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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DE DIREITO DO 
DA COMARCA DE , ESTADO DO _7;5 
(NOME DO QUERELANTE), (SOBRENOME DO QUERELANTE), (nacionalidade), 
(estado civil), (profissão), portador do RG de N° , órgão expeditor: 
e inscrito no CPF de N° - j, e-tnail: 
residente e domiciliado na Rua N° , bairro , CEP 
. cidade de / . Por seu advogado, que essa subscreve, 
conforme procuração anexada, com escritório profissional situado na Rua , N° 
bairro , CEP . - cidade , UF , onde 
receberá todas intimações e notificações. Vem, respeitosamente na presença de Vossa 
Excelência, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
com fulcro nos artigos 30, 41 e 44, todos do Código de Processo Penal, pelo 
procedimento , com base no artigo 61 da Lei 9.099/95, bem como nos 
artigos 100, § 2° 140, ambos do Código Penal, em face de (NOME DA QUERELADA) 
(SOBRENOME DA QUERELADA), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), 
portador do RO de N° , orgão expedidor: e inscrito no CPF de N° 
. - e-mail: , residente e domiciliada na 
Rua , N° bairro , CEP . - , cidade: /UF: 
pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos: 
1. DOS FATOS: 
Transcrever os fatos narrados cronologicamente. 
2. DO DIREITO: 
2.1. DA INJÚRIA: 
Excelência, em conformidade com os fatos já narrados nessa queixa-crime, é sabido que 
a Demandada incorreu nos crimes tipificados no código penal nos artigos 140, 
respectivamente, Injúria, senão vejamos: 
Art. 140 — Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o 
decoro: 
Pena — detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
Tal tipo penal é conceituado por Cezar Roberto Bitencourt como sendo: 
Injuriar é ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria, que é a expressão da 
opinião ou conceito do sujeito ativo, traduz sempre desprezo ou menoscabo pelo 
injuriado. É essencialmente uma manifestação de desprezo e de desrespeito 
suficientemente idônea para ofender a honra da vítima no seu aspecto interno. (Tratado 
de Direito Penal, Parte Especial 2, Dos Crimes Contra a Pessoa, Ed. Saraiva, 12. ed. — 
2012, São Paulo, páginas. 839-840/864.) 
Da mesma forma a Querelada cometeu o crime de Injúria, uma vez que ofendeu sua 
dignidade e decoro através dos vocábulos "xxxxx " e "xxxxxxxxxx". 
2.2. DA AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVA: 
A Autoria e a materialidade delitiva são incontestes e serão comprovadas em instrução 
processual, pois trata-se de delito cujo meio de prova pode e deve ser comprovado por 
depoimentos testemunhais, entre outros meios probatórios em direito admitidos, tais 
como traz a vítima prints de todas ofensas pela web feitas pelo autor do fato. 
"Momento consumativo — Ocorre no instante em que um terceiro, que não o ofendido, 
toma conhecimento da imputação ofensiva à reputação, portanto, o ofendido tomou 
conhecimento dos fatos no dia xxxxxxxx, conforme documentos anexados xxxx. 
Nesse sentido: RT, 591:412 e 634:342; RTJ , 111:1.032. Formal, a difamação não exige, 
para a sua consumação, a efetiva lesão do bem jurídico, contentando-se com a 
possibilidade de tal violação. Basta, para sua existência, que o fato imputado seja capaz 
de macular a honra objetiva. Não é preciso que o ofendido seja prejudicado pela 
imputação". (DAMÁSIO EVANGELISTA DE JESUS, in Código Penal Anotado, Ed. 
Saraiva, 10' ed. — 2000, São Paulo, pág. 471). 
DOS PEDIDOS: 
Ante o Exposto, requer a Vossa Excelência: 
1- Seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei 9.099/95 (Lei 
dos Juizados Especiais) para eventual composição e transação penal, e, em caso 
de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, CITADA a 
querelada para responder aos termos da ação penal; 
2- A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para se manifestar 
no feito, nos termos do artigo 45 do Código de Processo Penal; 
3- A intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas; 
4- Requer ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos 
pelo querelante, nos termos do artigo 387, inciso IV do Código de Processo 
Penal na importância de xxxxx; 
5- E, ao final desta, depois de confirmada judicialmente a autoria e materialidade 
dos delitos dos autos, seja a Querelada condenada, como incurso nas penas do 
artigo 140 do Código Penal pátrio; 
6- Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos em Direito 
inseridos nessa exordial, em especial as provas xxxxx. 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Advogado 
OAB xxxxx 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1. (PRÉ-NOME E SOBRENOME), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador 
do RU de N° SSPCE e inscrito no CPF de N° . - , e-mail: 
 , residente e domiciliado na Rua , N° , bairro 
CEP . - cidade/UF. 
Está= 
ALC Â N TARA 
Prá tica I I I 
Professor Rodrigo D ru m on d 
C aso Concre to : 
C a io , q u e t e m se u d esa fe to Mé vio , co m o in tuito d e ca lu niá - lo , r esolv e post a ( n a p á gin a do 
se u f ace boo k no dia 2 0 d e fe v e re iro d e 2 0 1 8 o se g uin t e t e x to : 
" Mé vio é u m m acaco . Por t a n to , d e v e v iv e r no zoológico . S e m u d e do m e u b a irro " . 
Mé vio , a o sa b e r d as post a g e ns, q u e e m poucos m in u tos ca usou b ast a n t e r e p e rcussã o , 
e fe tuou " prin t " d e tod a p ast a g e m , co m pro v a n do o f a to e a a u toria . E m posse d e t a is 
docu m e n tos, Mé vio lh e procura ho j e p a r a q u e possa in gressa r co m u m a açã o crim in a l. D essa 
for m a , r e di j a a p eça processu a l ca bív e l. 
A ) Q u a l a ca pit ulaçã o le g a l? 
B ) S e o f a to t iv esse ocorrido e m d e z e m bro d e 2 0 1 6 e Mé vio cria do f ace boo k e m 
no v e m bro d e 2 0 1 7? 
C ) C a b e in d e niz açã o por d a nos m ora is n a q u e ix a -crim e? 
D ) Q u a l dif e r e nça e n t r e ca lú nia , in j ú ria e dif a m açã o? 
E ) C a b e e xceçã o d a v e rd a d e no crim e d e in j ú ria , por q u ê? 
F ) Q u a l dif e r e nça e n t r e r acis m o e in j ú ria r acia l? 
G ) E se e u im p u to f a to d e fin ido co m o con tr a v e nçã o p e n a l, q u a l crim e pr a tico? 
H ) C a b e a n a logia no dir e ito p e n a l? Est á lig a do a q u a l princípio? 
I ) S e e u for a d e le g acia , e r e gist r a r u m a ocorr ê ncia d e q u e fula no pr a t icou f a lsa m e n t e 
f a to d e fin ido co m o crim e . Q u a l con d u t a pr a t icou? Q u a l açã o p e n a l? 
Cst acio 
ALCÂNTARA 
C OLO C A Ç Õ E S PARA AULA 
S ã o crim es pr a t ica dos con tr a a honra . O q u e e u p e nso d e m im é consid e r a do ( honra 
su b j e t iv a ) , o m e u se n tim e n to d e r e p u t açã o , se n tim e n to d e a u to estim a . O q u e os ou tros 
p e nsa m d e m im , é a honra ob j e t iv a . 
Pa r a ca lu nia e u preciso d e f a to d e fin ido co m o crim e , e essa im p u t açã o precisa se r 
f a lsa . 
D if a m açã o, n e la h á a t rib uiçã o d e u m fa to , m as esse f a to n ã o é crim e , m as u m fa to 
d esonroso . Honra ou d esonra é su b j e t iv a . Alg u é m disse q u e sou a d ult e ro . A gora , co m o n a 
dif a m açã o n ã o im p u to a m era pr á t ica d e a to d esonroso , a prese rv açã o d a priv acid a d e , o 
in t e r esse priv a do pre pon d e ra sobre in t e r esse p ú blico n a d escob e r t a d a q u ele f a to , pouco 
im port a n do se o f a to é v e rd a d e iro ou f a lso . 
A in j ú ria , é dif e r e n t e . A tin g e a honra su b j e t iv a , o a m or próprio . N ã o preciso d e u m 
fa to , m as sim , ofe n d e r a dig nid a d e ou d ecoro . Me m a nifest a r ofe nsiv a m e n t e , dolosa m e n t e , 
pois todos os crim es con tr a honra sã o dolosos, n ã o ca b e m od alid a d e culposa . Pod e se r u m a 
m era opiniã o . 
A ca lú nia é aim p u t açã o f a lsa . E n t ã o q u e r diz e r q u e só h a v e rá ca lú nia se a im p u t açã o 
for f a lsa , pois h á u m in t e r esse p ú blico e m sa b e r se a im p u t açã o for v e rd a d e ir a , p a r a p u nir o 
a g e n t e crim inoso . Por t a n to , é possív e l a o a u tor d a su post a ca lú nia , pro v a r nos a u tos a e xceçã o 
d a v e rd a d e , t e n do 3 " e xceçõ es d a e xceçã o " d a v e rd a d e : A ) q u a n do o ca lu nia do for Presid e n t e 
d a Re p ú blica ou ch e fe d e go v e rno est r a n g e iro , a in d a q u e se j a v e rd a d e , n ã o se a d miti a 
e xceçã o d a v e rd a d e : t h e k in g ca n t do no wron g . B ) q u a n do a q u e la acusaçã o la nça d a , a p esso a 
acusa d a for a bsolv id a por se n t e nça irr ecorrív e l. C ) For crim e d e açã o p e n a l priv a d a , n ã o h á 
se n t e nça con d e n a tória a in d a . 
D if a m açã o, se e u t iv e r acusa do d e a d ult é rio , n ã o ca b e e xceçã o d a v e rd a d e , C OMO 
RE GRA, u m a v e z q u e a im p u t açã o f a lsa n ã o é r e q uisito do t ipo , pois a dif a m açã o e x ist ir á d e 
q u a lq u e r j e ito . A gora , e x ist e e xceçã o : q u a n do for la nça d a con tr a fu ncion á rio p ú blico no 
in t e r esse d a fu nçã o , e x ist e u m in t e r esse est a t a l e m sa b e r d a v e rd a d e , ca b e n do e xceçã o d a 
v e rd a d e n esse caso . 
• 
I n j úria é to t a lm e n t e inco m p a tív e l co m e xceçã o d a v e rd a d e . V e rd a d e ir a ou n ã o , n ã o 
t ir a o ca r á t e r ofe nsiv o d a q u ele crim e . 
E s t á c i o 
O O I N O . e .U ERI CR D O EiPA Sit 
ALCÂNTARA 
A r e t r a t açã o é d esdiz e r o q u e foi dito (d esfa la r ) . É possív e l a p e n as n a ca lu nia e 
dif a m açã o. A in j u ria é su a a u to estim a . A r e t r a t açã o e x tin g u e a p u nibilid a d e nos crim es ( C D ) . 
A r e t r a t açã o n ã o e x ig e a ace it açã o do ofe n dido . 
D e n u nciaçã o ca lu niosa est á pre v ist a no Ar t . 3 3 9 do CP. Açã o p e n a l é p ú blica 
incon dicion a d a . 
C A S O C O N CRET O 2 
" A " , e m for t e discussã o co m su a esposa , ch e g a e diz : Você é u m a p esso a co m 
se n tim e n to m uito co m plica d a , e q u e n ã o consigo m ais confia r , pois d escobri q u e v ocê se 
d e dica a pr á t ica do a m or. " A " n ã o só f a la , m as co m o t a m b é m t r a z d a dos q u e co m pro v a m se us 
a rg u m e n tos. E co m isso t e r m in a o casa m e n to . A esposa lh e procura , diz e n do q u e foi m uito 
h u milh a d a , dia n t e do ocorrido e d ese j a processa r crim in a lm e n t e o se u e x , " A " . Q u a l soluçã o 
d a ria p a r a a esposa? E m caso d e t ipifica r co m o crim e , q u a l p eça processu a l ca bív e l? 
PROCURAÇÃO 
Outorgante: FULANO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do 
Rg n° xxxxxx-órgão emissor/UF, inscrito no CPF sob n° 000.000.000-00, residente e 
domiciliado à Rua TAL, n° 123, bairro, cidade/UF; 
Outorgado: ADVOGADO (A), brasileiro (a), inscrito (a) na OAB/UF sob n° XXX. 
XXX, com escritório profissional na Rua TAL, n° 123, bairro, Cidade-UF, CEP: 
00.000-000, onde o (a) outorgado (a) deverá receber quaisquer correspondências e/ou 
notificações referentes ao presente feito 
Poderes e fins: Pelo presente instrumento particular de procuração, os outorgantes 
nomeiam e constituem os outorgados como seus procuradores para defender seus 
interesses perante o foro em geral, com a cláusula ad judicia et extra, em qualquer 
Juizo, instância ou Tribunal, ficando, os mesmos, investidos nos poderes para o foro 
em geral previsto no art. 44 do CPP, especialmente para promover representação 
criminal - queixa crime em face de xxxxxx, noticiados no Termo Circunstanciado n° 
0000/00000, pelo crime previsto no art. xxxx do Código Penal, pois teria no dia 
xxxxxxxx, praticado xxxxxxxx da seguinte forma: xxxxxxxx. Assim, usa-se desse 
instrumento para representa-lo em todos os atos do processo, bem como recursos 
legais e acompanhando-a até decisão final. Confere ainda ao outorgado os poderes 
especiais para requerer, desistir, transacionar, conciliar, assinar termo de denúncia e 
conciliação, renunciar, desistir, transigir, em juizo ou fora dele, bem como 
substabelecer com ou sem reserva de poderes. 
Cidade/UF, data. 
Assinatura outorgante 
Q u al dif e r e nça e n t r e nor m a e le i? 
N a D ou trin a br asile ir a , u t iliz a -se a e x pressã o D IRE I T O PE N AL S IMB ÓLI C O , cu n h a d a por 
H asse n es p a r a d esig n a r u m processo d e in flaçã o le gisla t iv a (Re n ê A n e l D ot t i- cria dor d a 
e x pressã o in flaçã o le gisla t iv a ) . 
S e g u n do H asse n es, o le gisla dor cria u m n ú m ero ca d a v e z m aior d e t ipos p e n a is se m a 
pre ocu p açã o concre t a d e q u e e les se j a m a plicá v e is. F a z -se co m isso a d e fesa d e ce r tos 
sím bolos, e n t r e os q u a is o d e q u e a criaçã o d e u m a le i n a q u a l est e j a pre v ist a u m a p e n a 
crim in a l t e m o con d ã o d e r e força r o se n tim e n to d e se g ura nça d as p esso as. Pa r a H asse n es, isso 
se ch a m a go v e rn a r a t r a v és do crim e , se m q u e h a j a u m a pre ocu p açã o concre t a co m a r e d uçã o 
d a crim in a lid a d e . 
Para a aplicação da insignificância, para o STF tem que haver: 
1- Mínima ofensividade da conduta, 
2- Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento (esse aspecto é 
complicado, pois pode-se não conceder o beneficio por falta de padrão, ex: 
poderia negar a insignificância para um PM que furtou uma bala de 0,50), 
Ausência de periculosidade social da ação 
3- Inexpressividade da lesão jurídica causada 
STJ Súmula n° 442: É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de 
agentes, a majorante do roubo. 
HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO: CONCURSO DE AGENTES. 
FIGURA PENAL APENADA COM SANÇÃO AUTÓNOMA. APLICAÇÃO 
ANALÓGICA DA MAJORANTE DO CRIME DE ROUBO. IMPOSSIBILIDADE. 
REINCIDÊNCIA. CAUSA OBRIGATÓRIA DE AUMENTO DE PENA. ORDEM 
DENEGADA. 
I - Não pode o julgador, por analogia, estabelecer sanção sem previsão legal, ainda que 
para beneficiar o réu, ao argumento de que o legislador deveria ter disciplinado a 
situação de outra forma. 
II - Em face do que dispõe o § 4" do art. 155 do Cádioo Penal. não se mostra possível 
aplicar a majorante do crime de roubo ao furto qualificado. 
III - O aumento da pena em função da reincidência encontra-se expressamente prevista 
no art. 61, I, do CP, não constituindo bis in idem. 
IV - Ordem denegada. 
CO-CULPABILIDADE- criada por Zaffaroni no sentido de buscar atenuar a pena 
daqueles que foram excluídos da sociedade, que não se beneficiam do progresso 
econômico, então cometem crimes, logo devem ter suas penas atenuadas. 
Hoje, o que se entende é que é necessário, na análise da culpabilidade, agregar alguns 
dados que transcendem o que está simplesmente na lei. Necessidade de fazer uma 
valoração social da culpabilidade, para que se reprove mais ou menos a conduta de 
determinada pessoa. A teoria da co-culpabilidade é a forma mais gritante de aplicar tal 
entendimento. 
*Saulo de Carvalho defende que pode aplicar a co-culpabilidade para crimes de rico. 
Ex: empresário que sonega o faz porque a política econômica do governo é muito dura 
(carga tributária muito alta), logo deve ter a pena atenuada também- co-culpabilidade às 
avessas. 
Absurdo! As bases da co-culpabilidade estão nos agentes que são excluídos e não 
naqueles que são altamente incluídos na sociedade. 
Discute-se a existência ou não de um livre arbítrio das pessoas, pois a base da 
culpabilidade é o livre arbítriodas pessoas. Se o homem não for livre para atuar, não há 
como se falar em culpabilidade. 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS - SECA 
Princípio da especialidade: resolve o conflito aparente pelo confronto das duas normas 
em abstrato, isto é, uma das normas apresentará elementos especializantes que afastam a 
norma geral. 
Princípio da subsidiariedade: por este principio sempre que um delito for meio regular 
necessário para alcançar outro ele será absorvido pelo crime principal, tal hipótese 
pode-se dar de maneira expressa ou tácita, Ex: crime tentado x consumado e crime de 
perigo x crime de lesão mais grave. 
Consunção: estabelece a absorção de delitos que estão situados em relação de meio e 
fim com o delito principal, assim são reconhecidos como hipóteses de aplicação a 
progressão criminosa, responde pelo mais grave e não pelo menor. Crime progressivo: 
ocorre quando o sujeito para cometer um delito realiza diversos outros que são 
absorvidos pelo delito fim. Ainda o crime complexo, que é aquele que se caracteriza 
pela junção de dois tipos penais para formar um terceiro e as hipóteses de ante factum e 
pós factum impuniveis. 
Alternatividade: Boa parte da doutrina afirma que o princípio da alternatividade NÃO se 
configura como um princípio do conflito aparente de normas, porque nele não haveria 
conflito._Fala-se em princípio da alternatividade quando se está diante de tipos mistos 
alternativos, aqueles que trazem vários verbos núcleos que recaem sobre o mesmo 
objeto no mesmo contexto fático. 
Ex: comprei, transportei e depois embalei maconha. Vários vemos que recaem no 
mesmo objeto material e num mesmo contexto, logo crime único. 
*Mas quando há drogas em contextos fáticos absolutamente diferentes, terá crimes 
diferentes, ainda que para o mesmo sujeito. 
No principio da alternatividade é necessário investigar se a conduta examinada se 
desenvolve no mesmo contexto fático e recai sobre o mesmo objeto material. Presente 
isso, haverá crime único. 
*Contudo, Nilo Batista afirma que é possível reconhecer alternatividade entre tipos 
penais diferentes, quando os tipos penais tutelam o mesmo bem jurídico e as condutas 
ocorrem no mesmo contexto fático (ex: porte de arma de fogo de uso permitido com 
simultâneo porte de arma de fogo de uso restrito). 
Damásio também admite essa alternatividade, porém impede que se verifique um nexo 
de causalidade entre os dois tipos penais (33 e 34 da Lei de Drogas- trafico e 
maquinismo para produção de drogas- um é meio para o outro, logo se aplica a 
alternatividade). 
Norma Penal em Branco 
Espécies: pode ser homogênea ou heterogênea. A homogênea se subdivide em 
homovitelina ou heterovitelina. É diferente de tipo aberto, que é o conceito de mulher 
honesta, onde o próprio juiz é quem dirá o que vem a ser mulher honesta e não o 
legislador. 
Crime progressivo e progressão criminosa: 
Também é hipótese de consunção o chamado crime progressivo, no qual o agente 
pratica diversos delitos visando um delito fim. E ainda a progressão criminosa, quando 
o sujeito no decorrer da ação muda o dolo para um crime mais grave. (Teoria do desvio 
subjetivo do tipo). 
LUTA- dir e ito p e n a l. 
No processo p e n a l, v igora co m o r e gra , t e oria do r esult a do , Ar t . 7 0 ca p u t , do CPP. 
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL 
A conduta foi praticada na véspera em que a lei penal incriminadora nova entrou em 
vigor. A decorrência logica do principio da legalidade é que a lei que vem depois não 
pode retroagir. 
Art. 5°, XL- Principio da irretroatividade da lei penal. A irretroatividade maléfica é 
consequência do principio da legalidade ou da reserva legal (para aqueles que fazem a 
diferença). *Há autores que fazem a diferença e outros não. 
Portanto, podemos depreender que a regra é a não retroatividade (irretroatividade) da 
ler gravior e a extra atividade (retroatividade ou ultra atividade) da lei penal in minus 
(ler mitior ou novatio legis 117 mel/bis). 
Art. 1° CP- reforça o principio da legalidade ou reserva legal previsto na CF. 
Art. 2° CP- previsão da retroatividade da abolitio criminis. Aplicação da lei benéfica 
que retroage. 
*A abolitio criminis é a lei mais benéfica que existe, que abole o crime 
Previsão constitucional e infraconstitucional da aplicação da lei penal no tempo. 
A CF, no art. 5°, XL dispõe que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
Depreende-se que a regra é a irretroatividade da lei mais gravosa e extra atividade da lei 
benéfica. 
*EXTRA ATIVIDADE- é gênero, que possui duas espécies: RETROATIVIDADE E 
LTLI RA ATIVIDADE. 
A lei mais gravosa, em regra é estática. Ao contrário da lei benéfica, que é dinâmica, se 
movimenta amplamente no tempo. Isto significa que tem extra atividade (se projeta para 
frente-ultra atividade e se projeta para trás- retroatividade). 
#A lei benéfica pode ultra agir e retroagir para uma mesma pessoa em um mesmo fato? 
Ex: pessoa pratica trafico no ano 2000, na vigência da lei anterior de pena menor. Foi 
denunciado pelo tráfico na vigência da lei nova, que prevê a possibilidade de trafico 
privilegiado (causa de diminuição de pena). 
Art. 12 da Lei 6368 c/c art. 330° da Lei 11343/09. Combinação de leis penais no 
tempo, uma retroagindo e outra ultra agindo. 
A jurisprudência do STF. entende que combinação de leis penais seria invadir a 
atribuição do Poder Legislativo, o que ofende o Pacto Federativo. :A combinação de leis 
cria unta 3" espécie de lei, o que estaria acarretando a função de legislador ao juiz 
Posteriormente STJ sumulou a questão na 5.501. STI. É \ tdada a combinação de leis 
Na doutrina tal questão não está pacificada 
9. 501 STJ- É cabível a aplicação retroativa da Lei il. 11.343.2006, desde que o 
resultado da incidência das suas disposições, na integra, seja mais favorável ao réu do 
que o advindo da aplicação da Lei H. 6.3681976, sendo vedada a combinação de leis. 
TEORIA DA CONDUTA: 
Direito Penal moderno foi todo estruturado a partir da noção de conduta (ação). 
Segundo Roxin, isto ocorreu porque sendo o crime um comportamento humano, a 
conduta seria a base sobre a qual se assentaria não apenas a responsabilidade penal, mas 
toda a teoria do delito. N ulh m crim e!i sit ie a m d u tcla - se não há conduta não há direito 
penal. A teria da conduta é importante pois a partir de suas teorias há modelos de direito 
penal totalmente diferentes. A adoção de determinada teoria da conduta gera 
concepções diferentes do direito penal. 
Ao longo da legislação há situações em que estão presentes a conduta ou não, de acordo 
com a teoria usada. 
PRÉ-CAUSALISMO: 
Nos momentos anteriores ao surgimento da Teoria Causalista, primeira grande teoria a 
estruturar um conceito de conduta a partir do qual toda teoria do delito será 
desenvolvida, poucos autores trabalhavam com a noção de conduta. Assim, para 
Feuerbach (elaborou a Teoria da Coação Psicológica- se ameaçar o homem com uma 
sanção ele muda de comportamento. Base da razão.de ser do direto penal de ameaçar 
com sanção para evitar comportamentos) o crime era a ação contrária ao direito do outro 
para qual se cominava uma pena na lei penal. 
Na mesma linha seguia Carrara, que afirmava ser o crime uma relação de contradição 
entre um ato do homem e a lei. Nos dois autores clássicos não se encontrava um 
conceito de conduta que fosse objeto de estudo dogmático. Nesse tempo, começo do 
sec. XIX, a atribuição de responsabilidade penal a um agente dependia da junção 
daquilo que se denominava de im p ulacio .f a d e im p u t a do b uis. 
A primeira correspondia a verificação de uma ligação física do sujeito com o resultado e 
a presença de um vinculo mental entre sujeito da ação e o resultado. A imputacio iuris 
correspondia à contrariedade do fato com o ordenamento. Somente em 1821 Hegel 
desenvolve o primeiro conceito de ação a ser aplicado no direito penal, abrindo espaço 
para o surgimento de todas as teorias que lhe foram posteriores. Para Hegel, ação era 
expressãoda vontade como subjetiva ou moral. 
Adotado o conceito tripartite, chega-se as teorias posteriores do précausalismo. 
Crime é fato típico, ilícito e culpável. AS cinco principais teorias justificam o conceito 
analítico de crime. 
TEORIA CAUSAL — 
Sustentava-se, Von Litz e Beling, que ação era apenas uma conduta positiva, 
movimentação corpórea sem vontade e consciência e sem culpa, pois estes eram 
elementos da culpabilidade. 
TEORIA NÉO-CLASSIC A 
Para Melhorar a teoria causal, passou-se a dizer que a conduta seria uma ação ou 
omissão, mas que o dolo e culpa ainda eram elemento da culpabilidade. Não justificava 
os crimes com culpa inconsciente (quando o agente não prevê que o resultado possa 
acontecer, por negligência, imprudência ou imperícia, há uma violação do dever legal 
de cuidado). 
TEORIA DA AÇÃO SOCIAL 
Essa teoria era baseada que o crime seria dito a partir do que a sociedade entenderia 
sobre aquele comportamento humano Essa teoria entende a ação como conduta 
socialmente relevante. (Criada por SCHIMIDT). 
FUNCIONALISMO 
Trabalha com a ideia de que o direito penal está ligado a política criminal. Claus Roxim 
criou o funcionalismo moderado. Ele não analisa uma conduta individual, mas sim 
como o direito pode ser ajudado ou ajudar as políticas criminais. Jackobs criou o 
funcionalismo, junto com Niklas Luhmann, não só o conceito de crime, mas de todo o 
direito penal, o que acabou por ser "DIREITO PENAL DO INIMIGO". Esse Direito é o 
ato de o Estado dar tratamento diferente àquele indivíduo, punindo-o de maneira mais 
severa, pois o Poder Público gastaria mais com ele do que com os outros indivíduos da 
população que cumprem a lei. Por fim, o que se extrai é que ele não deveria ser tratado 
como pessoa. Essa visão fere o Estado Democrático de Direito. Dessa forma, diz-se que 
o direito penal do inimigo não é direito nenhum. Funcionalismo dá ideia de o direito ser 
visto como um sistema entrelaçado. 
FINALISMO 
Segundo Weltzel, a ação humana é dirigida a uma finalidade. O dolo e culpa não são 
elementos da culpabilidade. Dolo seria vontade + consciência. Dolo é elemento 
normativo do tipo. Para ele, FERNANDO GALVÃO, dolo não se confunde com a 
vontade, pois o agente pode ser vontade e não ter dolo. O exemplo seria uma conduta 
pratica por erro. Essa teoria adotou a RATIO COGNOSCENDI. 
Essa teoria explica que ilicitude e tipicidade são coisas distintas embora tenham relação 
de interdependência, uma vez que quando houver fato típico, poderá haver a ilicitude, 
Art. 23 CP (teoria da indiciariedade). 
A teoria da RATIO ESSENDI não separa o fato típico da ilicitude. 
O código adotou a teoria do assentimento para o dolo, uma vez que assentir é assumir o 
risco de produzi-lo. 
1 - Q u a l a dif e r e nça e n t r e nor m a e le i p e n a l? 
2 - E m q u e consist e o dir e ito p e n a l sim bólico? 
3 - C aso d a bo a t e Kiss, q u a l con d u t a q u e o a g e n t e pr a t icou? 
4 - A , se m sa b e r d a e x ist ê ncia d e 1 3 , a m bos co m in tuito d e m a t a r C , coloca m v e n e no e m 
pó n a b e bid a d e C p a r a q u e e le m orresse . O corr e q u e , a o b e b e r , C m orre . No e x a m e 
ca d a v é rico , d escobre -se q u e n a b e bid a d e C h a v ia t a lco e t a m b é m v e n e no, ou se j a , 
d escobre -se q u ei a g e n t e colocou t a lco , su bst a ncia inofe nsiv a e o ou tro v e n e no, o q u e 
ca usou a m ort e . D ia n t e dos f a tos, t ipifiq u e a con d u t a dos a g e n t es. 
5 - Q u a l a n a ture z a j u rídica d a t e n t a t iv a pre v ist a no Ar t . 1 4 ,1 1 do CP? 
6 - C a b e co a u toria e m crim e culposo? 
7 - E x ist e ho micídio priv ile gia do e q u a lifica do? 
8 - O q u e é r a iz q u a dra d a d a nor m a p e n a l e m bra nco? 
9 - D ecla r açã o f a lsa d e pr á t ica j u rídica é crim e d e f a lso? 
1 0 - E u , est aciono o ca rro . N ã o a p e r to o fr e io d e m ã o. S a io do ca rro , e co m eço a ca m in h a r 
p a r a u m d e t e r m in a do loca l. Ao m e v ir a r , v e jo q u e m e u v e ículo est á d esce n do e aca b a 
por ca usa r lesã o corpora l. O MP d e n u nciou co m o incurso n as p e n as do Ar t . 3 0 3 do C TB 
por pr a t ica r lesã o corpora l culposa n a dir eçã o d e v e ículo a u to m otor . Foi corr e t a a 
ca pit ulaçã o? 
1 1 - A lesã o corpora l e a m ort e no C TB v iola m o princípio d a proporcion a lid a d e co m re laçã o 
a os m es m os t ipos p e n a is r e fe r e n t es no CP? 
1 2 - O m orto pod e se r ob j e to d e crim e d e fu r to? 
1 3 - É v e d a do o uso d e a n a logia no dir e ito p e n a l? 
1 4 - E m q u e consist e a coculp a bilid a d e às a v essas? 
1 5 - A f a lsifica docu m e n to e ob t é m a v a n t a g e m d e vid a . É d escob e r to logo a pós co m todos 
os e le m e n tos q u e co m pro v a m os se us a tos. O MP d e n u nciou A p e lo crim e d e 
f a lsificaçã o d e docu m e n to e est e lion a to . Foi corr e to? 
est aco 
A L C Â N T A R A 
P r á t i c a I I I 
Professor Rodrigo D ru m on d 
A ula 2 
A b o l i t i o c r i m i n i s - E x t in g u e -se o próprio t ipo p e n a l, torn a n do-se a t ípico a con d u t a pr a t ica d a . O 
a r t igo 2 8 d a le i 1 1 .3 4 3 hou v e a bolit io? N ã o, o q u e hou v e foi a d esca rce iriz açã o e n ã o 
d escrim in a liz açã o . 
P r e s c r i ç ã o — o m ero ofe r ecim e n to d a d e n ú ncia n ã o in t e rro m p e a prescriçã o . A r e j e içã o n ã o 
obst a o pr a zo prescricion a l. 
C a u s a i m p e d i t i v a d e p r e s c r i ç ã o — Art . 1 1 6 do CP. V e rifica r o Ar t . 3 6 6 do CPP c / c sú m ula 4 1 5 
c / c 4 3 8 a m bos do STJ. � ,. • 
S u r s i s p r o c e s s u a l — Art . 8 9 d a Le i 9 0 9 9 / 9 5 . 
I n t e r r u p ç ã o d a p r e s c r i ç ã o — Art . 1 0 9 do CP. 
a ) I n t e rro m p e co m o r ece bim e n to d a d e n ú ncia ou q u e ix a ; 
b ) S e n t e nça d e pron ú ncia , S ú m ula 1 9 1 do STJ. 
c) D ecisã o confir m a tória d e pron u ncia ( r ecurso) . 
d ) Pu blicaçã o d e se n t e nça ou acord ã o r ecorrív e is ; 
A p e n a só se r á e m concre to q u a n do t r a nsit a r p a r a A C US A Ç Ã O , do con tr á rio é a bst r a to . 
V e rifica r a sú m ula 4 4 0 , 4 4 1 , 3 6 1 do STJ, su m ula 2 0 7 e 2 0 8 do STJ. 
C O M P E T Ê N C I A 
Co m p e t ê ncia r e la t iv a —T e rritoria l e pr e v e nçã o . Co m p e t ê ncia e m r a z ã o d a m a t é ria — Ar t . 6 9 , I I I 
c / c 7 4 do CPP e , c / c 1 2 1 d a CRF B , e o Ar t . 3 5 d a le i 4 7 3 7 q u e f a la d a Justiça Ele itor a l. 
Justiça Mili t a r — Ar t . 1 2 4 d a CRF B - STM 
J u s t i ç a c o m u m — Art . 1 2 5 , § 32 d a CRF B . O m ili t a r e civ il q u e co m e t e m crim e m ili t a r se r ã o 
j u lg a dos n a j ustiça m ili t a r , Ar t . 1 2 4 CRF B . (Ra tion e Ma t e ria e ) . O a r t . 1 2 5 d a CRF B é a p e n as as 
p esso as m ili t a r es. 
Estácio 
ALC Â N TARA 
Crim e m ili t a r é a q u e le d e fin ido no Ar t . 9 do C OM, no e x e rcício d e su a fu nçã o ou pr a t ica do 
con tr a b e ns d e força m ili t a r . O Ar t . 9 , § ú — todo crim e m ili t a r doloso con tr a v id a v a i p a r a 
j ustiça co m u m ( j ú ri) . 
A co m p e t ê ncia d a j ustiça f e d e ra l é d escrit a no Ar t . 1 0 9 , I V d a CRF B c / c as sú m ulas 6 2 , 1 4 7 e 
1 6 5 a m b as do STJ. 
F a lsificaçã o d e p assa por t e é q u a l co m p e t ê ncia? É co m p e t ê ncia d a j ustiça f e d e ra l, q u e m 
fa lsifica é p a r a sa ir do p a is. 
I d e n tid a d e f a lsa —S ú m ula 5 4 6 do ST 1- A co m p e t ê ncia p a r a processa r e j u lg a r o crim e d e uso 
d e docu m e n to f a lso é fir m a d a e m r a z ã o d a e n tid a d e ou órg ã o a o q u a l foi a prese n t a do o 
docu m e n to p ú blico , n ã o im port a n do a q u a lificaçã o do órg ã o e x p e didor . 
CPF — a co m p e t ê ncia v ia d e r e gra é est a d u a l. T e m q u e olh a r p a r a a fin a lid a d e do a g e n t e . Por 
e x e m plo , caso se j a p a r a son e g a r im posto d e r e n d a , a co m p e t ê ncia se r á d a j ustiça f e d e ra l. 
E o caso do ín dio p a t a x ó , a co m p e t ê ncia se r á d a j ustiça Est a d u a l ou F e d e ra l? 
Est á pre v isto no Ar t . 1 0 9 , X I? E le h ã o m orre u porq u e e r a ín dio , n ã o é o f a to d e se r ín dio , m as 
sim se t iv e r m otiv açã o d e in t e r esse do po v o in díg e n a . Ar t . 1 0 9 , X I d a CRF B . 
I ncid e n t e d e d esloca m e n to d e co m p e t ê ncia —Art . 1 0 9 ,§ 5 d a CRF B ( I D C ) . I nst ru m e n to usa do 
p a r a d esloca r j u lg a m e n to d a j ustiça f e d e ra l p a r a j ustiça est a d u a l. É constit ucion a l, A D I 3 4 8 6 . 
A uri e n t e n d e se r inconstit ucion a l, pois v iola ria o p acto fe d e ra tiv o . 
C rim e doloso con tr a v id a — Ho micídio , in fa n ticídio , a bor to e suicídio . La t rocínio é v a r a 
crim in a l, e n ã o do j ú ri. 
Jecrim — A constit u içã o lim itou o Jecrim . C rim e e con tr a v e nçã o se r á se m pre q u a n do n ã o 
ult r a p assa r 0 2 a nos, m as a su a criaçã o é p e la le i 9 0 9 9 . 
A cú p ula do e x ecu tiv o n ã o pod e se r j u lg a d a p e lo j u iz sin g ula r . 
Foro por pre rrog a tiv a d e fu nçã o 
A constit u içã o d e u ce r tos t rib u n a is a co m p e t ê ncia origin á ria p a r a j u lg a r d e t e r m in a dos Ré us. 
Ti- Ar t . 9 6 , I I I , 2 9 , I X e 1 2 5 ,§ 1 @ C ERJ. Trib u n a l é cole gia do , se n do j u lg a m e n to q u a lifica do . 
Le r 1 0 5 e 1 0 2 d a CRF B . 
MP e Juiz — Ar t . 9 6 ,1 1 1 - j u lg a do no Ti. 
Pre fe ito —j u lg a do no Ti — Ar t . 2 9 , X d a CRF B . 
E s t á c i o 
ALC Â N TARA 
Pre fe ito q u e d esv ia v e rb a F e d e ra l- S u m ula 2 0 8 e 2 0 9 do STJ. 
D e p u t a do Est a d u a l — Ar t . 2 7 ,§ 1 } c / c 6 1 d a C ERJ. D e p u t a do est a d u a l q u e pr a t ica doloso con tr a 
v id a é j u lg a do no j ú ri? A pre rrog a tiv a d e fu nçã o d ecorr e e xclusiv a m e n t e d e constit u içã o 
est a d u a l, S ú m ula 7 2 1 do STF a plica -se a o d e p u t a do Est a d u a l? N ã o , in t e lig ê ncia do Ar t . 2 7 ,§ 1 
d a CRF B . 
Co m p e t ê ncia in t e rn a — Ar t . 7 0— t e oria do r esult a do ou do últ im o a to pr a t ica do no caso d e 
t e n t a t iv a . 
C rim e plu riloca l — C u j a a con d u t a é e m u m loca l e o r esult a do e m ou tro . N esse caso é e xceçã o 
por u m a m elhor colh e it a d e pro v a . 
C rim e p e r m a n e n t e — Pr e v e nçã o — Ar t . 7 1 do CPP. ( 1 2 1 - 1 C 1 1 6 .2 0 0 R.1 ) . 
Re gras esp ecia is — Ar t . 7 5 do CPP 
Crim es in t e rn acion a is in icia dos ou consu m a dos no est r a n g e iro , é JF m as q u a l seçã o? É o 
ult im o loca l e m q u e hou v e r sido toca do ou loca l e m q u e se ch e g a r a a e ron a v e a pós o crim e . 
N a v io d eslig a do e a t r aca do é _ IP N ã o, a co m p e t ê ncia é d a j ustiça Est a d u a l. I n t e rpre t açã o 
Lit e r a l do Ar t . 1 0 9 CRF B . 
Re la t iv a - É a co m p e t ê ncia t e rritoria l e pr e v e nçã o . Pr a zo p a r a r e q u e re r a r e la t iv a Ar t . 3 9 6 -A do 
CPP. A co m p e t ê ncia e m r a z ã o d a m a t é ria e p esso a sã o a bsolu t as. Pod e se r r econ h ecid a a t é a 
Ali ; Ar t . 4 0 0 do CPP. 
Confli to d e co m p e t ê ncia 
2 j u iz es d e j u lg a m co m p e t e n t es ou inco m p e t e n t es p a r a a m es m a ca usa . Q u e m ir á dirim ir esse 
confli to se r á o Ti no q u a l sã o v incula dos. Confli to e n t r e MPE e MPF , a plica -se o Ar t . 1 0 2 , I 
CRF B . 
Con e x ã o — É t e r u m v inculo , u m e lo , d u as ou m ais p esso as ou crim es r e lacion a dos e n tr e si. Ao 
in v és d e se p a ra r m os, v a m os r e u ni- los, Ar t . 7 6 do CPP. 
Ar t . 7 6 , I — con e x ã o in t e rsu b j e t iv a . 
Ar t . 7 6 , I I - Pa r a f acili t a r ou ocult a r v a n t a g e m do ou tro , con e x ã o t e le ológica / inst ru m e n t a l. 
Ar t . 7 6 , I I I — Con e x ã o prob a tória , q u a n do a pro v a d e u m crim e in flu e ncia n a e x ist ê ncia do ou tro 
crim e . 
Con tin ê ncia - Ar t . 7 7 1— D u as ou m ais p esso as pr a t ica m o m es m o crim e . Ar t . 7 7 - con tin ê ncia 
ob j e t iv a . Ar t . 7 8 CPP é p a r a d e b a t e r e m sa la . 
\k 
E s t a d o 
ALCÂNTARA 
Prática III 
Professor: Rodrigo Drumond 
A ula 3 
D e fesa pre lim in a r — Ar t . 3 9 6 -A do CPP 
" Ar t . 3 9 6 -A - Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o 
que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas 
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando 
necessário." 
Percebam que agora, o juiz ao receber a denúncia ou queixa (art. 396), cita o 
acusado para apresentar a defesa preliminar. 
Tendo como prazo válido 10 dias, o acusado terá que constituir defensor ou, não 
possuindo condições, ser defendido pelo Estado de forma gratuita. Constituída ou 
nomeada, a defesa tem a obrigação de apresentar, no decênio legal, todos os argumentos 
válidos e lícitos existentes para obter a antecipação da tutela absolutória, denominada de 
absolvição sumária do rito comum (art. 397). 
Deverá a defesa alegar tudo o que interessar: arguir preliminares (como as 
exceções de incompetência, litispendência e coisa julgada); reforçar uma tese defensiva 
previamente levantada durante a fase de investigação; fragilizar o alegado pela acusàção 
na denúncia/queixa já regularmente recebida pelo magistrado etc. 
Este também é o momento de especificar as provas que serão produzidas na 
audiência do 400, inclusive apresentando o rol de testemunhas (8 para o rito ordinário e 
5 para o rito sumário e 3 para sumaríssimo). 
As exceções serão processadas em apartado, nos moldes do que já estava 
previsto anteriormente nos Arts. 95 a 112 do CPP. 
A obrigatoriedade desta nova modalidade de defesa do rito comum fica evidente 
ao lermos o § 2.° do art. 396-A: "§ 2° Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o 
acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, 
concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias." 
O bse rv açã o im port a n t e , a gora p a r a os m a gist r a dos : h á u m la pso n a li t e r a lid a d e 
do § 2 . ° do a r t . 3 9 6 -A : " ou se o acusa do, cit a do , n ã o constit u ir d e fe nsor " . Essa r e gra 
d e v e se r v á lid a a p e n as p a r a os casos e m q u e a cit açã o se d e u p esso a lm e n t e . Pois se o 
r é u , cit a do por e dit a l, n ã o co m p arece r e n e m constit u ir d e fe nsor , a plica -se a r e gra do a r t . 
3 6 6 do CPP : susp e n d e -se o processo e a prescriçã o a t é q u e o r é u se j a e ncon tr a do . 
E s t á c i o 
ALC Â N TARA 
Co m o for m a d e a u x ilia r os cole g as co m e x e m plos d e p e didos d e d e fesa 
pre lim in a r , pod e m os a pon t a r : 
a ) E xclu d e n t e d e ilicit u d e - a con d u t a do acusa do, a p esa r d e se r t ípica (con d u t a 
dolosa ou culposa , o m issiv a ou co missiv a , com n e x o d e ca usa lid a d e e r esult a do j u rídico 
nos crim es m a t e ria is , n ã o é ilícit a pois est á a m p a ra d a por a lg u m a e x d u d e n t e d e 
ilicit u d e , pr e v ist as no a r t . 2 3 do Código Pe n a l ( le gít im a d e fesa , est a do d e n ecessid a d e , 
est rito cu m prim e n to do d e v e r le g a l e e x e rcício r e g ula r d e dir e ito ) . 
b ) E xclu d e n t e d e culp a bilid a d e - e rro d e proibiçã o , co açã o m ora l irr esist ív e l, 
ob e diê ncia hie r á rq uica , sã o hipó t eses d e e xclu d e n t es d e culp a bilid a d e . Co m b ase n a 
e x ist ê ncia d e a lg u m a d essas circu nst â ncias, o r é u pod e rá ple it e a r a su a a bsolv içã o 
su m ária . S e o r é u for m e nor d e id a d e , f aça pro v a disso pois a in im p u t a bilid a d e p e la 
m e norid a d e pod e se r pro v a d a n est e m o m e n to e e xclui a culp a bilid a d e p e n a l. N est e caso , 
o processo d e v e se r e nca min h a do a o Minist é rio Pú blico d a I n fâ ncia e d a Adolescê ncia 
p a r a a to m a d a d as m e did as ca bív e is co m b ase no Est a tu to d a C ria nça e do Adolesce n t e 
(Le i 8 . 0 6 9 / 1 9 9 0 ) . 
c) E xclu d e n t e d e t ipicid a d e - le m bre -se q u e o d e li to é u m fa to t ípico , ilícito e 
culp á v e l. Pre e nchidos os t r ês e le m e n tos, surg e p a r a o Est a do a p u nibilid a d e , ou se j a , o 
d e v e r d e p u nir . A ilicit u d e e culp a bilid a d e j á for a m e x plica d as a n t e rior m e n t e . Rest a 
a gora f a la r m os d a t ipicid a d e . 
O f a to se r á t ípico se o a g e n t e pr a t ica r u m a con d u t a pre v ia m e n t e pre v ist a e m le i 
co m issiv a ( açã o) ou o m issiv a , dolosa ou culposa (q u a n do pre v ist a t a x a tiv a m e n t e e m le i) 
a t in gin do o b e m j u rídico-p e n a l d e for m a sig nifica t iv a , pois o r esult a do j u rídico 
d ecorr e n t e d a con d u t a do a g e n t e ( n e x o d e ca usa lid a d e ) so m e n t e se r á im port a n t e p a r a o 
dir e ito p e n a l se , e so m e n t e se , o b e m j u rídico-p e n a l for a t in gido d e for m a r e le v a n t e 
(princípio d a ofe nsiv id a d e ) . 
F a lt a n do q u a lq u e r d esses e le m e n tos o f a to se r á a t ípico e assim , co m b ase no 
inciso I I I do no v o a r t . 3 9 7 , o r é u d e v e rá se r a bsolv ido su m aria m e n t e . 
d ) E xclu d e n t e d e p u nibilid a d e - as ca usas e x tin t iv as d a p u nibilid a d e est ã o 
pre v ist as no a r t . 1 0 7 do Código Pe n a l. Por e x e m plo , a pr escriçã o . 
e) Causas supralegais de exclusão: de ilicitude, como o consentimento do 
ofendido; de tipicidade, como a adequação social; e de culpabilidade, como a 
inexigibilidade de conduta diversa. 
E stácio 
E NSIN O SUP E RIO R D O IiRA .S ‘ 
ALCÂNTARA 
Concluindo, não é mais suficiente, para advogar na área criminal, fazer uma 
defesa prévia padrão e, nas alegações finais, postular pela simples absolvição por falta 
de provas. 
O CPP, após as -mudanças da Reforma de 2008, espera um advogado que 
efetivamente conheça o Direito Penal e Processual Penal. 
Tais teses defensivas são ferramentas constitucionais prontas para trazer justiça 
ao caso concreto. 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R JU I Z D E D IRE I T O D A � V ARA CRIMI N AL D A C OMARC A D E 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R JU I Z F E D ERAL D A � V ARA CRIMI N AL D A JUST I Ç A 
F E D ERAL D A S E Ç Ã O JU D I C I ÁRI A D E � (q u a n do for crim e fe d e ra l) 
(p ula r 1 0 lin h as) 
Tício , j á q u a lifica do nos a u tos d a açã o p e n a l n ° � , q u e lh e m o v e a Justiça Pú blica , 
v e m , por se u a d v og a do q u e essa su bscre v e confor m e procuraçã o e m a n e x o( n ã o esq u ece r d a 
procuraçã o) , à pr ese nça d e Vossa E xce lê ncia , ofe r ece r : 
RE SPO STA À A C US A Ç Ã O 
co m fu n d a m e n to no a r t igo 3 9 6 e 3 9 6 -A , p e los m otiv os d e f a to e d e dir e ito q u e p assa a 
e x por : 
I — D O S F AT O S : 
Con t a r os f a tos n a rr a dos e x a t a m e n t e co m o acon t ece u (cronologica m e n t e ) 
Confor m e n a rr a do n a d e n ú ncia , o a u tor do f a to , no dia x x x , por v olt a d e x x horas, 
est a v a no loca l t a l. . . e t e ria pr a t ica do a con d u t a x x x x , u m a v e z q u e (con t a r o v e rbo açã o 
e x a t a m e n t e co m o n a rr a a p eça acusa tória ) . 
I I - D O MÉRI T O 
ALE G AR TU D O Q U E I N TERE S S A PARA A D E F E S A N O MÉRI T O . 
I V — D O PE D I D O : 
D ia n t e do e x posto , postula -se p e la a n ulaçã o do processo , a b in it io (se hou v e r t ese d e 
n ulid a d e ) , ou , caso n ã o se j a esse o e n t e n dim e n to d e Vossa e xce lê ncia , a a bsolv içã o su m ária do 
r é u n a for m a do Ar t . 3 9 7 , do CPP ( e n q u a dra r q u a l o inciso confor m e a t ese d e d u zid a ) . 
1 - O pçã o - 3 9 7 , I do código d e processo p e n a l, ( se hou v e r m a nifest a e xclu d e n t e d e 
ilicit u d e do f a to ) . 
2 - O pçã o — co m fulcro no Ar t . 3 9 7 , I I do CPP (se hou v e r ca usa m a nifest a d e e xclu d e n t e 
d a culp a bilid a d e do a g e n t e , sa lv o in im p u t a bilid a d e ) . 
3 - O pçã o — co m fulcro no Ar t . 3 9 7 , I I I do CPP (se j á hou v e r e x tinçã o d a p u nibilid a d e do 
a g e n t e ) . 
4 - O pçã o — co m fulcro no Ar t . 3 9 7 , I V do CPP se j á est iv e r e x t in t a a p u nibilid a d e do 
a g e n t e ) . 
C aso Vossa E xce lê ncia assim no e n t e n d a , r e q u e r a in t im açã o d as t est e m u n h as a b a ix o 
a rrola d as, co m o m e did a d e m ais lídim a j ustiça . 
Rol d e t est e m u n h as : 
No m e , e n d e reço e t e le fon e . 
No m e , e n d e reço e t e le fon e . 
No m e , e n d e reço e t e le fon e . 
No m e , e n d e reço e t e le fon e . 
No m e , e n d e reço e t e le fon e . 
T e r m os e m q u e , 
p e d e d e fe rim e n to . 
Loca l, d a t a . 
Ad v og a do 
O A B / x x 
E stácio 
1,4.51,30 � A 
ALCÂNTARA 
Prática III 
Professor Rodrigo Drumond 
Problemas aula 03 
CASO 01 
Tício foi a Manaus, comprou mercadorias na zona Franca e as trouxe dentro de 
suas malas, com sua bagagem. Na alfandega, mencionou parcialmente as coisas que 
trazia embora sem qualquer ardil na ocultação. A fiscalização apreendeu a mercadoria e 
providenciou prisão em flagrante de Tido, que acabou sendo denunciado pelo crime de 
descaminha O juiz recebeu a peça exordial e determinou citação de Tido. Você é 
contratado para defende-lo. 
a) Elabore a peça profissional cabível apta a resolver a situação de Ticio. 
RESPOSTA 
A peça deverá ser a resposta à acusação- Art. 396 —A do CPP. 
Competência da Vara criminal justiça Federal 
TESES 
1 —o crime de descaminho previsto no artigo 334 do código Penal só é punido a 
título de dolo e tido citou parcialmente que trazia mercadorias em suas bagagens, 
sem qualquer ardil em sua ocultação. 
2 — ademais, quando se trata de mercadoria produzida na zona franca de Manaus, a 
sua saída para outros pontos do território nacional, sem o pagamento de tributos, não 
constitui contrabando ou descaminho, por não se tratar de mercadoria estrangeiras, 
mas nacional. 
PEDIDO: DIANTE DO EXPOSTO, REQUER A ABSOLVIÇÃO SUNMÁRIA DO 
ACUSADO, COM FULCRO NO ART. 397, III DO CPP, COMO MEDIDA DE 
MAIS LÍDIMA JUSTIÇA. 
CASO 02 
Tício, no dia 20 de fevereiro de 2018 ao passar na rua x, no município x, por 
volta de x horas, em um dia muito ensolarado, visando a subtração de um celular, que, 
ao sedeparar com Monica, entretida com o seu aparelho na rua, pois estava 
conversando no whatsapp, subtrai o smartphone, que custa R$ 350,00. As câmeras da 
calçada em que a vitima se encontrava, filmaram toda empreitada criminosa. A vítima 
reconheceu o autor do fato.° MP ofereceu denúncia em face de Tício. O magistrado 
recebeu a denúncia e mandou citar o acusado. Citado o acusado, esse o procura para que 
elabore a peça cabível que finda o prazo no dia 08 de março de 2018. 
Redija a peça processual cabivel. 
C A S O 1 3 - PRAT I C A PE N AL 
Jo ã o , foi pr eso e m fla gr a n t e d e li to , pois no dia 1 0 d e j a n e iro do corr e n t e a no , por v olt a d as 1 0 
horas, f a z e n do uso d e u m a a r m a d e fogo , t e n tou e fe tu a r disp a ros con tr a se u v iz in ho A n tônio . 
Foi d e n u ncia do p e lo r e prese n t a n t e do Minist é rio Pú blico co m o incurso n as sa nçõ es do Ar t . 
1 2 1 , ca p u t , c / c1 4 , I I , a m bos do Código Pe n a l, porq u e t e ria a gido co m a nim us n eca n di. S e g u n do 
a p ura do n a inst ruçã o crim in a l, u m a se m a n a a n t es dos f a tos, o acusa do, pla n e j a n do m a t a r 
A n tônio , p e diu e m prest a d a a u m a cole g a d e t r a b a lho u m a a r m a d e fogo e q u a n tid a d e d e b a las 
suficie n t es p a r a a b ast ecê -las co m ple t a m e n t e , g u a rd a n do- a e fica z m e n t e m u nicia d a . S e u filho , a 
q u e m confid e ncia r a o pla no , se m q u e o acusa do sou b esse , r e t irou tod as as b a las do t a m bor do 
r e v ólv e r . No dia se g uin t e , confor m e j á esp e ra v a , Jo ã o e ncon trou A n tônio e m u m pon to d e 
ônib us, e , saca n do a a r m a , acionou o g a tilho div e rsas v e z es, n ã o a t in gin do a v it im a , e m face d e 
t e r sido a a r m a , d es m u nicia d a a n t e rior m e n t e . D os a u tos const a o la u do d e v ido à 
co m ple x id a d e dos f a tos, o j u iz conce d e u as p a r t es pr a zo d e 5 dias p a r a a prese n t açã o d e 
m e m oria is . O s m e m oria is d a acusaçã o for a m ofe recidos p e lo r e prese n t a n t e do MP, 
r e q u e re n do a pron u ncia do acusa do nos e x a tos t e r m os d a d e n ú ncia . 
E la bore a p eça p e r t in e n t e . 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R JU I Z D E D IRE I T O D A V ARA CRIMI N AL D A C OMARC A D E 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R JU I Z D E D IRE I T O D A V ARA D O JURI D A C OMARC A D E 
1 0 LI N H A S 
TíC I O , JÁ Q UALI F I C A D O N O S AUT O S D A A Ç Ã O N2, Q U E LH E MO V E O MI N I STÉRI O PÚBLI C O , PO R 
S E U A D V O G A D O Q U E E S S A SUB S CRE V E , V EM, À PRE S E N Ç A D E V O S S A E X C ELÊ N C I A , APRE S E N TAR 
MEMO RI A I S E S C R I T O S 
C OM F U N D AME N T O N O ART. 4 0 3 , § 32 D O CPP, JÚRI FU N D AME N TAR C OM B A S E N O S ARTS . 
4 0 3 ,§ 3 C / C 4 0 4 1 1 ,5 4 52 C / C 3 9 4 ,§ 5 2, T O D O S D O CPP) PELA S RA Z O E S A S E G U IR E XPO STA S : 
D O S F A T O S : 
O RÉ U . . . (con t a r os f a tos n a rr a dos n a d e n ú ncia m in uciosa m e n t e ) 
D O D I R E I T O 
O corre q u e ( a rg u m e n t açã o confor m e a su a t ese d e fe nsiv a ) ( m ostr a r no m u n do j u rídico on d e est á 
a ca pit ulaçã o e d escre v e r o a r t igo) . F u n d a m e n t a r porq u e n ã o é crim e , porq u e d e v e se r a n ula do o 
processo e a p a r t ir d e q u a n do d e v e ocorr e r essa a n ulaçã o , porq u e d e v e se r t e n t a t iv a , porq u e é 
le git im a d e fesa , porq u e est á prescrito ou d eca iu . 
D O S PE D I D O S 
PO R T O D O O E XPO ST O , RE Q U ER : 
1 opçã o — a a n ulaçã o do processo ( todo ou a p a r t ir d e t a l m o m e n to ( m e ncion a r o a to v icia do) 
co m fulcro no Ar t . 5 6 4 , v e r q u a l inciso , do CPP ; 
2 - opçã o — a e x t inçã o d a p u nibilid a d e dos f a tos im p u t a dos a o r é u , co m fulcro no Ar t . 1 0 7 , CP, 
escolh e r os incisos ; 
3 -opçã o — a a bsolv içã o do r é u co m fulcro no Ar t . 3 8 6 , escolh e r os incisos, do CPP ; 
4 — opçã o — e m caso d e con d e n açã o , a fix açã o d a p e n a b ase no m ínim o le g a l, se n ã o hou v e r 
circu nst a ncia d esfa v orá v e is, b e m co m o a e xclusã o d e a gra v a n t es e ca usas d e a u m e n to d e p e n a ; 
( v e rifica r o r e gim e inicia l fix a do , Ar t . 3 2 , a t é o Ar t . 4 2 CP) ou a su bstit u içã o d a p e n a priv a t iv a d e 
lib e rd a d e por : ( v e rifica r o Ar t . 4 3 a o 4 8 do CP) ; 
OPÇ Õ E S D E PE D I D O N O JURI 
1 opçã o- a im pron u ncia , co m b ase no Ar t . 4 1 4 do CPP (coloca r o fu n d a m e n to p e r t in e n t e ) 
2 opçã o — a a bsolv içã o su m ária co m fu n d a m e n to no Ar t . 4 1 5 do CPP ; coloca r o inciso r e fe r e n t e ; 
3 opçã o — d esclassificaçã o co m b ase no Ar t . 4 1 9 do CPP ou no caso do Ar t . 4 1 3 do CPP. 
4 opçã o — e xclusã o d as q u a lifica doras ou ca usas d e a u m e n to d e p e n a . (olh a r o caso concre to) . 
T e r m os e m que, 
pede deferimento. 
Local. data, 
ADVOGADO 
OAB/RJ xxxx 
R E L A X A M E N T O D A P R I S Ã O E M F L A G R A N T E 
H a v e n do prisã o e m fla gr a n t e , d e v e -se , a n t es d e m ais n a d a , a n a lisa r se a prisã o é le g a l ou 
ile g a l. 
C aso a prisã o se j a ile g a l, a p eça se r á o p e dido d e r e la x a m e n to d e prisã o e m fla gr a n t e , co m 
fu n d a m e n to no Ar t . 3 1 0 , I do CPP, a lé m do Ar t . 5 , LX V d a CRF B . O p e dido d e r e la x a m e n to , 
por t a n to , t e m co m o pressu posto u m a prisã o e m fla gr a n t e ile g a l, se j a por v ício m a t e ria l ( n ã o 
h a v ia sit u açã o d e fla gr â ncia ) , se j a por v ício for m al ( irr e g ula rid a d es n a confecçã o do a u to d e 
prisã o e m fla gr a n t e , f a lt a d e e n t r e g a d e no t a d e culp a e d a co m u nicaçã o à d e fe nsoria Pú blica ) . 
S e , no e n t a n to , a pós a custódia , é m a n tido preso e m v ir t u d e d e e v e n tu a l pr e v e n tiv a , n a q u a l 
foi con v e r t id a , o q u e se d e v e co m b a t e r é a pre v e n tiv a . 
P e d i d o d e l i b e r d a d e p r o v i s ó r i a 
C aso h a j a prisã o e m fla gr a n t e , a in d a q u e n ã o con v e r t id a e m pre v e n tiv a , as se m q u a lq u e r 
ile g a lid a d e , v a le diz e r , se m n e n h u m dos v ícios a pon t a dos, o p e didó a se r f e ito é do d e 
lib e rd a d e pro v isória , nos t e r m os do Ar t . 3 1 0 , I I I , b e m co m o no Ar t . 52, LX V I d a CRF B . A le i 
1 1 .4 6 4 / 0 7 r e v ogou a p a r t e fin a l do inciso I I do Ar t . 22 d a Le i 8 0 7 2 / 9 0 q u e v e d a v a a concessã o 
d e lib e rd a d e pro v isória a os crim es h e dion dos e e q uip a r a dos. Por t a n to , d e acordo co m a no v a 
disciplin a , é possív e l a concessã o d e lib e rd a d e pro v isória se m fia nça a os crim es h e dion dos 
( e m bora a q u est ã o se j a a in d a con tro v e r t id a n as cor t es su p e rior es) . 
P e d i d o d e r e l a x a m e n t o d a p r i s ã o t e m p o r á r i a 
T e m co m o pressu posto u m a prisã o t e m porá ria ile g a l, ou se j a , a bsolu t a m e n t e proibid a por le i . 
Tr a t a -se d e hipó t ese d e prisã o t e m porá ria p e la le i 7 6 9 0 , d ecre t a d a no IP, q u e e x t r a pola o 
pr a zo est a b e lecido n a q u ela le i , ou d ecre t a d a e m processo . N esses casos, d ev e -se p e dir a o j u iz 
o r e la x a m e n to d a prisã o t e m porá ria , co m fulcro no Ar t . 5 , LX V d a CRF B . 
P e d i d o d e r e l a x a m e n t o n a p r e v e n t i v a 
T e m co m o pressu posto u m a prisã o pre v e n tiv a ile g a l, ou se j a , a bsolu t a m e n t e proibid a por le i . 
Tr a t a -se d e prisã o pre v e n tiv a d ecre t a d a for a d as hipó t eses do Ar t . 3 1 3 , co m o por e x e m plo u m 
crim e culposo , ou cu j a p e n a n ã o e xce d a a 4 a nos. N esses casos, d e v e -se p e dir a o j u iz , o 
r e la x a m e n to d a prisã o pre v e n tiv a , Ar t . 5 2 , LX V d a CRF B . 
P e d i d o d e r e v o g a ç ã o d a t e m p o r á r i a 
T e m co m o pressu posto u m a prisã o t e m porá ria d esn ecessá ria , ou se j a , u m a sit u açã o e m q u e , 
e m t ese , se ria a d missiv e l a su a d ecre t açã o , m as e m concre to n ã o h á n ecessid a d e ca u t e la r 
( p e riculu m lib e r t a t is) q u e a j ustifiq u e . É o caso d e t e m porá ria d ecre t a d a se m q u e h a j a 
n ecessid a d e p a r a as in v estig açõ es, u m a v e z q u e o in v estig a do se m pre se pron tificou a 
cola bora r , pois t e m resid ê ncia fix a , t r a b a lh a d e ca r t e ir a assin a d a , bons a n t ece d e n t es e 
id e n tid a d e con h ecid a . N esse caso , d e v e -se p e dir a r e v og açã o d a t e m porá ria , co m fu n d a m e n to 
no Ar t . 12 Le i 7 6 9 0 . 
Pe dido d e r e v og açã o d a pre v e n tiv a 
T e m co m o pressu posto u m a prisã o pre v e n tiv a d esn ecessá ria , ou se j a , d e sit u açã o e m q u e , e m 
t ese , se ria a d missiv e l a su a d ecre t açã o , m as e m concre to n ã o h á n ecessid a d e ca u t e la r 
(p e riculu m lib e r t a t is) q u e a j ustifiq u e . É o caso d e pre v e n tiv a d ecre t a d a se m q u e est e j a 
prese n t e q u a lq u e r fu n d a m e n to do Ar t . 3 1 2 do CPP. 
Assim , d e v e -se a rg u m e n t a r q u e , n ã o est a n do prese n t e q u a lq u e r r a z ã o q u e j ustifiq u e a 
r est riçã o d a lib e rd a d e , d e v e se r a pre v e n tiv a r e v og a d a ( nos t e r m os do Ar t . 3 1 6 do CPP) ou caso 
se e n t e n d a est a r pr ese n t e a lg u m a n ecessid a d e d e r est riçã o ca u t e la r , q u e se j a su bstit u íd a por 
ou t r a m e did a ca u t e la r pr e v ist a no Ar t . 3 1 9 do CPP. Q u a n to a os crim es h e dion dos ou 
e q uip a r a dos, e m bora se j a m in a fia nçá v e is, n ã o h á q u a lq u e r im p e dim e n to p a r a a su bstit u içã o 
d a pre v e n tiv a por ou tr a ca u t e la r . 
E X ERC Í C I O S D E RE V I S Ã O PRÁT I C A I I I 
1 -Sop hia , don a d e urn a m in a d e es m era ld as, co m m e do d e se r d escob e r t a d e se us crim es, 
co a giu fisica m e n t e o se u fu ncion á rio d e no m e " Ra to " , d e for m a q u e o se dou e , colocou se u 
d e do no g a tilho n u m a a r m a , e a t irou con tr a u m ou tro fu ncion á rio , p a r a q u e to m asse a p e n as 
u m susto . A v ít im a foi lesion a d a se ria m e n t e , pois ficou inca p acit a d a p e r m a n e n t e m e n t e p a r a o 
t r a b a lho , por con t a do t iro do " Ra to " . O MP sou b e d a ocorr ê ncia do crim e , in v estigou e ch e gou 
à conclusã o q u e Ra to se ria o a u tor d esse crim e , o d e n u ncia n do por ho micídio q u a lifica do n a 
for m a do Ar t . 1 2 9 , § 2 9 , I do Código Pe n a l. O fe r ecid a a d e n ú ncia , o acusa do r espon d e u à 
acusaçã o , e o j u iz , post e rior m e n t e , a pós o t r a m it e processu a l, m a rcou a u diê ncia d e inst ruçã o e 
j u lg a m e n to . N a inst ruçã o , o m a gist r a do obse rv ou a nor m a do Ar t . 4 0 0 , e a o fin a l, t e n do e m 
v ist a a co m ple x id a d e d a ca usa , d e fe riu a o MP o pr a zo p a r a os m e m oria is , q u e j á for a m 
a prese n t a dos, e , a pós, à d e fesa . Assim , a u tos est ã o co m ca rg a p a r a v ocê , a d v og a do d a d e fesa . 
E la bora a p eça processu a l ca bív e l. 
2 - A , dirigin do e m v e locid a d e inco m p a tív e l co m a o p e r m it in do n a est r a d a , acre dit a n do n ã o 
acon t ece r n a d a , se choca co m a u to m ó v el d e B , q u e ca usou u m consid e r á v e l d a no . " 6 " se 
dirigiu a t é a d e le g acia , r e gist rou a ocorr ê ncia e foi inst a ura do u m in q u é rito . O a d v og a do d e " B " 
ofe r ece u q u e ix a -crim e con tr a " A " p e la pr á t ica d e crim e do crim e d e d a no pre v isto no Ar t . 1 6 3 . 
O j u iz r ece b e u , m a n dou cit a r o r é u . O acusa do cit a do , t e procura , n a q u a lid a d e d e a d v og a do. 
Ela bore a p eça processu a l ca bív e l. 
3 - " A " , no dia 1 0 d e j a n e iro d e 2 0 1 8 , su b tr a iu , co m u m a a r m a d e fogo , u m ip hon e x d e Maria . 
A v ít im a , n a d e le g acia , in for m ou q u e o la dr ã o ch e gou , a pon tou a a r m a p a ra e la e disse : Pe rd e u 
pir a n h a , p assa esse ip hon e a gora . Q u e o fe z im e dia t a m e n t e , pois est a v a a t e rroriz a d a co m o 
fa to . Q u e o la dr ã o sa iu corr e n do. Logo a pós, e la co m eçou a grit a r , p e g a la dr ã o , e , t r ês ho m e ns 
a p a rece r a m co m o m elia n t e e se u t e le fon e . Preso e m fla gr a n t e , o j u iz conce d e lib e rd a d e 
d ura n t e o processo . E m 2 3 d e a bril , d e 2 0 1 8 , a 1 3 .6 5 4 / 1 8 a lt e r a os crim es d e fu r to e rou bo. E m 
0 1 d e m aio do corr e n t e a no o a u tor é d e n u ncia do p e la pr á t ica do crim e d e rou bo m a jor a do 
p e lo uso d a a r m a e m a t é 2 / 3 . O j u iz r ece b e a d e n ú ncia , cit a o acusa do, q u e r espon d e a 
acusaçã o , e a pós o ofe r ecim e n to dos m e m orias p e la acusaçã o , o processo est á co m v ist as p a r a 
v ocê , a d v og a do d a d e fesa . 
E la bore a p eça processu a l ca bív e l. 
Razões de Recurso Ordinário Constitucional 
Paciente: Fulano de Tal 
Recorrida: Justiça Pública 
"Habeas Corpus n" 
Processo Originário 
Vara de Origem: a Criminal 
Egrégio Tribunal 
Colenda Turma 
 
 
Douta Procuradoria de Justiça 
O Paciente foi denunciado com base nos preceitos contidos no artigo 157, § 2°, I e II do Código 
Penal, crime de roubo qualificado. O douto juizo da a Vara Criminal de XX achou por bem ... 
(conta o que o juizo fez sentença). 
O paciente impetrou ação de “habeas corpus" para o respeitável Tribunal de Justiça, tendo sido 
competente a Criminal do Estado de xx, em razão de... (contar os fundamentos do pedido do 
HC e o pedido do referido remédio), Ex do pedido do HC: "...com a expedição do alvará de 
soltura e pleito liminar, que foi indeferida..." 
No presente recurso o paciente recorrerá tão-somente de (explicar o porquê está recorrendo no 
ROC). 
Nesse parágrafo, você irá fundamentar os motivos expostos no paragrafo anterior. 
Falar porque o HC do TJ está equivocado, pois também é uma fundamentação. Deve-se mostrar 
claramente porque o HC está errado ao não ser concedido e porque motivo estaria certo 
concedendo. 
PEDIDO: 
Diante de todo o exposto e de tudo o mais que dos autos consta, requer a Essa Colenda Turma, 
seja recebido, conhecido e provido, o presente apelo, após ouvida a douta Sub 
Procuradoria de Justiça, para conceder a reforma in totum da respeitável sentença ora 
recorrida, conforme requerido no h.c., impetrado em favor do recorrente, com a aplicação 
da (o pedido dependerá de acordocom a sua tese). Não esquecer também desse pedido: "pois é 
o seu direito. com a expedição do competente alvará de soltura em favor do réu, como medida 
da mais verdadeira justiça. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, data. 
Advogado 
OAB-RJ 
CASO 1 
-A" foi denunciado pela crime de furto qualificado mediante fraude, pois no dia 25 de julho de 
2018 subtraiu, mediante fraude um celular de R$ 600,00 reais de uma senhora na rua da feira, 
Alcântara. O advogado foi constituído, e respondeu à acusação alegando o princípio da 
insignificância, no qual foi rejeitado pelo juizo. Imediatamente impetrou um HC no tribunal 
com fundamento de ter o acusado residência fixa, bons antecedentes e trabalho. O 
Desembargador negou o pedido do HC sob o fundamento de ter o acusado 1 inquérito em curso 
de mesma espécie criminosa, o que voltaria a delinquir, caso fosse solto. 
Você, advogado da defesa, elabore o recurso cabível. 
Observar o Art. 102, II e 105,11, "A" e "B", ambos da CRFB. 
Prazo é de 05 dias de HC e de 15 dias de MS. 
Se tiver HC interposto em segunda instancia e for concedido, não cabe recurso, o máximo que 
caberá é RESP ou REX. 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R D E S EMB ARG A D O R RELAT O R D A � C AMARA CRIMI N AL 
D O E GRÉ G I O TRI BU N AL D E JUST I Ç A D O 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R D E S EMB ARG A D O R RELAT O R D A � TURMA CRIMI N AL 
D O E GRÉ G I O TRI BU N AL F E D ERAL D A � RE G I Ã O ( Q u a n do o crim e for d e co m p e t ê ncia 
fe d e ra l) . 
1 0 lin h as 
Ticio , por se u a d v og a do q u e est a su bscre v e , v e m , r esp e itosa m e n t e , à pr ese nça d e 
Vossa E xce lê ncia , nos a u tos d a a p e laçã o n ° � OPO R EMB ARG O S I N FRI N G E N TE S ou 
EMB ARG O S D E N ULI D A D E , a o v e n e ra n do acord ã o q u e m a n t e v e a d ecisã o r ecorrid a , por 2 
v o tos con tr a 1 , co m b ase no Ar t . 6 0 9 , p a r á gra fo ú nico do Código d e Processo Pe n a l, d e n tro do 
pr a zo le g a l. 
N esses t e r m os, r e q u e r se j a ord e n a do o processa m e n to r ecurso , co m r a zõ es incluíd as. 
Pe d e d e fe rim e n to . 
Loca l, d a t a 
O A B / x x 
RA Z Õ E S D O S EMB ARG O S I N FRI N G E N TE S 
EMB ARG A N TE : TíC I O 
EMB ARG A D O : I N I STÉRI O PÚBLI C O . 
APELA Ç Ã O N2 : 
E gré gio Trib u n a l D e Justiça 
Cole n d a C â m ara 
íncli to d ese m b arg a dores 
D ou to D ese m b arg a dor 
O põ e m -se os prese n t es e m b a rgos, p a r a q u e o v o to v e ncido pre v a leça , p e las r a zõ es a se g uir 
a d u zid as : 
D O S F AT O S : 
( N ARRAR O S F AT O S D O PR O C E S S O (PO R Q U E APELO U, O Q U E SUSTE N T O U, C O N TAR O C A S O 
C O N CRET O Q U E A C O N TE C E U N O PR O C E S S O ) . 
D O D IRE I T O 
O corre q u e . . . ( a rg u m e n t açã o fu n d a m e n t a d a no v o to v e ncido . Muito cuid a do, pois m es m o q u e 
h a j a ou tros a rg u m e n tos, os lim it es dos e m b a rgos in frin g e n t es ou d e n ulid a d e d e v e m con t e r -se 
est rit a m e n t e sobre m a t é ria t r a t a d a p e lo v o to div e rg e n t e . 
D O PE D I D O 
Dia n t e d e todo e x posto , a prese n t a do os fu n d a m e n tos dos EMB ARG O S I N FRI N G E N TE S ( O U D E 
N ULI D A D E ) or a e x postos, postula -se a r e for m a do v e n e ra do acord ã o r ecorrido p a r a a o fin a l, 
p r e v a leça o v o to v e ncido p a r a consid e r a r (d ecla r a r , a bsolv e r , dim in uir . . . ) , co m o m e did a d e 
m ais lídim a j ustiça . 
D I C A : D e ix e b e m cla ri q u e v ocê q u e r q u e o v o to v e ncido pre v a leça . 
N esses t e r m os, 
p e d e d e fe rim e n to . 
Loca l, d a t a . 
O A B / 
RE SUMO 
Co m o id e n tificá -los : o proble m a d escre v e r á sit u açã o e m q u e u m t rib u n a l, por acórd ã o , 
d ecidiu por m aioria (d ecisã o n ã o u n â nim e ) e m d esfa v or do r é u . O s e m b a rgos in frin g e n t es sã o 
ca bív e is so m e n t e e m j ulg a m e n to d e a p e laçã o , RE S E ou a gra v o e m e x ecuçã o . A p eça n ã o é 
oponív e l con tr a d ecisã o m onocrá tica , a fin a l, o ca bim e n to ocorr e e m j ulg a m e n tos por m aioria , 
o q u e n ã o se pod e discu tir q u a n do a lg u é m j ulg a sozin ho . 
O s e m b a rgos in frin g e n t es e d e n ulid a d e est ã o pre v istos no a r t igo 6 0 9 , p a r á gra fo ú nico , 
do Código d e Processo Pe n a l, a se g uir t r a nscrito : 
Ar t . 6 0 9 , p a r á gra fo ú nico : 
Q u a n do n ã o for u n â nim e a d ecisã o d e se g u n d a inst â ncia , d esfa v orá v e l a o r é u , 
a d mit e m -se e m b a rgos in frin g e n t es e d e n ulid a d e , q u e pod e rã o se r opostos d e n tro d e 1 0 (d e z ) 
dias, a con t a r d a p u blicaçã o d e acórd ã o , n a for m a do a r t . 6 1 3 . S e o d esacordo for p a rcia l, os 
e m b a rgos se r ã o r est ritos à m a t é ria ob j e to d e div e rg ê ncia . 
Le m bre -se d e q u e sã o dois r ecursos dif e r e n t es, pois os e m b a rgos in frin g e n t es v e rsa m 
sobre o dir e ito m a t e ria l e os e m b a rgos d e n ulid a d e sobre o dir e ito processu a l. 
S ã o pressu postos dos r e fe ridos r ecursos : 
a ) D ecisã o d e u m t rib u n a l. 
b ) D ecisã o n ã o u n â nim e . 
c) D ecisã o n ã o u n â nim e d e a p e laçã o , r ecurso e m se n tido est rito . N ã o sã o ca bív e is 
e m b a rgos in frin g e n t es e d e n ulid a d e no j u lg a m e n to d e h a b e as corp us, r e v isã o crim in a l e 
j u lg a m e n to origin á rio . 
d ) Recurso e xclusiv o d a d e fesa 
O B S : E n t e n dim e n to dou trin á rio é no se n tido d e q u e o Minist é rio Pú blico pod e in t e rpor 
est es r ecursos, m as d esd e q u e e m b e n e fício do acusa do. 
S e us e m b a rgos se r ã o e n d e reça dos p a r a o Re la tor . 
D e ix e b e m cla ro q u e v ocê q u e r q u e o v o to v e ncido pre v a leça . 
( O A B / SP — 1 2 0 2 E x a m e d e O rd e m ) A , co m 2 1 a nos d e id a d e , dirigia se u a u to m ó v el e m S ã o 
Pa ulo , C a pit a l, q u a n do p a rou p a r a a b ast ece r o se u v e ículo . D ois a dolesce n t es, q u e est a v a m n as 
pro x im id a d es, co m eça ra m a im portu n á -lo , profe rin do p a la v r as ofe nsiv as e d esresp e itosas. A , 
p e g a n do no por t a - lu v as do ca rro se u r e v ólv e r d e v id a m e n t e r e gist r a do , co m a concessã o do 
por t e inclusiv e , d e u u m tiro p a r a cim a , co m a in t e nçã o d e assust a r os a dolesce n t es. Con tu do, o 
pro j é t il , choca n do-se co m o post e , ricoch e t e ou , e v e io a a t in gir u m dos m e nores, m a t a n do-o . A 
foi d e n u ncia do e processa do p e ra n t e a 1 .! V a r a do Júri d a C a pit a l, por ho micídio sim ples — a r t . 
1 2 1 , ca p u t , do Código Pe n a l. O m a gist r a do profe riu se n t e nça d esclassifica tória , d ecidin do q u e 
o ho micídio ocorr e u n a for m a culposa , por im pru d ê ncia , e n ã o n a for m a dolosa . O Minist é rio 
Pú blico r ecorr e u e m se n tido est rito , e a 1 .2 C â m ara do Trib u n a l co m p e t e n t e r e for m ou a 
d ecisã o por m aioria d e v o tos, e n t e n d e n do q u e o crim e d e v e ria se r ca pit ula do confor m e a 
d e n ú ncia , d e v e n do A se r e n v ia do a o Trib u n a l do Po v o. O v o to v e ncido se g uiu o e n t e n dim e n to 
d a r . S e n t e nça d e 1 .2 gr a u , ou se j a , ho micídio culposo . 0 V . Acórd ã o foi p u blica do h á se t e dias. 
E X C ELE N T Í SS IMO S E N H O R D E S EMB ARG A D O R RELAT O R D O A C Ó RD Ã O N . � D A 1 ° C ÂMARA 
CRIMI N AL D O TRI BU N AL D E JUST I Ç A D O E STA D O D E S Ã O PAULO . 
A , j á q u a lifica do nos a u tos d e r ecurso e m se n tido est rito d e n 2 . � por se u 
a d v og a do, n ã o se confor m a n do co m o acórd ã o , v e m , r esp e itosa m e n t e , à pr ese nça d e Vossa 
E xce lê ncia , d e n tro do pr a zo le g a l, opor EMB ARG O S I N FRI N G E N TE S , co m fu n d a m e n to no a r t igo 
6 0 9 , p a r á gra fo ú nico , do Código d e Processo Pe n a l. 
Re q u e r se j a r ece bido e processa do o prese n t e r ecurso co m as inclusas r a zõ es d e 
inconfor m is m o. 
N est es t e r m os, 
Pe d e d e fe rim e n to . 
Loca l, d a t a . 
Ad v og a do 
O A B n 9 . 
RA Z Õ E S D E EMB ARG O S I N FRI N G E N TE S 
EMB ARG A N TE : A 
EMB ARG A D O : MI N I STÉRI O PÚBLI C O . 
RE C URS O EM S E N T I D O E STRI T O N . � 
E gré gio Trib u n a l d e Justiça , 
Cole n d a C â m ara , 
D ou to Procura dor d e Justiça , 
E m q u e p ese o no tório con h ecim e n to j u rídico d a Cole n d a C â m ara C rim in a l d est e E gré gio 
Trib u n a l d e Justiça , a r e for m a do v e n e ra n do acórd ã o é m e did a q u e se im põ e p e las r a zõ es d e 
f a to e d e dir e ito a se g uir e x p e n did as : 
I — D O S F AT O S : 
A , or a E m b a rg a n t e , foi d e n u ncia do co m o incurso n as p e n as do a r t . 1 2 1 , ca p u t , do Código 
Pe n a l, porq u e , irri t a do co m a con d u t a d e dois a dolesce n t es, e fe tuou u m disp a ro d e a r m a d e 
fogo p a r a o a lto , assim a gin do no se n tido d e assust a r a q u e les q u e j u lgou por t a r e m -se d e 
m a n eir a incon v e nie n t e . E fe tu a do o disp a ro , o pro j é t il , a pós choca r-se co m u m post e , 
ricoch e t e ou e a t in giu u m dos jo v e ns, se n do a lesã o ca usa e ficie n t e d e su a m ort e . 
O m a gist r a do profe riu se n t e nça d esclassifica tória , por e n t e n d e r t r a t a r -se d e ho micídio 
culposo . O Minist é rio Pú blico r ecorr e u e m se n tido est rito , r e q u e re n do fosse o r é u processa do 
nos e x a tos t e r m os d a e x ordia l acusa tória . 
A 1 2 C â m ara d est e Trib u n a l, por d ecisã o n ã o u n â nim e , r e for m ou a d ecisã o r ecorrid a , se n do 
ce r to q u e o v o to div e rg e n t e e n t e n d e u q u e o E m b a rg a n t e d e v e se r processa do por ho micídio 
culposo . 
I I — D O D IRE I T O : 
A n a lisa n do o con t e ú do dos a u tos, v e rifica -se a t e r r a z ã o o j u lg a dor q u e profe riu o v o to 
v e ncido . 
Pe la din â m ica dos f a tos, v ê -se q u e o a g e n t e n ã o a giu co m a v on t a d e dir e t a e 
conscie n t e d e prod u zir o r esult a do m ort e , dia n t e do q u e n ã o se pod e f a la r e m dolo dir e to . N ã o 
h á q u e se f a la r t a m b é m e m dolo e v e n tu a l, v e z q u e o E m b a rg a n t e n ã o a giu assu min do o risco 
d e prod u zir o r esult a do lesiv o . 
Ao e fe tu a r disp a ro d e a r m a d e fogo , A d e ix ou d e to m ar as ca u t e las n ecessá rias p a r a 
q u e o pro j é t il n ã o ricoch e t e asse e m n e n h u m ob j e to , v in do a a t in gir t e rce iros q u e estiv esse m 
pró x im os a o loca l dos f a tos, d e for m a q u e a giu d e m odo im pru d e n t e . 
No p a lco dos acon t ecim e n tos, e v id e n t e o co m e tim e n to d e crim e culposo ( Código 
Pe n a l, a r t . 1 2 1 , § 3 9 ) , e m r a z ã o do q u e in e x ist e m m otiv os p a r a q u e se j a o E m b a rg a n t e 
processa do, e t a lv e z a t é con d e n a do por con d u t a m ais gr a v e q u e a q u e la su post a m e n t e 
pr a tica d a , e is q u e a pre t e nsã o p u nit iv a n ã o pod e se rv ir d e escusa p a r a a pr á t ica d e a b usos. 
I I I — D O PE D I D O : 
E m r a z ã o do e x posto , r e q u e r se j a con h ecido e pro v ido o prese n t e r ecurso , acolh e n do-
se o v o to v e ncido co m o fim d e m a n t e r -se a d esclassificaçã o , p a r a q u e se j a o e m b a rg a n t e 
processa do p e la su post a pr á t ica d e ho micídio e m su a for m a culposa . 
Loca l, d a t a . 
Ad v og a do 
O A B n 9 . 
E X ERC Í C I O C OMPLEME N TAR 
1 ) A uré lio , pro m otor d e j ustiça , ofe r ece d e n ú ncia con tr a A gripino , e m presá rio , 
d escre v e n do in fr açã o p e n a l t ipifica d a co m o r ece p t açã o ocorrid a e m ou tu bro d e 2 0 0 8 . 
Con tu do, esq u ece -se d e a prese n t a r o rol d e t est e m u n h as n a p eça in icia l, a lé m d e 
n a rr a r f a to e q uiv oca do, f a z e n do inse rir circu nst a ncias to t a lm e n t e distorcid as d a 
r e a lid a d e , n ã o ofe r ece n do, ou trossim , a q u a lificaçã o do in dicia do . O Ma gist r a do , a o 
to m ar con h ecim e n to do t e or d a d e n ú ncia , r e j e it a - a , e x pon do os m otiv os p a r a t a l. O 
MP r ecorr e d e t a l d ecisã o , e x pon do os m otiv os d e se u inconfor m is m o, r e it e r a n do q u e 
açã o p e n a l d e v e se r r ece bid a , p a r a a o fin a l d a inst ruçã o prob a tória , se r o r é u d a 
d ecisã o do j u iz , b e m co m o do r ecurso in t e rposto p e lo pro m otor d e j ustiça . 
Assim , propon h a a p eça processu a l ca bív e l q u e j u lg a r corr e t a p a r a a d e fesa d e Agripino . 
Tido , foi d e n u ncia do p e la pr á t ica do crim e d e rou bo m a jor a do p e lo uso d a a r m a , Ar t . 1 5 7 ,§ 22) 
do CP, u m a v e z q u e est a v a no loca l x , n a hora x , e su b tr a iu , m ostr a n do a r m a d e fogo , u m 
ip hon e X . E m se g uid a , Tido sa iu corr e n do, e logo a pós, q u est ã o d e se g u n dos, co m eçou u m a 
p e rse g uiçã o p a r a pre n d ê -lo . N a p e rse g uiçã o , o m elia n t e su miu co m a a r m a , se n do ce r t a q u e 
n u nca for a e ncon tr a d a , pois a jogou no rio , se m q u e nin g u é m p e rce b esse . Meia hora d e pois, o 
a u tor do f a to foi a pre e n dido . O acusa do foi cit a do , e , e nce rr a d a a a u diê ncia do Ar t . 4 0 0 do 
CPP, n ã o hou v e r e q u e rim e n to d e dilig ê ncias. T e n do e m v ist a se r o processo co m ple x o , a 
d e fesa r e q u e re u pr a zo p a r a ofe r ece r a p eça ca bív e l por escrito . 
E la bore a p eça processu a l p e r t in e n t e p a r a su a d e fesa . 
APELA Ç Ã O 
MO D ELO PARA AULA D E PRÁT I C A I I I 
E STÁ C I O — C AMPUS ALC Â N TARA 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UR JU I Z D E D IRE I T O D A � V ARA CRIMI N AL D A C OMARC A 
D E - 
PR O C E S S O N 9 : 
Y, j á d e v id a m e n t e q u a lifica do nos a u tos do processo e m e pígr a fe , v e m , por in t e r m é dio d e se u 
a d v og a do ( v e rifica r o Ar t . 5 7 7 do CPP) q u e essa su bscre v e , nos a u tos q u e o Minist é rio Pú blico 
lh e m o v e , v e m , à prese nça d e Vossa E xce lê ncia , inconfor m a do co m a r esp e itosa se n t e nça d e 
fls . � I N TERPO R a prese n t e 
APELA Ç Ã O 
Co m fu n d a m e n to no Ar t . 5 9 3 � ,do código d e processo p e n a l. 
Re q u e r , a pós o r ece bim e n to , co m r a zõ es incluíd as, ( v e rifica r o Ar t . 6 0 0 do CPP) , ou v id a a p a r t e 
con tr á ria , se j a m os a u tos e nca min h a dos a o E gré gio Trib u n a l d e Justiça , on d e se r ã o 
processa dos e pro v ido o prese n t e r ecurso . 
T e rm os e m q u e , 
Pe d e d e fe rim e n to . 
Loca l, d a t a . 
A d v og a do 
O A B 
RA Z Õ E S D A APELA Ç Ã O 
E gré gio Trib u n a l d e Justiça do Est a do � 
O rig e m : � , V ARA CRIMI N AL D A C OMARC A D E 
PR O C E S S O N 9 
APELA N TE : 
APELA D O : Minist é rio Pú blico 
Cole n d a C â m ara 
D ou t a Procura doria 
X foi processa do co m incurso n as p e n as do Ar t . . . . ( d escre v e r porq u e a r t igo e le r espon d e ) , 
porq u e no dia x x x , . . . ( d escre v e r a din â m ica do f a to ) . S e m pre usa r o v e rbo no fu turo do 
pre t é rito . E x : o crim e TERI A acon t ecido , . . . . su post a m e n t e o a p e la n t e t e ria pr a t ica do o crim e 
N esse pró x im o p a rá gra fo , ( f a la r co m o o j u iz ou porq u e o j u iz con d e nou ) . O MM. Juiz 
con d e nou -o a o cu m prim e n to d a p e n a d e x a nos d e r eclusã o , e m re gim e x , se m p e r m it ir q u e 
r ecorr esse e m lib e rd a d e / p e r m it in do r ecorr e r e m lib e rd a d e . 
A r esp e it á v e l d ecisã o m erece r e for m a , p e lo f a tos m otiv os a se g uir e x postos : 
I se hou v e r pre lim in a r , a rg uir prim eiro . C aso con tr á rio , e n t r a logo no m érito d a su a t ese . 
E X : pr e lim in a r d e ce rce a m e n to d e d e fesa 
E X : I . D O MÉRI T O 
La ) D a a bsolv içã o por insuficiê ncia d e pro v as 
N ã o h á pro v as suficie n t es p a r a a con d e n açã o do a p e la n t e , d e v e n do pre v a lece r o principio 
constit ucion a l d a presu nçã o d e inocê ncia . A ú nica p esso a a a pon t a r o r ecorr e n t e co m o a u tor 
d a in fr açã o p e n a l foi a v it im a , q u e , co m o e x plor a do a o lon go d a inst ruçã o e r econ h ecido p e la 
própria d ecisã o a t aca d a , é in im ig a d e fula no . Logo, su as d ecla r açõ es n ã o sã o dig n as d e 
cre dibilid a d e e n ã o pod e m sust e n t a r su a con d e n açã o . 
As d e m ais t est e m u n h as n ã o prese ncia r a m o m o m e n to e m q u e os acusa dos est a v a m co m a 
ofe n did a , d e m odo q u e n a d a pod e m infor m ar a r esp e ito . 
D a a plicaçã o e rrôn e a d a p e n a 
So m e n t e p a r a a rg u m e n t a r , caso n ã o se j a acolhid a a pre lim in a r le v a n t a d a , n e m se j a acolhido o 
p e dido d e a bsolv içã o , r e q u e r a dim in uiçã o d a p e n a confor m e a se g uir : 
2 . do a fast a m e n to d a ca usa d e a u m e n to e do r econ h ecim e n to d a p a r t icip açã o d e m e nor 
im port â ncia . 
O ilust r e j u lg a dor a plicou a ca usa d e a u m e n to d e q u a r t a p a r t e , fu n d a n do n a e x ist ê ncia d e 
concurso d e d u as ou m ais p esso as, v a le n do-se do disposto no Ar t . X . h á u m e q uív oco , n a 
m e did a e m q u e o r e fe rido a u m e n to so m e n t e se ria possív e l n as hipó t eses x , o q u e n ã o é no 
caso e m t e la , u m a v e z q u e x x x x x . 
Assim , n ã o h á q u e se e le v a r a p e n a por con t a disso . 
Arg u m e n tou -se a in d a se r x x x x , o q u e est á e rr a do , u m a v e z q u e o caso n ã o é sobre x x x x , m as 
sim y y y y y y , n ã o pod e n do incidir a ca usa d e a u m e n to d e p e n a / q u a lifica dora . Por t a n to , h á u m 
e rro , n ã o pod e n do incidir essa ca usa d e a u m e n to / q u a l ifica dora n essa hipó t ese a q ui e x post a . 
D O PE D I D O 
A n t e o e x posto , processa do o prese n t e r ecurso , r e q u e r o a p e la n t e , a RE F O RMA D A S E N TE N Ç A 
PARA : 
1 - S e j a acolhid a a pre lim in a r d e n ulid a d e do processo p a r a x x x x x (d e p e n d e d a t ese d e 
n ulid a d e sust e n t a d a ) . 
2 - Assim , n ã o ocorr e n do, r e q u e r se j a pro v ido o r ecurso p a r a q u e se d ecre t e a su a 
a bsolv içã o por (su a t ese ) . 
3 - Fin a lm e n t e , caso se j a m a n tid a a con d e n açã o , r e q u e r se j a r econ h ecid a a e xclusã o d as 
ca usas d e a u m e n to d e p e n a / q u a lifica dora , ou o r econ h ecim e n to d a ca usa a t e n u a n t e / 
priv ilé gio , d e v e n do se r fix a d a no p a t a m ar m ínim o le g a l, a plica n do-se o r e gim e m ais 
f a v orá v e l p a r a o in ício do cu m prim e n to d a p e n a . 
T e r m os e m q u e , 
Pe d e d e fe rim e n to . 
Loca l, d a t a . 
Ad v og a do 
O A B . 
( O A B — 2 0 1 6 — PE Ç A PRÁT I C O -PR O F I S S I O N AL— PE N AL) 
No dia 2 4 d e d e z e m bro d e 2 0 1 4 , n a cid a d e do Rio d e Ja n e iro , Rodrigo e u m a migo n ã o 
id e n tifica do for a m p a ra u m bloco d e ru a q u e ocorria e m r a z ã o do N a t a l, on d e p assa ra m a 
in g e rir b e bid a a lcoólica e m co m e m oraçã o a o e v e n to fest iv o . N a v olt a p a r a casa , a in d a e m 
co m p a n hia do a m igo , j á u m pouco ton to e m r a z ã o d a q u a n tid a d e d e ce rv e j a q u e h a v ia b e bido , 
su b tr a iu , m e dia n t e e m pre go d e u m a faca , os p e r t e nces d e u m a m oça d escon h ecid a q u e 
ca m in h a v a t r a n q uila m e n t e p e la ru a . A v ít im a e r a Maria , j o v e m d e 2 4 a nos q u e aca b a ra d e sa ir 
do m é dico e sa b e r q u e est a v a gr á v id a d e u m m ês. E m r a z ã o dos f a tos, Rodrigo foi d e n u ncia do 
p e la pr á t ica d e crim e d e rou bo d u pla m e n t e m a jor a do , n a for m a do Ar t . 1 5 7 , § 2o , incisos I e I I , 
do Código Pe n a l. 
D ura n t e a inst ruçã o , foi j u n t a d a a Folh a d e A n t ece d e n t es C rim in a is d e Rodrigo , on d e 
const a v a m a not açõ es e m re laçã o a dois in q u é ritos policia is e m q u e e le fig ura v a co m o 
in dicia do e t r ês açõ es p e n a is q u e r espon dia n a con diçã o d e r é u , a p esa r d e e m n e n h u m a d e las 
h a v e r se n t e nça co m t r â nsito e m j ulg a do. For a m , a in d a , d ura n t e a A u diê ncia d e I nst ruçã o e 
Julg a m e n to ou vidos a v ít im a e os policia is q u e e ncon tr a r a m Rodrigo , horas a pós o crim e , n a 
posse dos b e ns su b tr a ídos. D ura n t e se u in t e rrog a tório , Rodrigo p e r m a n ece u e m silê ncio . Ao 
fin a l d a inst ruçã o , a pós a le g açõ es fin a is, a pr e t e nsã o p u nit iv a do Est a do foi j u lg a d a 
proce d e n t e , co m Rodrigo se n do con d e n a do a p e n a d e 0 5 a nos e 0 4 m eses d e r eclusã o , a se r 
cu m prid a e m re gim e se m ia b e r to , e 1 3 dias- m ult a . O j u iz a plicou a p e n a -b ase no m ínim o le g a l, 
a lé m d e n ã o r econ h ece r q u a lq u e r a gra v a n t e ou a t e n u a n t e . N a t e rce ir a f ase d a a plicaçã o d a 
p e n a , r econ h ece u as m a jor a n t es m e ncion a d as n a d e n ú ncia e r e a lizou u m a u m e n to d e 1 / 3 d a 
p e n a im post a . 
O Minist é rio Pú blico foi in t im a do d a se n t e nça e m 1 4 d e se t e m bro d e 2 0 1 5 , u m a se g u n d a -fe ir a , 
se n do t e rça -fe ir a dia ú t il . I nconfor m a do, o Minist é rio Pú blico a prese n tou r ecurso d e a p e laçã o 
p e r a n t e o j u ízo d e prim eir a inst â ncia , aco m p a n h a do d as r esp ectiv as r a zõ es r ecursa is, no dia 3 0 
d e se t e m bro d e 2 0 1 5 , r e q u e re n do : 
i ) O a u m e n to d a p e n a -b ase , t e n do e m v ist a a e x ist ê ncia d e div e rsas a not açõ es n a Folh a d e 
A n t ece d e n t es C rim in a is do acusa do ; 
ii ) O r econ h ecim en to d as a gra v a n t es pre v ist as no Ar t . 6 1 , inciso I I , a lín e as 'h' e 'I ', do Código 
Pe n a l ; 
iii ) A m a jor açã o do q u a n tu m d e a u m e n to e m r a z ã o d as ca usas d e a u m e n tos pre v ist as no Ar t . 
1 5 7 , § 2o , incisos I e I I , do Código Pe n a l, e xclusiv a m e n t e p e lo f a to d e se re m d u as as 
m a jor a n t es ; 
iv ) F ix açã o do r e gim e inicia l f ech a do d e cu m prim e n to d e p e n a , pois o rou bo co m faca t e m 
asso m bra do a pop ulaçã o do Rio d e Ja n e iro , ca usa n do u m a sit u açã o d e inse g ura nça e m tod a a 
socie d a d e . 
A d e fesa n ã o a prese n tou r ecurso . O m a gist r a do , e n t ã o , r ece b e u o r ecurso d e a p e laçã o do 
Minist é rio Pú blico e in t im ou , no dia 1 9 d e ou tu bro d e 2 0 1 5 (se g u n d a -fe ir a ) , se n do t e rça fe ir a 
dia ú t il e m todo o p a ís, v ocê , a d v og a do( a ) d e Rodrigo , p a r a a prese n t a r a m e did a ca bív e l. 
Co m b ase n as in for m açõ es e x post as n a sit u açã o hipo t é t ica e n a q u elas q u e pod e m se r in fe rid as 
do caso concre to , r e di j a a p eça ca bív e l, e xcluíd a a possibilid a d e d e h a b e as corp us, no últ im o 
dia do pr a zo , sust e n t a n do tod as as t eses j u rídicas p e r t in e n t es. (V a lor : 5 . 0 0 ) 
RE SPO STA D A PE Ç A 
O bs. : O e x a m in a n do d e v e in dica r todos os fu n d a m e n tos e disposit iv os le g a is ca bív e is. A m era 
cit açã o do disposit iv o le g a l n ã o confe re pon tu açã o . 
C OME N TÁRI O S : O ca n did a to d e v e ria e la bora r C O N TRARRA Z Õ E S D E APELA Ç Ã O , nos t e r m os do 
a r t . 6 0 0 do CPP. 
Co m o a in t im açã o d a d e fesa se d e u e m 1 9 .1 0 .2 0 1 5 , o pr a zo p a r a a a prese n t açã o d as 
con tr a rr a zõ es se esgotou e m 2 7 .1 0 .2 0 1 5 , t e rça -fe ir a , e is q u e o pr a zo p a r a a a prese n t açã o d as 
con tr a rr a zõ es é d e 0 8 dias, nos t e r m os do a r t . 6 0 0 do CPP. 
Pre lim in a r m e n t e , o ca n did a to d e v e ria a le g a r a I N TEMPE ST I V I D A D E do r ecurso d e a p e laçã o 
in t e rposto p e lo MP. Isso porq u e o MP foi in t im a do e m 1 4 .0 9 .2 0 1 5 , t e n do in t e rposto r ecurso 
d e a p e laçã o a p e n as e m 3 0 .0 9 .2 0 1 5 . O pr a zo p a r a a in t e rposiçã o d e a p e laçã o é d e a p e n as 0 5 
dias, t e n do e x pir a do p a r a o MP e m 2 1 .0 9 .2 0 1 5 (dia 1 9 .0 9 .1 5 ca iu n u m sá b a do) . 
No m érito , o ca n did a to d e v e ria r e b a t e r os a rg u m e n tos do MP. 
Prim eir a m e n t e , n ã o h á q u e se f a la r e m m a jor açã o d a p e n a b ase e m r a z ã o d a e x ist ê ncia d e 
in q u é ritos policia is e açõ es p e n a is e m curso , sob p e n a d e v iolaçã o a o princípio d a presu nçã o 
d e n ã o culp a bilid a d e . Tr a t a -se d e e n t e n dim e n to consolid a do e su m ula do p e lo STJ (sú m ula 4 4 4 
do ST 1 ) . 
Alé m disso , n ã o d e v e m se r a plica d as as a gra v a n t es do a r t . 6 1 , I I , " h " e " I " . V e j a m os o q u e 
diz e m t a is disposit iv os : 
Ar t . 6 1 — S ã o circu nst â ncias q u e se m pre a gra v a m a p e n a , q u a n do n ã o constit u e m ou 
q u a lifica m o crim e : (Re d açã o d a d a p e la Le i n 2 7 .2 0 9 , d e 1 1 .7 .1 9 8 4 ) 
( . . . ) li—t e r o a g e n t e co m e tido o crim e : (Re d açã o d a d a p e la Le i n ° 7 .2 0 9 , d e 1 1 .7 .1 9 8 4 ) 
( - - . ) 
h ) con tr a cria nça , m aior d e 6 0 (sesse n t a ) a nos, e nfe r m o ou m ulh e r gr á v id a ; (Re d açã o d a d a 
p e la Le i n ° 1 0 .7 4 1 , d e 2 0 0 3 ) 
I ) e m est a do d e e m bria g u e z pre ord e n a d a . 
A a gra v a n t e d e t e r sido o crim e pr a tica do con tr a m ulh e r gr á v id a é in a plicá v e l, e is q u e a 
q u est ã o d e ix a cla ro q u e a v ít im a est a v a gr á v id a d e a p e n as u m m ês, logo , t r a t a v a -se d e 
gr a v id e z N Ã O APARE N TE . Assim , o a g e n t e n ã o pod e se r r esponsa biliz a do por u m fa to q u e n ã o 
e n trou e m su a esfe r a d e con h ecim e n to . 
Co m re laçã o à a gra v a n t e d a e m bria g u e z pre ord e n a d a , o ca n did a to d e v e ria a rg u m e n t a r q u e 
n ã o se t r a t a v a d e e m bria g u e z pre ord e n a d a . A e m bria g u e z pre ord e n a d a ocorr e q u a n do o 
a g e n t e d e lib e r a d a m e n t e S e e m bria g a PARA pra tica r o d e li to , ou se j a , p a r a to m ar cora g e m e 
pr a t ica r o crim e . N ã o foi isso q u e ocorr e u no caso . O a g e n t e b e b e u p a r a co m e m ora r o n a t a l e , 
culposa m e n t e , aca bou se e m bria g a n do. 
O ca n did a to d e v e ria r e b a t e r , a in d a , a a le g açã o d e q u e d e v e ria h a v e r a m a jor açã o do q u a n tu m 
d e a u m e n to d e p e n a d ecorr e n t e d as m a jor a n t es do a r t . 1 5 7 , § 2 ° , I e I I do CP. Isso porq u e o MP 
sust e n tou q u e o m ero f a to d e se re m d u as m a jor a n t es se ria suficie n t e p a r a q u e o Juízo 
a plicasse a u m e n to su p e rior a o m ínim o p e r m it ido . Con tu do, t a l circu nst â ncia n ã o é 
fu n d a m e n to idôn e o , nos t e r m os do e n u ncia do d e sú m ula M2 4 4 3 do STJ : 
S ú m ula 4 4 3 do STJ — O a u m e n to n a t e rce ir a f ase d e a plicaçã o d a p e n a no crim e d e rou bo 
circu nst a ncia do e x ig e fu n d a m e n t açã o concre t a , n ã o se n do suficie n t e p a r a a su a e x asp e raçã o a 
m era in dicaçã o do n ú m ero d e m a jor a n t es 
Por fim , o ca n did a to d e v e ria r e b a t e r o ple ito d e fix açã o d e r e gim e inicia l f ech a do. Isso porq u e 
o MP sust e n tou , a p e n as, q u e o r e gim e inicia l f ech a do se ria r eco m e n d á v e l co m b ase n a 
gr a v id a d e a bst r a t a do d e lito . A gr a v id a d e a bst r a t a do d e lito , poré m , n ã o é a rg u m e n to idôn e o 
p a r a q u e o Juízo proce d a à fix açã o d e r e gim e prision a l m ais gr a v oso do q u e a q u e le a d mitido 
p e la q u a n tid a d e d e p e n a im post a , confor m e e n t e n dim e n to j á solidifica do t a n to do STF q u a n do 
do STJ : 
S ú m ula 4 4 0 do STJ — F ix a d a a p e n a -b ase no m ínim o le g a l, é v e d a do o est a b e lecim e n to d e 
r e gim e prision a l m ais gr a v oso do q u e o ca bív e l e m r a z ã o d a sa nçã o im post a , co m b ase a p e n as 
n a gr a v id a d e a bst r a t a do d e lito . 
SÚMULA 7 1 8 do STF — A opiniã o do j u lg a dor sobre a gr a v id a d e e m a bstr a to do crim e n ã o 
constit u i m otiv açã o idôn e a p a r a a im posiçã o d e r e gim e m ais se v e ro do q u e o p e r m it ido 
se g u n do a p e n a a plica d a . 
SÚMULA 7 1 9 do STF — A im posiçã o do r e gim e d e cu m prim e n to m ais se v e ro do q u e a p e n a 
a plica d a p e r m it ir e x ig e m otiv açã o idôn e a . 
Nos p e didos, o ca n did a to d e v e ria r e q u e re r : 
1— Prim eir a m e n t e , o n ã o con h ecim e n to do r ecurso d e a p e laçã o , a n t e a in t e m p estiv id a d e . 
2 — S u bsidia ria m e n t e , no m érito , se j a n e g a do pro v im e n to a o r ecurso , co m a conse q u e n t e 
m a n u t e nçã o d a se n t e nça profe rid a p e lo Juizo a q uo . 
Prá tica Pe n a l 
Recursos : 
É u m dir e ito d a p a r t e , n a r e laçã o processu a l, d e se insurgir con tr a d e t e r m ina d as d ecisõ es 
j u dicia is , r e q u e re n do a su a r e v isã o , to t a l ou p a rcia l, por órg ã o j u risdicion a l su p e rior . O s 
r ecursos d e v e m se r v olu n t a ria m e n t e in t e rpostos. 
S ã o e fe itos do r ecurso : 
D e v olu tiv o- p e r m it in do q u e o t rib u n a l ou t u r m a r ecursa l, n as in fr açõ es d e m e nor po t e ncia l 
ofe nsiv o , p a r a q u a l é dirigido r e v e j a , in t e gra lm e n t e , a m a t é ria su j e it a a con tro v é rsia . 
S usp e nsiv o— sig nifica n do q u e a d ecisã o n ã o prod u z e fe itos a t é q u e t r a nsit e e m j ulg a do ; 
Re gressiv o — a u toriz a n do q u e o próprio órg ã o prola tor d a d ecisã o r e e x a min e a q u est ã o , 
v olt a n do a t r ás, m odifica n do- a ( n a r e a lid a d e é a p e r m issã o p a r a o j u ízo d e r e t r a t açã o , q u e 
ocorr e , por e x e m plo , q u a n do se in gressa co m recurso e m se n tido est rito , possibili t a n do a o 
m a gist r a do r e v e r su a d ecisã o , a lt e r a n do- a . 
O ca bim e n to — d e v e -se r esp e it a r e x pressa m e n t e se u ca bim e n to d e acordo co m a le i. 
RE S E (Recurso e m S e n tido Est rito ) 
Ar t . 5 8 1 a 5 9 2 . 
É r ecurso ca bív e l con tr a d ecisõ es in t e rlocu tórias. Essa é a r e gra , m as ca b e con tr a d ecisõ es 
t e r m in a tiv as, co m o por e x e m plo , a d ecisã o d e e x tinçã o d a p u nibilid a d e , Ar t . 5 8 1 , V I I I CPP ; 
con tr a d ecisã o q u e n e g a ou conce d e H C , Ar t . 5 8 1 , X do CPP. 
Pr a zo p a r a in t e rposiçã o é d e 0 5 dias, ou , no caso d e inclusã o ou e xclusã o d e j u r a dos n a lis t a , 
2 0 dias. 
O processa m e n to se d á e m a p a r t a do , su bin do so m e n t e o RE S E , fica n do o processo origin á rio 
n a v a r a princip a l, S ALV O , no caso d e r e e x a m e n ecessá rio , (concessã o ou d e n e g açã o d e H C ) , 
n ã o r ece bim e n to d e d e n ú ncia ou q u e ix a , proce d ê ncia d as e xceçõ es, pron ú ncia , e x t inçã o d a 
p u nibilid a d e , hipó t eses d e e x ist ê ncia d e pre j uízo p a r a o prosse g uim e n to d a inst ruçã o , Ar t . 5 8 3 
do CPP. 
O RE S E pro v oca e fe ito r e gressiv o , ou se j a , con h ecid a as r a zo es, o j u iz pod e se r e t r a t a r , 
m odifica n do su a d ecisã o . S e t a l sit u açã o n ã o acon t ece r , b ast a q u e a ou tr a p a r t e se m a nifest e 
e , e n t ã o , o processo su bir á a o t rib u n a l. 
N ã o esq u ece r d a hipó t ese do Ar t . 5 8 8 do CPP ( le it u r a ) . 
C A S O C O N CRET O 
" F " foi pron u ncia do por ho micídio q u a lifica do p e lo m otiv o fú t il e r ecurso q u e im possibili tou a 
d e fesa d a v ít im a , n ã o h a v e n do e x a m e n ecroscópico nos a u tos. O j u iz , a in d a assim , e n t e n d e u 
prese n t e a m a t e ria lid a d e d a in fr açã o p e n a l, a le g a n do h a v e r corpo d e d e lito in dir e to . O r é u , 
q u e con t est a r a a pro v a d e e x ist ê ncia do d e lito , h a v ia a le g a do, su bsidia ria m e n t e , a ocorr ê ncia 
d e le git im a d e fesa , ig u a lm e n t e a fast a d a n a pron ú ncia . O m a gist r a do p e r m it iu q u e o acusa do 
a g u a rd asse o j ú ri e m lib e rd a d e . 
Co m o a d v og a do d e " F " , in t e rpon h a o r ecurso ca bív e l. 
E s q u e l e t o d a p e ç a : 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R JU I Z D E D IRE I T O D A � V ARA D O TRI BU N AL D Ó JÚRI D A 
C OMARC A D E 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R JU I Z D E D IRE I T O D A � V ARA CRIMI N AL D A C OMARC A D E 
E X C ELE N T Í S S IMO S E N H O R D O UT O R JU I Z F E D ERAL D A � V ARA CRIMI N AL D A JUST I Ç A 
F E D ERAL D A S E Ç Ã O JU D I C I ÁRI A D E (q u a n do for crim e F E D E D ERAL) 
1 0 LI N H A S 
Processo n : x x x x x x 
'F', j á d e v id a m e n t e q u a lifica do nos a u tos do processo e m e pígr a fe , v e m , por se u a d v og a do q u e 
essa su bscre v e , d e v id a m e n t e constit u ído , nos a u tos d a açã o p e n a l q u e lh e é m o vid a , 
inconfor m a do co m a d ecisã o d e pron u ncia , r esp e itosa m e n t e , à pr ese nça d e Vossa E xce lê ncia , 
in t e rpor o prese n t e 
RE C URS O EM S E N T I D O E STRI T O 
Co m fu n d a m e n to no Ar t . 5 8 1 , � do CPP, r e q u e re n do se j a o prese n t e r ecurso r ece bido e , 
le v a n do-se e m consid e r açã o as r a zo es e m a n e x o , possa h a v e r o j u ízo d e r e t r a t açã o , co m a 
fin a lid a d e d e (coloca r o q u e se pre t e n d e , e x : im pron u ncia r o acusa do. Assim , n ã o e n t e n d e n do 
Vossa E xce lê ncia , r e q u e r o processa m e n to do r ecurso , r e m e t e n do-se a o E gré gio Trib u n a l d e 
Justiça . 
T e r m os e m q u e , d esn ecessá ria a for m açã o d e inst ru m e n to , Ar t . 5 8 3 , CPP. 
Pe d e d e fe rim e n to . 
Loca l, d a t a 
A D V O G A D O 
O A B / x x 
RA Z Õ E S D O RE C URS O EM S E N T I D O E STRI T O 
V ARA D O JURI D A C OMARC A D E 
PR O C E S S O N : 
RE C O RRE N TE : 
RE C O RRI D O : Minist é rio Pú blico 
E GRÉ G I O TRI BU N AL 
C OLE N D A C AMARA 
I N CLI T O S D E S EMB ARG A D O RE S 
D O UTA PR O C URA D O RI A D E JUST I Ç A 
N ã o se confor m a n do co m a r esp e it á v e l d ecisã o profe rid a con tr a o r ecorr e n t e , d a t a v ê nia , v e m , 
r ecorr e r e m se n tido est rito , a g u a rd a n do a o fin a l se dig n e m e m re for m a -la , p e las r a zõ es a 
se g uir e x post as : 
D O S F AT O S 
O r é u foi pron u ncia do ou t e v e n e g a do se u H C , ( e x por u m a d as hipó t eses do Ar t . 5 8 1 do CPP) 
co m o incurso n as p e n as do Ar t . X x x , porq u e no dia x x x x (con t a r os f a tos, u m bre v e r e la to d a 
d ecisã o , a se r im p u g n a d a , porq u e m otiv o e la pron u nciou , - n ã o r ece b e u a d e n ú ncia , e nfim , 
r e prod u zir os fu n d a m e n tos d a d ecisã o a se r im p u g n a d a ) , 
D O D IRE I T O 
Arg u m e n t açã o d a t ese d e d e fesa , q u e d e v e rá corr espon d e r a o inciso 5 8 1 do CPP. 
Após a n a rr a t iv a dos f a tos acim a , le v a n t a -se pre lim in a res r e la t iv as a e v e n tu a is f a lh as 
processu a is. N ã o h a v e n do n ulid a d e a sa n a r , a d e fesa v a i, d e pois d esse bre v e r e la to , p a r a o 
m érito d a d ecisã o a se r im p u g n a d a , consid e r a n do se m pre a a u toria e m a t e ria lid a d e dos f a tos) . 
A d ecisã o d e Fls . � n ã o pod e pre v a lece r , pois p Ar t . � est a b e lece , dispõ e q u e . . . . (S ust e n t a r 
a t ese . ) co m o por e x e m plo , in dícios d a a u toria e m a t e ria lid a d e do f a to . 
A a u toria n ã o se co m pro v a nos a u tos p e lo f a to d e . . . . (S ust e n t a r a t ese esp ecifica m e n t e e cit a r 
pro v as, se hou v e r) . 
A m a t e ria lid a d e n ã o se a prese n t a no processo , u m a v e z q u e . . . (S ust e n t a r o porq u ê d a 
a usê ncia ) . 
C uid a -se d e d ecisã o se m e m b asa m e n to le g a l p a r a q u e (coloca r a conse q u ê ncia d a d ecisã o) 
pron u ncie o acusa do, le v a n do-o p a r a j u lg a m e n to a o t rib u n a l pop ula r se m as pro v as (cit a r as 
t eses acim a ) . A d e m ais (pod e cit a r ou tr a t ese , m as q u e n ã o se j a m as princip a is) cit a r u m a t ese 
sim ples, co m o id e ia d e r e forço . C aso n ã o h a ja , n ã o h á proble m a . 
Por t a is m otiv os, v islu m bra -se a in e x ist ê ncia d e pro v a d e m a t e ria lid a d e e a u toria ( Q u e sã o as 
d u as t eses acim a ) . (Re força e r e to m a , fin a liz a n do as t eses a n t e rior es) . 
Pod e -se a t aca r , n esse p a r á gra fo , ou t r a t ese princip a l, su bsidiá ria , ou , se n do as d u as a n t e rior es 
pre lim in a res, a t aca -se , n esse m o m e n to , a t ese princip a l d e m érito . 
N esse m o m e n to , a t aca -se d e for m a es m iuça d a tod as as pro v as do processo , d e t a lh es do 
m érito q u e possa m se r f a v orá v e is a o acusa do. 
N a j u rispru d ê ncia , t e m -se a d mitin do t a is e n t e n dim e n tos, in v e rbis : 
E x e m plos p a r a co m eça r u m p a rá gra fo : por d e rr a d e iro ; n esse dia p asã o ; D essa for m a E m 
se n tido con tr á rio ; q u a n to a (À ) ; no e n t a n to . 
D O PE D I D O 
Por Todo o e x posto , conclui-se q u e in e x ist e m a u toria ou m a t e ria lid a d e co m pro v a d a no 
processo ( t ese pre lim in a res prim eiro , d e pois su a t ese princip a l d e fe nsiv a , t eses su bsidiá rias) 
p a r a q u e e n t ã o , (coloca r a d ecisã o a t aca d a ) pron u ncia r o r é u , n ã o r ece b e r a d e n ú ncia , n e g a r 
H C . Assim , n ã o e n t e n d e n do o E gré gio Trib u n a l, torn a -se im p e riosa a RE F O RMA D A D E C I Ã O 
PARA . . . a bsolv e r o r é u , n a for m a do Ar t . X x x x 
O u 
Dia n t e o e x posto , postula -se p e lo pro v im e n to do r ecurso p a r a r e for m ar a d ecisã o no se n tido 
d e q u e conce d a a o acusa do ( E x por o dir e ito ple it e a do) , co m o m e did a d e m ais lídim a j ustiça . 
T e r m os e m q u e , 
p e d e d e fe rim e n to . 
Loca l, d a t a . 
Ad v og a do 
O A B / x x 
A ula pr á t ica I I I Est ácio - C a m p us Alcâ n t a r a 
E x e rcícios co m ple m e n t a res 
Q u est ã o 0 1 - 
D ese j a n do co m pra r u m no v o ca rro , Le on a rdo , jo v e m co m 1 9 a nos, d ecidiu pr a t ica r u m 
crim e d e rou bo e m u m est a b e lecim e n to co m ercia l, co m a in t e nçã o d e su b tr a ir o din h e iro 
const a n t e do ca ix a . N a rrou o pla no crim inoso p a r a Rob e r to , se u v iz in ho , m as est e se r ecusou a 
con trib uir . Le on a rdo d ecidiu , e n t ã o , pr a t ica r o d e li to sozin ho . D irigiu -se a o est a b e lecim e n to 
co m ercia l, n e le in gressou e , no m o m e n to e m q u e r est a v a a p e n as u m clie n t e , sim ulou por t a r 
a r m a d e fogo e o a m e açou d e m ort e , o q u e fe z co m e le sa ísse , j á q u e a in t e nçã o d e Le on a rdo 
e r a a p e n as a d e su b tr a ir b e ns do est a b e lecim e n to . Le on a rdo , e m se g uid a , conse g u e acesso a o 
ca ix a on d e fica g u a rd a do o din h e iro , m as, a n t es d e su b tr a ir q u a lq u e r q u a n tia , v e rifica q u e o 
ú nico fu ncion á rio q u e est a v a t r a b a lh a n do no horá rio e r a u m se n hor q u e u tiliz a v a ca d e ir as d e 
rod as. Arr e p e n dido , a n t es m es m o d e se r no t a d a su a prese nça p e lo fu ncion á rio , d e ix a o loca l 
se m n a d a su b tr a ir , m as, j á do la do d e for a d a lo j a , é surpre e n dido por policia is m ili t a r es. Est es 
r e a liz a m a a bord a g e m , v e rifica m q u e n ã o h a v ia q u a lq u e r a r m a co m Le on a rdo e escla r ece m 
q u e Rob e r to n a rr a r a o pla no crim inoso do v iz in ho p a r a a Policia . To m a n do con h ecim e n to dos 
f a tos, o Minist é rio Pú blico r e q u e re u a con v e rsã o d a prisã o e m fla gr a n t e e m pre v e n tiv a e 
d e n u nciou Le on a rdo co m o incurso n as sa nçõ es p e n a is do Ar t . 1 5 7 , § 2 ° , inciso I , c / c o Ar t . 1 4 , 
inciso I I , a m bos do Código Pe n a l. Após d ecisã o do m a gist r a do co m p e t e n t e , q u a l se j a , o d a 1 § , 
V a r a C rim in a l d e B e lo Horizon t e /MG , d e con v e rsã o d a prisã o e r ece bim e n to d a d e n ú ncia , o 
processo t e v e se u prosse g uim e n to r e g ula r . O ho m e m q u e for a a m e aça do n u nca foi ou v ido e m 
j uízo , pois n ã o foi loca liz a do , e , n a d a t a dos f a tos, d e m onstrou n ã o t e r in t e r esse e m v e r 
Le on a rdo r esponsa biliz a do . E m se u in t e rrog a tório , Le on a rdo confir m a in t e gra lm e n t e os f a tos, 
inclusiv e d est aca n do q u e se a rr e p e n d e ti do crim e q u e pre t e n dia pr a t ica r . Const a v a m no 
processo a Folh a d e A n t ece d e n t es C rim in a is do acusa do se m q u a lq u e r a not açã o e a Folh a d e 
A n t ece d e n t es I n fr acion a is, ost e n t a n do u m a r e prese n t açã o p e la pr á t ica d e a to in fr acion a l 
a n á logo a o crim e d e t r á fico , co m d ecisã o d e fin it iv a d e proce d ê ncia d a açã o socio e d uca tiv a . O 
m a gist r a do conce d e u pr a zo p a r a as p a r t es se m a nifest a r e m e m a le g açõ es fin a is por 
m e m oria is . O Minist é rio Pú blico r e q u e re u a con d e n açã o nos t e r m os d a d e n ú ncia . O a d v og a do 
d e Le on a rdo , con tu do, r e n u nciou a os pod e res, r a z ã o p e la q u a l, d e im e dia to , o m a gist r a do 
a briu v ist a p a r a a D e fe nsoria Pú blica a prese n t a r a le g açõ es fin a is. E m se n t e nça , o j u iz j u lgou 
proce d e n t e a pre t e nsã o p u nit iv a est a t a l. No m o m e n to d e fix a r a p e n a -b ase , r econ h ece u a 
e x ist ê ncia d e m a us a n t ece d e n t es e m r a z ã o d a r e prese n t açã o j u lg a d a proce d e n t e e m face d e 
Le on a rdo e n q u a n to e r a in im p u t á v e l, a u m e n t a n do a p e n a e m 0 6 m eses d e r eclusã o . N ã o for a m 
recon h ecid as a gra v a n t es ou a t e n u a n t es. N a t e rce ir a f ase , incre m e n tou o m a gist r a do e m 1 / 3 a 
p e n a , j ust ifica n do se r d esn ecessá ria a a pre e nsã o d e a r m a d e fogo , b ast a n do a sim ulaçã o d e 
por t e do m a t e ria l dia n t e do t e m or ca usa do à v ít im a . Co m a r e d uçã o d e 1 / 3 p e la m od a lid a d e 
t e n t a d a , a p e n a fin a l ficou aco m od a d a e m 4 (q u a tro) a nos d e r eclusã o . O r e gim e inicia l d e 
cu m prim e n to d e p e n a foi o f ech a do, j ustifica n do o m a gist r a do q u e o crim e d e rou bo é 
e x t r e m a m e n t e gr a v e e q u e a t e m oriz a os cid a d ã os d e B e lo Horizon t e todos os dias. I n t im a do, o 
Minist é rio Pú blico a p e n as to m ou ciê ncia d a d ecisã o . A ir m ã d e Le on a rdo o procura p a r a , n a 
con diçã o d e a d v og a do, a dot a r as m e did as ca bív e is. Constit u íd a nos a u tos, a in t im açã o d a 
se n t e nça p e la d e fesa ocorr e u e m 0 8 d e m aio d e 2 0 1 7 , se g u n d a -fe ir a , se n do t e rça -fe ir a dia ú t il 
e m todo o p a ís. Co m b ase n as in for m açõ es e x post as acim a e n a q u elas q u e pod e m se r in fe rid as 
do caso concre to , r e di j a a p eça ca bív e l, e xcluíd a a possibilid a d e d e h a b e as corp us, no últ im o 
dia do pr a zo p a r a in t e rposiçã o , sust e n t a n do tod as as t eses j u rídicas p e r t in e n t es. 
RE SPO STA G A B ARI T O O A B 
O ca n did a to d e v e e la bora r , n a con diçã o d e a d v og a do, u m Recurso d e A p e laçã o , co m 
fu n d a m e n to no Ar t . 5 9 3 , inciso I , do Código d eProcesso Pe n a l. E m u m prim eiro m o m e n to , 
d e v e se r r e digid a a p e tiçã o d e in t e rposiçã o do r ecurso , dir ecion a d a a o Juízo d a 1 , V a r a 
C rim in a l d a Co m arca d e B e lo Horizon t e /MG , r e q u e re n do o e nca min h a m e n to do fe ito p a r a 
inst â ncia su p e rior . A p e tiçã o d e in t e rposiçã o d e v e se r d e v id a m e n t e d a t a d a , con t e n do as 
e x pressõ es " assin a tur a " e " n ú m ero d a O A B " . Post e rior m e n t e , d e v e m se r a prese n t a d as as 
r esp ectiv as r a zõ es r ecursa is, p eça essa e n d e reça d a dir e t a m e n t e a o Trib u n a l d e Justiça do 
Est a do d e Min as G e ra is. No con t e ú do d as Ra zõ es Recursa is, pr e lim in a r m e n t e , d e v e ria o 
a d v og a do a le g a r a n ulid a d e d a se n t e nça , d e v e n do os a tos d esd e a a prese n t açã o d as a le g açõ es 
fin a is p e la d e fesa se re m a n ula dos. Isso porq u e Le on a rdo t in h a a d v og a do constit u ído nos a u tos 
q u e v e io a r e n u ncia r . D ia n t e disso , d e v e ria o m a gist r a do in t im a r o r é u , q u e est a v a preso , p a r a 
in for m ar se t in h a in t e r esse e m constit u ir no v o a d v og a do ou se r assist ido p e la D e fe nsoria 
Pú blica . A d ecisã o do j u iz d e , d e im e dia to , e nca min h a r os a u tos p a r a D e fe nsoria Pú blica v iola o 
princípio d a a m pla d e fesa n a v e r t e n t e d a d e fesa t écnica . C e r t a m e n t e hou v e pre j uízo , pois as 
Ale g açõ es Fin a is for a m a prese n t a d as se m q u a lq u e r con t a to do D e fe nsor co m o acusa do e est e 
foi con d e n a do. S u p e ra d a a pre lim in a r , no m érito d e v e o a d v og a do r e q u e re r a a bsolv içã o d e 
Le on a rdo co m fu n d a m e n to n a d esist ê ncia v olu n t á ria . Pre v ê o Ar t . 1 5 do Código Pe n a l q u e o 
a g e n t e q u e , v olu n t a ria m e n t e , d esist ir d e prosse g uir n a e x ecuçã o só r espon d e p e los a tos j á 
pr a t ica dos. A d esist ê ncia v olu n t á ria n ã o se confu n d e co m a t e n t a t iv a . N est a , o a g e n t e in icia 
a tos d e e x ecuçã o , m as n ã o consu m a o crim e por circu nst â ncias a lh e ias à su a v on t a d e . 
N a q u ela , por su a v e z , o a g e n t e t e m possibilid a d e d e prosse g uir n a e m pre it a d a crim inosa , m as 
a n t es d e esgot a r todos os m eios q u e t e m à su a disposiçã o , d esist e v olu n t a ria m e n t e d e 
prosse g uir e consu m ar o d e li to . A p a r t icula rid a d e d a d esist ê ncia v olu n t á ria é q u e e la é u m a 
ch a m a d a " pon t e d e ouro " d e v olt a p a r a le g a lid a d e , pois o a g e n t e so m e n t e r espon d e rá p e los 
a tos j á pr a t ica dos e n ã o p e la t e n t a t iv a do crim e q u e pre t e n dia co m e t e r origin a ria m e n t e . No 
caso , cla r a m e n t e Le on a rdo pod e ria prosse g uir n a e m pre it a d a crim inosa , m as op tou por 
d esist ir . I n icia d a a e x ecuçã o , t e v e acesso a o ca ix a do est a b e lecim e n to co m ercia l con t e n do 
din h e iro , m as, a o v e rifica r q u e o fu ncion á rio do loca l possuía dificuld a d es d e loco m oçã o, se 
a rr e p e n d e u e a b a n donou a e m pre it a d a crim inosa . Le on a rdo n e m m es m o t in h a sido v isto p e lo 
fu ncion á rio , logo pod e ria prosse g uir . Rest a ria , a p e n as, os a tos j á pr a t ica dos, no caso u m a 
a m e aça a o clie n t e q u e est a v a no loca l. O corr e q u e o crim e d e a m e aça é d e açã o p e n a l p ú blica 
con dicion a d a à r e prese n t açã o e co m o est a n u nca ocorr e u , n ã o pod e ria Le on a rdo se r por est e 
d e li to con d e n a do n est e m o m e n to . D ia n t e do e x posto , Le on a rdo d e v e se r a bsolv ido do rou bo 
q u e lh e foi im p u t a do . Co m b ase n a e v e n tu a lid a d e , e m se n do m a n tid a a con d e n açã o , d e v e o 
e x a m in a n do, co m o a d v og a do, r e q u e re r r e v isã o d a dosim e tria d a p e n a . E m u m prim eiro 
m o m e n to , d e v e r e q u e re r a a plicaçã o d a p e n a b ase e m se u m ínim o le g a l. A e x ist ê ncia d e 
r e prese n t açã o p e la pr á t ica d e a to in fr acion a l n ã o j ustifica o r econ h ecim e n to d e m a us 
a n t ece d e n t es, pois a p u niçã o d e Le on a rdo q u a n do in im p u t á v e l n ã o pod e pre j u dica -lo 
p e n a lm e n t e , g e r a n do o a u m e n to d e su a p e n a . N a se g u n d a f ase , d e v e se r consid e r a d a a 
a t e n u a n t e d a m e norid a d e r e la t iv a , pois Le on a rdo e r a m e nor d e 2 1 a nos n a d a t a dos f a tos, 
assim co m o a a t e n u a n t e d a confissã o , nos t e r m os dos Ar t igos 6 5 , inciso I e inciso I I I , a lín e a d , 
CP. N a t e rce ir a f ase , o a d v og a do d e v e ple it e a r o a fast a m e n to d a ca usa d e a u m e n to p e lo 
e m pre go d e a r m a d e fogo , t e n do e m v ist a q u e n ã o h á pro v a d e su a u tiliz açã o . O e n u ncia do 
a p e n as n a rr a q u e o a g e n t e sim ulou est a r por t a n do a r m a d e fogo , se n do ce r to q u e a v ít im a 
n e m m es m o foi ou v id a e n ã o foi a pre e n did a q u a lq u e r a r m a d e fogo co m o m es m o. O ob j e t iv o 
do le gisla dor a o pre v e r a p u niçã o m ais se v e r a e m caso d e e m pre go d e a r m a foi q u e a 
in t e grid a d e física d a v it im a é coloca d a e m m aior risco . A sim ulaçã o d e por t e d e a r m a , con tu do, 
n ã o t r a z est e incre m e n to do risco , a lé m d e n e m m es m o se a d e q u a r a o principio d a le g a lid a d e , 
j á q u e n ã o hou v e pro v a d e e m pre go d e a r m a d e fogo , m as t ã o só Le on a rdo sim ulou est a r 
a r m a do p a ra config ura r a gr a v e a m e aça . D e v e , a in d a , o e x a m in a n do r e q u e re r a r e d uçã o 
m á xim a d a t e n t a t iv a , o q u e p e r m it iria a plicaçã o do sursis d a p e n a . Por fim , d e v e r e q u e re r a 
a plicaçã o do r e gim e a b e r to ou se m ia b e r to a d e p e n d e r d a p e n a a plica d a , pois a 
fu n d a m e n t açã o do m a gist r a do p a r a a plicaçã o do r e gim e fech a do foi insuficie n t e . Nos t e r m os 
dos E n u ncia dos 7 1 8 e 7 1 9 d a S ú m ula d e Jurispru d ê ncia do STF (ou 4 4 0 , STJ) , a gr a v id a d e e m 
a bstr a to do crim e n ã o j ustifica o r econ h ecim e n to d e r e gim e inicia l d e cu m prim e n to d e p e n a 
m ais se v e ro do q u e a q u e le d e acordo co m a p e n a a plica d a . Por fim , d e v e o a d v og a do ple it e a r 
o pro v im e n to do r ecurso , co m conse q u e n t e e x p e diçã o do a lv a r á d e solt u r a . E m re laçã o a o 
pr a zo , d e v e a p eça se r d a t a d a e m 1 5 d e m aio d e 2 0 1 7 , t e n do e m v ist a q u e o pr a zo p a r a 
a p e laçã o é d e 0 5 dias, m as o dia 1 3 d e m aio d e 2 0 1 7 é u m sá b a do, logo o pr a zo é prorrog a do 
p a ra se g u n d a -fe ir a . 
Q u est ã o 2 . 
E m in q u é rito policia l, A n tônio é in dicia do p e la pr á t ica d e crim e d e estu pro d e v uln e r á v e l, 
fig ur a n do co m o v ít im a Jo a n a , filh a d a gr a n d e a m ig a d a Pro m otora d e Justiça C a rla , q u e , 
inclusiv e , aconse lhou a f a m ília sobre co m o a gir dia n t e do ocorrido . S e g u n do const a do 
in q ué rito , A n tônio e ncon trou Jo a n a d ura n t e u m a fest a d e m úsica e le t rônica e , a pós con v e rsa 
e m q u e Jo a n a a fir m a ra q u e cursa v a a F aculd a d e d e D ir e ito , for a m p a ra u m m ot e l on d e 
m a n tiv e r a m re laçõ es se x u a is, v in do A n tônio , post e rior m e n t e , a to m ar con h ecim e n to d e q u e 
Jo a n a t in h a a p e n as 1 3 a nos d e id a d e . Rece bido o in q u é rito concluído , C a rla ofe r ece d e n ú ncia 
e m face d e A n tônio , im p u t a n do-lh e a pr á t ica do crim e pre v isto no Ar t . 2 1 7 -A do Código Pe n a l, 
r essa lt a n do a j u rispru d ê ncia do S u pre m o Trib u n a l F e d e ra l no se n tido d e q u e , p a r a a 
config uraçã o do d e lito , n ã o se d e v e a n a lisa r o p assa do d a v it im a , b ast a n do q u e a m es m a se j a 
m e nor d e 1 4 a nos. 
RE SPO STA 
O a d v og a do d e A n tônio , j á no m o m e n to d e a prese n t a r r espost a à acusaçã o , d e v e ria 
a prese n t a r e xceçã o d e susp e içã o e m face d a Pro m otora d e Justiça , t e n do e m v ist a a prese nça 
d a ca usa d e susp e içã o pre v ist a no Ar t . 2 5 4 , incisos I e I V , do Código d e Processo Pe n a l ( CPP) . 
Pre v ê o disposit iv o e m q u est ã o q u e o j u iz d a r -se - á por susp e ito q u a n do for a m igo in t im o d e 
a lg u m a d as p a r t es ou q u a n do t iv e r aconse lh a do u m a d as p a r t es. C a rla é m uito a m ig a d a 
g e nitor a d a v it im a e a in d a aconse lhou a ofe n did a e su a f a m ília sobre co m o a gir dia n t e do 
ocorrido . Ad e m ais, o Ar t . 2 5 8 do CPP est a b e lece q u e as pre v isõ es r e fe r e n t es às ca usas d e 
im p e dim e n to e susp e içã o do m a gist r a do sã o a plicá v e is, no q u e cou b e r , a o Minist é rio Pú blico . 
C la ro est á o e n v olv im e n to d e C a rla co m a ca usa , d e m odo q u e su a susp e içã o d e v e se r 
r econ h ecid a . Consid e r a n do q u e a m es m a n ã o se d ecla rou susp e it a , ofe r ece n do d e n ú ncia , 
ca b e ria a o a d v og a do a prese n t a r e xceçã o d e susp e içã o , nos t e r m os do Ar t . 9 5 , inciso I , do CPP, 
e do Ar t . 1 0 4 do CPP. B ) A princip a l a le g açã o d e fe nsiv a , d e m érito , d e dir e ito m a t e ria l, é a d e 
q u e hou v e e rro d e t ipo por p a r t e do d e n u ncia do , nos t e r m os do Ar t . 2 0 do Código Pe n a l, d e 
m odo q u e fica a fast a do o se u dolo . D ia n t e d a sit u açã o a prese n t a d a , cla ro est á q u e A n tônio 
n ã o t in h a con h ecim e n to q u e Jo a n a t in h a a p e n as 1 3 a nos d e id a d e , m erece n do d est a q u e as 
p a r t es se con h ece ra m e m u m a fest a d e m úsica e le t rônica , ocasiã o e m q u e a ofe n did a a fir m a ra 
est a r n a f aculd a d e , o q u e , por si só , j á a fast a ria as susp e it as d e q u e fosse m e nor d e 1 4 a nos. 
Ain d a q u e se e n t e n d esse q u e o e rro foi v e ncív e l, n ã o pod e ria A n tônio se r r esponsa biliz a do , 
t e n do e m v ist a q u e esse a fast a o dolo e n ã o h á pre v isã o d e r esponsa biliz açã o culposa p e lo 
crim e d e estu pro d e v uln e r á v e l. No caso , é irr e le v a n t e a posiçã o dos Trib u n a is S u p e rior es no 
se n tido d e q u e o p assa do se x u a l d a v ít im a n ã o d e v e se r a n a lisa do , b ast a n do q u e a m es m a 
t e n h a , ob j e t iv a m e n t e , m e nos d e 1 4 a nos d e id a d e . O corr e q u e o proble m a a prese n t a do e m 
n a d a co m esse t e m a se confu n d e , j á q u e se q u e r sa bia o r é u a id a d e d a v ít im a , q u e é u m a d as 
e le m e n t a res do t ipo . 
Q u est ã o 3 
N a cid a d e d e Por to Ale gre , no Rio G ra n d e do S ul, Ma urício in iciou a e x ecuçã o d e d e t e r m in a d a 
con tr a v e nçã o p e n a l q u e v isa v a a t in gir e g e r a r pr e j uízo e m d e trim e n to d e p a t rim ônio d e 
e n tid a d e a u t á rq uica fe d e ra l, m as a in fr açã o p e n a l n ã o v e io a se consu m ar por circu nst â ncias 
a lh e ias à su a v on t a d e . Ao to m ar con h ecim e n to dos f a tos, o Minist é rio Pú blico d á in ício a 
proce dim e n to crim in a l p e r a n t e j u ízo do Trib u n a l Re gion a l F e d e ra l co m co m p e t ê ncia p a r a a tu a r 
no loca l dos f a tos, im p u t a n do a o a g e n t e a pr á t ica d a con tr a v e nçã o p e n a l e m su a m od alid a d e 
t e n t a d a , ofe r ece n do, d esd e j á , propost a d e t r a nsaçã o p e n a l. Ma urício con v e rsa co m su a 
fa m ília e procura u m ( a ) a d v og a do( a ) p a r a p a t rocin a r se us in t e r esses, d est aca n do q u e n ã o t e m 
in t e r esse e m ace it a r t r a nsaçã o p e n a l, susp e nsã o con dicion a l do processo ou q u a lq u e r ou tro 
b e n e fício d esp e n a liz a dor . Co m b ase a p e n as n as in for m açõ es n a rr a d as e n a con diçã o d e 
a d v og a do( a ) d e Ma urício , r espon d a : A ) Consid e r a n do q u e a con tr a v e nçã o p e n a l ca usa ria 
pre j uízo a o p a t rim ônio d e e n tid a d e a u t á rq uica fe d e ra l, o órg ã o p e r a n t e o q u a l o proce dim e n to 
crim in a l foi in icia do é co m p e t e n t e p a r a j u lg a m e n to d a in fr açã o p e n a l im p u t a d a? Justifiq u e . 
(V a lor : 0 , 6 5 ) B ) Q u a l a rg u m e n to d e dir e ito m a t e ria l d e v e r á se r a prese n t a do p a r a e v it a r a 
p u niçã o d e Ma urício? 
G A B ARI T O 
A ) A p esa r d e a con tr a v e nçã o p e n a l ca usa r pre j uízo a o p a t rim ônio d e a u t a rq uia f e d e ra l, a 
Justiça F e d e ra l n ã o é co m p e t e n t e p a r a j u lg a r a in fr açã o p e n a l, t e n do e m v ist a q u e o Ar t . 1 0 9 , 
inciso I V , d a Constit u içã o d a Re p ú blica F e d e ra tiv a do Brasil p r e v ê e x pressa m e n t e q u e a Justiça 
F e d e ra l t e r á co m p e t ê ncia p a r a j u lg a r in fr açõ es p e n a is pr a t ica d as e m d e trim e n to d e b e ns, 
se rv iços ou in t e r esses d a U niã o e d e su as e n tid a d es a u t á rq uicas e e m presas p ú blicas, e xcluíd as 
as con tr a v e nçõ es p e n a is. D ife r e n t e d a r e gra g e r a l, as con tr a v e nçõ es p e n a is, a in d a q u e n as 
circu nst â ncias do disposit iv o acim a m e ncion a do, d e v e m se r j u lg a d as p e r a n t e a Justiça 
Est a d u a l, no caso , Juiz a do Esp ecia l C rim in a l Est a d u a l. 
B ) A p esa r d e Ma urício t e r in icia do a e x ecuçã o d e u m a con tr a v e nçã o p e n a l e a m es m a n ã o t e r 
se consu m a do por circu nst â ncias a lh e ias à v on t a d e do a g e n t e , o q u e , e m t ese , config ura 
t e n t a t iv a , q u e , p e la r e gra do Código Pe n a l, im põ e a p u niçã o p e lo crim e pre t e n dido co m 
re d uçã o d e p e n a , n a hipó t ese a prese n t a d a , a in fr açã o p e n a l q u e n ã o r estou consu m a d a foi 
u m a con tr a v e nçã o . Nos t e r m os do pre v isto no Ar t . 4 2 do D ecre to-Le i 3 . 6 8 8 / 4 1 , n ã o se p u n e a 
t e n t a t iv a d e con tr a v e nçã o p e n a l. Assim , no m o m e n to e m q u e Ma urício n ã o conse g uiu 
consu m ar o d e li to por circu nst â ncias a lh e ias à su a v on t a d e , su a con d u t a n ã o é p u nív e l. 
Proble m as : 
Q u est ã o A 
E m q u eix a -crim e in t e n t a d a por " A " , p e lo crim e pre v isto no Ar t. 1 6 3 , p a r á gra fo ú nico , I V , do 
Código Pe n a l, a a u diê ncia d e inst ruçã o , d e b a t es e j u lg a m e n to foi m a rca d a . For a m 
re g ula r m e n t e in t im a dos o q u e re la n t e e se u p a t rono p a r a co m p arece re m . No e n t a n to , n ã o 
co m p arece ra m , e o j u iz , a o t é r m ino d a a u diê ncia d e inst ruçã o , j u lgou a q u e ix a proce d e n t e e 
con d e nou " B " à p e n a d e se is m eses d e d e t e nçã o , co m dir e ito à sursis. ELA B O RE A PE Ç A 
PR O C E S SUAL C A B Í V EL. 
Q u est ã o B 
" A " , v a r ã o , é casa do co m " B " , poré m , v iv e se p a ra do h á m ais d e d e z a nos. " A " j á co a bit a v a co m 
a se g u n d a m ulh e r , " C " , co m q u e m t e m dois filhos, d e 1 e 3 a nos d e id a d e . Por q u est ã o d e 
e m préstim o, " A " d e u u m ch e q u e se u p a r a " B " , no v a lor d e R$ 5 0 0 ,0 0 (q uin h e n tos r e a is) e est e , 
a prese n t a do a o b a nco p a r a se r saca do, foi d e v olv ido sob a le g açã o d e q u e o m es m o n ã o t in h a 
pro v isã o d e fu n dos. 
Assim , " B " foi processa do e , fin a lm e n t e , con d e n a do a 1 a no d e r eclusã o , t e n do sido a p e n a 
su bstit u íd a por prest açã o d e se rv iços à co m u nid a d e . ELA B O RE A PE Ç A C A B Í V EL APTA A 
RE S OLV ER O PR O BLEMA D E " A " . 
Q u est ã o C 
S a ulo foi processa do p e r a n t e o j u iz d e dir e ito d a 1 3 V a ra C rim in a l d a C a pit a l, co m o incurso n as 
p e n as do Ar t igo 1 5 5 , ca p u t , c / c Ar t igo 1 4 ,1 1 , a m bos do CP e , a o fin a l, con d e n a do a cu m prir 4 
m eses d e r eclusã o co m sursis por 2 a nos. 
Const a dos a u tos q u e S a ulo , p u n g uist a , t e n tou su b tr a ir a ca r t e ir a d a v ít im a , coloca n do a m ã o 
no bolso d est a . Só n ã o conse g uiu consu m ar a su b tr açã o porq u e a v ít im a n ã o por t a v a ca r t e ir a , 
u m a v e z q u e h a v ia esq u ecido e m casa . ELA B O RE A ME D I D A JU D I C I AL C A B Í V EL PARA A D E F E S A 
D E S AULO . 
Q u est ã o D 
Tido foi d e n u ncia do e pron u ncia do co m o incurso n as p e n as do Ar t . 1 2 1 , ca p u t , do CP, p e lo 
se g uin t e f a to : acord a do d e m a dru g a d a e m su a casa , co m ruídos est r a n hos, foi a t é o q uin t a l 
pro v ido d e u m a la n t e rn a e u m re v ólv e r . Re p e n tin a m e n t e , surgiu u m v ulto e m su a fr e n t e e 
Tício disp a rou e m su a dir eçã o . Ao fin a l, v e rificou -se q u e se t r a t a v a d e u m v iz in ho d e Tido q u e 
pre t e n dia assust á -lo a t i t u lo d e brinca d e ir a e q u e , por fim , v e io a f a lece r e m conse q u ê ncia do 
disp a ro . Julg a do p e lo Trib u n a l do j ú ri, Tido foi con d e n a do a se is a nos d e r eclusã o . A a p e laçã o 
foi p e ticion a d a . Ela bore a p eça processu a l ca bív e l. 
RE SPO STA- A : 
Peça : a p e laçã o , Ar t . 5 9 3 , I do CPP ; 
Co m p e t ê ncia : in t e rposiçã o —j u iz d a v a r a crim in a l e Ra zõ es no Trib u n a l d e Justiça . 
T ese : e x t inçã o d a p u nibilid a d e p e la p e re m pçã o, Ar t . 1 0 7 , I V do CP e Ar t . 6 0 , I I I do CPP. 
Pe dido : Q u e se j a con h ecido e pro v ido o prese n t e r ecurso p a r a d ecre t a r a e x t inçã o d a 
p u nibilid a d e do f a to im p u t a do a o a p e la n t e , co m o m e did a d e m ais lídim a j ustiça . 
RE SPO STA- 8 : 
Peça : a p e laçã o , Ar t . 5 9 3 , I do CPP ; 
Co m p e t ê ncia : in t e rposiçã o j u iz d a v a r a crim in a l ; Ra zõ es no t rib u n a l d e Justiça . 
T ese : im u nid a d e a bsolu t a pre v ist a no Ar t . 1 8 1 , I , do código p e n a l, p e la q u a l é ise n to d e p e n a 
q u e m pra tica crim e con tr a o p a t rim ônio e m pre j uízo do côn j u g e n a const â ncia d a socie d a d e 
con j u g a l. N ã o h a v e n do se p a raçã o d e f a to , p e r m a n ece a im u nid a d e a bsolu t a q u e so m e n t e se ria 
a lt e r a d a se hou v esse a se p a raçã o j u dicia l, Ar t . 1 8 2 , I do CP. 
Pe dido : dia n t e do e x posto , r e q u e r se j a con h ecido e pro v ido o r ecurso in t e rposto , d ecre t a n do-
se a a bsolv içã o do a p e la n t e , co m fu n d a m e n to no Ar t . 3 8 6 , V I do CPP, co m o m e did a d e m ais 
lídim a j ustiça . 
RE SPO STA- C : 
Peça : a p e laçã o , Ar t . 5 9 3 , I do CPP. 
Co m p e t ê ncia : in t e rposiçã o , j u iz d a 1 g v a r a crim in a l d a ca pit a l ; r a zõ es —Trib u n a l d e Justiça . 
TE S E : C rim e im possív e l por a bsolu t a im proprie d a d e do ob j e to , Ar t . 1 7 do CP. 
Pe dido : dia n t e do e x posto , r e q u e r se j a con h ecido e pro v ido o prese n t e r ecurso , p a r a a bsolv e r 
a a p e la n t e , co m fu n d a m e n to no Ar t . 3 8 6 , I I I do CPP, co m o m e did a d e m ais lídim a j ustiça . 
RE SPO STA- D : 
Peça : Ap e laçã o , Ar t . 5 9 3 , I I I , d do CPP. 
Co m p e t ê ncia : p e tiçã o d e j u n t a d a — j u iz pr esid e n t e do Trib u n a l do Júri ; Ra zõ es — Trib u n a l d e 
j ustiça . 
T ese : E rro d e t ipo in e v it á v e l, p r e v isto no Ar t . 2 0 , § 19- , 1 g p a r t e do CP, p e lo q u a l é ise n to d e 
p e n a q u e m , por e rro ple n a m e n t e j ustificá v e l p e la circu nst â ncia , su põ e sit u açã o d e f a to q u e , se 
e x ist isse , torn a ria le git im a a sit u açã o le gít im a . 
Pe dido : dia n t e do e x posto , postula -se se j a con h ecido e pro v ido o r ecurso in t e rposto , 
d e t e r m in a n do-se se j a o a p e la n t e su b m e tido a no v o j u lg a m e n to , co m fu n d a m e n to no Ar t igo 
5 9 3 ,1 1 1 , d e § 3 do CPP, co m o m e did a d e m ais lídim a j ustiça .

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