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Estado de Goiás
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência de Ensino Médio
Gerência da Mediação Tecnológica
2023
ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Governador do Estado de Goiás
Ronaldo Ramos Caiado
Vice Governador do Estado de Goiás
Lincoln Graziane Pereira da Rocha
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira
Superintendente de Ensino Médio
Osvany da Costa Gundim Cardoso
Gerente de Mediação Tecnológica
Wanda Maria de Carvalho
Coordenadora Pedagógica de Mediação Tecnológica
Luciane Aparecida de Oliveira Rodrigues
ELABORARDORES/AS
Linguagens e suas Tecnologias
Daniela de Souza Ferreira Mesquita – Coordenadora de Área/Língua Portuguesa
Guilherme Francisco Oliveira Cruvinel – Língua Estrangeira/Inglês
Ivair Alves de Souza – Língua Portuguesa
Luciana Evangelista Mendes – Língua Estrangeira/Espanhol
Luiz Carlos Silva Junior – Educação Física
Maria Caroline Guimarães Leite Logatti – Arte/Mundo do Trabalho
Matemática e suas Tecnologias
Luan de Souza Bezerra – Coordenador de Área
Evandro de Moura Rios
Luara Laressa Ferreira dos Santos Lima
Ujeverson Tavares Sampaio
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Pedro Ivo Jorge de Faria – Coordenador de Área/História
Alejandro de Freitas Paulino Matos – Geografia
Carlos César Higa – Sociologia/Mundo do Trabalho
Gustavo Henrique José Barbosa – Sociologia/Filosofia/Projeto de Vida
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Rosimeire Silva de Carvalho – Coordenadora de Área/ Química
Francisco Rocha – Física
George Fontenelle Costa – Física
Luiz Carlos Silva Júnior – Biologia
Núbia Pontes Pereira – Biologia
Revisão
Daniela de Souza Ferreira Mesquita
Designer Gráfico
Hugo Leandro de Leles Carvalho – Capa
EQUIPE GOIÁS TEC
TELEFONE: 3201-3253
E-MAIL: gmt@seduc.go.gov.br
© Copyright 2022 – Goiás Tec Ensino Médio ao Alcance de Todos
“Todos os direitos reservados”
Sumário
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS ............................................................................ 5 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS .......................................................123 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................................ 191 
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS .............................................................201
PROJETO DE VIDA ..................................................................................................... 257
Linguagens e 
suas Tecnologias
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
6
COMPONENTE CURRICULAR 
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL
AULA EIXO TEMÁTICO CONTEÚDO/OBJETIVO HABILIDADES
01 Compreensão oral e escrita O Espanhol no ENEM Compreender as diferentes estratégias ar-
gumentativas
02 Compreensão oral e escrita Carta de presentación Compreender a forma de organização dos 
dados de uma carta de apresentação e sua 
finalidade para o gênero.
03 Compreensão oral e escrita Mapas Ler um mapa com informações de uma 
cidade.
04 Produção oral e escrita Placas de calles y otras Localizar placas de rua e determinados lu-
gares.
05 Compreensão oral e escrita Repaso para pronom-
bres
Reconhecer recursos linguísticos para in-
troduzir interpretações pessoais, opiniões, 
sentimentos e pensamentos.
06 Prática de análise linguística Repaso de Artículos/ 
Sustantivos
Reconhecer e fazer uso dos artigos e subs-
tantivos para a produção escrita e oral de 
cartas de argumentação, mapas e placas.
07 Prática de análise linguística Repaso de Adjetivos Reconhecer e fazer uso dos artigos e subs-
tantivos para a produção escrita e oral de 
cartas de argumentação, mapas e placas.
08 Prática de análise linguística Repaso de Formas de 
tratamiento formal, 
informal
Compreender elementos específicos que 
contribuam para a percepção do registro 
oral e escrito.
09 Autores hispanos en 
ENEM
Compreender elementos específicos que 
contribuam para a percepção do registro 
oral e escrito.
10 Repaso
Aula 1 - Espanhol no ENEM
http://terradosaberpalotina.com.br
A escolha da língua estrangeira é feita no mo-
mento da inscrição do Enem. O estudante tem duas 
opções: espanhol ou inglês. Tem que ser uma deci-
são muito bem pensada, porque depois não dá para 
voltar atrás.
Veja a seguir o que estudar para a prova de espa-
nhol do Enem e descubra como tirar todas as questões 
de letra!
A prova de espanhol do Enem
A prova de espanhol do Enem acontece sempre 
no primeiro dia do Exame e vem junto com as 45 
questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
São apenas cinco questões. A maioria delas feita 
para testar o conhecimento instrumental do aluno, ou 
seja, a capacidade de ler e interpretar corretamente 
um texto, um quadrinho ou uma situação qualquer.
O que o Enem espera do participante é o seguinte:
• Associar palavras e expressões ao tema da 
questão.
• Demonstrar que possui familiaridade com in-
formações, tecnologias e culturas estrangeiras.
• Conhecer estruturas linguísticas, sua função e 
seu uso social.
• Reconhecer a importância da produção estran-
geira como representação da diversidade cul-
tural e linguística.
Traduzindo, o Enem não quer que você simples-
mente decore regras de gramática, mas que entenda 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
7
o que está sendo pedido na questão. Quando não se 
tem uma leitura atenta, o aluno pode correr o risco 
de cair em pegadinhas clássicas, como palavras pare-
cidas em espanhol e português que têm significados 
diferentes, os famosos falsos cognatos.
A maioria das questões da prova de espanhol traz 
textos e o aluno é desafiado a entender o significa-
do. O enunciado e as cinco opções da questão estão 
sempre em português, o que pode facilitar um pouco.
O que estudar para a prova de espanhol do Enem
O foco maior das provas de língua estrangeira do 
Enem é a interpretação de textos. Isso significa que 
o estudante deve investir bastante tempo em leitura.
O formato do texto varia muito: pode ser um 
comum, com dois ou três parágrafos, pode ser um 
quadrinho em língua espanhola (Mafalda, Gaturro 
etc.), um comercial, um trecho de obra literária, etc.
Claro, não dá para deixar a gramática de lado, pelo 
contrário. Conhecer bem os tempos verbais, o uso de 
pronomes e saber diferenciar palavras idênticas ao 
português é essencial para uma boa leitura. Fique de 
olho também em:
• Conjunções
• Advérbios
• Palavras homônimas em espanhol
• Artigos definidos e indefinidos
• Substantivos e adjetivos
· • Verbos ser, estar e haver
Jornais em língua espanhola, como o El País, da 
Espanha, e o Clarín, da Argentina, são uma boa fonte 
de estudos. Além de trazer ao estudante um forte 
componente social, político, econômico e cultural dos 
países hispânicos, são fonte quase certa para alguma 
questão do Enem.
Outra dica importante: aumente o seu vocabulário 
o máximo que puder! Quanto mais você conhecer o 
significado das palavras, mais chances têm de acertar 
as questões. E o melhor: poderá fazer tudo com mais 
rapidez.
Ao longo dos últimos anos, a imensa maioria das 
questões têm sido de interpretação de texto e isso 
deve permanecer por enquanto. No entanto, já caíram 
questões de tradução de expressões, poemas e letras 
de música. Fique atento!
Como se dar bem na prova de espanhol
As questões de espanhol têm geralmente a se-
guinte estrutura:
1. Material em espanhol (texto, quadrinho, co-
mercial, etc.)
2. Enunciado em português
3. Opções de resposta também em português
O importante no Enem é ter foco e ficar atento ao 
que é pedido. No caso da prova de espanhol, o ideal 
é quebrar um pouco a sequência lógica da questão. 
Veja como fazer isso:
1. Comece lendo o que pede a questão (o enuncia-
do em português) com muita atenção. Isso vai ajudar 
você a já ler o texto em espanhol com um foco em 
mente.
2. Leia o texto em espanhol e tente localizar a 
resposta pedida.
3. Procure na lista de alternativas a que melhor 
se adequa à pergunta e assinale.
Chegar ao texto principal com um objetivo espe-
cífico reduz bastante o tempo de assimilação. Leve 
sempreessa dica com você!
Como estudar para prova de espanhol
O Enem exige dos candidatos que optaram por 
língua espanhola um bom entendimento de questões 
políticas, econômicas e sociais envolvendo os países 
latino-americanos e, em menor grau, a Espanha.
Por isso, é fundamental estar por dentro do con-
texto desses países não apenas para a prova de lín-
guas. Podem cair questões sobre esse tema em outras 
áreas do conhecimento também.
Uma forma de fazer isso é acompanhar os prin-
cipais jornais em língua espanhola do mundo. Veja 
alguns:
• Espanha: El País 
• Chile: La Nación 
• Argentina: Clarín 
• México: El Universal 
• Uruguai: El País 
• Colômbia: El Tiempo 
Economize tempo de estudo buscando matérias 
de interesse mundial, latino americano ou que te-
nham a ver com a relação entre o Brasil e o país em 
questão.
Outra boa fonte de estudos é o YouTube. Com 
milhares de vídeos comentados sobre as provas do 
Enem ou sobre as questões de espanhol, dá para en-
contrar muito material interessante produzido por 
professores de cursinho. Isso pode dar aquela ajuda 
na hora dos estudos!
https://www.guiadacarreira.com.br/educacao/enem/espa-
nhol-enem/
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
8
https://www.itupevaagora.com.br
Actividades
1. (ENEM 2010 - Língua Espanhol - 1ª Aplicação). 
 Los animales 
 En la Unión Europea desde 1º de octubre de 2004 
el uso de un pasaporte es obligatorio para los 
animales que viajan con su dueño en cualquier 
compañía. 
 AVISO ESPECIAL: En España los animales deben 
haber sido vacunados contra la rabia antes de 
su dueño solicitar la documentación. Consultar 
a un veterinario. 
Disponível em: http://www.agencedelattre.com. Acesso 
em: 2 maio 2009 (adaptado). 
 De acordo com as informações sobre aeroportos 
e estações ferroviárias na Europa, uma pessoa 
que more na Espanha e queira viajar para a Ale-
manha com o seu cachorro deve 
A) consultar as autoridades para verificar a pos-
sibilidade de viagem. 
B) ter um certificado especial tirado em outubro 
de 2004. 
C) tirar o passaporte do animal e logo vaciná-lo. 
D) vacinar o animal contra todas as doenças. 
E) vacinar o animal e depois solicitar o passapor-
te dele. 
2. (ENEM 2010 - Língua Espanhola - 1ª Aplicação). 
Bilingüismo en la Educación 
Media Continuidad, no continuismo 
 Aun sin escuela e incluso a pesar de la es-
cuela, paraguayos y paraguayas se están comu-
nicando en guaraní. La comunidad paraguaya 
ha encontrado en la lengua guaraní una fun-
cionalidad real que asegura su reproducción y 
continuidad. Esto, sin embargo, no basta. 
 La inclusión de la lengua guaraní en el proce-
so de educación escolar fue sin duda un avance 
de la Reforma Educativa.   
 Gracias precisamente a los programas esco-
lares, aun en contextos urbanos, el bilingüismo 
ha sido potenciado.   
 Los guaraníhablantes se han acercado con 
mayor fuerza a la adquisición del castellano, y 
algunos castellanohablantes perdieron el miedo 
al guaraní y superaron los prejuicios en contra de 
él. Dejar fuera de la Educación Media al guaraní 
seria echar por la borda tanto trabajo realizado, 
tanta esperanza acumulada. 
 Cualquier intento de marginación del gua-
raní en la educación paraguaya merece la más 
viva y decidida protesta, pero esta postura ética 
no puede encubrir el continuismo de una forma 
de enseñanza del guaraní que ya ha causado 
demasiados estragos contra la lengua, contra 
la cultura y aun contra la lealtad que las pa-
raguayas y paraguayos sienten por su querida 
lengua. El guaraní, lengua de comunicación sí 
y mil veces sí; lengua de imposición, no. 
MELIÁ, B. Disponível em: http://staff.uni-mainz de. Acesso 
em: 27 abr. 2010 (adaptado). 
 No último parágrafo do fragmento sobre o bilin-
guismo no Paraguai, o autor afirma que a língua 
guarani, nas escolas, deve ser tratada como lín-
gua de comunicação e não de imposição. Qual 
dos argumentos abaixo foi usado pelo autor 
para defender essa ideia? 
A) O guarani continua sendo usado pelos para-
guaios, mesmo sem a escola e apesar dela. 
B) O ensino médio no Paraguai, sem o guarani, 
desmereceria todo o trabalho realizado e as 
esperanças acumuladas. 
C) A língua guarani encontrou uma funcionalida-
de real que assegura sua reprodução e conti-
nuidade, mas só isso não basta. 
D) A introdução do guarani nas escolas poten-
cializou a difusão da língua, mas é necessário 
que haja uma postura ética em seu ensino. 
E) O bilinguismo na maneira de ensinar o guarani 
tem causado estragos contra a língua, a cul-
tura e a lealdade dos paraguaios ao guarani. 
3. (ENEM 2010 - Língua Espanhola - 1ª Aplicação). 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
9
 KangaROOS llega a México con diseños atléticos, 
pero muy fashion. Tienen un toque vintage con 
diferentes formas y combinaciones de colores. 
 Lo más cool de estos tenis es que tienen bolsas 
para guardar llaves o dinero. Son ideales para 
hacer ejercicio y con unos jeans obtendrás un 
look urbano. 
 O texto publicitário utiliza diversas estratégias 
para enfatizar as características do produto que 
pretende vender. Assim, no texto, o uso de vários 
termos de outras línguas, que não a espanhola, 
tem a intenção de 
A) atrair a atenção do público alvo dessa propa-
ganda. 
B) popularizar a prática de exercícios esportivos. 
C) agradar aos compradores ingleses desse tênis. 
D) incentivar os espanhóis a falarem outras lín-
guas. 
E) enfatizar o conhecimento de mundo do autor 
do texto. 
4. ENEM 2010 - Língua Espanhola - 2ª Aplicação). 
Disponível em: www.gaturro.com. Acesso em: 10 ago. 
2010. 
 O gênero textual história em quadrinhos pode 
ser usado com a intenção de provocar humor. 
Na tira, o cartunista Nik atinge o clímax dessa 
intenção quando 
A) apresenta, já no primeiro quadro, a contradi-
ção de humores nas feições da professora e 
do aluno. 
B) sugere, com os pontos de exclamação, a en-
tonação incrédula de Gaturro em relação à 
pergunta de Ágatha. 
C) compõe um cenário irreal em que uma pro-
fessora não percebe no texto de um aluno sua 
verdadeira intenção. 
D) aponta que Ágatha desconstrói a ideia inicial 
de Gaturro a respeito das reais intenções da 
professora. 
E) congela a imagem de Ágatha, indicando seu 
desinteresse pela situação vivida por Gaturro. 
5. (ENEM 2011 - Língua Espanhola - 2ª Aplicação). 
Disponível em: http://www.franklin.com. Acesso em: 1 
maio 2009 (adaptado). 
 Suponha que uma pessoa queira visitar a Espa-
nha e deseje planejar sua visita de acordo com 
os feriados nacionais espanhóis. Ao observar o 
calendário com alguns dos principais feriados 
espanhóis, essa pessoa constatará que, na Es-
panha, 
A) poucos feriados são oficiais. 
B) a Semana Santa tem uma data precisa. 
C) no décimo mês do ano inexistem feriados. 
D) poucos feriados têm relação com a religião. 
E) quase todos os feriados ocorrem na segunda 
metade do ano. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
10
Aula 2 - Cartas de presentación
https://www.modelos-de-curriculum.com
¿Qué es una carta de presentación?
Una carta de presentación es un documento que 
se usa como portada del currículum en el que el apli-
cante describe sus habilidades, experiencias y profun-
diza en el motivo de su elección de carrera o estudios, 
además de su interés en ocupar la vacante para la 
que está aplicando y los motivos por los cuales sería 
la persona más idónea para ocupar la plaza.
Un currículum da a los empleadores una idea de 
qué ha hecho el candidato, mientras que una carta de 
presentación les habla más de quién es como persona 
y cómo se integraría a la dinámica de la compañía o 
grupo a la que quiere unirse. 
¿Por qué es importante?
Una carta de presentación es una de las maneras 
más efectivas de distinguirse entre otros candidatos. 
Además de conocer la trayectoria laboral y académica 
del aplicante, el empleador también podrá conocer de 
primera mano más información fundamental, como 
la personalidad de quien aplica, lo que busca de ese 
puesto, y lo que puede aportar más allá de sus habi-
lidades técnicas.
Es un mediopara profundizar en los logros y cuali-
dades del aplicante, así como explicar situaciones que 
podrían verse mal en un currículum, como períodos 
largos de desempleo o cambios rápidos de una com-
pañía a otra. La carta de presentación, igual que el 
currículum, debe ser breve, concisa y atractiva, esta 
debe incluir solamente información útil para presen-
tarse como la mejor persona para el trabajo.
No hay una sola forma de escribir una carta de 
presentación, esta puede variar dependiendo a que 
trabajo o posición académica se esté aplicando. Sin 
embargo, su estructura más básica comúnmente in-
cluye cinco elementos.
Los cinco elementos de una carta de presentación
1. El trabajo o posición para la que se está apli-
cando. 
2. Información sobre cómo el aplicante tuvo co-
nocimiento de la vacante, si se tiene referencias o 
recomendaciones, este sería el apartado para listarlas.
3. ¿Por qué el aplicante está interesado y califica-
do para el trabajo? 
4. Descripción de cualidades, habilidades, expe-
riencia y atributos especiales que el aplicante puede 
aportar a la empresa y al equipo que trabaja en la 
misma, es recomendable estar familiarizado con la 
misión, visión y valores de la empresa para redactar 
un pitch más atractivo y dirigido a la compañía o ins-
titución en la que se desee trabajar.
5. Un agradecimiento por ser considerado para 
el trabajo y por el tiempo invertido en leer la carta.
Es importante tener en cuenta que la carta de 
presentación no es una repetición extensa del currí-
culum, si bien las habilidades y atributos menciona-
dos deben coincidir con las listadas en este, la carta 
consiste de un ejercicio de creatividad, introspección 
y comunicación que ayudará al empleador a ponerse 
en los zapatos del aplicante y entender por qué es la 
persona idónea para el puesto.
No todas las vacantes requerirán la entrega de una 
carta de presentación, pero todo estudiante o candi-
dato debe conocer en qué consisten y cómo redactar 
una para mantenerse en la competencia de cualquier 
oportunidad que la liste entre sus requisitos.
https://observatorio.tec.mx/edu-news/cartas-de-
presentacion
Actividades
Ejemplo de carta de presentación corta para prácticas
A 29 de Enero de 2020
Adrián Galvez Solano
Celso Emilio Ferreiro, 75
50461 Alfamén
Móvil: 698 221 485
galvezsolanoadrian@gmail.com
Luis & Tachi
A/A: Responsable de RR.HH.
Calle de José Ortega y Gasset, 74
28006 Madrid
Estimado Responsable de recursos humanos,
Me pongo en contacto con usted debido a que, 
actualmente estoy finalizando un grado en peluquería 
y cosmética capilar y por lo tanto, tendré que realizar 
prácticas en un centro de trabajo por un total de 400 
horas.
Tras haber buscado información sobre los servicios, 
estilos y filosofía de Luis y Tachi, considero que mi 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
11
perfil y objetivos profesionales dentro de este campo 
profesional combinan con los de su negocio.
En mi CV adjunto podrán los conocimientos más 
relevantes que he adquirido durante mis dos años 
de aprendizaje y práctica constante. Sin embargo, me 
gustaría poder explicarle más en detalle y en persona 
la manera en la que puedo contribuir a su negocio y 
cuáles son mis perspectivas de futuro una vez haya 
finalizado mis estudios.
Muchas gracias de antemano por su tiempo.
Le saluda atentamente,
Adrián Galvez Solano
(Firma)
6. ¿Quién escribió la carta?
7. ¿Qué necesita?
8. ¿Cuál es el curso que la persona hace?
9. ¿Cuánto tiempo de prácticas necesita hacer para 
finalizar el grado?
10. Saca la expresión utilizada como despedida.
Aula 3 - Mapas
https://shop.infanciayeducacion.com
O que são mapas?
Mapa é um produto cartográfico que pode ser 
definido como uma representação da superfície da 
Terra, ou de uma parte dela, que é feita em escala 
reduzida sobre uma superfície plana.
Antes confeccionados à mão, a produção de ma-
pas conta hoje com um amplo conjunto de técnicas 
modernas, como softwares de geoprocessamento e 
imagens de satélite, que garantem assim uma maior 
precisão das informações que são neles expressas.
Os mapas são feitos por inúmeros profissionais, 
como geógrafos, cartógrafos e engenheiros cartográ-
ficos. São utilizados em diversas situações e por tra-
balhadores de áreas variadas, estando também cada 
vez mais presentes no nosso cotidiano.
Importância dos mapas
Enquanto representações cartográficas da reali-
dade, os mapas trazem uma grande quantidade de 
informações a respeito de onde vivemos e de di-
versas outras localidades, o que permite aprofundar 
os nossos conhecimentos sobre o espaço e fazer a 
descoberta de novas áreas.
O conjunto de aspectos que os mapas podem 
retratar é amplo, abrangendo desde características 
físicas de uma determinada porção da superfície ter-
restre até dados econômicos e informações quanti-
tativas e qualitativas sobre a população de um lugar.
Levando em consideração o caráter das infor-
mações que podem ser reunidas nos mapas, eles se 
tornam importantes também para o planejamento 
e para a gestão pública, por exemplo, permitindo o 
comparativo de áreas e a análise da evolução e trans-
formação de um ou mais aspectos de uma localidade 
específica, como o crescimento da área urbana de 
um município.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
12
A importância dos mapas reside também, e principalmente, no fato de eles serem ferramentas que nos 
auxiliam na localização e nos nossos deslocamentos. Mediante a sua leitura e interpretação, podemos iden-
tificar onde estamos, traçar rotas para irmos de um ponto ao outro e, ainda, realizar o cálculo de distâncias.
https://brasilescola.uol.com.br
Observa el mapa de una ciudad y contesta a las preguntas.
https://espanolparainmigrantes.wordpress.com
11. ¿Dónde está la piscina?
12. ¿Qué hay detrás de la iglesia?
13. ¿Dónde está el banco?
14. ¿Qué hay alrededor de la tienda?
15. ¿Qué es un centro comercial?
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
13
Aula 4 - Placas en general
https://mundodoautomovelparapcd.com.br
Placa
As placas são gêneros textuais utilizados para sinalizar, instruir e /ou informar alguém sobre algo. Existem 
as placas de trânsito/de sinalização, os outdoors (que apresentam em maioria propagandas), as informativas 
que direcionam, por exemplo, o comprador para a seção de peças masculinas e as instrucionais que demons-
tram algum comando, movimento e/ou ação. Normalmente, a linguagem é direta e curta. Há texto híbrido 
ou somente imagens/símbolos.
https://descomplica.com.br
Actividades
Observa las placas y contesta a las preguntas.
https://www.pinterest.es
16. ¿Lo qué hay en común en las placas?
17. Traduzca al portugués 5 placas.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
14
18. La placa adelante está en el mundo todo:
 
https://www.shutterstock.com
a) Explica el motivo.
b) ¿Cuál es el mensaje?
Aula 5 - Los pronombres
https://firsthandspanish.com
¿Qué son los pronombres?
La palabra pronombre significa literalmente “en 
lugar del nombre”. Se emplean para referirse a las 
personas, los animales o las cosas sin nombrarlas y 
pueden sustituir al sustantivo, adquiriendo su sig-
nificado y evitando así su repetición. Además coin-
ciden en género y número con el sustantivo al que 
sustituyen. Los pronombres hacen referencia a algo 
o alguien ya conocido por el que habla y por el que 
escucha. Además, es importante saber que nunca 
acompañan a un sustantivo sino que lo reemplazan. 
Ej.: Miguel, el chico tan guapo que vive arriba, 
juega muy bien al ajedrez.
Él es muy bueno en su estrategia. El pronombre 
él reemplaza a Miguel, el chico tan guapo que vive 
arriba.
Tipos de pronombres
En español hay varios tipos de pronombres que 
se clasifican según su empleo. Son los siguientes:
Pronombres personales
Suelen referirse a personas sin nombrarlas por su 
nombre. Son los siguientes:
Persona Pronombre personal
1ª singular Yo, me, mi, conmigo
2ª singular Tú, usted, te, ti, contigo
3ª singular Él, ella, ello, lo, la, los, las, le, les, se, si, consigo
1ª plural Nosotros/as, nos
2ªplural Vosotros/as, os
3ª plural Ellos, ellas, los, las, les, consigo
• Ej.: Yo no tengo hambre pero ellos si
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
15
• María te llamó por teléfono (a ti)
• Dijeron que os tendríamos que recoger hoy (a 
vosotros)
• Me gusta, lo compro (un objeto).
Pronombres relativos
Son aquellos que unen dos frases, relacionando 
la segunda con la primera. No se acentúan y suelen 
ir acompañados de artículos o preposiciones. Son los 
siguientes: que, cual/cuales, cuanto/cuanta/cuantos/
cuantas, donde, quien/quienes, cuyo/cuya/cuyos/cuyas
Ej.: 
• La chica que nos saludó es mi amiga Ana.
• El pueblo del cual te hablé está aquí al lado.
• La maestra nos enseñó todo cuanto sabía.
Pronombres demostrativos
Los pronombres demostrativos indican dónde se 
encuentra algo o alguien en relación a quien habla. 
Pueden mostrar grados de cercanía diferentes (aquí, 
ahí o allí) y se acentúan para distinguirlos de los ad-
jetivos demostrativos. 
Son los siguientes:
Persona Pronombre demostrativo
Masculino sin-
gular Éste, ése, aquél
Femenino sin-
gular Ésta, ésa, aquélla
Neutro singular Esto, eso, aquello
Masculino plural Éstos, ésos , aquéllos
Femenino plural Éstas, ésas, aquéllas
Ej.: 
• Aquél de allí es mi hermano.
• Ésa no es buena, coge mejor la otra.
• Estos no me gustan, prefiero los libros de aven-
turas.
Pronombres posesivos
Indican pertenencia. Pueden expresar un único 
poseedor o varios:
Persona Pronombre posesivo
1ª singular Mío/a , míos/as
2ª singular Tuyo/ a, tuyos/as
3ª singular Suyo/a, suyos/as
1ª plural Nuestro/a, nuestros/as
2ª plural Vuestro/a, vuestros/as
3ª plural Suyo/a, suyos/as
Ej.: 
• Ese no es mi coche, el mío es negro.
• Llegaron todas las maletas menos las nuestras.
• Si esas son las vuestras, ¿de quién son las otras?
Pronombres interrogativos y exclamativos
Sirven para preguntar sobre algo de lo que se está 
hablando o para exclamar. Van acompañados de sig-
nos interrogativos o exclamativos (¿? , ¡ !) y deben 
acentuarse. Son: qué, quién/quiénes, cuál/cuáles, 
cuánto/cuántos, cómo.
Ej.: 
• ¿Qué es eso?
• ¿Quiénes son tus amigos?
• ¡Cuánto has crecido!
• ¡Cómo habla de bien!
Pronombres reflexivos y recíprocos
Pueden indicar que nos hacemos algo a nosotros 
mismos (reflexivos) o que hacemos algo a alguien que 
nos lo hace a nosotros al mismo tiempo (recíproco). 
Pueden ir al final del verbo o de manera indepen-
diente.
Persona Pronombre 
reflexivo
Pronombre 
recíproco
1ª singular Me Solo existen en 
plural ya que 
implican a varios 
sujetos
2ª singular Te
3ª singular Se
1ª plural Nos Nos
2ª plural Os Os
3ª plural Se Se
Ej.: 
• Me visto rápido y voy.
• Se sentó en el sofá a descansar.
• Vamos a maquillarnos al baño.
Pronombres indefinidos
Hacen una mención a algo sin identificarlo o bien 
de manera vaga. Tienen formas muy variadas: Un/ 
una/ unos/ unas, algún/ alguna/ algunos/ algunas, 
ningún/ ninguna/ ningunos/ ningunas, otro/otra/
otros/otras, tanto/ tanta/ tantos/ tantas, mucho, de-
masiado, escaso, todo…
Ej: 
• Algunas personas no creen en eso.
• Unas vienen, otras se van.
• No quiero tanto, ya tenemos demasiado.
https://global-exam.com/blog/es
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
16
Actividades
Mira la tira: 
https://blogdoenem.com.br
19. Explica lo qué se pasa en la historieta.
20. Saca los pronombres y clasifícalos.
21. Traduzca el último cuadro.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
17
Aula 6 - Repaso de artículos y sustantivos
Los artículos en español no se difieren mucho del uso en portugués. Son utilizados para establecer el 
sustantivo o elementos de que hacen referencia en la oración, concordando en género y número. Existen 
dos tipos de artículos, el determinado y el indeterminado. El artículo neutro, que no existe en portugués, 
hace parte del grupo de los artículos determinados; su uso es muy diverso y, por eso, suele ser el más difícil 
para los brasileños.
https://mundoeducacao.uol.com.br
El artículo neutro
https://professorakarinyoliveira.blogspot.com/2018/06/lo-neutro.html
Las contracciones en el español
https://amigopai.wordpress.com
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
18
Sustantivos
Definición
El sustantivo es la palabra que usamos para nom-
brar a los objetos, a las personas, a los países, etc. Igual 
que los artículos, tienen género (femenino o masculi-
no), y número (singular o plural). Estas características 
deben coincidir siempre con las del artículo.
Clasificación de los sustantivos
Los sustantivos pueden clasificarse en:
• Sustantivos Masculinos y Femeninos.
• Sustantivos Singulares y Plurales.
• Sustantivos Propios y Comunes.
• Sustantivos Abstractos y Concretos
• Sustantivos Individuales y Colectivos
• Sustantivos Contables e Incontables
• Sustantivos Primitivos y Derivados
• Sustantivos Compuestos
Los sustantivos masculinos y femeninos: Son 
aquellos que se clasifican de acuerdo al género.
Ejemplos:
• La mesa es de madera. (sustantivo femenino)
• Carolina es una profesora de español de Woo-
dward. (sustantivo femenino)
• El libro es muy interesante. (sustantivo mascu-
lino)
• El piloto vuela a Chile. (sustantivo masculino)
Los sustantivos singulares y plurales: Son aquellos 
que se clasifican de acuerdo al número.
Ejemplos:
• El vaso está lleno. (sustantivo singular)
• La silla es muy cómoda. (sustantivo singular)
• Las familias de Chile almuerzan juntas los do-
mingos. (sustantivo plural)
• Los amigos de mi hermano son simpáticos. 
(sustantivo plural)
Los sustantivos propios y comunes: Son aquellos 
que se clasifican de acuerdo a su extensión.
Ejemplos:
• Las niñas ensayan mucho para su presentación. 
(sustantivo común)
• El computador es indispensable para mi traba-
jo. (sustantivo común)
• Mi escuala de español se llama Woodward. 
(sustantivo propio)
• El señor Parraguéz vive en Coquimbo. (sustan-
tivo propio)
Los sustantivos abstractos y concretos: Son 
aquellos que se clasifican de acuerdo a si son objetos 
físicos o conceptos / ideas / sentimientos.
Ejemplos:
• Anoche mi hijo tuvo miedo. (sustantivo abs-
tracto)
• Necesitas tener paciencia. (sustantivo abstrac-
to)
• Te invito a mi casa. (sustantivo concreto)
• Voy a escribir con un lápiz rojo. (sustantivo con-
creto)
Los sustantivos colectivos: Son aquellos que de-
nominan un conjunto de seres u objetos, dando la 
idea de pluralidad y tienen como referencia un grupo 
concreto de entidades, pero se escriben en singular.
Ejemplos:
• Enjambre (sustantivo colectivo) - conjunto de 
abejas
• Jauría (sustantivo colectivo) - conjunto de per-
ros
• Rebaño (sustantivo colectivo) - conjunto de 
ovejas
Los sustantivos contables e incontables: Son 
aquellos que se clasifican de acuerdo a si se puede 
contar el sustantivo o no contar el sustantivo.
Ejemplos:
• Voy a la biblioteca para sacar un libro. (sustan-
tivo contable)
• Hay cuatro sillas alrededor de la mesa. (sustan-
tivo contable)
• No necesito azúcar en mi café. (sustantivo in-
contable)
• Cuando desperté, había nieve afuera de la casa. 
(sustantivo incontable)
Los sustantivos primitivos y derivados: Son 
aquellos que se clasifican de acuerdo a si provienen 
de otra palabra.
Ejemplos:
• Me gusta comer pan con queso. (sustantivo 
primitivo)
• ¿Puedes ir a la panadería a comprar algo? (sus-
tantivo derivado)
• Huele muy bien esa rosa. (sustantivo primitivo)
• Hubía un rosal al lado de mi casa. (sustantivo 
derivado)
Los sustantivos compuestos: Son aquellos que 
están formados por dos palabras simples.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
19
Ejemplos:
• abrelatas (sustantivo compuesto)
• sacacorchos (sustantivo compuesto)
• cortafuegos (sustantivo compuesto)
• cumpleaños (sustantivo compuesto)
• matamoscas (sustantivo compuesto)
Resumen:
https://www.spanish.cl/Grammar/Notes/Sustantivos.htm
Actividades
22. Escribe los artículos y las contracciones que faltan:
a) _____ dieta ______ enfermo enriquece _____ bolsa ______médico.
b) _____ poder humano se parece _____ divino cuando _____ misericordia produce justicia.
c) Vengo _____ colegio y ya voy _____ gimnasio.
23.Pon el artículo EL o LA según el género:
 ___mal
 ___pantalón
 ___paisaje
 ___sonrisa
 ___leche
 ___árbol
 __cárcel
 ___coche
 ___viaje
 ___desorden
 ___nariz
24. Completa con LO o EL, según cada caso:
a) ______ principal de la vida es amar.
b) ______ chico y la chica son hermanos.
c) ______ importante no es ganar, sino competir.
d) ______ barato es caro.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
20
25. Mira el ejercicio adelante.
https://www.liveworksheets.com
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
21
Aula 7 - Repaso de adjetivos
Los adjetivos (os adjetivos em espanhol) cons-
tituem uma classe gramatical que tem por função 
acompanhar o substantivo, atribuindo-lhe proprie-
dades ou qualidades, estado, origem ou procedência. 
Também podem atuar como modificadores de infini-
tivos substantivados e pronomes indefinidos.
São palavras variáveis que sempre concordam 
com o substantivo, apresentando, portanto:
• gênero (masculino e feminino)
• número (singular e plural)
• grau (aumentativo, diminutivo, comparativo e 
superlativo)
Nos próximos tópicos, vamos conhecer melhor 
essa classe gramatical. ¡Échale ganas!
Tipos de adjetivos
• Calificativos
Designam propriedades físicas (tamanho, cor, 
forma etc.), qualidades abstratas, estados de ânimo, 
caráter, entre outras propriedades.
– Vaso redondo
 (copo redondo)
– Persona interesante
 (pessoa interessante)
– Chica guapa
 (moça/menina bonita)
¡OJO1! O adjetivo guapo/guapa só se aplica a 
pessoas; para coisas e outros seres, usa-se bonito/a.
¡OJO2! Alguns substantivos femininos que come-
çam por -a tônico são usados no masculino quando 
em singular, como agua e águila (águia). Nesses casos, 
o adjetivo continua a ser empregado no feminino.
– El agua fría
 (A água fria)
– El águila rápida 
 (A águia rápida)
• Relacionales
Expressam uma característica do substantivo, co-
locando-o em uma determinada categoria.
– Escalera mecánica
 (escada rolante)
– Mueble de madera 
 (móvel de madeira)
– Dolor muscular 
 (dor muscular)
Os adjetivos também expressam estados de âni-
mo: preocupado/a, nervioso/a, contento/a, sorpren-
dido/a. 
• Adjetivos de sentido adverbial
Expressam noções temporais ou modais, como os 
advérbios; sempre precedem o adjetivo.
– Ella es la futura ministra de salud.
 (Ela é a futura ministra da saúde.)
– El presunto ladrón se presentó a la policía.
 (O suposto ladrão se apresentou à polícia.)
Gênero dos adjetivos
Do ponto de vista flexional, existem três tipos de 
adjetivos:
I – Os adjetivos de duas terminações
São aqueles que apresentam flexão de gênero 
(masculino e feminino). Confira as regras:
• Se o masculino termina em -o ou -e, o feminino 
termina em -a:
Masculino Femenino
flaco – rico – pelado 
(magro – rico – careca)
flaca – rica – pelada 
(magra – rica – careca)
grandote (grandalhão) grandota (grandalhona)
Em adjetivos terminados em -án, -ín, -ón, -or e nos 
gentilícios terminados em consoantes, acrescenta-se 
-a para formar-se o feminino.
Masculino Femenino
holgazán – parlanchín 
– campeón – vencedor
holgazana – parlanchina 
– campeona – vencedora
alemán – inglés alemana – inglesa
https://mundoeducacao.uol.com.br/espanhol/los-adjetivos.htm
Actividades
26. Recuerda qué es un adjetivo y cómo pueden ser 
el género y el número. Ahora, en el siguiente 
ejercicio, subraya el adjetivo que acompaña al 
sustantivo y escribe al lado su género y número:
 • gato negro • jarrón roto
 • niño dormido • cielo gris
 • agua limpia • laboriosas abejas
 • bebé alegre • muñeco bonito
 • persona agradable • rubia cabellera
 • jardín florido • frondoso árbol
 • cansado obrero • hombre fuerte
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
22
27. Observa la tira y contesta a las preguntas.
 
a) Explica lo que pasa en la historieta.
b) Saca los adjetivos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
23
Aula 8 - Formas de tratamiento
Tratamiento formal o informal
Vamos aprender mais um pouco, dessa vez vamos 
ver quando usamos Tú e Usted a linguagem formal e 
informal em espanhol.
Imaginemos agora que você está em uma lancho-
nete e precisa conversar com alguém de sua idade ou 
uma idade bastante próxima, então, que registro da 
língua você usaria: formal ou informal?
Tú
(Informal): Usa-se este pronome pessoal e as es-
truturas que o acompanham (te, tu, etc…) para escre-
ver ou falar com uma pessoa (singular) de confiança 
(amigos, família, conhecidos).
Exemplo: Tú eres mi mejor amigo. / (Você é meu 
melhor amigo.)
Usted
(Formal): Usa-se este pronome pessoal e as estru-
turas que o acompanham (le, su, etc…) para escrever 
ou falar com uma pessoa (singular) com a que não 
temos confiança (um idoso, no trabalho, com o chefe).
Exemplo: Usted necesita ayuda. / (O (a) senhor(a) 
precisa de ajuda.)
Segue outras formas de formais e informais:
Vosotros ou Vosotras
(Informal): Usam-se estes pronomes pessoais e 
as estruturas que os acompanham (os, vuestro, vues-
tra, etc…) para escrever ou falar com várias pessoa 
(plural) com as que temos confiança (amigos, família, 
conhecidos).
Exemplo: Vosotros sois mis mejores amigos. / 
(Vocês são meus melhores amigos.) Este pronome é 
usado maioritariamente na Espanha.
Ustedes
(Formal e informal): Usamos este pronome pesso-
al e as estruturas que o acompanham (les, sus, etc…) 
para escrever ou falar com várias pessoas (plural) de 
confiança (amigos, família, conhecidos) ou também 
em situações formais. 
Exemplo: Ustedes necesitan ayuda. / (Você pre-
cisam de ajuda.)
Este pronome é usado maioritariamente em Amé-
rica Latina, em algumas regiões de Espanha (formal e 
informalmente) e na Espanha maioritariamente usa-
-se (formalmente).
Vos
Usa-se este pronome como substituição de “tú” 
em nos países da região rio-platense (Argentina, Uru-
guai e Paraguai) e alguns países da América Central.
https://www.muchoespanhol.com
https://www.espanolcontodo.com
Actividades
28. Marca “ I” para el registro informal y “F” para el 
formal.
a) ¿Cómo se llaman tus hermanos, Pepe? ( )
b) Buenos días, doña Marta. ¿Cómo le va? ( )
c) Mira Pedro, te presento a mi hermana. ( )
d) Margarita, Pedro Alonso te espera en la sala 
de reuniones. ( )
e) ¿Y sus padres, cómo se llaman? ( )
29. Convierte el siguiente texto a la forma de trata-
miento USTED.
 Te llamas Felisa, eres de San José, eres directora 
de un banco. Tu trabajo es interesante pero duro. 
Trabajas muchas horas. Por las tardes tienes cla-
ses particulares de inglés en tu casa. El inglés es 
muy importante para ti. Tu profesor es nortea-
mericano. Las clases son muy divertidas. Los fines 
de semana descansas y lees mucho…
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
24
Aula 9 - Autores hispánicos en ENEM
Biografia de Eduardo Galeano
Eduardo Galeano (1940-2015) foi um escritor e 
jornalista uruguaio, autor do livro “As Veias Abertas 
da América Latina”, uma obra que exerceu profunda 
influência no pensamento de esquerda latino-ame-
ricano.
Eduardo Galeano (1940-2015) nasceu em Monte-
vidéu, Uruguai, no dia 3 de setembro de 1940. Descen-
dente de uma família de classe média, de formação 
católica, pensava em se tornar jogador de futebol, 
mas percebeu que não tinha habilidade necessária 
para isso, mas veio a escrever muito sobre o espor-
te. Acabou exercendo trabalhos diferenciados, como 
caixa de banco e datilógrafo.
Embora aos 14 anos ele já houvesse enviado uma 
charge para o jornal El Sol, do Partido Socialista, sua 
carreira na imprensa só se firmaria na década de 60, 
quando se tornou editor do jornal “Marcha”, ao lado 
de colaboradores como Vargas Llosa (futuro Prêmio 
Nobel) e Mario Benedetti.
Nos anos 70, com regime militar no Uruguai, foi 
perseguido pela publicação de seu livro “As Veias 
Abertas da América Latina” (1971), obra de referên-
cia de esquerda, na qual o autor analisa a história da 
América Latina do colonialismo ao século 20. Em 1973, 
foi preso em decorrência do golpe militar em seu país, 
exilou-se, posteriormente na Argentina, onde lançou 
a revista cultural “Crisis”.
Em 1976, Eduardo Galeano mudou-se para a Es-
panha, por causa da crescenteviolência da ditadura 
argentina. Em 1985, lançou na Espanha o livro “Me-
mória do Fogo”. Nesse mesmo ano voltou ao Uruguai.
Autor de mais de trinta livros, traduzidos para cer-
ca de vinte idiomas, Galeano declarou, em 2014, que 
não se identificava mais com sua anticapitalista obra 
“As Veias Abertas da América Latina”. Sobre ela, disse 
o autor: “Para mim, essa prosa da esquerda tradicional 
é extremamente árida, e meu físico já não a tolera”.
Em 2006, Eduardo Galeano ganhou o Prêmio In-
ternacional de Direitos Humanos através da Global 
Exchange, instituição humanitária americana.
Eduardo Galeano faleceu em Montevidéu, no Uru-
guai, no dia 13 de abril de 2015.
Biografia de Isabel Allende
Isabel Allende (1942) é uma escritora e jornalista 
chilena. Seu livro mais conhecido, A Casa dos Espíri-
tos, foi adaptado para o cinema em 1993. Suas obras 
foram traduzidas para vários idiomas.
Isabel Allende Llona nasceu em Lima, no Peru, no 
dia 2 de agosto de 1942. Seu pai, Thomás Allende, era 
um diplomata chileno e sua mãe, Francisca Llona, era 
dona de casa.
Em 1945, seus pais se separaram e sua mãe vol-
tou para Santiago, capital do Chile, levando seus três 
filhos, onde Isabel passou sua infância e parte de sua 
juventude.
Após sua mãe casar-se com outro diplomata, em 
1953, a família foi morar em La Paz, na Bolívia, onde 
Isabel estudou em uma escola americana. Em segui-
da, mudaram-se para Beirute, no Líbano, onde ela 
ingressou em uma escola inglesa.
Em 1958, Isabel Allende voltou para Santiago e 
iniciou no curso de jornalismo. Nessa época, começou 
a escrever contos infantis e peças para o teatro.
Em 1960, Isabel Allende entrou para a seção chi-
lena da Organização das Nações Unidas (FAO), que 
trabalha pela melhoria do nível de vida da população 
carente.
Em 1962, Isabel casou-se com Miguel Frias, com 
quem teve dois filhos, Paula e Nicolás.
Em 1967, Isabel passou a escrever para uma re-
vista feminina e também pra uma revista infantil. Em 
1970 começou a trabalhar na televisão, apresentando 
um programa de entrevistas. Sua peça de teatro, “O 
Embaixador”, estreou em 1972.
Em 1973, ocorreu um golpe militar no Chile, en-
cabeçado pelo general Augusto Pinochet, que depôs 
o presidente Salvador Allende, tio de Isabel Allende. 
Com a instauração de uma ditadura militar no Chile 
e a morte de Salvador Allende, Isabel deixou o país, 
junto com sua família, refugiou-se em Caracas, na 
Venezuela.
Isabel Allende viveu na Venezuela até 1987, ano 
em que se divorciou do marido e se mudou para os 
Estados Unidos.
Em 1991, morando nos Estados Unidos, Isabel 
descobriu que sua filha Paula tinha uma grave doença 
neurológica e, depois de um longo período em coma, 
acabou morrendo.
Durante o coma da filha, Isabel começou a es-
crever a obra Paula. O luto e a depressão levaram a 
escritora a relatar os fatos ocorridos durante a grave 
doença.
Publicada em 1994, a obra Paula, foi seu primeiro 
trabalho de não ficção e muitos críticos consideram 
essa a melhor obra da escritora.
Fundação Isabel Allende
Após a morte de sua filha e da publicação da obra 
“Paula”, a escritora passou por um forte bloqueio cria-
tivo e aceitou o convite de uma amiga para conhecer 
a Índia na tentativa de superar o luto.
Na Índia, Isabel viveu um momento que mudaria 
sua vida, quando uma mulher lhe entregou uma crian-
ça recém-nascida. O bebê lhe foi oferecido porque o 
nascimento de uma menina não era bem aceito na 
sociedade local.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
25
Depois do choque da experiência, a escritora de-
cidiu criar a “Fundação Isabel Allende”, para ajudar 
mulheres e crianças em situação de risco.
Morando nos Estados Unidos e ainda escrevendo, 
suas obras estão sempre nos primeiros lugares da lista 
dos livros mais vendidos nas Américas e na Europa.
https://www.ebiografia.com
Actividades
30. Busca un poema, crónica o cuento de los autores 
y escriba en su cuaderno o apostila.
Aula 10 - Repaso para la prueba
https://pebblebrookhigh.typepad.com
31. ¿Qué forma de tratamiento usarías? Marca (F) 
para formal y para informal ( I )
 a) ( ) ¡Hola! ¿Qué tal?
 b) ( ) ¿Dónde vives?
 c) ( ) ¿Cómo se llaman?
 d) ( ) ¿Dónde vive?
 e) ( ) ¿Qué haces?
 f) ( ) Buenas tardes, siéntese, por favor.
 g) ( ) ¿Cómo estás?
 h) ( ) ¿Cómo está? 
32. ¿Qué partes son importantes en una carta de 
presentación?
33. Observa la placa y contesta a las preguntas.
https://www.soespanhol.com.br
a) ¿Qué indica la placa?
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
26
b) ¿Cómo podemos traducirla?
34. A partir del mapa, haz lo necesario para respon-
der.
a) ¿Cuál es el país con mayor territorio en Amé-
rica del Sur?
b) ¿Con qué países Uruguay haz frontera?
c) ¿Cuáles son los países que no tienen una costa 
litoránea?
35. Pon atención en el texto adelante:
 Hola. Me llamo María y tengo 8 años. Soy bajita 
y delgada. Mi pelo es negro y rizado y mis ojos 
son grandes y verdes. Soy una niña simpática y 
risueña. 
 Me encantan los animales y tengo una perra en 
mi casa que se llama Lola.
 Me gusta ir al colegio porque en mi clase hay 
muchas niñas y muchos niños y juego con ellos.
a) Saca tres adjetivos. 
b) Dos sustantivos en plural. 
c) Un artículo. 
d) Una contracción. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
27
36. Mira la tira de Gaturro.
a) Escribe en portugués lo que se pasa.
b) Saca los artículos y clasifícalos.
c) ¿Qué pronombre personal aparece en la tira? ¿Es formal o informal? ¿Por qué?
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
28
Aula 11 - Países que hablan español 
como lengua materna, lengua oficial
A grande maioria dos países da América são “his-
panohablantes”, sendo que o Brasil é uma das poucas 
exceções entre as nações americanas que não falam o 
Espanhol oficialmente, assim como o Haiti, as Guianas 
e a Jamaica, por exemplo.
Além da América, a língua também é ouvida nos 
diálogos entre nativos de alguns países na África, onde 
os navegadores espanhóis também estiveram presen-
tes, mas não com deixaram a influência em grande 
quantidade de colônias, como as americanas.
Ao todo, há 22 países que falam Espanhol oficial-
mente ao redor do mundo. São nações localizadas na 
América do Sul, Central e do Norte, na África e, claro, 
na Europa, de onde veio o idioma.
PS: También se habla español en Saara Occidental
Veja os 22 países que falam Espanhol:
• Argentina: é a única língua falada oficialmente 
pelos “hermanos” vizinhos do Brasil.
• Bolívia: a grande população de origem indígena 
faz com que idiomas nativos, como o quechua, 
ainda prevaleçam na cultura boliviana.
• Chile: no Chile, o Espanhol é o único idioma 
oficial.
• Colômbia: o Espanhol é o único idioma oficial 
da Colômbia
• Costa Rica: na Costa Rica, também é a única 
língua falada oficialmente.
• Cuba: na ilha cubana, o espanhol é o único idio-
ma oficial.
• El Salvador: o país também só possui o idioma 
como oficial.
• Equador: os equatorianos possuem o Espanhol 
como idioma oficial.
• Espanha: com as grandes navegações a partir 
do século XV, o país europeu espalhou o idioma 
principalmente para nações americanas. No en-
tanto, há outros idiomas falados no território, 
como línguas Catalã, Galego e Basco.
• Guatemala: é um país que conta apenas com a 
língua como oficial.
• Guiné Equatorial: o Espanhol é o principal idio-
ma do país africano, que também tem o francês 
e o português como oficiais.
• Honduras: também só possui o Espanhol, ofi-
cialmente.
• México: no México, apenas o Espanhol é reco-
nhecido como idioma oficial.
• Nicarágua: também só possui o Espanhol, ofi-
cialmente.
• Panamá: também só possui o Espanhol, oficial-
mente.
• Paraguai: além do Espanhol, o Paraguai conta 
com o Guarani, idioma que também é falado 
no Brasil, como oficial.
• Peru: o Peru é mais um país que conta com um 
idioma indígena oficial: além do Espanhol, os 
peruanos falam a Língua Aimará.
• Porto Rico: a ilha não é oficialmente um país, 
mas um território não incorporado dos EUA. 
Por isso, também tem o Inglês como idioma.
• República Dominicana:também só possui o 
Espanhol, oficialmente.
• Saara Ocidental: o país conta com o Espanhol 
e o Árabe como Idiomas oficiais.
• Uruguai: também só possui o Espanhol, oficial-
mente.
• Venezuela: embora tenha diversos idiomas fa-
lados no país, a Venezuela também só possui 
o Espanhol como oficial. 
https://querobolsa.com.br/revista/paises-que-falam-
espanhol
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
29
Aula 12 - Interpretación 
https://institutokailua.com/blog/iguais-so-que-nao-o-caso-dos-heterogenericos/
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
30
COMPONENTE CURRICULAR
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS
CLASS 01 - ENGLISH
Nesta nossa primeira aula sobre o conteúdo 
CHARGE, vamos conhecer um pouco mais sobre esse 
gênero textual que é bastante utilizado nas avaliações 
do ENEM.
CONCEITO: CHARGES X TIRINHAS
O QUE É UMA CHARGE???
É um gênero textual que faz críticas aos temas 
de interesse público. 
Charge é uma ilustração humorística que envolve 
a caricatura de um ou mais personagens, feita com o 
objetivo de satirizar algum acontecimento da atua-
lidade. Muito usado em jornais e revistas por causa 
do cunho político e social, elas despertam o interesse 
do vasto público. 
O termo charge tem origem no francês charger 
que significa “carga”, ou seja, o uso do exagerado para 
representar alguma situação ou alguém de forma cô-
mica. A primeira charge publicada no Brasil tinha o 
título “A Campanha e o Cujo”, criada por Manuel José 
de Araújo, em 1837, em Porto Alegre, que dentre as 
funções exercidas na política e ensino, ele era também 
pintor e caricaturista.
A Campanha e o Cujo, considerada a primeira charge feita no 
Brasil.
É o gênero no qual o/a autor/a expressa sua visão 
dos fatos por meio de caricaturas, geralmente perso-
nalidades públicas. Mas também costuma apresentar 
pessoas envolvidos na política, devido ao seu teor 
crítico. Podendo conter ou não legendas e balão de 
fala, faz uso do humor. 
Surgiram no século XIX e trouxeram à tona a 
necessidade do público, expressar sua indignação e 
insatisfação com o governo vigente. O/A leitor/a, atra-
vés da charge, encontra caminhos para entender os 
acontecimentos políticos nacionais e internacionais. 
O/A profissional que as desenha, chargista, precisa 
ter conhecimento dos assuntos em pauta para poder 
retratá-los e transmiti-los de forma objetiva.
Charge publicada nas Revistas Careta, no Rio de Janeiro em 1925. 
(Foto: Flickr)
CARACTERÍSTICAS DA CHARGE
• Representa acontecimentos da atualidade: 
para entendimento da piada contida no dese-
nho, é necessário um contexto histórico. Ou 
seja, sem saber qual âmbito uma história está 
sendo contada, a piada é perdida;
• Linguagem verbal e não verbal: o desenho 
pode ser verbalizado ou não, através das le-
gendas ou balões de textos. 
• Fator social ou político: tem como tema espe-
cialmente questões políticas e sociais, sejam 
elas nacionais ou internacionais. E está em volta 
da satirizarão de um fato político e/ou social de 
relevância. 
• Posicionamento editorial: normalmente pode 
retratar o ponto de vista do veículo comunica-
cional no qual a charge está sendo veiculada;
• Circulação: é considerado um gênero jornalísti-
co, então é bastante usado pelo meio. Ou seja, 
sua circulação será em jornais e revistas;
• Efemeridade: retrata acontecimentos contem-
porâneos. A charge é tida como uma narrativa 
efêmera, pois está sempre se atualizando; 
• Retratação do Exagero: aponta o exagero para 
provocar a vertente humorística; o riso. No exa-
gero, o/a chargista enfatiza pontos tidos como 
principais. O/A profissional faz distorções da 
realidade, mas não tira a veracidade;
• Caráter: humorístico, cômico, irônico e satírico.
• Ruptura discursiva: o final inesperado trata-
-se de uma quebra do discurso construído na 
charge;
• Intertemporalidade: a charge nunca irá explicar 
a sua própria piada. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
31
CHARGE ANIMADA
A Charge animada possui as mesmas característi-
cas de uma charge em desenho. Ela foi popularizada 
por meio das redes sociais e televisão. Nesse tipo é 
mais frequente o uso da linguagem verbal, por ser 
desenhos em movimentos e com sonoridade. 
Curiosidade: emissoras de TV começaram o uso das 
charges através das obras do cartunista Mauricio 
Ricardo Quirino, em fevereiro de 2000. Atualmente, 
são encontradas de forma mais frequente no pro-
grama Big Brother Brasil da Rede Globo.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE CARTUM E CHARGE???
Bastantes confundidos, cartum e charge são di-
ferentes e aplicados em casos específicos. O Cartum 
não tem ligação com a realidade. É utilizado em qual-
quer situação, sendo uma crítica humorística ou não. 
Esse gênero textual pode ser entendido por diversas 
pessoas, de diferentes países, diferentes culturas e 
em diferentes épocas. Ou seja, no cartum é abor-
dado temas universais, que todo ser humano está 
sujeito a passar, como fome, sede, injustiça, morte 
etc. E por ser tematicamente universal não necessita 
de contexto, gancho ou época para ser entendido. 
Normalmente são abordadas questões de compor-
tamento humano, mas sem referência a um perso-
nagem específico, pois são atemporais. Além disso, 
usa características das histórias em quadrinhos, como 
balões e as onomatopeias. 
O nascimento do cartum ocorreu a partir de um 
fato no ano de 1874, em Londres. O príncipe Albert 
queria decorar o Palácio de Westminster e, para isto, 
promoveu um concurso de desenhos feitos em car-
tões. Os vencedores teriam seus desenhos colados 
na parede do palácio. No intuito de satirizar, a revista 
“Punch” publicou seus próprios “cartoons”.
Portanto, o cartum é relacionado à acontecimen-
tos e temas atemporais, enquanto a charge é tempo-
ral, com temas da contemporaneidade. O primeiro 
não retrata uma personalidade isolada, mas sim a 
coletividade, já o segundo pode usar a imagem de 
pessoas públicas.
CARACTERÍSTICAS DO CARTUM
• Gênero textual de linguagem não-verbal
• Humorístico
• Cômico
• Mistura imagens, palavras e sentido
• Irônico
• Sátiro 
• Atemporal
CHARGE VERSUS TIRINHAS
Tirinhas é uma sequência de quadrinhos que criti-
ca os valores sociais. São semelhantes as histórias em 
quadrinhos (HQs), porém mais curtas. Assim como as 
charges, as tirinhas também podem ser encontradas 
em jornais, revistas e internet. 
Elas não possuem contexto histórico como as 
charges, mas podem fazer críticas pessoais ou de 
fenômenos coletivos. Geralmente é uma narração 
sequenciada pela linguagem verbal.
CHARGE x CARICATURA
A caricatura é um desenho real de uma persona-
lidade. Assim como as charges, as caricaturas usam a 
imagem de pessoas públicas, como artistas e políticos. 
O exagero das caricaturas serve para acentuar gestos, 
vícios e comportamentos específicos do indivíduo de-
senhado.
A representação exagerada das características ou 
comportamentos serve de meio humorístico, irônico e 
para provocar riso. Do italiano caricare, significa colocar 
sentido de exagero, aumentar algo proporcionalmente.
As charges, cartuns, tirinhas e caricaturas são 
sempre utilizadas em questões do Exame Nacional 
do Ensino Médio (ENEM) e outros vestibulares. Então, 
entender o que é cada um desses gêneros textuais e 
quais as semelhanças e diferenças o ajudará a analisar 
e responder de forma correta as questões de provas.
Disponível em https://www.educamaisbrasil.com.
br/enem/lingua-portuguesa/charge
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
1. Analise a charge abaixo e responda as questões 
que se seguem.
Charge disponível em: https://inglesnoteclado.com.
br/2019/07/cartoon-em-ingles-com-atividade-gabarito-
einterpretacao.html
a) O que o Presidente dos Estados Unidos está 
dizendo na televisão?
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
32
b) Os três personagens sentados à mesa analisam 
o mesmo acordo a que se refere o personagem 
na televisão?
c) Quais são os temas relevantes que são retra-
tados na charge? 
d) Você consegue reconhecer os personagens 
que aparecem na charge? Se sim, escreva seus 
nomes.
2. Analise o cartum acima e, em seguida, assinalea opção incorreta: 
a) A personagem aparenta estar satisfeita com a 
proposta de acordo a ser selada.
b) A personagem discorda da colocação do per-
sonagem na televisão.
c) O personagem, na televisão, faz uma compa-
ração entre o seu acordo e todos os acordos 
do mundo.
d) A personagem discorda do comentário do per-
sonagem na televisão.
CLASS 02 - ENGLISH
Neste momento vamos iniciar nossos estudos so-
bre os graus comparativos em inglês. Mesmo sem nos 
darmos conta, usamos os comparativos para quase 
tudo em nossa língua materna. Para estudantes da 
língua inglesa que praticam com frequência, isso não 
é diferente. Estabelecer relações comparativas entre 
coisas, pessoas ou situações distintas faz parte de 
qualquer ferramenta de comunicação humana.
CONCEITO: DEGREES OF COMPARISONS: THE 
COMPARATIVE
Em inglês, os comparativos podem ser conside-
rados adjetivos ou advérbios que comparam algo ou 
alguém à alguma coisa ou pessoa. Assim como ocorre 
na língua portuguesa, os comparativos em inglês sub-
dividem-se em três tipos: inferioridade, igualdade e 
superioridade. Vejamos agora cada um deles. 
1. Comparative of inferiority (comparativo de 
inferioridade): Estabelece relação de inferioridade 
entre uma coisa/pessoa e outra, através de uma 
comparação.
• Estrutura: less + adjetivo + than
EXEMPLO(S): 
My shoes were less expensive than yours. (Meus 
sapatos foram menos caros que os seus.)
His cousin is less smart than his brother. (O primo 
dele é menos inteligente do que o irmão dele.)
2. Comparative of equality (comparativo de igual-
dade): Em inglês, estabelece relação igualitária entre 
duas coisas ou pessoas.
• Estrutura: as + adjetivo + as
EXEMPLO(S):
My sister speaks as fast as our father. (Minha irmã 
fala tão rápido quanto nosso pai)
Brazil is as charming as any country in the world. 
(O Brasil é tão encantador quanto qualquer país do 
mundo)
3. Comparative of superiority (comparativo de 
superioridade): Estabelece uma relação de superio-
ridade (em quantidade, tamanho ou intensidade), 
entre coisas ou pessoas. A formação do comparativo 
de superioridade em inglês varia de acordo com a 
grafia do adjetivo e o número de sílabas que ele tem.
3.1. Os adjetivos de uma ou duas sílabas possuem 
poucos caracteres; são palavras curtas. É o caso, por 
exemplo, de “new”, “nice”, “big” e “happy”. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
33
• Estrutura: adjetivo + -er + than
EXEMPLO(S):
My bedroom is bigger than my brother’s. (O meu 
quarto é maior do que o do meu irmão.)
Playing soccer is nicer than playing basketball. 
(Jogar futebol é mais legal do que jogar basquete.)
3.2. Os adjetivos de três ou mais sílabas; são 
palavras mais longas, com mais caracteres. É o caso, 
por exemplo, de beautiful, intelligent, interesting e 
valuable.
• Estrutura: more + adjetivo + than
EXEMPLO(S): 
The British Pound Sterling is more valuable than 
the American dollar. (A libra esterlina é mais valiosa 
do que o dólar americano.)
She is more beautiful than her sister. (Ela é mais 
bonita do que a irmã.)
3.3 Alguns adjetivos e advérbios possuem uma 
forma irregular quando usados no comparativo de 
superioridade. São eles:
Adjective / Adverb Irregular comparative 
form
Good / Well Better
Bad / Badly Worse
Far Farther / further
Old Older / elder
Podemos concluir que os termos comparativos da 
língua inglesa são similares aos da língua portuguesa, 
facilitando o emprego dessas expressões e as tradu-
ções das mesmas. Entretanto, deve-se levar em consi-
deração as regras de uso e suas respectivas exceções.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. (UNIOESTE) Assinale a alternativa que expressa 
uma comparação de igualdade:
a) We are the world’s leading producer.
b) You used to wait years to have a telephone 
installed.
c) These resources are no longer exploited at the 
cost of the environment.
d) Brazilians are as technology-hungry as anywhe-
re in the world.
e) We are the world’s largest producer of sugar.
2. Choose the best alternative for each sentence:
 They play tennis well but she can play...
 ( ) better ( ) worst ( ) good
3. Choose the best alternative for each sentence:
 I live far, but my parents live...
 ( ) far ( ) farthest ( ) farther
4. (FATEC) Das frases reproduzidas a seguir, aquela 
que traz exemplos de graus de comparação está 
na alternativa:
a) “Neither, in fact, are the programmers them-
selves, who have grown up writing softwares 
to run on a single engine – serially, that is, not 
in parallel”.
b) “For 50 years we’ve done things one way, and 
now we’re changing to a different model”.
c) “Within a decade we will likely see chips with 
100 cores, maybe even more, Rattner says”.
d) “Moore’s Law has held true, making computers 
cheaper and faster and more powerful”.
e) “Writing programs for them is incredibly diffi-
cult and time consuming.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
34
CLASS 03 - ENGLISH
Caro professor/a, iniciar a nossa aula de INGLÊS, 
com um momento de IMERSÃO, será trabalhado nessa 
aula a complementação (2ª parte) ao conteúdo sobre 
Degrees of Comparisons, que trata das regras de apli-
cação do sufixo -r/-er/-ier.
CONCEITO: THE -R/-ER/-IER SUFFIX SPEELING 
RULES
É importante ter em conta que, antes de acrescen-
tar -er, você precisa observar a terminação do próprio 
adjetivo. Pode ser necessário eliminar ou acrescentar 
letras para formar o comparativo de superioridade. 
Vejamos cada um deles agora.
• Para adjetivos monossílabos ou dissílabos ter-
minados em “e”: apenas acrescenta-se o sufixo “-r”.
EXEMPLO(S):
My bedroom is bigger than my brother’s. (O meu 
quarto é maior do que o do meu irmão.)
Playing soccer is nicer than playing basketball. 
(Jogar futebol é mais legal do que jogar basquete.)
• Para adjetivos monossílabos ou dissílabos ter-
minados em “consoante + vogal + consoante”: re-
pete-se a última consoante e, aí sim, acrescentar a 
terminação -er.
EXEMPLO(S):
Our living room is larger than yours. (Nossa sala 
de estar é maior do que a sua.)
There is nothing sadder than being a pessimist. 
(Não há nada mais triste do que ser pessimista.)
EXCEÇÃO: new – newer
• Para adjetivos monossílabos ou dissílabos ter-
minados em “consoante + y”: retira-se o -y, e acres-
centar “-ier”.
EXEMPLO(S):
He was busier than usual at his work today. (Ele 
estava mais ocupado que o costume no trabalho hoje.)
The English test was easier than the Spanish one. 
(A prova de inglês foi mais fácil do que a de espanhol.)
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. Write the comparative forms of the words below.
a) early: ________________________________
b) big: _________________________________
c) modern: _____________________________
d) heavy: _______________________________
e) polite: _______________________________
f) handsome: ___________________________
g) wise: ________________________________
h) short: ________________________________
i) angry: _______________________________
j) important: ____________________________
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
35
CLASS 04 - ENGLISH
Caro/a estudante, agora iremos fazer o nosso es-
tudo sobre o modo SUPERLATIVO, que assim como os 
comparativos, também estabelece um grau de com-
paração. Porém expressa uma qualidade da pessoa 
ou coisa que se destaca diante de todas as outras 
similares. Let’s see it...
CONCEITO: DEGREES OF COMPARISONS: THE 
SUPERLATIVE
O superlativo é usado para expressar o grau mais 
alto e intenso de uma característica ou qualidade. Ele 
costuma estabelecer uma relação entre um substan-
tivo e um grupo de substantivos.
A sua estrutura lembra bastante o comparativo de 
superioridade, visto que o comparativo tem a função 
de expressar uma característica ou qualidade de um 
substantivo, comparando-o com outro.
O grau superlativo em inglês segue duas estru-
turas diferentes, consoante o número de sílabas do 
adjetivo. Confira abaixo as regras de formação dos 
superlativos em inglês.
1. Os adjetivos de uma ou duas sílabas são os 
que possuem poucos caracteres, constituem palavras 
mais curtas. É o caso, por exemplo,de new, nice, big 
e happy. 
• Estrutura: the + adjetivo + -est
EXEMPLO(S):
Catherine was the nicest teacher I have ever had. 
(A Catarina foi a professora mais legal que eu já tive.)
She chose the simplest option. (Ela escolheu a 
opção mais simples.)
2. Superlativo de adjetivos de três ou mais sílabas 
são os que constituem palavras mais longas; possuem 
mais caracteres. É o caso, por exemplo, de “beautiful”, 
“inteligent”, “interesting” e “valuable”.
• Estrutura: the most + adjetivo
EXEMPLO(S):
Some people say Brazil is the most beautiful cou-
ntry in the world. (Algumas pessoas dizem que o Brasil 
é o país mais bonito do mundo.)
My father is the most intelligent man I know. (Meu 
pai é o homem mais inteligente que eu conheço.)
3.3 Alguns adjetivos e advérbios possuem uma 
forma irregular quando usados no comparativo de 
superioridade. São eles:
Adjective / Adverb Irregular comparative 
form
Good / Well Best
Bad / Badly Worst
Far Farthest / furthest
Old Oldest / eldest
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. Passe para o português as frases abaixo:
a) The biggest cake of the bakery.
b) The most expensive car of the store.
c) The oldest person of the family.
d) The most intelligent girl of the class.
e) The hardest test of the school.
2. Selecione a melhor opção para completar a frase 
corretamente: 
a) Russia is the __________ country of the world. 
 ( ) smallest ( ) biggest ( ) poorest
b) Bugatti Veyron is one of the __________ cars 
of the world.
 ( ) ugliest ( ) ridiculous ( ) fastest
c) The Bible is one of the __________ books of 
the world. 
 ( ) fakest ( ) newest ( ) most popular
d) The giraffe is the __________ animal of the 
world.
 ( ) tallest ( ) fattest ( ) biggest
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
36
CLASS 05 - ENGLISH
Caro professor/a, iniciar a nossa aula de INGLÊS, 
com um momento de IMERSÃO, será trabalhado nessa 
aula a complementação (2ª parte) ao conteúdo sobre 
Degrees of Comparisons, que trata das regras de apli-
cação do sufixo -st/-est/-iest.
CONCEITO: THE -ST/-EST/-IEST SUFFIX SPEELING 
RULES
Antes de acrescentar a terminação “-est”, você 
precisa observar a terminação do próprio adjetivo, 
pois pode ser necessário eliminar ou acrescentar le-
tras para formar o superlativo. Vejamos a seguir as 
regras ortográficas.
• Para adjetivos monossílabos ou dissílabos ter-
minados em “e”: apenas acrescenta-se “-st”.
EXEMPLO(S):
Catherine was the nicest teacher I have ever had. 
(A Catarina foi a professora mais legal que eu já tive.)
She chose the simplest option. (Ela escolheu a 
opção mais simples.)
• Para adjetivos monossílabos ou dissílabos termi-
nados em consoante + vogal + consoante: repete-se 
a consoante final e acrescenta-se o sufixo “-est”.
EXEMPLO(S):
Francisco likes to listen to the saddest songs. 
(Francisco gosta de ouvir as músicas mais tristes.)
Babe is the fattest pig in the barn. (Babe é o porco 
mais gordo do celeiro.)
• Para adjetivos monossílabos ou dissílabos ter-
minados em “consoante + y”: retira-se o y, e acres-
centa-se “-iest”.
EXEMPLOS:
The English test was the easiest of all. (A prova 
de inglês foi a mais fácil de todas.)
She is the busiest girl in this office. (Ela é a garota 
mais ocupada neste escritório.)
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. Escreva a forma do superlativo de superioridade 
de cada adjetivo abaixo: 
a) short: ________________________________
b) incredible: ____________________________
c) tasty: ________________________________
d) long: ________________________________
e) good: ________________________________
2. Complete as frases com o grau superlativo de 
superioridade dos adjetivos abaixo, da maneira 
correta.
a) The red dress is ________________________ 
the black. (expensive)
b) Math is ____________________________ you 
think. (simple)
c) Today is ____________________________ day 
of the year. (hot)
d) Yesterday was ______________________ to-
day. (cold)
e) I would like to have a good dinner but the res-
taurant is ____________________ subway. 
(far)
f) He is ___________________ person that I 
know. (creative)
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
37
CLASS 06 - ENGLISH
Caro/a estudante, ainda continuando nosso ob-
jeto de conhecimento, preparamos algumas ativida-
des para consolidar o nosso aprendizado. Caso seja 
necessário, consulte os textos explicativos sobre os 
usos e regras dos graus comparativos e superlativo. 
Let’s start!!! 
CONCEITO: DEGREES OF COMPARISONS
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. Choose the correct statements about the cartoon.
 
a) The caracters are in a store that sells CDs.
b) All the CDs in the store cost the same.
c) The Greatest Hits are the most popular CDs. 
d) The Greatest Misses are the most unpopular 
CDs.
2. Which superlative adjective is used in the car-
toon? 
3. Replace the blankets with CHEAPER THAN, AS 
CHEAP AS or THE CHEAPEST to complete the 
sentences about the cartoon.
a) The Greatest Misses are ________________ 
CDs in the store.
b) The Greatest Misses are ________________ 
the Gratest Hits in the store. 
c) The Greatest Hits aren’t _________________ 
the Greatest Misses in the store. 
4. The fragments below presente some psychologi-
cal benefits of listening to music. Complete them 
by replacing the blankets with comparative form 
of the adjectives below. 
 EASY - FAST - GOOD - GREAT - HARD - HAPPY - 
HEALTHY - MOTIVATED - RELAXED
a) Listening to music can be entertaining and 
some research suggests that it might even 
make you ____________________. Music can 
be a source of pleasure and contentment, but 
there are many others psychological benefits 
as well.
b) The researches suggests that that music and 
lighting help create a ____________________ 
settings.
c) While listening to music at any point in time 
was effective, the researchers noted that 
listening to music pre-surgery resulted in 
____________________ outcomes.
d) There is a good reason why you find it 
____________________ to exercise while you 
listening to music - researches have found that 
listening pre-paced music motivates people to 
work out ____________________.
e) Another of the science-backed benefits 
of music is that it just might make you 
____________________.
f) Runners are not only able to run 
____________________ while listening to mu-
sic: they are also feel ____________________ to 
stick with it and display ____________________ 
endurance. 
endurance: resitêcia
outcome: resultado
stick with: manter; continuar
work out: exercitar-se
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
38
CLASS 07 - ENGLISH
CONCEITO: CHARGES & CARTUNS
Caro/a estudante, ainda continuando com o nosso 
objeto de conhecimento, preparamos algumas ativi-
dades para consolidar nosso aprendizado.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. Read the cartoons and think about them.
 I. 
 
 II. 
 
 1.1. The topic of the cartoon I is...
a) the problems caused by technology addiction. 
b) the importance of technology today.
c) the lack of mutual understanding.
 1.2. Cartoon II makes a joke about…
a) the prices of smartphones.
b) the sophistication of smartphones
2. Answer the questions about the cartoons.
a) What is funny about the answer of the answer 
of the male character in cartoon I?
b) What does the face of the female character in 
cartoon II express?
3. Nos textos presentes nos cartoons, identifique 
os verbos que indicam ações em progresso.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
39
CLASS 08 - ENGLISH
Caro/a estudante, o objetivo agora é apresentar 
atividades com estratégias de leitura diversificadas 
que possibilitem o entendimento do texto. 
CONCEITO: TEXT COMPREHENSION
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. Read the sentences from the texts in “Time to 
read” and do the following tasks.
 I. “Memes never die.”
 II. “[...]it costs a lot less.” 
 III. “Are you taking notes?” 
 IV. “Respect your grandpa.” 
 V. “I’m taking a chocolate bar.” 
 VI. “All this technology is making us antisocial.” 
 VII. It doesn’t have all the cool features of a big 
phone [...]
 VIII. “[...] you’re spending waaaaay too much time 
onthe internet.”
a) Choose the sentences that indicate na action 
in progress.
b) What is the form of the verb phrases used in 
the sentences that indicate an action in pro-
gress?
2. (Enem/2015)
RIDGWAY, L. Disponível em: http://fborfw.com. Acesso em: 
23 fev. 2012.
 Na tirinha da série For better or for worse, a comu-
nicação entre as personagens fica comprometida 
em um determinado momento porquê...
a) as duas amigas divergem de opinião sobre fu-
tebol.
b) uma das amigas desconsidera as preferências 
da outra.
c) uma das amigas ignora que o outono é tem-
porada de futebol.
d) uma das amigas desconhece a razão pela qual 
a outra a maltrata.
e) as duas amigas atribuem sentidos diferentes 
à palavra season.
3. Observe a imagem e faça o que se pede.
 
a) Traduza a frase.
b) Passe a frase para a forma negativa e interro-
gativa.
c) Substitua o pronome “they” por “she” e realize 
sentenças afirmativa, negativa e interrogativa.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
40
CLASS 09 - ENGLISH
Caro/a estudante, o objetivo agora é apresentar 
atividades com estratégias de leitura diversificadas 
que possibilitem o entendimento do texto. 
CONCEITO: TEXT COMPREHENSION
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. Match the definition with the correct picture.
 A. 
 B. 
 C. 
 D. 
 E. 
 (___) They’re using their smartphones.
 (___) He’s using a computer at school.
 (___) They’re watching the news on TV. 
 (___) He’s listening to a podcast. 
 (___) She’s reading the newspaper.
Read the text below to check your predictions, and 
answer the question 2.
https://www.usatoday.com/story/tech/news/2019/08/13/
youtube-influencers-teen-news-source-despite-being-called-
unreliable/1992640001/
disclosure: revelação 
survey: levantamento 
research: pesquisa 
trustworthy: confiável
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
41
2. Há diferentes formas de se manter informado. 
De acordo com o texto, os adolescentes...
a) acreditam que é preocupante receber notícias 
apenas de plataformas de mídia sociais.
b) costumam checar a credibilidade das notícias 
e informações que recebem de redes sociais.
c) usam, mais frequentemente, o Twitter ou o 
Facebook do que o YouTube para acompanhar 
notícias.
d) utilizam, em grande maioria, veículos tradi-
cionais para acompanhar o que acontece no 
mundo.
e) preferem acompanhar notícias de redes sociais 
e influenciadores digitais a veículos tradicio-
nais.
3. O texto é baseado em alguma pesquisa?
4. What is the name of the online newspaper that 
the text is part of?
5. Quais palavras cognatas você consegue encontrar 
nesse texto? Escreva.
CLASS 10 - ENGLISH
Let’s check your knowlwdge!!! Caro/a estudan-
te, o objetivo agora é apresentar algumas questões 
apresentadas no Exame Nacional do Ensino Médio 
(ENEM), simulando uma prova já aplicada. 
CONCEITO: TEXT COMPREHENSION
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
1. (Enem 2016)
Frankentissue: printable 
cell technology
 In November, researchers from the University of 
Wollongong in Australia announced a new bio-ink 
that is a step toward really printing living human 
tissue on an inkjet printer. It is like printing tissue 
dot-by-dot. A drop of bioink contains 10,000 to 
30,000 cells. The focus of much of this research is 
the eventual production of tailored tissues suita-
ble for surgery, like living Band-Aids, which could 
be printed on the inkjet. However, it is still nearly 
impossible to effectively accessory. Consider that 
the liver is a series of globules, the kidney a set 
of pyramids. Those kinds of structures demand 
3D printers that can build them up, layer by pro-
mising for the inkjet.
Disponível em: http://discovermagazine.com.
Acesso em: 2 dez. 2012.
 O texto relata perspectivas no campo da tecnolo-
gia para cirurgias em geral, e a mais promissora 
para este momento enfoca o(a)
(A) uso de um produto natural com milhares de 
células para reparar tecidos humanos.
(B) criação de uma impressora especial para tra-
çar mapas cirúrgicos detalhados.
(C) desenvolvimento de uma tinta para produzir 
pele e tecidos humanos finos.
(D) reprodução de células em 3D para ajudar nas 
cirurgias de recuperação dos rins.
(E) extração de glóbulos do fígado para serem 
reproduzidos em laboratório.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
42
2. (Enem 2016)
 
Disponível em: www.ct.gov.
Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).
 Orientações à população são encontradas tam-
bém em sites oficiais. Ao clicar no endereço 
eletrônico mencionado no cartaz disponível na 
internet, o leitor tem acesso aos(às)
(A) ações do governo local referentes a calami-
dades.
(B) relatos de sobreviventes em tragédias mar-
cantes.
(C) tipos de desastres naturais possíveis de acon-
tecer.
(D) informações sobre acidentes ocorridos em 
Connecticut.
(E) medidas de emergência a serem tomadas em 
catástrofes.
3. (Enem 2016)
 Milan is crowded with Italian icons, which makes 
it even more of a cultural earthquake that one of 
Italy’s leading universities — the Politecnico di 
Milano — is going to switch to the English lan-
guage. The university has announced that from 
2014 most of its degree courses — including all its 
graduate courses — will be taught and assessed 
entirely in English rather than Italian.
 The waters of globalisation are rising around hi-
gher education — and the university believes that 
if it remains Italian-speaking it risks isolation and 
will be unable to compete as an international ins-
titution. “We strongly believe our classes should 
be international classes — and the only way to 
have international classes is to use the English 
language, says the university’s rector, Giovanni 
Azzone.
COUGHLAN, S.
Disponível em: www.bbc.co.uk.
Acesso em 31 jul. 2012.
 As línguas têm um papel importante na comu-
nicação entre pessoas de diferentes culturas. 
Diante do movimento de internacionalização no 
ensino superior, a universidade Politecnico di Mi-
lano decidiu
(A) elaborar exames em língua inglesa para o 
ingresso na universidade.
(B) ampliar a oferta de vagas na graduação para 
alunos estrangeiros.
(C) investir na divulgação da universidade no 
mercado internacional.
(D) substituir a língua nacional para se inserir no 
contexto da globalização.
(E) estabelecer metas para melhorar a qualidade 
do ensino de italiano.
4. (Enem 2016)
Ebony and ivory
Ebony and ivory live together in perfect harmony
Side by side on my piano keyboard, oh Lord, why 
don’t we?
We all know that people are the same wherever 
we go
There is good and bad in ev’ryone,
We learn to live, we learn to give
Each other what we need to survive together alive
McCARTNEY, P.
Disponível em: www.paulmccartney.com.
Acesso em: 30 maio 2016.
 Em diferentes épocas e lugares, compositores têm 
utilizado seu espaço de produção musical para 
expressar e problematizar perspectivas de mundo. 
Paul McCartney, na letra dessa canção, defende
(A) o aprendizado compartilhado.
(B) a necessidade de donativos.
(C) as manifestações culturais.
(D) o bem em relação ao mal.
(E) o respeito étnico.
5. (Enem 2016)
 BOGOF is used as a noun as in ‘There are some 
great bogofs on at supermarket’ or an adjective, 
usually with a word such as ‘offer’ or ‘deal’ – ‘the-
re are some great bogof offers in store’.
 When you combine the first letter of the words in 
a frase or the name of na organization, you have 
an acronym. Acronyms are spoken as a word so 
NATO (North Atlantic Treaty Organization) is not 
pronounced N-A-T-O. We say NATO. Bogof, When 
said out loud, is quite comical for a native speaker, 
as it sounds like an insult, ‘Bog off!’ meaning go 
away, leave me alone, slightly childish and a little 
old-fashioned.
 BOGOF is the best-known of the supermarket 
marketing strategies. The concept was first im-
ported from the USA during the 1970s recession, 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
43
When food prices were very high. It came back 
into fashion in the late 1990s, led by big super-
market chains trying to gain a competitive advan-
tage over each other. Consumers were attracted 
by the idea that They couldget something or 
nothing. Who could possibly say ‘no’?
Disponível em: www.bbc.co.uk.
Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).
 Considerando-se as informações do texto, a ex-
pressão “bogof” é usada para
(A) Anunciar mercadorias em promoção.
(B) pedir para uma pessoa se retirar.
(C) comprar produtos fora de moda.
(D) indicar recessão na economia.
(E) chamar alguém em voz alta.
ANEXO 01 - LIST OF IRREGULAR VERBS
BASE FORM PAST SIMPLE PAST PARTICIPLE TRANSLATION
to be was, were been estar; ser
to beat beat beaten bater; derrotar, vencer; superar
to become became become tornar-se
to begin began begun começar
to bet bet bet apostar
to blow blew blown soprar
to break broke broken quebrar
to bring brought brought trazer
to build built built construir
to buy bought bought comprar
to catch caught caught capturar, pegar
to choose chose chosen escolher
to come came come vir
to cut cut cut cortar
to deal dealt dealt lidar; negociar, tratar
to do did done fazer
to draw drew drawn atrair, chamar (a atenção); desenhar
to dream dreamed/dreamt dreamed/dreamt sonhar
to drink drank drunk beber
to drive drove driven dirigir
to eat ate eaten comer
to fall fell fallen cair
to feel felt felt sentir
to fight fought fought brigar; lutar
to find found found encontrar
to fit fit fit ajustar; caber, servir
to flee fled fled escapar, fugir; evitar
to forget forgot forgotten esquecer
to get got got/gotten adquirir; conseguir, obter; receber
to give gave given dar
to go went gone ir
to grow grew grown crescer; cultivar
to have had had ter
to hear heard heard ouvir
to hide hid hidden esconder, ocultar
to hold held held abraçar; segurar
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
44
to keep kept kept manter
to know knew known conhecer; saber
to lay laid laid colocar, pôr; deitar
to lead led led comandar, conduzir; levar
to learn learned/learnt learned/learnt aprender
to leave left left abandonar, deixar; partir, sair
to let let let deixar, permitir
to lose lost lost perder
to make made made fazer
to mean meant meant significar
to meet met met conhecer; encontrar
to misunderstand misunderstood misunderstood entender mal, interpretar mal
to overcome overcame overcome superar
to pay paid paid pagar
to put put put colocar, pôr
to read read read ler
to rise rose risen erguer, levantar
to run ran run correr
to say said said dizer
to see saw seen ver
to seek sought sought buscar; objetivar
to send sent sent enviar
to set set set ajustar, marcar, pôr em determinada
to shake shook shaken sacudir
to shine shone shone brilhar, reluzir
to show showed showed/shown apresentar, mostrar
to sing sang sung cantar
to sit sat sat sentar
to sleep slept slept dormir
to speak spoke spoken falar
to spend spent spent gastar (dinheiro); passar (tempo)
to spread spread spread espalhar
to stand stood stood ficar em pé; suportar
to steal stole stolen roubar
to strive strove striven esforçar-se, lutar
to swim swam swum nadar
to take took taken pegar
to teach taught taught ensinar
to tell told told contar, relatar
to think thought thought achar, pensar
to throw threw thrown arremessar, jogar
to understand understood understood compreender, entender
to wear wore worn usar (roupa, calçado, acessório), vestir
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
45
ANEXO 02 - DAILY ROUTINES IN ENGLISH 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
46
COMPONENTE CURRICULAR 
LÍNGUA PORTUGUESA
HABILIDADES DA BNCC
(EM13LP04) Estabelecer relações de interdiscursi-
vidade e intertextualidade para explicitar, sustentar 
e conferir consistência a posicionamentos e para 
construir e corroborar explicações e relatos, fa-
zendo uso de citações e paráfrases devidamente 
marcadas.
(EM13LP40) Analisar o fenômeno da pós-verdade 
discutindo as condições e os mecanismos de disse-
minação de fakenews e também exemplos, causas 
e consequências desse fenômeno e da prevalên-
cia de crenças e opiniões sobre fatos , de forma 
a adotar atitude crítica em relação ao fenômeno 
e desenvolver uma postura flexível que permita 
rever crenças e opiniões quando fatos apurados 
as contradisserem.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
(GO-EMLP04A) Observar a relação existente entre 
língua e linguagem, analisando a interdiscursivida-
de e as diferentes manifestações sociais contidas 
em textos multimodais existentes nos objetivos de 
seu produtor e seu público-alvo para a construção 
de textos coerentes no uso de citações sua funcio-
nalidade e intenção.
(GO-EMLP40A) Relacionar procedimentos de che-
cagem de fatos noticiados e demais informações 
veiculadas nos sistemas de comunicação e informa-
ção responsáveis pelo fenômeno da pós-verdade, 
apurando a veracidade e identificando os interesses 
implícitos nessas informações para construir um 
leitor proficiente e crítico.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Análise e interpretação semiótica. 
Leitura, compreensão, análise e interpretação de 
textos em Língua Portuguesa. 
Estratégias de leitura e compreensão de textos. 
Gêneros discursivos. 
Intertextualidade, Combinação das palavras, Am-
biguidade, Variação Linguística.
Estilo jornalístico: características do gênero discur-
sivo. 
Linguagem do gênero discursivo. 
As pessoas gramaticais e os papéis sociais. 
Coesão sequencial, seleção lexical, substantivos 
abstratos e vocativos. 
Estudo do gênero na Língua Portuguesa: notícia, 
reportagem, relato, sinopse, resenha, entrevista, 
crônica, editorial. 
Estratégia de concordância e refutação. 
Ética e intencionalidade discursiva. 
Fairplay no esporte. 
Expressividade artística, alienação e crítica social. 
Verdade nos discursos. 
Pesquisa/levantamento, tabulação e análise de 
dados. 
Critérios para análise/curadoria de informações: 
relevância e confiabilidade da fonte.
Implícitos: subentendidos e pressupostos. 
Análise do discurso. 
Comparação entre textos.
HABILIDADES DA BNCC
(EM13LP42) Acompanhar, analisar e discutir a 
cobertura da mídia diante de acontecimentos e 
questões de relevância social, local e global, com-
parando diferentes enfoques e perspectivas, por 
meio do uso de ferramentas de curadoria (como 
agregadores de conteúdo) e da consulta a serviços 
e fontes de checagem e curadoria de informação, 
de forma a aprofundar o entendimento sobre um 
deter minado fato ou questão, identificar o enfoque 
preponderante da mídia e manter-se implicado, de 
forma crítica, com os fatos e as questões que afe-
tam a coletividade.
(EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (ar-
tísticas, corporais e verbais) em diferentes contex-
tos, valorizando-as como fenômeno social, cultu-
ral, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos 
contextos de uso.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
(GO-EMLP42A) Examinar textos de diferentes gê-
neros do campo jornalístico e midiático, utilizados 
com a finalidade de criar e mudar comportamentos 
e hábitos, considerando o uso de novas tecnologias 
digitais de checagem de informação e da web 2.0 
para o desenvolvimento de uma atitude analítica 
e crítica.
(GO-EMLGG201A) Sintetizar e resenhar textos, 
usando paráfrases, marcas do discurso reportado 
e citações, para empregar em textos de divulgação 
de estudos e pesquisas.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Linguagens, seus diálogos e práticas culturais. 
Contextos e práticas. 
Relação entre textos nas Línguas Espanhola, Inglesa 
e Portuguesa, reconstrução da textualidade e efei-
tos de sentido provocados pelos usos de recursos 
linguísticos e multissemióticos. 
Linguagem e sentido. 
A dimensão discursiva da linguagem.
HABILIDADES DA BNCC
(EM13LP53) Produzir apresentações e comentários 
apreciativos e críticos sobre livros, filmes, discos, 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
47
canções, espetáculos de teatro e dança, exposições 
etc. (resenhas, vlogs e podcasts literários e artísti-
cos, playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.).
(EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, prá-
ticas culturais, temas/ problemas/ questões que 
despertam maior interesse ou preocupação, res-
peitando e valorizando diferenças, como forma de 
identificar afinidades e interesses comuns, como 
também de organizar e/ou participar de grupos, 
clubes, oficinas e afins.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
(GO-EMLP53A) Avaliar, com o uso de textos lite-
rários diversos, a produção de comentários de li-
vros, filmes, canções e espetáculos, observando os 
critérios de composição de cada produto cultural 
para a produção oral e escrita do raciocínio crítico 
avaliativo sobre os principais artistas e suas obras.
(GO-EMLP20A) Dialogar e produzir entendimento 
mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais 
e verbais), avaliando o interesse comum pautado 
em princípios e valores de equidade assentados na 
democracia e nos Direitos Humanos para promover 
o respeito ao outro.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
TDICs: gêneros digitais direcionados ao desenvol-
vimento da arte. 
Literatura e arte na Língua Portuguesa. 
Produção cultural integradora entre os componen-
tes curriculares
Tipos de discursos. 
Intertextualidade. 
Interpretação na Libras de textos nas diversas lin-
guagens (artísticas, corporais e verbais): configu-
ração da mão, locação, movimento e orientação. 
Gêneros discursivos. 
A linguagem do gênero seminário, debate etc..
HABILIDADES DA BNCC
(EM13LGG203)Analisar os diálogos e os processos 
de disputa por legitimidade nas práticas de lingua-
gem e em suas produções (artísticas, corporais e 
verbais)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
(GO-EMLGG203A) Questionar o uso de debates, 
quanto ao raciocínio crítico, analítico de questões 
sociais, presentes em textos midiáticos de âmbito 
nacional e local, analisando os processos de disputa 
nas práticas de linguagem para ampliar as possibi-
lidades de construção de sentidos e de apreciação.
(GO-EMLGG203B) Promover debates e discussões 
de temas de interesses da juventude, aproprian-
do-se de bases legais, como o Estatuto da Juventu-
de e as políticas públicas vigentes, para tornar- se 
protagonista de ações que contemplem a condição 
juvenil.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Tipos de discursos.
Intertextualidade.
Literatura da Língua Portuguesa. 
Gêneros discursivos.
A linguagem do gênero seminário, debate etc.
HABILIDADES DA BNCC
(EM13LP28) Organizar situações de estudo e utilizar 
procedimentos e estratégias de leitura adequados 
aos objetivos e à natureza do conhecimento em 
questão.
(EM13LP42) Acompanhar, analisar e discutir a 
cobertura da mídia diante de acontecimentos e 
questões de relevância social, local e global, com-
parando diferentes enfoques e perspectivas, por 
meio do uso de ferramentas de curadoria (como 
agregadores de conteúdo) e da consulta a serviços 
e fontes de checagem e curadoria de informação, 
de forma a aprofundar o entendimento sobre um 
determinado fato ou questão, identificar o enfoque 
preponderante da mídia e manter- se implicado, 
de forma crítica, com os fatos e as questões que 
afetam a coletividade.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
(GO-EMLP28A) Organizar e experimentar estraté-
gias de estudo fazendo leituras, resolução de exer-
cícios, interpretação de vídeos, gráficos e imagens 
acerca do conteúdo em questão para produzir uma 
aprendizagem significativa e otimizar o tempo.
(GO-EMLP42A) Examinar textos de diferentes gê-
neros do campo jornalístico e midiático, utilizados 
com a finalidade de criar e mudar comportamentos 
e hábitos, considerando o uso de novas tecnologias 
digitais de checagem de informação e da web 2.0 
para o desenvolvimento de uma atitude analítica 
e crítica.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais 
do texto.
Estratégias de escrita: textualização, revisão e edi-
ção.
Planejamento e produção de questionários. 
Organização de cronograma de estudo. Forma de 
composição do texto. 
Relação entre contexto de produção e característi-
cas composicionais e estilísticas dos gêneros.
Reconstrução da textualidade e compreensão dos 
efeitos de sentido provocados pelos usos de recur-
sos linguísticos e multissemióticos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
48
 
(https://somelhora.com.br/2020/03/18/poesia-sobre-o-tempo/)
Retrato - Cecília Meireles
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Tempo perdido – Legião Urbana
Todos os dias quando acordo / Não tenho mais / O tempo que passou / Mas tenho muito tempo / Temos todo 
o tempo do mundo / Todos os dias / Antes de dormir / Lembro e esqueço / Como foi o dia / Sempre em frente 
/ Não temos tempo a perder / Nosso suor sagrado / É bem mais belo / Que esse sangue amargo / E tão sério 
/ E selvagem! Selvagem! / Selvagem! / Veja o sol Dessa manhã tão cinza / A tempestade que chega / É da 
cor dos teus olhos / Castanhos / Então me abraça forte / E diz mais uma vez / Que já estamos / Distantes de 
tudo / Temos nosso próprio tempo / Não tenho medo do escuro / Mas deixe as luzes / Acesas agora / O que 
foi escondido / É o que se escondeu / E o que foi prometido / Ninguém prometeu / Nem foi tempo perdido / 
Somos tão jovens / Tão jovens! Tão jovens!
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
49
PRÉ-MODERNISMO
(https://infinittusexatas.com.br/pre-modernismo-resumos-e-mapas-mentais/)
Pré-modernismo é como ficou conhecido o pe-
ríodo literário brasileiro que vai de 1902 até 1922. 
Na Europa, o período que antecedeu ao modernis-
mo foi marcado pela tensão política entre os países 
imperialistas e pelo surgimento dos movimentos de 
vanguarda. Já no Brasil, a Proclamação da República, 
o surgimento das favelas e a Guerra de Canudos são 
alguns fatos históricos que levaram os autores desse 
período a realizarem críticas sociais, econômicas e 
políticas em suas obras.
Por ser um período de transição, o pré-modernis-
mo apresenta traços de estilos do século XIX, como: 
realismo, naturalismo, parnasianismo e simbolismo. 
Além disso, é marcado por um nacionalismo crítico, 
ou seja, sem idealizações românticas. Desse modo, 
autores como Lima Barreto, Graça Aranha e Monteiro 
Lobato mostraram, em prosa, um Brasil sem retoques, 
enquanto o poeta Augusto dos Anjos revelava sua 
descrença na espécie humana.
Contexto histórico do pré-modernismo
O final do século XIX e início do século XX, na Eu-
ropa, foi marcado pela competição entre as grandes 
potências em relação à expansão imperialista, ou seja, 
a exploração econômica de países subdesenvolvidos. 
Isso gerou, portanto, um clima de tensão entre as na-
ções dominantes e causou o crescimento de discursos 
nacionalistas que fomentavam essa rivalidade, desen-
cadeando a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Já no Brasil, em 1889, ocorreu a Proclamação da 
República. A partir desse evento histórico, as grandes 
cidades do país iniciaram um processo de reestrutu-
ração do espaço urbano. O objetivo era eliminar as 
marcas da arquitetura portuguesa e, por extensão, do 
período monárquico. Assim, em cidades como o Rio 
de Janeiro, ocorreu o chamado “bota-abaixo”.
Segundo Eloísa Petti Pinheiro, doutora em História 
da Arquitetura:
“A intervenção no espaço construído do Rio é 
conhecida como a ‘Reforma Passos’, a ‘era das de-
molições’ ou, mais popularmente, como o ‘bota-abai-
xo’, realizada com a intenção de acabar com a corte 
colonial portuguesa, infecta, imunda e antiga, para 
dar passagem a um centro moderno, ‘afrancesado’ 
e saneado.
O Brasil quer mudar sua imagem modificando as 
feições de sua capital e os costumes de seus habitan-
tes. Com o início das reformas, em 1902, começa a 
transformação: o centro da cidade é o cenário de uma 
luta social, onde entra em cena um novo urbanismo, 
símbolo do progresso, da limpeza, da saúde, da be-
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
50
leza e da civilização, evidenciando-se, a partir desse 
momento, uma nova identidade nacional.”
Como resultado dessa intervenção no espaço ur-
bano, houve o deslocamento de pessoas pobres, que 
residiam em cortiços, para regiões periféricas. Surgi-
ram, dessa forma, as favelas. Além disso, os escravos 
libertos, substituídospela mão de obra europeia, es-
tavam entregues à própria sorte, sem nenhuma ajuda 
para sobreviverem. Entretanto, em contraposição a 
essa miséria, o estado de São Paulo enriquecia com 
a cultura de café.
Foto de Flávio de Barros — sobreviventes da Guerra de Canudos, 
em 1897.
Já no Nordeste, o motivo da miséria era outro: a 
seca. Nesse contexto de desesperança, ganhou força 
a voz de um líder, o beato Antônio Conselheiro (1830-
1897). Ele conseguiu, com suas profecias sobre o fim 
do mundo, juntar muitos seguidores, pessoas que, 
diante da realidade difícil, não tinham outro recurso 
a não ser recorrer à fé. Essa situação levou à Guerra 
de Canudos (1896-1897).
É nesse contexto, marcado por disparidades so-
ciais e conflitos políticos, que surgiu o pré-moder-
nismo. Assim, os autores desse período acabaram re-
fletindo, em suas obras, essa realidade. Não havendo 
mais espaço para idealizações, mostrar a realidade 
crua do país tornou-se uma missão para eles.
Características do pré-modernismo
O pré-modernismo não é considerado um esti-
lo de época, pois apresenta uma multiplicidade de 
temáticas. É entendido como um período literário 
brasileiro que faz a transição entre o simbolismo e 
o modernismo. Por isso, é possível encontrar, nas 
obras dessa época, características de estilos passa-
dos, como: parnasianismo, realismo, naturalismo e 
simbolismo. Assim, estão inseridos nessa fase os livros 
publicados entre 1902 e 1922.
No mais, os autores desse período imprimiam em 
suas obras elementos que preanunciavam o moder-
nismo, tais como: nacionalismo crítico, realismo, críti-
ca social, política e econômica. Portanto, a obra inau-
gural dessa fase é Os sertões, de Euclides da Cunha, 
em que o jornalista mostra não o lado dos vitoriosos, 
mas o dos revoltosos da Guerra de Canudos.
Em Portugal, durante esse período, o simbolismo 
ainda estava em voga. Iniciado em 1890, teve seu fim 
em 1915, quando o modernismo português foi inau-
gurado. Produziam nessa época, portanto, autores 
simbolistas como Eugénio de Castro (1869-1944) e 
Camilo Pessanha (1867-1926).
Pré-modernismo na Europa
Na Europa, o período que antecedeu o moder-
nismo foi marcado pelos movimentos de vanguarda, 
criados numa época em que se via o aparecimento 
de muitas inovações tecnológicas. Além disso, com 
o surgimento da psicanálise, no final do século XIX, 
Sigmund Freud (1856-1939) colocou em foco o in-
consciente, esse lugar onde a lógica e a moralidade 
não comandam. Assim, o consciente é o espaço da 
repressão; e o inconsciente, da liberdade de ação. 
Essa visão, portanto, ampliou a forma de entender-se 
a humanidade e a sociedade.
Nesse período, surgiu também a teoria da relati-
vidade, de Albert Einstein (1879-1955). Nessa teoria, 
o tempo não é absoluto, como defendia Isaac Newton 
(1643-1727), mas relativo, pois depende do ponto de 
vista do observador. Essa quebra radical com a física 
clássica foi mais um elemento do século XX que colo-
cou em xeque as certezas do passado e trouxe a ideia 
de que um novo mundo estava surgindo.
Nesse contexto, alguns artistas entenderam que 
a arte também precisava de renovação para estar 
de acordo com o novo século, uma época de franca 
evolução tecnológica, comandada pela velocidade, 
pelas possibilidades, mas também pelas incertezas. 
Assim como Einstein, na ciência, esses artistas ques-
tionaram, nas artes, teorias já cristalizadas. Surgiram, 
assim, as vanguardas europeias.
Esse período, na Europa, ficou conhecido como 
Belle Époque. Segundo Paula da Cruz Landim, doutora 
em Arquitetura e Urbanismo:
“Se há um período histórico onde tudo mudou 
rapidamente é a Belle Époque europeia, com 
revoluções acontecendo em todos os campos. 
Esse foi o período onde as vanguardas artísticas 
faziam coro no enfrentamento às concepções 
extremamente rígidas da arte acadêmica, en-
gessada em uma estética que tinha um pé no 
renascentismo.”
Foi por meio dessa perspectiva revolucionária de 
quebra com os valores tradicionais que se forjaram 
as bases do modernismo europeu, que tem caráter 
transgressor. Evidentemente, as questões políticas 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
51
que levaram à Primeira Guerra Mundial deram ao 
novo estilo que surgia o seu caráter nacionalista.
Autores e principais obras do pré-modernismo 
no Brasil
No período que compreende os anos de 1902 a 
1922, várias obras literárias importantes foram publi-
cadas no Brasil. A primeira delas é Os sertões (1902), 
de Euclides da Cunha, na qual o autor busca entender 
os motivos que levaram à revolta de Canudos, com 
base em um olhar jornalístico e científico, em fran-
ca consonância com o naturalismo. Assim, o livro é 
dividido em três partes:
• A terra: descrição detalhada e científica do ser-
tão nordestino.
• O homem: apresentação do sertanejo pela vi-
são naturalista, que defendia a influência do 
meio e da raça sobre o indivíduo.
• A luta: narração da luta entre as tropas do go-
verno e os seguidores de Antônio Conselheiro.
O livro Triste fim de Policarpo Quaresma (1915), 
de Lima Barreto, traz um personagem ingênuo que 
idealiza o Brasil, mas, no final do romance, a reali-
dade social, econômica e política do país impõe-se 
à fantasia de Policarpo Quaresma. Essa obra traz um 
nacionalismo crítico que se opõe ao nacionalismo 
ufanista do romantismo, ironizado nela.
Em Canaã (1902), Graça Aranha coloca em foco 
a imigração, acontecimento histórico do final do sé-
culo XIX e início do século XX. A obra é considerada 
um romance-tese, já que é permeada por reflexões 
filosóficas. Esse tipo de romance é típico do naturalis-
mo. Também é marca desse estilo a temática racial. 
Nessa perspectiva, Bárbara del Rio Araújo, mestre em 
Estudos Literários, comenta:
“[...], Alfredo Bosi analisa Canaã como uma re-
novada abordagem do nacional. Trata-o como 
uma nova consciência das fontes nacionais 
a refletir situações novas como a imigração 
alemã no Espírito Santo, desembocando em 
discussões raciais, sociais e morais, prelúdio 
inequívoco ao Modernismo. Quanto ao estilo 
desenvolvido, o crítico tentar apontar a obra 
como um romance de tese, o qual conflitua 
num jogo de ideias mundo tropical e a mente 
germânica, Brasil e Europa. Os personagens 
Milkau e Lentz, o primeiro a profetizar a vitó-
ria dos povos arianos sobre os mestiços e o 
segundo a pregar uma integração harmoniosa 
dos povos, polarizam o contraste entre racismo 
e universalismo da obra.”
Já Monteiro Lobato, em seu livro de contos Uru-
pês (1918), traz a figura do Jeca Tatu, o caipira. Ao con-
trário do homem do campo idealizado no romantismo, 
o caipira de Lobato é cheio de defeitos, incluindo, 
entre eles, a preguiça:
“Porque a verdade nua manda dizer que entre 
as raças de variado matiz, formadoras da nacio-
nalidade e metidas entre o estrangeiro recente 
e o aborígine de tabuinha no beiço, uma existe 
a vegetar de cócoras, incapaz de evolução, im-
penetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a 
põe de pé.”
O personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, serviu de inspiração 
para o ator e cineasta Amácio Mazzaropi (1912-1981).
Nessas obras, é possível apontar as seguintes ca-
racterísticas pré-modernistas:
• o nacionalismo (de caráter crítico),
• as críticas sociais,
• a análise de questões raciais (muitas vezes, em 
diálogo com o naturalismo),
• a crítica ao romantismo.
Por fim, temos o único poeta desse período: Au-
gusto dos Anjos. Sua poesia é tipicamente de tran-
sição. Isso porque não possui idealizações, é realista, 
e, também, porque apresenta marcas do naturalismo 
(vocabulário cientificista), do parnasianismo (rigor for-
mal: metrificação e rimas) e do simbolismo (referên-
cias místicas, entre outras marcas).
Autor de um livro só, chamado Eu (1912), Augusto 
dos Anjos traz para a literatura brasileira uma poesia 
que, muitas vezes, dialoga com o grotesco. Em seu 
soneto “Versos íntimos”, o eu lírico mostra-se pessi-
mista em relação à humanidade. Nesse poema, além 
do realismo (falta de idealização), é possível perce-
ber a influênciaparnasiana (decassílabos), simbolista 
(maiúscula alegorizante — Ingratidão e Homem) e 
naturalista (influência do meio: “Mora entre feras, 
sente inevitável/ Necessidade de também ser fera):
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
52
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Pré-modernismo e modernismo
O pré-modernismo foi uma espécie de ensaio para 
o modernismo brasileiro. Durante os anos de 1902 
a 1922, o modernismo foi sendo forjado até fixar as 
suas bases. Nesse período, os problemas sociais, eco-
nômicos e políticos tornaram-se mais evidentes, e 
falar sobre eles era inevitável. Não havia mais espaço 
para idealizações, o novo Brasil que se descortinava 
no início do século XX precisava ser discutido.
Era um Brasil republicano, em que a economia não 
dependia mais do trabalho escravo, e o ambiente ur-
bano, com suas indústrias, passava a ter protagonismo 
na história econômica e cultural do país, que entrava, 
enfim, na modernidade. Assim, o pré-modernismo fez 
a ponte entre o passado rural, escravocrata e imperial 
e o futuro urbano, republicano e dependente da força 
de trabalho do operariado.
Quando, em 1922, durante a Semana de Arte Mo-
derna, o modernismo foi inaugurado no Brasil, suas 
bases já estavam fixadas. O novo estilo mostrava uma 
atitude antipassadista, realista e nacionalista, além de 
apresentar um caráter revolucionário, questionador e 
experimental. Em busca de uma identidade brasileira, 
os autores do período recorreram ao regionalismo, à 
crítica social, econômica e política, e à valorização da 
diversidade étnica e cultural.
Vanguardas e o modernismo
No Brasil, a manifestação de todas essas tendên-
cias inovadoras oriundas da Europa ficou conhecida 
como Modernismo, movimento que equivale ao Fu-
turismo, para os italianos, e ao Expressionismo, para 
os alemães. O encontro dos principais artistas que 
seguiam as vanguardas europeias aconteceria durante 
a célebre Semana de Arte Moderna de 1922, evento 
que possibilitou a divulgação dos ideais modernistas, 
que emergiram principalmente em São Paulo e no 
Rio de Janeiro, para outras partes do país. A partir 
de então, a arte e, sobretudo, a literatura romperiam 
com a tradição passadista e dariam início a um projeto 
artístico que privilegiasse a criação de uma identidade 
literária autônoma e alinhada com a cultura brasileira.
(https://brasilescola.uol.com.br/literatura/vanguardas-
europeias.htm)
https://jornal.usp.br/cultura/macunaima-em-dialogo-com-os-
games-e-tema-de-seminario/
Macunaíma
“Macunaíma” é um romance modernista do escri-
tor Mário de Andrade. Conta a história de Macunaíma, 
um índio que viaja até São Paulo para recuperar sua 
muiraquitã.
Macunaíma, de Mário de Andrade, é um livro 
modernista, publicado, pela primeira vez, em 1928. 
Conta a história de Macunaíma, o herói sem nenhum 
caráter. Índio nascido na Floresta Amazônica, depois 
de perder a muiraquitã dada por sua companheira, 
Ci, a Mãe do Mato, ele decide viajar até a cidade de 
São Paulo para recuperar o amuleto.
Na trajetória do herói, elementos da cultura 
indígena e afro-brasileira são mostrados ao leitor e 
à leitora. Desse modo, a obra se configura em uma 
narrativa nacionalista, mas de caráter crítico, já que 
os personagens são apresentados sem nenhuma ide-
alização. Além disso, a língua portuguesa é mostrada 
em sua rica variedade.
Resumo da obra Macunaíma
• Macunaíma, de 1928, é um romance moder-
nista de Mário de Andrade.
• Além do herói Macunaíma, a obra também 
apresenta o seu antagonista, Piaimã.
• A narrativa possui tempo cronológico e está 
situada no início do século XX.
• A ação da obra se passa, principalmente, na 
Floresta Amazônica e em São Paulo.
• A história está centrada na busca de Macunaí-
ma por um amuleto perdido.
• A principal característica do livro é a diversidade 
cultural brasileira.
Mário de Andrade
Mário de Andrade nasceu em 09 de outubro de 
1893, na cidade de São Paulo. Mais tarde, a partir de 
1911, estudou piano, no Conservatório Dramático e 
Musical, e também canto. Assim, em 1922, tornou-se 
professor de estética e história da música nessa insti-
tuição. Nesse mesmo ano, foi um dos organizadores 
da Semana de Arte Moderna.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
53
O autor, que faleceu em 25 de fevereiro de 1945, 
em São Paulo, escreveu para periódicos como o Diário 
de S. Paulo e trabalhou no Departamento de Cultura 
dessa cidade. Além disso, no Rio de Janeiro, ocupou 
os seguintes cargos:
• diretor do Instituto de Artes da Universidade 
do Distrito Federal; e
• professor de filosofia e história da arte.
Contexto histórico
Os movimentos tenentistas, de cunho militar, e 
a Coluna Prestes, de ideologia comunista, marcaram 
o início da década de 1920 e abalaram a República 
Velha. Contudo, esse período da história brasileira, 
oficialmente, só chegou ao fim depois da quebra da 
Bolsa de Nova Iorque, em 1929, que afetou a eco-
nomia do Brasil, dependente da exportação de café.
Em 1930, Getúlio Vargas (1882-1954) subiu ao 
poder, após um golpe de estado, e iniciou a Era Var-
gas. Desse modo, em 1937, o presidente instituiu o 
Estado Novo, um regime ditatorial que durou até 1945 
e empreendeu forte perseguição política contra co-
munistas e artistas brasileiros.
(https://brasilescola.uol.com.br/literatura/macunaima.
htm)
Canto de regresso à pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
Oswald de Andrade
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
Oswald de Andrade
Debussy
Para cá, para lá . . .
Para cá, para lá . . .
Um novelozinho de linha . . .
Para cá, para lá . . .
Para cá, para lá . . .
Oscila no ar pela mão de uma criança
(Vem e vai . . .)
Que delicadamente e quase a adormecer o balança
— Psio . . . —
Para cá, para lá . . .
Para cá e . . .
— O novelozinho caiu.
Manuel Bandeira
Moça Linda Bem Tratada
Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor.
Grã-fino do despudor,
Esporte, ignorância e sexo,
Burro como uma porta:
Um coió.
Mulher gordaça, filó,
De ouro por todos os poros
Burra como uma porta:
Paciência...
Plutocrata sem consciência,
Nada porta, terremoto
Que a porta do pobre arromba:
Uma bomba.
Mário de Andrade
Eu sou trezentos...
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta, 
As sensações renascem de si mesmas sem repouso, 
Ôh espelhos, ôh! Pirineus! ôh caiçaras! 
Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro!
Abraço no meu leito as milhores palavras, 
E os suspiros que dou são violinos alheios; 
Eu piso a terra como quem descobre a furto 
Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas seus próprios 
beijos!
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta, 
Mas um dia afinal eu toparei comigo... 
Tenhamos paciência, andorinhas curtas, 
Só o esquecimento é que condensa, 
E então minha alma servirá de abrigo.
Mário de Andrade
(https://brasilescola.uol.com.br/literatura/poemas-
primeira-geracao-modernista.htm)
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
54
SEMANA DE ARTE MODERNA
Anúncio da última apresentação da Semana de Arte Moderna 
de 1922, comandada pelos espetáculos musicais de Heitor Villa-Lobos.
Marco oficial do Modernismo brasileiro, a Sema-
na de Arte Moderna aconteceu em São Paulo (SP) 
e reuniu artistas das mais diversas áreas no Theatro 
Municipal de São Paulo ao longo dos dias 13 e 18 de 
fevereiro de 1922. Apresentações musicais e confe-
rências intercalavam-se às exposições de escultura, 
pintura e arquitetura, com o intuito de introduzir ao 
cenário brasileiro as mais novas tendências da arte.
Influenciados pelas vanguardas europeias e pela 
renovação geral no panorama da arte ocidental, 
esses escritores, pintores, escultores, intelectuais e 
músicos uniram seus esforços para apresentar suas 
produções ao grande público. Reunião das tendên-
cias estéticas que tomavam forma em São Paulo e no 
Rio de Janeiro desde o início do século, a Semana de 
Arte Moderna também revelou novos grupos, novos 
artistas, novas publicações, tornando a arte moderna 
uma realidade cultural no Brasil.
Contexto histórico da Semana de Arte Moderna
Até o início do século XX, a escola artística tida 
como oficial no Brasil era o Parnasianismo. Carac-
terizado pelo rigor formal (preocupação com a for-
ma do poema no que se refere à metrificação), pela 
proposta da “arte pela arte” e pelo academicismo e 
elevada erudição, o Parnasianismo havia sido a ten-
dência estética dominante até então, especialmente 
na poesia, figurando em textos oficiais, como o Hino 
Nacional Brasileiro.
Como a grande maioria das escolas estéticas, o 
Parnasianismo foi importado da Europa. No continen-
te europeu, contudo, vigorava outra proposta artís-
tica. As grandes reviravoltas da Revolução Industrial 
haviam instituído uma nova maneira de viver, modi-
ficando completamente as relações humanas. A luz 
elétrica e a rapidez dos automóveis e das produções 
fabris em larga escala transformaram a sociedade.
O advento da Primeira Guerra Mundial (1914-
1918) e a destruição mortífera causada por ela tam-
bém influenciaram social e filosoficamente os artistas 
do período. O início do século XX trouxe inúmeras 
mudanças ao modo de viver europeu; a arte, portan-
to, precisava acompanhar essas mudanças. Vinham à 
tona as vanguardas artísticas e, com elas, a consolida-
ção da modernidade no âmbito da arte.
O Brasil, por sua vez, também começava a se 
modernizar. As primeiras indústrias começavam a se 
instalar na cidade de São Paulo, e a produção de café 
do interior paulista gerava grandiosa receita de expor-
tação, transformando o estado em novo centro eco-
nômico brasileiro. Por esse motivo, a capital paulista 
foi o palco dos eventos da Semana de Arte Moderna, 
que contou com o patrocínio de diversos membros 
da burguesia industrial que ali se consolidava.
Além disso, 1922 foi o centenário da Indepen-
dência do Brasil. Assim, o cenário era ideal para a 
renovação artística nacional, e esse foi um dos motes 
da Semana: a atualização intelectual da consciência 
nacional. O Brasil, que se transformava e se moderni-
zava, precisava de um novo olhar artístico, sociocultu-
ral e filosófico que propusesse uma arte nacional ori-
ginal e atualizada, trazendo consigo um pensamento 
a respeito dos problemas brasileiros e da variedade 
cultural que se estendia por nosso vasto território.
Predecessora importante da Semana foi a Exposi-
ção de Pintura Moderna – Anita Malfatti, que ocorreu 
em 1917, também em São Paulo. Cinquenta e três 
obras da pintora foram apresentadas ao lado de obras 
de artistas internacionais ligados às vanguardas euro-
peias. As telas impressionaram nomes que liderariam, 
depois, a Semana, como Mário de Andrade, Oswald 
de Andrade, Menotti del Picchia e Di Cavalcanti.
A exposição também causou grande desaprova-
ção da crítica conservadora, em especial Monteiro 
Lobato, que publicou uma crítica extremamente ne-
gativa, intitulada “Paranoia ou mistificação?”. Com 
traços expressionistas, Malfatti trouxe ao Brasil uma 
nova estética, em exposição considerada o primeiro 
“estopim” para a idealização da Semana.
As novas tendências que floresciam com as van-
guardas, grande período de experimentação do início 
do século XX, deram aos artistas brasileiros a possi-
bilidade de trabalhar com novas linguagens, novos 
materiais e novas propostas, a fim de renovar a arte 
nacional. Mas, diferente do Parnasianismo, não houve 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
55
uma incorporação completa dessas estéticas – não se 
importou para o Brasil o cubismo ou o expressionismo 
em busca de se desenvolver aqui uma escola análoga.
Os artistas que iniciaram o Modernismo brasileiro 
aproveitaram-se desses novos procedimentos e téc-
nicas, desse rompimento com o academicismo, para 
reelaborar o cenário artístico nacional.
“O modernismo, no Brasil, foi uma ruptura, 
foi um abandono de princípios e de técnicas 
consequentes, foi uma revolta contra o que 
era a Inteligência nacional.”
Como foi a Semana de Arte Moderna de 1922?
Entre os dias 11 e 18 de fevereiro, o Theatro Muni-
cipal de São Paulo permaneceu aberto para visitação. 
Em seu saguão, instalou-se uma exposição de pintura 
e escultura. Obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, 
Victor Brecheret, entre outros, escandalizaram o gosto 
público brasileiro, nada acostumado às novas formas 
de representação propostas pelo modernismo.
Vaias, burburinhos e agitação geral só aumenta-
ram ao longo da Semana. Além da exposição, o evento 
contou com três festivais, que envolviam apresen-
tações de música, dança, declamações de poesia e 
conferências, a acontecer nos dias 13, 15 e 17 de 
fevereiro.
No início do século XX, foram os saguões e salões do Theatro 
Municipal que abrigaram os eventos da Semana de Arte Moderna 
de 1922.
Graça Aranha, que à época já era um aclama-
do escritor e intelectual brasileiro, fez as honras da 
abertura do festival, no dia 13, com a conferência 
intitulada “A emoção estética da arte moderna”. Ele 
foi ouvido respeitosamente pelo público e declamou 
versos de Guilherme de Almeida e Ronald de Carvalho, 
acompanhado de músicas executadas pelo maestro 
Ernani Braga.
Ainda no dia 13, o já citado poeta Ronald de Car-
valho esteve à frente de sua própria conferência, de 
nome “A pintura e a escultura moderna no Brasil”, 
seguida de três solos de piano de Ernani Braga e três 
danças africanas de Villa-Lobos – compositor, aliás, 
tachado na ocasião de “talento ainda não cultivado 
o bastante”, por sua música “Privada de bom senso” 
e “Puramente africana”.
O dia 15 de fevereiro representou o auge da Se-
mana, nos mais escandalosos termos. A nova literatu-
ra provocou irritação e algazarra no público presente. 
Destacam-se a palestra de Mario de Andrade, cujo 
texto depois se tornaria a publicação A escrava que 
não é Isaura, em que o autor defende enfaticamente o 
abrasileiramento da língua portuguesa, e a conferên-
cia sobre a estética moderna proferida por Paulo Me-
notti del Picchia, que provocou os ânimos da plateia, 
fazendo ecoar vaias pelos quatro cantos do Theatro.
Também nesse dia houve um sarau, que contou 
com a participação de diversos escritores, que tenta-
vam falar no meio da gritaria da plateia. Nesse dia, 
Ronald de Carvalho leu o famoso poema “Os Sapos”, 
de autoria de Manuel Bandeira, que ridicularizava os 
parnasianos. Leia um trecho:
Os sapos
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
— “Meu pai foi à guer-
ra!”
— “Não foi!” — “Foi!” — 
“Não foi!”.
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: — “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos!
O meu verso é bom
Frumento sem joio
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas . . .
[...]”
(Manuel Bandeira)
Mario de Andrade pronunciou também uma breve 
palestra, na escadaria interna do Theatro, sobre as 
obras de pintura. Vinte anos depois, o autor relem-
brou o episódio na obra O Movimento Modernista,co-
mentando: “Como pude fazer uma conferência sobre 
artes plásticas, na escadaria do Theatro, cercado de 
anônimos que me caçoavam e ofendiam a valer?...”. 
A grande confusão da plateia só se acalmou com as 
apresentações que encerraram o dia: números de 
dança de Yvonne Daumerie e o concerto de piano 
de Guiomar Novais.
O evento de encerramento da Semana foi dedica-
do à música. Peças de Villa-Lobos foram executadas 
pelos diversos músicos participantes, com menos ruí-
dos em vaias, mas não sem escapar às críticas ferinas 
dos conservadores.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
56
Principais artistas da Semana de Arte Moderna 
de 1922
• Arquitetos: Antonio Moya, Georg Przyrembel.
• Escritores: Afonso Schmidt, Agenor Barbosa, 
Álvaro Moreyra, Elysio de Carvalho, Graça Ara-
nha, Guilherme de Almeida, Luiz Aranha, Mario 
de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de An-
drade, Ronald de Carvalho, Sérgio Millet, Tácito 
de Almeida.
• Escultores: Wilhelm Haarberg, Hildegardo Leão 
Velloso, Victor Brecheret.
• Músicos: Alfredo Gomes, Ernani Braga, Fructu-
oso Viana, Guiomar Novais, Heitor Villa-Lobos, 
Lucília Guimarães, Paulina de Ambrósio.
• Pintores: Anita Malfatti, Antonio Paim Vieira, 
Emiliano Di Cavalcanti, Ferrignac, John Graz, Vi-
cente do Rego Monteiro, Yan de Almeida Prado, 
Zina Aita.
Consequências da Semana de Arte Moderna de 
1922
Polêmica, confusa, barulhenta, tida como “dema-
siado festiva” e “pouco moderna”, não se pode negar 
que a Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco, 
um divisor de águas no panorama artístico brasileiro. 
Ela escancarou as portas para uma grande liberdade 
no que diz respeito à produção e pesquisa estética no 
país, contribuindo para um florescimento intelectual 
e artístico. Na visão de Di Cavalcanti, o acontecimento 
da Semana extrapolou o campo cultural e repercutiu 
também na área política.
A Semana fez o papel de divulgação da arte mo-
derna, que, por sua vez, cultivou o terreno para a 
consolidação de uma revolução artística e literária 
que tomou forma após 1922, quando foram lança-
dos os manifestos de Oswald de Andrade e as obras 
fundamentais do Primeiro Modernismo brasileiro, tais 
como Macunaíma (Mario de Andrade), Memórias Sen-
timentais de João Miramar (Oswald de Andrade) e 
Ritmo Dissoluto (Manuel Bandeira).
Resumo da Semana de Arte Moderna de 1922
• Aconteceu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, 
no Theatro Municipal de São Paulo;
• É considerada um marco no Modernismo bra-
sileiro;
• Congregou artistas de diversas áreas: pintura, 
escultura, arquitetura, música, dança, literatura;
• Participaram, direta ou indiretamente, nomes 
célebres da arte brasileira, como Graça Ara-
nha, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, 
Ronald de Carvalho, Mario de Andrade, Anita 
Malfatti, Heitor Villa-Lobos, Victor Brecheret, 
Di Cavalcanti, Guiomar Novais, entre outros;
• Pinturas e esculturas ficaram expostas no sa-
guão do Theatro e causaram grande escândalo 
ao gosto público da época;
• Conferências, saraus e apresentações de dança 
e música aconteceram em três dias do evento;
• Consolidou o ambiente propício para a publi-
cação de diversas obras que caracterizaram a 
Primeira Geração do Modernismo brasileiro 
(Geração de 20).
(https://brasilescola.uol.com.br/literatura/semana-arte-
moderna-1922.htm)
(https://studymaps.com.br/semana-de-arte-moderna/)
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
57
Movimento Pau-Brasil
O Movimento Pau-Brasil é um entre os movimen-
tos modernistas - Verde-Amarelismo ou Escola da 
Anta e Movimento Antropofágico - que tomou lugar 
na Primeira Fase do Modernismo no Brasil, conhecida 
como a “Fase Heroica”, fase que apresentou diferentes 
formas de abordagem patriótica.
Este movimento teve início em 1924 a partir da 
publicação do livro “Pau-Brasil”, da autoria de Oswald 
de Andrade (1890 -1954) e ilustração da sua esposa, a 
artista plástica Tarsila do Amaral (1886 -1973).
Capa do Livro Pau-Brasil
Influenciado pelas vanguardas europeias decorria 
a Semana de Arte Moderna, em 1922 e com ela vá-
rias formas de expressão artística inovadoras vieram 
à tona.
Na sua sequência, Oswald de Andrade publica 
o “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, que viria a ser 
criticado pelo grupo que veio a seguir, o Movimento 
Verde-Amarelo, de 1926.
O Movimento do Pau-Brasil é um movimento nati-
vista, que defendia a poesia brasileira de exportação. 
Tal como o pau-brasil foi o primeiro produto brasileiro 
a ser exportado, Oswald de Andrade desejava que a 
poesia brasileira se tornasse um produto cultural de 
exportação; daí a escolha do nome do movimento.
Oswald de Andrade ficou conhecido pela figura de 
irreverência e de crítica ao academicismo e à burgue-
sia. Assim, defendia, ao mesmo tempo que criticava, 
o nacionalismo a sua maneira.
Principais Características
O “Manifesto da Poesia Pau-Brasil” é um dos tex-
tos mais importantes de Oswald de Andrade, escritor 
que, como temos visto, destacou-se na literatura mo-
dernista brasileira.
O primitivismo é a principal característica desse 
movimento, em que o patriotismo enveredou por 
caminhos de valorização do passado histórico brasi-
leiro desprovido dos apelos ufanistas do Movimento 
Verde-Amarelo.
“A poesia existe nos fatos. Os casebres de aça-
frão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul 
cabralino, são fatos estéticos.
....
O lado doutor. Fatalidade do primeiro branco 
aportado e dominando politicamente as selvas 
selvagens. O bacharel. Não podemos deixar de 
ser doutos. Doutores. País de dores anônimas, 
de doutores anônimos. O Império foi assim. 
Eruditamos tudo. Esquecemos o gavião de pe-
nacho.”
(Trecho do “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”)
Assim, para além do resgate do primitivismo, são 
características do Movimento do Pau-Brasil:
• Revisão crítica do passado histórico
• Abandono do academicismo
• Valorização da identidade nacional
• Originalidade
• Linguagem coloquial e humorada
(https://www.todamateria.com.br/movimento-pau-brasil/)
Movimento Antropofágico
O Movimento Antropofágico foi uma corrente de 
vanguarda que marcou a primeira fase modernista 
no Brasil.
Liderado por Oswald de Andrade (1890-1954) e 
Tarsila do Amaral (1886-1973), a finalidade principal 
era de estruturar uma cultura de caráter nacional.
Características do Movimento
A proposta do movimento era a de assimilar ou-
tras culturas, mas não copiar. A marca símbolo do 
Movimento Antropofágico é o quadro Abaporu (1928) 
de Tarsila do Amaral, o qual foi dado de presente ao 
marido, Oswald de Andrade.
A obra Abaporu é o símbolo do Movimento Antropofágico
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
58
A divulgação do movimento era realizado na Re-
vista de Antropofagia, publicada em São Paulo. Já o 
primeiro número trazia o Manifesto Antropofágico.
Essa revista foi editada em duas fases:
• primeira fase: editada entre maio de 1928 e 
fevereiro de 1929;
• segunda fase: editada entre 17 de março a 1º 
de agosto de 1929.
Manifesto Antropofágico
O Manifesto Antropofágico ou Manifesto Antro-
pófogo, que deu origem ao movimento, foi publicado 
por Oswald de Andrade em 1º de maio de 1928 na 
Revista de Antropofagia:
“Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Eco-
nomicamente. Filosoficamente. Única lei do 
mundo. Expressão mascarada de todos os indi-
vidualismos, de todos os coletivismos. De todas 
as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi, 
or not tupi that is the question. Contra todas as 
catequeses. E contra a mãe dos Gracos. Só me 
interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei 
do antropófago.” (trecho do manifesto)
O termo antropofágico foi utilizado como asso-
ciação ao ato deruminar, assimilar e deglutir. A ideia, 
portanto, era de transfigurar a cultura, principalmente 
a europeia, conferindo assim, o caráter nacional.
Note que esse é o período mais radical do Mo-
dernismo. 
Influências
A ideia do movimento teve início na Europa, quan-
do Oswald de Andrade assiste ao Manifesto Futurista, 
do italiano Felippo Tomaso Marinetti.
Oswald estava em Paris quando Marinetti anuncia 
o compromisso daliteratura com a nova civilização 
técnica, marcada sobretudo, pelo combate o acade-
mismo.
Assim, a permanência na Europa influenciou dire-
tamente Oswald no período marcado pela decadência 
do Parnasianismo e do Simbolismo.
Os ideais modernistas ganham força e juntamen-
te com Menotti del Picchia (1892-1988) e Mário de 
Andrade (1893-1945) eles passam a escrever para os 
jornais brasileiros. Apoiados nos ideais do Futurismo, 
eles rompem com o tradicionalismo e o conservado-
rismo.
Em resumo, estavam prontos os ingredientes para 
a Semana de Arte Moderna, que ocorreu em 1922 na 
cidade de São Paulo. Note que esse evento ofereceu 
uma nova roupagem para a identidade cultural bra-
sileira e influenciou a arte continuamente.
Curiosidade
Além da literatura, as ideias do movimento antro-
pofágico influenciaram também as artes plásticas. 
Merecem destaques a pintora Anita Malfatti (1889-
1964) e o escultor Victor Brecheret (1894-1955).
(https://www.todamateria.com.br/movimento-antropofagico/)
Manifesto Regionalista
O Manifesto Regionalista de 1926 é um dentre 
os manifestos publicados na Primeira Fase do Moder-
nismo no Brasil (1922-1930). 
Características
Embora chamado de manifesto, este foi, na ver-
dade, um conjunto de declarações que foram feitas 
pelo Grupo modernista-regionalista de Recife.
À semelhança de outros grupos, ele era formado 
por escritores em virtude das opiniões concordantes 
acerca da renovação cultural que estava sendo vivida 
no nosso país.
O grupo modernista-regionalista de Recife era 
liderado pelo destacado sociólogo pernambucano 
Gilberto Freyre (1900-1987).
Essas declarações foram apresentadas no “1.º 
Congresso Regionalista do Nordeste”. Em suma, seu 
conteúdo, expressava a necessidade de restituir a cul-
tura regional nordestina, e por esse motivo, o mani-
festo recebe esse nome.
Dessa valorização da cultura regional, surgem bri-
lhantes nomes a partir de 1930. São eles: Graciliano 
Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, 
Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Érico Veríssimo e 
Marques Rebelo.
Em 1930, tem início a Segunda Fase do Modernis-
mo no Brasil, a chamada Fase de Consolidação. Nesse 
momento, os modernistas alcançam grande êxito e 
se destacaram especialmente na poesia, bem como 
no romance.
(https://www.todamateria.com.br/manifesto-regionalista/)
Movimento Verde-Amarelo e a Escola da Anta
O Movimento Verde-Amarelo ou Movimento Ver-
de-Amarelismo é um grupo que surgiu na primeira 
fase do Modernismo e foi constituído por Menotti 
del Picchia (1892-1988), Plínio Salgado (1895-1988), 
Guilherme de Almeida (1890-1969) e Cassiano Ricardo 
(1895-1974).
Resumo
Após a Semana da Arte Moderna, em 1922 - mar-
co do Modernismo no Brasil - os artistas começaram 
a apresentar novas propostas de arte disseminadas 
através de publicações, especialmente os manifestos 
que marcaram a Primeira Fase do Modernismo: Pau-
-Brasil, Verde-Amarelo, Regionalista e Antropofagia.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
59
Crítico e sarcástico, Oswald de Andrade (1890-
1954) frequentemente satirizava as suas raízes tanto 
sociais - burguesas - como acadêmicas. Ao mesmo 
tempo, pregava o nacionalismo numa linha primiti-
vista, de valorização do nosso passado histórico, mas 
sempre temperado pela crítica.
Decorrente dessas suas características, em 1924 
Oswald de Andrade escreve o Manifesto da Poesia 
Pau-Brasil - afrancesado - conforme foi apontado pelo 
Movimento Verde-Amarelo que despontava em São 
Paulo.
Assim, o surgimento do Movimento Verde-Ama-
relo decorre como forma de reação ao modelo nacio-
nalista preconizado pelo escritor Oswald de Andrade. 
O Movimento Verde-Amarelo defendia o patriotismo 
em excesso e teve clara tendência nazifascista.
Em 1927 o Movimento Verde-Amarelo transfor-
mou-se na Escola da Anta, ou Grupo Anta e, em 1928 
é a vez de Oswald de Andrade, em parceria com Tar-
sila do Amaral (1886-1973) e Raul Bopp (1898-1984), 
lançarem o movimento Antropofagia.
Principais Características
Ufanismo é a característica que melhor define o 
movimento da Escola da Anta. Trata-se de uma exal-
tação do Brasil e, ao mesmo tempo, hostilidade às 
proveniências estrangeiras. A ideologia fascista - ba-
seada no racismo - também estava presente nesse 
manifesto.
A Escola da Anta recebeu esse nome como repre-
sentação da nacionalidade brasileira, dado o contexto 
mítico desse animal na cultura tupi - principal tribo 
indígena brasileira.
(https://www.todamateria.com.br/movimento-verde-
amarelo-e-a-escola-da-anta/)
ATIVIDADES
01. (Mackenzie-SP) - A Semana de Arte Moderna de 
1922 foi um marco cultural e a expressão da busca 
de um novo Brasil que conseguisse superar suas 
características arcaicas, refletindo mudanças em 
todas as áreas de nosso país. Em 1928, Oswald 
de Andrade publicou o Manifesto Antropofágico, 
que procurou “traduzir” o espírito da cultura na-
cional. A respeito do contexto histórico e cultural 
da época, é correto afirmar que
a) Como proposta de mudança para a Arte do 
século XX, ao se aceitarem as influências es-
trangeiras, sem se menosprezar a identidade 
nacional, e sim reforçando-a, retoma-se a pro-
posta da antropofagia como “ferramenta” na 
elaboração da verdadeira cultura nacional.
b) Todas as novas correntes artísticas advindas da 
Europa, no início do século XX, são fundamen-
tais para a elaboração de uma cultura verda-
deiramente nacional, pois estavam engajadas 
na preocupação de favorecer as classes traba-
lhadoras dentro da nova sociedade moderna 
mundial.
c) O Modernismo brasileiro surgiu com a intenção 
de promover uma atualização da arte brasilei-
ra, capaz de ajudar na consolidação da identi-
dade nacional de tal forma que tiveram de se 
desligar da influência cultural externa para a 
dedicação única da arte, considerada nacional 
e genuína.
d) Reflete um novo posicionamento em relação 
à Arte no Brasil, reproduzindo as ideias que, 
no plano político, eram defendidas pelo mo-
vimento Verde-Amarelismo de Plínio Salgado 
que defendia a presença de estrangeirismos 
em nossa cultura.
e) Mostra o rompimento de vários artistas nacio-
nais, como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, 
com as influências externas, principalmente 
com o movimento futurista italiano, profunda-
mente aliado aos ideais fascistas e autoritários.
02. (UFRGS) - O Modernismo brasileiro, através de 
seus autores mais representativos na Semana de 
Arte Moderna, propôs:
a) o apego às normas clássicas oriundas do Neo-
classicismo mineiro.
b) a ruptura com as vanguardas europeias, tais 
como o Futurismo e o Dadaísmo.
c) uma literatura que investisse na idealização da 
figura indígena como ancestral do brasileiro.
d) a focalização do mundo numa perspectiva ape-
nas psicanalítica.
e) a literatura como espaço privilegiado para a 
expressão dos falares brasileiros.
03. (PUC - SP) - A Semana de Arte Moderna (1922), 
expressão de um movimento cultural que atingiu 
todas as nossas manifestações artísticas, surgiu 
de uma rejeição ao chamado colonialismo men-
tal, pregava uma maior fidelidade à realidade 
brasileira e valorizava sobretudo o regionalismo. 
Com isso, pode-se dizer que:
a) romance regional assumiu características de 
exaltação, retratando os aspectos românticos 
da vida sertaneja.
b) a escultura e a pintura tiveram seu apogeu com 
a valorização dos modelos clássicos.
c) movimento redescobriu o Brasil, revitalizando 
os temas nacionais e reinterpretando nossa 
realidade.
d) os modelos arquitetônicos do período bus-
caram sua inspiração na tradição do barroco 
português.
e) a preocupação dominante dos autores foi com 
o retratar os males da colonização.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
60
04. (ENEM) - Após estudar na Europa, Anita Malfatti 
retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a 
cultura nacional do início do século XX. Elogiada 
por seus mestres na Europa, Anita se considerava 
pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas 
enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. 
Com a intenção de criar uma arte que valorizasse 
a culturabrasileira, Anita Malfatti e outros mo-
dernistas
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas 
acadêmicas europeias, valorizando as cores, a 
originalidade e os temas nacionais.
b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, 
até então utilizada de forma irrestrita, afetan-
do a criação artística nacional.
c) representavam a ideia de que a arte deveria 
copiar fielmente a natureza, tendo como fina-
lidade a prática educativa.
d) mantiveram de forma fiel a realidade nas fi-
guras retratadas, defendendo uma liberdade 
artística ligada à tradição acadêmica.
e) buscaram a liberdade na composição de suas 
figuras, respeitando limites de temas abordados.
05. (EEP/SP) - Sobre a Semana de Arte Moderna é 
incorreto afirmar que:
a) tem em Mário de Andrade um de seus maiores 
representantes.
b) ocorreu em São Paulo, em 1922.
c) foi ao mesmo tempo o ponto de encontro 
das várias tendências modernas que desde a 
I Guerra se vinham firmando.
d) foi precursora do Realismo.
e) a Semana permitiu a consolidação de grupos, 
a publicação de livros, revistas e manifestos 
sobre arte em geral.
06. (UDESC) A Semana da Arte Moderna de 1922 ti-
nha como uma das grandes aspirações renovar o 
ambiente artístico e cultural do país, produzindo 
uma arte brasileira afinada com as tendências 
vanguardistas europeias, sem, contudo, perder 
o caráter nacional; para isso contou com a parti-
cipação de escritores, artistas plásticos, músicos, 
entre outros. Analise as proposições em relação 
à Semana da Arte Moderna, assinale (V) para as 
verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) O movimento Modernista buscava resgatar al-
guns pontos em comum com o Barroco, como 
os contos sobre a natureza; e com o Parnasia-
nismo, como o estilo simples da linguagem.
( ) A exposição da artista plástica Anita Malfatti 
representou um marco para o modernismo 
brasileiro; suas obras apresentavam tendên-
cias vanguardistas europeias, o que de certa 
forma chocou grande parte do público; foi 
criticada pela corrente conservadora, mas 
despertou os jovens para a renovação da arte 
brasileira.
( ) O escritor Graça Aranha foi quem abriu o even-
to com a sua conferência inaugural “A emo-
ção estética na Arte Moderna”; em seguida, 
apresentou suas obras Paulicéia desvairada e 
Amar, verbo intransitivo.
( ) O maestro e compositor Villa-Lobos foi um dos 
mais importantes e atuantes participantes da 
Semana; neste ano comemoram-se 50 anos 
de sua morte.
( ) As esculturas de Brecheret, impregnadas de 
modernidade, foram um dos estandartes da 
Semana; sua maquete do Movimento às Ban-
deiras foi recusada pelas autoridades paulis-
tas; hoje, umas das esculturas públicas mais 
admiradas em São Paulo.
 Assinale a alternativa que contém a sequência 
correta, de cima para baixo.
a) V – F – V – F – V
b) F – F – V – V – V
c) F – V – F – V – V
d) V – V – F – V – F
e) V – V – V – V – V
07. (FGV) - Assim como Vinícius de Moraes e Murilo 
Mendes, Carlos Drummond de Andrade pertence 
a uma geração de poetas que se caracterizou, 
principalmente, por ter
a) sido pioneira na formulação dos conceitos 
estéticos que orientaram a Semana de Arte 
Moderna, em 1922.
b) radicalizado, em suas regiões, as experiências 
estilísticas e temáticas que marcaram os anos 
de 1920.
c) colhido, nos anos de 1930, os resultados da 
pesquisa estética da década precedente, ate-
nuando-lhe o caráter destruidor.
d) valorizado a linguagem regional, para, por 
meio dela, fazer a crítica da política local.
e) repudiado o universalismo, sugerindo um ca-
minho nacionalista para a poesia brasileira do 
século vinte.
08. (UNESP) - Entre 11 e 16 de fevereiro de 1922, 
realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo a 
Semana de Arte Moderna. Segundo Mário de An-
drade, as mudanças ocorridas a partir da Semana 
de 22 e do Movimento Modernista significaram 
a fusão de três princípios: o direito permanente 
à pesquisa estética, a atualização da inteligência 
artística brasileira e a estabilização de uma cons-
ciência criadora nacional.
 Está inteiramente correto considerar como con-
sequências da Semana de Arte Moderna:
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
61
a) a formação de uma geração de artistas que 
romperam com a arte barroca; o reconheci-
mento e a valorização das expressões artísti-
cas do Renascimento Italiano; a formação de 
grupos de artistas e salões de arte moderna 
em todo o Brasil.
b) a formação de uma geração de artistas aca-
dêmicos; o reconhecimento e a valorização 
das expressões artísticas da Missão Artística 
Francesa; a formação de grupos de artistas e 
de salões de arte neoclássicos.
c) a formação de uma geração de artistas que 
romperam com a estética modernista; o re-
conhecimento e a valorização das expressões 
artísticas contemporâneas; a formação de gru-
pos de artistas e salões de arte em São Paulo e 
no Rio de Janeiro destinados a exposições de 
arte moderna.
d) a formação de uma geração de artistas que 
romperam com os ditames acadêmicos; o re-
conhecimento e a valorização das expressões 
artísticas dos primitivos; a formação de grupos 
de artistas, tais como o Clube dos Artistas Mo-
dernos e a Sociedade Pró Arte Moderna de São 
Paulo.
e) a formação de uma geração de artistas que 
romperam com o estilo clássico; o reconheci-
mento e a valorização das expressões artísticas 
do estilo Rococó; a formação de grandes expo-
sições de Arte, como a Bienal de São Paulo.
09. (UNIFESP) - A “Canção do exílio” é um dos textos 
mais citados e parodiados da Língua Portuguesa. 
Os versos “Teus risonhos lindos campos têm mais 
flores,/Nossos bosques têm mais vida, /Nossa 
vida no teu seio mais amores. /” que remetem, 
de modo flagrante, ao poema de Gonçalves Dias, 
ocorrem
a) na “Nova canção do exílio”, de Carlos Drum-
mond de Andrade, publicada em A rosa do 
povo.
b) na letra de “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Bu-
arque.
c) no poema “Canto de regresso à pátria”, do 
modernista Oswald de Andrade.
d) em “Ainda irei a Portugal”, de Cassiano Ricardo, 
um dos líderes da Semana de Arte Moderna.
e) na letra do Hino Nacional Brasileiro, de Joa-
quim Osório Duque Estrada, oficializada em 
1922.
10. (Mackenzie) - Em 2012 completaram-se 90 anos 
da Semana de Arte Moderna, marco de renova-
ções artístico-culturais do Brasil. A respeito desse 
acontecimento, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Internacionalismo e nacionalismo foram, si-
multaneamente, suas características básicas. 
O nacionalismo, em especial, viria como de-
corrência de afirmação, presente desde a im-
plantação da República em 1889, de uma arte 
e cultura genuinamente brasileiras.
b) Tal Semana exprimia o anseio de uma nova 
mentalidade intelectual, insatisfeita com o 
status quo das artes de então. Por isso, tinha 
como um dos objetivos centrais a moderni-
zação, por meio de um olhar para o social e 
para o que havia de mais avançado na criação 
artística.
c) Existia naquele movimento um olhar para o 
futuro, que trazia um desejo de ruptura, de 
inovação e de experimentação. Mas, ao mes-
mo tempo, marcava presença um sentimento 
de nostalgia, um retomar das raízes culturais 
que marcaram a formação histórica do país.
d) Internacionalismo e nacionalismo foram, si-
multaneamente, seus aspectos básicos. As 
letras e as artes do período desejavam o rom-
pimento com o século XIX, e seu academicis-
mo, sendo o exterior – em especial a Europa 
– símbolo desse rompimento.
e) Por partirem de concepções nacionalistas, es-
ses artistas negavam as influências externas 
na cultura brasileira. Para eles, uma arte ge-
nuinamente brasileira somente aconteceria 
por meio do total afastamento em relação às 
principais vanguardas europeias.
11. (MACKENZI E) A partir dos três autores selecio-
nados, considere as seguintes afirmações: 
 I. Manuel Bandeira foi poeta determinante na 
idealização e na organização da Semana de Arte 
Moderna de 1922. 
 II. Augusto dos Anjos, em função de sua perfeição 
métrica e rítmica, é considerado um dos expoen-
tes da tríade parnasiana. 
 III. Machado de Assis abandonou a prosaromân-
tica para desenvolver as digressões textuais, ca-
racterística fundadora da prosa realista. 
 Assinale a alternativa correta. 
a) Estão corretas as afirmações I e II. 
b) Estão corretas as afirmações II e III. 
c) Estão corretas as afirmações I e III. 
d) Todas as afirmações estão corretas. 
e) Nenhuma das afirmações está correta.
12. (MACKENZIE) A Semana de Arte Moderna foi 
um marco de renovações artístico-culturais do 
Brasil. A respeito desse acontecimento, assinale 
a alternativa INCORRETA. 
a) Internacionalismo e nacionalismo foram, si-
multaneamente, suas características básicas. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
62
O nacionalismo, em especial, viria como de-
corrência de afirmação, presente desde a im-
plantação da República em 1889, de uma arte 
e cultura genuinamente brasileiras. 
b) Tal Semana exprimia o anseio de uma nova 
mentalidade intelectual, insatisfeita com o 
status quo das artes de então. Por isso, tinha 
como um dos objetivos centrais a moderni-
zação, por meio de um olhar para o social e 
para o que havia de mais avançado na criação 
artística. 
c) Existia naquele movimento um olhar para o 
futuro, que trazia um desejo de ruptura, de 
inovação e de experimentação. Mas, ao mes-
mo tempo, marcava presença um sentimento 
de nostalgia, um retomar das raízes culturais 
que marcaram a formação histórica do país. 
d) Internacionalismo e nacionalismo foram, si-
multaneamente, seus aspectos básicos. As 
letras e as artes do período desejavam o rom-
pimento com o século XIX, e seu academicis-
mo, sendo o exterior – em especial a Europa 
– símbolo desse rompimento. 
e) Por partirem de concepções nacionalistas, es-
ses artistas negavam as influências externas 
na cultura brasileira. Para eles, uma arte ge-
nuinamente brasileira somente aconteceria 
por meio do total afastamento em relação às 
principais vanguardas europeias.
13. Assinale a alternativa incorreta. 
a) Gilberto Freire é contemporâneo de escritores 
que fizeram a Semana de Arte Moderna em 
São Paulo. 
b) No início do século XX, havia um contraste, no 
Brasil, entre o atraso geral do país e a sofisti-
cação cultural de alguns centros urbanos. 
c) Até a década de 1920, sucederam-se duas vi-
sões contrastantes do Brasil: uma nacionalista 
e positiva e a outra determinista e negativa. 
d) A geração em que se inclui Gilberto Freire re-
volucionou o que se pensava sobre o Brasil, 
sua história e seu futuro. 
e) Obras como as de Lima Barreto e Monteiro 
Lobato revelam um novo pensamento, revolu-
cionário e otimista, sobre a cultura brasileira.
14. Sobre Mário de Andrade e a Semana de 22, afir-
ma-se: 
 I. A Semana desencadeou na cultura brasileira um 
período que Mário denominou orgia intelectual, 
favorecida pelas mãos da burguesia culta do Rio 
de Janeiro e de São Paulo, da qual ele era um 
representante. 
 II. Apesar de estar em contato com as novas ten-
dências das artes, Mário manteve-se fiel àqueles 
que os modernistas chamaram de conservadores, 
em geral os parnasianos, dos quais sua obra re-
cebe influência decisiva. 
 III. Ao contrário de Oswald, que era irreverente 
em relação à dominação cultural europeia, Mário 
não tinha um projeto literário em que houvesse 
preocupação significativa com a cultura nacional. 
 Está correto apenas o que se afirma em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) II e III.
15. (FGV) Leia o texto. 
 A Semana de 22 não foi um fato isolado e sem 
origens. As discussões em torno da necessidade 
de renovação das artes surgem em meados da dé-
cada de 1910 em textos de revistas e em exposi-
ções, como a de Anita Malfatti em 1917. Em 1921 
já existe, por parte de intelectuais como Oswald 
de Andrade e Menotti Del Picchia, a intenção de 
transformar as comemorações do centenário em 
momento de emancipação artística. (...) (www.
itaucultural.org.br)
 Em geral, os artistas participantes da Semana de 
Arte Moderna propunham 
a) que a arte, especialmente a literatura, aban-
donasse as preocupações com os destinos bra-
sileiros e se voltasse para o princípio da arte 
pela arte. 
b) a rejeição ao conservadorismo presente na 
produção artística brasileira, defendendo no-
vas estéticas e temáticas, como a discussão 
sobre as questões brasileiras. 
c) que os artistas estabelecessem vínculos com 
correntes filosóficas, mas não com projetos po-
líticos e ideológicos, fossem estes progressistas 
ou conservadores. 
d) o reconhecimento da superioridade da arte 
europeia e da importância da civilização por-
tuguesa no notável desenvolvimento cultural 
brasileiro. 
e) que apenas as artes plásticas, com destaque 
para a pintura, poderiam representar avanços 
revolucionários em direção a uma arte de fato 
inovadora.
16. (UFRGS) O Modernismo Brasileiro, através de 
seus autores mais representativos na Semana 
de Arte Moderna, propôs:
a) o apego às normas clássicas oriundas do neo-
classicismo mineiro.
b) a ruptura com as vanguardas europeias, tais 
como o futurismo e o dadaísmo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
63
c) uma literatura que investisse na idealização da 
figura indígena como ancestral do brasileiro.
d) a focalização do mundo numa perspectiva ape-
nas psicanalítica.
e) a literatura como espaço privilegiado para a 
expressão dos falares brasileiros.
17. (ENEM) O modernismo brasileiro teve forte influ-
ência das vanguardas europeias. A partir da Se-
mana de Arte Moderna, esses conceitos passaram 
a fazer parte da arte brasileira definitivamente. 
Tomando como referência o quadro O mamoeiro, 
identifica-se que, nas artes plásticas, a
a) imagem passa a valer mais que as formas van-
guardistas.
b) forma estética ganha linhas retas e valoriza o 
cotidiano.
c) natureza passa a ser admirada como um espa-
ço utópico.
d) imagem privilegia uma ação moderna e indus-
trializada.
e) forma apresenta contornos e detalhes huma-
nos.
18. (ACAFE) Sobre a Semana de Arte Moderna de 
1922, em São Paulo, todos os textos a seguir estão 
corretos, exceto:
a) Cada vez mais popular após as críticas do 
escritor Monteiro Lobato (que destruiu seus 
quadros a bengaladas!), Anita Malfatti desfiará 
todo seu expressionismo em 22 obras. Mário 
de Andrade é um de seus fãs.
b) A obra literária que marcou o início do movi-
mento Modernista na literatura foi o livro de 
Mário de Andrade, Pauliceia Desvairada. O li-
vro revelou a poesia urbanista e fragmentária 
e retratou, numa visão antirromântica, uma 
São Paulo cosmopolita e egoísta, com sua po-
pulação heterogênea e sua burguesia cínica.
c) O movimento Modernista tinha como objetivo 
o rompimento com o tradicionalismo (Parna-
sianismo, Simbolismo e a arte acadêmica), a 
libertação estética, a experimentação constan-
te e, principalmente, a independência cultural 
do país.
d) A Semana de Arte Moderna aconteceu no Te-
atro Municipal, entre os dias 11 e 18 de março 
de 1922. Nela, o Brasil pôde reafirmar a liber-
dade de expressão e criatividade, em perfeita 
harmonia com os movimentos e preceitos das 
vanguardas europeias, que guardavam consi-
go as tendências culturais do Expressionismo, 
Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo e 
Parnasianismo.
QUESTÕES SUBJETIVAS
01. (UNESP) Quais as principais transformações da 
cultura brasileira na década de 1920? Incluir nes-
te contexto a Semana de Arte Moderna.
02. (UNICAMP) Qual era a visão predominante dos 
integrantes da Semana de Arte Moderna de 1922 
em relação à arte acadêmica? Justifique sua res-
posta.
(crédito: Getty Images)
A princesa da Noruega, Märtha Louise, renunciou 
às suas obrigações da realeza para se concentrar em 
um negócio de medicina alternativa com seu noivo, 
Durek Verrett, que se apresenta como xamã.
Märtha Louise vai manter seu título real, mas está 
renunciando a deveres oficiais para “criar uma sepa-
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
64
ração mais clara” entre sua vida privada e suas obri-
gações como integrante da família real norueguesa.
Seu noivo promoveu práticas médicas sem com-
provação científica de eficácia, inclusive sugerindo que 
o câncer “é uma escolhado paciente”.
O americano também afirma ter influenciado a 
atriz Gwyneth Paltrow.
A princesa está “abandonando seu papel de mece-
nas” enquanto ela e Verrett procuram “distinguir mais 
claramente suas atividades e a Casa Real da Noruega”, 
disse a família real do país, em um comunicado. Acres-
centou que o rei Harald V decidiu que ela manteria 
seu título.
“Ela desempenhou suas funções com carinho, cui-
dado e profundo compromisso”, disse o comunicado.
Apesar do anúncio, o rei Harald descreveu Verrett 
como “um cara legal e uma companhia engraçada”.
“Ele tem muito humor e nós rimos muito, mesmo 
neste momento difícil. Acho que nós e ele ganhamos 
uma maior compreensão do que se trata, e concor-
damos em discordar”, disse o rei Harald a jornalistas 
do país.
Já a princesa disse estar “consciente da importân-
cia do conhecimento baseado em pesquisa científica”, 
mas que acredita que a medicina alternativa pode ser 
“um importante complemento para ajudar os proce-
dimentos médicos convencionais”.
Ela acrescentou que era importante “distinguir en-
tre mim como pessoa privada, por um lado, e como 
membro da família real, por outro”.
A princesa, de 51 anos, provoca controvérsia na 
Noruega há décadas por seu envolvimento em trata-
mentos médicos alternativos, incluindo a criação de 
uma escola que visava ajudar as pessoas a “entrar em 
contato com seus anjos”.
Ela foi acusada de usar seu título real para obter 
ganhos pessoais.
Em 2002, ela se casou com o escritor e artista 
norueguês Ari Behn - o casal teve três filhas. Eles se 
divorciaram em 2017 e Behn - que dizia sofrer de de-
pressão - tirou a própria vida no Natal de 2019.
Em junho, a princesa ficou noiva de Verrett. Ela 
anunciou o relacionamento em um post no Instagram, 
em 2019.
“Para aqueles que sentem a necessidade de cri-
ticar: muita calma nessa hora. Não cabe a vocês es-
colher por mim ou me julgar. O xamã Durek é apenas 
um homem com quem amo passar meu tempo, e que 
me completa”, escreveu ela na publicação.
O casal atraiu duras críticas ??entre muitos na No-
ruega, com Verrett sendo descrito como “um charla-
tão”, um vigarista e um teórico da conspiração.
A ex-primeira-ministra Erna Solberg descreveu 
as opiniões do americano como “muito estranhas” 
e “não baseadas em fatos”, acrescentando que suas 
ideias promoviam teorias da conspiração.
Durek - um afro-americano que se descreve como 
um “xamã de 6ª geração” - afirmou ter ressuscitado 
dos mortos e ter previsto os ataques de 11 de setem-
bro de 2001 nos Estados Unidos dois anos antes de 
eles ocorrerem.
Ele disse que as críticas que enfrenta se devem 
ao racismo, dizendo que “nunca foi alvo de tanto ra-
cismo” como quando foi morar na Noruega. Ele tam-
bém se comparou a nomes como Albert Einstein e 
Thomas Edison, alegando que eles eram “gênios” e 
“incompreendidos”.
Em seu site, ele se descreve como um “visionário 
para a ‘Era do Agora’” que “desmistifica a espiritua-
lidade”. Ele afirma que seu trabalho influenciou as 
atrizes Gwyneth Paltrow e Nina Dobrev.
Uma pesquisa publicada em setembro descobriu 
que apenas 13% dos noruegueses achavam que a prin-
cesa Märtha Louise deveria representar a família real 
do país em funções oficiais.
Um biógrafo da família real disse à mídia local: 
“Acho que isso é mais sobre o fenômeno oculto ao 
qual ela está associada do que sobre a princesa como 
pessoa”.
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/
portuguese/internacional-63562382
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/
mundo/2022/11/5050535-os-motivos-que-levaram-
princesa-da-noruega-a-deixar-obrigacoes-da-realeza.html, 
acesso em nov, 09, 2022.
Gênero Jornalístico
1. Informativo:
Neste os textos apresentam a base do jornalismo, 
que é a informação. A prática de informar.
Exemplos: nota, notícia, release.
2. Opinativo:
Trata-se de um gênero argumentativo, onde existe 
a opinião do autor permitida.
Lembrando que estes textos não são baseados 
em “eu acho”, “tem que ser assim”, porém focado 
em argumentações fomentadas em especializações.
Exemplos: Crônica, editorial, artigo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
65
3. Interpretati vo:
São os textos que são escritos de forma mais apro-
fundada. Com mais detalhes e argumentos reais das 
fontes e dados.
Exemplo: Reportagem.
Para saber qual é a melhor abordagem para o seu 
texto jornalísti co é importante que tenha uma pauta 
bem precisa sobre aquilo que deseja abordar.
Desta forma você irá escolher a melhor forma de 
escrever o seu texto e saberá defi nir qual é o melhor 
ti po de gênero jornalísti co para o assunto que será 
tratado na pauta.
Disponível em: htt ps://www.academiadojornalista.com.
br/producao-de-texto-jornalisti co/genero-jornalisti co-
informati vo-opinati vo-e-interpretati vo/
CRÔNICA
O que é crônica?
A crônica é um gênero textual curto escrito em 
prosa, geralmente produzido para meios de comuni-
cação, por exemplo, jornais, revistas, etc.
Além de ser um texto curto, possui uma “vida cur-
ta”, ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos 
corriqueiros do coti diano.
Do lati m, a palavra “crônica” (chronica) refere-se 
a um registro de eventos marcados pelo tempo (cro-
nológico); e do grego (khronos) signifi ca “tempo”.
Portanto, elas estão extremamente conectadas 
ao contexto em que são produzidas, por isso, com o 
passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, 
fi ca fora do contexto.
As característi cas das crônicas
• narrati va curta;
• uso de uma linguagem simples e coloquial;
• presença de poucos personagens, se houver;
• espaço reduzido;
• temas relacionados a acontecimentos coti dia-
nos.
Tipos de crônicas
Embora seja um texto que faz parte do gênero 
narrati vo (com enredo, foco narrati vo, personagens, 
tempo e espaço), há diversos ti pos de crônicas que 
exploram outros gêneros textuais.
Podemos destacar a crônica descriti va e a crônica 
dissertati va. Além delas, temos:
· Crônica Jornalísti ca: mais comum das crônicas 
da atualidade são as crônicas chamadas de “crônicas 
jornalísti cas” produzidas para os meios de comunica-
ção, onde uti lizam temas da atualidade para fazerem 
refl exões. Aproxima-se da crônica dissertati va.
· Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou 
acontecimentos históricos, com personagens, tempo 
e espaço defi nidos. Aproxima-se da crônica narrati va.
· Crônica Humorísti ca: Esse ti po de crônica apela 
para o humor como forma de entreter o público, ao 
mesmo tempo que uti liza da ironia e do humor como 
ferramenta essencial para criti car alguns aspectos seja 
da sociedade, políti ca, cultura, economia, etc.
Importante destacar que muitas crônicas podem 
ser formadas por dois ou mais ti pos, por exemplo: 
uma crônica jornalísti ca e humorísti ca.
Exemplos de crônicas
Crônica de Machado de Assis (Gazeta de Notí -
cias, 1889)
Quem nunca invejou, não sabe o que é padecer. 
Eu sou uma lásti ma. Não posso ver uma roupinha me-
lhor em outra pessoa, que não sinta o dente da inveja 
morder-me as entranhas. É uma comoção tão ruim, 
tão triste, tão profunda, que dá vontade de matar. Não 
há remédio para esta doença. Eu procuro distrair-me 
nas ocasiões; como não posso falar, entro a contar 
os pingos de chuva, se chove, ou os basbaques que 
andam pela rua, se faz sol; mas não passo de algumas 
dezenas. O pensamento não me deixa ir avante. A 
roupinha melhor faz-me foscas, a cara do dono faz-me 
caretas...
Foi o que me aconteceu, depois da últi ma vez que 
esti ve aqui. Há dias, pegando numa folha da manhã, li 
uma lista de candidaturas para deputados por Minas, 
com seus comentos e prognósti cos. Chego a um dos 
distritos, não me lembra qual, nem o nome da pessoa, 
e que hei de ler? Que o candidato era apresentado 
pelos três parti dos, liberal, conservador e republicano.
A primeira coisa que senti , foi uma verti gem. De-
pois, vi amarelo. Depois, não vi mais nada. As entra-
nhas doíam-me, como se um facão as rasgasse, a boca 
ti nha um sabor de fel, e nunca mais pude encarar as 
linhas da notí cia. Rasguei afinal a folha, e perdi os dois 
vinténs; mas eu estava pronto a perder dois milhões, 
contando que aquilo fosse comigo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
66
Upa! que caso único. Todos os partidos armados 
uns contra os outros no resto do Império, naquele 
ponto uniam-se e depositavam sobre a cabeça de um 
homem os seus princípios. Não faltará quem ache 
tremenda a responsabilidade do eleito, — porque a 
eleição, em tais circunstâncias, é certa; cá para mim 
é exatamente o contrário. Deem-me dessas respon-
sabilidades, e verão se me saio delas sem demora, 
logo na discussão do voto de graças.
— Trazido a esta Câmara (diria eu) nos paveses de 
gregos e troianos, e não só dos gregos que amam o co-
lérico Aquiles, filho de Peleu, como dos que estão com 
Agamenon, chefe dos chefes, posso exultar mais que 
nenhum outro, porque nenhum outro é, como eu, a 
unidade nacional. Vós representais os vários membros 
do corpo; eu sou o corpo inteiro, completo. Disforme, 
não; não monstro de Horácio, por quê? Vou dizê-lo.
E diria então que ser conservador era ser essen-
cialmente liberal, e que no uso da liberdade, no seu 
desenvolvimento, nas suas mais amplas reformas, es-
tava a melhor conservação. Vede uma floresta! (excla-
maria, levantando os braços). Que potente liberdade! 
e que ordem segura! A natureza, liberal e pródiga na 
produção, é conservadora por excelência na harmonia 
em que aquela vertigem de troncos, folhas e cipós, em 
que aquela passarada estrídula, se unem para formar 
a floresta. Que exemplo às sociedades! Que lição aos 
partidos!
O mais difícil parece que era a união dos princí-
pios monárquicos e dos princípios republicanos; puro 
engano. Eu diria: 1°, que jamais consentiria que ne-
nhuma das duas formas de governo se sacrificasse por 
mim; eu é que era por ambas; 2°, que considerava tão 
necessária uma como outra, não dependendo tudo 
senão dos termos; assim podíamos ter na monarquia 
a república coroada, enquanto que a república podia 
ser a liberdade no trono, etc., etc.
Nem todos concordariam comigo; creio até que 
ninguém, ou concordariam todos, mas cada um com 
uma parte. Sim, o acordo pleno das opiniões só uma 
vez se deu abaixo do sol, há muitos anos, e foi na 
assembleia provincial do Rio de Janeiro. Orava um 
deputado, cujo nome absolutamente me esqueceu, 
como o de dois, um liberal, outro conservador, que 
virgulavam o discurso com apartes, — os mesmos 
apartes.
A questão era simples. O orador, que era novo, 
expunha as suas ideias políticas. Dizia que opinava por 
isso ou por aquilo. Um dos apartistas acudia: é liberal. 
Redarguia o outro: é conservador. Tinha o orador mais 
este e aquele propósito. É conservador, dizia o segun-
do; é liberal, teimava o primeiro. Em tais condições, 
prosseguia o novato, é meu intuito seguir este cami-
nho. Redarguia o liberal: é liberal; e o conservador: é 
conservador. Durou este divertimento três quartos de 
colunas do Jornal do Comércio. Eu guardei um exem-
plar da folha para acudir às minhas melancolias, mas 
perdi-o numa das mudanças de casa.
Oh! não mudeis de casa! Mudai de roupa, mudai 
de fortuna, de amigos, de opinião, de criados, mudai 
de tudo, mas não mudeis de casa!
A sensível (Clarice Lispector)
Foi então que ela atravessou uma crise que nada 
parecia ter a ver com sua vida: uma crise de profunda 
piedade. A cabeça tão limitada, tão bem penteada, 
mal podia suportar perdoar tanto. Não podia olhar 
o rosto de um tenor enquanto este cantava alegre – 
virava para o lado o rosto magoado, insuportável, por 
piedade, não suportando a glória do cantor. Na rua de 
repente comprimia o peito com as mãos enluvadas 
– assaltada de perdão. Sofria sem recompensa, sem 
mesmo a simpatia por si própria.
Essa mesma senhora, que sofreu de sensibilidade 
como de doença, escolheu um domingo em que o 
marido viajava para procurar a bordadeira. Era mais 
um passeio que uma necessidade. Isso ela sempre 
soubera: passear. Como se ainda fosse a menina que 
passeia na calçada. Sobretudo passeava muito quando 
“sentia” que o marido a enganava. Assim foi procurar 
a bordadeira, no domingo de manhã. Desceu uma rua 
cheia de lama, de galinhas e de crianças nuas – aonde 
fora se meter! A bordadeira, na casa cheia de filhos 
com cara de fome, o marido tuberculoso – a borda-
deira recusou-se a bordar a toalha porque não gostava 
de fazer ponto de cruz! Saiu afrontada e perplexa. 
“Sentia-se” tão suja pelo calor da manhã, e um de 
seus prazeres era pensar que sempre, desde pequena, 
fora muito limpa. Em casa almoçou sozinha, deitou-
-se no quarto meio escurecido, cheia de sentimentos 
maduros e sem amargura. Oh pelo menos uma vez 
não “sentia” nada. Senão talvez a perplexidade diante 
da liberdade da bordadeira pobre. Senão talvez um 
sentimento de espera. A liberdade.
Até que, dias depois, a sensibilidade se curou as-
sim como uma ferida seca. Aliás, um mês depois, teve 
seu primeiro amante, o primeiro de uma alegre série.
O amor e a morte (Carlos Heitor Cony)
Foi em dezembro, dez anos atrás. Mila teve nove 
filhotes, impossível ficar com a ninhada inteira, fiquei 
com aquela que me parecia a mais próxima da mãe.
Nasceu em minha casa, foi gerada em minha casa, 
nela viveu esses dez anos, participando de tudo, rece-
bendo meus amigos na sala, cheirando-os e ficando 
ao lado deles - sabendo que, de alguma forma, devia 
homenageá-los por mim e por ela.
Ao contrário da mãe, que tinha alguma autono-
mia existencial, aquilo que eu chamava de “fumos 
fidalgos”, como o Dom Casmurro, Títi era um prolon-
gamento, o dia e a noite, o sol e todas as estrelas, o 
universo dela centrava-se em acompanhar, resumia-se 
em estar perto.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
67
Quando Mila foi embora, há dois anos, ela com-
preendeu que ficara mais importante -e, se isso fosse 
possível, mais amada. Escoou com sabedoria a dor 
e o pranto, a ausência e a tristeza, e se já era atenta 
aos movimentos mais insignificantes da casa, com o 
tempo tornou-se um pedaço significante da vida em 
geral e do meu mundo particular.
Vida e mundo que deverão, agora, continuar sem 
ela -se é que posso chamar de continuação o que te-
nho pela frente. Perdi alguns amigos, recentemente, 
mas foram perdas coletivas que doeram, mas, de certa 
forma, são compensadas pela repartição do prejuízo.
Perder Títi é um “resto de terra arrancado” de mim 
mesmo -e estou citando pela segunda vez Macha-
do de Assis, que criou um cão com o nome do dono 
(Quincas Borba) e sabia como ninguém que dono e 
cão são uma coisa só.
Essa “coisa só” fica mais só, nem por isso fica mais 
forte, como queria Ibsen. Fica apenas mais sozinho 
mesmo, sem ter aquele olhar que vai fundo da gen-
te e adivinha até a alegria e a tristeza que sentimos 
sem compreender. Sem Títi, é mais fácil aceitar que a 
morte seja tão poderosa, desde que seja bem menos 
poderosa do que o amor.
A Crônica no Brasil
A crônica foi inicialmente desenvolvida com ca-
ráter histórico (as crônicas históricas). Elas relatavam 
desde o século XV fatos históricos (reais ou fictícios) 
ou acontecimentos cotidianos (sucessão cronológica), 
algumas com toque de humor.
Mais tarde, esse gênero textual despretensioso 
foi se aproximando do público e conquistando os lei-
tores mundo afora. Hoje, esse fato é confirmado pela 
enorme difusão das crônicas, sobretudo nos meios 
de comunicação.
No Brasil, a crônica tornou-se um estilo textual 
bem difundido desde a publicação dos “Folhetins” em 
meados do século XIX. Alguns escritores brasileiros 
que se destacaram como cronistas foram:
1. Machado de Assis
2. Carlos Drummond de Andrade
3. Rubem Braga
4. Luís Fernando Veríssimo
5. Fernando Sabino
6. Carlos Heitor Cony
7. Caio Fernando Abreu
Segundo o professor e crítico literário Antônio 
Cândido, em seu artigo “A vida ao rés-do-chão” (1980):
“A crônica não é um “gênero maior”. Não se 
imagina uma literatura feita de grandes cro-
nistas, que lhe dessem o brilho universal dos 
grandes romancistas, dramaturgos e poetas. 
Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobela um cronista, por melhor que fosse. Portan-
to, parece mesmo que a crônica é um gênero 
menor. “Graças a Deus”, seria o caso de dizer, 
porque sendo assim ela fica mais perto de nós. E 
para muitos pode servir de caminho não apenas 
para a vida, que ela serve de perto, mas para 
a literatura (...).
(...) Ora, a crônica está sempre ajudando a esta-
belecer ou restabelecer a dimensão das coisas 
e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário 
excelso, numa revoada de adjetivos e períodos 
candentes, pega o miúdo e mostra nele uma 
grandeza, uma beleza ou uma singularidade 
insuspeitadas. Ela é amiga da verdade e da po-
esia nas suas formas mais diretas e também 
nas suas formas mais fantásticas, sobretudo 
porque quase sempre utiliza o humor. Isto acon-
tece porque não tem pretensões a durar, uma 
vez que é filha do jornal e da era da máquina, 
onde tudo acaba tão depressa. Ela não foi feita 
originalmente para o livro, mas para essa pu-
blicação efêmera que se compra num dia e no 
dia seguinte é usada para embrulhar um par de 
sapatos ou forrar o chão da cozinha.”
Nesse trecho tão esclarecedor podemos destacar 
as características fundamentais da crônica, como, por 
exemplo, a aproximação com o público, na medida 
em que contém uma linguagem mais direta e des-
pretensiosa.
Além disso, o autor destaca um de seus principais 
aspectos, ou seja, a curta duração que possui essa 
produção textual.
(https://www.todamateria.com.br/cronica/)
A Aranha no Quarto
Francisco Rocha
Poucos animais causam tantos sentimentos de-
sagradáveis. Ela estava em um canto do quarto, toda 
tímida. Não devia ser maior que o punho fechado 
de uma criança pequena. Toda peluda e felpuda com 
tons amarronzados, aterrorizando minha dama que 
estava no quarto.
À feição de um cavaleiro de armadura, fui ao seu 
socorro convicto de que resolveria o problema. Eu, 
criatura civilizada e domesticada, senti uma estranhe-
za a percorrer a espinha ao fitar meu oponente. Às 
armas, então! 
Juntando o que possuía de coragem e orgulho, 
me municiei de poderosa vassoura e avancei contra 
o aracnídeo. Para minha surpresa, o serzinho pusilâ-
nime, antes imóvel, mostrou toda sua sagacidade e 
se enfiou dentro de um buraco escuro e diminuto, na 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
68
estante de livros do casal. Me senti aviltado... Como 
aquela aranha ousa se proteger de minha investida de 
maneira tão covarde!? Era hora de contar o resultado 
do embate à esposa amedrontada. 
Já era noite na residência simples e suburbana, e 
ponderações começaram a brotar. Seria o artrópode 
insidioso e peçonhento? Eu ouvira falar que alguns de-
les possuem picadas bastante doloridas e que podem 
causar retardo na inativação dos canais neuronais de 
sódio (o quem quer que isso signifique). Só sei que, 
naquela altura do campeonato, não estava pronto 
para sentir dor. 
Fitei a toca da fera durante muito tempo antes 
de dormir, só imaginado o que eu estaria disposto a 
fazer se ela colocasse a fuça para fora. Do outro lado, 
a matrona que me acompanhava sentenciou: “Hoje 
não durmo de luz apagada!”
Na intenção de acalmar os ânimos, começo a 
puxar assunto. Falamos de amenidades... nosso dia 
no trabalho, o trato com os filhos, preocupações fi-
nanceiras, mas a aranha ainda estava lá. Parecendo 
despreocupado, dou de ombros para o buraco escu-
ro, faço, minha refeição, bebo qualquer coisa, mas a 
aranha ainda estava lá. O fato é que sempre que o 
pensamento dava uma folga, meus olhares voltavam 
para o animal que passou a coabitar conosco.
Eventualmente o sono veio para nós dois. Em meu 
caso, ele estava repleto de teias e pelos diminutos. De 
forma afrontosa, ao amanhecer, a fresta no armário 
ainda estava lá. Quem sabe a aranha também... Acho 
que vou comprar um Baygon. 
Disponível em: Rocha, F.M.B. Crônica: A Aranha no 
Quarto. Goiânia, 2022.
Naila
Francisco Rocha
Na tarde de primavera de 1998 (ou seria 1999?), 
me recordo de desejar desesperadamente escapar da 
rudeza das aulas de meu curso na universidade. Afinal 
de contas, quem em sã consciência cursaria física?!?! 
Com a batalha perdida, me encaminho para o ponto de 
ônibus feito de um concreto armado pouco convidativo. 
Mas não importava, aquela construção representava 
minha carta de alforria, ao menos para aquele dia. 
A condução logo chega. As fileiras de cadeiras en-
contravam-se ocupadas (“quelle surprise”) e eu, algo 
resignado, me proponho a contemplar a paisagem 
que mais se assemelhava a um borrão diante de meus 
olhos. De um momento para outro sou retirado de 
meu transe auto imposto. Cutucado por dedos infantis 
sou logo interpelado: “Tio, qual é o seu nome?” Digo 
à petiz como me batizaram... Logo vi aqueles olhos 
inocentes e negros brilharem. Quase como se eu ti-
vesse dado abertura para uma grande revelação que 
iria emergir daquela mentalidade simples. Ela então 
aponta para um colar folheado a ouro, que ostentava 
no pescoço, escrito com singeleza o substantivo “Nai-
la”. Sorrimos juntos. 
De mim para comigo, mais tarde, fiquei saben-
do do significado daquele nome: “mulher de olhos 
grandes e bonitos”. Sim, representava bem a menina 
do coletivo. Invejoso que sou tomei para mim aque-
la palavra. “Quando tiver uma filha, certamente seu 
nome será Naila”.
O tempo passa inclemente, e eu, agora um jovem 
senhor, com minha esposa esperando pela primeira 
filha, sou convidado, no outono de 2014 (ou seria 
2015?), a proferir palestra sobre tema particularmen-
te intrincado. Após a fala exitosa, no momento das 
perguntas, sou interpelado por uma mulher de olhos 
grandes e negros como a noite. Ela quer saber sobre 
algo relacionado ao orgulho humano... Pergunto de 
maneira humilde o nome daquela pessoa. Ela me res-
ponde o substantivo “Naila”. Lívido com a resposta 
não pude deixar de elucubrar num átimo - seria ela a 
mesma menina de tempos atrás? ou não passava de 
uma estranha coincidência? De qualquer maneira, dei 
a resposta mais conveniente à pergunta.
Voltando depressa para o convívio fraterno no lar, 
abri um sorriso para minha esposa gestante e sen-
tenciei: “Nossa filha irá se chamar Naila!” A matrona 
torce o nariz e começa a enumerar os motivos pelos 
quais nossa filha não seria conhecida dessa maneira. 
É, parece que perdi mais uma batalha...
Disponível em: Rocha, F.M.B. Crônica: Naila. Goiânia, 2022.
MODERNISMO
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
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https://infinittusexatas.com.br/modernismo-resumos-e-
mapas-mentais/
https://infinittusexatas.com.br/modernismo-resumos-e-
mapas-mentais/
Primeira fase do modernismo brasileiro
https://infinittusexatas.com.br/modernismo-resumos-e-mapas-mentais/
Ao romper com a tradição literária vigente, a pri-
meira fase do modernismo brasileiro propôs a criação 
de uma literatura genuinamente brasileira.
Manuel Bandeira, Mário e Oswald de Andrade 
foram os precursores do modernismo na literatura 
brasileira *
A primeira fase do modernismo brasileiro sacra-
mentou as renovações no campo da arte e da literatu-
ra iniciadas no início do século XX com os pré-moder-
nistas. Na literatura de Lima Barreto, Monteiro Lobato 
e Euclides da Cunha, por exemplo, já era possível iden-
tificar um menor apego ao cânone literário, além de 
uma maior preocupação com o desenvolvimento de 
uma literatura socialmente engajada. A literatura bra-
sileira tomou novos rumos, e o legado dos escritores 
parnasianos ficou definitivamente para trás.
Até 1922, ano da realização da emblemática Se-
mana de Arte Moderna, a literatura brasileira era es-
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
70
sencialmente academicista e influenciada pelos mol-
des europeus. O parnasianismo era a estética literária 
vigente, não havia uma cultura acadêmica nacional, 
com linguagem e conteúdo temático que reprodu-
zissem a realidade do brasileiro comum. Podemos 
dizer que os primeiros modernistas deram o “grito 
de independência” cultural que ecoaria por décadas, 
modificando drasticamente o fazer literário no Brasil. 
Depois deles, a forma e o ritmo, elementos tão apre-
ciadospela literatura clássica, não seriam mais uma 
obrigação: estava instituído o verso livre e o combate 
à arte tradicional.
Erro de português 
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
(Oswald de Andrade)
Dizer que os primeiros modernistas “combatiam” 
a arte tradicional não é uma força de expressão. Havia, 
de fato, o interesse em romper drasticamente com 
qualquer forma de cultura que não fosse construída 
sobre bases nacionais: esse era o projeto da fase he-
roica do modernismo, cujos principais representantes 
foram Manuel Bandeira, Mário e Oswald de Andrade, 
esse último considerado o mais radical da chamada 
tríade modernista. Foram deles os principais esfor-
ços para a realização da Semana de Arte Moderna de 
1922, evento que reuniu um grupo de artistas novos 
e empenhados em desvencilhar a arte produzida no 
Brasil da cultura tradicional europeia.
A Semana, que reuniu, além dos primeiros escri-
tores modernistas, grandes nomes das artes plásticas, 
entre eles Anita Mafaltti, Di Cavalcanti e Brecheret, foi 
o ponto de encontro das várias tendências artísticas 
que desde a I Guerra vinham tentando firmar-se em 
São Paulo e no Rio de Janeiro. Graças ao evento reali-
zado entre os dias 13 e 18 de fevereiro no Teatro Mu-
nicipal de São Paulo, o modernismo brasileiro ganhou 
uma plataforma que possibilitaria sua consolidação. 
Após a realização da Semana de Arte Moderna, várias 
publicações – as chamadas revistas literárias – e mani-
festos foram lançados, cujos objetivos eram divulgar 
as propostas modernistas.
O marco cronológico da geração heroica foi o ano 
de 1930, período em que surgiram escritores, entre 
eles Carlos Drummond de Andrade, que iniciaram 
uma poética com novos elementos estéticos, mas 
irremediavelmente influenciada pela herança dos 
modernistas de 1922. É impossível conceber a arte 
brasileira sem creditar os esforços dos precursores do 
modernismo, cujos ideais estão presentes em toda li-
teratura produzida durante o século XX até a literatura 
produzida nos dias de hoje. Graças aos modernistas, 
que apontaram os caminhos para a construção de uma 
cultura menos europeizada e europeizante, nasceu a 
autêntica literatura brasileira.
(https://www.portugues.com.br/literatura/primeira-fase-
modernismo-brasileiro.html)
Manuel Bandeira
Manuel Bandeira, grande representante moder-
nista, tem o lirismo como marca registrada em sua 
arte.
Manuel Bandeira, dotado de um notável lirismo, 
representa um dos artistas que compuseram o cenário 
artístico modernista.
Entre os artistas que abrilhantaram o período 
modernista, encontra-se esta nobre figura: Manuel 
Bandeira. Em razão disso, conhecê-lo é, sobretudo, 
enlevarmo-nos diante de tamanha habilidade artística 
e nobreza intelectual. Para tanto, iniciemos falando 
acerca de alguns aspectos biográficos, os quais assim 
se apresentam:
Manuel Carneiro de Souza Bandeira nasceu em 
1886, em Recife. Em 1890, a família se transferiu para 
Petrópolis (RJ), e com seis anos de idade Bandeira 
retornou a Recife, onde permaneceu até os dez anos. 
Aos 16 anos partiu para São Paulo, com o intuito de 
cursar a faculdade de Arquitetura na Escola Politéc-
nica. Contudo, tal intenção teve de ser interrompida, 
haja vista que o poeta contraiu tuberculose, paralisan-
do, assim, seus estudos. Em 1913 foi para a Suíça para 
se tratar no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu 
por 16 meses.
Em 1917, Manuel Bandeira publicou seu primeiro 
livro – Cinza das horas e, a partir de então, iniciou 
sua vasta produção literária, seguida da publicação 
de Carnaval (1919). Foi quando o poeta começou 
a estabelecer contato com o grupo paulista, o qual 
participou da Semana de Arte Moderna. Um dos in-
tegrantes, Guilherme de Almeida, foi o primeiro a ler 
as produções, passando a indicá-las para os demais. 
Em 1921, esse grupo de representantes foi ao Rio de 
Janeiro, época em que Bandeira se tornou amigo de 
Mário de Andrade. Outrossim, afirmamos que este 
nobre poeta não participou de forma direta na Se-
mana, por considerar o evento um tanto quanto con-
tundente, como ele mesmo afirmou “nunca atacamos 
publicamente os mestres parnasianos e simbolistas, 
nunca repudiamos o soneto nem, de um modo geral, 
os versos metrificados e rimados”.
Assim, afirma-se que em virtude de ter se formado 
com base nas referências literárias do Parnasianismo 
e Simbolismo, Bandeira não se mostrou preocupado 
em se adequar a esta ou àquela tendência, decidiu por 
não criticar publicamente aqueles que consideravam 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
71
os mestres parnasianos e simbolistas, bem como não 
se tornou adepto do tom revolucionário dos moder-
nistas. Dessa forma, optou por escolher esta ou aquela 
forma que mais se adequasse ao espírito das emoções 
que desejava transmitir em determinado momento. 
A linguagem, envolta num tom simples, revelava a 
experiência do poeta acerca de suas percepções em 
meio ao cotidiano, marcadas, sobretudo, pela temá-
tica voltada para o amor, erotismo, infância, paixão 
pela vida, solidão e angústia existencial.
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
OS SAPOS
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- “Meu pai foi à guerra!”
- “Não foi!” - “Foi!” - “Não foi!”
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.[...]
(https://www.portugues.com.br/literatura/manuel-
-bandeira.html)
Mário de Andrade
Mário de Andrade nasceu em 9 de outubro de 
1893, na cidade de São Paulo. Ele é um dos principais 
nomes da primeira geração modernista. Suas obras 
apresentam nacionalismo crítico, liberdade formal e 
valorização da linguagem coloquial. Macunaíma é seu 
livro mais famoso e uma das obras mais importantes 
do movimento.
Além da literatura, o autor tinha outros interesses 
artísticos, por isso estudou piano e canto. Também 
foi professor de História da Música e da Estética no 
Conservatório Dramático e Musical da cidade de São 
Paulo, em 1922. Nesse ano, participou da Semana de 
Arte Moderna. A partir de então, foi um dos porta-
-vozes do movimento modernista até a sua morte, 
ocorrida em 25 de fevereiro de 1945, em São Paulo.
Biografia de Mário de Andrade
Mário de Andrade é um escritor brasileiro nascido 
em 9 de outubro de 1893, na cidade de São Paulo. 
Tinha grande interesse pela arte e cultura brasileiras. 
Estudou piano no Conservatório Dramático e Musical 
de São Paulo e, em 1922, começou a trabalhar como 
professor de História da Música e da Estética nesse 
Conservatório.
Nesse ano, participou da Semana de Arte Moder-
na, que inaugurou o Modernismo no Brasil. Além dis-
so, escrevia para periódicos como A Gazeta, A Cigarra 
e Jornal do Comércio. Entre seus múltiplos interesses, 
estava também a fotografia, à qual se dedicou intensa-
mente entre 1923 e 1931. Durante esse período, em 
1927, fez uma viagem à Amazônia e ao Nordeste, com 
o intuito de observar e registrar a cultura desses locais.
Era também um estudioso do folclore brasilei-
ro, além de crítico de literatura. Assim, entre 1935 
e 1938, foi diretor do Departamento de Cultura da 
Prefeitura de São Paulo. Em 1936, ajudou a criar o 
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
(SPHAN). Já em 1938, tornou-se o diretor do Instituto 
de Artes da Universidade do Distrito Federal, no Rio 
de Janeiro. E, em 1942, foi um dos fundadores da 
Associação Brasileira de Escritores (Abre), contrária 
ao Estado Novo (1937-1945).
O escritormorreu em 25 de fevereiro de 1945, na 
cidade de São Paulo. Além de uma obra aclamada pela 
crítica especializada, deixou também a dúvida sobre a 
sua homossexualidade, um assunto que era tabu para 
alguns críticos literários. Só em 2015 essa questão foi 
esclarecida, com a divulgação, pela Fundação Casa de 
Rui Barbosa, de carta do escritor a Manuel Bandeira 
(1886-1968).
Nessa carta, o escritor escreve:
“Mas si agora toco nesse assunto em que me 
porto com absoluta e elegante discrição social, 
tão absoluta que sou incapaz de convidar um 
companheiro daqui a sair sozinho comigo na 
rua [...] e si saio com alguém é porque esse al-
guém me convida, si toco no assunto é porque 
se poderia tirar dele um argumento pra explicar 
minhas amizades platônicas, só minhas”.
Para os críticos que analisam a obra de um escritor 
a partir de suas características puramente estruturais, 
a vida pessoal de um autor em nada contribui para 
a sua escrita. No entanto, há críticos que defendem 
que detalhes da vida íntima do artista podem auxiliar 
no desvendamento de seus textos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
72
Características literárias de Mário de Andrade
Mário de Andrade é um escritor da primeira ge-
ração modernista. Suas obras, portanto, apresentam 
as seguintes características:
• antiacademicismo;
• liberdade formal;
• nacionalismo crítico;
• busca da identidade nacional;
• releitura dos símbolos de nacionalidade;
• valorização da linguagem coloquial;
• resgate do folclore brasileiro;
• regionalismo;
• crítica sociopolítica.
Obras de Mário de Andrade
• Há uma gota de sangue em cada poema (1917)
• Pauliceia desvairada (1922)
• A escrava que não é Isaura (1925)
• O losango cáqui (1926)
• Primeiro andar (1926)
• Amar, verbo intransitivo (1927)
• Clã do jabuti (1927)
• Modinhas imperiais (1930)
• Remate de males (1930)
• Música, doce música (1934)
• Belazarte (1934)
• O Aleijadinho e Álvares de Azevedo (1935)
• Poesias (1941)
• O movimento modernista (1942)
• O empalhador de passarinho (1944)
• Contos novos (1947)
Frases de Mário de Andrade
Vamos ler, a seguir, algumas frases de Mário de 
Andrade, extraídas de carta enviada a Fernando Sa-
bino (1923-2004) em 16 de fevereiro de 1942.
• “A arte tem entre os elementos que a consti-
tuem a insatisfação.”
• “O artista verdadeiro jamais estará satisfeito 
consigo mesmo nem com a obra de arte que 
produziu.”
• “Não existe um só artista verdadeiro que não 
arte faça com a intenção de ser amado.”
• “Esta é a cilada que o homem encontra cotidia-
namente em seu caminho, o conformismo.”
• “Nós devemos viver sempre nascendo.”
• “Toda facilidade, toda felicidade é desmorali-
zante.”
• “A gente tem vergonha de se repensar.”
• “A felicidade no amor nem é apenas justa, é 
uma espécie de dever.”
• “O momento da criação é um prazer sublime.”
• “A maioria dos seres vegeta em vez de huma-
namente viver.”
• “A arte jamais é independente da vida.”
(https://www.portugues.com.br/literatura/mario-andrade.
html)
Oswald de Andrade
Oswald de Andrade fez parte da primeira geração 
modernista do Brasil. Suas obras, como a peça tea-
tral “O rei da vela”, apresentam elementos irônicos e 
metalinguísticos.
Oswald de Andrade nasceu em 11 de janeiro de 
1890, na capital do estado de São Paulo. Mais tarde, 
se casou com a pintora Tarsila do Amaral e, depois, 
com a escritora conhecida como Pagu. Além disso, es-
creveu para alguns periódicos, foi membro do Partido 
Comunista e tentou duas vezes ingressar na Academia 
Brasileira de Letras.
O autor, que faleceu em 22 de outubro de 1954, 
na cidade de São Paulo, fez parte da primeira geração 
do Modernismo brasileiro. Portanto, seus textos são 
caracterizados pelo nacionalismo crítico e pela liber-
dade formal. A metalinguagem e a ironia também são 
características de obras como O rei da vela.
Resumo sobre Oswald de Andrade
• O escritor brasileiro Oswald de Andrade nasceu 
em 1890 e faleceu em 1954.
• O autor foi um dos participantes da Semana de 
Arte Moderna de 1922.
• Ele fez parte da primeira geração do Modernis-
mo brasileiro.
• A ironia e a metalinguagem são as principais 
características de seus textos.
• O rei da vela é uma de suas peças teatrais mais 
conhecidas.
Biografia de Oswald de Andrade
Oswald de Andrade nasceu em 11 de janeiro de 
1890, na cidade de São Paulo, em uma família abas-
tada. Dez anos depois, começou a estudar na Escola 
Caetano de Campos. No ano seguinte, em 1901, foi 
transferido para o Ginásio Nossa Senhora do Carmo e 
depois, em 1903, para o Colégio São Bento, onde co-
nheceu o poeta Guilherme de Almeida (1890–1969).
O autor terminou seus estudos no Colégio São 
Bento, em 1908. No ano seguinte, passou a escrever 
para o Diário Popular e iniciou a faculdade de Direito. 
Já em 1911, fundou a revista O Pirralho. Em 1912, 
interrompeu o curso de Direito para fazer sua primeira 
viagem à Europa, onde conheceu a francesa Henriette 
Denise Boufflers, com quem teve seu primeiro filho, 
em 1914.
No ano de 1915, a dançarina adolescente Carmen 
Lydia, com quem o escritor mantinha um relaciona-
mento, chegou ao Brasil. No ano seguinte, Oswald 
voltou ao curso de Direito e passou a trabalhar no 
Jornal do Comércio. A partir de 1918, começou a es-
crever, também, para A Gazeta.
Em 1919, o escritor se formou em Direito. Já em 
1921, passou a escrever para o Correio Paulistano. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
73
No ano seguinte, em 1922, participou da Semana de 
Arte Moderna. No final desse ano, foi para a Europa, 
onde iniciou sua amizade com a pintora Tarsila do 
Amaral (1886–1973).
Regressou ao Brasil um ano depois e publicou, em 
1924, o Manifesto da poesia pau-brasil, no Correio da 
Manhã. Nesse mesmo ano, retornou à Europa, onde 
viveu com Tarsila. A partir daí, até 1929, houve muitas 
idas e vindas da Europa. Ademais, no ano de 1925, 
tentou entrar para a Academia Brasileira de Letras, 
mas sem sucesso.
Em 30 de outubro de 1926, Oswald e Tarsila se 
casaram, no Brasil. Dois anos depois, o escritor publi-
cou seu famoso Manifesto antropófago, na Revista de 
Antropofagia. Já em 1929, ele se separou da pintora 
para ficar com a escritora Patrícia Galvão (1910–1962), 
a Pagu, com quem se casou em 1º de abril de 1930.
Depois de conhecer, em 1931, Luís Carlos Pres-
tes (1898–1990), Oswald passou a escrever textos 
de cunho político e fundou o jornal O Homem do 
Povo, além de se filiar ao Partido Comunista. Três anos 
depois, terminado o casamento com Pagu, começou 
uma relação com a pianista Pilar Ferrer.
Porém, no final do ano de 1934, ele se uniu à 
professora Julieta Bárbara Guerrini (1908–2005). Ele 
se casou com Julieta no final de 1936. Em 1940, pela 
segunda vez, tentou ingressar na Academia Brasilei-
ra de Letras. Novamente, foi rejeitado. Em 1942, já 
estava com Maria Antonieta d’Alkmin (1919–1969), 
com quem se casou no ano seguinte.
O escritor se indispôs com Prestes e saiu do Par-
tido Comunista em 1945. Entretanto, em 1950, se 
candidatou a deputado federal, pelo Partido Repu-
blicano Trabalhista. Com o lema “pão, teto, roupa, 
saúde, instrução, liberdade”, o autor não conseguiu se 
eleger. Oswald de Andrade faleceu em 22 de outubro 
de 1954, na cidade de São Paulo.
Obras de Oswald de Andrade
• Os condenados (1922) — romance.
• Memórias sentimentais de João Miramar 
(1924) — romance.
• Manifesto da poesia pau-brasil (1924).
• Pau-brasil (1925) — poesia.
• Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald 
de Andrade (1927) — poesia.
• A estrela de absinto (1927) — romance.
• Manifesto antropófago (1928).
• Serafim Ponte Grande (1933) — romance.
• A escada vermelha (1934) — romance.
• O homem e o cavalo (1934) — teatro.
• A morta (1937) — teatro.
• O rei da vela (1937) — teatro.
• Cântico dos cânticos para flauta e violão (1942) 
— poesia.
• Marco zero I: a revolução melancólica (1943) 
— romance.
• Marco zero II: chão (1945) — romance.
• O escaravelho de ouro (1946) — poesia.
• O cavalo azul (1947) — poesia.
• Manhã (1947) — poesia.
• O santeiro do mangue (1950) — poesia.
• Umhomem sem profissão (1954) — memórias.
O rei da vela
O rei da vela é uma peça de teatro composta por 
três atos. O primeiro ato se passa na cidade de São 
Paulo, no escritório de usura de Abelardo, durante a 
manhã. Já o segundo acontece em uma ilha tropical 
na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Por fim, o 
terceiro apresenta o mesmo cenário do primeiro ato, 
porém, durante a noite.
No escritório, Abelardo I atende ao Cliente, quan-
do entra Abelardo II, vestindo “botas e um completo 
de domador de feras. Usa pastinha e enormes bigodes 
retorcidos. Monóculo. Um revólver à cinta”. Outros 
clientes (devedores) estão em uma jaula: “Os clien-
tes aparecem atropeladamente nas grades. É uma 
coleção de crise, variada, expectante. Homens e mu-
lheres mantêm-se quietos ante o enorme chicote de 
Abelardo II.”
Heloísa de Lesbos chega. Ela é noiva de Abelardo I 
e vai se casar por interesse. O noivo rico comprou uma 
ilha para que lá se casassem. Nessa ilha, eles recebem 
o banqueiro americano Mister Jones. Nesse ambiente, 
Abelardo I diz coisas sedutoras para sua sogra, dona 
Cesarina, e para a tia de Heloísa, a dona Poloca.
Além disso, Heloísa tem uma irmã lésbica (Joana 
ou João) e um irmão homossexual (Totó Fruta-do-Con-
de), que está de “asa partida”, pois terminou uma 
“amizade de três anos” com um tal Godofredo. Já 
Perdigoto, outro filho de Cesarina, segundo João (ou 
Joana), é um “fascista indecente”. Ele propõe a Aber-
lardo I a criação de “uma milícia patriótica”.
Porém, no terceiro ato, Abelardo I acaba indo à 
falência e ameaça se matar. Heloísa tenta convencer 
o noivo a não cometer tal insanidade. Mas Abelardo 
I se mata. A noiva, então, se casa com Abelardo II, e 
assim termina a peça, que realiza, de forma irônica, 
reflexões sobre o capitalismo, o comunismo ou so-
cialismo, a burguesia e o proletariado.
Além disso, apresenta elementos metalinguísti-
cos, como estas falas de Abelardo I: “Mas esta cena 
basta para nos identificar perante o público”, “A mor-
te no Terceiro Ato”, “Maquinista! Feche o pano”, “O 
autor não ligaria...”. Ele também: “Oferece o revólver 
ao Ponto e fala com ele”. E o Ponto (pessoa que, es-
condida, lembra as falas aos atores) responde.
Já o título da obra é explicado nesta fala de Abe-
lardo I:
[...]! O Rei da Vela miserável dos agonizantes. 
O Rei da Vela de sebo. E da vela feudal que 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
74
nos fez adormecer em criança pensando nas 
histórias das negras velhas... Da vela peque-
no-burguesa dos oratórios e das escritas em 
casa... As empresas elétricas fecharam com a 
crise... Ninguém mais pôde pagar o preço da 
luz... A vela voltou ao mercado pela minha mão 
previdente. [...], mas a grande vela é a vela da 
agonia, aquela pequena velinha de sebo que 
espalhei pelo Brasil inteiro... Num país medieval 
como o nosso, quem se atreve a passar os um-
brais da eternidade sem uma vela na mão? [...]!
Poemas de Oswald de Andrade
No poema Epitáfio, de 1925, o eu lírico utiliza o 
recurso da metalinguagem ao falar da redondilha por 
meio de versos escritos em redondilha maior (sete 
sílabas poéticas). Com a ironia característica das po-
esias do autor, seu eu lírico diz ser “redondo” e se 
compara a uma “redond’ilha”, palavra que pode se 
referir a uma redondilha ou a uma ilha redonda.
A seguir, ele justifica o título do poema ao men-
cionar o passado (“mulheres que beijei”) e a morte, 
quando declara que faleceu do “oh! amor”, uma for-
ma irônica de se referir ao amor romântico. Assim, 
tudo indica que o epitáfio é o irônico “ah! ah! ah!” 
da caveira do eu lírico ao pensar na redondilha, tipo 
de verso comum no Romantismo:
Eu sou redondo, redondo
Redondo, redondo eu sei
Eu sou uma redond’ilha
Das mulheres que beijei
Por falecer do oh! amor
Das mulheres da minh’ilha
Minha caveira rirá ah! ah! ah!
Pensando na redondilha
Já no poema “Convite”, do livro Cântico dos cânti-
cos para flauta e violão, o eu lírico, novamente, recor-
re à metalinguagem ao mencionar o verso do poema, 
uma redondilha menor (cinco sílabas poéticas). Além 
disso, usa a linguagem coloquial, tão valorizada pe-
los modernistas, para, com simplicidade, declarar seu 
amor ou desejo por alguém:
Escuta este verso
Qu’eu fiz pra você
Pra que todos saibam
Qu’eu quero você
Características da obra de Oswald de Andrade
Oswald de Andrade é um autor que fez parte da 
primeira geração modernista, caracterizada pela ino-
vação. Os autores dessa fase do Modernismo, que tem 
início em 1922 e término em 1930, se empenham em 
criticar o academicismo, isto é, o jeito tradicional de 
se fazer arte.
Por isso, privilegiam a liberdade formal e utilizam 
versos livres (sem metrificação e, geralmente, sem 
rimas). Além disso, retomam o nacionalismo e o re-
gionalismo do tradicional Romantismo. Porém, não 
mais de forma idealizada, mas sim de maneira crítica. 
Também valorizam a linguagem coloquial do Brasil e 
fazem crítica sociopolítica.
As obras de Oswald de Andrade, além dessas ca-
racterísticas, também apresentam ironia, metalin-
guagem e neologismos. O autor possui prosa com 
frases curtas e uma poesia mais sintética, ou seja, sem 
prolixidade. Seus textos, fragmentados, costumam fa-
zer críticas à elite burguesa da época.
(https://www.portugues.com.br/literatura/oswald-
andrade---modernista-revolucionario-.html)
ATIVIDADES 1
1. A Semana de arte moderna, ocorrida em 1922, 
inaugurou o movimento modernista no Brasil. A 
primeira fase do modernismo literário brasileiro, 
que durou de 1922 a 1930, teve como principal 
característica:
a) uso de poemas de forma fixa, como o soneto.
b) linguagem rebuscada e acadêmica.
c) valorização das raízes culturais brasileiras.
d) pessimismo e oposição ao romantismo.
e) foco em temas relacionados com a coloniza-
ção.
2. Em relação ao Modernismo, podemos afirmar 
que em sua primeira fase há:
a) maior aproximação entre a língua falada e a 
escrita, valorizando-se literariamente o nível 
coloquial.
b) pouca atenção ao valor estético da linguagem, 
privilegiando o desenvolvimento da pesquisa 
formal.
c) grande liberdade de criação, mas expressão 
pobre.
d) reconquista do verso livre.
e) ausência de inspiração nacionalista.
3. Assinale a alternativa correta para as característi-
cas do Modernismo de 1922, também chamado 
de “fase heroica”.
a) espírito polêmico e destruidor, valorização 
poética do cotidiano, nacionalismo, busca da 
originalidade a qualquer preço.
b) Temática ampla com preocupação filosófica, 
predomínio do romance regionalista, valori-
zação do cotidiano, nacionalismo.
c) Espírito polêmico, busca da originalidade, pre-
domínio do romance psicológico, valorização 
da cidade e das máquinas.
d) Visão futurista, espírito polêmico e destruidor, 
predomínio da prosa poética, valorização da 
cidade e das máquinas.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
75
e) Valorização poética do cotidiano, linguagem 
repleta de neologismos, nacionalismo e busca 
da poesia na natureza.
4. Considere o texto abaixo.
 Contraditoriamente, foi o patrocínio da fração 
mais europeizada da aristocracia rural de São 
Paulo, aberta às influências internacionais, que 
permitiu o florescimento das inovações estéti-
cas. O café pesou mais do que as indústrias. Os 
velhos troncos paulistas, ameaçados em face da 
burguesia e da imigração, se juntaram aos artis-
tas numa grande “orgia intelectual”, conforme a 
definição de Mário de Andrade. Segundo ele, “foi 
da proteção desses salões literários [promovidos 
pela aristocracia rural] que se alastrou pelo Brasil 
o espírito destruidor do movimento modernista.”
(MARQUES, Ivan. Cenas de um modernismo de província. 
São Paulo: Editora 34, 2011, p. 11)
 O Modernismo de 22 caracterizou-se, de fato, 
por algumas contradições, entre as quais a que 
o texto aponta:
a) Os mentores modernistas promoveram ideais 
estéticos para agradar burgueses e aristocratas.
b) Uma economia voltada para a industrialização 
propiciou o desenvolvimento da produção rural.
c) Membros da aristocracia paulista renunciaram 
a seugosto estético em nome da arte popular.
d) Membros da recém-formada burguesia impu-
seram seu gosto estético aos aristocratas.
e) Um setor da economia rural estimulou um mo-
vimento cultural de raiz urbana e moderna. 
5. São características da primeira fase do Moder-
nismo:
a) retomada da ficção regionalista, cultivo de uma 
poesia neobarroca e visão de mundo em pers-
pectiva elitista.
b) libertação dos modelos acadêmicos, experi-
mentalismo em novas formas de expressão e 
rompimento com o nacionalismo tradicional.
c) cultivo de uma ficção de caráter intimista, re-
visão das regras de metrificação e retomada 
do nacionalismo romântico.
d) predominância dos temas políticos, crítica ao 
uso indiscriminado das máquinas e visão de 
mundo em perspectiva universalista.
e) pesquisa de lendas e narrativas folclóricas, va-
lorização do índio enquanto mito romântico e 
cultivo de fórmulas estéticas consagradas.
6. A poesia modernista, sobretudo a da primeira 
fase (1922-1928):
a) utiliza-se de vocabulário sempre vago e ambí-
guo que apreenda estados de espírito subje-
tivos e indefiníveis.
b) faz uma síntese dos pressupostos poéticos que 
norteavam a linguagem parnasiano-simbolista.
c) incentiva a pesquisa formal com base nas con-
quistas parnasianas, a ela anteriores.
d) enriquece e dinamiza a linguagem, inspiran-
do-se na sintaxe clássica.
e) confere ao nível coloquial da fala brasileira a 
categoria de valor literário.
7. Todas as afirmativas a seguir relacionam-se ao 
Modernismo na sua primeira fase, exceto:
a) Os movimentos de vanguarda europeus, a bru-
talidade da Primeira Guerra Mundial, dentre 
outros fatores, favoreceu a busca por uma 
estética desvinculada de quaisquer dogma-
tismos.
b) No Brasil, os movimentos primitivistas foram 
uma resposta à busca da expressão nacional.
c) A conjunção entre primitivismo do folclore e 
universo urbano foi uma possibilidade moder-
nista.
d) As inovações de ordem temática e formal 
permitiram a delimitação clara entre prosa e 
poesia modernistas.
e) A paródia aos textos e estilos consagrados da 
literatura brasileira é uma das possibilidades 
modernistas.
8. Assinale a alternativa em que há uma caracte-
rística que não corresponde ao Modernismo em 
sua primeira fase (1922-1930).
a) Ruptura radical e audaciosa em relação às 
possíveis estéticas do passado, quebra total 
da rotina literária.
b) Caráter turbulento, polemista, de demolição 
de valores.
c) Exaltação exagerada de fatores como moci-
dade e tempo; o novo, nesta fase, foi erigido 
como um valor em si.
d) Movimento de inquietação e de insatisfação; 
os novos se lançaram à luta em nome da ori-
ginalidade, da liberdade de pesquisa estética 
e do direito de “errar”.
e) Apesar de toda a radicalidade do grupo, é unâ-
nime a preocupação dos modernistas com o 
purismo da linguagem.
ATIVIDADES 2
1. Sobre os poemas da primeira geração modernis-
ta, é correto afirmar apenas:
a) São marcados pelo formalismo: a métrica e 
a rima estão entre suas prioridades. Durante 
esse período, deu-se prioridade para a compo-
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
76
sição de sonetos, retomando assim os moldes 
literários clássicos.
b) Os poemas modernistas apresentam relação 
dialógica com os poemas do simbolismo: o 
abuso de figuras de linguagem e de elementos 
sensoriais que permitem uma viagem sinesté-
sica marca a poesia dessa fase.
c) Os poemas da fase heroica do modernismo são 
marcados pela desconstrução e pela subversão 
da sintaxe: as palavras não são dispostas de 
maneira convencional no papel, caracterizan-
do assim a poesia-práxis.
d) Nos poemas da primeira geração modernista, 
também denominada “fase heroica”, os poetas 
estabeleceram novos paradigmas de arte, des-
vencilhando-se do modelo clássico europeu e 
transgredindo a forma e o conteúdo do poema.
2. Erro de português
 Quando o português chegou
 Debaixo de uma bruta chuva
 Vestiu o índio
 Que pena!
 Fosse uma manhã de sol
 O índio tinha despido
 O português.
 Oswald de Andrade
 Sobre o poema de Oswald de Andrade, estão 
corretas as seguintes proposições:
 I. Faz uma crítica contra a colonização portugue-
sa na Brasil. Essa crítica pode ser confirmada a 
partir do título do poema, o qual contém uma 
ambiguidade intencional.
 II. Nesse poema, a temática do relacionamen-
to amoroso é abordada de maneira inovadora, 
distante da idealização romântica proposta pelos 
ultrarromânticos.
 III. O poema utiliza elementos como o humor, 
a ironia e o sarcasmo para relatar a chegada do 
português em terras brasileiras.
 IV. Apropria-se de uma linguagem simples e prosai-
ca para fazer uma reflexão profunda e complexa.
 V. No poema de Oswald nota-se a preocupação 
com a métrica, a versificação e a rima, embora o 
conteúdo do poema seja inovador.
a) I, II e IV.
b) II, III e V.
c) I, III e IV.
d) III e IV,
e) II e V.
3. (Enem - 2013)
MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o 
culpado de tudo. 27 set. 2011 a 29 jan. 2012. São Paulo: 
Prol Gráfica, 2012.
 O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia 
de que a brasilidade está relacionada ao futebol. 
Quanto à questão da identidade nacional, as ano-
tações em torno dos versos constituem
a) direcionamentos possíveis para uma leitura 
crítica de dados histórico-culturais.
b) forma clássica da construção poética brasileira.
c) rejeição à ideia do Brasil como o país do fute-
bol.
d) intervenções de um leitor estrangeiro no exer-
cício de leitura poética.
e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras 
substitutivas das originais.
4. (Enem - 2012)
O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som re-
dondo...
Cantabona! Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas 
de Mário de Andrade.Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
 Cara ao Modernismo, a questão da identidade na-
cional é recorrente na prosa e na poesia de Mário 
de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
77
a) abordado subliminarmente, por meio de ex-
pressões como “coração arlequinal” que, evo-
cando o carnaval, remete à brasilidade.
b) verificado já no título, que remete aos repen-
tistas nordestinos, estudados por Mário de An-
drade em suas viagens e pesquisas folclóricas.
c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de ex-
pressões como “Sentimentos em mim do aspe-
ramente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 
7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” 
(v. 9).
d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x 
alaúde (civilizado), apontando a síntese nacio-
nal que seria proposta no Manifesto Antropó-
fago, de Oswald de Andrade.
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “senti-
mentos dos homens das primeiras eras” para 
mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes 
indígenas.
5. Estão entre os principais representantes da poe-
sia modernista da primeira fase:
a) Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, 
Mário de Andrade e Rachel de Queiróz.
b) Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Adélia 
Prado e Tarsila do Amaral.
c) Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira, 
Oswald de Andrade, Mário de Andrade.
d) Oswald de Andrade, Ferreira Gullar, Olavo Bilac 
e Monteiro Lobato.
e) Tarsila do Amaral, Patrícia Galvão, Mário de 
Andrade e Guilherme de Almeida.
MODERNISMO EM PORTUGAL
O Modernismo representa a ruptura com padrões 
e a inovação. A Escola Literária Modernista surge no 
início do século XX, após o Pré-Modernismo, num pe-
ríodo conturbado.
Em Portugal, berço do Modernismo no Brasil, seu 
marco inicial data de 1915 com a publicação da Re-
vista Orpheu.
Contexto Histórico
O Modernismo tomou lugar num período que per-
meia a Primeira (1914-1918) e a Segunda (1939-1945) 
Guerras Mundiais.
Na mesma altura, surgia a Teoria da Relativida-
de de Einstein e a Psicanálise de Freud, bem como 
transformações tecnológicas (eletricidade,telefone, 
avião, cinema).
Todas essas situações influenciam os pensamen-
tos da época e, consequentemente o estilo deste novo 
movimento literário.
Em Portugal, em 1910 era proclamada a república 
e surgem dois partidos políticos.
O Situacionista, numa proposta saudosista, pre-
tendia resgatar os anos de glória vividos por Portu-
gal. Os Inconformados, por sua vez, almejavam uma 
ruptura de padrão e estilo, e propunham a inovação.
Assim, com o lançamento da Revista Águia, os 
Situacionistas tentam reviver o passado numa pre-
tensão de incutir nas pessoas o orgulho português 
oriundo das suas conquistas.
Os Inconformados rejeitam essa ideia, pretenden-
do trazer à tona o espírito crítico.
Principais Caraterísticas
• Distanciamento do sentimentalismo.
• Espírito dinâmico, acompanhando as transfor-
mações tecnológicas.
• Espírito crítico e questionador.
• Linguagem cotidiana.
• Oposição às normas, numa atitude considerada 
“anárquica”.
• Originalidade e excentricidade.
• Ruptura com o passado, numa atitude inova-
dora.
Gerações Modernistas
De acordo com os seus autores e, consequente-
mente dos seus estilos, as gerações modernistas se 
dividem em três grupos:
O Orfismo ou A Geração de Orpheu
A primeira geração modernista é assim chamada 
tendo em conta que é esse o nome da publicação que 
demarca a fronteira com a anterior escola literária.
A revista, que teve à frente Fernando Pessoa, 
Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros (primeiro 
grupo modernista), foi um grande escândalo. Ela teve 
a duração de apenas um ano, o que aconteceu em 
decorrência de problemas financeiros após o suicídio 
de Mário de Sá Carneiro.
O Futurismo e o Expressionismo (Vanguardas Eu-
ropeias) influenciaram essa geração, cujos principais 
autores são:
• Fernando Pessoa (1888-1935): sendo o mais 
influente, é também a principal personalidade 
do modernismo em Portugal.
 Escreveu “Mensagem” e criou os heterônimos 
Alberto Caeiro (“Pastor Amoroso”, “Poemas 
Inconjuntos”), Ricardo Reis (“Prefiro Rosas”, 
“Breve o Dia”) e Álvaro de Campos (“Ode Ma-
rítima”, “Tabacaria”);
• Mário de Sá Carneiro (1890-1915): o mote da sua 
obra gira em torno da insatisfação psicológica.
 Escreveu contos como “Princípio”, “A Confissão 
de Lúcio”, “Céu em Fogo”, bem como poesias. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
78
São exemplos “Dispersão”, “Indícios de Oiro”, 
“Poesias”;
• Almada Negreiros (1893-1970): distinguiu-se 
como artista plástico, no entanto escreveu ma-
nifestos futuristas, textos doutrinários, peças 
teatrais, entre outros.
O Presencismo ou A Geração de Presença
O segundo momento do Modernismo em Portugal 
inicia em 1927 com o lançamento da Revista Presen-
ça. A revista foi fundada por Branquinho da Fonseca, 
João Gaspar Simões e José Régio.
O objetivo desse grupo era dar continuidade ao 
trabalho iniciado com a Revista Orpheu.
Principais autores e algumas obras:
• José Régio (1901-1969): além de escritor, foi 
diretor e editor da Revista Presença. Escreveu 
“Poemas de Deus e do Diabo”, “Jogo da Cabra-
-Cega”, “Há mais Mundos”;
• João Gaspar Simões (1903-1987): influente crí-
tico e investigador literário. Escreveu “Romance 
numa Cabeça”, “Amigos Sinceros”, “Internato”;
• Branquinho da Fonseca (1905-1974): o autor 
usou também o pseudônimo de António Ma-
deira. Escreveu “Poemas”, “Mar Coalhado”, 
“Bandeira Preta”.
Neorrealismo
O terceiro e último momento do Modernismo tem 
início em 1940 com a publicação de Gaibéus, de Alves 
Redol. Esse período carateriza-se pela oposição ao 
ditador Antônio de Oliveira Salazar.
Principais autores e algumas obras:
• Alves Redol (1911-1969): o primeiro roman-
cista dessa nova tendência escreveu: “Glória”, 
“Marés”, “A Barca dos Sete Lemes”;
• Ferreira de Castro (1898-1974): é o autor mais 
importante dessa geração. Escreveu “Emigran-
tes”, “A Selva”, “Eternidade”;
• Soeiro Pereira Gomes (1909-1949): comunista, 
sua obra prima é “Esteiros”. Escreveu, ainda, 
“Contos Vermelhos”, “Engrenagem”.
(https://www.todamateria.com.br/modernismo-em-
portugal/)
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa é um dos mais importantes 
escritores portugueses do modernismo e poetas de 
língua portuguesa.
Destacou-se na poesia, com a criação de seus he-
terônimos sendo considerado uma figura multiface-
tada. Trabalhou como crítico literário, crítico político, 
editor, jornalista, publicitário, empresário e astrólogo.
Nessa última tarefa, vale destacar que Fernando 
Pessoa explorou o campo da astrologia, sendo um 
exímio astrólogo e apreciador do ocultismo.
Biografia
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lis-
boa, dia 13 de Junho de 1888. Era filho de Joaquim 
de Seabra Pessoa, natural de Lisboa, e D. Maria Mag-
dalena Pinheiro Nogueira Pessoa, natural dos Açores.
Com apenas 5 anos, Fernando Pessoa ficou ór-
fão de pai, que acometido pela tuberculose, deixou 
a família em estado de pobreza. Nessa fase, a família 
decide leiloar as mobílias e passam a viver numa casa 
mais simples.
No mesmo ano, nasce seu irmão Jorge, que veio a 
falecer com menos de um ano. Em 1894, com apenas 
6 anos, Fernando Pessoa cria seu primeiro heterônimo 
denominado “Chevalier de Pas”.
Nesse período também escreve seu primeiro po-
ema intitulado “À Minha Querida Mamã”:
Ó terras de Portugal
Ó terras onde eu nasci
Por muito que goste delas
Ainda gosto mais de ti.
Dessa forma, fica claro que desde pequeno Fer-
nando possuía uma inclinação para as letras, línguas 
e literatura.
Em 1895, sua mãe casa-se novamente com o co-
mandante João Miguel Rosa que fora nomeado cônsul 
de Portugal em Durban, na África do Sul. Assim, a 
família passa a viver na África.
Esse fato refletiu substancialmente na sua for-
mação. Isso porque na África recebeu uma educação 
inglesa, primeiramente num colégio de freiras da West 
Street e depois na Durban High School.
Outras perdas familiares vieram refletir no estilo 
de Pessoa. Destacam-se a morte de suas irmãs Mada-
lena Henriqueta, que faleceu em 1901, com apenas 
3 anos, e Maria Clara, com apenas 2 anos, em 1904.
Em 1902, já com 14 anos, a família retorna à Lis-
boa. Três anos mais tarde, matricula-se na Faculdade 
de Letras no curso de Filosofia, porém não chega a 
concluir o curso.
Começa a dedicar-se à literatura e a partir de 1915 
junta-se a um grupo de intelectuais. Destacam-se os 
escritores portugueses modernistas: Mario de Sá-Car-
neiro (1890-1916) e Almada Negreiros (1893-1970).
Fundou a “Revista Orfeu” e, em 1916, seu amigo 
Mário de Sá-Carneiro suicida-se. Em 1921, Pessoa fun-
da a Editora Olisipo, onde publica poemas em inglês.
Em 1924 funda a Revista “Atena”, ao lado de Ruy 
Vaz e em 1926, trabalha como codiretor da “Revista 
de Comércio e Contabilidade”. No ano seguinte, passa 
a colaborar com a “Revista Presença”.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
79
Fernando Pessoa faleceu em sua cidade natal, dia 
30 de Novembro de 1935, vítima de cirrose hepática, 
com 47 anos.
No leito de morte sua última frase foi escrita, em 
inglês, com a data de 29 de Novembro de 1935:
“I know not what tomorrow will bring” (Não sei o 
que o amanhã trará).
Obras e Características
Fernando Pessoa é dono de uma vasta obra, ainda 
que tenha publicado somente 4 obras em vida. Escre-
veu poesia e prosa em português, inglês e francês, 
além de ter trabalhado com traduções e críticas.
Sua poesia é repleta de lirismo e subjetividade, 
voltada para a metalinguagem. Os temas explorados 
pelo poeta são dos mais variados, embora tenha es-
crito muito sobre sua terra natal, Portugal.
Obras publicadas em Vida
• 35 Sonnets (1918)
• Antinous (1918)
• English Poems, I, II e III (1921)
• Mensagem (1934)
Algumas Obras Póstumas
• Poesias de Fernando Pessoa (1942)
• A Nova Poesia Portuguesa (1944)
• Poemas Dramáticos (1952)
• Novas Poesias Inéditas (1973)
• Poemas Ingleses Publicados por Fernando Pes-
soa (1974)
• Cartas de Amor de Fernando Pessoa (1978)
• Sobre Portugal (1979)
• Textos de Crítica e de Intervenção (1980)
• Obra Poética de Fernando Pessoa (1986)
• Primeiro Fausto (1986)
Segue abaixoum de seus poemas mais emble-
máticos do poeta:
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Heterônimos e Poesias
Ilustração de Fernando Pessoa e seus heterônimos
Fernando Pessoa foi um poeta excêntrico, de 
forma que criou inúmeros personagens, os famosos 
Heterônimos.
Diferentes dos pseudônimos, eles possuíam vida, 
data de nascimento, morte, personalidade, mapa as-
tral e estilo literário próprio.
Os heterônimos mais importantes de Pessoa são:
Ricardo Reis
Recebeu uma educação clássica e se formou em 
medicina. Era considerado um defensor da monar-
quia. Dono de uma linguagem culta e estilo neoclássi-
co, alguns temas presentes em sua obra são mitologia, 
morte e vida.
Possuía grande interesse pela cultura latina e he-
lenista. A obra “Odes de Ricardo Reis” foi publicada 
postumamente, em 1946. Segue abaixo um de seus 
poemas:
Anjos ou Deuses
Anjos ou deuses, sempre nós tivemos,
A visão perturbada de que acima
De nos e compelindo-nos
Agem outras presenças.
Como acima dos gados que há nos campos
O nosso esforço, que eles não compreendem,
Os coage e obriga
E eles não nos percebem,
Nossa vontade e o nosso pensamento
São as mãos pelas quais outros nos guiam
Para onde eles querem e nós não desejamos.
Álvaro de Campos
Foi um engenheiro português que recebeu educa-
ção inglesa. Sua obra, repleta de pessimismo e intimis-
mo, possui forte influência do simbolismo, decaden-
tismo e futurismo. As “Poesias de Álvaro de Campos” 
foi publicada postumamente, em 1944. Segue abaixo 
um de seus poemas:
Tabacaria
Não sou nada.
Nunca serei nada.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
80
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos 
do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo.
que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada cons-
tantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconheci-
damente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras 
e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo 
pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a ver-
dade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa 
e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma 
partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger 
de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e 
achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa 
real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa 
real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo 
fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Alberto Caeiro
Com uma linguagem simples, direta e temas que 
se aproximam da natureza, Alberto Caieiro cursou 
apenas a escola primária. Embora ele tenha sido um 
dos mais profícuos heterônimos de Fernando Pessoa.
Foi um anti-intelectualista, anti-metafísico, re-
jeitando, dessa forma, temas filosóficos, místicos e 
subjetivos. Foi publicada, postumamente, as “Poesias 
de Alberto Caeiro” (1946). Segue abaixo um de seus 
poemas emblemáticos:
O Guardador de Rebanhos
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima 
da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
Bernardo Soares
Considerado um semi-heterônimo, visto que o 
poeta projetou nele algumas de suas características, 
como afirma o próprio Pessoa:
“Não sendo a personalidade a minha, é, não 
diferente da minha, mas uma simples mutilação 
dela. Sou eu menos o raciocínio e afectividade”.
Bernardo é autor do “Livro dos Desassossegos”, 
considerada uma das obras fundadoras da ficção por-
tuguesa no século XX.
Narrada em prosa, trata-se de uma espécie de au-
tobiografia. Na trama, Bernardo Soares é um ajudante 
de guarda-livros em Lisboa, ao lado de Fernando Pes-
soa. Segue abaixo um de seus poemas:
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
81
Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério de que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
ATIVIDADES
1. Embora existam divergências sobre sua estrutura-
ção, o Modernismo em Portugal pode ser dividido 
em:
a) Presencismo, Futurismo, Realismo e Natura-
lismo.
b) Orfismo, Presencismo, Neorrealismo e Surre-
alismo.
c) Orfismo, Neorrealismo, Romantismo e Litera-
tura Contemporânea.
d) Orfismo, Presencismo, Futurismo e Surrealis-
mo.
e) Humanismo, Cubismo, Neorrealismo e Concre-
tismo.
2. Sobre o Modernismo português estão corretas 
as seguintes proposições:
 I. O Modernismo em Portugal costuma ser divi-
dido em duas partes, Orfismo (primeira geração) 
e Presencismo (segunda geração), muito embora 
alguns estudiosos considerem os movimentos ne-
orrealistas e surrealistas como vertentes moder-
nistas.
 II. Entre os principais ideais dos presencistas, 
estavam a busca por uma literatura inovadora 
influenciada pelo Futurismo e pelo Cubismo, o 
rompimento com o passadismo da literatura de 
caráter histórico e a retratação do homem e seu 
espanto de existir.
 III. A Revista Presença, publicação literária de 
maior êxito durante os anos do Modernismo, foi 
responsável por divulgar os ideais do Presencis-
mo, consolidando as conquistas dos escritores 
que representaram a primeira fase do movimen-
to.
 IV. Surgido em um período de lutas de classes 
sociais e de crises religiosas, o Modernismo por-
tuguês foi marcado por uma literatura cuja lin-
guagem refletia os estados de tensão da alma 
humana e que era permeada pelo rebuscamento 
e por figuras de linguagem de difícil compreen-
são.
 V. Marcado pelo subjetivismo, nostalgia, melan-
colia e combinação de vários gêneros literários, o 
Modernismo português marcou o fim do Neoclas-
sicismo, instaurando um novo modo de expressão 
em Portugal e em toda a Europa.
a) I e III.
b) Todas estão corretas.
c) II, IV e V.
d) I e II.
e) III e IV.
3. Estão, entre os principais escritores do moder-
nismo português (do Orfismo ao Surrealismo):
a) Eça de Queiros, Antero de Quental, Florbela 
Espanca e Fernando Pessoa.
b) José Saramago, Graciliano Ramos, Eugênio de 
Castro e Euclides da Cunha.
c) Fernando Pessoa, José Régio, Fernando Namo-
ra e Alexandre O’Neilld) Sophia de Mello Breyner Andresen, Camilo 
Castelo Branco, Mário de Sá-Carneiro e Cesá-
rio Verde.
e) Almeida Garrett, Júlio Dinis, José Agostinho de 
Macedo e Miguel Torga.
4. (UNIFESP) Considere os fragmentos a seguir.
Texto I
Ao longo do sereno
Tejo, suave e brando,
Num vale de altas árvores sombrio,
Estava o triste Almeno
Suspiros espalhando
Ao vento, e doces lágrimas ao rio.
Luís de Camões. Ao longo do sereno.
Texto II
Bailemos nós ia todas três, ay irmanas,
so aqueste ramo destas auelanas
e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar.
Aires Nunes. In: Nunes, J.J., Crestomatia arcaica.
Texto III
Tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
Fernando Pessoa. Obra poética.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
82
Texto IV
Os privilégios que os Reis
Não podem dar, pode Amor,
Que faz qualquer amador
Livre das humanas leis.
Mortes e guerras cruéis,
Ferro, frio, fogo e neve,
Tudo sofre quem o serve.
Luís de Camões. Obra completa.
Texto V
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que nunca sonhei!...
Mário de Sá-Carneiro. Poesias.
 Assinale a alternativa que contém textos de au-
toria de poetas do Modernismo português.
 a) I e V.
 b) II e III.
 c) III e IV.
 d) III e V.
 e) IV e V.
RESENHA, RESUMO E ESQUEMA
Resenha é um gênero cada vez mais cobrado em 
ambientes acadêmicos e de produção de conhecimen-
to. Saber sua definição e principais características é 
fundamental para desenvolver boas jornadas de es-
tudos. Veja, a seguir, o que é preciso conhecer para 
fazer boas resenhas.
O que é?
Resenha é um tipo de texto usado para descrever 
e analisar outra produção textual – que pode variar 
de obras literárias até tratados de anatomia. Todos os 
livros, de modo geral, podem ser resenhados. Além 
disso, há também as chamadas resenhas temáticas, 
que reúnem informações de diversos livros e autores 
que abordam um mesmo assunto.
Tipos
Tradicionalmente, existem dois tipos de resenha:
• Resenha descritiva 
Nesse tipo, o autor da resenha apenas descreve e 
correlaciona informações acerca do tema ou livro re-
senhado. Não há espaço para a opinião do autor nesse 
texto, sendo, portanto, uma composição informativa.
• Resenha crítica ou opinativa
Assim como na descritiva, essa também descreve 
e correlaciona informações de uma obra ou assun-
to. Não obstante, na resenha crítica, há espaço para 
que o autor apresente teses sobre o tema abordado, 
sendo, então, um texto de natureza informativo-ar-
gumentativa.
Características
Para além da estrutura das resenhas descritivas 
ou críticas, é importante pontuar as seguintes carac-
terísticas desse gênero:
• Objetividade: Por se tratar de um gênero cientí-
fico, a resenha exige certo grau de objetividade 
em sua linguagem, haja vista que interferên-
cias da pessoalidade do autor atrapalhariam o 
método da ciência. O uso do sentido literal é 
sempre bem-vindo em textos desse tipo.
• Concisão: Uma boa resenha deve procurar dizer 
o necessário, sem muitos exemplos ou repe-
tições. Isso porque o texto tem como função 
ser um material de estudo, uma composição 
para ser lida depois, sem haver a necessidade 
de acessar os originais resenhados.
• Utilização de um método: É importante que, 
nas resenhas, o autor estruture o texto a partir 
de um método claro e objetivo. Em geral, duas 
partes são fundamentais em todas as produ-
ções desse tipo: o resumo e a análise de dados.
• Uso da norma-padrão da língua: Para manter 
a clareza e a objetividade, recomenda-se que 
a norma-padrão seja a variante de linguagem 
utilizada nas resenhas. Isso não significa, é bom 
lembrar, que se deve escrever de uma maneira 
rebuscada ou difícil nas resenhas. Lembre-se: a 
norma-padrão é aquela variante da linguagem 
que segue a gramática, mas que também deve 
ser compreendida pela maioria das pessoas.
Resenha x resumo
É muito comum haver confusão entre os conceitos 
de resenha e de resumo. Isso é justificável, haja vista 
que ambos os gêneros não são tão diferentes assim. 
Na verdade, a resenha tem como uma de suas partes 
o resumo.
• Resumo: gênero textual em que se retira de 
um texto original apenas as informações mais 
relevantes. É importante ressaltar: não se pode 
acrescentar nenhum discurso novo ao já exis-
tente no primeiro texto.
• Resenha: gênero textual que mescla o resumo, 
conforme definição acima, com trechos descri-
tivos ou analíticos. Nesse sentido, a resenha 
acrescenta informações novas ao texto origi-
nalmente resenhado. Por isso, é possível dizer 
que, em toda resenha, existe um resumo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
83
Passo a passo para fazer uma resenha
Para produzir uma boa resenha, é muito impor-
tante:
• Ler com muita calma e atenção o texto que 
será resenhado. De preferência, faça duas ou 
três leituras prévias.
• Fazer anotações no texto original durante os 
processos de leitura.
• Resumir de modo claro, objetivo e conciso to-
das as informações importantes do texto. Dos 
resumos, costumam-se excluir exemplos ou 
repetições de conceitos.
• Construir apontamentos segundo o tipo de re-
senha que será produzida – descritiva ou opi-
nativa – e acrescentar tais apontamentos junto 
aos resumos já produzidos.
• Revisar o texto final da resenha, verificando 
se, de fato, todas as informações importantes 
foram resumidas, e se os apontamentos feitos 
estão de acordo com as suas expectativas.
(https://www.portugues.com.br/redacao/resenha.html)
Esquema e Resumo
Tipos diferentes de texto, esquema e resumo 
apresentam diferenças significativas quanto à forma 
e ao conteúdo.
Elaborar esquemas e resumos pode ser uma ótima 
opção para quem quer otimizar os estudos e melhorar 
a compreensão textual
Você sabe quais são as diferenças entre esquema 
e resumo? Pensou que esquema e resumo fossem a 
mesma coisa? Pois bem, você vai aprender agora que 
eles são tipos distintos de texto-, pois cada um cumpre 
uma função diferente no contexto comunicacional.
Basicamente, o resumo tem como principal carac-
terística apresentar com fidelidade as ideias reprodu-
zidas em um texto, primando por elementos inerentes 
à construção textual. Já o esquema tem como objetivo 
destacar apenas aquilo que é essencial para um texto, 
como se fosse um esqueleto formado por tópicos.
Características do resumo
1- Sintetiza o texto preservando integralmente 
suas ideias.
2- Preocupação com os elementos da textualida-
de inerentes à construção textual, como coerência e 
coesão e hierarquização das ideias do autor.
3- Não é permitido, em um resumo, emitir comen-
tários pessoais sobre o texto resumido.
4- Variantes na estrutura do texto são permitidas 
quando não há a exigência de um resumo formal.
5- Colar as ideias do autor não é permitido. Quan-
do for necessário, que seja feito em forma de citação 
com os devidos créditos (autor e página).
6- Diferentemente do que acontece com o esque-
ma, o resumo é formado por frases que apresentam 
sentido completo, e não apenas tópicos.
7- É classificado em indicativo ou descritivo, infor-
mativo ou analítico e crítico.
Características do esquema
1- Síntese das ideias principais de um texto or-
ganizada através de palavras-chaves, em torno das 
quais é possível adquirir grandes quantidades de co-
nhecimentos.
2- A visualização de um esquema deve remeter 
o leitor aos principais pontos tidos como mais im-
portantes.
3- O esquema assemelha-se a um esqueleto, não 
apresentando assim maiores preocupações com os 
elementos inerentes à construção textual.
4- O esqueleto permite ao leitor visualizar e des-
tacar aquilo que é essencial.
5- No esquema podem ser utilizados diversos 
símbolos, como letras, números, setas, círculos etc.
6- Pode ser do tipo linear, quando apresenta a 
informação na horizontal e na vertical; piramidal, 
quando a informação está disposta em forma de pi-
râmide;e sistemático, quando as informações estão 
organizadas em forma de um quadro.
7- Deve ter linguagem clara, concisa e objetiva.
Diferenças entre esquema e resumo:
Apesar das diferenças, ambos apresentam um 
ponto em comum: são resultados de uma boa leitura, 
pois, sem ela, elaborar um esquema ou um resumo 
pode ser uma tarefa árdua.
(https://www.portugues.com.br/redacao/o-esquema-
resumo---fortes-aliados-diante-compreensao-textual-.
html)
FLEXÕES VERBAIS
Um verbo é uma palavra que indica acontecimen-
tos representados no tempo, como uma ação, um es-
tado, um processo ou um fenômeno. 
Os verbos sofrem flexão em modo, tempo, núme-
ro, pessoa, voz e aspecto.
Devido a essa pluralidade de flexões que apresen-
tam, os verbos são uma classe gramatical complexa 
e abrangente. 
Flexão em modo
Existem três modos verbais:
• o modo indicativo;
• o modo subjuntivo;
• o modo imperativo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
84
O modo indicativo é usado para indicar realidade. 
Os verbos conjugados no indicativo expressam ações 
de forma clara e precisa.
• Ele vai à festa.
• Nós compraremos um carro novo. 
O modo subjuntivo é usado para indicar possibili-
dade. Os verbos conjugados no subjuntivo expressam 
ações de forma incerta e duvidosa.
• Tomara que ele vá à festa.
• Seria melhor se nós comprássemos um carro 
novo. 
O modo imperativo é usado para indicar ordem. 
Os verbos conjugados no imperativo expressam or-
dens, pedidos, exortações, conselhos.
• Vá à festa.
• Comprem um carro novo!
Flexão em tempo
Existem tempos verbais que indicam ações que 
ocorrem no presente, ações que ocorreram no pas-
sado ou ações que ocorrerão no futuro. 
Os diferentes tempos verbais estão estruturados 
nos modos verbais. Podem ser simples (formados por 
apenas uma forma verbal) ou compostos (formados 
por um verbo auxiliar e um verbo principal).
Tempos verbais simples do modo indicativo
Presente;
Pretérito imperfeito;
Pretérito perfeito;
Pretérito mais-que-perfeito; 
Futuro do presente;
Futuro do pretérito.
Tempos verbais compostos do modo indicativo
Pretérito perfeito composto; 
Pretérito mais-que-perfeito composto;
Futuro do presente composto;
Futuro do pretérito composto.
Tempos verbais simples do modo subjuntivo
Presente;
Pretérito imperfeito;
Futuro.
Tempos verbais compostos do modo subjuntivo
Pretérito perfeito composto;
Pretérito mais-que-perfeito composto;
Futuro composto.
Tempos verbais do modo imperativo
Imperativo afirmativo;
Imperativo negativo.
Formas nominais simples
Infinitivo pessoal;
Infinitivo impessoal;
Particípio;
Gerúndio.
Formas nominais compostas
Infinitivo pessoal composto;
Infinitivo impessoal composto;
Gerúndio composto.
Flexão em número e pessoa
Os verbos sofrem flexão em número, podendo ser 
conjugados no singular ou no plural:
• No singular indicam apenas um sujeito verbal. 
• No plural indicam vários sujeitos verbais.
Os verbos sofrem flexão em pessoa, havendo três 
pessoas verbais:
• A 1.ª pessoa verbal indica quem fala (eu e nós);
• A 2.ª pessoa verbal indica com quem se fala (tu 
e vós);
• A 3.ª pessoa verbal indica de quem se fala (ele 
e eles).
Através da junção da flexão em pessoa e em nú-
mero, juntamente com os pronomes pessoais do caso 
reto, obtêm-se as pessoas do discurso, que estruturam 
a conjugação verbal:
• Eu – 1.ª pessoa do singular;
• Tu – 2.ª pessoa do singular;
• Ele – 3.ª pessoa do singular;
• Nós – 1.ª pessoa do plural;
• Vós – 2.ª pessoa do plural;
• Eles – 3.ª pessoa do plural.
Flexão em voz
Existem três vozes verbais:
• A voz ativa;
• A voz passiva;
• A voz reflexiva.
Na voz ativa, o sujeito gramatical é o agente da 
ação expressa pelo verbo.
• O Paulo comeu o brigadeiro.
• A Joana não ouviu a campainha.
Na voz passiva, o sujeito gramatical é o paciente 
da ação expressa pelo verbo.
• O brigadeiro foi comido pelo Paulo. 
• A campainha não foi ouvida pela Joana. 
• Comeu-se o brigadeiro.
• Não se ouviu a campainha.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
85
Na voz reflexiva, o sujeito gramatical é ao mesmo 
tempo agente e paciente da ação expressa pelo verbo.
• Eles abraçaram-se durante muito tempo.
• Ela penteou-se rapidamente e saiu.
Flexão em aspecto
A flexão em aspecto permite indicar:
Que a ação verbal… 
• está totalmente concluída (aspecto perfectivo);
• não está totalmente concluída (aspecto imper-
fectivo).
Que o foco da ação verbal está…
• no início da ação (aspecto inceptivo);
• no desenvolvimento da ação (aspecto cursivo);
• no fim da ação (aspecto terminativo).
Se a ação verbal é…
• momentânea (aspecto pontual);
• duradoura (aspecto durativo);
• contínua (aspecto contínuo);
• interrompida (aspecto descontínuo).
(https://www.conjugacao.com.br/flexoes-verbais/)
Classificação dos Verbos
Os verbos em língua portuguesa são classificados 
em regulares, irregulares, defectivos ou abundantes.
A classificação está condicionada à flexão verbal 
e não ao significado. Verbo é a classe de palavras que 
tem o maior número de flexões na língua portuguesa.
Flexões Verbais
As flexões verbais ocorrem em número (singular 
e plural), pessoa (primeira, segunda, terceira), modo 
(indicativo, subjuntivo, imperativo), tempo (presente, 
pretérito, futuro) e voz (ativa, passiva, reflexiva).
Pode indicar ação (fazer, copiar), caráter de esta-
do (ser, ficar), fenômeno natural (chover, anoitecer), 
ocorrência (acontecer, suceder), desejo (aspirar, al-
mejar) e outros processos.
Os verbos são divididos em três grupos de flexões, 
as chamadas conjugações, identificadas respectiva-
mente pelas vogais temáticas (a), (e), e (i).
Para cada uma das conjugações, há um paradigma 
indicativo das formas verbais consideradas regulares.
E é a relação estabelecida com tais paradigmas 
que classifica os verbos como regulares, irregulares, 
defectivos ou abundantes.
Verbos Regulares
São considerados regulares os verbos que obede-
cem de maneira precisa a um paradigma de respectiva 
conjugação.
gulares
Os verbos irregulares são classificados assim por-
que não seguem nenhum paradigma da respectiva 
conjugação. Esses verbos podem apresentar irregu-
laridades no radical, nas terminações ou em ambos.
Verbos Anômalos
Dentro da classificação de verbos irregulares estão 
os chamados verbos anômalos. Entre os exemplos de 
verbos anômalos estão ser e vir, que apresentam pro-
fundas alterações nos radicais e na sua conjugação.
Verbos Defectivos
Os verbos defectivos não são conjugados em de-
terminadas pessoas, tempos ou modos. Ou seja, não 
flexionam em algumas formas. Os verbos defectivos 
podem ser impessoais, unipessoais e pessoais.
Verbos Abundantes
Verbos abundantes apresentam mais de uma for-
ma aceitas pela norma culta. Eles podem ser encon-
trados em verbos no particípio e, logo, nos tempos 
compostos em que o verbo principal fica nessa forma 
nominal.
(https://www.todamateria.com.br/classificacao-dos-
verbos/)
ATIVIDADES
1. (Fuvest) Reescreva as frases abaixo, obedecendo 
ao modelo:
 Modelo:
 “Se ele voltou cedo, eu também voltei.
 Se ele voltar cedo, eu também voltarei.”
a) Se ele viu o filme, eu também vi.
b) Se tu te dispuseste, eu também me dispus.
2. Acerca dos enunciados que seguem, flexione os 
derivados do verbo “ter” no pretérito imperfei-
to do modo subjuntivo, tendo como subsídio o 
exemplo que segue.
 Eu teria paciência, se todos tivessem.
a) Ela manteria tranquila, se todos____________.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
86
b) Neste documento conteria todas as informa-
ções, se nos outros ______________.
c) Os alunos até se ateriam a essa questão, se o 
professor se _____________________.
d) O documentário reteria a informação, se os 
canais televisivos ______________________. 
3. Seguindo o modelo, reescreva as frases de modo 
a estabelecer de maneira adequada a correlação 
temporal entre as formas verbais:
 Você obterá um bom resultado, se (fazer) o tra-
balho.
 Você obterá um bom resultado, se fizer o traba-
lho.
a) Fecharemos o acordo, se a proposta nos (con-
vir).
b) Saldaremos a dívida, se (reaver) o que nos foisuprimido.
c) A situação se resolverá, se nós (impor) as con-
dições.
d) Encontrará graves erros de concordância, se 
(refazer) o trabalho.
e) Se não (conter) nossos impulsos, seremos re-
preendidos.
4. (ESPM – SP) Leia o trecho:
 Toda a gente dormia com a mulher do Jaqueira. 
Era só empurrar a porta. Se a mulher não abria 
logo, Jaqueira ia abrir, bocejando e ameaçando:
 - Um dia eu mato um peste.
 Matou. Escondeu-se por detrás de um pau e des-
carregou a lazarina bem no coração do freguês. 
(Graciliano Ramos, São Bernardo)
 A forma verbal grifada:
a) está no pretérito, indicando uma ação dura-
tiva ou repetitiva que começa num passado 
mais ou menos distante e perdura ainda no 
momento da fala.
b) está no futuro do pretérito, indicando uma 
ação hipotética.
c) está no presente, indicando que a ação se dará 
num tempo futuro.
d) está no futuro, indicando que a ação se dará 
num futuro do presente.
e) está no presente, indicando uma ação momen-
tânea ou pontual.
DISSERTAÇÃO
ATIVIDADES
1. Texto próprio para quem quer expor opiniões ou 
persuadir de alguma coisa, no qual se emprega 
o abstrato (conceitos, ideias, concepções). Tipo 
de texto que tem por objetivo influenciar o lei-
tor/interlocutor com posicionamentos elencados 
através de uma cuidadosa ordenação lógica. Es-
tamos falando da:
a) descrição.
b) narração.
c) exposição.
d) injunção.
e) dissertação.
2. (MACKENZIE) “É comum, no Brasil, a prática de 
tortura contra presos. A tortura é imoral e cons-
titui crime. 
 Embora não exista ainda nas leis penais a defini-
ção do ‘crime de tortura’, torturar um preso ou 
detido é abuso de autoridade somado à agressão 
e lesões corporais, podendo qualificar-se como 
homicídio, quando a vítima da tortura vem a 
morrer. Como tem sido denunciado com grande 
frequência, policiais incompetentes, incapazes de 
realizar uma investigação séria, usam a tortura 
para obrigar o preso a confessar um crime. Além 
de ser um procedimento covarde, que ofende 
a dignidade humana, essa prática é legalmente 
condenada. A confissão obtida mediante tortura 
não tem valor legal e o torturador comete crime, 
ficando sujeito a severas punições.” (Dalmo de 
Abreu Dallan)
 Pode-se afirmar que esse trecho é uma dissertação:
a) que apresenta, em todos os períodos, persona-
gens individualizadas, movimentando-se num 
espaço e num tempo terríveis, denunciados 
pelo narrador, bem como a predominância de 
orações subordinadas, que expressam sequên-
cia dos acontecimentos;
b) que apresenta, em todos os períodos, subs-
tantivos abstratos, que representam as ideias 
discutidas, bem como a predominância de 
orações subordinadas, que expressam o en-
cadeamento lógico da denúncia;
c) que apresenta uma organização temporal em 
função do pretérito, jogando os acontecimen-
tos denunciados para longe do momento em 
que fala, bem como a predominância de ora-
ções subordinadas, que expressam o prolon-
gamento das ideias repudiadas;
d) que consegue fazer uma denúncia contunden-
te, usando, entre outros recursos, a ênfase, por 
meio da repetição de um substantivo abstrato 
em todos os períodos, bem como a predomi-
nância de orações coordenadas sindéticas, que 
expressam o prolongamento das ideias repu-
diadas;
e) que consegue construir um protesto persuasi-
vo com uma linguagem conotativa, construída 
sobre metáforas e metonímias esparsas, bem 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
87
como com a predominância de orações subor-
dinadas, próprias de uma linguagem formal, 
natural para esse contexto. 
3. Classifique os fragmentos a seguir de acordo com 
o tipo textual que representam:
 I. “Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, 
onde esperamos três horas o seu quadrimotor. 
Durante esse tempo, não faltou assunto para 
nos entretermos, embora não falássemos da vã 
e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito 
assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. 
Embora Pedro seja extremamente parco de pala-
vras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar 
nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é 
conversa de gestos e expressões pelos quais se faz 
entender admiravelmente. É o seu sistema. […]”. 
(No aeroporto – Carlos Drummond de Andrade)
 II. “Peneire a farinha em um bowl e faça um bu-
raco no meio. Junte os ovos, o leite e a manteiga 
e misture. Se necessário, peneire a mistura. Deixe 
descansar na geladeira por pelo menos ½ hora 
(ideal 1 hora). Em uma frigideira antiaderente, 
derreta um pouco de manteiga (o suficiente para 
cobrir o fundo da panela) em fogo médio, escorra 
o excesso de manteiga. [...]”.
 III. “[...] Se o fenômeno cultural do futebol tem 
inegável dimensão política, é crucial distinguir as 
esferas. Do contrário, num contexto de eferves-
cência social, o inocente gesto de apoiar a sele-
ção, nos estádios ou fora deles, acabaria sujeito 
a reprimendas. Nada mais infeliz do que censurar 
a felicidade alheia. É de resto um despropósito 
torcer contra o Brasil. Os únicos que têm a ganhar 
com nossa derrota são os adversários, pois aos 
brasileiros restará apenas a tristeza. [...]”.
 IV. Eu não tinha este rosto de hoje, 
 assim calmo, assim triste, assim magro, 
 nem estes olhos tão vazios,
 nem o lábio amargo.
 Eu não tinha estas mãos sem força, 
 tão paradas e frias e mortas; 
 eu não tinha este coração que nem se mostra. 
 Eu não dei por esta mudança, 
 tão simples, tão certa, tão fácil: 
 · Em que espelho ficou perdida 
 a minha face?
 (Retrato – Cecília Meireles)
 V. ”[...] Ainda segundo a Prefeitura, 40% dos in-
gressos vendidos para os jogos de São Paulo das 
primeira e segunda fases do mundial foram vendi-
dos para estrangeiros, 8% para turistas brasileiros 
e 52% para paulistanos. Para a abertura, 22% das 
entradas foram vendidas para turistas, sendo que 
9,9% para croatas, adversários do Brasil no jogo 
desta quinta-feira (12). [...]”.
a) expositivo – descritivo – narrativo – injuntivo 
– dissertativo-argumentativo
b) injuntivo – expositivo – narrativo – dissertati-
vo-argumentativo – descritivo
c) narrativo – injuntivo – dissertativo-argumen-
tativo – descritivo – expositivo
d) narrativo – expositivo – dissertativo-argumen-
tativo – injuntivo – descritivo
4. Sobre as características do texto dissertativo, po-
demos afirmar que:
a) Suas principais características são contar uma 
história ou narrar algum acontecimento, verí-
dico ou não.
b) Apresentar informações sobre um objeto ou 
fato específico, enumerando suas característi-
cas através de uma linguagem clara e objetiva.
c) Têm por finalidade instruir o leitor/interlocu-
tor, por isso o predomínio dos verbos no infi-
nitivo.
d) Texto da opinião, no qual as ideias são desen-
volvidas com a intenção de convencer o leitor.
Conheça as 5 competências do Enem e arrase 
na redação!
O objetivo do Exame Nacional do Ensino Médio 
é promover uma avaliação dos conhecimentos gerais 
dos participantes, certo? Por isso, se você vai fazer as 
provas, saber quais são as competências do Enem faz 
toda a diferença na hora de elaborar a redação.
É preciso trabalhá-las para que você consiga ter 
um bom desempenho na organização das suas ideias 
e na transcrição delas para o papel. Desse modo, al-
cançará uma boa pontuação, que ajudará a aumentar 
a sua nota geral. Afinal, na redação do Enem, o can-
didato é avaliado em seis diferentes níveis.
Quer saber mais sobre esse assunto para arrasar 
em sua redação? Então, continue lendo e entenda 
como é feita a avaliação de desempenho, quais são as 
competências cobradas e de que maneira você pode 
se preparar para atendê-las e se dar bem!
Quais os 6 níveis de desempenho para avaliar as 
redações do Enem?
A redação do Enem tem um peso muito grande 
na pontuação geral do participante. Por isso, além de 
estudar todas as matérias que caem nesse exame, 
você precisa trabalhar a escrita, a argumentação e 
a defesa de ponto de vista. Essas são algumas das 
competências do Enem avaliadas pelos organizadores 
da prova.
Isso porque a avaliação de um participante não é 
feita por meio da análise generalizadada redação. Na 
verdade, os avaliadores focam essas competências, 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
88
e cada uma delas recebe uma pontuação diferente, 
de acordo com o nível de desempenho do indivíduo.
Existem seis níveis diferentes de desempenho 
que conferem uma determinada quantidade de pon-
tos, partindo de 0 até 200. Assim, sendo cinco compe-
tências avaliadas, aquele que consegue a nota máxima 
em todas elas têm a tão almejada redação nota 1.000.
Veja, a seguir, o que faz um participante ser clas-
sificado com um determinado nível de desempenho:
• 200 pontos: o participante que atinge 200 pon-
tos apresentou excelência em todas as compe-
tências avaliadas;
• 160 pontos: o participante apresentou um de-
sempenho muito bom, no entanto, cometeu 
pequenas falhas em alguns detalhes;
• 120 pontos: o participante apresentou um de-
sempenho mediano, com algumas inadequa-
ções na escrita e na argumentação;
• 80 pontos: o participante não demonstrou 
um bom domínio da escrita formal da Língua 
Portuguesa, e o seu texto teve inconstâncias, 
contradições, inadequações e outros erros;
• 40 pontos: o participante demonstrou domínio 
muito precário da escrita formal da Língua Por-
tuguesa e do estilo dissertativo-argumentativo. 
As informações estavam incoerentes, suas arti-
culações foram precárias, e as propostas, muito 
vagas ou fugindo ao tema;
• 0 ponto: o participante teve um desempenho 
insuficiente em todas as competências do Enem 
para redação.
Quais são as 5 competências do Enem para a 
redação?
Conforme você viu, a avaliação da redação é feita 
considerando diversos aspectos a fim de classificar o 
candidatado em um nível de desempenho específico. 
É por isso que você precisa entender o que são as com-
petências do Enem e de que maneira elas impactam 
o seu desempenho no exame. A seguir mostramos 
quais são elas e o que é avaliado.
1. Domínio da escrita formal da Língua Portu-
guesa
Na avaliação dessa competência, os organizado-
res verificam se o participante elaborou a redação 
respeitando as regras de escrita formal da Língua 
Portuguesa. São verificados aspectos como:
• ortografia;
• acentuação;
• uso de maiúsculo e de minúsculo;
• hifenização;
• separação silábica;
• concordância;
• pontuação;
• crase;
• regência;
• paralelismo;
• uso de pronomes.
2. Compreensão e adequação ao tema
Nessa segunda competência, basicamente, os ava-
liadores verificarão se o participante não fugiu ao 
tema proposto. São analisadas as suas habilidades de 
leitura e de desenvolvimento de textos, verifica-se se 
o candidato compreendeu a proposta e se a redação 
está organizada e delimitada ao assunto.
3. Capacidade de argumentação e de defesa de 
ponto de vista
A redação do Enem deve ser feita seguindo o es-
tilo dissertativo-argumentativo. Sendo assim, o par-
ticipante precisa saber como selecionar, relacionar, 
organizar e interpretar as informações, opiniões e 
fatos disponibilizados. É verificada sua capacidade 
de argumentação e de defesa de ponto de vista, a 
justificação deles e a aceitabilidade das ideias.
4. Conhecimento dos mecanismos linguísticos
Um bom texto apresenta uma sequência coeren-
te e relação entre frases e parágrafos, sendo que é 
necessário utilizar conjunções, preposições, locuções 
adverbiais e advérbios para fazer essa coesão. Por-
tanto, o candidato precisa dominar esses recursos e 
saber como utilizá-los para estabelecer uma relação 
entre as ideias.
5. Respeito aos Direitos Humanos
A conclusão da redação é feita por meio da apre-
sentação de uma proposta de intervenção que con-
tribua para solucionar o problema abordado. Mas ela 
precisa respeitar os Direitos Humanos, então, essa 
também é uma das competências do Enem. O parti-
cipante precisa demonstrar seu preparo para o bom 
exercício da cidadania.
Como se preparar para atender às competências 
do Enem?
Agora você já sabe quais são as competências do 
Enem e os critérios de avaliação de um participante, 
certo? Então, vamos explicar de que maneira você 
pode se preparar para atender a essas exigências e 
alcançar uma boa pontuação.
Conheça as regras da nova ortografia
O novo acordo ortográfico entrou oficialmente em 
vigor em 2016, mas muitas pessoas ainda têm dúvi-
das sobre ele. Para que você não cometa erros dessa 
natureza em sua redação, é fundamental que estude 
as novas regras, veja exemplos de aplicação e realize 
exercícios para fixar esse conhecimento.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
89
Pratique a interpretação de texto
Basicamente, toda a prova do Enem depende 
muito da interpretação de textos, e isso não é dife-
rente com a redação. Serão apresentadas algumas in-
formações para que você pense em seus argumentos, 
sendo fundamental entender corretamente do que 
elas estão tratando e qual a mensagem que transmi-
tem. Assim, poderá construir a sua argumentação de 
forma sólida e coerente.
Estimule o pensamento crítico
Para que você tenha uma opinião e consiga defen-
dê-la, deve pensar por si mesmo — algo possível se 
você estimula o seu pensamento crítico. Isso significa 
analisar as informações que chegam até você por di-
ferentes aspectos e pensar bem suas consequências. 
Desse modo, conseguirá desenvolver excelentes es-
tratégias para a redação.
Leia constantemente
A leitura constante de diferentes materiais con-
tribui de diversas formas para você trabalhar as com-
petências do Enem. Afinal, ao ler, você:
• trabalha a interpretação de textos;
• assimila dados e informações;
• enriquece seu vocabulário;
• verifica a estrutura correta das frases e das ora-
ções;
• aprende a trabalhar a coesão;
• conhece a escrita correta das palavras.
Não é necessário ler apenas conteúdos acadêmi-
cos, trabalhos científicos ou outros materiais comple-
xos. Você pode fazer a leitura de notícias, de artigos e 
de livros, apenas tendo o cuidado de optar por fontes 
que respeitem a norma culta da língua.
Exercite o pensamento de coletividade
Conforme explicamos, entre as principais compe-
tências do Enem está o respeito aos Direitos Humanos 
na proposta de intervenção ao problema apresentado. 
Portanto, você deve exercitar o pensamento de coleti-
vidade, o que significa procurar soluções que estejam 
adequadas à sociedade de um modo geral, evitando 
o pensamento egoísta ou restrito a grupos seletos.
Não é impossível alcançar uma boa pontuação na 
redação: você apenas precisa trabalhar as competên-
cias do Enem para alcançar um bom desempenho. 
(https://dicas.vestibulares.com.br/competencias-do-
enem/)
ATIVIDADES
1. (UFPR – 2010) Entrou em vigor a lei que converte 
em presunção de paternidade a recusa dos ho-
mens em fazer teste de DNA. Assinale a alternati-
va cujo texto pode ser concluído coerentemente 
com essa afirmação.
a) Sara Mendes deu início a um processo na justi-
ça, para que Tiago Costa assuma a paternidade 
de seu filho Cássio. Tiago não fez o exame de 
DNA, mas assume como muito provável ser 
ele o pai do menino. Cássio alega que o exame 
não é conclusivo, pois entrou em vigor a lei 
que converte em presunção de paternidade a 
recusa dos homens em fazer teste de DNA.
b) Adriano é um rapaz muito presunçoso e não 
admite que lhe cobrem nada. A namorada lhe 
pediu um exame de DNA, para esclarecer a pa-
ternidade de Amanda, sua filha. Adriano disse 
que não faria o exame. A namorada disse que 
toda essa presunção serviria para o juiz ates-
tar a paternidade, pois entrou em vigor a lei 
que converte em presunção de paternidade a 
recusa dos homens em fazer teste de DNA.
c) Carlos de Almeida responde processo na justi-
ça por não querer reconhecer como seu o filho 
de Diana Santos, sua ex-namorada. Carlos se 
recusou a fazer o exame de DNA, o que permite 
ao juiz lavrar a sentença que o indica como 
pai da criança, porque entrou em vigor a lei 
que converte em presunção de paternidade a 
recusa dos homens em fazer teste de DNA.
d) Alessandro presume que Caio seja seu filho. 
Sugeriu a Telma um exame de DNA. Telma disse 
não ser necessário, pois entrou em vigor a lei 
que converte empresunção de paternidade a 
recusa dos homens em fazer teste de DNA.
e) Mário e Felipe são primos. Mário é extrema-
mente vaidoso, pretensioso. Felipe é um rapaz 
calmo e muito simples. Os dois namoraram 
Teresa na mesma época. Teresa teve uma filha 
e entrou na justiça para exigir dos dois primos 
um exame de DNA. O juiz disse que não era 
necessário, pois entrou em vigor a lei que con-
verte em presunção de paternidade a recusa 
dos homens em fazer teste de DNA.
2. (UDESC – 2008) Identifique a ordem em que os 
períodos devem aparecer, para que constituam 
um texto coeso e coerente. (Texto de Marcelo 
Marthe: Tatuagem com bobagem. Veja, 05 mar. 
2008, p. 86.)
 I. Elas não são mais feitas em locais precários, e 
sim em grandes estúdios onde há cuidado com 
a higiene.
 II. As técnicas se refinaram: há mais cores dispo-
níveis, os pigmentos são de melhor qualidade e 
ferramentas como o laser tornaram bem mais 
simples apagar uma tatuagem que já não se quer 
mais.
 III. Vão longe, enfim, os tempos em que o con-
ceito de tatuagem se resumia à velha âncora de 
marinheiro.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
90
 IV. Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma 
tatuagem deixou de ser símbolo de rebeldia de 
um estilo de vida marginal.
 Assinale a alternativa que contém a sequência 
correta em que os períodos devem aparecer.
a) II, I, III, IV
b) IV, II, III, I
c) IV, I, II, III
d) III, I, IV, II
e) I, III, II, IV
3. Sobre a proposta de intervenção na redação do 
Enem, é correto afirmar, exceto:
a) Para elaborar uma proposta de intervenção 
conforme a matriz de referência da prova de 
redação, é importante que você não confun-
da a proposta com uma simples conclusão do 
texto: ao final da exposição das ideias, é in-
dispensável que você mostre aos corretores 
propostas coerentes e viáveis para o problema 
sugerido no tema, caso contrário, sua pontua-
ção ficará seriamente prejudicada
b) Na dissertação-argumentativa do Enem, o 
candidato precisa defender uma ideia e justi-
ficá-la por meio de argumentos consistentes. É 
preciso, também, criar uma proposta de inter-
venção para o problema seguindo os mesmos 
moldes da conclusão de um texto.
c) Intervir significa atuar diretamente, agindo 
ou decidindo, e emitir, expor opinião. Sendo 
assim, na proposta de intervenção, é preciso 
que o candidato apresente soluções exequíveis 
para o problema. É indispensável que as pro-
postas apresentadas sejam coerentes e viáveis.
d) A proposta de intervenção deve estar relacio-
nada com os argumentos expostos e deve ser 
muito bem detalhada, mostrando assim que 
você se preocupou com sua elaboração e apli-
cabilidade. Além disso, vale ressaltar que, nos 
textos dissertativos argumentativos, não vale 
ficar em cima do muro ou ser indiferente, é 
preciso intervir!
4. São características da dissertação argumentativa 
do Enem:
a) Defesa de uma tese por meio da organização 
de dados, fatos, ideias e argumentos em torno 
de um ponto de vista definido sobre o assun-
to em questão. Na dissertação argumentativa, 
deve haver uma proposta de intervenção, e 
não apenas uma conclusão. Na proposta de 
intervenção, deve haver uma solução para o 
problema a partir dos pontos abordados em 
sua redação.
b) Os eventos são organizados cronologicamente, 
com uma estrutura que privilegia os verbos no 
pretérito perfeito e predicados de ação relati-
vos a eventos que se referem à primeira ou à 
terceira pessoa. Presença de enunciados que 
sugerem ação e novos estados.
c) Predominância de caracterizações objetivas 
(físicas, concretas) e subjetivas (dependem do 
ponto de vista de quem as descreve) e uso de 
adjetivos. Os tipos de verbos mais comuns na 
estrutura do texto são os verbos de ligação.
d) Tipo textual marcado por uma linguagem sim-
ples e objetiva. Um dos recursos linguísticos 
marcantes desse tipo de texto é a utilização dos 
verbos no imperativo, típicos de uma atitude 
coercitiva.
CONCORDÂNCIA
De acordo com Mattoso Câmara “dá-se em gra-
mática o nome de concordância à circunstância de um 
adjetivo variar em gênero e número de acordo com o 
substantivo a que se refere (concordância nominal) e 
à de um verbo variar em número e pessoa de acor-
do com o seu sujeito (concordância verbal). Há, não 
obstante, casos especiais que se prestam a dúvidas”.
Então, observamos e podemos definir da seguinte 
forma: concordância vem do verbo concordar, ou seja, 
é um acordo estabelecido entre termos.
O caso da concordância verbal diz respeito ao ver-
bo em relação ao sujeito, o primeiro deve concordar 
em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª) 
com o segundo.
Já a concordância nominal diz respeito ao subs-
tantivo e seus termos referentes: adjetivo, numeral, 
pronome, artigo. Essa concordância é feita em gênero 
(masculino ou feminino) e pessoa.
Como vimos acima, na definição de Mattoso Câ-
mara, existem regras gerais e alguns casos especiais 
que devem ser estudados particularmente, pois ge-
ram dúvidas quanto ao uso. Há muitos casos que a 
norma não é definida e há resoluções diferentes por 
parte dos autores, escritores ou estudantes da con-
cordância.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Na concordância verbal, o verbo adapta-se ao 
número e à pessoa do sujeito, isto é, a conjugação 
do verbo varia de acordo com o número (singular ou 
plural) e com a pessoa do sujeito (primeira, segunda 
ou terceira pessoa). No entanto, é possível encontrar 
casos específicos que são formados por estruturas 
que fogem à estrutura mais básica da sintaxe (sujeito 
simples + verbo + complemento), trazendo, assim, 
os sujeitos compostos e indeterminados, expressões 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
91
que indicam quantidade aproximada, porcentagem, 
orações sem sujeito etc., o que acaba demandando 
recomendações específicas para que seja feita a con-
cordância.
Como se dá a concordância verbal?
A concordância verbal ocorre quando a conjuga-
ção do verbo se adapta ao sujeito em número e em 
pessoa. O sujeito pode estar no singular ou no plural 
e pode ser em 1ª, 2ª ou 3ª pessoa. Veja:
 Singular plural
1ª Eu nós
2ª tu vós
3ª ele/ela eles/elas
A conjugação do verbo concorda com o sujeito ao 
qual está se referindo. Veja nos enunciados abaixo:
• Nós amamos muito esse filme.
 (Sujeito + verbo + complemento)
• Tu amas muito esse filme.
 (Sujeito + verbo + complemento)
• Elas amam muito esse filme.
 (Sujeito + verbo + complemento)
Lembre-se de que, quando se trata de sujeito 
composto (ou seja, sujeito que possui mais de um 
núcleo), a conjugação será no plural. Havendo o su-
jeito eu ou nós, o verbo é conjugado na 1ª pessoa. 
Se não houver 1ª pessoa, mas houver tu ou vós, o 
verbo é conjugado na 2ª pessoa. Por fim, o verbo é 
conjugado na 3ª pessoa caso não haja nenhum sujeito 
da 1ª e nem da 2ª pessoas:
• Treinamos no mesmo time tu e eu. (nós = 1ª 
pessoa do plural)
• Tu e teu marido gostais das mesmas coisas. 
(vós = 2ª pessoa do plural)
• O cristal e o diamante brilhavam muito. (eles 
= 3ª pessoa do plural)
Casos específicos de concordância verbal
Há muitas dúvidas de concordância verbal em 
alguns casos específicos. Vamos aprender sobre eles!
→ Concordância com pronomes relativos
Quando o sujeito da oração é o pronome relativo 
que (não sendo predicativo de outra oração), o verbo 
concorda com o termo antecedente:
• Eu que descobri tudo.
• Não eram ele e a irmã que estavam sem co-
mer?
Quando o sujeito da oração é o pronome rela-
tivo quem, o verbo tende a ir para a 3ª pessoa do 
singular, mas também pode concordar com o termo 
antecedente:
• Eu quem descobriu tudo. (ou ainda: Eu quem 
descobri tudo.)
• Não eram ele e a irmã quem estava sem co-
mer? (ou ainda: Não eram ele e a irmã quem 
estavam sem comer?)
→ Concordância em orações sem sujeito
Nas orações sem sujeito, o verbo fica na 3ª pessoa 
do singular, mesmo que outros elementos na senten-
ça estejam no plural:
• Choveu muito durante vários dias.
• Já passa das duas horas!
→ Concordância na locução verbal
Quando ocorre locução verbal, ou seja, quando 
um verbo auxiliaracompanha um verbo principal, 
apenas o verbo auxiliar fará concordância com o su-
jeito:
• O diretor e a coordenadora poderiam fazer 
mais reuniões.
• Tu deves encomendar muitos doces para a festa.
→ Concordância com verbo haver
Com sentido de ter ou quando funciona como lo-
cução verbal, concorda com o sujeito a que se refere:
• Nós duas havemos de ter fé para enfrentar essa 
dificuldade.
• Muitos homens haviam desistido de falar com 
ele.
Com sentido de existir, permanece no singular, 
por se tratar de oração sem sujeito:
• Há muitas coisas belas naquele lugar.
• Haja os problemas que houver, não desistire-
mos.
Ressalta-se que o verbo existir concorda normal-
mente com o sujeito:
• Existe algo belo naquele lugar.
• Existem muitas coisas belas naquele lugar.
→ Concordância com pronome “se”
Quando possui função de índice de indetermina-
ção do sujeito, o pronome se está inserido em uma 
oração em que o sujeito é indeterminado. Por isso, 
o verbo permanecerá invariavelmente na 3ª pessoa 
do singular:
• Trata-se de questões inéditas e delicadas.
• Mora-se muito bem nessa região.
Quando possui função de partícula apassivado-
ra, o pronome se está inserido em uma oração com 
sujeito. Por isso, o verbo concordará com o sujeito:
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
92
• Venderam-se muitos brinquedos. (Muitos brin-
quedos foram vendidos.)
• Vendeu-se apenas um brinquedo. (Apenas um 
brinquedo foi vendido.)
Quando possui função de pronome reflexivo, 
também concorda com o sujeito ao qual o verbo faz 
referência:
• Maquiam-se para o espetáculo os bailarinos 
do grupo.
• Penteia-se diariamente em frente ao espelho. 
(Ele se penteia diariamente em frente ao es-
pelho.)
→ Sujeito representado por expressão que indica 
quantidade aproximada
Quanto o sujeito é uma expressão que indica 
quantidade aproximada de seres (a maioria de, grande 
parte de), a concordância tende a vir no singular, mas 
pode ocorrer no plural:
• Boa parte dos ouvintes relatou um incômodo 
com aquelas palavras.
• A maioria dos estudantes quiseram continuar 
com a viagem.
→ Sujeito representado por porcentagem
É mais comum que o verbo concorde com o termo 
que especifica a porcentagem:
• Na pesquisa, 98,1% dos entrevistados prefe-
rem ficar em casa.
Se o termo não estiver explícito, é mais comum 
que o verbo concorde com o número:
• Na entrevista, 98,1% preferem ficar em casa, 
enquanto 1,9% prefere sair.
→ Sujeito ligado por série aditiva enfática (não 
só... mas; tanto... quanto; não só... como)
Se o sujeito composto é ligado por série aditiva 
enfática, a conjugação do verbo pode ir ao plural ou 
concordar com o termo mais próximo:
• Tanto o sol quanto a lua são astros que embe-
lezam o céu.
• Tanto o sol quanto a lua é um astro que em-
beleza o céu.
• Não só a vida como a morte é imprevisível.
• Não só a vida como a morte são imprevisíveis.
→ Sujeito ligado por com
Se o sujeito composto é ligado pela conjunção 
com, a conjugação do verbo é facultativa: tende a 
seguir o número do primeiro sujeito, realçando-o em 
detrimento dos outros que o acompanham, mas pode 
ir ao plural para ressaltar a participação simultânea 
de todos os sujeitos na ação.
• O filho mais velho, com a esposa e a filha, mu-
dou-se assim que conseguiu a promoção.
• A gerente com o vendedor e toda a equipe 
fizeram uma grande ação na loja.
→ Sujeito ligado por ou e por nem
Se o sujeito composto é ligado pela conjunção 
ou e nem, a conjugação do verbo pode concordar 
com o termo mais próximo caso a conjunção indique 
exclusão (tratando-se de apenas um sujeito) ou equi-
valência (tratando-se do mesmo sujeito).
• A avó ou a nossa mãe duas vezes deve ser sem-
pre ouvida e respeitada.
• Nem a doença nem a cura será a consequência 
da sua decisão.
No entanto, caso a ação possa ser atribuída a to-
dos os sujeitos, a conjugação será no plural:
• A pimenta ou a páprica deixaram a comida 
muito forte.
• Nem o menino nem a menina puderam sair 
para brincar.
A concordância verbal diz respeito à adequação 
de número e pessoa do verbo com o sujeito, segundo 
a regra geral.
(https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/
concordanciaverbal.htm)
ATIVIDADE
1. I. Deve haver muitos problemas naquele lugar.
 II. Devem haver muitos problemas naquele lugar.
 III. Deve existir muitos problemas naquele lugar.
 IV. Devem existir muitos problemas naquele lugar.
 Das sentenças acima, quais estão dentro da nor-
ma-padrão da língua portuguesa?
a) I e III.
b) II e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) I, II, III e IV.
2. Assinale a alternativa que apresenta correta con-
cordância verbal.
a) Têm-se muito o que discutir.
b) Sou eu que terá as próximas férias.
c) A maioria dos pais e dos mestres não concor-
dou com a discussão.
d) Doa-se muitos móveis por ano.
e) Eu, você e ele havia lutado por aquilo.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Concordância nominal nada mais é que o ajuste 
que fazemos aos demais termos da oração para que 
concordem em gênero e número com o substantivo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
93
Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, 
o numeral e o pronome.
Além disso, temos também o verbo, que se flexio-
nará à sua maneira, merecendo um estudo separado 
de concordância verbal.
REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e 
o pronome, concordam em gênero e número com o 
substantivo.
• A pequena criança é uma gracinha.
• O garoto que encontrei era muito gentil e sim-
pático.
CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fo-
gem à regra geral.
a) Um adjetivo após vários substantivos
1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai 
para o plural ou concorda com o substantivo mais 
próximo.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para 
o plural masculino ou concorda com o substantivo 
mais próximo.
- Ela tem pai e mãe louros.
- Ela tem pai e mãe loura.
3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obri-
gatoriamente para o plural.
- O homem e o menino estavam perdidos.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados 
aqui.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
1 - Adjetivo anteposto normalmente: concorda 
com o mais próximo.
- Comi delicioso almoço e sobremesa.
- Provei deliciosa fruta e suco.
2 - Adjetivo anteposto funcionando como predi-
cativo: concorda com o mais próximo ou vai para o 
plural.
- Estavam feridos o pai e os filhos.
- Estava ferido o pai e os filhos.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
- Falava fluentemente a língua inglesa e a espa-
nhola.
2- coloca o substantivo no plural.
- Falava fluentemente as línguas inglesa e espa-
nhola.
d) Pronomes de tratamento
1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.
- Vossa santidade esteve no Brasil.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
1 - Concordam com o substantivo a que se referem.
- As cartas estão anexas.
- A bebida está inclusa.
- Precisamos de nomes próprios.
- Obrigado, disse o rapaz.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
1 - Após essas expressões o substantivo fica sem-
pre no singular e o adjetivo no plural.
- Renato advogou um e outro caso fáceis.
- Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
g) É bom, é necessário, é proibido
1- Essas expressões não variam se o sujeito não 
vier precedido de artigo ou outro determinante.
- Canja é bom. / A canja é boa.
- É necessário sua presença. / É necessária a sua 
presença.
- É proibido entrada de pessoas não autorizadas. 
/ A entrada é proibida.
h) Muito, pouco, caro
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
- Comi muitas frutas durante a viagem.
- Pouco arroz é suficiente para mim.
- Os sapatos estavam caros.
2- Como advérbios: são invariáveis.
- Comi muito durante a viagem.
- Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
- Comprei caro os sapatos.
i) Mesmo, bastante
1- Como advérbios: invariáveis
- Preciso mesmo da sua ajuda.
- Fiquei bastante contente com a proposta de em-
prego.
2- Como pronomes: seguem a regra geral.
- Seus argumentos foram bastantes para me con-
vencer.- Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
j) Menos, alerta
1- Em todas as ocasiões são invariáveis.
- Preciso de menos comida para perder peso.
- Estamos alerta para com suas chamadas.
k) Tal Qual
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” con-
corda com o consequente.
- As garotas são vaidosas tais qual a tia.
- Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
l) Possível
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “me-
nos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que 
precede as expressões.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
94
- A mais possível das alternativas é a que você 
expôs.
- Os melhores cargos possíveis estão neste setor 
da empresa.
- As piores situações possíveis são encontradas 
nas favelas da cidade.
m) Meio
1- Como advérbio: invariável.
- Estou meio insegura.
2- Como numeral: segue a regra geral.
- Comi meia laranja pela manhã.
n) Só
1- apenas, somente (advérbio): invariável.
- Só consegui comprar uma passagem.
2- sozinho (adjetivo): variável.
- Estiveram sós durante horas.
(https://www.infoescola.com/portugues/
concordancia-nominal/)
ATIVIDADES
1. (IFPR 2010) Assinale a alternativa que está de 
acordo com as regras de concordância da língua 
padrão.
A) Para tornar mais claro as regras do programa 
de participação nos resultados, os diretores 
convidaram economistas que pudesse dei-
xar os conteúdos mais compreensíveis para a 
maioria dos funcionários.
B) Muitos jovens não consegue concluírem o en-
sino médio e, sem formação, acaba entrando 
no mundo do crime.
C) Os objetivos desse plano pode ser resumido 
na seguinte frase: clareza na comunicação e 
envolvimento dos empregados na definição de 
metas.
D) Um dos problemas é a incerteza em relação ao 
eixo determinante dos conflitos internacionais, 
que, na guerra-fria era, sem dúvida, a questão 
ideológica.
E) As ações governamentais, em sua maioria, não 
visa o bem público, mas valorizar a imagem do 
governo.
2. (ACAFE 2009) Quanto a concordância verbal e 
nominal, todas as frases estão corretas, exceto a:
A) Na seleção dos informantes, serão seleciona-
dos aqueles que apresentarem um leque maior 
de conhecimentos sobre o tema.
B) Finalmente, está sendo discutido os termos 
da proposta de uso de nossas instalações por 
pessoas estranhas à repartição.
C) Para que a ação seja ajuizada, deve haver pro-
vas materiais e testemunhais, além de argu-
mentos consistentes.
D) Há mais ou menos trinta dias, houve aqui duas 
festas sobre as quais muito ainda vai se falar.
E) Assim, explicamos que nossa relação com as 
entidades sindicais impõe certas condições e 
demandas que dificultam a correta interpre-
tação dos fatos.
3. (URCA 2010) Dadas as proposições, todas aceitam 
mais de uma concordância, EXCETO:
A) pai e filhas educados (educadas);
B) o(s) herói(s) José e Rodrigo;
C) casa e carro novo(s);
D) livros e revistas velhos (velhas);
E) homens e mulheres educados (educadas).
4. (UFSC) Marque a única frase onde a concordância 
nominal aparece de maneira inadequada.
A) Obrigava sua corpulência a exercício e evolu-
ção forçada.
B) Obrigava sua corpulência a exercício e evolu-
ção forçados.
C) Obrigava sua corpulência a exercício e evolu-
ção forçadas.
D) Obrigava sua corpulência a forçado exercício 
e evolução.
E) Obrigava sua corpulência a forçada evolução 
e exercício.
5. (Acafe 2015/2) Assinale a alternativa correta 
quanto à concordância verbal e nominal.
A) O governo federal informou que pretende fi-
nalizar a ponte no prazo inicialmente previs-
to, mas os repasses à empreiteira depende da 
finalização dos projetos e das conclusões de 
cada uma das etapas.
B) Por mais complexos que sejam os problemas, 
deve haver soluções viáveis para solucioná-los, 
especialmente quando se empregam, com cui-
dado e sensatez, métodos adequados.
C) A obra vai custar 48 milhões de reais, todavia 
não está incluído no orçamento os custos das 
desapropriações.
D) Nos relatórios dos auditores, aludem-se a fatos 
cujas origens, a julgar pelo que se afirma nos 
jornais, não foi suficientemente esclarecida.
6. (URCA 2017/2) “...uma variedade de profissões 
miseráveis que as nossas pequena e grande bur-
guesias não podem adivinhar.»
 O termo em destaque apresenta uma regra de 
concordância nominal, observando a regra da 
Gramática Normativa, assinale a alternativa em 
que, pluralizando-se a frase, as palavras destaca-
das permanecem invariáveis:
A) Só estudei o elementar, o que me deixa meio 
apreensivo. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
95
B) Meia palavra, meio tom – índice de sua sen-
satez.
C) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois em 
sua meia promessa.
D) Passei muito inverno só.
E) Este é o meio mais exato para você resolver o 
problema: estude só.
PERÍODO COMPOSTO
Frase
Frase é toda organização de palavras que fizer 
sentido, ou seja, um enunciado de sentido comple-
to, sendo formado por uma ou mais palavras.. Esse 
enunciado pode ou não conter um verbo. Além disso, 
a frase transmite ideias, emoções, ordens e apelos.
Exemplos:
• Silêncio! (frase sem verbo)
• Cheguei cedo no trabalho hoje. (frase com verbo)
Oração
Oração é um enunciado que contém, obrigatoria-
mente, uma forma verbal (verbo ou locução verbal). 
Essa forma verbal pode estar implícita ou explícita.
Exemplos:
• Estou muito bem! (oração com verbo explícito)
• Tenho andado distraído. (oração com locução 
verbal explícita)
• Maria nadou à tarde / e João à noite. (oração 
com verbo implícito: João [nadou] à noite)
Período
Período é um enunciado composto de uma ou 
mais oração, ou seja, de construções que contém um 
ou mais de um verbo/forma verbal. Quando contém 
apenas um verbo, é chamado de período simples; 
quando contém dois ou mais verbos, é chamado de 
período composto.
Ex.:
• A menina dormia profundamente. (período 
simples: um só verbo)
• Os dias de inverso são longos. (período simples: 
um só verbo)
• Você sabe que eu só quero seu bem. (período 
composto: dois ou mais verbos)
• Ele me ligou para dizer que não estava bem. 
(período composto: dois ou mais verbos)
Período Composto: classificação e estrutura
Aqui, vamos nos debruçar sobre o período com-
posto.
O Período Composto é estruturado e classificado 
a partir da relação que as orações estabelecem entre 
si em dois tipos: período composto por coordenação 
e período composto por subordinação.
Três tipos de oração formam um período compos-
to. Eles são divididos de acordo com como se com-
portam sintaticamente:
• Oração principal: não exerce função sintática 
no período.
• Oração subordinada: não exerce função sin-
tática no período, assumindo funções como 
sujeito, objeto, complemento, adjunto etc., 
em relação à principal. Pode também assumir 
função de adjetivo ou advérbio da oração prin-
cipal.
• Oração coordenada: oração independente sin-
taticamente, ou seja, não possui orações que 
se referem a ela de modo a lhe completar o 
sentido.
Vamos ver essa classificação com mais detalhes 
para tornar a ideia mais clara.
Período Composto: orações coordenadas
Períodos compostos por coordenação contém 
orações coordenadas, ou seja, independentes. São 
orações que possuem sentido completo em si mes-
mas, não necessitando de complemento.
Elas podem aparecer ligadas uma a outra por meio 
de um conectivo (conjunções coordenativas) ou sem 
ele.
Exemplos:
• Chegou em casa e tomou banho.
 Orações que compõe o período:
 – “Chegou em casa”
 – “tomou banho”
As orações são ligadas pela conjunção “e”.
• Vim, vi, venci.
 Orações que compõe o período:
 – “Vim”
 – “vi”
 – “venci”
As orações não são ligadas por conjunção, mas 
por vírgulas.
Às orações coordenadas ligadas por conectivos, 
dá-se o nome de orações coordenadas sindéticas. Às 
orações coordenadas sem conectivos, dá-se o nome 
de orações coordenadas assindéticas.
Período Composto: orações coordenadas sindé-
ticas
As orações coordenadas sindéticas recebem o 
nome das conjunções que aparecem no período. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
96
Aditiva
Relacionam pensamentos similares. Expressa adi-
ção, sequência defatos ou pensamentos.
Conjunções: “e”, “não só … mas também”, “nem”, 
“não … nem”.
Exemplos.:
• Ele telefonou e saiu de casa.
• Ele não telefonou nem saiu de casa.
As orações formadas são orações coordenadas 
sindéticas aditivas.
Adversativa
Relacionam pensamentos opostos. Expressa res-
salva, oposição ou contraste. Quando posterior ao 
verbo, a conjunção vem entre vírgulas.
Conjunções: “contudo”, “entretanto”, “mas”, “no 
entanto”, “porém”, “todavia”
Exemplos:
• Gosto de flores, mas prefiro folhas.
• Gosto de flores; prefiro, porém, folhas.
As orações formadas são orações coordenadas 
sindéticas adversativas.
Alternativa
Relacionam pensamentos excludentes. Expressa 
alternância ou exclusão.
Conjunções: ou, já/já, ora/ora, quer/quer, seja/
seja.
Exemplos:
• Vamos à praia ou à piscina?
• Ora quer ir, ora quer ficar
As orações formadas são orações coordenadas 
sindéticas alternativas.
Conclusiva
Relacionam pensamentos em que o segundo con-
clui o primeiro. Expressa conclusão ou dedução. A 
conjunção “pois” se emprega entre vírgulas.
Conjunções: consequentemente, logo, pois, por 
conseguinte, portanto.
Ex.: 
• O carro quebrou; logo, não podemos viajar.
• Você está atrasado; deve, pois, pedir desculpas.
As orações formadas são orações coordenadas 
sindéticas conclusivas.
Explicativa
Relacionam pensamentos em que a segunda frase 
explica a primeira. Expressa explicação ou motivo.
Conjunções: pois, porque, que.
Ex.: 
• Espere um pouco que ele não demora.
• Espere, porque daqui a pouco ele chega.
As orações formadas são orações coordenadas 
sindéticas explicativas.
Período Composto: orações coordenadas assin-
déticas
As orações coordenadas assindéticas são sepa-
radas por pausas. No texto escrito, essas pausas são 
marcadas por vírgula, ponto e vírgula ou dois pontos.
Exemplos
• O sol saiu, o dia estava bonito.
As orações não são ligadas por conjunção, mas 
por vírgula.
• Cinco pessoas foram a favor da mudança; duas 
foram contra.
As orações não são ligadas por conjunção, mas 
por ponto e vírgula.
• Toquei seu rosto: estava frio.
As orações não são ligadas por conjunção, mas 
por dois pontos.
Período Composto: orações subordinadas
Períodos compostos por subordinação contém 
oração principal e oração subordinada. A oração 
principal é independente e a subordinada se relacio-
na com ela sintaticamente.
Há três tipos de oração subordinada, cada uma 
assumindo funções ligadas a uma classe gramatical 
diferente: substantivas, adjetivas e adverbiais.
Exemplos:
• Imploro que desistas.
 Orações que compõe o período:
 – “Imploro” = Oração principal
 – “que desistas” = Oração subordinada subs-
tantiva
A oração “que desistas” tem função de objeto 
direto (o que eu imploro?).
• Essa é a verdade que ninguém conta.
 Orações que compõe o período:
 – “Essa é a verdade” = Oração principal
 – “que ninguém conta” = Oração subordinada 
adjetiva
A oração “que ninguém conta” tem função de 
adjunto adnominal (caracteriza “a verdade”).
• Não comprou nada porque estava sem dinheiro.
 Orações que compõe o período:
 – “Não comprou nada” = Oração principal
 – “porque estava sem dinheiro” = Oração su-
bordinada adverbial
A oração “porque estava sem dinheiro” tem fun-
ção de adverbio de causa (por que não comprou?).
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
97
Período Composto: Orações subordinadas subs-
tantivas
As orações subordinadas substantivas equivalem 
a substantivos. Exercem em relação à oração principal 
funções próprias de substantivos: sujeito, predicado, 
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal 
e aposto. Costumam ser iniciadas por conjunções in-
tegrantes (“que” e “se”).
DICA: Para identificar uma oração subordinada 
substantiva, substitua a oração subordinada pela 
palavra “ISSO”.
Oração subordinada substantiva subjetiva
Quando uma oração exerce a função de sujeito, 
é chamada de oração subordinada substantiva sub-
jetiva.
Exemplo: 
• É certo que ela chega hoje. (= Isso é certo.)
Oração subordinada substantiva predicativa
Quando uma oração exerce a função de predica-
tivo, é chamada de oração subordinada substantiva 
predicativa. Atenção para a necessidade do verbo de 
ligação para essa relação.
Exemplo: 
• A verdade é que estamos perdidos. (= A verda-
de é isso.)
Oração subordinada substantiva objetiva direta
Quando uma oração exerce a função de objeto 
direto, é chamada de oração subordinada substantiva 
objetiva direta.
Exemplo: 
• Entendi que deveria ficar quieto. (= Entendi 
isso.)
Oração subordinada substantiva objetiva indireta
Quando uma oração exerce a função de objeto 
indireto, é chamada de oração subordinada substan-
tiva objetiva indireta.
Exemplo: 
• Não me arrependi do que falei. (= Não me ar-
rependi disso.)
Oração subordinada substantiva objetiva com-
pletiva nominal
Quando uma oração exerce a função de comple-
mento nominal, é chamada de oração subordinada 
substantiva completiva nominal.
Exemplo: 
• Ela tem medo de que você vá embora. (Ela tem 
vontade disso.)
Oração subordinada substantiva apositiva
Quando uma oração exerce a função de aposto, 
é chamada de oração subordinada substantiva apo-
sitiva.
Exemplo: 
• Só peço uma coisa: que você seja honesto.
Período Composto: Orações subordinadas adje-
tivas
As orações subordinadas adjetivas equivalem a 
adjetivos. Exercem em relação à oração principal a 
função de adjunto adnominal de algum substantivo 
ou pronome da oração principal.
Elas podem ser de dois tipos:
• Restritiva
• Explicativa
Período composto: Oração subordinada adjetiva 
restritiva
Quando restringe ou limita o significado do termo 
a que se refere, a oração é classificada como oração 
subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo: 
• Você é a pessoa que mais gostei na vida. (= De 
todas as pessoas que gostei na vida, me refiro 
a uma em especial)
Período Composto: Oração subordinada adjetiva 
explicativa
Quando acrescenta qualidades ou esclarece me-
lhor o significado do termo a que se refere, a oração 
é classificada como oração subordinada adjetiva ex-
plicativa.
Exemplo: 
• Eu, que era muito indecisa, não consegui esco-
lher a sobremesa. (= Um dado novo é adiciona-
do a “eu”, caracterizando-o.)
Um modo fácil de identificar o tipo de oração ad-
jetiva é observar a existência de vírgula ou não.
Orações subordinadas adjetivas restritivas: não 
há vírgula separando a subordinada da principal.
Orações subordinadas adjetivas explicativas: não 
há vírgula separando a subordinada da principal.
Um modo fácil de identificar o tipo de oração ad-
jetiva é observar a existência de vírgula ou não. 
Orações subordinadas adjetivas restritivas: não 
há vírgula separando a subordinada da principal. 
Orações subordinadas adjetivas explicativas: não 
há vírgula separando a subordinada da principal.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
98
Período Composto: Orações subordinadas ad-
verbiais
As orações subordinadas adverbiais equivalem 
a advérbios. Exercem em relação à oração principal 
a função de adjunto adverbial do verbo da oração 
principal.
Esse tipo de oração costuma ser iniciado por 
conjunções subordinativas. As orações subordina-
das adverbiais são classificadas a partir do nome da 
conjunção que as antecede:
Oração subordinada adverbial causal
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime causa, é chamada de oração subordinada 
adverbial causais.
Conjunções: como, já que, pois, porque, que, uma 
vez que.
Exemplo: 
• Ela foi embora, porque estava muito triste.
Oração subordinada adverbial comparativa
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime comparação, é chamada de oração subordi-
nada adverbial comparativa.
Conjunções: como (relacionado a tal, tão, tanto), 
como se, do que (relacionado a mais, menos, maior, 
menor, melhor, pior), que.
Exemplo: 
• Prata vale menos do que ouro.
Oração subordinada adverbial concessiva
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime contraste, é chamada de oração subordinada 
adverbial concessiva.
Conjunções: ainda que, embora, posto que, se 
bemque.
Exemplo: 
• Vou encontra-lo, embora ache que não tem 
mais solução.
Oração subordinada adverbial condicional
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime condição, é chamada de oração subordinada 
adverbial condicional.
Conjunções: caso, desde que, contanto que, se.
Exemplo: 
• Irei se puder.
Oração subordinada adverbial conformativa
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime conformidade, é chamada de oração subor-
dinada adverbial conformativa.
Conjunções: como, conforme, segundo.
Exemplo: 
• Resolvi a questão conforme você me ensinou.
Oração subordinada adverbial consecutiva
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime consequência, é chamada de oração subor-
dinada adverbial consecutiva.
Conjunções: de forma que, de maneira que, de 
modo que, que (relacionado a tal, tão, tanto, tamanho).
Exemplo: 
• Era tão alta que não passava na porta.
Oração subordinada adverbial final
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime finalidade, é chamada de oração subordinada 
adverbial final.
Conjunções: a fim de que, para que, porque, que.
Exemplos: 
• Menti para que não brigasse comigo.
Oração subordinada adverbial proporcional
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime proporção, é chamada de oração subordina-
da adverbial proporcionais.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao 
passo que.
Exemplos: 
• À medida que andávamos, ficava mais escuro.
Oração subordinada adverbial temporal
Quando uma oração se inicia com conjunção que 
exprime tempo, é chamada de oração subordinada 
adverbial temporal.
Conjunções: antes que, apenas, assim que, até 
que, depois que, logo que, quando, tanto que
Exemplos: 
• Assim que a vi, me emocionei.
Questão de vestibular
(Unesp 2015) Considere a passagem de um romance 
de Autran Dourado (1926- 2012).
A gente Honório Cota
Quando o coronel João Capistrano Honório Cota 
mandou erguer o sobrado, tinha pouco mais de trinta 
anos. Mas já era homem sério de velho, reservado, 
cumpridor. Cuidava muito dos trajes, da sua aparência 
medida. O jaquetão de casimira inglesa, o colete de 
linho atravessado pela grossa corrente de ouro do 
relógio; a calça é que era como a de todos na cidade 
— de brim, a não ser em certas ocasiões (batizado, 
morte, casamento — então era parelho mesmo, por 
igual), mas sempre muito bem passada, o vinco per-
feito. Dava gosto ver:
O passo vagaroso de quem não tem pressa — o 
mundo podia esperar por ele, o peito magro estufado, 
os gestos lentos, a voz pausada e grave, descia a rua 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
99
da Igreja cumprimentando cerimoniosamente, nobre-
mente, os que por ele passavam ou os que chegavam 
na janela muitas vezes só para vê-lo passar.
Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto, 
magro, descarnado, como uma ave pernalta de gran-
de porte. Sendo assim tão descomunal, podia ser de-
sajeitado: não era, dava sempre a impressão de uma 
grande e ponderada figura. Não jogava as pernas para 
os lados nem as trazia abertas, esticava-as feito me-
disse os passos, quebrando os joelhos em reto.
Quando montado, indo para a sua Fazenda da 
Pedra Menina, no cavalo branco ajaezado de couro 
trabalhado e prata, aí então sim era a grande, impo-
nente figura, que enchia as vistas. Parecia um daque-
les cavaleiros antigos, fugidos do Amadis de Gaula ou 
do Palmeirim, quando iam para a guerra armados 
cavaleiros.(Ópera dos mortos, 1970.)
No início do segundo parágrafo, por ter na frase a 
mesma função sintática que o vocábulo “vagaroso” 
com relação a “passo”, a oração “de quem não tem 
pressa” é considerada
a) coordenada sindética.
b) subordinada substantiva.
c) subordinada adjetiva.
d) coordenada assindética.
e) subordinada adverbial.
ATIVIDADES DE APROFUNDAMENTO
ATIVIDADE 01
https://www.todamateria.com.br/exercicios-de-con-
cordancia-verbal/
ATIVIDADE 02
TEXTO 1:
A liberdade e o consumo
Quantos morreram pela liberdade de sua pátria? 
Quantos foram presos ou espancados pela liberdade 
de dizer o que pensam? Quantos lutaram pela liber-
tação dos escravos?
No plano intelectual, o tema da liberdade ocupa 
as melhores cabeças, desde Platão e Sócrates, pas-
sando por Santo Agostinho, Spinoza, Locke, Hobbes, 
Hegel, Kant, Stuart Mill, Tolstoi e muitos outros. Como 
conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva 
do Estado? Como as liberdades essenciais se transfor-
mam em direitos do cidadão? Essas questões puseram 
em choque os melhores neurônios da filosofia, mas 
não foram as únicas a galvanizar controvérsias.
Mas vivemos hoje em uma sociedade em que 
a maioria já não sofre agressões a essas liberdades 
tão vitais, cuja conquista ou reconquista desencadeou 
descomunais energias físicas e intelectuais. Nosso 
apetite pela liberdade se aburguesou. Foi atraído (cor-
rompido?) pelas tentações da sociedade de consumo.
O que é percebido como liberdade para um paca-
to cidadão contemporâneo que vota, fala o que quer, 
vive sob o manto da lei (ainda que capenga) e tem 
direito de mover-se livremente?
O primeiro templo da liberdade burguesa é o su-
permercado. Em que pesem as angustiantes restrições 
do contracheque, são as prateleiras abundantemen-
te supridas que satisfazem a liberdade do consumo 
(não faz muitas décadas, nas prateleiras dos nossos 
armazéns ora faltava manteiga, ora leite, ora feijão). 
Não houve ideal comunista que resistisse às tentações 
do supermercado. Logo depois da queda do Muro de 
Berlim, comer uma banana virou ícone da liberdade 
no Leste Europeu.
A segunda liberdade moderna é o transporte 
próprio. BMW ou bicicleta, o que conta é a sensação 
de poder sentar-se ao veículo e resolver em que di-
reção partir. Podemos até não ir a lugar algum, mas 
é gostoso saber que há um veículo parado à porta, 
concedendo permanentemente a liberdade de ir, seja 
aonde for. Alguém já disse que a Vespa e a Lambretta 
tiraram o fervor revolucionário que poderia ter levado 
a Itália ao comunismo.
A terceira liberdade é a televisão. É a janela para 
o mundo. É a liberdade de escolher os canais (restritos 
em países totalitários), de ver um programa imbecil ou 
um jogo, ou estar tão perto das notícias quanto um 
presidente da República – que nos momentos dramá-
ticos pode assistir às mesmas cenas pela CNN. É estar 
próximo de reis, heróis, criminosos, superatletas ou ca-
fajestes metamorfoseados em apresentadores de TV.
Uma ”liberdade” recente é o telefone celular. É o 
gostinho todo especial de ser capaz de falar com qual-
quer pessoa, em qualquer momento, onde quer que 
se esteja. Importante? Para algumas pessoas, é uma 
revolução no cotidiano e na profissão. Para outras, 
é apenas o prazer de saber que a distância não mais 
cerceia a comunicação, por boba que seja.
Há ainda uma última liberdade, mais nova: a in-
ternet e o correio eletrônico. É um correio sem as 
peripécias e demoras do carteiro, instantâneo, sem 
remorsos pelo tamanho da mensagem (que se dane 
o destinatário do nosso attachment megabáitico) e 
que está a nosso dispor, onde quer que estejamos. 
E acoplado a ele vem a web, com sua cacofonia de 
informações, excessivas e desencontradas, onde se 
compra e vende, consomem-se filosofia e pornografia, 
arte e empulhação.
Causa certo desconforto intelectual ver substitu-
ídas por objetos de consumo as discussões filosóficas 
sobre liberdade e o heroísmo dos atos que levaram à 
sua preservação em múltiplos domínios da existência 
humana. Mas assim é a nossa natureza, só nos preocu-
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
100
pamos com o que não temos ou com o que está amea-
çado. Se há um consolo nisso, ele está no saber que a 
preeminência de nossas liberdades consumistas marca 
a vitória de havermos conquistado as outras liberdades, 
mais vitais. Mas, infelizmente, deleitar-se com a aliena-
ção do consumismo está fora do horizonte de muitos. 
E, se o filósofo Joãozinho Trinta tem razão, não é por 
desdenhar os luxos, mas por não poder desfrutá-los.
Cláudio de Moura Castro
1. O primeiro parágrafo do texto apresenta:
a) umasérie de perguntas que são respondidas 
no desenrolar do texto;
b) uma estrutura que procura destacar os itens 
básicos do tema discutido no texto;
c) um questionamento que pretende despertar 
o interesse do leitor pelas respostas;
d) um conjunto de perguntas retóricas, ou seja, 
que não necessitam de respostas;
e) umas questões que pretendem realçar o valor 
histórico de alguns heróis nacionais.
2. O item abaixo que indica corretamente o signifi-
cado da palavra em maiúsculas no texto é:
a) ”…mas não foram as únicas a GALVANIZAR con-
trovérsias.” – discutir;
b) ”…comer uma banana virou um ÍCONE da li-
berdade no Leste europeu.”- fantasia;
c) ”…consomem-se filosofia e pornografia, arte 
e EMPULHAÇÃO.”; grosseria;
d) ”…cafajestes METAMORFOSEADOS em apre-
sentadores de TV.” – desfigurados;
e) ”…que a distância não mais CERCEIA a comu-
nicação…”- impede.
3. ”Como conciliar a liberdade com a inevitável ação 
restritiva do Estado?”; nesse segmento do texto, 
o autor afirma que:
a) o Estado age obrigatoriamente contra a liber-
dade;
b) é impossível haver liberdade e governo dita-
torial;
c) ainda não se chegou a unir os cidadãos e o 
governo;
d) cidadãos e governo devem trabalhar juntos 
pela liberdade;
e) o Estado é o responsável pela liberdade da 
população.
4. ”O primeiro templo da liberdade burguesa é o 
supermercado. Em que pesem as angustiantes 
restrições do contracheque, são as prateleiras 
abundantemente supridas que satisfazem a li-
berdade do consumo…”; o segmento destacado 
corresponde semanticamente a:
a) as despesas do supermercado são muito pe-
sadas no orçamento doméstico;
b) os salários não permitem que se compre tudo 
o que se deseja;
c) as limitações de crédito impedem que se com-
pre o necessário;
d) a inflação prejudica o acesso da população aos 
bens de consumo;
e) a satisfação de comprar só é permitida após o 
recebimento do salário.
5. O item em que NÃO está presente uma crítica do 
jornalista é:
a) “Foi atraído (corrompido?) pelas tentações da 
sociedade de consumo.”
b) “…vive sob o manto da lei (ainda que capen-
ga)…”
c) “…de ver um programa imbecil ou um jogo,…”
d) “…consomem-se filosofia e pornografia, arte 
e empulhação.”
e) “O primeiro templo da sociedade burguesa é 
o supermercado…”
6. Observe a frase ”Não houve ideal comunista que 
resistisse às tentações…”. Se colocássemos ideal 
no plural, quantas outras palavras sofreriam al-
teração?
a) uma
b) duas
c) três
d) quatro
e) nenhuma
7. “Os esgotos ………. grandes causadores de polui-
ção, pois ao não receberem o tratamento adequa-
do, liberam à natureza diversos poluentes que 
………. a deterioração dos rios, lagos e oceanos. É 
no esgoto, também, que se ………. bactérias, vírus 
e larvas de parasitas, considerados nocivos.”
 De acordo com a norma-padrão da Língua Portu-
guesa, no que se refere à concordância verbal, as 
lacunas do texto devem ser preenchidas, correta 
e respectivamente, com:
a) são considerado – provoca – encontram
b) é considerado – provoca – encontram
c) são considerados – provocam – encontram
d) são considerados – provoca – encontra
e) é considerado – provocam – encontra
8. Indique a opção correta:
a) Os Alpes é a maior cordilheira da Europa.
b) Ainda haviam pedaços de granizo na serra gaú-
cha.
c) Faz muitos anos que o IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas no relógio da escola.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
101
9. Assinale a frase em que há erro de concordância 
verbal:
a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade.
b) Não haviam dúvidas sobre a necessidade da 
imigração.
c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assi-
nada.
d) Há problemas nos seus documentos.
e) Mais de um aluno daquela turma foi reprovado.
10. A concordância do verbo está correta em:
a) Soava seis horas no relógio da matriz quando 
eles chegaram.
b) Apesar da greve, diretores, professores, fun-
cionários, ninguém foram demitidos.
c) Haviam muitas ciladas em seu caminho.
d) Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
e) Vossa Excelência enganastes vossos eleitores.
11. “É provável que ……. vagas na academia, mas não 
……. pessoas interessadas: são muitas as forma-
lidades a ……. cumpridas.”
a) hajam – existem – ser
b) hajam – existe – ser
c) haja – existem – serem
d) haja – existe – ser
e) hajam – existem – serem
12. Indique a alternativa correta:
a) Tratavam-se de questões fundamentais.
b) Comprou-se terrenos no subúrbio.
c) Precisam-se de datilógrafas.
d) Reformam-se ternos.
e) Aqui, se obedecem aos severos regulamentos.
13. Indique a alternativa correta:
a) Filmes, novelas, boas conversas, nada o tira-
vam da apatia.
b) É cinco horas da tarde.
c) Da cidade à praia é dois quilômetros.
d) Vossa Senhoria fará uma bela viagem.
e) O fazendeiro com os peões levantou a cerca.
14. “A apuração dos dois crimes ………… até que se 
………… provas decisivas.”
a) vai continuar, encontrem
b) vão continuar, encontre
c) vai continuarem, encontrem
d) vai continuar, encontrarem
e) vai continuando, encontrassem
15. “Já ………. anos, ………. neste local árvores e flores. 
Hoje, só ………. ervas daninhas.”
a) fazem, haviam, existe
b) fazem, havia, existe
c) fazem, haviam, existem
d) faz, havia, existem
e) faz, havia, existe
16. A alternativa aceitável é:
a) Mais de cem interessados na vaga enviaram 
currículo.
b) Precisa-se de motoristas experientes.
c) Canoas localizam-se no Rio Grande do Sul.
d) Telefone, computador, fax, tudo auxilia o ho-
mem.
e) Os Lusíadas tornaram Camões famoso.
17. “Além disso, as regras de como devemos nos 
comportar sexualmente prevalecem em todos 
os discursos, o que se torna uma questão velada 
de repressão.” O verbo prevalecer concorda com 
o termo:
a) as regras
b) nos
c) os discursos
d) uma questão
e) devemos
18. A alternativa onde a concordância está equivo-
cada é:
a) Consertam-se televisores.
b) Precisa-se de técnicos em eletrônica.
c) Os pais, os avós, os vizinhos, ninguém perce-
beu a criança saindo.
d) Eu e você compraremos os ingressos amanhã.
e) Algum de vós conseguireis a bolsa de estudo?
19. Assinale a alternativa em que a concordância fica-
ria incorreta se o verbo destacado fosse colocado 
no plural.
a) Já chegou o palestrante e seu assistente.
b) Uma manada escapou das jaulas.
c) Não foram nós quem decidiu a data do jogo.
d) A maioria das questões apresentava dificul-
dades.
e) A alegria e o contentamento marcou sua vida.
20. Observe:
 I – Os Estados Unidos não divulgou a notícia.
 II – Não fomos nós que atrapalhamos a reunião.
 III – Os Sertões reconstitui a trágica história de 
Canudos.
 IV – O aluno, o professor, funcionário, ninguém 
viu o diretor.
 Estão corretas:
a) apenas I
b) I, II
c) I, III, IV
d) II, III, IV
e) todas
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
102
ATIVIDADE 03
Química da digestão
Para viver, entre outras coisas, precisamos de 
energia. Como não podemos tirar energia da luz do 
sol para viver, como os vegetais, essa energia usada 
pelo nosso organismo vem das reações químicas que 
acontecem nas nossas células.
Podemos nos comparar a uma fábrica que funcio-
na 24 horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os 
materiais de nossas células. Quando andamos, can-
tamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos, esta-
mos consumindo energia química gerada pelo nosso 
próprio organismo. E o nosso combustível vem dos 
alimentos que comemos.
No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o 
álcool misturam-se com o ar, produzindo uma com-
bustão, que é uma reação química entre o combustível 
e o oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas células do 
nosso organismo, os alimentos reagem com o oxigênio 
para produzir energia. No nosso corpo, os organismos 
são transformados nos seus componentes mais sim-
ples, equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, portanto, 
mais fáceis de queimar. O processo se faz através de 
um grande número de reações químicas que começam 
a se produzir na boca, seguem no estômago e aca-
bam nos intestinos. As substâncias presentes nesses 
alimentos são decompostas pelos fermentos digesti-
vos e se transformamem substâncias orgânicas mais 
simples. Daí esses componentes são transportados 
pelo sangue até as células. Tudo isso também con-
some energia.
A energia necessária para todas essas transfor-
mações é produzida pela reação química entre esses 
componentes mais simples, que são o nosso com-
bustível e o oxigênio do ar. Essa é uma verdadeira 
combustão, mas uma combustão sem chamas, que se 
faz dentro de pequenas formações que existem nas 
células, as mitocôndrias, que são nossas verdadeiras 
usinas de energia.
1. O texto afirma que o nosso corpo pode ser com-
parado a uma fábrica porque:
a) reage quimicamente pela combustão
b) move-se a base de gasolina ou álcool
c) produz energia a partir dos alimentos
d) utiliza oxigênio como combustível
e) Funciona 22 horas por dia
2. “Tudo isso também consome energia” (3º pará-
grafo ). No trecho, a expressão em destaque se 
refere a:
a) Fermentos digestivos
b) combustíveis
c) reações químicas
d) usinas de energia
e) energia
3. Depois de processadas pelos fermentos digesti-
vos, as substâncias são levadas para:
a) a boca
b) as células
c) o estômago
d) os intestinos
e) o esôfago
4. As mitocôndrias são essenciais para o funciona-
mento do nosso corpo porque são responsáveis 
por:
a) digerir os alimentos
b) produzir energia
c) renovar as células
d) transportar o oxigênio
e) limpar nosso sangue
5. Este texto pode ser considerado um artigo de 
divulgação científica porque apresenta:
a) explicação detalhada sobre um acontecimento 
recente
b) expressões coloquiais para exemplificar o pro-
cesso da digestão
c) linguagem figurada para descrever o processo 
de combustão
d) vocabulário técnico para explicar a química da 
digestão
e) uma explicação muito complexa
6. O texto trata:
a) da constituição do aparelho digestivo
b) da digestão como fonte de energia
c) dos cuidados para uma boa alimentação
d) dos elementos que compõem o corpo humano
e) do processo da degustação
7. “Essa é uma verdadeira combustão, mas uma 
combustão sem chamas”. O termo destacado 
poderia ser substituído por qualquer uma das 
expressões abaixo, exceto:
a) porém
b) contudo
c) todavia
d) entretanto
e) porque
8. Leia a oração: “Divulgou-se muito a manifestação 
dos caras-pintadas”. Se colocarmos manifestação 
no plural, quantas outras palavras serão altera-
das?
a) uma
b) duas
c) três
d) quatro
e) nenhuma
9. Assinale a alternativa CORRETA com relação à 
concordância verbal.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
103
a) Quais de vocês cometeu o maior pecado?
b) Fui eu que pagou as despesas.
c) Falta três segundos para o término da partida.
d) Mais de cem pessoas foi testemunha do assalto.
e) Dezenas de estudantes foram prejudicados.
10. Qual a alternativa em que a concordância está 
errada?
a) Precisam-se de funcionários.
b) Necessita-se de pedreiros.
c) Vende-se gelo cristal.
d) Compram-se revistas e jornais velhos.
e) Parabenizou-se a diretora.
11. Qual a alternativa que completa as frases corre-
tamente?
 – O relógio ………….. sete horas.
 – Naquela relojoaria ………… relógios.
 – Ontem ………. bons filmes no cinema.
a) batem – consertam-se – havia
b) bate – consertam-se – havia
c) bateram – conserta-se – houveram
d) batem – consertam-se – haviam
e) bate – conserta-se – havia
12. Em que item há um erro de concordância verbal?
a) Já soaram duas horas no relógio da torre.
b) Eu com o meu amigo Paulo entramos na so-
ciedade.
c) Fazem dois meses que o visitei.
d) Fui eu quem apresentei esta solução.
e) Há muitos candidatos a essa vaga.
13. Indique a alternativa que preenche adequada-
mente as lacunas da frase: “_________ anos que 
o homem se pergunta: Se não _______ medos, 
como _________ esperanças?”
a) Faz – houvesse – existiriam
b) Fazem – houvesse – existiriam
c) Fazem – houvessem – existiriam
d) Faz – houvesse – existia
e) Faz – houvessem – existiria
14. Assinale a única frase que pode ser preenchida 
com a primeira forma verbal entre parênteses.
a) O roqueiro e a atriz _____ o evento num gran-
de espetáculo. (transformou – transformaram)
b) A maioria dos indivíduos __________ com uma 
vida digna. (sonha sonham)
c) O chefe da seção com o gerente _______ a 
argumentos de força para estimular seus fun-
cionários. (recorreu – recorreram)
d) Já ________ dez horas e nada dele chegar. (é 
– são)
e) __________ se muitas mercadorias ruins. (En-
contra Encontram)
15. O enunciado “Vossa Excelência não deve fazer 
prevalecer os seus interesses sobre os de vossos 
eleitores” foi usado por um deputado para criticar 
um colega de parlamento. Quanto aos pronomes 
que compõem a forma de tratamento do período, 
pode se afirmar que:
a) estão todos corretos;
b) está incorreto o emprego do possessivo vossos;
c) está incorreto o emprego do pronome de tra-
tamento Vossa Excelência, para um deputado;
d) está incorreto o emprego do possessivo seus;
e) estão todos incorretos.
16. A alternativa que respeita a norma culta é:
a) Campinas ficam no Estado de São Paulo.
b) Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o 
comoveram.
c) Haviam muitas crianças no parque ontem.
d) Tempos atrás, viviam-se com mais tranquilidade.
e) Da cidade à ilha é uma hora e quarenta minutos.
17. Leia as frases:
 I. Infelizmente, há excessos no uso de agrotóxicos.
 II. Consomem-se muitos alimentos com agrotó-
xicos.
 III. Manaus são a campeã no abuso de agrotóxicos.
 Está(ao) correta(s), quanto à concordância verbal:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III
18. Lembrando-se das regras de concordância dos 
verbos HAVER e FAZER, marque a opção incor-
reta:
a) Havia candidatos à espera do resultado.
b) Há tempos que não visito meus familiares.
c) Fazem meses que não chove o suficiente.
d) Ontem fez dez anos que casamos.
e) Essas crianças fazem muitas travessuras.
19. “Não _____ ainda sete horas, e já _____ muitas 
pessoas que _____ o início do expediente”.
a) eram – haviam – aguardava
b) eram – havia – aguardavam
c) era – haviam – aguardava
d) era – haviam – aguardavam
e) era – havia – aguardavam
20. Passe para o plural:
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
104
COMPONENTE CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM EIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS
 Compreender-se como ser em cons-
trução na relação com o “outro”, com 
a natureza e com o Transcendente 
no processo dialético da existência 
humana.
Cultura e Transcendência.
Tema: Visão antropológica,
filosófica e sociológica do 
ser humano.
O ser humano é um ser em cons-
trução.
O ser humano é um ser de trans-
cendência.
O ser humano constrói a cultura na 
relação com a natureza, com o ou-
tro e com o Transcendente.
A religião e a cultura são indisso-
ciáveis.
Investigar e argumentar sobre os 
questionamentos existenciais relacio-
nando-os com as crenças religiosas.
Culturas e Tradições Religio-
sas.
Tema: Filosofia da Tradição
Religiosa.
O ser humano investiga a razão de 
sua existência:
Quem sou? De onde vim? Para 
onde vou?
As Tradições Religiosas e suas res-
postas às questões existenciais.
O respeito à diversidade religiosa e 
às suas respostas para os questio-
namentos existenciais.
Introdução
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um 
documento normativo para as redes de ensino e suas 
instituições públicas e privadas, referência obrigatória 
para elaboração dos currículos escolares e propostas 
pedagógicas para a educação infantil, ensino funda-
mental e ensino médio no Brasil. Esse documento, na 
parte que aborda o Ensino Religioso, menciona que 
o ser humano se constrói a partir de um conjunto de 
relações tecidas em determinado contexto histórico-
-social, em um movimento ininterrupto de apropria-
ção e produção cultural. E aponta que, nesse proces-
so, o sujeito se constitui enquanto ser de imanência 
(dimensão concreta, biológica) e de transcendência 
(dimensão subjetiva, simbólica), sendo que ambas as 
dimensões possibilitam que os humanos se relacio-
nem entre si, com a natureza e com a(s) divindade(s), 
percebendo-se como iguais e diferentes.
A percepção das diferenças (alteridades) possibili-
ta a distinção entre o “eu” e o “outro”, “nós” e “eles”,cujas relações dialógicas são mediadas por referen-
ciais simbólicos (representações, saberes, crenças, 
convicções, valores) necessários à construção das 
identidades. É importante reconhecer, valorizar e aco-
lher o caráter singular e diverso do ser humano, por 
meio da identificação e do respeito às semelhanças 
e diferenças entre o eu (subjetividade) e os outros 
(alteridades), compreender os símbolos e significados 
e a relação entre imanência e transcendência.
A dimensão da transcendência, segundo a BNCC, 
é matriz dos fenômenos e das experiências religio-
sas, uma vez que, em face da finitude, os sujeitos 
e as coletividades sentiram-se desafiados a atribuir 
sentidos e significados à vida e à morte. Na busca de 
respostas, o ser humano conferiu valor de sacralidade 
a objetos, coisas, pessoas, forças da natureza ou seres 
sobrenaturais, transcendendo a realidade concreta.
Essa dimensão transcendental é mediada por lin-
guagens específicas, tais como o símbolo, o mito e o 
rito. No símbolo, encontram-se dois sentidos distintos 
e complementares. Por exemplo, objetivamente uma 
flor é apenas uma flor. No entanto, é possível reco-
nhecer nela outro significado: a flor pode despertar 
emoções e trazer lembranças. Assim, o símbolo é um 
elemento cotidiano ressignificado para representar 
algo além de seu sentido primeiro. Sua função é fazer 
a mediação com outra realidade e, por isso, é uma das 
linguagens básicas da experiência religiosa.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
105
Tal experiência é uma construção subjetiva ali-
mentada por diferentes práticas espirituais ou ritu-
alísticas, que incluem a realização de cerimônias, 
celebrações, orações, festividades, peregrinações, 
entre outras. Enquanto linguagem gestual, os ritos 
narram, encenam, repetem e representam histórias e 
acontecimentos religiosos. Desta forma, se o símbolo 
é uma coisa que significa outra, o rito é um gesto que 
também aponta para outra realidade.
Os rituais religiosos são geralmente realizados 
coletivamente em espaços e territórios sagrados 
(montanhas, mares, rios, florestas, templos, santuá-
rios, caminhos, entre outros), que se distinguem dos 
demais por seu caráter simbólico. Esses espaços cons-
tituem-se em lócus de apropriação simbólico-cultural, 
onde os diferentes sujeitos se relacionam, constroem, 
desenvolvem e vivenciam suas identidades religiosas.
Nos territórios sagrados frequentemente atuam 
pessoas incumbidas da prestação de serviços religio-
sos. Sacerdotes, líderes, funcionários, guias ou espe-
cialistas, entre outras designações, desempenham 
funções específicas: difusão das crenças e doutrinas, 
organização dos ritos, interpretação de textos e narra-
tivas, transmissão de práticas, princípios e valores etc. 
Portanto, os líderes exercem uma função pública, e 
seus atos e orientações podem repercutir sobre outras 
esferas sociais, tais como economia, política, cultura, 
educação, saúde e meio ambiente.
É importante conhecer, valorizar e respeitar as 
distintas experiências e manifestações religiosas, e 
compreender as relações estabelecidas entre as li-
deranças e denominações religiosas e as distintas 
esferas sociais.
As crenças religiosas e filosofias de vida, mostram 
aspectos estruturantes das diferentes tradições/movi-
mentos religiosos e filosofias de vida, especialmente 
os mitos, ideia(s) de divindade(s), crenças e doutrinas 
religiosas, tradições orais e escritas, ideias de imorta-
lidade, princípios e valores éticos.
Os mitos são outro elemento estruturante das 
tradições religiosas. Eles representam a tentativa de 
explicar como e por que a vida, a natureza e o cosmos 
foram criados. Apresentam histórias dos deuses ou 
heróis divinos, relatando, por meio de uma lingua-
gem rica em simbolismo, acontecimentos nos quais 
as divindades agem ou se manifestam.
O mito é um texto que estabelece uma relação en-
tre imanência (existência concreta) e transcendência 
(o caráter simbólico dos eventos). Ao relatar um acon-
tecimento, o mito situa-se em um determinado tempo 
e lugar e, frequentemente, apresenta-se como uma 
história verdadeira, repleta de elementos imaginários.
No enredo mítico, a criação é uma obra de divin-
dades, seres, entes ou energias que transcendem a 
materialidade do mundo. São representados de di-
versas maneiras, sob distintos nomes, formas, faces 
e sentidos, segundo cada grupo social ou tradição 
religiosa. O mito, o rito, o símbolo e as divindades 
alicerçam as crenças, entendidas como um conjunto 
de ideias, conceitos e representações estruturantes de 
determinada tradição religiosa. As crenças fornecem 
respostas teológicas aos enigmas da vida e da morte, 
que se manifestam nas práticas rituais e sociais sob a 
forma de orientações, leis e costumes. Esse conjunto 
de elementos originam narrativas religiosas que, de 
modo mais ou menos organizado, são preservadas e 
passadas de geração em geração pela oralidade. Des-
se modo, ao longo do tempo, cosmovisões, crenças, 
ideia(s) de divindade(s), histórias, narrativas e mitos 
sagrados constituíram tradições específicas, inicial-
mente orais. Em algumas culturas, o conteúdo dessa 
tradição foi registrado sob a forma de textos escritos.
No processo de sistematização e transmissão dos 
textos sagrados, sejam eles orais, sejam eles escritos, 
certos grupos sociais acabaram por definir um con-
junto de princípios e valores que configuraram dou-
trinas religiosas. Estas reúnem afirmações, dogmas e 
verdades que procuram atribuir sentidos e finalidades 
à existência, bem como orientar as formas de rela-
cionamento com a(s) divindade(s) e com a natureza.
As doutrinas constituem a base do sistema religio-
so, sendo transmitidas e ensinadas aos seus adeptos 
de maneira sistemática, com o intuito de assegurar 
uma compreensão mais ou menos unitária e homo-
gênea de seus conteúdos. No conjunto das crenças 
e doutrinas religiosas encontram-se ideias de imor-
talidade (ancestralidade, reencarnação, ressurreição, 
transmigração, entre outras), que são norteadoras do 
sentido da vida dos seus seguidores. Essas informa-
ções oferecem aos sujeitos referenciais tanto para a 
vida terrena quanto para o pós-morte, cuja finalidade 
é direcionar condutas individuais e sociais, por meio 
de códigos éticos e morais. Tais códigos, em geral, 
definem o que é certo ou errado, permitido ou proi-
bido. Esses princípios éticos e morais atuam como 
balizadores de comportamento, tanto nos ritos como 
na vida social.
Também as filosofias de vida se ancoram em prin-
cípios cujas fontes não advêm do universo religioso. 
Pessoas sem religião adotam princípios éticos e mo-
rais cuja origem decorre de fundamentos racionais, 
filosóficos, científicos, entre outros. Esses princípios, 
geralmente, coincidem com o conjunto de valores se-
culares de mundo e de bem, tais como: o respeito à 
vida e à dignidade humana, o tratamento igualitário 
das pessoas, a liberdade de consciência, crença e con-
vicções, e os direitos individuais e coletivos.
O ser humano é um ser em construção
A religiosidade é a busca do ser humano por res-
postas além do que pode ser visto, tocado e compre-
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
106
endido de forma racional. Não somos algo pronto, 
estamos em constante construção. Isso nos deixa vul-
neráveis, mas é o que nos permite evoluir e melhorar 
a cada dia.
Há vários caminhos para buscar respostas sobre 
o sentido da vida. A Ciência, a Filosofia, a Arte e a 
Religião são maneiras de o ser humano compreender 
a si mesmo, ao outro e ao mundo que nem sempre 
estão em concordância, mas podem se complementar.
Leia o poema de Alberto Caeiro, heterônimo do 
poeta português Fernando Pessoa:
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do Mundo?
Sei lá o que penso do Mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar.É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o Sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o Sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do Sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz 
pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
«Constituição íntima das coisas»...
«Sentido íntimo do Universo»...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em coisas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos 
lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das coisas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das coisas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as coi-
sas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
107
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto 
Caeiro. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1946 (10ª 
ed. 1993). - 28.
No poema, o eu-lírico faz uma reflexão sobre o 
sentido da vida, sobre a existência e sobre Deus. O 
que você pensa sobre tudo isso?
Se você estivesse num diálogo com o autor do 
poema, o que diria para ele?
O ser humano é um ser de transcendência
A transcendência é tudo aquilo que está além do 
mundo material, refere-se aos fenômenos de natu-
reza metafísica. É um conceito que está na filosofia 
na gênese das reflexões sobre o sentido da existên-
cia do mundo e da vida humana, desde os filósofos 
da Grécia Antiga. O conceito também é valorizado e 
discutido no campo da teologia e nas religiões, pois, 
alcançar a transcendência é estar em contato com o 
mundo espiritual, com as divindades - é a superação 
dos limites físicos do ser humano.
A busca pela transcendência sempre acompanhou 
o ser humano, pois tem a ver com a vida e a morte e a 
possibilidade da existência de algo para além da vida 
terrena. Na necessidade de entender a imortalidade, 
o ser humano procura explicações além da realidade 
material, daquilo que é palpável de ser compreendido 
pelos sentidos. Sabemos que existe o mundo material 
porque vivemos nele e o experimentamos com nossos 
sentidos. Por outro lado, o que é do mundo espiritu-
al e imaterial não pode ser comprovado científica e 
empiricamente.
A transcendência seria, então, um caminho para 
a conexão com o divino, a projeção do ser humano 
para uma dimensão espiritual, onde podem ser en-
contradas as respostas para as profundas questões 
humanas. A religiosidade e a fé podem ser uma das 
formas pelas quais o ser humano poderá alcançar ou 
compreender o que é de natureza transcendental. 
Nesse sentido, algumas religiões, de acordo com sua 
doutrina, descrevem caminhos para o contato com o 
mundo espiritual.
Transcendente, então, seria aquilo que está além 
do estado material, que pertence ao mundo espiritual 
e cujo fim seria externo a si mesmo. Imanente, por sua 
vez, é aquilo que representa uma realidade material. 
É essa a realidade que conhecemos e que podemos 
experimentar e explicar com a utilização dos nossos 
sentidos.
A imanência e a transcendência também estão 
relacionadas à concepção de Deus para as religiões. 
Algumas doutrinas, como as religiões panteístas, 
acreditam que Deus é imanente, que Ele é parte de 
tudo e, portanto, não pode ser dissociado do mundo 
material. Outras religiões, especialmente as de tra-
dição judaico-cristã e islâmica, acreditam que Deus é 
transcendente. Ele é o criador de tudo, inclusive da 
matéria, por isso, é separado dela.
Vamos refletir sobre transcendência, imanência 
e Deus com a escritora Clarice Lispector, no conto 
“Perdoando Deus”.
Perdoando Deus
(Clarice Lispector)
Eu ia andando pela Avenida Copacabana e 
olhava distraída edifícios, nesga de mar, pessoas, 
sem pensar em nada. Ainda não percebera que na 
verdade não estava distraída, estava era de uma 
atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito 
rara: livre. Via tudo, e à toa. Pouco a pouco é que 
fui percebendo que estava percebendo as coisas. 
Minha liberdade então se intensificou um pouco 
mais, sem deixar de ser liberdade. Não era tour de 
propriétaire, nada daquilo era meu, nem eu que-
ria. Mas parece-me que me sentia satisfeita com 
o que via.
Tive então um sentimento de que nunca ouvi 
falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, 
que era a Terra, o mundo. Por puro carinho, mesmo, 
sem nenhuma prepotência ou glória, sem o menor 
senso de superioridade ou igualdade, eu era por 
carinho a mãe do que existe. Soube também que 
se tudo isso “fosse mesmo” o que eu sentia – e não 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
108
possivelmente um equívoco de sentimento – que 
Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez 
se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso 
comigo. Ser-Lhe-ia aceitável a intimidade com que 
eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, 
mas muito certo, e não ocorrera antes apenas por-
que não tinha podido ser. Sei que se ama ao que 
é Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, 
medo, e reverência. Mas nunca tinham me falado 
de carinho maternal por Ele. E assim como meu 
carinho por um filho não o reduz, até o alarga, assim 
ser mãe do mundo era o meu amor apenas livre.
E foi quando quase pisei num enorme rato 
morto. Em menos de um segundo estava eu eriça-
da pelo terror de viver, em menos de um segundo 
estilhaçava-me toda em pânico, e controlava como 
podia o meu mais profundo grito. Quase correndo 
de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro 
quarteirão encostada a um poste, cerrando violen-
tamente os olhos, que não queriam mais ver. Mas 
a imagem colava-se às pálpebras: um grande rato 
ruivo, de cauda enorme, com os pés esmagados, 
e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado 
de ratos.
Toda trêmula, consegui continuar a viver. Toda 
perplexa continuei a andar, com a boca infantilizada 
pela surpresa. Tentei cortar a conexão entre os dois 
fatos: o que eu sentira minutos antes e o rato. Mas 
era inútil. Pelo menos a contiguidade ligava-os. Os 
dois fatos tinham ilogicamente um nexo. Espantava-
-me que um rato tivesse sido o meu contraponto. E 
a revolta de súbito me tomou: então não podia eu 
me entregar desprevenida ao amor? De que estava 
Deus querendo me lembrar? Não sou pessoa que 
precise ser lembrada de que dentro de tudo há o 
sangue. Não só não esqueço o sangue de dentro 
como eu o admito e oquero, sou demais o sangue 
para esquecer o sangue, e para mim a palavra es-
piritual não tem sentido, e nem a palavra terrena 
tem sentido. Não era preciso ter jogado na minha 
cara tão nua um rato. Não naquele instante. Bem 
poderia ter sido levado em conta o pavor que desde 
pequena me alucina e persegue, os ratos já riram 
de mim, no passado do mundo os ratos já me de-
voraram com pressa e raiva. Então era assim?, eu 
andando pelo mundo sem pedir nada, sem precisar 
de nada, amando de puro amor inocente, e Deus a 
me mostrar o seu rato? A grosseria de Deus me feria 
e insultava-me. Deus era bruto. Andando com o co-
ração fechado, minha decepção era tão inconsolável 
como só em criança fui decepcionada. Continuei 
andando, procurava esquecer. Mas só me ocorria 
a vingança. Mas que vingança poderia eu contra 
um Deus Todo-Poderoso, contra um Deus que até 
com um rato esmagado podia me esmagar? Minha 
vulnerabilidade de criatura só. Na minha vontade de 
vingança nem ao menos eu podia encará-Lo, pois 
eu não sabia onde é que Ele mais estava, qual se-
ria a coisa onde Ele mais estava e que eu, olhando 
com raiva essa coisa, eu O visse? no rato? naquela 
janela? nas pedras do chão? Em mim é que Ele não 
estava mais. Em mim é que eu não O via mais.
Então a vingança dos fracos me ocorreu: ah, 
é assim? pois então não guardarei segredo, e vou 
contar. Sei que é ignóbil ter entrado na intimidade 
de Alguém, e depois contar os segredos, mas vou 
contar – não conte, só por carinho não conte, guar-
de para você mesma as vergonhas Dele – mas vou 
contar, sim, vou espalhar isso que me aconteceu, 
dessa vez não vai ficar por isso mesmo, vou contar 
o que Ele fez, vou estragar a Sua reputação... mas 
quem sabe, foi porque o mundo também é rato, 
e eu tinha pensado que já estava pronta para o 
rato também. Porque eu me imaginava mais forte. 
Porque eu fazia do amor um cálculo matemático 
errado: pensava que, somando as compreensões, 
eu amava. Não sabia que, somando as incompre-
ensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, 
só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.
É porque eu não quis o amor solene, sem com-
preender que a solenidade ritualiza a incompre-
ensão e a transforma em oferenda. E é também 
porque sempre fui de brigar muito, meu modo é 
brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu 
modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no 
fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o 
que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então 
o castigo é amar um mundo que não é ele. É tam-
bém porque eu me ofendo à toa. É porque talvez 
eu precise que me digam com brutalidade, pois 
sou muito teimosa.
É porque sou muito possessiva e então me foi 
perguntado com alguma ironia se eu também que-
ria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe 
das coisas quando puder pegar um rato na mão. Sei 
que nunca poderei pegar num rato sem morrer de 
minha pior morte. Então, pois, que eu use o mag-
nificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe 
nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. 
Porque o formalismo não tem ferido a minha sim-
plicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho 
de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, 
mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um 
grito mudo. Porque o rato existe tanto quanto eu, 
e talvez nem eu nem o rato sejamos para ser vistos 
por nós mesmos, a distância nos iguala. Talvez eu 
tenha que aceitar antes de mais nada esta minha 
natureza que quer a morte de um rato.
Talvez eu me ache delicada demais apenas por-
que não cometi os meus crimes. Só porque contive 
os meus crimes, eu me acho de amor inocente. 
Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
109
sem lividez esta minha alma que é apenas conti-
da. Talvez eu tenha que chamar de “mundo” esse 
meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso 
amar a grandeza do mundo se não posso amar o 
tamanho de minha natureza? Enquanto eu imagi-
nar que “Deus” é bom só porque eu sou ruim, não 
estarei amando a nada: será apenas o meu modo 
de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me 
percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, 
e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que 
jamais me habituarei a mim, estava querendo que o 
mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de 
mim só consegui foi me submeter a mim mesma, 
pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava 
querendo me compensar de mim mesma com uma 
terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu 
amar a um Deus só porque não me quero, serei um 
dado marcado, e o jogo de minha vida maior não 
se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.
– Clarice Lispector, no livro “Felicidade clandestina”. Rio 
de Janeiro: Rocco, 1998.
Como você percebe a transcendência, a imanência 
e a ideia de Deus no conto de Clarice Lispector?
Diversidade Religiosa e as respostas às questões 
existenciais
Eduardo Kobra
Agora, para refletir como o ser humano constrói 
a cultura na relação com a natureza, com o outro 
e com o Transcendente, fazendo, assim, com que 
religião e cultura sejam indissociáveis, vamos ana-
lisar o artigo “A liberdade religiosa como direito à 
transcendência”, do professor de História Moderna 
no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) 
da Unicamp Rui Luis Rodrigues.
A partir desse artigo, estabeleceremos uma co-
nexão com os questionamentos mais comuns do ser 
humano em relação à sua existência, como “Quem 
sou? De onde vim? Para onde vou?”. A partir das 
reflexões que o professor Rui Luis instiga, é possível 
pensar como as Tradições Religiosas tenta respon-
der a essas questões e reafirma a necessidade do 
respeito à diversidade religiosa.
ARTIGO
A liberdade religiosa como 
direito à transcendência
Rui Luis Rodrigues, professor de História Moderna no 
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da 
Unicamp Rui Luis Rodrigues
SEG, 25 MAR 2019 | 13:53
“Todo ser humano tem 
direito à liberdade de pen-
samento, consciência e re-
ligião; este direito inclui a 
liberdade de mudar de reli-
gião ou crença e a liberdade 
de manifestar essa religião 
ou crença, pelo ensino, pela 
prática, pelo culto e pela observância, em público ou 
em particular”.
(Declaração Universal dos Direitos Humanos)
– I –
Encontramo-nos na situação, impensável há dez 
anos, em que é preciso reafirmar valores e convicções 
que julgávamos definitivamente estabelecidos. De re-
pente, nesse nevoeiro da chamada “pós-modernida-
de” com seus desdobramentos quase nunca claros, 
o que antes era óbvio deixou de sê-lo.
Para iniciarmos nossa reflexão, basta pensarmos 
no fato de que a própria ideia de que os seres hu-
manos possuem direitos considerados inalienáveis 
passou a ser estranha para muita gente – e isso no 
âmbito mesmo da sociedade ocidental onde a De-
claração Universal dos Direitos Humanos foi gestada 
como resposta à barbárie perpetrada não apenas pelo 
totalitarismo fascista, mas também por outras instân-
cias que operaram, em diferentes contextos, formas 
de degradação do ser humano.
A lição deveria ter sido aprendida. Os fatos perma-
necem, patentes, diante de nossa memória coletiva: 
Auschwitz, os relatos tétricos sobre os gulag stalinis-
tas, o genocídio de que foram vítimas os armênios, 
as violências étnicas em diferentes partes do mun-
do que, não raramente, incluíram violência sexual, 
a precarização contínua das condições de vida do 
povo palestino, os preconceitos contra as minorias, 
as múltiplas formas pelas quais regimes ditatoriais 
impuseram não apenas limitações brutais à liberdade 
humana, mas realizaram a própria desumanização de 
milhares e milhares de pessoas através da tortura. 
Infelizmente, essa lista está longe de ser exaustiva; e, 
para nossa maior consternação, boa parte dela se con-
cretizou após a decisão memorável das Nações Unidas 
de exarar, em nome dos países que a compõem, uma 
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
110
Mais assustador, talvez, do que perceber a ocor-
rência insistente desses ataques aos direitos que,supomos, teria ficado claro todos os seres humanos 
possuírem, é perceber a indiferença para com o pró-
prio tema dos direitos humanos por parte de pessoas 
que, até por razões de lógica e de formação civiliza-
cional, deveriam defender esse ideário. De repente, 
tornou-se aceitável manifestar, nesse ambiente líqui-
do e plurifacetado das redes sociais, gestos de into-
lerância, crenças que excluem e desumanizam seres 
humanos, agendas que, em nome de uma pretensa 
“segurança”, defendem o raciocínio torto e infeliz 
de que “direitos humanos” deveriam ser estendidos 
apenas a “humanos direitos” – e com isso, na super-
ficialidade e ignorância que caracteriza boa parte dos 
discursos disseminados por essas novíssimas mídias, 
as pessoas não percebem que operam uma distinção 
totalmente infundada e arbitrária entre aqueles que 
são, apenas, seres humanos e cujos direitos são-lhes 
inalienáveis apenas e tão somente por causa de sua 
humanidade. Será demais lembrar, nesse contexto, 
que na base da barbárie nazista – esse símbolo que 
permanece, e deverá permanecer enquanto manti-
vermos memória, como ícone do quão criminoso o 
ser humano pode se tornar na intolerância para com 
seu próximo – estava a ideia de que, ao fim e ao cabo, 
aqueles judeus que eram presos e deportados eram 
“menos do que humanos”? Será difícil perceber que, 
para aqueles vizinhos que denunciavam às autorida-
des nazistas os judeus porventura escondidos na casa 
ao lado, tal atitude justificava-se porque esses não 
seriam “humanos direitos”?
Parece-me que, em termos globais, estamos numa 
encruzilhada decisiva. Numerosos fatores têm produ-
zido em diferentes partes do mundo a relativização 
desse patrimônio que tão arduamente construímos; 
esse patrimônio que supõe a igualdade plena de todos 
os seres humanos e que defende, para o conjunto da 
humanidade, uma pletora de direitos cuja supressão 
e cancelamento pode conduzir a níveis impensáveis 
de violência e de barbárie. Está posta, portanto, para 
todos nós, a necessidade de lutarmos pela aplicação 
de políticas que garantam, das formas mais amplas 
possíveis, o usufruto desses direitos por todos os seres 
humanos.
– II –
A razão pela qual se considerou necessário assegu-
rar, na Declaração, esse direito à liberdade religiosa é 
relativamente óbvia: em poucas áreas que não o cam-
po religioso, se manifestaram tão consistentemente, 
ao longo da história, a intransigência e a intolerância. 
Lidando sempre com as convicções mais profundas 
dos seres humanos, as religiões foram, por demais 
vezes, fonte de discriminação e de violência. Isso ex-
plica por que, na própria Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, a expressão “religião” aparece di-
versas vezes em contextos que chamarei “negativos”, 
ou seja, onde a menção não tem como finalidade a 
referência à liberdade religiosa, mas aos entraves que 
a religião pode gerar à plena vivência dos direitos hu-
manos. Assim, o Artigo 2º. da Declaração estabelece 
que ninguém pode ser excluído de quaisquer direitos 
e liberdades por força de alguma distinção em maté-
ria religiosa; o Artigo 16º. insiste que, considerada a 
expressa anuência dos nubentes, nenhuma barreira 
ao direito humano de casar-se pode advir de ques-
tões de fundo religioso; e o Artigo 26º. declara que a 
educação deve ter, entre suas finalidades, o fomento 
da compreensão, tolerância e amizade entre nações e 
grupos raciais ou religiosos. Para os idealizadores da 
Declaração estava claro que as convicções religiosas 
podiam se tornar, com muita facilidade, motivos para 
a segregação, a discriminação e, no limite, a violência.
Mas esse risco, de cuja plausibilidade a história 
presta tanto testemunho, não excluía, para os autores 
e signatários desse documento, a importância dessa 
liberdade específica. É em função dessa importância 
que se julgou necessário assegurar esse direito como 
um dos direitos fundamentais dos seres humanos.
O tema “religião” é tão complexo quanto o vocá-
bulo que usamos para defini-lo. “Religião” é um con-
ceito cuja construção cultural deve muito às socieda-
des ocidentais, desde as origens dessas sociedades na 
cultura latina. O termo romano religio, que nomeava a 
precisão e escrupulosidade em relação às práticas de 
culto e à memória dos ancestrais, passou a ser usado 
para a caracterização de diferentes sistemas de crença 
e de interpretação do mundo. [1] Não nos cabe, aqui, 
discutir a pertinência ou não desse conceito para cos-
mologias desenvolvidas fora desse Ocidente onde o 
termo acabou formatado. Basta-nos considerar que, 
de uma forma ou de outra, a palavra serve para fazer 
referência a um fato incontornável: em toda parte os 
seres humanos desenvolveram formas de interpretar 
o mundo e de compreender seu próprio lugar nele; 
em toda parte os seres humanos depositaram, nes-
ses sistemas de crença, de preservação da herança 
dos seus antepassados ou de filosofias de existência, 
suas convicções mais íntimas e mais candentes. Nesse 
sentido, talvez proceda a definição de “religião” sur-
gida numa das vertentes do cristianismo ocidental: 
para o luterano Paul Tillich, a fé religiosa seria aquilo 
que expressa a “preocupação suprema” do ser hu-
mano, aquilo que o move mais profundamente. [2] 
Não se trata de encontrar uma dimensão “essencial” 
que daria forma e sentido a todas as religiões (essa 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
111
foi a ambição da antiga fenomenologia das religiões; 
uma perspectiva que conserva valor para os estudos 
teológicos, mas de pouca utilidade para a história ou 
a antropologia); [3] a questão é simplesmente reco-
nhecer que uma ação básica dos seres humanos, a 
de interpretar a si mesmo e ao mundo, não poucas 
vezes tem assumido formas que podemos chamar de 
religiosas.
– III –
Se as religiões lidam com as convicções mais pro-
fundas dos seres humanos, mobilizando o que nos 
é mais caro (tradições ancestrais, heranças afetivas, 
expectativas para o presente e para o futuro); se elas 
desempenham, para um grande número de pessoas, 
um papel fundamental na compreensão do mundo e 
na própria aventura, individual, mas também comu-
nitária, de autocompreensão, é de se crer que sua im-
portância – e seu caráter inalienável enquanto direito 
– estejam estabelecidos. Na expressão religiosa o ser 
humano encontra condições para se autotranscender, 
para ir além de si mesmo. Essa transcendência que a 
religião torna possível não está condicionada à cren-
ça num Outro transcendente, sugerida por diversas 
religiões; mesmo naquelas que não estão ligadas à 
noção de um sagrado transcendente a possibilidade 
de transcendência persiste, porque continua sendo 
possível que o ser humano se mova para além de si, 
na direção das outras pessoas. Nesse sentido a ati-
tude religiosa ensina algo, mesmo àqueles que não 
professam qualquer religião: a identificação de uma 
“preocupação suprema” mostra que não consegui-
mos viver apenas no círculo restrito de nosso self; 
precisamos aprender os caminhos que nos conduzam 
para fora de nós e facilitem nossas ligações com a 
comunidade humana.
A liberdade religiosa é, portanto, um direito à 
transcendência. Dado o enraizamento profundo des-
sa experiência humana, a supressão dessa liberdade 
tem consequências funestas. Vedar o exercício da li-
berdade religiosa na forma de práticas de devoção, 
experiências de culto ou rememoração e perpetuação 
de tradições constitui aquilo que já foi denominado es-
poliação antropológica. “A pobreza africana é uma po-
breza antropológica”, escreveu o teólogo camaronês 
Engelbert Mveng, querendo significar com isso que a 
exploração ocidental na África privou os africanos não 
apenas de melhores condições socioeconômicas pela 
redução à pobreza material, mas espoliou-os também 
de suas tradições ancestrais e de suas cosmovisões 
específicas ao forçar seu enquadramento em sistemas 
religiosos alienígenas; essa violência, dirigida contra 
a própria “ipseidade” desses povos, se reproduz cada 
vez que a liberdade fundamental de se cultivaras li-
gações com nossas próprias fontes de compreensão 
do mundo é cerceada. [4]
Alguns exemplos contemporâneos deveriam nos 
encher os olhos de lágrimas. Em páginas repletas de 
depoimentos tocantes, o jornalista francês Sébastien 
de Courtois narra o que ele chama de “o crepúsculo 
dos cristãos do Oriente”: como o avanço do radicalis-
mo islâmico tem, nos últimos anos, extirpado violen-
tamente da Síria, da Turquia, do Líbano e do Iraque 
as tradições de comunidades cristãs bimilenares. [5] 
Nem a oposição de líderes islâmicos esclarecidos de 
todo o mundo, nem os belos e significativos diálogos 
mantidos há décadas entre muçulmanos e cristãos 
de diferentes confissões têm sido suficientes para 
impedir essa violência, conduzida por pessoas que, 
infelizmente, amparam suas convicções religiosas em 
fuzis e, assim empoderadas, dão azo à sua intole-
rância. [6]
Em nosso próprio país, nos últimos anos, foram 
documentadas numerosas ocorrências de discri-
minação e violência contra praticantes de religiões 
de matriz africana. Somente no Rio de Janeiro, em 
2016, mais de 70% dos 1.014 casos documentados 
pela Comissão Estadual de Combate à Intolerância 
Religiosa eram casos de violência contra fiéis de re-
ligiões como Candomblé e Umbanda e incluíam de-
predação de locais sagrados e de objetos de culto; 
em sua grande maioria, esses atos foram perpetrados 
por pessoas ligadas a confissões cristãs-evangélicas. 
[7] Também aqui, como no caso das relações entre 
cristãos e muçulmanos, houve vozes sensatas que 
se levantaram contra esse abuso: a direção nacional 
do Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, que 
congrega em sua maioria denominações protestantes 
brasileiras chamadas “tradicionais”, ou seja, que não 
pertencem às tradições pentecostais e carismáticas) 
criou um Fundo de Solidariedade para o Enfrenta-
mento de Violências Religiosas; e uma comunidade 
luterana da cidade do Rio de Janeiro chegou a coletar 
doze mil reais para a reconstrução de um terreiro de 
candomblé que sofreu oito tentativas de destruição 
que incluíram, em 2014, um incêndio que destruiu 
parcialmente as instalações. [8]
Mas as religiões de matriz africana não sofrem so-
mente esses ataques. Outras formas de violência são 
mais persistentes, mais insidiosas e frequentemente 
menos percebidas. Há que considerar, por exemplo, 
a violência simbólica – efetiva espoliação antropoló-
gica – a que são submetidas crianças de famílias can-
domblecistas em escolas pretensamente laicas, mas 
onde se ministra, muitas vezes sub-repticiamente, 
um ensino religioso de caráter cristão. Numa tese de 
doutorado defendida em 2016 no Instituto de Filo-
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
112
sofia e Ciências Humanas da Unicamp, o professor e 
antropólogo Milton Silva dos Santos realizou uma bri-
lhante análise da inferiorização a que são submetidas 
as religiões de matriz africana nos materiais didáticos 
de ensino religioso eventualmente empregados nas 
escolas públicas. Noutras palavras, mesmo quando 
consideradas como expressões válidas, essas religiões 
sofrem intensamente com processos inadequados de 
tradução simbólica e cultural. [9]
Em tempos como os que vivemos atualmente, 
dentro e fora do Brasil, nos quais a intolerância parece 
assumir novo ímpeto, ousando até mesmo vestir-se 
de roupagens velhas e odiosas como os trapos fedo-
rentos do fascismo, defender os direitos humanos e 
seu caráter amplo e radical tornou-se item obrigatório 
na agenda de quem ainda preza os valores da liber-
dade e da democracia. O direito à livre expressão das 
crenças religiosas, numa atmosfera de consideração 
e respeito pelos que portam convicções diferentes, é 
um dos sinais de uma sociedade que se deixa moldar 
por esses valores tão fundamentais.
[1] Silva, Eliane Moura da. “História das Religiões: Algumas 
Questões Teóricas e Metodológicas”. In Moura, Carlos 
André S. et al (orgs.). Religião, Cultura e Política no 
Brasil: Perspectivas Históricas. (Coleção “Ideias”, 10). 
Campinas/SP: Unicamp/IFCH, 2011, pp. 11-24; Agno-
lin, Adone. História das Religiões: Perspectiva históri-
co-comparativa. São Paulo: Paulus, 2013.
[2] Tillich, Paul. A Era Protestante. Tradução. São Paulo: 
Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Ciências da 
Religião, 1992, pp. 16-8, 115-6, 119, 262, 280-2.
[3] Para essa perspectiva específica, ver Otto, Rudolf. O 
Sagrado: Os aspectos irracionais na noção do divino e 
sua relação com o racional. Tradução. São Leopoldo/
Petrópolis: Sinodal-Escola Superior de Teologia (EST)/
Vozes, 2007 (edição original alemã, 1917); Eliade, Mir-
cea. História das crenças e ideias religiosas. Tradução. 
Rio de Janeiro: Zahar, 1983; Idem, O sagrado e o pro-
fano – A essência da religião. Tradução. São Paulo: 
Martins Fontes, 1999; Maçaneiro, Marcial. O labirinto 
sagrado: Ensaios sobre religião, psique e cultura. São 
Paulo: Paulus, 2011, especialmente parte I, “Coorde-
nadas globais” (pp. 7-111). Para uma síntese crítica 
dessa postura, ver Agnolin, op. cit., pp. 43-9, 177-90; 
Silva, op. cit., pp. 11-5.
[4] Mveng, Engelbert. L’Afrique dans l’Église: paroles d’um 
croyant. Paris: L’Harmattan, 1985, pp. 209-10.
 id=”8”[5] Courtois, Sébastien de. Sur les fleuves de 
Babylone, nous pleurions. Le crépuscule des chrétiens 
d’Orient. Paris: Éditions Stock, 2015.
[6] Para o campo fértil dos diálogos entre cristãos e muçul-
manos, ver em especial Salenson, Christian. Christian 
de Chergé: Une théologie de l’espérance. Tibhirine, 
1996-2016. Montrouge: Bayard, 2016.
[7] D’Ângelo, Helô. “As origens da violência contra religiões 
afro-brasileiras”. Revista Cult, 21 de setembro de 2017. 
(último acesso em 11 de outubro de 2018).
[8] “‘Se em nome de Cristo destroem, em nome de Cris-
to vamos reconstruir’: evangélicos ajudam a reerguer 
terreiro queimado”. BBC News Brasil. (último acesso 
em 11 de outubro de 2018).
[9] Santos, Milton Silva dos. Religião e demanda: O fenô-
meno religioso em escolas públicas. Tese de Douto-
ramento em Antropologia Social. Campinas/SP: IFCH/
Unicamp, 2016.
Disponível em: < https://www.unicamp.br/unicamp/
ju/artigos/direitos-humanos/liberdade-religiosa-como-
direito-transcendencia> Acesso em: 14 dez. 2021.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
113
INTRODUÇÃO AO MUNDO DO TRABALHO 3 – Profª Carlos 
CONTEÚDOS EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM HABILIDADES
1.Introdução Estimular o desenvolvimento de 
competências básicas para inser-
ção, permanência e crescimento no 
mundo do trabalho.
Compreender o significado e a 
aplicação no mundo
do trabalho dos conceitos de ini-
ciativa, proatividade,
eficácia e eficiência.
2. Buscar soluções 
2.1. Iniciativa e proatividade
2.2. Eficiência e eficácia
Estimular o jovem a desenvolver a 
capacidade de buscar soluções e 
entregar resultados no contexto das 
relações profissionais.
Compreender a diferença entre os 
conceitos de eficácia e eficiência 
e sua aplicação no mundo do tra-
balho.
3. Pensar antes de agir
3.1. Planejamento: o modelo 
5W2H
3.2. Gerenciamento do tempo
Estimular o jovem a desenvolver a 
capacidade de planejar e executar 
suas tarefas no contexto das rela-
ções profissionais.
Sentir-se capaz de planejar suas 
tarefas e compromissos, adminis-
trando o tempo de sua execução.
4. Atividade culminante Desenvolver pensamento crítico 
para analisar informações, tirar con-
clusões e tomar decisões.
Tomar decisões sobre a própria 
vida com consciência, autonomia 
e visão de futuro.
1. Introdução
Poema Tabacaria
(trechos)
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(...)
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu,que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
114
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(...)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
(...)
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
(...)
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993). - 252.
1ª publ. in Presença, nº 39. Coimbra: Jul. 1933.
Ao ler esse poema de Álvaro de Campos, quais 
reflexões surgem a respeito de sua vida?
A terceira série do Ensino Médio é um momento 
muito importante na sua trajetória. É um momento 
de conclusão e fazer escolhas para iniciar novos cami-
nhos. Por isso, é essencial pensar sobre essas escolhas 
e trabalhar para conquistar os objetivos escolhidos.
O objetivo desse 1º bimestre é estimular o desen-
volvimento de competências básicas para inserção, 
permanência e crescimento no mundo do trabalho. 
Muitas vezes, temos competências para certas coisas 
e nem nos damos conta, ou então, gostamos de fazer 
algo, não conseguimos, e logo desistimos, sendo que 
bastaria desenvolver certas habilidades e competên-
cias para alcançar nossos objetivos.
Agora, reflita sobre os trechos lidos do poema e 
pense em você. Escreva no caderno e/ou compartilhe 
em grupo um pouco do que você trilhou e experien-
ciou até agora e o que almeja para seu futuro.
2. Buscar soluções
2.1. Iniciativa e Proatividade
Para que você alcance seus objetivos pessoais e 
profissionais, é preciso que compreenda o significado 
e a aplicação dos conceitos de iniciativa, proativida-
de, eficácia e eficiência. O intuito é que você se sinta 
estimulado a desenvolver essas competências, apli-
cando-as em situações da vida pessoal e profissional.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
115
Proatividade é uma característica essencial para 
quem deseja ter sucesso. Seja na carreira ou na vida 
pessoal, essa qualidade nos permite focar no que 
podemos interferir e assumir a responsabilidade por 
nossas ações.
O que é proatividade?
Proatividade é a competência que impulsiona 
uma busca por mudanças de maneira espontânea, 
sem precisar de estímulos externos. Geralmente, as 
pessoas proativas têm uma boa visão de futuro, iden-
tificando necessidades e antecipando problemas, o 
que confere vantagens para sua equipe e empresa. 
Por isso, o comportamento proativo vem sendo cada 
vez mais valorizado dentro das organizações.
Por que a proatividade é importante?
Não é difícil entender por que a proatividade é 
importante.
O mundo sofre transformações constantemente, 
mas a era digital aumentou a velocidade com que elas 
ocorrem. Nesse cenário de incertezas, perde quem 
depende dos acontecimentos externos para reagir, 
já que eles mudam a todo momento. É mais sábio se 
posicionar de antemão, usando a motivação interior 
para definir e conquistar os objetivos. E a proatividade 
é a chave desse comportamento.
Benefícios da proatividade para a vida e a car-
reira:
O que acabamos de destacar no tópico anterior 
já sinaliza benefícios da proatividade. Mas há outros, 
como os que citamos abaixo:
• Eleva o controle e assertividade nas decisões
• Postura flexível, que facilita a adaptação a di-
ferentes cenários
• Destaque entre os colegas ou candidatos du-
rante um processo seletivo, por exemplo
• Maiores chances de conseguir uma promoção 
e ascender na carreira
• Comportamento resiliente diante de crises
• Proporciona uma visão mais ampla sobre os 
problemas, permitindo vislumbrar soluções 
diferenciadas
• Fomenta a criatividade e inovação.
• Como identificar a proatividade?
• Proatividade como identificar
Comentamos, nos tópicos acima, que a proativi-
dade pode ser observada a partir do comportamento. 
Ou seja, da postura adotada no dia a dia. Também faz 
sentido dizer que as pessoas proativas estão sempre 
escolhendo esse caminho, tomando a decisão de pro-
vocar mudanças vantajosas para si mesmas, para seus 
times e para a empresa na qual atuam.
Proatividade x Produtividade
Há quem confunda esses dois conceitos, porém, 
há diferenças significativas entre eles. A produtivida-
de descreve a capacidade de ser produtivo, de ge-
rar valor para um propósito. Mas dá para dizer que 
proatividade e produtividade também estão ligadas, 
pois os profissionais proativos costumam ser bastante 
produtivos. E existe uma razão para isso.
Ao assumir a responsabilidade e tomar decisões, 
um indivíduo se concentra na sua zona de influência, 
naquilo que ele pode controlar. Por consequência, 
deixa de lado a zona de preocupação, composta por 
fatores como a economia mundial e a concorrência, 
que estão além do seu controle. Focando nas ativi-
dades que dependem de suas atitudes, essa pessoa 
consegue produzir mais em menos tempo e com me-
nos recursos.
Proatividade x Reatividade
Agora, estamos falando sobre palavras opostas. A 
proatividade causa transformações espontaneamen-
te, enquanto a reatividade apenas responde diante 
de uma mudança.
Qual a diferença entre proatividade e iniciativa?
A diferença entre elas é que a iniciativa se refere 
a uma ação imediata, enquanto a proatividade é um 
comportamento frequente.
Mesmo uma pessoa com perfil reativo pode tomar 
a iniciativa em uma determinada situação. No entan-
to, ela só vai desenvolver a proatividade se mantiver 
essa postura.
Quais as principais características de uma pessoa 
proativa?
Segundo lista o consultor e autor sobre o tema, 
Rogério Gava, 10 características se sobressaem entre 
as pessoas proativas.
São elas:
• Inconformismo positivo, que as leva a desafiar 
o status quo
• Determinismo para chegar aonde desejam
• Senso de oportunidade para criar situações 
vantajosas
• Iniciativa que impulsiona a começar seus pro-
jetos
• Visão de futuro para antecipar as demandas
• Conectividade e valorização de suas parcerias
• Elevada autoestima e conhecimento sobre seus 
pontos fortes e fracos
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
116
• Foco nos fatores que estão em sua zona de in-
fluência
• Responsabilidade por suas escolhas e resultados
• Renovação constante, inclusive no sentido de 
aperfeiçoar o comportamento proativo.
• Proatividade em diferentes perfis
• proatividade diferentes perfisEm uma análise superficial, pode parecer que o 
comportamento proativo está restrito às pessoas que 
gostam de se destacar e assumir posições de lideran-
ça. Claro que esses perfis podem ter mais facilidade 
para tomar as rédeas de uma situação, entretanto, 
a proatividade pode ser desenvolvida e aprimorada 
por quem quiser. Afinal, é possível treinar e modificar 
nosso comportamento, desde que haja dedicação e 
persistência. E o primeiro passo para alcançar a proa-
tividade é escolher sair da zona de conforto e ser um 
agente de mudanças positivas.
Proativos, reativos e ativos
A personalidade de cada um é moldada por traços 
genéticos, experiências, competências adquiridas e 
por estímulos do ambiente externo. Normalmente, 
somos treinados, desde a infância, a obedecer e acei-
tar os padrões impostos por outras pessoas ou pela 
sociedade. Esse aprendizado tem sua relevância, mas 
acaba forjando um comportamento reativo na maioria 
dos cenários que enfrentamos.
Então, nossas ações passam a ser muito influen-
ciadas pelos acontecimentos e iniciativas de outros 
indivíduos. Assim, se o dia amanhece cinza e chuvoso, 
já nos deixa de mau humor. Se alguém nos trata com 
aspereza, respondemos da mesma forma. Porém, te-
mos a oportunidade de mudar esse padrão ao optar 
pela proatividade, submetendo os acontecimentos 
a filtros internos e agindo contra as expectativas. O 
segredo é valorizar mais a motivação interior do que 
as circunstâncias do dia a dia, que mudam com fre-
quência.
• Busque autoconhecimento, pois conhecer a si 
mesmo é o ponto chave para alterar seu com-
portamento. Esse exercício pode revelar, por 
exemplo, quais gatilhos provocam reações au-
tomáticas.
• Estabeleça um planejamento. Essa prática vai 
evitar surpresas ruins e permitir que você saiba 
o que está dentro – ou fora – da sua zona de 
influência. O resultado serão menos frustrações 
e mais metas atingidas com sucesso.
• Cerque-se de pessoas proativas. A verdade é 
que, como seres sociais, todos somos influen-
ciados pelas pessoas mais próximas. Portanto, 
é uma boa ideia interagir constantemente com 
indivíduos proativos, a fim de se inspirar no 
comportamento deles.
Um profissional proativo é aquele que combina 
autonomia e autoconfiança, tomando à frente para 
solucionar problemas a partir de perspectivas dife-
rentes. Quando a proatividade faz parte de sua vida 
pessoal, é comum que se estenda para o trabalho, 
resultando em um perfil desejado pela maioria das 
empresas.
Veja, abaixo, atitudes para incorporar a proativi-
dade à carreira.
• Não espere por ordens. Foi-se o tempo em que 
os melhores funcionários eram aqueles que se 
limitavam a cumprir ordens à risca. Atualmen-
te, as empresas necessitam de indivíduos que 
tomem a iniciativa diante de uma demanda, 
ainda que, teoricamente, não esteja em seu 
escopo de atuação. Sempre é possível cola-
borar com a equipe, avisando o responsável 
e fornecendo informações para o bom anda-
mento do trabalho.
• Invista em si mesmo. Seja grato com sua posi-
ção atual, mas não se conforme. Quem deseja 
crescer na carreira deve identificar as áreas que 
precisam de aperfeiçoamento e investir nisso, 
através de cursos, leitura, mentoria ou outras 
possibilidades de se desenvolver.
• Seja pontual. Parte da proatividade vem de 
bons hábitos na sua rotina - e a pontualidade 
é um deles. Ela mostra respeito tanto pelo seu 
tempo, quanto pelo tempo que seus colegas, 
parceiros e clientes disponibilizaram para uma 
reunião, conversa ou atividade.
• Fale apenas o necessário. Uma vez que você 
prioriza as decisões assertivas, está dizendo 
não para as atividades que roubam seu tempo, 
como conversas triviais e autopromoção. Deixe 
que suas ações falem por você.
(Texto adaptado do artigo Proatividade: o que é, 
benefícios, como desenvolver e dicas, do site da UCPel – 
Universidade Católica de Pelotas. Disponível em: <https://
ead.ucpel.edu.br/blog/proatividade> Acesso em 20 dez. 
2021)
2.2. Eficiência e Eficácia
Quando nos dispomos a realizar algo, precisamos 
entender que não basta boa vontade. Vimos que é 
importante ter iniciativas, mas isso precisa virar um 
hábito, ao ponto de nos tornarmos pessoas proativas. 
Mas ainda precisamos executar de forma eficiente e 
eficaz para que, de fato, consigamos atingir nossos 
objetivos, sejam eles quais forem.
A DIFERENÇA ENTRE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA 
(por José Roberto Marques – texto adaptado)
Embora a maioria das pessoas pense que efi-
ciência e eficácia sejam a mesma coisa, esses dois 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
117
conceitos não têm o mesmo significado. De maneira 
simplificada, eficiência significa fazer alguma tarefa 
bem-feita, enquanto eficácia significa fazer o que pre-
cisa ser feito.
A eficiência é o processo de executar aquilo que 
foi planejado, ou seja, é colocar a “mão na massa”. 
Considere, por exemplo, o processo de construção 
de uma casa: o tempo que demorou para a obra ser 
concluída, a quantia gasta, a equação entre recursos 
planejados e os usados, entre outros pontos. Caso 
você tenha conseguido fazer tudo no prazo, gastando 
menos tempo e recursos, então você foi eficiente.
Um líder eficiente, por exemplo, é alguém ca-
paz de coordenar, planejar e organizar o trabalho de 
seus colaboradores da melhor maneira, respeitando 
a competência de cada um. A capacidade de conduzir 
pessoas com eficiência é um dos grandes diferenciais 
competitivos do mercado, pois garante o aumento 
da produtividade, redução dos conflitos e aceleração 
dos resultados.
Ser eficaz é basicamente conseguir atingir seu ob-
jetivo. Utilizando o mesmo exemplo da construção, se 
você conseguiu construir a sua casa e finalizar a obra 
da maneira como foi planejada, então você foi eficaz. 
A eficácia está relacionada diretamente ao resultado.
Quando um líder é eficaz, ele impulsiona sua equi-
pe a alcançar os objetivos da organização, bem como 
os seus próprios. Desse modo, certamente ele irá tor-
nar os profissionais mais eficazes e melhor preparados 
para enfrentar os desafios.
Caso você esteja se perguntando se é melhor ser 
eficiente ou eficaz, a resposta é: as duas virtudes são 
ótimas para qualquer profissional. Na medida do pos-
sível, você deve ser eficiente e eficaz. O exagero não é 
bom de nenhum dos lados. O equilíbrio é fundamental 
para que você possa olhar para todos os ângulos de 
uma situação, sendo capaz de avaliá-la com clareza 
e agir de acordo com esta análise, tanto de forma 
eficiente, quanto eficaz.
Indicadores de eficiência e eficácia
Eficácia e eficiência são dois elementos impor-
tantes, tanto para indivíduos, quanto para empre-
sas, pois, por meio de cada uma, é possível alcançar 
resultados de forma muito mais acelerada. Falando 
especificamente do contexto empresarial, é preciso 
que as empresas que estão no mercado atualmente 
mensurem os resultados que obtêm constantemente, 
através de suas ações, pois, dessa forma, elas con-
seguem saber se estão sendo eficazes e eficientes o 
suficiente. 
Para saber isso, é preciso definir indicadores, que 
ajudarão empresários e gestores a acompanharem 
o andamento das atividades, podendo assim, com-
preender se estas estão realmente surtindo o efeito 
que se espera no dia a dia. Assim, quando se fala em 
eficácia no contexto empresarial, está-se referindo à 
relação existente entre os resultados que se espera 
alcançar e os que foram realmente obtidos, seja diária, 
semanal ou mensalmente. Dessa maneira, a forma de 
medir se a empresa está sendo eficaz ou não é fazendo 
uma análise do que se esperava atingir e o que verda-
deiramente foi alcançado no período determinado.
Já no que diz respeito à eficiência, ela se trata 
basicamente da relação estabelecida entre os resulta-
dos atingidos e os recursos utilizados para alcançá-los. 
Neste caso, o que se deve analisar é se os processos 
dentro da empresa foram e estão constantemente 
sendo melhorados, com a menor quantidade possível 
de recursos, alcançando todos os resultados determi-
nados no início da caminhada.Se isso está acontecen-
do, é sinal de que a organização está sendo realmente 
e verdadeiramente eficiente, uma vez que sinônimo 
de eficiência é utilizar o mínimo de recursos possível, 
mantendo o foco voltado para os processos, tendo, 
dessa maneira, a possibilidade de reduzir também os 
custos.
Por isso que é tão importante trabalhar o auto-
conhecimento, o desenvolvimento da inteligência 
emocional, o bom gerenciamento de tarefas, a oti-
mização dos relacionamentos interpessoais além das 
competências e habilidades relacionadas à área de 
sua atuação.
(Texto disponível em: < https://www.ibccoaching.com.br/
portal/diferenca-entre-eficiencia-e-eficacia/> Acesso em 
20 de dezembro de 2021)
3. Pensar antes de agir
Agora vamos falar 
sobre a capacidade de 
planejar e executar suas 
tarefas no contexto das 
relações pessoais e pro-
fissionais. É importante 
que você compreenda o 
significado e a aplicação 
dos conceitos de planejamento e gestão do tempo, 
percebendo que essas competências são muito valo-
rizadas, pois contribuem para a melhoria da eficácia 
e da eficiência dos resultados esperados. O intuito 
é que você se sinta estimulado a desenvolver essas 
competências, aplicando-as em situações da vida pes-
soal e profissional.
3.1. Planejamento: o modelo 5W2H
Agora vamos conhecer uma metodologia de pla-
nejamento que vai te ajudar a organizar suas ideias e 
objetivos e fazer com que suas escolhas sejam asser-
tivas, eficientes e eficazes.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
118
O que é 5W2H?
A 5W2H é uma ferramenta de gestão empresa-
rial em formato de checklist que permite planejar e 
organizar atividades de uma empresa ou atividades 
pessoais. Sendo assim, a utilização do 5W2H torna 
esse planejamento claro e eficiente. Vale destacar, 
ainda, que a idealização da metodologia aconteceu 
durante a condução de estudos de qualidade na in-
dústria automobilística japonesa.
5W2H é uma sigla para as sete perguntas que pre-
cisam de respostas ao usar a ferramenta: What 
(O quê), Who (Quem), When (Quando), Where 
(Onde), Why (Por quê?), How (Como) e How Much 
(Quanto). Ainda, existem variações como 5W1H e 
5W3H, sendo a primeira sem o How Much e a se-
gunda incluindo o How Many (Quantos). Contudo, 
5W2H é o padrão mais comum.
O controle de gestão auxilia nas atividades a fim 
de atingir objetivos.
Quais são as vantagens de usar o 5W2H?
O uso do 5W2H oferece vantagens porque vai 
apontar diversos tipos de problema, facilitando a to-
mada de decisão. Ademais, não requer uma equipe 
técnica especialista para executá-la, tornando o 5W2H 
útil para qualquer pessoa em qualquer situação.
O 5W2H nada mais é que a estruturação de um 
plano de ação para agilizar os processos a serem fei-
tos. Após responder todas perguntas, a execução se 
torna mais nítida e efetiva. Além disso, a simplicidade 
da ferramenta é um dos seus maiores atrativos. São 
perguntas objetivas e as suas respostas direcionam 
o projeto de forma muito assertiva. Portanto, apesar 
de simples, o 5W2H é indispensável para qualquer 
gestão.
Quando usar o 5W2H?
Conquanto o 5W2H pode servir para planejar 
qualquer atividade, nota-se que seu uso acontece 
frequentemente no planejamento estratégico e na 
elaboração de processos e projetos, principalmente 
aqueles ligados à melhoria contínua. Dessa forma, a 
resposta dos 5 W’s e dos 2 H’s resultam em um plano 
de ação completo, elucidando o problema e a forma 
de atuar sobre ele. Contudo, por ser de baixa com-
plexidade, pode ser aplicado em qualquer atividade 
cotidiana.
Como fazer um plano de ação 5W2H?
Para a aplicação do 5W2H, é necessário enten-
der quais aspectos abordar em cada norma. São sete 
perguntas que compõem a ferramenta de qualidade, 
conforme abaixo:
O que será feito? (What?)
A resposta dessa pergunta deve definir e descre-
ver o que será feito de fato, determinando o resultado 
que deseja-se alcançar. Inclusive, deve-se descrever 
todas tarefas, destrinchando cada etapa.
Quem fará? (Who?)
Nesta etapa será feita a escolha a pessoa ou equi-
pe responsável. Nesse sentido, pode compreender 
tanto um colaborador somente ou até mesmo um 
grupo. Porém, no segundo caso, é sempre preferível 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
119
definir um líder para gerenciar o plano de ação que 
está em elaboração.
Quando será feito? (When?)
Aqui definem-se os prazos para a execução. Além 
disso, a elaboração de um cronograma auxilia no con-
trole do andamento do projeto. Após definir o plano 
de ação com o 5W2H, a metodologia ágil Scrum pode 
ser útil para planejamento e gestão dos prazos e cro-
nograma.
Onde será feito? (Where?)
Nesta fase determina-se o local onde se desen-
volverá o projeto, bem como onde seus resultados 
terão aplicação. Portanto, tais locais podem ser físicos, 
como um departamento, ou virtuais, como no banco 
de dados ou planilhas.
Por que será feito? (Why?)
Trata-se da justificativa do plano de ação. Ou seja, 
o porquê da sua realização e que benefícios deseja-se 
alcançar.
Como será feito? (How?)
Quais métodos e estratégias serão adotadas para 
a realização do que foi estabelecido são descritos aqui. 
Até mesmo anotações devem ser estabelecidas, de 
forma que todos participantes do projeto estejam 
alinhados e o façam seguindo as mesmas diretrizes.
Quanto custará? (How Much?)
Estimar o custo e investimento necessário para 
transformar o projeto em realidade. Caso o projeto 
dependa de aprovação de terceiros, explicitar o Re-
torno Sobre o Investimento (ROI) é uma informação 
muito útil.
Além disso, é importante ressaltar que as pergun-
tas devem ser respondidas da forma mais completa 
possível, a fim de realmente explicitar todas caracte-
rísticas do projeto ao máximo. Também vale destacar 
que o desenvolvimento do 5W2H pode ser feito em 
uma planilha do Excel, em outros softwares específi-
cos ou até mesmo em quadros físicos.
O foco durante toda aplicação da ferramenta de 
qualidade deve ser o objetivo final. Sendo assim, é 
indicado realizá-la em grupos. Dessa forma, há uma 
diversidade de detalhes e pontos de vista, culminando 
em um resultado mais assertivo.
(Texto adaptado. Disponível em: < https://epr-
consultoria.com.br/5w2h/> Acesso em 20 dez. 2021)
3.2. Gerenciamento do tempo
Muitos sonhos, ideias, planos e objetivos podem 
fervilhar na cabeça, mas, se não houver planejamento 
e organização, tudo pode acabar resultando em an-
siedade se não soubermos administrar nosso tempo.
Vamos trabalhar agora o gerenciamento do tem-
po, que pode, inclusive, te dar uma melhor qualidade 
de vida.
Gestão do tempo: o que é e 
10 táticas para ser mais eficiente
Artigo (adaptado) do BLOG DO EAD 
UCS – 23 março 2020 
Como você tem adotado e praticado a gestão do 
tempo na sua vida?
Se ainda não se dedica a essa estratégia, está mais 
do que na hora de começar. Afinal, com a correria 
do dia a dia, a impressão de falta de tempo é uma 
realidade. E o que é pior: o mau gerenciamento das 
horas pode ocasionar graves problemas.
Segundo pesquisa do International Stress Mana-
gement Association Brasil, 60% dos brasileiros dizem 
sofrer com a sobrecarga de tarefas ao longo do dia. O 
mesmo instituto revelou ainda que o Brasil é o segun-
do país mais estressado do mundo. Entre as causas, 
adivinhe só, está a escassez de tempo.
Se você não quer fazer parte dessa estatística e 
deseja aumentar a sua produtividade em casa, no tra-
balho ou nos estudos, este artigo pode ajudar.
O que é gestão do tempo?
Gestão do tempo é um conjunto de técnicas usado 
para aprimorar a realização de tarefas, de modo que 
a produtividade e a eficiência sejam mantidas.
O gerenciamento do tempo, portanto, consiste 
na adoção de uma série de processos e ferramentas 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
120
que auxiliam o cumprimento de atividades e proje-
tos, dentro dos prazos estabelecidos e com resultados 
satisfatórios.
Qual a importância da gestão do tempo?
A gestão do tempo é uma habilidade fundamental 
em todos os âmbitos da vida. Embora seja mais co-
mum haver essa preocupaçãono trabalho, ela tam-
bém se aplica muito bem à rotina pessoal. 
Quando você administra melhor o seu tempo, 
consequentemente, aumenta seu rendimento. Isso, 
por sua vez, contribui com a elevação do bem-estar - 
o que garante uma proximidade da felicidade plena. 
No ambiente corporativo, ainda, os benefícios 
podem ser sentidos nos resultados da empresa, nas 
metas alcançadas e no clima organizacional mais leve.
Como fazer uma boa gestão do tempo?
1. Planejamento
O primeiro passo, sem dúvida, é o planejamento. 
Sem ele, você corre o risco de assumir mais tarefas 
do que, realmente, consegue abraçar. Mas, por outro 
lado, quando se programa, tem mais chances de au-
mentar a sua produtividade e conquistar os resultados 
esperados.
Por isso, reúna todas as atividades que precisam 
ser cumpridas. Pode listá-las em um papel ou em uma 
planilha, como preferir. É importante que você colo-
que os seus afazeres de uma forma que fique fácil 
visualizar e classificar.
Para ajudar, use cores e símbolos. Sempre que 
uma tarefa estiver finalizada, por exemplo, pinte-a 
de verde ou, então, insira um sinal de check. Faça 
o mesmo com as que estão atrasadas e em espera. 
No seu planejamento, além da relação do que pre-
cisa ser feito, é fundamental conter os prazos. Falare-
mos mais à frente sobre a importância de defini-los 
corretamente para que sejam seguidos à risca.
2. Definição de metas
As metas são fundamentais para que a motivação 
seja mantida sempre em alta. Elas contribuem com o 
foco e, quando atingidas, promovem a sensação de 
dever cumprido.
Por isso, para gerenciar melhor o seu tempo, es-
tabeleça algumas delas. Mas, atenção: as metas pre-
cisam ser factíveis. De nada adianta propor desafios 
mirabolantes, ok?
Você pode usar o conceito SMART para auxiliá-lo 
na criação das suas metas. A ferramenta, cujo acrô-
nimo significa Específico (S), Mensurável (M), Atingí-
vel (A), Relevante (R) e Temporal (T), ensina a definir 
objetivos inteligentes.
3. Prazos
Chegou a hora de falarmos sobre prazos. Se esse 
é um assunto que lhe causa dor de cabeça, é melhor 
se acostumar. Afinal, é impossível viver sem datas e 
horários para cumprir.
Mas, você vai ver que, com algumas dicas, os pra-
zos não causarão mais tanta aflição. Um erro bastante 
comum é estabelecer períodos de tempos equivoca-
dos para as atividades.
A primeira recomendação, portanto, é nunca su-
bestimar a duração de uma tarefa. Você pode cro-
nometrar as mais habituais para ter uma noção de 
quanto irá demorar para realizar nas vezes seguintes. 
Assim, é possível se programar. Para as que nunca 
foram feitas antes, a alternativa é mesmo prever. Ba-
seie-se em incumbências similares que já tenham sido 
executadas. Isso ajudará a pensar no prazo adequado.
De todo modo, é sempre importante fazer uma 
projeção com alguma margem de segurança. Esse 
tempo extra é fundamental para resolver algum “pe-
pino” que possa surgir no caminho. E, se você acabar 
antes do previsto, pode iniciar a próxima atividade 
um pouquinho antes, certo? Assim, você assume o 
controle do tempo em vez de se tornar refém dele.
4. Agendamentos
Você é daqueles que confiam sempre na memó-
ria? Bom, se a sua nunca falha, tudo bem. Mas, não 
dá para contar com a sorte, não é mesmo? Por essa 
razão, vale sempre anotar os compromissos. 
Use uma agenda de papel ou, se quiser, utilize as 
digitais, como o Google Agenda. Essas versões online 
são ótimas porque você pode estabelecer alertas, que 
ajudarão a lembrar das suas marcações.
5. Faça mais escolhas
Você precisa mesmo realizar tudo o que está na 
sua lista? Faça um exercício de reflexão sobre os seus 
afazeres. É possível escolher o que você quer cumprir?
É claro que muitos deles são deveres e não podem 
ser deixados de lado, mas, certamente, você encon-
trará alguns dispensáveis. Opte pelas atividades que 
tenham relação com os seus propósitos. Não é raro 
estabelecermos itens na nossa lista sem alinhamento 
aos nossos objetivos. 
Além disso, deixe de lado o “amém”. Não aceite 
tudo o que lhe é pedido. Aprenda a dizer “não” quan-
do você está atribulado demais ou não tem interesse 
genuíno em uma proposta. 
6. Priorize as tarefas
Vamos combinar que 24 horas podem ser pouco 
tempo para fazermos tudo o que queremos e deve-
mos, não é mesmo? Por isso, o segredo é priorizar.
E a dica é classificar as tarefas por ordem de im-
portância e nível de urgência. Comece pelas mais im-
portantes e mais urgentes. Depois, realize as mais im-
portantes, mas nem tão urgentes. Em seguida, assuma 
as mais urgentes, mas não importantes. Nesse caso, 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
121
se puder delegar, é ainda melhor. E, então, deixe para 
o fim (ou nem faça - vai depender da sua avaliação) 
as que não são importantes, nem urgentes.
7. Delegue tarefas
Na dica acima, você viu que as tarefas urgentes 
e pouco importantes podem ser delegadas. Mas, na 
verdade, não são só elas. Você pode atribuir diversas 
atividades para outras pessoas. Esse é um hábito que 
precisa ser adotado. Afinal, ninguém dá conta de tudo 
sozinho. 
Peça apoio dos colegas, da família, dos líderes e 
dos subordinados sempre que houver necessidade.
8. Fuja da procrastinação
A tal da procrastinação costuma pegar todo mun-
do de jeito. Que atire a primeira pedra quem nunca 
deixou para amanhã o que poderia ser feito hoje. O 
problema, na realidade, é quando isso se torna co-
mum. Portanto, para evitar que aconteça, tome alguns 
cuidados.
Evite as distrações, como redes sociais, televisão, 
mensagens no celular e cafezinhos fora de hora com 
os colegas de trabalho. Também crie recompensas 
para as metas cumpridas. Isso evita que você deixe 
algo para depois, já que será bonificado por manter 
o foco e a concentração.
9. Organize as pausas
As pausas durante a rotina precisam ser estraté-
gicas. Isso quer dizer que, além daquelas necessárias 
para alongamento e descanso, você precisa parar por 
alguns períodos para recuperar a criatividade e a dis-
posição.
Mantenha-se focado e concentrado até onde 
puder. Não force demais. Quando sentir que está es-
tagnado em uma atividade, pare, tome uma água e 
caminhe. Isso vai ajudar a arejar a mente e recuperar 
a energia. 
10. Evite as multitarefas
Ser capaz de assumir várias demandas e realizar 
atividades diferentes não é ruim. Desde que seja sau-
dável, sem grandes contratempos, tudo bem. Mas isso 
não pode ser um fardo. Se for o caso, evite abraçar 
muitas obrigações. 
Coloque em prática as recomendações já mencio-
nadas, como priorizar tarefas, fazer escolhas e delegar 
para não sofrer com a exaustão e a frustração, muito 
frequentes em quem sofre com o estresse pela so-
brecarga.
Na Era Digital, tudo é veloz. A própria tecnologia 
avançada do nosso tempo imprime velocidade às ta-
refas. E quem não acompanha, sente uma espécie de 
frustração, como se não fosse competitivo o suficien-
te, não estando à altura do que se exige atualmente.
Ir por esse caminho é um erro, assim como en-
carar a tecnologia como vilã. Ela, na verdade, pode 
ajudar bastante na correta gestão do tempo. Basta 
lembrar o que falamos antes, citando o Google Agen-
da, por exemplo, como uma ferramenta muito eficaz 
para organizar os compromissos. Ela é gratuita e con-
tribui com o planejamento, já que pode ser acessada 
em qualquer lugar, diretamente pelo celular. Mas o 
instrumento não é o único a favor do tempo. Exis-
tem diversas plataformas e aplicativos disponíveis no 
mercado.
O WhatsApp, por exemplo, é um facilitador da co-
municação instantânea. Se, antes, você perdia tempo 
em ligações ou escrevendo e-mails, agora pode obter 
uma informação ou esclarecer uma dúvida em tempo 
real. É um ótimo instrumento para resolver pendên-
cias. Tem também o Trello, outro recurso incrível para 
gerenciamento de tarefas, que pode ser usado pelo 
computador, tablet ou smartphone. Nele, é possível 
elencar as atividades e distribuí-las entre os membros 
de um grupo. 
A digitalização tem transformado tudo, inclusive o 
nosso jeito depensar e agir. Use essa nova fase para 
facilitar a sua vida e ganhar tempo. 
Como lidar com quebras de pauta ou atividades 
não esperadas?
Mesmo com tanta tecnologia, ainda há um alto 
grau de incerteza na execução das tarefas. Sempre 
pode existir um imprevisto ou obstáculo que não es-
tava nos planos. O importante é não se desesperar 
quando isso ocorrer. É preciso manter a calma e a 
cabeça no lugar para resolver as adversidades e evitar 
uma avalanche no seu cronograma. 
Mas, para prevenir que os contratempos causem 
grandes problemas, o truque é sempre deixar uma 
“gordurinha” no tempo previsto para a realização de 
uma tarefa. Já falamos disso anteriormente, mas vale 
reforçar: em todas as atividades, estipule algumas ho-
ras ou minutos a mais. Além disso, procure levantar os 
possíveis riscos. Assim, você pode se preparar melhor 
para enfrentar os eventos inesperados.
Como fazer gestão do tempo para melhor qua-
lidade de vida?
Se você seguir todas as dicas que listamos acima, 
sem dúvida, conseguirá realizar uma boa gestão do 
tempo. Assim, além de aumentar a sua produtividade, 
será capaz de equilibrar melhor as questões profissio-
nais e pessoais, e terá mais tempo para se organizar e 
marcar outros compromissos. Isso, certamente, tem 
grande impacto na sua qualidade de vida.
Mais uma vez, cabe dizer que as recomendações 
valem para todos os âmbitos. Tenha em mente que 
os resultados não aparecem de uma hora para outra. 
Evidentemente, assim que as dicas são colocadas em 
prática, algumas vantagens podem ser notadas. No 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
122
entanto, as conquistas maiores levam tempo para 
aparecer. Por isso, transforme as técnicas em regra. 
Não siga apenas por um período. Aplique os procedi-
mentos constantemente em suas atividades. 
As táticas listadas ao longo do texto são poderosas 
e podem contribuir muito com a sua produtividade. 
Por isso, enxergue esses minutos debruçados no con-
teúdo como um investimento e comece agora mesmo 
a fazer a sua gestão do tempo.
(Artigo disponível em: <https://ead.ucs.br/blog/gestao-
tempo> Acesso em 20 dez. 2021)
4. Atividade culminante
Como o objetivo desse componente curricular é 
fazer com que você se sinta estimulado a trabalhar 
pelo autoaprimoramento e pela autoeducação e se 
torne capaz de trabalhar em equipe, relacionando-
-se e comunicando-se de forma assertiva, a atividade 
culminante dependerá das atividades desenvolvidas 
ao longo do bimestre e será orientada de forma dire-
cionada à realidade apresentada.
Ciências da 
Natureza e suas 
Tecnologias
Ciências da 
Natureza e suas 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
124
 COMPONENTE CURRICULAR: 
BIOLOGIA
Capítulo 1
TEXTOS CIENTÍFICOS 
HABILIDADES DA BNCC
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, 
em diversos contextos, resultados de análises, 
pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou 
interpretando textos, gráfi cos, tabelas, símbolos, 
códigos, sistemas de classifi cação e equações, por 
meio de diferentes linguagens, mídias, tecnologias 
digitais de informação e comunicação (TDICs), de 
modo a parti cipar e/ou promover debates em torno 
de temas cientí fi cos e/ou tecnológicos de relevân-
cia sociocultural e ambiental.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
(GO-EMCNT302B) Discuti r textos cientí fi cos de re-
levância sociocultural e/ou ambiental empregando 
os conceitos cientí fi cos em situações concretas para 
divulgar os resultados.
OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM
 Textos cientí fi cos 
Um texto cientí fi co é uma produção textual, 
uma narrati va escrita que aborda algum conceito 
ou teoria, com base no conhecimento cientí fi co 
através da linguagem cientí fi ca.
Um texto cientí fi co é construído com lingua-
gem cientí fi ca, própria de uma comunidade espe-
cífi ca. A linguagem deve ser objeti va, não dando 
espaço para ambiguidade. 
Extraído de: htt ps://www.signifi cados.com.br/texto-
-cienti fi co 21/11/2022 
Podemos defi nir dez etapas para produção de um 
texto cientí fi co:
1. Escolha do objeti vo;
2. A escolha da revista cientí fi ca que será enca-
minhado o texto;
3. Referências de outros autores que falam sobre 
o assunto;
4. Redigir a estrutura do texto;
5. Complementação do texto com parte que fal-
tam;
6. Revisão do texto;
7. Certi fi cação da metodologia aplicada;
8. Verifi cação das falhas do texto;
9. Submeter o texto para publicação;
10. Faça as correções solicitadas por editores e 
revisores.
Observe o exemplo abaixo:
Estudo detecta poluição 
atmosférica em Goiânia
No monitoramento da qualidade do ar em Goiânia 
foi constatada a presença de elementos-traços, mais 
conhecidos como metais pesados, na atmosfera
A pesquisa “Monitoramento da poluição atmos-
férica por meio da análise de metais em água das 
chuvas” foi realizada pelo professor do IFG – Câmpus 
Goiânia, Aldo Muro Júnior e mais os docentes do Ins-
ti tuto de Química da Universidade Federal de Goiás 
(UFG), Nelson Roberto Antoniosi Filho e Eliéser Viégas 
Wendt. O estudo revelou a presença de elementos-
-traço, vulgarmente conhecidos como metais pesa-
dos, na água das chuvas coletadas na capital, o que 
constatou a poluição do ar atmosférico em Goiânia.
Para o estudo, foram distribuídos coletores em 
cinco locais de Goiânia (Avenida Independência, Câm-
pus II da UFG, Clube de Engenharia, Alphaville e na 
zona rural) durante o período de esti agem. De acordo 
com o arti go, as normas ambientais internacionais 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
125
de controle e de monitoramento do ar atmosférico 
controlam somente as emissões de Óxidos de Enxofre, 
Óxidos de Nitrogênio, Ozônio e Chumbo. Além disso, 
mesmo em outras pesquisas com foco no estudo da 
poluição atmosférica através da análise da água das 
chuvas, a maioria se concentra apenas na análise de 
alguns elementos-traço, como Sódio, Magnésio, Zinco 
e Manganês.
O objetivo dos professores com a pesquisa foi ve-
rificar quais elementos-traço podem ser encontrados 
nos pontos de coleta da água das chuvas em Goiâ-
nia e, assim, comparar a quantidade dos elementos 
constatados aos limites de exposição humana para 
ambientes ocupacionais determinados pela Organi-
zação Mundial de Saúde (OMS).
A pesquisa diferencia-se ao utilizar a análise da água 
da chuva para monitorar a qualidade do ar ambiental. 
Os elementos-traço, ao serem carregados pelas águas 
pluviais, impactam o meio ambiente e podem ser acu-
mulados em seres vivos ou mesmo não se degradarem. 
“Com o ciclo das chuvas, que são verdadeiros aquíferos 
aéreos, os solos são contaminados, juntamente com 
os rios em solo, estuários e águas subterrâneas, com 
efeitos sobre toda a fauna e flora”, explica o professor 
do IFG – Câmpus Goiânia, Aldo Muro.
Reconhecimento da pesquisa
O artigo sobre a pesquisa foi submetido ao Con-
gresso Técnico Científico da Engenharia e da Agrono-
mia (CONTECC’ 2017), que irá ocorrer de 8 a 11 de 
agosto, em Belém (PA). De diversos trabalhos enviados 
ao evento, 150 foram selecionados para apresentação 
em banners e 24 pré-selecionados para apresentações 
orais.
O estudo realizado pelos professores de Goiás 
foi um dos selecionados para as comunicações orais 
e também receberá certificado de honra ao mérito. 
Além da publicação nos anais do evento, os docentes 
foram convidados para escrever um capítulo de um 
livro sobre a engenharia.
Extraído de: https://www.ifg.edu.br/servidor/17-
ifg/ultimas-noticias/4059-estudo-detecta-
poluicao-atmosferica-em-goiania#:~:text=Foi%20
constatada%20a%20polui%C3%A7%C3%A3o%20
atmosf%C3%A9rica,sa%C3%BAde%20humana%2C%20
segundo%20a%20OMS acessado em 19/11/2022.
A partir do exemplo apresentado os estudantes 
podem realizar uma pesquisa em sites, na busca por 
artigos científicos que mais se aproximem da realidade 
da sua comunidade/região. No caso do texto apre-
sentado anteriormente, mostra o “Monitoramento da 
poluição atmosférica por meio da análise de metais 
em água das chuvas”, realizado em Goiânia-Goiás. 
Desta maneira, os estudantes irão buscar pesquisasrelacionadas à sua realidade e fazer anotações em 
seu caderno dos assuntos encontrados.
Capítulo 2
TDICs – CNT
HABILIDADES DA BNCC
(EM13LGG701) Explorar tecno-
logias digitais da informação e 
comunicação (TDICs), compreen-
dendo seus princípios e funcio-
nalidades, e utilizá-las de modo 
ético, criativo, responsável e adequado a práticas 
de linguagem em diferentes contextos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
(GO-701D) Utilizar softwares de edição de tex-
tos, fotos, vídeos e áudio, além de ferramentas 
e ambientes colaborativos, observando normas 
de formatação de um conteúdo para organizar os 
elementos que constituem o/s gênero/s digital/is 
específico/s. 
(GO-701E) Utilizar adequadamente ferramentas 
de apoio a apresentações orais, usando tipos e ta-
manhos de fontes, e critérios para organização do 
conteúdo e das imagens, gráficos e tabelas para 
autenticar a importância da estética e da visuali-
zação de exibições orais.
OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM
TDICs: Diversidade. Ética. Responsabilidade social. 
Globalização. Videoaula. Softwares de edição. Pro-
grama de internet. Técnica de seleção de imagens 
e uso de sons. Efeitos de transição, slides mestres, 
layouts personalizados, gravação de áudios em sli-
des.
 SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
 
Os mediadores podem solicitar os estudantes que 
reproduzam as etapas para produção de um texto 
científico demonstrado na aula expositiva a partir de 
programas de edição de imagens, sites, slides, layouts 
ou outras ferramentas como forma de atividade para 
compor o portfólio. 
Texto complementar
O texto de divulgação científica é um tipo de 
texto expositivo e argumentativo mais elaborado. 
São produzidos mediante pesquisas, aprofunda-
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
126
mentos teóricos e resultados de investigações so-
bre determinado tema.
Possuem a finalidade principal de “popularizar 
a ciência”, ou seja, difundir o conhecimento cien-
tífico, transmitindo assim diversas informações de 
valor indiscutível. 
Características
Esse tipo de modalidade textual é muito utili-
zado no mundo acadêmico, seja na produção de 
dissertações de mestrado, teses de doutorado, ar-
tigos científicos, resenhas, dentre outros.
São apresentados com uma linguagem clara, 
objetiva e impessoal (destituído de marcas pessoais 
com verbos na terceira pessoa) de acordo com as 
normas da língua.
Por esse motivo, são evitadas as expressões po-
pulares, a linguagem coloquial, gírias e figuras de 
linguagem como a redundância e a ambiguidade.
É notório a presença de termos técnicos da 
área, essenciais da linguagem científica e ainda, 
verbos predominantemente no presente do indi-
cativo.
Eles são escritos por pesquisadores e especia-
listas no assunto dedicados ao ramo da ciência por 
meio de métodos científicos.
Esses textos possuem uma função primordial 
para o desenvolvimento da sociedade, posto que 
são divulgados conhecimentos diversos baseados 
em experimentos, estudos de caso, dentre outros.
Os suportes mais utilizados para a divulgação 
desse tipo de texto são as revistas e jornais cientí-
ficos, livros, plataformas de divulgação cientifica, 
televisão, internet.
Estrutura Textual
• Capa
• Sumário
• Dedicatória e Agradecimentos
• Resumo
• Palavras-Chave
• Epígrafe
• Introdução
• Desenvolvimento 
• Considerações Finais
• Referências Bibliográficas
Extraído e adaptado de: https://www.todamateria.com.
br/texto-de-divulgacao-cientifica/ acessado 22/11/2022.
Questão 01 - (FUVEST) O tema “teoria da evolução” 
tem provocado debates em certos locais dos Estados 
Unidos da América, com algumas entidades contes-
tando seu ensino nas escolas. Nos últimos tempos, a 
polêmica está centrada no termo teoria que, no en-
tanto, tem significado bem definido para os cientistas. 
Sob o ponto de vista da ciência, teoria é:
(A) Sinônimo de lei científica, que descreve regulari-
dades de fenômenos naturais, mas não permite 
fazer previsões sobre eles.
(B) Sinônimo de hipótese, ou seja, uma suposição 
ainda sem comprovação experimental.
(C) Uma ideia sem base em observação e experimen-
tação, que usa o senso comum para explicar fatos 
do cotidiano.
(D) Uma ideia, apoiada no conhecimento científico, 
que tenta explicar fenômenos naturais relaciona-
dos, permitindo fazer previsões sobre eles.
(E) Uma ideia, apoiada pelo conhecimento científi-
co, que, de tão comprovada pelos cientistas, já é 
considerada uma verdade incontestável.
Questão 02 - (Unimontes - adaptada) Os passos prin-
cipais de um método científico incluem a observação, 
formulação de hipótese, parte experimental e conclu-
sões. No entanto, outras partes podem ser incorpo-
radas ao desenvolvimento de uma pesquisa, como 
controles, variáveis e dados. Por mais que a utilização 
de controles possa estar relacionada a todos os passos 
de uma pesquisa, o valor de um controle serve para 
avaliar diretamente a:
(A) Parte experimental.
(B) Conclusão.
(C) Observação.
(D) Hipótese.
(E) Bibliografia.
 
Questão do ENEM comentada 
ENEM 2019 - A lenda diz que, em um belo dia enso-
larado, Newton estava relaxando sob uma macieira. 
Pássaros gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa 
gentil. Ele cochilou por alguns minutos. De repente, 
uma maçã caiu sobre a sua cabeça e ele acordou com 
um susto. Olhou para cima. “Com certeza um pássaro 
ou um esquilo derrubou a maçã da árvore”, supôs. 
Mas não havia pássaros ou esquilos na árvore por 
perto. Ele, então, pensou: “Apenas alguns minutos 
antes, a maçã estava pendurada na árvore. Nenhuma 
força externa fez ela cair. Deve haver alguma força 
subjacente que causa a queda das coisas para a terra”.
SILVA, C. C.; MARTINS, R A. Estudos de história e filo-
sofia das ciências. São Paulo: Livraria da Física, 2006 
(adaptado).
Em contraponto a uma interpretação idealizada, o 
texto aponta para a seguinte dimensão fundamental 
da ciência moderna:
(A) Falsificação de teses.
(B) Negação da observação.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
127
(C) Proposição de hipóteses.
(D) Contemplação da natureza.
(E) Universalização de conclusões.
Comentário da questão
A parti r da leitura do texto da questão do ENEM 2019, 
realizada o primeiro dia, podemos inferir que a descri-
ção no processo de produção de uma conclusão inicial 
que é consequência da observação de um fenômeno 
que ocorre no meio. Desta maneira, no método cien-
tí fi co, denominamos etapa de formulação da hipótese 
que fundamentará as experiências. Quando confi r-
madas, as hipóteses passam por generalização e se 
transformam em leis. Se refutadas, o cienti sta volta 
etapas no método. Portanto gabarito correto: letra C
Capítulo 3
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
HABILIDADES DA BNCC
(EM13CNT308) Investi gar e analisar o funciona-
mento de equipamentos elétricos e/ou eletrônicos 
e sistemas de automação para compreender as tec-
nologias contemporâneas e avaliar seus impactos 
sociais, culturais e ambientais.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
(GO-EMCNT308D) Compreender os diferentes sig-
nifi cados do termo tecnologia frente a diferentes 
contextos, considerando o desenvolvimento histó-
rico da humanidade em sua relação com a nature-
za para valorizar os diversos aparatos, processos, 
técnicas, e ferramentas que têm benefi ciado o ser 
humano em sua vida contemporânea. 
OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM
Ciência e Tecnologia
No livro de Gérard, Fourcz (1995), inti tulado “A 
construção das ciências: introdução à fi losofi a e à éti -
ca das ciências” encontramos que na ciência não se 
parte de defi nições, para defi nir, uti lizam os sempre 
um esquema teórico admiti do. Um a defi nição, em 
geral, é a releitura de um certo número de elementos 
do mundo por meio de um a teoria; é, portanto, um 
a interpretação. Assim, a defi nição de uma célula em 
biologia não é um ponto de parti da, m as resultado 
de um processo interpretati vo teórico. Do mesmo 
modo, não se começou defi nindo um elétron para 
então ver com o encontrá-lo n a realidade: a teoria 
de um elétron desenvolveu-se pouco a pouco, após 
o que

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