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1º SIMULADO DE LINGUAGENS
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
(CONTEÚDO COMPLETO)
QUESTÕES 100% AUTORAIS
2022
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 45 questões numeradas de 01 a 45, dispostas da seguinte 
maneira: 
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; 
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às 
questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo 
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique o professor Felipe Pereira :)
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente 
à questão. 
4. O tempo disponível para esta prova é de 1 hora e quarenta e cinco minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA 
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
7. Quando terminar as provas, observe como você se sentiu fazendo o ENEM e se matricule na Plataforma 
Linguagens Enem do Professor Felipe Pereira. 
1º DIA
CADERNO
1
AMARELO
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, 
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LINGUAGENS NÃO É INTERPRETAÇÃO
Inscreva-se na ÚNICA Semana Linguagens do 1º Semestre 2022, clique AQUI.
https://semanalinguagensenem.profelipereira.com/lp-sle22-1-inscricao
Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 2
2022
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LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
The crowd gathered for Polyphia’s show at New 
York City’s Gramercy Theater is incredibly diverse for 
your average rock audience. There isn’t a single race, 
gender, or style of listener represented more than others; 
instead, a medley of fans from all across the city pile into 
the venue typically reserved for more traditional metal 
and punk shows.
Let’s get the obvious out of the way: Polyphia are 
fantastic at their jobs -- and nowhere is that made clearer 
than during their frenetic live show. Though their intro 
track refers to them as a “metal band,” their virtuosic 
music -- played with a jaw-dropping level of skill and 
precision -- is a flurry of djent, prog, rap and hip-hop 
influences that has the audience rapt from the get-go.
Stage banter is rarely any instrumental band’s 
strong suit, but bassist Clay Gober does his best to rile 
up the crowd, inviting fans to crowd surf. Regardless, 
the audience ain’t here for the gab -- they’re here to get 
enveloped by a tsunami of guitar flurries, bass grooves, 
and breakneck beats.
Disponível em: www.kerrang.com. Acesso em: 18 abr. 2022
Considerando as informações apresentadas no texto, o 
público e as influências musicais da banda Polyphia se 
caracterizam por
A possuir uma virtuosidade na execução das músicas
B priorizar características estéticas mais performáticas
C estarem alinhados exclusivamente com estilos de 
rock
D apresentar uma grande diversidade de estilos e 
origens
E promover a diversidade por meio de suas letras
QUESTÃO 02 
Disponível em: https://covid19.ca.gov/smarter/
Considerando-se as informações do texto, a expressão 
“smarter” é usada para
A organizar poeticamente as ações governamentais da 
nova fase da covid
B incentivar a vacinação em escolas da Califórnia na 
nova fase da covid
C caracterizar positivamente os cuidados com a nova 
fase da covid na Califórnia
D indicar o tipo de cidadão que segue de boa-fé os cui-
dados na nova fase da covid
E classificar os níveis cognitivos da população em rela-
ção às medidas tomadas
https://semanalinguagensenem.profelipereira.com/lp-sle22-1-inscricao
https://covid19.ca.gov/smarter/
Linguagens| Caderno 1 - AMARELO - Página 3
2022
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QUESTÃO 03 
Disponível em: www.newyorker.com. Acesso em: 19 abr. 2022
No cartum, a crítica está no fato de que a atividade de 
ir ao cinema
A dá menos controle ao espectador do que mídias 
domésticas
B se tornou obsoleta em relação a plataformas de 
transmissão
C não oferece uma experiência satisfatória como 
entretenimento
D causou constrangimento e desconforto ao personagem
E é ridicularizada pela forma como é retratada no 
desenho
QUESTÃO 04 
Another brick in the wall pt.2
We don’t need no education
We don’t need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teacher, leave them kids alone
Hey, teacher, leave them kids alone
All in all it’s just another brick in the wall
All in all you’re just another brick in the wall
WATERS, R. The Wall. 1979)
A letra da canção aborda consequências de certa forma 
de educação. Nesse texto, as expressões “Brick” e “wall” 
representam poeticamente
A a revolta e o totalitarismo
B a massificação e o isolamento
C a violência e a urbanização
D os trabalhadores e os burgueses
E a educação e o conhecimento
QUESTÃO 05 
www.medbox.iiab.me. Acesso em: 03 abr. 2022
As instituições públicas fazem uso de publicidade como 
instrumento de comunicação com o cidadão. O texto aci-
ma tem o objetivo de
A promover maior adesão dos cidadãos em programas 
de combate à tuberculose
B indicar medidas individuais de proteção contra a tu-
berculose para a população em geral 
C anunciar publicamente uma lista de tratamentos efi-
ciente contra infecções tuberculosas
D instrumentalizar a população em relação ao diagnós-
tico precoce da tuberculose
E divulgar informações e ações a respeito do combate 
e tratamento da tuberculose
https://semanalinguagensenem.profelipereira.com/lp-sle22-1-inscricao
http://www.newyorker.com
http://www.medbox.iiab.me
2022
Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 4 Inscreva-se na ÚNICA Semana Linguagens do 1º Semestre 2022, clique AQUI.
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
“Encanto”: Mucho ruido y pocas nueces
La sensación general con la que sale uno del cine después de ver Encanto, es la de haber visto justamente lo 
esperado. Es una cinta que no sorprende con su propuesta y que tampoco toma ciertos riesgos, en cuanto al desa-
rrollo de la trama se refiere. La idea de la que hacen uso con la magia y los dones que adquieren los distintos perso-
najes, está bastante mascada y vista; ya que la película tampoco se preocupa en no evitar la simpleza en la que cae.
Visualmente es maravillosa, contando con algunos momentos bastante asombrosos. Es esa puesta llena de 
fuegos artificiales y de colorido folclore, las que tapan un poco las carencias con las que cuenta Encanto. Del mismo 
modo, la banda sonora y las canciones de Miranda, dan algo de frescura a una trama previsible y aburrida. Sin pa-
recerse en casi nada las dos tramas, da la impresión de que Disney ha querido seguir la senda de lo que hizo Pixar 
con “Coco”, pero perdiendo por el camino el corazón y aventura con la que sí contaba la última.
Disponível em: www.cinemagavia.es. Acesso em: 18 abr. 2021
O texto é uma resenha sobre o filme “Encanto”, animação lançada pela Disney em 2021. A expressão “mucho ruido 
y pocas nueces”, ao ser usada como título, tem a função de
A ampliar o elogio à trilha sonora do filme. 
B intensificar a crítica à escolha dos atores. 
C metaforizar a opinião negativa sobre o filme. 
D comparar o filme a outras obras cinematográficas.
E reduzir a qualidade do filme pelo excesso de ruído. 
QUESTÃO 02 
Más o menos a las 6 p.m. del viernes 22 de agosto de 1975, estaba leyendo, sin ninguna preocupación a la 
vista, en el apartamento que alquilaba en la calle Shell, de Miraflores, Lima, cuando abajo alguien tocó el timbre y 
preguntó por el señor Mario OrlandoBenedetti. Eso ya me olió mal, pues el segundo nombre sólo figura en mi do-
cumentación y nadie entre mis amigos me llama así.
Bajé, y un tipo de civil me mostró su carnet de la PIP, y dijo que quería hacerme algunas preguntas sobre mis 
papeles. Subimos y entonces me dijo que les había llegado la denuncia de que mi visa estaba vencida. Traje el pasa-
porte y le mostré que había sido renovada en tiempo. «De todos modos va a tener que acompañarme, porque el jefe 
quiere hablar con usted.» «En media hora estará de vuelta», agregó. Y ante esa imprudente aseveración tuve la casi 
seguridad de que iba a ser deportado. Ese lenguaje críptico lo usan todas las represiones del mundo.
Benedetti, M. Primavera con una esquina rota. Madri: Tres Cantos, 1982.
Neste relato, o poeta uruguaio Mario Benedetti narra o início do seu processo de deportação do Peru. No segundo 
parágrafo, o autor é interrogado sobre seu passaporte, o que revela
A a motivação pouco razoável que escondia uma atitude de xenofobia.
B a ilegalidade de sua documentação e sua consequente deportação. 
C a tentativa de legalização da sua situação como estrangeiro.
D a justificativa inicial para que ele fosse à delegacia. 
E a verdadeira razão pela qual foi deportado. 
https://semanalinguagensenem.profelipereira.com/lp-sle22-1-inscricao
http://www.cinemagavia.es
Linguagens| Caderno 1 - AMARELO - Página 5
2022
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QUESTÃO 03 
Dice Dominguez (2008) que aprender outra lengua 
significa nada menos que adquirir uma destreza cogni-
tiva compleja que entraña a su vez otraz microdestre-
zas. Em todo este gran proceso intervienen multitud 
de factores que inciden directa o indirectamente em el 
éxito del aprendizaje; como muestra, basta mencionar 
todos los aspectos de la competencia existencial (acti-
tudes, motivaciones, estilos e inteligencias, factores de 
personalidad, etc.) que el profesor debe tener presente 
en el aula, y sin restar importancia a ninguno de ellos, sí 
me gustaría destacar el poder ejercen en el aprendizaje 
todos los factores relacionados con la afectividad y las 
emociones. 
Eusebio, S. La formación del profesorado de español (Org. Francisco 
Herrera Y Neus Santos). Barcelona: Difusión, 2015.
O texto apresenta uma reflexão sobre o ensino de língua 
espanhola, o qual, para o autor, precisa envolver
A regras gramaticais contextualizadas.
B fatores afetivos e emocionais exclusivamente.
C emoções familiares para os exemplos de gramática.
D capacidades comunicativas que sejam motivacionais.
E diversos aspectos entre os quais se destacam os 
afetivos.
QUESTÃO 04 
Somos una especie en viaje
No tenemos pertenencias sino equipaje
Vamos con el polen en el viento
Estamos vivos porque estamos en movimiento
Nunca estamos quietos, somos trashumantes
Somos padres, hijos, nietos y bisnietos de inmigrantes
Es más mío lo que sueño que lo que toco
Yo no soy de aquí
Pero tú tampoco
Yo no soy de aquí
Pero tú tampoco
De ningún lado del todo y
De todos lados un poco
Drexler, J. Salvavidas de Hielo, 2017 (fragmento)
A letra da canção trata da questão da identidade. Os 
versos “Yo no soy de aquí/Pero tu tampoco” configuram 
uma percepção na qual
A o imigrante sofre com a falta de pertencimento. 
B o processo de imigração impossibilita a construção 
de identidade.
C a imigração é vista como parte integrante da identi-
dade humana. 
D a viagem dos imigrantes gera identidades transnacionais. 
E a correlação entre território e identidade se fortalece.
QUESTÃO 05 
Los Nadies
Los nadies: los hijos de nadie, los dueños de nada.
Los nadies: los ningunos, los ninguneados, 
corriendo la liebre, muriendo la vida, jodidos, rejodidos:
Que no son, aunque sean.
Que no habÌan idiomas, sino dialectos.
Que no profesan religiones, sino supersticiones.
Que no hacen arte, sino artesanía.
Que no practican cultura, sino folklore.
Que no son seres humanos, sino recursos humanos.
Que no tienen cara, sino brazos.
Que no tienen nombre, sino número.
Que no figuran en la historia universal, 
sino en la crónica roja de la prensa local.
Los nadies, que cuestan menos que la bala 
que los mata.
Galeano, E. El libro de los abrazos. Madri: Siglo XXI, 1993. (fragmento)
Neste texto, Eduardo Galeano coloca termos em 
oposição, 
A denunciando a forma como parte da sociedade é 
tratada.
B construindo jogos de palavra de forma puramente 
estética.
C correlacionando palavras de sentidos contrários de 
forma crítica e poética.
D relevando sua visão acerca das medidas governa-
mentais de forma cética.
E demonstrando empatia com os mais pobres de forma 
filantrópica.
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Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 6
2022
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Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06 
A noite foi de gala na literatura brasileira com a ce-
rimônia de entrega do 63º Prêmio Jabuti, o mais pres-
tigiado do país, realizada em cerimônia virtual nesta 
quinta-feira (25). E o Rio Grande do Sul fez bonito, com 
conquistas em diferentes categorias.
Jeferson Tenório, nascido no Rio de Janeiro, mas ra-
dicado em Porto Alegre, levou o título de melhor romance 
literário do último ano com O Avesso da Pele (Companhia 
das Letras). Colunista de GZH e patrono da Feira do Li-
vro em 2020, Jeferson narra em seu romance a história 
de um filho enlutado às voltas com a memória da vida de 
seu pai, que tal como a dele foi atravessada pelo racismo.
Já os gaúchos Natalia Borges Polesso, Samir Ma-
chado de Machado e Luisa Geisler, ao lado de Marcelo 
Ferroni, conquistaram a categoria de melhor romance 
de entretenimento com Corpos Secos (Alfaguara). Uma 
rara história escrita a oito mãos, a obra distópica traz um 
mundo arrasado por uma praga zumbi, que lança uma 
crítica à sociedade moderna. Samir ainda foi destaque 
com Tupinilândia (Todavia e Editions Métailié), conside-
rado o melhor livro brasileiro publicado no Exterior.
Disponível em www.gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 19 abr. 2022
Observando as operações de progressão temática na 
estrutura do texto, têm o mesmo referente as expressões
A “literatura brasileira” e “realizada”
B “Rio Grande do Sul” e “conquistas”
C “Jéferson Tenório” e “melhor romance”
D “patrono” e “seu romance”
E “os gaúchos” e “rara história”
QUESTÃO 07 
Pajem do sinhô-moço, escravo do sinhô-moço, tudo 
do sinhô-moço, nada do sinhô-moço. Um dia o coronel-
zinho, que já sabia ler, ficou curioso para ver se o negro 
aprendia os sinais, as letras de branco e começou a ensi-
nar o pai de Ponciá. O menino respondeu logo ao ensina-
mento do distraído mestre. Em pouco tempo reconhecia 
todas as letras. Quando sinhô-moço se certificou de que 
o negro aprendia, parou a brincadeira. Negro aprendia 
sim! Mas o que o negro ia fazer com saber de branco?
EVARISTO, C. Ponciá Vicêncio. 2003
Na literatura de temática negra produzida no Brasil, é re-
corrente a presença de elementos que traduzem expe-
riências históricas de preconceito e violência. No trecho, 
a situação relatada mostra
A a proibição do negro de frequentar a escola
B o conhecimento letrado como algo alheio aos negros
C a falta de oportunidades educacionais formais aos 
negros
D a incapacidade de aprender dos africanos 
escravizados
E o pertencimento dos brancos ao universo letrado
QUESTÃO 08 
Como seria a cara de d. Albertina? Imaginei-a ma-
gra, pálida, séria, correta. Não havia motivo para Marina 
esconder os olhos.
- Faça o favor de descobrir o rosto. Não se acanhe. 
Tão natural!
Exatamente como se Marina estivesse no consultó-
rio de um médico, sarjando um tumor. Nenhum sinal de 
crime ou de ação proibida. A seringa na água que borbu-
lhava, um frasco sobre a mesa da cabeceira, quadros de 
anatomia nas paredes, a chama do álcool tremendo, a 
voz calma de d. Albertina a prescrever medidas de segu-
rança. Uma senhora pálida e franzina, de rosto sereno e 
boas intenções.
- Não se acanhe. Fique à vontade.
Nenhuma alusãoa qualquer espécie de falta. Direi-
ta, fria, falando baixinho, empregando termos escolhi-
dos. Mas porque era que d. Albertina, parteira diploma-
da, com longa prática, deveria ser assim e não de outra 
forma? Talvez fosse diferente. 
Os anúncios não valem nada, papel aguenta tudo, 
como dizem os matutos. D. Albertina era uma velha gor-
da e mole, sem diploma nem prática, de óculos ordiná-
rios e hálito desagradável, mal-educada, resmungona. 
Marina estava deitada numa cama nojenta; nas paredes 
nojentas não havia gravuras de anatomia: havia quadros 
de santos, retratos coloridos, páginas de revistas. Sem 
lavar as mãos duras, de unhas compridas e negras, d. 
Albertina examinava brutalmente o corpo de Marina, ar-
ranhando-a, machucando-a, rosnando:
- Era melhor deixar-se de vergonhas e descobrir a 
cara. Quando andam na pândega, não têm esses luxos. 
E depois parem bem na bananeira. Feias coisas.
Mostrava os dentes amarelos de selvagem. Seria 
assim d. Albertina? A cliente mordia as cobertas sujas, 
continha a respiração, fechava os olhos, apertava as co-
xas e engolia o choro.
- Abra as pernas, criatura. Donde vêm esses den-
gues? Assim ninguém pode trabalhar
RAMOS, G. Angústia. 1936
Escrita na década de 1930, a narrativa que envolve uma 
situação em que o aborto se faz presente põe em evi-
dência uma dramaticidade centrada na
A crítica moralista à prática do aborto por mulheres 
solteiras
B presença de elementos religiosos que contrastam 
com o pecado
C comparação entre a vida de uma mulher que aborta 
e uma que tem filhos
D diferença entre ambientes que mulheres recorriam 
para abortar
E distância temporal entre as práticas clínicas descritas 
no trecho
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Linguagens| Caderno 1 - AMARELO - Página 7
2022
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QUESTÃO 09 
NÃO EXISTE DIA RUIM
Não existe dia ruim. Sempre há chance de o dia ser 
feliz. Mesmo que seja tarde. Mesmo que seja de ma-
drugada. Uma gentileza salva o dia. Um bife milanesa 
salva o dia. Uma gola branca e engomada salva o dia. 
Uma emoção involuntária salva o dia. Nunca o dia está 
inteiramente perdido. Não devemos acreditar que uma 
tristeza chama a outra, que se algo acontece de errado 
tudo então vai dar errado. Lei de Murphy não foi aprova-
da pela Câmara dos Deputados.
Confio no improviso, na casualidade, no movimen-
to das cortinas na janela. Até o último minuto antes da 
meia-noite, você pode resgatar o contentamento. É uma 
gargalhada do filho diante da papinha, transformando a 
cadeira num imenso prato. É algum amigo telefonando 
para confessar saudade. É sua mulher procurando bei-
jar a orelha mandando sinais de seu desejo. É o barulho 
da chuva na calha, é o estardalhaço do sol na varanda. 
É encontrar – iniciando na tevê – um filme que adora e 
já assistiu cinco vezes. É oferecer colo ao seu gato. É 
planejar uma viagem de férias. É terminar um livro que 
abandonou pela metade. É ouvir sua coleção de LPs da 
adolescência. É comprar uma calça jeans em promoção. 
É adormecer no sofá e receber a coberta silenciosa de 
sua companhia.
Carpinejar, F. Disponível em hwww.gauchazh.clicrbs.com.br. 
Acesso em: 15 abr. 2022
No texto, há marcas da função da linguagem nele predo-
minante. Essas marcas colocam o foco no (na)
A enunciador, que é levado a contar partes do seu dia 
e revela seus sentimentos íntimos.
B mensagem, que é projetada de forma estética e 
moldada com viés otimista.
C interlocutor, que é convidado a ficar atento e buscar 
momentos felizes.
D contexto, que é descrito de forma verossímil e trans-
mite objetividade.
E canal, que é testado de forma convincente e man-
tém o leitor atento.
QUESTÃO 10 
VATAPÁ
Quem quiser vatapá, ô
Que procure fazer
Primeiro o fubá
Depois o dendê
Procure uma nêga baiana, ô
Que saiba mexer
Que saiba mexer
Que saiba mexer
Bota castanha de caju
Um bocadinho mais
Pimenta malagueta
Um bocadinho mais
Bota castanha de caju
Um bocadinho mais
Pimenta malagueta
Um bocadinho mais
Amendoim, camarão, rala um coco
Na hora de machucar
Sal com gengibre e cebola, iaiá
Na hora de temperá
Caymmi, D. Eu vou p’ra Maracangalha. Berlim: Odeon, 1957 (fragmento)
Na letra da canção, o léxico empregado e a receita poe-
tizada são parte do patrimônio linguístico e identitário do 
país, pois 
A remetem ao conhecimento culinário originário dos 
povos escravizados.
B evidenciam as diferenças entre pratos típicos africa-
nos e brasileiros.
C valorizam a influência africana em pratos de origem 
europeia.
D relativizam as relações culturais na cozinha brasileira.
E descrevem a receita com linguagem técnica.
https://semanalinguagensenem.profelipereira.com/lp-sle22-1-inscricao
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Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 8
2022
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QUESTÃO 11 
Disponível em: ipasppiracicaba.sp.gov.br. Acesso em: 11 abr. 2022
Essa campanha se destaca pela maneira como mobiliza 
informações legislativas para conscientizar a sociedade 
da necessidade de usar máscara como forma de pre-
venção ao vírus Covid-19. Tal estratégia se baseia em
A esclarecer as possíveis retaliações se descumprida 
a lei.
B relacionar gentileza e obrigação por meio da 
ambiguidade.
C detalhar a forma mais segura de uso da máscara.
D sugerir o sorriso por trás da máscara.
E tipificar o tipo de lei em vigor.
QUESTÃO 12 
Disponível em: www.garotajambo.com. Acesso em: 19 abr. 2022
Os gêneros textuais se consolidam no uso social, geran-
do certos padrões textuais e criando expectativas rela-
tivamente previsíveis nos interlocutores. Na campanha 
publicitária, a frase “#naoprecisomasquero” subverte, 
aparentemente, a função social da propaganda,
A relativizando a necessidade em nome do desejo.
B induzindo o público a não comprar o produto 
anunciado. 
C despertando no público o sentimento de 
pertencimento.
D utilizando a imagem de uma mulher em situação 
cotidiana.
E descartando a necessidade como uma justificativa 
para o consumo.
QUESTÃO 13 
Belo da arte: arbitrário, convencional, transitório - 
questão de moda. Belo da natureza: imutável, objetivo, 
natural - tem a eternidade que a natureza tiver. Arte não 
consegue reproduzir a natureza, nem este é seu fim. 
Todos os grandes artistas, ora consciente (Rafael das 
Madonas, Rodin do Balzac, Machado de Assis do Brás 
Cubas), ora inconscientemente (a grande maioria) foram 
deformadores da natureza. Donde infiro que o belo ar-
tístico será tanto mais artístico quanto mais se afastar 
do belo natural. Outros infiram o que quiserem. Pouco 
me importa. 
ANDRADE, M. Pauliceia Desvairada. 1922
O trecho da introdução do livro de poemas Paulicéia 
Desvairada apresenta uma visão sobre arte do escritor 
Mário de Andrade, que se alinha a tendências moder-
nistas por
A manter a tradição da arte representativa, buscando a 
perfeição pela cópia da realidade
B abrir mão de concepções tradicionais sobre a beleza 
e os objetivos da arte
C desprezar a tradição artística, seus conceitos e suas 
referências consagradas
D buscar a verdadeira essência da arte na produção de 
obras que transmitam a emoção do artista
E reunir características europeias e latino-americanas 
de forma explícita em suas obras
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http://www.garotajambo.com
Linguagens| Caderno 1 - AMARELO - Página 9
2022
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QUESTÃO 14 
O que é ser indígena? Como se fosse fácil respon-
der a essa pergunta no Brasil. Vamos lá: hoje existem 
cerca de 305 etnias e pouco mais que 270 línguas indí-
genas no país. Em muitas oportunidades, o que temos 
são povos, etnias, línguas, enfim, características com-
pletamente diferentes umas das outras. Não existe um 
padrão. Indígenas não são todos iguais, não existe um 
padrão que diga: esse é, esse não.
Mas essa é a históriaque o homem branco conta. 
Como contou desde o começo Pero Vaz de Caminha. O 
primeiro passo de um imaginário estereotipado que se 
criou e continua até hoje, 521 anos depois, na mesma 
terra. Dizia, a carta enviada à Portugal logo após terem 
encontrado o Brasil enquanto procuravam a Índia.
“Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobris-
se suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e 
suas setas. Vinham todos rijamente em direção 
ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que 
pousassem os arcos. E eles os depuseram.”
Essa é a carta de um invasor. Invasor que estereo-
tipou povo indígenas de maneira completamente menor 
do que é a realidade. Povos indígenas compreendem 
uma grande diversidade de rostos, culturas, vestes e 
línguas. O colonizador nos vestiu com um único rosto 
em sua história, e fez disso arma do nosso apagamento 
étnico, onde quem não se encaixa não pertence a um 
povo, como se a miscigenação e a obrigação de falar 
português nos tirasse a ancestralidade. Não tira.
Disponível em: www.br.noticias.yahoo.com. Acesso em: 19 abr. 2022.
O comentário acerca da Carta de Pero Vaz de Caminha 
evoca um texto canônico da cultural nacional, revelando 
que o cânone
A enfraquece movimentos contemporâneos de comba-
te ao preconceito.
B pode ser percebido como a gênese de certos 
preconceitos.
C precisa ser entendido a partir de seu contexto de 
produção.
D deve ser estudado e perpetuado como patrimônio 
cultural.
E contribui com o combate ao senso comum. 
QUESTÃO 15 
Manifesto Neoconcreto
A expressão neoconcreto é uma tomada de posi-
ção em face da arte não-figurativa “geométrica” e par-
ticularmente em face da arte concreta levada a uma 
perigosa exacerbação racionalista. Propomos uma rein-
terpretação do neoplasticismo, do construtivismo e dos 
demais movimentos afins, na base de suas conquistas 
de expressão e dando prevalência à obra sobre a teo-
ria. Se pretendermos entender a pintura de Mondrian 
pelas suas teorias, seremos obrigados a escolher entre 
as duas [teorias]. Mas a verdade é que a obra de Mon-
drian aí está, viva e fecunda, acima dessas contradições 
teóricas. 
O neoconcreto, nascido de uma necessidade de ex-
primir a complexa realidade do homem moderno dentro 
da linguagem estrutural da nova plástica, nega a validez 
das atitudes cientificistas e positivistas em arte e repõe 
o problema da expressão, incorporando as novas di-
mensões “verbais” criadas pela arte não-figurativa cons-
trutiva. O racionalismo rouba à arte toda a autonomia e 
substitui as qualidades intransferíveis da obra de arte 
por noções da objetividade científica: assim os conceitos 
de forma, espaço, tempo, estrutura - que na linguagem 
das artes estão ligados a uma significação existencial, 
emotiva, afetiva - são confundidos com a aplicação teóri-
ca que deles faz a ciência
A prosa neoconcreta, abrindo um novo campo para 
as experiências expressivas, recupera a linguagem 
como fluxo, superando suas contingências sintáticas e 
dando um sentido novo, mais amplo, a certas soluções 
tidas até aqui equivocadamente como poesia. É assim 
que, na pintura como na poesia, na prosa como na es-
cultura e na gravura, a arte neoconcreta reafirma a inde-
pendência da criação artística em face do conhecimento 
prático (moral, política, indústria etc).
Disponível em: http://www.dopropriobolso.com.br. Acesso em: 10 abril de 2022
O texto do Manifesto de 1959 é assinado por diversos 
artistas e propõe os referenciais estéticos do Neocon-
cretismo, que valorizam a
A racionalidade nas construções teóricas sobre arte
B interação do público com diversas obras de arte
C tentativa de construir uma arte com fortes bases 
teóricas
D busca de uma expressividade não-racionalizada 
para a arte
E construção de uma teoria artística baseada na lógica
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QUESTÃO 16 
Tradução: “Te avisei que eu estava doente”
Disponível em: www.criatives.com.br. Acesso em: 19 abr. 2022
O que assegura o reconhecimento desse texto como 
uma frase de lápide é/são
A a estrutura sintática.
B as condições de produção. 
C os aspectos extratextuais.
D o senso de humor.
E a seriedade da afirmação.
QUESTÃO 17 
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, 
como terá sucedido a outras instituições sociais. Não 
cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofí-
cio. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; 
havia também a máscara de folha de flandres. A másca-
ra fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por 
lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, 
um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um 
cadeado. Com o vício de beber. perdiam a tentação de 
furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que 
eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pe-
cados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. 
Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana 
nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o 
cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na 
porta das lojas.
ASSIS, M. Relíquias da Casa Velha. 1906
Autor que inaugura o Realismo na literatura brasileira, 
Machado de Assis frequentemente apresenta em sua 
escrita um recurso expressivo que caracteriza seu es-
tilo: a ironia. Ao enumerar diversos aspectos da época 
da escravidão no Brasil, o narrador refina a percepção 
irônica ao
A comparar a escravidão a outras instituições
B atribuir o alcoolismo ao uso indevido do dinheiro
C condicionar a ordem social a medidas violentas
D qualificar a máscara usada nos escravos como 
grotesca
E relatar que a venda de máscaras de castigo era con-
siderada normal
QUESTÃO 18 
Disponível em: www.meioemensagem.com.br. Acesso em: 19 abr. 2022.
No texto, os elementos verbais e não verbais emprega-
dos na campanha têm por objetivo
A utilizar-se de referências esportivas para alertar so-
bre a importância do exame.
B dar à doença um tom lúdico e amenizar a gravidade 
do diagnóstico.
C valer-se do futebol como argumento principal para a 
realização do exame.
D detalhar dados estatísticos relativos à doença.
E apresentar um dito popular que chame a atenção 
para a importância do exame.
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QUESTÃO 19 
Bocó
Quando o moço estava a catar caracóis e pedrinhas
na beira do rio até duas horas da tarde, ali
também Nhá Velina Cuê estava. A velha paraguaia
de ver aquele moço a catar caracóis na beira do
rio até duas horas da tarde, balançou a cabeça
de um lado para o outro ao gesto de quem estivesse
com pena do moço, e disse a palavra bocó. O moço
ouviu a palavra bocó e foi para casa correndo
a ver nos seus trinta e dois dicionários que coisa
era ser bocó. Achou cerca de nove expressões que
sugeriam símiles a tonto. E se riu de gostar. E
separou para ele os nove símiles. Tais: Bocó é
sempre alguém acrescentado de criança. Bocó é
uma exceção de árvore. Bocó é um que gosta de
conversar bobagens profundas com as águas. Bocó
é aquele que fala sempre com sotaque das suas
origens. É sempre alguém obscuro de mosca. É
alguém que constrói sua casa com pouco cisco.
É um que descobriu que as tardes fazem parte de
haver beleza nos pássaros. Bocó é aquele que
olhando para o chão enxerga um verme sendo-o.
Bocó é uma espécie de sânie com alvoradas. Foi
o que o moço colheu em seus trinta e dois
dicionários. E ele se estimou.
Barros, M. Memórias inventadas. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2018
No poema, ao buscar no dicionário o termo “bocó”, a 
figura do moço parece
A aceitar passivamente os rótulos que lhe são impostos.
B subverter poeticamente as ofensas que lhe são 
dirigidas. 
C ignorar ceticamente a opinião alheia.
D orgulhar-seinocentemente das alcunhas negativas 
que carrega.
E buscar objetivamente a significação das palavras 
que lhe dizem.
QUESTÃO 20 
O livro Ponto de Inflexão trata de como o momento 
de grandes decisões impactam o sucesso das pessoas a 
partir das principais decisões que Flávio Augusto teve de 
tomar ao longo da vida. O livro é curto e de fácil leitura.
Flávio utiliza de sua própria história como exemplo 
de como esses momentos podem abalar nossa confian-
ça e de como é importante escolher com prudência.
Apesar de focar nas grandes decisões, o livro cita 
que a todo momento estamos decidindo nas mais varia-
das situações e que essas pequenas decisões também 
são importantes para formar nossa trajetória.
O ponto de inflexão é o momento em que uma de-
cisão que tomamos pode fazer nossa vida pode mudar 
totalmente de rumo. 
O autor aborda a temática com foco na sua carreira 
empreendedora, todavia seus ensinamentos podem ser 
aplicados em diversas situações de “pontos de inflexão” 
da nossa vida e carreira - principalmente ao investir.
Os 10 pontos de inflexão dispostos no livro com 
bastantes detalhes apresentam a reflexão do autor à 
época do fato e após o ocorrido.
Disponível em www.yubb.com.br. Acesso em: 11 abr. 2022
Considerando os elementos caracterizadores dos gêne-
ros textuais que circulam na sociedade, nesse fragmen-
to de resenha predominam
A orientações acerca de decisões profissionais. 
B avaliações críticas sobre uma obra biográfica. 
C explicações biográficas do ponto de vista do autor da 
resenha.
D simplificações do conteúdo da obra.
E explicações sobre o sucesso profissional.
QUESTÃO 21 
Influenciadora digital responde por golpe dado por 
loja que indicou
Influenciador digital responde objetivamente por 
compra feita em loja que indicou. Com esse entendimen-
to, o Juizado Especial Cível de Barra Mansa condenou a 
influencer Virgínia Fonseca a restituir a uma mulher R$ 
2.639,90. A autora da ação comprou um celular iPhone 
8 Plus na loja indicada por Virgínia, mas não recebeu o 
aparelho. A ré recorreu, mas o pedido foi negado nesta 
quarta-feira (19/8).
Segundo o juiz leigo, a atividade normalmente de-
senvolvida por Virgínia Fonseca implica expor produtos 
de terceiros à venda. Nisso, os itens ficam sob sua chan-
cela e “indiscutível influência”. Afinal, sem a influencia-
dora digital, a autora não teria comprado o celular, pois 
soube da oferta por meio das redes sociais de Virgínia. 
Como se trata de uma atividade habitual, que gera lu-
cros à influencer, ela responde pelos danos decorrentes, 
avaliou o juiz leigo.
Disponível em: www.conjur.com.br. Acesso em: 03 abr. 2022.
Entre as novas possibilidades promovidas pelo desen-
volvimento de novas tecnologias, o texto aborda
A a culpabilização de vítimas por um sistema jurídico 
atrasado
B a presença de influenciadores digitais em espaços 
tradicionalmente jurídicos
C os recursos jurídicos utilizados por influenciadores 
digitais
D as consequências legais para novas atividades 
profissionais
E a falta de experiência observada nos magistrados 
que lidam com novas tecnologias
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QUESTÃO 22 
80% dos brasileiros não têm acesso de qualidade à 
internet, diz estudo
80% da população brasileira acima de 10 anos não 
possui conexão de qualidade à internet, revela o estudo 
“O abismo digital no Brasil”, realizado pela PwC Brasil 
em parceria com o Instituto Locomotiva. Embora 81% 
dessa população tenha algum acesso à internet, apenas 
20% contam com conexão de qualidade. De acordo com 
a pesquisa, a falta de qualidade no acesso à internet 
impacta, sobretudo, as classes C, D e E e a população 
negra. Essas populações são as mais afetadas pela 
baixa qualidade do sinal e pelo alto custo dos planos 
e equipamentos, muitas vezes ficando conectadas ape-
nas alguns dias no mês.
O estudo também revelou que 90% dos 13,5 mi-
lhões de domicílios que têm apenas conexão de banda 
larga móvel via modem ou chip, mais lenta e de menor 
qualidade que a internet via cabo, são das classes C, 
D ou E. Além disso, pessoas com renda acima de 25 
salários mínimos gastam 30 vezes mais com telefone, 
internet e TV do que os usuários com renda de até dois 
salários mínimos.
“O gap de acesso à internet que vimos neste estudo 
tende a perpetuar as desigualdades sociais que o Brasil 
sofre hoje. Vimos que o internauta brasileiro está muito 
longe do estereótipo de um perfil jovem de classe média 
plenamente conectado”, afirma Renato Meirelles, presi-
dente do Instituto Locomotiva.
Para Marco Castro, sócio presidente da PwC Brasil, 
a falta de acesso à internet acaba deixando brasileiros 
para trás tanto na educação quanto na construção de 
uma carreira. “No momento em que discutimos um futu-
ro dominado por dados, automação e algoritmos e pelo 
trabalho remoto, que oportunidades estamos criando 
para milhões de cidadãos que não têm acesso às con-
dições básicas para adquirir as competências digitais?”, 
questiona.
Disponível em: https://tecnologia.ig.com.br. Acesso em 02 abr. 2022. 
De acordo com o texto, as informações a respeito do 
acesso dos brasileiros à internet revelam
A o perfil plenamente conectado à internet do cidadão 
brasileiro
B as desvantagens enfrentadas pela população sem 
competências digitais
C a falta de políticas públicas para tecnologias de ponta 
para os mais pobres
D uma forma de exclusão social das camadas mais po-
bres da população
E a busca da população carente por melhores ofertas 
de conexão de internet
QUESTÃO 23 
Aumento de 428% no EAD amplia acesso à educa-
ção superior, diz especialista
Em entrevista à CNN Rádio, no CNN Educação, 
o diretor presidente da ABMES, Sólon Caldas, afirmou 
que essa tendência é mundial e “foi acentuada durante 
a pandemia.” “Os cursos do EAD ultrapassaram o pre-
sencial em 2020, tivemos encolhimento de 13,9% nessa 
modalidade e aumento de 428% no ensino à distância”, 
disse. Na avaliação de Caldas, este é um avanço po-
sitivo “porque os cursos têm uma capilaridade maior, 
chegam onde o presencial não consegue e dão muitas 
oportunidades de acesso à educação superior para os 
menos favorecidos economicamente”.
O especialista destacou ainda que “não existe no 
Brasil um curso de EAD 100%, sobretudo na área de 
saúde”: “As disciplinas em EAD têm parte teórica, mas 
com parte prática no campus, além disso, o MEC mede 
a qualidade periodicamente e tem muitos cursos que 
apresentam resultado melhor no EAD do que no pre-
sencial.” Para Caldas, as instituições “investiram muito 
em software, internet, compraram equipamentos para 
dar condições de ensino, mas a rede pública patinou um 
pouco e depende de investimento”.
Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso: 18 Abril 2022)
Sobre o aumento na educação à distância (EaD) no Bra-
sil, o texto destaca como impacto o(a)
A maior acesso ao ensino superior em regiões sem 
oferta de ensino superior presencial
B aumento de procura por cursos de educação à dis-
tância nos últimos anos no Brasil
C grande índice de evasão observado no ensino supe-
rior tradicional nas grandes cidades
D investimento em software feito por universidades re-
vertido em benefícios sociais
E inclusão de uma parcela econômica da população 
nos meios acadêmicos mais bem-conceituados
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QUESTÃO 24 
O Som do Coração
O coração tumoral
Que faz um túmulo
Dentro do túnel
Muito tumultuoso
Que nele há um tumor
Com um tumulto
Cheio de tristeza tumorosa
Feito com uma tumoração
Que tem o som do seu coração
S. A. Sopa de Poesias (Org: Felipe Pereira). Porto Alegre: Liquidbook, 
2017.
Neste texto, a funçãopoética da linguagem se manifesta 
por meio do/da
A trabalho formal.
B rima interna.
C metrificação melódica.
D jogo imagético.
E campo semântico.
QUESTÃO 25 
A amamentação é necessária
A amamentação fornece o alimento mais adequado 
para o bebê. Essa prática tem inúmeros benefícios, pois 
fortalece o sistema imunológico, protege o bebê contra 
doenças e fornece todos os nutrientes de que ele preci-
sa. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda 
que essa seja a fonte exclusiva de alimento para a crian-
ça durante os primeiros seis meses de vida.
A partir de então, outros tipos de alimentos podem 
ser introduzidos de forma gradual e adequada. No en-
tanto, também conforme recomendações da OMS, a 
amamentação deveria continuar pelo menos até os dois 
anos de idade, no mínimo.
A opção de nutrição que cada criança vai seguir é 
uma escolha pessoal da mãe. Existem diversas razões 
pelas quais a amamentação não pode ser implementada 
ou não é desejada, e optar por usar uma fórmula infantil 
é uma decisão legítima, desde que não seja motivada 
pela desinformação ou pela pressão da opinião pública.
Disponível em: www.soumamae.com.br. Acesso em: 19 abr. 2022 (adaptado)
Para convencer o leitor de que a amamentação é impor-
tante, a autora usa como principal estratégia o/a
A comparação repetida. 
B síntese didática.
C ponto de vista pessoal.
D argumento de autoridade.
E jogo de palavras.
QUESTÃO 26 
Tentemos responder à seguinte pergunta: que gra-
mática do grego consultaram Ésquilo e Platão? Ora, não 
existiam gramáticas gregas (a não ser na cabeça dos 
falantes, isto é, eles sabiam grego). As primeiras obras 
que poderiam ser chamadas de gramáticas (mas, mes-
mo assim, eram bastante diferentes das nossas), sur-
gem no segundo século antes de Cristo apenas, e não 
surgem para que possam ser aprendidas pelos falantes, 
mas para organizar certos princípios de leitura que per-
mitissem ler textos antigos, exatamente porque o grego 
ia mudando e, sem poder aprender o grego antigo, como 
poderiam os novos falantes entender textos antigos? 
Ou seja, os gregos escreveram muito antes de 
existir a primeira gramática grega, o mesmo valendo, 
evidentemente, para os escritores latinos, portugueses, 
espanhóis etc. Seria interessante que ficasse claro que 
são os gramáticos que consultam os escritores para ve-
rificar quais são as regras que eles seguem, e não os 
escritores que consultam os gramáticos para saber que 
regras devem seguir. Por isso, não faz sentido ensinar 
nomenclaturas gramaticais a quem não chegou a domi-
nar habilidades de utilização corrente e não traumática 
da língua.
Sírio. P. Por que (não) ensinar gramática na escola. Mercado de Letras: 
Campinas, 1996. (adaptado)
Defendendo a ideia de que “não faz sentido ensinar no-
menclaturas gramaticais”, o autor usa como estratégia 
argumentativa:
A analogias pedagógicas, enumerando situações de 
ensino que traumatizam estudantes.
B referências clássicas, mencionando a literatura grega 
e nos dando lições de domínio verdadeiro da língua.
C comparações objetivas, revelando as tensões implí-
citas entre escritores e gramáticos.
D fatos históricos, mostrando que há muito tempo es-
crevemos sem a necessidade do estudo gramatical.
E afirmações pragmáticas, comprovando a inutilidade 
da gramática para qualquer fim linguístico.
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QUESTÃO 27 
Qual será o tênis de corrida mais rápido do mundo?
A corrida nas grandes maratonas do mundo e na 
preparação para a Olimpíada de Tóquio, em 2021, não 
se limita apenas ao asfalto. As principais marcas de tênis 
do mercado Nike e Adidas, em especial têm batalhado 
cada vez mais para fornecer aos seus atletas tecnologia 
de ponta, que garanta performance melhores. 
Essa disputa já ocorre há anos, mas ganhou novos 
holofotes quando os patrocinados da Nike passaram a 
devorar recordes com protótipos da linha Vaporfly e sua 
sucessora, a Alphafly. Os primeiros modelos começaram 
a surgir na Olimpíada do Rio, em 2016. Desde então, o 
queniano Eliud Kipchoge conquistou feito histórico, ao 
correr os 42 km da maratona (em condições especiais, 
não reconhecidas como recorde) em menos de duas ho-
ras em 2019 com esses protótipos da Nike. Ele também 
cruzou a linha de chegada em Berlim, em 2018, quando 
quebrou o recorde da prova (2h1min39) com um par ex-
perimental da empresa nos pés. Sua conterrânea, Bri-
gid Kosgei, calçava tênis do mesmo tipo ao conquistar 
a melhor marca da maratona feminina (2h14min04) em 
Chicago, em 2019. 
Eles usavam protótipos exclusivos para os atletas 
da Nike. Com isso, a federação internacional de atle-
tismo, World Athletics, se viu fortemente pressionada 
para regulamentar melhor a questão. Havia acusações 
de quebra de regulamento, pois a organização determi-
nava que os tênis “devem ser elaborados de forma que 
não dê aos atletas qualquer ajuda ou vantagem injusta” 
e que os calçados deveriam estar “razoavelmente dispo-
níveis para todos”. 
Disponível em: www.acidadeon.com. Acesso em: 10 de mar. 2022
Sobre a quebra de recordes em certa modalidade es-
portiva, o texto apresenta informações sobre inovações 
tecnológicas que
A promovem o aperfeiçoamento das práticas corporais 
e uma reavaliação de seus critérios técnicos
B buscam driblar a esportividade das competições, 
constituindo uma forma de trapaça
C interferem de forma positiva no desenvolvimento na-
tural das melhores marcas do esporte
D destacam habilidades individuais dos atletas por 
meio de equipamentos customizados
E desmerecem as consquista dos atletas, pois assu-
mem o protagonismo nas conquistas esportivas
QUESTÃO 28 
MALFATTI, A. A boba. Óleo sobre tela. 1916
A obra de Anita Malfatti chocou o público e recebeu mui-
tas críticas na época em que foi feita, e recebeu forte 
influência de um movimento artístico que se caracteri-
zava pela
A negação da tradição
B inovação na expressividade
C representação dos sonhos
D geometrização do espaço
E representação realista
QUESTÃO 29 
Portugal
Fui pra Portugal
E foi animal
Comi bacalhau
Voltei de avião
Não me deu medo não
Voltei pra brincar
Voltei pra estudar
Voltei pra Lumiar!
O. R. Sopa de Poesias (Org: Felipe Pereira). Porto Alegre: Liquidbook, 
2017.
Nos versos de um menino de 10 anos, a referência a 
Portugal tem por objetivo:
A compartilhar as memórias de uma viagem.
B revelar as influências europeias na cultura brasileira.
C fortalecer o etnocentrismo em relação a países de 
primeiro mundo.
D mostrar os benefícios de métodos inovadores de 
educação.
E detalhar gostos e desejos particulares.
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QUESTÃO 30 
TEXTO I
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e ru-
rais, além de outros que visem à melhoria de sua condi-
ção social:
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego 
e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
Constituição Federal, 1988.
TEXTO II
Desemprego após a maternidade
As mulheres ainda perdem seus empregos após te-
rem filhos. Segundo uma pesquisa da FGV, o desempre-
go atinge quase metade das mulheres até um ano após 
o retorno da licença maternidade. O desemprego chega 
em 51% para as mulheres com nível educacional mais 
baixo.
Ainda que as mulheres sejam maioria da população 
no Brasil, elas também são a maioria dos desempregos. 
Além disso, o número de mulheres desempregadas ba-
teu recorde em 2021, como diz matéria.
Disponível em: blog.meifacil.com. Acesso em: 19 abr. 2022 (adaptado)
Na comparação entre os textos, observa-se que as de-
terminações previstas na Constituição Federal:
A garantem às mulheres o exercício de sua cidadania.
B promovem independência financeira às mulheres.
C necessitam ser atualizadas emrazão do estilo de 
vida das mulheres.
D alteram a realidade profissional da mulheres.
E contrastam com o que é vivido de fato pelas mulheres.
QUESTÃO 31 
Pequena cidade, grande tradição: a paixão por 
futsal no interior 
Times de municípios menores se destacam na Liga 
Nacional (Subtítulo)
Pode uma cidadezinha de quase 30 mil habitantes 
ser a mais importante do país em um esporte? Carlos 
Barbosa (RS) é prova de que sim. Em 3 de novembro de 
2017, o município da serra gaúcha, cuja população total 
ocupa o equivalente à metade da capacidade da Arena 
do Grêmio - 60 mil pessoas - recebeu oficialmente o tí-
tulo de Capital Nacional do Futsal, publicado no Diário 
Oficial da União.
Não é exagero. A Associação Carlos Barbosa de 
Futsal (ACBF) – ou simplesmente Carlos Barbosa, como 
o time local é conhecido – é a maior vencedora da Liga 
Nacional de Futsal, com cinco títulos, além de um hexa-
campeonato na Libertadores e um tricampeonato mun-
dial. “O futsal é nosso esporte principal desde a déca-
da de 60. O campeonato citadino já está na 50ª edição, 
ininterrupta. A modalidade é consumida pelas famílias, 
que comparecem ao ginásio, um lugar tranquilo, seguro. 
Nossa cidade é de interior, então, o pessoal tem [o fut-
sal] como passatempo”, explica Francis Berté, gestor da 
equipe, em entrevista à Agência Brasil.
A peculiaridade – cidade pequena e apaixonada por 
futsal – não se limita ao município de Carlos Barbosa. 
Das 21 franquias da temporada 2020, sete estão em ci-
dades com menos de 100 mil habitantes. É o caso da 
equipe Pato, de futsal, oriunda de Pato Branco (PR), mu-
nicípio de quase 83 mil moradores que tomaram as ruas 
para celebrar o bicampeonato nacional do time no ano 
passado. Outra característica dos clubes é a maioria - 18 
em 21 times - não estar localizada em capitais estaduais. 
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 11 abr. 2022
A forte presença do futsal em algumas cidades do inte-
rior do Brasil caracteriza-se como uma forma de 
A alternativa de esporte-espetáculo para os moradores 
de cidades interioranas
B linguagem corporal que destaca a tradição popular 
da população local
C rejeição às grandes equipes de futebol de campo que 
buscam dominar as cidades pequenas
D afirmação da identidade e dos elos sociais das pe-
quenas cidades do Brasil
E subversão da lógica predominante na história do con-
sumo de futebol pelo brasileiro
QUESTÃO 32 
Senhores,
A comoção com que neste momento vos agradeço 
a honra de me ver admitido à Casa de Machado de As-
sis não se inspira somente na simpatia daqueles amigos 
que a meu favor souberam inclinar os vossos espíritos. 
Inspira-se também na esfera das sombras benignas, a 
cujo calor de imortalidade amadurece a vocação literá-
ria. A mim estimulava-me particularmente a lembrança 
de uma sombra familiar, a de meu tio Sousa Bandeira, 
inteligência tão fina e discreta, falecido prematuramente 
quando realizava a melhor parte de sua obra, evocadora 
da vida do meu querido Recife nos fins do século pas-
sado; meu tio que, sentindo talvez o perigo dos precon-
ceitos parnasianos que tanto seduziam a nossa adoles-
cência, me aconselhava na dedicatória de um tratado de 
versificação: “A meu sobrinho, para que recorde apenas 
a técnica do verso, porque quanto à essência o melhor é 
pedir inspiração à sua própria alma.” Conselho que segui 
sempre e a que devo o que porventura haja de menos 
mau em meus poemas.
Discurso de posse de Manuel Bandeira na ABL, 30 de novembro de 1940
O uso da norma-padrão no discurso de posse de Manuel 
Bandeira na Academia Brasileira de Letras é justificado 
por tratar-se de um(a)
A texto produzido para uma solenidade institucional
B autor literário de alto gabarito sendo homenageado
C momento especial na vida dos escritores brasileiros
D peça oratória que exige maestria na apresentação
E obrigatoriedade da instituição que acolhe o escritor
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Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 16
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QUESTÃO 33 
Frescobol
Sobre a história do frescobol, o que se sabe é que 
a sua prática surgiu antes do nome. Tudo indica que 
o frescobol seja uma derivação da prática do tênis de 
praia, pois na década de 1950, o arquiteto Caio Rubens 
Romero Lira, que costumava jogar tênis com amigos 
na praia de Copacabana (RJ), teria encomendado uma 
raquete de fabricação de madeira, de modo a não ser 
corroída pela maresia, como acontecia com as raquetes 
tradicionais.
Foi apenas em meados de 1980 que tiveram início 
algumas competições locais de frescobol. O primeiro cir-
cuito nacional dessa modalidade só ocorreu em 1994, e 
ficou constituído como um marco, uma vez que o circuito 
passou por diversas localidades e fez com que os pra-
ticantes interagissem entre si. A partir de então, federa-
ções estaduais foram formadas no Rio Grande do Sul, 
no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Espírito Santo, e 
juntas organizaram o I Congresso de Frescobol, de onde 
saíram as regras gerais que norteiam o esporte. As parti-
das de frescobol são jogadas sempre com jogadores de 
uma mesma equipe, que podem escolher entre quatro 
modalidades diferentes.
RONDINELLI, Paula. “Frescobol”; Brasil Escola. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br. Acesso em 18 de abril de 2022.
Sobre a prática corporal do frescobol, o texto aborda sua 
suposta origem e sua trajetória marcando
A a escolha específica dos materias usados a fim de se 
obter melhor performance
B a diversidade cultural envolvida no momento de cria-
ção do esporte
C a trajetória de prática de lazer até se tornar prática 
competitiva
D o grande número de equipes locais envolvidas na 
competição nacional
E a tentativa de se criar um esporte que não necessi-
tasse de treino ou equipamentos
QUESTÃO 34 
Rui Barbosa, o ladrão de galinhas e o juridiquês
Um conhecido conto popular retrata que um ladrão 
foi surpreendido pelas palavras de Rui Barbosa ao ten-
tar roubar galinhas em seu quintal:
— Não o interpelo pelos bicos de bípedes palmípe-
des, nem pelo valor intrínseco dos retrocitados galiná-
ceos, mas por ousares transpor os umbrais de minha 
residência. Se foi por mera ignorância, perdôo-te, mas 
se foi para abusar da minha alma prosopopéia, juro pe-
los tacões metabólicos dos meus calçados que dar-te-ei 
tamanha bordoada no alto da tua sinagoga que trans-
formarei sua massa encefálica em cinzas cadavéricas.
O ladrão, todo sem graça, perguntou:
— Mas como é, seu Rui, eu posso levar o frango 
ou não?
Disponível em: www.conjur.com.br. Acesso: 15 Abril 2022)
As escolhas linguísticas supostamente feitas por Rui 
Barbosa conferem à sua fala um/uma
A força argumentativa que gera constrangimento e cul-
pa no ladrão
B destacado caráter autoritário e elitista nas escolhas 
lexicais
C diversidade na escolha de sinônimos para se referir 
ao ladrão
D inadequação da variedade linguística frente ao con-
texto comunicativo
E tom elevado e poético a despeito da qualificação de 
seu interlocutor
QUESTÃO 35 
PICASSO, P. Natureza-morta, garrafa e vidro, 1913
A obra de Picasso faz inova na expressividade, explo-
rando como principal característica artística a
A tentativa de transcrever a realidade por meio da 
composição
B utilização de suportes e traços tradicionais da pintura 
europeia
C busca de construir um contraponto às artes feitas 
para o espectador
D diversidade de técnicas e materiais em uma compo-
sição inusitada
E tentativa de geometrizar o espaço pictórico por meio 
da colagem
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QUESTÃO 36 
Baião Polinário
Baião cantado em ternário
E até quaternário
Uou, uou, uou.
Colagem de som inverso
Modismo ao reverso
Sim senhor.
Pode agradar, não discuto.
Se tem balanço, eu escuto,
Mas foge ao meu inventário.
Esse baiãopolinário
Pilantra, xibunga e sem cor.
Não! Não! Não!
Mais respeito com o sertão!
Essa coisa tão paxola,
Sem cabôco e sem viola,
Me perdoe, não é baião.
Não! Não! Não!
Mais respeito, meu irmão!
Fala a minha autoridade,
Num acorde de saudade,
De quem sabe o que é baião.
Gonzaga, L. Álbum: Canaã. 1968
A letra da canção de Luiz Gonzaga, conhecido como “Rei do Baião”, apresenta uma visão do autor sobre um gênero 
musical que
A apresenta elementos diversos que constituíram o baião como gênero
B critica inovações e novos elementos em uma arte já estabelecida
C considera desrespeitoso o ato de manter o baião em sua forma tradicional
D exalta as inovações formais que o gênero musical está apresentando
E enumera características necessárias para se fazer um baião inovador
QUESTÃO 37 
Mas eu dizia, se não estou equivocado, que, finda a guerra sino-finlandesa, fui preso como espião moscovita 
por causa de minhas barbas patriarcais e malcheirosas, e fui submetido a um conselho de guerra composto de 
15.000 generais, todos eles fardados, que me absolveram unanimemente e me repatriaram ao meu país de origem. 
Qual esse país fosse, nem eles nem eu sabíamos, de forma que voltei tranquilamente a dormir sob as pontes de 
diversos rios da Europa, os quais eu já conhecia de vista através das aulas de Geografia que me dava o meu pro-
fessor de ginásio, ao tempo em que eu ainda teimava em aprender as coisas.
Foi por essa época que aprendi a tocar berimbau com um professor do Conservatório de Varsóvia, herr Hepstei-
mm, e quando também resolvi fazer a minha primeira comunhão, por absoluto estado de fome. Desse aprendizado 
resultou-me a oportunidade de vir a ser mais tarde nomeado conselheiro musical na corte de Luís II da Baviera, o 
mesmo que tinha vários castelos assombrados e era dado a práticas de ocultismo, às quais aliás eu não era de todo 
alheio.
CARVALHO, C. A lua vem da Ásia. 1956
Ao relatar episódios peculiares do seu passado, o narrador imprime ao texto um sentido estético fundamentado na
A presença de construções de sentido inusitadas, desafiando a lógica linguística
B construção de frases que não possuem sentido, a fim de desnortear o leitor
C reconstrução precisa de fatos da vida do narrador, com clareza e coerência
D desconstrução da língua, criando uma nova linguagem com significações precisas
E quebra de regras da gramática normativa, inovando na expressividade
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QUESTÃO 38 
Entenda como identificar e denunciar os robôs nas redes sociais
A remoção de robôs nas plataformas digitais é uma prática cada vez mais constante pelas empresas. Além do 
Twitter, recentemente o Youtube decidiu eliminar os robôs da plataforma. Entretanto, a “limpa digital” também pode 
ser realizada por usuários em suas próprias redes sociais, observando padrões e detectando os comportamentos 
considerados distintos do engajamento comum na internet.
Dentre as características principais para identificar robôs, o especialista destaca: “analisar características de 
ampliação do conteúdo, a performance do conteúdo e também o sucesso do conteúdo. Vamos ver o tempo de inte-
ração, se posta muito, qual o intervalo de conteúdo produzido, a quantidade de postagens, quantas palavras por se-
gundo, se o intervalo é muito pequeno entre uma postagem e outra e se o conteúdo é repetitivo”, afirma Cerqueira.
Uma forma ainda mais simples de detectar os robôs é observar se o nome do perfil é muito aleatório, se o 
usuário combina uma quantidade muito grande de dígitos, se o nome do perfil é muito diferente do nome do usuário.
Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso 18 Abril 2022
Segundo o texto, o usuário da internet pode identificar robôs em redes sociais por meio da
A “limpa digital” operada pelas plataformas
B da análise da linguagem nas redes sociais
C da contagem precisa dos tempos de resposta
D da descoberta do nome do perfil do usuário
E busca por comportamentos considerados aleatórios
QUESTÃO 39 
— Se tu fosses cristão, Peri!...
O índio voltou-se extremamente admirado daquelas palavras.
— Por quê?... perguntou ele.
— Por quê?... disse lentamente o fidalgo. Porque se tu fosses cristão, eu te confiaria a salvação de minha Ce-
cília, e estou convencido de que a levarias ao Rio de Janeiro, à minha irmã. 
O rosto do selvagem iluminou-se; seu peito arquejou de felicidade; seus lábios trêmulos mal podiam articular o 
turbilhão de palavras que lhe vinham do intimo da alma.
— Peri quer ser cristão! exclamou ele.
D. Antônio lançou-lhe um olhar úmido de reconhecimento.
— A nossa religião permite, disse o fidalgo, que na hora extrema todo o homem possa dar o batismo. Nós esta-
mos com o pé sobre o túmulo. Ajoelha, Peri!
O índio caiu aos pés do velho cavalheiro, que impôs-lhe as mãos sobre a cabeça. Peri beijou a cruz da espada 
que o fidalgo lhe apresentou, e ergueu-se altivo e sobranceiro, pronto a afrontar todos os perigos para salvar sua 
senhora.
— Juras que, se não puderes salvar minha filha, ela não cairá nas mãos do inimigo?
— Peri te jura que ele levará a senhora à tua irmã; e que se o Senhor do céu não deixar que Peri cumpra a sua 
promessa, nenhum inimigo tocará em tua filha; ainda que para isso seja preciso queimar uma floresta inteira.
ALENCAR, J. O Guarani. 1857. Disponível em: www.dominiopublico.com.br Acesso em: 38 mar. 2022
Influenciada pelo ideário indianista do romantismo brasileiro, a obra ajuda a compreender como o índio era visto 
pela sociedade do século XIX. Nesse trecho, observamos que o personagem Peri é representado como alguém que
A busca conviver de forma harmônica com os brancos, mas preservando totalmente sua identidade
B se submete de forma integral aos brancos, preterindo seus próprios conterrâneos
C é um exemplo de conduta para os índios, pois aceita a fé cristã e os costumes europeus
D se mostra contrário às aspirações culturais de catequização dos índios, resistindo ao cristianismo
E simboliza a origem da nação brasileira, por meio da mistura de raças destacada por D. Antonio
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QUESTÃO 40 
Cinzas recolhidas de queimadas de biomas brasileiros viram arte em São Paulo
Um artista usa as cinzas produzidas pelas queimadas misturadas com tinta e cria um grande mural em São 
Paulo. A obra é uma releitura de um quadro de Portinari e, também, um alerta sobre as queimadas que ameaçam 
nossos biomas. O cinza das queimadas alcançou o centro de São Paulo — e se misturou à paisagem quase sem 
cor. É a cidade grande escancarando a destruição da mata num painel de mil metros quadrados. Uma pintura e um 
protesto de Mundano, artista e ativista nascido e criado na cidade, na floresta de concreto.
Mundano usou as cinzas do Pantanal, do Cerrado, da Amazônia e da Mata Atlântica para reviver uma das obras 
mais importantes do pintor modernista Candido Portinari, “O Lavrador de Café”. Um toco de árvore, símbolo do des-
matamento, liga os dois trabalhos. Em vez do lavrador, um brigadista. No lugar do trem, caminhões levando toras de 
madeira. As nuvens do céu viraram fumaça, que mandam um sinal, “SOS”, “socorro”. Na ampulheta, a urgência do 
tempo. O filho de Portinari se emocionou quando viu o painel pela primeira vez.
Em um saco, a gente tem carvão, que é o pigmento mais escuro. Em outra caixa, tem cinzas da Amazônia. Mas 
o artista conseguiu uma infinidade de outras nuances misturando o pó com água, tinta, verniz, e, assim, chegou a 
uma paleta de cinzas. E batizou cada tom. Tem, por exemplo, “Pantanal em risco”, “Cerrado ganância”, e a “Mata 
Atlântica devastada”. Para alguém que fez nome na arte com o colorido dos grafites, tem sido um desafio trabalhar 
com uma cor só.
Disponível em: www.g1.globo.com.Acesso em: 18 abr. 2022. (Adaptado)
A obra do artista contemporâneo Mundano dialoga com a tradição artística brasileira ao mesmo tempo que inova e 
carrega um forte questionamento sobre a realidade do Brasil. A obra alcança grande potencial expressivo pois
A choca o público ao expor a morte das florestas como forma de beleza
B atravessa a história das artes plásticas brasileiras em um elogio ao país
C o material utilizado dialoga com a significação e a crítica contida na obra
D clama por mudanças climáticas por meio da exposição de suas consequências para a natureza
E constrói uma imagem livre de referências do passado ao utilizar as cinzas como pigmento
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QUESTÃO 41 
Aparição
Por uma estrada de astros e perfumes
A Santa Virgem veio ter comigo:
Doiravam-lhe o cabelo claros lumes
Do sacrossanto resplendor antigo.
Dos olhos divinais no doce abrigo
Não tinha laivos de Paixões e ciúmes:
Domadora do Mal e do perigo
Da montanha da Fé galgara os cumes.
Vestida na alva excelsa dos Profetas
Falou na ideal resignação de Ascetas,
Que a febre dos desejos aquebranta.
No entanto os olhos d’Ela vacilavam,
Pelo mistério, pela dor flutuavam,
Vagos e tristes, apesar de Santa!
SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961
A poesia de Cruz e Souza revela aspectos de uma li-
teratura designada como Simbolismo. Com relação à 
poética e à abordagem temática presentes no soneto, 
identificam-se marcas dessa literatura, como
A repetições sonoras e a presença da cor branca
B musicalidade nos versos e tema de misticismo
C uso de letras maiúsculas e temática da morte
D versos sem rima e temática nacionalista
E o uso do soneto e a presença de religiosidade
QUESTÃO 42 
É também de Alencar o mérito da tentativa de apro-
ximar a linguagem literária da linguagem falada, afas-
tando seus textos dos padrões portugueses. Ainda que 
nunca efetivamente consolidada, a gramática de base 
popular fez parte dos propósitos de Alencar – o que fica 
sugerido no pós-escrito de Iracema. Era seu propósito 
aliar-se àqueles que pretendiam introduzir nos centros 
de interesse da sociedade o mito do povo soberano e 
demiurgo. Assim se expressa o autor em O Nosso Can-
cioneiro (1962): “Nós, os escritores nacionais, se quiser-
mos ser entendidos de nosso povo, havemos de falar-
-lhe em sua língua, com os termos ou locuções que ele 
entende, e que lhes traduz os usos e sentimentos.”.
Não era outro o pensamento de Gonçalves Dias, 
em carta ao Dr. Pedro Nunes Leal – documento de alta 
importância linguística e literária : “ A minha opinião é 
que, ainda sem o querer, havemos de modificar alta-
mente o Português (...) para dizer o que hoje se passa, 
para explicar as ideias do século, os sentimentos desta 
civilização, será preciso dar novo jeito à frase antiga.”.
GUIMARÃES, E. José de Alencar e o referencial teórico linguístico da 
língua portuguesa. Revista do GELNE, 2016
No texto, há uma discussão sobre o uso de certas va-
riedades da língua portuguesa. Os autores brasileiros 
concordam sobre o/a
A aspecto de valorização do uso tradicional da língua 
portuguesa na literatura
B uso da modalidade falada da língua em suas declara-
ções pessoais sobre o tema
C aproximação do registro usado na literatura com o 
utilizado pela população
D necessidade de subverter as regras gramaticais bus-
cando autenticidade na língua
E tentativa de resgatar a língua brasileira do passado 
por meio da literatura
QUESTÃO 43 
Pra frente Brasil
Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente,
Parece que todo o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção,
Tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
GUSTAVO, M. Pra Frente Brasil. Canção. 1970
Composta para apoiar a seleção brasileira na copa do 
mundo de futebol de 1970, a letra da canção harmoniza-
-se com um projeto ideológico em construção na época. 
O discurso poético de “Pra Frente Brasil” ecoa esse pro-
jeto, na medida em que
A atenta para a harmonia social experimentada na 
época
B busca projetar uma unidade nacional alheia à 
realidade
C destaca as conquistas do governo dos militares
D marca uma resistência da população frente o regime 
ditatorial
E protesta contra a censura e o descaso internacional 
com o Brasil
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QUESTÃO 44 
Azedume
Tira esse azedume do meu peito
E com respeito trate minha dor
Se hoje sem você eu sofro tanto 
Tens no meu pranto 
A certeza de um amor
Sei que, um dia, a rosa da amargura
Fenecerá em razão de um sorriso teu
Então, a usura que um dia 
sufocou minha alegria
Há de ser o que morreu
Dai-me outro viés de ilusão
Pois minha paixão tu não compras mais com teu 
olhar
Leva esse sorriso falso embora
Ou fale agora 
Que entendes meu penar
A lágrima que escorre do meu peito
É de direito, pois eu sei que tens um outro alguém
Mas peço pra que um dia se pensares 
Em trazer-me seus olhares
Faça porque te convém.
CAMELO, M. Los Hermanos. 1999
Considerando a época de lançamento dessa música, o 
registro linguístico presente na canção
A busca aproximar a linguagem da letra com a do leitor
B deturpa usos gramaticais consagrados para aparen-
tar erudição
C faz referência aos poemas ufanistas do romantismo 
brasileiro
D é definitivo para que a letra tenha a qualidade 
desejada
E serve para aproximar letra da canção de poemas 
mais antigos
QUESTÃO 45 
Saudosa Maloca
Se o sinhô num tá lembrado 
Dá licença de contá
Qui aqui onde agora está
Esse edifíciu ártu
Era uma casa véia
Um palacete assobradadu
Foi aqui seu moçu
Qui eu, Mato Grossu e o Joca
Construímus nossa maloca
Mais um dia
Nem queru me lembrá
Chegô os hômis co’as ferramenta
Qui o donu mandô derrubá
Peguemu tuda a nossas coisas
E fumus pru meio da rua
Ispiá a demolição
Qui tristeza
Qui eu sentia
Cada táuba qui caía
Duía nu coração
BARBOSA, A. Saudosa Maloca. 1951
O poema traz o relato de um grupo sendo expulso de 
sua moradia, posteriormente demolida. No texto, a vio-
lação de certas regras de ortografia
A serve para caracterizar socialmente os personagens 
envolvidos no relato
B revela uma provável carência de conhecimento lin-
guístico do autor
C determina a origem social do escritor da letra, bem 
como dos personagens
D representa uma possibilidade de ortografia dentro da 
norma-padrão
E altera profundamente o significado das palavras que 
sofrem alterações
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