadas 
para absorver o capital estrangeiro. 
5Organização do trabalho e das instituições II
Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu um novo sistema produtivo: o 
toyotismo. Criado pelo japonês Taiichi Ohno, foi implementado na fábrica 
da Toyota e, devido à sua eficiência, espalhou-se pelo mundo após 1960. 
Esse sistema promoveu uma revolução no processo de produção, no modo de 
trabalho e de organização empresarial. Baseado na produção por demanda, a 
empresa eliminou a produção excedente e diminuiu perdas produtivas. Além 
disso, implementou um processo rigoroso de controle e gestão operacional 
em todos os setores e passou a dar treinamento e investir na qualificação do 
trabalhador (BATISTA, 2008; RIBEIRO, 2015). 
Os sistemas de qualidade total são marcas do toyotismo. O sistema 5S foi criado para 
implementar qualidade total nos processos gerenciais e organizacionais. Utilização, 
padronização, limpeza, disciplina e organização são seus pressupostos norteadores, 
que visam ao máximo de eficiência e qualidade. Foram também criados os selos 
de qualidade: o ISO 9001, na metade do século XX, para certificar a qualidade dos 
processos organizacionais e gerir a qualidade e o ISO 14001, uma certificação para 
qualidade ambiental implementada por indústrias e empresas que incorporaram o 
padrão de qualidade e o respeito ambiental na sua gestão. O sistema toyotista de 
produção buscou implementar uma série de normas e regras gerenciais no intuito 
de possibilitar qualidade e eficiência organizacional. 
O trabalhador multifuncional adaptou-se para atender às necessidades da 
empresa. Compreendia todo processo produtivo, qualificou-se para exercer 
qualquer função na empresa ou na fábrica e teve seu horário de trabalho 
flexibilizado. Esse processo promoveu ganhos de produção e rentabilidade, 
diminuindo excedentes e despesas. As empresas que aderiram a esse sistema 
começaram a fazer análises de mercado e a direcionar a produção voltada à 
demanda, gerando flexibilização produtiva e eficiência lucrativa. 
O toyotismo elevou o nível da organização administrativa das empresas, 
atenuando crises de excedente oriundas do fordismo, melhorando a eficiência 
dos processos organizacionais internos, ampliando os lucros e reconfigurando 
o modo de produção. 
Na Figura 1, é possível verificar que a produção empurrada, base do 
sistema fordista, é estruturada em um modelo de produção em massa, em que 
os produtos chegam ao mercado, e o consumidor o adquire. Esse modelo de 
Organização do trabalho e das instituições II6
produção é baseado na geração de estoque, e a produção é “empurrada” para 
o mercado consumidor. Já o modelo toyotista extinguiu a geração de estoque. 
Então, primeiro ocorre uma demanda pelo produto e, a partir dessa demanda, o 
fornecedor irá produzir. Essa é a produção puxada pelo mercado, extinguindo 
desperdícios e mantendo os preços relativos saudáveis. 
Figura 1. Produção empurrada e produção puxada.
Fonte: Adaptada de Bezerra (2019)
Dessa forma, a divisão de trabalho era baseada também na renda, pois 
trabalhadores especializados e qualificados passaram a ter salários mais 
elevados e conquistar espaços hierárquicos superiores nas empresas. Con-
sequentemente, o trabalhador com baixa qualificação tinha o salário menor. 
Indústrias automobilísticas e tecnológicas absorviam uma mão de obra mais 
qualificada e pagavam salários melhores, ao passo que indústrias de bens não 
duráveis — como alimentícia, têxtil e outras que permaneceram com o modelo 
fordista e baixo nível de tecnificação — absorviam mão de obra barata. Houve 
ainda a substituição do trabalhador por maquinários modernos, diminuindo 
a mão de obra e exigindo maior capacitação do funcionário operador. Porém, 
as indústrias que seguiram com baixo nível de tecnificação demandaram um 
número maior de funcionários, geralmente com baixos salários. 
Entre os funcionários, havia o trabalhador migrante, aquele que pas-
sou a se deslocar para outras regiões e até outros países. A globalização e a 
atuação das grandes multinacionais em vários países levaram funcionários 
especializados a migrar por conta das atividades desenvolvidas. As fábricas 
que se instalaram em países periféricos também contribuíram para o número 
elevado de migrações internas por pessoas que buscavam melhores condições 
de vida. No Brasil, temos o exemplo dos nordestinos que se dirigiam rumo 
7Organização do trabalho e das instituições II
ao Sudeste durante o século XX em virtude da industrialização na região e 
da oferta de empregos.
O termo fuga de cérebros, ou fuga de capital humano, é um importante conceito 
para compreender as novas relações de trabalho. Esse termo é aplicado à emigração 
de indivíduos que têm elevado grau de capacitação técnica para exercer um tipo de 
função e que, em decorrência da falta de oportunidades no país de origem, acabam 
emigrando em busca de melhores condições. Geralmente os países mais desenvolvidos 
acabam absorvendo essa mão de obra especializada. 
Com essas alterações no modo de trabalho, muitas pessoas optaram por 
exercer várias funções de forma simultânea, principalmente relacionadas ao 
terceiro setor. A instabilidade gerada pela fuga de empresas e a competitividade 
dos lugares pela atração de capital e investimentos resultaram em incertezas. 
Desse modo, muitas pessoas tinham dois ou até três empregos fixos, tra-
balhando em turnos diferenciados para complementar a renda, ou exerciam 
outras funções aos finais de semana. O trabalhador, nesse contexto, passou a 
trabalhar também em casa, seja na prestação de serviços diversos seja na criação 
de produtos e marcas, além de ter a possibilidade de atuar por meio de sites.
Os trabalhadores temporários são aqueles contratados em época especial para 
uma determinada atividade. Por exemplo, trabalhadores rurais são recrutados para 
colheita em certo período do ano. Algumas empresas no Brasil também contratam 
trabalhadores temporários de outras regiões. Esse processo vem acompanhado de 
uma migração temporária, ou sazonal, pois ocorre em um período específico do ano 
e, geralmente, quando finaliza, esses trabalhadores retornam para seu local de origem. 
O trabalho, então, redefiniu o próprio significado das regiões e dos lugares 
na economia. Isso porque a configuração e o modelo da economia regional 
acabam orientando o contingente populacional, sendo um local atrativo ou 
Organização do trabalho e das instituições II8
repulsivo dependendo o perfil da atividade produtiva, ao mesmo tempo em que 
direciona a população a morar no campo ou na cidade e a atuar no primeiro, no 
segundo ou no terceiro setor da economia. Podemos perceber esses processos 
no contexto brasileiro analisando os diferentes modos de organização do 
trabalho que o País sofreu, principalmente ao longo do século XX.
Diferentes modos de organização do trabalho 
no Brasil
O Brasil colonial apresentou um perfi l agrário exportador. Foi mero produtor 
de matérias-primas, primeiramente exportando o pau-brasil, depois os metais 
preciosos, até exportar especiarias e açúcar. O trabalho era pautado por uma 
relação escravista, em que o trabalhador era explorado e não detinha direitos 
legais garantidos. 
Os africanos transportados para o País entre os séculos XVI e XIX e os 
indígenas desempenharam papel fundamental na extração de matérias-primas 
e na fabricação do açúcar, principalmente no Nordeste. A escravidão no Brasil, 
porém, ainda hoje apresenta suas sequelas, como a grande divisão étnico-racial, 
a contínua exploração do trabalho e a grande demora para consolidação de leis 
trabalhistas. O sistema escravocrata moldou, de certo modo, todas as relações 
sociais vividas no País e deixou como legado uma escravidão simbólica vivida 
pelas classes mais baixas da população(SOUZA, 2017). 
Leia mais sobre a imigração dos africanos no Brasil no link a seguir.
https://qrgo.page.link/8tRKi
A primeira lei trabalhista que regulamentou e consolidou os direitos e 
deveres dos funcionários e do patronato foi sancionada em maio de 1943 pelo 
então presidente Getúlio Vargas. A lei definiu salários mínimos e implementou 
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), comumente conhecida como 
carteira de trabalho, definindo o direito ao registro empregatício, à jornada 
de trabalho e ao salário regulamentado (LEOPOLDI, 2000). Porém, esse 
9Organização do trabalho e das instituições II
processo só ganhou corpo devido ao projeto desenvolvimentista que iniciou 
no Brasil após 1930. O desenvolvimentismo é fundamental para compreensão 
da organização do trabalho, pois até então o País tinha um perfil econômico 
agrário, com forte dependência do mercado externo, tendo o café e o açúcar 
como principais produtos nacionais exportados. 
 A industrialização do Brasil, que iniciou com Vargas, alterou a base 
econômica nacional e acentuou a concentração econômica no Sudeste bra-
sileiro. As cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro contavam com amplos 
investimentos e expandiam consideravelmente (TAVARES, 2012). Após 1950, 
o êxodo rural no País cresceu significativamente e, em 1970, o perfil rural 
mudou para urbano, o que marcou uma das urbanizações mais rápidas da 
história mundial. Como a maior parte da população que vivia no campo não 
era proprietária de terras, a mudança para a cidade representava uma alter-
nativa por melhores condições de vida. A modernização do campo também 
contribuiu para a emigração da população, já que os trabalhadores do campo 
foram substituídos por maquinários agrícolas.
Além disso, esse período foi marcado por uma migração regional, princi-
palmente, como exemplificado anteriormente, de nordestinos que se dirigiram 
para o Sudeste buscando melhores condições de emprego e renda. A atração 
populacional do Sudeste, especialmente dos grandes centros urbanos, deve-se 
a dois fatores principais: os grandes investimentos que o Estado nacional fez 
na região, privilegiando esse eixo territorial em detrimento de outras áreas, 
e a industrialização acentuada após 1930 (OLIVEIRA; CORIOLANO, 2014; 
TAVARES, 2012). No entanto, a industrialização e o êxodo rural deixaram 
marcas nas relações trabalhistas do Brasil, como os baixos salários. Mesmo 
após a implementação da CLT, os salários deprimidos formaram uma popu-
lação urbana pobre, que passou habitar áreas precárias e sem infraestrutura. 
A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), criada em 1948 
pelo conselho econômico e social da Organização das Nações Unidas, teve ampla 
influência na industrialização do Brasil e de outros países latino-americanos. Pregava 
a ideia de que o subdesenvolvimento estava atrelado ao processo de industrialização 
lento e que a disparidade econômica advinha da Divisão Internacional do Trabalho. 
Por isso, várias políticas públicas que incentivaram a industrialização nacional tiveram 
influência direta da CEPAL, que tinha como um dos principais expoentes Celso Furtado. 
Organização do trabalho e das instituições II10
Os sindicatos no Brasil se formaram logo após a implementação da CLT, mas 
perderam força após 1964 em consequência da drástica repressão do governo 
militar. Apenas após 1970 os movimentos sindicais voltaram a ganhar força, 
com a organização de trabalhadores industriais somada a novos movimentos 
sociais que emergiam para conquistar legalmente direitos sociais. O sindica-
lismo foi essencial para a conquista dos direitos trabalhistas e desempenha 
papel fundamental para manter progressivamente a elevação dos salários e 
requerer melhores condições de trabalho. 
Após sua industrialização, o Brasil estava diante de novas formas de traba-
lho. O setor terciário, por exemplo, passou a ter uma participação importante 
no produto interno bruto (PIB) nacional e nos modos de trabalho, em virtude 
do crescimento das cidades e da onda migratória durante o século XX. Depois 
de 1950, a indústria automobilística e as empresas estrangeiras começaram a 
operar no País, implementando um trabalho técnico mais especializado, em 
comparação com as indústrias têxteis e alimentícias iniciais. A Confederação 
Nacional da Indústria também desempenhava um papel importante para a 
formação de capital humano necessário às novas exigências do setor secun-
dário. Assim, a base econômica nacional diversificada permitiu o surgimento 
de mão de obra técnica para alguns segmentos, mas ainda contava com mão 
de obra menos técnica para grande parte das funções (LEOPOLDI, 2000; 
OLIVEIRA; CORIOLANO, 2014; TAVARES, 2012). 
O desenvolvimentismo do século XX passou muitas fases. Grandes crises 
econômicas externas somadas a grandes investimentos em infraestrutura e 
setores econômicos agravaram o endividamento do Estado e provocaram 
aumento drástico da inflação, principalmente na década de 1980. Além disso, 
a remuneração ao trabalhador continuou baixa, permitindo a formação de 
uma elevada desigualdade social no País, que continua até hoje. Após 1990, o 
Brasil abriu a economia nacional, implementou o projeto neoliberal e mudou 
a moeda, implementando o Plano Real, que acabou por estabilizar a inflação. 
A grande desvantagem é que a abertura da economia promoveu o declínio 
da indústria nacional e a desestatização de várias empresas, provocando 
instabilidade ao trabalhador de vários segmentos econômicos anteriormente 
ligados ao Estado (TAVARES, 2012). No fim da década de 1990, o desemprego 
cresceu, conforme pode ser observado na Figura 2. 
11Organização do trabalho e das instituições II
Figura 2. Evolução do desemprego no Brasil entre 1984 e 2014.
Fonte: Costa (2010, documento on-line)
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4,2
3,5
4,7
5,2
5,0
7,2 8,3
8,4
4,6
5,0
8,3 9,5
10,2
11,1 12,0 12,1
12,0 12,2 12,3
11,5
10,0
8,19,39,8
7,9
6,8
6,0
5,5
5,4
4,8
1984 1985 1986 19871988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
0
4
8
12
16
Fonte: IBGE - PME - PEA - % de desocupados
 
*2002 - mudança de metodologia
Após os anos 2000, observa-se que as taxas de desemprego caíram. Além 
disso, nessa época, ocorre a elevação de salários, que pode ser vista na Figura 
3. Investiu-se em formação de capital humano, com políticas de educação no 
nível superior, o que acabou modificando as relações de trabalho, já que parte 
da população se especializou em funções específicas para atender a demandas 
internas. Nota-se, ainda, que diminuiu a participação da indústria no PIB 
nacional, o que voltou a alocar a população em outros setores da economia.
Figura 3. Evolução nominal do salário mínimo.
Fonte: Previdência Social (c2019, documento on-line)
19
94
19
95
19
96
19
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19
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20
00
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11
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13
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14
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15
20
16
R$ 0,00
R$ 100,00
R$ 200,00
R$ 300,00
R$ 400,00
R$ 500,00
R$ 600,00
R$ 700,00
R$ 800,00
R$ 900,00
R$ 1.000,00
Organização do trabalho e das instituições II12
A Figura 4 mostra a ocupação da população brasileira nos setores da eco-
nomia. Percebe-se que os setores de serviços e comércio empregam mais de 
70% da população brasileira atual, enquanto indústria e agropecuária juntas 
somam cerca de 20% dos vínculos empregatícios. 
Figura 4. Empregos formais por setor da economia no Brasil em 2015.
Fonte: Pacheco (c2019, documento on-line).
19,7%
16,4%
5,4%
3,1%
55,4%
Comércio
Serviços
Indústria
Const. civil
Agropecuária
O Brasil, portanto, passou por grandes mudanças em relação ao seu perfil 
produtivo e empregatício. Historicamente, a exportação de produtos primá-
rios e o suprimento de demandas internas, principalmente a produção de 
alimentos, marcaram o trabalho no País, além da relação escravista que foi 
estabelecida. No século XX, a industrialização mudou significativamente as 
formasde organização do trabalho, implementando e garantindo legalmente 
direitos aos trabalhadores. A indústria também permitiu uma nova organização 
no trabalho, baseada em tarefas diferenciadas e especializações técnicas, 
principalmente após a chegada de indústrias mecânicas e automotivas. A 
formação de capital humano técnico para desempenhar novas funções na 
indústria também permitiu grande avanço desse setor durante o século XX. 
Após a década de 1990, com a abertura econômica, inicia-se um período de 
grande desemprego, mas estabiliza-se a inflação gerada na década de 1980. 
No século XXI, novas funções emergem atreladas à capacitação do capital 
humano no ensino superior, que o mercado passa a incorporar, principalmente 
vinculadas ao setor de prestação de serviços. 
13Organização do trabalho e das instituições II
Desse modo, podemos perceber que a população brasileira atual é em-
pregada, em grande maioria, no terceiro setor da economia. Porém, um país 
predominantemente urbano como o Brasil, com grande nível de modernização 
do campo, necessita ainda hoje de grandes investimentos em setores produtivos 
vinculados à tecnologia, além da ampliação de salários e melhores condições 
de emprego. 
BATISTA, E. Fordismo, taylorismo e toyotismo: apontamentos sobre suas rupturas e 
continuidades. In: SIMPÓSIO LUTAS SOCIAIS NA AMÉRICA LATINA, 3., 2008, Londrina. 
Anais [...]. Londrina, PR: UEL, 2008. Disponível em: http://www.uel.br/grupo-pesquisa/
gepal/terceirosimposio/erika_batista.pdf. Acesso em: 18 nov. 2019.
BEZERRA, J. Características do toyotismo. 2019. Disponível em: https://www.significados.
com.br/caracteristicas-toyotismo/. Acesso em: 18 nov. 2019.
COSTA, M. P. C. Brasil – fatos e dados: um olhar analítico sobre o Brasil. 2010. Disponí-
vel em: https://brasilfatosedados.wordpress.com/2010/09/09/desemprego-evolu-
cao1986-2010-2/. Acesso em: 18 nov. 2019.
DAVIS, L. E. The design of jobs. Industrial Relations, v. 6, n. 1, p. 21-45, 1966.
FLEURY, A. C. C. Produtividade e organização do trabalho na indústria. Revista de Ad-
ministração de Empresas, v. 20, n. 3, jul./set. 1980. Disponível em: http://www.scielo.br/
pdf/rae/v20n3/v20n3a02.pdf. Acesso em: 18 nov. 2019.
LEOPOLDI, M. A. P. Política e interesses na industrialização brasileira: as associações in-
dustriais, a política econômica e o Estado. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
MARQUES, R. M.; NAKATANI, P. O que é capital fictício e sua crise. São Paulo: Brasiliense, 2009. 
MARX, K. O capital. São Paulo: Abril Cultural, 1983. v. 1.
OLIVEIRA, A. F.; CORIOLANO, G. P. Urbanização, metropolização e gestão territorial no 
Brasil. Arquitextos, ano 14, n. 164.03, jan. 2014. Disponível em: https://www.vitruvius.
com.br/revistas/read/arquitextos/14.164/5030. Acesso em: 18 nov. 2019.
PACHECO, A. F. V. Plano de aula: a indústria e os demais setores da economia no Brasil: 
empregos formais por setores da economia no Brasil em 2015. c2019. Disponível em: 
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/6211/a-industria-e-os-demais-setores-da-
-economia-no-brasil#. Acesso em: 18 nov. 2019.
PREVIDÊNCIA SOCIAL. Salário mínimo 2019. c2019. Disponível em: https://previdencia-
social.site/salario-minimo-2019/. Acesso em: 18 nov. 2019.
Organização do trabalho e das instituições II14
RIBEIRO, A. F. Taylorismo, fordismo e toyotismo. Lutas Sociais, v. 19, n. 35, p. 6ty565-79, 
jul./dez. 2015. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/ls/article/viewFile/26678/pdf. 
Acesso em: 18 nov. 2019.
SAVIANI, D. O nó do ensino de 2º grau. Bimestre, n. 1, out. 1986.
SOUZA, J. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017. 
TAVARES, M. C. Império, território e dinheiro. In: FIORI, L. Estados e moedas no desenvol-
vimento das nações. Petrópolis: Vozes, 2012.
TUMOLO, P. O trabalho na forma social do capital e o trabalho como princípio edu-
cativo: uma articulação possível? Educação & Sociedade, v. 26, n. 90, p. 239-265, jan./
abr. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v26n90/a11v2690.pdf. Acesso 
em: 18 nov. 2019.
Leitura recomendada
SOTERO, A. P.; ALBERGUINI, A.; EVANGELISTA, R. Brasil: migrações internacionais e iden-
tidade: africanos no Brasil – dubiedade e estereótipos. 2000. Disponível em: http://
www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/migracoes/migr11.htm. Acesso em: 
18 nov. 2019. 
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15Organização do trabalho e das instituições II
Dica do professor
Êxodo rural é quando ocorre uma migração das pessoas do campo para a cidade. Compreender 
como esse fenômeno aconteceu e quais foram as consequências dele é fundamental para o seu 
trabalho.
Na Dica do Professor, conheça as consequências do êxodo rural, como esse fenômeno está 
vinculado diretamente à questão do emprego e porque ele provocou uma série de modificações no 
contexto urbano e socioeconômico no Brasil.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) É um processo que ocorreu durante grande parte do século XX e provocou a urbanização 
brasileira e o deslocamento em massa da população rural para os grandes centros urbanos. 
Esse processo teve impacto direto na morfologia territorial do Brasil e no desenvolvimento 
econômico do país e esteve diretamente ligado ao contexto do trabalho, haja vista que a 
população migrante foi em busca de melhores condições de vida.
Assinale a alternativa que apresenta o nome desse fenômeno.
A) Diversificação econômica.
B) Migração de retorno.
C) Migração pendular.
D) Êxodo rural.
E) Ruralidade.
2) As leis trabalhistas são fundamentais para manter as condições de trabalho dignas, evitando 
exploração e trabalho semiescravo. Apesar dos salários ainda fragilizados, a regulamentação 
de funções, carga horária e remuneração é fundamental para garantir ao trabalhador 
proteção e direitos básicos. Ao mesmo tempo, regulamentam deveres a serem cumpridos.
Sobre a legislação trabalhista no Brasil, é possível afirmar que:
A) o Brasil ainda não criou um bom sistema de leis trabalhistas.
B) o Brasil só criou o sistema de leis trabalhistas na Constituição de 1988.
C) as leis trabalhistas no Brasil foram criadas no ano de 1943 durante o governo de Getúlio 
Vargas.
D) as leis trabalhistas no Brasil foram criadas logo após a abolição da escravidão, em 1888.
E) desde a época do Brasil Império já havia consolidado um sistema de leis trabalhistas.
Karl Marx foi um dos estudiosos que se dedicou a entender as relações sociais, partindo de 
um ponto de vista teórico-metodológico inédito. O chamado materialismo histórico dialético 
3) 
foi e é um método de abordagem que permitiu uma análise diferente das relações sociais e 
do modo de produção capitalista. 
Nesse contexto, o trabalho é abordado por Marx em qual perspectiva?
A) O trabalho é uma atividade libertadora, segundo Marx.
B) Após a estruturação do capitalismo, o trabalho passou a desempenhar papel fundamental na 
extinção da luta de classes.
C) O trabalho no capitalismo desempenha uma relação dialética entre exploração e acumulação.
D) O trabalho para Marx é uma atividade inerente ao homem, sendo fundamental para a 
prosperidade social.
E) Para Marx, o trabalho mecânico deve ser mais valorizado que o trabalho criativo.
4) O trabalho é um dos principais fatores que levam à migração da população. A busca por 
melhores condições de vida e por melhores salários e oportunidades desloca milhares de 
pessoas de uma região para outra e de um país para outro.
A respeito do processo de migração,qual tipo de migração ocorre quando o trabalhador se 
desloca de um município ao outro diariamente para exercer determinada atividade?
A) Migração de retorno.
B) Migração pendular.
C) Migração forçada.
D) Migração interna.
E) Migração permanente.
5) Após o século XX, houve uma grande diversificação das atividades econômicas do Brasil. O 
processo de industrialização no país modificou as relações de trabalho e criou novos arranjos 
trabalhistas até então inéditos. Ao mesmo tempo, o crescimento das cidades permitiu uma 
expansão massiva do terceiro setor para atender à população que apresentou ritmos de 
crescimento significativo.
A esse respeito, é correto afirmar que:
A) o setor industrial, após a segunda metade do século XX, passou a ser o principal na geração 
de emprego e renda.
B) o setor agropecuário, após a modernização do campo, trouxe um vasto crescimento 
econômico para o país e se tornou o principal setor na participação do PIB nacional.
C) após a industrialização do Brasil, o segundo setor passa a empregar mais pessoas do que o 
setor primário, se tornando atualmente o principal na geração de emprego e renda e também 
na participação do PIB nacional.
D) o setor de comércio e serviços apesar de gerar bastante emprego e renda apresenta baixo 
percentual de participação no PIB nacional.
E) o setor de comércio e serviços é o principal responsável pela geração de emprego e renda no 
Brasil, apresentando grande participação no PIB nacional.
Na prática
O mundo do trabalho vem sofrendo transformações cada vez mais drásticas neste século XXI. 
Novas formas de trabalho surgem e a criatividade e a inovação são conceitos que permeiam os 
ambientes profissionais na atualidade. 
Jorge trabalha em um grande escritório de Arquitetura que, a partir do próximo ano, irá atuar na 
modalidade de home office. Para orientar os funcionários quanto a essa prática, a empresa 
disponibilizou o seguinte material:
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ad7cc5b7-d3ae-4a84-bdff-c0ead569d87e/b6369afb-cc0f-408f-b0a2-6d66aa39368d.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O Toyotismo e a precarização dos direitos trabalhistas
Para saber mais, leia este artigo que faz uma análise de como o sistema administrativo toyotista 
trouxe à esfera do trabalho uma precarização dos direitos trabalhistas, analisando a relação entre os 
processos de organização produtiva e impacto nos aspectos legais de proteção ao trabalhador.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Ajuste econômico e desemprego recente no Brasil 
metropolitano
Para saber mais, leia este artigo do renomado Marcio Pochmann, que discute cirurgicamente como 
o desemprego se instala nas áreas metropolitanas no Brasil, evidenciando as causas e os desafios 
acerca da temática. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A CUT e o sindicalismo recente brasileiro nos anos recentes: 
limites e possibilidades
Este artigo trata sobre a trajetória do sindicalismo no Brasil e analisa a fragilidade dos movimentos 
sindicais em alguns momentos, retratando o contexto atual. Assim, levanta os desafios e a atuação 
do sindicalismo atual. Vale a pena a leitura.
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RDTrab_n.170.09.PDF
http://www.scielo.br/pdf/ea/v29n85/0103-4014-ea-29-85-00007.pdf
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http://www.scielo.br/pdf/ts/v30n1/1809-4554-ts-30-01-0053.pdf

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