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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
 
Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental 
Coordenadora: Profa. Helena Feres Hawad 
Exercício de revisão para a AP1(b) 
GABARITO 
 
O glamour da ignorância 
Natalia Pasternak 
 
Existe um mercado perverso que lucra em cima da desinformação. Vendedores 
de ilusões empurram suplementos, remédios ditos naturais, livros, DVDs, práticas sem 
base científica que prometem curar desde unha encravada até câncer e depressão, 
segredos da saúde que “eles” não querem que você saiba. Para fisgar clientes, o 
marketing da pseudociência usa duas iscas: medo e vaidade. A vaidade de acreditar 
fazer parte de um estilo de vida mais “espiritualizado” e “natural”, e o medo da morte, da 
doença — e do mundo moderno. 
O dinheiro que se ganha com isso não é nada desprezível. Reportagem recente 
do jornal britânico The Sunday Times estima o valor da indústria do bem-estar em 3,59 
trilhões de libras (R$ 23 trilhões), o triplo do que fatura a indústria farmacêutica, em torno 
de 1,16 trilhão de libras. 
As duas linhas de marketing encontram seus consumidores, de forma geral, em 
dois tipos de público. O primeiro é composto de pessoas vulneráveis, assustadas, que 
passaram ou estão passando por momentos de vida difíceis, com elas mesmas ou entes 
queridos sofrendo ou sentindo-se traídos ou desenganados pelo sistema formal de 
saúde ou pelos próprios limites da ciência e da medicina. Afligidas pelo desespero e, 
não raro, pela frieza e falta de empatia de algum profissional de saúde, estas pessoas 
se voltam para camelôs de sonhos que, junto com o remédio inútil, vendem fórmulas 
mágicas e o tempo e a atenção tão escassos no sistema médico. O argumento costuma 
ser: “afinal, que mal tem”? 
O “mal” é que endossar medicina alternativa é uma aposta muito perigosa — 
para o indivíduo e para a sociedade. Pode atrasar diagnósticos de doenças graves, 
desviar pessoas de tratamentos reais, legitimar narrativas paranoicas como a do 
movimento antivacinas. Para resgatar as vítimas do marketing do medo e do 
desamparo, é importante reconhecer o direito do paciente de expressar receios e 
dúvidas, mas ser claro na hora de separar fato de ficção. 
Mas existe também o consumidor por vaidade, que se vê num plano espiritual 
superior porque consome bolinhas de açúcar com grife. Esse perfil, em geral, não 
espera ficar doente para correr atrás do terapeuta holístico: engolir placebos faz parte 
do estilo de vida. É o que em inglês se chama de “the healthy unwell”, ou “os saudáveis 
incomodados”, pessoas perfeitamente bem de saúde que esperam minimizar os 
incômodos inerentes à condição humana com simulacros de “terapia”. Essa turma 
mantém o mercado de pseudoprodutos de saúde vivo e lucrativo, fartando-se de 
suplementos vitamínicos desnecessários, remédios “tradicionais” feitos de partes do 
corpo de animais em extinção, bolinhas de açúcar, conhaquinho de conta-gotas e a 
água de torneira mais cara do mundo. 
Os consumidores que se banham nos raios do glamour da ignorância 
provavelmente não se importam de ser enganados ou de dar sustentação financeira e 
ideológica a um mercado que explora desesperados. São movidos pelo narcisismo de, 
mesmo tendo acesso aos melhores médicos e cientistas, preferir ignorá-los porque sua 
“verdade pessoal” é “mais verdadeira” do que os resultados de estudos clínicos 
controlados feitos por universidades e centros de pesquisa. Se eu acho que me curei de 
uma doença crônica da infância com bolinhas de açúcar, quem são esses cientistas 
para me dizer que estou errada? A única ferida insuportável é a do ego. 
Pode parecer inofensivo ir à lojinha de produtos naturais e comprar bolinha de 
açúcar para nariz entupido, floral para dor de cotovelo. Mas é esse consumo por vaidade 
que legitima socialmente a venda por desespero, que mantém viva a ideologia que 
despreza a ciência, mutila animais na África e na Ásia e mata crianças por falta de 
vacina. 
O Globo. 11/7/22. Adaptado. Disponível em https://oglobo.globo.com/blogs/a-hora-da-
ciencia/post/2022/07/o-glamour-da-ignorancia.ghtml 
1. Explique o que a autora chama de “glamour da ignorância”. 
 
A EXPRESSÃO SE REFERE À VAIDADE DAQUELES QUE SE 
ACREDITAM, DE ALGUMA FORMA, SUPERIORES POR CONSUMIR 
MEDICAMENTOS DITOS “NATURAIS” OU “ALTERNATIVOS”, QUE NÃO TÊM 
VALIDADE CIENTIFICAMENTE COMPROVADA (OU QUE SÃO SABIDAMENTE 
INEFICAZES, INÚTEIS, PELOS CRITÉRIOS CIENTÍFICOS). 
(ESSE ESTILO DE CONSUMO SERIA UM SINAL DE QUE TAIS PESSOAS 
SÃO MAIS ESPIRITUALIZADAS, OU DE QUE SABEM COISAS QUE OS OUTROS 
NÃO SABEM, SE CUIDAM MELHOR QUE OS OUTROS.) 
 
 
2. Identifique “as duas linhas de marketing” mencionadas no início do terceiro 
parágrafo. 
 
ESSAS DUAS LINHAS SÃO O MEDO E A VAIDADE. 
 
 
3. Aponte as consequências maléficas da adesão às chamadas “terapias 
alternativas”, de acordo com o texto. 
 
ESSA PRÁTICA É PERIGOSA PORQUE PODE ATRASAR DIAGNÓSTICOS 
DE DOENÇAS GRAVES, DESVIAR PESSOAS DE TRATAMENTOS REAIS, 
LEGITIMAR NARRATIVAS PARANOICAS COMO A DO MOVIMENTO 
ANTIVACINAS. 
 
 
4. Transcreva do texto a frase que serve como exemplo do narcisismo de certos 
consumidores de supostos medicamentos naturais. 
 
“SE EU ACHO QUE ME CUREI DE UMA DOENÇA CRÔNICA DA 
INFÂNCIA COM BOLINHAS DE AÇÚCAR, QUEM SÃO ESSES CIENTISTAS 
PARA ME DIZER QUE ESTOU ERRADA?” 
 
 
5. Indique a que se referem as expressões sublinhadas nos fragmentos abaixo. 
 
a. O dinheiro que se ganha com isso não é nada desprezível. (2º parágrafo) 
 
O MARKETING DA PSEUDOCIÊNCIA 
(ou: O COMÉRCIO DE MEDICAMENTOS INEFICAZES, ILUSÓRIOS; O 
COMÉRCIO DE FALSOS MEDICAMENTOS) 
 
b. Essa turma mantém o mercado de pseudoprodutos de saúde vivo e lucrativo 
[...] (5º parágrafo) 
 
 OS CONSUMIDORES POR VAIDADE 
 (ou: AQUELES QUE COMPRAM MEDICAMENTOS ALTERNATIVOS POR 
VAIDADE, POR CREREM ESTAR EM UM PLANO ESPIRITUAL SUPERIOR) 
 
6. O fragmento abaixo foi extraído, com adaptações, do terceiro parágrafo: 
 
Afligidas pelo desespero, estas pessoas se voltam para camelôs de sonhos. 
 
Indique, na folha de respostas, um conectivo que possa substituir o sinal  em 
cada reescrita do fragmento a seguir, expressando adequadamente a relação de sentido 
entre as ideias. 
 
a. Estas pessoas se voltam para camelôs de sonhos  estão afligidas pelo 
desespero. 
 
PORQUE, POIS, UMA VEZ QUE, JÁ QUE, VISTO QUE 
 
b. Estas pessoas estão afligidas pelo desespero,  se voltam para camelôs de 
sonhos. 
 
 POR ISSO, PORTANTO, LOGO, ENTÃO 
 
7. Reescreva o fragmento abaixo, extraído do quarto parágrafo, substituindo a 
palavra sublinhada por outra que expresse a ideia de necessidade. 
 
É importante reconhecer o direito do paciente de expressar receios e dúvidas. 
 
É NECESSÁRIO / PRECISO / IMPRESCINDÍVEL / INDISPENSÁVEL 
RECONHECER O DIREITO DO PACIENTE DE EXPRESSAR RECEIOS E 
DÚVIDAS. 
 
8. No fragmento abaixo, extraído do último parágrafo, o verbo poder é empregado 
para dar ideia de possibilidade. Reescreva a frase, empregando um recurso diferente para 
exprimir a mesma ideia. 
 
Pode parecer inofensivo ir à lojinha de produtos naturais e comprar bolinha de 
açúcar para nariz entupido. 
 
TALVEZ PAREÇA INOFENSIVO IR À LOJINHA DE PRODUTOS 
NATURAIS E COMPRAR BOLINHA DE AÇÚCAR PARA NARIZ ENTUPIDO. 
 
É POSSÍVEL QUE PAREÇA INOFENSIVO IR À LOJINHA DE PRODUTOS 
NATURAIS E COMPRAR BOLINHA DE AÇÚCAR PARA NARIZ ENTUPIDO. 
 
9. O fragmento abaixo foi extraído do trabalho de um estudante. Reescreva o 
fragmento, eliminando a redundância. 
 
É claro que classes sociais mais altas, aquelas que têm acesso à educação, 
terão a condição necessária para acessar a educação de qualidade. 
 
É CLARO QUE CLASSES SOCIAIS MAIS ALTAS TERÃO A CONDIÇÃO 
NECESSÁRIA PARA ACESSAR A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. 
 
 
10. No fragmento a seguir, extraído do trabalho de umestudante, a palavra 
“educação” foi empregada quatro vezes. Reescreva o fragmento, empregando essa 
palavra, no máximo, duas vezes, e conservando as mesmas informações. 
 
Tendo em vista algumas causas e consequências da desigualdade na educação, 
cabe ao Ministério da Educação, juntamente com os profissionais da educação, 
elaborar, criar medidas que tornem a educação acessível a todos. 
 
TENDO EM VISTA ALGUMAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA 
DESIGUALDADE EDUCACIONAL, CABE AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 
JUNTAMENTE COM OS PROFISSIONAIS DA ÁREA, ELABORAR, CRIAR 
MEDIDAS QUE TORNEM A EDUCAÇÃO ACESSÍVEL A TODOS. 
 
TENDO EM VISTA ALGUMAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA 
DESIGUALDADE NA EDUCAÇÃO, CABE AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 
JUNTAMENTE COM OS PROFISSIONAIS DA ÁREA, ELABORAR, CRIAR 
MEDIDAS QUE TORNEM A ESCOLA / A FORMAÇÃO BÁSICA ACESSÍVEL A 
TODOS. 
 
TENDO EM VISTA ALGUMAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA 
DESIGUALDADE EDUCACIONAL, CABE AO MINISTÉRIO RESPONSÁVEL, 
JUNTAMENTE COM OS PROFISSIONAIS DA ÁREA, ELABORAR, CRIAR 
MEDIDAS QUE TORNEM A EDUCAÇÃO ACESSÍVEL A TODOS.

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