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OPA, BOM TE VER POR AQUI! Quem nunca arregalou os olhos ao escutar um “Dr., chegou uma parada!” que atire a primeira pedra! A verdade é que atender uma emergência como uma PCR não está nos planos de nenhum médico e, por isso, raramente esperamos que uma situação dessas aconteça durante o nosso plantão. E justamente por isso devemos estar muito bem preparados e com o algoritmo na ponta da língua pra que, quando a emergência chegar, você consiga manter a calma e conduzir a PCR da melhor maneira possível. Por isso, reunimos aqui as principais informações que você precisa saber na hora de manejar uma PCR. Esperamos que aproveite! Boa leitura! Equipe Medway ÍNDICE Introdução ......................................................................................................................................................................7 Parada cardiorrespiratória ....................................................................................................................................7 Principais ritmos de parada cardiorrespiratória ......................................................................................... 7 Principais causas parada cardiorrespiratória ............................................................................................... 9 Manejo da parada cardiorrespiratória ........................................................................................................... 11 Acionamento do serviço médico de emergência ...................................................................................12 RCP de alta qualidade ................................................................................................................................................12 Técnica da compressão torácica ..........................................................................................................................13 Via aérea .............................................................................................................................................................................. 14 Ventilação ........................................................................................................................................................................... 14 Desfibrilação ......................................................................................................................................................................15 Técnica da desfibrilação ............................................................................................................................................15 Posicionamento correto das pás .........................................................................................................................16 Recomendações antes da desfibrilação ........................................................................................................17 Recomendações após a desfibrilação .............................................................................................................17 Via aérea avançada .......................................................................................................................................................17 Capnografia ...................................................................................................................................................................... 18 Acesso venoso ..................................................................................................................................................................19 Medicações .........................................................................................................................................................................19 Cuidados pós-pcr ..........................................................................................................................................................22 Determinação da causa da PCR ..................................................................................................................... 22 Manejo do sistema respiratório ...........................................................................................................................23 Manejo hemodinâmico ............................................................................................................................................ 24 Controle ativo de temperatura ........................................................................................................................... 24 Finalização dos esforços ...................................................................................................................................... 25 Referências Bibliográficas ................................................................................................................................. 25 Conclusão .................................................................................................................................................................... 26 Anexos ........................................................................................................................................................................... 27 Sobre a Medway ............................................................................................................................................................27 Nossos cursos ...................................................................................................................................................................29 Acesse gratuitamente .................................................................................................................................................31 Ficou alguma dúvida? ................................................................................................................................................33 QUEM SOMOS Boa leitura! Somos um time de médicos formados nas principais instituições de residência do Brasil. Conhecemos bem os obstáculos e as dificuldades que surgem durante a preparação para as provas de residência médica. Justamente por isso, e porque sentimos falta de ter alguém nos orientando lá atrás, tomamos a decisão de criar a Medway. Depois de muito estudo, trabalho duro e dedicação total, desenvolvemos cursos exclusivos e que nos enchem de orgulho. Isso porque, na prática, temos visto esses cursos serem a chave do sucesso na aprovação de milhares de alunos de Medicina em todo o país. Em quatro anos de existência, impactamos 16 mil alunos com uma metodologia diferente da convencional. Leve, objetiva e verdadeira. Sem dúvidas, essa última característica é o nosso maior diferencial. Não te enrolamos e nem falamos o que você quer ouvir. Não generalizamos. Te tratamos com respeito, da forma como gostaríamos de ser tratados. Muitos nos veem como professores ou mentores. Nós gostamos de nos enxergar como aqueles veteranos que você admira pelo conhecimento técnico, mas também pela didática e pelo lado humano. Se você chegou até aqui, saiba que já nos orgulhamos muito de você ter se conectado com a Medway. Estamos e estaremos ao seu lado para sermos parceiros em toda a sua jornada como profissional de Medicina. Até a prova de residência e depois dela. Vamos juntos até o final! https://www.medway.com.br/aprovados/ O QUE NOSSOS ALUNOS ESTÃO FALANDO? 7 Introdução Salve, salve, meu querid@! Creio que você já deva ter escutado a seguinte frase no plantão: “Doutor(a), chegou uma parada!”. Dá até um arrepio ao ouvir! Entretanto, é uma condição que vemos todos os dias. As emergências cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo, por isso o reconhecimento precoce dessas patologias é primordial para garantirmos o melhor atendimento aos pacientes. Neste material, vamos falar do principal assunto do ACLS – suporte avançado de vida cardiovascular:a parada cardiorrespiratória (PCR). Parada cardiorrespiratória A PCR é definida como a cessação súbita da função mecânica cardíaca com consequente colapso hemodinâmico. Calma! Vamos ler essa frase novamente? • “Cessação súbita da função mecânica cardíaca”: ou seja, o coração para de bater (ou bate de forma ineficaz) • “Com consequente colapso hemodinâmico”: aqui temos que entender que, como o coração não funciona corretamente, ele não consegue manter um débito cardíaco, o que faz com que falte sangue para o corpo (incluindo o próprio coração e o sistema nervoso central) O termo “parada cardiorrespiratória” é utilizado para os casos rapidamente detectados, enquanto ainda há possibilidade de retorno da circulação espontânea (RCE) por meio da ressuscitação cardiopulmonar (RCP). PRINCIPAIS RITMOS DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Podemos dividir a PCR em dois grupos: ritmos chocáveis (que se beneficiam da desfibrilação, que será a conduta mais importante no manejo) e não chocáveis (nos quais a desfibrilação não será indicada e, claro, não será realizada). • Ritmos chocáveis: fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular (TV) sem pulso • Ritmos não chocáveis: assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP) Aqui a diferenciação é feita a partir da análise do monitor cardíaco que estará nos mostrando o traçado eletrocardiográfico. Vamos olhar então alguns eletrocardiogramas (ECG)? Atenção, porque aqui não podemos “comer bola”! 8 ECG 1 – fibrilação ventricular: aqui observamos ritmo anárquico decorrente de múltiplos focos de reentrada, chegando a uma frequência cardíaca (FC) de 400-600 batimentos por minuto (bpm). Essas contrações não são capazes de gerar débito e, portanto, não existe “FV com pulso”, toda FV é ritmo de PCR. Figura 1. ECG – fibrilação ventricular. Fonte: Shutterstock. ECG 2 – taquicardia ventricular sem pulso: no monitor, veremos uma taquicardia de QRS alargado. Uma observação importante aqui é que, caso o paciente tenha pulso, ele não estará em PCR. Portanto, no paciente com traçado compatível com TV, temos que tentar palpar pulso central e, se ele não tiver pulso, chamaremos de PCR. Figura 2. ECG – taquicardia ventricular sem pulso. Fonte: Shutterstock. ECG 3 – assistolia: nesse caso, o monitor mostrará apenas uma linha reta (mais adiante, conversaremos sobre o “protocolo da linha reta”, que nos ajudará a não deixar passar despercebido algum motivo para essa linha reta que não a assistolia em si). 9 Figura 3. ECG – assistolia. Fonte: Shutterstock. ECG 4 – atividade elétrica sem pulso: aqui veremos no monitor um ritmo organizado (normalmente, de QRS alargado, mas podendo ser também com QRS normal, como no ECG a seguir) em um paciente sem pulso. Perceba que aqui o conceito de “não ter pulso” se repete (como havíamos comentado na TV sem pulso). Paciente não responsivo, com atividade elétrica organizada no monitor tem que ter o pulso checado. Se não tiver, trata- se de uma PCR. Figura 4. ECG – atividade elétrica sem pulso. Fonte: Shutterstock. PRINCIPAIS CAUSAS PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA A identificação da causa em si no atendimento inicial é bastante difícil, ainda mais porque várias informações, tais como idade, anamnese e comorbidades, não estão disponíveis. As principais causas de PCR são decorrentes de patologias cardíacas, sendo a principal delas o infarto agudo do miocárdio (IAM). 10 Na tabela a seguir, elencamos as principais causas de PCR. Acompanhe. CAUSA GERAL PATOLOGIA / AGENTE CARDÍACA Doença arterial coronariana Cardiomiopatia Anormalidades estruturais Disfunção valvar RESPIRATÓRIA Disfunção do sistema nervoso central (SNC) Doença neuromuscular Encefalopatia metabólica Pneumonia Neoplasia DPOC / ASMA Edema agudo pulmonar (EAP) CIRCULATÓRIA Anormalidades Pneumotórax hipertensivo Tamponamento cardíaco estruturais Tromboembolismo pulmonar (TEP) Hemorragia Sepse METABÓLICA Hipo/hipercalemia Hipo/hipermagnesemia Hipocalcemia TÓXICOS Antiarrítmicos Digitálicos Betabloqueador Bloqueadores de canal de cálcio Antidepressivo tricíclico Drogas (Cocaína / Heroína / Crack) Monóxido de carbono / Cianeto AMBIENTAL Afogamento Hipo/hipertermia Eletrocussão/trovão Tabela 1. Tabela das causas de PCR. Fonte: adaptada de Velasco et al., 2020. Existe ainda uma outra forma de classificar as causas da PCR. Muito mais simples, ela permite que possamos administrar com mais facilidade a RCP. Ela é chamada de 5 Hs e 5 Ts. Normalmente associada com as causas de PCR por ritmos não chocáveis, mas erroneamente, pois todas são também possíveis causas de PCR por ritmos chocáveis. 11 CAUSAS DE PCR – 5 Hs e 5 Ts 5 Hs 5 Ts Hipóxia Trombose coronariana Hipovolemia Tromboembolismo pulmonar Hipotermia Tensão pulmonar (pneumotórax) H+ (acidose) Tamponamento cardíaco Hipo/Hipercalemia Tóxicos Tabela 2. Tabela 5 Hs e 5Ts. Fonte: AHA - ACLS 2020 Manejo da parada cardiorrespiratória Antes de qualquer coisa, você precisa identificar se a cena está segura. Como assim? Se um paciente tivesse uma parada cardiorrespiratória no meio da rua e você fosse correndo heroicamente para socorrê-lo, talvez você fosse atropelado. Assim, além de não ajudá-lo, daria ainda mais trabalho para a equipe (se não algo mais grave, como até mesmo morrer). 1) Segurança da cena Beleza, a cena está segura. E agora? 2) Checar responsividade Aqui, você deve segurar os ombros e sacudi-los, além de chamar o paciente (pelo nome, se souber; se não, basta um “SENHOR(A)! SENHOR(A)!”). Bom, sabemos que você entendeu o porquê de chamar o paciente. Mas por que segurar e sacudir os ombros? Primeiro porque o paciente pode ser surdo, mas também para que, caso não seja uma PCR, o paciente não levante assustado, o que pode inclusive causar um acidente se ele bater com o rosto no seu. 3) Ausência de respiração ou respiração irregular 4) Ausência de pulso central • Checar ao mesmo tempo respiração e pulso • Checar pulso carotídeo ou femoral • Se houver dúvida ou o pulso não for detectado em até 10 segundos, a RCP deve ser iniciada Qual é o fator mais importante em uma PCR? Medicações? Hospital? Nada disso! 12 O fator mais importante é o TEMPO! Uma pessoa treinada que inicie rapidamente as compressões e faça a desfibrilação (se indicada) precocemente é muito mais eficaz do que levar uma pessoa em PCR há 30 minutos (sem compressões ou desfibrilação) para um hospital de ponta, onde serão administradas adrenalina, amiodarona e desfibrilação várias vezes, por exemplo. ACIONAMENTO DO SERVIÇO MÉDICO DE EMERGÊNCIA A primeira ação (que não consta na corrente de sobrevida) é checar a segurança da cena e, em seguida, fazer o reconhecimento da PCR. Cena segura e PCR identificada. Próximo passo: acionar o serviço médico de emergência, ou melhor, CHAMAR AJUDA! O ideal é falar para alguém a seguinte frase: “Você, de blusa branca (apontando para a pessoa), ligue 192 e peça para trazerem o aparelho de choque.” Assim, nós delegamos uma função de forma clara! Mas e se não tiver ninguém próximo e você estiver sozinho? • Disque 192 para chamar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) • Coloque o celular do seu lado e deixe o aparelho no no viva-voz • Inicie a RCP imediatamente e converse com o profissional do outro lado da linha simultaneamente RCP DE ALTA QUALIDADE A RCP deve ser realizada da seguinte forma: • 30 compressões seguidas de 2 ventilações (se não tiver via aérea avançada) ou compressões continuamente e ventilações assíncronas – 1 ventilação a cada 6 segundos, o que corresponde a uma frequência respiratória de 10 por minuto (se via aérea avançada) • Após 5 ciclos (30 x 2) ou 2 minutos, checar o pulso e trocar a pessoa que está comprimindo (se tiver mais de 1 pessoa no local) • Minimizar ao máximo as interrupções das compressões (tenha em mente que leva em torno de 1 minuto de RCP de alta qualidade para restabelecer a pressão de perfusão coronariana e tecidual adequada) • Uma RCP perfeita é capaz de gerar no máximo ⅓ do débitocardíaco fisiológico (isso pelo menos é capaz de manter uma perfusão adequada de coração, rins e cérebro). 13 TÉCNICA DA COMPRESSÃO TORÁCICA Muita atenção aqui, pois compressões eficazes são a pedra angular da RCP! Ok, você já sabe que deve realizar 30 compressões e depois 2 ventilações. Mas e como comprimir? • Local: ½ inferior do esterno, com a palma da mão não dominante sobre o dorso da mão dominante (com a região hipotenar da mão em contato com o tórax), dedos entrelaçados e braços completamente estendidos, perpendiculares ao tórax do paciente (agora, pare aqui, pense que está diante de um paciente e tome essa posição; em seguida, olhe para a imagem a seguir e veja se está igual) Figura 5. Técnica correta de compressão torácica. Fonte: Shutterstock. • Velocidade: 100 a 120 por minuto (para isso, você pode cantar mentalmente algumas músicas que têm esse ritmo, desde “Stayin’ alive” até “Baby Shark”) • Profundidade: deprimir o tórax entre 5 e 6 cm • Permitir o retorno completo/expansão torácica após cada compressão • Minimizar as interrupções entre as compressões 14 VIA AÉREA A abertura da via aérea deve ser realizada logo antes das ventilações com alguma das seguintes técnicas: • Jaw thrust (elevação da mandíbula): bem indicada em cenários de trauma, pois permite a abertura da via aérea mantendo a coluna cervical estável • Head tilt/chin lift (inclinação da cabeça elevação do queixo): pode ser usada caso não tenha história de trauma VENTILAÇÃO Como já sabemos, o recomendado é realizar duas ventilações a cada 30 compressões. O nosso objetivo aqui vai ser ofertar para o paciente de 500 a 600 mL (o que corresponde a cerca de 6-7 mL/kg). E para isso existem algumas técnicas. Vamos a elas? • Ventilação boca a boca/boca a máscara: • Posicionar-se ao lado da vítima • Abrir a via aérea (com head tilt/chin lift se não tiver história de trauma) • Fechar o nariz do paciente com polegar e indicador (pinça) • Realizar uma inspiração profunda e, na sequência, colocar os lábios sobre os do paciente (sem deixar escape pelas laterais) • Realizar uma expiração vagarosa (atenção: é para fazer uma expiração, não assoprar) • Retirar os lábios para permitir a expiração passiva do paciente e depois repetir a técnica mais uma vez • Se for usar um dispositivo de proteção facial (máscara), basta acoplar englobando nariz e boca (faça um C com polegares e indicadores para vedar e com os demais dedos um E abaixo da mandíbula para elevá-la) e então realizar a expiração na máscara • Importante: você não é obrigado a realizar a ventilação boca a boca caso não se sinta à vontade ou seguro (um exemplo prático é pensar na pandemia da covid-19) • Ventilação boca a nariz • Pode ser eficaz em casos de trauma facial • Ventilação pela traqueostomia • O orifício da traqueostomia se torna a via aérea do paciente • Ventilação bolsa-válvula-máscara (famoso “Ambu”) • Permite uma melhor ventilação e oxigenação, mas precisa ter disponível o dispositivo (normalmente apenas após a chegada do Samu) • Posicionar-se atrás da vítima • Formar um C com o polegar e indicador e um E com os demais dedos abaixo da mandíbula para acoplar a máscara no rosto do paciente • Com a outra mão, pressionar a bolsa vagarosamente e permitir o retorno passivo 15 A imagem a seguir exemplifica a técnica do C e do E: Figura 6. Ventilação com bolsa-válvula-máscara (técnica do C e do E). Fonte: Shutterstock. DESFIBRILAÇÃO Para não nos perdermos, vamos fazer um resumo até aqui? Vimos basicamente que, ao encontrarmos uma pessoa desacordada, temos que fazer o seguinte: • Garantir a segurança da cena e identificar rapidamente a PCR • Chamar ajuda (acionar o serviço médico de emergência) e pedir o DEA • Iniciar a RCP (com relação de 30 compressões para 2 ventilações) • Realizar compressões e ventilações eficazes (técnicas corretas) Ok, moçada! Chegou o DEA (com o Samu ou tinha disponível no local). E agora? TÉCNICA DA DESFIBRILAÇÃO No momento em que o DEA chega em cena (ou o desfibrilador está em condições de ser usado, no caso de PCR intra-hospitalar), a análise do ritmo seguida da desfibrilação, se indicada, são as ações mais importantes. 16 Portanto, será feito o seguinte: • Se Desfibrilador Externo Automático (DEA): • Ao ligarmos o DEA, este começará a dar os comandos (simples e de fácil compreensão), tais como: • “Aplique as pás no tórax do paciente” • “Encaixe o conector dos eletrodos perto da luz que pisca” • “Analisando o ritmo cardíaco, não toque no paciente” • “Choque recomendado” • “Carregando” • “Afaste-se do paciente” • “Administre o choque agora; pressione o botão” • “Choque administrado; inicie o RCP” • Por ser simples e prático, o DEA pode ser usado por socorristas leigos, uma vez que o operador não precisa analisar o ritmo; basta apenas um treinamento prévio (de preferência, o próprio BLS) • Se desfibrilador mono/bifásico (intra-hospitalar): • Sem interromper as compressões (no intra-hospitalar, não estaremos sozinhos) • Ligamos o aparelho • Escolhemos a carga (360 J, se monofásico, e 200 J, se bifásico – se não souber a recomendação é aplicar a carga máxima do aparelho) • Aplicamos gel nas pás • Estando em condições para o uso, interrompemos as compressões e analisamos o ritmo • Se for um ritmo chocável, aplicamos a desfibrilação; se não, retomamos as compressões POSICIONAMENTO CORRETO DAS PÁS • Uma abaixo da clavícula direita, ao lado do esterno, e outra na região do ictus cardíaco (como na imagem a seguir) • Lembre-se de colocar gel nas pás (além de ajudar na condução do choque, evita que a pele seja queimada) • A força de pressão contra a parede torácica deve ser de cerca de 10 kg • Se o paciente estiver molhado: secar • Se tiver muito pelo: fazer tricotomia • Se tiver marca-passo: afastar a pá em cerca de 10-15 cm do dispositivo 17 Figura 7. Posicionamento correto das pás (desfibrilação). Fonte: Shutterstock. RECOMENDAÇÕES ANTES DA DESFIBRILAÇÃO • Todos devem estar afastados! Temos que nos certificar disso sempre antes de cada choque • Retirar fonte de O2 (se o choque liberar uma faísca e ela tiver contato com a fonte de O2, há risco de explosão) RECOMENDAÇÕES APÓS A DESFIBRILAÇÃO • Reiniciar imediatamente as compressões • Apenas analisar o ritmo após 2 minutos de RCP ou 5 ciclos (30 : 2) • Minimizar as interrupções das compressões para qualquer ação a ser realizada durante o manejo, inclusive a desfibrilação (preconiza-se que as interrupções não ultrapassem 10 segundos) VIA AÉREA AVANÇADA Ao contrário do que muitos estudantes e médicos acreditam, a intubação orotraqueal (IOT) não é uma conduta prioritária na PCR. Sabe por quê? 18 Primeiro porque ela muitas vezes faz com que as compressões sejam interrompidas (cerca de 25% de todas interrupções são decorrentes da passagem de uma via aérea avançada). Além disso, estudos sugerem um pior desfecho neurológico e menor chance de sobrevida nos pacientes com IOT no ambiente pré-hospitalar. E, para finalizar, um estudo de coorte com mais de 100 mil pacientes concluiu que a IOT nos primeiros 15 minutos da PCR estava associada a pior desfecho neurológico quando comparada à ventilação adequada por outros métodos, tais como Ambu e dispositivos extraglóticos. Mas então quando devemos indicar a intubação? Indicação absoluta de IOT na PCR: ventilação ineficiente com bolsa-válvula-máscara. É importante ter em mente também que, nos casos em que ela está indicada, devemos proceder à IOT sem interrupção das compressões torácicas e a confirmação do posicionamento correto da cânula endotraqueal é pela capnografia quantitativa contínua em forma de onda (padrão-ouro). Após a via aérea estar estabelecida, quando bem indicada, mudamos a um detalhe no RCP. Em vez de realizar 30 compressões para 2 ventilações, passamos a realizar compressões ininterruptamente por 2 minutos e a ventilar a cada 6 segundos (frequência respiratória de 10 por minuto). Cada ventilação será realizadapor 1 segundo e com ⅓ do volume do Ambu, ligado na fonte de O2 a 15 L/min. CAPNOGRAFIA A capnografia é a mensuração do dióxido de carbono – CO2 exalado (EtCO2), uma ferramenta usada na PCR para avaliar diversas situações, tais como: • Verificação do posicionamento do tubo endotraqueal • Monitorização da qualidade das compressões torácicas (é esperado que, durante as compressões, seja mantido um EtCO2 de pelo menos 10 mmHg – se estiver abaixo, devemos verificar se a técnica está correta) • Detecção do retorno à circulação espontânea (podemos observar um aumento dos valores de EtCO2 normalmente acima de 30 mmHg) • Finalização dos esforços (valores de EtCO2 abaixo de 10 mmHg durante 20 minutos está relacionado a prognóstico ruim e é um dos critérios de finalização dos esforços na PCR) A imagem a seguir mostra uma curva de capnografia em que está se mantendo um EtCO2 acima de 10 mmHg, o que indica que as compressões estão eficazes. 19 Figura 8. Curva de capnografia (EtCO2). Fonte: Shutterstock. ACESSO VENOSO Acesso venoso periférico (AVP): o AVP é importante para o uso de medicações e reposição volumétrica. Após a infusão de medicação, devemos realizar flush com 20 mL de soro fisiológico 0,9% e, em seguida, elevar o membro. Acesso venoso central (AVC): pelo fato de demandar tempo e o cateter não permitir infusão rápida de grandes volumes, não é recomendado a sua passagem de rotina durante uma PCR. Acesso intraósseo (IO): é uma excelente alternativa ao AVP quando este não é facilmente obtido, pois também permite infusão rápida de grandes volumes. Acesso arterial: dispositivo inserido diretamente em artéria (radial ou femoral), que nos fornece a medida de PA segundo a segundo, de maneira contínua. Normalmente instalada em pacientes no ambiente de terapia intensiva, dificilmente será instalada durante a PCR em si. A massagem é considerada adequada quando a PA diastólica se mantém acima de 20 mmHg – valor de pressão mínimo para que seja mantida a perfusão coronariana. MEDICAÇÕES Na tabela a seguir, elencamos as principais medicações envolvidas na PCR. Posteriormente, quando falarmos a respeito dos fluxogramas, entenderemos com mais clareza o momento em que elas serão utilizadas. 20 MEDICAÇÕES DOSE INDICAÇÃO Epinefrina (adrenalina) 1 mg EV a cada 3 a 5 minutos em bolus Todos Amiodarona 300 mg EV na primeira dose e 150 mg EV na segunda dose, ambos em bolus FV/TV sem pulso Lidocaína 1 a 1,5 mg/Kg EV na primeira dose e 0,5 a 0,75 mg/Kg EV na segunda dose, ambos em bolus FV TV sem pulso (como alternativa à amiodarona, ou seja, usaremos uma ou outra) Sulfato de Magnésio 1 a 2 g EV em bolus Manutenção: 0,5 a 2 g/h Torsades de pointes (subtipo de TV polimórfica) Alteplase 50 mg EV (podendo ser repetido em 15 minutos) em bolus TEP (suspeita ou confirmado) Bicarbonato de sódio 8,4% 1 a 1,5 mEq/Kg EV em bolus Intoxicação por tricíclicos / Acidose metabólica grave Gluconato de cálcio 10% 20 a 30 ml EV a cada 2 a 5 minutos em bolus Hipercalemia Glicose + insulina (glicoinsulina) 25 g de glicose + 10 UI de insulina regular EV em bolus Hipercalemia KCI 19,1% Dose inicial: 2 mEq/min por 10 minutos Manutenção: 0,5 a 1 mEq por 10 minutos Hipocalemia Tabela 3. Medicações e suas respectivas indicações na PCR. Fonte: adaptada de Velasco et al., 2020. 21 Fluxograma de atendimento de parada cardiorrespiratória COMEÇAR RCP Dar oxigênio Conectar monitor/desfibrilador Assistolia/AESP NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM Epinefrina RCP 2 MINUTOS Tratar causas reversíveis Passo 5 ou 7 RCP 2 MINUTOS • Acesso EV/IO • Adrenalina a cada 3-5 min • Considerar via aérea avançada com capnografia • Se sem sinais de RCE, ir para passos 10 ou 11 • Se RCE, ir para cuidados pós-parada • Avaliar se é apropriado continuar ressuscitação Ritmo chocável? Ritmo chocável? Ritmo chocável? 9 10 11 1 FV/TVsp SIM SIM Choque Choque SIM Choque RCP 2 MINUTOS Acesso EV/IO RCP 2 MINUTOS • Adrenalina a cada 3-5 min • Considerar via aérea avançada com capnografia RCP 2 MINUTOS • Amiodarona ou lidocaína • Tratar causas reversíveis Ritmo chocável? Ritmo chocável? 2 3 5 6 8 4 7 Figura 9. Fluxograma do ACLS. Fonte: adaptada de AHA Journals, 2020. 22 CUIDADOS PÓS-PCR Após o retorno da circulação espontânea (RCE), o nosso trabalho não está terminado; aliás, o manejo pós-PCR é relativamente complexo. Para facilitar o entendimento, vamos dividir esse manejo em 4 partes: • Determinação da causa da PCR • Manejo do sistema respiratório • Manejo hemodinâmico • Controle ativo de temperatura Determinação da causa da PCR Como vimos anteriormente, existem diversas possíveis causas de PCR e, para fazermos o correto diagnóstico, inicialmente usaremos a boa e velha anamnese, juntamente com o exame físico, assim como em qualquer área da medicina. No entanto, aqui um fator dificultante é que, durante a PCR, e mesmo após o RCE, geralmente, o paciente não consegue nos fornecer informações relevantes. Portanto, temos que buscar ativamente a história do ocorrido, bem como comorbidades prévias, com seus familiares e amigos. Anamnese e exame físico Como já dito acima, a anamnese deve ser voltada ao ocorrido e às suas comorbidades (como a causa mais comum de PCR é de origem cardíaca, não podemos nos esquecer de investigar patologias relacionadas). Quanto ao exame físico, inicialmente seguiremos o ABC (vias aéreas/ventilação/circulatório), portanto primeiro garantir que a via aérea está patente e segura, seguir para avaliação do sistema respiratório e, finalmente, a hemodinâmica do paciente (falaremos sobre eles separadamente na sequência). Terminado o exame físico geral, precisamos dar uma atenção especial ao sistema neurológico. Exame neurológico Um exame neurológico básico (Glasgow, reflexos, drive respiratório e tosse) já é capaz de nos auxiliar a determinar a causa da PCR, bem como necessidades de intervenções subsequentes (como o controle de temperatura, que será abordado separadamente) e avaliação prognóstica inicial (que será refinada nos dias que se seguirem). Exames complementares Para melhor entendimento, listamos os principais exames complementares e suas utilidades: • ECG: investigação de IAM (supra ST e bloqueio de ramo esquerdo novo), cardiomiopatias e arritmias 23 • Troponina: pelo fato de a própria PCR, juntamente com as compressões torácicas e a desfibrilação, aumentarem a troponina, para pensarmos em IAM, devemos buscar níveis maiores e/ou ascendentes; recomenda-se seriar a cada 8 ou 12 horas durante as primeiras 24 horas após o RCE • Hemograma completo: anemia grave sugere uma hemorragia que pode ter causado a PCR, ou pelo menos contribuído; enquanto níveis aumentados de leucócitos (10-20 mil) são relativamente comuns após uma PCR e ocorrem por consequência da inflamação, níveis maiores indicam investigação etiológica • Função renal/função hepática/coagulograma: como os rins e o fígado sofrem com a isquemia tecidual, é interessante avaliar a função, inclusive para posteriores ajustes de doses de medicações; o coagulograma é importante principalmente porque muitas vezes esses pacientes acabam sendo submetidos a procedimentos invasivos • Eletrólitos: cuidado em especial com o potássio, que se altera em decorrência de isquemia, acidose e do uso de catecolaminas • Gasometria arterial/lactato: a gasometria vai ajudar a definir uma FiO2 mínima para manter uma SatO2 em torno de 94% e, consequentemente, evita hipocapnia, hipercapnia e hiperóxia; o lactato contribui na avaliação prognóstica • Raio X de tórax: permite confirmar o correto posicionamento da cânula orotraqueal e do cateter venoso central (CVC), além de avaliar condições pleuro pulmonares e mediastinais • USG (POCUS): avalia possíveis causas da PCR (tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo, sinais indiretos de TEP e hemorragias) • TC crânio: não é indicada de rotina; devemos solicitar para pacientes comalteração do exame neurológico, história sugestiva de lesão neurológica aguda ou que permanecem inconscientes após RCE • Cateterismo cardíaco: indicado, de forma imediata, para pacientes em pós-PCR com ECG evidenciando supra do segmento ST ou com bloqueio de ramo esquerdo novo, ou ainda para pacientes com suspeita de causa cardíaca com ECG normal, mas instáveis; caso o paciente com suspeita de causa cardíaca esteja estável, o benefício não é comprovado MANEJO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO A medida prioritária aqui é assegurar a via aérea. Se durante a PCR o paciente foi intubado, basta colocá-lo em ventilação mecânica (VM) e ajustar os parâmetros. No entanto, se foi mantida a ventilação por bolsa-válvula-máscara, ou dispositivos supraglóticos, a intubação deve ser realizada. Inicialmente, podemos ajustar a FiO2 para 100% e, na sequência, titular para valores que mantenham a SatO2 > 94% e uma PaO2 em torno de 100 mmHg. Além disso, recomenda-se uma frequência respiratória de 10 a 12 por minuto. 24 MANEJO HEMODINÂMICO No contexto de pós-PCR, é comum haver instabilidade hemodinâmica e, consequentemente, o uso de vasopressores e cristaloides. Na maioria dos casos, o vasopressor de escolha será a norepinefrina; os demais poderão ser usados avaliando caso a caso. Alguns alvos devem ser buscados para garantirmos uma adequada perfusão: • Pressão arterial média (PAM) > 65 mmHg (se possível, manter de 80 a 100 mmHg) • Diurese > 0,5 mL/kg/h • Pressão venosa central (PVC) entre 8 e 12 mmHg CONTROLE ATIVO DE TEMPERATURA Inicialmente, vamos deixar uma coisa bem clara aqui: controle ativo de temperatura se refere a manter uma temperatura entre 32 e 36 ºC, o que é diferente da hipotermia terapêutica (indicada no passado) que seria a temperatura entre 32 e 34 ºC. Estamos falando aqui em controle ativo de temperatura, beleza? Não vai “comer bola” aqui! Para quem está indicado o controle ativo de temperatura? É indicado para pacientes que após o RCE se apresentam comatosos (não responsivos). O benefício desse controle consiste em evitar a hipertermia, pois esta é responsável por piores desfechos neurológicos, e a mortalidade aumenta a cada grau acima de 37 ºC nas primeiras 48 horas após a PCR. Para alcançarmos esse controle de temperatura, podemos lançar mão de algumas condutas, sendo elas: • Administração de 1 litro de soro fisiológico (SF) 0,9% a 4º em 15 minutos, com auxílio de bolsa pressurizada (capaz de reduzir a temperatura em cerca de 1 ºC) • Medidas de resfriamento externo (bolsas de gelo/cobertores resfriados/compressas frias) são capazes de reduzir a temperatura em cerca de 0,5 a 1 ºC por hora Para finalizarmos a nossa conversa sobre os cuidados pós-PCR, vamos listar aqui outras recomendações que são úteis aos pacientes críticos de forma geral: • Cabeceira elevada a 30º • Profilaxia de trombose venosa • Profilaxia de úlcera de estresse • Fisioterapia motora e respiratória • Glicemia (HGT) alvo de 140-180 mg/dL 25 Finalização dos esforços Decidir interromper as compressões e finalizar os esforços é muito difícil e sem evidência científica robusta. No entanto, os guidelines sugerem alguns fatores que devem ser levados em consideração, tais como: • Duração da RCP (esforços) > 30 minutos, sem RCE • Assistolia como ritmo inicial da PCR • Intervalo prolongado entre o tempo estimado em PCR e o início da RCP • Idade do paciente e comorbidades associadas • Reflexos do tronco cerebral ausentes • PCR não assistida por profissional de saúde inicialmente (bystander) • Sem RCE após administração de 3 doses de adrenalina (1 mg EV) • EtCO2 < 10 mmHg em PCR há mais de 20 minutos (melhor preditor) Atenção! Não podemos analisar nenhum desses critérios isoladamente, mas também não precisamos de todos para finalizar os esforços. Aqui, como em toda medicina, precisamos de bom senso! Tudo tem que ser levado em consideração para definir se devemos parar de comprimir ou não. É difícil tomar essa decisão, sabemos, mas faz parte do nosso trabalho. Referências Bibliográficas 1. MYERBURG, R. J.; CASTELLANOS, A. Parada cardíaca e morte súbita. In: MANN, D. L. et al. Braunwald – tratado de doenças cardiovasculares. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 2. PANCHAL, A. R. et al. Part 3: Adult Basic and Advanced Life Support: 2020 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. AHA Journals, v. 142, n. 16, supl. 6, 2020. Disponível em: https://www. ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916?utm_ campaign=sciencenews20- 21&utm_source=science-news&utm_medium=phd-link&utm_content=phd10-21-20. Acesso em: 28 nov. 2022. 3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência. Rio de Janeiro: SBC, 2019. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/ portugues/2019/v11303/ pdf/11303025.pdf. Acesso em: 28 nov. 2022. 4. VELASCO, I. T. et al. Medicina de emergência: abordagem prática. 14. ed. Barueri: Manole, 2020. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916?utm_campaign=sciencenews20-21&utm_source=science-news&utm_medium=phd-link&utm_content=phd10-21-20 https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916?utm_campaign=sciencenews20-21&utm_source=science-news&utm_medium=phd-link&utm_content=phd10-21-20 https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916?utm_campaign=sciencenews20-21&utm_source=science-news&utm_medium=phd-link&utm_content=phd10-21-20 http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2019/v11303/pdf/11303025.pdf http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2019/v11303/pdf/11303025.pdf 26 CONCLUSÃO E aí, gostou deste material? É normal que você se sinta inseguro na hora de manejar um paciente em PCR, ainda mais quando o manejo medicamentoso e a estabilização do paciente não estão na ponta da língua. E tá tudo bem! É muita informação pra se memorizar. Este material foi produzido pra te ajudar nos momentos de dúvida ou insegurança. Pra você fazer aquela consulta rápida nos corredores do hospital durante o internato ou enquanto espera o próximo atendimento do dia no seu plantão. A medicina é repleta de conteúdo e, muitas vezes, você pode se sentir perdido no meio de tanta informação. É normal que você esqueça um ou outro diagnóstico ou até mesmo as condutas que precisa tomar quando realiza determinado diagnóstico. Não somos máquinas, não é mesmo? Por isso, criamos diversos materiais como este para que você possa ter um acesso fácil e rápido a informações confiáveis, direto ao ponto e com o essencial sobre cada tema abordado! Para conferir nossa “biblioteca digital”, é só acessar a Academia Medway e conferir nossa seção de Ebooks Esperamos que tenha gostado! Estamos juntos até o final! Equipe Medway https://www.medway.com.br/academia/ 27 SOBRE A MEDWAY A Medway existe para ser a marca de confiança do Médico. Estamos sempre com você, principalmente durante a jornada de aprovação para a residência médica. Acreditamos que um ensino de qualidade faz toda a diferença na carreira do profissional de medicina e impacta de forma positiva a assistência lá na ponta. Só nos últimos 3 anos, aprovamos 3.600 alunos na residência médica em todo o Brasil, sendo 61% deles no estado de SP. Em 2022, quase 50% dos aprovados nas instituições mais concorridas de São Paulo (USP-SP, USP-RP, Unifesp, Unicamp e Iamspe) foram alunos Medway. Conseguimos isso unindo alguns elementos que são as nossas marcas registradas: proximidade com os alunos, aulas e professores excelentes, estudo direcionado e uma plataforma com mais de 41 mil questões comentadas, personalizável para suas necessidades. Seguimos focados em acompanhar você rumo à aprovação na residência médica dos seus sonhos, seja na Bahia, em Minas Gerais, no Paraná, em São Paulo ou em instituições espalhadas pelo Brasil (Enare). Com a Medway, o R1 é logo ali! 28 29 As melhores técnicasde organização e de estudos para as provas de residência médica, incluindo dicas para direcionar o seu mindset rumo à aprovação e dashboards para gerenciar o seu desempenho. Faça como alguns dos nossos mentorados e alcance rendimento superior a 80% nas provas. Preparação direcionada para quem quer alcançar a sua melhor performance na reta final dos estudos para as provas de residência médica. Estudo planejado com base em guias estatísticos, aulas específicas por instituição e simulados para que você foque no conteúdo que realmente cai na prova que vai prestar, seja em São Paulo, na Bahia, em Minas Gerais, no Paraná ou Enare. 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É composto por 3 cursos: Extensivo Base no pri- meiro ano e Extensivo São Paulo e Intensivo São Paulo no segundo Todos os Extensivos oferecem videoaulas completas, apostilas online, banco com mais de 40 mil questões comentadas, si- mulados originais, mapa de estudos, revisões programadas e muito mais, favorecendo o estudo ativo e as revisões inteligen- tes. CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS https://extensivo.medway.com.br/ 31 ACESSE GRATUITAMENTE Aplicativo Medway Estude de qualquer lugar com mais de 41 mil questões de residência médica comentadas no padrão Medway de qualidade. Crie sua própria trilha de questões com filtros personalizados e acesse provas antigas, simulados e apostilas. CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS https://www.medway.com.br/aplicativo/ https://www.medway.com.br/aplicativo/ 32 Disponíveis em todas as plataformas de áudio e também no YouTube. Conheça os programas: • Finalmente Residente: dicas sobre carreira e entrevistas com especialistas de diversas áreas que mandam o papo reto sobre como é cada residência. • Projeto R1: dicas de estudos, preparação e entrevistas inspiradoras com quem já passou na residência. Blog da Medway Informe-se com artigos sobre editais, concorrências, notas de corte, atualizações nos processos seletivos, especialidades e medicina de emergência. CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS https://open.spotify.com/show/0ABq7k8gqjnKfMLWAymCYL?si=8516a813ae4647f1 https://www.medway.com.br/conteudos/ 33 Fala com a gente! Garantimos muita atenção e resposta rápida para o que você precisar, seja uma dica de estudos, um desabafo ou uma dúvida em relação aos cursos ou ao conteúdo. Estamos com você até o final, combinado? Nós adoramos falar com você. Se quiser ou precisar, é só nos chamar no WhatsApp! Lembre-se de seguir a Medway nas redes sociais também! ;) Grande abraço e sucesso na sua jornada! FICOU ALGUMA DÚVIDA? https://api.whatsapp.com/send?phone=+555511939378157&text=Ol%C3%A1%20gostaria%20de%20saber%20mais%20sobre%20os%20cursos%20da%20Medway https://api.whatsapp.com/send?phone=+555511939378157&text=Ol%C3%A1%20gostaria%20de%20saber%20mais%20sobre%20os%20cursos%20da%20Medway https://www.instagram.com/medway.residenciamedica/ https://www.facebook.com/medwayresidenciamedica/ https://www.youtube.com/channel/UC-iql8FFY14XV4T1q37Olpg https://br.linkedin.com/company/medway-educacao-medica https://api.whatsapp.com/send?phone=+555511939378157&text=Ol%C3%A1%20gostaria%20de%20saber%20mais%20sobre%20os%20cursos%20da%20Medway https://api.whatsapp.com/send?phone=+555511939378157&text=Ol%C3%A1%20gostaria%20de%20saber%20mais%20sobre%20os%20cursos%20da%20Medway INDICE 7 9 11 12 13 14 15 16 17 18 19 22 23 24 25 26 27 29 31 33 Botão 117: Botão 118: Botão 119: Botão 120: Botão 121: Botão 122: Botão 123: Botão 124: Botão 125: Botão 126: Botão 127: Botão 128: Botão 129: Botão 130: Botão 131: Botão 132: Botão 133: Botão 134: Botão 135: Botão 136: Botão 137: Botão 138: Botão 139: Botão 140: Botão 141: Botão 142: Botão 143: Botão 144: Botão 145: Botão 146: Botão 147: Botão 148: Botão 14: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Página 30: Página 31: Página 32: Página 33: Button 10: