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MATERIAL DIGITAL 
MANUAL DO PROFESSOR 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
9º ANO 
 
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 
ELZA FUJIHARA 
ORGANIZADORA 
 
 
 
Material Digital do Manual do Professor | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano 
Ensino Fundamental – Anos Finais 
© IBEP, 2018 
 
Diretor superintendente Jorge Yunes 
Diretora editorial Célia de Assis 
Coordenação Elza Fujihara 
Editora Camila Castro 
Designer Multimídia Wendel Freitas 
Colaboradora Daniela Longo 
Revisores 
Kátia Cardoso da Silva 
Maria do Rosário Sousa 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Material Digital do Manual do Professor | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Sumário 
 
Apresentação 
Material Digital do Manual do Professor - 1º Bimestre 
Plano de Desenvolvimento - 1º Bimestre 
Projeto Integrador: Releitura de contos e romances africanos e afro-brasileiros 
Sequência Didática 01: Leitura de minicontos 
Sequência Didática 02: Produção de fotorreportagem 
Sequência Didática 03: A literatura comparada: intertextualidade 
Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem - 1º Bimestre 
Material Digital do Manual do Professor - 2º Bimestre 
Plano de Desenvolvimento - 2º Bimestre 
Projeto Integrador: Cineclube 
Sequência Didática 04: Leitura e produção de poemas concretos 
Sequência Didática 05: Leitura e apreciação de narrativas de aventura 
Sequência Didática 06: Roteiro para audiovisual 
Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem - 2º Bimestre 
Material Digital do Manual do Professor - 3º Bimestre 
Plano de Desenvolvimento - 3º Bimestre 
Projeto Integrador: Campanha contra a desigualdade 
Sequência Didática 07: Leitura e análise de textos argumentativos 
Sequência Didática 08: Relatório multimidiático de campo 
Sequência Didática 09: Leitura e análise de petição on-line 
Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem - 3º Bimestre 
Material Digital do Manual do Professor - 4º Bimestre 
Plano de Desenvolvimento - 4º Bimestre 
Projeto Integrador: Feira de profissões 
Sequência Didática 10: O impacto das fake news 
Sequência Didática 11: Entrevistas com profissionais 
Sequência Didática 12: Proposta de projeto cultural 
Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem - 4º Bimestre 
Material Audiovisual 
1º bimestre: O que é metáfora? (CC) 
2º bimestre: Debate regrado (CC) 
3º bimestre: Atlas da Violência (CC) 
4º bimestre: Declaração Universal dos Direitos Humanos (Licença fechada) 
 
 
 
Material Digital do Manual do Professor | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Este material está disponível em licença aberta do tipo Creative Commons: 
 Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional 
Attribution NonCommercial 4.0 International 
 Você tem o direito de: 
You are free to: 
Compartilhar: copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. 
Share: copy and redistribute the material in any medium or format. 
Adaptar: remixar, transformar e criar a partir do material. 
Adapt: remix, transform, and build upon the material. 
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. 
The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms. 
De acordo com os seguintes termos: 
Under the following terms: 
Atribuição: Você deve atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se 
foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma 
que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso. 
Attribution: You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You 
may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use. 
Não comercial: Você não pode usar o material para fins comerciais. 
Noncommercial: You may not use this work for commercial purposes. 
Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que 
restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita. 
No additional restrictions: You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing 
anything the license permits. 
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.pt_BR 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Material Digital do Manual do Professor | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Apresentação 
 
Caro professor, 
Apresentamos o Material Digital do Manual do Professor de Língua Portuguesa, que tem como objetivo 
organizar e enriquecer sua prática, além de contribuir para sua atualização e oferecer subsídios para seu 
trabalho em sala de aula. 
Organizado em bimestres, o material visa enriquecer as propostas didático-pedagógicas e o conteúdo 
proposto pelo livro didático impresso, de modo a incentivar diferentes práticas e metodologias em sala de 
aula. Por isso, é importante ressaltar que as propostas apresentadas podem ser adaptadas de acordo com os 
contextos locais e as realidades escolares, com o objetivo de adequar-se aos diferentes propósitos 
educacionais. 
O Material Digital do Manual do Professor de Língua Portuguesa apresenta: 
• Plano de Desenvolvimento: explicita o trabalho bimestral com os objetos de conhecimento e as 
habilidades, relaciona essas informações às práticas didático-pedagógicas, apresenta sugestões de 
atividades, indica fontes de pesquisa, orienta para a gestão do tempo em sala de aula, propõe 
acompanhamento das aprendizagens e indica as habilidades necessárias para dar continuidade aos 
estudos. 
o Projeto Integrador: parte integrante do plano de desenvolvimento, que apresenta uma proposta 
pedagógica que tem como objetivo tornar a aprendizagem dos alunos mais concreta, reunindo 
habilidades recorrentes no bimestre e favorecendo o desenvolvimento de competências gerais e 
específicas propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Por meio da ligação entre dois 
ou mais componentes curriculares, os projetos integradores propiciam a contextualização da 
aprendizagem, conectam os alunos às situações vivenciadas, contemplando contextos locais e 
abordagens regionais, e valorizam os conhecimentos construídos ao longo do processo, além de 
permitir a socialização dos aprendizados. 
• Sequências Didáticas: com o objetivo de abordar, de forma seletiva, objetos de conhecimento e 
habilidades previstos no período, são propostas 3 sequências didáticas por bimestre. O total de 12 
sequências didáticas apresenta um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a 
realização de determinados objetivos para serem realizadas individualmente, coletivamente, em grupo 
etc. 
• Proposta de Acompanhamento da Aprendizagem: com o objetivo de instrumentalizar a verificação 
sobre a construção das habilidades previstas no bimestre, cada bimestre apresenta uma avaliação 
composta por 10 questões, que podem ser abertas e/ou de múltipla escolha. O gabarito de correção 
apresenta detalhamento das habilidades avaliadas e orientações ao professor. Por fim, é fornecida uma 
ficha de acompanhamento das aprendizagens dos alunos para subsidiar o trabalho e contribuir para 
reuniões de conselho de classe e atendimento aos familiares e responsáveis. 
• Material Audiovisual: serve como ferramenta de auxílio docente. Seja no formato de áudio, vídeo e/ou 
videoaula, o material complementa o livro didático impresso. Seu objetivo é o de favorecer a 
compreensão dos alunos sobre relações, processos, conceitos e princípios, permitindo a visualização de 
situações e experiências da realidade, aprofundar conceitos, sintetizar conteúdos e estabelecer relações 
com o contexto cultural dos alunos. 
Em suma, os materiais propiciam a ampliação bimestral dos conteúdos do livro didático impresso e 
valorizam diferentes tipos de atividades, além de possibilitar a integração entre componentes curriculares, 
propor diferentes formas de avaliação, estimular a prática de diversas estratégias pedagógicase incentivar o 
uso efetivo do material didático em sala de aula, contribuindo com a prática docente, cujo objetivo é 
desenvolver uma aprendizagem transformadora. 
Bom trabalho! 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral 
Apresentação 
Prezado professor, 
 
Este Plano de Desenvolvimento explicita os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados durante 
o 9º ano do Ensino Fundamental, apresentando subsídios e sugerindo práticas de sala de aula que contribuam com 
o trabalho a ser realizado. 
Uma aprendizagem eficaz da Língua Portuguesa que contemple as práticas de linguagem, relaciona as informações 
explicitadas a diferentes práticas didático-pedagógicas. Além das propostas, o material apresenta sugestões de 
atividades, indica fontes de pesquisa, orienta a gestão do tempo em sala de aula e propõe o acompanhamento das 
aprendizagens. 
O Plano de Desenvolvimento está ordenado nas seguintes partes: 
I. Objetos de conhecimentos e habilidades 
A primeira parte apresenta os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados no bimestre que deverão ser 
tomados como metas para o ensino e a aprendizagem, possibilitando aos alunos a apropriação dos conhecimentos 
de Leitura, Produção de texto, Oralidade e Análise linguística/semiótica. As informações que compõem o quadro 
estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando à organização, à facilidade de uso e 
ao cumprimento das metas de aprendizagem. 
Os objetos de conhecimentos e as habilidades são um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens 
essenciais. Por isso, o trabalho deve ser contínuo. Vale destacar que as habilidades apresentam um arranjo possível 
e os agrupamentos propostos não devem ser tomados como um modelo obrigatório, mas uma proposta para 
facilitar a compreensão dos conjuntos e inter-relacionamento possíveis, enfatizando articulações entre campos, 
objetos de conhecimento e habilidades. 
Por fim, ao final do quadro, são apresentadas algumas habilidades essenciais para dar continuidade aos estudos. 
II. Propostas de atividades 
Na segunda parte, são indicadas propostas de atividades, organizadas por práticas de linguagem (Leitura, Produção 
de texto, Oralidade e Análise Linguística/Semiótica), recorrentes em sala de aula e que podem favorecer o trabalho 
com as habilidades. Também são apresentados as sequências didáticas e o projeto integrador bimestrais, com o 
objetivo auxiliar a organização e o planejamento para a realização dessas práticas didático-pedagógicas. 
III. Gestão da sala de aula 
Na terceira parte, o foco é a gestão do tempo em sala de aula e dos recursos que possibilitam um melhor 
gerenciamento do trabalho docente. As orientações são concernentes ao ambiente, às formas de apresentação, à 
organização das situações e do tempo. 
IV. Acompanhamento das aprendizagens 
A quarta parte aborda avaliações e instrumentos de aferição que podem contribuir para avaliar o desempenho dos 
alunos. 
V. Fontes de pesquisa 
A quinta e última parte inclui indicações e outras fontes de pesquisa, como sites, vídeos, filmes, revistas e artigos 
para serem usados em sala de aula. 
As propostas e os subsídios apresentados neste Plano de Desenvolvimento são orientações de caráter aberto e 
podem, portanto, ser adaptados de acordo com a realidade escolar e das práticas da sala de aula, com o propósito 
de promover uma aprendizagem significativa dos alunos. 
 
Bom trabalho! 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
1º BIMESTRE 
HABILIDADES E CONTEÚDOS 
Este Plano de Desenvolvimento orienta a trabalhar com os seguintes objetos de conhecimento e 
habilidades para o 1º bimestre do 9º ano: 
PRÁTICAS DE 
LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES* CONTEÚDOS 
Leitura 
Relação entre textos 
(EF09LP02) 
(EF69LP30) 
(EF89LP32) 
• Leitura de imagens: 
fotografia, fotorreportagem 
e telas 
• Leitura de conto 
• Características do gênero 
conto 
• Leitura de cartaz de 
campanha 
• Leitura de tirinha 
• Narrativa: tempo 
cronológico x tempo 
psicológico 
• Leitura de texto informativo 
• Leitura de romance 
(fragmento) 
• Características do gênero 
romance 
• Leitura de notícia 
• Leitura de resenha de filme 
• Leitura de conto em 
quadrinhos 
• Leitura de poema 
Estratégia de leitura: apreender os sentidos 
globais do texto (EF69LP03) 
Reconstrução das condições de produção, 
circulação e recepção | Apreciação e réplica 
(EF69LP44) 
(EF69LP46) 
Reconstrução da textualidade e compreensão 
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos 
de recursos linguísticos e multissemióticos 
(EF69LP47) 
Adesão às práticas de leitura (EF69LP49) 
Efeitos de sentido (EF89LP06) 
Efeitos de sentido | Exploração da 
multissemiose (EF89LP07) 
Estratégias de leitura | Apreciação e réplica (EF89LP33) 
Produção de 
textos 
Estratégias de escrita: textualização, revisão e 
edição (EF69LP36) 
• Produção de conto 
Consideração das condições de produção | 
Estratégias de produção: planejamento, 
textualização e revisão/edição 
(EF69LP51) 
Construção da textualidade (EF89LP35) 
Oralidade 
Participação em discussões orais de temas 
controversos de interesse da turma e/ou de 
relevância social 
(EF69LP13) 
• Exposição oral: mostra de 
fotografia 
• Discussão oral 
Estratégias de produção: planejamento e 
produção de apresentações orais (EF69LP38) 
Produção de textos orais | Oralização (EF69LP53) 
Escuta | Apreender o sentido geral dos textos | 
Apreciação e réplica | Produção/Proposta (EF89LP22) 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
 
Análise 
Linguística/ 
Semiótica 
Fono-ortografia (EF09LP04) 
• Tipos de predicado 
• Figuras de linguagem: 
paradoxo, anáfora, 
metáfora e eufemismo 
• Predicativo do sujeito e 
predicativo do objeto 
• Pontuação: vírgula para 
separar termos da oração 
• Predicado verbo-nominal 
Morfossintaxe (EF09LP05) (EF09LP06) 
Recursos linguísticos e semióticos que operam 
nos textos pertencentes aos gêneros literários (EF69LP54) 
Estilo (EF89LP15) 
* As descrições das habilidades podem ser conferidas ao final do plano. 
HABILIDADES ESSENCIAIS 
O trabalho com as habilidades a seguir é essencial para dar continuidade aos estudos dos alunos: 
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de 
terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não 
com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, 
literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, 
contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição 
literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala 
expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela 
pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., 
gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks 
de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou 
declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais 
etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido 
pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, 
bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação 
de compartilhamento em questão. 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionandoprocedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, 
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, 
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa 
(como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e 
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. 
(EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura 
e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os 
constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de 
produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa. 
(EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas 
complexas no nível da oração e do período. 
(EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a estrutura sujeito-verbo de 
ligação-predicativo. 
(EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito de sentido do uso dos verbos de 
ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e “permanecer”. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
 
PROPOSTAS DE ATIVIDADES 
Para que as habilidades descritas sejam trabalhadas, é importante que algumas práticas pedagógicas sejam 
recorrentes em sala de aula, fazendo parte do planejamento diário, semanal ou quinzenal do professor. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem LEITURA 
Leitura em voz alta 
Promover a leitura em voz alta colaborativa com os alunos, preparando-os para essas atividades, com a 
escolha adequada do texto e a realização do objetivo proposto. 
• A escolha prévia e adequada do suporte para a leitura do texto (projeção; computador, internet, 
laboratório de informática, papel e tipo papel) – tudo isso contribui para o sucesso da leitura. 
• A leitura do texto deve ser planejada e incentivar a participação dos alunos. 
• Atividades após a leitura devem ser programadas pelos professores para que sejam significativas, 
cumprindo diferentes propósitos, como apreciar e incentivar a busca de informações, para aprender 
coisas novas etc., considerando estratégias diferenciadas para a prática. 
Leitura colaborativa 
Como o objetivo não é apenas formar leitores, mas formar leitores fluentes, uma maneira de contribuir é 
planejar atividades de leitura colaborativa. Por meio desta, pode ser proposta a leitura de textos mais densos 
ou extensos, como poemas ou romances. A leitura colaborativa, como o próprio nome diz, aposta na 
colaboração, na interação com o outro para que, com a mediação do professor, os alunos avancem em seus 
conhecimentos. 
Para planejar esse tipo de atividade, em primeiro lugar o professor precisa ter bons conhecimentos prévios 
sobre o texto ou, se possível, lê-lo previamente. Deve também pesquisar com antecedência informações 
sobre o autor e sobre sua obra, além do contexto sócio-histórico em que o texto foi produzido. 
Para realizar a leitura colaborativa, o ideal é que cada um tenha o seu exemplar do texto – livro, conto, 
poema etc. Nos dias marcados para a realização da leitura, todos devem acompanhá-la e podem (e devem) 
contribuir com a leitura em voz alta e na elaboração de comentários, desde que sejam feitos de forma 
organizada. Todos podem colaborar para que, ao longo da leitura, a turma faça reflexões conjuntas e vá 
formulando conclusões sobre o texto, em um processo contínuo de interpretação e compreensão. 
Leitura de narrativas gráfico-visuais 
Gênero marcado pela relação entre as linguagens verbal e não verbal, as Histórias em Quadrinhos costumam 
ser boas estratégias para desenvolver a leitura verbo-visual dos alunos. É possível trabalhar as características 
do gênero, as personagens, onde e como são expostas, os diferentes tipos de balões para representar as 
falas. Podem-se explorar os elementos tanto da linguagem escrita como da visual, por meio dos desenhos e 
das expressões faciais, além dos próprios elementos estilísticos como as onomatopeias e os recursos 
gráficos, símbolos e sinais que criam sensações, movimentos nos desenhos. 
Leitura de um conto ou poema 
Propor a leitura extra de um conto ou outra narrativa curta a cada bimestre. Todos podem sugerir, inclusive 
o professor, um texto que será lido e discutido pela turma. Essa discussão pode ser sobre os elementos que 
compõem a narrativa ou a partir do tema. Outra possibilidade de atividade para o exercício da leitura é a 
declamação em coro de um poema, ou seja, um jogral. Essa atividade também ajuda a desenvolver a 
integração entre os alunos, proporcionando a todos um momento de fruição e saber. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Atividades relacionadas à prática de linguagem PRODUÇÃO DE TEXTOS 
Desenvolvimento em etapas para a escrita 
O trabalho com produções textuais será conduzido em quatro etapas: 
• Planejamento: propostas de planejamentos, indagando sobre a escrita, sobre a retomada de leituras 
e verificando a estrutura do texto, o público-alvo etc. 
• Reflexão e discussão: promover reflexões para desenvolver um olhar crítico sobre os textos. 
• Releitura: mapear as incoerências, ideias soltas, desvios da norma padrão, ajustes de pontuação, 
ortografia. 
• Reescrita: correções coletivas, com sugestões de melhorias do texto. 
• Edição: editar e trabalhar o texto, ilustrando-o, por exemplo. 
• Avaliação: verificar como foi o processo de escrita. 
Todas as etapas anteriormente descritas são importantes, mas a etapa de planejamento é fundamental, pois 
dela depende o bom andamento da produção e o atingimento do produto final (o texto) de forma 
satisfatória. 
Releituras 
Criar o hábito de releitura de textos escritos para o aperfeiçoamento do processo, sobretudo em produções 
coletivas, seja para buscar novas interpretações, seja para ajustes de ordem ortográfica. 
Fotodenúncias 
A atividade de fotodenúncia desencadeia reflexão sobre as múltiplas possibilidades de uso de imagens nas 
aulas e permite exercício de escrita por meio das legendas. Os estudantes podem fotografar problemas de 
ordem pública do bairro, como buracos nas vias públicas, crescimento de mato, falta de saneamento, 
problemas com a iluminação, entre outros. Podem trabalhar a edição das imagens e introduzir legendas nas 
fotografias indicando as situações difíceis retratadas. 
Produção de contos sem final para serem divulgados em blog ou site da turma 
Convide os alunos a produzir contos sem final para serem divulgados na internet, em forma de coletânea. 
Essa atividade deve ser realizada em computador com acesso à internet e com o auxílio de software de 
edição de texto. Os alunos devem ser incentivados a realizar a revisão, a edição final e a formatação dos 
textos de modo a instigar os leitores. Nesse tipo de atividade, além de inserir possibilidades de criação 
multimodal do texto escrito, por meio da escolha de fontes, cores, fundos etc., eles podem inserir imagens, 
sons e outros recursos multimídias. Mobilize os alunos para a produção dos contos e combinem a 
divulgação. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem ORALIDADE 
Rodas de conversa 
Com a finalidade de trocar informações, discutir e planejar atividades, relatar experiências, as rodas de 
conversa devem ser uma atividade constante entre as atividades previstas no planejamento. Em uma roda 
de conversa, é possível sondar os conhecimentos prévios que os alunos têm sobre determinado tema e/ou 
gênero a ser estudado, de modo que se tenham condições de prever mais alguns subsídios teórico-práticos 
ou de suprimir alguns recursos previstos, ajustando seu planejamento às necessidades didáticas dosalunos. 
Apresentação de trabalhos com suporte de recursos multimídias 
Os alunos serão ensinados quanto aos procedimentos formais, ao trabalho com a linguagem, à postura em 
uma apresentação ao público. Considerando: 
• Seleção e escolha do tema a ser trabalhado. 
• Compreensão do assunto abordado. 
• Pesquisas em diferentes fontes e meios para aprender mais e melhor sobre o objeto estudado. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
• Planejamento a apresentação. 
• Produção do roteiro para a apresentação. 
• Realização da apresentação utilizando com destreza diversas ferramentas do meio digital. 
Seminários 
Com foco principal na exposição oral, o seminário é um gênero de transmissão de saberes, técnicos ou 
científicos, sobre temas relacionados a determinado campo de conhecimento. Essa atividade de interlocução 
trabalha apresentações individuais ou em grupo mediadas por regras. Saber portar-se diante do público, 
apresentar-se, mostrar domínio de conteúdo, com pesquisa prévia. Considerar as características do público-
alvo, como faixa etária, interesses, expectativas e conhecimentos prévios em relação ao tema abordado, uso 
de linguagem formal, dentre outras. 
Filmar os textos produzidos oralmente e assistir depois para avaliar o desempenho 
Gravar as apresentações orais é uma maneira de possibilitar que alunos revisitem os textos produzidos. 
Vendo-se por meio da tela, eles têm condições de perceber ajustes que precisam ser feitos para as próximas 
apresentações. Por exemplo: tom e volume de voz, ritmo, timbre, hesitações, postura, expressões faciais e 
corporais etc. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA 
Consulta ao dicionário 
Incentivar e orientar os alunos a utilizar o dicionário para localizar palavras cujo teor desconheçam, 
ampliando seu conhecimento ortográfico e vocabular da língua. 
Linguagem adequada a cada gênero 
É importante que os alunos tenham como hábito a verificação da variedade linguística adequada a cada 
gênero lido ou produzido. Nessa análise, eles podem averiguar os recursos linguísticos que se prestam a 
cada finalidade. Por exemplo: pontuação expressiva, uso de abreviações, regionalismos, pronomes de 
tratamento, figuras de linguagem, marcas de oralidade, entre outros. 
Elementos linguísticos e os efeitos de sentido em textos literários 
Propor a leitura de narrativa curta, um conto, por exemplo, para tentar perceber com os alunos como os 
tempos e modos verbais estão organizados e de que maneira contribuem para o sentido do texto. 
Consulta às publicações dos gêneros em estudo 
É importante que os alunos tenham como hábito a verificação da variedade linguística adequada a cada 
gênero lido ou produzido. Nessa análise, eles podem averiguar os recursos linguísticos que se prestam a 
cada finalidade. Por exemplo: pontuação expressiva, uso de abreviações, regionalismos, pronomes de 
tratamento, figuras de linguagem, marcas de oralidade, entre outros. Entretanto, a análise só é possível se os 
alunos tiverem acesso a textos autênticos dos gêneros em estudo no bimestre. Disponibilize livros, jornais, 
revistas e outros recursos impressos e digitais para que os alunos possam ter acesso aos respectivos 
gêneros. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Além das propostas de atividades, o Plano de Desenvolvimento apresenta outras práticas-didático 
pedagógicas, que têm como objetivo incentivar diferentes práticas e metodologias em sala de aula. São elas: 
PROJETO INTEGRADOR 
Nome: Releitura de contos e romances africanos e afro-brasileiros 
Habilidades de Língua Portuguesa a serem desenvolvidas no projeto: 
Leitura: Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção | Apreciação e réplica 
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em 
textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, 
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. 
Oralidade: Produção de textos orais | Oralização 
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de 
terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não 
com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, 
literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, 
contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição 
literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala 
expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela 
pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., 
gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks 
de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou 
declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais 
etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido 
pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, 
bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação 
de compartilhamento em questão. 
Produção de textos: Construção da textualidade 
(EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura 
e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os 
constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de 
produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa. 
O projeto integrador tem como objetivo: 
Abordar de forma crítica as produções literárias afro-brasileiras, valorizando as obras ao longo do tempo, 
sejam elas contos ou romances, transmitidas oralmente ou apresentadas por escrito. Ao promover o contato 
constante dos alunos com a literatura afro-brasileira e outros aspectos dessa cultura, eles têm condições de 
retomar e identificar as produções ao longo do tempo, reafirmando valores como respeito, solidariedade e 
pluralidade de visões de mundo, integrando os componentes de Língua Portuguesa e História. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS 
1º BIMESTRE 
SEQUÊNCIAS 
PRÁTICA DE 
LINGUAGEM 
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO 
HABILIDADES OBSERVAÇÕES 
Sequência 1: 
Leitura de 
minicontos 
Leitura: 
• Estratégias de 
leitura | 
Apreciação e 
réplica 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e 
compreender – selecionando 
procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e 
levando em conta características dos 
gêneros e suportes – romances, contos 
contemporâneos, minicontos, fábulas 
contemporâneas, romances juvenis, 
biografias romanceadas, novelas, crônicas 
visuais, narrativas de ficção científica, 
narrativas de suspense, poemas de forma 
livre e fixa (como haicai), poema concreto, 
ciberpoema, dentre outros, expressando 
avaliação sobre o texto lido e 
estabelecendo preferências por gêneros, 
temas, autores. 
Esta sequência didática 
objetiva a prática de leitura 
de minicontos, gênero 
contemporâneo, de leitura 
rápida e instigante, que se 
expande e ganha força. O 
miniconto é um texto curto; 
minimalista, com narrativas 
repletas de significados, que 
sugerem diferentes 
possibilidades de leitura. São 
textos interessantese 
desafiadores, que exigem um 
leitor mais reflexivo, crítico e 
atento. 
Sequência 2: 
Produção de 
fotorreportagem 
Produção de texto: 
• Relação do 
texto com o 
contexto de 
produção e 
experimentaçã
o de papéis 
sociais 
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato 
central, suas principais circunstâncias e 
eventuais decorrências; em reportagens e 
fotorreportagens o fato ou a temática 
retratada e a perspectiva de abordagem, 
em entrevistas os principais 
temas/subtemas abordados, explicações 
dadas ou teses defendidas em relação a 
esses subtemas; em tirinhas, memes, 
charge, a crítica, ironia ou humor 
presente. 
(EF69LP06) Produzir e publicar notícias, 
fotodenúncias, fotorreportagens, 
reportagens, reportagens multimidiáticas, 
infográficos, podcasts noticiosos, 
entrevistas, cartas de leitor, comentários, 
artigos de opinião de interesse local ou 
global, textos de apresentação e 
apreciação de produção cultural – 
resenhas e outros próprios das formas de 
expressão das culturas juvenis, tais 
como vlogs e podcasts culturais, gameplay, 
detonado etc.– e cartazes, anúncios, 
propagandas, spots, jingles de campanhas 
sociais, dentre outros em várias mídias, 
vivenciando de forma significativa o papel 
de repórter, de comentador, de analista, 
de crítico, de editor ou articulista, 
de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., 
como forma de compreender as condições 
de produção que envolvem a circulação 
desses textos e poder participar e 
vislumbrar possibilidades de participação 
nas práticas de linguagem do campo 
jornalístico e do campo midiático de forma 
ética e responsável, levando-se em 
consideração o contexto da Web 2.0, que 
amplia a possibilidade de circulação 
desses textos e “funde” os papéis de leitor 
e autor, de consumidor e produtor. 
Esta sequência didática 
objetiva a produção de 
fotorreportagem. A 
fotorreportagem é um 
gênero jornalístico que tem 
como principal função contar 
às pessoas um 
acontecimento real por meio 
de fotografias que, 
geralmente, acompanham 
pequenas legendas. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Sequência 3: 
A literatura 
comparada: 
intertextualidade 
Leitura 
• Relação entre 
textos 
(EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido 
decorrentes do uso de mecanismos de 
intertextualidade (referências, alusões, 
retomadas) entre os textos literários, entre 
esses textos literários e outras 
manifestações artísticas (cinema, teatro, 
artes visuais e midiáticas, música), quanto 
aos temas, personagens, estilos, autores 
etc., e entre o texto original e paródias, 
paráfrases, pastiches, trailer honesto, 
vídeos-minuto, vidding, dentre outros. 
Esta sequência didática tem 
como objetivo a prática de 
leitura por meio da literatura 
comparada, que possibilita o 
diálogo entre textos literários. 
A partir da leitura de um 
texto literário como ponto de 
partida. Os alunos devem 
selecionar outro texto 
literário para indicar de que 
modo se dá a 
intertextualidade entre eles, 
analisando os efeitos de 
sentido. 
PRÁTICA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 
Ao longo do 9º ano, as propostas de ensino-aprendizagem para os alunos têm o professor como mediador e 
oferecem possibilidade de trabalho individual, em duplas, em grupos e de modo coletivo. 
Sugerimos, a seguir, algumas atividades habituais, permanentes e situações didático-pedagógicas que devem 
ser recorrentes ao longo desse 1º bimestre: 
• Diagnóstico do conhecimento prévio. 
• Leitura de textos em diferentes gêneros: conto, fotorreportagem, campanha, notícia, resenha, 
romance. 
• Estudo de variedades linguísticas e/ou semiótica apropriadas ao contexto. 
• Atividades textuais de elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação. 
• Estudo das relações entre imagem e texto verbal. 
• Efeitos de sentido causados por sinais de pontuação. 
• Identificar elementos que modificam o sentido de verbos. 
• Identificar e analisar figuras de linguagem. 
• Identificar tipos de predicado. 
• Identificar figuras de linguagem: Paradoxo, anáfora, metáfora e eufemismo. 
 
GESTÃO DA SALA DE AULA 
A atividade diagnóstica no início de cada ano letivo permite identificar o nível e traçar um perfil inicial dos 
alunos. Além disso, como o sucesso da aula depende da interação entre todos, é necessário antecipar-se e 
preparar-se para os imprevistos. Para isso, o gerenciamento exige planejamento. Para aprimorar sua gestão 
da sala de aula, é importante identificar e antecipar algumas ações: 
• Quando os alunos não compreendem as orientações: circular pela sala e observar como eles estão 
realizando as atividades, interferindo e retomando o que foi orientado, caso necessário. 
• Quando os alunos acham que uma regra obrigatória é negociável: embora os combinados sejam um 
meio eficiente e democrático de gestão, nem toda regra é flexível, por exemplo, os horários das aulas. 
Deixe claro para eles quais as regras existem, por que elas existem e por que não são negociáveis. Chame 
a atenção para o fato de haver consequências quando uma regra é quebrada. 
• Quando os alunos interagem: verificar se os alunos só interagem quando têm certeza ou se não 
interagem. Incentive a apresentação de respostas, apresentação de dúvidas e o erro. Quando eles estão 
em grupo, verifique se todos participam e colaboram, incentivando as participações. 
• Quando é possível antecipar problemas: preparar algumas intervenções que podem ser colocadas pelos 
alunos ou mesmo para incentivá-los a participar, seja por falta ou excesso de interesse; planejar 
intervenções pode contribuir para que eles se sintam incentivados individual e coletivamente a avançar 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
no que está sendo trabalhando. Prepare diferentes intervenções de acordo com os diferentes níveis de 
conhecimento dos alunos. 
• Quando há alunos com deficiência na sala de aula: providenciar recursos e materiais adaptados e 
trabalhar em parceria com o responsável pela turma. Também é possível desenvolver formas variadas de 
ensino e tornar os colegas pessoas colaborativas e inclusivas, a partir da escuta das necessidades desses 
alunos com deficiência. 
• Quando os grupos não funcionam: há diferentes tipos de agrupamentos, tanto por necessidades de 
aprendizagem por habilidades socioemocionais, por uma combinação entre esses dois aspectos etc. O 
agrupamento deve ser eficaz para a aprendizagem e deve ser repensado à medida que é identificado 
algum problema de funcionamento. O trabalho em duplas, trios, grupos e coletivamente deve ser 
incentivado e ensinado mesmo entre colegas que não estão, socialmente, bem. Mas também deve haver 
momento em que eles possam escolher livremente seus parceiros para que possam se identificar com 
seus círculos sociais. Verificar em quais situações eles são mais produtivos. 
• Quando há inadequações em sala de aula: os alunos devem ser orientados a respeitar e valorizar as 
opiniões dos colegas. Embora muitos docentes tenham como objetivo primeiro minimizar os problemas 
de indisciplina, mais do que excluir o aluno causador do problema, é importante conversar tanto 
individual como coletivamente, dependendo da situação. O aluno inadequado não deve ser advertido 
frente aos colegas, mas as inadequações devem ser colocadas em discussões, sobretudo aquelas 
carregadas de injúrias e preconceitos de gênero, étnico-raciais, religiosos etc. 
Além dessas possibilidades de antecipação, há gerenciamento das propostas de atividades e práticas 
didático-pedagógica que devem constar no planejamento. Antecipe possíveis problemas e/ou dificuldades 
que possam ser apresentados. Por exemplo, se estava planejado uma dinâmica envolvendo alguma 
sequência didática, mas aconteceu algum imprevisto naquele momento, como a falta de material para todos, 
o professor deve resolver a situação preparando alternativas, como reorganizar os alunos em grupos para 
que o material disponívelseja suficiente. 
Também é importante ter a possibilidade de apresentar planos diferenciados para situações adversas em 
sala de aula. Se planejou projetar um vídeo, mas houve falha no equipamento, reveja o sequenciamento 
didático sempre que houver mudanças em relação às atividades programadas. Por exemplo, um filme 
requer estratégia diferente da história narrada. Nesses processos, é importante planejar quais as habilidades 
serão trabalhadas nos encaminhamentos didáticos possíveis a partir delas. 
Estar atento ao público-alvo e conhecer suas especificidades vai ajudá-lo a rever e reconhecer problemas e 
apresentar soluções. Diversificar as estratégias, como trocar momentos de conversa em roda por trabalhos 
em grupo apresentados por desenhos e/ou outras produções; por dinâmicas de grupo, júris simulados; 
brincadeiras de detetive em busca de pistas sobre determinado assunto. Tudo isso são mecanismos que 
ajudam a conduzir a prática. É importante ter flexibilidade e atenção às situações cotidianas, com foco no 
objetivo do trabalho, considerando as situações dentro do contexto didático devem ser atitudes recorrentes 
na prática do professor. 
 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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ACOMPANHAMENTO CONSTANTE DAS APRENDIZAGENS 
A avaliação é prática inerente ao ato pedagógico e requer cuidados permanentes. O docente deve conhecer 
diversos instrumentos para analisar o desempenho dos alunos, as aprendizagens recorrentes durante o 
bimestre. Para mensurar esse aprendizado, observar as performances e verificar a apreensão de 
conhecimentos, é necessário adaptar as formas de análise, verificando qual é a mais adequada. Flexibilize a 
avaliação, levando em conta os diferentes critérios e instrumentos: 
Alguns CRITÉRIOS 
• Replanejar e cotejar o resultado da avaliação com o currículo e os objetivos de aprendizagem a partir de 
conclusões; eleger conteúdos, objetivos e estratégias que sanem as fragilidades perceptíveis em avaliação 
formativa. 
• Execução do plano, com decisões que concretizem os resultados esperados. Acompanhando o 
desempenho do aluno, pode-se criar novas estratégias para impulsionar seus estudos. Nesse ínterim, 
novas avaliações podem ser feitas, considerando o ato de avaliar como um movimento implícito ao ato de 
ensinar. 
• Avaliação de desempenho dos alunos é diagnóstica e, ao mesmo tempo, formativa, constante e contínua, 
devendo ocorrer dentro do processo educativo, com capacidade de gerar de modo eficaz informações 
sobre as etapas de estudo. Esse processo deve ser um norte ao trabalho didático-pedagógico do 
professor. 
• Fazer uso de instrumentos para medir o nível de desempenho, a capacidade de síntese, a compreensão 
de determinado assunto e o posicionamento ético do aluno diante de pontos de vistas diferentes. 
Questões abertas, objetivas e subjetivas, debates regrados, provas dissertativas, seminários etc. São 
recursos valiosos nesse percurso. 
• Estimular a autoavaliação contribui para o desenvolvimento de senso crítico e autonomia. Nos processos 
avaliativos, dificuldades podem aparecer, mas devem ser tomadas como oportunidades para novas 
estratégias. Se um aluno não participa dos momentos de determinada atividade, é interessante 
perguntar-se: “O que pode o ser feito para que ele se torne presente e se sinta confortável?”. Outros 
modos de se expressar podem ser oferecidos a ele. Mudar a estratégia sem perder o foco vale para 
qualquer aprendizagem e os resultados podem ser surpreendentes. 
Alguns INSTRUMENTOS 
Prova objetiva: Perguntas diretas, para avaliar se os alunos aprenderam conteúdos específicos. 
Prova dissertativa: Perguntas que exigem que os alunos estabeleçam relações, resumam, analisem e 
expliquem conteúdos. 
Trabalhos em grupos: Atividades que podem ser oral, escrita etc., que têm como objetivo e avaliar de 
conhecimentos construídos e apreendidos de forma colaborativa. 
Seminário: Exposição oral que exige que os alunos utilizem a fala e materiais de apoio, possibilitando que os 
conhecimentos da linguagem verbal oral e as produções multissemióticas sejam verificadas. 
Relatório: Texto produzido depois de atividades e práticas que verifiquem a capacidade dos alunos de síntese 
e de apresentação de uma atividade realizada. Autoavaliação: Análise oral ou escrita que os alunos devem 
realizar sobre o próprio aprendizado e/ou sobre a produção. 
 
 
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FONTES DE PESQUISA 
INDICAÇÕES DE FONTES PARA O PROFESSOR 
DIVERSA 
Plataforma sobre educação inclusiva na prática que conta com o apoio de uma comunidade formada por 
cerca de cinco mil integrantes em todo o Brasil. Essa iniciativa e o objetivo do Instituto Rodrigo Mendes 
permitem aos professores compartilharem conhecimentos e experiências sobre educação inclusiva. 
Disponível em: <http://diversa.org.br>. Acesso em: 30 set. 2018. 
ESCOLA DIGITAL 
Plataforma que reúne recursos digitais de aprendizagem e classifica os conteúdos de acordo com diferentes 
critérios. Também possui uma área para os professores compartilharem suas experiências em sala de aula. 
Disponível em: <https://rede.escoladigital.org.br/conte-sua-historia>. Acesso em: 30 set. 2018. 
INSTITUTO EDUCADIGITAL (IED) 
Organização sem fins lucrativos que é referência mundial em projetos inovadores de uso pedagógico de 
tecnologias digitais, dentro e fora das escolas. Oferece movimento de educação aberta, design thinking para 
educadores, formação e facilitação pedagógica, além de mentoria. 
Disponível em: <http://www.educadigital.org.br/>. Acesso em: 30 set. 2018. 
PLATAFORMA MEC 
A Plataforma MEC de Recursos Educacionais Digitais é o portal que reúne e disponibiliza, em um único lugar, 
os Recursos Educacionais Digitais dos principais portais do Brasil. Disponível em: <https://bit.ly/2ObRuex>. 
Acesso em: 30 set. 2018. 
PORVIR 
Iniciativa de comunicação e mobilização social que mapeia, produz, difunde e compartilha referências sobre 
inovações educacionais para inspirar melhorias na qualidade da educação brasileira e incentivar a mídia e a 
sociedade a compreender e demandar inovações educacionais. 
Disponível em: <http://porvir.org>. Acesso em: 30 set. 2018. 
INDICAÇÕES DE FONTES PARA OS ALUNOS 
MINICONTOS 
Revista dedicada à publicação de minicontos. Criada em 2004 por Marcelo Spalding, a plataforma oferece 
sugestões de trabalhos para desenvolver em sala de aula e disponibiliza textos. Disponível em: 
<http://www.minicontos.com.br/>. Acesso em: 30 set. 2018. 
FOTORREPORTAGEM 
Artigo que relata a experiência de produção de uma fotorreportagem intitulada A fotorreportagem na 
comunidade: Canteiro Escola – Construindo Cidadania. A produção retrata a busca por cidadania de uma 
comunidade popular, experiência que possibilitou reflexões sobre o papel social do jornalista e troca de 
conhecimentos entre as diferentes identidades envolvidas no projeto. Disponível em: 
<https://bit.ly/2BC4Pto>. Acesso em: 30 set. 2018. 
LINGUAKIT 
Plataforma multilíngue que oferece várias ferramentas de análise linguísticas e textual ao usuário. Disponível 
em: <http://linguakit.com/pt>. Acesso em: 30 set. 2018. 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 
2007. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 
GOMES, M. F. C.; MONTEIRO, S. M. A aprendizagem e o ensino da linguagem escrita. Belo Horizonte: 
Ceale/FaE/UFMG, 2005. v. 2. 
HIPOLIDE, Marcia. Contextualizar é reconhecer o significado do conhecimento científico. São Paulo: 
Phorte Editora, 2012. 
LEAL, T. F.; GOIS, S. (Org.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2014. (Coleção Língua Portuguesana escola). 
LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
MARCUSCHI, Luiz A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. 
MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa. São Paulo: Livraria da Física, 2012. 
PERRENOUD, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Saberes e competências em uma 
profissão complexa. Porto Alegre: Artmed Editora 2001. 
ROJO, R. H. R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 
ROJO, R.; MOURA, E. (Org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012. 
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (Orgs.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de 
Letras, 2004. (Coleção As faces da linguística aplicada). 
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. 
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. 
 
HABILIDADES DA BNCC 
(EF09LP02) Analisar e comentar a cobertura da imprensa sobre fatos de relevância social, comparando 
diferentes enfoques por meio do uso de ferramentas de curadoria. 
(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, 
levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, 
complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, 
compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão. 
(EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade 
(referências, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses textos literários e outras 
manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, 
estilos, autores etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-
minuto, vidding, dentre outros. 
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em 
reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas 
os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses 
subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. 
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em 
textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, 
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. 
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Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações 
artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, 
de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais 
de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, 
quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo 
comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas 
juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, 
fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras 
possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. 
(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada 
gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical 
típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido 
decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades 
linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e 
percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do 
foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos 
cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e 
indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do 
uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. 
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um 
desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas 
marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo 
professor. 
(EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração 
do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e 
seus efeitos de sentido, 
(EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em várias mídias, os efeitos de sentido 
devidos ao tratamento e à composição dos elementos nas imagens em movimento, à performance, à 
montagem feita (ritmo, duração e sincronização entre as linguagens – complementaridades, interferências 
etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e efeitos sonoros. 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, 
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, 
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa 
(como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e 
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. 
(EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e 
resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, 
infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de 
campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de 
suas construções composicionais e estilos. 
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, 
tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as 
configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as 
finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário. 
(EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura 
e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de 
produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa. 
(EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou 
questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social. 
(EF69LP38) Organizar os dados e informaçõespesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando 
em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a 
multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também 
elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no 
tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – 
memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea. 
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de 
terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não 
com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, 
literatura infantojuvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, 
contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição 
literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala 
expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela 
pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., 
gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks 
de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou 
declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais 
etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido 
pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, 
bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação 
de compartilhamento em questão. 
(EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou 
apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está 
sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a 
interesses coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar. 
(EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas 
complexas no nível da oração e do período. 
(EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a estrutura sujeito-verbo de 
ligação-predicativo. 
(EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito de sentido do uso dos verbos de 
ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e “permanecer”. 
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os 
recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, 
as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de 
linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a 
gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa 
quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais 
como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e 
os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, 
locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo 
sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo. 
(EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de ideia e de diálogo 
com a tese do outro: concordo, discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na perspectiva aqui 
assumida etc. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
1° Bimestre – Projeto Integrador 
Releitura de contos e romances africanos e 
afro-brasileiros 
INTRODUÇÃO 
Este projeto tem o objetivo de abordar de forma crítica as produções literárias afro-brasileiras, valorizando as 
obras ao longo do tempo, sejam elas contos ou romances, transmitidas oralmente ou apresentadas por 
escrito. Ao promover o contato constante dos alunos com a literatura afro-brasileira e outros aspectos dessa 
cultura, eles têm condições de retomar e identificar as produções ao longo do tempo, reafirmando valores 
como respeito, solidariedade e pluralidade de visões de mundo. 
COMPONENTES CURRICULARES INTEGRADORES 
Língua Portuguesa e História. 
JUSTIFICATIVA 
No Brasil, os elementos étnico-culturais africanos e afro-brasileiros estão presentes nos contextos histórico, 
social e cultural. Em atendimento à Lei n. 10.639/2003, no que diz respeito ao ensino das culturas africana e 
afro-brasileira, o projeto possibilita aos alunos a ampliação de sua visão de mundo. A valorização das 
histórias e culturas que apresentam esses elementos deve ser enfatizada em sala de aula não apenas em 
razão do tema – esclarecimento de estereótipos e da escravização –, como também para se levar em conta a 
história, os valores, as manifestações e os saberes apresentados por essas populações. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Ler e ouvir contos e romances africanos e afro-brasileiros. 
• Ampliar o repertório literário. 
• Discutir a relação de cultura letrada e não letrada, valorizando ambas as produções. 
• Compreender a importância de estudar, respeitar e valorizar as culturas africanas e afro-brasileiras. 
• Identificar e discutir a importância do combate ao preconceito e à violência com a negritude. 
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 
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 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, 
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e 
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, 
e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se 
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e 
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, 
culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
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LINGUAGENS 
1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de 
natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da 
realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. 
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) 
em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas 
possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma 
sociedade mais justa, democrática e inclusiva. 
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas 
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas 
pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas 
diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à 
diversidade de saberes, identidades e culturas. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do 
senso estético para fruição,valorizando a literatura e outras manifestações artístico-
culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, 
reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. 
CIÊNCIAS HUMANAS 
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos 
outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências 
Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de 
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos 
de qualquer natureza. 
HISTÓRIA 
1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos 
de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais 
ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no 
mundo contemporâneo. 
4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e 
povos com relação a um mesmo contexto histórico e posicionar-se criticamente com 
base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
• Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção | Apreciação e 
réplica 
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes 
visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de 
estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando 
a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. 
• Produção de textos orais | Oralização 
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, 
de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais 
capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como 
romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infantojuvenil –, 
contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de 
animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da 
tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio 
de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as 
hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos 
gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura 
ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de 
textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos 
especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa 
(como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, 
paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo 
e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem 
como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero 
poético e à situação de compartilhamento em questão. 
• Construção da textualidade 
(EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, 
narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao 
gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos 
expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em 
grupo, ferramentas de escrita colaborativa. 
HISTÓRIA 
• A produção do imaginário nacional brasileiro: cultura popular, representações 
visuais, letras e o Romantismo no Brasil 
(EF08HI22) Discutir o papel das culturas letradas, não letradas e das artes na produção 
das identidades no Brasil do século XIX. 
• A história recente: As pautas dos povos indígenas no século XXI e suas formas de 
inserção no debate local, regional, nacional e internacional 
(EF09HI36) Identificar e discutir as diversidades identitárias e seus significados históricos 
no início do século XXI, combatendo qualquer forma de preconceito e violência. 
DURAÇÃO 
Este projeto foi planejado para ser desenvolvido no período de um bimestre, mas as propostas didáticas são 
flexíveis, permitindo aos professores adequarem a proposta aos seus respectivos tempos didáticos. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Coletâneas de contos e romances africanos e afro-brasileiros. 
• Computadores com acesso à internet. 
• Software de edição de textos. 
 
 
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 
Temas contemporâneos 
Pluralidade Cultural: respeitar os diferentes grupos e culturas que constituem a sociedade brasileira, 
promovendo o contato dos alunos com esses grupos nos planos histórico, social e cultural, superando a 
discriminação e promovendo o contato com a diversidade etnocultural que compõe o patrimônio brasileiro. 
A Lei n. 10.639/2003 tornou obrigatórios o ensino das Histórias e das Culturas Africanas e Afro-brasileiras e a 
educação das relações étnico-raciais na Educação Básica. Desta forma, abordar o tema propicia aos alunos o 
contato com contos e romances africanos e afro-brasileiros de modo a compreender as especificidades 
dessas produções e propor a releitura de contos e romances por meio da criação de contos e de crônicas. 
Habilidades socioemocionais 
O projeto deve ser executado por grupos de alunos, o que contribui para que estes desenvolvam o respeito 
ao outro e aprendam a ter responsabilidade, a se comunicar com clareza e coerência e a colaborar com os 
colegas. A proposta também viabiliza a investigação das origens e dos contextos de produção das obras, 
promovendo sua fruição e sua apreciação. 
Perfil do professor 
Este projeto de Língua Portuguesa tem como proposta desenvolver uma proposta interdisciplinar com 
História. Converse com o professor desse componente curricular e organizem um cronograma, definindo as 
tarefas que cada docente vai desempenhar. O professor de História poderá contribuir com as discussões 
sobre os aspectos históricos, discutindo as culturas letrada e não letrada, reconhecendo e valorizando suas 
produções e o lugar de fala dos negros na diversidade identitárias, com o objetivo de combater o preconceito 
e a violência. 
Diferentes percursos 
O percurso sugerido para a realização do projeto se iniciará com a investigação e a seleção de textos. Os 
alunos deverão ter acesso a contos e romances, que podem ser selecionados na biblioteca escolar, na 
biblioteca municipal ou mesmo em sites. Em relação ao uso de computadores para suas produções, se a 
escola não tiver esses recursos, podem ser utilizados papel e caneta. 
 
DESENVOLVIMENTO 
Questão desafiadora: Que tipo de releitura podemos fazer de obras literárias africanas e afro-brasileiras? 
ETAPA 1 – Levantamento de repertório 
Duração: 2 aulas 
Inicie a aula apresentando o projeto aos alunos. Solicite que eles indiquem os contos e os romances 
africanos e afro-brasileiros que conhecem. Questione-os sobre a autoria e o seu lugar de origem. Identifique 
as obras literárias africanas de países de Língua Portuguesa e de países de Língua Inglesa ou de outra língua. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Convide-os a falar sobre os contos e os romances africanos e afro-brasileiros que conhecem. Caso algum 
deles deseje contar uma dessas histórias, permitir que o faça de forma breve, verificando se a apresentação 
oral é clara e objetiva e se envolve os colegas de modo que eles se interessem pela leitura. Apresente alguns 
autores africanos e afro-brasileiros. É importante que entre os autores de contos e romances tenha a 
representatividade de ambos os gêneros e autores de diferentesidades e épocas. 
Em seguida, proponha uma ampliação do repertório dos alunos. Peça para que eles se organizem em 
grupos. Cada grupo deve pesquisar o nome de outros autores africanos e afro-brasileiros. Após a pesquisa, 
os grupos devem apresentar os nomes selecionados. Pode ser que algum grupo tenha selecionado autores 
africanos que não são negros. Acolha as seleções de modo a verificar os critérios de escolha de cada grupo. 
Ao final, proponha o planejamento e o cronograma do projeto. Peça aos alunos que, caso tenham coletâneas 
de contos e/ou romances africanos e afro-brasileiros em casa, tragam para a próxima etapa. 
ETAPA 2 – Pesquisa e escolha dos textos literários 
Duração: 2 aulas 
Antes de realizar uma roda de trocas e indicações literárias, com auxílio do professor de História, discuta o 
papel da cultura letrada e não letrada, ressaltando a importância das produções em ambas as culturas. 
Verifique se os alunos conhecem e compreendem que a cultura não letrada está relacionada à cultura 
escrita, mas que, nem por isso, não há outros conhecimentos envolvidos. Por exemplo, nas culturas não 
letradas, a produção de textos orais e outras manifestações artísticas, que envolvem diferentes linguagens, 
são muito comuns e devem ser valorizadas tanto quanto as produções da cultura escrita. Apresente alguns 
exemplos que estejam relacionados às produções culturais africanas e afro-brasileiras. Espera-se que os 
alunos compreendam que uma cultura não letrada não significa uma cultura inferior à cultura letrada, tão 
pouco primitiva. Trata-se de uma cultura passada de geração para geração, que se mantém e se modifica 
pela expressão dos conhecimentos. 
Em seguida, proponha discussão e reflexão sobre a relação entre a cultura letrada e a não letrada no 
contexto das culturas africana e afro-brasileiras, identificando em que momento da História as obras 
literárias africanas e afro-brasileiras começam a ganhar espaço no mercado editorial, no meio acadêmico e 
entre os leitores. Também identifique quais autores são reconhecidos como por essas instituições e quais 
ainda não são, porém são lidos e conhecidos por diferentes meios, como o oral e/ou o digital. 
Tendo em vista a discussão, oriente os alunos a retomar suas pesquisas e leituras individuais. Eles devem se 
organizar em grupos e compartilhar suas indicações de contos e romances africanos e afro-brasileiros. Cada 
grupo deve escolher um conto e um romance para realizar a leitura em voz alta. No caso do romance, 
oriente os alunos a realizar a leitura semicompartilhada, iniciando-a de forma coletiva e colaborativa. Os 
alunos devem dar continuidade à leitura do romance de forma autônoma, verificando a fluência leitura. Ao 
final das leituras, os grupos devem discutir os conteúdos com base no que discutiram anteriormente. 
ETAPA 3 – Releitura de contos e romances 
Duração: 2 aulas 
Retome o objetivo do projeto: demonstrar a compreensão da turma a respeito dos gêneros lidos (conto ou 
romance), desenvolver a criatividade e explorar as habilidades desenvolvidas em relação ao emprego de 
outras linguagens artísticas. A proposta pode ser adaptada à sua realidade e à da turma. 
Explique que a releitura pode ser definida como uma reinterpretação de uma obra, ou seja, como a criação 
de uma obra baseada em outra. Retome os conhecimentos dos alunos sobre as características dos contos e 
dos romances, convidando-os a utilizarem esses conhecimentos na produção de uma releitura de um 
exemplar dessas obras. Os grupos devem se reunir e discutir seus talentos artísticos, selecionando uma das 
propostas abaixo: 
Proposta 1: Selecionar o conto, realizando a sua releitura de modo que o significado e a profundidade do 
texto sejam traduzidos em outra linguagem. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Proposta 2: Selecionar o romance, propondo a sua releitura, que deve ter como principal objetivo a 
conquista de mais leitores para a obra. 
 
Alguns grupos podem optar por realizar a proposta 1 e outros, a proposta 2. Oriente os grupos a: 
• Realizar uma pesquisa sobre a obra na biblioteca ou na internet em busca de informações sobre o 
autor do texto, o período em que ele foi produzido, o contexto de publicação, entre outros dados e 
curiosidades. 
• Discutir as ideias ou características que se destacam na obra para decidir qual ou quais delas serão 
abordadas na releitura produzida pelo grupo. 
• Retomar as discussões realizadas anteriormente, verificando de que modo elas podem contribuir com 
a releitura. 
• Definir qual é a melhor linguagem (ou melhores linguagens) para fazer uma releitura desse texto, que 
pode ser, inclusive, outro texto, como a criação de contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas 
visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica etc. Os grupos também podem 
produzir ilustrações para o texto, fazer um trabalho de recorte e colagem, filmar uma dramatização, 
fotografar cenas ou elementos que remetam à obra escolhida, entre outras possibilidades. 
• Selecionar os materiais necessários para a execução da ideia do grupo. 
• Pedir a ajuda dos colegas ou familiares, se necessário. 
• Dividir as tarefas de modo que todos participem da produção. 
É interessante que o professor de História acompanhe a releitura a fim de que também possa abordar e 
avaliar conteúdos próprios desse componente curricular. Os grupos devem relacionar à releitura as 
discussões sobre os significados históricos das produções, propondo que a releitura ressalte quando há o 
combate a qualquer forma de preconceito e violência. 
 
SOCIALIZANDO A PRODUÇÃO 
Oriente os alunos a ensaiar a apresentação de suas releituras. Eles devem iniciar com a leitura em voz alta, 
no caso da produção de textos, ou com a apresentação visual, caso tenham produzido alguma obra. No caso 
da leitura, verifique o ritmo e as entonações e se a releitura respeita a estrutura proposta. 
Agende um dia com familiares e responsáveis para apresentação do que os alunos aprenderam ao longo do 
projeto. Eles devem expor os livros que foram suas inspirações, elaborar cartazes sobre os assuntos 
discutidos e mostrar suas produções. Na socialização da produção, ou seja, no momento em que as 
produções cheguem ao público-alvo, as releituras podem ser assistidas pelos familiares e responsáveis pelos 
alunos. 
 
AVALIAÇÃO 
É imprescindível avaliar constantemente a atuação dos alunos, individualmente e em grupos, para o bom 
andamento do projeto. Realize os ajustes necessários para que o planejamento da releitura, as metas e os 
prazos estabelecidos para produzi-la sejam cumpridos, assim como mantenha constante o engajamento e o 
comprometimento dos alunos em todas as etapas do projeto. Avalie sua própria atuação como docente, a 
fim de que suas ações sejam efetivas no sentido de mediar o conhecimento e fazer intervenções necessárias 
e oportunas para que os alunos avancem em suas aprendizagens. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Língua Portuguesa 
Avalie o desempenho dos alunos em todas as etapas do projeto, orientando-os individualmente ou nos 
grupos. Caso seja necessário, redirecionar algum procedimento e/ou comportamento. Também devem ser 
considerados os conhecimentos apresentados nas discussões que inferem a presença de valores sociais, 
culturais e humanos e de diferentes visões de mundo em textos literários, além das criações das releituras e 
suas respectivas apresentações. 
História 
Avalie a capacidade de discussão dos alunos sobre o papel das culturas letradas e não letradas, de modo a 
avaliar seus conhecimentos iniciais articulando-os aos conhecimentos posteriores. Também é importante 
verificar os significados históricos das produções africanas e afro-brasileiras, sobretudo do início do século 
XXI, e a relação com o combate contra qualquer forma de preconceito e/ou violência. 
Autoavaliação 
Proponha aos alunos que realizemuma autoavaliação sobre suas atuações durante o projeto, de modo que 
possam identificar como foram suas participações: se atuaram adequadamente de forma individual e se 
contribuíram com o grupo. Eles também devem avaliar se participaram de todas as etapas do projeto e se 
interagiram com as outras equipes, colaborando para a conclusão do projeto, a leitura dos contos, a 
pesquisa e o processo de gravação e divulgação. 
Avaliação Interdisciplinar 
Como avaliação única, solicite aos alunos que produzam um texto individualmente, no qual avaliarão como 
trabalharam no projeto, e se tiveram dificuldades para realizá-lo, e indicarão no que eles podem melhorar. O 
texto pode ter caráter mais aberto, contudo, é importante que apresente aspectos argumentativos. Todos os 
professores podem avaliar os textos dos alunos e depois discutir os resultados. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BARBOSA, Rogério Andrade. ABC do Continente africano. São Paulo: Edições SM, 2007. 
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Disponível em: 
<https://bit.ly/1JeR0NF>. Acesso em: 30 set. 2018. 
SOARES, W. África e Brasil: unidos pela história e pela cultura. Nova Escola, São Paulo, 2 maio 2018. 
Disponível em: <https://bit.ly/2KbIIfU>. Acesso em: 30 set. 2018. 
SOUZA, Florentina; LIMA, Maria Nazaré (Orgs.). Literatura afro-brasileira. Salvador: Centro de Estudos Afro-
Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
1° Bimestre – Sequência Didática 1 
Leitura de minicontos 
INTRODUÇÃO 
Esta sequência didática objetiva a prática de leitura de minicontos, gênero contemporâneo, de leitura rápida 
e instigante, que se expande e ganha força. O miniconto é um texto curto; minimalista, com narrativas 
repletas de significados, que sugerem diferentes possibilidades de leituras. São textos interessantes e 
desafiadores, que exigem um leitor mais reflexivo, crítico e atento. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Conhecer o gênero miniconto dentro do seu contexto de produção, identificando as principais 
características do gênero. 
• Ler e compreender minicontos, selecionando estratégias e procedimentos de leitura adequados aos 
objetivos do gênero. 
COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
 
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
Linguagens 5 Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações 
artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da 
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-
cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 
Linguagens 6 Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, 
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por 
meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver 
projetos autorais e coletivos. 
Língua Portuguesa 9 Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do 
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas 
de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e 
humanizador da experiência com a literatura. 
Língua Portuguesa 10 Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas 
digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender 
e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIAS DE LEITURA | APRECIAÇÃO E RÉPLICA 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, 
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, 
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa 
(como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e 
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. 
DURAÇÃO 
4 aulas 
COMPETÊNCIA GERAL 3. Repertório cultural 
COMPETÊNCIA GERAL 5. Cultura Digital 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
PREPARAÇÃO 
Nesta sequência didática, os alunos realizarão atividades coletivas, em duplas ou em trios, portanto, a 
disposição das carteiras na sala de aula vai variar conforme a necessidade. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Minicontos pré-selecionados. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
1ª AULA 
Preparação: Atividade coletiva para apresentar o gênero e verificar os conhecimentos prévios dos alunos. 
Providenciar exemplares de minicontros (transcritos em cartazes, projetados ou fotocopiados). 
Atividade 1: 
Para iniciar, explique aos alunos que eles lerão minicontos e, para isso, começarão fazendo uma atividade 
para ativar e verificar o conhecimento que eles já têm sobre o assunto. Em seguida, apresente os minicontos. 
Peça a alguns alunos que leiam os textos em voz alta. A partir da apresentação dos textos, realize um 
levantamento do conhecimento prévio que eles têm, perguntando o que puderam observar. Seguem 
algumas sugestões de abordagem: 
• Visualmente, o que chama atenção? 
• Qual é a diferença entre conto e miniconto? 
• Como reconhecer um miniconto? 
• Vocês têm ideia de onde esse tipo de texto é publicado? 
• Após a leitura, os textos provocaram algum efeito, por exemplo: medo, estranhamento, compaixão, 
raiva, etc.? Quais efeitos o texto provocou em vocês? 
• Os textos lidos possuem personagem? Tempo? Espaço? Enredo? 
• Esse gênero provoca no leitor a abertura para algumas leituras. Quais são as possibilidades de leitura 
desses textos? 
• Vocês já leram outros minicontos? 
Espera-se que os alunos informem se já tiveram contato com minicontos, onde são publicados, que são 
muito curtos e que provocam algumas sensações no leitor. Ouvir as interpretações dos alunos é 
interessante, pois reforça a ideia de abertura, uma característica do gênero. 
Aproveite para fazer uma sondagem sobre o nível de conhecimento que eles têm sobre a estrutura da 
narrativa. É possível verificar se conseguem localizar: personagem, tempo, espaço e enredo. 
Atividade 2: 
Em seguida, proponha uma ampliação do conhecimento sobre o assunto. Esclareça que o miniconto é um 
tipo de texto contemporâneo, geralmente de temática urbana, que se propõe a contar um recorte de uma 
história como um registro fotográfico (como uma fotografia), logo o leitor tem, explícito, um número limitado 
de informações; o que está subentendido cabe ao leitor interativamente desvendar. Encerre dizendo que 
novas formas de descrever e narrar, ainda mais breves, vêm ganhando espaço, pois atendem as demandas 
das redes sociais que exigem limites de caracteres bem reduzidos. Comente que alguns escritores de ficção 
contemporâneos se adaptaram ao desafio. Questione-os verificando se eles conhecem alguns dos autores. 
Mencione que o resultado é: quanto menor o espaço, mais direta é a narrativa. Amplie, explicando que a 
esse gênero literário também são dados os nomes microconto e nanoconto. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
2ª AULA 
Preparação: Atividade para leitura coletiva e compartilhada de um miniconto, discutindo-se como ela deve 
ser feita. Organize as carteiras em semicírculo. Prepare-se para a análise com o texto de Soaroir, indicado 
nas referências bibliográficas. 
Atividade 1: 
Para iniciar, convide os alunos a ler o miniconto de Augusto Monterroso, um dos maiores escritores do 
gênero. Nascido em Honduras, o autor naturalizou-se guatemalteco e escreveuum dos menores contos do 
mundo: 
 
• MONTERROSO, A. O dinossauro. In: Digestivo Cultural. Disponível em: <https://bit.ly/2OZL16S>. 
Acesso em: 30 set. 2018. 
 
Trata-se de um texto muito conciso, premiado, estudado, citado, resenhado e parodiado; e que, apesar de 
ter apenas sete palavras, produz muitos significados, pois permite ao leitor várias possibilidades de leitura. 
Ganhou vários prêmios e uma quantidade imensa de interpretações. 
Em um primeiro momento, proponha uma leitura individual e silenciosa do texto. Em seguida, uma leitura 
coletiva e compartilhada. Promova uma postura dialógica e crítica em relação à leitura. Sugira a troca de 
impressões para que haja um confronto de interpretações e apreciações. Verifique as dúvidas de vocabulário 
dos alunos, auxiliando-os a buscar no coletivo, ou seja, com a ajuda dos colegas, o significado dentro do 
contexto das palavras que geram dúvidas. 
Atividade 2: 
Abra um espaço para que os alunos possam manifestar suas impressões. Aprofunde a discussão e, em 
seguida, questione-os: 
• O que significa, dentro do contexto do texto, as palavras DINOSSAURO e ACORDOU? 
• Qual palavra marca o tempo? 
• Qual palavra marca o espaço? 
• Há personagem? 
• É possível identificar o foco narrativo? 
• O enredo dá sequência à história e é em torno dele que se desenvolvem todos os acontecimentos de 
uma narrativa. É possível identificar um acontecimento nesse conto? O que acontece? 
Espera-se que os alunos identifiquem que se trata de uma narrativa curta, porém que consegue nos 
comunicar uma história, pois contém os elementos básicos da narrativa. O tema da história é aberto, 
estruturado na informação mínima: que algo ainda estava lá quando o sujeito acordou. Assim, essa 
possibilidade de leituras sugere a história, mas não conta. Por exemplo: o dinossauro poderia ser desde um 
brinquedo até um problema, um grande desafio, ou algo ultrapassado, antigo. 
3ª AULA 
Preparação: Atividade coletiva para análise do miniconto. Organize novamente as carteiras em semicírculo. 
Atividade 1: 
Explique aos alunos que, nesta aula, eles irão reler o miniconto da aula passada, porém de outra forma, 
observando algumas características bem específicas desse gênero. Faça uma breve retomada das aulas 
anteriores e, para finalizar esse primeiro momento, pergunte: 
• As frases do texto estão invertidas. Como esse período ficaria se obedecesse a uma ordem sintática? 
• Por que o autor usou esse recurso? Qual o efeito de sentido pretendido com essa inversão? 
• Observe as duas ordens de escrita: a ordem invertida e a reversa. Há diferenças na construção de 
sentido? 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Espera-se que os alunos consigam identificar e reorganizar a ordem das frases. Num segundo momento, 
espera-se que indiquem a inversão como uma tentativa de ênfase (destaque) para aquela informação 
invertida. A ação de acordar para algo é mais significativa do que encontrar algo que está ali no mesmo lugar. 
Até o fato de mudar a frase de posição sugere uma mudança, um movimento, uma quebra de linearidade 
diretamente ligada ao ato de acordar para algo. Assim, a mudança na ordem das frases promove diferenças 
significativas de sentido. Essa inversão tem um nome, chama-se hipérbato. É uma figura de sintaxe cuja 
estratégia é justamente inverter a ordem das frases com o intuito de destacar alguma informação. 
Atividade 2 
Em seguida, proponha a análise de outras características. Diga a eles que esse tipo de texto têm cinco 
características bem marcantes: concisão, narratividade, efeito, abertura e exatidão. Explique, brevemente, 
cada elemento: 
• Concisão: está no ato de escolher as palavras certas para contar o que se quer, usando pouquíssimas 
palavras. Por exemplo: em O dinossauro foram utilizadas apenas sete. 
• Narratividade: contar uma história de modo claro, não há necessidade de ter a estrutura: começo, 
meio, fim. Porém, o que vai exigir do escritor é a habilidade de deixar lacunas para que o leitor possa 
imaginar novas possibilidades de leitura. 
• Efeito: quando o texto consegue provocar algo no leitor, por exemplo: medo, estranhamento, 
compaixão, raiva, etc. 
• Abertura: é a possibilidade de leituras e inferências que o texto provoca no leitor. 
• Exatidão: é a perfeita seleção de palavras, das estratégias no nível figurativo, da escolha da pontuação 
para criar o efeito desejado no leitor. 
Peça aos alunos que anotem no caderno e que apresentem alguns exemplos, como: no enredo, a história já 
começa no meio da cena. O desfecho não está claro, pois a história acaba de modo impreciso, no meio da 
história. Sobre o personagem, geralmente, não se tem muitas informações, por se tratar de um miniconto. 
Fica a critério da imaginação e do repertório dos leitores. O espaço: marca um não lugar impreciso que gera 
ambiguidade, pois tanto pode estar perto e ser de conhecimento do leitor, como pode estar longe; cabendo 
ao leitor decidir onde é esse lá, por exemplo. O tempo também não é bem marcado. Todos esses “espaços 
em branco” convidam o leitor a entrar na história e a “completá-la”. 
4ª AULA 
Preparação: As atividades tem como objetivo a leitura de outros minicontos. Organize-os em duplas ou trios 
e oriente-os na pesquisa, seja ela realizada na bilbioteca ou na internet. 
Atividade 1: 
Oriente-os nas leituras e no compartilhamento dos textos selecionados. É importante discutir os temas que 
serão abordados, já que o miniconto trabalha com uma vastidão de temáticas urbanas, o que engloba tipos e 
níveis diversificados de violência. Por isso, contribua para com a pesquisa, sugerindo minicontos e nomes de 
autores. A partir de um quadro interpretativo, baseado na análise realizada nas aulas anteriores, peça às 
duplas ou aos trios que selecionem pelo menos dois ou três minicontos e realizem a análise, cuja síntese 
deve ser entregue por escrito, para que, ao final, seja verificada a apreensão de conhecimentos dos alunos. 
Atividade 2: 
Neste momento, proponha aos alunos que socializem as leituras escolhidas e as análises realizadas. A 
dinâmica para realização da atividade deve ser a leitura em voz alta dos minicontos, seguida da leitura da 
síntese. Peça aos alunos leiam em voz alta, verificando o ritmo e a entonação de voz, de modo que todos 
ouçam as leituras. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
Organize os alunos em grupos. Eles devem pesquisar a vida e a obra de Augusto Monterosso. Cada grupo 
deve selecionar um miniconto do autor e apresentar uma análise. Incentive-os a realizar outras leituras de 
minicontos para ampliação de repertório. 
SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM 
A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades propostas nesta 
sequência didática, e deve considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Para avaliar, 
retome as anotações iniciais sobre miniconto e proponha uma discussão final sobre o tema. Pergunte quem 
gostou ou não gostou de ler minicontos e por quê. Espera-se que os alunos sejam capazes de discorrer suas 
impressões sobre as leituras e pelo menos algumas características do gênero. Posteriormente, almeja-se que 
eles consigam refletir sobre o valor cultural do miniconto e reconhecê-lo como meio de expressão literária, 
identificando o seu impacto no campo da literatura. Ao retomar a estrutura do gênero é importante convidar 
os alunos a relacioná-lo com outros gêneros literários parecidos em algum elemento composicional que eles 
se lembrem de ter visto. 
QUESTÕES 
• Os alunos são capazes de reconhecer o miniconto como texto narrativo? 
• Eles reconhecem os elementos básicos da estrutura narrativa presentes no gênero? 
• São capazes de identificar os minicontos como narração que se utiliza de poucas palavras, mas que 
apresenta uma ideia complexa e deixa o leitor com a tarefa de "preencher" as elipsesnarrativas? 
REFERÊNCIAS 
MONTERROSO, A. O dinossauro. In: Digestivo Cultural. Disponível em: <https://bit.ly/2OZL16S>. Acesso em: 
30 set. 2018. 
SPALDING, M. Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século e a Reinvenção do Miniconto na Literatura 
Brasileira Contemporânea. Porto Alegre, 2008. Dissertação (Mestrado em Letras), Instituto de Letras, 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <https://bit.ly/2Bskwn0>. 
Acesso em: 30 set. 2018 
SOAROIR M. de C. O dinossauro. Disponível em: <https://bit.ly/2R7UHhf>. Acesso em: 30 set. 2018. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
1° Bimestre – Sequência Didática 2 
Produção de fotorreportagem 
INTRODUÇÃO 
Esta sequência didática objetiva a produção de fotorreportagem. A fotorreportagem é um gênero jornalístico 
que tem como principal função contar às pessoas um acontecimento real por meio de fotografias que, 
geralmente, acompanham pequenas legendas. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Identificar as características do gênero. 
• Compreender as condições de produção que envolvem a circulação de fotorreportagem. 
• Produzir e publicar fotorreportagens. 
COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
 
 
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
Linguagens 2 Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em 
diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de 
participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e 
inclusiva. 
Linguagens 6 Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, 
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por 
meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver 
projetos autorais e coletivos. 
Língua Portuguesa 1 Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo 
e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários 
e da comunidade a que pertencem. 
Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em 
diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se 
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. 
Língua Portuguesa 10 Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas 
digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender 
e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIA DE LEITURA: APREENDER OS SENTIDOS GLOBAIS DO TEXTO 
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em 
reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas 
os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses 
subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. 
COMPETÊNCIA GERAL 2. Pensamento científico, crítico e criativo 
COMPETÊNCIA GERAL 4. Comunicação 
COMPETÊNCIA GERAL 5. Cultura Digital 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
OBJETO DE CONHECIMENTO: RELAÇÃO DO TEXTO COM O CONTEXTO DE PRODUÇÃO E 
EXPERIMENTAÇÃO DE PAPÉIS SOCIAIS 
(EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens 
multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião 
de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros 
próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, 
detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em 
várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, 
de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições 
de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de 
participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e 
responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação 
desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor. 
DURAÇÃO 
3 aulas 
PREPARAÇÃO 
Nesta sequência didática, os alunos realizarão atividades coletivas e em grupos, portanto, a disposição das 
carteiras na sala de aula vai variar conforme a necessidade. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Exemplos de fotorreportagens pré-selecionados. 
• Computadores com software para edição de imagem. 
• Equipamento fotográfico. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
1ª AULA 
Preparação: Atividades coletivas e em grupo para apresentação do gênero e verificação dos conhecimentos 
prévios dos alunos. 
Atividade 1: 
Para iniciar, explique aos alunos que eles irão produzir uma fotorreportagem, para isso, comece fazendo 
uma atividade para ativar e verificar o conhecimento que eles já têm sobre o assunto. Algumas sugestões de 
abordagem: 
• O que é uma reportagem? 
• Em sua opinião, qual a diferença entre uma reportagem e uma fotorreportagem? 
• Há semelhanças entre os dois gêneros? Quais? 
• Vocês já leram uma fotorreportagem? 
• Onde esse tipo de texto é publicado? 
• Quais informações um texto visual precisa ter para transmitir uma informação como o texto escrito? 
Espera-se que os alunos informem se já tiveram algum contato com o gênero fotorreportagem; as diferenças 
e semelhanças entre a reportagem e a fotorreportagem, por exemplo: entre as semelhanças, abordar temas 
do cotidiano e se tratarem de textos publicados em veículos de comunicação; e, entre as diferenças, que a 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
imagem, na fotorreportagem tem valor da notícia. Aproveite para fazer uma sondagem sobre o nível de 
conhecimento que eles têm sobre a estrutura do gênero. 
Atividade 2: 
Nesta etapa, proponha uma ampliação do conhecimento sobre o assunto. Esclareça que se trata de um tipo 
de texto não ficcional que tem como principal função contar às pessoas um acontecimento por meio de 
fotografia sempre acompanhada de uma legenda para contextualizar sua expressão. Nesse gênero, a 
linguagem visual é importante, pois apresenta o fato retratado, enquanto o texto escrito evidencia ao leitor o 
que foi fotografado. 
Em seguida, organize-os em grupos e oriente-os a pesquisar uma fotorreportagem sobre o tema dos direitos 
humanos. É importante que o grupo verifique se o texto selecionado apresenta as características indicadas 
anteriormente como pertencentes ao gênero. Eles devem trazer a fotografia selecionada na próxima aula, 
que será voltada para a leitura e para a interpretação de uma fotorreportagem. 
2ª AULA 
Preparação: As atividades, coletivas e em grupos, são voltadas para a leitura de uma fotorreportagem para 
prepará-los para as suas produções. 
Atividade 1: 
Proponha a realização de uma atividade de leitura das fotorreportagens selecionadas pelos grupos, e monte 
um mural de modo que todos possam realizar a leitura coletivamente. Peça aos alunos que leiam em voz alta 
as legendas e, em seguida, apresentem suas impressões e apreciações sobre as fotorreportagens. Promova 
uma postura dialógica e crítica em relação às leituras, por meio de troca de impressões entre os pares para 
que haja um confronto de interpretações e opiniões. 
Atividade 2: 
Em seguida, abra um espaço para que os alunos possam aprofundar a discussão. Questione-os: 
• Há marcastemporais? 
• É possível identificar o espaço onde ocorre a cena? 
• Há alguma pessoa retratada? Descreva-a. Em sua opinião, por que essa pessoa foi retratada? Qual a 
relação dela com o tema? 
• O fotojornalista constrói sua narrativa usando estratégias para chamar a atenção do seu leitor? Quais 
elementos da imagem indicam esse olhar? Vocês conseguem apontar algum recurso utilizado pelo 
fotojornalista como: o que está em primeiro plano e o que está em segundo? 
• Em sua opinião, o que ele quer revelar a respeito do tema? 
• E o que é possível identificar sobre direitos humanos? 
Espera-se que os alunos identifiquem que se trata de uma imagem contemporânea, as estratégias do 
fotojornalista e os aspectos do tema que estão presentes. 
3ª AULA 
Preparação: As atividades promovem a produção da fotorreportagem. Organize os alunos em grupos e 
disponibilize a eles equipamentos fotográficos. Reserve, também, o laboratório de informática para que eles 
possam editar suas imagens. 
Atividade 1: 
Oriente-os de que esta aula será dedicada à seleção e produção de uma fotorreportagem. Na sequência, 
comunique-os que a tarefa consiste em selecionar ou produzir uma imagem para compor a 
fotorreportagem. A atividade deverá conter um pequeno texto ou legenda para acompanhar a foto. O tema 
deve ser sobre direitos humanos. Circule pela sala durante a atividade, esclarecendo dúvidas. Verifique se 
eles retomam as características do gênero para realizar a produção. 
Os grupos devem apresentar suas fotorreportagens, de modo que os demais grupos possam identificar o 
enfoque dos fotorrepórteres e refletir sobre a forma com a qual o tema foi apresentado, por meio da análise 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
dos elementos multissemióticos que compõem o gênero. Conduza a discussão. Se necessário, auxilie um ou 
outro grupo a reescrever a legenda ou mesmo escolher/tirar outra fotografia. 
Atividade 2: 
Com a versão final, revisada e editada, oriente-os a sociabilizar a produção com a turma. Para a dinâmica, os 
grupos devem apresentar as condições e as intenções de produção. Ao final de cada apresentação, é 
interessante abrir espaço para que os demais colegas compartilhem suas apreciações e impressões sobre as 
fotorreportagens. 
 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
A partir da leitura de uma fotorreportagem, elaborada por Miguel Ángel Bargueño para o jornal El País, que 
inclui as declarações de personalidades da política, cultura, ciência e esporte, proponha a discussão a partir 
do texto. Os alunos devem: 
1. Selecionar uma das fotorreportagens e observá-la. 
2. Identificar as informações da imagem. 
3. Identificar as informações do texto escrito. 
4. Elaborar outra fotorreportagem sobre o mesmo tema, mas que apresente outro olhar sobre o 
mesmo assunto. 
SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM 
A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades propostas nesta 
sequência didática, sobretudo de produção de fotorreportagem. Deve-se considerar o desenvolvimento 
individual e coletivo dos alunos. Para avaliar, retome as anotações iniciais sobre o gênero e proponha uma 
discussão final sobre o tema. Verifique se a fotorreportagem produzida pelos grupos aborda o assunto dos 
direitos humanos. Num primeiro momento, espera-se que os alunos sejam capazes de discorrer suas 
impressões sobre as leituras e pelo menos algumas características do gênero. Posteriormente, almeja-se que 
eles consigam refletir sobre as características multissemióticas do gênero e seu impacto no campo 
jornalístico. 
QUESTÕES 
• Os alunos são capazes de identificar as principais características do gênero fotorreportagem? 
• Eles identificam as semelhanças e as diferenças entre reportagem e fotorreportagem? 
• São capazes de reconhecer a fotorreportagem como gênero que apresenta a informação contida na 
imagem, geralmente acompanhada de pequenas legendas? 
REFERÊNCIAS 
BARGUEÑO, M. A. Fotorreportagem: a história por trás de frases que mudaram o mundo. El País. 27 de 
novembro de 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2DVAfx4>. Acesso em: 30 set. 2018. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
1° Bimestre – Sequência Didática 3 
A literatura comparada: intertextualidade 
INTRODUÇÃO 
Esta sequência didática tem como objetivo a prática de leitura por meio da literatura comparada, que 
possibilita o diálogo entre textos literários. A partir da leitura de um texto literário como ponto de partida, os 
alunos devem selecionar outro texto literário para indicar de que modo se dá a intertextualidade entre eles, 
analisando os efeitos de sentido. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade entre os textos 
literários. 
• Compreender os efeitos de sentido produzidos pela intertextualidade. 
COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
Linguagens 5 Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações 
artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da 
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-
cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 
Língua Portuguesa 9 Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do 
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas 
de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e 
humanizador da experiência com a literatura. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: RELAÇÃO ENTRE TEXTOS 
(EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade 
(referências, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses textos literários e outras 
manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, 
estilos, autores etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-minuto, 
vidding, dentre outros. 
DURAÇÃO 
3 aulas 
PREPARAÇÃO 
Nesta sequência didática, os alunos realizarão atividades coletivas e em grupos, portanto, a disposição das 
carteiras na sala de aula vai variar conforme a necessidade. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Texto pré-selecionado para leitura. 
• Projetor e demais equipamentos para projeção do texto ou cópias. 
COMPETÊNCIA GERAL 3. Repertório cultural 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
DESENVOLVIMENTO 
1ª AULA 
Preparação: Atividades coletivas e em grupo para discutir o que é intertextualidade e os conhecimentos dos 
alunos sobre o assinto. Organize a sala em meia lua ou “U”, ou em círculo, de modo que todos possam se ver 
e ouvir. 
Atividade 1: 
Para iniciar, explique aos alunos que, nas próximas quatro aulas, eles estudarão influências de um texto em 
outro ou em manifestações artísticas. Para isso, começarão fazendo uma atividade para ativar e verificar o 
conhecimento que eles já têm sobre o assunto. Seguem algumas sugestões de abordagem: 
• Vocês se lembram de ter lido algum texto literário que faz referência a outro? 
• O que vocês entendem por intertextualidade? 
Espera-se que os alunos indiquem se já tiveram contato com intertextualidade. Lembrar que 
intertextualidade é a relação entre dois textos em que um cita o outro. 
Atividade 2: 
Nesta etapa, proponha uma ampliação do conhecimento sobre o assunto. Reitere com eles que a 
intertextualidade a ser estudada será entre dois textos literários e, por isso, é importante verificar as 
possibilidades de diálogo entre textos. Reforce que a intertextualidade pode ocorrer também entre textos 
literários e outras manifestações artísticas como músicas, pinturas,filmes, novelas, propaganda, grafite etc. 
Se julgar interessante, amplie a discussão, verificando de que modo os alunos identificam a intertextualidade 
entre textos além dos literários por meio dos exemplos presentes em seus repertórios. 
2ª AULA 
Preparação: As atividades propõem a leitura de texto para a identificação de intertextualidade. A leitura a 
ser realizada deve ser coletiva e compartilhada. Para isso, organize as carteiras posicionadas em semicírculo. 
Atividade 1: 
Proponha a leitura do bilhetes-postais, de Fernando Bonassi, red dorian gray: 
 
• BONASSI, F. red dorian gray. Cracóvia – Polônia – 1998. In: Cinco bilhetes-postais. Bibliotecário de 
Babel. Disponível em: <https://bit.ly/2PS8Tyo>. Acesso em: 30 set. 2018. 
 
Realize a leitura em voz alta compartilhada junto com os alunos. Em seguida, faça questionamentos sobre o 
texto, como: 
• Qual era a profissão de Zbigniew e qual é a atual? 
• Como Zbigniew conseguia melhorar as pessoas? 
• É possível localizar algumas referências feitas ao longo do texto? Quais são? 
• O título do texto dialóga com o título de um outro texto? Qual é? 
Espera-se que os alunos localizem informações simples, como as profissões do personagem no antes e pós-
guerra, que ele melhorava as pessoas por meio dos retratos que fazia delas e que hoje outros recursos são 
responsáveis por melhorar as pessoas, como as câmeras fotográficas acopladas aos celulares. Verifique 
quantas referências eles conseguem localizar sozinhos, além do título que faz referência ao romance O 
retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. 
Atividade 2: 
Verifique se os alunos são capazes de relacionar o texto lido ao romance de Oscar Wilde. O retato de Dorian 
Gray apresenta um jovem muito bonito que, após herdar a fortuna do pai, passa a frequentar a alta 
sociedade londrina, onde conhece Lord Henry Wotton. Este influencia Dorian com sua visão de mundo, onde 
o que mais importa é ser belo e desfrutar dos prazeres da vida. Quando Basil Hallwald conhece o jovem, fica 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
encantado com sua beleza e resolve pintar seu retrato, que ao ver seu rosto imortalizado na pintura, resolve 
que para parecer eternamente jovem como no retrato, entregaria até mesmo a alma ao diabo. A partir da 
apresentação do romance, peça aos alunos que indiquem qual o efeito de sentido provocado no texto de 
Bonassi com o uso da intertextualidade. 
O tema do romance é um assunto bastante revisitado: a vaidade humana. Oriente-os a selecionar,, em 
grupos, e para a próxima aula, textos que dialoguem entre si, para identificar, discutir e analisar a 
intertextualidade e o efeito que ela causa. 
3ª AULA 
Preparação: Atividades a serem realizadas em grupos. Os alunos devem pesquisar textos para identificar a 
interdisciplinaridade e analisar os efeitos produzidos. Para a socialização, organizar a sala em semicírculo, de 
modo que todos possam se ver e ouvir. 
Atividade 1: 
Organize os alunos em grupos. Oriente-os a realizar a pesquisa de um texto literário, em busca da presença 
da intertextualidade com um outro texto literário. Eles devem realizar a análise dos efeitos de sentido 
decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade, a partir do que foi discutido anteriormente. Circule 
entre os grupos, orientando e observando dificuldades específicas. 
Atividade 2: 
Oriente os grupos a apresentar os textos selecionados, lendo-os em voz alta, seguidos da análise e da 
apresentação dos diálogos intertextuais existentes, verificando se eles são capazes de identificar os diálogos 
explícitos e os que são mais implícitos. A identificação da interdisciplinaridade depende tanto da análise do 
texto como do repertório dos integrantes do grupo. 
 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
Proponha a leitura e a análise da intertextualidade entre textos literários e manifestações artísticas em peças 
publicitárias. Organize os alunos em grupos e peça a eles que pesquisem e selecionem anúncios, 
propagandas de rádio, televisão, vinhetas etc. que utilizem outros textos literários ou artísticos, para criar 
efeitos de humor, ironia e/ou críticas. Os grupos devem indicar se a intertextualidade é implícita ou explícita. 
SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM 
A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades propostas nesta 
sequência didática e deve considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Para avaliar, 
retome as discussões iniciais sobre intertextualidade e proponha uma discussão final sobre o tema. Num 
primeiro momento, espera-se que os alunos sejam capazes de discorrer suas impressões sobre as leituras e 
pelo menos algumas estratégias intertextuais. Posteriormente, almeja-se que eles consigam refletir sobre os 
efeitos de sentido produzidos pela intertextualidade. 
QUESTÕES 
• Os alunos compreendem que a intertextualidade é a criação de um texto a partir de outro já existente? 
• Eles foram capazes de identificar os efeitos de sentido produzidos pela intertextualidade nos textos? 
• São capazes de identificar influências e referências de outras obras do mesmo autor ou de outros 
autores que estavam presentes nos textos lidos? 
REFERÊNCIAS 
BONASSI, F. red dorian gray. Cracóvia – Polônia – 1998. In: Cinco bilhetes-postais. Bibliotecário de Babel. 
Disponível em: <https://bit.ly/2PS8Tyo>. Acesso em: 30 set. 2018. 
MARCUSCHI, L. A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
PROPOSTAS DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM – 1º BIMESTRE 
ESCOLA: _____________________________________________________________________________________________ 
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ALUNO: _____________________________________________________________________________________________ 
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DATA: ______/______/______ TURMA: _______________ 
 
AVALIAÇÃO 
 
Para responder às questões de 1 a 8, leia o conto do dramaturgo, poeta, contista e jornalista 
maranhense, Artur Azevedo (1855-1908): 
 
 
MORTA QUE MATA 
(CONTO MEIO PLAGIADO E MEIO ORIGINAL) 
 
Um dia em que o Barreto, acabado o expediente, palestrava com alguns dos seus colegas de 
repartição, queixou-se da mesquinhez dos ordenados. 
- Ora! Tu nada sofres! Acudiu um dos colegas, com um sorriso impertinente. 
- Nada sofro?! Ora esta! Por quê?! 
- Porque és rico! 
- Rico, eu?!... 
- Naturalmente. Se não fosses rico, tua mulher não poderia andar coberta de brilhantes! 
O Barreto soltou uma gargalhada. 
- Ah, meu amigo, os brilhantes de minha mulher são falsos, são baratinhos, não valem nada! 
- Não parece. 
- Não parece, mas são. Minha mulher é de uma economia feroz, e tudo quanto economiza 
emprega em toilettes e joias... Mas que joias!... Falsas, falsas como Judas... Já lhe tenho dito 
um milhão de vezes que se deixe disso; que não use joias uma vez que não pode usá-las 
verdadeiras; que ela somente a si mesma se ilude, tornando-se ridícula aos olhos do mundo; 
mas não há meio: aquilo é mania! Tirem tudo, tudo à Francina, mas deixem-lhe as suas joias 
de pechisbeque!... 
Realmente assim essa Francina, de vez em quando, mostrava ao marido um par de bichas 
de brilhantes ou um colar de pérolas, que produziam o mais deslumbrante efeito, mas não 
passavam de joias de teatro, compradas com os vinténs que ela poupava nas despesas da 
copa. 
Barreto, que fora sempre um pobretão, nada entendia de pedras finas e por isso achava que 
as de sua mulher, apesar de falsas, eram bonitas; mas, no íntimo, ele envergonhava-se 
daquela fulgurante exibição no pescoço, nos braços, nos dedos e nas orelhas de Francina. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais- Os que sabem que essas joias são falsas, pensava ele, hão de me achar ridículo; os que as 
supõem verdadeiras poderão fazer de mim um juízo ainda mais desagradável. Toda a gente 
sabe quanto ganho: os meus vencimentos figuram na coleção de leis, na tabela anexa ao 
regulamento da minha repartição... 
O Barreto pensava bem; mas a sua debilidade moral não permitia que ele contrariasse 
Francina. 
Um dia o fracalhão percebeu - com que alegria! - que ela estava no seu estado interessante. 
Eram casados havia oito anos e só agora se lembrava o céu de abençoar a sua união, 
mandando-lhes um filho! Ele esperava que os cuidados maternos modificassem o que sua 
mulher tinha de ridícula e vaidosa. 
Mas as suas esperanças foram cruelmente frustradas pela fatalidade: a criança, extraída a 
ferros, nasceu morta, e Francina morreu de eclampsia. 
O Barreto sentiu tanto, tanto, que quase morreu também. 
Havia um mês que era viúvo quando um dia lhe apareceu em casa um homem que ele não 
conhecia, e se deu a conhecer como um dos joalheiros mais conhecidos da capital. 
O Barreto perguntou-lhe o motivo da sua visita. 
- É muito simples. A falecida sua senhora tinha joias. É natural que o senhor não precisando 
delas pretenda desfazer-se de algumas, senão de todas. Venho pedir-lhe que me dê a 
preferência. 
- Preferência para quê? 
- Para comprá-las. 
- Mas, meu caro senhor, as joias de minha mulher são falsas. 
- Falsas? Ora essa! E é a mim que o senhor diz isso, a mim que lhas vendi! A sua senhora 
seria incapaz de pôr uma joia falsa! 
- O senhor engana-se! 
- Tanto não me engano, que lhe ofereço por essas joias, se se conservam todas em seu 
poder, sessenta contos de réis! 
O Barreto ficou petrificado; entretanto, disfarçou como pôde a comoção, e despediu o 
joalheiro, dizendo que o procuraria na loja. 
Logo que ficou só, encaminhou-se para o quarto da morta, e abriu a cômoda onde se 
achavam as joias; mas ao vê-las sentiu uma onda de sangue subir-lhe à cabeça e caiu para 
trás. 
Quando lhe acudiram estava morto. 
 
AZEVEDO, Artur. A morta que mata. Domínio Público. 
Disponível em: <https://bit.ly/2DKXB7Y>. Acesso em: 30 set. 2018. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
1. O conto é narrado em 1ª ou 3ª pessoa? Destaque do texto elementos que justifiquem o foco 
narrativo indicado. 
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2. Quais são os recursos coesivos utilizados para marcar a passagem do tempo? Exemplifique 
com trechos do texto. 
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3. No texto há variações entre discurso direto (marcado pela fala das personagens) e discurso 
indireto (marcado pela voz do narrador). Que efeito de sentido essa alternância produz? 
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4. Leia o trecho a seguir e assinale apenas uma alternativa que responda à questão. 
 
Nada sofro?! Ora esta! Por quê?! 
 
Nesse trecho, há o uso do ponto de interrogação seguido de uma exclamação. O efeito de 
sentido produzido por esse recurso é de que o interlocutor está: 
a) em dúvida. 
b) alegre. 
c) muito surpreso. 
d) emocionado. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
5. Releia o trecho a seguir e responda. 
 
Mas as suas esperanças foram cruelmente frustradas pela fatalidade [...] 
 
O efeito de sentido produzido pelo verbo em destaque indica que se trata de um: 
a) Verbo transitivo. 
b) Verbo de ligação. 
c) Verbo intransitivo. 
d) Verbo no infinitivo. 
 
6. Em se tratando da predicação, um mesmo verbo pode ora se classificar como transitivo, ora 
como de ligação. Reescreva a frase: “O Barreto ficou petrificado...”, de modo que o verbo ficar 
não tenha valor de verbo de ligação. 
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7. No trecho: 
 
Um dia o fracalhão percebeu - com que alegria! - que ela estava no seu estado interessante. 
O uso da expressão em destaque tem como objetivo: 
a) Caracterizar a personagem. 
b) Apresentar o espaço. 
c) Indicar o conflito. 
d) Identificar o tempo. 
8. De acordo com a leitura do texto, o que se pode inferir sobre o título da narrativa? 
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LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
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Para responder às questões de 9 e 10, leia a notícia retirada do jornal Correio da Manhã (RJ). 
Dupla rouba joias de coleção do emir do Catar expostas em palácio de Veneza 
Publicado em 03/01/2018 – 11:37 Por Agência EFE – Roma 
 
Joias que pertencem à coleção do emir do Catar, Hamad bin Khalifa Al Thani, expostas em 
uma mostra temporária no Palácio Ducal de Veneza foram roubadas nesta quarta-feira (3). 
Fontes do palácio se negaram a dar informações sobre o incidente, mas, segundo a 
imprensa local, as joias eram avaliadas em cerca de 30 mil euros (cerca de R$ 115 mil). 
As joias foram roubadas de uma da vitrine e faziam parte de uma mostra que reúne 270 
peças datadas do século XIV até o XX, de vários autores e muitas delas parte da coleção do 
emir catariano. 
O Palácio Ducal de Veneza foi fechado. As pessoas que estavam visitando a exposição na 
hora do crime foram mantidas no local. 
A polícia tenta esclarecer o que ocorreu e já verificou as câmeras de segurança do palácio. 
Segundo a imprensa local, duas pessoas estão envolvidas no roubo. Uma delas forçou a 
vitrine para pegar um broche de ouro e vários brincos. 
 
AGÊNCIA EFE. Dupla rouba joias de coleção do emir do Catar expostas em palácio de Veneza. 
EBC Agência Brasil, 3 jan. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2CLX57c>. Acesso em: 30 set. 2018. 
 
9. Qual é o fato principal da notícia lida? 
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10. Transcreva o trecho que indica qual a principal decorrência do evento ocorrido. 
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LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
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GABARITO E ORIENTAÇÕES 
QUESTÃO 1 
Habilidade trabalhada: (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas 
de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do 
tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos 
cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de 
discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) 
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a 
narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de 
cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e 
psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e 
indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos 
figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. 
Resposta: A história é narrada em 3ª pessoa, por um narrador que apenas observa e conta o a 
história. Alguns trechos que comprovam: “Um dia em que o Barreto, acabado o expediente, 
palestrava com alguns dos seus colegas de repartição, queixou-se da mesquinhez dos 
ordenados.” “O Barreto ficou petrificado; entretanto, disfarçou como pôde a comoção, e despediu 
o joalheiro, dizendo que o procuraria na loja.”. 
Orientações: A questão avalia se o aluno conhece as características do gênero. O ideal é que os 
alunos compreendam o foco narrativo, que é o ponto de vista adotado para contar os 
acontecimentos. Caso os alunos apresentem dificuldade, chame a atenção deles para o fato de a 
história ser contada em 1ª pessoa, ou seja, o narrador ser também personagem. Nesse tipo de 
foco narrativo, alguns traços subjetivos se manifestam, pois, há uma espécie de envolvimento 
emocional diante do desenrolar dos acontecimentos. 
QUESTÃO 2 
Habilidade trabalhada: (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas 
de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do 
tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos 
cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de 
discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) 
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a 
narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de 
cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e 
psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e 
indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos 
figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. 
Resposta: Os recursos coesivos utilizados para marcar a passagem do tempo são verbos no 
pretérito perfeito e no pretérito imperfeito. Os alunos também podem indicar advérbios, locuções 
adverbiais, orações subordinadas adverbiais. Exemplos: “Realmente assim essa Francina, de vez 
em quando, mostrava ao marido...”; “Um dia o fracalhão percebeu”; “Havia um mês que era viúvo”; 
“Quando lhe acudiram estava morto”. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em localizar os recursos coesivos que 
estruturam a passagem do tempo e articulando partes ao texto como um todo. Os marcadores 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
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temporais ajudam o leitor a se situar temporalmente dentro da narrativa, eles também são 
responsáveis por promover avanços e digressões na leitura. 
QUESTÃO 3 
Habilidade trabalhada: (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas 
de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do 
tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos 
cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de 
discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) 
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a 
narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de 
cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e 
psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e 
indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos 
figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. 
Resposta: A alternância entre discurso direto (marcado pela fala das personagens) e discurso 
indireto (marcado pela voz do narrador) produz o efeito de sentido de veracidade dos fatos. 
Quando o narrador passa a fala para as personagens, ele torna o discurso mais pessoal e 
verossímil. O leitor acaba ficando mais próximo da cena. Essa estratégia faz com que a fala do 
narrador tenha credibilidade. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em perceber alguns recursos utilizados 
que relacionam foco narrativo e estrutura narrativa. É importante que eles percebam que entre o 
uso de um discurso e outro há diferenças. Caso os alunos tenham dúvidas, peça a eles que 
marquem de diferentes cores cada um dos discursos e identifiquem especificidades, como o uso 
da pontuação. 
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QUESTÃO 4 
Habilidade trabalhada: (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas 
de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do 
tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos 
cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de 
discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) 
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a 
narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de 
cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e 
psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e 
indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos 
figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. 
Resposta: Alternativa c. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em perceber o efeito de sentido 
decorrente do uso da pontuação, no caso a combinação de ponto de interrogação seguido por 
ponto de exclamação. É possível que eles questionem sobre a alternativa (A), porém o ponto de 
interrogação sem o ponto de exclamação marca o efeito de dúvida e questionamento. O que está 
sendo questionado é quando os pontos de exclamação e de interrogação são utilizados juntos. 
QUESTÃO 5 
Habilidade: (EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito de 
sentido do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e “permanecer”. 
Resposta: Alternativa b. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos de diferenciar o efeito de sentido 
produzidopelo uso de verbos de ligação. É possível que os alunos fiquem em dúvida entre as 
alternativas (A) e (B), visto que podem confundir com o verbo “ir” conjugado. Apresente a relação 
entre sujeito, verbo de ligação e predicativo para que eles possam perceber que se trata de um 
verbo de ligação. 
QUESTÃO 6 
Habilidade: (EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito de sentido 
do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e “permanecer”. 
Resposta: “O Barreto ficou em pé”. “O Barreto ficou pintando a parede”. “O Barreto ficou 
escrevendo uma carta”. “O Barreto ficou em casa” etc. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em produzir outros complementos de 
verbo que não sejam de ligação (adjetivos ou palavras com valor adjetivos), elaborando novos 
valores para o verbo a partir de outras escolhas lexicais. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
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QUESTÃO 7 
Habilidade (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os 
elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, 
as modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, 
obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as 
assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade, na 
declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa 
quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de 
linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, 
eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de 
palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações 
subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na 
caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo. 
Resposta: Alternativa a. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em identificar o emprego de expressões 
que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização das personagens. 
No caso do texto, o narrador, até o momento, chamava a personagem pelo nome e, neste 
momento, modifica a referência, caracterizando-o com o uso de um adjetivo, escolhido para 
confirmar uma característica da personagem. Caso eles tenham dúvida, releia o trecho, de modo 
que eles identifiquem que é uma caracterização do narrador e não de uma personagem. 
QUESTÃO 8 
Habilidade (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os 
elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, 
as modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, 
obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as 
assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade, na 
declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa 
quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de 
linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, 
eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de 
palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações 
subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na 
caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo. 
Resposta: Espera-se que os alunos indiquem que se trata de uma história pouco convencional, 
pois apresenta um fato inusitado de uma personagem que, depois de morta, mata outra. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em inferir sobre o uso de expressões que 
funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização do enredo e das 
personagens. Porém, como se trata de uma questão de perspectiva mais pessoal, será preciso 
avaliar a resposta do aluno de modo processual. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
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QUESTÃO 9 
Habilidade: (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e 
eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a 
perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações 
dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, 
ironia ou humor presente. 
Resposta: O fato principal é informar sobre o roubo das joias que estavam em exposição. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em localizar as informações mais 
relevantes de uma notícia, identificando o fato central. Se eles tiverem dificuldade, localize a 
informação no título e no terceiro parágrafo. 
QUESTÃO 10 
Habilidade: (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e 
eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a 
perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações 
dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, 
ironia ou humor presente. 
Resposta: “O Palácio Ducal de Veneza foi fechado. As pessoas que estavam visitando a exposição 
na hora do crime foram mantidas no local”. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em identificar eventuais decorrências do 
fato central. No caso, verifique se eles são capazes de relacionar causa e consequência, sendo o 
roubo das joias a causa e a consequência do roubo, o Palácio ser fechado e os visitantes retidos. 
Caso eles tenham dificuldade, ajude-os a relacionar a causa e o efeito relendo o texto em voz alta. 
 
FICHA DE ACOMPANHAMENTO BIMESTRAL 
A Ficha de Acompanhamento Bimestral1 é um instrumento que tem como objetivos subsidiar o 
trabalho docente e verificar a apropriação dos conhecimentos dos alunos em relação aos 
aspectos das habilidades trabalhadas no bimestre. Ela pode ser utilizada em reuniões do conselho 
de classe e no atendimento aos familiares e responsáveis pelos alunos, além de auxiliar nas 
aferições da aprendizagem, nos registros de observações diárias e nas avaliações. Utilize as 
referências a seguir para anotar o desempenho individual de cada aluno e, se necessário, anote 
na coluna “Observações” o que pode contribuir para o aprimoramento e a apreensão dos 
conhecimentos. 
Legenda de desempenho: 
ND = Não desenvolvido 
D = Desenvolvido 
PD = Pouco desenvolvido 
NO = Não observado 
 
1 Os indicadores de aprendizagem foram elaborados a partir das habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para Língua 
Portuguesa. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
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NOME DO ALUNO: 
PRÁTICAS DE 
LINGUAGEM 
INDICADORES DE APRENDIZAGEM DESEMPENHO OBSERVAÇÕES 
LE
IT
U
RA
 
Lê, de forma autônoma, e compreende – selecionando 
procedimentos e estratégias de leitura adequados a 
diferentes objetivos, levando em conta características dos 
gêneros e suportes. 
 
Analisa, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas 
de composição próprias de cada gênero. 
 
Analisa os efeitos de sentido decorrentes do uso de 
mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, 
retomadas). 
 
Lê textos literários de forma autônoma e compreende-os 
selecionando procedimentos, estratégias de leitura 
adequados aos diferentes objetivos e leva em conta 
características dos gêneros e suportes. 
 
Infere a presença de valores sociais, culturais e humanos e de 
diferentes visões de mundo em textoliterário. 
 
PR
O
D
U
ÇÃ
O
 
D
E 
TE
XT
O
S 
Produz textos em diferentes gêneros, considerando sua 
adequação ao contexto, produção e circulação. 
 
Produz entrevistas, considerando a situação e o contexto de 
produção. 
 
Escreve textos corretamente, de acordo com a norma-
padrão, com estruturas sintáticas complexas no nível da 
oração e do período. 
 
O
RA
LI
D
A
D
E 
Tece considerações e formula problematizações pertinentes, 
em momentos oportunos, em situações de aulas, 
apresentação oral, seminário etc. 
 
Toma nota em diferentes práticas orais. 
Engaja-se e contribui com a busca de conclusões comuns 
relativas a diferentes questões sociais. 
 
Lê em voz alta textos literários diversos – como contos de 
amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, 
humorísticas, críticas, etc. 
 
Posiciona-se de forma consistente e sustentada em 
diferentes situações orais. 
 
A
N
Á
LI
SE
 
LI
N
G
U
ÍS
TI
CA
/ 
SE
M
IÓ
TI
CA
 
Explica efeitos de sentido do uso, em textos literários de 
diversos gêneros, de estratégias de modalização e 
argumentação. 
 
Identifica em textos lidos e interpreta em textos produzidos 
por ele, sinais de pontuação. 
 
Diferencia, em textos lidos e em produções próprias, o efeito 
de sentido do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”, 
“parecer” e “permanecer”. 
 
Identifica, em textos lidos ou de produção própria, a 
estrutura básica da oração: sujeito, predicado, complemento 
(objetos direto e indireto). 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral 
Apresentação 
Prezado professor, 
 
Este Plano de Desenvolvimento explicita os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados durante 
o 9º ano do Ensino Fundamental, apresentando subsídios e sugerindo práticas de sala de aula que contribuam com 
o trabalho a ser realizado. 
Uma aprendizagem eficaz da Língua Portuguesa que contemple as práticas de linguagem, relaciona as informações 
explicitadas a diferentes práticas didático-pedagógicas. Além das propostas, o material apresenta sugestões de 
atividades, indica fontes de pesquisa, orienta a gestão do tempo em sala de aula e propõe o acompanhamento das 
aprendizagens. 
O Plano de Desenvolvimento está ordenado nas seguintes partes: 
I. Objetos de conhecimentos e habilidades 
A primeira parte apresenta os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados no bimestre que deverão ser 
tomados como metas para o ensino e a aprendizagem, possibilitando aos alunos a apropriação dos conhecimentos 
de Leitura, Produção de texto, Oralidade e Análise linguística/semiótica. As informações que compõem o quadro 
estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando à organização, à facilidade de uso e 
ao cumprimento das metas de aprendizagem. 
Os objetos de conhecimentos e as habilidades são um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens 
essenciais. Por isso, o trabalho deve ser contínuo. Vale destacar que as habilidades apresentam um arranjo possível 
e os agrupamentos propostos não devem ser tomados como um modelo obrigatório, mas uma proposta para 
facilitar a compreensão dos conjuntos e inter-relacionamento possíveis, enfatizando articulações entre campos, 
objetos de conhecimento e habilidades. 
Por fim, ao final do quadro, são apresentadas algumas habilidades essenciais para dar continuidade aos estudos. 
II. Propostas de atividades 
Na segunda parte, são indicadas propostas de atividades, organizadas por práticas de linguagem (Leitura, Produção 
de texto, Oralidade e Análise Linguística/Semiótica), recorrentes em sala de aula e que podem favorecer o trabalho 
com as habilidades. Também são apresentados as sequências didáticas e o projeto integrador bimestrais, com o 
objetivo auxiliar a organização e o planejamento para a realização dessas práticas didático-pedagógicas. 
III. Gestão da sala de aula 
Na terceira parte, o foco é a gestão do tempo em sala de aula e dos recursos que possibilitam um melhor 
gerenciamento do trabalho docente. As orientações são concernentes ao ambiente, às formas de apresentação, à 
organização das situações e do tempo. 
IV. Acompanhamento das aprendizagens 
A quarta parte aborda avaliações e instrumentos de aferição que podem contribuir para avaliar o desempenho dos 
alunos. 
V. Fontes de pesquisa 
A quinta e última parte inclui indicações e outras fontes de pesquisa, como sites, vídeos, filmes, revistas e artigos 
para serem usados em sala de aula. 
As propostas e os subsídios apresentados neste Plano de Desenvolvimento são orientações de caráter aberto e 
podem, portanto, ser adaptados de acordo com a realidade escolar e das práticas da sala de aula, com o propósito 
de promover uma aprendizagem significativa dos alunos. 
 
Bom trabalho! 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
2º BIMESTRE 
HABILIDADES E CONTEÚDOS 
Este Plano de Desenvolvimento orienta a trabalhar com os seguintes objetos de conhecimento e 
habilidades para o 2º bimestre do 9º ano: 
PRÁTICAS DE 
LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES* CONTEÚDOS 
Leitura 
Estratégia de leitura: apreender os sentidos 
globais do texto (EF69LP03) • Leitura de imagem: tela 
• Leitura de poema 
• Características do gênero 
poema 
• Leitura de letra de canção 
• Leitura de charge 
• Leitura de texto didático-
científico 
• Leitura de romance 
(fragmento) 
• Leitura de notícia 
• Leitura de tirinha 
• Leitura de sinopse 
• Características do gênero 
sinopse 
• Leitura de resenha crítica 
• Características do gênero 
resenha crítica 
• Leitura de cartaz de 
campanha 
Relação entre textos (EF69LP30) 
Estratégias e procedimentos de leitura | Relação 
do verbal com outras semioses | Procedimentos 
e gêneros de apoio à compreensão 
(EF69LP32) 
Reconstrução das condições de produção, 
circulação e recepção | Apreciação e réplica 
(EF69LP44) 
(EF69LP45) 
(EF69LP46) 
Reconstrução da textualidade e compreensão dos 
efeitos de sentidos provocados pelos usos de 
recursos linguísticos e multissemióticos 
(EF69LP48) 
Adesão às práticas de leitura (EF69LP49) 
Estratégia de leitura: apreender os sentidos 
globais do texto | Apreciação e réplica 
(EF89LP03) 
(EF89LP04) 
Efeitos de sentido | Exploração da multissemiose (EF89LP07) 
Estratégias de leitura | Apreciação e réplica (EF89LP33) 
Produção de 
textos 
Relação do texto com o contexto de produção e 
experimentação de papéis sociais (EF69LP06) 
• Produção de poema 
• Produção de resenha 
crítica 
Consideração das condições de produção | 
Estratégias de produção: planejamento, 
textualização e revisão/edição 
(EF69LP51) 
Estratégia de produção: planejamento de textos 
reivindicatórios ou propositivos (EF89LP21) 
Estratégias de escrita: textualização, revisão e 
edição 
(EF89LP25) 
(EF89LP26) 
Relação entre textos (EF89LP36) 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
 
Oralidade 
Participação em discussões orais de temas 
controversos de interesse da turma e/ou de 
relevância social 
(EF69LP13) 
(EF69LP14) 
(EF69LP15) 
• Debate regrado 
• Enquete e exposição oral 
Produção de textos orais |Oralização (EF69LP53) 
Estratégias de produção: planejamento e 
participação em debates regrados (EF89LP12) 
Escuta | Apreender o sentido geral dos textos | 
Apreciação e réplica | Produção/Proposta (EF89LP22) 
Análise 
Linguística/ 
Semiótica 
Morfossintaxe (EF09LP07) 
• Marcadores 
conversacionais 
• Figuras de linguagem: 
prosopopeia, hipérbole, 
onomatopeia, antítese, 
polissíndeto, assonância, 
metáfora, comparação e 
aliteração 
• Regência nominal 
• Crase 
• Regência verbal 
Efeito de sentido (EF69LP19) 
Recursos linguísticose semióticos que operam 
nos textos pertencentes aos gêneros literários (EF69LP54) 
Argumentação: movimentos argumentativos, 
tipos de argumento e força argumentativa (EF89LP14) 
Estilo (EF89LP15) 
Movimentos argumentativos e força dos 
argumentos (EF89LP23) 
Figuras de linguagem (EF89LP37) 
* As descrições das habilidades podem ser conferidas ao final do plano. 
HABILIDADES ESSENCIAIS 
O trabalho com as habilidades a seguir é essencial para dar continuidade aos estudos dos alunos: 
(EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema previamente definido, de interesse 
coletivo, com regras acordadas e planejar, em grupo, participação em debate a partir do levantamento de 
informações e argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode envolver 
entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das informações e dados obtidos etc.), 
tendo em vista as condições de produção do debate – perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos do 
debate, motivações para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais eficazes etc. e 
participar de debates regrados, na condição de membro de uma equipe de debatedor, apresentador/mediador, 
espectador (com ou sem direito a perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como forma de compreender o 
funcionamento do debate, e poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver 
uma atitude de respeito e diálogo para com as ideias divergentes. 
(EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos, os movimentos argumentativos 
utilizados (sustentação, refutação e negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados. 
(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias 
colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc. 
(EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes 
envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra 
resenhada), por meio do uso de paráfrases, marcas do discurso reportado e citações. 
(EF09LP07) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no 
português brasileiro coloquial oral. 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
PROPOSTAS DE ATIVIDADES 
Para que as habilidades descritas sejam trabalhadas, é importante que algumas práticas pedagógicas sejam 
recorrentes em sala de aula, fazendo parte do planejamento diário, semanal ou quinzenal do professor. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem LEITURA 
Leitura em voz alta 
Promover a leitura em voz alta colaborativa com os alunos, preparando-os para essas atividades, com a 
escolha adequada do texto e a realização do objetivo proposto. 
• A escolha prévia e adequada do suporte para a leitura do texto (projeção; computador, internet, 
laboratório de informática, papel e tipo papel) – tudo isso contribui para o sucesso da leitura. 
• A leitura do texto deve ser planejada e incentivar a participação dos alunos. 
• Atividades após a leitura devem ser programadas pelos professores para que sejam significativas, 
cumprindo diferentes propósitos, como apreciar e incentivar a busca de informações, para aprender 
coisas novas etc., considerando estratégias diferenciadas para a prática. 
Leitura de um conto ou poema 
Propor a leitura extra de um conto ou outra narrativa curta a cada bimestre. Todos podem sugerir, inclusive 
o professor, um texto que será lido e discutido pela turma. Essa discussão pode ser sobre os elementos que 
compõem a narrativa ou a partir do tema. Outra possibilidade de atividade para exercício da leitura é a 
declamação em coro de um poema, ou seja, um jogral. Essa atividade também ajuda a desenvolver a 
integração entre os alunos, proporcionando a todos um momento de fruição e saber. 
Declamação de poemas 
A linguagem poética é uma das mais completas formas de expressão do engenho humano, por isso, 
declamar poesia, por sua natureza lírica, contribui para o desenvolvimento da sensibilidade dos alunos. A 
atividade pode ser realizada, primeiramente, com a escolha do poema, que deve considerar a relação do 
declamador com o poema. Ele deve memorizá-lo, ensaiar a postura cênica para declamá-lo, impostando a 
voz, encenando-o. Não se esquecer de identificá-lo e, no final, agradecer à plateia pela escuta. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem PRODUÇÃO DE TEXTOS 
Desenvolvimento em etapas para a escrita 
O trabalho com produções textuais será conduzido em quatro etapas: 
• Planejamento: propostas de planejamentos, indagando sobre a escrita, sobre a retomada de leituras 
e verificando a estrutura do texto, o público-alvo etc. 
• Reflexão e discussão: promover reflexões para desenvolver um olhar crítico sobre os textos. 
• Releitura: mapear as incoerências, ideias soltas, desvios da norma padrão, ajustes de pontuação, 
ortografia. 
• Reescrita: correções coletivas, com sugestões de melhorias do texto. 
• Edição: editar e trabalhar o texto, ilustrando-o, por exemplo. 
• Avaliação: verificar como foi o processo de escrita. 
Todas as etapas anteriormente descritas são importantes, mas a etapa de planejamento é fundamental, pois 
dela depende o bom andamento da produção e o atingimento do produto final (o texto) de forma 
satisfatória. 
Agrupamentos produtivos 
Com base em avaliações feitas ao longo do processo de ensino e aprendizagem, sugerir a formação dos 
grupos para as produções textuais, reunindo estudantes que possam se ajudar mutuamente, por meio da 
interação. Isso evita que, por exemplo, um estudante que tenha habilidades de escrita mais desenvolvidas se 
reúna com outros que têm dificuldade. O resultado é que os alunos que têm dificuldades permanecem com 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
suas dificuldades. A fim de evitar esse tipo de situação, medeie a formação dos grupos. Ainda que isso possa 
gerar algum desconforto no começo, todos só têm a ganhar com essa prática. 
Produção de textos autorais 
É interessante incentivar à autoexpressão dos alunos para que produzam textos autorais, ainda que não 
venham a ser avaliados, divulgados ou lidos por outras pessoas. Os alunos precisam ser incentivados a 
escrever para que percebam de forma autônoma que o processo de escrita é parte de um processo contínuo 
de descoberta da própria experiência como escritor. 
Portfólio dos textos produzidos ao longo do ano 
Propor aos alunos que reúnam os textos produzidos – todos ou a maior parte deles, originais ou cópias –, 
compondo um portfólio individual. O objetivo é possibilitar a avaliação da evolução de cada um, construindo 
uma narrativa do percurso educativo do último ano. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem ORALIDADE 
Rodas de conversa 
Com a finalidade de trocar informações, discutir e planejar atividades, relatar experiências, as rodas de 
conversa devem ser uma atividade constante entre as atividades previstas no planejamento. Em uma roda 
de conversa, é possível sondar os conhecimentos prévios que os alunos têm sobre determinado tema e/ou 
gênero a ser estudado, de modo que se tenham condições de prever mais alguns subsídios teórico-práticos 
ou de suprimir alguns recursos previstos, ajustando seu planejamento às necessidades didáticas dos alunos. 
Apresentação de trabalhos com suporte de recursos multimídias 
Os alunos serão ensinados quanto aos procedimentos formais, ao trabalho com a linguagem, à postura em 
uma apresentação ao público. Considerando: 
• Seleção e escolha do tema a ser trabalhado. 
• Compreensão do assunto abordado. 
• Pesquisas em diferentes fontes e meios para aprender mais e melhor sobre o objeto estudado. 
• Planejamento a apresentação. 
• Produção do roteiro para a apresentação.• Realização da apresentação utilizando com destreza diversas ferramentas do meio digital. 
Debate deliberativo 
Essa estratégia pode ser usada sempre que for necessário tomar alguma decisão em nome de todo o grupo. 
Os alunos devem elaborar previamente seus argumentos e fazer a exposição oral, assim como ouvir os 
argumentos dos colegas. Ao final, pode ser feita uma votação para escolher a melhor opção. A diferença 
desse procedimento em relação à votação simples é que nele há um debate prévio, por meio do qual os 
alunos podem reavaliar suas hipóteses iniciais, se for o caso. Assim como no debate regrado, o debate 
deliberativo também tem regras, mas neste há uma flexibilidade maior. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Filmar os textos produzidos oralmente e assistir depois para avaliar o desempenho 
Gravar as apresentações orais é uma maneira de possibilitar aos alunos revisitarem os textos produzidos. 
Vendo-se através da tela, eles têm condições de perceber ajustes que precisam ser feitos para as próximas 
apresentações. Por exemplo: tom e volume de voz, ritmo, timbre, hesitações, postura, expressões faciais e 
corporais etc. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA 
Consulta ao dicionário 
Incentivar e orientar os alunos a utilizar o dicionário para localizar palavras cujo teor desconheçam, 
ampliando seu conhecimento ortográfico e vocabular da língua. 
Cartazes com regras ortográficas 
Para os casos em que não há regularidade ortográfica, não há muito a fazer a não ser memorizar a grafia de 
determinadas palavras. Além de promover a leitura de textos diversos, a fim de oportunizar o contato com 
palavras ortograficamente corretas, é possível propor aos alunos que elaborem cartazes com algumas 
palavras e/ou regras que considerarem necessárias, para que possam ser facilmente consultadas. 
Consulta às publicações dos gêneros em estudo 
É importante que os alunos tenham como hábito a verificação da variedade linguística adequada a cada gênero 
lido ou produzido. Nessa análise, eles podem averiguar os recursos linguísticos que se prestam a cada 
finalidade. Por exemplo: pontuação expressiva, uso de abreviações, regionalismos, pronomes de tratamento, 
figuras de linguagem, marcas de oralidade, entre outros. Entretanto, a análise só é possível se os alunos tiverem 
acesso a textos autênticos dos gêneros em estudo no bimestre. Disponibilize livros, jornais, revistas e outros 
recursos impressos e digitais, para que os alunos possam ter acesso aos respectivos gêneros. 
Construção de um repertório de rimas 
Incentive os alunos a construir um repertório de rimas. Apesar de parecer uma tarefa simples, a construção de 
um repertório de rimas é extremamente complexa, porém positiva para os alunos. Oriente-os a pesquisar 
palavras que apresentem finais semelhantes ou idênticos e que produzam efeitos de ritmo. As palavras devem 
apresentar diferentes graus de dificuldade de fonortografia. Incentive que os alunos a produzir rimas ricas. 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Além das propostas de atividades, o Plano de Desenvolvimento apresenta outras práticas-didático 
pedagógicas, que têm como objetivo incentivar diferentes práticas e metodologias em sala de aula. São elas: 
PROJETO INTEGRADOR 
Nome: Cineclube 
Habilidades de Língua Portuguesa a serem desenvolvidas no projeto: 
Leitura: Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção | Apreciação e réplica 
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações 
artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, 
de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais 
de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, 
quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo 
comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas 
juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, 
fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras 
possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. 
Leitura: Adesão às práticas de leitura 
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um 
desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas 
marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo 
professor. 
Leitura: Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos 
de recursos linguísticos e multissemióticos 
(EF89LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro, televisão, cinema, 
identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e semióticos que sustentam 
sua realização como peça teatral, novela, filme etc. 
O projeto integrador tem como objetivo: 
Trabalhar com a linguagem do audiovisual de modo a desenvolver nos alunos a sensibilidade e a percepção 
do olhar, além de promover a criticidade e a participação em práticas de compartilhamento de recepção de 
obras cinematográficas. O projeto, ainda, possibilita que os alunos desenvolvam a capacidade de articular 
informações sobre a integração das linguagens visuais, textuais e sonoras; e a competência técnica e 
conhecimento prático do uso de equipamentos utilizados no cinema, integrando os componentes de Arte e 
Língua Portuguesa. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS 
2º BIMESTRE 
SEQUÊNCIAS 
PRÁTICA DE 
LINGUAGEM 
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO 
HABILIDADES OBSERVAÇÕES 
Sequência 4: 
Leitura e 
produção de 
poemas 
concretos 
Leitura: 
• Reconstrução da 
textualidade e 
compreensão dos 
efeitos de sentidos 
provocados pelos 
usos de recursos 
linguísticos e 
multissemióticos. 
Produção de textos: 
• Relação entre textos. 
(EF69LP48) Interpretar, em poemas, 
efeitos produzidos pelo uso de recursos 
expressivos sonoros (estrofação, rimas, 
aliterações etc.), semânticos (figuras de 
linguagem, por exemplo), gráfico-
espacial (distribuição da mancha gráfica 
no papel), imagens e sua relação com o 
texto verbal. 
(EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos 
da literatura e criar textos em versos 
(como poemas concretos, ciberpoemas, 
haicais, liras, microrroteiros, lambe-
lambes e outros tipos de poemas), 
explorando o uso de recursos sonoros e 
semânticos (como figuras de linguagem 
e jogos de palavras) e visuais (como 
relações entre imagem e texto verbal e 
distribuição da mancha gráfica), de 
forma a propiciar diferentes efeitos de 
sentido. 
Nesta sequência didática, 
por meio da leitura de 
poemas concretos, em 
meio impresso e/ou digital, 
os alunos devem identificar 
suas características, além 
de apreciar as obras, com o 
objetivo de ampliar o 
repertório leitor e, desse 
modo, produzir poemas 
concretos. 
Sequência 5: 
Leitura e 
apreciação de 
narrativas de 
aventura 
Leitura: 
• Reconstrução das 
condições de 
produção, circulação 
e recepção | 
Apreciação e réplica. 
• Estratégias de leitura 
| Apreciação e 
réplica. 
(EF69LP45) Posicionar-se criticamente 
em relação a textos pertencentes a 
gêneros como quarta-capa, programa 
(de teatro, dança, exposição etc.), 
sinopse, resenha crítica, comentário 
em blog/vlog cultural etc., para 
selecionar obras literárias e outras 
manifestações artísticas(cinema, teatro, 
exposições, espetáculos, CD's, DVD's 
etc.), diferenciando as sequências 
descritivas e avaliativas e reconhecendo-
os como gêneros que apoiam a escolha 
do livro ou produção cultural e 
consultando-os no momento de fazer 
escolhas, quando for o caso. 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e 
compreender – selecionando 
procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e 
levando em conta características dos 
gêneros e suportes – romances, contos 
contemporâneos, minicontos, fábulas 
contemporâneas, romances juvenis, 
biografias romanceadas, novelas, 
crônicas visuais, narrativas de ficção 
científica, narrativas de suspense, 
poemas de forma livre e fixa (como 
haicai), poema concreto, ciberpoema, 
dentre outros, expressando avaliação 
sobre o texto lido e estabelecendo 
preferências por gêneros, temas, 
autores. 
Esta sequência didática tem 
como objetivo a prática de 
leitura de narrativas de 
aventura, buscando 
promover a leitura 
semicompartilhada e 
autônoma. Os textos serão 
selecionados pelos próprios 
alunos, que farão essa 
seleção a partir da leitura 
crítica de informações da 
quarta capa, bem como de 
sinopses e resenhas dos 
livros de aventuras 
retirados de bibliotecas e 
de outros acervos. 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
 
Sequência 6: 
Roteiro para 
audiovisual 
Produção de textos: 
• Estratégias de 
produção. 
• Estratégias de 
escrita: textualização, 
revisão e edição 
(EF69LP37) Produzir roteiros para 
elaboração de vídeos de diferentes tipos 
(vlog científico, vídeo-minuto, programa 
de rádio, podcasts) para divulgação de 
conhecimentos científicos e resultados 
de pesquisa, tendo em vista seu 
contexto de produção, os elementos e a 
construção composicional dos roteiros. 
(EF89LP25) Divulgar o resultado de 
pesquisas por meio de apresentações 
orais, verbetes de enciclopédias 
colaborativas, reportagens de divulgação 
científica, vlogs científicos, vídeos de 
diferentes tipos etc. 
Esta sequência didática tem 
como objetivo orientar os 
alunos a produção de 
roteiro para audiovisual. As 
mudanças paradigmáticas 
que atingiram a educação 
desde o final do século XX 
exigem cada vez mais que 
as habilidades e as práticas 
de linguagem deem conta 
de gêneros digitais e/ou 
multissemióticos, 
relacionados aos meios de 
comunicação e/ou às 
tecnologias digitais. Por 
isso, a demanda por uma 
aprendizagem que inclui 
uma produção que se 
utiliza de audiovisual é 
desejada e, para isso, é 
necessário que os alunos 
compreendam que existe 
uma etapa anterior à 
gravação, que é o roteiro, 
que prevê o que irá compor 
o audiovisual, planejando e 
relacionando texto visual e 
textos verbais oral e escrito. 
PRÁTICA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 
Ao longo do 9º ano, as propostas de ensino-aprendizagem para os alunos têm o professor como mediador e 
oferecem possibilidade de trabalho individual, em duplas, em grupos e de modo coletivo. 
Sugerimos, a seguir, algumas atividades habituais, permanentes e situações didático-pedagógicas que devem 
ser recorrentes ao longo desse 2º bimestre: 
• Diagnóstico do conhecimento prévio. 
• Leitura textos em diferentes gêneros: poema, sinopse, letra de canção, texto didático-científico, 
notícia, resenha crítica. 
• Estudo de variedades linguísticas e/ou semiótica apropriadas ao contexto. 
• Atividades textuais de elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação. 
• Estudo das relações entre imagem e texto verbal. 
• Participar de debate regrado. 
• Participar de exposição oral. 
• Efeitos de sentido causados por marcadores conversacionais. 
• Identificar e analisar figuras de linguagem. 
• Identificar regência verbal. 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
GESTÃO DA SALA DE AULA 
A atividade diagnóstica no início de cada ano letivo permite identificar o nível e traçar um perfil inicial dos 
alunos. Além disso, como o sucesso da aula depende da interação entre todos, é necessário antecipar-se e 
preparar-se para os imprevistos. Para isso, o gerenciamento exige planejamento. Para aprimorar sua gestão 
da sala de aula, é importante identificar e antecipar algumas ações: 
• Quando os alunos não compreendem as orientações: circular pela sala e observar como eles estão 
realizando as atividades, interferindo e retomando o que foi orientado, caso necessário. 
• Quando os alunos acham que uma regra obrigatória é negociável: embora os combinados sejam um 
meio eficiente e democrático de gestão, nem toda regra é flexível, por exemplo, os horários das aulas. 
Deixe claro para eles quais as regras existem, por que elas existem e por que não são negociáveis. Chame 
a atenção para o fato de haver consequências quando uma regra é quebrada. 
• Quando os alunos interagem: verificar se os alunos só interagem quando têm certeza ou se não 
interagem. Incentive a apresentação de respostas, apresentação de dúvidas e o erro. Quando eles estão 
em grupo, verifique se todos participam e colaboram, incentivando as participações. 
• Quando é possível antecipar problemas: preparar algumas intervenções que podem ser colocadas pelos 
alunos ou mesmo para incentivá-los a participar, seja por falta ou excesso de interesse; planejar 
intervenções pode contribuir para que eles se sintam incentivados individual e coletivamente a avançar 
no que está sendo trabalhando. Prepare diferentes intervenções de acordo com os diferentes níveis de 
conhecimento dos alunos. 
• Quando há alunos com deficiência na sala de aula: providenciar recursos e materiais adaptados e 
trabalhar em parceria com o responsável pela turma. Também é possível desenvolver formas variadas de 
ensino e tornar os colegas pessoas colaborativas e inclusivas, a partir da escuta das necessidades desses 
alunos com deficiência. 
• Quando os grupos não funcionam: há diferentes tipos de agrupamentos, tanto por necessidades de 
aprendizagem por habilidades socioemocionais, por uma combinação entre esses dois aspectos etc. O 
agrupamento deve ser eficaz para a aprendizagem e deve ser repensado à medida que é identificado 
algum problema de funcionamento. O trabalho em duplas, trios, grupos e coletivamente deve ser 
incentivado e ensinado mesmo entre colegas que não estão, socialmente, bem. Mas também deve haver 
momento em que eles possam escolher livremente seus parceiros para que possam se identificar com 
seus círculos sociais. Verificar em quais situações eles são mais produtivos. 
• Quando há inadequações em sala de aula: os alunos devem ser orientados a respeitar e valorizar as 
opiniões dos colegas. Embora muitos docentes tenham como objetivo primeiro minimizar os problemas 
de indisciplina, mais do que excluir o aluno causador do problema, é importante conversar tanto 
individual como coletivamente, dependendo da situação. O aluno inadequado não deve ser advertido 
frente aos colegas, mas as inadequações devem ser colocadas em discussões, sobretudo aquelas 
carregadas de injúrias e preconceitos de gênero, étnico-raciais, religiosos etc. 
Além dessas possibilidades de antecipação, há gerenciamento das propostas de atividades e práticas 
didático-pedagógica que devem constar no planejamento. Antecipe possíveis problemas e/ou dificuldades 
que possam ser apresentados. Por exemplo, se estava planejado uma dinâmica envolvendo alguma 
sequência didática, mas aconteceu algum imprevisto naquele momento, como a falta de material para todos, 
o professor deve resolver a situação preparando alternativas, como reorganizar os alunos em grupos para 
que o material disponível seja suficiente. 
Também é importante ter a possibilidade de apresentar planos diferenciados para situações adversas em 
sala de aula. Se planejou projetar um vídeo, mas houve falha no equipamento, reveja o sequenciamento 
didático sempre que houver mudanças em relação às atividades programadas. Por exemplo, um filme 
requer estratégiadiferente da história narrada. Nesses processos, é importante planejar quais as habilidades 
serão trabalhadas nos encaminhamentos didáticos possíveis a partir delas. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Estar atento ao público-alvo e conhecer suas especificidades vai ajudá-lo a rever e reconhecer problemas e 
apresentar soluções. Diversificar as estratégias, como trocar momentos de conversa em roda por trabalhos 
em grupo apresentados por desenhos e/ou outras produções; por dinâmicas de grupo, júris simulados; 
brincadeiras de detetive em busca de pistas sobre determinado assunto. Tudo isso são mecanismos que 
ajudam a conduzir a prática. É importante ter flexibilidade e atenção às situações cotidianas, com foco no 
objetivo do trabalho, considerando as situações dentro do contexto didático devem ser atitudes recorrentes 
na prática do professor. 
 
ACOMPANHAMENTO CONSTANTE DAS APRENDIZAGENS 
A avaliação é prática inerente ao ato pedagógico e requer cuidados permanentes. O docente deve conhecer 
diversos instrumentos para analisar o desempenho dos alunos, as aprendizagens recorrentes durante o 
bimestre. Para mensurar esse aprendizado, observar as performances e verificar a apreensão de 
conhecimentos, é necessário adaptar as formas de análise, verificando qual é a mais adequada. Flexibilize a 
avaliação, levando em conta os diferentes critérios e instrumentos: 
Alguns CRITÉRIOS 
• Replanejar e cotejar o resultado da avaliação com o currículo e os objetivos de aprendizagem a partir de 
conclusões; eleger conteúdos, objetivos e estratégias que sanem as fragilidades perceptíveis em avaliação 
formativa. 
• Execução do plano, com decisões que concretizem os resultados esperados. Acompanhando o 
desempenho do aluno, pode-se criar novas estratégias para impulsionar seus estudos. Nesse ínterim, 
novas avaliações podem ser feitas, considerando o ato de avaliar como um movimento implícito ao ato de 
ensinar. 
• Avaliação de desempenho dos alunos é diagnóstica e, ao mesmo tempo, formativa, constante e contínua, 
devendo ocorrer dentro do processo educativo, com capacidade de gerar de modo eficaz informações 
sobre as etapas de estudo. Esse processo deve ser um norte ao trabalho didático-pedagógico do 
professor. 
• Fazer uso de instrumentos para medir o nível de desempenho, a capacidade de síntese, a compreensão 
de determinado assunto e o posicionamento ético do aluno diante de pontos de vistas diferentes. 
Questões abertas, objetivas e subjetivas, debates regrados, provas dissertativas, seminários etc. São 
recursos valiosos nesse percurso. 
• Estimular a autoavaliação contribui para o desenvolvimento de senso crítico e autonomia. Nos processos 
avaliativos, dificuldades podem aparecer, mas devem ser tomadas como oportunidades para novas 
estratégias. Se um aluno não participa dos momentos de determinada atividade, é interessante 
perguntar-se: “O que pode o ser feito para que ele se torne presente e se sinta confortável?”. Outros 
modos de se expressar podem ser oferecidos a ele. Mudar a estratégia sem perder o foco vale para 
qualquer aprendizagem e os resultados podem ser surpreendentes. 
Alguns INSTRUMENTOS 
Prova objetiva: Perguntas diretas, para avaliar se os alunos aprenderam conteúdos específicos. 
Prova dissertativa: Perguntas que exigem que os alunos estabeleçam relações, resumam, analisem e 
expliquem conteúdos. 
Trabalhos em grupos: Atividades que podem ser oral, escrita etc., que têm como objetivo e avaliar de 
conhecimentos construídos e apreendidos de forma colaborativa. 
Seminário: Exposição oral que exige que os alunos utilizem a fala e materiais de apoio, possibilitando que os 
conhecimentos da linguagem verbal oral e as produções multissemióticas sejam verificadas. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Relatório: Texto produzido depois de atividades e práticas que verifiquem a capacidade dos alunos de síntese 
e de apresentação de uma atividade realizada. Autoavaliação: Análise oral ou escrita que os alunos devem 
realizar sobre o próprio aprendizado e/ou sobre a produção. 
 
FONTES DE PESQUISA 
INDICAÇÕES DE FONTES PARA O PROFESSOR 
DIVERSA 
Plataforma sobre educação inclusiva na prática que conta com o apoio de uma comunidade formada por 
cerca de cinco mil integrantes em todo o Brasil. Essa iniciativa e o objetivo do Instituto Rodrigo Mendes 
permitem aos professores compartilharem conhecimentos e experiências sobre educação inclusiva. 
Disponível em: <http://diversa.org.br>. Acesso em: 30 set. 2018. 
ESCOLA DIGITAL 
Plataforma que reúne recursos digitais de aprendizagem e classifica os conteúdos de acordo com diferentes 
critérios. Também possui uma área para os professores compartilharem suas experiências em sala de aula. 
Disponível em: <https://rede.escoladigital.org.br/conte-sua-historia>. Acesso em: 30 set. 2018. 
INSTITUTO EDUCADIGITAL (IED) 
Organização sem fins lucrativos que é referência mundial em projetos inovadores de uso pedagógico de 
tecnologias digitais, dentro e fora das escolas. Oferece movimento de educação aberta, design thinking para 
educadores, formação e facilitação pedagógica, além de mentoria. 
Disponível em: <http://www.educadigital.org.br/>. Acesso em: 30 set. 2018. 
PLATAFORMA MEC 
A Plataforma MEC de Recursos Educacionais Digitais é o portal que reúne e disponibiliza, em um único lugar, 
os Recursos Educacionais Digitais dos principais portais do Brasil. Disponível em: <https://bit.ly/2ObRuex>. 
Acesso em: 30 set. 2018. 
PORVIR 
Iniciativa de comunicação e mobilização social que mapeia, produz, difunde e compartilha referências sobre 
inovações educacionais para inspirar melhorias na qualidade da educação brasileira e incentivar a mídia e a 
sociedade a compreender e demandar inovações educacionais. 
Disponível em: <http://porvir.org>. Acesso em: 30 set. 2018. 
INDICAÇÕES DE FONTES PARA OS ALUNOS 
CIBERPOEMA 
Plataforma iterativa dedicada leitura e criação de ciberpoemas, idealizada por Sérgio Capparelli e Cláudia 
Gruszynski. Disponível em: <http://www.ciberpoesia.com.br/>. Acesso em: 30 set. 2018. 
CAQUI REVISTA BRASILEIRA DE HAICAI 
Plataforma dedicada exclusivamente ao haicai. Fundada em 1996, apresenta o conteúdo da Revista 
Brasileira de Haicai. Disponível em: <https://www.kakinet.com/cms/>. Acesso em: 30 set. 2018. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 
2007. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 
GOMES, M. F. C.; MONTEIRO, S. M. A aprendizagem e o ensino da linguagem escrita. Belo Horizonte: 
Ceale/FaE/UFMG, 2005. v. 2. 
HIPOLIDE, Marcia. Contextualizar é reconhecer o significado do conhecimento científico. São Paulo: 
Phorte Editora, 2012. 
LEAL, T. F.; GOIS, S. (Org.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2014. (Coleção Língua Portuguesa na escola). 
LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
MARCUSCHI, Luiz A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. 
MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa. São Paulo: Livraria da Física, 2012. 
PERRENOUD, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Saberes e competências em uma 
profissão complexa. Porto Alegre: Artmed Editora 2001. 
ROJO, R. H. R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 
ROJO, R.; MOURA, E. (Org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012. 
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (Orgs.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de 
Letras, 2004. (Coleção As faces da linguística aplicada). 
SOLÉ,Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. 
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. 
 
HABILIDADES DA BNCC 
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em 
reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas 
os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses 
subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. 
(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, 
levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, 
complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, 
compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão. 
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), 
avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, 
as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas 
ou gráficos. 
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em 
textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, 
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, 
programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., 
para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, 
CD's, DVD's etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que 
apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for 
o caso. 
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações 
artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, 
de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais 
de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, 
quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo 
comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas 
juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, 
fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras 
possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. 
(EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros 
(estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial 
(distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. 
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um 
desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas 
marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo 
professor. 
(EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de 
blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e 
respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos. 
(EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-
argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha 
crítica etc.), posicionando-se frente à questão controversa de forma sustentada. 
(EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em várias mídias, os efeitos de sentido 
devidos ao tratamento e à composição dos elementos nas imagens em movimento, à performance, à 
montagem feita (ritmo, duração e sincronização entre as linguagens – complementaridades, interferências 
etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e efeitos sonoros. 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, 
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, 
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa 
(como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e 
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. 
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(EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens 
multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião 
de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros 
próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, 
detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em 
várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, 
de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições 
de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de 
participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e 
responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação 
desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor. 
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, 
tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as 
configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as 
finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário. 
(EF89LP21) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar prioridades, problemas a resolver 
ou propostas que possam contribuir para melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar 
demanda/necessidade, documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos, 
gêneros e mídias e, quando for o caso, selecionar informações e dados relevantes de fontes pertinentes 
diversas (sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir 
de contextualização e fundamentação de propostas, de forma a justificar a proposição de propostas, 
projetos culturais e ações de intervenção. 
(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias 
colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc. 
(EF89LP26)Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes 
envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra 
resenhada), por meio do uso de paráfrases, marcas do discurso reportado e citações. 
(EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em versos (como poemas concretos, 
ciberpoemas, haicais, liras, microrroteiros, lambe-lambes e outros tipos de poemas), explorando o uso de 
recursos sonoros e semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como relações 
entre imagem e texto verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma a propiciar diferentes efeitos de 
sentido. 
(EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou 
questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social. 
(EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/questão 
polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e 
buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los 
com a turma. 
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na 
participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos. 
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(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de 
terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não 
com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, 
literatura infantojuvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, 
contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição 
literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala 
expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela 
pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., 
gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks 
de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou 
declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais 
etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido 
pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, 
bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação 
de compartilhamento em questão. 
(EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema previamente definido, de interesse 
coletivo, com regras acordadas e planejar, em grupo, participação em debate a partir do levantamento de 
informações e argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode envolver 
entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das informações e dados obtidos etc.), 
tendo em vista as condições de produção do debate – perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos do 
debate, motivações para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais eficazes etc. e 
participar de debates regrados, na condição de membro de uma equipe de debatedor, apresentador/mediador, 
espectador (com ou sem direito a perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como forma de compreender o 
funcionamento do debate, e poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver 
uma atitude de respeito e diálogo para com as ideias divergentes. 
(EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou 
apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está 
sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a 
interesses coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar. 
(EF09LP07) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no 
português brasileiro coloquial oral. 
(EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de sentido de elementos 
típicos da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade e expressão facial, as 
hesitações etc. 
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os 
recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, 
as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de 
linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a 
gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa 
quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais 
como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e 
os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, 
locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo 
sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo. 
(EF89LP14) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos argumentativos de 
sustentação, refutação e negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos 
utilizados. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
(EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de ideia e de diálogo com 
a tese do outro: concordo, discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na perspectiva aqui 
assumida etc. 
(EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos, os movimentos argumentativos 
utilizados (sustentação, refutação e negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados. 
(EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, eufemismo, antítese, 
aliteração, assonância, dentre outras. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
2° Bimestre – Projeto Integrador 
Cineclube 
INTRODUÇÃO 
Este projeto, que integra os componentes curriculares de Arte e Língua Portuguesa, tem como objetivo 
trabalhar com a linguagem do audiovisual de modo a desenvolver nos alunos a sensibilidade e a percepção 
do olhar, além de promover a criticidade e a participação em práticas de compartilhamento de recepção de 
obras cinematográficas. O projeto, ainda, possibilita que os alunos desenvolvam a capacidade de articular 
informações sobre a integração das linguagens visuais, textuais e sonoras, e a competência técnica e o 
conhecimento prático do uso de equipamentos utilizados no cinema. 
COMPONENTES CURRICULARES INTEGRADORES 
Arte e Língua Portuguesa. 
JUSTIFICATIVA 
Nos últimos anos, o ensino de Artes mostrou-se importante para a formação de indivíduos críticos e 
reflexivos. Mais do que uma disciplina, a Arte compreende um campo do conhecimento em toda sua 
abrangência, possibilitando o desenvolvimento de habilidades e competências de formas significativas e 
transformadoras. O objetivo é desenvolver nos alunos a capacidade de compreender as diversas linguagens 
e expressões artísticas, de modo a construir os próprios processos de criação e expressão,relacionando-se 
com os conceitos e as linguagens abordados enquanto o professor media esse processo. Este contexto inclui 
obras e produções que integram duas ou mais linguagens artísticas. O educador deve estar apto a 
apresentar, discutir e analisar suas complexidades de composição, organização e realização. 
Conforme Castells (2001, p. 168) afirma, “a arte sempre foi um construtor de pontes entre as expressões 
diversas, contraditórias, da experiência humana. Mais do que nunca, esse poderia ser seu papel fundamental 
numa cultura caracterizada pela fragmentação e a potencial não comunicação de códigos, uma cultura onde 
a multiplicidade de expressões pode de fato solapar o compartilhamento”. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Identificar as diversas camadas do audiovisual. 
• Reconhecer o cinema como produção visual. 
• Identificar os aspectos de sua produção. 
• Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram ao cinema. 
• Participar de compartilhamento de recepção de obra cinematográfica. 
• Criar um cineclube. 
• Participar da roda de apreciação por meio de comentários de ordem estética e afetiva, justificando-os. 
• Analisar a organização do texto dramático como parte da análise da obra cinematográfica. 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 
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1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, 
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e 
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, 
e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 
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LINGUAGENS 
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) 
em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas 
possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma 
sociedade mais justa, democrática e inclusiva. 
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas 
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas 
pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas 
diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à 
diversidade de saberes, identidades e culturas. 
ARTE 
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, 
inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e 
comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, 
na prática de cada linguagem e nas suas articulações. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à 
situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual. 
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do 
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-
culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, 
reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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ARTE 
• Artes Visuais - Contextos e práticas 
(EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às 
linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, 
ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc. 
• Artes integradas – Processos de criação 
(EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre 
diversas linguagens artísticas. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
• Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção | Apreciação e 
réplica 
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras 
literárias/manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de 
contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de 
filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais 
temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando 
possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, 
escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando 
formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, 
cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, 
fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades 
de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. 
• Adesão às práticas de leitura 
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por 
outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo 
de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e 
suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu 
conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor. 
• Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados 
pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos 
(EF89LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro, televisão, 
cinema, identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e 
semióticos que sustentam sua realização como peça teatral, novela, filme etc. 
DURAÇÃO 
Este projeto foi planejado para ser desenvolvido no período de um bimestre, mas as propostas didáticas são 
flexíveis, permitindo aos professores adequarem a proposta aos seus respectivos tempos didáticos. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Projetor multimídia. 
• Dispositivo de reprodução sonora. 
• Computador. 
• Telão ou quadro branco para exibição dos filmes. 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 
Temas contemporâneos 
Pluralidade Cultural: respeitar os diferentes grupos e culturas que constituem a sociedade brasileira, 
promovendo o contato dos alunos com esses grupos nos planos histórico, social e cultural, superando a 
discriminação e promovendo o contato com a diversidade etnocultural que compõe o patrimônio brasileiro. 
Ética: refletir sobre as condutas humanas, posicionando-se de forma valorativa diante de questões de 
preocupações coletivas, e promover um trabalho inspirado pelos valores de igualdade e equidade. A ética 
traz a proposta de que a escola possibilita o desenvolvimento da autonomia moral e dá condições para a 
reflexão ética. 
Habilidades socioemocionais 
O projeto deve ser executado por grupos de alunos, o que contribui para que estes desenvolvam o respeito 
ao outro e aprendam a ter responsabilidade, a se comunicar com clareza e coerência e a colaborar com os 
colegas. A proposta também viabiliza a investigação das origens e dos contextos de produção das obras, 
promovendo sua fruição e sua apreciação. 
Perfil do professor 
Este projeto de Língua Portuguesa tem como proposta desenvolver uma proposta interdisciplinar com Arte. 
Converse com o professor desse componente curricular e organizem um cronograma, definindo as tarefas 
que cada docente vai desempenhar. O professor de Arte deverá contribuir para a análise de situações nas 
quais as linguagens das artes visuais se integrem ao cinema, explorando as diferentes camadas e 
reconhecendo o cinema como produção visual. 
Diferentes percursosO percurso sugerido inclui sessão de cinema. Para isso, é necessário que a escola disponibilize equipamentos 
necessários e, também, as obras cinematográficas a serem assistidas. Em relação ao uso dos equipamentos, 
eles são essenciais para a realização do projeto. Caso a escola não disponibilize esses recursos, verifique se 
outra instituição pode cedê-los para a realização do projeto. 
 
DESENVOLVIMENTO 
Questão desafiadora: Como funciona um cineclube? 
ETAPA 1 – Levantamento de repertório 
Duração: 1 aula 
Inicie apresentando o projeto aos alunos. Explique que a proposta integra os componentes curriculares de 
Arte e Língua Portuguesa. Indique os objetivos específicos de cada disciplina. Apresente a proposta de 
desenvolvimento de um cineclube, que possibilite aos participantes assistir a obras cinematográficas 
selecionadas, de modo a, após a sessão, realizar uma roda de apreciação e de trocas de impressões e 
análises étnicas, estéticas e afetivas. 
Com o professor de Arte, organize uma roda de conversa para verificar os conhecimentos dos alunos sobre 
cinema, história do cinema, cinema nacional e internacional, e obras cinematográficas. Organize a sala em 
roda para conversar, pensando o espaço para que todos possam se ver e ouvir. Deixe-os falar livremente, 
verificando os conhecimentos. Em seguida, direcione a conversa para as obras cinematográficas que eles 
conhecem. Questione-os sobre os estilos de filmes a que eles assistem e se eles têm um(a) diretor(a), um(a) 
ator/atriz e/ou personagem favorito. Peça para que os alunos falem um pouco sobre essas obras e suas 
preferências, justificando suas apreciações por meio da estética e/ou da afetividade. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Em seguida, solicite que eles indiquem obras cinematográficas que deveriam ser assistidas no cineclube. 
Lembre-os que, embora seja uma atividade de fruição e apreciação estética, se trata de uma atividade a ser 
realizada na escola e, por isso, as sugestões devem acompanhar justificativas que sejam coerentes com os 
debates, reflexões e discussões propostas no espaço, ou seja, mesmo uma obra que seja comercial e os 
alunos possam assistir na televisão ou no cinema comercial pode ser indicada, contanto que quem fizer a 
sugestão justifique a indicação com fundamento, de modo a convencer tanto o professor de Arte como o de 
Língua Portuguesa de que se trata de uma obra que propiciará uma boa discussão, relacionando questões 
técnicas à estética e à afetividade. 
Ao final, elabore uma lista com esses filmes e proponha o planejamento e o cronograma do projeto. 
ETAPA 2 – Cinema em pauta 
Duração: 2 aulas 
Com auxílio do professor de Arte, promova uma discussão mais aprofundada sobre cinema, de modo que os 
alunos possam reconhecê-lo como produção visual e caracterizá-lo, no aspecto de sua produção. É 
interessante levar aos alunos alguns dados e informações sobre cinema, por exemplo, quantas faculdades 
de cinema há no país, onde estão e quanto custam. Assim, a discussão também abrangeria a questão do 
fazer cinema, reconhecendo os diferentes profissionais e suas respectivas funções e discutindo os aspectos 
sociais e econômicos na formação e na produção de cinema no país. 
Para além dessa discussão, é importante abranger a questão da integração de linguagens artísticas, que está 
relacionada ao cinema, pois o aprendizado do realizar audiovisual se concretiza melhor com a análise dessas 
relações. 
Em seguida, convide os alunos a montar uma exposição sobre a história do cinema, de modo que eles 
possam conhecer, também, um pouco mais da parte técnica do cinema. Comece a atividade mostrando as 
imagens do primeiro filme do qual se tem registro: “Cavalo em movimento”, de 1878, de Eadweard 
Muybridge, filmado com um zoopraxiscópio, que é um dispositivo giratório que simula a ideia de imagens em 
movimento: 
 
Crédito: Eadweard Muybridge, Locomoção Humana e Animal, Filadélfia, 1887. 
Domínio público. Disponível em: https://bit.ly/1R7l1VL >. Acesso em: 30 set. 2018. 
 
Para realizar a pesquisa, os alunos devem se dividir grupos. Cada grupo deve pesquisar um subtema 
relacionado ao cinema, como: imagens do cinema enquanto espaço ao longo dos anos e em diferentes 
localidades; equipamentos utilizados desde o início do cinema e os que são usados atualmente; filmes da era 
de ouro do cinema; os principais representantes do cinema nacional; quem são os profissionais do cinema etc. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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A pesquisa pode ser realizada no laboratório de informática ou em outras fontes de pesquisa. Oriente os 
grupos durante o estudo e a pesquisa. Os grupos devem buscar diferentes materiais, dando preferência para 
referências visuais (em imagem estática e movimento). Quando os grupos tiverem concluído a pesquisa, 
organize a apresentação dos grupos e, depois, com o material criado, monte um espaço na sala com o título 
de “Museu da história do cinema”, que será o local onde deverá funcionar o cineclube. 
ETAPA 3 – Cineclube: sessão cinema 
Duração: 1 aula 
Organize a primeira sessão de cinema do Cineclube. Explique que o cineclube consiste em uma organização 
de pessoas com um objetivo comum: assistir juntos a bons filmes e promover eventos na escola que levem 
alunos ao cinema ou o cinema à escola. Neste primeiro momento, apenas alunos da turma participarão do 
cineclube. Se a sessão cinema for bem recebida e tiver o apoio da direção, os alunos devem apresentar a 
proposta de ampliação, convidando os demais alunos, profissionais da comunidade escolar, familiares ou 
responsáveis para participarem também. 
A sessão de inauguração deve acontecer no espaço montado “Museu da história do cinema”. Verifique se os 
equipamentos solicitados estão funcionando e oriente os alunos para a realização da atividade. Eles devem 
contribuir para a montagem do cineclube. 
Para a realização da sessão, é importante que os alunos se sintam em um cinema, ou seja, que o filme seja 
projetado e eles estejam organizados voltados para a tela. O ambiente deve estar adequado para a projeção 
e os alunos devem receber instruções de como se comportar em uma sessão. 
Antes de começar a sessão, apresente o filme, por meio de uma sinopse e da leitura da ficha técnica, sem 
revelar a trama. Se achar interessante, proponha aos alunos que não conhecem o filme que levantem 
hipóteses sobre a narrativa. Combine que, ao final da projeção, eles agendarão o encontro para a roda de 
apreciação. 
ETAPA 4 – Cineclube: roda de apreciação 
Duração: 2 aulas 
Retome o objetivo do projeto em demonstrar a compreensão da turma a respeito do que foi proposto a 
respeito de se montar um cineclube, verificando se os alunos compreendem o cinema enquanto produção 
visual e como manifestação artística. 
Em seguida, proponha a discussão e a reflexão sobre o filme assistido. Peça para que os alunos apresentem 
suas apreciações e impressões, por meio de comentários. Eles podem apresentar tanto uma abordagem 
técnica, como estética e afetiva sobre a obra escolhida. Deixe-os discutir, verificando se respeitam os turnos 
de fala dos colegas e apresentam argumentos coerentes. 
Amplie a discussão sobre o filme assistido solicitando que analisem a organização do texto dramático, de 
modo que seja possível identificar e perceber os sentidos decorrentes dos recursos semióticos utilizados, 
sejam eles os elementos da linguagem sonora, com a escolha da trilha ou de efeitos sonoros ou de 
elementos visuais, como movimentação dos atores, enquadramento, cortes de cena etc. Se necessário, passe 
novamente alguns trechos para que essas análises possam ser verificadas. 
É interessante que o professor de Arte acompanhe a discussão, contribuindo para a análise estética e técnica 
do filme, abordando e avaliando os conhecimentos dos alunos que são próprios desse componente 
curricular. 
 
SOCIALIZANDO A PRODUÇÃO 
Proponha aos alunosa promoção do Cineclube. Oriente-os a produzir peças e a divulgar a ideia pelos murais 
escolares, convidando todos os interessados a participar de uma reunião em que será lançada a proposta de 
fundar um cineclube. Os alunos devem garantir o apoio da direção da escola. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Sugere-se que o cineclube seja um evento que aconteça uma vez por mês. Os filmes escolhidos devem ser 
divulgados com antecedência. Para a realização do Cineclube, a turma deve marcar um horário, dentro ou 
fora da sala de aula, de acordo com a orientação da gestão escolar para discutir sobre as obras e escrever 
resenhas. Elas são importantes como material de divulgação dos eventos que o clube estará promovendo. 
 
AVALIAÇÃO 
É imprescindível avaliar constantemente a atuação dos alunos, individualmente e em grupos, para o bom 
andamento do projeto. Realize os ajustes necessários para que o planejamento do Cineclube, as metas e os 
prazos estabelecidos para produzi-la sejam cumpridos, assim como mantenha constante o engajamento e o 
comprometimento dos alunos em todas as etapas do projeto. Avalie sua própria atuação docente, a fim de 
que suas ações sejam efetivas no sentido de mediar o conhecimento, e faça intervenções necessárias e 
oportunas para que os alunos avancem em suas aprendizagens. 
Língua Portuguesa 
Avalie o desempenho dos alunos em todas as etapas do projeto, orientando-os individualmente ou nos 
grupos. Caso seja necessário, redirecionar algum procedimento e/ou comportamento. Também devem ser 
considerados os conhecimentos apresentados nas discussões, nos comentários relacionados com a estética 
e a afetividade em relação à recepção do filme assistido e, por fim, as contribuições para a análise da 
organização do texto dramático. 
Arte 
Avalie a capacidade de discussão dos alunos sobre a identificação do cinema enquanto produção visual e 
análise da integração de linguagens para a composição de um filme. É importante verificar se alunos 
compreendem as implicações acerca das categorias de artísticas relacionadas ao cinema e das possibilidades 
de produção de obras cinematográficas. 
Autoavaliação 
Proponha aos alunos que realizem uma autoavaliação sobre suas atuações durante o projeto, de modo que 
possam identificar como foram suas participações: se atuaram adequadamente de forma individual e se 
contribuíram com o grupo. Eles também devem avaliar se participaram de todas as etapas do projeto e se 
interagiram com as outras equipes, colaborando para a criação do Cineclube, a roda de apreciação de obra 
cinematográfica e a pesquisa sobre cinema. 
Avaliação Interdisciplinar 
Como avaliação única, solicite aos alunos que produzam um texto individualmente, no qual avaliarão como 
trabalharam no projeto, e se tiveram dificuldades para realizá-lo, e indicarão no que eles podem melhorar. O 
texto pode ter caráter mais aberto, contudo, é importante que apresente aspectos argumentativos. Todos os 
professores podem avaliar os textos dos alunos e depois discutir os resultados. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FANTINI, M. Mídia-Educação e Cinema na Escola. Rio de Janeiro: Teias, ano 8, n. 15-16, jan/dez, 2007. 
FERRAZ, M. H.; FUSARI, M. F.R. Metodologia do ensino da arte. São Paulo: Cortez, 1993. 
RESENDE, G. Cinema na escola: aprender a construir o ponto de escuta. Dissertação – Mestrado em 
Educação. Rio de Janeiro: Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ, 2013. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
2° Bimestre – Sequência Didática 4 
Leitura e produção de poemas concretos 
INTRODUÇÃO 
Nesta sequência didática, por meio da leitura de poemas concretos, em meio impresso e/ou digital, os alunos 
devem identificar suas características, além de apreciar as obras, com o objetivo de ampliar o repertório 
leitor e, desse modo, produzir poemas concretos. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Ler e apreciar poemas concretos. 
• Identificar as principais características do gênero. 
• Interpretar efeitos produzidos. 
• Planejar e criar um poema concreto. 
COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
Linguagens 5 Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações 
artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da 
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-
cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 
Língua Portuguesa 9 Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do 
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas 
de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e 
humanizador da experiência com a literatura. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: RECONSTRUÇÃO DA TEXTUALIDADE E COMPREENSÃO DOS EFEITOS DE 
SENTIDOS PROVOCADOS PELOS USOS DE RECURSOS LINGUÍSTICOS E MULTISSEMIÓTICOS 
(EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros 
(estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráficoespacial 
(distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: RELAÇÃO ENTRE TEXTOS 
(EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em versos (como poemas concretos, 
ciberpoemas, haicais, liras, microrroteiros, lambe-lambes e outros tipos de poemas), explorando o uso de 
recursos sonoros e semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como relações 
entre imagem e texto verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma a propiciar diferentes efeitos de 
sentido. 
DURAÇÃO 
4 aulas 
PREPARAÇÃO 
Nesta sequência didática, os alunos realizarão atividades coletivas e em grupos, portanto, a disposição das 
carteiras na sala de aula vai variar conforme a necessidade. 
COMPETÊNCIA GERAL 3. Repertório cultural 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Poema concreto pré-selecionado para leitura. 
• Projetor e demais equipamentos para projeção do texto ou cópias. 
• Computador com acesso à internet e software de edição de imagem e texto. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
1ª AULA 
Preparação: Atividades coletivas para verificar os conhecimentos dos alunos sobre o assunto. Organize a 
sala em meia lua ou “U”, ou em círculo de modo que todos possam se ver e ouvir. 
Atividade 1: 
Para iniciar, explique aos alunos que eles lerão e apreciarão poemas concretos. Para isso, comece com uma 
atividade para ativar os conhecimentos e verificar o que eles já sabem sobre o assunto: 
• Vocês já leram poemas que são visuais? 
• Já ouviram falar de poemas concretos? 
• Conhecem algum? Qual? Como ele é? 
Espera-se que os alunos resgatem características básicas, como a disposição visual na folha. Quanto ao 
poema concreto, a ideia é que se lembrem de aspectos da forma, principalmente, os elementos visuais. 
Atividade 2: 
Em seguida, apresente poemas concretos aos alunos. Esses poemas podem ser retirados do site: 
 
• POESIA CONCRETA. Site oficial. Disponível em: <http://www.poesiaconcreta.com.br/>. Acesso em: 30 
set. 2018. 
 
Proponha a leitura do poema “Velocidade”, de Ronaldo Azeredo. Inicie a discussão, perguntando sobre o que 
eles puderam observar. Seguem algumas sugestões de abordagem: 
• Quais recursos foram utilizados para dar dinamismo ao poema? 
• E o que chama sua atenção no poema? 
• Você foi capaz de construir novas imagens ao poema? 
• Como o poema começa e como termina? O que isso sugere? 
• Quais são as possibilidades de leitura desses textos? 
Ouça as apreciações e impressões dos alunos, intermediando a troca entre eles. Espera-se que os alunos 
identifiquem que o dinamismo visualdialoga com o texto escrito e que a disposição escrita corrobora para a 
construção de leituras, não limitadas apenas à forma tradicional de leitura. 
2ª AULA 
Preparação: As atividades propõem a leitura de outros poemas concretos. A leitura a ser realizada deve ser 
coletiva e compartilhada. Para isso, organize as carteiras em semicírculo e providencie fotocópias ou 
projeção desses poemas. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Atividade 1: 
Proponha aos alunos a leitura e a apreciação de outros poemas concretos para ampliação de repertório. 
Durante a leitura dos poemas, reforce que se trata de um gênero que propõe uma ruptura com o modelo 
tradicional de composição de poemas. Por meio de exercícios de exploração, os elementos verbais e visuais, 
realize as leituras coletivas e explore os diferentes caminhos e as diversas direções que os poemas podem 
propiciar. É importante explorar e interpretar essas possibilidades e observar qual seu efeito de sentido no 
leitor. 
Atividade 2: 
Nesta etapa, proponha uma ampliação do conhecimento sobre o assunto. Reforce que se trata de um tipo de 
texto que tem como principal característica ser experimental e que a ênfase será interpretar efeitos de 
sentido produzidos no leitor por meio do som, da visualidade e do sentido das palavras. Apresente outros 
poemas concretos aos alunos de poetas precursores do movimento: Augusto de Campos, Décio Pignatari, 
Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo. 
3ª AULA 
Preparação: As atividades coletivas de leitura de poemas concretos têm como objetivo identificar as 
características do gênero para que seja possível a realização da produção dos textos. Para isso, organize as 
carteiras em semicírculo e providencie fotocópias ou projeção desses poemas. 
Atividade 1: 
Explique aos alunos que, nesta aula, eles irão reler poemas concretos com o objetivo de identificar as 
características específicas do gênero. Faça uma breve retomada das aulas anteriores e reapresente alguns 
poemas, promovendo suas leituras. Para finalizar esse primeiro momento, aprofunde a discussão levando-os 
a identificar as principais características de cada um dos poemas. Algumas sugestões de questionamentos: 
• Quais recursos foram utilizados para dar dinamismo ao poema? 
• E o que chama sua atenção no poema? 
• Você foi capaz de construir novas imagens ao poema? 
• Como o poema começa e como termina? O que isso sugere? 
• Quais são as possibilidades de leitura desses textos? Quais efeitos produzidos? 
Espera-se que os alunos identifiquem que se tratam de poemas com estruturas diferentes e visualidade. 
Atividade 2: 
Nesta etapa, a ideia é verificar a composição da estrutura dos poemas. Verifique se eles são capazes de 
identificar que: 
• Não há a composição tradicional do verso. 
• Há aproveitamento de espaço. 
• Exploração da composição e montagem das palavras. 
• Possibilidade de leituras múltiplas (linear, não linear, vertical, diagonal, etc). 
• Há relação entre o título e o corpo do texto. 
Verifique se eles também compreendem os efeitos de sentido da estrutura com o uso de recursos gráfico-
visuais (tipo, tamanho ou estilo da fonte). Ao final, encerre a discussão sobre a estrutura dos poemas 
concretos, convidando-os a produzir seus próprios, na próxima aula. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
4ª AULA 
Preparação: As atividades a serem realizadas em grupos têm como objetivo a produção de poemas 
concretos, verificando se os alunos compreenderam as características, sobretudo visuais, de composição 
desses poemas. Reserve o laboratório de informática para que os grupos possam utilizar o computador e 
softwares com edição de texto e de imagem. 
Atividade 1: 
Nesta atividade, os alunos, organizados em grupos, conhecerão as possibilidades visuais de se trabalhar o 
poema concreto. Oriente-os a planejar e criar um poema concreto, partindo de um poema existente que será 
escolhido por eles. Os grupos deverão configurá-lo visualmente, sem que o texto escrito seja alterado, de 
modo a dar movimento ao signo verbal, entrelaçado a cores, a sons, ao espaço redimensionado etc., com o 
objetivo de provocar reações no interlocutor. 
Atividade 2: 
Os grupos devem passar do planejamento para a edição do poema, utilizando um software apropriado e 
diferentes recursos, como: cores e tamanhos de fontes, uso do espaço, verificando a diagramação do poema, 
de modo a pensar em sua estrutura visual etc. Em seguida, oriente-os a compartilhar e a socializar suas 
criações. Se possível, projete os poemas concretos produzidos, encerrando com um espaço para a reflexão 
sobre as produções. 
 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
Organize os alunos em grupos. Cada grupo deve pesquisar a biografia de um dos poetas concretos 
brasileiros e apresentar um de seus poemas, bem como sua análise. 
SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM 
A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades propostas nesta 
sequência didática, e deve considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Para avaliar, 
retome as discussões iniciais sobre poema concreto. Relacione os conhecimentos do primeiro momento, em 
que os alunos discorreram suas apreciações e impressões em relação às leituras e, posteriormente, os 
conhecimentos em relação às características para a produção. Proponha uma autoavaliação, de modo que os 
alunos possam indicar se foram capazes de utilizar seus conhecimentos para a criação dos poemas 
concretos, se tiveram dificuldade e em quais pontos suas produções poderiam melhorar. 
QUESTÕES 
• Os alunos são capazes de identificar as características do poema concreto? 
• Para a criação do poema, eles buscaram na visualidade um dos suportes para atingir rupturas com a 
estrutura tradicional do poema? 
• Compreendem o poema concreto como projeto de renovação formal e estética da poesia brasileira? 
REFERÊNCIAS 
MARINHO, A. A. Criar poemas visuais com a turma. Plataforma do letramento. Disponível em: 
<https://bit.ly/2zr7PY7>. Acesso em: 30 set. 2018. 
POESIA CONCRETA. Site oficial. Disponível em: <http://www.poesiaconcreta.com.br/>. Acesso em: 30 set. 
2018. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
2° Bimestre – Sequência Didática 5 
Leitura e apreciação de narrativas de 
aventuras 
INTRODUÇÃO 
Esta sequência didática tem como objetivo a prática de leitura de narrativas de aventura, buscando 
promover a leitura semicompartilhada e autônoma. Os textos serão selecionados pelos próprios alunos, que 
farão essa seleção a partir da leitura crítica de informações da quarta-capa, bem como de sinopses e 
resenhas dos livros de aventuras retirados de bibliotecas e de outros acervos. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Ler e apreciar narrativas de aventuras. 
• Posicionar-se criticamente em relação a textos literários. 
• Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a: quarta-capa, programa (de teatro, dança, 
exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras 
literárias e outras manifestações artísticas. 
• Ler e compreender selecionando procedimentos e estratégias de leitura literária. 
COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
Linguagens 5 Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações 
artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da 
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-
cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 
Língua Portuguesa 9 Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do 
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas 
de acessoàs dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e 
humanizador da experiência com a literatura. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: RECONSTRUÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E 
RECEPÇÃO | APRECIAÇÃO E RÉPLICA 
(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, 
programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., 
para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, 
CD's, DVD's etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que 
apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for 
o caso. 
COMPETÊNCIA GERAL 3. Repertório cultural 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIAS DE LEITURA | APRECIAÇÃO E RÉPLICA 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, 
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, 
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa 
(como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e 
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. 
DURAÇÃO 
4 aulas 
PREPARAÇÃO 
Nesta sequência didática, os alunos realizarão atividades coletivas, portanto, a disposição das carteiras na 
sala de aula pode ser em formato de semicírculo para que todos possam ser ver e ouvir. Na última aula, é 
proposta a leitura individual. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Livros de narrativa de aventura. 
• Resenhas e sinopses, impresas ou digitais, retiradas da internet. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
1ª AULA 
Preparação: Atividades coletivas para selecionar uma narrativa de aventura para leitura semicompartilhada. 
Organize a sala em meia lua ou “U”, ou em círculo de modo que todos possam se ver e ouvir. Providencie 
livros de narrativa de aventuras da biblioteca escolar e resenhas e sinopses retiradas de livros, revistas e 
jornais impressos ou digitais. A atividade pode ser realizada na sala de aula ou na biblioteca. 
Atividade 1: 
Para iniciar, explique aos alunos que eles farão a leitura e a apreciação de uma narrativa de aventura. Para 
isso, eles devem escolher um livro. Faça algumas perguntas aos alunos, a fim de verificar como eles 
selecionam livros literários para a leitura fora do contexto escolar. Algumas sugestões de abordagem: 
• Quem já escolheu um livro pela capa? 
• Quais são os critérios que você utiliza para seleção de um livro literário? 
• Quem sabe o nome da parte de trás do livro? Que texto o leitor encontra nesse espaço? 
• Qual é o nome daquela parte da capa dobrada para dentro do livro? 
• Quais informações essa dobra contém? 
Espera-se que os alunos relatem as primeiras impressões que têm ao manusear um livro, e como selecionam 
um livro literário para realizar a leitura. Também espera-se que eles identifiquem a contracapa ou quarta 
capa, a orelha de um livro e suas respectivas funções. Finalize a atividade convidando-os a ler resenhas e 
sinopses presentes nas orelhas e contracapas de livros, para que possam, conjuntamente, selecionar uma 
das narrativas de aventura disponíveis e realizar uma leitura semicompartilhada. 
Atividade 2: 
Nesta etapa, proponha uma ampliação dos conhecimentos sobre esses textos. Esclareça que a contracapa 
ou quarta capa auxilia o leitor a localizar-se na história, contextualizando o assunto do livro. Normalmente, 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
há uma sinopse ou um recorte sobre a história, porém há livros que trazem trechos de resenhas ou 
comentários de profissionais ou especialistas sobre o livro. Dê um tempo para que os alunos possam trocar 
os textos entre si e selecionar pelo menos um deles para indicar como leitura coletiva. Dois ou mais alunos 
podem escolher o mesmo livro. Com os livros, as sinopses e as resenhas selecionados em mãos, peça aos 
alunos que compartilhem quais foram os critérios de seleção que utilizaram para escolher cada um a sua 
obra. Incentive-os a recorrer às informações presentes nos textos. Espera-se que todos se manifestem. 
Verifique qual livro é o mais indicado e proponha a sua leitura semicompartilhada. 
2ª AULA 
Preparação: As atividades de leitura da narrativa de aventura selecionada anteriormente é coletiva. Organize 
todos os alunos em um semicírculo, de modo que todos possam se ver e ouvir. As atividades podem ser 
realizadas na sala de aula ou na biblioteca. 
Atividade 1: 
Proponha a organização de uma roda de conversa antes da leitura. Esse é um importante momento de 
interação oral, sobretudo entre os alunos. Atue como o mediador. Essa atividade também deve ser realizada 
após a leitura, permitindo a troca e a escuta, pois também é um espaço de fala e de confronto de ideias. Com 
o livro selecionado em mãos, apresente o contexto de produção (vida do autor, do ilustrador, gênero, 
interlocutor, coleção etc.). Chame atenção para os nomes do autor, do ilustrador, da editora e a edição.	
Utilize	estratégias	de antecipação, valendo-se dos dados do contexto de produção (título do livro, imagens 
etc.). Leia as informações da capa, quarta capa, a biografia do autor e do ilustrador e as informações 
paratextuais com os alunos. 
Atividade 2: 
Em seguida, leia o título e explore as imagens da capa. Folheie o livro, pedindo aos alunos que observem o 
título, as ilustrações etc. A partir do título e da ilustração da capa, proponha uma discussão sobre a narrativa 
de aventura do livro. É interessante discutir o título, levantando hipóteses sobre a narrativa, a temática e os 
fatos que podem aparecer na história. Em seguida, inicie a leitura, distribuindo cópias da narrativa ou 
projetando o texto para que todos os alunos possam acompanhar. Solicite a eles que contribuam realizando 
a leitura colaborativamente. Realize algumas pausas, pedindo aos alunos que verifiquem e reavaliem as 
hipóteses criadas.	 Ao	 final	 da	 leitura	 inicial	 da	 narrativa,	 oriente-os	 para	 a	 leitura	 autônoma	 e	 silenciosa	 do	
restante	da	narrativa.	 
3ª AULA 
Preparação: As atividades são de leitura da narrativa de aventura. Elas podem propor tanto a leitura 
silenciosa ou a leitura colaborativa, seguidas da análise do livro. Organize os alunos em um semicírculo, de 
modo que todos possam se ver e ouvir. As atividades podem ser realizadas na sala de aula ou na biblioteca. 
Atividade 1: 
Oriente a leitura silenciosa do texto. Espera-se que a maioria dos alunos leia com autonomia, mas é 
importante observar se há alunos com dificuldade de decodificação ou de interpretação. Uma solução para 
diminuir a dificuldade é organizar a leitura em duplas. 
Após a leitura silenciosa dos alunos, retome a leitura colaborativa das páginas finais, em voz alta, mostrando 
a expressão e a entonação adequadas e servindo de modelo aos alunos. Observe se eles leem com a 
entonação adequada, respeitando as pontuações. 
Atividade 2: 
Após realizar a leitura, explore as características da narrativa de aventura. Com o objetivo de colaborar com o 
aprofundamento desses conhecimentos, seguem propostas para a análise de cada um dos elementos da 
narrativa. Abra um espaço para que os alunos possam manifestar suas apreciações e impressões. Convide-
os a compartilhar com os colegas suas interpretações a respeito do que leram, confrontando seus pontos de 
vista e comentando e reelaborando a leitura com seus colegas de classe. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Atividade 3: 
Peça aos alunos que resumam oralmente a história, de modoa apresentar as principais informações a 
respeito dos elementos da narrativa. Verifique o que eles sabem sobre os personagens, os locais, o tempo, 
os acontecimentos etc. Identifique com eles a construção composicional do gênero: apresentação, 
complicação e desfecho. Discuta com os alunos a respeito da aventura proposta. 
4ª AULA 
Preparação: Atividades de orientação para leitura de outras narrativas de aventura. As atividades serão 
individual e coletiva, respectivamente. 
Atividade 1: 
Oriente os alunos para a seleção e realização da leitura autônoma e individual da narrativa selecionada. Eles 
devem utilizar as mesmas estratégias leitoras da leitura compartilhada. Espera-se que a maioria dos alunos 
leia com autonomia, mas é importante observar se há alunos com dificuldade de decodificação ou de 
interpretação. 
Atividade 2: 
Organize uma roda de conversa para que os alunos apresentem as respectivas narrativas de aventura após a 
leitura realizada e suas respectivas apreciações. Peça a eles que leiam algum trecho em voz alta, verificando 
se demonstram a expressão e a entonação adequadas, respeitando as pontuações, e se realizam a análise 
das principais características da narrativa de aventura corretamente. 
 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
Organize os alunos em grupos e peça a cada um deles que faça uma resenha sobre uma das narrativas de 
aventura lidas pela turma, apresentando informações sobre o autor e a obra escolhidos. Entre as 
informações, devem constar: onde o autor vive ou viveu, se ainda está vivo, se escreveu outros livros, ganhou 
prêmios etc. Ao final das produções, monte um varal para divulgar as resenhas e socialize com os demais 
colegas da escola. 
SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM 
A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada durante as atividades propostas, devendo 
considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Espera-se que eles sejam capazes de discorrer 
suas apreciações sobre as leituras literárias em níveis variados de competência leitora. Observe a participação 
dos alunos na leitura em voz alta compartilhada e verifique se realizaram adequadamente as leituras individuais. 
Eles também devem ser avaliados em suas participações nas rodas de conversa. Avalie as apreciações e as 
análises dos alunos levando em conta o processo de construção do conhecimento em relação às narrativas de 
aventura, valorizando seus empenhos e seus avanços e identificando suas dificuldades. 
QUESTÕES 
• Os aunos selecionaram uma ou mais narrativas de aventura a partir da leitura da sinopse e/ou textos 
presentes na orelha ou na contracapa? 
• Eles criaram critérios adequados para a seleção do livro? 
• Foram capazes de realizar a leitura de forma autônoma? 
• Identificaram os elementos da narrativa nos textos lidos? 
REFERÊNCIAS 
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales 
Cordeiro. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
2° Bimestre – Sequência Didática 6 
Roteiro para audiovisual 
INTRODUÇÃO 
Esta sequência didática tem como objetivo orientar os alunos a produção de roteiro para audiovisual. As 
mudanças paradigmáticas que atingiram a educação, desde o final do século XX, exigem cada vez mais que 
as habilidades e as práticas de linguagem deem conta de gêneros digitias e/ou multissemióticos, 
relacionados aos meios de comunicação e/ou às tecnologias digitais. Por isso, a demanda por uma 
aprendizagem que inclui uma produção que se utilizam de audiovisual é desejada e, para isso, é necessário 
que os alunos compreendam que existe uma etapa anterior à gravação, que é o roteiro, que prevê o que irá 
compor o audiovisual, planejando e relacionando texto visual e textos verbais oral e escrito. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Pesquisar em fontes variadas como se faz um roteiro. 
• Produzir roteiros para elaboração de vídeos. 
• Compreender a importância da elaboração do roteiro para a produção de audiovisuais. 
COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
 
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
Linguagens 2 Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em 
diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de 
participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e 
inclusiva. 
Linguagens 6 Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, 
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por 
meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver 
projetos autorais e coletivos. 
Língua Portuguesa 1 Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo 
e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários 
e da comunidade a que pertencem. 
Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em 
diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se 
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. 
Língua Portuguesa 10 Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas 
digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender 
e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 
(EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog científico, vídeo-minuto, 
programa de rádio, podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo 
em vista seu contexto de produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros. 
 
COMPETÊNCIA GERAL 4. Comunicação 
COMPETÊNCIA GERAL 5. Cultura Digital 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIAS DE ESCRITA: TEXTUALIZAÇÃO, REVISÃO E EDIÇÃO 
(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias 
colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc. 
DURAÇÃO 
3 aulas 
PREPARAÇÃO 
Nesta sequência didática, os alunos realizarão atividades coletivas e em grupos, portanto, a disposição das 
carteiras na sala de aula vai variar conforme a necessidade. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Computadores com software de edição de texto e acesso à internet. 
• Audiovisual, de preferência vlog científico pré-selecionado. 
• Projetor, caixa de som e demais equipamentos adequados para exibição de audiovisual. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
1ª AULA 
Preparação: Atividades coletivas para verificar os conhecimentos dos alunos sobre o audiovisual. Selecione 
um vlog científico que seja apropriado para o interesse e faixa etária dos alunos, para a projeção do 
audiovisual selecionado. 
Atividade 1: 
Apresente aos alunos a proposta da sequência didática. Esclareça que o objetivo é que eles elaborem um 
modelo de roteiro para audiovisual. Para isso, é necessário refletir sobre o objetivo do roteiro. Parta da 
apreciação e da análise ténica, estética e de conteúdo de um vlog científico, gênero que, geralmente, vale-se 
de um roteiro para a sua produção. Apresente o audiovisual selecionado aos alunos. Em seguida, deixe-os 
assistir ao vídeo. 
Atividade 2: 
Após o vídeo, retome com os alunos os elementos básicos como: título, autoria, assunto, informações 
apresentadas, recursos visuais, verbais e simbólicos que foram utilizados. Verifique se eles são capazes de 
retomar essas informações. Se necessário, passe novamente alguns trechos do vídeo. Em seguida, peça a 
eles que identifiquem os elementos visuais e oselementos sonoros utilizados na composição do audiovidual. 
Liste todas as informações identificadas para que os alunos possam ter dimensão do trabalho de definição 
que é necessário antes da gravação. Chame atenção, ainda, para os elementos técnicos do audiovisual: 
iluminação, jogo de câmera (se houver), enquadramento, voz em off, presença de depoimentos ou 
entrevistas (se houver), locação de espaço, cortes, quantidades de cenas, tempo de vídeo etc. 
Finalize indicando que, antes da gravação, muitos daqueles itens são previstos e que, quem grava vídeos, 
geralmente, segue um roteiro. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
2ª AULA 
Preparação: Atividades coletiva e em grupo para verificar os conhecimentos dos alunos sobre roteiro e 
identificar suas características composicionais. 
Atividade 1: 
Para iniciar, explique aos alunos que eles produzirão um modelo de roteiro que possa ser usado para a 
produção de audiovisuais. Para isso, começarão fazendo uma atividade para ativar o conhecimento e 
verificar o que eles já sabem sobre o assunto. Algumas sugestões de abordagem: 
• O que é um roteiro? 
• Alguém já viu um roteiro? 
• Qual a finalidade de um roteiro? 
• Quais informações básicas devem compor um roteiro? 
• Será que há diferenças entre os roteiros? 
Espera-se que os alunos informem se já tiveram algum contato com roteiros, que a finalidade do roteiro é 
organizar e direcionar a produção audiovisual, demonstrando o conhecimento e o profissionalismo de quem 
escreve. 
Atividade 2: 
Nesta etapa, proponha uma ampliação do conhecimento sobre o assunto. Peça aos alunos que se organizem 
em grupos e pesquisem, em fontes diferentes, o conceito de roteiro, os diferentes tipos de roteiro e como 
fazer roteiros. Ao final da pesquisa, verifique se eles identificam a necessidade de responder às questões: 
para quê, para quem, onde, como etc. na hora da elaboração do roteiro. Eles também devem ter encontrado 
termos técnicos como Off Screen (som de vozes em uma cena), Voice over (vozes em cena), BG (referente a 
Background, ou seja, o que está no fundo) etc. Esclareça os termos caso eles não tenham sido localizados 
pelos alunos. Ao final, sistematize com os grupos as informações básicas de um roteiro simples, 
independetemente do tipo de roteiro: 
• Descrição de cenas. 
• Descrição dos acontecimentos em cada cena. 
• Definição do cenário, animação, ilustração etc. 
• Indicação da narração, falas dos atores e outros sons que devem aparecer. 
• Indicações sobre a inserção de trilha e efeitos sonoros. 
• Indicações para a edição de cortes, inserção de animação, lettering e legendas. 
• Sugestões técnicas (como posição de câmera, iluminação etc.) 
Lembre-os de que o roteiro deve servir como guia para a gravação do audiovisual, e quem for produzir o 
vídeo deve partir das instruções indicadas no roteiro. 
3ª AULA 
Preparação: Atividades em grupo para a produção de roteiro. Agende o laboratório de informática para que 
os grupos possam utilizar os computadores. 
Atividade 1: 
Retome a proposta inicial da sequência didática. Convide os alunos a se organizar novamente em grupos e a 
produzir um roteiro básico para nortear suas futuras produções audiovisuais. Eles devem utilizar o 
computador para pensar em uma estrutura que preveja: o tempo que cada cena terá, as informações e 
descrições visuais, indicações sonoras, descrições e indicações de texto verbal oral e indicações de texto 
verbal escrito (quando houver necessidade), legenda e indicações técnicas para gravação. 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Atividade 2: 
Durante a produção dos roteiros, circule entre os grupos, verificando se eles têm dificuldade para utilizar o 
software de edição de texto. Após a produção do roteiro básico para audiovisual, peça a eles que troquem os 
textos entre os grupos para verificar se atendem às informações básicas discutidas na aula anterior. Em 
seguida, os grupos devem realizar as correções que julgarem adequadas e finalizar os roteiros, que devem 
ficar disponívels para quando for necessária a produção de um auviovisual. Os roteiros podem ser 
socializados com outros departamentos da escola para que outros alunos possam utilizá-los. 
Atividade 3: 
Oriente-os a produzir um vlog científico com o roteiro sobre o tema “Audiovisual e divulgação científica: do 
roteiro à apresentação dos dados”. Os alunos devem se organizar em grupos e elaborar roteiros, verificando 
a eficácia do roteiro-base produzido. Eles devem divulgar as informações pesquisadas ao longo das 
atividades criando vlogs científicos. Os alunos devem realizar adequações que julgarem necessárias no 
roteiro a partir de seu uso. Os grupos devem publicar os vídeos nos canais mais adequados para a 
apresentação e o compartilhamento de suas produções. Organize a divulgação e a socialização dos vlogs 
utilizando plataformas de vídeo, o blog da turma e/ou o site da escola. 
 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
A partir da pesquisa aos diferentes tipos de roteiro, peça aos grupos que identifiquem e selecionem os 
respectivos audiovisuais. O objetivo é analisar de que forma a estrutura e a composição dos diferentes tipos 
de roteiros resultam na produção de distintos audiovisuais. Os grupos devem identificar as informações 
básicas no roteiro e localizá-las nos audiovisuais, apontando as semelhanças e as diferenças técnicas, 
estéticas e de conteúdo entre os audiovisuais apresentados. 
SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM 
A avaliação do processo de aprendizagem deve ser realizada durante as atividades propostas nesta 
sequência didática e deve considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Num primeiro 
momento, espera-se que eles sejam capazes de discorrer suas impressões sobre a produção dos 
audiovisuais, identificando a importância do roteiro para a sua produção. Posteriormente, almeja-se que eles 
consigam produzir um roteiro. Solicite uma autoavaliação dos alunos, de modo que eles compreendam a 
produção de um roteiro e como eles produziram. Caso tenham tido a possibilidade de utilizá-lo para criar um 
audiovisual, devem indicar o que funcionou e o que pode ser melhorado. 
QUESTÕES 
• Os alunos compreendem a importância da elaboração do roteiro para a produção de um audiovisual? 
• Eles compreendem que é necessário pensar nos elementos das diferentes linguagens (sonora, verbal 
oral, verbal textual, visual etc.) para a sua composição? 
• São capazes de relacionar as linguagens de modo a compor uma apresentação audiovisual que 
comunique o interlocutor sobre o assunto adequadamente? 
REFERÊNCIAS 
ROJO, R.; BABOSA, J. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola, 
2015. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
PROPOSTAS DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM – 2º BIMESTRE 
ESCOLA: _____________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
ALUNO: _____________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________________________________ 
DATA: ______/______/______ TURMA: _______________ 
 
AVALIAÇÃO 
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto a seguir. 
 
A INTERNET E OS DIREITOS HUMANOS 
A tecnologia é um importante meio que possibilita alcançar liberdades básicas 
 
Das ruas de Túnis à Praça Tahrir e mais além, os protestos desencadeados em todo o 
mundo, no ano passado, nasceram na internet e nos vários recursos que permitem interagir 
com ela. Embora as manifestações tenham frutificado porque milhares de pessoas 
decidiram participar, talvez nunca tivessem ocorrido sem a possibilidade que a internet 
oferece de comunicação, organizaçãoe divulgação instantânea do que quer que seja em 
todo e qualquer lugar do mundo. 
Não surpreende, portanto, que os protestos tenham levantado indagações sobre o acesso à 
internet como direito humano ou civil. A questão é particularmente sensível em países cujos 
governos impediram seu acesso na tentativa de abafar os protestos. Em junho, citando os 
levantes no Oriente Médio e no Norte da África, um documento da ONU chegou a declarar 
que a internet "se tornou um instrumento indispensável para que grande parte dos direitos 
humanos seja respeitada". Nos últimos anos, tribunais e parlamentos em países como 
França e Estônia declararam o acesso à internet um direito humano. 
Mas essa afirmação, apesar da boa intenção, não toca num ponto muito mais abrangente: a 
tecnologia é um meio que possibilita esses direitos, e não um direito em si. Existe um 
critério mais elevado para que alguma coisa seja considerada um direito humano. Em 
sentido amplo, ela deve ser uma daquelas coisas das quais nós, seres humanos, precisamos 
a fim de poder levar uma vida saudável, dotada de sentido, como uma existência sem 
tortura ou a liberdade de consciência. É um erro colocar determinada tecnologia nessa 
categoria, pois ao longo do tempo acabaremos valorizando as coisas erradas. Por exemplo, 
em certa época, se uma pessoa não tivesse um cavalo, não conseguiria ganhar a vida. Mas o 
direito fundamental naquele caso era o direito de ganhar a vida, e não o direito de ter um 
cavalo. Hoje, se tivéssemos o direito de ter um cavalo, não saberíamos onde o colocar. 
A melhor maneira de caracterizar os direitos humanos é identificar as consequências que 
tentamos garantir em razão deles. Entre elas, as liberdades básicas como a de expressão e a 
de acesso à informação - e estas não estão necessariamente vinculadas a uma determinada 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
tecnologia em qualquer momento histórico. Na realidade, até o relatório da ONU admitia 
que a internet é valiosa como meio para alcançar um fim e não um fim em si mesma. 
E o que dizer da ideia de que o acesso à internet é ou deveria ser um direito civil? O mesmo 
raciocínio pode ser aplicado - embora eu deva admitir que o argumento de que se trata de 
um direito civil é mais forte do que afirmar de que se trata de um direito humano. Afinal, os 
direitos civis são diferentes dos direitos humanos, pois nos são concedidos pela lei, e não 
são intrínsecos dos seres humanos. 
Embora os EUA nunca tenham decretado que toda pessoa tem "direito" a um telefone, a 
ideia de "serviço universal" chega perto disso - ou seja, a ideia de que o serviço telefônico (e 
a eletricidade, e agora a internet de banda larga) deve estar disponível até mesmo nas 
regiões mais remotas do país. Se aceitarmos essa ideia, chegaremos perto do conceito do 
acesso à internet como direito civil, pois garantir o acesso é uma medida determinada pelo 
governo. Mas todos esses argumentos filosóficos não se referem a uma questão mais 
fundamental: a responsabilidade dos criadores de tecnologia de respaldar os direitos 
humanos e civis. 
Neste contexto, os engenheiros não só têm a obrigação de conferir a capacidade aos 
usuários de usar a tecnologia, mas também a obrigação de garantir a segurança dos 
usuários online. Isso significa, por exemplo, proteger os usuários de riscos específicos como 
vírus que invadem seus computadores. 
São os engenheiros - e as nossas associações profissionais e organismos reguladores - que 
criam e mantêm essas novas possibilidades. Enquanto procuramos aprimorar a tecnologia e 
seu uso na sociedade, devemos ter consciência das nossas responsabilidades civis além da 
capacidade dos nossos engenheiros. 
Aprimorar a internet é apenas um meio, mas importante, pelo qual é possível aprimorar a 
condição humana. Isso deve ser feito com a valorização dos direitos civis e humanos que 
devem ser protegidos - sem pretender que o acesso em si à tecnologia seja um direito. 
 
TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA 
 
CAPOVILLA, Anna (trad.). A internet e os direitos humanos. O Estado de São Paulo, 06/01/2012, 
Internacional, p. A13. In: Senado Federal. Disponível em: <https://bit.ly/2TSfzuS>. 
Acesso em: 30 set. 2018. 
Este item está licenciado sob a Licença Creative Commons. 
 
1. Qual é o fato central do texto jornalístico lido? 
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LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
2. Releia o trecho e responda: 
 
[...] um documento da ONU chegou a declarar que a internet "se tornou um instrumento 
indispensável para que grande parte dos direitos humanos seja respeitada". 
Qual sua opinião sobre o assunto? Você concorda ou discorda sobre o que foi declarado no 
documento da ONU? 
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3. Após reler o trecho a seguir, responda ao que se pede: 
 
Em junho, citando os levantes no Oriente Médio e no Norte da África, um documento da 
ONU chegou a declarar que a internet "se tornou um instrumento indispensável para que 
grande parte dos direitos humanos seja respeitada". Nos últimos anos, tribunais e 
parlamentos em países como França e Estônia declararam o acesso à internet um direito 
humano. 
Mas essa afirmação, apesar da boa intenção, não toca num ponto muito mais abrangente: a 
tecnologia é um meio que possibilita esses direitos, e não um direito em si. Existe um 
critério mais elevado para que alguma coisa seja considerada um direito humano. 
Nesse trecho, há um movimento argumentativo de refutação. Que trecho é esse e o que é 
contestado? 
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LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
4. Releia o trecho a seguir e, em seguida, responda ao que se pede: 
 
Por exemplo, em certa época, se uma pessoa não tivesse um cavalo, não conseguiria ganhar 
a vida. Mas o direito fundamental naquele caso era o direito de ganhar a vida, e não o 
direito de ter um cavalo. Hoje, se tivéssemos o direito de ter um cavalo, não saberíamos 
onde o colocar. 
Qual o objetivo do autor com essa relação? Qual o efeito produzido pela composição do trecho 
em destaque? 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________5. Releia o trecho a seguir. 
A melhor maneira de caracterizar os direitos humanos é identificar as consequências que 
tentamos garantir em razão deles. Entre elas, as liberdades básicas como a de expressão e a 
de acesso à informação - e estas não estão necessariamente vinculadas a uma determinada 
tecnologia em qualquer momento histórico. Na realidade, até o relatório da ONU admitia 
que a internet é valiosa como meio para alcançar um fim e não um fim em si mesma. 
A partir da leitura realizada, identifique o posicionamento presente no trecho: 
a) Proporcionar acesso à internet é o único modo de garantir a compreensão sobre o 
que são as tecnologias digitais. 
b) Explorar as tecnologias digitais e as facilidades de ler, escrever textos e receber 
comentários na internet é imprescindível. 
c) Pensar a internet como um importante direito humano, segundo admitiu a ONU. 
d) Entender o acesso à internet como um valioso meio para a manutenção e conservação 
dos direitos humanos. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Para responder às questões de 6 e 10, leia a poema a seguir. 
 
Quadrilha 
 
João amava Teresa que amava Raimundo 
Que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili 
Que não amava ninguém. 
João foi para os estados unidos, Teresa para o convento, 
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, 
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes 
Que não tinha entrado na história. 
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Quadrilha. In: ABREU, Ana Rosa [et. al.] Alfabetização: livro do 
aluno. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000. 3 v.: 64 p. n. 1. Disponível em: <http://bit.ly/2svTEzT>. 
Acesso em: 30 set. 2017. 
 
6. Do que fala o poema? 
a) Frustrações sociais. 
b) Riqueza. 
c) Desencontro amoroso. 
d) Violência urbana. 
 
7. Explique, com suas próprias palavras, a concepção de amor presente no texto de Carlos 
Drummond de Andrade: 
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________________________________________________________________________________________________ 
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LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
8. A estrutura do poema é construída a partir de dois movimentos. Identifique-os, indicando, 
para cada movimento, o verso inicial e o verso final: 
a) O primeiro movimento vai do verso 1 ao verso 3; e o segundo movimento do verso 4 
ao verso 7. 
b) O primeiro movimento vai do verso 1 ao verso 4; e o segundo movimento do verso 5 
ao verso 7. 
c) O primeiro movimento vai do verso 1 ao verso 5; e o segundo movimento do verso 6 
ao verso 7. 
d) O primeiro movimento vai do verso 1 ao verso 3; e o segundo movimento do verso 3 
ao verso 7. 
9. O poeta utiliza a ironia como figura de linguagem no poema. Identifique de que modo a 
ironia aparece e qual o efeito de sentido que o uso desse recurso produz no poema. 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________ 
10. Releia os versos abaixo: 
 
João amava Teresa que amava Raimundo 
Que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili 
 
Identifique a figura de linguagem utilizada pelo poeta e indique o efeito de sentido produzido 
por seu uso. 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________ 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
GABARITO E ORIENTAÇÕES 
QUESTÃO 1 
Habilidade trabalhada: (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais 
circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática 
retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, 
explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, 
a crítica, ironia ou humor presente. 
Resposta: O assunto central do texto é refletir se a internet deve ser considerada um direito 
humano. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em identificar o fato central do texto. Ao 
avaliar suas respostas, é preciso verificar se eles perceberam que o autor apresenta argumentos 
sobre a questão. Caso eles não consigam identificar o fato central, comente que o fato foi 
destacado no título. Essa habilidade pode ser mais bem desenvolvida ao serem propostas a 
leitura e a análise de notícias e reportagens diversas, nas quais os alunos devem identificar o fato 
central, sintetizando-o em poucas palavras. 
QUESTÃO 2 
Habilidade trabalhada: (EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e 
propositivos, os movimentos argumentativos utilizados (sustentação, refutação e negociação), 
avaliando a força dos argumentos utilizados. 
(EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de ideia e de 
diálogo com a tese do outro: concordo, discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na 
perspectiva aqui assumida etc. 
Resposta: Resposta pessoal. Espera-se que os alunos utilizem operadores argumentativos que 
marcam a defesa ou a refutação da ideia e apresentem pelo menos um argumento para justificar 
sua resposta. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em se posicionar diante de uma ideia e 
utilizar operadores argumentativos para marcar a sua defesa ou refutação. Verifique se eles são 
capazes de indicar se concordam, discordam ou concordam parcialmente com a ideia. Eles 
também devem apresentar pelo menos um argumento, justificando a resposta, utilizando a 
sustentação ou a refutação, principalmente. Se possível, realizar esse tipo de comparação com 
outros textos jornalísticos argumentativos, a fim de que os alunos se tornem perspicazes para 
perceber os movimentos argumentativos utilizados em textos jornalísticos. 
QUESTÃO 3 
Habilidade trabalhada: (EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e 
propositivos, os movimentos argumentativos utilizados (sustentação, refutação e negociação), 
avaliando a força dos argumentos utilizados. 
Resposta: O trecho que apresenta o argumento de refutação é: “Mas essa afirmação, apesar da 
boa intenção, não toca num ponto muito mais abrangente: a tecnologia é um meio que possibilita 
esses direitos, e não um direito em si.”. O efeito produzido pelo seu uso é contestar e refutar a 
ideia de que a tecnologia não deve ser pensada como um direito humano, conforme indicado no 
parágrafo anterior, no trecho: “tribunais e parlamentos em países como França e Estônia 
declararam o acesso à internet um direito humano.”. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Orientações: A questãoavalia a habilidade dos alunos em identificar algumas estratégias 
argumentativas como a refutação. Verifique se eles são capazes de indicar qual o argumento 
apresentado anteriormente ao trecho para mostrar de que modo a refutação de dá. Também é 
importante que eles identifiquem os recursos e elementos utilizados que propiciam ao trecho a 
refutação. 
QUESTÃO 4 
(EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como ironia, 
eufemismo, antítese, aliteração, assonância, dentre outras. 
Resposta: Espera-se que os alunos compreendam que o cavalo está sendo usado no sentido 
conotativo no trecho em destaque, pois ele faz referência a objetos que adquirimos e que depois se 
tornam obsoletos. O autor ironiza, relacionando a tecnologia atual à tecnologia que o cavalo já foi. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em perceber efeitos de sentido 
decorrentes do uso de figuras de linguagem. Eles poderão apresentar alguma dificuldade em 
identificar a ironia no assunto, pois a notícia apresenta diversos dados. Comente que o fato foi 
destacado no título porque, um dia antes do encerramento da campanha, menos da metade dos 
estados brasileiros tinham atingido a média de vacinação. Essa habilidade pode ser mais bem 
desenvolvida ao serem propostas a leitura e a análise de notícias e reportagens diversas, nas 
quais os alunos devem identificar o fato central, sintetizando-o em poucas palavras. 
QUESTÃO 5 
Habilidade: (EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e 
implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor, 
comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), posicionando-se frente à questão controversa 
de forma sustentada. 
Resposta: Alternativa d. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em identificar o posicionamento autoral 
em um texto argumentativo lido. Verifique se eles são capazes de identifica-lo por meio da leitura 
e da compreensão de texto. Espera-se que identifiquem com facilidade e relacionem o trecho à 
alternativa. Caso tenham dificuldade, retome o trecho lido, ressaltando os recursos utilizados para 
explicitar esse posicionamento. 
QUESTÃO 6 
Habilidade trabalhada: (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de 
amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras 
orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como 
romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infantojuvenil, – 
contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, 
contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária 
escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala 
expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto 
pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, 
ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para 
produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou 
sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, 
paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a 
entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como 
eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação 
de compartilhamento em questão. 
Resposta: Alternativa c. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em ler o poema e interpretá-lo de modo a 
compreender a ideia contida nos versos do poeta. Espera-se que eles indiquem que o poema fala 
de amor não correspondido, dos descompassos entre desejos, paixões e outras relações 
amorosas, além de apresentar os destinos frustrados dos personagens. Caso tenham dificuldade, 
ajude-os a perceber a temática da felicidade e do amor, da relação entre o que se espera dos 
relacionamentos e da convenção social em relação ao casamento. 
QUESTÃO 7 
Habilidade trabalhada: (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e 
de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de 
estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a 
autoria e o contexto social e histórico de sua produção. 
Resposta: Espera-se que os alunos indiquem que o tema tratado no poema apresenta as 
frustrações e infelicidades do amor, por meio de um tom crítico e irônico, sobretudo pelo fato de 
a única personagem que “não amava ninguém” ser a única com um destino matrimonial. Espera-
se, ainda, que eles apontem o fato de que, embora Lili tenha ficado com J. Pinto Fernandes, a 
forma como o poeta coloca sugere que se trata de uma mera convenção social. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em inferir valores sociais, culturais e 
humanos a partir da leitura do poema. No caso, verifique se eles são capazes de discutir temas, 
como convenções sociais. Eles devem ser capazes de refletir sobre a relação entre amor e 
casamento do ponto de vista crítico, a partir da leitura do poema. Observe se eles consideram os 
valores sociais, culturais e humanos que estão associados à convenção, comparando-os com os 
casamentos de antigamente, com as relações de amor representadas nos textos literários etc. 
QUESTÃO 8 
Habilidade trabalhada: (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de 
recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de 
linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e 
sua relação com o texto verbal. 
Resposta: Alternativa a. 
Orientações: A questão avalia a habilidade dos alunos em interpretar e identificar os efeitos de 
sentido produzidos pelo uso de recursos semânticos e gráfico-espaciais, que apresentam dois 
movimentos que constituem o poema. Leia-o em voz alta, de modo que os alunos identifiquem 
que os três primeiros versos são um movimento, indicando quem ama quem e os quatro últimos 
versos são outros, pois indicam os seus respectivos destinos. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
QUESTÃO 9 
Habilidade trabalhada: (EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem 
como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, dentre outras. 
Resposta: A ironia está na relação entre os versos “que não amava ninguém”, quando o poeta se 
refere à Lili e “Lili casou com J. Pinto Fernandes”. 
Orientações: Esta questão avalia a habilidade em identificar a crítica presente no poema por 
meio da ironia. Espera-se que, após ler o poema, eles sejam capazes de relacionar os 
acontecimentos, identificando a crítica feita às personagens, nas quais a única que não amava 
ninguém, diferentemente dos outros que tiveram um destino solitário ou trágico, casou-se. 
QUESTÃO 10 
Habilidade trabalhada: (EF89LP37) Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem 
como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, dentre outras. 
Resposta: Repetição. Espera-se que os alunos indiquem que se trata de um recurso estilístico de 
repetição. O emprego do relativo “que” é importante na integração da forma, do ritmo e do 
conteúdo do poema. 
Orientações: Esta questão avalia a habilidade dos alunos em analisar os efeitos de sentido no uso 
de figuras de linguagem. Espera-se que eles identifiquem a repetição enquanto recurso estilístico. 
Verifique se eles sãocapazes de distinguir a repetição do polissíndeto, pois a repetição do “que” 
reitera qualquer palavra e não apenas a conjunção coordenativa. 
 
FICHA DE ACOMPANHAMENTO BIMESTRAL 
A Ficha de Acompanhamento Bimestral1 é um instrumento que tem como objetivos subsidiar o 
trabalho docente e verificar a apropriação dos conhecimentos dos alunos em relação aos 
aspectos das habilidades trabalhadas no bimestre. Ela pode ser utilizada em reuniões do conselho 
de classe e no atendimento aos familiares e responsáveis pelos alunos, além de auxiliar nas 
aferições da aprendizagem nos registros de observações diárias e nas avaliações. Utilize as 
referências a seguir para anotar o desempenho individual de cada aluno e, se necessário, anote 
na coluna “Observações” o que pode contribuir para o aprimoramento e à apreensão dos 
conhecimentos. 
Legenda de desempenho: 
ND = Não desenvolvido 
D = Desenvolvido 
PD = Pouco desenvolvido 
NO = Não observado 
 
1 Os indicadores de aprendizagem foram elaborados a partir das habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para Língua 
Portuguesa. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
NOME DO ALUNO: 
PRÁTICAS DE 
LINGUAGEM 
INDICADORES DE APRENDIZAGEM DESEMPENHO OBSERVAÇÕES 
LE
IT
U
RA
 
Lê, de forma autônoma, e compreende – selecionando 
procedimentos e estratégias de leitura adequados a 
diferentes objetivos, levando em conta características dos 
gêneros e suportes. 
 
Analisa, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas 
de composição próprias de cada gênero. 
 
Analisa os efeitos de sentido decorrentes do uso de 
mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, 
retomadas). 
 
Lê textos literários de forma autônoma e compreende-os 
selecionando procedimentos, estratégias de leitura 
adequados aos diferentes objetivos e leva em conta 
características dos gêneros e suportes. 
 
Participa de práticas de compartilhamento de 
leitura/recepção de obra literária/manifestações artísticas. 
 
Compara conteúdos, dados e informações de diferentes 
fontes, levando em conta seus contextos de produção e 
referências 
 
Seleciona informações e dados relevantes de fontes diversas, 
avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes. 
 
Infere a presença de valores sociais, culturais e humanos e de 
diferentes visões de mundo em texto literário. 
 
PR
O
D
U
ÇÃ
O
 
D
E 
TE
XT
O
S 
Produz textos de diferentes gêneros, considerando sua 
adequação ao contexto produção e circulação. 
 
Produz resenhas com manejo adequado das vozes 
envolvidas. 
 
Escreve textos corretamente, de acordo com a norma-
padrão, com estruturas sintáticas complexas no nível da 
oração e do período. 
 
O
RA
LI
D
A
D
E 
Tece considerações e formula problematizações pertinentes, 
em momentos oportunos, em situações de aulas, 
apresentação oral, seminário etc. 
 
Toma nota em diferentes práticas orais. 
Engaja-se e contribui com a busca de conclusões comuns 
relativas a diferentes questões sociais. 
 
Lê em voz alta textos literários diversos – como contos de 
amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, 
humorísticas, críticas, etc. 
 
Posiciona-se de forma consistente e sustentada em 
diferentes situações orais. 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
 
Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
A
N
Á
LI
SE
 
LI
N
G
U
ÍS
TI
CA
/ 
SE
M
IÓ
TI
CA
 
Utiliza, nos debates, operadores argumentativos que marcam 
a defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: concordo, 
discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na 
perspectiva aqui assumida etc. 
 
Compara o uso de regência verbal e regência nominal na 
norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial 
oral. 
 
Analisa, em gêneros orais que envolvam argumentação, os 
efeitos de sentido de elementos típicos da modalidade 
falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade e 
expressão facial, as hesitações etc. 
 
Analisa, em textos argumentativos e propositivos, os 
movimentos argumentativos de sustentação, refutação e 
negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo 
dos argumentos utilizados. 
 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral 
Apresentação 
Prezado professor, 
 
Este Plano de Desenvolvimento explicita os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados durante 
o 9º ano do Ensino Fundamental, apresentando subsídios e sugerindo práticas de sala de aula que contribuam com 
o trabalho a ser realizado. 
Uma aprendizagem eficaz da Língua Portuguesa que contemple as práticas de linguagem, relaciona as informações 
explicitadas a diferentes práticas didático-pedagógicas. Além das propostas, o material apresenta sugestões de 
atividades, indica fontes de pesquisa, orienta a gestão do tempo em sala de aula e propõe o acompanhamento das 
aprendizagens. 
O Plano de Desenvolvimento está ordenado nas seguintes partes: 
I. Objetos de conhecimentos e habilidades 
A primeira parte apresenta os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados no bimestre que deverão ser 
tomados como metas para o ensino e a aprendizagem, possibilitando aos alunos a apropriação dos conhecimentos 
de Leitura, Produção de texto, Oralidade e Análise linguística/semiótica. As informações que compõem o quadro 
estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando à organização, à facilidade de uso e 
ao cumprimento das metas de aprendizagem. 
Os objetos de conhecimentos e as habilidades são um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens 
essenciais. Por isso, o trabalho deve ser contínuo. Vale destacar que as habilidades apresentam um arranjo possível 
e os agrupamentos propostos não devem ser tomados como um modelo obrigatório, mas uma proposta para 
facilitar a compreensão dos conjuntos e inter-relacionamento possíveis, enfatizando articulações entre campos, 
objetos de conhecimento e habilidades. 
Por fim, ao final do quadro, são apresentadas algumas habilidades essenciais para dar continuidade aos estudos. 
II. Propostas de atividades 
Na segunda parte, são indicadas propostas de atividades, organizadas por práticas de linguagem (Leitura, Produção 
de texto, Oralidade e Análise Linguística/Semiótica), recorrentes em sala de aula e que podem favorecer o trabalho 
com as habilidades. Também são apresentados as sequências didáticas e o projeto integrador bimestrais, com o 
objetivo auxiliar a organização e o planejamento para a realização dessas práticas didático-pedagógicas. 
III. Gestão da sala de aula 
Na terceira parte, o foco é a gestão do tempo em sala de aula e dos recursos que possibilitam um melhor 
gerenciamento do trabalho docente. As orientações são concernentes ao ambiente, às formas de apresentação, à 
organização das situações e do tempo. 
IV. Acompanhamento das aprendizagens 
A quarta parte aborda avaliações e instrumentos de aferição que podem contribuir para avaliar o desempenho dos 
alunos. 
V. Fontes de pesquisa 
A quinta e última parte inclui indicações e outras fontes de pesquisa, como sites, vídeos, filmes, revistas e artigos 
para serem usados em sala de aula. 
As propostas e os subsídios apresentados neste Plano de Desenvolvimento são orientações de caráter aberto e 
podem, portanto, ser adaptados de acordo com a realidade escolar e das práticas da sala de aula, com o propósito 
de promover uma aprendizagem significativa dos alunos. 
 
Bom trabalho! 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
3º BIMESTRE 
HABILIDADES E CONTEÚDOS 
Este Plano de Desenvolvimento orienta a trabalhar com os seguintes objetos de conhecimento e 
habilidades para o 3º bimestre do 9º ano: 
PRÁTICAS DELINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES* CONTEÚDOS 
Leitura 
Apreciação e réplica | Relação entre gêneros e 
mídias (EF69LP02) 
• Leitura de imagem: 
charge 
• Leitura de artigo de 
opinião 
• Características do gênero 
artigo de opinião 
• Leitura de estatuto 
• Leitura de entrevista 
• Leitura de infográfico 
• Leitura de reportagem 
• Leitura de carta aberta 
• Características do gênero 
carta aberta 
• Leitura de tirinha 
• Leitura de texto 
informativo 
• Leitura de crônica lírica 
• Características do gênero 
crônica 
• Leitura de ensaio literário 
(fragmento) 
• Características do gênero 
ensaio 
• Leitura de cartaz de 
campanha 
• Leitura de notícia 
Estratégia de leitura: apreender os sentidos 
globais do texto (EF69LP03) 
Efeitos de sentido (EF69LP04) (EF89LP06) 
Apreciação e réplica (EF69LP21) (EF69LP31) 
Relação entre textos (EF69LP30) (EF89LP32) 
Estratégias e procedimentos de leitura | Relação 
do verbal com outras semioses | Procedimentos 
e gêneros de apoio à compreensão 
(EF69LP32) 
(EF69LP33) 
(EF69LP34) 
Reconstrução das condições de produção, 
circulação e recepção | Apreciação e réplica 
(EF69LP44) 
(EF69LP45) 
(EF69LP46) 
Reconstrução da textualidade e compreensão dos 
efeitos de sentidos provocados pelos usos de 
recursos linguísticos e multissemióticos 
(EF69LP47) 
Adesão às práticas de leitura (EF69LP49) 
Estratégia de leitura: apreender os sentidos 
globais do texto | Apreciação e réplica (EF89LP04) 
Efeitos de sentido | Exploração da multissemiose (EF89LP07) 
Contexto de produção, circulação e recepção de 
textos e práticas relacionadas à defesa de direitos 
e à participação social 
(EF89LP18) 
Relação entre contexto de produção e 
características composicionais e estilísticas dos 
gêneros |Apreciação e réplica 
(EF89LP19) 
Estratégias e procedimentos de leitura em textos 
reivindicatórios ou propositivos (EF89LP20) 
Curadoria de informação (EF89LP24) 
Estratégias de leitura | Apreciação e réplica (EF89LP33) 
 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Produção de 
textos 
Textualização de textos argumentativos e 
apreciativos (EF09LP03) 
• Produção de artigo de 
opinião 
• Produção de crônica 
Textualização (EF69LP07) 
Revisão/edição de texto informativo e opinativo (EF69LP08) 
Planejamento de textos de peças publicitárias de 
campanhas sociais (EF69LP09) 
Estratégias de escrita: textualização, revisão e 
edição 
(EF69LP36) 
(EF89LP25) 
Consideração das condições de produção| 
Estratégias de produção: planejamento, 
textualização e revisão/edição 
(EF69LP51) 
Estratégia de produção: planejamento de textos 
argumentativos e apreciativos (EF89LP10) 
Estratégias de produção: planejamento, 
textualização, revisão e edição de textos 
publicitários 
(EF89LP11) 
Construção da textualidade (EF89LP35) 
Oralidade 
Produção de textos jornalísticos orais (EF69LP11) 
• Apresentação oral 
• Júri simulado 
Planejamento e produção de textos jornalísticos 
orais (EF69LP12) 
Participação em discussões orais de temas 
controversos de interesse da turma e/ou de 
relevância social 
(EF69LP13) 
(EF69LP14) 
(EF69LP15) 
Discussão oral (EF69LP25) 
Registro (EF69LP26) 
Estratégias de produção: planejamento e 
produção de apresentações orais (EF69LP38) 
Escuta | Apreender o sentido geral dos textos | 
Apreciação e réplica | Produção/Proposta (EF89LP22) 
Conversação espontânea (EF89LP27) 
Procedimentos de apoio à compreensão | 
Tomada de nota (EF89LP28) 
Análise 
Linguística/ 
Semiótica 
Fono-ortografia (EF09LP04) • Período composto por 
coordenação (revisão) 
• Período composto por 
subordinação (revisão) 
• Oração subordinada 
adverbial 
• Pontuação da oração 
subordinada adverbial 
• Oração subordinada 
adjetiva 
• Pontuação: vírgula em 
orações adjetivas 
Morfossintaxe (EF09LP08) 
Elementos notacionais da escrita/morfossintaxe (EF09LP09) 
Construção composicional (EF69LP16) 
Estilo (EF69LP17) (EF89LP15) 
Efeito de sentido (EF69LP19) 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Análise de textos legais/normativos, propositivos 
e reivindicatórios (EF69LP27) 
 
Modalização (EF69LP28) 
Construção composicional e estilo | Gêneros de 
divulgação científica (EF69LP42) 
Marcas linguísticas | Intertextualidade (EF69LP43) 
Variação linguística (EF69LP56) 
Argumentação: movimentos argumentativos, 
tipos de argumento e força argumentativa (EF89LP14) 
Movimentos argumentativos e força dos 
argumentos (EF89LP23) 
Textualização | Progressão temática (EF89LP29) 
* As descrições das habilidades podem ser conferidas ao final do plano. 
HABILIDADES ESSENCIAIS 
O trabalho com as habilidades a seguir é essencial para dar continuidade aos estudos dos alunos: 
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), 
avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, 
as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas 
ou gráficos. 
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em 
textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, 
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. 
(EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração 
do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e 
seus efeitos de sentido. 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, 
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, 
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa 
(como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e 
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. 
(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e 
circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou 
oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse 
contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando 
estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com 
a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo 
cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando 
imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, 
ordenamentos etc. 
(EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, 
leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema ou questão a ser 
discutido(a), da relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações 
sobre a questão, de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição – o que 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização 
esquemática das informações e argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar 
para convencer os leitores. 
(EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição,reescrita/redesign (esses 
três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua 
adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, 
progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais como 
modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como 
postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc. 
(EF89LP27) Tecer considerações e formular problematizações pertinentes, em momentos oportunos, em 
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc. 
(EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas 
complexas no nível da oração e do período. 
(EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções 
conjuntivas) coordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam. 
(EF09LP09) Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas restritivas e explicativas em um período 
composto. 
(EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e 
articuladores textuais). 
 
PROPOSTAS DE ATIVIDADES 
Para que as habilidades descritas sejam trabalhadas, é importante que algumas práticas pedagógicas sejam 
recorrentes em sala de aula, fazendo parte do planejamento diário, semanal ou quinzenal do professor. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem LEITURA 
Leitura em voz alta 
Promover a leitura em voz alta colaborativa com os alunos, preparando-os para essas atividades, com a 
escolha adequada do texto e a realização do objetivo proposto. 
• A escolha prévia e adequada do suporte para a leitura do texto (projeção; computador, internet, 
laboratório de informática, papel e tipo papel) – tudo isso contribui para o sucesso da leitura. 
• A leitura do texto deve ser planejada e incentivar a participação dos alunos. 
• Atividades após a leitura devem ser programadas pelos professores para que sejam significativas, 
cumprindo diferentes propósitos, como apreciar e incentivar a busca de informações, para aprender 
coisas novas etc., considerando estratégias diferenciadas para a prática. 
Leitura colaborativa 
Como o objetivo não é apenas formar leitores, mas leitores fluentes, uma maneira de contribuir é planejar 
atividades de leitura colaborativa. Por meio desta, pode ser proposta a leitura de textos mais densos ou 
extensos, como poemas ou romances. A leitura colaborativa, como o próprio nome diz, aposta na 
colaboração, na interação com o outro para que, com a mediação do professor, os alunos avancem em seus 
conhecimentos. 
Para planejar esse tipo de atividade, em primeiro lugar o professor precisa ter bons conhecimentos prévios 
sobre o texto ou, se possível, lê-lo anteriormente. Deve também pesquisar com antecedência informações 
sobre o autor e sobre sua obra, além do contexto sócio-histórico em que o texto foi produzido. 
Para realizar a leitura colaborativa, o ideal é que cada um tenha o seu exemplar do texto – livro, conto, 
poema etc. Nos dias marcados para a realização da leitura, todos devem acompanhá-la e podem (devem) 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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contribuir com a leitura em voz alta e na elaboração de comentários, desde que sejam feitos de forma 
organizada. Todos podem colaborar para que, ao longo da leitura, o grupo faça reflexões conjuntas e vá 
formulando conclusões sobre o texto, em um processo contínuo de interpretação e compreensão. 
Leitura de texto jornalístico 
Trabalhar textos jornalísticos a partir da identificação de adjetivos e seus efeitos de sentido para produzir 
parcialidade, neutralidade ou imparcialidade no texto. Tente construir com os alunos uma leitura em que se 
note, pela presença dessa classe morfológica, a intencionalidade comunicativa visando a atingir o público-
leitor. 
Grifar as partes principais do texto e produzir marginálias 
Sempre que possível, é interessante imprimir os textos – principalmente os disponíveis na internet – para 
que os alunos grifem as partes principais e produzam marginálias (notas, escritos e comentários pessoais ou 
editorais feitos na margem de um livro), conforme prevê a habilidade (EF69LP34). Essa estratégia de leitura 
tem o objetivo de auxiliá-los a organizar o pensamento, a criar estratégias próprias para estabelecer relações 
entre as informações fornecidas e a compreender o texto. 
Leitura de narrativas gráfico-visuais 
Gênero marcado pela relação entre as linguagens verbal e não verbal, as histórias em quadrinhos costumam 
ser boas estratégias para desenvolver a leitura verbo-visual dos alunos. É possível trabalhar as características 
do gênero, as personagens, onde e como são expostas, os diferentes tipos de balões para representar as 
falas. Podem-se explorar os elementos tanto da linguagem escrita como da visual, por meio dos desenhos e 
das expressões faciais, além dos próprios elementos estilísticos, como as onomatopeias e os recursos 
gráficos, símbolos e sinais que criam sensações e movimentos nos desenhos. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem PRODUÇÃO DE TEXTOS 
Desenvolvimento em etapas para a escrita 
O trabalho com produções textuais será conduzido em quatro etapas: 
• Planejamento: propostas de planejamentos, indagando sobre a escrita, sobre a retomada de leituras 
e verificando a estrutura do texto, o público-alvo etc. 
• Reflexão e discussão: promover reflexões para desenvolver um olhar crítico sobre os textos. 
• Releitura: mapear as incoerências, ideias soltas, desvios da norma padrão, ajustes de pontuação, 
ortografia. 
• Reescrita: correções coletivas, com sugestões de melhorias do texto. 
• Edição: editar e trabalhar o texto, ilustrando-o, por exemplo. 
• Avaliação: verificar como foi o processo de escrita. 
Todas as etapas anteriormente descritas são importantes, mas a etapa de planejamento é fundamental, pois 
dela depende o bom andamento da produção e o atingimento do produto final (o texto) de forma 
satisfatória. 
Escrita colaborativa 
Os alunos podem criar histórias coletivas, inéditas ou baseadas em histórias já existentes (neste último caso, 
poderão ser chamadas de fanfics, ao usar personagens de histórias conhecidas). Para viabilizar esse trabalho, 
é necessário organizar os alunos para que produzam o texto coletivo em uma ferramenta de edição de texto 
on-line, na qual seja possível vários usuários interagirem ao mesmo tempo. 
Anúncio para internet 
A propaganda virtual ou propaganda da Web como atividade permite aos estudantes desenvolver a escrita 
além de possibilitar a retomada das características do anúncio, linguagem de persuasão, imagens, humor, 
criatividade, verbos no modo imperativo, entre outros. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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Escrita de texto jornalístico e seus efeitos de sentido para a parcialidade e imparcialidade 
Trabalhar textos jornalísticos a partir da identificação de adjetivos e seus efeitos de sentido para produzir 
parcialidade, neutralidade ou imparcialidade no texto. Tente construir com os alunos uma produção em que se 
note, pela presença dessa classe morfológica, a intencionalidade comunicativa visando a atingir o público-leitor. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem ORALIDADE 
Rodas de conversa 
Com a finalidade de trocar informações, discutir e planejar atividades, relatar experiências, as rodas de 
conversa devem ser uma atividade constante entre as atividades previstas no planejamento. Em uma roda 
de conversa, é possível sondar os conhecimentos prévios que os alunos têm sobre determinado tema e/ou 
gênero a ser estudado, de modo que se tenham condições de prever mais alguns subsídios teórico-práticos 
ou de suprimir algunsrecursos previstos, ajustando seu planejamento às necessidades didáticas dos alunos. 
Apresentação de trabalhos com suporte de recursos multimídias 
Os alunos serão ensinados quanto aos procedimentos formais, ao trabalho com a linguagem, à postura em 
uma apresentação ao público. Considerando: 
• Seleção e escolha do tema a ser trabalhado. 
• Compreensão do assunto abordado. 
• Pesquisas em diferentes fontes e meios para aprender mais e melhor sobre o objeto estudado. 
• Planejamento a apresentação. 
• Produção do roteiro para a apresentação. 
• Realização da apresentação utilizando com destreza diversas ferramentas do meio digital. 
Filmar os textos produzidos oralmente e, depois, assisti-los para avaliar o desempenho 
Gravar as apresentações orais é uma maneira de possibilitar aos alunos revisitarem os textos produzidos. 
Vendo-se por meio da tela, eles têm condições de perceber ajustes que precisam ser feitos para as próximas 
apresentações. Por exemplo: tom e volume de voz, ritmo, timbre, hesitações, postura, expressões faciais e 
corporais etc. 
Atividades relacionadas à prática de linguagem ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA 
Consulta ao dicionário 
Incentivar e orientar os alunos a utilizar o dicionário para localizar palavras cujo teor desconheçam, 
ampliando seu conhecimento ortográfico e vocabular da língua. 
Estrutura da argumentação 
Identificar, em textos lidos, estratégias de argumentatividade e modalização. O objetivo é desenvolver a 
percepção dessas estratégias, mesmo que não sejam evidentes ou mesmo que o autor do texto assuma uma 
postura de imparcialidade. Isso pode ser feito analisando e comparando textos diversos, principalmente 
notícias e reportagens que versem sobre o mesmo assunto. Com essas práticas, os alunos aos poucos vão 
desenvolvendo uma perspicácia para perceber determinadas estratégias, a fim de usá-las ou evitá-las 
(conforme o objetivo) em textos de produção própria. 
Lambe-lambes de dicas sobre gramática e ortografia 
Lambe-lambes são pequenos cartazes que são colados pela cidade, espalhando determinada mensagem. É 
uma arte de rua, assemelhada ao grafite, porém é feita em papel e geralmente traz uma mensagem escrita. 
A ideia para esta atividade seria aproveitar esse conceito e elaborar cartazes desse tipo com dicas de 
gramática e ortografia, espalhando-os pela escola. Para produzi-los, os alunos precisarão pesquisar algumas 
dificuldades frequentes, tanto da turma como dos demais. 
Detectados quais serão os assuntos dos lambe-lambes, os alunos podem elaborá-los, utilizando papel A4 ou 
A3 e tipologia e/ou caligrafia especial. Para isso, eles poderão também fazer pesquisas de técnicas de 
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elaboração de lambe-lambes. Depois de prontos, os cartazes poderão ser espalhados pela sala de aula. Para 
os casos em que não há regularidade ortográfica, não há muito a fazer a não ser memorizar a grafia de 
determinadas palavras. Além de promover a leitura de textos diversos, a fim de oportunizar o contato com 
palavras ortograficamente corretas, é possível propor aos alunos que elaborem cartazes com algumas 
palavras e/ou regras que considerarem necessárias, para que sejam facilmente consultadas. 
Consulta às publicações dos gêneros em estudo 
É importante que os alunos tenham como hábito a verificação da variedade linguística adequada a cada 
gênero lido ou produzido. Nessa análise, eles podem averiguar os recursos linguísticos que se prestam a 
cada finalidade. Por exemplo: pontuação expressiva, uso de abreviações, regionalismos, pronomes de 
tratamento, figuras de linguagem, marcas de oralidade etc. Entretanto, a análise só é possível se os alunos 
tiverem acesso a textos autênticos dos gêneros em estudo no bimestre. Disponibilize livros, jornais, revistas e 
outros recursos impressos e digitais para que os alunos tenham acesso aos respectivos gêneros. 
Além das propostas de atividades, o Plano de Desenvolvimento apresenta outras práticas didático-
pedagógicas, que têm como objetivo incentivar diferentes práticas e metodologias em sala de aula. São elas: 
PROJETO INTEGRADOR 
Nome: Campanha contra a desigualdade 
Habilidades de Língua Portuguesa a serem desenvolvidas no projeto: 
Produção de textos: Planejamento de textos de peças publicitárias de campanhas sociais 
(EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para 
a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do 
público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para 
internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será 
utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc. 
Produção de textos: Estratégias de produção: planejamento, textualização, revisão e edição de textos 
publicitários 
(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso articulado e 
complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de 
jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa 
significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão 
produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas. 
Leitura: Estratégias e procedimentos de leitura 
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), 
avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, 
as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas 
ou gráficos. 
O projeto integrador tem como objetivo: 
Criar uma campanha contra a desigualdade, integrando os componentes de Língua Portuguesa, Geografia e 
História. Nesse contexto, os alunos terão um papel ativo em todas as etapas do processo, desde a 
idealização e o planejamento ao desenvolvimento do projeto e a criação do produto final. Eles devem 
considerar a realidade escolar, de modo a discutir sobre as diversidades identitárias presentes e com o 
objetivo de combater o preconceito e a violência nesse espaço. 
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SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS 
3º BIMESTRE 
SEQUÊNCIAS 
PRÁTICA DE 
LINGUAGEM 
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO 
HABILIDADES OBSERVAÇÕES 
Sequência 7: 
Leitura e análise 
de textos 
argumentativos 
Leitura: 
• Estratégia de leitura: 
apreender os sentidos 
globais do texto | 
Apreciação e réplica. 
Análise 
linguística/semiótica: 
• Argumentação: 
movimentos 
argumentativos, tipos 
de argumento e força 
argumentativa. 
(EF89LP04) Identificar e avaliar 
teses/opiniões/posicionamentos 
explícitos e implícitos, argumentos e 
contra-argumentos em textos 
argumentativos do campo (carta de 
leitor, comentário, artigo de opinião, 
resenha crítica etc.), posicionando-se 
frente à questão controversa de forma 
sustentada. 
(EF89LP14) Analisar, em textos 
argumentativos e propositivos, os 
movimentos argumentativos de 
sustentação, refutação e negociação e os 
tipos de argumentos, avaliando a 
força/tipo dos argumentos utilizados. 
A sequência didática tem 
como objetivo a prática 
de leitura e análise de 
textos argumentativos, de 
modo que os alunos 
identifiquem o 
posicionamento presente 
no texto e os argumentos. 
Sequência 8: 
Relatório 
multimidiático 
de campo 
Leitura: 
• Estratégias e 
procedimentos de 
leitura | Relação do 
verbal com outras 
semioses | 
Procedimentos e 
gêneros de apoio à 
compreensão. 
Oralidade: 
• Estratégias de 
produção: 
planejamento e 
produção de 
apresentações orais. 
 
(EF69LP33) Articular o verbal com os 
esquemas, infográficos,imagens 
variadas etc. na (re)construção dos 
sentidos dos textos de divulgação 
científica e retextualizar do discursivo 
para o esquemático – infográfico, 
esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – 
e, ao contrário, transformar o conteúdo 
das tabelas, esquemas, infográficos, 
ilustrações etc. em texto discursivo, 
como forma de ampliar as 
possibilidades de compreensão desses 
textos e analisar as características das 
multissemioses e dos gêneros em 
questão. 
(EF69LP38) Organizar os dados e 
informações pesquisados em painéis ou 
slides de apresentação, levando em 
conta o contexto de produção, o tempo 
disponível, as características do gênero 
apresentação oral, a multissemiose, as 
mídias e tecnologias que serão 
utilizadas, ensaiar a apresentação, 
considerando também elementos 
paralinguísticos e cinésicos e proceder à 
exposição oral de resultados de estudos 
e pesquisas, no tempo determinado, a 
partir do planejamento e da definição de 
diferentes formas de uso da fala – 
memorizada, com apoio da leitura ou 
fala espontânea. 
A sequência didática 
propõe pesquisas de 
textos multimodais de 
divulgação científica para 
compor relatórios 
multimidiáticos de 
divulgação científica, 
como painéis e, por fim, 
propiciar a exposição oral 
de resultados de pesquisa 
sobre tema de 
importância social como, 
violência contra a mulher. 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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Sequência 9: 
Leitura e análise 
de petições 
on-line 
Leitura: 
• Relação entre contexto 
de produção e 
características 
composicionais e 
estilísticas dos gêneros 
Apreciação e réplica. 
(EF89LP19) Analisar, a partir do contexto 
de produção, a forma de organização 
das cartas abertas, abaixo-assinados e 
petições on-line (identificação dos 
signatários, explicitação da reivindicação 
feita, acompanhada ou não de uma 
breve apresentação da problemática 
e/ou de justificativas que visam 
sustentar a reivindicação) e a 
proposição, discussão e aprovação de 
propostas políticas ou de soluções para 
problemas de interesse público, 
apresentadas ou lidas nos canais digitais 
de participação, identificando suas 
marcas linguísticas, como forma de 
possibilitar a escrita ou subscrição 
consciente de abaixo-assinados e textos 
dessa natureza e poder se posicionar de 
forma crítica e fundamentada frente às 
propostas. 
A sequência didática tem 
como objetivo propiciar 
aos alunos o contato com 
plataformas de petições 
on-line, de modo que 
possam ler e analisar 
esses textos, verificando 
sua forma de 
organização, quais as 
reivindicações, os 
principais meios e canais 
e quais as contribuições 
para as resoluções 
políticas. 
PRÁTICA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 
Ao longo do 9º ano, as propostas de ensino-aprendizagem para os alunos têm o professor como mediador e 
oferecem possibilidade de trabalho individual, em duplas, em grupos e de modo coletivo. 
Sugerimos, a seguir, algumas atividades habituais, permanentes e situações didático-pedagógicas que devem 
ser recorrentes ao longo desse 3º bimestre: 
• Diagnóstico do conhecimento prévio. 
• Leitura e escrita de textos em diferentes gêneros. 
• Elaboração de diversos gêneros de texto. 
• Argumentação de situações de diferentes pontos de vista. 
• Intertextualidade. 
• Estudos dos elementos linguísticos relacionados à norma padrão. 
• Estudo de variedades linguísticas e/ou semiótica apropriadas ao contexto. 
• Atividades textuais de elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação. 
• Edição de imagens e arquivos sonoros. 
• Uso de recursos visuais, semânticos e sonoros. 
• Estudo das relações entre imagem e texto verbal. 
• Ler textos literários diversos. 
• Participar de júri simulado. 
• Produzir artigo de opinião e crônica. 
• Trabalhar pontuação e outros recursos gráfico-editoriais. 
• Identificar conjunções coordenadas e subordinadas. 
 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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GESTÃO DA SALA DE AULA 
A atividade diagnóstica no início de cada ano letivo permite identificar o nível e traçar um perfil inicial dos 
alunos. Além disso, como o sucesso da aula depende da interação entre todos, é necessário antecipar-se e 
preparar-se para os imprevistos. Para isso, o gerenciamento exige planejamento. Para aprimorar sua gestão 
da sala de aula, é importante identificar e antecipar algumas ações: 
• Quando os alunos não compreendem as orientações: circular pela sala e observar como eles estão 
realizando as atividades, interferindo e retomando o que foi orientado, caso necessário. 
• Quando os alunos acham que uma regra obrigatória é negociável: embora os combinados sejam um 
meio eficiente e democrático de gestão, nem toda regra é flexível, por exemplo, os horários das aulas. 
Deixe claro para eles quais as regras existem, por que elas existem e por que não são negociáveis. Chame 
a atenção para o fato de haver consequências quando uma regra é quebrada. 
• Quando os alunos interagem: verificar se os alunos só interagem quando têm certeza ou se não 
interagem. Incentive a apresentação de respostas, apresentação de dúvidas e o erro. Quando eles estão 
em grupo, verifique se todos participam e colaboram, incentivando as participações. 
• Quando é possível antecipar problemas: preparar algumas intervenções que podem ser colocadas pelos 
alunos ou mesmo para incentivá-los a participar, seja por falta ou excesso de interesse; planejar 
intervenções pode contribuir para que eles se sintam incentivados individual e coletivamente a avançar 
no que está sendo trabalhando. Prepare diferentes intervenções de acordo com os diferentes níveis de 
conhecimento dos alunos. 
• Quando há alunos com deficiência na sala de aula: providenciar recursos e materiais adaptados e 
trabalhar em parceria com o responsável pela turma. Também é possível desenvolver formas variadas de 
ensino e tornar os colegas pessoas colaborativas e inclusivas, a partir da escuta das necessidades desses 
alunos com deficiência. 
• Quando os grupos não funcionam: há diferentes tipos de agrupamentos, tanto por necessidades de 
aprendizagem por habilidades socioemocionais, por uma combinação entre esses dois aspectos etc. O 
agrupamento deve ser eficaz para a aprendizagem e deve ser repensado à medida que é identificado 
algum problema de funcionamento. O trabalho em duplas, trios, grupos e coletivamente deve ser 
incentivado e ensinado mesmo entre colegas que não estão, socialmente, bem. Mas também deve haver 
momento em que eles possam escolher livremente seus parceiros para que possam se identificar com 
seus círculos sociais. Verificar em quais situações eles são mais produtivos. 
• Quando há inadequações em sala de aula: os alunos devem ser orientados a respeitar e valorizar as 
opiniões dos colegas. Embora muitos docentes tenham como objetivo primeiro minimizar os problemas 
de indisciplina, mais do que excluir o aluno causador do problema, é importante conversar tanto 
individual como coletivamente, dependendo da situação. O aluno inadequado não deve ser advertido 
frente aos colegas, mas as inadequações devem ser colocadas em discussões, sobretudo aquelas 
carregadas de injúrias e preconceitos de gênero, étnico-raciais, religiosos etc. 
Além dessas possibilidades de antecipação, há gerenciamento das propostas de atividades e práticas 
didático-pedagógica que devem constar no planejamento. Antecipe possíveis problemas e/ou dificuldades 
que possam ser apresentados. Por exemplo, se estava planejado uma dinâmica envolvendo alguma 
sequência didática, mas aconteceu algum imprevisto naquele momento, como a falta de material para todos, 
o professor deve resolver a situação preparando alternativas, como reorganizar os alunos em grupos para 
que o material disponível seja suficiente. 
Também é importante ter a possibilidade de apresentar planos diferenciados para situações adversas em 
sala de aula. Se planejou projetar um vídeo, mas houvefalha no equipamento, reveja o sequenciamento 
didático sempre que houver mudanças em relação às atividades programadas. Por exemplo, um filme 
requer estratégia diferente da história narrada. Nesses processos, é importante planejar quais as habilidades 
serão trabalhadas nos encaminhamentos didáticos possíveis a partir delas. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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Estar atento ao público-alvo e conhecer suas especificidades vai ajudá-lo a rever e reconhecer problemas e 
apresentar soluções. Diversificar as estratégias, como trocar momentos de conversa em roda por trabalhos 
em grupo apresentados por desenhos e/ou outras produções; por dinâmicas de grupo, júris simulados; 
brincadeiras de detetive em busca de pistas sobre determinado assunto. Tudo isso são mecanismos que 
ajudam a conduzir a prática. É importante ter flexibilidade e atenção às situações cotidianas, com foco no 
objetivo do trabalho, considerando as situações dentro do contexto didático devem ser atitudes recorrentes 
na prática do professor. 
 
ACOMPANHAMENTO CONSTANTE DAS APRENDIZAGENS 
A avaliação é prática inerente ao ato pedagógico e requer cuidados permanentes. O docente deve conhecer 
diversos instrumentos para analisar o desempenho dos alunos, as aprendizagens recorrentes durante o 
bimestre. Para mensurar esse aprendizado, observar as performances e verificar a apreensão de 
conhecimentos, é necessário adaptar as formas de análise, verificando qual é a mais adequada. Flexibilize a 
avaliação, levando em conta os diferentes critérios e instrumentos: 
Alguns CRITÉRIOS 
• Replanejar e cotejar o resultado da avaliação com o currículo e os objetivos de aprendizagem a partir de 
conclusões; eleger conteúdos, objetivos e estratégias que sanem as fragilidades perceptíveis em avaliação 
formativa. 
• Execução do plano, com decisões que concretizem os resultados esperados. Acompanhando o 
desempenho do aluno, pode-se criar novas estratégias para impulsionar seus estudos. Nesse ínterim, 
novas avaliações podem ser feitas, considerando o ato de avaliar como um movimento implícito ao ato de 
ensinar. 
• Avaliação de desempenho dos alunos é diagnóstica e, ao mesmo tempo, formativa, constante e contínua, 
devendo ocorrer dentro do processo educativo, com capacidade de gerar de modo eficaz informações 
sobre as etapas de estudo. Esse processo deve ser um norte ao trabalho didático-pedagógico do 
professor. 
• Fazer uso de instrumentos para medir o nível de desempenho, a capacidade de síntese, a compreensão 
de determinado assunto e o posicionamento ético do aluno diante de pontos de vistas diferentes. 
Questões abertas, objetivas e subjetivas, debates regrados, provas dissertativas, seminários etc. São 
recursos valiosos nesse percurso. 
• Estimular a autoavaliação contribui para o desenvolvimento de senso crítico e autonomia. Nos processos 
avaliativos, dificuldades podem aparecer, mas devem ser tomadas como oportunidades para novas 
estratégias. Se um aluno não participa dos momentos de determinada atividade, é interessante 
perguntar-se: “O que pode o ser feito para que ele se torne presente e se sinta confortável?”. Outros 
modos de se expressar podem ser oferecidos a ele. Mudar a estratégia sem perder o foco vale para 
qualquer aprendizagem e os resultados podem ser surpreendentes. 
Alguns INSTRUMENTOS 
Prova objetiva: Perguntas diretas, para avaliar se os alunos aprenderam conteúdos específicos. 
Prova dissertativa: Perguntas que exigem que os alunos estabeleçam relações, resumam, analisem e 
expliquem conteúdos. 
Trabalhos em grupos: Atividades que podem ser oral, escrita etc., que têm como objetivo e avaliar de 
conhecimentos construídos e apreendidos de forma colaborativa. 
Seminário: Exposição oral que exige que os alunos utilizem a fala e materiais de apoio, possibilitando que os 
conhecimentos da linguagem verbal oral e as produções multissemióticas sejam verificadas. 
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Relatório: Texto produzido depois de atividades e práticas que verifiquem a capacidade dos alunos de síntese 
e de apresentação de uma atividade realizada. Autoavaliação: Análise oral ou escrita que os alunos devem 
realizar sobre o próprio aprendizado e/ou sobre a produção. 
 
FONTES DE PESQUISA 
INDICAÇÕES DE FONTES PARA O PROFESSOR 
DIVERSA 
Plataforma sobre educação inclusiva na prática que conta com o apoio de uma comunidade formada por 
cerca de cinco mil integrantes em todo o Brasil. Essa iniciativa e o objetivo do Instituto Rodrigo Mendes 
permitem aos professores compartilharem conhecimentos e experiências sobre educação inclusiva. 
Disponível em: <http://diversa.org.br>. Acesso em: 30 set. 2018. 
ESCOLA DIGITAL 
Plataforma que reúne recursos digitais de aprendizagem e classifica os conteúdos de acordo com diferentes 
critérios. Também possui uma área para os professores compartilharem suas experiências em sala de aula. 
Disponível em: <https://rede.escoladigital.org.br/conte-sua-historia>. Acesso em: 30 set. 2018. 
INSTITUTO EDUCADIGITAL (IED) 
Organização sem fins lucrativos que é referência mundial em projetos inovadores de uso pedagógico de 
tecnologias digitais, dentro e fora das escolas. Oferece movimento de educação aberta, design thinking para 
educadores, formação e facilitação pedagógica, além de mentoria. 
Disponível em: <http://www.educadigital.org.br/>. Acesso em: 30 set. 2018. 
PLATAFORMA MEC 
A Plataforma MEC de Recursos Educacionais Digitais é o portal que reúne e disponibiliza, em um único lugar, 
os Recursos Educacionais Digitais dos principais portais do Brasil. Disponível em: <https://bit.ly/2ObRuex>. 
Acesso em: 30 set. 2018. 
PORVIR 
Iniciativa de comunicação e mobilização social que mapeia, produz, difunde e compartilha referências sobre 
inovações educacionais para inspirar melhorias na qualidade da educação brasileira e incentivar a mídia e a 
sociedade a compreender e demandar inovações educacionais. 
Disponível em: <http://porvir.org>. Acesso em: 30 set. 2018. 
INDICAÇÕES DE FONTES PARA OS ALUNOS 
ORAÇÃO COORDENADA 
Plataforma interativa dedicada ao estudo das orações coordenadas. Disponível em: <https://bit.ly/2RjDl1h>. 
Acesso em: 30 set. 2018. 
CONEXÃO LUSOFONA 
Plataforma criada e desenvolvida por jovens, que tem como base uma intervenção construtiva, democrática 
e eficiente, promovendo um sentimento de pertencença e identificação com a Lusofonia. Disponível em: 
<http://www.conexaolusofona.org>. Acesso em: 30 set. 2018. 
 
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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 
2007. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 
GOMES, M. F. C.; MONTEIRO, S. M. A aprendizagem e o ensino da linguagem escrita. Belo Horizonte: 
Ceale/FaE/UFMG, 2005. v. 2. 
HIPOLIDE, Marcia. Contextualizar é reconhecer o significado do conhecimento científico. São Paulo: 
Phorte Editora, 2012. 
LEAL, T. F.; GOIS, S. (Org.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2014. (Coleção Língua Portuguesa na escola). 
LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
MARCUSCHI, Luiz A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. 
MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa. São Paulo: Livraria da Física, 2012. 
PERRENOUD, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Saberes e competências em uma 
profissão complexa. Porto Alegre: Artmed Editora 2001. 
ROJO, R. H. R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 
ROJO, R.; MOURA, E. (Org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola,2012. 
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (Orgs.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de 
Letras, 2004. (Coleção As faces da linguística aplicada). 
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. 
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. 
 
HABILIDADES DA BNCC 
(EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e 
propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em 
campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos 
objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, 
como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses 
gêneros. 
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em 
reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas 
os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses 
subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. 
(EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários, 
relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos 
utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar 
práticas de consumo conscientes. 
(EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração 
do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e 
seus efeitos de sentido. 
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(EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de 
participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, 
intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma 
problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de 
produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos. 
(EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, 
“dito de outro modo”, isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições, 
sintetizando o conteúdo dos textos. 
(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, 
levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, 
complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, 
compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão. 
(EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade 
(referências, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses textos literários e outras 
manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, 
estilos, autores etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-
minuto, vidding, dentre outros. 
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), 
avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, 
as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas 
ou gráficos. 
(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. na (re)construção dos 
sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, 
esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, 
infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão 
desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão. 
(EF69LP34) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura, produzir marginálias 
(ou tomar notas em outro suporte), sínteses organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro comparativo, 
esquema, resumo ou resenha do texto lido (com ou sem comentário/análise), mapa conceitual, dependendo 
do que for mais adequado, como forma de possibilitar uma maior compreensão do texto, a sistematização 
de conteúdos e informações e um posicionamento frente aos textos, se esse for o caso. 
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em 
textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, 
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. 
(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, 
programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., 
para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, 
CD's, DVD's etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que 
apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for 
o caso. 
(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações 
artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, 
de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais 
de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, 
quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo 
comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas 
juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, 
fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras 
possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. 
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(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada 
gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical 
típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido 
decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades 
linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e 
percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do 
foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos 
cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e 
indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do 
uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. 
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções 
culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, querepresentem um 
desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas 
marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo 
professor. 
(EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-
argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha 
crítica etc.), posicionando-se frente à questão controversa de forma sustentada. 
(EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em várias mídias, os efeitos de sentido 
devidos ao tratamento e à composição dos elementos nas imagens em movimento, à performance, à 
montagem feita (ritmo, duração e sincronização entre as linguagens – complementaridades, interferências 
etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e efeitos sonoros. 
(EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis na escola (conselho de escola, 
outros colegiados, grêmio livre), na comunidade (associações, coletivos, movimentos, etc.), no munícipio ou 
no país, incluindo formas de participação digital, como canais e plataformas de participação (como portal e-
cidadania), serviços, portais e ferramentas de acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de 
leis, canais de educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses canais, de 
forma a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a engajar-se com a busca de soluções 
para problemas ou questões que envolvam a vida da escola e da comunidade. 
(EF89LP19) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas abertas, abaixo-
assinados e petições on-line (identificação dos signatários, explicitação da reivindicação feita, acompanhada 
ou não de uma breve apresentação da problemática e/ou de justificativas que visam sustentar a 
reivindicação) e a proposição, discussão e aprovação de propostas políticas ou de soluções para problemas 
de interesse público, apresentadas ou lidas nos canais digitais de participação, identificando suas marcas 
linguísticas, como forma de possibilitar a escrita ou subscrição consciente de abaixo-assinados e textos dessa 
natureza e poder se posicionar de forma crítica e fundamentada frente às propostas. 
(EF89LP20) Comparar propostas políticas e de solução de problemas, identificando o que se pretende 
fazer/implementar, por que (motivações, justificativas), para que (objetivos, benefícios e consequências 
esperados), como (ações e passos), quando etc. e a forma de avaliar a eficácia da proposta/solução, 
contrastando dados e informações de diferentes fontes, identificando coincidências, complementaridades e 
contradições, de forma a poder compreender e posicionar-se criticamente sobre os dados e informações 
usados em fundamentação de propostas e analisar a coerência entre os elementos, de forma a tomar 
decisões fundamentadas. 
(EF89LP24) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis. 
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura 
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, 
contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, 
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa 
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(como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e 
estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. 
(EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição 
diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando 
diferentes tipos de argumentos – de autoridade, comprovação, exemplificação princípio etc. 
(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e 
circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou 
oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse 
contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando 
estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com 
a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo 
cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando 
imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, 
ordenamentos etc. 
(EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros 
–, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, 
aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das 
ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta. 
(EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para 
a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do 
público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para 
internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será 
utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc. 
(EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e 
resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, 
infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de 
campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de 
suas construções composicionais e estilos. 
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, 
tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as 
configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as 
finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário. 
(EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, 
leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema ou questão a ser 
discutido(a), da relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações 
sobre a questão, de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição – o que 
pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização 
esquemática das informações e argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar 
para convencer os leitores. 
(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso articulado e 
complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de 
jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa 
significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão 
produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas. 
(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas pormeio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias 
colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc. 
(EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura 
e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
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constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de 
produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa. 
(EF69LP11) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de interações polêmicas 
em entrevistas, discussões e debates (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se 
posicionar frente a eles. 
(EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign (esses 
três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua 
adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, 
progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais como 
modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como 
postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc. 
(EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou 
questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social. 
(EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/questão 
polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e 
buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los 
com a turma. 
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na 
participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos. 
(EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de 
colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de 
opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus 
posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. 
(EF69LP26) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de propostas, reuniões, como 
forma de documentar o evento e apoiar a própria fala (que pode se dar no momento do evento ou 
posteriormente, quando, por exemplo, for necessária a retomada dos assuntos tratados em outros 
contextos públicos, como diante dos representados). 
(EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando 
em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a 
multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também 
elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no 
tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – 
memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea. 
(EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou 
apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está 
sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a 
interesses coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar. 
(EF89LP27) Tecer considerações e formular problematizações pertinentes, em momentos oportunos, em 
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc. 
(EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações multimídias, vídeos de divulgação 
científica, documentários e afins, identificando, em função dos objetivos, informações principais para apoio 
ao estudo e realizando, quando necessário, uma síntese final que destaque e reorganize os pontos ou 
conceitos centrais e suas relações e que, em alguns casos, seja acompanhada de reflexões pessoais, que 
podem conter dúvidas, questionamentos, considerações etc. 
(EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas 
complexas no nível da oração e do período. 
(EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções 
conjuntivas) coordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam. 
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(EF09LP09) Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas restritivas e explicativas em um período 
composto. 
(EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e 
articuladores textuais). 
(EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais 
como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, 
que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do 
argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de 
argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura 
pergunta e resposta etc. 
(EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, 
os aspectos relativos ao tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas 
lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos, 
reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por 
exemplo, as formas de pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as 
formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos 
diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a 
ocultação de fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos 
linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens). 
(EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de sentido de elementos 
típicos da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade e expressão facial, as 
hesitações etc. 
(EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/jurídicos e a 
gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos (posicionamento quanto a diferentes 
ações a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.), propaganda política (propostas e sua sustentação, 
posicionamento quanto a temas em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição 
(proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar a 
compreensão de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados 
e/ou fundamentados quando isso for requerido. 
(EF69LP28) Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos jurídicos, as modalidades 
deônticas, que se referem ao eixo da conduta (obrigatoriedade/permissibilidade) como, por exemplo: 
Proibição: “Não se deve fumar em recintos fechados.”; Obrigatoriedade: “A vida tem que valer a pena.”; 
Possibilidade: “É permitido a entrada de menores acompanhados de adultos responsáveis”, e os mecanismosde modalização adequados aos textos políticos e propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor 
exprime um juízo de valor (positivo ou negativo) acerca do que enuncia. Por exemplo: “Que belo discurso!”, 
“Discordo das escolhas de Antônio.” “Felizmente, o buraco ainda não causou acidentes mais graves.” 
(EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros relacionados à 
divulgação de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas 
de conceitos, relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, 
diagramas, figuras, tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações, 
enumerações, exemplificações e remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes 
ou links; ou título, contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, 
intercalação de trechos verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc. e reconhecer traços da linguagem 
dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das estratégias de impessoalização da linguagem 
(ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e 
vídeos de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário 
técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos 
nesses gêneros. 
 LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
(EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto – citação literal e sua 
formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos 
outros autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte, penso/amos que”...) e os 
elementos de normatização (tais como as regras de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de 
organização de referências bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como 
a intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos. 
(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em situações de fala e 
escrita nas quais ela deve ser usada. 
(EF89LP14) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos argumentativos de 
sustentação, refutação e negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos 
utilizados. 
(EF89LP15 Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de ideia e de diálogo com 
a tese do outro: concordo, discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na perspectiva aqui 
assumida etc. 
(EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos, os movimentos 
argumentativos utilizados (sustentação, refutação e negociação), avaliando a força dos argumentos 
utilizados. 
(EF89LP29) Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas (“que, 
cujo, onde”, pronomes do caso reto e oblíquos, pronomes demonstrativos, nomes correferentes etc.), 
catáforas (remetendo para adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores textuais, de coesivos 
etc., e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos de divulgação do 
conhecimento. 
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Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
3° Bimestre – Projeto Integrador 
Campanha contra a desigualdade 
INTRODUÇÃO 
Neste projeto, que integra os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Geografia e História, os 
alunos poderão exercer o protagonismo em diversas ações e etapas necessárias para atingir o objetivo final, 
que é a criação de uma campanha contra a desigualdade. Nesse contexto, os alunos terão um papel ativo em 
todas as etapas do processo, desde a idealização e o planejamento ao desenvolvimento do projeto e a 
criação do produto final. Eles devem considerar a realidade escolar, de modo a discutir sobre as diversidades 
identitárias presentes e com o objetivo de combater o preconceito e a violência nesse espaço. 
COMPONENTES CURRICULARES INTEGRADORES 
Língua Portuguesa, Geografia e História. 
JUSTIFICATIVA 
Considerando que a sociedade é complexa e heterogênea, é necessário promover a reflexão e a discussão 
sobre desigualdade, identificando o conceito de minorias étnicas, compreendendo a pluralidade cultural e 
defendendo a diversidade de modo a combater o preconceito e a violência nos espaços de convívio. Trata-se 
abordar a diversidade cultural, étnica, regional, social, individual e coletiva conforme parecer CNE/CEB nº 
11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/2010 23, tendo como apoio as Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Básica. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Ler e produzir textos de modo a contemplar uma diversidade de gêneros do campo publicitário (cartaz, 
banner, folheto, panfleto, anúncio impresso, spot, propaganda de rádio, TV etc.). 
• Compreender como se dá o conteúdo temático desses textos e suas construções composicionais. 
• Identificar, analisar e compreender os meios de circulação de textos publicitários. 
• Planejar uma campanha publicitária a favor da diversidade e contra a desigualdade. 
• Identificar minorias identitárias e multiplicidade cultural. 
• Compreender as diversidades identitárias e seus significados históricos no início do século XXI. 
• Promover ações contra o preconceito e a violência às minorias étnicas. 
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 
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2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, 
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para 
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar 
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e 
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável 
em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo 
contemporâneo. 
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, 
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, 
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
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LINGUAGENS 
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) 
em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas 
possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma 
sociedade mais justa, democrática e inclusiva. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos 
diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas 
possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive 
escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social. 
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em 
diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e 
criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e 
sentimentos, e continuar aprendendo. 
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e 
nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos 
discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. 
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas 
digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e 
produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentesprojetos autorais. 
CIÊNCIAS HUMANAS 
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o 
respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. 
GEOGRAFIA 
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender 
ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o 
respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza. 
HISTÓRIA 
4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e 
povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com 
base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
• Produção de textos: Planejamento de textos de peças publicitárias de campanhas 
sociais 
(EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, 
causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de 
material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser 
produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, 
propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que 
será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão 
utilizadas etc. 
• Produção de textos: Estratégias de produção: planejamento, textualização, 
revisão e edição de textos publicitários 
(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso 
articulado e complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, 
folheto, panfleto, anúncio de jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, 
a partir da escolha da questão/problema/causa significativa para a escola e/ou a 
comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão produzidas, das 
estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas. 
• Leitura: Estratégias e procedimentos de leitura 
(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, 
digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, 
esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) 
com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos. 
GEOGRAFIA 
• O sujeito e seu lugar no mundo 
(EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como 
forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o 
princípio do respeito às diferenças. 
HISTÓRIA 
• A história recente: As pautas dos povos indígenas no século XXI e suas formas de 
inserção no debate local, regional, nacional e internacional 
(EF09HI36) Identificar e discutir as diversidades identitárias e seus significados históricos 
no início do século XXI, combatendo qualquer forma de preconceito e violência. 
 
DURAÇÃO 
Este projeto foi planejado para ser desenvolvido no período de um bimestre, mas as propostas didáticas são 
flexíveis, permitindo ao professor adequar o uso do projeto ao seu tempo didático. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Computadores com acesso à internet. 
• Equipamento para filmagem. 
• Software de edição de vídeo. 
• Aparelho de som. 
 
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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 
Temas contemporâneos 
Pluralidade Cultural: respeitar as diversas culturas que constituem a sociedade brasileira, promovendo o 
contato dos alunos com diferentes grupos nos planos social e cultural, e a valorização desses grupos, 
superando sua discriminação. Dessa forma, o aluno passa a ter mais proximidade com a diversidade 
etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro. 
Ética: refletir sobre as condutas humanas, posicionando-se de forma valorativa diante de questões de 
preocupações coletivas, e promover um trabalho inspirado pelos valores de igualdade e equidade. A ética 
traz a proposta de que a escola possibilita o desenvolvimento da autonomia moral e dá condições para a 
reflexão ética. 
Habilidades socioemocionais 
O projeto deve ser executado por grupos de alunos, o que contribui para que estes desenvolvam o respeito 
ao outro e aprendam a ter responsabilidade, a se comunicar com clareza e coerência e a colaborar com os 
colegas. Desse modo, os alunos são incentivados a desmistificar discursos simbólicos de desigualdade, 
contribuindo para o combate ao preconceito e à violência. O projeto promove, portanto, o respeito e a 
responsabilidade pela luta por uma sociedade mais justa e democrática. A proposta também permite 
planejar e tomar decisões, resolver situações-problema, investigar e compreender soluções-problema, por 
meio do planejamento, do pensamento crítico e da criatividade. 
Perfil do professor 
Este projeto de Língua Portuguesa tem como objetivo desenvolver uma proposta interdisciplinar com 
História e Geografia. Converse com o professor desses componentes curriculares e organizem um 
cronograma, definindo as tarefas que cada docente vai desempenhar. O professor de História poderá 
contribuir com as discussões sobre as diversidades identitárias e seus significados históricos no início do 
século XXI, com foco em ações contra o preconceito e a violência. O professor de Geografia pode contribuir 
para a compreensão da multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às 
diferenças, e, ao mesmo tempo, auxiliar na identificação de minorias étnicas no espaço escolar. 
Diferentes percursos 
O percurso sugerido inicia-se com a reflexão sobre o que são as minorias étnicas e a respeito do conceito de 
diversidade. Os alunos deverão buscar informações sobre o tema em fontes confiáveis e em diferentes 
meios de comunicação. Em relação ao uso de dispositivos tecnológicos para gravações, reproduções e para a 
criação da revista digital, caso a escola não possua esses recursos, podem ser utilizados equipamentos de 
outros espaços, por exemplo, de instituições, sobretudo culturais, que possam disponibilizá-los aos alunos. 
 
 
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DESENVOLVIMENTO 
Questão desafiadora: Como podemos contribuir para diminuir a desigualdade nos espaços de convívio 
como a escola, combatendo o preconceito e a violência contra as minorias? 
ETAPA 1 – As minorias e o respeito à diferença 
Duração: 2 aulas 
Inicie apresentando o projeto aos alunos. Esclareça que a proposta integra os componentes curriculares de 
Geografia, História e Língua Portuguesa. Indique os objetivos específicos de cada disciplina. Apresente a 
proposta de desenvolvimento de uma campanha contra a desigualdade e em prol da defesa das minorias 
étnicas presentes nos espaços escolares. 
Com o professor de Geografia, organize uma roda de conversa para verificar os conhecimentos dos alunos 
sobre o conceito de minorias étnicas. Amplie a discussão, associando a essas minorias diferentes manifestações 
culturais. O objetivo da discussão coletiva é compreender a multiplicidade cultural na escala mundial e, em 
seguida, a presença dessa multiplicidade no local onde vivem e, consequentemente, dentro da escola. 
Em outro momento, para dar continuidade à discussão, proponha aos alunos que se organizem em grupos e, 
posteriormente, oriente-os a pesquisar sobre o assunto das minorias étnicas no Brasil em fontes e sites 
confiáveis. Peça aos grupos que tomem nota de questões que envolvam as diferentes minorias presentes e 
identificadas, sobretudo, no espaço escolar, verificando se está de acordo com o conceito discutido em roda 
de conversa. 
Na sequência, convide os grupos a apresentar as informações e os dados pesquisados: suas lutas, suas 
situações em relação ao emprego,violência, combate ao preconceito etc. Verifique se eles abrem espaço 
para dar voz às minorias, ou seja, que além de estabelecer um diálogo entre os diferentes grupos étnicos, 
compreendam o que é lugar de fala, permitindo que integrantes que pertencem a essas minorias falem 
sobre os significados e os contextos apresentados. 
Ao final das apresentações, proponha as intervenções e retomadas necessárias para a sistematização da 
importância de se planejar uma campanha contra a desigualdade, tendo como respaldo os estudos e as 
pesquisas dos grupos. Finalize sugerindo a eles que busquem mais informações sobre o tema para que, na 
próxima etapa, iniciem o projeto de planejamento da campanha. 
ETAPA 2 – A multiplicidade étnico-cultural brasileira 
Duração: 2 aulas 
Inicie a atividade retomando as informações e os dados coletados pelos grupos sobre as minorias étnicas 
presentes no contexto do Brasil. 
Aprofunde a discussão sobre as diversidades identitárias. Peça a eles que retomem seus conhecimentos 
sobre identidade brasileira. É interessante, nesse momento, valorizar expressões locais, como fandango ou 
pesca de arrasto, mas, também, ampliar a ideia de identidade, verificando o conhecimento dos alunos e 
refletindo sobre as influências de povos nativos, de povos trazidos para cá e de grupos que ocuparam o 
território brasileiro ao longo da nossa história. 
Com o auxílio do professor de História, discuta sobre as identidades do povo brasileiro, que teve início, 
principalmente, na miscigenação entre europeus que ocuparam o território, africanos trazidos à força para 
servirem de mão de obra escravizada e diversas nações indígenas que já viviam aqui. Os primeiros europeus 
foram os portugueses, que colonizaram o Brasil no século XVI. 
Desde essa época, outros povos europeus também vieram para cá e grandes levas de africanos escravizados 
começaram a ser desembarcadas. Outros povos continuaram chegando, mas só por volta de 1870 é que 
diferentes grupos étnicos europeus migraram em massa para o Brasil, trazendo seus costumes e suas 
características biológicas. Entre esses povos estavam italianos, holandeses, alemães e muitos outros em 
busca de uma vida de melhor qualidade. Lembre-os de outros imigrantes, como os sírios, libaneses e 
japoneses, além de destacar as atuais imigrações, de haitianos, angolanos, bolivianos e venezuelanos. 
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Proponha aos alunos que retomem a discussão a respeito das diversidades identitárias, tendo em vista os 
aspectos históricos, sociais, políticos, culturais e econômicos da formação diacrônica do Brasil. Lembre-os 
das discussões sobre as influências dos diferentes povos e peça a eles que associem essa multiplicidade 
étnica à multiplicidade cultural, refletindo e discutindo a respeito. É importante que os alunos também se 
identifiquem, étnica e culturalmente, com essas identidades. 
Após a identificação e a discussão sobre diversidades identitárias, relacione os conhecimentos discutidos 
nesta etapa com a etapa anterior, verificando que há minorias étnicas que lutam para combater o 
preconceito e a violência que as têm acompanhado historicamente. Em seguida, proponha uma discussão 
necessária para a criação e o planejamento da campanha contra a desigualdade. Os alunos devem discutir 
sobre os seguintes pontos: 
 
• Identificar as minorias étnicas e relacioná-las às questões discriminatórias, discutindo em que 
aspectos há desigualdade política, social e/ou econômica em relação à maioria. 
• Identificar as minorias étnicas presentes na escola e verificar de que modo pode-se contribuir para o 
combate ao preconceito e à violência nos espaços escolares. 
• Identificar quais os valores socioculturais dessas minorias étnicas, verificando se eles são respeitados, 
bem como se os direitos são garantidos. 
 
A partir do que for pesquisado, identificado e discutido, mediar uma reflexão coletiva. Para finalizar, 
proponha a leitura em voz alta, coletiva e colaborativa do texto: 
 
• CAVALCANTE, I. Pelo menos sete em cada dez jovens conhecem alguém que já sofreu racismo, diz 
pesquisa. In: O POVO Online. 3 de outubro de 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2QlrWRm>. Acesso 
em: 30 set. 2018. 
 
A próxima etapa será o momento de criação e planejamento da campanha. Antecipe aos alunos as principais 
informações, como: tema (contra a desigualdade), qual será o público (comunidade escolar), como será 
veiculada (mídias impressas e digitais). Aproveite o momento para sistematizar os conhecimentos até o 
momento e orientá-los para o diálogo, o respeito à diferença e à diversidade e o pleno respeito aos direitos 
humanos, que são pontos que devem nortear a campanha. 
ETAPA 3 – Criação e planejamento da campanha 
Duração: 2 aulas 
Inicie retomando o intuito da campanha. Promova uma discussão oral para que os alunos opinem sobre as 
principais questões que podem ser alvo da campanha, de acordo com os aspectos que eles identificaram nas 
etapas anteriores. Verifique se, durante a conversação espontânea, eles são capazes de tecer considerações 
e de formular problematizações pertinentes sobre o tema indicado. 
Antes da elaboração das peças publicitárias da campanha, apresente aos alunos alguns anúncios de 
campanhas de conscientização já realizados, a fim de que eles se inspirem para a criação do próprio 
material. 
Em seguida, organize-os em grupos para a elaboração das peças. Lembre-os de quais deverão ser os 
suportes de veiculação da campanha – por exemplo: cartazes, fôlderes, folhetos, banners, cartilhas etc. – e 
dos elementos que as peças devem apresentar: título, slogan, logomarca, corpo do texto e imagens. 
Retome os elementos composicionais para a produção dos textos: 
• Uso do imperativo. 
• Criação de slogans, formados por uma frase, repetida com frequência. 
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• Produção de ilustrações e animações. 
• Escolha das cores e dos elementos concretos. 
• Uso de recursos de linguagem, como: intertextualidade, personificação, pronomes de tratamento da 
segunda pessoa, vocativo, imperativo. 
Organize com os grupos o processo de revisão e reescrita/redesign dos textos, a fim de garantir a qualidade e 
a assertividade do material produzido. Lembre-os de incluir nas peças a identificação da escola, da turma e 
do ano. No caso de terem sido produzidos fôlderes e folhetos, por exemplo, verificar a possibilidade de 
reproduzi-los em maior quantidade, para viabilizar a distribuição para um número maior de pessoas. 
Como continuidade do projeto, oriente os alunos a produzir um vídeo de divulgação da campanha. Nesse 
caso, eles poderão usar a criatividade e elaborar um roteiro, o qual servirá de guia para a gravação do 
material. Permita que eles se auto-organizem para essa proposta, auxiliando e intervindo quando necessário 
e/ou for requisitado pelos alunos. Oriente-os para que o vídeo tenha curta duração e, ao mesmo tempo, 
chame a atenção da comunidade para a campanha produzida. 
 
SOCIALIZANDO A PRODUÇÃO 
Em conjunto com os alunos, elabore uma exposição para a comunidade escolar. Para tanto, os alunos devem 
planejar o evento de lançamento da campanha e dividir funções. Deve-se prever, também, a publicação do 
vídeo nos canais de comunicação da escola – por exemplo, no site institucional. 
Em seguida, os alunos deverão distribuir o material produzido. 
• Fixar os cartazes em locais estratégicos. Isso poderá ser feito dentro e fora da escola – nesse último 
caso, poderão pedir autorização aos comerciantes da região. É importante que esses deslocamentos 
e visitas externas sejam feitas em grupos e tenham o acompanhamento de um adulto responsável. 
• Deixar fôlderes e folhetos em estabelecimentos comerciais (também com a ressalva de estarem 
acompanhados de um responsável). 
• Entregar materiais nos horários de entrada e saída da escola. 
• Verificar a possibilidadede publicar uma nota sobre a campanha no jornal do bairro ou outro veículo 
de comunicação que alcance a comunidade local. 
 
AVALIAÇÃO 
É imprescindível avaliar constantemente a atuação dos alunos, individualmente e em grupos, para o bom 
andamento do projeto. Realize os ajustes necessários para que o planejamento da campanha, as metas e os 
prazos estabelecidos para produzi-la sejam cumpridos, assim como se mantenha constante o engajamento e 
o comprometimento dos alunos em todas as etapas do projeto. 
Avalie sua própria atuação docente, a fim de que suas ações sejam efetivas no sentido de mediar o 
conhecimento e fazer intervenções necessárias e oportunas para que os alunos avancem em suas 
aprendizagens. 
Língua Portuguesa 
Avalie o desempenho dos alunos em todas as etapas do projeto, orientando-os individualmente ou nos 
grupos, caso seja necessário redirecione algum procedimento e/ou comportamento. Considere o 
desempenho dos alunos nos processos de pesquisa, nas práticas de leitura e de oralidade, sobretudo, na de 
produção da campanha e das respectivas peças publicitárias. Atente-se para a adequação da linguagem, das 
características dos textos etc. Verifique se houve avanços na escrita. 
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Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Geografia 
Avalie os alunos pelos seus conhecimentos sobre minorias étnicas e multiplicidade cultural na escola 
mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças. Verifique também os conhecimentos dos alunos 
sobre a relação dessas minorias com os espaços sociais e analise a discussão sobre consciência social. 
História 
Avalie a capacidade de discussão dos alunos sobre as diversidades identitárias e seus significados históricos 
no início do século XXI. É igualmente importante verificar a participação dos alunos, seus questionamentos, 
hipóteses, argumentos e proposições em relação ao tema. 
Autoavaliação 
Proponha aos alunos que realizem uma autoavaliação sobre suas atuações durante o projeto, de modo que 
possam identificar como foram suas participações: se atuaram adequadamente de forma individual e se 
contribuíram com o grupo. Eles também devem avaliar se participaram de todas as etapas do projeto e se 
interagiram com as outras equipes, colaborando para: a conclusão do projeto, a criação da campanha, a 
pesquisa sobre desigualdade e minorias e o processo de produção das peças. 
Avaliação Interdisciplinar 
Como avaliação única, solicite aos alunos que produzam um texto individualmente, no qual avaliarão como 
trabalharam no projeto e se tiveram dificuldades para realizá-lo, indicando no que eles podem melhorar. O 
texto pode ter caráter mais aberto, contudo, é importante que apresente aspectos argumentativos. Todos os 
professores podem avaliar os textos dos alunos e depois discutir os resultados. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALMEIDA, J. R.; LUCAS, D. C. O reconhecimento das diferenças identitárias como elemento 
emancipatório: perspectivas da conjuntura brasileira. Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo 
Ângelo - IESA/CNEC, 2016, v. 6, n. 11. Disponível em: <https://bit.ly/2R1n0xL>. Acesso em: 30 set. 2018. 
CAVALCANTE, I. Pelo menos sete em cada dez jovens conhecem alguém que já sofreu racismo, diz pesquisa. 
In: O POVO Online. 3 de outubro de 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2QlrWRm>. Acesso em: 30 set. 2018. 
NOVA ESCOLA. Estudando a linguagem publicitária e conhecendo as estratégias de uma campanha. 
Disponível em: <https://bit.ly/2FAy6sv>. Acesso em: 30 set. 2018. 
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos Humanos. <https://uni.cf/2Aa09sR>. Acesso em: 30 set. 2018. 
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Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
3° Bimestre – Sequência Didática 7 
Leitura e análise de textos argumentativos 
INTRODUÇÃO 
Essa sequência didática tem como objetivo a prática de leitura e análise de textos argumentativos, de modo 
que os alunos possam identificar o posicionamento presente no texto e os argumentos. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Ler textos argumentativos. 
• Identificar as principais características do gênero. 
• Avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos. 
COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
 
 
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
Linguagens 2 Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em 
diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de 
participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e 
inclusiva. 
Língua Portuguesa 1 Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo 
e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários 
e da comunidade a que pertencem. 
Língua Portuguesa 6 Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e 
nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios 
que ferem direitos humanos e ambientais. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIA DE LEITURA: APREENDER OS SENTIDOS GLOBAIS DO TEXTO | 
APRECIAÇÃO E RÉPLICA 
(EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-
argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha 
crítica etc.), posicionando-se frente à questão controversa de forma sustentada. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ARGUMENTAÇÃO: MOVIMENTOS ARGUMENTATIVOS, TIPOS DE 
ARGUMENTO E FORÇA ARGUMENTATIVA 
(EF89LP14) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos argumentativos de 
sustentação, refutação e negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos 
utilizados. 
DURAÇÃO 
4 aulas 
 
COMPETÊNCIA GERAL 2. Pensamento científico, crítico e criativo 
COMPETÊNCIA GERAL 4. Comunicação 
COMPETÊNCIA GERAL 7. Argumentação 
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Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
PREPARAÇÃO 
Nesta sequência didática, os alunos realizarão atividades coletivas e em grupos, portanto, a disposição das 
carteiras na sala de aula vai variar conforme a necessidade. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Texto pré-selecionado. 
• Projetor ou cópias do texto. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
1ª AULA 
Preparação: Atividades coletivas e em grupo para apresentação do gênero e verificação dos conhecimentos 
prévios dos alunos. Organize a sala em meia-lua ou “U” para que todos possam se ver e ouvir. 
Atividade 1: 
Para iniciar, explique aos alunos que eles lerão textos argumentativos e, para isso, começarão fazendo uma 
atividade para ativar o conhecimento e verificar o que eles já sabem sobre o assunto. Algumas sugestões de 
abordagem: 
• O que são textos argumentativos? 
• Vocês já leram algum texto argumentativo? 
• Quais são as características desse tipo de texto? 
• Onde esse tipo de texto é publicado? 
• Indiquem textos com características argumentativas. 
Espera-se que os alunos informem se já tiveram contato com textos argumentativos, onde são publicados, e 
as características básicas desse tipo de texto como: argumentos prós e contras, conclusão. Alguns textos com 
características argumentativas: carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica, ensaio, etc. É 
importante lembrá-los de que a argumentação também pode ser utilizada nos discursos orais, como: 
palestras, debates políticos, propagandas publicitárias, dentre outros. 
Atividade 2: 
Nesta etapa, proponha uma ampliação do conhecimento sobre o assunto. Esclareça que textos 
argumentativos são produzidos a partir de opiniões e argumentos coerentes de quem escreve e valem-se de 
recurso retórico da linguagem utilizado na exposição de ideias ou argumentos com o intuito de persuadir o 
leitor. Peça a eles que deem alguns exemplos do que conhecem, sobretudo em gêneros jornalísticos e 
publicitários.2ª AULA 
Preparação: As atividades coletivas são voltadas para a leitura de um texto argumentativo. Prepare-se para 
a leitura coletiva do texto indicado. Providencie a projeção do texto e/ou cópias para os alunos. 
Atividade 1: 
Inicie apresentando a atividade de leitura de um texto argumentativo. Proponha a leitura do texto: 
• MARETTI, C. Grilagem. WWF-Brasil. Seed Paraná. Disponível em: <https://bit.ly/2Rc13we>. Acesso em: 
30 set. 2018. 
Realize a leitura em voz alta compartilhada e colaborativa. Ao final da leitura, verifique se os alunos têm 
dúvidas sobre o vocabulário do texto. 
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Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
Atividade 2: 
Em seguida, abra espaço para que os alunos possam manifestar suas impressões sobre o texto e 
conhecimentos e dúvidas sobre o tema. Em seguida, questione-os: 
• Por que o responsável pelo texto é um "autor desconhecido"? 
• Qual o tema do texto? 
• O que é WWF? 
• Alguém já tinha ouvido falar na expressão grilagem? 
• Após o contectivo "ou" (5º parágrafo), por que o autor teria utilizado a expressão "ao menos"? 
• Localize um argumento e um contra-argumento. 
Espera-se que os alunos indiquem algumas informações sobre o texto, como: discutir o efeito de veracidade 
do texto, quem é denominado autor desconhecido, pois ninguém assina o texto, o termo grilagem, 
apresentar um argumento e um contra-argumento, como (“No entanto, atualmente, artifícios mais 
sofisticados substituem a ação dos grilos”), indicar que o World Wide Fund for Nature é uma organização não 
governamental internacional que atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental etc. 
3ª AULA 
Preparação: As atividades em grupos são voltadas para a análise do texto argumentativo. Retome o texto 
lido na aula anterior. 
Atividade 1: 
Explique aos alunos que, nesta aula, eles irão reler o texto da aula passada, porém de modo a observar 
algumas características específicas do gênero. Faça uma breve retomada das aulas anteriores e peça a eles 
que indiquem em grupo: 
• A introdução no texto. 
• Os recursos argumentativos utilizados que podem valorizar o texto: comparação, dados históricos, 
dados estatísticos, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos etc. 
• Os recursos utilizados na conclusão: possível solução, uma proposta de intervenção ou uma síntese. 
Espera-se que os grupos sejam capazes de localizar as informações e discutir sobre os argumentos presentes 
no texto, como: na comparação, Assim como na prática com os grilos; dados históricos, Os papéis falsificados 
eram colocados em uma caixa com grilos; causas socioeconômicas ou culturais, A grilagem acontece até hoje 
devido às deficiências encontradas no sistema de controle de terras no Brasil. Na conclusão, espera-se que os 
grupos indiquem que a estratégia é levar o leitor a refletir sobre a situação posta, Nesse contexto, multiplicam-
se as terras de papel e leva-se a uma situação onde as propriedades privadas podem chegar a uma dimensão 
maior do que a própria Amazônia. 
Atividade 2: 
Em seguida, proponha aos grupos que analisem os movimentos argumentativos de sustentação, refutação e 
negociação, avaliando o tipo de argumento utilizado. Peça a eles que retornem ao texto e marquem os 
trechos. Verifique se eles são capazes de identificar algumas das estratégias argumentativas utilizadas. 
Algumas sugestões de abordagem: 
• É possível identificar diferentes vozes no texto? 
• O autor justifica e sustenta sua posição? 
• O autor é um porta-voz? 
• Quais os contra-argumentos dos opositores sobre o assunto? 
Espera-se que os grupos informem que há diferentes vozes no texto, como do autor e do grileiro e, no caso, 
do governo, há a omissão. Eles devem indicar que o autor justifica sua posição por meio da ocupação ilegal 
de terras públicas, que continua fundamentada no esforço para fazer documentos falsos parecerem 
verdadeiros, e que não há articulação e cruzamento de dados entre os órgãos fundiários nos três níveis de 
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Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
governo (federal, estadual e municipal). Verifique se os grupos percebem o autor como porta-voz, 
representando outras vozes quando afirma que há propostas, o que significa que as fraudes são de 
conhecimento público. E, por fim, se identificam os contra-argumentos, como no caso dos artifícios mais 
sofisticados que substituem a ação dos grilos por meio do cruzamento de registros, quando o grileiro tenta 
dar uma aparência legal à fraude. Espera-se que os alunos consigam inferir e contribuir com outras 
informações pertinentes, e que outras sugestões de questionamento possam agregar ao que aqui foi 
proposto. Visto que as possibilidades de leitura não foram exaustivamente esgotadas. 
4ª AULA 
Preparação: As atividades promovem a leitura de outros textos argumentativos, selecionados pelos alunos. 
Organize-os novamente em grupos. 
Atividade 1: 
Informe que esta aula será dedicada à seleção de outros textos argumentativos. Para isso, eles deverão 
pesquisar em jornais e revistas, exemplos de tipos de textos argumentativos: carta do leitor, carta de 
reclamação, resenha crítica, artigo de opinião, ensaio, editorial etc. Eles devem levar em conta alguns 
critérios de escolha do texto: 
• Quem é o autor ? 
• Qual é a posição dele? 
• Onde o texto foi publicado (local, mês, ano, edição)? 
• Quem é o público leitor? 
• Qual é o tema do texto? 
• Qual o desacordo que provocou a questão polêmica? 
Outras questões podem surgir e serem agregadas a essas. Após a seleção do texto argumentativo, eles 
devem identificar as características específicas do gênero selecionado e relizar a leitura em grupo. Oriente-os 
na análise argumentativa realizada de acordo com o que foi feito nas aulas anteriores. 
Atividade 2: 
Após a leitura do texto, os grupos devem apresentar o texto selecionado, indicar o gênero e suas principais 
caracterísitcas, apresentaando a análise realizada. Após a apresentação, os grupos devem elaborar uma 
sistematização sobre textos argumentativos e tipos de argumentos. Essa sistematização deve ser recolhida 
para verificação da apreensão de conhecimentos. 
 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
Listagem dos tipos de argumentos. Com o auxílio dos alunos, elabore cartazes com os diferentes tipos de 
argumentos e exemplos retirados de diferentes textos, como: carta de leitor, comentário, artigo de opinião, 
resenha crítica etc. Esses textos devem ser pesquisados pelos grupos e recortados de jornais e revistas 
impressos. Deixar os cartazes afixados no mural da sala para consulta dos alunos. 
SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM 
A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades propostas nesta 
sequência didática e deve considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Num primeiro 
momento, espera-se que eles sejam capazes de identificar argumentos nos textos lidos e, em um segundo 
momento, analisar a composição dos textos a partir da argumentação. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
QUESTÕES 
• Os alunos foram capazes de ler e analisar textos argumentativos? 
• Eles identificam diferentes tipos de argumentos, compreendendo suas respectivas funções? 
• São capazes de compreender os movimentos argumentativos presentes neste tipo de texto? 
REFERÊNCIAS 
KOCH, I.G.V. Texto, leitura e produção do sentido. In: Um mundo de letras: práticas de leitura e escrita – 
salto para o futuro – Boletim 3. TV Escola/SEED-MEC, 2007. 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
3° Bimestre – Sequência Didática 8 
Relatório multimidiático de campo 
INTRODUÇÃO 
Essa sequência didática propõe pesquisas de textos multimodais de divulgação científica para compor 
relatórios multimidiáticos de divulgação científica, como painéis e, por fim, propiciar a exposição oral de 
resultados depesquisa sobre tema de importância social como, por exemplo, violência contra a mulher. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
• Propor pesquisas de textos multimidiáticos de divulgação científica, tendo como fontes de informação 
esquemas, infográficos etc. 
• Organizar dados e informações pesquisadas na montagem de painéis. 
• Realizar apresentação oral. 
COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 
 
 
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
Linguagens 2 Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em 
diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de 
participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e 
inclusiva. 
Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em 
diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se 
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. 
Língua Portuguesa 6 Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e 
nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios 
que ferem direitos humanos e ambientais. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIAS E PROCEDIMENTOS DE LEITURA | RELAÇÃO DO VERBAL COM 
OUTRAS SEMIOSES 
(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. na (re)construção dos 
sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, 
esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, 
infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão 
desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão. 
OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO: PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO DE 
APRESENTAÇÕES ORAIS 
(EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando 
em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a 
multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também 
elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no 
COMPETÊNCIA GERAL 1. Conhecimento 
COMPETÊNCIA GERAL 2. Pensamento científico, crítico e criativo 
COMPETÊNCIA GERAL 10. Responsabilidade e cidadania 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – 
memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea. 
DURAÇÃO 
4 aulas 
PREPARAÇÃO 
Nesta sequência didática, os alunos realizarão atividades coletivas e em grupos, portanto, a disposição das 
carteiras na sala de aula vai variar conforme a necessidade. 
RECURSOS E MATERIAIS 
• Equipamentos necessários para a projeção de textos. 
• Material necessário para elaboração dos painéis, como revistas, jornais, cola, tesoura etc. 
• Equipamentos para gravação e produção de relatório multimidiático. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
1ª AULA 
Preparação: Atividades coletivas e em grupo para verificação dos conhecimentos prévios dos alunos. 
Organize a sala em meia-lua ou “U” para que todos possam se ver e ouvir. 
Atividade 1: 
Para iniciar, explique aos alunos que eles produzirão painéis com dados e informações pesquisados em 
textos multimodais de divulgação científica sobre o tema “violência contra a mulher”. E, a partir dessa 
pesquisa, eles devem realizar uma apresentação oral para a turma. Para isso, comece fazendo uma atividade 
para ativar o conhecimento e verificar o que eles já sabem sobre textos multimodais de divulgação científica, 
como infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. Algumas sugestões de abordagem: 
• Você já leu um infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc.? 
• Quais características eles têm em comum? 
• Qual a finalidade desses textos? 
• Quais informações compõem esses textos? 
• Onde esses textos são encontrados? 
Espera-se que os alunos informem se já tiveram algum contato com textos multimodais de divulgação 
científica, como infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc., que são compostos por mais de uma 
linguagem (verbal, visual, sonora etc.). Sobre uma perspectiva técnica podem ser localizados em suportes 
impressos ou digitais. É importante que os alunos saibam que os textos multimodais são veicuados em 
diversos suportes (revistas, jornais, dispositivos móveis, computadores, TV, mídias digitais etc.). A finalidade 
desses textos é apresentar dados e informações por meio da multissemiose. Esses textos são encontrados 
em jornais, revistas, livros didáticos, utilizados como ferramentas de comunicação visual, entre outros. 
Atividade 2: 
A partir do que foi discutido coletivamente sobre textos multimodais, questione-os sobre o que seria um 
texto multimidiático. Verifique os conhecimentos dos alunos sobre o que é um relatório, sua estrutura 
composicional etc. Espera-se que eles indiquem que o relatório tem por finalidade expor informações de 
estudos e pesquisas e que, no caso de um relatório multimidiático, é interessante utilizar duas ou mais 
mídias. Peça a eles que indiquem as mídias que podem ser utilizadas para a apresentação de relatórios e os 
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO 
 
 
Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 
 
textos que podem compô-lo, como: uso de audiovisual ou podcast. Os textos a serem utilizados podem ser 
infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. 
2ª AULA 
Preparação: As atividades a serem realizadas em grupos são para pesquisa sobre o tema proposto, seleção 
de textos multimodais e planejamento do painel. 
Atividade 1: 
Para iniciar, proponha aos alunos que realizem uma pesquisa sobre o tema violência contra a mulher. Eles 
devem elaborar questões a partir do estudo e da pesquisa sobre o tema. Os grupos também devem 
selecionar textos multimodais de divulgação científica, como infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração 
etc. sobre violência contra a mulher para compor o relatório sobre o estudo e a pesquisa realizados. 
Informe que a partir das leituras dos textos de divulgação científica, os grupos devem organizar os dados e 
informações pesquisados para montar seus próprios painéis e realizar uma apresentação oral, dando 
enfoque ao tema. Cada grupo deve aprofundar o estudo sobre um aspecto: violência contra a mulher no 
trabalho, no âmbito familiar, em transportes públicos etc. 
Atividade 2: 
Como fechamento dessa etapa, oriente os alunos a planejar o painel que será utilizado na apresentação oral. 
Abra um espaço para que eles possam indicar os textos que utilizarão para compor o painel e ilustrar as suas 
falas. Verifique o que será apresentado oralmente pelos integrantes dos grupos e o que será apresentado 
com auxílio visual. As apresentações devem conter variados textos que abordem o mesmo tema por 
perspectivas diferentes. É muito importante orientá-los para irem armazenando as coletas de informações 
que julgarem importantes, lembrando-os de sempre registrar a fonte de pesquisa. 
3ª AULA 
Preparação: As atividades a serem realizadas em grupo têm como objetivo a elaboração de um relatório 
multimidiático sobre o estudo e a pesquisa realizados para preparar os alunos para a apresentação oral. 
Atividade 1: 
Explique aos alunos que, nesta aula, eles devem elaborar o relatório multimidiático a partir das pesquisas 
que eles fizeram referentes a subtemas relacionados à violência contra a mulher. Retome a importância do 
relatório para a divulgação dos estudos e das pesquisas realizadas, e para a preparação da apresentação 
com o painel. Verifique se os grupos são capazes de produzir o relatório de modo que permitam

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