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XVIII O TEMA O tema e os conteúdos deste volume estão organizados da seguinte forma ao longo da coleção: 1o ano: tema “Identidade” UNIDADE 1 – MINHA HISTÓRIA Capítulo 1 Meu nome e meu jeito de ser O nome que nós temos Capítulo 2 Minhas memórias Nossos objetos e nossas lembranças Os documentos identificam as pessoas Outro documento importante UNIDADE 2 – MINHA HISTÓRIA E AS PESSOAS Capítulo 3 Eu e minha família Muitas mudanças A convivência entre as pessoas Capítulo 4 Eu na minha escola Conviver e aprender na escola UNIDADE 3 – MINHA HISTÓRIA E MINHAS ATIVIDADES Capítulo 5 Brinquedos e brincadeiras Toda criança precisa brincar Brincadeiras do presente e do passado Capítulo 6 Os brinquedos têm história Mudanças nos brinquedos UNIDADE 4 – OTEMPO Capítulo 7 Marcando o tempo Medir o tempo Nossas atividades têm horários Calendário Outro modo de ver o tempo passar Capítulo 8 Tempo de comemorar As comemorações marcam o ano Origem das comemorações PROPOSTAS/PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Ao longo dos volumes são propostas diferentes atividades e análises que contribuem para a formação do pensar histórico. Para desenvolver essas atividades, sugerem-se algumas estratégias, descritas a seguir. O trabalho com textos Propõem-se na Coleção a leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (como documen- tos históricos, depoimentos, textos ficcionais, letras de música, poemas, artigos) e imagens (pin- turas e outras obras de arte, fotografias, ilustrações e mapas) que foram selecionados para cada tema e que se constituem em importante recurso para a abordagem da História. É fundamental trabalhar as habilidades de leitura, compreensão e interpretação para que a reflexão ganhe efetivamente um significado e permita, assim, a realização das atividades propostas. Também é necessário selecionar as dificuldades quanto ao vocabulário, conceito ou entendimento do texto como um todo, orientando o aluno no sentido de buscar soluções para suas dúvidas. O exercício da interpretação – de um texto, de um objeto, de uma obra literária, artística ou de um mito – é fundamental na formação do pensamento crítico. Exige observação e conhecimento da estrutura do objeto e das suas relações com modelos e formas (semelhantes ou diferentes) inseridas no tempo e no espaço. Interpretações variadas sobre um mesmo objeto tornam mais clara, explícita, a relação sujeito/objeto [...] (BNCC, terceira versão, 2017, p. 349) Antes da leitura de um texto pode-se promover uma conversa com os alunos para despertar a curiosidade deles. Depois, é importante que eles comentem o que foi lido, procurando desenvolver o trabalho de interpretação a partir da compreensão do vocabulário, identificação do tema central, interpretação de alguns trechos do texto lido, produção de explicação e sistematização do conhe- cimento apreendido por meio da leitura desse texto. Cada tempo histórico tem também a linguagem que lhe é própria, sendo assim importante, até como forma de educar-se no sentido de controlarmos “erros de anacronismo”, conhecer textos que foram escritos em fases históricas que precederam o tempo que estamos vivendo, os denomina- dos “textos de época”. A leitura de um texto em grafia antiga pode causar estranheza aos alunos, mas pode ser uma ma- neira de você demonstrar que, além das formas de viver, até a linguagem varia no decorrer do tempo. O trabalho com documentos e fontes históricas possibilita ao aluno a percepção do ofício do historiador e do trabalho de escrever a História a partir das fontes, além da distinção entre docu- mentos propriamente ditos, usados com finalidades didáticas (ex.: a Carta de Pero Vaz de Caminha) e aqueles como textos e filmes que auxiliam a construção do saber, mas que foram produzidos a partir de olhares e questões de quem os produziu (ex.: textos de jornais, quadros, mapas, livros, enciclopédias, entre outros). A transposição didática do fazer histórico pressupõe, entre outros procedimentos, que se trabalhe a compreensão e a explicação histórica. Podem ser priorizados alguns pontos de explicação histórica para serem transpostos para a sala de aula e comporem o que denominamos a Educação Histórica [...] A problematização histórica, ao ser transposta para o ensino, traz múltiplas possibilidades e também questionamentos [...] Na prática da sala de aula, a problemática acerca de um objeto de estudo pode ser construída a partir de questões colocadas pelos historiadores ou das que fazem parte das repre- sentações dos alunos, de forma tal que eles encontrem significado no conteúdo que aprendem. [...] É preciso que se leve em consideração o fato de que a História suscita questões que ela pró- pria não consegue responder e de que há inúmeras interpretações possíveis dos fatos históricos [...] (SCHMIDT, 2004, p. 60) pnld2020_tl_mp_geral.indd 18-19 9/26/18 4:56 PM MATERIAL DIGITAL MANUAL DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA 6º ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS ELZA FUJIHARA ORGANIZADORA Material Digital do Manual do Professor | Ensino Fundamental - Anos Finais Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano Ensino Fundamental – Anos Finais © IBEP, 2018 Diretor superintendente Jorge Yunes Diretora editorial Célia de Assis Coordenação Elza Fujihara Editora Camila Castro Designer Multimídia Wendel Freitas Revisão Kátia Souza Colaboradora Zilmara de Nazaré Lucas Pimentel Material Digital do Manual do Professor | Ensino Fundamental - Anos Finais Este material está disponível em licença aberta do tipo Creative Commons: Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional Attribution NonCommercial 4.0 International Você tem o direito de: You are free to: Compartilhar: copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Share: copy and redistribute the material in any medium or format. Adaptar: remixar, transformar e criar a partir do material. Adapt: remix, transform, and build upon the material. O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms. De acordo com os seguintes termos: Under the following terms: Atribuição: Você deve atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso. Attribution: You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use. Não comercial: Você não pode usar o material para fins comerciais. Noncommercial: You may not use this work for commercial purposes. Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita. No additional restrictions: You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits. http://creativecommons.org/licenses/by nc/4.0/ LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Material Digital do Manual do Professor | Ensino Fundamental - Anos Finais Sumário Material Digital do Manual do Professor – 1º Bimestre Texto de Apresentação Plano de Desenvolvimento - 1º Bimestre Projeto Integrador: Criações poéticas da comunidade Sequência Didática 01: Produção de biografias Sequência Didática 02: Produção de poemas Sequência Didática 03: Declamação de poemas Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem - 1º Bimestre Material Digital do Manual do Professor - 2º Bimestre Texto de Apresentação Plano de Desenvolvimento - 2º Bimestre Projeto Integrador: Espaço escolar: a escola que queremos Sequência Didática 04: Crônica Sequência Didática 05: Pronomes e coesão textualSequência Didática 06: Classificados poéticos Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem - 2º Bimestre Material Digital do Manual do Professor - 3º Bimestre Texto de Apresentação Plano de Desenvolvimento - 3º Bimestre Projeto Integrador: Uso sustentável da água Sequência Didática 07: Descarte de lixo Sequência Didática 08: Notícia Sequência Didática 09: Cartaz de campanha Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem - 3º Bimestre Material Digital do Manual do Professor - 4º Bimestre Texto de Apresentação Plano de Desenvolvimento - 4º Bimestre Projeto Integrador: Apresentação de manifestações e artistas populares Sequência Didática 10: Leitura de causos Sequência Didática 11: Podcast de contação de causo Sequência Didática 12: Uso da vírgula em períodos compostos por orações coordenadas Propostas de Acompanhamento da Aprendizagem - 4º Bimestre Material Audiovisual 1º bimestre: Museu da Pessoa e a autobiografia (CC) 2º bimestre: Como ler um infográfico (CC) 4º bimestre: O Causo do Lobisomem em Cordel (CC) LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Material Digital do Manual do Professor | Ensino Fundamental - Anos Finais Apresentação Caro professor, cara professora Este Material Digital tem o objetivo de contribuir para organizar e enriquecer seu trabalho com o livro didático impresso, oferecendo subsídios para sua prática em sala de aula. Ele é composto por Plano de Desenvolvimento Bimestral, Sequências Didáticas, Proposta de Acompanhamento de Aprendizagem e Material Audiovisual. O Plano de Desenvolvimento Bimestral traz informações que explicitam, para cada bimestre, as relações entre os objetos de conhecimento e as habilidades no livro do aluno e suas articulações com as práticas didático-pedagógicas propostas. Inclui, ainda, sugestões de atividades que contribuam e complementem com o desenvolvimento das propostas do livro do aluno, indicações de fontes de pesquisa complementar e orientações quanto à gestão de sala de aula e ao acompanhamento constante das aprendizagens dos alunos. O plano de desenvolvimento bimestral inclui um Projeto Integrador, que tem por objetivo tornar a aprendizagem dos alunos mais concreta ao explicitar a ligação entre objetos de conhecimento e habilidades de dois ou mais componentes curriculares, de forma a propiciar a contextualização da aprendizagem em relação a realidades locais e favorecer o desenvolvimento das competências gerais. As Sequências Didáticas, propostas de 3 sequências didáticas por bimestre, totalizando 12 por ano, com o objetivo de abordar, de forma seletiva, as habilidades e os objetos de conhecimento previstos no bimestre conforme o Plano de Desenvolvimento, apresentando atividades complementares e independentes às do livro do aluno. A Proposta de Acompanhamento da Aprendizagem oferece instrumentos para o professor verificar se houve domínio dos aspectos previstos das diferentes habilidades trabalhados no bimestre, considerando as especificadas da avaliação no componente curricular Arte. Inclui questões para subsidiar a avaliação pelo professor e proposta de ficha de acompanhamento das aprendizagens do aluno. O Material Digital Audiovisual apresenta objetos audiovisuais para serem usados como ferramentas de auxílio ao professor, de forma alinhada e complementar ao livro do aluno, favorecendo sua compreensão e seu aprofundamento sobre relações, conceitos e princípios, e a visualização de situações e experiências de outros contextos. Este material, portanto, é uma ferramenta que busca propiciar a ampliação e a complementação dos conteúdos do livro impresso e valorizar diferentes tipos de atividades que contribuam com a aprendizagem dos alunos, no componente curricular Arte e na sua integração com outras áreas de conhecimento, tendo o professor papel fundamental de propositor e mediador de práticas significativas e transformadoras. Bom trabalho! LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Plano de Desenvolvimento Bimestral Apresentação Prezado professor, Este Plano de Desenvolvimento explicita os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados durante o 6º ano do Ensino Fundamental, apresentando subsídios e sugerindo práticas de sala de aula que contribuam com o trabalho a ser realizado. Uma aprendizagem eficaz da Língua Portuguesa, que contemple as práticas de linguagem, relaciona as informações explicitadas a diferentes práticas didático-pedagógicas. Além das propostas, o material apresenta sugestões de atividades, indica fontes de pesquisa, orienta a gestão do tempo em sala de aula e propõe o acompanhamento das aprendizagens. O Plano de Desenvolvimento está ordenado nas seguintes partes: I. Objetos de conhecimentos e habilidades A primeira parte apresenta os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados no bimestre que deverão ser tomados como metas para o ensino e a aprendizagem, possibilitando aos alunos a apropriação dos conhecimentos de Leitura, Produção de texto, Oralidade e Análise linguística/semiótica. As informações que compõem o quadro estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando à organização, à facilidade de uso e ao cumprimento das metas de aprendizagem. Os objetos de conhecimentos e as habilidades são um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais. Por isso, o trabalho deve ser contínuo. Vale destacar que as habilidades apresentam um arranjo possível e os agrupamentos propostos não devem ser tomados como um modelo obrigatório, mas uma proposta para facilitar a compreensão dos conjuntos e inter-relacionamento possíveis, enfatizando articulações entre campos, objetos de conhecimento e habilidades. Por fim, ao final do quadro, são apresentadas algumas habilidades essenciais para dar continuidade aos estudos. II. Propostas de atividades Na segunda parte, são indicadas propostas de atividades, organizadas por práticas de linguagem (Leitura, Produção de texto, Oralidade e Análise Linguística/Semiótica), recorrentes em sala de aula e que podem favorecer o trabalho com as habilidades. Também são apresentadas as sequências didáticas e o projeto integrador bimestrais, com o objetivo auxiliar a organização e planejamento para a realização dessas práticas didático-pedagógicas. III. Gestão da sala de aula Na terceira parte, o foco é a gestão do tempo em sala de aula e dos recursos que possibilitam um melhor gerenciamento do trabalho docente. As orientações são concernentes ao ambiente, às formas de apresentação, à organização das situações e do tempo. IV. Acompanhamento das aprendizagens A quarta parte aborda avaliações e instrumentos de aferição que podem contribuir para avaliar o desempenho dos alunos. V. Fontes de pesquisa A quinta e última parte inclui indicações e outras fontes de pesquisa, como sites, vídeos, filmes, revistas e artigos para serem usados em sala de aula. As propostas e os subsídios apresentados neste Plano de Desenvolvimento são orientações de caráter aberto e, podem, portanto, ser adaptados de acordo com a realidade escolar e das práticas da sala de aula, com o propósito de promover uma aprendizagem significativa dos alunos. Bom trabalho! LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 1º BIMESTRE OBJETOS DE CONHECIMENTOS E HABILIDADES Este Plano de Desenvolvimento orienta a trabalhar com os seguintes objetos de conhecimento e habilidades para o 1º Bimestre, do 6º ano: PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES* CONTEÚDO Leitura Efeitos de sentido Exploração da multissemiose Curadoria de informação Relação entre textos Estratégias de leitura Apreciação e réplica Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção Apreciação e réplica Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitosde sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos Adesão às práticas de leitura (EF67LP08) (EF67LP20) (EF67LP27) (EF67LP28) (EF69LP44) (EF69LP47), (EF69LP48) (EF69LP49) • Leitura de HQ • Leitura de imagem: tela • Texto: verbal, visual ou multissemiótico • Leitura de romance (fragmento) • Foco narrativo: primeira ou terceira pessoa • Leitura de autobiografia • Características do gênero autobiografia • Leitura de notícia • Leitura de biografia • Características do gênero biografia • Leitura de conto • Leitura de poema • Características do gênero poema • Diferenças entre texto em prosa e em verso • Eu poético (eu lírico) • Sentido próprio e sentido figurado • Leitura de poema visual • Poema visual e ciberpoema Produção de textos Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição Textualização Construção de textualidade Relação entre textos (EF67LP21) (EF69LP07) (EF67LP31) • Pesquisa para produção de autobiografia • Produção de autobiografia • Produção de poema LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Oralidade Planejamento e produção de entrevistas orais Conversação espontânea Procedimentos de apoio à compreensão Tomada de nota Produção de textos jornalísticos orais Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social Discussão oral Estratégias de produção Produção de textos orais Oralização (EF67LP14) (EF67LP23) (EF67LP24) (EF69LP10) (EF69LP13), (EF69LP15) (EF69LP25) (EF69LP39) (EF69LP53) • Entrevista • Apresentação oral • Recitação de poemas Análise Linguística/ Semiótica Morfossintaxe Léxico/Morfologia Fono-ortografia (EF06LP04) (EF06LP03), (EF67LP34), (EF67LP35) (EF67LP32) • Substantivo • Classificação dos substantivos (comum, próprio, concreto, abstrato, simples, composto, primitivo, derivado, coletivo), • Processos de formação de substantivos (derivação e composição) • Flexão do substantivo (gênero, número e grau) • Adjetivo e locução adjetiva • Flexão do adjetivo (gênero, número e grau) • Prefixos e sufixos * As descrições das habilidades podem ser conferidas ao final do plano. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais HABILIDADES ESSENCIAIS O trabalho com as habilidades abaixo é essencial para dar continuidade aos estudos dos alunos: (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc. (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão. (EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo- poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais e sonoros. (EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica. (EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo. PROPOSTAS DE ATIVIDADES A recorrência de algumas práticas pedagógicas em sala de aula deve ser parte do planejamento bimestral, para que os objetos de conhecimento e as habilidades explicitadas possam ser trabalhadas de modo eficaz. A seguir, são propostas algumas atividades, separadas por práticas de linguagem: Propostas de atividades de LEITURA Leitura em voz alta Promover a leitura em voz alta colaborativa com os alunos, preparando-se para essas atividades, com a escolha adequada do texto e a realização do objetivo proposto. • A escolha prévia e adequada do suporte para a leitura do texto (projeção; computador, internet, laboratório de informática, papel, e tipo papel), tudo isso contribui para o sucesso da leitura. • A leitura do texto deve ser planejada e compreender a participação dos alunos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Atividades após a leitura devem ser programadas pelos professores para que sejam significativas, cumprindo diferentes propósitos, como: apreciar e incentivar a busca de informações, para aprender coisas novas etc. Considerando estratégias diferenciadas para a prática. Declamação de poemas A linguagem poética é uma das mais completas formas de expressão do engenho humano, por isso, declamar poesia, por sua natureza lírica, contribui para o desenvolvimento da sensibilidade dos alunos. A atividade pode ser realizada, primeiramente, com a escolha do poema, que deve considerar a relação do declamador com o poema. Ele deve memorizá-lo, ensaiar a postura cênica para declamá-lo, impostando a voz, encenando-o. Não se esquecer de identificá-lo e, no final, agradecer à plateia pela escuta. Leitura de narrativas gráfico-visuais Gênero marcado pela relação entre as linguagens verbal e não verbal, as Histórias em Quadrinhos costumam ser boas estratégias para desenvolver a leitura verbo-visual dos alunos. É possível trabalhar as características do gênero, as personagens, onde e como são expostas, os diferentes tipos de balões para representar as falas. Podem-se explorar os elementos tanto da linguagem escrita como da visual, por meio dos desenhos e as expressões faciais, além dos próprios elementos estilísticoscomo as onomatopeias e os recursos gráficos, símbolos e sinais que criam sensações, movimentos nos desenhos. Propostas de atividades de PRODUÇÃO DE TEXTO Desenvolvimento em etapas para a escrita O trabalho com produções textuais será conduzido em quatro etapas: • Planejamento: propostas de planejamentos indagando sobre a escrita, retomada de leituras, verificando a estrutura do texto, o público-alvo etc. • Reflexão e discussão: promover reflexões para desenvolver olhar crítico sobre os textos. • Releitura: mapear as incoerências, ideias soltas, desvios da norma padrão, ajustes de pontuação, ortografia. • Reescrita: correções coletivas, com sugestões de melhorias do texto. • Edição: editar e trabalhar o texto, ilustrando-o, por exemplo. • Avaliação: verificar como foi o processo de escrita. Releituras Criar o hábito de releitura de textos escritos para o aperfeiçoamento do processo, sobretudo em produções coletivas, seja para buscar novas interpretações seja para ajustes de ordem ortográfica. Escrita de gêneros de aventura As narrativas de aventura podem suscitar nos alunos curiosidade e interesse pelas particularidades dessas histórias. Propor a produção de textos a partir de um mote a ser desenvolvido e continuado pode se revelar em produtiva estratégia. O aluno deverá ser colocado em situações em que terá de enfrentar desafios, viver uma personagem, criar saídas para aventuras, entre outros. Livros e filmes clássicos podem ser usados como referência, por exemplo, os livros: “Ilíada”, de Homero, contada por Ruth Rocha, “Ilha do Tesouro”, de Robert Louis Stevenson, “Vinte mil léguas submarinas”, de Júlio Verne ou “Capitães da areia” de Jorge Amado. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Escrita de gênero maravilhoso Os contos maravilhosos funcionam como excelente ferramenta pedagógica. Num primeiro momento, o estudante pode ser inserido no universo dessas histórias fantásticas, conhecendo como o gênero funciona e a narrativa se constrói, suas personagens típicas, animais falantes, fadas, monstros, bruxas, e demais seres extraordinários, os cenários próprios do gênero. Como incentivo, os alunos podem ler diversos histórias desse universo fantástico, agregando inclusive partilhar as que já conhecem. Podem criar suas próprias narrativas maravilhosas. Essa atividade permite explorar mecanismos linguísticos que se repetem no gênero, (era uma vez...!, tempo verbal pretérito imperfeito). O conteúdo e o estilo também devem ser explorados. Os irmãos Grimm, Hans Christian Andersen, Charles Perrault, são referências nessas narrativas populares. Autobiografia A autobiografia pode ser também uma estratégia eficiente para colocar os alunos numa condição de produção de texto escrito, em que terão de falar de si mesmos a partir de elementos da própria personalidade. Essa atividade possibilita brincar com a criação e recriação de novas palavras, expressões, sendo possível explorar elementos de estilo. Escritores como Millôr Fernandes são referências que podem guiar esse trabalho. Propostas de atividades de ORALIDADE Rodas de conversa Momento de troca de informações, de planejamento de atividades, de verificação de conhecimentos prévios, de identificação de repertório. Depoimentos O depoimento deixa o estudante falar de si mesmo, na 1ª pessoa do singular, em condição de protagonista, produzindo um texto cujo foco é sua própria vivência. É possível retomar percepções da narrativa sobre tempo, espaço, sequência dos fatos ocorridos, pessoas. Permite ao aluno apropriar-se da língua a partir de mecanismos formais típicos, verbos, entre o pretérito perfeito e o presente do indicativo, além de pronomes em 1ª pessoa. Ao partilhar suas experiências, os alunos também ensinam uns aos outros, declaram seus sentimentos, apoio, discordâncias a algo, desejos, sonhos. Vivenciam situações de exposição pública. Rodas de conversa a partir de um mote são opções de como proceder, com os alunos sendo gentilmente convidados à fala. Seminários Com foco principal na exposição oral, o seminário é um gênero de transmissão de saberes, técnicos ou científicos, sobre temas relacionados a determinado campo de conhecimento. Essa atividade de interlocução trabalha apresentações individuais ou em grupo mediadas por regras. Saber portar-se diante do público, apresentar-se, mostrar domínio de conteúdo, com pesquisa prévia. Considerar as características do público- alvo, como faixa etária, interesses, expectativas e conhecimentos prévios em relação ao tema abordado, uso de linguagem formal, dentre outras. Apresentação de trabalhos com suporte de recursos multimídias Os alunos serão ensinados quanto os procedimentos formais, ao trabalho com a linguagem, à postura em uma apresentação ao público. Considerando: • Seleção e escolha do tema a ser trabalhado. • Compreensão do assunto abordado. • Pesquisas em diferentes fontes e meios para aprender mais e melhor sobre o objeto estudado. • Planejamento a apresentação. • Produção do roteiro para a apresentação. • Realização da apresentação utilizando com destreza diversas ferramentas do meio digital. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Vídeos-debate e cinema na escola Esse tipo de atividade permite compreender a estrutura argumentativa do debate, pois, debater implica pensamento crítico sobre tema de interesse da comunidade, em contexto social determinado, com argumentos capazes de persuadir o interlocutor. Permite também vivenciar diversidade linguística, com respeito aos diferentes falares, desenvolver atitudes éticas e responsáveis. O trabalho pode ser desenvolvido a partir do levantamento de conhecimentos prévios, com posterior escolha e apresentação do tema, discussão das regras, definição dos papéis e pesquisa sobre ele. A escolha do vídeo/filme motivador deve considerar discussão prévia com a turma. É possível, por exemplo, problematizar situações da narrativa, personagem, questões colocadas pelo filme motivador. Entrevista Recurso pedagógico eficaz para diferenciar o fato da opinião e para comparar a linguagem oral e a escrita. O trabalho com o gênero entrevista requer: • Escolha do entrevistado e do tema da entrevista; • Pesquisa prévia: leitura sobre o tema, perceber e inferir as relações que existem entre o tema e o entrevistado; • Definição do horário e o modo (o canal - pessoalmente, por e-mail ou por telefone) da entrevista, numa relação de parceria com o entrevistado; • Seleção das perguntas relacionadas ao tema e de interesse dos leitores; • Orientação para a transcrição da entrevista. Propostas de atividades de ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA Consulta ao dicionário Incentivar e orientar os alunos a utilizar o dicionário para localizar palavras cujo teor desconheçam, ampliando seu conhecimento ortográfico e vocabular da língua. O léxico do texto Procurar palavras desconhecidas no dicionário quanto ao significado e/ou à grafia, promovendo o estímulo à pesquisa e possibilitando fixação mais consistente de conteúdos. Além das propostas de atividades, o Plano de Desenvolvimento apresentam outras práticas-didático pedagógicas, que têm como objetivo incentivar diferentes práticas e metodologias em sala de aula. São elas: PROJETO INTEGRADOR Nome: Criações poéticas da comunidade Habilidades de Língua Portuguesa a serem desenvolvidas no projeto: •Estratégias de produção (EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos. •Reconstrução dascondições de produção, circulação e recepção | Apreciação e réplica (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. Campo artístico- literário. •Estratégias de leitura | Apreciação e réplica (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. Campo artístico- literário. O projeto integrador tem como objetivo: Incentivar os alunos a buscar informações a respeito da arte poética em suas localidades, propondo a investigação por autores de poemas, contemporâneos ou não, na comunidade onde vivem, integrando os componentes Língua Portuguesa e Arte. SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS 1º BIMESTRE SEQUÊNCIAS PRÁTICA DE LINGUAGEM/ OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES OBSERVAÇÕES Sequência 1: Produção de biografias Produção de texto: Textualização (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc. Esta sequência didática propõe o estudo do gênero a partir da leitura, da oralização e da produção escrita de textos biográficos, de modo que os alunos possam perceber como o passado pode se transformar em um texto concreto. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Sequência 2: Produção de poemas Produção de texto: • Construção da textualidade • Relação entre textos (EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais e sonoros. A proposta desta sequência didática tem como principal objetivo a produção de poemas, considerando as diferentes formas, os conhecimentos sobre sons e jogos de palavras, efeitos de sentido por meio de sua disposição etc. Sequência 3: Declamação de poemas Oralidade: • Produção de textos orais • Oralização (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão. Esta sequência didática trabalhar o processo de leitura, recitação e declamação de forma sistematizada, diferenciando os processos. PRÁTICAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS Ao longo do 6º ano, as propostas de ensino-aprendizagem para os alunos têm o professor como mediador, oferecem possibilidade de trabalho individualmente, em duplas, em grupos e também de modo coletivo. Sugerimos, a seguir, algumas atividades habituais, permanentes e situações didático-pedagógicas que devem ser recorrentes ao longo desse 1º bimestre: • Diagnóstico do conhecimento prévio. • Audição de textos orais, por contação ou por audição de áudio. • Leitura e escrita de textos em diferentes gêneros. • Elaboração de diversos gêneros de texto. • Argumentação de situações de diferentes pontos de vista. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Intertextualidade. • Estudos dos elementos linguísticos relacionados à norma padrão. • Estudo de variedades linguísticas e/ou semiótica apropriadas ao contexto. • Atividades textuais de elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação. • Edição de imagens e arquivos sonoros. • Uso de recursos visuais, semânticos e sonoros. • Estudo das relações entre imagem e texto verbal. • Ler textos literários diversos. • Contar e recontar histórias da tradição oral e literária escrita. • Trabalhar pontuação e outros recursos gráfico-editoriais. • Produção de audiobooks de textos literários ou de podcasts de leituras dramáticas. GESTÃO DA SALA DE AULA A atividade diagnóstica no início de cada ano letivo permite identificar o nível e traçar um perfil inicial dos alunos. Além disso, como o sucesso da aula depende da interação entre todos, é necessário antecipar e se preparar para os imprevistos. Para isso, o gerenciamento exige planejamento. Para aprimorar a sua gestão da sala de aula, é importante identificar e antecipar algumas ações: • Quando os alunos não compreendem as orientações: circular pela sala e observar como eles estão realizando a as atividades, interferindo e retomando o que foi orientado, caso necessário. • Quando os alunos acham que uma regra obrigatória é negociável: embora os combinados sejam um meio eficiente e democrático de gestão, nem toda regra é flexível, porexemplo, os horários das aulas. Deixe claro para eles quais as regras existem, por que elas existem e por que não são negociáveis. Chame a atenção para o fato de haver consequências quando uma regra é quebrada. • Quando os alunos interagem: verificar se os alunos só interagem quando têm certeza ou se não interagem. Incentive a apresentação de respostas, apresentação de dúvidas e o erro. Quando eles estão em grupo, verifique se todos participam e colaboram, incentivando as participações. • Quando é possível antecipar problemas: preparar algumas intervenções que pode ser colocadas pelos alunos ou mesmo para incentivá-los a participar, seja por falta ou excesso de interesse, planejar intervenções pode contribuir para que eles se sintam incentivados individual e coletivamente a avançar no que está sendo trabalhando. Prepare diferentes intervenções de acordo com os diferentes níveis de conhecimento dos alunos. • Quando há alunos com deficiência na sala de aula: providenciar recursos, materiais adaptados e trabalhar em parceria com o responsável por ela. Também é possível desenvolver formas variadas de ensino e tornar os colegas, pessoas colaborativas e inclusivas, a partir da escuta das necessidades desses alunos com deficiência. • Quando os grupos não funcionam: há diferentes tipos de agrupamentos, tanto por necessidades de aprendizagem por habilidades socioemocionais, por uma combinação entre esses dois aspectos etc. O agrupamento deve ser eficaz para a aprendizagem e deve ser repensado à medida que é identificado algum problema de funcionamento. O trabalho em duplas, trios, grupos e coletivamente deve ser incentivado e ensinado mesmo entre colegas que não se tão, socialmente, bem. Mas também deve haver momento em que eles possam escolher livremente seus parceiros para que possam se identificar com seus círculos sociais. Verificar em quais situações eles são mais produtivos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Quando há inadequações em sala de aula: os alunos devem ser orientados a respeitar e valorizar as opiniões dos colegas. Embora muitos docentes tenham como objetivo primeiro minimizar os problemas de indisciplina, mais do que excluir o aluno causador do problema, é importante conversar tanto individual como coletivamente, dependendo da situação. O aluno inadequado não deve ser advertido em frente aos colegas, mas as inadequações devem ser colocadas em discussões, sobretudo aquelas carregadas de injurias e preconceitos de gênero, étnico-raciais, religiosos etc. Além dessas possibilidades de antecipação, há gerenciamento das propostas de atividades e práticas didático-pedagógica que devem constar no planejamento. Antecipe possíveis problemas e/ou dificuldades que possam ser apresentados. Por exemplo, se estava planejado uma dinâmica envolvendo alguma sequência didática, mas no momento algum imprevisto aconteceu, como a falta de material para todos, o professor deve resolver a situação preparando alternativas, como reorganizar os alunos em grupos para que o material disponível seja suficiente. Também é importante ter possibilidade de apresentar planos diferenciados para situações adversas em sala de aula. Se planejou projetar um vídeo, mas, naquela momento houve falha de equipamento. Reveja o sequenciamento didático sempre que houver mudanças em relação às atividades programadas. Por exemplo, um filme requer estratégia diferente da história narrada. Nesses processos, é importante planejar quais as habilidades serão trabalhadas e nos encaminhamentos didáticos possíveis a partir delas. Estar atento ao público-alvo e conhecer suas especificidades vai ajudá-lo a rever e reconhecer problemas e apresentar soluções. Diversificar as estratégias, como por exemplo, trocar momentos de conversa em roda por trabalhos em grupo apresentados por desenhos e/ou outras produções; por dinâmicas de grupo, júris simulados; brincadeiras de detetive em busca de pistas sobre determinado assunto. Tudo isso são mecanismos que ajudam a conduzir a prática. É importante ter flexibilidade e atenção às situações cotidianas, com foco no objetivo do trabalho, considerando as situações dentro do contexto didático, devem ser atitudes recorrentes na prática do professor. ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS A avaliação é prática inerente ao ato pedagógico e requer cuidados permanentes. O docente deve conhecer diversos instrumentos para analisar o desempenho dos alunos, as aprendizagens recorrentes durante o bimestre. Para mensurar esse aprendizado, observar a performances e verificar de apreensão de conhecimentos, é necessário adaptar as formas de análise, verificando qual é a mais adequada. Flexibilize a avaliação, levando em conta os diferentes critérios e instrumentos: Alguns CRITÉRIOS • Replanejar e cotejar o resultado da avaliação com o currículo e os objetivos de aprendizagem a partir de conclusões, eleger conteúdos, objetivos e estratégias que sanem as fragilidades perceptíveis em avaliação formativa. • Execução do plano, com decisões que concretizem os resultados esperados. Acompanhando o desempenho do aluno, pode-se criar novas estratégias para impulsionar seus estudos. Nesse ínterim, novas avaliações podem ser feitas, considerando o ato de avaliar como um movimento implícito ao ato de ensinar. • Avaliação de desempenho dos alunos é diagnóstica e, ao mesmo tempo, formativa, constante e contínua, devendo ocorrer dentro do processo educativo, com capacidade de gerar de modo eficaz informações sobre as etapas de estudo. Esse processo deve ser um norte ao trabalho didático-pedagógico do professor. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Fazer uso de instrumentos para medir o nível de desempenho, a capacidade de síntese, a compreensão de determinado assunto e o posicionamento ético do aluno diante de pontos de vistas diferentes. Questões abertas, objetivas e subjetivas, debates regrados, provas dissertativas, seminários etc. São recursos valiosos nesse percurso. • Estimular a autoavaliação contribui para o desenvolvimento de senso crítico e autonomia. Nos processos avaliativos, dificuldades podem aparecer, mas devem ser tomadas como oportunidades para novas estratégias. Se um aluno não participa dos momentos de determinada atividade, é interessante se perguntar: “O que pode o ser feito para que ele se torne presente e se sinta confortável?”. Outros modos de se expressar podem ser oferecidos a ele. Mudar a estratégia sem perder o foco vale para qualquer aprendizagem e os resultados podem ser surpreendentes. Alguns INSTRUMENTOS Prova objetiva: Perguntas diretas, para avaliar se os alunos aprenderam conteúdos específicos. Prova dissertativa: Perguntas que exigem que os alunos estabeleçam relações, resuma, analisem e expliquem conteúdos. Trabalhos em grupos: Atividades que podem ser oral, escrita etc., que têm como objetivo e avaliar de conhecimentos construídos e apreendidos de forma colaborativa. Seminário: Exposição oral que exige que os alunos utilizem a fala e materiais de apoio, possibilitando que os conhecimentos da linguagem verbal oral e as produções multissemióticas sejam verificadas. Relatório: Texto produzido depois de atividades e práticas que verifiquem a capacidade dos alunos de síntese e de apresentação de uma atividade realizada. Autoavaliação: Análise oral ou escrita que os alunos devem realizar sobre o próprio aprendizado e/ou sobre a produção. FONTES DE PESQUISA INDICAÇÕES DE FONTES PARA O PROFESSOR EDMODO Rede social para compartilhamento de material multimídia, organizado por fóruns, projetos educacionais, calendário de atividades, avaliações dos alunos, acompanhamento de frequência e participação nas atividades. Disponível em: < https://www.edmodo.com/ >. Acesso em: 08 jul. 2018. EVERNOTE Aplicativo para o professor gerenciare organizar os temas de suas aulas. Pelo próprio celular, criar notas, salva pesquisas, grava áudios e organiza os recursos de aula. Disponível em: < https://evernote.com/intl/pt- br/ >. Acesso em: 08 jul. 2018. INSTITUTO EDUCADIGITAL (IED) Organização sem fins lucrativos, referência mundial em projetos inovadores de uso pedagógico de tecnologias digitais, dentro e fora das escolas. Oferece movimento de educação aberta, design thinking para educadores, formação e facilitação pedagógica, além de mentoria. Disponível em: < http://www.educadigital.org.br >. Acesso em: 08 jul. 2018. PORVIR Iniciativa de comunicação e mobilização social que mapeia, produz, difunde e compartilha referências sobre inovações educacionais para inspirar melhorias na qualidade da educação brasileira e incentivar a mídia e a sociedade a compreender e demandar inovações educacionais. Disponível em: < http://porvir.org > Acesso em: 08 jul. 2018. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais REDU Plataforma que contém conteúdos educacionais para Educação Básica e Ensino Superior em domínio público, que podem ser utilizados por qualquer disciplina. No site, o professor cria ambientes virtuais de aprendizagem gratuitos. Disponível em: < https://www.redu.com.br/ > Acesso em: 08 jul. 2018. RIVED - Rede Internacional Virtual de Educação Plataforma do Ministério da Educação, desenvolvida pela (Secretaria de Educação à Distância - Seed) oferece conteúdos de diferentes disciplinas, do Fundamental ao Superior. Os materiais são pesquisados por nível de escolaridade e disciplina ou palavra-chave. Recursos disponíveis para download gratuitos. Disponível em: < http://rived.mec.gov.br/> Acesso em: 08 jul. 2018. INDICAÇÕES DE FONTES PARA OS ALUNOS Britannica Digital Learning Plataforma de aprendizagem online idealizada e desenvolvida pelo Ministério da Educação - MEC, com intuito de auxiliar os alunos do Ensino Fundamental. O site oferece vídeos, leituras, disciplinas, estudos pontuados sobre o Brasil e outros conteúdos didáticos. Britânica Digital Learning: Disponível em: < http://britannica.com.br/ >. Acesso em: 08 jul. 2018. Ir junto com os alunos em bibliotecas públicas de sua cidade. Pesquise sobre o espaço, conheça suas características, instigue os alunos a conhecerem o local. Texto para leitura: Por que nosso futuro depende de bibliotecas, de leitura e de sonhar acordado. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BAGNO, M. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Ed. Loyola, 1998. BIBLIOTECA, LEITURA E LAZER: ferramentas para a aquisição do conhecimento. Edicler Dias de Oliveira Bonesso e Elisiani Vitória Tiepolo. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor pde. Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6. Volume 1. 2013. Disponível em: < https://bit.ly/2ObBuJy >. Acesso em: 08 jul. 2018. DEMO, P. Educar pela pesquisa. São Paulo: Ed. Autores Associados, 2007. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. GAIMAN, Neil. Por que nosso futuro depende de bibliotecas, de leitura e de sonhar acordado. Disponível em: < https://bit.ly/2z2zbTy > . Acesso em: 08 jul. 2018. KLEIMAN, A. B. “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola”. In: Os significados do letramento: Uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985. GOMES, M. F. C.; MONTEIRO, S. M. A aprendizagem e o Ensino da Linguagem Escrita. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. v.2. HIPOLIDE, Marcia. Contextualizar é reconhecer o significado do conhecimento científico. São Paulo: Phorte Editora, 2012. LEAL, T. F.; GOIS, S. (Org.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. (Coleção Língua Portuguesa na escola). LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. MONTEIRO, S. M. Aprender a ler e a escrever. In: REVISTA EDUCAÇÃO: guia da alfabetização. São Paulo: Segmento/CEALE, n. 1, 2010. p. 12-27. MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa. São Paulo: Livraria da Física, 2012. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais ROJO, R. H. R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (Org.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. (Coleção As faces da linguística aplicada). SOARES, M. B. Língua escrita, sociedade e cultura: relações, dimensões e perspectivas. In: Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003, p. 27-45. ZABALA, A. A Prática Educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. HABILIDADES DA BNCC (EF67LP08) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou oposição) etc. em notícias, reportagens, fotorreportagens, fotodenúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e propagandas publicados em jornais, revistas, sites na internet etc. (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas. (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos literários e semióticos. (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. (EF69LP49)Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc. (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc. (EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo- poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais e sonoros. (EF67LP14) Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que se pretende conseguir, porque aquele entrevistado etc.), levantar informações sobre o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema em questão, preparar o roteiro de perguntar e realizar entrevista oral com envolvidos ou especialistas relacionados com o fato noticiado ou com o tema em pauta, usando roteiro previamente elaborado e formulando outras perguntas a partir das respostas dadas e, quando for o caso, selecionar partes, transcrever e proceder a uma edição escrita do texto, adequando-o a seu contexto de publicação, à construção composicional do gênero e garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática. (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc. (EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros objetivos em questão. (EF69LP10) Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, podcasts noticiosos e de opinião, entrevistas, comentários, vlogs, jornais radiofônicos e televisivos, dentre outros possíveis, relativos a fato e temas de interesse pessoal, local ou global e textos orais de apreciação e opinião – podcasts e vlogs noticiosos, culturais e de opinião, orientando-se por roteiro ou texto, considerando o contexto de produção e demonstrando domínio dos gêneros. (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social. (EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos. (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. (EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão. (EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo. (EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica. (EF67LP34) Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção de negação. (EF67LP35) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras compostas. (EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 1o Bimestre – Projeto Integrador Criações poéticas da comunidade INTRODUÇÃO O projeto busca incentivar os alunos a buscar informações a respeito da arte poética em suas localidades, propondo a investigação por autores de poemas, contemporâneos ou não, na comunidade onde vivem. Por meio da integração entre Língua Portuguesa e Arte, os alunos deverão se lançar à pesquisa com o objetivo identificar, analisar e valorizar o patrimônio cultural imaterial. JUSTIFICATIVA Entendendo a importância de os alunos entrarem em contato com a diversidade cultural e social de suas comunidades e de reconhecerem autores-poetas como transformadores dos conhecimentos e criadores de arte literária é que o projeto integra pesquisa, entrevista, declamação e apresentação. Ao elaborarem o trânsito entre Língua Portuguesa e Arte, os alunos passam da perspectiva de fruidores para a perspectiva de criadores, de modo a identificarem aspectos sociais e de integração das manifestações artísticas,além das dinâmicas coletivas de criação e recepção artístico-literária. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM LÍNGUA PORTUGUESA ● Planejar e realizar entrevistas com poetas da comunidade. ● Ler em voz alta os poemas selecionados dos poetas com o objetivo de declamá-los. ● Declamar poemas. ● Reconhecer a atividade poética como parte de valores sociais, culturais e humanos que se manifestam a partir de circunstâncias de identidade, autoria e contextos sociais e históricos. ARTE ● Reconhecer as proximidades das linguagens literária e artística, reconhecendo a Literatura como patrimônio cultural, de forma a investigar as possibilidades criativas dessa fricção. ● Reconhecer a relação entre criação artística e suas dimensões sociais, culturais, históricas, éticas e estéticas. ● Relacionar a declamação de poemas com relações processuais artísticas, sobretudo relacionadas à voz, à gestualidade e à postura corporal. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Competências gerais 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Competências específicas ARTE 1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades. 4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte. 9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo. LÍNGUA PORTUGUESA 1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. 7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias. 9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico- culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais Objetos de conhecimento e habilidades LÍNGUA PORTUGUESA Campo práticas de estudo e pesquisa: Estratégias de produção (EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos. Campo artístico-literário: Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção Apreciação e réplica (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. Campo artístico-literário: Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentido provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. Campo artístico-literário: Estratégias de leitura | Apreciação e réplica (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. ARTES Teatro: Processos de criação (EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico. Artes Integradas: Patrimônio cultural (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. DURAÇÃO Bimestral. RECURSOS E MATERIAIS • Papel, lápis e caneta. • Gravador de áudio. • Cópias dos poemas. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Temas transversais Pluralidade Cultural: respeitar os diferentes grupos e culturas que constituem a sociedade brasileira, promovendo o contato e a valorização com grupos diferenciados nos planos social e cultural, superando a discriminação e promovendo o contato com a diversidade etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro. Habilidades socioemocionais O projeto deve ser executado em grupos, o que permite aos alunos desenvolverem respeito ao outro, ter responsabilidade e comunicar-se com clareza e coerência, além de cooperar e colaborar com o colega. A proposta também permite planejar e tomar decisões, investigar e compreender soluções-problema por meio do pensamento crítico e da criatividade. Perfil do professor Este projeto de Língua Portuguesa tem como objetivo ser desenvolvido de modo interdisciplinar com Arte e Educação Física. Converse com os professores que ministram essas disciplinas e organizem um cronograma, definindo as tarefas que cada um poderá desempenhar. Com o professor de Arte, os alunos poderão, por exemplo, montar o espaço da exposição, organizar cartazes, convites e folders de divulgação e treinar a recitação dos poemas e a impostação de voz. Com o professor de Educação Física, eles poderão ensaiar as posturas corporais que acompanham os textos do sarau para se expressarem de maneira adequada à situação e trabalhar o ritmo da respiração. Diferentes percursos O percurso sugerido inicia-se na investigação sobre quem são poetas da comunidade; os alunos devem entrar em contato com eles e entrevistá-los. Porém, dependendo das realidades escolares e dos contextos locais, é possível que os alunos e os professores tenham maior dificuldade para entrar em contato com poetas ou realizar entrevistas com aparatos tecnológicos. Por isso, para o primeiro caso, uma alternativa é focar a realização das entrevistas em pessoas da comunidade que conheçam e que seja próxima ao contexto escolar ou utilizando-se de contatos digitais, como e-mail. Para a segunda questão, as entrevistas podem ser feitas com papel, lápis e caneta. Os alunosdevem realizar anotações e transcrever as falas. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais DESENVOLVIMENTO Questão desafiadora: Quais são os poetas da nossa comunidade? ETAPA 1 – Organização e realização das entrevistas Duração: 2 aulas Incentive os alunos a pesquisar os poetas que conhecem ou ouviram falar: quem são eles, onde vivem, como se relacionam com a comunidade. Converse com a turma a partir de seus conhecimentos e esteja atento para discutir sobre as informações que eles trouxerem. Proponha que reflitam, no contexto do local onde vivem e sobre o que escrevem. Peça que os alunos busquem e conheçam alguns de seus poemas. Organize-os em grupos de modo que eles sejam responsáveis para planejar um roteiro de entrevista com esses poetas ou com pessoas que possam falar sobre eles, caso não sejam contemporâneos. Proponha uma entrevista com duas partes: a primeira sobre a vida e a obra por meio de perguntas mais abrangentes e, a segunda parte, com perguntas feitas a partir da leitura de um determinado poema escolhido pelo aluno. A entrevista deve ser feita oralmente, mas o aluno deve levar o roteiro produzido em sala de aula em conjunto com os colegas. Oriente-os a realizar anotações durante a entrevista para, depois, redigir as respostas. ETAPA 2 – Compartilhar conhecimentos Duração: 2 aulas Oriente os alunos para que tragam os resultados das entrevistas com e/ou sobre os poetas. Eles devem fazer a seleção de um trecho e podem apresentar algumas falas sobre o seu processo de criação e sua relação com a comunidade. Ao final da troca sobre essas relações, convide-os para falar sobre os valores culturais dessas produções e relacione essas produções com outras manifestações artísticas imateriais que são conhecidas e populares na comunidade. Para isso, organize um varal com imagens de patrimônios culturais imateriais. Convide os alunos a apreciar as imagens do varal. Em seguida, em uma roda de conversas, pergunte o que eles observaram nas imagens do varal. Espera-se que eles indiquem que se tratam de manifestações artísticas, produções, encenações etc. Discuta com eles sobre as diferentes manifestações, tradições etc. Peça que os alunos indiquem alguns exemplos de patrimônios culturais imateriais populares no lugar onde vivem, como celebrações e festividades. Relacione as produções literárias às heranças culturais e ao patrimônio cultural. Explique que a Literatura de Cordel, por exemplo, é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Verifique as inferências dos alunos sobre os valores sociais, culturais e humanos acerca dos poemas e quais as relações identitárias que eles estabelecem entre o poeta e a comunidade, considerando a entrevista realizada. A partir da discussão, proponha aos alunos que eles escolham um dos poetas entrevistados para declamar um de seus poemas em um sarau. Não precisa, necessariamente, ser o poeta entrevistado. Eles devem justificar a partir de critérios, que podem ser estéticos, temáticos etc. ETAPA 3 – Sarau Proponha aos alunos a organização de uma apresentação de declamações do poema. Para que seja possível a realização dessa atividade, é necessário que os alunos recitem antes de declamar. Explique que recitar é ler em voz alta, tendo o texto de apoio, enquanto declamar é recitar com gestos e tons parodiados, relacionando expressões corporais, transmitindo os sentimentos. Indique que eles devem realizar, a princípio, a leitura dos versos em voz alta: ler destacando as rimas, utilizar um tom de voz adequado para que a leitura possa ser escutada, verificar o ritmo da leitura, analisando se o ouvinte consegue entender todas as palavras. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais Com o treino, os alunos passam a recitar os poemas. Com o auxílio do professor de Teatro, oriente a atividade de declamação. Lembre-os que não se lê um texto poético da mesma maneira que se lê outro texto. Oriente-os a memorizar o texto e treinar entonação da voz, pausas, hesitações, expressões faciais, movimentos e gestos, além de observar o ritmo, a sonoridade e o sentido das palavras. Eles devem prestar atenção na postura, experimentar gestualidades, construções corporais e vocais que expressem o poema. Combine com os alunos um dia para que eles possam realizar a declamação para apreciação dos colegas da turma antes do sarau. SOCIALIZANDO A PRODUÇÃO Combine o dia do evento. Consulte o gestor da escola sobre a viabilidade da data proposta e do espaço que será utilizado. Defina quem serão os convidados: familiares e responsáveis, amigos, colegas de outras turmas da escola etc. Combine com os alunos as formas de divulgação do evento: cartazes afixados em lugares visíveis da escola, convites, folders etc. No dia destinado ao evento, peça que os alunos montem com seus colegas e com a sua ajuda os varais de poemas, em um local possível para essa montagem, fora do espaço da sala de aula. Em conjunto com os alunos, prepare o local de apresentação do recital e atente-se para o fato de que cada situação oral requer um tipo de postura, uma forma de se expressar. Uma apresentação pública, por exemplo, exige certos cuidados. Lembre-os de que declamar é interpretar e expressar emoção. E, para isso, deve-se fazê-lo de voz alta, clara e boa dicção, pronunciando as palavras sem esquecer o ritmo e a sonoridade dos versos, atentando-se às pausas e à respiração. Os alunos devem se atentar à postura, à expressão facial, aos movimentos e aos gestos. Também é possível combinar com os alunos de incluir efeitos sonoros e/ou fundo musical para contribuir com a declamação. AVALIAÇÃO É necessário acompanhar o desenvolvimento e o desempenho dos alunos durante toda a aprendizagem. Essa prática deve criar subsídios para que se possa adequar as intervenções às necessidades de cada aluno, de cada realidade, analisando os resultados em relação aos objetivos propostos inicialmente. Avaliação processual Como avaliação única, os alunos podem ser convidados a produzir um texto individualmente se autoavaliando durante o projeto e avaliando também se o diálogo entre as disciplinas foi efetivo, se houve falhas no processo e como sugerem melhorias. Todos os professores podem avaliar as produções e depois discutirem os resultados. A autoavaliação pode se basear nas seguintes perguntas: • Você se interessou pela proposta do projeto? Por quê? • O que você mais gostou de conhecer durante a entrevista com ou sobre os poetas? Por quê? • Que aprendizados você gostaria de destacar a relação da Literatura com a herança e o patrimônio cultural? • Quais as relações que você identifica entre Literatura e Teatro? • Como você avalia a organização e o trabalho em grupo ao longo do projeto? Quais foram os desafios e as conquistas? • Como você avalia a sua participação na declamação durante o sarau? LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais Após a realização do projeto, é hora de avaliar os pontos positivos e os negativos, as dificuldades e as facilidades encontradas, a participação e o envolvimento de cada um em todo o processo. A avaliação é um importante instrumento em qualquer processo educativo. Avaliação final • Na opinião da turma, os convidados apreciaram o evento? • Os declamadores conseguiram transmitir as emoções pretendidas? • Os ouvintes se comportaram bem durante a recitação dos poemas, com respeito e atenção? • A apresentação prendeu a atenção ou gerou cansaço e desinteresse? • Quais foram as maiores dificuldades e facilidades encontradas para a realização do evento? REFERÊNCIAS SPOLIN, V. Jogos teatrais: O fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2006. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 1° Bimestre – Sequência Didática 1 Produção de biografias INTRODUÇÃO O gênerobiografia cria a possibilidade de reflexão sobre o outro, pois apresenta a trajetória de uma pessoa, sistematizando suas vivências e experiências. Esta sequência didática propõe o estudo do gênero a partir da leitura, da oralização e da produção escrita de textos biográficos, de modo que os alunos possam perceber como o passado pode se transformar em um texto concreto. O estudo com o gênero tem como objetivo tornar os alunos aptos a elaborar biografias, considerando as condições de produção, a finalidade e as características do gênero em texto escrito. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Trabalhar com biografias por meio da leitura e da análise das características do gênero. • Identificar as condições de produção, estrutura composicional e finalidade do gênero. • Produzir biografias considerando vivências particulares e/ou a partir de informações abertas de escritores, esportistas, produtores de conteúdo em vídeo, artistas entre outros. • Identificar o caráter historiográfico do gênero, percebendo-o enquanto instrumento de compreensão da realidade e de mundo diversos e heterogêneos por meio dos seres que o integram. COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS • Linguagens 1 Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. • Língua Portuguesa 1 Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. • Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. OBJETO DE CONHECIMENTO: PRODUÇÃO DE TEXTOS: TEXTUALIZAÇÃO (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc. DURAÇÃO 4 aulas. COMPETÊNCIA GERAL 2. Pensamento científico, crítico e criativo LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais PREPARAÇÃO São previstas atividades coletivas, individuais e em duplas. Para as atividades coletivas, organizar a sala com as carteiras em U. RECURSOS E MATERIAIS • Textos de biografias e autobiografias e imagens de personalidades previamente selecionados. • Computador com caixa de som e acesso à internet e/ou aparelho para projeção. DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividade coletiva. Atividade 1: Organize as carteiras da sala em U para uma discussão oral. Apresente a proposta das atividades. Para que os alunos possam entrar em contato com o gênero, convide-os a ler textos escritos obre as vidas e trajetórias de algumas personalidades. Eles devem pesquisar e indicar artistas, escritores, esportistas ou figuras conhecidas da comunidade, apresentando as informações pesquisadas, como: quando e onde nasceu, suas realizações etc. A partir dessas informações, oriente os alunos a elaborar um breve texto informativo sobre essas personalidades. Atividade 2: Disponibilize os textos produzidos em um varal em que cada uma das personalidades possa ver vista, associando uma imagem à produção escrita. Pergunte aos alunos se eles sabem quem são essas pessoas. Peça a eles que apresentem oral e resumidamente o que sabem sobre a vida de cada uma delas, enquanto exibe seu respectivo retrato. Ao final, questione-os sobre as características dos textos, verificando o conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero biografia. Anote as características apontadas pelos alunos, verificando e validando a partir da apresentação oral dos textos biográficos sobre as vidas e suas trajetórias comentadas. 2º AULA Preparação: Atividade coletiva. Atividade 1: Com auxílio do computador com acesso à Internet e projetor ou aparelho audiovisual, apresente à turma um vídeo biográfico produzido sobre um(a) autor(a) brasileiro(a). Sugere-se que os autores sejam Milton Hatoum, Daniel Galera, Lygia Fagundes Telles, Jarid Arraes etc., que apresente a história de não ficção sobre sua vida e trajetória enquanto escritores. Depois, levante uma discussão com os alunos sobre o vídeo apresentado. Pergunte se já conheciam o(a) autor(a) retratado(a) ou alguma de suas obras. Questione-os sobre os aspectos da vida do autor que foram apresentados no vídeo, discutindo o porquê desses terem sido abordados e não outros. Peça para que eles indiquem quais características estão presentes nesse tipo de produção biográfica que se semelha e distingui-se da biografia escrita. É importante que os alunos discutam sobre a adequação da produção para o suporte e à circulação. Sistematize algumas caracteríticas do gênero com os alunos: • Cronologia; • Verbos = perfeito do indicativo/presente do indicativo (presente histórico para dar vivacidade, luz aos fatos e acontecimentos narrados/realce (dizem, era, dormia, servia...); • Pessoa gramatical = 3ª pessoa, exceto autobiografia (ela); LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais • Pronomes pessoais e possessivos (ela, seu, seu); • Marcadores temporais (manhãzinha); • Apresentação da personagem ou personalidade, narração dos acontecimentos, conclusão, quando se avalia a relevância do biografado para o campo em que atuou; e • Gênero biografia exige pesquisa, detalhe e particularidades do biografado. Retome as características do gênero verificadas nos conhecimentos prévios dos alunos. Peça a eles que verifiquem e validem as características indicadas. Atividade 2: Apresente o conceito de biografia. Essa exposição pode se dar de maneira rápida na lousa. Segundo Carino (1999), “biografar é descrever a trajetória única, de um ser único, original e irrepetível; é traçar-lhe a identidade refletida em atos e palavras, é cunhar-lhe a vida pelo testemunho e outrem, é interpretá-lo, reconstruí-lo, quase revivê-lo.” A partir do conceito apresentado, questione o propósito de biografar um determinado indivíduo. Pergunte qual seria o objetivo: exaltar, criticar, descobrir, homenagear? Em seguida, apresentar os dois trechos dos textos abaixo, ressaltando os elementos linguísticos presentes em um texto biográfico. Peça aos alunos que apresentem exemplos a partir das biografias já apresentadas. Proponha a leitura de um texto biográfico. Sugere-se que o texto seja retirado do livro: “Extraordinárias: mulheres que mudaram o Brasil”, de Ariane Cararo e Duda Porto de Souza, Selo Seguinte. O livro traz perfis de mulheres de caráter revolucionário, de etnias e regiões diversas, do século XVI até a atualidade, que lutaram e/ou lutam por seus ideais e transformaram/marcaram, de alguma forma o país. O texto pode ser projetado; ou distribuídas cópias. Proponha a leitura em voz alta compartilhada e colaborativa. Em seguida, os alunos devem explorar coletivamente a personalidade da biografada. Reforce o caráter de investigaçãohistórica do gênero, ressaltando que biografia trata de vidas individuais, mas apresenta, muitas vezes, valores etc. Verifique se os alunos são capazes de diferenciar “personalidade” de “personagem” para entender a biografia como instrumento de análise histórica, além dos relatos de uma vida. 3º AULA Preparação: Atividade coletiva, seguida de atividade individual. Atividade 1: Escolha a imagem de uma personalidade marcante nacional. Projete-a aos alunos enquanto lê um trecho de sua autobiografia. Peça a eles que reflitam sobre os trechos do texto apresentado oralmente, analisando a vida, as ações e a trajetória da personalidade escolhida. Pergunte se eles acham que essa pessoa: foi influente em seu meio, em seu tempo? De que maneira? Sugestão de personalidade: Carolina Maria de Jesus. Na troca sobre apreciação e impressões, os alunos devem apresentar as características importantes que são ressaltadas no texto, como: autenticidade da personalidade, humor, inteligência, participação social, destaque em sua área de atuação, sua capacidade real de mobilização e engajamento. Atividade 2: Após apresentar a personalidade e os trechos de sua autobiografia, solicitar aos alunos que produzam uma biografia a partir do que lhes foi apresentado. Eles devem considerar os objetivos que pretendem ao elaborar o texto (características do(a) biografado(a) a serem ressaltadas), o suporte, a circulação, o público que terá acesso etc. Oriente-os a pesquisar em sites confiáveis na internet, livros, jornais e revistas informações sobre a vida, trajetória e obra do(a) biografado(a). Os dados devem ser anotados para que sejam revistos e selecionados para elaboração da biografia. Na sequência, peça aos alunos que apresentem o texto produzido oralmente aos demais colegas. 4º AULA Preparação: Atividade em dupla. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Atividade 1: Reúna os alunos em duplas. Eles devem atuar como biógrafos e biografados. As duplas precisam planejar suas produções e elaborar seus textos, considerando que a circulação será entre os familiares e responsáveis dos alunos e, posteriormente, entre os demais alunos da escola e que o suporte é um livro de biografias da turma. Para isso, eles devem contar uns aos outros os acontecimentos marcantes de suas vidas, desde a pequena infância até aos dias atuais. As duplas têm de anotar todas as informações para, em seguida, selecioná-las e escrever a biografia do colega. A revisão dos textos deve ser feita por outra dupla, verificando se as características do gênero estão presentes, se há erros ortográficos e de pontuação, se o texto está claro e coeso e se as informações apresentam acontecimentos marcantes. Os alunos devem editar seus textos realizando as correções necessárias. As duplas precisam avaliar os respectivos textos, para corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação e edição. Atividade 2: Junto aos alunos, organize os textos em um livro de biografias da turma. Verifique com eles as propostas para a circulação do livro. Comece circulando entre os próprios alunos. Eles podem levar o livro para casa e ler para seus familiares e responsáveis, disponibilizando-o, depois, para outras pessoas da escola. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Agende uma aula no laboratório de informática para que os alunos conheçam o Museu da Pessoa, museu virtual e colaborativo de histórias de vida, com o objetivo registrar, preservar e transformar em informação histórias de vida de diferentes pessoas da sociedade. Disponível em: <www.museudapessoa.com.br>. Acesso em: jul. 2018. Navegue com os alunos pelo site, de modo a conhecer as histórias gravadas, tanto do ponto de vista autobiográfico como biográfico. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação é processual e deve ser feita no desenrolar das atividades, estando atento à participação dos alunos, bem como ao seu nível de compreensão dos conteúdos trabalhados. No que diz respeito à produção textual, o material produzido contém as características pertinentes ao gênero? Para o gênero biografia, é preciso considerar nome do biografado, local, data e ano de nascimento; fatos importantes da vida do biografado; uso de terceira pessoa e pronomes pessoais e possessivos; uso de verbos, sobretudo no passado; presença de lembranças, memórias, grau de importância e impacto causado pelo biografado. Atentar-se à linguagem utilizada nas produções de texto. Ela é adequada? Os alunos compreenderam e reconheceram um texto biográfico? E as características do gênero? Promova uma autoavaliação. Distribua uma folha em branco para cada estudante e peça a eles que indiquem o que consideram adequado ao contexto de produção e circulação para um livro de biografia dos alunos da turma. QUESTÕES • Os alunos conseguiram compreender os elementos que caracterizam o gênero biografia? • Produziram um texto biográfico adequado? REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. CARARO, A.; SOUZA, D. P. Extraordinárias: mulheres que mudaram o Brasil. São Paulo: Selo Seguinte, 2017. CARINO, J. A biografia e sua Instrumentalidade educativa. Disponível em SciELO - Scientific Online Library : < https://bit.ly/2EnnVXA>. Acesso em: jul. 2018. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 1° Bimestre – Sequência Didática 2 Produção de poemas INTRODUÇÃO A proposta desta sequência didática tem como principal objetivo a produção de um poema. Por apresentar diferentes formas, o estudo do gênero amplia os conhecimentos sobre sons e jogos de palavras, efeitos de sentido por meio de sua disposição etc. É importante apreciar e identificar essa estrutura, estimulando o pensamento poético dos alunos, para, depois, incentivá-los em suas próprias criações e produções, dentro das possibilidades. O texto poético também propicia o contato com o universo expressivo dos alunos com a poesia, o que permite o aprendizado das funções da linguagem (referencial, denotativa, emotiva ou expressiva). OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Reconhecer elementos constitutivos de poemas. • Identificar e reconhecer as possibilidades de produção de um poema. • Incentivar a produção escrita de um poema, desenvolvendo o senso estético e crítico, a imaginação e a criatividade. • Diferenciar poesia, poema e prosa. COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS • Linguagens 5 Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. • Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. • Língua Portuguesa 9 Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. OBJETO DE CONHECIMENTO: PRODUÇÃO DE TEXTOS: TEXTUALIZAÇÃO (EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, adistribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais e sonoros. DURAÇÃO 4 aulas. COMPETÊNCIA GERAL 1. Conhecimento COMPETÊNCIA GERAL 3. Repertório cultural LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais PREPARAÇÃO A sala de aula deverá ser organizada de duas formas: em roda de conversa, na primeira aula, e em duplas, para que a leitura seja melhor aproveitada. Na terceira aula, as duplas vão produzir poemas. Para socializar a produção dos alunos, verificar com o gestor quais os melhores locais para a exposição do varal. RECURSOS E MATERIAIS • Livros de poemas. • Cópias de poemas. DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividade coletiva. Atividade 1: Organize uma roda de conversa com os alunos e apresente o tema da roda: poemas. Pergunte a eles quais foram os últimos poemas que eles leram e se sabem algum de cor para declamar aos colegas. Converse sobre os temas desses poemas, averiguando se os alunos identificam o assunto principal. Verifique o conhecimento prévio que eles têm sobre a estrutura do poema. Espera-se que eles indiquem as diferentes estruturas, como estrofes e versos variados. Anote as informações dos alunos, verificando se eles reconhecem as diferentes formas de poemas. Para introduzir o objeto de estudo, mostre a eles um poema por meio de transparência, projeção ou cópia impressa. Entre as sugestões estão os poetas Waly Salomão, Arnaldo Antunes, Paulo Leminski, Ana Cristina César. Apresente o título e autoria, sem indicar que se trata de um poema. Leia em voz alta enquanto os alunos admiram o texto. Pergunte a eles o que pode ser considerado um poema. Peça para justificarem. Anote as respostas dos alunos para retomá-las. Atividade 2: A partir do poema, explore com os alunos as figuras de linguagem e as marcas linguísticas de produzem os efeitos de sentido nos versos. Chame a atenção para metáforas, aliterações, analogias etc. Peça a eles que apresentem outros exemplos de figura de linguagem presentes no poema lido coletivamente. 2º AULA Preparação: Atividade coletiva. Atividade 1: Para ampliar os conhecimentos dos alunos, organize-os em duplas e proponha a leitura de dois poemas de diferentes formatos e estruturas. Distribua uma cópia de cada poema para cada dupla. Sugestão de poemas: Coletânea do material “Ler e Escrever”. Disponível em: <https://bit.ly/2EqkEGT>. Acesso em: jul. 2018. Leia os poemas em voz alta. Em seguida, peça aos alunos que identifiquem quais são os assuntos tratados, indicando como eles podem confirmar a afirmação e como cada um dos dois poemas está organizado. Peça que indiquem quantas estrofes e/ou versos eles têm, de que forma leram os poemas - de cima para baixo, da esquerda para a direita etc. Por fim, questione-os sobre: qual dos dois poemas foi mais fácil de ler? Qual deles apresenta uma forma mais criativa? Em qual dos poemas o assunto está presente no texto? Os alunos devem apresentar suas respostas. Durante a apresentação, estabeleça relações entre as respostas dos alunos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Atividade 2: Releia o poema em voz alta. Após a leitura, discuta sobre o tema tratado e permita que os alunos manifestem suas impressões sobre o texto. Pergunte qual é a linguagem utilizada e peça a eles que apontem características para justificar suas respostas. Em seguida, solicite aos alunos que comentem as duas definições: • “Poemas são pássaros” (Mário Quintana) • Poema é obra em versos (Dicionário) Pergunte a eles a que se deve a diferença de definições. Sentido figurado ou sentido literal? Na sequência, elaborem juntos uma definição científica e uma poética para uma palavra, como “coração”. Os alunos podem consultar o dicionário ou sites confiáveis na internet. Para o exemplo, espera-se que eles indiquem como definição científica: órgão muscular oco dos vertebrados, na cavidade torácica, que recebe o sangue das veias e o impulsiona para dentro das artérias; e como definição poética: a parte mais central ou mais profunda de algo. Peça a eles que criem hipóteses sobre o porquê de haver diferentes definições. Espera-se que eles indiquem que, enquanto um cientista precisa fazer uso de uma linguagem objetiva, utilizando o significado mais conhecido das palavras, o poeta utiliza-se da linguagem subjetiva (lírica, individual). Pode-se aprofundar a discussão explicando que a linguagem subjetiva dá um novo sentido a palavras conhecidas. Peça aos alunos que indiquem alguns exemplos. 3º AULA Preparação: Atividade em duplas. Atividade 1: Organize os alunos em duplas e apresente a eles outros poemas, desta vez poemas visuais do autor Sérgio Capparelli. Distribua-os entre os alunos para que possam ler, ver e verificar com atenção como os poemas são apresentados visualmente. Oriente as duplas a verificar em seus respectivos poemas: qual a figura ele forma? Observe o texto em cada parte da figura. Peça para as duplas que leram o mesmo poema que apresentem suas leituras para as outras e que relacionem o conteúdo e as escolhas que definiram a composição gráfico-visual do poema. Cada poema deve ser apresentado aos outros grupos em uma exposição geral das considerações das duplas. Atividade 2: Proponha uma reflexão sobre o poema visual e a importância da leitura visual do poema. Diferentemente dos poemas que, aos serem declamados, permitem que o ouvinte perceba os efeitos de sentido produzidos pelo ritmo e pela rima, o poema visual não tem o mesmo sentido sem ser visto. Para exemplificar, leia um poema visual em voz alta. Verifique se os alunos compreendem o sentido. Depois, mostre o poema e peça a eles que respondam novamente. Para finalizar a atividade, retome as anotações sobre as informações iniciais a respeito das características do gênero, de modo a articular os conhecimentos apreendidos durante as atividades. 4º AULA Atividade 1: Convide os alunos a produzir um poema. O objetivo é produzir um livro de poemas, que pode ser emprestado a todos da sala para ser lido aos familiares e responsáveis. Disponibilize alguns livros de poemas emprestados da biblioteca escolar. Em um primeiro momento, eles devem escolher um dos poemas para terem como referência sua estrutura, verificando rimas, estrofes, versos etc. Antes de iniciar a escrita do poema, apresente um cartaz com três pinturas para servirem de inspiração. Os alunos devem escolher um dos quadros como ponto de partida para a produção do poema. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Atividade 2: Retome os conceitos de rima – saliente que o poema não precisa necessariamente ter rimas –, linguagem figurada, estrofe, verso etc. O poema produzido deve ser revisado por um colega. Na revisão, é importante verificar se é possível compreender o poema, e o uso de recursos e elementos, analisando os efeitos de sentido produzidos. Peça aos alunos que identifiquem se o poema foi escrito considerando o livro de poemas da turma como suporte, para circulação. Por fim, eles devem verificar as correções indicadas, realizando as que julgarem adequadas, reescrevendo o poema e planejando a organização do livro para que ele possa circular conforme combinado. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Propor aos alunos uma intervenção poética por meio da ocupação do espaço escolar. Organize os alunos em grupos. Entregue a eles folhas em branco, giz de cera, cartolinas. Peça que produzam os poemas nos suportes flexíveis (folhas e cartolinas). Conduza a produção com atenção ao processo. Retome com os alunos os conhecimentos apreendidos sobre ritmo, rima, métrica etc. Ajude os grupos com comentários sobre suas produções. Peça a eles que investiguem os espaços e escolham aquele que quiserem ocupar. Eles devem justificar a escolha por meio de alguma perspectiva, seja ela de descoberta, redescoberta, reconhecimento, pertencimentoetc. Passeie com os grupos pela escola, verificando o que os colegas acharam da intervenção poética, com a ocupação dos diferentes espaços. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação é processual e deve ser feita no desenrolar das atividades; Atente-se à participação dos alunos, bem como ao seu nível de compreensão dos conteúdos trabalhados. No que diz respeito à produção textual, o material produzido contém as características pertinentes ao gênero? Para a produção de um poema, é preciso considerar o verso, as sílabas poéticas, a rima, a estrofe, o sentido figurado, entre outros. Observe a linguagem utilizada nas produções dos textos. Ela é adequada? Os alunos reconhecem as características do gênero? Promova uma autoavaliação. Distribua uma folha em branco para cada estudante e peça a eles que indiquem qual a etapa em que tiveram maior dificuldade na produção do poema. QUESTÕES • Qual é a especificidade do poema visual enquanto expressão artística? Eles devem ser declamados ou apenas lidos? Por quê? • Os alunos participaram das atividades de leitura, análise e pesquisa sobre os poemas designados? Eles foram capazes de identificar os aspectos formais dos poemas trabalhados? REFERÊNCIAS SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Ler e escrever: livro de textos do aluno / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; seleção dos textos, Claudia Rosenberg Aratangy. 3. ed. São Paulo: FDE, 2010. Disponível em Nova Escola Clube: <https://bit.ly/2EqkEGT>. Acesso em: jul. 2018. QUINTANA, M. Esconderijos do tempo. Porto Alegre: Alfaguara Brasil, 2014. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 1° Bimestre – Sequência Didática 3 Declamação de poemas INTRODUÇÃO A sequência didática foca na leitura de poemas e na verbalização por meio da declamação. O trabalho com o gênero poema em sala de aula incentiva a apreciação e a oralização, aproxima-os de uma linguagem elaborada cujos sentidos ultrapassam a materialidade das palavras cotidianas. Uma expressão artística com essa força nos permite, não apenas refletir sobre questões práticas, como gênero, autoria, contexto de produção, conteúdo temático e marcas linguísticas, como também, ingressar no próprio universo artístico da linguagem oral por meio da declamação. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Ler textos poéticos de modo expressivo. • Aprender a escutar, ler, compreender, interpretar e declamar poemas. • Declamar poemas. COMPETÊNCIA, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Linguagens 5 Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico- cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. Língua Portuguesa 9 Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. OBJETO DE CONHECIMENTO: TEXTUALIZAÇÃO (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, COMPETÊNCIA GERAL 3. Repertório cultural LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão. DURAÇÃO 4 aulas. PREPARAÇÃO São previstas atividades coletivas, individuais e em grupo. Por isso, a sala deve ser organizada com as carteiras em forma de U, enfileiradas e também com as carteiras unidas. RECURSOS E MATERIAIS • Livros e/ou cópias de poemas. • Textos poéticos. • Projetor, transparência ou cópia de poemas. DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividade coletiva. Atividade 1: Organize uma roda de conversa para verificar os conhecimentos prévios dos alunos. Pergunte a eles se já declamaram ou participaram de alguma declamação de poemas. Observe como os alunos se sentem com essa pergunta. Durante a conversa, espera-se que eles indiquem que o universo da declamação de poemas é o da exposição, da voz, do corpo, do sentimento. Atividade 2: Declamar e/ou mostrar poemas declamados para os alunos. Sugestão: Artistas declamam poesia de Drummond. Disponível em O Palma: <https://bit.ly/2yTPrGr>. Acesso em: set 2018. A partir da declamação, peça aos alunos que apresentem suas apreciações e opiniões a respeito da expressão artística, do ritmo, da rima etc. Explique que o ato de declamar demanda atenção tanto na leitura como na compreensão do conteúdo que se quer transmitir. Verifique se eles compreendem a relação entre a forma do poema e o conteúdo para a declamação. Peça a eles que indiquem se acreditam que esses aspectos são fundamentais ou não para o encantamento do público ouvinte. 2º AULA Preparação: Atividade em grupo. Atividade 1: Divida os alunos em grupos e peça a cada um deles que escolha um poema em um dos livros da biblioteca escolar. Oriente-os a fazer uma leitura em voz alta e a selecionar dois poemas preferidos. Os grupos devem apresentar as informações sobre o universo da leitura poética e os aspectos que mais lhes chamaram a atenção na leitura dos poemas selecionados. Anote os poemas escolhidos pelos grupos em uma cartolina e fixe-a no quadro de giz. Providencie cópias desses poemas para toda a turma. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Atividade 2: Solicite aos grupos que leiam em voz alta os poemas selecionados para os colegas. Verifique se, durante essa leitura, eles interpretam o texto de forma expressiva, respeitando o ritmo, as pausas, as hesitações e a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos. Apoie e encoraje e incentive-os a se sentirem à vontade para realizar a leitura na frente dos outros e a encarar com naturalidade a atividade. 3º AULA Preparação: Atividade coletiva e individual. Atividade 1: Convide os alunos a organizar uma sessão dedeclamação de poemas. Para isso, apresente a eles as etapas que podem ser seguidas para que a declamação seja realizada. Selecione um poema e utilize-o como exemplo durante o passo a passo. Durante esse processo, verifique se os alunos compreendem o que você indica e explica a respeito do poema: 1 – ESCOLHA DO TEXTO: A escolha do texto/poema a ser declamado, trata-se de uma etapa importante. É necessária uma compatibilidade com o(a) declamador(a). Características como gênero, idade, pessoa do discurso etc. devem ser consideradas nesse momento. Os alunos precisam estar o mais livres possível para essa escolha. 2 – COMPREENDENDO O POEMA ESCOLHIDO: Esclareça aos alunos que eles precisam compreender o poema, senti-lo em seu âmago, vivenciar uma experiência sensorial para aflorar o lirismo do texto poético. “Conhecer”, “sentir” a poesia do texto. Nesse sentido, é importante entender o vocabulário, a pronúncia, a pontuação, as pausas, o ritmo. 3 – MEMORIZANDO O POEMA ESCOLHIDO: Esclareça que decorar o poema é mais do que lê-lo; que dar voz e corpo ao poema vai além de decorar termos e palavras. A memorização pode se dar de maneira mais gradual, estrofe por estrofe, verso por verso, se for o caso. Assim, vai se trabalhando de forma mais ampla o texto, chegando até mesmo ao universo da interpretação, que envolve a percepção individual, aquela leitura que considera o repertório do estudante, sua vivência, sua maturidade de leitura. 4 – IDENTIFICAR O POEMA: Para esta etapa é preciso, por questões éticas, indicar a autoria e o título do poema. 5 – DRAMATIZAR O POEMA: Declamar um texto poético pressupõe postura cênica, em que os gestos, o tom da voz, o ritmo etc. precisam ser trabalhados como uma atuação. O declamador é o ator, aquele que dá voz, vida e sentimento ao poema. 6 – INTERPRETAÇÃO O POEMA: O estudante deve ampliar e aprofundar a leitura do texto poético. Nesse passo, aflora a sensibilidade para o lirismo presente no poema, pois é o momento de diálogo profundo com essa expressão artística tão rara. 7 – IMPOSTAÇÃO DA VOZ NA DECLAMAÇÃO: O estudante precisa ter o máximo de cuidado na entonação, na clareza das palavras declamadas, ou seja, a dicção, para que o público o acolha nesse momento de profunda fruição artística, para que perceba os sentidos nas camadas mais significativas do poema declamado. 8 – AGRADECER: Ao final, oriente-os a agradecer. E para indicar o fim da declamação poética, é possível diminuir o tom da voz, ou até levantá-la, se couber; pode-se fazer um gesto de cabeça, de mãos, curvar o corpo. O movimento feito deve deixar claro ao público que a declamação chegou ao fim. Atividade 2: A partir desses passos, oriente as escolhas e os treinos dos alunos para a realização da declamação de poemas. Verifique se os alunos realizam os oito passos apresentados para a realização da atividade. Durante o treino, observe se os alunos percebem aspectos, como: a entonação (impostação da voz); a articulação das palavras; o ritmo e a fluência da declamação; as expressões faciais e corporais etc. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 4º AULA Preparação: Atividade coletiva e individual. Com a ajuda dos alunos e do gestor escolar, organize um espaço da escola para a declamação de poemas, promovendo um sarau. Defina com eles o lugar em que as declamações serão feitas, se na sala de aula ou no pátio da escola etc. Eles podem levar consigo a cópia do poema selecionado, para que se sintam mais seguros na hora de declamá-lo sem ler. Auxilie aqueles que tiverem dificuldade para se expressar, ficando ao seu lado e oferecendo apoio. Verifique como os alunos realizam a declamação dos poemas escolhidos. Organize a ordem das apresentações. Reforce que o momento de cada estudante deve ser respeitado com acolhimento e respeito. Peça que manifestações de apoio ou críticas não sejam feitas durante as apresentações para evitar desconforto ou desconcentração dos declamadores. Agradeça à colaboração de todos ao final do evento de declamação. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Convide os alunos a declamar poemas ao início ou ao final de cada semana para, assim, ampliar seus repertórios e aprimorar a leitura em voz alta e a oralização de poemas por meio da declamação. Cada semana um estudante deve ser responsável pela declamação de um poema antes de iniciar as aulas e/ou para o encerramento da semana. Eles devem selecionar um poema e treinar a leitura em voz alta. Indique alguns poetas que sejam do cânone e outros que sejam mais recentes, como Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Cora Coralina, Cruz e Souza, Ferreira Gullar, Ferrés, Alice Sant’Anna, Fabrício Corsaletti, Fátima Trinchão etc. Caso haja na turma alunos com algum tipo de deficiência que prejudique sua participação nessa atividade, procure incentivar os colegas a auxiliá-los, lendo o poema para eles e ajudando- os a decorar os versos, ou aprendendo os sinais que usam para expressar cada palavra do poema, interpretando-o com eles dessa forma, por exemplo. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação é processual e deve ser feita no desenrolar das atividades, estando atento à participação dos alunos, bem como ao seu nível de compreensão dos conteúdos trabalhados. No que diz respeito à declamação de poema, as atividades realizadas foram pertinentes? Os alunos foram capazes de realizar leituras expressivas, considerando ritmo, rima, estrofação etc.? Avalie se os alunos foram capazes de ler os poemas em voz alta e declamá-los. Questione-os, em uma autoavaliação, sobre o que eles consideraram ter maior dificuldade. QUESTÕES • De que maneira a leitura e a declamação com textos poéticos contribuem para a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente? • Os alunos conseguiram ler poemas com autonomia? Eles memorizaram e declamaram o poema conforme proposto? REFERÊNCIAS PAIVA, A. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. ZULAR, R. (org.) Criação em Processo. Ensaios de crítica genética. São Paulo: Iluminuras, 2002. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais PROPOSTAS DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM – 1º BIMESTRE ESCOLA: _____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ALUNO: _____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ DATA: ______/______/______ TURMA: _______________ AVALIAÇÃO Para responder às questões de 1 a 8, ler a crônica do ficcionista brasileiro Lima Barreto (1881- 1922). A carroça dos cachorros Quando de manhã cedo, saio da minha casa, triste e saudoso da minha mocidade que se foi fecunda, na rua eu vejo o espetáculo mais engraçado desta vida. Amo os animais e todos eles me enchem do prazer natureza. Sozinho, mais ou menos esbodegado, eu, pela manhã desço a rua e vejo. O espetáculo mais curioso é o da carroça dos cachorros. Ela me lembra a antiga caleça dos ministros de Estado, tempo do império, quando eram seguidas por duas praças de cavalaria de polícia. Era no tempo da minha meninice e eu me lembro disso com as maiores saudades. - Lá vem a carrocinha! - dizem. E todos os homens, mulheres e crianças se agitam e tratam de avisar os outros. Diz Dona Marocas a Dona Eugênia: - Vizinha! Lá vem a carrocinha! Prenda o Jupi! E toda a “avenida" se agita e os cachorrinhos vão presos e escondidos. Esse espetáculo tão curioso e especial mostra bem de que forma profunda nós homens nos ligamos aos animais. Nada de útil, na verdade, o cão nos dá; entretanto, nós o amamos e nós o queremos. Quem os ama mais, não somos nós os homens; mas são asmulheres e as mulheres pobres, depositárias por excelência daquilo que faz a felicidade e infelicidade da humanidade - o Amor. São elas que defendem os cachorros dos praças de polícia e dos guardas municipais; são elas que amam os cães sem dono, os tristes e desgraçados cães que andam por aí à toa. Todas as manhãs, quando vejo semelhante espetáculo, eu bendigo a humanidade em nome daquelas pobres mulheres que se apiedam pelos cães. A lei, com a sua cavalaria e guardas municipais, está no seu direito em persegui-los; elas, porém, estão no seu dever em acoitá-los. BARRETO, Lima. Marginália. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000173.pdf >. Acesso em: 27 jul. 2018. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 1. A crônica é narrada em 1ª ou 3ª pessoa? Destaque do texto elementos que justifiquem o foco narrativo escolhido. ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 2. O narrador participa da história ou apenas observa? ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 3. Onde e quando se passa a história? ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 4. No trecho: “E toda a “avenida" se agita e os cachorrinhos vão presos e escondidos.”, as aspas na palavra avenida foram utilizadas com propósito: a) expressivo figurativo b) apenas de chamar a atenção para a passagem da carrocinha c) de marcar ironia d) de indicar que se trata de palavra de língua estrangeira 5. Transcreva do texto adjetivos e/ou locuções adjetivas que se referem: a) aos sentimentos do cronista: ________________________________________________________________________________________ b) aos cachorros: ________________________________________________________________________________________ LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 6. A partir da leitura da crônica, o adjetivo “pobres” caracteriza: a) as mulheres b) os policiais c) os sentimentos do cronista d) os cães 7. Destaque do texto ao menos dois elementos que ordenam a narrativa do ponto de vista temporal. ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 8. No trecho “São elas que defendem os cachorros dos praças de polícia e dos guardas municipais; são elas que amam os cães sem dono, os tristes e desgraçados cães que andam por aí à toa. “, as palavras destacadas se referem a: a) vizinhas b) às mulheres c) Dona Marocas e Dona Eugênia d) às mulheres e às mulheres pobres 9. A palavra carrocinha, no trecho “- Lá vem a carrocinha! “ é um substantivo que recebeu o sufixo –inho-, porém, no feminino. Tal acréscimo cria que efeito de sentido? O mesmo sentido ocorre com a palavra cachorrinho, do trecho “os cachorrinhos vão presos e escondidos.”? Observe o banner a seguir e responda: Disponível em: < www.prefeitura.sp.gov.br/controledezoonoses/>. Acesso em 10jul.18. ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 10. De que maneira esse texto dialoga com a crônica de Lima Barreto? Destaque do banner elementos gráfico-visuais que justifiquem a aproximação. ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais GABARITO E ORIENTAÇÕES QUESTÃO 1 Habilidade trabalhada: (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (Campo artístico-literário). Resposta: A crônica é narrada em 1ª pessoa. Há traços linguísticos que comprovam esse foco narrativo, como, verbos conjugados em 1ª pessoa (saio, vejo, amo etc.), pronomes pessoais (minha, me etc.). Orientações: A questão avalia se o aluno conhece características do gênero crônica. O ideal é que o aluno compreenda o foco narrativo, que é o ponto de vista adotado para contar os acontecimentos. Caso o aluno apresente dificuldade, chame a atenção dele para o fato de a história ser contada em 1ª pessoa, ou seja, o narrador ser também personagem, mas nesse caso, narrador coadjuvante, pois observa a cena. Nesse tipo de foco narrativo, alguns traços subjetivos se manifestam, pois, há uma espécie de envolvimento emocional diante do desenrolar dos acontecimentos. QUESTÃO 2 Habilidade trabalhada: (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (Campo artístico-literário). Resposta: Embora a história seja contada em 1ª pessoa, por um narrador que é também personagem, é ainda coadjuvante, ou seja, ele está em cena, mas apenas a observa, relatando os acontecimentos. Orientações: A questão avalia se o aluno conhece características do gênero crônica. O ideal é que o aluno compreenda o foco narrativo. Caso ele apresente dificuldade, chame atenção para a diferença entre os focos narrativos e suas possíveis implicaçõespara o texto. Um narrador pode ser em primeira ou em 3ª pessoa, que se posiciona como protagonista ou coadjuvante. Isso LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais significa procedimentos narrativos específicos. Por exemplo, o observador não conhece as particularidades de toda a história, ele se limita a narrar os fatos à medida que eles se desenvolvem. Por isso, o narrador não interfere no desenrolar dos fatos. Já se o narrador é em 3ª pessoa, vale lembrar que a narrativa assume caráter mais objetivo. QUESTÃO 3 Habilidade trabalhada: (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (Campo artístico-literário) Resposta: A história ocorre de manhã cedo, todas as manhãs e se passa na rua. Orientações: A questão avalia se o aluno conhece características do gênero crônica. Caso ele tenha dificuldades, analise elementos lexicais da narrativa que indicam tempo e espaço em que as ações se desenrolam. QUESTÃO 4 Habilidade: (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (Campo artístico-literário) Resposta: Alternativa a. Orientações: A questão avalia a análise de texto ficcional, reconhecendo linguagem figurada e se o aluno sabe utilizar pontuação expressiva. Ajude o aluno a perceber que nesse caso, as aspas foram utilizadas com o propósito expressivo figurativo, pois, não é a avenida que se agita e sim as pessoas que estão nela. Não confundir esse recurso metonímico (avenida pelas pessoas) com a personificação, que é a atribuição de características de seres vivos a seres inanimados ou objetos. A avenida não ganha caráter humano. Apenas as pessoas que estão nela se movimentam e se manifestam. QUESTÃO 5 LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais Habilidade: (EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo. (Todos os campos de atuação) Resposta: a) os sentimentos do cronista: “triste e saudoso”, b) os cachorros: “presos e escondidos”. Orientações: A questão avalia a capacidade de os alunos em analisar a função e as flexões de adjetivos. Verifique se os alunos são capazes de identificar que os adjetivos “triste” e “saudoso” referem-se ao sujeito desinencial “eu” e “presos” e “escondidos” referem-se a “cachorrinhos”, concordando em número e gênero. QUESTÃO 6 Habilidade: (EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo. (Todos os campos de atuação) Resposta: Alternativa b. Orientações: A questão avalia a capacidade dos alunos em analisar a função e as flexões de adjetivos. Caso o aluno tenha dificuldades, retome a leitura do texto e verifique com eles a qual substantivo o adjetivo “pobres” é atribuído, concordando em número. QUESTÃO 7 Habilidade (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (Campo artístico-literário) Resposta: “quando de manhã cedo” (1º parágrafo) e “todas as manhãs” (15º parágrafo) Orientações: A questão avalia a análise de texto ficcional, de modo a verificar o tempo na crônica. Caso os alunos tenham dificuldade, trabalhe os elementos linguísticos que marcam temporalidade nas narrativas. QUESTÃO 8 Habilidade (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (Campo artístico-literário) Resposta: Alternativa d. Orientações: A questão verifica se os alunos são capazes de avaliar o uso de recursos linguístico- gramaticais em textos literários e os efeitos de sentido que eles produzem. Caso eles tenham dificuldades, ajude-os a relacionar os pronomes pessoais “elas” às mulheres e às mulheres pobres. QUESTÃO 9 Habilidade: (EF67LP35) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras compostas. (Todos os campos de atuação) Resposta: De indicar que se trata de uma carroça pequena. Orientações: A questão avaliar se os alunos são capazes de compor palavras. Verifique se elessão capazes de identificar que o sufixo latino “-inho”; “-inha” pode ser usado em substantivos, adjetivos e advérbios como intensificador. Já na palavra “cachorrinhos”, o uso do sufixo gera efeito de carinho, sentimento bom. Explique, se necessário, que o sufixo latino “-inho”; “-inha” pode ser usado em substantivos, e como intensificador em advérbios (devagarinho/devagarzinho) e adjetivos (bonitinho, azulzinho), com diferentes finalidades. QUESTÃO 10 Habilidade: (EF67LP08) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou oposição) etc. Em notícias, reportagens, fotorreportagens, foto-denúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e propagandas publicados em jornais, revistas, sites na internet etc. Campo jornalístico/midiático Resposta: Resposta subjetiva. Espera-se que os alunos identifiquem que tanto a crônica de Lima de Barreto como o banner da prefeitura da cidade de São Paulo são sobre os cachorros. O banner indica outro animal, visualmente, além dos cachorros: os gatos. Os dois textos com visão de acolhimento para os animais domésticos, mas de diferentes pontos de vista. No caso do banner, o apelo é para a adoção, que procura convencer o público com elementos gráficos, que sugerem sentimento de carinho, como as patinhas em forma de coração, o contraste entre o azul e o branco, cores de leveza reforçam a delicadeza do convite. Já a crônica, apresenta a atuação do poder público na forma da carroça e da apreensão dos cachorros, sem determinar que há uma proposta de adoção, mas apresentando o mesmo carinho, sobretudo das mulheres, pelos cachorros. Orientações: A questão trabalha a intertextualidade e a possibilidade dos alunos perceberem de quais formas esse diálogo pode ser realizado por meio da relação entre as características dos dois gêneros. Caso os alunos tenham dificuldade, ajude-os em um primeiro momento, na análise do banner, tanto do texto escrito como visual e, em um segundo momento, relacionar os elementos semelhantes e, em seguida, os elementos que diferenciam os dois textos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais FICHA DE ACOMPANHAMENTO BIMESTRAL A Ficha de Acompanhamento Bimestral1 é um instrumento que tem como objetivo subsidiar o trabalho docente e verificar a apropriação dos conhecimentos dos alunos em relação aos aspectos das habilidades trabalhadas no bimestre. Ela pode ser utilizada em reuniões do conselho de classe, no atendimento aos familiares e responsáveis dos alunos, além de auxiliar nas aferições da aprendizagem junto aos registros de observações diárias e às avaliações. Utilize as referências a seguir para anotar o desempenho individual de cada aluno e, se necessário, anote na coluna “observações estratégicas” o que pode contribuir para o aprimoramento das apreensões. ND = Não desenvolvido PD = Pouco Desenvolvido D = Desenvolvido NO = Não observado NOME DO ALUNO: PRÁTICAS DE LINGUAGEM INDICADORES DE APRENDIZAGEM DESEMPENHO OBSERVAÇÕES ESTRATÉGICAS LE IT U RA Identifica efeitos de sentido em textos jornalísticos- midiáticos Realiza pesquisa usando fontes indicadas e abertas Analisa em textos literários e manifestações artísticas referências explícitas ou implícitas a outros textos Lê textos literários de forma autônoma e compreende-os selecionando procedimentos, estratégias de leitura adequados aos diferentes objetivos e leva em conta características dos gêneros e suportes Infere a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo em texto literário Analisa em textos narrativos ficcionais as diferentes formas de composição próprias de cada gênero Interpreta, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de diferentes recursos Interessa-se e envolve-se pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos PR O D U ÇÃ O ES CR IT A Divulga resultados de pesquisas por diferentes meios e gêneros Produz textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação Produz entrevistas considerando situação e contexto de produção Cria poemas compostos por versos livres e de forma fixa 1 Os indicadores de aprendizagem foram elaborados a partir das habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para Língua Portuguesa. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais O RA LI D A D E Respeita os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas Toma nota em diferentes práticas orais Engaja-se e contribui com a busca de conclusões comuns relativas a diferentes questões sociais Apresenta argumentos e contra-argumentos coerentes Posiciona-se de forma consistente e sustentada em diferentes situações orais Produz notícias para rádios, tv ou vídeos, podcasts noticiosos e de opinião, entre outros gêneros orais A N Á LI SE L IN G U ÍS TI CA / SE M IÓ TI CA Analisa a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo Analisa as diferenças de sentido entre palavras de uma série sinonímica Forma antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção de negação Distingui palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras compostas Escreve palavras com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Plano de Desenvolvimento Bimestral Apresentação Prezado professor, Este Plano de Desenvolvimento explicita os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados durante o 6º ano do Ensino Fundamental, apresentando subsídios e sugerindo práticas de sala de aula que contribuam com o trabalho a ser realizado. Uma aprendizagem eficaz da Língua Portuguesa, que contemple as práticas de linguagem, relaciona as informações explicitadas a diferentes práticas didático-pedagógicas. Além das propostas, o material apresenta sugestões de atividades, indica fontes de pesquisa, orienta a gestão do tempo em sala de aula e propõe o acompanhamento das aprendizagens. O Plano de Desenvolvimento está ordenado nas seguintes partes: I. Objetos de conhecimentos e habilidades A primeira parte apresenta os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados no bimestre que deverão ser tomados como metas para o ensino e a aprendizagem, possibilitando aos alunos a apropriação dos conhecimentos de Leitura, Produção de texto, Oralidade e Análise linguística/semiótica. As informações que compõem o quadro estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando à organização, à facilidade de uso e ao cumprimento das metas de aprendizagem. Os objetos de conhecimentos e as habilidades são um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais. Por isso, o trabalho deve ser contínuo. Vale destacar que as habilidades apresentam um arranjo possível e os agrupamentos propostos não devem ser tomados como um modelo obrigatório, mas uma proposta para facilitar a compreensão dos conjuntos e inter-relacionamento possíveis, enfatizando articulações entre campos, objetos de conhecimento e habilidades. Por fim, ao final do quadro, são apresentadas algumas habilidades essenciais para dar continuidade aos estudos. II. Propostas de atividades Na segunda parte, são indicadas propostas de atividades, organizadas por práticas de linguagem (Leitura, Produção de texto, Oralidadee Análise Linguística/Semiótica), recorrentes em sala de aula e que podem favorecer o trabalho com as habilidades. Também são apresentadas as sequências didáticas e o projeto integrador bimestrais, com o objetivo auxiliar a organização e planejamento para a realização dessas práticas didático-pedagógicas. III. Gestão da sala de aula Na terceira parte, o foco é a gestão do tempo em sala de aula e dos recursos que possibilitam um melhor gerenciamento do trabalho docente. As orientações são concernentes ao ambiente, às formas de apresentação, à organização das situações e do tempo. IV. Acompanhamento das aprendizagens A quarta parte aborda avaliações e instrumentos de aferição que podem contribuir para avaliar o desempenho dos alunos. V. Fontes de pesquisa A quinta e última parte inclui indicações e outras fontes de pesquisa, como sites, vídeos, filmes, revistas e artigos para serem usados em sala de aula. As propostas e os subsídios apresentados neste Plano de Desenvolvimento são orientações de caráter aberto e, podem, portanto, ser adaptados de acordo com a realidade escolar e das práticas da sala de aula, com o propósito de promover uma aprendizagem significativa dos alunos. Bom trabalho! LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 2º BIMESTRE OBJETOS DE CONHECIMENTOS E HABILIDADES Este Plano de Desenvolvimento orienta a trabalhar com os seguintes objetos de conhecimento e habilidades para o 2º Bimestre, do 6º ano: PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES* CONTEÚDO Leitura Estratégia de leitura Distinção de fato e opinião Estratégia de leitura: identificação de teses e argumentos Apreciação e réplica Curadoria de informação Relação entre textos Estratégias de leitura Apreciação e réplica Apreciação e réplica Relação entre gêneros e mídias Estratégia de leitura: aprender os sentidos globais do texto Efeitos de sentido Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção Apreciação e réplica Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos Adesão às práticas de leitura (EF67LP04) (EF67LP05) (EF67LP20) (EF67LP27) (EF67LP28) (EF69LP02) (EF69LP03) (EF69LP05) (EF69LP44), (EF69LP45) (EF69LP47), (EF69LP48) (EF69LP49) • Leitura de charge • Leitura de conto • Leitura de crônica • Características do gênero crônica • Leitura de relato de memórias • Foco narrativo: primeira ou terceira pessoa • Leitura de capa de livro • Leitura de imagem: ilustração • Leitura de diário íntimo • Características do gênero diário íntimo • Leitura de classificado poético • Leitura de poema • Leitura de romance (fragmento) LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Produção de textos Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição Textualização Consideração das condições de produção Estratégias de produção: planejamento, textualização e revisão/edição (EF67LP21) (EF69LP07) (EF69LP51) • Produção de relato de memórias • Produção de classificado poético • Produção de diário íntimo Oralidade Planejamento e produção de entrevistas orais Conversação espontânea Procedimentos de apoio à compreensão Tomada de nota Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social Discussão oral Estratégias de produção: planejamento e produção de apresentações orais Estratégias de produção Produção de textos orais Oralização (EF67LP14) (EF67LP23) (EF67LP24) (EF69LP13), (EF69LP14), (EF69LP15) (EF69LP25) (EF69LP38) (EF69LP39) (EF69LP53) • Apresentação oral • Roda de conversa • Debates Análise Linguística/ Semiótica Morfossintaxe Elementos notacionais da escrita/morfossintaxe Semântica Coesão Fono-ortografia Coesão Variação linguística (EF06LP06) (EF06LP11) (EF06LP12) (EF67LP32) (EF67LP36) (EF69LP55), (EF69LP56) • Artigo (definido e indefinido) • Numeral • Concordância nominal • Variedade linguística • Linguagem formal e informal • Pronomes (pessoal, de tratamento, possessivo, demonstrativo) • Pessoas do discurso • Discurso direto e discurso indireto • Acentuação das proparoxítonas e oxítonas * As descrições das habilidades podem ser conferidas ao final do plano. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais HABILIDADES ESSENCIAIS O trabalho com as habilidades abaixo é essencial para dar continuidade aos estudos dos alunos: (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –crônicas, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. (EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual. (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário. (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc. (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto). PROPOSTAS DE ATIVIDADES A recorrência de algumas práticas pedagógicas em sala de aula deve ser parte do planejamento bimestral para que os objetos de conhecimento e as habilidades explicitadas possam ser trabalhados de modo eficaz. A seguir, são propostas algumas atividades, separadas por práticas de linguagem: Propostas de atividades de LEITURA Leitura em voz alta Promover a leitura em voz alta colaborativa com os alunos, preparando-se para essas atividades, com a escolha adequadado texto e a realização do objetivo proposto. • A escolha prévia e adequada do suporte para a leitura do texto (projeção; computador, internet, laboratório de informática, papel, e tipo de papel), tudo isso contribui para o sucesso da leitura. • A leitura do texto deve ser planejada e compreender a participação dos alunos. • Atividades após a leitura devem ser programadas para que sejam significativas, cumprindo diferentes propósitos, como: apreciar e incentivar a busca de informações, para aprender coisas novas etc. Considerando estratégias diferenciadas para a prática. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Leitura de charges Gênero marcado pela relação entre as linguagens verbal e não verbal, as charges costumam ser boas estratégias para desenvolver a leitura verbo-visual dos alunos. É possível trabalhar as características do gênero, sobretudo chamando a atenção para o humor e para a crítica. Simulações radiofônicas ou televisivas Telejornais ou programas radiofônicos, com roteiro adequado ao gênero oral, devem ser trabalhados, considerando traços como desinibição, adequação do ritmo de leitura, impostação da voz. Propostas de atividades de PRODUÇÃO DE TEXTO Desenvolvimento em etapas para a escrita O trabalho com produções textuais será conduzido em quatro etapas: • Planejamento: propostas de planejamentos indagando sobre a escrita, retomada de leituras, verificando a estrutura do texto, o público-alvo etc. • Reflexão e discussão: promover reflexões para desenvolver olhar crítico sobre os textos. • Releitura: mapear as incoerências, ideias soltas, desvios da norma padrão, ajustes de pontuação, ortografia. • Reescrita: correções coletivas, com sugestões de melhorias do texto. • Edição: editar e trabalhar o texto, ilustrando-o, por exemplo. • Avaliação: verificar como foi o processo de escrita. • Releituras Criar o hábito de releitura de textos escritos para o aperfeiçoamento do processo, sobretudo em produções coletivas, seja para buscar novas interpretações seja para ajustes de ordem ortográfica. Propostas de atividades de ORALIDADE Rodas de conversa Momento de troca de informações, de planejamento de atividades, de verificação de conhecimentos prévios, de identificação de repertório. Debates Os debates têm como objetivo contribuir para a aprendizagem de textos orais em situações comunicativas simuladas. Essa prática permite ao aluno apropriar-se da língua a partir de mecanismos formais, pesquisando, planejando e preparando sua atuação. Apresentação de trabalhos com suporte de recursos multimídias Os alunos serão ensinados quanto os procedimentos formais, ao trabalho com a linguagem, à postura em uma apresentação ao público. Considerando: • Seleção e escolha do tema a ser trabalhado. • Compreensão do assunto abordado. • Pesquisas em diferentes fontes e meios para aprender mais e melhor sobre o objeto estudado. • Planejamento a apresentação. • Produção do roteiro para a apresentação. • Realização da apresentação utilizando com destreza diversas ferramentas do meio digital. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Vídeos-debate e cinema na escola Esse tipo de atividade permite compreender a estrutura argumentativa do debate, pois, debater implica pensamento crítico sobre tema de interesse da comunidade, em contexto social determinado, com argumentos capazes de persuadir o interlocutor. Permite também vivenciar diversidade linguística, com respeito aos diferentes falares, desenvolver atitudes éticas e responsáveis. O trabalho pode ser desenvolvido a partir do levantamento de conhecimentos prévios, com posterior escolha e apresentação do tema, discussão das regras, definição dos papéis e pesquisa sobre ele. A escolha do vídeo/filme motivador deve considerar discussão prévia com a turma. É possível, por exemplo, problematizar situações da narrativa, personagem, questões colocadas pelo filme motivador. Entrevista Recurso pedagógico eficaz para diferenciar o fato da opinião e para comparar a linguagem oral e a escrita. O trabalho com o gênero entrevista requer: • Escolha do entrevistado e do tema da entrevista; • Pesquisa prévia: leitura sobre o tema, perceber e inferir as relações que existem entre o tema e o entrevistado; • Definição do horário e o modo (o canal - pessoalmente, por e-mail ou por telefone) da entrevista, numa relação de parceria com o entrevistado; • Seleção das perguntas relacionadas ao tema e de interesse dos leitores; • Orientação para a transcrição da entrevista. Propostas de atividades de ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA Consulta ao dicionário Incentivar e orientar os alunos a utilizar o dicionário para localizar palavras cujo teor eles desconheçam, ampliando o conhecimento ortográfico e vocabular da língua. O léxico do texto Procurar palavras desconhecidas no dicionário quanto ao significado e/ou à grafia, promovendo o estímulo à pesquisa e possibilitando fixação mais consistente de conteúdos. Além das propostas de atividades, o Plano de Desenvolvimento apresentam outras práticas-didático pedagógicas, que têm como objetivo incentivar diferentes práticas e metodologias em sala de aula. São elas: PROJETO INTEGRADOR Nome: Espaço escolar: a escola que queremos Habilidades de Língua Portuguesa a serem desenvolvidas no projeto: Textualização, revisão e edição (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. Discussão oral (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos. Curadoria de informação (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas. O projeto integrador tem como objetivo: O projeto tem como objetivo questionar os alunos sobre o espaço escolar. Eles serão incentivados a verificar como era a escola antigamente e comparar com hoje em dia, identificando semelhanças e diferenças, além de observar e identificar os aspectos da realidade de sua escolar, pesquisando e propondo como esses espaços podem ser melhorados. O projeto pretende integrar os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Geografia e Matemática. SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS 2º BIMESTRE SEQUÊNCIAS PRÁTICA DE LINGUAGEM/ OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES OBSERVAÇÕES Sequência 4: Crônica Leitura: • Estratégias de leitura/ Apreciação e réplica • Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção • Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos. (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, ecompreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto- juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes Esta sequência didática propõe o estudo do gênero crônica, por meio da leitura de várias crôncias. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. Sequência 5: Pronomes e coesão textual Análise Linguística/Semiótica: • Semântica • Coesão (EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual. (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto). Nesta sequência didática, por meio da leitura de textos, os alunos devem verificar o uso de recursos de coesão tendo como base os pronomes e seu uso. Sequência 6: Classificados poéticos Produção de textos: • Consideração das condições de produção • Estratégias de produção: planejamento, textualização e revisão/edição (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário. A sequência didática propões a produção de classificados poéticos, relacionando o gênero classificados e a linguagem poética. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais PRÁTICAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS Ao longo do 6º ano, as propostas de ensino-aprendizagem os alunos têm o professor como mediador, oferecem possibilidade de trabalho individualmente, em duplas, em grupos e também de modo coletivo. Sugerimos, a seguir, algumas atividades habituais, permanentes e situações didático-pedagógicas que devem ser recorrentes ao longo desse 2º bimestre: • Diagnóstico do conhecimento prévio. • Leitura autônoma e compreensão para expressar avaliação sobre o texto lido. • Inferência de valores sociais, culturais e humanos em textos literários. • Análise de textos narrativos ficcionais e suas diferentes formas de composição. • Estudo de recursos coesivos e semânticos que constroem a passagem do tempo e articulam as partes do texto. • Trabalho com escolha lexical para a caracterização de cenários e de personagens. • Observação de efeitos de sentido de tempos verbais, tipos de discurso, de verbos de enunciação e de variedades linguísticas. • Identificação de enredo, foco narrativo caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico em narrativas. • Uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e uso de recursos linguístico-gramaticais. • Trabalho com mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto). GESTÃO DA SALA DE AULA A atividade diagnóstica no início de cada ano letivo permite identificar o nível e traçar um perfil inicial dos alunos. Além disso, como o sucesso da aula depende da interação entre todos, é necessário antecipar e se preparar para os imprevistos. Para isso, o gerenciamento exige planejamento. Para aprimorar a sua gestão da sala de aula, é importante identificar e antecipar algumas ações: • Quando os alunos não compreendem as orientações: circular pela sala e observar como eles estão realizando as atividades, interferindo e retomando o que foi orientado, caso necessário. • Quando os alunos acham que uma regra obrigatória é negociável: embora os combinados sejam um meio eficiente e democrático de gestão, nem toda regra é flexível, por exemplo, os horários das aulas. Deixe claro para eles quais as regras existem, por que elas existem e por que não são negociáveis. Chame a atenção para o fato de haver consequências quando uma regra é quebrada. • Quando os alunos interagem: verificar se os alunos só interagem quando têm certeza ou se não interagem. Incentive a apresentação de respostas, apresentação de dúvidas e o erro. Quando eles estão em grupo, verifique se todos participam e colaboram, incentivando as participações. • Quando é possível antecipar problemas: preparar algumas intervenções que pode ser colocadas pelos alunos ou mesmo para incentivá-los a participar, seja por falta ou excesso de interesse, planejar intervenções pode contribuir para que eles se sintam incentivados individual e coletivamente a avançar no que está sendo trabalhando. Prepare diferentes intervenções de acordo com os diferentes níveis de conhecimento dos alunos. • Quando há alunos com deficiência na sala de aula: providenciar recursos e materiais adaptados e trabalhar em parceria com o responsável por ela. Também é possível desenvolver formas variadas de ensino e tornar os colegas pessoas colaborativas e inclusivas, a partir da escuta das necessidades desses alunos com deficiência. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Quando os grupos não funcionam: há diferentes tipos de agrupamentos, tanto por necessidades de aprendizagem por habilidades socioemocionais, por uma combinação entre esses dois aspectos etc. O agrupamento deve ser eficaz para a aprendizagem e deve ser repensado à medida que é identificado algum problema de funcionamento. O trabalho em duplas, trios, grupos e coletivamente deve ser incentivado e ensinado mesmo entre colegas que não se tão, socialmente, bem. Mas também deve haver momento em que eles possam escolher livremente seus parceiros para que possam se identificar com seus círculos sociais. Verificar em quais situações eles são mais produtivos. • Quando há inadequações em sala de aula: os alunos devem ser orientados a respeitar e valorizar as opiniões dos colegas. Embora muitos docentes tenhamcomo objetivo primeiro minimizar os problemas de indisciplina, mais do que excluir o aluno causador do problema, é importante conversar tanto individual como coletivamente, dependendo da situação. O aluno inadequado não deve ser advertido frente aos colegas, mas as inadequações devem ser colocadas em discussões, sobretudo aquelas carregadas de injurias e preconceitos de gênero, étnico-raciais, religiosos etc. Além dessas possibilidades de antecipação, há gerenciamento das propostas de atividades e práticas didático-pedagógica que devem constar no planejamento. Antecipe possíveis problemas e/ou dificuldades que possam ser apresentados. Por exemplo, se estava planejado uma dinâmica envolvendo alguma sequência didática, mas naquele momento algum imprevisto aconteceu, como a falta de material para todos, o professor deve resolver a situação preparando alternativas, como reorganizar os alunos em grupos para que o material disponível seja suficiente. Também é importante ter possibilidade de apresentar planos diferenciados para situações adversas em sala de aula. Se planejou projetar um vídeo, mas houve falha no equipamento. Reveja o sequenciamento didático sempre que houver mudanças em relação às atividades programadas. Por exemplo, um filme requer estratégia diferente da história narrada. Nesses processos, é importante planejar quais as habilidades serão trabalhadas e nos encaminhamentos didáticos possíveis a partir delas. Estar atento ao público-alvo e conhecer suas especificidades vai ajudá-lo a rever e reconhecer problemas e apresentar soluções. Diversificar as estratégias, como por exemplo, trocar momentos de conversa em roda por trabalhos em grupo apresentados por desenhos e/ou outras produções; por dinâmicas de grupo, júris simulados; brincadeiras de detetive em busca de pistas sobre determinado assunto. Tudo isso são mecanismos que ajudam a conduzir a prática. É importante ter flexibilidade e atenção às situações cotidianas, com foco no objetivo do trabalho, considerando as situações dentro do contexto didático, devem ser atitudes recorrentes na prática do professor. ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS A avaliação é prática inerente ao ato pedagógico e requer cuidados permanentes. O docente deve conhecer diversos instrumentos para analisar o desempenho dos alunos para verificar as aprendizagens recorrentes durante o bimestre. Para mensurar esse aprendizado, observar a performances e verificar de apreensão de conhecimentos, é necessário adaptar as formas de análise, verificando qual é a mais adequada. Flexibilize a avaliação, levando em conta os diferentes critérios e instrumentos: Alguns CRITÉRIOS • Replanejar e cotejar o resultado da avaliação com o currículo e os objetivos de aprendizagem a partir de conclusões, eleger conteúdos, objetivos e estratégias que sanem as fragilidades perceptíveis em avaliação formativa. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Execução do plano, com decisões que concretizem os resultados esperados. Acompanhando o desempenho do aluno, pode-se criar novas estratégias para impulsionar seus estudos. Nesse ínterim, novas avaliações podem ser feitas, considerando o ato de avaliar como um movimento implícito ao ato de ensinar. • Avaliação de desempenho dos alunos é diagnóstica e, ao mesmo tempo, formativa, constante e contínua, devendo ocorrer dentro do processo educativo, com capacidade de gerar de modo eficaz informações sobre as etapas de estudo. Esse processo deve ser um norte ao trabalho didático-pedagógico do professor. • Fazer uso de instrumentos para medir o nível de desempenho, a capacidade de síntese, a compreensão de determinado assunto e o posicionamento ético do aluno diante de pontos de vistas diferentes. Questões abertas, objetivas e subjetivas, debates regrados, provas dissertativas, seminários etc. São recursos valiosos nesse percurso. • Estimular a autoavaliação contribui para o desenvolvimento de senso crítico e autonomia. Nos processos avaliativos, dificuldades podem aparecer, mas devem ser tomadas como oportunidades para novas estratégias. Se um aluno não participa dos momentos de determinada atividade, é interessante se perguntar: “O que pode ser feito para que ele se torne presente e se sinta confortável?”. Outros modos de se expressar podem ser oferecidos a ele. Mudar a estratégia sem perder o foco vale para qualquer aprendizagem e os resultados podem ser surpreendentes. Alguns INSTRUMENTOS Prova objetiva: Perguntas diretas, para avaliar se os alunos aprenderam conteúdos específicos. Prova dissertativa: Perguntas que exigem que os alunos estabeleçam relações, resuma, analisem e expliquem conteúdos. Trabalhos em grupos: Atividades que podem ser oral, escrita etc., que têm como objetivo e avaliar de conhecimentos construídos e apreendidos de forma colaborativa. Seminário: Exposição oral que exige que os alunos utilizem a fala e materiais de apoio, possibilitando que os conhecimentos da linguagem verbal, oral e as produções multissemióticas sejam verificadas. Relatório: Texto produzido depois de atividades e práticas que verifiquem a capacidade dos alunos de síntese e de apresentação de uma atividade realizada. Autoavaliação: Análise oral ou escrita que os alunos devem realizar sobre o próprio aprendizado e/ou sobre a produção. FONTES DE PESQUISA INDICAÇÕES DE FONTES PARA O PROFESSOR BOCA DO CÉU Site do Encontro Internacional de Contadores de Histórias. Nele, é possível encontrar os perfis de contadores de história nacionais e internacionais e mais informações sobre a arte da narração. O intuito é inspirar a prática. Disponível em: < http://bocadoceu.com.br/ >. Acesso em: 10 jul. 2018. DIVERSA Plataforma sobre educação inclusiva na prática, conta com o apoio de uma comunidade formada por cerca de cinco mil integrantes em todo o Brasil. Essa iniciativa e objetivo do Instituto Rodrigo Mendes permite aos professores compartilharem conhecimentos e experiências sobre educação inclusiva. Disponível em: < http://diversa.org.br/ >. Acesso em: 10 jul. 2018. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais ESCOLA DIGITAL Plataforma que reúne recursos digitais de aprendizagem e classifica os conteúdos de acordo com diferentes critérios. Também possui uma área para os professores compartilhares suas experiências em sala de aula. Disponível em: < https://rede.escoladigital.org.br/conte-sua-historia >. Acesso em: 10 jul. 2018. INSTITUTO EDUCADIGITAL (IED) Organização sem fins lucrativos, referência mundial em projetos inovadores de uso pedagógico de tecnologias digitais, dentro e fora das escolas. Oferece movimento de educação aberta, design thinking para educadores, formação e facilitação pedagógica, além de mentoria. Disponível em: < http://www.educadigital.org.br >. Acesso em: 10 jul. 2018. PORVIR Iniciativa de comunicação e mobilização social que mapeia, produz, difunde,compartilha referências sobre inovações educacionais para inspirar melhorias na qualidade da educação brasileira, incentivar a mídia, a sociedade a compreender e demandar inovações educacionais. Disponível em: http://porvir.org. Acesso em: 10 jul. 2018. RIVED - Rede Internacional Virtual de Educação Plataforma do Ministério da Educação, desenvolvida pela (Secretaria de Educação à Distância - Seed) oferece conteúdos de diferentes disciplinas, do Fundamental ao Superior. Os materiais são pesquisados por nível de escolaridade e disciplina ou palavra-chave. Recursos disponíveis para download gratuitos. Disponível em: < http://rived.mec.gov.br/ > Acesso em: 10 jul. 2018. INDICAÇÕES DE FONTES PARA OS ALUNOS OBSERVATÓRIO DA IMPRESA Apresenta artigos e reportagens que analisa o comportamento da mídia. Inclusive, têm matérias sobre “Como identificar fotos e vídeos adulterados”. Disponível em: < http://observatoriodaimprensa.com.br/>. Acesso em: 10 jul. 2018. OBRAS LITERÁRIAS RONAI, C. Caiu na rede. Rio de Janeiro: Ed. Agir, 2005. SANTOS, J. F. dos (org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Comédias para se Ler na Escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. _______________. Crônicas. Disponível em: < http://pensador.uol.com.br/cronicas de Luis Fernando Veríssimo/ >. Acesso em: 10 jul. 2018. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BAGNO, M. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Ed. Loyola, 1998. BIBLIOTECA, LEITURA E LAZER: ferramentas para a aquisição do conhecimento. Edicler Dias de Oliveira Bonesso e Elisiani Vitória Tiepolo. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor pde. Versão Online ISBN 978-85-8015-076-6. Volume 1. 2013. Disponível em: < https://bit.ly/2ObBuJy >. Acesso em: 08 jul. 2018. CANDIDO, A. A vida ao rés-do-chão. In: A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas; Rio de Janeiro: Editora da Unicamp; Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992. DEMO, P. Educar pela pesquisa. São Paulo: Ed. Autores Associados, 2007. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. GAIMAN, Neil. Por que nosso futuro depende de bibliotecas, de leitura e de sonhar acordado. Disponível em: < https://bit.ly/2z2zbTy > . Acesso em: 08 jul. 2018. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais KLEIMAN, A. B. “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola”. In: Os significados do letramento: Uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985. GOMES, M. F. C.; MONTEIRO, S. M. A aprendizagem e o Ensino da Linguagem Escrita. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. v.2. HIPOLIDE, Marcia. Contextualizar é reconhecer o significado do conhecimento científico. São Paulo: Phorte Editora, 2012. LEAL, T. F.; GOIS, S. (Org.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. (Coleção Língua Portuguesa na escola). LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. MONTEIRO, S. M. Aprender a ler e a escrever. In: REVISTA EDUCAÇÃO: guia da alfabetização. São Paulo: Segmento/CEALE, n. 1, 2010. p. 12-27. MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa. São Paulo: Livraria da Física, 2012. PERRENOUD, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Saberes e competências em uma profissão complexa. Porto Alegre: Artmed Editora 2001. ROJO, R. H. R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (Org.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. (Coleção As faces da linguística aplicada). SOARES, M. B. Língua escrita, sociedade e cultura: relações, dimensões e perspectivas. In: Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003, p. 27-45. ZABALA, A. A Prática Educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. HABILIDADES DA BNCC (EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato. (EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância. (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas. (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos literários e semióticos. (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros. (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. (EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc. (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. (EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, CD's, DVD's etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o caso. (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel),imagens e sua relação com o texto verbal. (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor. (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc. (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc. (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário. (EF67LP14) Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que se pretende conseguir, porque aquele entrevistado etc.), levantar informações sobre o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema em questão, preparar o roteiro de perguntar e realizar entrevista oral com envolvidos ou especialistas relacionados com o fato noticiado ou com o tema em pauta, usando roteiro previamente elaborado e formulando outras perguntas a partir das respostas dadas e, quando for o caso, selecionar partes, transcrever e proceder a uma edição escrita do texto, adequando-o a seu contexto de publicação, à construção composicional do gênero e garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática. (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc. (EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros objetivos em questão. (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social. (EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma. (EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos. (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. (EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea. (EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos. (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão. (EF06LP06) Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto). (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc. (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto). (EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. (EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual. (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico. (EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo deregras e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 2o Bimestre – Projeto Integrador Espaço escolar: a escola que queremos INTRODUÇÃO A escola é o lugar onde as pessoas convivem, trabalham e aprendem. Trata-se de uma instituição complexa, de natureza histórica e parte da engrenagem social da atividade humana que reflete suas contradições e seus avanços, seu tempo e o lugar em que está inserida. O projeto tem como objetivo questionar os alunos sobre o espaço escolar. Eles serão incentivados a verificar como era a escola antigamente e compará-la com a escola da atualidade, identificando semelhanças e diferenças, além de observar e identificar os aspectos da realidade de sua escola, pesquisando e propondo como esses espaços podem ser melhorados. O projeto pretende integrar os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Geografia e Matemática, por meio de atividades que permitam aos alunos pensarem a escola e seus espaços, questionando-a como um microcosmo repleto de valorização social e simbólica; um espaço de subjetividades em que há sentido pessoal relacionado à vida concreta, às necessidades intrínsecas, aos motivos e aos sentimentos. JUSTIFICATIVA Pensar o espaço escolar promove a apropriação do espaço pelos alunos e a valorização dos bens culturais, patrimoniais e humanos, de modo a formar os alunos de modos que eles se tornem responsáveis, críticos e transformadores da realidade. Um lugar de potências, com alunos que se constituem sujeitos históricos cujos gestos, atitudes e valores revelam vínculos e relações sociais. Pensar “a escola que queremos” é, sobretudo, pensar em um espaço humano, que oferece possibilidades e não apenas limites. Esse objetivo se amplia à consciência da realidade, de um ideário de justiça, de ausência de preconceitos, de reconhecimento da diversidade da vida, em que as relações humanas são pautadas pela reciprocidade e não pela oposição ausente de pluralidades. Os alunos são convidados a pensar, identificar, valorizar e propor mudanças aos espaços da escola de modo a melhorá-la. É essa relação dinâmica que dá sentido às possibilidades de transformações, em um primeiro momento do espaço de convivência para, em outro momento, ser social. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Identificar que tipo de relação os alunos estabelecem com a escola e seus espaços. • Perceber que visão os alunos têm da realidade escolar. • Identificar pontos significativos das práticas pedagógicas aplicadas na sala de aula. • Desenvolver nos alunos capacidade analítica para os problemas que envolvem a escola. • Refletir sobre as vulnerabilidades do espaço escolar, física e intelectualmente. • Utilizar habilidades linguísticas (verbal oral e escrita), matemáticas, científicas, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações e vivências, em diferentes contextos que levem ao entendimento mútuo. • Reconhecer a transformação do espaço escolar ao longo do tempo. • Aprender sobre diferenças entre paisagem e espaço geográfico. • Identificar o espaço geográfico enquanto construção humana (dotado de técnica e trabalho). • Criar gráficos e tabelas. • Coletar dados e organizá-los em tabelas e gráficos. • Ler e comparar e interpretar informações de tabelas e de gráficos. • Aplicar técnicas como entrevistas, para fins de coleta de dados. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Co m pe tê nc ia s ge ra is 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Co m pe tê nc ia s es pe cí fi ca s LÍNGUA PORTUGUESA 2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social. 6. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social. GEOGRAFIA 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. MATEMÁTICA 4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes. 6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados). LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais O bj et os d e co nh ec im en to e h ab ili da de s LÍNGUA PORTUGUESA •Campo da vida pública: Produção de textos: Textualização, revisão e edição (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. •Campo da vida pública: Oralidade: Discussão oral (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. •Campo das práticas de estudo e pesquisa: Produção de textos: Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição (EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos. •Campo das práticas de estudo e pesquisa: Leitura: Curadoria de informação(EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas. GEOGRAFIA •O sujeito e seu lugar mundo: Identidade sociocultural. A escola como espaço de vivências (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos. MATEMÁTICA •Probabilidade e estatística: Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) referentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. •Probabilidade e estatística: Coleta de dados, organização e registro. Construção de diferentes tipos de gráficos para representá-los e interpretação das informações. (EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas para registro, representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de gráficos e texto. DURAÇÃO Bimestral. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais RECURSOS E MATERIAIS • Papel, lápis e caneta. • Gravador de áudio. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Temas transversais Ética: refletir sobre as condutas humanas, posicionando-se de forma valorativa diante de questões de preocupações coletivas, e promover um trabalho inspirado pelos valores de igualdade e equidade. A ética traz a proposta de que a escola possibilita, também, o desenvolvimento da autonomia moral e dá condições para a reflexão ética. Habilidades socioemocionais O projeto deve ser executado em grupos, o que permite aos alunos a desenvolverem respeito ao outro, ter responsabilidade e comunicar-se com clareza e coerência, além de cooperar e colaborar com o colega. A proposta também permite planejar e tomar decisões, além de investigar e compreender soluções-problema, por meio do planejamento e da tomada de decições. Perfil do professor Esse projeto de Língua Portuguesa tem como objetivo ser desenvolvido de modo interdisciplinar com Geografia e Matemática. Converse com os professores que ministram essas disciplinas e organize um cronograma, definindo as tarefas que cada deve desempenhar. Com o professor de Geografia, os alunos deverão investigar as mudanças dos espaços escolares ao longo do tempo, identificando quais aspectos permaneceram e quais necessitam de alteração. Com o professor de Matemática, eles devem sistematizar os dados, compreendendo as implicações dessas tabulações. Diferentes percursos O percurso sugerido inicia-se na investigação sobre a escola que os alunos querem. Porém, a pesquisa depende da realidade escolar. Os questionários podem ser realizados de forma analógica ou digital, com auxílio de programas, dependendo dos recursos tecnológicos disponíveis na escola. Outros atores da comunidade escolar devem ser convidados a participar do projeto, como o gestor escolar. DESENVOLVIMENTO Questão desafiadora: A escola que temos é a escola que queremos? ETAPA 1 – Os espaços da nossa escola Duração: 2 aulas Nesta primeira etapa, as atividades versam sobre sensibilização dos alunos para o tema e do reconhecimento do espaço escolar. Trata-se do período de entrevistas em que os alunos vão documentar a entrevista por vídeo, gravação de áudio ou em formato escrito. A proposta é conhecer melhor o espaço escolar. Reconhecer os espaços físicos da escola e tentar observar sua importância para a comunidade. O objetivo é que os alunos desenvolvam consciência do lugar onde estudam e se formem como seres humanos. Ao final desta etapa, cada grupo deve apresentar um relatório resumido das atividades. Explique que um relatório consiste em apresentar partes essenciais de um trabalho ou uma pesquisa. O texto deve LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais ter linguagem objetiva, sem marcas de pessoalidade, apenas contendo as informações dos passos seguidos pelo grupo até o momento. Comece com uma roda de conversa. Se julgar necessário, e houver possibilidade, passe um trecho de um filme sobre a relação dos alunos com o espaço escolar para um trabalho sobre sensibilização dos alunos. Sugestões: Pro Dia Nascer Feliz ou Entre os muros da escola. Questione-os sobre o que eles sabem sobre a escola onde estudam, o que gostam nela e o que não gostam, justificando as respostas. Apresente o projeto, explicando seus propósitos, como será desenvolvido, seu tempo, métodos possíveis de trabalho, atividades para reflexão e produção da prática. Acolha as primeiras impressões e anotar as dúvidas e sugestões que forem sendo apresentadas. Decida com o grupo o que irão produzir para fazer a leitura da escola e pensar na sua realidade ideal. Este momento é importante para definir papéis e organizar os grupos. Explique o cronograma de trabalho e o envolvimento com os componentes curriculares de Geografia e Matemática. Permita que os alunos se manifestem, estimulando-os a expor suas impressões e opiniões. Anote o que julgar importante na lousa ou peça que anotem no caderno, para que todos tomem ciência dos aspectos relevantes. Isso estimula o florescimento de ideias acerca do tema e a organização do trabalho fica mais evidente. Chame-os alunos para um passeio informal pela escola. Lugares pontuais, que remetam a memórias afetivas ou não, dos alunos podem ser visitados; por exemplo, a cantina. Esse breve passeio servirá como referência para uma aproximação mais pontual do olhar dos alunos para o ambiente em que estudam. ETAPA 2 Duração: 4 aulas Nesses encontros, as atividades envolvem o reconhecimento da escola dentro da comunidade na qual está inserida. Seu contexto socioeconômico. A relação entre comunidade e escola, práticas e expectativas. E a realização de questionários sobre o espaço escolar. Como o tema desta etapa é o espaço escolar, é de grande relevância a Geografia. Neste momento, é importante compreender o espaço escolar em seu movimento dinâmico e de contínua transformação. Propor uma pesquisa sobre as alterações do espaço escolar ao longo do tempo e a relação com a sua intenção de formação – a pesquisa deve envolver diferentes fontes (impressas, digitais, escritas, imagens, vídeos etc.). Discutir como – é simbólico; é físico. O espaço, na concepção do professor Milton Santos, deve ser compreendido por suas características e funcionamentos, pelo que oferece a alguns e recusa a outros. É o resultado de uma prática coletiva que reproduz as relações sociais. Vale aprofundar na Geografia em que medida o espaço é um conjunto de tempos desiguais. A sugestão de trabalho nesse caso é para a realização de uma pesquisa que pode ser realizada em grupos. A turma poderá ser dividida em quatro grupos, com as seguintes tarefas: Grupo 1: O grupo identificará o espaço da escola. (De que forma está organizada e como é sua estrutura física? Como são suas práticas?) Grupo 2: O grupo identificará como era a escola quando foi construída. (Atividade de cunho memorialista; envolve pesquisa histórica, fotos, informações em jornais, documentos da prefeitura. A memória pode ser pensada como identidade na dinâmica do espaço.) Grupo 3: O grupo identificará a escola e suas condições físicas atuais (em relação ao momento em que foi construída). Grupo 4: O grupo identificará as mudanças pelas quais a escola passou ao longo do tempo. (A discussão sobre o espaço escolar e suas significações no decurso do tempo pode ser realizada na medida em que se pode pensar a escola como um conjunto de tempos desiguais.) Pequeno roteiro para pensar o espaço escolar: a) Qual a forma da sua escola? LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANOProjeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais b) Como os espaços, os móveis e os objetos estão ordenados e dispostos? c) Como estão organizadas as salas de aula? Têm janelas? Quantas são? Como é a porta? Como as carteiras estão organizadas? d) Como você gostaria de organizar os espaços de sua escola, de sua sala de aula, as carteiras? Por quê? e) Como é o cotidiano na sua escola? f) O que você faz na escola? g) De que momento você mais gosta? Após essa etapa, os alunos devem produzir um texto-síntese para verificar a assimilação sobre o que foi observado. Esse texto pode ter as características dissertativo-argumentativas, limitando-se a trinta linhas cursivas. Após a revisão, o professor orientará que textos serão utilizados nos questionários. As aulas devem ser dedicadas para a preparação e a análise das entrevistas. As entrevistas podem ser segmentadas, ou seja, podem ser direcionadas aos próprios alunos, sobretudo. Mas também devem visar a comunidade escolar como um todo (professores, gestores e demais colaboradores), além de familiares e responsáveis. Cada grupo pode entrevistar determinadas figuras. Por exemplo, os grupos 1 e 2 entrevistam os alunos (dividem-se), o grupo 3 entrevista os funcionários da escola, e o grupo 4, familiares e responsáveis. Entre as questões, devem ter algumas de ordem pessoal, como idade, gênero, etnia, escolaridade etc., e outras de ordem qualitativa, de modo a verificar: a qualidade da escola, as responsabilidades da escola, as transformações que o espaço provoca no indivíduo, além daqueles que sejam de qualidade do espaço, com as classificações ruim, bom e mediano para cada um dos espaços. Os entrevistados podem responder a perguntas fechadas ou abertas. Os grupos devem verificar como se dará a tabulação desses questionários. Por isso, a disciplina Matemática tem possibilidade de abordar alguns conteúdos com os alunos. Dentre eles podem ser trabalhados: leitura, interpretação e transposição de informações em diversas situações e diferentes configurações como dados, gráficos e tabelas, que podem ser utilizados para a compreensão de fenômenos sociais, de modo que os alunos possam agir efetivamente na realidade em que vivem. A partir do trabalho com tabelas e gráficos, os alunos poderão, ainda, formular questões, coletar, organizar, classificar e construir representações próprias para a comunicação dos dados coletados. Nesta etapa do projeto, os alunos devem entregar um pequeno relatório das atividades. ETAPA 3 Duração: 4 aulas Nesta etapa, ocorre a problematização dos dados recolhidos nos questionários e a reflexão sobre o processo. Com base nos dados, o professor de Matemática pode criar perguntas que levem os alunos à interpretação dos dados coletados na pesquisa. Por exemplo, qual o índice de satisfação em relação à merenda da escola? Qual das opções foi mais marcada? Quantos pais e/ou responsáveis participaram da pesquisa? Como se chegou a essa conclusão? É possível formular perguntas conforme os dados são apresentados. Questionar aos alunos se eles sabem o que é um gráfico, se sabem ler esse tipo de informação. Reforce que, para fazer um gráfico, é preciso levantar dados e informações. Se considerar pertinente, desenhe na lousa tabelas, transformando-as em gráficos simples para que os alunos vejam como se deu essa mudança. É importante que os alunos interpretem os dados. Por isso, converse com eles, levando-os a pensar sobre os dados e as informações dos gráficos. Convoque os alunos para uma reflexão mais profunda em relação ao espaço escolar. Discuta com eles sobre a necessidade de se pensar e se fazer uma escola nova, libertadora, cujas potencialidades sejam, sobretudo, regeneradoras de um senso de humanidade. Reforce que a relação entre a escola e a sociedade deve basear-se no respeito. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais Nesse momento, é importante repensar a significação social da escola, sua finalidade e seu papel como instituição numa sociedade pós-moderna e pós-industrial, dominada pela globalização da economia, pelo pluralismo político e pela emergência do poder local. Além de questões como sua própria autonomia, com uma gestão democrática, em que participem pais, alunos, professores e funcionários. Rodas de conversa podem funcionar como estratégia de socialização e discussão. A seguir, algumas sugestões de pontos importantes para discussão. É necessário neste momento do projeto retomar as pesquisas e os dados já trabalhados anteriormente sobre a escola e a comunidade. Peça que os alunos organizem essas informações com antecedência para que fundamentem as discussões. 1. Para quem a escola trabalha? 2. A escola se preocupa em conhecer a história dos alunos, identificando os seus saberes? 3. Suas práticas atendem às expectativas da comunidade escolar, dos estudantes e suas famílias? 4. Todos os envolvidos no processo escolar têm papel ativo? 5. A escola tem gestão participativa/coletiva? 6. Os professores trabalham de modo coletivo ou realizam atividades estanques? 7. O currículo escolar é interdisciplinar e trabalha com conteúdos e conhecimentos próximos da realidade? E consideram os alunos como parte do mundo? 8. Quem são os funcionários que trabalham na escola? 9. Os alunos demonstram interesse nas atividades propostas pela escola? 10. Os alunos com necessidades especiais de aprendizagem são atendidos adequadamente? 11. A escola ensina em um ambiente multicultural? 12. A escola oferece atividades extracurriculares como teatro, dança, cinema, jogos, performances e atividades esportivas? Por fim, os alunos devem discutir coletivamente as melhorias e produzir um texto reivindicatório sobre a escola que eles querem – e que seja possível, tendo como base a linha do tempo das alterações do espaço e as necessidades dela, tanto do ponto de vista físico/estrutural quanto do humano. Apresente alguns modelos de textos reivindicatórios que deve ser elaborado coletivamente e apresentado ao gestor escolar e a toda a comunidade escolar, com a compilação dos questionários e com sugestões para a melhoria dos espaços. Auxilie os alunos no planejamento, na elaboração, na revisão, na edição e na divulgação do texto. SOCIALIZANDO A PRODUÇÃO Proponha que os alunos organizem uma exposição para apresentar os dados dos questionários e as propostas de melhorias para o espaço escolar, relacionando-as com a importância da escola. É interessante socializar os conhecimentos apreendidos durante as atividades com colegas de outras turmas, comunidade escolar, famílias e/ou responsáveis. Combinar com eles e com a direção da escola uma data para a realização desse evento. Os próprios alunos devem pensar na organização do evento, principalmente na forma como as obras serão apresentadas. As tarefas podem ser divididas de modo que cada grupo se responsabilize por uma parte. Por exemplo, um grupo pode afixar os cartazes na escola, outro grupo pode ser responsável por explicar a produção ao público. Um grupo pode ser responsável pela leitura das crônicas, dos poemas ou distribuição de cópias para a escola. É importante que não se esqueça da divulgação das atividades. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais AVALIAÇÃO A avaliação é um importante instrumento em qualquer processo educativo. É necessário acompanhar o desenvolvimento e o desempenho dos alunos durante toda a aprendizagem. Essa prática deve criar subsídios para que se possa adequar as intervenções às necessidades de cada aluno, de cada realidade, analisando os resultados em relação aos objetivos propostos inicialmente. A prática da avaliação deve ser contínua e diária e instrumentos de avaliação como questionários, produções de textos, realização de testes, autoavaliações, entre outros, podem ser permanentemente desenvolvidos e aplicados. Sendo que cada auladeve ser observada com atenção e cuidado. Língua Portuguesa Considerar o desempenho na realização dos questionários e dos textos reivindicatórios, além das pesquisas. Atentar para a adequação da linguagem, das características dos textos etc. Verificar se houve avanços no sistema de escrita. A qualidade estética das produções também pode ser avaliada. Matemática Observar se os alunos conseguiram ler, compreender e comparar informações nas tabelas e nos gráficos. Se conseguiram criar as tabelas e os gráficos a partir dos dados e das informações coletadas. Verificar se foram capazes de coletar e organizar os dados nas tabelas e nos gráficos. Geografia Verificar se os alunos foram capazes de identificar as transformações dos espaços escolares ao longo do tempo e, ao mesmo tempo, identificar as semelhanças e as diferenças com o espaço em que estão. Identificar se há percepção entre espaço simbólico e espaço físico e de que maneira apresentaram essas informações. Avaliação Interdisciplinar Como avaliação única, os alunos podem ser convidados a produzir um texto individualmente se autoavaliando durante o projeto e avaliando se tiveram dificuldades durante o projeto, indicando quais, bem como as possíveis melhorias. O texto pode ter caráter mais aberto, contudo, é importante que tenha aspectos argumentativos. Todos os professores podem avaliar as produções e depois discutirem os resultados. REFERÊNCIAS BEZERRA, Z F. et al. Comunidade e escola: reflexões sobre uma integração necessária. Educ. rev. [on-line], 2010, n. 37, p. 279-291. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEE, 1998. SARTORO, Edimar Roberto de Lima. Sentido pessoal atribuído por alunos adolescentes às trajetórias escolares “acidentadas”. Orientadora, Marli Lúcia TONATTO, Zibetti. Dissertação: (mestrado em psicologia) – Universidade Federal de Rondônia. Porto Velho, 2011. 158 f. Il. 30 cm. SOQUET, M. A.; SILVA, S. S. da. Milton Santos. Concepções de geografia, espaço e território. Geo UERJ, ano 10, v. 2, n. 18, 2o semestre de 2008. p. 24-42. Disponível em: <www.geouerj.uerj.br/ojs>. Acesso em: 28 jul. 2018. NÓVOA. A. A Relação Escola-Sociedade: Novas propostas para um velho problema. In: SERBINO, R. V. et. al. (Org.). Formação de Professores. São Paulo: Unesp, 1994. p. 17-36. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 2° Bimestre – Sequência Didática 4 Crônica INTRODUÇÃO A crônica é um gênero que permite que o olhar do leitor se volte para a realidade cotidiana. Seus temas costumam versar sobre memória, acontecimentos corriqueiros etc. Em uma perspectiva humorística, poética e, muitas vezes, crítica, o cronista escreve de forma breve, leve, simples. Esta sequência didática tem como objetivo trabalhar a leitura e a análise de crônicas, a fim de verificar as características do gênero e identificar os sentidos do texto. Por meio das atividades, os alunos poderão analisar os valores sociais, culturais, humanos e as diferentes visões de mundo presentes nas crônicas. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Conhecer diferentes crônicas. • Ler e analisar crônicas. • Identificar as principais características do gênero. • Identificar e reconhecer os valores sociais, culturais, humanos e as diferentes visões de mundo presentes nas crônicas. COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Linguagens 1 Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. Linguagens 5 Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico- cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. Língua Portuguesa 9 Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIAS DE LEITURA | APRECIAÇÃO E RÉPLICA (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. COMPETÊNCIA GERAL 2. Pensamento científico, crítico e criativo COMPETÊNCIA GERAL 3. Repertório cultural LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais OBJETO DE CONHECIMENTO: RECONSTRUÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO | APRECIAÇÃO E RÉPLICA (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. OBJETO DE CONHECIMENTO: RECONSTRUÇÃO DA TEXTUALIDADE E COMPREENSÃO DOS EFEITOS DE SENTIDOS PROVOCADOS PELOS USOS DE RECURSOS LINGUÍSTICOS E MULTISSEMIÓTICOS (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. DURAÇÃO 4 aulas. PREPARAÇÃO Atividades individual, duplas, coletiva e em grupo. RECURSOS E MATERIAIS • Computador com projeto ou transparência. • Cópias de crônica selecionada. DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividade coletiva. Para iniciar, explique aos alunos que eles irão estudar o gênero crônica e, para isso, começarão fazendo uma atividade para ativar e verificar o conhecimento que eles já têm sobre o assunto. Em seguida, organize uma roda de conversa para verificar o repertório e o conhecimento prévio dos alunos. Faça perguntas como: • Já leram alguma crônica? • Em que meios costumam ser veiculadas? • Lembram-se do seu autor?• Quais os temas abordados? • Há no texto referência a outros escritores? • Há no texto referência a algum fato histórico? Espera-se que, a partir da discussão, os alunos percebam que a crônica pode abordar diferentes temas, e que o gênero apresenta caráter ora mais argumentativo, ora narrativo. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Caso os alunos tenham familiaridade com a crônica, eles podem, ainda, indicar que se trata de um gênero de poucas personagens, com tempo e espaço limitados, que privilegia a observação atenta de fatos do cotidiano. Caso não conheçam, apresente a eles alguns fatos que podem servir ou que serviram de inspiração para a produção de crônicas, como um flagrante no trânsito, uma conversa entre duas senhoras etc. 2º AULA Preparação: Atividade coletiva. Selecione previamente uma crônica para a leitura e análise do texto em sala de aula. O material pode ser projetado e/ou distribuído em cópias. Antes de orientar a leitura, leia em voz alta o título da crônica e peça aos alunos que levantem hipóteses sobre seu tema. Em seguida, deixe-os ler em silêncio e individualmente. Na sequência, proponha a realização da leitura compartilhada e colaborativa em voz alta. Convide alguns alunos a participar da leitura. Depois, faça perguntas de modo que eles possam identificar e analisar algumas características do texto lido: • Quem são os personagens do texto? • Qual é o tema principal da crônica? • Onde a crônica foi publicada? • Qual a principal característica da crônica? Ela é narrativa, argumentativa, jornalística? • Se for uma crônica argumentativa, qual o ponto de vista defendido no texto? Nesse caso, é preciso justificar com elementos do próprio texto. Se for uma crônica narrativa, tente instigá-los a perceber a temática do texto. • Em relação à linguagem utilizada na crônica, ela se dá de modo mais pessoal, subjetivo, ou de modo mais impessoal, objetivo? • A crônica lida apresenta fatos, acontecimentos ou opiniões? • A crônica foi escrita em que pessoa do discurso, 1ª ou 3ª pessoa? • Reflita um pouco sobre as noções de espaço e tempo presentes no texto. Como são descritos? • Em relação às personagens, de que maneira são apresentadas no texto? Há mais aproximação ou distanciamento? Como esse procedimento é construído? Espera-se que os alunos identifiquem as características do texto, indicando o tema da história, as personagens, o tempo e o espaço e analisem as escolhas de determinados elementos que contribuem para o efeito de sentido. 3º AULA Preparação: Atividade individual. Proponha aos alunos a realização de uma nova leitura de crônica. Dessa vez, eles devem selecionar uma crônica para a leitura. Distribua livros de crônicas retirados da biblioteca escolar e jornais. Oriente-os na seleção. Eles devem ver e escolher a crônica, estabelecendo critérios que precisam ser apresentados posteriormente. Sugira que eles verifiquem: a autoria, a modalidade, o meio de publicação, contexto de produção, contexto social etc. A leitura deve ser realizada como tarefa de casa e os alunos devem analisar o texto de modo a verificar suas características: cenários, personagens e efeitos de sentido produzidos pelo tempo verbal, uso de 1ª ou 3ª pessoa etc. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 4º AULA Preparação: Atividade coletiva. Convide os alunos a apresentar as crônicas escolhidas. Organize as apresentações de modo que todos possam ler em voz alta a crônica selecionada e apresentar algumas considerações de suas análises. Eles devem indicar quais foram os critérios que os levaram a selecionar o texto. Após a apresentação, questione- os sobre a presença de valores políticos, econômicos, culturais etc. nas respectivas crônicas escolhidas. Ao final das apresentações, retome alguns temas e tipos de crônicas semelhantes, que falem de memória, infância, questões sociais, política etc. Espera-se que os próprios alunos sejam capazes de relacioná-las por seus temas e características. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Peça aos alunos que façam um levantamento de fatos e/ou acontecimentos recentes que possam servir de inspiração para a produção de uma crônica. Os alunos devem identificar, ao menos, cinco desses fatos e explicar os motivos que os levaram a fazer essa escolha. Caso eles conheçam, podem indicar crônicas que apresentem essas temáticas. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades propostas nesta sequência didática e deve considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Para aferir, retome os conhecimentos iniciais sobre crônica e articule-os sobre os conhecimentos apreendidos ao longo das atividades. Em um primeiro momento, espera-se que os alunos sejam capazes de opinar e dar seu ponto de vista sobre esse gênero, levando em conta a prática da leitura. Em um segundo momento, é esperado que os alunos percebam o valor cultural para poder expressar sua interpretação, apreciação e avaliação do texto lido. Convide-os a falar sobre a estrutura da crônica. Incentive-os a realizar a leitura de novas crônicas para ampliação do repertório. QUESTÕES • Os alunos foram capazes de compreender, por meio da leitura, que as crônicas contribuem para a ampliação de compreensões de diferentes contextos e valores? • Os alunos conseguiram selecionar crônicas criando critérios claros? REFERÊNCIAS CARVALHO, N. Crônicas do cotidiano. Recife: PPGL, 2010. REBESCHINI. S. A. D. O gênero textual crônica como objeto de estudo no ensino de leitura e produção escrita. In: Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor. PDE. 2013. Cadernos PDE. Volume 1. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 2° Bimestre – Sequência Didática 5 Pronomes e coesão textual INTRODUÇÃO A coesão textual está relacionada com a ligação, relação e conexão entre as palavras. É ela que manifesta os mecanismos formais que conferem o vínculo entre os componentes de um texto, criando assim o sentido. Esta sequência didática tem como objetivo instrumentalizar os alunos por meio da produção de texto, utilizando pronomes e, deste modo, mantendo a coesão textual. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Reconhecer o conceito de pronome. • Identificar os pronomes como elementos na construção dos sentidos do texto. • Utilizar os pronomes para garantir a coesão textual. COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES OBJETO DE CONHECIMENTO: COESÃO (EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual. OBJETO DE CONHECIMENTO: SEMÂNTICA | COESÃO (EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto). DURAÇÃO 4 aulas. PREPARAÇÃO Atividades individuais, em dupla e coletiva. RECURSOS E MATERIAIS • Cópias de textos previamente selecionados. DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividade coletiva. Verifique os conhecimentos dos alunos sobre pronomes, pedindo a eles que exemplifiquem com frases nas quais o pronome seja destacado. No quadro de giz, liste esses pronomes, classificando-os de acordo com os conhecimentos deles. Em seguida, selecione um conto breve para ler em voz alta junto com os alunos. Durante a leitura, eles devem identificar os pronomes presentes no texto. Altere os pronomes de modo que COMPETÊNCIA GERAL 4. Comunicação LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais eles não contribuam para a coesão do conteúdo escrito. Peça a eles que respondam, coletivamente, a algumas questões, como: • É possívelcompreender o texto desse modo? • Esse texto segue uma sequência lógica? • As ideias progridem? Em seguida, distribua uma cópia do texto e leia-o novamente, solicitando aos alunos que façam marcações, identificando os pronomes e verificando se eles são responsáveis pelo encadeamento das ideias e/ou pela progressão textual. Espera-se que eles identifiquem que os pronomes permitem a relação entre frases e períodos, e de que modo os pronomes podem contribuir para essa harmonia. 2º AULA Preparação: Atividade individual. Proponha a leitura de um poema, com o objetivo de verificar se os alunos identificam os pronomes, os classificam e são capazes de analisar os efeitos de seus sentidos para a construção do texto. Distribua cópias para os alunos e combine um tempo para a realização da atividade. Oriente-os a realizar marcações e a fazer as análises. Após a leitura, pergunte aos alunos quais os pronomes presentes no poema e quais as suas classificações (pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos). Em seguida, pergunte: • Como as diferentes partes do texto estão relacionadas? • Há alguma palavra ou expressão que garante unidade ao texto? Que palavras são essas? Espera-se que os alunos indiquem as partes do texto que se relacionam e os pronomes que relacionam frases e períodos, contribuindo para a unidade do poema. Valide as respostas a partir do poema escolhido. 3º AULA Preparação: Atividade individual e coletiva. Atividade 1: Separe, previamente, um conto para ler com os alunos. Faça cópias desse texto e distribua-as. Proponha a realização de uma leitura compartilhada colaborativa. Convide um aluno de cada vez para ler um parágrafo diferente. Após a leitura do parágrafo, retome algumas palavras e chame a atenção deles para os pronomes. Proponha a eles que indiquem quais os pronomes presentes e suas respectivas classificações, indicando o que eles expressam (se posse, questionamento etc.). Proponha a discussão coletiva sobre o modo pelo qual essas escolhas contribuem para a produção de sentido do texto. Atividade 2: Proponha a realização de algumas atividades tendo como foco a coesão textual. Coloque no quadro de giz frases, como: “Comprei um livro. O livro me foi muito útil para realizar a prova”. Peça aos alunos que as reescrevam, procurando evitar repetições de termos. Espera-se que eles indiquem frases, como: “Comprei um livro que me foi muito útil para realizar a prova.” Em seguida, questione-os sobre o papel dos pronomes. No caso do exemplo, pergunte: “Qual é o papel que o termo que exerce?”. Espera-se que eles indiquem que se trata de um elemento coesivo. Finalize retomando que a coesão diz respeito às articulações gramaticais existentes entre as palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto que garantem sua conexão sequencial. Relembre-os de que a coesão referencial faz referência a termos ou expressões já citadas no texto, retomando ou antecipando ideias. 4º AULA Preparação: Atividade individual e em dupla. Inicie a aula lembrando aos alunos sobre a importância dos pronomes para a coesão de um texto. A partir dessa retomada, proponha uma produção escrita, de modo a registrar um fato marcante LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais do dia a dia. Para isso, distribua folhas de agenda. Oriente-os a ilustrar uma folha do caderno como se fosse a página. O objetivo é verificar se os conhecimentos sobre pronomes como elementos coesivos foram apreendidos. Quando os textos estiverem prontos, peça aos alunos que troquem a produção com um colega e revisem o texto, verificando os pronomes e a coesão textual, tendo como ponto de partida um quadro de avaliação elaborado coletivamente. Auxilie os alunos na revisão. Eles devem corrigir o que julgarem necessário e entregar suas respectivas produções para correção. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Apresente uma postagem em vlog em que o produtor de conteúdo faça um relato do seu dia a dia. Coloque uma legenda automática para que os alunos possam acompanhar por meio da leitura o que a pessoa relata. Ao final do vídeo, os alunos devem indicar quais os pronomes que foram utilizados e suas respectivas classificações. Organize a produção de dailies vlogs de modo que os alunos possam apresentar oralmente o texto elaborado na produção das atividades. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades propostas nesta sequência didática e deve considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Para aferir, retome os conhecimentos iniciais sobre pronomes e coesão textual. Verifique se os conhecimentos apreendidos foram articulados aos conhecimentos anteriores ao longo das atividades. Peça aos alunos que, ao final, realizem uma autoavaliação, verificando se foram capazes de revisar seus textos prestando atenção no conteúdo trabalhado nas atividades. QUESTÕES • Os alunos foram capazes de compreender a função dos pronomes para a coesão textual? Eles são capazes de classificá-los? • Todos os alunos contribuíram para a produção do quadro avaliativo, tendo em vista o objetivo da produção final? De que forma eles contribuíram? REFERÊNCIAS FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 9ª ed. São Paulo: Ática, 2003. KOCH, I. V. A coesão textual. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 1990. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 2° Bimestre – Sequência Didática 6 Classificados poéticos INTRODUÇÃO Como um exercício de extensão da sensibilidade leitora, textos literários humanizam e ampliam a formação crítica do leitor. O estudo dos classificados poéticos busca sensibilizar os alunos para o jogo entre realidade e ficção, permitindo descobertas e reconhecimentos próprios do universo poético. O objetivo nesta sequência didática é contribuir para que os alunos relacionem as características do gênero do campo jornalístico- midiático, os classificados, com as características da poesia presente em textos do campo artístico-literário. Faça-os perceber o hibridismo desse texto, pois contempla diferentes gêneros textuais, os classificados e a poesia. Estimule-os a produzir seus próprios classificados poéticos. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Compreender a organização dos classificados. • Compreender onde são publicados os textos do gênero. • Identificar o tipo de texto necessário aos anúncios. • Desenvolver a competência leitora, de escrita, de saber ouvir e falar. • Vivenciar uma situação concreta de leitura e escrita. • Despertar e incentivar a leitura crítica. • Produzir classificados poéticos. • Fazer circular os classificados no espaço escolar. COMPETÊNCIA, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Linguagens 5 Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico- cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. Língua Portuguesa 9 Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. OBJETO DE CONHECIMENTO: CONSIDERAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO | ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO: PLANEJAMENTO,TEXTUALIZAÇÃO E REVISÃO/EDIÇÃO (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário. COMPETÊNCIA GERAL 3. Repertório cultural COMPETÊNCIA GERAL 4. Comunicação LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais DURAÇÃO 4 aulas. PREPARAÇÃO Atividade em duplas ou em grupos. RECURSOS E MATERIAIS • Jornais e/ou revistas diversos, e sites com classificados. • Tesoura e cola • Papel sulfite, cartolinas • Laboratório de informática (caso haja essa possibilidade). • Seleção de sites confiáveis para acesso. DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividade coletiva. Com o objetivo de verificar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do gênero classificados, selecione e leve para a sala de aula jornais e revistas que apresentem textos. Distribua os materiais aos alunos e peça a eles que localizem nesses meios de comunicação os classificados. Convide-os a ler em voz alta aqueles que acharem interessantes. Em seguida, perguntar: • O que vocês acabaram der ler? • Vocês conhecem esse texto? • Qual a finalidade dele? Espera-se que os alunos apresentem informações próprias de um classificado: assunto (compra, venda, empréstimo, troca, oferta de serviço, achados e perdidos etc.); anunciante; contato; descrição objetiva ou subjetiva; além de informações complementares. Caso os alunos conheçam o gênero, discuta sobre sua presença em meios de comunicação e sua importância em situações sociais, como oferta e procura de empregos, vendas, trocas de toda ordem de produtos e serviços etc. 2º AULA Preparação: Atividade em grupos e coletiva. Atividade 1: Organize os alunos em grupos. Redistribua os jornais e revistas e peça aos alunos que observem que tipo de anúncio trazem os materiais, suas características e como são estruturados. Oriente-os a verificar as principais características e a finalidade de cada um dos classificados. Ao final do tempo de leitura e de análise, pergunte: • Qual o tipo de classificado encontrado? • Qual é a sua finalidade? • Em que parte dos jornais e revistas eles estão? LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Espera-se que os grupos indiquem, entre outras características, a persuasão, sendo utilizados os recursos verbais escritos com o objetivo de chamar a atenção do público leitor, consumidor. Eles devem, também, indicar linguagem concisa, informações precisas, descrições atraentes que conquistem público, além das finalidades de compra, venda, aluguel etc. Atividade 2: A partir dos conhecimentos apreendidos e discutidos sobre classificados, proponha aos alunos a leitura em voz alta do livro Classificados Poéticos, de Roseana Murray. Verifique se a biblioteca escolar tem o livro. Com ele em mãos, peça aos alunos que formem um círculo e que cada um leia em voz alta um dos classificados. Apresente a sinopse do livro e uma breve biografia da autora. Em seguida, peça a eles que comparem os classificados trabalhados na atividade anterior com os classificados poéticos. Espera-se que eles identifiquem diferenças, sobretudo, na linguagem, pois nos classificados poéticos há presença da linguagem subjetiva, marcada pelo sentimento do anunciante, com termos ligados à emoção. As descrições de um classificado poético tendem a ser mais subjetivas e marcadas por adjetivos de caráter subjetivo. Ao final, explique que o propósito é ampliar a atividade da leitura para a produção de classificados poéticos, explorando as possibilidades do gênero em apresentar características mais literárias. 3º AULA Preparação: Atividade em grupos. Atividade 1: Para aprofundar a discussão, leve diferentes classificados para a sala de aula. Organize-os em grupos e distribua-os aos alunos. O objetivo é oferecer mais instrumentos discursivos característicos dos textos classificados e, em seguida, aplicar características de textos poéticos neles. Questione-os sobre a situação de produção, finalidade e público-alvo. Espera-se que eles indiquem que se tratam de textos curtos que utilizam muitas vezes abreviaturas e servem para vender, comprar, trocar, alugar, e têm, portanto, linguagem persuasiva. Faça perguntas de modo que eles possam identificar elementos que produzam o efeito de sentido indicado. Sobre a finalidade, verifique se os alunos são capazes de identificar que classificados são produzidos para divulgar, vender, comprar, trocar algo com o objetivo de convencer o interlocutor. Atividade 2: Proponha aos grupos que reescrevam o classificado analisado de modo que ele apresente características de um texto poético, mas sem perder a estrutura, algumas das características e a finalidade do classificado. Para que os grupos tenham êxito na atividade, reveja com eles as características, como presença de um sujeito poético, sentimentos e emoções revelados, linguagens informal e subjetiva, uso de figuras de linguagem etc. Peça a eles que verifiquem quais características são adequadas e podem ser combinadas de modo que o classificado não perca sua caracterização. Peça a eles que leiam suas produções e validem junto com os colegas as alterações. 4º AULA Preparação: Atividade individual e em duplas. Atividade 1: Convide os alunos a produzir seus próprios classificados poéticos “anunciando” algum familiar, responsável ou pessoa querida. Avise-os que não vale colega da sala. Eles devem elaborar o texto nos seguintes moldes: Vende-se, Aluga-se, Troca-se. Apresente um exemplo, como: “Tio usado, mas que parecer estar novo, pouco cabelo branco, sem vícios. Nunca falha aos domingos. Faço doação no caso de nenhum interessado”. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Os alunos devem colocar em um papel alguns adjetivos que caracterizam a pessoa. Ajude-os na escolha das características e determinação dos objetivos, de modo que eles não reforcem estereótipos, mas descrevam as pessoas. Eles devem considerar que as produções serão expostas no mural da escola em um lugar em que toda a comunidade escolar possa apreciá-las. A produção de classificados poéticos é individual. Reiterar que os anúncios devem se valer de palavras que sensibilizem e encantem o leitor. Chamar a atenção para a intencionalidade comunicativa do gênero. Instigá- los a explorar a força das palavras, a emoção, o desejo, e, claro, muita imaginação. A linguagem poética é marcada pela subjetividade, o sentimento, o lirismo. Propor a releitura dos classificados para verificar se houve alguma lacuna na produção, se faltou algum dado, se há possibilidade de melhorar a linguagem. Na sequência, montar o quadro ou mural com os classificados produzidos pela classe. Atividade 2: Após a produção, os alunos devem trocar seus textos entre si e realizar, em duplas, a revisão. Nesse momento, deve-se verificar se as características dos textos literários foram incorporadas no gênero classificados, analisando: 1- Título; 2- Corpo do anúncio (dados essenciais do que está sendo anunciado); 3- Contato (nome, telefone e endereço); 4- Linguagem (conotativa e/ou denotativa, com a presença de figuração, marcada pela emoção, texto curto, uso de linguagem informal, uso de comparações, linguagem figurada, humor, palavras de duplo sentido etc.). Ao final da revisão, as indicações de correções devem ser analisadas e realizadas de acordo com o que for adequado. Organize com os alunos a exposição dos classificados poéticos no mural da escola. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Proponha aos alunos a produção escrita de uma resposta a um dos classificados poéticosexpostos no mural. A partir do contato deixado, os alunos devem se comunicar por telefone, e-mail e/ou carta respondendo ao classificado. Desse modo, eles poderão verificar como se dá a situação comunicativa completa de quem escreve para quem responde ao classificado, mas sem se esquecer da poesia. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM Durante o processo, avalie o desempenho dos alunos nas atividades coletivas e grupo. Verifique se eles foram capazes de articular os conhecimentos sobre o gênero classificados com os textos poéticos, de modo a produzir textos com essas características. Proponha a realização de uma autoavaliação. Os alunos devem responder às questões sobre seu envolvimento com as atividades e com sua participação nas atividades coletivas e em grupo. Por fim, avalie suas produções, verificando se os alunos conseguiram perceber as informações importantes do gênero classificado (assunto, anunciante, contato, linguagem, informações adicionais), conciliando-as com características dos textos poéticos. QUESTÕES • Os alunos são capazes de identificar os elementos que diferenciam um classificado de um classificado poético? Eles utilizaram as características de textos poéticos em suas produções corretamente? • Em textos classificados, as informações tratam de fatos e objetos da realidade. Porém, nos classificados poéticos, a linguagem utilizada pode criar situações inusitadas e subverter a realidade. Questione-os sobre como a brincadeira em relação à realidade pode ser construída. REFERÊNCIAS MURRAY, R. Classificados poéticos. São Paulo: Moderna, 2010. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais PROPOSTAS DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM – 2º BIMESTRE ESCOLA: _____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ALUNO: _____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ DATA: ______/______/______ TURMA: _______________ AVALIAÇÃO Para responder às questões de 1 a 8, leia os fragmentos do poema Canção do Tamoio, do escritor maranhense Gonçalves Dias (1823-1864). Canção do Tamoio* I Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar. II Um dia vivemos! E o homem que é forte Não teme da morte; Só teme fugir; No arco que entesa Tem certa uma presa, Quer seja tapuia, Condor ou tapir. III O forte, o cobarde Seus feitos inveja De o ver na peleja Garboso e feroz; E os tímidos velhos Nos graves concelhos, Curvadas as frontes, Escutam-lhe a voz! (...) LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais V E pois que és meu filho, Meus brios reveste; Tamoio nasceste, Valente serás. Sê duro guerreiro, Robusto, fragueiro, Brasão dos tamoios Na guerra e na paz. VI Teu grito de guerra Retumbe aos ouvidos D'imigos transidos Por vil comoção; E tremam d'ouvi-lo Pior que o sibilo Das setas ligeiras, Pior que o trovão. (...) X As armas ensaia, Penetra na vida: Pesada ou querida, Viver é lutar. Se o duro combate Os fracos abate, Aos fortes, aos bravos, Só pode exaltar. DIAS, Antônio Gonçalves. Canção do Tamoio. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/vo000013.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2018. * Tamoios: povo indígena que lutou bravamente contra a dominação portuguesa no Brasil por volta de 1550. Vocabulário renhida: (adj. disputado com pertinência, Fig. sangrento, cruento) entesar: tornar-se teso tapuia: nome dado aos tupis aos índios inimigos condor: ave comum nos Andes tapir: anta cobarde: covarde peleja: luta, combate brio: dignidade, entusiasmo 1. Qual é o assunto do poema? a) a morte do filho do guerreiro. b) o conselho de um pai ao filho recém-nascido. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais c) o temor pelas dificuldades que a criança pode viver. d) a preparação para a guerra. 2. Identifique uma ideia de oposição no Canto I. Explique sua resposta. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 3. No Canto II, o eu-lírico indica um medo possível para um homem forte e bravo. Essa ideia se expressa no medo do quê? Justifique sua resposta, reproduzindo o verso. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 4. No poema Canção do Tamoio, notamos um apelo do pai para que o filho. Qual apelo é esse? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 5. Para indicar a bravura, o eu-lírico aponta elementos que considera da cultura indígena. Identifique-os no Canto VI e escreva-os abaixo. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 6. No verso “Teu grito de guerra”, do Canto VI, o pronome “teu” refere-se: a) a algo fora do contexto do poema. b) ao grito dos inimigos. c) ao grito do recém-nascido. d) ao grito do velho guerreiro. 7. No verso “Nos graves concelhos,” do Canto III, a palavra em destaque foi escrita com a letra c. Contudo, a grafia atual é com a letra s. Levante hipóteses para a grafia no poema ter a letra c. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 8. Em relação ao verso destacado anteriormente, indique V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas. A palavra “concelhos” está flexionada no plural, isso ocorre porque: ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 9. Observe os textos a seguir para responder as questões 9 e 10. Disponível: < http://www.funai.gov.br >. Acesso em: 27 jul. 2018. Os textos acima podem ser classificados como cartaz porque, entre outras características: a) possuem na linguagem complexa e figurativa. b) apresentam função informativa com função apelativa. c) possuem linguagem verbal que se relacionam com algumas imagens. d) apresentam marca de patrocinadores oficiais. 10. Responda de que maneira os cartazes dialogam com o poema Canção do Tamoio. E, de forma breve, indique se os valores e as visões de mundo são semelhantes ou diferentes entre os textos. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais GABARITO E ORIENTAÇÕES QUESTÃO 1 Habilidade: (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. (Campo artístico-literário) Resposta: Alternativa b. Orientações: Trata-se de uma questão para trabalhar a interpretação do texto poético. Nesse caso, o aluno tem pistas no próprio subtítulo oferecido pelo poema. Um pai que canta o nascimento de seu filho e vibra com a possibilidade da criança crescer um guerreiro, forte e bravo. Um poema natalício, que fala de vida e luta. Portanto, o assunto do poema é a exortação, o estímulo que um velho índio tamoio faz ao seu filho recém-nascido. É uma canção natalícia, conforme indica o subtítulo do texto. QUESTÃO 2 Habilidade: (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. (Campo artístico-literário) Resposta: Oposição entre as palavras “forte” e “fraco”. Orientações: A questão verifica se os alunos são capazes de localizar palavras no texto e relacioná-la, interpretando o poema, identificando os efeitos de sentido que essas escolhas produzem no texto. Caso os alunos tenham dúvida, verifique se eles são capazes de identificar os versos: “Que os fracos abate,/Que os fortes, os bravos”. Nessa parte do texto, o jogo de oposição ocorre entre as palavras “fracos” e “fortes”, marcando a antítese entre as qualidades e defeitos do guerreiro indígena. QUESTÃO 3 Habilidade: (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. (Campo artístico-literário) Resposta: Medo de fugir. “Só teme fugir”. Orientações: A questão verifica a capacidade de interpretação dos alunos. Espera-se que os alunos sejam capazes de identificar no trecho “E o homem que é forte/Não teme da morte;” que o medo do índio tamoio se concretiza na ideia da fuga porque demonstra covardia do guerreiro. Trata-se de questão para trabalhar localização de informação explícita no texto. QUESTÃO 4 Habilidade: (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infanto-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. (Campo artístico-literário) LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais Resposta: Seja bravo e forte e não tenha medo da morte Orientações: A questão verifica se os alunos são capazes de, por meio da compreensão e inferência das informações no texto, com o objetivo de os alunos identificarem no poema o apelo do guerreiro ao filho que nasce. Verifique se os alunos são capazes de compreender que o eu- lírico pode ser percebido como um pai que aconselha o filho, indicando que a vida é luta sangrenta (renhida) e contínua. QUESTÃO 5 Habilidade: (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. (Campo artístico-literário) Resposta: Dentre os elementos indicados podem ser destacados o grito de guerra e as setas ligeiras. Orientações: A questão verifica se os alunos são capazes de, por meio da compreensão e da localização das informações no texto, inferir valores culturais, identificando esses elementos da cultura indígena. Vale reforçar aos alunos que, embora esses elementos sejam referentes à guerra, no caso, por exemplo, do arco e flecha, representado pelas “setas ligeiras”, é um instrumento que, além de arma de guerra também era utilizado para caça, pesca e rituais. QUESTÃO 6 Habilidade: (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. (Campo artístico-literário) Resposta: Alternativa c. Orientações: A questão verifica se os alunos são capazes de identificar os efeitos de sentido que as escolhas lexicais produzem no poema. Verifique se os alunos são capazes de identificar que o pronome “teu” refere-se ao grito do recém-nascido. Caso os alunos tenham dificuldade, copie o canto no quadro de giz e auxilie-os na visualização da referenciação presente dentro do próprio texto. QUESTÃO 7 Habilidade (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico. (Todos os campos de atuação) Resposta: Espera-se que os alunos levantem hipóteses como, por exemplo, indicar que, na época em que o poema foi escrito, a regra estabelecida para a escrita da palavra apresentava a grafia com c. Orientações: A questão verifica quais as dúvidas e reflexões que os alunos podem ter em relação escrita e à norma-padrão. Se necessário, apresente subsídios a eles que é o período do poema. Espera-se que os alunos relacionem o poema com o contexto de criação e identifiquem o caráter social, histórico e diacrônico da língua, que apresenta alterações ao longo do tempo por diferentes motivos. É possível que os alunos indiquem que a escrita está fora da norma-padrão. Chame a atenção para as palavras que eles desconhecem e para a linguagem formal, mostrando que há formalidade e que a hipótese não se sustenta. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais QUESTÃO 8 Habilidade: (EF06LP06) Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto). (Todos os campos de atuação) Resposta: “concelhos” é um substantivo e o adjetivo “graves” deve concordar com o nome. Orientações: A questão verifica se os alunos empregam corretamente as regras de concordância nominal. Verifique se eles são capazes de identificar que a palavra “concelhos” é um substantivo e que, pelo princípio de concordância nominal, os satélites do nome (artigo, numeral, pronome e adjetivo) concordam em gênero e número com o seu referente e que, por isso, o adjetivo “graves” está flexionado no plural para concordar com o substantivo. Caso eles tenham dificuldades, faça algumas atividades, identificando essas relações a partir de textos lidos. QUESTÃO 9 Habilidade: (EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional eestilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros. (Campo jornalístico-midiático) Resposta: Alternativa b. Orientações: A questão verifica se os alunos identificam o gênero cartaz. Caso eles tenham dificuldade de identificar as características do gênero, auxiliar os alunos a identificar que os textos apresentam informações e linguagem apelativa. QUESTÃO 10 Habilidade: (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. (Campo artístico-literário) Resposta: A resposta é parcialmente subjetiva. Na primeira parte, os alunos devem indicar que tanto o poema como o cartaz da FUNAI trata da temática indígena. No poema, o eu-lírico apresenta o indígena como uma figura heroica, forte, brava que resiste apesar das investidas da vida e do inimigo. O cartaz traz informações importantes sobre a cultura dos povos tradicionais, especialmente no que diz respeito à língua. Na segunda parte da questão, espera-se que eles verifiquem criticamente que há diferentes visões sobre os indígenas. Orientações: A questão trabalha a intertextualidade e a possibilidade dos alunos perceberem de quais formas esse diálogo pode ser realizado por meio da relação entre as características dos dois gêneros. Além disso, se os alunos são capazes de analisar criticamente aos valores sociais e as diferentes visões sobre a mesma temática. É importante que os alunos observem a intertextualidade presente entre os fragmentos do poema e o cartaz da FUNAI e que, embora, sejam gêneros diferentes, aproximam-se pela temática, mas distanciam-se pelos valores sociais e diferentes visões sobre as culturas indígenas. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais FICHA DE ACOMPANHAMENTO BIMESTRAL A Ficha de Acompanhamento Bimestral1 é um instrumento que tem como objetivo subsidiar o trabalho docente e verificar a apropriação dos conhecimentos dos alunos em relação aos aspectos das habilidades trabalhadas no bimestre. Ela pode ser utilizada em reuniões do conselho de classe, no atendimento aos familiares e responsáveis dos alunos, além de auxiliar nas aferições da aprendizagem junto aos registros de observações diárias e às avaliações. Utilize as referências a seguir para anotar o desempenho individual de cada aluno e, se necessário, anote na coluna “observações estratégicas” o que pode contribuir para o aprimoramento das apreensões. ND = Não desenvolvido PD = Pouco Desenvolvido D = Desenvolvido NO = Não observado NOME DO ALUNO: PRÁTICAS DE LINGUAGEM INDICADORES DE APRENDIZAGEM DESEMPENHO OBSERVAÇÕES ESTRATÉGICAS LE IT U RA Identifica efeitos de sentido em textos jornalísticos- midiáticos Realiza pesquisa usando fontes indicadas e abertas Analisa em textos literários e manifestações artísticas referências explícitas ou implícitas a outros textos Lê textos literários de forma autônoma e compreende-os selecionando procedimentos, estratégias de leitura adequados aos diferentes objetivos e leva em conta características dos gêneros e suportes Infere a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo em texto literário Analisa em textos narrativos ficcionais as diferentes formas de composição próprias de cada gênero Analisa e compara peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas Infere e justifica, em textos multissemióticos, os diferentes efeitos produzidos pelos recursos empregados Interpreta, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de diferentes recursos selecionados Interessa-se e envolve-se pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos Posiciona-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros artísticos-literários 1 Os indicadores de aprendizagem foram elaborados a partir das habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para Língua Portuguesa. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais PR O D U ÇÃ O E SC RI TA Divulga resultados de pesquisas por diferentes meios e gêneros Produz entrevistas considerando situação e contexto de produção Engaja-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita Produz textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação Cria poemas compostos por versos livres e de forma fixa O RA LI D A D E Respeita os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas Toma nota em diferentes práticas orais Engaja-se e contribui com a busca de conclusões comuns relativas a diferentes questões sociais Apresenta argumentos e contra-argumentos coerentes Posiciona-se de forma consistente e sustentada em diferentes situações orais Organiza os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero nas apresentações orais Produz notícias para rádios, tv ou vídeos, podcasts noticiosos e de opinião, entre outros gêneros orais A N Á LI SE L IN G U ÍS TI CA / SE M IÓ TI CA Emprega, adequadamente, as regras de concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto) Utiliza, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc. Utiliza, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nome e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes (discurso direto e indireto) Escreve palavras com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita Utiliza, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual Reconhece as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico Faz uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Plano de Desenvolvimento Bimestral Apresentação Prezado professor, Este Plano de Desenvolvimento explicita os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados durante o 6º ano do Ensino Fundamental, apresentando subsídios e sugerindo práticas de sala de aula que contribuam com o trabalho a ser realizado. Uma aprendizagem eficaz da Língua Portuguesa, que contemple as práticas de linguagem, relaciona as informações explicitadas a diferentes práticas didático-pedagógicas. Além das propostas, o material apresenta sugestões de atividades, indica fontes de pesquisa, orienta a gestão do tempo em sala de aula e propõe o acompanhamento das aprendizagens. O Plano de Desenvolvimento está ordenado nas seguintes partes: I. Objetos de conhecimentos e habilidades A primeira parte apresenta os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados no bimestre que deverão ser tomados como metas para o ensino e a aprendizagem, possibilitando aos alunos a apropriaçãodos conhecimentos de Leitura, Produção de texto, Oralidade e Análise linguística/semiótica. As informações que compõem o quadro estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando à organização, à facilidade de uso e ao cumprimento das metas de aprendizagem. Os objetos de conhecimentos e as habilidades são um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais. Por isso, o trabalho deve ser contínuo. Vale destacar que as habilidades apresentam um arranjo possível e os agrupamentos propostos não devem ser tomados como um modelo obrigatório, mas uma proposta para facilitar a compreensão dos conjuntos e inter-relacionamento possíveis, enfatizando articulações entre campos, objetos de conhecimento e habilidades. Por fim, ao final do quadro, são apresentadas algumas habilidades essenciais para dar continuidade aos estudos. II. Propostas de atividades Na segunda parte, são indicadas propostas de atividades, organizadas por práticas de linguagem (Leitura, Produção de texto, Oralidade e Análise Linguística/Semiótica), recorrentes em sala de aula e que podem favorecer o trabalho com as habilidades. Também são apresentadas as sequências didáticas e o projeto integrador bimestrais, com o objetivo auxiliar a organização e planejamento para a realização dessas práticas didático- -pedagógicas. III. Gestão da sala de aula Na terceira parte, o foco é a gestão do tempo em sala de aula e dos recursos que possibilitam um melhor gerenciamento do trabalho docente. As orientações são concernentes ao ambiente, às formas de apresentação, à organização das situações e do tempo. IV. Acompanhamento das aprendizagens A quarta parte aborda avaliações e instrumentos de aferição que podem contribuir para avaliar o desempenho dos alunos. V. Fontes de pesquisa A quinta e última parte inclui indicações e outras fontes de pesquisa, como sites, vídeos, filmes, revistas e artigos para serem usados em sala de aula. As propostas e os subsídios apresentados neste Plano de Desenvolvimento são orientações de caráter aberto e, podem, portanto, ser adaptados de acordo com a realidade escolar e das práticas da sala de aula, com o propósito de promover uma aprendizagem significativa dos alunos. Bom trabalho! LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais 3º BIMESTRE OBJETOS DE CONHECIMENTOS E HABILIDADES Este Plano de Desenvolvimento orienta a trabalhar com os seguintes objetos de conhecimento e habilidades para o 3º Bimestre, do 6º ano: PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES* CONTEÚDO Leitura Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital Relação entre textos Estratégia de leitura Distinção de fato e opinião Estratégia de leitura: identificação de teses e argumentos Apreciação e réplica Efeitos de sentido Efeitos de sentido Exploração de multissemiose Curadoria de informação Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto Apreciação e réplica Reconstrução das condições de produção e recepção dos textos e adequação do texto à construção composicional e ao estilo do gênero Estratégias e procedimentos de leitura Relação do verbal com outras semioses Procedimentos e gêneros de apoio à compreensão Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção Apreciação e réplica Adesão às práticas de leitura (EF06LP01), (EF06LP02) (EF67LP03), (EF67LP27), (EF69LP30) (EF67LP04) (EF67LP05) (EF67LP06), (EF69LP04), (EF69LP05) (EF67LP08) (EF67LP20) (EF69LP03) (EF69LP21) (EF69LP29) (EF69LP32) (EF69LP46) (EF69LP49) • Leitura de imagem: cartum • Leitura de notícia • Características do gênero notícia • Leitura de gráfico • Leitura de folders de campanha • Leitura de charge • Leitura de reportagem • Características do gênero reportagem • Leitura de revista em quadrinhos • Leitura de imagem: tela • Leitura de graphic novel • Leitura de infográfico • Leitura de entrevista LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Produção de textos Estratégias de produção: planejamento de textos informativos Textualização, tendo em vista suas condições de produção, as características do gênero em questão, o estabelecimento de coesão, adequação à norma- padrão e o uso adequado de ferramentas de edição Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais Revisão/edição de texto informativo e opinativo Planejamento de textos de peças publicitárias de campanhas sociais Textualização, revisão e edição (EF67LP09) (EF67LP10) (EF67LP21) (EF69LP06) (EF69LP08) (EF69LP09) (EF69LP22) • Produção de notícia • Produção de cartaz de campanha Oralidade Conversação espontânea Produção de textos jornalísticos orais Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social Discussão oral Registro (EF67LP23) (EF69LP11) (EF69LP13), (EF69LP15) (EF69LP25) (EF69LP26) • Exposição oral • Debate em roda de conversa • Debate regrado LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Análise Linguística/ Semiótica Morfossintaxe Sintaxe Fono-ortografia Composição composicional Construção composicional Elementos paralinguísticos e cinésicos Apresentações orais Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais Variação linguística (EF06LP04) (EF06LP05) (EF06LP10) (EF67LP32) (EF69LP16) (EF69LP40) (EF69LP41) (EF69LP56) • Verbo I – definição, tempos e modos verbais • Verbo II – modo indicativo – tempos verbais (presente, pretérito perfeito e pretérito imperfeito) • Frase, oração e período • Sujeito e tipos de sujeito • Acentuação das paroxítonas * As descrições das habilidades podem ser conferidas ao final do plano. HABILIDADES ESSENCIAIS O trabalho com as habilidades abaixo é essencial para dar continuidade aos estudos dos alunos: (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. (EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc. (EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc. (EF69LP22) Produzir,revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus e posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/ imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF06LP02) Estabelecer relação entre os diferentes gêneros jornalísticos, compreendendo a centralidade da notícia. (EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo. (EF06LP05) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais, considerando o gênero textual e a intenção comunicativa. PROPOSTAS DE ATIVIDADES A recorrência de algumas práticas pedagógicas em sala de aula deve ser parte do planejamento bimestral, para que os objetos de conhecimento e as habilidades explicitadas possam ser trabalhados de modo eficaz. A seguir, são propostas algumas atividades, separadas por práticas de linguagem: Propostas de atividades de LEITURA Leitura em voz alta Promover a leitura em voz alta colaborativa com os alunos, preparando-se para essas atividades, com a escolha adequada do texto e a realização do objetivo proposto. • A escolha prévia e adequada do suporte para a leitura do texto (projeção; computador, internet, laboratório de informática, papel, e tipo papel), tudo isso contribui para o sucesso da leitura. • A leitura do texto deve ser planejada e compreender a participação dos alunos. • Atividades após a leitura devem ser programadas pelos professores para que sejam significativas, cumprindo diferentes propósitos, como: apreciar e incentivar a busca de informações, para aprender coisas novas etc. Considerando estratégias diferenciadas para a prática. Leitura de um conto ou poema Propor a leitura extra de um conto ou outra narrativa curta a cada bimestre. Todos podem sugerir, inclusive o professor, um texto que será lido e discutido pela turma. Essa discussão pode ser em torno dos elementos que compõem a narrativa ou a partir do tema. Outra possibilidade de atividade para exercício da leitura é a declamação em coro de um poema, ou seja, um jogral. Essa atividade também ajuda a desenvolver a integração entre os estudantes proporcionando a todos um momento de fruição e saber. Leitura de texto jornalístico e seus efeitos de sentido para a parcialidade e imparcialidade Trabalhar textos jornalísticos a partir da identificação de adjetivos e seus efeitos de sentido para produzir parcialidade, neutralidade ou imparcialidade no texto. Tente construir com os estudantes uma leitura em que se note pela presença dessa classe morfológica a intencionalidade comunicativa visando a atingir o público-leitor. Propostas de atividades de PRODUÇÃO DE TEXTO Desenvolvimento em etapas para a escrita O trabalho com produções textuais será conduzido em quatro etapas: • Planejamento: propostas de planejamentos indagando sobre a escrita, retomada de leituras, verificando a estrutura do texto, o público-alvo etc. • Reflexão e discussão: promover reflexões para desenvolver o olhar crítico sobre os textos. • Releitura: mapear as incoerências, ideias soltas, desvios da norma padrão, ajustes de pontuação, ortografia. • Reescrita: correções coletivas, com sugestões de melhorias do texto. • Edição: editar e trabalhar o texto, ilustrando-o, por exemplo. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Avaliação: verificar como foi o processo de escrita. Releituras Criar o hábito de releitura de textos escritos para o aperfeiçoamento do processo, sobretudo em produções coletivas, seja para buscar novas interpretações seja para ajustes de ordem ortográfica. Fotodenúncias A atividade de fotodenúncia desencadeia reflexão sobre as múltiplas possibilidades de uso de imagens nas aulas e permite exercício de escrita por meio das legendas. Os estudantes podem fotografar problemas de ordem pública do bairro, como buracos nas vias públicas, crescimento de mato, falta de saneamento, problemas com a iluminação, entre outros. Podem trabalhar a edição das imagens e introduzir legendas nas fotografias indicando as situações difíceis retratadas. Anúncio para internet A propaganda virtual ou propaganda da Web como atividade permite aos estudantes desenvolver a escrita além de possibilitar a retomada das características do anúncio, linguagem de persuasão, imagens, humor, criatividade, verbos no modo imperativo, entre outros. Propostas de atividades de ORALIDADE Rodas de conversa Momento de troca de informações, de planejamento de atividades, de verificação de conhecimentos prévios, de identificação de repertório. Assembleia A Assembleia de classe pode funcionar como um espaço de diálogo e de debate em que estudantes e professores chegarão a um acordo para convivência saudável no ambiente escolar, além de poderem exercitar a argumentação e o exercício democrático, permitindo que tenham participação ativa nos problemas da sua escola. As pautas a serem discutidas podem ser sugeridas pelos próprios estudantes e devem envolver assuntos relacionados à escola, à sala de aula, por exemplo. Seminário O seminário é uma atividade de interlocução que permite apresentações individuais ou em grupo mediadas por regras. Os estudantes podem desenvolver habilidades como portar-se diante do público, apresentar dados, mostrar domínio de conteúdo, considerando as características do público-alvo, como faixa etária, interesses, expectativas e conhecimentos prévios em relação ao tema abordado, uso de linguagem formal, dentre outras. Propostas de atividades de ANÁLISE LINGUÍSTICA/SEMIÓTICA Consulta ao dicionário Incentivar e orientar os alunos a utilizar o dicionário para localizar palavras cujo teor desconheçam, ampliando seu conhecimento ortográfico e vocabular da língua. O léxico do texto Procurar palavras desconhecidas no dicionário quanto ao significado e/ou à grafia, promovendo o estímulo à pesquisa e possibilitando fixação mais consistente de conteúdos. Diagrama arbóreo sobre os sintagmas nominal e verbal Diferentes estruturas linguísticas podem ser oferecidas aos estudantes para que montem sistemas arbóreos em torno de verbos e nomes. Os estudantes podem ser levados não apenas a tentar identificar como os termos estão relacionados, mas também devem ser incentivados a perceber os efeitos que os termos produzem nessa inter-relação. Esta atividade permite a retomada e sistematização de classes morfológicas como base de estudo linguístico. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais Ditado de palavras Selecionar determinadas palavras que possam oferecer certo grau de dificuldade para a escrita, como por exemplo, palavras parônimas. Propor o ditado para que os estudantes tomem nota e depois promover troca das palavras escritas entre os alunos, pedindo que analisem como cada colega escreveu os vocábulos. Promover acorreção e em seguida refletir sobre possíveis causas dos desvios ortográficos. Além das propostas de atividades, o Plano de Desenvolvimento apresenta outras práticas-didático pedagógicas, que têm como objetivo incentivar diferentes práticas e metodologias em sala de aula. São elas: PROJETO INTEGRADOR Nome: Uso sustentável da água Habilidades de Língua Portuguesa a serem desenvolvidas no projeto: •Produção de textos: Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais (EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor. •Discussão oral (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. •Textualização, revisão e edição (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. O projeto integrador tem como objetivo: Diante da crise ambiental contemporânea, é necessário que a escola apresente propostas pedagógicas que contemplem a educação ambiental, que deve ser reconhecida como prática integrada, contínua e permanente no currículo. O projeto promove a articulação entre os conteúdos e a educação ambiental de forma interdisciplinar, por meio da relação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Geografia. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS 3º BIMESTRE SEQUÊNCIAS PRÁTICA DE LINGUAGEM/ OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES OBSERVAÇÕES Sequência 7: Descarte de lixo Oralidade: • Discussão oral (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus e posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. Apresentação e discussão coletiva sobre iniciativas, mudanças de hábitos que podemos fazer para amenizar os impactos causados pelo descarte incorreto do lixo. Sequência 8: Notícia Leitura: • Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais texto • Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos • Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital • Construção composicional (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/ imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos. (EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos Nesta sequência didática, o foco deve ser em notícias e nos elementos do gênero (LEAD, olho, intertítulo, foto, legenda, citações, entre outros), com o objetivo de analisar o sentido do texto do ponto de vista da parcialidade/imparcialid ade com auxílio dos recursos e elementos que utiliza para a composição da notícia. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc. Sequência 9: Cartaz de campanha Produção de textos: • Planejamento de textos de peças publicitárias de campanhas sociais • Textualização, revisão e edição (EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc. (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. O objetivo da sequência didática é os alunos produzir cartaz de campanha publicitária orientando a comunidade escolar como economizar água PRÁTICAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS Ao longo do 6º ano, as propostas de ensino-aprendizagem têm o professor como mediador, oferece possibilidade de trabalho individualmente, em duplas, em grupos e também de modo coletivo. Sugerimos, a seguir, algumas atividades habituais, permanentes e situações didático-pedagógicas que devem ser recorrentes ao longo desse 3º bimestre: • Diagnóstico do conhecimento prévio. • Audição e compreensão de textos orais. • Leitura e escrita de textos em diferentes gêneros. • Elaboração de diversos gêneros de texto. • Argumentação de situações de diferentes pontos de vista. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Intertextualidade. • Produção textual. • Estudos dos elementos linguísticos relacionados à norma padrão. • Estudo de variedades linguísticase/ou semiótica apropriadas ao contexto. • Apresentação de propostas e defesas de opiniões, valendo-se de sínteses e argumentação. • Desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos. • Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos. • Trabalhar entrevistas com apresentação e contextualização, do tema, estrutura pergunta e resposta etc. • Planejar campanhas publicitárias sobre questões/problemas. • Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos. GESTÃO DA SALA DE AULA A atividade diagnóstica no início de cada ano letivo permite identificar o nível e traçar um perfil inicial dos alunos. Além disso, como o sucesso da aula depende da interação entre todos, é necessário antecipar e se preparar para os imprevistos. Para isso, o gerenciamento exige planejamento. Para aprimorar a sua gestão da sala de aula, é importante identificar e antecipar algumas ações: • Quando os alunos não compreendem as orientações: circular pela sala e observar como eles estão realizando a as atividades, interferindo e retomando o que foi orientado, caso necessário. • Quando os alunos acham que uma regra obrigatória é negociável: embora os combinados sejam um meio eficiente e democrático de gestão, nem toda regra é flexível, por exemplo, os horários das aulas. Deixe claro para eles quais regras existem, por que elas existem e por que não são negociáveis. Chame a atenção para o fato de haver consequências quando uma regra é quebrada. • Quando os alunos interagem: verificar se os alunos só interagem quando têm certeza ou se não interagem. Incentive a apresentação de respostas, apresentação de dúvidas e o erro. Quando eles estão em grupo, verifique se todos participam e colaboram, incentivando as participações. • Quando é possível antecipar problemas: preparar algumas intervenções que pode ser colocadas pelos alunos ou mesmo para incentivá-los a participar, seja por falta ou excesso de interesse, planejar intervenções pode contribuir para que eles se sintam incentivados individual e coletivamente a avançar no que está sendo trabalhando. Prepare diferentes intervenções de acordo com os diferentes níveis de conhecimento dos alunos. • Quando há alunos com deficiência na sala de aula: providenciar recursos, materiais adaptados e trabalhar em parceria com o responsável por ela. Também é possível desenvolver formas variadas de ensino e tornar os colegas pessoas colaborativas e inclusivas, a partir da escuta das necessidades desses alunos com deficiência. • Quando os grupos não funcionam: há diferentes tipos de agrupamentos, tanto por necessidades de aprendizagem por habilidades socioemocionais, por uma combinação entre esses dois aspectos etc. O agrupamento deve ser eficaz para a aprendizagem e deve ser repensado à medida que é identificado algum problema de funcionamento. O trabalho em duplas, trio, grupos e coletivamente deve ser incentivado e ensinado mesmo entre colegas que não se tão, socialmente, bem. Mas também deve haver momento em que eles possam escolher livremente seus parceiros para que possam se identificar com seus círculos sociais. Verificar em quais situações eles são mais produtivos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Quando há inadequações em sala de aula: os alunos devem ser orientados a respeitar e valorizar as opiniões dos colegas. Embora muitos docentes tenham como objetivo primeiro minimizar os problemas de indisciplina, mais do que excluir o aluno causador do problema, é importante conversar tanto individual como coletivamente, dependendo da situação. O aluno inadequado não deve ser advertido em frente aos colegas, mas as inadequações devem ser colocadas em discussões, sobretudo aquelas carregadas de injúrias e preconceitos de gênero, étnico-raciais, religiosos etc. Além dessas possibilidades de antecipação, há gerenciamento das propostas de atividades e práticas didático-pedagógica que devem constar no planejamento. Antecipe possíveis problemas e/ou dificuldades que possam ser apresentados. Por exemplo, se estava planejado uma dinâmica envolvendo alguma sequência didática, mas naquele momento algum imprevisto aconteceu, como a falta de material para todos, o professor deve resolver a situação preparando alternativas, como reorganizar os alunos em grupos para que o material disponível seja suficiente. Também é importante ter possibilidade de apresentar planos diferenciados para situações adversas em sala de aula. Se planejou projetar um vídeo, mas no momento houve falha do equipamento. Reveja o sequenciamento didático sempre que houver mudanças em relação às atividades programadas. Por exemplo, um filme requer estratégia diferente da história narrada. Nesses processos, é importante planejar quais as habilidades serão trabalhadas e nos encaminhamentos didáticos possíveis a partir delas. Estar atento ao público-alvo e conhecer suas especificidades vai ajudá-lo a rever,e reconhecer problemas e apresentar soluções. Diversificar as estratégias, como por exemplo, trocar momentos de conversa em roda por trabalhos em grupo apresentados por desenhos e/ou outras produções; por dinâmicas de grupo, júris simulados; brincadeiras de detetive em busca de pistas sobre determinado assunto. Tudo isso são mecanismos que ajudam a conduzir a prática. É importante ter flexibilidade e atenção às situações cotidianas, com foco no objetivo do trabalho, considerando as situações dentro do contexto didático, devem ser atitudes recorrentes na prática do professor. ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS A avaliação é prática inerente ao ato pedagógico e requer cuidados permanentes. O docente deve conhecer diversos instrumentos para analisar o desempenho dos alunos para verificar as aprendizagens recorrentes durante o bimestre. Para mensurar esse aprendizado, observar a performances e verificar de apreensão de conhecimentos, é necessário adaptar as formas de análise, verificando qual é a mais adequada. Flexibilize a avaliação, levando em conta os diferentes critérios e instrumentos: Alguns CRITÉRIOS • Replanejar e cotejar o resultado da avaliação com o currículo e os objetivos de aprendizagem a partir de conclusões, eleger conteúdos, objetivos e estratégias que sanem as fragilidades perceptíveis em avaliação formativa. • Execução do plano, com decisões que concretizem os resultados esperados. Acompanhando o desempenho do aluno, pode-se criar novas estratégias para impulsionar seus estudos. Nesse ínterim, novas avaliações podem ser feitas, considerando o ato de avaliar como um movimento implícito ao ato de ensinar. • Avaliação de desempenho dos alunos é diagnóstica e, ao mesmo tempo, formativa, constante e contínua, devendo ocorrer dentro do processo educativo, com capacidade de gerar de modo eficaz informações sobre as etapas de estudo. Esse processo deve ser um norte ao trabalho didático-pedagógico do professor. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais • Fazer uso de instrumentos para medir o nível de desempenho, a capacidade de síntese, a compreensão de determinado assunto e o posicionamento ético do aluno diante de pontos de vistas diferentes. Questões abertas, objetivas e subjetivas, debates regrados, provas dissertativas, seminários etc. são recursos valiosos nesse percurso. • Estimular a autoavaliação contribui para o desenvolvimento de senso crítico e autonomia. Nos processos avaliativos, dificuldades podem aparecer, mas devem ser tomadas como oportunidades para novas estratégias. Se um aluno não participa dos momentos de determinada atividade, é interessante se perguntar: “O que pode ser feito para que ele se torne presente e se sinta confortável?”. Outros modos de se expressar podem ser oferecidos a ele. Mudar a estratégia sem perder o foco vale para qualquer aprendizagem e os resultados podem ser surpreendentes.Alguns INSTRUMENTOS Prova objetiva: Perguntas diretas, para avaliar se os alunos aprenderam conteúdos específicos. Prova dissertativa: Perguntas que exigem que os alunos estabeleçam relações, resuma, analisem e expliquem conteúdos. Trabalhos em grupos: Atividades que podem ser oral, escrita etc., que têm como objetivo e avaliar de conhecimentos construídos e apreendidos de forma colaborativa. Seminário: Exposição oral que exige que os alunos utilizem a fala e materiais de apoio, possibilitando que os conhecimentos da linguagem verbal oral e as produções multissemióticas sejam verificados. Relatório: Texto produzido depois de atividades e práticas que verifiquem a capacidade dos alunos de síntese e de apresentação de uma atividade realizada. Autoavaliação: Análise oral ou escrita que os alunos devem realizar sobre o próprio aprendizado e/ou sobre a produção. FONTES DE PESQUISA INDICAÇÕES DE FONTES PARA O PROFESSOR BOCA DO CÉU Site do Encontro Internacional de Contadores de Histórias. Nele, é possível encontrar os perfis de contadores de história nacionais e internacionais e mais informações sobre a arte da narração. O intuito é inspirar a prática. Disponível em: < http://bocadoceu.com.br/ >. Acesso em: 10 jul. 2018. DIVERSA Plataforma sobre educação inclusiva na prática, conta com o apoio de uma comunidade formada por cerca de cinco mil integrantes em todo o Brasil. Essa iniciativa do O objetivo Instituto Rodrigo Mendes permite aos professores compartilharem conhecimentos e experiências sobre educação inclusiva. Disponível em: < http://diversa.org.br/ >. Acesso em: 10 jul. 2018. ESCOLA DIGITAL Plataforma que reúne recursos digitais de aprendizagem e classifica os conteúdos de acordo com diferentes critérios. Também possui uma área para os professores compartilhares suas experiências em sala de aula. Disponível em: < https://rede.escoladigital.org.br/conte-sua-historia >. Acesso em: 10 jul. 2018. INSTITUTO EDUCADIGITAL (IED) Organização sem fins lucrativos, referência mundial em projetos inovadores de uso pedagógico de tecnologias digitais, dentro e fora das escolas. Oferece movimento de educação aberta, design thinking para educadores, formação e facilitação pedagógica, além de mentoria. Disponível em: < http://www.educadigital.org.br >. Acesso em: 10 jul. 2018. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais PORVIR Iniciativa de comunicação e mobilização social que mapeia, produz, difunde e compartilha referências sobre inovações educacionais para inspirar melhorias na qualidade da educação brasileira e incentivar a mídia e a sociedade a compreender e demandar inovações educacionais. Disponível em: http://porvir.org. Acesso em: 10 jul. 2018. RIVED - Rede Internacional Virtual de Educação Plataforma do Ministério da Educação, desenvolvida pela (Secretaria de Educação à Distância - Seed) oferece conteúdos de diferentes disciplinas, do Fundamental ao Superior. Os materiais são pesquisados por nível de escolaridade e disciplina ou palavra-chave. Recursos disponíveis para download gratuitos. Disponível em: < http://rived.mec.gov.br/ > Acesso em: 10 jul. 2018. INDICAÇÕES DE FONTES PARA OS ALUNOS OBSERVATÓRIO DA IMPRESA Apresenta artigos e reportagens que analisa o comportamento da mídia. Inclusive, têm matérias sobre “Como identificar fotos e vídeos adulterados”. Disponível em: < http://observatoriodaimprensa.com.br/ >. Acesso em: 10 jul. 2018. INDICAÇÃO DE LEITURA FALCAO, A. Mania de explicação. São Paulo: Salamandra, 2001. PARR, T. Tudo bem ser diferente. São Paulo: Panda Books, 2002. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BAGNO, M. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Ed. Loyola, 1998. BIBLIOTECA, LEITURA E LAZER: ferramentas para a aquisição do conhecimento. Edicler Dias de Oliveira Bonesso e Elisiani Vitória Tiepolo. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor pde. Versão Online ISBN 978-85-8015-076-6. Volume 1. 2013. Disponível em: < https://bit.ly/2ObBuJy >. Acesso em: 08 jul. 2018. DEMO, P. Educar pela pesquisa. São Paulo: Ed. Autores Associados, 2007. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. GAIMAN, Neil. Por que nosso futuro depende de bibliotecas, de leitura e de sonhar acordado. Disponível em: < https://bit.ly/2z2zbTy > . Acesso em: 08 jul. 2018. KLEIMAN, A. B. “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola”. In: Os significados do letramento: Uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985. GOMES, M. F. C.; MONTEIRO, S. M. A aprendizagem e o Ensino da Linguagem Escrita. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. v.2. HIPOLIDE, Marcia. Contextualizar é reconhecer o significado do conhecimento científico. São Paulo: Phorte Editora, 2012. LEAL, T. F.; GOIS, S. (Org.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. (Coleção Língua Portuguesa na escola). LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. MONTEIRO, S. M. Aprender a ler e a escrever. In: REVISTA EDUCAÇÃO: guia da alfabetização. São Paulo: Segmento/CEALE, n. 1, 2010. p. 12-27. MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa. São Paulo: Livraria da Física, 2012. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais PERRENOUD, Philippe. Ensinar: Agir na urgência, decidir na incerteza. Saberes e competências em uma profissão complexa. Porto Alegre: Artmed Editora 2001. ROJO, R. H. R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim (Org.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. (Coleção As faces da linguística aplicada). SOARES, M. B. Língua escrita, sociedade e cultura: relações, dimensões e perspectivas. In: Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003, p. 27-45. ZABALA, A. A Prática Educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. HABILIDADES DA BNCC (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/ imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos. (EF06LP02) Estabelecer relação entre os diferentes gêneros jornalísticos, compreendendo a centralidade da notícia. (EF67LP03) Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes veículos e mídias, analisando e avaliando a confiabilidade. (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos literários e semióticos. (EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão. (EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato. (EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância. (EF67LP06) Identificar os efeitos de sentido provocados pela seleção lexical,topicalização de elementos e seleção e hierarquização de informações, uso de 3ª pessoa etc. (EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários, relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes. (EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc. (EF67LP08) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou oposição) etc. em notícias, reportagens, fotorreportagens, foto-denúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e propagandas publicados em jornais, revistas, sites na internet etc. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e abertas. (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos. (EF69LP29) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica – texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etc. – e os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguísticas características desses gêneros, de forma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros. (EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos. (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer, honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. (EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor. (EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso de publicação em sites ou blogs noticiosos). (EF67LP10) Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – título ou manchete com verbo no tempo presente, linha fina (opcional), lide, progressão dada pela ordem decrescente de importância dos fatos, uso de 3ª pessoa, de palavras que indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de coesão e produzir notícia para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das características do gênero, os recursos de mídias disponíveis e o manejo de recursos de captação e edição de áudio e imagem. (EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jinglesde campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, debooktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor. (EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta. (EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –,da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc. (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. (EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc. (EF69LP11) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles. (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social. (EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos. (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. (EF69LP26) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a própria fala (que pode se dar no momento do evento ou posteriormente, quando, por exemplo, for necessária a retomada dos assuntos tratados em outros contextos públicos, como diante dos representados). (EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo. (EF06LP05) Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais, considerando o gênero textual e a intenção comunicativa. (EF06LP10) Identificar sintagmas nominais e verbais como constituintes imediatos da oração. (EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Plano de Desenvolvimento Bimestral | Ensino Fundamental - Anos Finais (EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc. (EF69LP40) Analisar, em gravações de seminários, conferências rápidas, trechos de palestras, dentre outros, a construção composicional dos gêneros de apresentação – abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do encadeamento de temas e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou conclusão, encerramento –, os elementos paralinguísticos (tais como: tom e volume da voz, pausas e hesitações – que, em geral, devem ser minimizadas –, modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos (tais como: postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação, sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.), para melhor performar apresentações orais no campo da divulgação do conhecimento. (EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização, topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens, inserindo de forma adequada imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos, dimensionando a quantidade de texto (e imagem) por slide, usando progressivamente e de forma harmônica recursos mais sofisticados como efeitos de transição, slides mestres, layouts personalizados etc. (EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais 3° Bimestre – Projeto Integrador Uso sustentável da água INTRODUÇÃO Diante da crise ambiental contemporânea, é necessário que a escola apresente propostas pedagógicas que contemplem a educação ambiental, que deve ser reconhecida como prática integrada, contínua e permanente no currículo. O projeto promove a articulação entre os conteúdos e a educação ambiental de forma interdisciplinar, por meio da relação entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Geografia. JUSTIFICATIVA Uma das responsabilidades da Educação Básica é proporcionar uma reflexão crítica sobre os grupos humanos, suas relações, suas formas de se organizar, de resolver problemas, de viver em diferentes épocas e locais, aprofundando as esferas da vida humana que compõem inúmeras relações, configurações e organizações: família, escola, religião, entorno social (bairro, comunidade, povoado), a cidade, o país, o mundo. Nesse sentido é necessário relacionar as atitudes de tais grupos com o meio ambiente, com o local em que vivem e com o uso de recursos. Busca-se estabelecer referências para formar valores e traçar novos caminhos e estratégias para lidar com as diferentes exigências que lhes são impostas. O projeto busca introduzir a discussão sobre os alunos como participantes atuantes da sociedade e como agentes ativos nas transformações sociais e ambientais. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Participar de interações orais em sala de aula. • Participar de debate, argumentando e contra argumentando a partir dos diferentes pontos de vista. • Conhecer e valorizar as relações entre as pessoas e o meio em que vivem. • Identificar problemas ambientais do entorno, principalmente sobre uso sustentável da água. • Compreender a necessidade de preservar e valorizar o meio ambiente. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Co m pe tê nc ia s ge ra is 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Co m pe tê nc ia s es pe cí fi ca s LÍNGUA PORTUGUESA 3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. 6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais, nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem os direitos humanos e ambientais. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais Co m pe tê nc ia s es pe cí fi ca s GEOGRAFIA 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interaçãosociedade/natureza, exercitar o interesse, o espírito de investigação e de resolução de problemas. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. O bj et os d e co nh ec im en to e h ab ili da de s LÍNGUA PORTUGUESA •Campo jornalístico-midiático: Produção de textos: Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais (EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor. •Campo de atuação na vida pública: Discussão oral (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. •Campo da vida pública: Produção de textos: Textualização, revisão e edição (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. GEOGRAFIA •Natureza, ambientes e qualidade de vida. Biodiversidade e ciclo hidrológico (EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo. DURAÇÃO Bimestral. RECURSOS E MATERIAIS • Notícia com temática do projeto. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Temas transversais Meio ambiente: por ser um espaço relacional onde as mudanças são naturais ou causadas pela interferência humana, o meio ambiente é uma referência de transitoriedade e transformação da vida e, por isso, eixo principal desse recurso. Pretende-se introduzir os alunos ao tema por meio de discussões a partir de uma situação mais próxima de seu cotidiano. Habilidades socioemocionais O projeto deve ser executado em grupos, o que permite aos alunos a desenvolverem respeito ao outro, ter responsabilidade e comunicar-se com clareza e coerência, além de cooperar e colaborar com o colega. A proposta também permite planejar e tomar decisões, além de investigar e compreender soluções-problema, por meio do planejamento e tomada de decisões. Perfil do professor Esse projeto de Língua Portuguesa tem como objetivo ser desenvolvido de modo interdisciplinar com Geografia. Converse com o professor que ministram essa disciplina e organize um cronograma, definindo as tarefas que cada um deve desempenhar. Com o professor de Geografia, os alunos deverão investigar as interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, sobretudo em relação à água. Diferentes percursos O percurso sugerido inicia-se na investigação sobra o uso da água e a proposta sobre usos sustentáveis, buscando possibilidades. Porém, a pesquisa depende da realidade escolar. Além da investigação, é importante que, na hora da produção da postagem de vlog os alunos tenham acesso a aparatos e dispositivos tecnológicos que possibilitem a gravação e edição dos materiais, além do acesso à internet para criação do canal e compartilhamento dos vídeos. Se a escola não tiver esses recursos e acesso à internet, buscar meios e outras instituições governamentais que possam acolher os alunos para essas atividades. Também é possível propor a produção com recursos alternativos ou mesmo de forma analógica. DESENVOLVIMENTO Questão desafiadora: E se acabasse a água doce brasileira? ETAPA 1 – A água doce: recurso finito Duração: 2 aulas Nessa primeira etapa, as atividades versam sobre sensibilização dos alunos para o tema. Em uma roda de conversa, apresente a proposta do projeto para os alunos. Proponha que como conversa inicial é importante que eles identifiquem os recursos naturais que eles conhecem no lugar onde vivem. Liste em uma cartolina fixada no quadro de giz os recursos que eles conhecem. Em seguida, pergunte se eles acham que esses recursos são infinitos ou finitos. Em seguida, apresente para eles uma reportagem sobre a porcentagem da água doce no Brasil. Projete a reportagem de modo que todos os alunos tenham acesso a ela. Peça aos alunos que observem a temática da reportagem e, em seguida, respondam qual a finalidade dela, para qual público é dirigida, qual a frase de destaque, quais os recursos visuais em destaque etc. Por fim, pergunte o que eles sabem sobre o assunto. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais Para iniciar a conversa, convide os alunos a uma discussão sobre a importância da água em nossas vidas. Comece perguntando se eles já perceberam que, em diferentes momentos e de diferentes formas, a água está presente em seu dia a dia. Para nortear esta primeira discussão, pergunte: “Em quais situações vocês usam a água?”. Liste no quadro de giz as respostas da turma e indique quais são as situações apontadas que estão relacionadas ao consumo caseiro. Se quiser ampliar a discussão, peça a eles que identifiquem em quais dessas situações o uso da água é essencial. Ainda, é possível discutir como se dá o consumo e sua quantidade (por exemplo, ao tomar banho). Proponha um quadro de tempo médio, perguntando quanto tempo alguns alunos demoram ao tomar banho e verifique com a turma se esse tempo é adequado ou exagerado, introduzindo a discussão sobre desperdício. A partir desse levantamento, faça alguns questionamentos que envolvam a distribuição e disponibilidade de água no mundo. Pergunte aos alunos se eles acham que existe muita ou pouca água e converse com os eles sobre a proporção que corresponde à água doce e à água salgada. Se possível, utilize mapas para mostrar a localização de alguns rios do Brasil ou na cidade em que vocês moram. Em um planisfério, procure mostrar o Oceano Atlântico e outros oceanos. Informe que apenas 2,8% da água do planeta são de água doce, mas que menos 0,4% estão disponíveis para as necessidades humanas. Apresente esses números em um gráfico de pizza comparativo, primeiro entre água salgada e água doce. Em seguida, dentro do percentual colorido como água doce, indique o quanto pode ser utilizado. Direcione a discussão para a situação brasileira. Pergunte aos alunos quais rios brasileiros eles conhecem e onde ficam. Indique apenas aqueles que sejam mais conhecidos. Localize-os no mapa do Brasil para que os alunosvejam sua extensão. Em seguida, traga a discussão para seu cotidiano e peça aos alunos que respondam se eles acham que a água disponibilizada na cidade é adequada e atende às necessidades básicas de consumo da população. Questione-os sobre ocorrências de falta ou racionamento e se eles sabem por que. Peça que relatem o que sabem sobre a disponibilidade de água na localidade. Essas respostas podem envolver a falta de chuvas, o volume de água de rios e áreas de mananciais. Pergunte se eles sabem como funciona o abastecimento de água na região e acesse sites de fontes seguras na internet sobre tratamento de água, com o da Sabesp. ETAPA 2 – Propostas sustentáveis Duração: 4 aulas Retome a discussão sobre o consumo de água em casa e proponha que os alunos façam um levantamento da quantidade de água consumida na escola. Reúna-os em grupos, designando um ambiente escolar para cada um. Entretanto, antes de se deslocar para respectivos locais, eles devem elaborar uma entrevista para fazer aos funcionários da escola. Caso a escola possua cozinha, por exemplo, um grupo pode entrevistar os funcionários que lá trabalham para verificar o consumo de água diário para fazer comida, sucos, lavar louças e manter a limpeza do local. Outro grupo pode entrevistar os funcionários da limpeza para verificar quanto de água utilizam na limpeza da escola ou de cada sala de aula. Ainda, se possível, traga uma conta de água da escola para a sala, para que os alunos tenham uma ideia da quantidade de água consumida em um mês. Como o problema da água foi identificado, proponha um comitê para discutir propostas sustentáveis sobre o uso da água na escola e fora dela. Os alunos devem apresentar soluções e oferecer informações precisam ser contempladas pela gestão da escola. Proponha ao gestor escolar que ele e outras pessoas da comunidade escolar participem de um debate sobre se é possível ter propostas de uso sustentável da água. Oriente os alunos para organização do comitê. Eles devem trazer possíveis soluções e propostas de sustentabilidade. Ajude-os com comportamento de discussão no comitê, como retomar argumentos, concordando ou discordando, indicando quem falou e quando falou. Oriente-os a escutar com atenção a fala dos debatedores para partir dela. Lembre-os de respeitar o tempo e o turno de fala de cada colega, ainda que discorde dele. Em seguida, trabalhe a contribuição por grupos para as questões identificadas na etapa anterior reforçando o conceito de sustentabilidade, apresentado aqui na reutilização da água etc. Verifique o investimento social e pessoal que pode ser feito a partir das propostas. Os alunos podem confeccionar cartazes para informar outras turmas da escola sobre como evitar o desperdício de água, com informações como mantenha a LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais torneira fechada enquanto escova os dentes; varra o quintal ao invés de lavá-lo; ao lavar louça, ensaboe os objetos primeiro para depois enxaguá-los; além de apontar medidas que possam ser tomadas no banheiro e outras ações que julgarem importantes para a comunidade escolar. Podem também circular entre as salas e fornecer essas e outras informações aos demais alunos, incentivando-os a evitar o desperdício em casa. Depois de dois ou três meses, uma nova entrevista deve ser feita para que eles possam comparar, em números, se a campanha teve algum tipo de influência positiva. Realize essa atividade com o apoio do gestor para que, mesmo que mínima, a diferença entre o consumo antes e depois da campanha possa ser reconhecida. ETAPA 3 – Vlog de uso sustentável da água Duração: 4 aulas A fim de que o aluno seja protagonista nessa etapa de sua aprendizagem e execute cada vez mais a pesquisa de forma autoral, ao mesmo tempo em que se apropria das ferramentas digitais, proponha a criação de um documentário sobre comunidades sustentáveis, acompanhando todos os passos de sua produção: criação do roteiro, agendamento de entrevista ou busca por imagem, vídeos e depoimentos de outras fontes, edição de vídeo e apresentação. No roteiro, é importante orientar os alunos a levantar algumas questões norteadoras de pesquisa. Criação de um canal de vídeo e vlogs sobre as propostas de uso sustentável da água. Oriente os alunos a provocar a reflexão e a discussão sobre alguns dos problemas ambientais que ocasionam a falta de água e ações sustentáveis para evitar esse problema, por meio da criação do vlog. A palavra vlog é uma abreviação de videoblog (vídeo + blog), pois é um tipo de blog que, em vez de publicar textos e imagens, o vlogger ou vlogueiro compartilha um vídeo que produziu, num canal em plataformas digitais como. O vlogger pode apresentar, em seu vídeo, informações sobre determinado assunto, bem como seu ponto de vista. Exiba para os alunos diferentes postagens de vlogs com assuntos variados, a fim de que possam compreender como devem produzir o vídeo. Chame atenção para o fato de que os vloggers falam com a câmera como se estivessem conversando face a face com o “seguidor”, com naturalidade, desenvoltura e descontração. E também que, em geral, são bem didáticos, ou seja, explicam determinado assunto e dão exemplos que surgem como imagens estáticas na tela ou como trechos de vídeos. A turma deverá ser dividida em grupos de até quatro pessoas. Vocês precisarão de uma câmera de vídeo ou de um celular que tenha essa função. Oriente-os a: • Produzir um roteiro escrito, como base para a gravação. • Criação o vídeo e/ou realizar pesquisas na internet para complementá-las. • Pensarem numa linguagem que seja adequada ao tipo de público ao qual será dirigido o vlog. • Mostrar o vídeo aos colegas de outros grupos, para certificarem-se de que tem relação com a proposta e que a linguagem está adequada ao público indicado. • Dividir as tarefas: uma ou duas pessoas para falar o texto decorado do roteiro em frente à câmera; uma para filmar e uma para editar e postar o vídeo. • Verificar que, quem ficar em frente à câmera deve se lembrar de falar devagar, com entonação e volume adequados. Mostre-se o mais natural possível, para que o telespectador tenha a impressão de que você está conversando com ele. • Editar o vídeo, criar um canal do vlog e postagem em plataformas digitais. • Postar os vídeos e pedir aos colegas da escola, professores, colaboradores e demais pessoas para visualizá-los e marcar em “gostei” ou “não gostei”, além de deixar um comentário na plataforma. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Projeto Integrador | Ensino Fundamental - Anos Finais SOCIALIZANDO A PRODUÇÃO Depois, monte uma comissão de alunos para criar um canal em sites de compartilhamento como o e fazer as postagens de vídeo. Oriente os alunos a divulgarem em suas redes sociais o link desse trabalho, para que as pessoas possam visualizar os vídeos, curtir ou não e deixar comentários. AVALIAÇÃO A avaliação é um importante instrumento em qualquer processo educativo. O professor precisa acompanhar o desenvolvimento e o desempenho dos estudantes durante toda a aprendizagem. Essa prática deve criar subsídios para que se possa adequar as intervenções às necessidades de cada estudante, de cada realidade, analisando os resultados em relação aos objetivos propostos inicialmente. A prática da avaliação deve ser contínua e diária e instrumentos de análise como questionários, produções de textos, realização de testes, autoavaliações, entre outros, podem ser permanentemente desenvolvidos e aplicados. Sendo que cada aula deve ser observada com atenção e cuidado. Língua Portuguesa Ajude os alunos: na avaliação dos textos do roteiro; na divisão de tarefas no grupo; na logística, providenciando celular com câmera ou outros para realização da gravação; e acesso a programas de edição. Geografia Verificar se os alunos foram capazes de identificar e analisar as distintas interações de sua família e da escola com o uso da água, alémda presença da água doce no Brasil e suas implicações geográficas. Autoavaliação Como avaliação única, os alunos podem ser convidados a produzirem uma avaliação individual sobre o projeto, identificando quais as dificuldades foram notadas durante o processo e as melhorias possíveis. O texto pode ter caráter aberto, contudo, é importante que tenha aspectos argumentativos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB/DICEI, 2013, p. 515. MICHEL, F. A água em pequenos passos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005. SABESP. O uso racional da água. São Paulo: FECOMERCIO, 2010. Disponível em: < https://bit.ly/2JjL1NH >. Acesso em: 10 jul. 2018. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 3° Bimestre – Sequência Didática 7 Descarte de Lixo INTRODUÇÃO Nesta sequência didática, o objetivo é que por meio de discussões orais, com temas transversais, como meio ambiente, mais especificamente o descarte de lixo, os alunos aprendam sobre os elementos constitutivos desse gênero, reconhecendo as suas principais características, bem como sua importância para estimular a socialização e consciência cidadã. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Participar de uma discussão oral sobre o tema descarte de lixo. • Conhecer e formalizar as regras direcionadoras de uma discussão oral mediada. • Reconhecer a discussão oral como gênero argumentativo oral, apresentar argumentos e ouvir opiniões diferentes. • Conscientizar-se sobre os cuidados com o meio ambiente. COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Linguagens 4 Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo. Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. Língua Portuguesa 6 Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. OBJETOS DE CONHECIMENTO: DISCUSSÃO ORAL (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. DURAÇÃO 4 aulas. PREPARAÇÃO Sala organizada para projeção de filmes, leitura de textos individuais e realização de discussões orais. Atividades coletivas e em grupo. COMPETÊNCIA GERAL 7. Argumentação COMPETÊNCIA GERAL 10. Responsabilidade e cidadania LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais RECURSOS E MATERIAIS • Textos, imagens e vídeos veiculados na internet. • Câmera fotográfica digital, câmera filmadora ou outro dispositivo que possibilite gravação de vídeo. • Projetor. DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividades coletivas. Realizar as atividades em sala de aula, sala de leitura ou outro espaço possível. Os alunos devem ser organizados em círculo, acomodados em carteiras ou sentados no chão de modo que todos possam se ver e ouvir. Providencie o acesso dos alunos ao laboratório de informática para a pesquisa. Atividade 1: Explique aos alunos que eles irão estudar sobre discussão oral e conhecer algumas de suas características. Esclareça que o tema dessa discussão oral será “descarte de lixo”. Para isso, comece com uma atividade para ativar e verificar os conhecimentos prévios que os alunos já têm sobre o gênero. Caso alguém questione sobre o tema, esclareça que se trata de um assunto de grande importância na sociedade, pois afeta a vida e a saúde de milhares de pessoas, não somente no Brasil, mas em diversas partes do mundo. Em seguida, pergunte aos alunos: • Vocês sabem o que é uma discussão oral? • Já assistiram ou participaram de alguma? • Há regras para a sua realização? Por quê? • Argumentos são importantes em uma discussão oral? • Você defenderia ideias com as quais não concorda? Espera-se que os alunos respondam que já assistiram, ou não, a alguma discussão oral; que reconhecem regras nesse tipo de discurso, com papeis definidos, que conhecem como uma discussão oral é organizada, que gostam ou não de participar desse tipo de atividade. Espera-se, ainda, que respondam que toda discussão sobre possíveis formas de resolver problemas pode ser uma discussão oral. Devem apontar que argumento é todo e qualquer recurso para defesa de um ponto de vista. Esclareça que mais informações sobre argumentos serão trabalhadas durante as atividades. Peça aos alunos que socializem mais informações sobre as discussões orais das quais já participaram; como se sentiram expondo suas opiniões; se chegaram a convencer alguém sobre seus pontos de vista em relação a determinados temas etc. Peça que indiquem outros possíveis temas de interesse público que podem ser debatidos em sala de aula. Solicite a todos que anotem em seus cadernos para que sejam verificados posteriormente. Atividade 2: Na sequência, proponha aos alunos que realizem uma pesquisa buscando vídeos sobre o tema: lixo. Organize-os em grupos e peça a eles que busquem vídeos que apresentem debates sobre como tratar e descartar lixo e/ou a relação dessas iniciativas com as políticas públicas, verificado se as cidades estão ou não preparadas para essa ação. Eles devem apresentar os vídeos pesquisados indicando o que entenderam da discussão oral. Espera-se que eles indiquem que se trata de um tema de interesse coletivo. A natureza do gênero permite que eles identifiquem algumas características, como a defesa de um ponto de vista por meio de dados estatísticos, citações, exemplos, conhecimentos de especialistas, estudiosos sobre o assunto etc. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Esclareça que a discussão oral costuma ser conduzida, geralmente, por uma pessoa, chamada moderadora, de modo que todos os participantes possam emitir sua opinião, se posicionar. Que nesse gênero não há um vencedor, mas diferentes pontos de vista. Peça a eles que indiquem as características e anote-as no quadro de giz, solicitando que verifiquem se são semelhantes das apontadas na análise de conhecimentos prévios. Espera-se que, entre diferentes aspectos, eles indiquem: emitir a opinião, saber escutar o outro antes de responder, saber colocar-se em seu devido lugar, esperar sua vez de intervir, ser objetivo e breve nas intervenções, saber apresentar seu ponto de vista, utilizar argumentos, não subestimar o adversário, ser tolerante e respeitoso, manter-se no tema da discussão oral, não utilizar palavras de baixo calão, evitar impor-se por meio de gritos ou intimidações, não ofender e não agredir os demais participantes, incluindo o moderador, não incitar a violência, não ser intolerante ou preconceituoso com ninguém, sob nenhuma hipótese, elevar a voz para ser compreendido, utilizar linguagem formal, adequada à circunstância da situação e dos participantes, ser crítico de uma opinião e mostrar-se seguro etc. Peça aos alunos que tomem nota dessas características que poderão ajudá-los na discussão oral sobre o Descarte do Lixo. 2º AULA Preparação: Atividades em grupo e coletiva. As atividades podem ser realizadas em sala de aula, sala de leitura ou outroespaço possível. Organize-os em círculo, acomodados em carteiras ou sentados no chão de modo que todos possam se ver e ouvir. Recursos e/ou materiais necessários: projetor, caixa de som, local para projetar imagens, aparelhos para filmar/gravar a discussão oral, textos sobre o tema: descarte de lixo. Atividade 1: Oriente os alunos a se organizarem em grupos para a realização de uma notícia, seguida de uma discussão oral. Deixe-os se organizem. Se notar algum aluno isolado, ajude-o a encontrar um grupo de trabalho. Apresente algumas possibilidades de notícias sobre descarte de lixo para que os grupos possam ler de forma compartilhada e, em seguida, discutir a notícia: • Lixo encontrado em oceanos. Agência Brasil. Disponível em: < https://bit.ly/2Gd4uAE >. Acesso em: jul. 2018. • 15 documentários cujo tema principal é o lixo. Curta Doc. Disponível em: < https://bit.ly/2Pe9SYz >. Acesso em: jul. 2018. • Lixo orgânico na América Latina. Agência Brasil. Disponível em: < https://bit.ly/2zqG9Vl . Acesso em: jul. 2018. • Coleta seletiva de lixo em cidades de São Paulo. Agência Brasil. Disponível em: < https://bit.ly/2j1vEjT >. Acesso em: jul. 2018. • Diminuição de resíduos sólidos. Agência Brasil. Disponível em: < https://bit.ly/2OLcJZS >. Acesso em: jul. 2018. Para a realização da discussão oral entre os integrantes dos grupos, oriente-os estabelecendo alguns combinados como: • Discutir o tema a partir da notícia, destacando os principais dados e informações apresentados. • Encaminhamento de pesquisa: Oriente os alunos a pesquisar mais informações sobre o descarte de lixo, para propor argumentos consistentes, com dados, exemplos e fatos, fortalecendo a argumentação durante a discussão oral. • Organize os grupos de modo que cada um apresente o problema e as soluções para esse problema. Verifique a coerência das soluções apresentadas e o nível das argumentações, registrando a discussão oral. • Defina o tempo de exposição de cada integrante. Ao final das discussões orais, os grupos devem apresentar algumas informações do registro que fizeram, indicando como se deu a discussão final em cada um dos grupos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais Atividade 2: Proponha a leitura de uma notícia sobre o tema: coleta coletiva. Apresente a notícia sobre o crescimento dos lixões. Crescimento de lixões no Brasil. Agência Brasil. Disponível em: < https://bit.ly/2p83kfD >. Acesso em: jul. 2018. Realize a leitura em voz alta compartilhada e colaborativa com os alunos. Peça a eles que escrevam em seus cadernos quais são os diferentes tipos de lixo que conhecem e, se souberem, indiquem suas características. Eles precisam indicar, por exemplo, lixo orgânico, hospitalar, industrial, nuclear ou radioativo, eletrônico, entre outros. Caso os alunos não apontem dessa maneira, procure orientá-los quanto a essas diferenças. Em seguida, oriente-os para pesquisar sobre o tema que será debatido. Apresente opções de sites confiáveis. Convide-os, também, a visitar a biblioteca da escola para realizar a pesquisa sobre os tipos de lixo e seus modos de descarte. Oriente-os para a realização da discussão oral coletiva, de modo que todos possam apresentar os dados coletados e seus respectivos argumentos. Os alunos devem apresentar suas anotações e as informações das pesquisas. 3º AULA Preparação: Atividade em grupo. Realizar as atividades em sala de aula, sala de leitura ou outro espaço possível. Providencie câmera fotográfica digital, câmera filmadora ou outro dispositivo que possibilite gravação de vídeo. Atividade 1: Organize a sala com os grupos de discussão. Apresente o problema a ser discutido oralmente: descarte de lixo. Peça aos grupos que conversem entre si e, tendo como base os textos lidos e as discussões realizadas anteriormente, que apresentem soluções para o problema. Combine com os alunos um tempo para que cada grupo se manifeste. Chame atenção para a importância de se respeitar o turno de fala de cada grupo. Os grupos devem ter a chance de refutar as argumentações apresentadas. Atue como mediador e peça a cada grupo que designe um aluno para realizar anotações. Ofereça a oportunidade de tréplica. Atividade 2: Ao final, proponha a avaliação da discussão oral. Esclareça que há papéis e funções a serem exercidos e que, nesse gênero discursivo espera-se que os envolvidos apresentem, além de conhecimentos sobre o tema, a capacidade de compreender e expor ideias, de avaliar causas, consequências em contextos diversificados e respeito às opiniões divergentes. Pergunte aos alunos: • Esta foi uma boa discussão oral? Por quê? • Qual grupo ou estudante melhor contribuiu para a qualidade da discussão oral? • O tempo utilizado foi adequado? Espera-se que os alunos façam apontamentos verificando: se a plateia (demais grupos) esteve atenta durante a discussão oral; se foram apresentados argumentos, dados, informações consistentes e de qualidade; se houve coerência ao refutar os argumentos e as ideias apresentadas; se foram capazes de identificar se houve e quando houve desvio em relação ao tema debatido; se o tempo foi suficiente, muito curto ou muito longo para a realização das falas etc. Aproveite para perguntar se eles têm interesse na discussão oral de outros temas. Anote os possíveis temas sugeridos pela turma. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais ATIVIDADE COMPLEMENTAR Como atividade complementar, assista com os alunos um documentário sobre o tema. Sugestão de documentários: “Ilha das Flores”, de 1989, é um curta metragem que nos conta de modo engraçado e realista o percurso de um simples tomate, do plantio ao descarte. O filme tem caráter profundamente crítico e chama a atenção para a relação entre indivíduo, sociedade e meio ambiente. A ideia é basicamente mostrar o “absurdo” de uma situação, os seres humanos que se encontram depois dos porcos numa escala de prioridade. Classificação etária: livre. Casa Cine Poa. Disponível em: < https://bit.ly/1ApjGmn >. Acesso em: jul. 2018. “Uma verdade inconveniente”: documentário de 2006, de Al Gore, ambientalista e ex-vice-presidente dos EUA no governo de Bill Clinton. Trata da destruição do planeta Terra e do papel do Homem como agente destruidor. O filme busca alertar para essa degradação ressaltando o problema da concentração dos gases do efeito estufa e suas consequências. Chama ainda a atenção para a forma com a qual produzimos e consumimos, e a necessidade de mudanças de padrões de comportamento, se houver real interesse em preservar o planeta. Classificação indicativa: livre. Após assistir ao documentário, faça perguntas como: • Qual o problema social retratado no documentário? • Você já vivenciou alguma situação parecida com a que o documentário apresenta? • Considera algumas atitudes que poderiam ser tomadas em relação ao meio ambiente e a sociedade, a partir do que foi retratado no documentário? Proponha uma discussão oral a partir do documentário. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades propostas nesta sequência didática, e deve considerar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos. Retome as informações iniciais sobre o gênero e proponha uma avaliação coletiva sobre as atividades. Observe o envolvimento dos alunos diante da organização e desenvolvimento das discussões orais. Atente para a consistência dos argumentos apresentados pelos grupos durante a discussão oral coletiva. É importante ainda observar se houve participação ativa e entusiasmo pelo que foi proposto. Pergunte quem gostou de se posicionar publicamente e por quê? A princípio, espera-se que os alunos opinem e deem seu ponto de vista sobre a temática trabalhada. Em seguida, espera-se que eles também reconheçam as características do gênero, percebendo principalmentea importância de sua temática para o exercício da cidadania e da vida coletiva. Instigue-os a falar sobre as características da discussão oral e se a consideram próxima a outro gênero do discurso. Atente para a aproximação com outros gêneros de oralidade, como seminários, conferências, palestras entre outros. QUESTÕES • Os alunos são capazes de identificar as principais características de uma discussão oral? • Eles são capazes de pesquisar e argumentar tendo como base dados, informações consistentes e de qualidade? LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Material de apoio sobre o tema do lixo. Disponível em: < https://bit.ly/2OFChaL >. Acesso em: jul. 2018. OLIVEIRA, M. S., at.al. A Importância da Educação na Escola e a Reciclagem do Lixo Orgânico. In: Revista Científica Eletrônica de Ciências Sociais Aplicadas da EDUVALE. Jaciara/MT: Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas do Vale de São Lourenço, ano V, número 07, novembro de 2012. Disponível em: < https://bit.ly/2yrLSI4 >. Acesso em: jul. 2018. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 3° Bimestre – Sequência Didática 8 Notícia INTRODUÇÃO A esfera jornalística elabora diferentes tipos de enunciados. Por isso, os gêneros que circulam no campo são muitos e apresentam finalidades distintas. A notícia é um dos gêneros do campo, que apresenta grande circulação na sociedade e é decisivo na informação das pessoas. O seu estudo em sala de aula e a consequente compreensão dos seus contextos de produção propiciam a compreensão para composição e os fatos que acontecem na cidade, no país e no mundo e de que modo esses acontecimentos afetam as vidas das pessoas. É uma instrumentalização potente que privilegia a interação social, ajudando a formar indivíduos capazes de intervir no mundo com responsabilidade e ética. Esta sequência didática tem como objetivo trabalhar a leitura da notícia de modo que os estudantes identifiquem o fato noticiado, saibam reconhecer sua estrutura e suas características. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM § Identificar a notícia como gênero da esfera jornalística e reconhecer seu caráter informativo. § Reconhecer marcas de parcialidade ou imparcialidade na notícia. § Analisar a estrutura da notícia e seus elementos constituintes como: autoria, lead, foto, título, olho e legenda. § Analisar a linguagem em textos jornalísticos considerando a clareza e a objetividade. COMPETÊNCIAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Linguagens 2 Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. Língua Portuguesa 1 Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. Língua Portuguesa 6 Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. OBJETO DE CONHECIMENTO: ESTRATÉGIA DE LEITURA: APREENDER OS SENTIDOS GLOBAIS DO TEXTO (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. COMPETÊNCIA GERAL 2. Pensamento científico, crítico e criativo COMPETÊNCIA GERAL 4. Comunicação LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais OBJETO DE CONHECIMENTO: RECONSTRUÇÃO DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTOS (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/ imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos. DURAÇÃO 4 aulas. PREPARAÇÃO Atividades coletivas e em grupos. RECURSOS E MATERIAIS • Jornais impressos. • Cópia de notícias selecionadas. DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividades coletivas e em grupo. Organizar os alunos acomodados em carteiras. Providenciar: jornais impressos e notícias selecionadas. Atividade 1: Comece sensibilizando os estudantes para o tema. Comece perguntando como eles se informam. Espera-se que eles indiquem meios de comunicação como, por exemplo, jornais, rádio, televisão, internet, entre outros. Em termos de informação online, questione-os sobre os sites que os mantêm informados. Verifique se, além da internet, se eles costumam ler notícias em mídias impressas, como jornais e revistas. Em seguida, providencie um jornal impresso do dia e leve-o para a sala de aula. Apresente-o aos alunos, perguntando se eles já folhearam esse jornal, se sabem que tipo de informações ele traz, como ele está organizado etc. Leia algumas das principais manchetes e pergunte aos alunos se estão a par desses acontecimentos. Atividade 2: Veja o que eles sabem a respeito dos assuntos selecionados e como diferenciam os fatos e as opiniões acerca dos temas. Organize os alunos em pequenos grupos e distribua, para cada um, uma notícia do jornal. Peça para que leiam e debatam, entre si. Em seguida, verifique se eles sabem identificar as partes estruturais do gênero. Espera-se que eles indiquem a manchete, ou título principal, como sendo a parte que chama a atenção do público e informa brevemente sobre o fato noticiado. Pode se diferenciar pelo tamanho, fonte, palavreado; o subtítulo, que amplia informações do título, o lide (do inglês lead), como o primeiro parágrafo da notícia etc; corpo ou texto da notícia etc. Pedir que os grupos guardem as notícias para a próxima aula. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 2º AULA Preparação: Atividade em grupo. Organizar os alunos acomodados em carteiras. Providenciar: jornais impressos e notícias selecionadas. Para a atividade de análise, peça aos grupos que retomem as notícias lidas na 1ª aula. Peça aos alunos que observem alguns elementos, como o tratamento do fato, a organização da notícia, o meio de divulgação etc. Oriente-os a verificar: suporte em que a notícia é veiculada, nome do jornal, data de publicação, título ou manchete, tema, público a que se dirige, ordenação dos eventos. Por fim, eles devem verificar as escolhas lexicais marcando os adjetivos. Após a realização das análises, os grupos devem apresentar o resultado aos demais colegas, chamando a atenção para as marcas de subjetividade que o texto pode conter. 3º AULA Preparação: Atividades coletivas. Organizar os alunos acomodados em carteiras. Providenciar: notícias da aula anterior. Atividade 1: Pergunte aos estudantes: as notícias lidas são fatos, interpretações ou opiniões? Espera-se que eles indiquem que são informações do fato. Proponha que dois alunos contem um mesmo fato, um acontecimento que tenham presenciado juntos. Após contarem esses acontecimentos, pedir para a turma identificar traços de diferença no modo de contar. Chame a atenção para as particularidades de cada caso. Como cada um contou o acontecimento? Os estudantes precisam perceber os traços específicos em cada narrar. Porexemplo, houve mais humor? Houve mais pausas? A linguagem era mais oral, mais formal? Como era o tom de cada narrador? Dessa forma podem notar como os fatos estão marcados pelas especificidades dos indivíduos. Atividade 2: Para analisar se há parcialidade ou imparcialidade nas notícias, pedir aos alunos que releiam os textos observando especialmente: a linguagem utilizada. Espera-se que observem que o texto da notícia está objetivo, simples e utiliza linguagem padrão. Ressalte que embora seja um gênero de linguagem formal, muitas vezes, ganha caráter mais coloquial, isto é, se assemelha à linguagem cotidiana, pois visa com isso se aproximar do leitor e comunicar de modo mais eficiente. Questione-os em seguida sobre a possibilidade de uma notícia apresentar um fato de forma imparcial ou neutra. Pergunte se é possível garantir a neutralidade absoluta em uma notícia. Espera-se que, tendo como base a atividade anterior, os alunos indiquem que não é possível a neutralidade absoluta, embora o jornalista deva buscar a imparcialidade quando produz a notícia. Em seguida, proponha uma análise nos elementos linguísticos e semânticos que contribuem para a produção dos efeitos de sentidos nas notícias. Mostre como o uso de adjetivos, por exemplo, podem marcar o texto com subjetividade e juízo de valor. Espera-se que os alunos percebam que as escolhas lexicais marcam a tomada de posição. 4º AULA Preparação: Atividade em grupo. Organizar os alunos acomodados em carteiras. Providenciar: notícias analisadas anteriormente. Peça para que os grupos retomem as notícias analisadas, e, em seguida, distribua jornais impressos e peça para que eles selecionem outra notícia sobre o mesmo tema para que possam comparar ambas as notícias. Coloque no quadro de giz as informações que os grupos devem encontra nos textos, comparando-os, como: o nome do jornal, o suporte, o título ou manchete, a data de publicação, o tema, etc., e depois uma parte ainda mais detalhada em relação ao texto, como o quê, quem, quando, onde, etc. Os grupos devem observar as escolhas lexicais e indicar as semelhanças e diferentes entre as notícias – verificando a parcialidade delas. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais ATIVIDADE COMPLEMENTAR Pedir aos alunos que se dividam em grupos e pesquisem sobre a história do jornal impresso. Indique sites disponíveis e outras fontes, como livros, jornais e revistas. Essa pesquisa deve ser entregue na forma de uma notícia a ser apresentada aos colegas da escola. Antes de iniciar a produção, os grupos devem pensar nas escolhas enquanto jornalistas da abordagem dos fatos e das informações. Ressalte que o jornalista/repórter não cria um fato, mas sim constrói uma visão dele, fazendo um recorte. Peça para que eles levem em consideração os seguintes passos para a elaboração da notícia: objetivo, fato ou informações noticiadas, quem está envolvido, quando acontece, onde acontece e como ocorreu, justificando a notícia. Lembre-os das escolhas lexicais e como elas podem contribuir para uma maior ou menor neutralidade em relação à apresentação do fato. Corrija as produções e, com a colaboração dos alunos, divulgue as notícias no mural da escola. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação é sempre instrumento valioso no processo de ensino e aprendizagem, então procurar perceber em que medida se deu os conhecimentos sobre a notícia. Avaliar se os alunos conseguiram construir conhecimentos sobre as características do gênero e sobre a questão da neutralidade em relação ao gênero. Verifique se os alunos participam das discussões e, principalmente, se, durante as análises, se compreendem que as escolhas lexicais contribuem para a produção dos efeitos de sentido e para os diferentes graus de parcialidade que o gênero pode apresentar, e como eles, enquanto leitores, reconhecem o juízo de valores inserido nos textos, ainda que o jornalista busque a imparcialidade. QUESTÕES • Os alunos participaram das atividades de modo que conseguiram se expressar oralmente sobre o gênero notícia? Leram a notícia e identificar as partes que a compõe? • Foram capazes de identificar a marcas linguísticas que permitem identificar o grau de imparcialidade existente nas notícias? REFERÊNCIAS FARIA, M. A. O jornal na sala de aula. 13. ed. São Paulo: Contexto, 2007. KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2013. LAGE, N. A estrutura da notícia. São Paulo: Ática, 1993. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 3° Bimestre – Sequência Didática 9 Cartaz de campanha social INTRODUÇÃO A sequência didática explora o cartaz de campanha, gênero que apresenta muitas possibilidades de trabalho dentro e fora de sala de aula. Serão verificados os recursos persuasivos, a linguagem verbal e não verbal, a argumentação, a capacidade de despertar emoções e a adesão do público com o objetivo de os alunos compreenderem melhor a produção e a recepção desse gênero. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Identificar o gênero cartaz, seus elementos estruturais e sua finalidade. • Explorar a importância do gênero cartaz nas sociedades contemporâneas. • Produzir cartazes com tema definido os quais serão afixados no espaço escolar. OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS Linguagens 6 Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. Língua Portuguesa 3 Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. Língua Portuguesa 6 Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. OBJETO DE CONHECIMENTO: PLANEJAMENTO DE TEXTOS DE PEÇAS PUBLICITÁRIAS DE CAMPANHAS SOCIAIS (EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc. OBJETO DE CONHECIMENTO: TEXTUALIZAÇÃO, REVISÃO E EDIÇÃO (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. DURAÇÃO 4 aulas. COMPETÊNCIA GERAL 2. Pensamento científico, crítico e criativo COMPETÊNCIA GERAL 4. Comunicação LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais PREPARAÇÃO Atividades em grupo e coletiva. RECURSOS E MATERIAIS • Cartazes de campanhas diversas. • Projetor. • Caixa de som. • Materiais diversos para a produção de cartazes (tesoura, cartolina, cola, revistas e jornais etc.). DESENVOLVIMENTO 1º AULA Preparação: Atividade coletiva. Organize os alunos em círculo de modo que todos possam se ver e ouvir. Atividade 1: Explique que o assunto a ser trabalhado écartaz de campanhas com tema determinado: “Economize água para o bem do planeta”. Pergunte aos alunos o que eles sabem sobre o tema. Espera-se que eles indiquem informações e dados que já leram, ações que pratiquem etc. Em seguida, verifique o conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero. Pergunte: • O que é um cartaz? • Como são produzidos? • Qual a finalidade desse gênero? • Um cartaz costuma chamar a atenção, por quê? • O que pode ter em um cartaz? Imagens? Palavras? • Quais informações costumam ter em um cartaz? • Qual a principal função de um cartaz? Espera-se que indiquem que é o cartaz busca divulgar uma informação, uma mensagem, explorando não apenas a linguagem verbal, mas também, a linguagem visual. Proponha que os alunos reflitam sobre a relação entre os textos verbal e não verbal presentes no gênero. Questione-os sobre o poder de comunicação dessa relação e a atenção do público a esses textos. Indique que um cartaz, por exemplo, pode ser um meio de se comunicar com muitas pessoas. Atividade 2: Proponha leitura de três cartazes de diferentes campanhas sociais. Selecione-as de acordo com o tema da água, economia de água e produtos relacionados ao tema. Coletivamente, explore os cartazes, de modo que todos possam observar os aspectos que o compõem: como forma, cor, imagem, etc. Oriente as leituras visuais e texto-verbal dos alunos. Chame a atenção para os elementos persuasivos, por meio das escolhas lexicais, por exemplo. Faça perguntas de modo que eles identifiquem que são escolhidos, muitas vezes, verbos no imperativo, por exemplo, e que, além de os cartazes transmitirem informações, eles também propõem ações, por fazerem parte de campanha sociais. Conduza as leituras deixando que os alunos se posicionem. Ajude-os a reconhecer, também, os elementos não verbais, indicando de que modo eles compõem os cartazes e quais são as suas funções específicas. O objetivo é sensibilizar os alunos para o reconhecimento, sobretudo, de elementos da linguagem visual, percebendo suas marcas próprias. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais 2º AULA Preparação: Atividade em grupo. Organize os alunos em grupos, de modo que as carteiras fiquem próximas. Agrupá-los de acordo com as necessidades de aprendizagem e não por proximidade. Atividades: Divida os alunos em grupos e peça para que eles pesquisem e tragam exemplos de cartazes de campanha com foco no tema da economia de água. Oriente a análise das peças. Solicite que eles observem forma, cor, imagens, mensagem escrita, público-alvo etc. Eles devem explorar os detalhes, como: • O que pode ser percebido no cartaz? • Quais linguagens são utilizadas? • Qual a mensagem do cartaz? • Qual a principal informação/mensagem apresentada? • Quais elementos destacam a proposta do cartaz? De que forma? • Qual o público ao qual o cartaz se destina? • O cartaz tem utilidade social? Os grupos devem apresentar o cartaz e a análise dos elementos que o compõe. Espera-se que eles sejam capazes de identificar os pontos colocados nas perguntas acima para que consigam observar as características do gênero e, também, os elementos que produzem os efeitos de sentido que permitem a compreensão do conteúdo que transmitem. 3º AULA Preparação: Atividade em grupo. Organize os alunos em grupos, de modo que as carteiras fiquem próximas. Agrupá-los de acordo com as necessidades de aprendizagem e não por proximidade. Atividades: Dividir os alunos novamente em grupos. Em seguida, proponha que eles produzam um cartaz para uma campanha de economia de água. Para isso, apresente algumas informações importantes para a composição, contextualizando a situação da produção: • Tema: “Economize água para o bem do planeta” • Público-alvo: Integrantes da comunidade escolar (alunos, funcionários etc.) • Formato/tamanho/dimensões (retangular, redondo, quadrado, triangular) • Local de afixação: Escola (área interna) Na sequência, retome as características, tanto do gênero cartaz como de campanha. Espera-se que sejam indicadas pelos grupos a importância de se pensar sobre: • Objetivo (reforçar qual será o foco da campanha e o que será apresentado no cartaz) • Texto (mensagem/informação de impacto que mostra o conteúdo) • Linguagem (a linguagem utilizada é adequada ao público a que se destina?) • Fonte/letra (normalmente se lê um cartaz em movimento, então importante pensar nas dimensões da letra, da imagem. Mensagem dever curta, forte, de fácil assimilação) • Imagem (pensar de que maneira a imagem dialoga com o texto? Haverá imagem? Haverá texto?) • Composição (tem caráter efêmero, feito para durar relativamente pouco tempo, costuma ser feito em superfície plana, sobre papel) • Cor (cores têm forte influência sobre as pessoas) LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais • Layout (como serão dispostos os elementos presentes no cartaz?) • Slogan (frase de efeito para chamar a atenção do público) Os pontos precisam ser discutidos e decididos pelo grupo, que devem planejar a produção antes de coloca-la em prática. Oriente-os para a produção, desenvolvendo, em um primeiro momento, a campanha. Oriente-os a verificar se este é um problema que afeta a comunidade escolar e de que forma isso acontece. Para apresentar as propostas da campanha, os alunos devem verificar o que os colegas, funcionários e demais colaboradores podem fazer para economizar água da escola. Eles devem justificar as propostas da campanha a partir do pesquisado sobre o problema. 4º AULA Preparação: Atividade em grupo. Retome os grupos da 3ª Aula. Atividades: Peça para que os alunos deem continuidade à produção com o planejamento do cartaz. Oriente-os para a elaboração do cartaz. Em um primeiro momento, peça para que eles elaborem um rascunho. Eles devem pensar na disposição dos elementos (imagens, chamada/slogan, mensagem escrita etc.). Oriente-os em relação à hierarquia dos elementos. Verifique se eles sabem o que vem primeiro, título, imagem, legenda etc.; se utilizam textos com frases curtas, letra legível, linguagem formal etc. Revise as produções dos grupos e peça para que eles elaborem a versão final do cartaz, considerando as correções indicadas. Distribua os materiais necessários para a confecção dos cartazes. Após o término da produção, afixe, com o auxílio dos alunos, os cartazes nas paredes da escola em local de bastante movimento para que todos da comunidade escolar possam visualizá-los. Os alunos podem tirar fotos da exposição e postar ao final junto com o processo de criação da campanha em um blog criado pela turma. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Proponha uma pesquisa sobre o percurso histórico do cartaz. Peça que os alunos busquem os primeiros cartazes. Indique que eles pesquisem como os povos orientais faziam o trabalho de xilogravura em madeira. No Renascimento, em 1454, produz-se um manuscrito sem imagens de um cartaz. Oriente os alunos a encaminhar a pesquisa até o cartaz na era digital. A atividade visa a contemplar o trabalho de artistas gráficos importantes, seja pela vanguarda dos trabalhos realizados, seja pela qualidade estética, pela quantidade da produção realizada. Sugerir nomes de artistas gráficos importantes, como: Niklaus Troxler, Ikko Tanaka, Oliviero Toscani, Stefan Sagmeister, Basquiat, Guto Lacaz. SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM Acompanhar e avaliar são tarefas constantes no processo de ensino-aprendizagem. Observe se os alunos participaram das atividades de leitura e análise, além da atividade de produção. Avalie a capacidade dos alunos em compreender as principais características do gênero e em verificar como a produção considera essas características nas etapas de produção (informações relevantes, diálogo com o público-alvo, letra, conteúdo, forma, cores etc. adequados, relação entre texto e imagem, nível de adequação da linguagem). QUESTÕES• Eles foram capazes de criar uma campanha levando os problemas que afetam a vida escolar, justificando as propostas determinadas? • Os cartazes produzidos apresentam temas e causas significativas para a escola? Eles apresentavam as características do gênero? LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Sequência Didática | Ensino Fundamental - Anos Finais REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000. DEL ROIO, J. L.; CARVALHO, R.; SACCHETTA, V. Os cartazes desta história. São Paulo: Escrituras, 2012. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais PROPOSTAS DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM – 3º BIMESTRE ESCOLA: _____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ALUNO: _____________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ DATA: ______/______/______ TURMA: _______________ AVALIAÇÃO Para responder às questões 1 a 10, leia o texto a seguir. BNDES eleva financiamento a projetos de saneamento básico Publicado em 11/10/2018 - Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil-RJ Carolina Gonçalves/Agência Brasil O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou hoje (11) aumento de sua participação no financiamento a projetos de saneamento básico dos atuais 80% para até 95% do valor total do projeto. A medida se aplica a empréstimos no âmbito da linha BNDES Finem Saneamento Ambiental. Segundo informou a instituição, por meio de sua assessoria de imprensa, a participação de até 95% no total do projeto, limitado a 100% dos itens financiáveis, estende-se tanto ao apoio indireto automático, que abrange financiamentos até R$ 150 milhões, até apoio direto e indireto não automático, acima de R$ 10 milhões. Contribuíram para a mudança da política operacional do BNDES o alto volume de investimentos necessários para universalizar os serviços; a limitação para repassar gastos com investimentos para tarifa; e a escassez de oferta de fontes de recursos de longo prazo compatíveis com as características do setor. O BNDES lembrou que já operava com esse nível de 95% no âmbito do Programa Avançar Cidades Saneamento, do Ministério das Cidades. A partir de agora, interessados dos setores público e privado também poderão obter financiamento de até 95% dos projetos. O BNDES acredita que a mudança deverá gerar expansão significativa da carteira, com entrada de cerca de R$ 2 bilhões em novas operações. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais Operações Até o fim do mês passado, foram contratados onze financiamentos pela Linha BNDES Finem Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos, no montante total de R$ 952 milhões. Vinte outras operações – que somam R$ 1,68 bilhões – se encontram em tramitação. Os resultados contrastam com os dados de 2017, quando foram contratadas apenas duas operações. Dados do Instituto Trata Brasil e do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS) de 2017 mostram que a situação no Brasil nesse setor ainda é preocupante. O índice de atendimento de água no país, por exemplo, é de 83,3%, ou seja, ainda há mais de 35 milhões de indivíduos sem acesso a esse serviço. Em termos de esgotamento sanitário, a situação é ainda pior: o índice de atendimento de coleta de esgoto atinge apenas 51,92% da população. O mesmo acontece em termos de tratamento de esgoto: do total gerado, apenas 44,92% são tratados. GANDRA, Alana. BNDES eleva financiamento a projetos de saneamento básico. Agência Brasil EBC. Disponível em:< https://bit.ly/2A5BeYF >. Acesso em 11 jul. 2018. 1. Qual o assunto do texto? a) Aumento dos problemas em relação ao saneamento básico. b) Diminuição de investimentos para o saneamento básico. c) Aumento de receita para o saneamento básico. d) Limitação de repasses para o saneamento básico. 2. O texto acima é uma: a) notícia b) editorial c) resenha crítica d) matéria de divulgação científica 3. Qual é a finalidade do texto? a) Conscientizar as pessoas sobre o problema do saneamento básico no Brasil. b) Informar sobre a participação do BNDES em financiamento a projetos de saneamento básico. c) Criticar a ausência de políticas públicas em relação ao saneamento básico. d) Investigar as causas do aquecimento global provocado por poluentes não saneados. 4. Na frase: “O BNDES lembrou que já operava com esse nível de 95% no âmbito do Programa Avançar Cidades Saneamento, do Ministério das Cidades.”, a palavra destacada poderia ser substituída sem prejuízo de sentido por: a) intervalo b) tessitura c) contexto d) modalidade LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 5. O penúltimo parágrafo, o texto apresenta: a) um alerta sobre a situação do saneamento básico no Brasil. b) uma crítica à situação inquietante do setor. c) um comentário sobre a situação mundial do saneamento. d) um sentimento de revolta contra a falta de investimentos públicos para o setor. 6. Qual recurso utilizado no texto que indica que não é possível ser totalmente imparcial mesmo a jornalista tendo essa intenção? a) A escolha do título em relação à imagem b) A seleção dos dados c) A escolha de adjetivos como “a situação é ainda pior” d) Todas as anteriores 7. No penúltimo parágrafo do texto, destaque um adjetivo que subjetivo, isto é, um comentário da autora. Explique sua resposta em poucas linhas. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 8. Observe a imagem que acompanha o texto, que elementos você identifica como ação humana que agrava o problema do saneamento básico? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 9. No último parágrafo do texto, a autora utiliza-se duas vezes os dois pontos (:). Qual é a justificativa para o uso desse recurso de pontuação nesses casos? a) Anunciar esclarecimentos b) Realizar citações c) Finalizar falas d) Expressar emoção LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais 10. A notícia foi publicada na página da Agência Brasil e pode ser acessada digitalmente por meio do link. Embora ela tenha ferramentas para que o texto seja compartilhado em redes sociais, não tem espaço para comentários de leitores. Se tivesse, qual comentário você escreveria, considerando o contexto da internet? Qual linguagem empregaria e por quê? Justifique. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais GABARITO E ORIENTAÇÕES QUESTÃO 1 Habilidade trabalhada: (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. (Campo jornalístico/midiático) Resposta: Alternativa c. Orientações: Trata-se de questão para inferência de informação explícita no texto, que no caso encontra-se no primeiro parágrafo da notícia. Verifique se eles são capazes de identificar que o assunto é o “Aumento de receita para o saneamento básico.”. QUESTÃO 2 Habilidade trabalhada: (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. (Campo jornalístico/midiático) Resposta: Alternativa a. Orientações: A questão verifica o conhecimento dos alunos sobre o gênero notícia. Caso eles tenham dúvidas, chame a atenção para o fato de o texto apresentar informações, dados, ser datado, apresentar o nome da jornalista etc. Espera-se que eles indiquem que se trata de uma notícia, pois o texto traz informações a respeito de um acontecimento, que é o fato de o BNDES elevar financiamento a projetos de saneamento básico no país. QUESTÃO 3 Habilidade trabalhada: (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. (Campo jornalístico/midiático) Resposta: Alternativa b. Orientações: A questão verifica o conhecimento dos alunos sobre as características do gênero notícia Trata-se de um texto jornalístico cuja finalidade é informar sobre determinado fato. No caso, sobre a participação do BNDES em financiamento a projetos de saneamento básico. Informar sobre a participação do BNDES em financiamento a projetos de saneamento básico. QUESTÃO 4 Habilidade trabalhada: (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos. (Campo jornalístico/midiático) Resposta: Alternativa c. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais Orientações: A questão verifica se os alunos reconhecem os efeitos de sentido produzidos pelas escolhas lexicais do produtor do texto. Averigue se os alunos são capazes de identificar se o substantivo âmbito destacado na estrutura pode ser substituído sem perda de sentido por outro substantivo equivalente. A palavra contexto, que significa campo de ação ou pensamento dentro da estrutura em que foi utilizada. Se necessário, explique que se trata de seu uso já na esfera figurativa. Essa questão avalia a habilidade de depreender de uma afirmação explícita outra afirmação implícita. Os alunos precisam, ainda, reconhecer efeitos de sentido decorrentes da escolha de determinada palavra ou expressão. QUESTÃO 5 Habilidades trabalhadas: (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos. (Campo jornalístico/midiático) Resposta: Alternativa b. Orientações: A questão tem como objetivo verificar se os alunos identificam os efeitos de sentido que as escolhas lexicais do produtor de texto produzem no texto. No penúltimo parágrafo do texto, uma crítica à situação inquietante do setor de saneamento se evidencia por meio do argumento de autoridade, o dado estatístico de um órgão especialista informando que 35 milhões de indivíduos ainda não possuem acesso a Saneamento básico no país. O adjetivo preocupante parece reforçar a crítica. QUESTÃO 6 Habilidades trabalhadas: (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos. (Campo jornalístico/midiático) Respostas: Alternativa d. Orientações: A questão tem como objetivo discutir a neutralidade em textos jornalísticos informativos. Espera-se que os alunos identifiquem que as escolhas do redator/jornalista que, embora tenha como objetivo ser imparcial, determina um direcionamento do texto. Se necessário, destaque a relação entre o título da notícia e a imagem escolhida para compor o texto, assim como a presença de dados estatísticos no texto, que serve como argumento para dar credibilidade às informações apresentadas. QUESTÃO 7 Habilidade trabalhada: (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos. (Campo jornalístico/midiático) Resposta: Trata-se do adjetivo preocupante, algo que causa preocupação, o que marca um comentário da autora da notícia, demarcando assim, certo grau de parcialidade no fato noticiado. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º ANO Propostas de Avaliação da Aprendizagem | Ensino Fundamental - Anos Finais Orientações: A questão tem como objetivo discutir a neutralidade em textos jornalísticos informativos. O adjetivo é um modificador na língua e circula em torno do substantivo atribuindo- lhe qualidade, característica. Pode marcar juízo de valor por seu forte caráter subjetivo, o que configura certa parcialidade do enunciador do discurso. QUESTÃO 8 Habilidade trabalhada: (EF67LP08) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou oposição) etc. em notícias, reportagens, fotorreportagens, foto-denúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e propagandas publicados em jornais, revistas, sites na internet. (Campo jornalístico/midiático) Resposta: Espera-se que os alunos indiquem a presença do lixo à beira do rio, que também se mostra profundamente poluído. Orientações: Com essa questão, é possível trabalhar no aluno sua percepção de elementos que compõem a imagem e fundamentam o tema da notícia. O assunto principal é, conforme vem expresso já no título, “BNDES eleva financiamento a projetos de saneamento básico”. Um problema que afeta boa parte da população