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Educação a Distância 
Curso: Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 Ana Rosa Mazeto Santoro / RA: 1751980 
 Carla da Silva Medina / RA: 1766894 
 Renata Cristina Ferraz / RA: 1755630 
 
 
 
 
 
 
Polos São José do Rio Preto, Taubaté e Osasco 
2020 
 
 
 
Ana Rosa Mazeto Santoro 
Carla da Silva Medina 
Renata Cristina Ferraz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José do Rio Preto, Taubaté e Osasco 
2020 
Trabalho Monográfico – Curso de 
Graduação – Licenciatura em Pedagogia, 
apresentado à comissão julgadora da 
UNIP EAD sob a orientação da professora 
Maria Sirleide Lima de Melo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Rosa Mazeto Santoro 
Carla da Silva Medina 
Renata Cristina Ferraz 
 
Aprovado em: 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________/__/___ 
 Prof. 
 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
_______________________/__/___ 
 Prof. 
 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
_______________________/__/___ 
 Prof. 
 
Universidade Paulista UNIP 
 
 
 
 
 
São José do Rio Preto, Taubaté e Osasco 
2020 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos esse Trabalho de 
Conclusão de Curso aos nossos 
familiares que sempre nos apoiaram e 
incentivaram com muito amor. 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Nossos agradecimentos vão primeiramente a Deus, por estar sempre 
presente em nossas vidas, nos proporcionando saúde e sabedoria necessárias 
para concluir o curso. 
 À nossa querida orientadora Maria Sirleide Lima de Melo que não mediu 
esforços para nos orientar. 
 Aos nossos familiares pelo incentivo, apoio e paciência. 
 A todos os professores e funcionários da UNIP EAD que estiveram conosco 
durante esses três anos, fazendo o possível para que conseguíssemos concluir o 
curso com confiança e tranquilidade. 
 Aos nossos amigos que em momentos de preocupação nos trouxeram 
alegrias. 
 Aos professores, supervisores e diretores das escolas em que estagiamos, 
pela paciência, ajuda e carinho conosco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A criança aprende brincando. Mais 
importante, ao brincar, a criança 
aprende a aprender”. 
 
 O. Fred Donaldson 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO..................................................................................................... ..11 
 
CAPÍTULO 1: JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS COMO RECURSOS 
DIDÁTICOS............................................................................................................13 
1.1 A Origem dos jogos, brinquedos e brincadeiras..........................................13 
1.2 A importância do lúdico na formação da criança.....................................15 
1.3 Como o brincar facilita o processo educacional..........................................17 
 
CAPÍTULO 2: A FORMAÇÃO DOCENTE E O TRABALHO COM O LÚDICO NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL......................................................................................... 20 
2.1 O Papel do professor na aprendizagem por meio da brincadeira.............21 
2.2 O Lúdico e a formação profissional do educador...................................... 22 
 
CAPÍTULO 3: A PRÁTICA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL..................27 
3.1 A Importância da seleção do jogo ao estágio de desenvolvimento da 
criança...................................................................................................................27 
3.2 A organização dos tempos e espaços para jogos no ambiente 
escolar.................................................................................................................. 34 
3.3 Como avaliar os alunos durante as atividades lúdicas................................37 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 40 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................42 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Jogo de Exercício - Fonte: (COELHO, 2018) .............................. 28 
Figura 2: Jogo de Construção - Fonte: (DOMINGO, 2016) ........................ 29 
Figura 3: Jogo simbólico - Fonte: (CARDOSO, 2019) ................................ 29 
Figura 4: Jogo de regras - Fonte: (OLIVEIRA, 2012) .................................. 30 
Figura 5: Jogos Funcionais - Fonte: (GUERREIRO, 2017) ........................ 31 
Figura 6: Jogo de Ficção - Fonte: (RABINOVICH, 2009) ............................ 32 
Figura 7: Jogo de Aquisição - Fonte: (VIEIRA, 2017) ................................ 32 
Figura 8: Jogo de Fabricação - Fonte: (LIMA, 2018) .................................. 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A pesquisa a seguir aborda o tema: O Lúdico na Educação Infantil, a fim de analisar 
a importância da ludicidade, enfatizar a aprendizagem, apontando os benefícios 
que os jogos, brinquedos e brincadeiras proporcionam à educação infantil. Essas 
atividades lúdicas são necessárias para qualquer ser humano, principalmente para 
as crianças e quando mediadas por educadores, as tornam extremamente efetivas 
para a educação, pois influenciam no desenvolvimento físico, motor, cognitivo, 
cultural, social, entre outros. Neste sentido, esse trabalho utilizou-se de uma 
pesquisa bibliográfica onde foram relatados por diversos autores, conceitos 
essenciais sobre o assunto, mostrando sobretudo sua finalidade, características 
dos jogos para cada faixa etária, como aplicar e avaliar os resultados. Com esse 
levantamento bibliográfico, ficou claro que cada criança é única, porém todas tem 
algo em comum, gostam de brincar e o lúdico permite que haja aprendizagem com 
as diferentes formas de brincadeiras, ou seja, enquanto se satisfazem e sentem 
prazer com o brincar, as crianças são estimuladas para a construção do seu 
conhecimento, uma vez que com o planejamento e acompanhamento da equipe 
pedagógica, sempre há uma aprendizagem envolvida e ao final, uma avaliação. 
Infelizmente ainda são encontrados gestores de escolas que não acreditam na 
eficiência das brincadeiras, consequentemente não apoiam o método e se recusam 
a comprar brinquedos e materiais para a realização da prática do lúdico. Espera-se 
ao final deste levantamento bibliográfico, que os educadores possam contar com o 
apoio desses gestores, reconhecendo o lúdico não só como atividades rotineiras 
para distração, mas como um complemento fundamental para a melhoria do 
ensino-aprendizagem tanto do aluno quanto dos professores, ou seja, contribuindo 
com o desenvolvimento educacional. 
 
Palavras-chave: Lúdico; Jogos; Brincadeiras; Aprendizagem; Educação Infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The following research addresses the theme: Playfulness in Early Childhood 
Education, in order to analyze the importance of playfulness, emphasize learning, 
pointing out the benefits that games, toys and playful provide to early childhood 
education. These recreational activities are necessary for any human being, 
especially for children and when mediated by educators, they become extremely 
effective for education, as they influence physical, motor, cognitive, cultural, social 
development, among others. In this sense, this work used a bibliographic research 
in which several authors reported essential concepts on the subject, showing mainly 
its purpose, characteristics of the games for each age group, how to apply and 
evaluate the results. With this bibliographic survey, it was clear that each child is 
unique, but they all have somethingin common, they like to play and the ludic allows 
learning with different forms of play, that is, while they are satisfied and feel pleasure 
with playing, children are encouraged to build their knowledge, since with the 
planning and monitoring of the pedagogical team, there is always learning involved 
and at the end, an evaluation. Unfortunately, school managers are still found who 
do not believe in the efficiency of playfulness, consequently do not support the 
method and refuse to buy toys and materials to carry out the playful practice. At the 
end of this bibliographic survey, it is expected that educators can count on the 
support of these managers, recognizing playfulness not only as routine activities for 
distraction, but as a fundamental complement for the improvement of teaching-
learning for both students and teachers, that is, contributing to educational 
development. 
 
Keywords: Playfulness; Games; Play; Learning; Child education. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
Antigamente os jogos e as brincadeiras eram tratados apenas como um 
passatempo para as crianças, sendo feitos sem qualquer significado pedagógico, 
existiam apenas para distração. 
No início do século XX, algumas instituições de ensino, a partir de teorias 
pedagógicas, influenciadas por Frobel, Claparède, Dewey, Decroly e Montessori, 
desenvolveram os jogos e brinquedos na educação infantil e com o passar do 
tempo foi se tornando mais claro a possibilidade de utilizá-los para desenvolver a 
aprendizagem de forma lúdica, acreditando que eles não são apenas uma forma 
de entretenimento para gastar a energia das crianças, mas um meio que contribui 
e enriquece o desenvolvimento intelectual. A teoria piagetiana adota a brincadeira 
como uma conduta livre, onde a criança expressa a sua vontade com o prazer que 
a brincadeira lhe dá. 
A importância do brincar para o desenvolvimento infantil está inserida na 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), pois através dele é estimulado o 
desenvolvimento cognitivo, social, afetivo, psíquico e físico, além de ser um dos 
seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança. Brincar de diferentes 
formas, em diferentes lugares, com diferentes pessoas, ampliando seus 
conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, 
corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. 
Este assunto tem conquistado seu espaço no cenário nacional, 
principalmente na educação infantil e acreditando nesse direito será realizada uma 
pesquisa cujo tema é “O Lúdico na Educação Infantil” com o objetivo de tratar a 
importância da Atividade Lúdica (jogos, brinquedos e brincadeiras) no processo de 
aprendizagem da Educação Infantil, visando disseminar informações obtidas por 
meio de uma pesquisa bibliográfica sobre teóricos que defendem a ludicidade e 
brincadeiras na educação infantil. 
A escolha do tema se deu pelo interesse de buscar novos conceitos a 
respeito das atividades lúdicas na prática pedagógica, para conscientizar as 
escolas que não apoiam esse método, se negando a obter os materiais 
necessários, como os brinquedos por exemplo. Percebe-se que existe um problema 
no ensino e aprendizagem pela falta deste recurso, tornando-os insatisfatórios, por 
isso a sugestão de mudanças no âmbito educacional. 
12 
 
Será desenvolvida uma pesquisa bibliográfica, onde a bibliografia 
relacionada ao assunto, destaca a importância de se obter novos conhecimentos 
para desenvolver trabalhos pedagógicos na educação infantil. Pois através do 
lúdico, é possível ensinar de uma forma em que o conhecimento dos alunos, se 
amplie significativamente a partir do que já trazem em sua bagagem cultural. 
 Para um melhor entendimento, esse trabalho é apresentado e dividido em 
três capítulos, onde no primeiro capítulo, é abordada a utilização de jogos, 
brinquedos e brincadeiras como recursos didáticos, desde a sua origem até a 
atualidade, a importância do lúdico na formação da criança e como o brincar facilita 
o processo educacional. No segundo capítulo, a formação docente e o trabalho com 
o lúdico na educação infantil, assim como o papel do professor na aprendizagem 
por meio da brincadeira e o lúdico e a formação profissional do educador. 
Concluindo, o terceiro capítulo aborda a prática do lúdico na educação infantil, a 
importância da seleção do jogo ao estágio de desenvolvimento da criança, a 
organização dos tempos e espaços para jogos no ambiente escolar e como avaliar 
os alunos durante as atividades lúdicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
CAPÍTULO 1: JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS COMO RECURSOS 
DIDÁTICOS 
 
 Quando a criança brinca muitas aprendizagens estão ocorrendo, quando ela 
está em uma atividade lúdica, se organiza inteiramente em função da sua ação. É 
indispensável que a criança sinta atração pelo brinquedo e nossa função como 
mediadores é mostrar a ela as possibilidades de exploração que ele oferece. 
 Friedrich Fröebel, pedagogo alemão, defendia que: 
 
a pedagogia considere a criança como atividade criadora e desperte, 
mediante estímulos, os métodos lúdicos na educação. O grande educador 
consegue, pelo jogo, um admirável meio para promover a educação das 
crianças (COTRIM e PARISI 1985, p 77). 
 
 John Dewey, pedagogo e filosofo norte-americano, relatou que o jogo “faz o 
ambiente natural da criança, ao passo que as referências abstratas e remotas não 
correspondem ao interesse da criança”, e que “ a escola deve representar a vida 
presente, uma vida tão real e vital para a criança como a que vive em sua casa na 
vizinhança ou no campo de jogo” (DEWEY 1940, p22) 
 É brincando que a criança começa a se relacionar com as pessoas, a 
descobrir o mundo, a se desenvolver com o que aprendeu. Ela se desenvolve com 
mais saúde, diminuindo o estresse, aumentando a criatividade e a sensibilidade e 
estimulando o social. Brincar é uma das ações mais importantes da infância, é a 
atividade que permite que a criança desenvolva todo o potencial que existe nela, 
desde os primeiros anos de vida. Portanto pode-se dizer que é por meio da 
brincadeira que faz a criança ser criança, Luckesi diz: 
 
[...] o que a ludicidade traz de novo é o fato de que o ser humano, quando 
age ludicamente, vivencia uma experiência plena. [...] Enquanto estamos 
participando verdadeiramente de uma atividade lúdica, não há lugar, na 
nossa experiência, para qualquer outra coisa além desta atividade. Não 
há divisão. Estamos inteiros, plenos, flexíveis, alegres, saudáveis. [...] 
Brincar, jogar, agir ludicamente exige uma entrega total do ser humano, 
corpo e mente ao mesmo tempo. (LUCKESI, 2000, p. 21). 
 
1.1 A ORIGEM DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS 
 
 A história dos jogos, brinquedos e brincadeiras, assim como toda história é 
uma construção da humanidade, sempre se moldando às necessidades de cada 
14 
 
época e local, a maioria deles chegaram ao Brasil vindos da Europa, África e até 
mesmo do Oriente e dos povos indígenas. Dentre os autores que expõe a 
importância sobre essas histórias, destacamos: Kishimoto, Philippe Ariès e 
Brougère. 
 Segundo Ariès (1978) a infância é reconhecida por volta do séc. XVI e a 
maioria dos jogos como de saquinhos (ossinhos), amarelinha, bolinha de gude, jogo 
de botão, pião, pipa, assim como contos, lendas e histórias, chegaram por 
interferência dos primeiros portugueses. Não se sabe ao certo onde deu início, já 
que cada cultura tem sua própria analogia. Entre os povos da mesopotâmia foram 
encontrados vários registros de atividades que retratavam os aspectos da época, 
já na antiguidade os gregos e romanos deixaram um legado muito importante como 
as atividades físicas e as primeiras bonecas. 
 De acordo com Brougère (1998) os jogos romanos eram divididos entre 
teatro, mímica, dança, concursos de poesia e circo e do outro lado por corridasde 
biga, combates, encenações de animais, caça e jogos atléticos que vagavam entre 
a religiosidade e a política. Na Grécia faziam luta e combate por concurso, jogos 
públicos e ginásticos, inclusive lá foram realizadas as primeiras olimpíadas que a 
princípio eram de modo religioso e somente em 1986 foram realizados os jogos 
olímpicos modernos, e é nessa fase que tem a separação muito importante entre o 
jogo e religião, mesmo sendo de aparência desordeira e violenta, começa-se a ver 
o sentido da aprendizagem e a construção da identidade. Tudo isso voltado aos 
adultos, pois junto com as primeiras guerras surgiu uma necessidade por ela criada, 
logo os jogos eram para satisfazer essa necessidade. 
 
Como parte da cultura popular, o jogo tradicional guarda a produção 
cultural de um povo em certo período histórico. Essa cultura não oficial, 
desenvolvida pela oralidade, não fica cristalizada. Está sempre em 
transformação, incorporando criações anônimas das gerações que vão se 
sucedendo. Por ser elemento folclórico, o jogo tradicional assume 
características de anonimato, tradicionalidade, transmissão oral, mudança 
e universalidade. Não se conhece a origem desses jogos [...] os jogos 
assentam-se no fato de que povos distintos e antigos como os da Grécia 
e Oriente brincaram de amarelinha, de empinar papagaios, e até hoje as 
crianças o fazem da mesma forma. (KISHIMOTO, 1993, p. 15) 
 
 Por volta do século XVII a educação através dos jogos passou a ser mais 
valorizada, adotando medidas menos radicais, sendo introduzidos nas escolas para 
relaxamento. 
15 
 
 De acordo com a Declaração Universal dos Direitos da Criança, “Toda 
criança tem direito à alimentação, habitação, recreação e assistência médica.” 
Então cabe à família, à escola e à sociedade garantir este direito, por meios de 
ações. 
 A porta de entrada à cultura para as crianças são as brincadeiras, assim 
podendo identificar sua própria cultura, esse pequeno ato é um ponto fundamental 
para o equilíbrio do ser humano, pois além de ter a função pedagógica também é 
prazeroso e terapêutico. Brincar é tão natural, quanto a própria criança não ter 
como entender sua vida sem o seu brinquedo, pois cria um desenvolvimento 
proximal, trazendo a imaginação, a imitação e as regras na vida delas, mostrando 
quando é a hora de brincar, compartilhar, organizar e guardar dando as 
responsabilidades desde cedo. 
 De acordo com Brougère (1998) com as misturas de etnias no Brasil as 
crianças nasciam e recebiam as influências de cultura indígena, portuguesa e 
africana, isso só nas brincadeiras, pois suas mães nunca deixavam de transmitir a 
história de suas terras, por isso muitos brinquedos conhecidos hoje eram passados 
de geração em geração e fazem parte do folclore brasileiro. 
 Os adultos sempre introduziram brinquedos para as crianças, isso explica os 
inúmeros estudos sobre a influência que eles ocupam no seu desenvolvimento, por 
exemplo, uma criança indígena através da brincadeira com arco e flecha, que é 
uma atividade para adultos, aprenderá a sobrevivência de sua comunidade, então 
nota-se que existe uma conexão entre a natureza dos jogos e brinquedos e a vida 
da criança na sociedade. 
 De acordo com Kishimoto (1993) não tem história de uma sociedade, sem 
uma história de jogo, como parte da identidade de um povo. A história da cultura 
lúdica é importante para a construção humana, marcada por relações socioculturais 
particulares a cada tempo e sociedade. 
 
1.2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA 
 
 De acordo com Kishimoto (2011) as brincadeiras e os jogos sempre fizeram 
parte da vida das pessoas, para a maioria dos adultos é apenas uma recordação. 
Essas atividades proporcionam benefícios às crianças, já que o brincar faz parte do 
16 
 
mundo infantil, faz parte da natureza humana, permite buscar conhecimento numa 
troca intensa de fora para dentro. 
 Os jogos e as brincadeiras ajudam as crianças a vivenciarem regras 
preestabelecidas que devem ser respeitadas. Com isso, elas entendem que para 
tudo existem regras e ao mesmo tempo desenvolvem uma atividade lúdica. Elas 
aprendem a esperar a sua vez e a ganhar e perder. Incentivam a autoavaliação, 
constatando por si mesma os avanços que é capaz de realizar, fortalecendo assim 
sua autoestima. 
 
Alguns dos jogos “tradicionais brasileiros”, são: queimado/caçador, 
carniça, pique, cabra-cega, escravos de Jó, peteca, amarelinha, 
chicotinho queimado, pau de sebo, cabo de guerra, totó/pebolim, bambolê, 
ciranda, cirandinha, futebol de botão, pião, passa anel, estátua, palitinhos, 
malmequer, reco-reco, papagaio, pipa, arraia. Fonte: Kishimoto (1993). 
 
 Fica claro nas obras de Piaget (1978) que o brincar não é apenas uma forma 
de entretenimento ou apenas para ocupar as crianças, mas também colaboram 
com o desenvolvimento intelectual. Segundo ele, o livre acesso a manipulação dos 
materiais mais variados faz com que a criança reinvente as coisas, contribuindo 
para seu crescimento interior, fazendo a transformação do lúdico em uma coisa 
real, construindo seus próprios conceitos, estimulando o mundo imaginário, 
ampliando os horizontes para o desenvolvimento de sua vida social. 
 Brincar é usar a imaginação e colocá-la em ação. O bom jogo não é aquele 
que pode ser dominado corretamente pela criança, mas o que faça com que ela 
possa jogar de maneira lógica e desafiadora, e que estimule suas atividades 
mentais ampliando sua capacidade de cooperação, libertação, liderança e 
competição. 
 É uma necessidade da criança, a brincadeira com as coisas do mundo 
adulto, pois elas precisam fantasiar, criar, mexer etc., para que se tornem adultos 
seguros, capazes de fazer escolhas, tomar decisões, enfim, viver em harmonia 
consigo mesmo e com a sociedade. 
 Nem sempre, se têm o conhecimento do valor da brincadeira, acreditando 
que o brincar seja somente um entretenimento, como se não tivesse outras 
utilidades mais importantes, não percebem que no momento em que a criança está 
brincando, consequentemente ela está aprendendo, experimentando o mundo, 
elaborando sua autonomia de ação, organizando suas emoções. Sendo assim, os 
17 
 
educadores estão contribuindo com o desenvolvimento e amadurecimento tanto 
físico quanto mental, ajudando na formação de um adulto e facilitando a 
socialização entre ele e o mundo. 
 
1.3 COMO O BRINCAR FACILITA O PROCESSO EDUCACIONAL 
 
 Segundo Friedmann (1996) os jogos têm uma função social muito importante 
para a criança. No início eram vistos apenas como um recurso para distração e 
recreação não contribuindo para a aprendizagem. Ao longo dos tempos foram se 
moldando às necessidades de cada época, fundindo cultura local e novas culturas, 
dando-se a complexidade da definição de jogos, brinquedos e brincadeiras, pois 
cada cultura estabelece um significado diferente e o que é visto como uma 
brincadeira lúdica para uns, são atividades importantes na educação para outros. 
 De acordo com Vygotsky (1984) o educador tem que estar ciente que não é 
só deixar a criança brincando livremente, deve utilizar apropriadamente as 
atividades didáticas, sendo ele o mediador entre os objetos e as crianças e nunca 
deve ser levado como objetivo de preencher um tempo vago, criando sempre um 
objetivo a ser alcançado. Nesta visão, o desenvolvimento da criança é mais 
aproveitado nas atividades lúdicas do que nas lições pedagógicas do dia a dia. 
 Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil o brincar 
é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite, através do 
lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A proposta do lúdico é 
promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o 
conhecimento através das características do conhecimento do mundo. O lúdico 
promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o 
sentido. 
 Segundo O ReferencialCurricular Nacional, para a educação, brincar é um 
ganho enorme e não perda de tempo, sendo uma atividade fundamental para o 
desenvolvimento da identidade e autonomia, pois a comunicação através dela, 
começa desde muito cedo, por meio dos gestos e dos sons, desempenhando no 
futuro, o papel importante para imaginação e fantasia. 
 A criança não tem nenhuma preocupação em adquirir conhecimento, 
portanto, o brincar é a melhor forma de comunicação e de aprendizagem 
aproximando o lúdico com o mundo real, através disso a criança desenvolve seu 
18 
 
intelecto e habilidades para vida como interagir socialmente, ter empatia, resolver 
problemas desenvolver autoconfiança, respeitar regras e estimular a imaginação, 
já que cada atividade tem uma finalidade diferente. 
 Piaget (1975) apud Cória-Sabini (1998) critica os métodos tradicionais de 
ensino, pois aquilo que o professor transmite fica sem ser compreendido pela 
criança, não sendo um instrumento útil para ser aplicado em diferentes situações, 
fora e dentro da sala de aula. Defende o método ativo de ensino, ou seja, aquele 
que estabelece diálogo com as características do pensamento infantil, propõe que 
a sala de aula deve ser um espaço aberto onde a cooperação se faz presente nas 
relações entre o professor e aluno. A escola deve se voltar para uma educação 
prazerosa, no qual o aluno tenha interesse em realizar suas atividades e motivação 
em aprender, onde os professores quebrem os paradigmas de currículos rígidos e 
abrem as portas para uma educação lúdica e uma aprendizagem flexível. 
 Na educação infantil, a ludicidade facilita a convivência entre as crianças e 
os professores, com isso nota-se que o lúdico beneficia o desenvolvimento de uma 
prática educativa em torno das necessidades das crianças, por proporcionar um 
ambiente favorável. Não se trata só de uma complementação, o momento lúdico é 
um auxiliar fundamental no processo educativo, onde se aprende brincadeiras que 
desenvolvem objetivos reais e significantes sem que percebam. Assim, “as aulas 
lúdicas parecem preencher uma importante lacuna: a catarse da alegria, além do 
afeto mútuo envolvendo professor/criança e crianças/crianças” (MIRANDA, 1964, 
p. 83). 
 O jogo testa habilidades físicas, como correr, pular, desenvolve também a 
aprendizagem da linguagem e a habilidade motora. Já a brincadeira em grupo 
favorece alguns princípios como o compartilhar, o solidarizar, o cooperar, o liderar, 
o competir e o mais importante, o obedecer às regras. É uma forma da criança se 
expressar, de manifestar seus sentimentos e desprazeres. Assim, o brinquedo 
passa a ser a linguagem da criança. 
 De acordo com Resende (1999, p.42-43): 
 
Não queremos uma escola cuja aprendizagem esteja centrada nos 
homens de “talentos”, nem nos gênios, já rotulados. O mundo está cheio 
de talentos fracassados e de gênios incompreendidos, abandonados à 
própria sorte. Precisamos de uma escola que forme homens, que possam 
usar seu conhecimento para o enriquecimento pessoal, atendendo os 
19 
 
anseios de uma sociedade em busca de igualdade de oportunidade para 
todos. 
 
 Através dos jogos, uma série de situações que envolvem equilíbrio e 
desafios corporais para as crianças com uso de objetos, de obstáculos e alvos 
podem ser criados. Combinados entre si, podem garantir situações de 
aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e social da criança. 
 Dentro de casa, o espaço reservado à atividade lúdica da criança, podendo 
ser o quarto, o quintal, o pátio, a área comum de um condomínio e outros, é 
“transformado” pela criança, dentro de suas possibilidades, para adaptá-lo à sua 
brincadeira. Já na escola, a própria sala de aula pode ser transformada em espaço 
de jogos, podendo ser desenvolvidas atividades aproveitando mesas, cadeiras, 
divisórias etc. como recursos. Assim como, fora da sala, sobretudo no pátio, a 
brincadeira “corre solta” e a atividade física predomina. Fazendo a transformação 
do lúdico em uma coisa real, construindo seus próprios conceitos, estimulando o 
mundo imaginário, representado pela conquista de quem pode sonhar, sentir, 
decidir, arquitetar, aventurar e agir com energia para superar os desafios da 
brincadeira, recriando o tempo, o lugar e os objetos que contribuirão para seu 
crescimento interior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
CAPÍTULO 2: A FORMAÇÃO DOCENTE E O TRABALHO COM O LÚDICO NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Quando o lúdico é trabalhado pedagogicamente, pode ser uma ferramenta 
fundamental na aprendizagem, no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da 
criança. Todos os professores e futuros professores da educação infantil, devem 
adquirir conhecimentos para trabalhar com a ludicidade no ensino/aprendizagem, 
pois a prática educacional voltada para o lúdico facilita a aprendizagem, tornando-
se um mecanismo de maior assimilação e fazendo menção ao prazer, à satisfação, 
à brincadeira, à espontaneidade e à alegria ao desenvolver as atividades. 
Para Vygotsky (1989) o objetivo da ludicidade se resume em um espaço para 
a criança brincar, como forma de reorganizar experiências. É possível adquirir 
conhecimento através da brincadeira remetendo-se às soluções dos problemas. 
A educação se torna mais eficiente quando proporciona atividades 
significantes e participativas às crianças; é por esse motivo que o lúdico aparece 
como uma forma de educar e aprender, pois é considerada a melhor forma para 
conduzir a criança à atividade, à auto expressão e à socialização, que de fato, 
possibilita uma grande contribuição para a educação infantil. Quando são 
realizadas atividades lúdicas, as crianças engajam-se de maneira mais prazerosa 
e assim trazendo benefícios à estrutura do corpo e da mente. 
 
Se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo, 
adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser 
humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e interações 
sociais, o brinquedo desempenha um papel de relevância para 
desenvolvê-la. (KISHIMOTO, 1999, p. 36). 
 
 Para Szymanski (2006), é fundamental no processo de aprendizagem, 
trabalhar com o lúdico partindo de ações pedagógicas que valorizam jogos, 
brinquedos, histórias infantis, música e poesia, onde as crianças desenvolvam a 
representação simbólica. As histórias, músicas e poesias infantis trazem um grande 
leque de possibilidades para utilizar o lúdico em sala de aula, com elas, as crianças 
poderão dançar, interpretar, declamar, mostrando suas habilidades que dificilmente 
são detectadas pelo professor em uma aula “normal”. 
 
 
21 
 
2.1 O PAPEL DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM POR MEIO DA 
BRINCADEIRA 
 
 Segundo Bomtempo (1999), é função do educador fazer o papel de mediador 
do conhecimento no ambiente escolar, e para que o jogo seja um bom instrumento 
de ensino para as crianças, é preciso que o professor goste de brincar e, 
principalmente, respeitar a criatividade e espontaneidade das crianças durante as 
brincadeiras. As brincadeiras por sua vez, são um bom meio de interação entre as 
crianças, onde umas podem ensinar e ajudar as outras a desenvolver habilidades 
que ainda não amadureceram, proporcionando assim a ZDP (zona de 
desenvolvimento proximal) proposta por Vygotsky. Para que essa interação se dê 
da melhor forma possível, é necessário que o professor saiba quando e de que 
maneira interferir no jogo das crianças, procurando guiar e auxiliar fazendo parte 
do jogo. 
 
A distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de 
desenvolvimento potencial, caracteriza o que Vygotsky denominou de 
Zona de Desenvolvimento Proximal: "A Zona de Desenvolvimento 
Proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que 
estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que 
estão, presentemente, em estado embrionário" (VYGOTSKY 1984, p. 97). 
 
 Segundo a ideia de Vygotsky (2001, p. 114)"O único bom ensino é aquele 
que se adianta ao desenvolvimento". Então, o processo educacional na escola deve 
iniciar a partir dessa zona de desenvolvimento real dos alunos, objetivando 
estimular a zona de desenvolvimento proximal e atingir a zona de desenvolvimento 
potencial delas. Nesse contexto, o professor tem um papel importantíssimo para 
interferir na zona de desenvolvimento proximal dos alunos, estimulando o 
desenvolvimento a partir de demonstrações, fornecimento de pistas, instruções e 
assistência. 
 
A criança não tem condições de percorrer, sozinha, o caminho do 
aprendizado. A intervenção de outras pessoas – que, no caso específico 
da escola, são o professor e as demais crianças – é fundamental para a 
promoção do desenvolvimento do indivíduo. (OLIVEIRA 1993, p. 63). 
 
 Sendo assim, as crianças são tão importantes nesse processo, quanto os 
professores, pois é a partir da troca de informações e estratégias entre elas, que a 
22 
 
zona de desenvolvimento proximal é estimulada. Como já foi citado, o brinquedo e 
as brincadeiras criam uma zona de desenvolvimento proximal no indivíduo, e o 
incentivo que os professores realizam, envolvendo a criança em brincadeiras, 
principalmente as que promovem o pensamento imaginário, tem forte função 
pedagógica (OLIVEIRA, 1993). 
 Alguns professores preferem escolher qual tipo de brincadeira ou jogo será 
utilizado, podendo influenciar de forma negativa, na liberdade de escolha da 
criança, com isso, a brincadeira perde um pouco a sua característica de ser 
espontânea e livre. Porém, a maioria dos professores costuma aceitar e acatar as 
sugestões feitas pelos seus alunos (MARTINS, VIEIRA & OLIVEIRA, 2006). 
 Sendo assim, a participação do professor, no âmbito escolar, para a 
aprendizagem infantil através da brincadeira é de suma importância, tanto para que 
haja essa mediação citada por Vygotsky, quanto para se ter uma maior organização 
da brincadeira, de maneira que não se perca o foco da proposta inicial de aprender 
e ensinar. 
 
2.2 O LÚDICO E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR 
 
 Profissionais qualificados, informados, atualizados para que possam 
acompanhar as mudanças educacionais, comportamentais e sociais dos alunos, 
agregando valor à aprendizagem, à formação e aos métodos e práticas de ensino, 
são requisitos exigidos pela sociedade contemporânea na educação. O fato de ser 
professor já abrange responsabilidades mais exigentes do que apenas ministrar 
aula, pois formar cidadãos é um fenômeno que acarreta certa plenitude e exige do 
“professor uma formação primorosa e a sua formação inicial merece destaque já 
que se constitui o pré-requisito legal para o exercício da profissão e o substrato 
sobre o qual é construída toda a sua carreira” (DEMO, 2002). 
 Para atingir uma educação de qualidade, os docentes possuem um papel 
essencial no desempenho dos esforços para todas as crianças. Em muitos países, 
crianças ficam fora da escola sem adquirir conhecimentos básicos, pelo simples 
fato de não haver um número suficiente de professores qualificados, trazendo com 
isso, consequências negativas para elas e para o desenvolvimento da sociedade. 
Portanto, os professores são peças fundamentais para que as metas de educação 
propostas pelo governo sejam alcançadas. Metas essas que objetivam 
23 
 
proporcionar uma educação de qualidade a todas as crianças. E como foi exposto, 
a escassez, cada vez maior de professores qualificados, tornou-se o principal 
obstáculo para atingir esses objetivos (FACCI, 2004). 
 Há muito a ser mudado, pois a formação dos educadores é um dos principais 
problemas da educação brasileira, por falta de valorização e reconhecimento pelos 
seus governantes, falta de apoio das famílias e da sociedade, cabe aos educadores 
se unirem em busca de um mesmo ideal. 
 Segundo Demo (2002), a qualidade de ensino e a formação do educador é 
um assunto de suma importância, pois a educação abrange mais que simplesmente 
formar para ministrar aulas, compete saber a qualidade da educação que o 
professor vai transmitir aos cidadãos sobre seu entendimento, por isso, nos dias de 
hoje, requer profissionais qualificados e atualizados cuja formação foi através de 
novos métodos de ensino. 
 Autores como Lapo & Bueno (2002) constataram indicadores de insatisfação 
no exercício do educado, destacando a falta de apoio técnico-pedagógico, a falta 
de recursos, escassez de materiais e principalmente a falta de incentivos ao 
aperfeiçoamento profissional, concluindo que para evitar a desistência dos 
professores que são fundamentais à sociedade, é imprescindível que o 
aprendizado seja produtivo, transformando o contexto escolar a seu próprio modo, 
com esforço e qualidade. 
 Infelizmente, a grande maioria das instituições educacionais ainda se baseia 
numa prática que considera a ideia do conhecimento como repetição, sob uma ótica 
comportamentalista e não como um saber historicamente construído. Por isso é 
importante uma educação mais abrangente, que faça com que os professores 
procurem outros meios para suprir as carências encontradas nessas instituições 
formadoras de professores. 
 Trazendo o estudo das universidades de educação para a realidade, nota-
se que houve uma mudança no currículo do curso de pedagogia em diversas partes 
do país com o objetivo de aproximá-lo das exigências do mundo do trabalho e da 
educação contemporâneos. Essas mudanças se deram para responder aos 
anseios por mudanças reclamadas desde os anos oitenta, quando professores e 
alunos desse curso, formularam críticas e propostas alternativas à proposta 
implantada em 1969. 
24 
 
 Debate referente a essa formação “adequada” em sala de aula, como 
também a baixa remuneração dos professores e condições precárias de ensino, foi 
realizado e em resposta a esse debate, a LDB nos diz em seu Art. 62 que: 
 
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível 
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades 
e institutos superiores em educação, admitida como formação mínima 
para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras 
séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade 
Normal. 
 
 Assim, a mudança resultou em um novo currículo com maior número de 
disciplinas cujas ementas incluem os elementos para a compreensão dos 
fundamentos teóricos do lúdico, seu papel no desenvolvimento do ser humano e as 
implicações para a prática educativa, e consideram ser possível uma educação 
voltada para a formação nos quesitos éticos, estéticos, cognitivos, sociais, afetivos 
e corporais, atentando para a importância do prazer, da alegria nos mais variados 
espaços e tempos. 
 Na sua formação, estimular o educador a viver a experiência proporcionada 
pelo lúdico, aprimorando seus conhecimentos, faz com que tenha mais confiança 
para desenvolver sua função e coloque em prática quando estiver em sala de aula, 
tornando a aula mais prazerosa para ele e para os alunos. 
 Segundo Cardoso (2008), a ludicidade é um momento de plenitude, provoca 
a entrega total do sujeito com a atividade realizada, proporcionando incríveis 
experiências para as crianças e para o educador, não se limitando somente a jogos 
e brincadeiras, envolvendo várias possibilidades de criatividade e integração como 
um todo. 
 
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não 
pode ser vista como apenas diversão. O desenvolvimento do aspecto 
lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e 
cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado 
interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, 
expressão e construção do conhecimento. (SANTOS; CRUZ,1997, p.12) 
 
 Diante dos argumentos apresentados, vale o seguinte questionamento: Por 
que incluir o lúdico na formação do professor? 
 Conforme Santos (1997), o lúdico, possibilitariaao educador se conhecer 
como pessoa, detectar suas possibilidades e limitações, sentir a importância do 
25 
 
jogo e do brinquedo na vida da criança, do jovem e do adulto. O professor não deve 
acomodar à realidade social em que vive, deve assumir o seu papel e ser capaz de 
colocar mais cor, mais sabor, mais vida, tanto na sua vivência, como naquilo que 
se propõe a fazer e isso só é possível quando ele reconhece os benefícios que o 
lúdico lhe trouxe durante todo o seu desenvolvimento. 
 Na formação acadêmica, os professores normalmente relacionam com 
pouca intensidade a formação profissional e a ludicidade, não oferecendo ao 
educador em formação, em algumas vezes, um embasamento teórico que permita 
compreender efetivamente a ludicidade como um fator de desenvolvimento 
humano. Isso acontece devido a ludicidade ainda não ser vista como uma dimensão 
importante e que deve ser estudada e vivenciada em sua plenitude. As atividades 
artísticas e as recreativas, por exemplo, só são permitidas pelos professores, 
quando não planejaram a aula a ser ministrada, ou quando estão indispostos ou 
em situações de prêmio por bom comportamento ou às vezes, em datas 
comemorativas. 
 A vivência da ludicidade durante a formação do educador instiga o ato crítico, 
criador e recriador, aguça a sensibilidade, a alegria de viver e o espírito de 
liberdade, com isso a manifestação lúdica estimula o viver de experiências 
prazerosas pela geração de novos e relevantes valores como a lealdade, o respeito 
ao outro a cooperação e a solidariedade. Não só com o objetivo de ampliar seus 
estudos, mas para ter conhecimento ao longo da vida, o educador em formação 
tem que estar disposto a aprender e deixar de lado seus pré-conceitos, entendendo 
que a aprendizagem é continua. 
 Segundo Feijó (1992), “o lúdico é uma necessidade básica da personalidade, 
do corpo e da mente e faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana”. 
Portanto, de forma que venha aperfeiçoar sua prática pedagógica, é importante que 
o professor descubra e trabalhe a dimensão lúdica existente em sua essência e no 
seu trajeto cultural. 
 
A ludicidade poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o 
professor pudesse pensar e questionar-se sobre sua forma de ensinar, 
relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo 
de aula. (CAMPOS 1986, p.111) 
 
26 
 
 A dimensão lúdica na formação do educador permite que ele se questione 
quanto a sua postura e conduta em relação ao objetivo principal de proporcionar 
aos alunos um desenvolvimento integral no qual a competência técnica combina 
com o compromisso político. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
CAPÍTULO 3: A PRÁTICA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 A atividade lúdica é um grande laboratório onde ocorrem experiências 
inteligentes e reflexivas. A experiência produz conhecimento, portanto nos 
possibilita tornar concretos os conhecimentos adquiridos. A escola precisa ser um 
ambiente onde proporcione muitas experiencias. 
 “A distância entre o escolar e o vivido fora da escola é tão grande que a 
escola se descobre, por essa razão, desbotada e fantasiosa” (Snyders 1993, p120). 
A escola deve ser ativa, isto é, deve mobilizar a atividade da criança. Deve ser mais 
um laboratório do que um auditório. Com esse fim, poderá tirar um partido útil do 
jogo, estimulando ao máximo a atividade da criança, fazer amar o trabalho. 
Demasiadas vezes, ensina a detestá-lo, criando, em torno dos deveres impostos, 
associações afetivas desagradáveis. Portanto, é indispensável que a escola seja 
para a criança um meio alegre. (COTRIM E PARISI 1985, p.293) 
 
Muitas propostas pedagógicas para creches e pré-escolas baseiam-se na 
brincadeira. O jogo infantil tem sido defendido na educação infantil como 
recurso para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. O modo 
como ele é concebido e apropriado pelos professores infantis, todavia, 
revela alguns equívocos. (OLIVEIRA, 2008, p.230). 
 
 Deve-se tomar alguns cuidados ao aplicar os jogos na escola, o professor 
não deve apenas aplicar o jogo no dia a dia da sala de aula, mas sim, mostrar qual 
papel o jogo desempenhará no desenvolvimento infantil. E para uma prática bem 
elaborada é necessário planejamento, realização de ações, registro e avaliações 
das experiências realizadas. Para um bom planejamento é necessário selecionar 
os jogos conforme a idade da criança, organizar o espaço, o tempo e fazer uma 
boa avaliação. Para Luckesi, (2011, p. 125), “Planejar significa traçar objetivos, e 
buscar meios para atingi-los”. Nesse capítulo serão abordados esses quesitos. 
 
3.1 A IMPORTÂNCIA DA SELECÃO DO JOGO AO ESTÁGIO DE 
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 
 
 Para que o jogo infantil seja um recurso efetivo ao processo educativo é 
necessário que o professor adeque sua seleção de jogos aos estágios de 
desenvolvimento do grupo de crianças com o qual vai trabalhar. 
28 
 
 Jean Piaget (1978) classificou o jogo em quatro tipos: jogos de exercício, de 
construção, simbólico e de regras que estão ligados aos estágios de 
desenvolvimento da inteligência: sensório-motor, pré-operatório, operatório 
concreto e operatório informal. 
 O jogo de exercício é a ação da criança sobre seu próprio corpo e sobre 
objetos, visando a satisfação de necessidades. É através dele que a criança repete 
gestos e assimila ações, incorporando a novos fazeres. O princípio é de exploração 
e repetição. Dentre os jogos de exercício estão: jogo sonoro, visual, olfativo, tátil, 
gustativo, motor e de manipulação. Outro exemplo dessa forma de jogo é o ato de 
chupar uma chupeta: ainda que isso não lhe alimenta é uma ação que lhe oferece 
muito prazer e que permite descobrir suas potencialidades e possibilidades 
corporais, ocorre no estágio sensório motor (0 a 2 anos). Esse jogo de exercício 
tem seu percurso evolutivo, que Piaget declina em relação ao proceder do 
desenvolvimento intelectual (PIAGET, 1974, p. 129−138) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Jogo de Exercício - Fonte: (COELHO, 2018) 
 
 O jogo de construção consiste na manipulação de objetos com o objetivo de 
criar algo, não é um jogo específico de uma determinada fase e diferentes autores 
afirmam que ele se mantem ao longo do ciclo de desenvolvimento do indivíduo, 
pois nele, o indivíduo pode executar atos menos elaborados, como juntar cubos, 
por exemplo, como pode também dominar jogos mais complexos, como montagem 
de um quebra cabeça. Eles trazem à criança um assunto desconhecido 
apresentando situações para as quais a criança sente necessidade de novos 
conhecimentos para resolver as situações-problema (LARA, 2005, p. 17) 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Jogo de Construção – Fonte: (DOMINGO, 2016) 
 
 O jogo simbólico consiste na representação corporal do imaginário. São os 
jogos em que a criança entra no faz de conta, deixando solta a imaginação e a 
fantasia para assimilar e compreender a realidade. Nesses jogos, as crianças 
tendem reproduzir as relações e valores que vivenciam em seu contexto, 
permitindo, assim, exteriorizar seus medos, conflitos, frustações e suas 
descobertas. Exemplos desses jogos são o brincar de ser professor, papai e 
mamãe, médico, super herói, imitar animais e ocorre no estágio pré-operatório (2 
aos 6 anos). De acordo com Vygotsky (1992), através desse jogo, a criança “coloca 
em cena” a função e, então, o significado que atribui aos objetos, aos papéis, às 
situações e assim, em um contexto protegido, sem as pressões da realidade, ela 
se apropria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Jogo simbólico – Fonte: (CARDOSO, 2019) 
30 
 
 O jogo de regras começa a se desenvolver a partir dos 7 anos, na etapa das 
operações concretas. O componente simbólico cede parte de sua centralidade nas 
brincadeiras para o regramento colocado pelogrupo, pressupondo a existência de 
ações articuladas com os companheiros. Desenvolve o raciocínio lógico, afetivo e 
social. Um exemplo de jogo de regra simples e extremamente fácil de se aprender, 
é o jogo do galo, conhecido também como jogo da velha. 
 Com esse jogo será possível a criança desenvolver estratégias para 
enfrentar problemas. Ao se encontrar em situações difíceis em sala de aula, a 
criança poderá ter desenvolvido através desses jogos, mecanismos que o ajudarão 
a regular seus atos, assim como prioridade e estratégias de estudo, maneiras de 
como estudar, pois para ganhar um jogo, ela terá que desenhar caminhos a seguir. 
Ao jogar, a criança interpreta informações, busca soluções, levanta hipóteses, 
estratégias que a auxiliam em seu processo de aprendizagem, pois suas estruturas 
cognitivas se desenvolverão dando condições à criança de resolver situações-
problema (ZAIA, 1996). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Jogo de regras – Fonte: (CAWAHISA; CALSA; GALLO; LACANALLO, 2012) 
 
 Resumidamente, jogo de exercício, simbólico e de regra são os três grandes 
elementos que demarcam as classes de jogos para Piaget, caracterizando as 
estruturas mentais da criança em determinada etapa de seu desenvolvimento. 
 Henri Wallon (1810-1962), sendo um estudioso do psiquismo infantil, 
destaca a importância do jogo. A psicogenética walloniana prevê quatro aspectos 
fundamentais que estão presente na atividade lúdica e se relacionam entre si 
incessantemente. São eles, a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação 
31 
 
do “eu”. Também propõe uma classificação para os jogos infantis, defendendo que 
no curso do desenvolvimento infantil, passam por quatro etapas: 
- Jogos funcionais; 
- Jogos de ficção; 
- Jogos de aquisição e 
- Jogos de fabricação, onde: 
 Os jogos funcionais, ou espontâneos, são jogos que realizam movimentos 
simples de exploração do corpo, com os sentidos. A criança descobre o prazer de 
executar as funções que a evolução da motricidade lhe possibilita e sente 
necessidade de pôr em ação as novas aquisições, tais como: os sons, quando ela 
grita, a exploração dos objetos, o movimento do seu corpo. Esta atividade lúdica 
identifica-se com a “lei do efeito”. Quando a criança percebe os efeitos agradáveis 
e interessantes obtidos nas suas ações gestuais, sua tendência é procurar o prazer 
repetindo suas ações. Para Piaget (1975), esses jogos fazem com que as crianças 
se aproximem de outras pessoas durante a primeira infância, ajudando a 
estabelecer ou manter o equilíbrio afetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Jogos Funcionais – Fonte: (GUERREIRO, 2017) 
 
32 
 
 Os jogos de ficção que são atividades lúdicas caracterizadas pela ênfase no 
faz-de-conta, jogos de imitação, de desempenho de papéis, correspondentes aos 
jogos simbólicos de Piaget, na representação a criança assume papéis presentes 
no seu contexto social, brincando de “imitar adultos”, “casinha”, “escolinha” etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Jogo de Ficção – Fonte: (RABINOVICH, 2009) 
 
 Os jogos de aquisição começam desde que o bebê se empenha para 
compreender, conhecer, imitar canções, gestos, sons, imagens e histórias. Um 
exemplo desse jogo é quando o bebê imita o adulto a bater palmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Jogo de Aquisição – Fonte: (VIEIRA, 2017) 
33 
 
 Os jogos de fabricação, são jogos onde a criança usa atividades manuais de 
criar, combinar, juntar e transformar objetos. Os jogos de fabricação são quase 
sempre as causas ou consequências do jogo de ficção, ou se confundem num só. 
Quando a criança cria e improvisa o seu brinquedo: a boneca, os animais que 
podem ser modelados, isto é, transforma matéria real em objetos fictícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Jogo de Fabricação - Fonte: (LIMA, 2018) 
 
 Conhecendo os diferentes formatos e possibilidades dos jogos, será possível 
ao professor planejar corretamente sua aula, selecionando as atividades de acordo 
com os objetivos a serem alcançados, também será possível diversificar os 
desafios e a natureza das tarefas propostas, bem como adequá-las ao perfil e 
desenvolvimento de seu aluno. 
 Na educação infantil, por exemplo, seria adequado explorar os jogos 
simbólicos, os pequenos jogos e os jogos de formação livre, pois a brincadeira 
simbólica vai fazer a primeira passagem do concreto para o abstrato, sendo essas 
as bases da educação. A base da educação infantil está nas interações e nas 
brincadeiras, então se os professores não reconhecerem o papel do brincar não 
vão utilizar a linguagem que os traz mais perto das crianças. Não só jogar o 
brinquedo no chão, mas intervir na forma que a criança brinca e qual objetivo 
daquilo, provavelmente, um grupo dessa etapa escolar apresentaria dificuldades 
para compreender os jogos em tabuleiro ou os grandes jogos. 
34 
 
 É importante destacar que, independente da faixa etária do grupo a ser 
trabalhado, é fundamental se proponham atividades com diferentes intensidades 
durante a aula, ou seja, que seja composta tanto por jogos moderados como por 
jogos ativos e calmos, de modo que os participantes possam experimentar suas 
potencialidades e reconhecer suas dificuldades. Essa variação também permite ao 
professor observar melhor o seu grupo e identificar que tipo de atitude dos 
participantes surge em cada tipo de atividade. 
 
3.2 A ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS PARA JOGOS NO AMBIENTE 
ESCOLAR 
 
 Para Horn (2007), a prática pedagógica na Educação Infantil, no dia a dia 
das crianças, implica refletir que o estabelecimento deve oferecer uma sequência 
básica de atividades diárias que são necessárias para as crianças. 
 Sendo a brincadeira, de acordo com o Referencial Curricular Nacional para 
a Educação Infantil (1998), uma das atividades mais importantes realizadas nas 
instituições infantis, a organização do espaço deve ser feita com a colaboração da 
criança que brinca, pois na organização dos espaços e brinquedos, a criança já 
está demonstrando a sua personalidade, seus desejos e sonhos, mas também 
reconstruindo aos poucos, sua representação de mundo. O brincar se faz 
importante, tanto em casa como na escola. Por isso, as instituições de Educação 
Infantil devem oferecer espaços adequados para as atividades lúdicas. Para 
Vygotsky (1992): 
 
É na brincadeira que a criança se comporta além do comportamento 
habitual de sua idade, além de seu comportamento diário. A criança 
vivencia uma experiência no brinquedo como se ela fosse maior do que a 
realidade, o brinquedo fornece estrutura básica para mudanças das 
necessidades e da consciência da criança (VYGOTSKY,1992, p.117). 
 
 As brincadeiras e interações são os eixos norteadores da proposta curricular 
da educação infantil. Sendo assim, o espaço tem papel fundamental, porque é nele 
que as brincadeiras acontecem, entrando como a dimensão física e a dimensão 
que possibilita que a atividade de imaginação e de imitação sejam concretizadas.
 O jogo deve ser utilizado com frequência na sala de aula, ficando sempre a 
critério do professor colocá-lo na rotina escolar. É importante o professor ter na sala 
35 
 
os dias, horários e tempo de duração para que a criança compreenda que para tudo 
existe o momento certo. É evidente que não existe uma regra para o tempo de 
duração, para isso o professor como mediador deve perceber quando aquele jogo 
não está mais chamando a atenção das crianças. É responsabilidade do educador 
garantir o tempo e o espaço para brincar pois como diz Machado (1998), “brincar 
tem hora, sim, e inserir essa temporalidade é dever do adulto.” 
 
O limite do tempo de cada aula deve ser obtido junto ao aprendiz, 
avaliando-se a dimensão de seu interesse. Nenhuma lição, nenhuma 
“aula” pode exceder esse limite e é extremamente desejável que sempre 
fique um pouco aquém e que termine deixando“aquele certo gostinho de 
quero-mais” aquele insubstituível sabor de apetite não saciado. 
Experiências realizadas em inúmeros projetos implantados, coordenados 
ou supervisionados por este autor, revela que esse limite temporal, ainda 
que variando muito conforme a idade da criança deve situar-se entre seis 
a doze minutos, se possível, sempre no mesmo horário tal como se age 
para uma aula de piano, língua estrangeira ou prática esportiva. 
(ANTUNES, 2014, p. 73). 
 
 Segundo definições de Forneiro (1998), “espaço” diz respeito ao espaço 
físico, ou seja, o local caracterizado pelos equipamentos, materiais, objetos, 
mobiliários e decoração que o compõe. Já o termo ambiente diz respeito ao 
conjunto do espaço físico e as relações nele estabelecidas, como “os afetos, 
relações interpessoais entre as crianças, entre crianças e adultos, entre crianças e 
sociedade em seu conjunto”. É de extrema importância o olhar aos materiais, assim 
como aos espaços mobiliários e externos disponibilizados e acessíveis para as 
experiências das crianças. 
- Materiais: os objetos e brinquedos devem ser de diferentes composições, e as 
quantidades suficientes e adequadas às necessidades de bebês e crianças 
menores para que possam explorar as texturas, os sons, as formas, além de 
poderem morder, puxar, empilhar, abrir, fechar, encaixar etc. Enfim, na escola de 
um modo geral, e na própria sala de aula, o material deve ser bem adaptado às 
crianças e planejado, pois a forma como eles estão organizados, influenciam os 
processos de ensino e de aprendizagem podendo ou não auxiliar na construção da 
autonomia, da segurança emocional e do equilíbrio do aluno. 
- Espaços mobiliários: é conveniente que os espaços mobiliários da sala de aula 
favoreçam o aprendizado das crianças, de maneira que estejam ao alcance delas, 
que sejam adequados à idade, que estejam organizados, higienizados etc. 
36 
 
 Como a sala de aula é o lugar onde as crianças passam a maior parte do 
tempo, Bassedas e Solé (2008, p.340), destacam que a decoração e a ambientação 
dela são muito importantes e influencia consideravelmente no comportamento das 
crianças e até mesmo das professoras, por isso deve-se revisar e observar cada 
detalhe da sala de aula, tentando adotar o ponto de vista das crianças. De acordo 
com Tiriba (2008): 
 
por fim, será necessário buscar a parceria das crianças nas decisões 
sobre a organização e na decoração da escola, pois, se as crianças são 
sujeitas de conhecimento e de desejo, se crescem e modificam seus 
interesses e possibilidades, também os espaços podem ser por elas 
permanentemente modificados. (Tiriba, 2008, p. 43) 
 
 
- Espaços externos: o espaço escolar não se resume às salas de aula. Para Horn 
(2007) os espaços externos são considerados uma extensão dos espaços internos 
e devem ser utilizados pedagogicamente. Em algumas escolas de educação 
infantil, os espaços externos são pouco aproveitados e o que deveria ser um 
prolongamento do espaço interno acaba não sendo usado como deveria, com isso, 
se desvalorizando. 
 Os Parâmetros Básicos de Infraestrutura para instituições de Educação 
Infantil (2006, p. 26) dizem que o parque, por exemplo, é um espaço externo que 
merece atenção, pois proporciona diversas formas de aprendizagem e interações 
sociais. Alguns autores descrevem como os brinquedos e pisos dos parques devem 
ser, ressaltando que estes devem ter variação nos pisos, como, por exemplo, 
grama, terra e cimento. Possibilitando, a contemplação de casa em miniatura, 
bancos, brinquedos como escorregador, “trepa-trepa”, balanços, túneis etc. 
 Os espaços mobiliários, externos e os materiais oferecidos ao longo da 
sequência didática, precisam favorecer as crianças para que elas percebam as 
possibilidades e os limites do corpo nas brincadeiras e para que interajam com 
outras crianças da mesma faixa etária, assim como com os adultos durante a 
exploração de materiais e brinquedos. 
 Devido à sua importância na vida escolar da criança, os espaços construídos 
devem ser cultivados numa relação de aprendizagem, já que é no espaço escolar 
que ela, também, se desenvolve. Por esse motivo, o espaço escolar pode e deve 
estar voltado para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças e, assim, ser 
organizado e planejado, também pelas próprias crianças, sendo isso fator de 
37 
 
qualidade na educação infantil, ou seja, oferecer recursos adequados é 
fundamental para um ensino de qualidade. É preciso ressaltar que as instituições 
de educação infantil devem se preocupar com a organização do espaço escolar a 
fim de proporcionar uma rotina que favoreça o desenvolvimento das experiências 
diversas das crianças. 
 
3.3 COMO AVALIAR OS ALUNOS DURANTE AS ATIVIDADES LÚDICAS 
 
 As diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil determinam que 
as escolas criem procedimentos para avaliar seus alunos, pois é através dessa 
avaliação, que os professores acompanham o desenvolvimento das crianças e se 
certificam se os métodos utilizados estão sendo eficazes. 
 É extremamente importante que as propostas lúdicas sejam readequadas ao 
contexto. Após cada atividade realizada, há a exigência de avaliação, onde se deve 
anotar imediatamente (para não dispersar na memória de curto prazo), se os 
objetivos pretendidos foram alcançados, se o jogo pode ser conduzido de outra 
maneira e que aspectos podem e devem ser corrigidos na próxima realização. 
 Durante a condução do professor, deve-se ter um cuidado para não intervir 
a todo momento, deixando o jogo correr e orientar somente quando necessário. Os 
momentos de verbalização após os jogos são de especial valor, procurando ter 
sempre uma visão geral da turma durante os jogos e sempre construir 
agrupamentos diferentes entre as crianças para que se relacionem com todas elas. 
A avalição de uma forma geral, deve seguir um padrão, porém não se 
resume só em ver o que o aluno aprendeu ou verificar acertos e erros, o professor 
deve usar esse momento para identificar as dificuldades de aprendizagem. Tanto 
o professor quanto o aluno, deve estar em sintonia, caminhando em busca de um 
mesmo objetivo, superando as dificuldades por eles apresentadas. 
 
No lugar da prova é urgente colocar outros procedimentos que, ao avaliar, 
não se restrinjam aos laivos negativos sempre também presentes, mais 
impliquem o contexto necessariamente pedagógico da avaliação, ou seja, 
cuidar da aprendizagem dos alunos. (DEMO, 2009, p. 7). 
 
Luckesi (2010) afirma que ao realizar uma atividade lúdica com jogos e 
brincadeiras, o professor pode usar uma avaliação educacional diferenciada, 
38 
 
possibilitando um registro mais dinâmico e aulas mais prazerosas, fazendo com 
que cubra o esforço do aluno, obtendo um melhor resultado, anotando os processos 
qualitativos ao longo do tempo, como por exemplo: 
- Participação do aluno nos jogos e brincadeiras; 
- Principais habilidades e dificuldades; 
- Comportamento durante as intervenções; 
- Relacionamento com colegas e professores; 
- Reações às conquistas e aos fracassos e 
- Reações aos conflitos e às adversidades. 
 Os educadores têm uma participação ativa na construção do saber, devendo 
sempre aplicar técnicas que tenham efeitos de amenizar as dificuldades de 
aprendizagem, não pensando no lúdico como “brincadeira”, mas sim como uma 
ferramenta de aprendizado e avalição. Como já visto, antes os jogos, brinquedos e 
brincadeiras acompanhavam os indivíduos desde o nascimento, atualmente, o 
educador tem o dever de guiar sem desviar do objetivo educacional, trazendo assim 
um excelente resultado. 
 Segundo Hoffmann (2000), os PCN’s dão uma direção onde o conceito de 
“avaliação” não passa de um rótulo, devendo basear na aprendizagem real, com 
um conjunto de ações, com uma abordagem que não cause ansiedade e medo, 
dentre outros fatores psicoafetivos, então, o emocional e afetivo deve ser 
trabalhado para que nãoafete a confiança, para que durante uma avalição o aluno 
não fique nervoso com a situação. A escola que usa as avaliações como método 
de imposição, não promove uma autonomia aos alunos e sim a reprovação. Os 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) tem como objetivo avaliar o aluno de 
forma contínua e processual, sem levar em conta as condições de aprendizagem 
do meio em que o aluno se encontra, seguindo alguns critérios como: avaliar de 
forma clara e objetiva e criar novas formas de avaliação, sem restringir a 
capacidade do aluno. 
 
Muitos professores revelam a sua impossibilidade de desenvolver 
processos avaliativos mediadores, porque estão cercados por normas 
classificatórias exigidas pelas escolas. Mas também se percebe a sua 
dificuldade em alterar sua prática por falta de subsídios teóricos e 
metodológicos que lhe deem segurança para agir de outra forma. 
(HOFFMANN, 1998, p.70) 
 
39 
 
 Um bom planejamento e controle garantem a produtividade necessária para 
esse processo. Um aspecto importante para assegurar uma educação de 
qualidade, é o bom relacionamento entre o professor, o aluno e a equipe 
pedagógica. É possível concluir que o ato de avaliar não é estático, ou seja, sempre 
está se modificando junto com as práticas do professor, em cada avaliação, para 
cada aluno, levando em conta a realidade social e cultural em que vive, 
compreendendo que cada um tem seu momento de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A educação infantil nos primórdios da humanidade era responsabilidade dos 
pais, a sociedade via a criança como um “mini adulto”, o que contribuiu para a sua 
exclusão socioeducativa durante séculos, e finalmente com o surgimento de 
inúmeras leis e das políticas públicas, em conjunto com vários autores que fizeram 
importantes contribuições para a inserção do lúdico sempre respeitando as 
necessidades de cada sociedade, e é um assunto que tem conquistado bastante 
espaço na atualidade. 
 Com a realização deste trabalho foi possível perceber a importância das 
atividades lúdicas no desenvolvimento da aprendizagem na educação e que o 
lúdico é uma necessidade do ser humano principalmente na infância, como uma 
metodologia ativa, já que tem uma relação natural com jogos brinquedos e 
brincadeiras, conseguindo assim extravasar a agitação do dia a dia e desenvolver 
o conhecimento simultaneamente. Com isso, o lúdico está sendo cada vez mais 
considerado o eixo norteador do processo ensino-aprendizagem, principalmente, 
da Educação Infantil. É um dos suportes principais das ações pedagógicas. As 
brincadeiras têm se tornado recurso pedagógico indispensável nas ações 
mediadoras dos professores. 
 As propostas lúdicas direcionam o fazer pedagógico ao mesmo tempo em 
que auxilia, facilitando a aprendizagem das crianças, contribuindo de todas as 
formas: motivando, incentivando, despertando a atenção da criança, conduzindo-a 
em direção a aquisição de uma aprendizagem significativa e prazerosa. Desse 
modo, através do ato de brincar as crianças podem desenvolver capacidades 
importantes como a atenção, a memória, a maturação, a percepção, a imitação e a 
imaginação, além do desenvolvimento físico, intelectual e social. 
Os jogos, brinquedos e brincadeiras colabora para o alcance de resultados 
mais satisfatórios, adaptando de uma forma agradável os conteúdos passados em 
sala, sendo eficaz para a concepção do pensamento, despertando o interesse e a 
curiosidade, colaborando para a aprendizagem, sendo assim podemos dizer que o 
lúdico foi uma ótima proposta na aprendizagem, desenvolvendo no aluno um ser 
reflexivo, critico, questionador, ampliando seu conhecimento. 
Verificou-se que a ludicidade em contexto escolar estimulada desde cedo é 
um grande facilitador no processo de aprendizagem, pois as situações problemas 
41 
 
contidas nos jogos e brincadeiras faz com que a criança procure soluções e 
alternativas, favorecendo a concentração, a aceitação de regras e socialização, 
melhorando a relação da criança consigo mesma e com a sociedade em que está 
inserida. 
Acredita-se que a criança aprende muito mais quando brinca e a maioria dos 
educadores sabe da importância do brincar, e que é extremamente necessário para 
o desenvolvimento sociocognitivo, para a coordenação e identidade da criança. O 
professor precisa desafiar e surpreender o seu aluno, elaborando tarefas que 
estimulem a criatividade envolvendo-o por inteiro, tornando um cidadão 
responsável pelos seus atos. 
De um modo geral, é natural que as crianças brinquem e se envolvam na 
vivência lúdica, abrindo caminho para a interação como cita a legislação e diversos 
pensadores. Sabendo que cada aluno tem sua dificuldade e necessidade, o 
professor deve promover uma atividade que inclua a todos, que interaja com o 
ambiente, passando do brincar para o estudar sem que leve ao desinteresse. O 
brincar transforma e amplia tanto o desenvolvimento do educando quanto do 
educador, fazendo com que a educação seja inovadora, trazendo a importância de 
repensar as metodologias, que é possível criar e executar atividades por meio do 
brincar, sendo uma troca que ocorre de forma integrada e simultânea. Na educação 
infantil considera-se insatisfatória a metodologia de ensino mais rígida, sem o uso 
do lúdico, já que ficou claro que o lúdico desenvolve o aluno como um todo, sendo 
um aliado a ser utilizado no planejamento das aulas. 
 Nesse contexto, o presente trabalho apresentou um rico estudo bibliográfico 
sobre o assunto, afim de conscientizar as escolas que não apoiam a inclusão do 
lúdico no processo educacional, se negando na obtenção dos materiais 
necessários, como por exemplo, brinquedos e jogos, pois é visto que a falta do 
lúdico se tornou um grande problema no ensino e aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
42 
 
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