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15
1
Prof. Vinícius Bednarczuk de Oliveira
Química Farmacêutica
15
2
A Química Farmacêutica, também conhecida
como Química Medicinal, ganhou destaque
entre as ciências a partir de 1829 com o
isolamento e caracterização da salicilina e,
posteriormente, com as modificações que
deram origem ao ácido acetil salicílico.
Química Farmacêutica
15
3
História da Química Farmacêutica
15
4
O início da Química Farmacêutica se 
confunde com a evolução da humanidade, 
pois desde os primórdios os nossos 
ancestrais buscam, de alguma forma, a 
resolução para os seus problemas.
História da Química Farmacêutica
15
5
O início - formas de curar enfermidades físicas 
Cura e diagnóstico
Magia e religião
Influência da química
15
6
Química – faz parte 
das atividades 
diárias
Manutenção da 
saúde
15
7
Primórdios – utilização e domínio do fogo
3.500 a.C – Arábia e China
Papiro de Ebers – 7.000 substâncias
Imperador Chinês Sheng Nung - “Chang 
shang” para o tratamento da malária
Índios brasileiros - raiz da ipeca no 
tratamento da diarreia
Incas - cascas da quina para tratar a febre 
causada pela malária
15
8
Marco inicial da Química Farmacêutica 
Extração e isolamento da salicilina – cascas 
do salgueiro
1839 - primeira modificação estrutural -
ácido salicílico
1853 - síntese o ácido salicílico –
muitos efeitos colaterais
1897 – desenvolvimento e registro 
da formulação do analgésico 
Aspirina®
15
9
TERMINOLOGIAS IMPORTANTES
15
10
Insumo farmacêutico ativo (IFA)
Medicamento referência 
Medicamento novo
Medicamento genérico
Medicamento similar
Terminologias da Farmacologia
15
11
Medicamento biológico
Vacinas: são medicamentos imunobiológicos
que contêm uma ou mais substâncias 
antigênicas que, quando inoculadas, são 
capazes de induzir imunidade específica ativa 
a fim de proteger contra, reduzir a 
severidade ou combater a(s) doença (s) 
causada(s) pelo agente que originou o(s) 
antígeno(s).
15
12
Terminologias
Essenciais para a compreensão dos termos 
utilizados na farmacologia.
15
13
DESENVOLVIMENTO DE 
FÁRMACOS
15
14
O aumento da população, aliado ao aumento 
dos grandes centros urbanos e redução de 
áreas nativas, desencadeou o ressurgimento 
de inúmeras doenças que já se encontravam 
sob controle. 
Por que temos a necessidade de descobrir 
novos fármacos? E como acontece esse 
processo?
15
15
Busca por novos medicamentos
Tratamento de doenças já existentes
Tratamento de doenças recém descobertas
Medicamentos capazes de combater 
resistência ao fármaco
Busca por fármacos mais seguros -
redução dos efeitos indesejados
15
16
Definição de moléculas ativas/alvo 
terapêutico
Pré-clínicos
Testes in vitro
Teste in vivo
Etapas
15
17
Fase I - Farmacocinética (forma farmacêutica, absorção, distribuição, 
biotransformação, excreção, biodisponibilidade, nível sérico), doses diferentes, RAM, 
interações. Voluntários sadios; 20 a 100 pessoas; 1 ano.
Fase II - Eficácia na doença, dose eficaz, posologia (dose e freqüência de dose), 
outros efeitos, mecanismo de ação. Voluntários doentes; 100 a 300 pessoas; 2 anos.
Fase III - Definição da dose, posologia, eficácia na doença, segurança. Voluntários 
doentes; 1000 a 3000 pessoas; 2 a 4 anos.
Fase IV - Confirmação na prática, com informações reais de médicos especialistas por 
meio de tratamentos individuais. Possíveis ajustes posológicos, conforme dados 
obtidos.
Ensaios clínicos
15
18
Desenvolvimento de fármacos
Alto custo
Desenvolvimento de novas tecnologias 
farmacêuticas → patentes
Medicamentos cada vez mais inovadores
15
19
FORMAS FARMACÊUTICAS
15
20
15
21
A forma farmacêutica é a forma ideal que 
assegura a estabilidade, administração e 
efeito terapêutico do fármaco, por esses 
motivos, as formas medicamentosas são 
selecionadas com base na via de 
administração requerida, bem como em 
critérios como estabilidade físico-química do 
princípio ativo, entre outros.
15
22
As diferentes formas farmacêuticas
ESTADO FÍSICO FORMAS FARMACÊUTICAS
SÓLIDAS Comprimidos
Drágeas ou comprimido revestido
Cápsulas
Pós
Granulados
SEMI-SÓLIDAS Cremes
Pastas
Géis
Pomadas
LÍQUIDAS Soluções estéreis e não estéreis
Xaropes
Suspensões
Elixires
GASOSA Aerossóis
15
23
Embalagem primária: embalagem que 
mantém contato direto com o medicamento 
(exemplo: blister, pote, frasco, etc). 
Embalagem secundária: embalagem externa 
do produto, que está em contato com a 
embalagem primária ou envoltório 
intermediário, podendo conter uma ou mais 
embalagens primárias (exemplo: caixa do 
medicamento).
Tipos de embalagem
15
24
15
25
15
26
Forma farmacêutica → via de administração
Embalagens → informações adequadas
15
27
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
15
28
As vias de administração de fármacos, é o 
local onde o vai entrar em contato com o 
organismo humano para depois promover o 
efeito terapêutico esperado, ou seja, cada via 
de administração de um determinado 
medicamento é indicada para uma situação 
específica, apresentando vantagens e 
desvantagens.
15
29
15
30
Via de administração Formas Farmacêuticas
Via oral
Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para
reconstituição, gotas, xarope, solução oral,
suspensão.
Via sublingual Comprimidos sublinguais
Via parenteral (injetável) Soluções e suspensões injetáveis
Via cutânea ou tópica
Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel,
adesivos.
Via nasal Spray e gotas nasais
Via oftálmica Colírios e pomadas oftálmicas
Via auricular
Gotas auriculares ou otológicas e pomadas
auriculares
Via pulmonar Aerossol
Via vaginal Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos.
Via retal Supositórios
15
31
Intradérmica – I.D.: administrado com agulha rente à pele, 
entre a derme e a epiderme, a agulha não chega a camadas 
profundas. Geralmente é aplicada no músculo deltóide do braço. 
Um exemplo clássico de vacina intradérmica é a BCG.
Subcutânea – S.C.: administrado com agulha na hipoderme, no 
tecido subcutâneo. Os locais para injeção S.C incluem as 
regiões superiores externas (braços), o abdômen, a região 
anterior das coxas e a região superior do dorso.
Intramuscular – I.M.: administrado com agulha diretamente na 
massa muscular. Esta via permite a administração de 
medicamentos em soluções aquosa e oleosa. 
Intravenosa (IV) ou endovenosa (EV): a administração é 
efetuada introduzindo o medicamento diretamente na veia, na 
corrente sanguínea.
Parenteral
15
32
Formas de aplicação de medicamentos 
injetáveis
15
33
Via de administração → forma farmacêutica
Fármaco → efeito terapêutico
15
34
FARMACOCINÉTICA E 
FÁRMACODINÂMICA
15
35
Farmacocinética: do grego kinetós que 
significa móvel, é o caminho que a substância 
química faz no organismo, neste processo 
não ocorre o estudo do seu mecanismo de 
ação, e sim as etapas que a substância sofre 
desde a administração até a sua excreção, 
que são: absorção, distribuição, 
biotransformação e excreção. 
Farmacodinâmica: área da farmacologia que 
estuda o efeito de uma determinada 
substância química em seu tecido-
alvo/receptor, ou simplificando estuda como 
uma substância interage no tecido-alvo. 
15
36
Administração
• Enteral: Oral, 
sublingual e retal
Absorção
Farmacocinética
• Trato gastrointestinal
Distribuição
Farmacocinética
• Corrente 
sanguínea
Biotransformação
Farmacocinética
• Fígado, rins e 
pulmões
Ligação no sítio de 
ação
Farmacodinâmica
• Interação com 
tecido-
alvo/receptor
Eliminação
Farmacocinética
• Urina, suor, 
leite materno, 
etc
15
37
Administração
• Parenteral: endovenosa, 
intramuscular e subcutânea
Distribuição
Farmacocinética
• Corrente sanguínea
Ligação no sítio de 
ação
Farmacodinâmica
• Interação com 
tecido-alvo/receptor
Eliminação
Farmacocinética
• Urina, suor, leite 
materno, etc
15
38
Outras vias: inalação, tópica e transdérmica.
Farmacocinética X Farmacodinâmica
1539
Aspectos farmacêuticos e 
farmacológicos
15
40
Química Farmacêutica = Química Medicinal
Descoberta de novos compostos que sejam 
adequados ao uso como fármacos
Potentes, rápido início de ação e menor 
incidência de efeitos colaterais possível
Aspectos farmacêuticos e farmacológicos
15
41
Finalidades de um medicamento
Profilática – prevenção de doenças
Curativa - cura de uma determinada 
enfermidade
Paliativa – alivio de um determinado 
sintoma
Diagnóstico realização de exames
15
42
Fase Farmacêutica
Desintegração da forma farmacêutica e 
dissolução do princípio ativo
Forma de apresentação - sólidas, 
líquidas e semissólidas
Via de administração – determina 
velocidade de ação
Propriedades físico-químicas –
hidrossolubilidade e grau de ionização
15
43
Fase Farmacocinética
Absorção - local de administração para circulação
Exceção - administração intravenosa 
Transporte ativo, transporte passivo, 
absorção convectiva e endocitose
Distribuição – corrente sanguínea - solubilidade do 
fármaco no sangue e a estabilidade 
Metabolismo – biotransformação - fígado, cérebro, 
sangue, rins e pulmões
Excreção – renal , intestinal, exalação, sudorese e 
aleitamento
15
44
Fase farmacodinâmica
Ação direta sobre o receptor - modelo 
chave-fechadura
Ação indireta sobre o efeito de um agonista 
endógeno
Ação através da inibição dos processos de 
transporte
Ação através da inibição enzimática
Ação através da ação enzimática direta ou 
ativação enzimática
15
45
Propriedades físico-químicas dos 
fármacos
15
46
As propriedades físico-químicas dos 
fármacos, também conhecidas como 
propriedades biofarmacêuticas, influenciam 
diretamente na sua atividade biológica. 
Propriedades físico-químicas dos fármacos
15
47
Solubilidade em água e grau de ionização
Pode ser influenciada por:
pH do meio
Tamanho da partícula
Polimorfismo
Forma farmacêutica
Taxa de dissolução
15
48
Lipossolubilidade 
Propriedade relacionada com a passagem 
através das membranas lipídicas
Lipofilia – melhor absorção / pior 
dissolução
Moléculas ácidas ou básicas – grau de 
ionização
Influência na lipossolubilidade
15
49
Propriedades Estruturais dos 
Fármacos
15
50
Para que um fármaco 
desempenhe sua ação, 
é necessário que haja 
uma interação ele e o 
sítio de ligação 
biológico
Propriedades Estruturais dos Fármacos 
15
51
Fármacos estruturalmente inespecíficos
Minoria dos fármacos
Não dependem das propriedades 
estruturais
Não precisam de um receptor
E como acontece o desenvolvimento 
da ação?
15
52
Ação - propriedades físico-químicas
solubilidade, grau de ionização e 
lipossolubilidade
Baixa potência – efeito dependente da 
dose
Doses + altas / acúmulo do fármaco
Ex.: Anestésicos gerais 
administrados por inalação
15
53
Fármacos estruturalmente específicos
Maioria dos fármacos existentes
Precisam da ligação a um receptor
Reconhecimento do fármaco
Propriedades estruturais / arranjo 
espacial
15
54
Fármaco + receptor = complementação
Modelo chave-fechadura
Alteração das propriedades da molécula
Modificação nas propriedades físico-
químicas
Modificar do mecanismo de ação / 
forma de interação
15
55
Modelo Chave-Fechadura
15
56
De acordo com esse modelo é possível 
identificar três tipos de “chaves”:
1. chave original ou agonista natural
2. chave modificada ou agonista modificado 
3. chave falsa ou antagonista 
Modelo Chave-Fechadura
15
57
Chaves = Micromoléculas (ligantes endógenos, 
fármacos)
Fechadura = Biomacromolécula
Buraco da fechadura = Sítio de ligação
15
58
Afinidade = interação entre o fármaco e o 
receptor
Atividade intrínseca = resposta biológica 
Fármacos agonistas
Fármacos antagonistas
15
59
Forças Químicas Envolvidas na 
Interação Fármaco-Receptor
15
60
Forças envolvidas na interação fármaco-receptor:
Forças eletrostáticas
Ligações de hidrogênio
Forças de van der Waals (dispersão de London)
Forças hidrofóbicas
Ligações covalentes
Forças Químicas Envolvidas na Interação 
Fármaco-Receptor
15
61
Fatores Estereoquímicos
Envolvidos na Interação 
Fármaco-Receptor
15
62
Fatores importantes na interação fármaco-
receptor:
Volume ou tamanho do fármaco
Conformação do fármaco e do receptor
Configuração
Fatores Estereoquímicos Envolvidos na 
Interação Fármaco-Receptor
15
63
Tamanho do fármaco
Capaz de influenciar na atividade
PM = 100 – 1000 da
Limite inferior – especificidade da 
molécula
Limite superior – capacidade de 
movimentação
15
64
Conformação do fármaco e do receptor
Arranjo espacial das moléculas - depende 
dos ângulos de torção 
Rotação das ligações sigma
Conformação alternada ou eclipsada
Definem a estabilidade
15
65
Configuração absoluta
Enantiômeros – imagem especular
Mesmas propriedades físico-químicas / 
atividade diferente
Ex.: talidomida (teratogênico)
15
66
A tragédia da talidomida, no final dos anos 
1950, foi um divisor de águas na regulação 
de medicamentos. Ela foi descoberta na 
Alemanha em 1953 para ser agregada a 
antibióticos, mas foi reconhecida 
mundialmente após 1957 como sedativo e 
hipnótico. Em 1961, entre 10 e 15 mil 
crianças nasceram com malformações após 
suas mães terem ingerido o medicamento 
durante a gestação.
PROBLEMAS RELACIONADOS A 
TALIDOMIDA
15
67
No Brasil, o assunto talidomida nunca saiu da 
pauta de problema público, pois a falta de 
uma regulação efetiva do medicamento fez 
com novos casos de malformações 
aparecessem após a aparentemente retirada 
da droga de circulação em 1962.
PROBLEMAS RELACIONADOS A 
TALIDOMIDA
15
68
Indicação na época: como sedativo para 
aliviar náuseas nas mulheres grávidas;
Efeito adverso: teratogênico.
PROBLEMAS RELACIONADOS A 
TALIDOMIDA
15
69
15
70
15
71
POLARIMETRO
15
72
A isomeria optica da talidomida ocorre por 
causa da mistura racêmica do carbono quiral.
MISTURA RACÊMICA
15
73
Síntese de Fármacos
15
74
Entre 1950 e 1980 o desenvolvimento de 
fármacos sofreu grandes modificações, 
dentre as quais, o desenvolvimento do 
bioisosterismo, que originou muito do que 
sabemos atualmente sobre a relação da 
estrutura química com a atividade biológica.
Síntese de Fármacos
15
75
Bioisosterismo – metodologia baseada na 
modificação estrutural da molécula com 
atividade biológica
A partir de um protótipo
Alteração das propriedades físico-químicas
Melhoramento da atividade biológica, 
redução de efeitos indesejados
15
76
Latenciação
Transformação do fármaco
Liberação da forma ativa no sítio de ação
“Cavalo de Tróia”
15
77
Porque é interessante o processo de 
latenciação?
Grande número de barreiras biológicas
Interferência na atividade farmacológica
Fase farmacêutica e/ou 
farmacocinética
15
78
Principais usos de um pró-fármaco
Solubilidade insuficiente em água
Baixa aceitabilidade do medicamento
Baixa estabilidade do fármacofrente aos
fluidos biológicos
Necessidade de aumentar a meia-vida do 
fármaco
15
79
Pró-fármaco
15
80
Os pró-fármacos são moléculas inativas ou 
menos ativas que o fármaco matriz, que após 
administração são metabolizadas a espécies 
ativas em locais próximos ao sítio de ação, 
sendo capazes de exercer sua atividade 
terapêutica. 
Pró-fármaco
15
81
Características da molécula candidata à pró-
fármaco
Ser inativa ou menos ativa que o fármaco matriz
Síntese menos complexa que a do fármaco 
matriz
Regeneração “in vivo” do fármaco matriz -níveis 
efetivos de fármaco no sítio de ação
Minimizar metabolização direta ou inativação
Transportador não deve apresentar toxicidade
Garantir níveis eficazes do fármaco no local de 
ação 
15
82
Estrutura do pró-fármaco - grupo funcional 
do fármaco
Classificação dos pró-fármacos – forma de 
transporte
Pró-fármacos clássicos
Bioprecursores, mistos e recíprocos
Fármacos dirigidos
15
83
Pró-fármaco clássico
Seguem osignificado clássico de latenciação
Inativos ou menos ativos que o fármaco matriz
Necessitam de um transportador
15
84
Bioprecursores – fármacos latentes
Não ligam a um receptor
Inativas “in vivo” - biotransformação
Metabólito ativo
Metabólito ativo
15
85
Pró-fármacos mistos
Forma latente + bioprecursores + clássicos
Inativas – ligadas a um transportador
Sofrem reações de biotransformação
Liberadas no alvo de ação
15
86
Pró-fármacos recíprocos
Transportador tem atividade farmacológica
Sinergismo de ação ou atividade 
terapêutica diferente
15
87
Fármacos dirigidos
Forma latente + transportador específico 
Especificidade da ligação
Reduz a ação sobre órgãos ou tecidos 
inespecíficos
Aumentar a potência e reduzir os 
efeitos indesejados
15
88
Relação Estrutura-Atividade
15
89
A relação estrutura-atividade envolve a 
relação entre as modificações realizadas na 
estrutura da molécula e as consequentes 
alterações na atividade biológica:
Maior atividade terapêutica, diferentes 
atividades terapêuticas, menos efeitos 
colaterais e facilidade de administração
Relação Estrutura-Atividade
15
90
Compostos estruturalmente semelhantes –
grupo farmacofórico
Mesma classe farmacêutica - atividade 
semelhante
Diferente potência e efeitos colaterais
15
91
Como determinar a REA de uma classe de 
compostos?
Fazer pequenas alterações na estrutura do 
protótipo da classe
Avaliar o efeito de cada alteração sobre as 
propriedades do fármaco
15
92
Modificações no tamanho e conformação do 
fármaco
Alterar o n° de grupamentos CH2
Alteração do grau de insaturação
Introdução ou remoção de anéis ou sistema 
de aneis
15
93
Dependendo da natureza do grupo utilizado, 
a introdução de novos substituintes pode 
alterar diversos parâmetros, tanto 
farmacocinéticos quanto farmacodinâmicos, 
da natureza do fármaco.
Relação Estrutura-Atividade
15
94
Introdução de novos substituintes
Introdução de grupamentos metila
Aumento da lipofilia – interferência no 
metabolismo
15
95
Introdução de halogênios
Aumento da lipofilia
Acúmulo no tecido adiposo
Introdução de grupos hidroxila
Aumento da hidrofilia - metabolismo
Novo centro para formação de ligações de H 
com o sítio alvo
Ação bactericida
15
96
15
97
Introdução de grupos ácido carboxílico
pH fisiológico - ionização
Maior hidrossolubilidade
Metabolização
15
98
Introdução de grupos ácido sulfônico
Sem alterações na atividade
Aumento da metabolização
Introdução de grupos tióis, sulfetos e outros 
contendo enxofre
Pouco utilizados para estudos de REA
Facilmente metabolizados
Úteis como inibidores de haloenzimas –
capacidade de quelar metais
15
99
REAQ/QSAR
15
100
QSAR é o termo inglês (Quantitative
Structure Activity Relationship) para REAQ 
(Relação Estrutura Atividade Quantitativa)
Modelo matemático que relaciona, 
quantitativamente, a estrutura química dos 
compostos com as atividades farmacológicas
REAQ/QSAR
15
101
Primeiros estudos: 1960 – atividade biológica 
obtida experimentalmente X propriedades 
físico-químicas descritas na literatura
Atualmente: contribuição para a Química 
Medicinal
Identificação de protótipos
Fármacos + específicos
Maior atividade intrínseca e melhor 
perfil farmacológico
15
102
Estudos realizados através de programas de 
computador 
Cálculo das propriedades físico-químicas e 
relação com atividade biológica
Quando realizados com estruturas 
tridimensionais – modelagem molecular
15
103
Planejamento e Modelagem 
Molecular de Fármacos
15
104
A Química Farmacêutica é uma ciência que 
engloba o planejamento e a modelagem 
molecular de fármacos. 
Planejamento e Modelagem Molecular de 
Fármacos
15
105
Modelagem molecular
Construção e manipulação de modelos
Compreender mais profundamente os 
elementos por eles representados
Modelos - representações simplificadas 
de objetos e fenômenos físicos reais 
15
106
Modelagem molecular 
Pode ser assistida por computadores 
São realizados cálculos de energias de 
conformação, de propriedades 
termodinâmicas e físico-químicas, de 
orbitais moleculares
15
107
Métodos de aplicação da modelagem molecular
Método direto
Método indireto
Otimizar o encaixe da molécula no receptor
Explorar aspectos tridimensionais de 
reconhecimento molecular 
Auxiliar na interpretação das relações 
estrutura-atividade
15
108
Fármacos que interagem com 
receptores biológicos: Fármacos 
Colinérgicos
15
109
Agentes colinérgicos - fármacos que direta ou 
indiretamente produzem efeitos similares aos 
causados pela acetilcolina.
A acetilcolina é, portanto, um 
neurotransmissor endógeno, que sinaliza 
para diversos tipos de receptores presentes 
no Sistema Nervoso Central (SNC), no 
Sistema Nervoso Autônomo Simpático e 
Parassimpático.
Fármacos que interagem com receptores 
biológicos: Fármacos Colinérgicos 
15
110
Biossíntese, armazenamento 
e liberação da acetilcolina 
(Ach)
Hidrossolúvel
Dificuldade em 
atravessar membranas
Incorporada em uma 
vesícula
15
111
Receptores colinérgicos – 2 tipos
Receptores muscarínicos - M1 a M5
Encontrados nos órgãos inervados pelas 
fibras pós-ganglionares do SNP
M1, M3 e M5 - ativação da fosfolipase C
M2 e M4 - inibição da adenilato ciclase
15
112
Receptores colinérgicos
Receptores nicotínicos – N1 e N2
Junção neuromuscular esquelética, 
medula adrenal e gânglios autonômicos
Foco de investigação – Miastenia gravis
15
113
Efeitos colinérgicos
Inibição cardíaca, vasodilatação periférica, 
aumento das secreções glandulares, aumento 
do peristaltismo dos tratos gastrointestinal e 
urinário e miose
Intoxicação por Muscarina e pilocarpina -
inibidos pela atropina
Estímulo e aumento do tônus dos músculos 
esqueléticos (NICOTINICOS)
Nicotina - bloqueado pela succinilcolina
15
114
Os fármacos colinérgicos podem ser divididos 
em duas categorias, dependendo do seu 
mecanismo de ação: agentes colinérgicos 
diretos e agentes colinérgicos indiretos 
(anticolinesterásicos).
Fármacos que interagem com receptores 
biológicos: Fármacos Colinérgicos
15
115
Agentes colinérgicos diretos
Semelhantes à acetilcolina - efeitos similares
Colinomiméticos ou parassimpatomiméticos 
Estudos sobre relação estrutura-atividade
15
116
Fármacos que interagem com 
receptores biológicos: Fármacos 
Anticolinérgicos 
15
117
Os agentes anticolinérgicos são conhecidos, 
também, como agentes bloqueadores 
colinérgicos, pois atuam bloqueando a 
atividade da acetilcolina nos receptores 
colinérgicos.
Fármacos que interagem com receptores 
biológicos: Fármacos Anticolinérgicos 
15
118
Fármacos antimuscarínicos
Alta afinidade – sem atividade intrínseca 
(bloqueia a ação da ACh)
R = grupo volumoso / “n” = 2 ou 3
Similares aos agentes colinérgicos
15
119
Bloqueadores neuromusculares
Bloqueando os receptores nicotínicos nos 
músculos esqueléticos
Bloqueadores neuromusculares competitivos 
despolarizantes
Bloqueadores neuromusculares competitivos 
não-despolarizantes
Decametônio, suxametônio, succinilcolina
Tubocurarina, metocurina, pancurônio, 
vecurônio, atracúrio, galamina
15
120
Estrutura geral -
n=9 a 12 
N=10 – atividade curarizante
(relaxa musculatura 
esquelética)
15
121
Fármacos que interagem com 
receptores biológicos: Anti-
histamínicos
15
122
Histamina: mensageiro químico formado a 
partir do aminoácido histidina, e armazenado 
em mastócitos e basófilos, na forma 
inativada.
15
123
Agonistas da histamina
Estruturalmente 
semelhante à histamina
Inibidores da liberação de 
histamina (bloqueia cálcio 
e reduz liberação de 
histamina)
Não apresentam 
semelhanças estruturais 
com a histamina
15
124
Agentes antialérgicos
Antagonistas H1 de 
primeira geração
Derivados 
etanolamínicos
Derivados
etilenodiamínicos
Derivados
propilamínicos
Derivados tricíclicos
Derivados piperazínicos15
125
Antagonistas H1 de segunda geração
Grupamentos mais volumosos e hidrofílicos
Dificuldade de interação com os receptores H1 
no SNC
15
126
Agentes antiúlcera – antagonistas H2
Estrutura semelhante à histamina 
Bloqueio dos receptores H2 -> Reduz a 
secreção gástrica 
15
127
Fármacos que interagem com 
receptores biológicos: 
Hipnoanalgésicos
15
128
Os hipnoanalgésicos dizem respeito aos 
analgésicos derivados do ópio. São 
depressores seletivos do SNC, empregados 
para aliviar a dor sem causar a perda da 
consciência.
Fármacos que interagem com receptores 
biológicos: Hipnoanalgésicos
15
129
Receptores opioides - proteínas localizadas nos 
neurônios
Receptores opióides:  (mi),  (capa),  (delta) 
e  (sigma) → sigma não reverte pela naloxona
Fármaco + receptor = atividade
Efeitos adversos = depressão respiratória, 
constipação, vômitos, náuseas, distúrbios 
cardiovasculares, tonturas, visão turva, 
alterações de humor, tolerância, 
dependência física e psíquica e síndrome 
de abstinência
15
130
Agonistas opioides: estrutura geral: 
Átomo de C quaternário (X)
Anel fenílico ou isóstero (Ar) ligado ao átomo de C
Grupo amino terciário separado do anel fenílico por 
dois átomos de C saturados
Grupo hidroxila fenólico em posição meta à ligação 
do C quaternário (Ar) – para alguns agonistas.
15
131
Morfina
15
132
Antagonistas dos 
Hipnoanalgésicos
Estrutura muito semelhante 
aos derivados da morfina -
diferenças na posição 17
Competem pelos receptores
NALOXONA
15
133
Fármacos que interagem na ação 
enzimática: Hormônios 
esteroidais 
15
134
Os fármacos conhecidos como corticoides são 
esteroides, derivados de uma estrutura comum, 
denominada ciclopentanoperidrofenantreno
Fármacos que interagem na ação 
enzimática: Hormônios esteroidais 
15
135
Corticoides ou adrenocorticoides
Mineralocorticoides e glicocorticoides
Mineralocorticoides - controle do balanço 
eletrolítico e aquoso nos túbulos renais
Glicocorticoides - controle do 
metabolismo de carboidratos e proteínas
15
136
REA
15
137
Exemplos
15
138
15
139
Fármacos que interferem na ação 
enzimática: anti-hipertensivos
15
140
Entre os agentes anti-hipertensivos estão as 
seguintes classes de medicamentos: 
diuréticos, inibidores da ECA, bloqueadores 
dos receptores AT1 da angiotensina II, 
bloqueadores dos canais de cálcio, agentes 
antiadrenérgicos e agentes vasodilatadores
Fármacos que interferem na ação 
enzimática: anti-hipertensivos
15
141
Diuréticos osmóticos
Profilaxia da insuficiência renal aguda por 
cirurgias ou hemorragia severa 
Manitol, sorbitol e isossorbida
Atuam no túbulo proximal exercendo um 
efeito osmótico
15
142
Inibidores da anidrase carbônica
Tratamento do glaucoma – acidose sistêmica
Derivados sulfonamídicos não devem ser ter 
substituintes no nitrogênio
Perda de atividade
15
143
Tiazidas e derivados
Porção cortical do ramo 
ascendente da alça de Henle e 
túbulo distal
Impedem a reabsorção de 
Na+ e Cl-
Grupo sulfonamida - C7 + 
retiradores de e- - C6
Essenciais para atividade
15
144
Diuréticos de alça
Atuam no ramo ascendente da alça de Henle -
inibição do sistema cotransportador Na+/K+/2 Cl-
Grupo sulfonamida - C5 - essencial para 
atividade diurética
C1 – grupo ácido
C4 - retirador de e-
15
145
Diuréticos poupadores de potássio
Atuam no túbulo distal e ducto coletor
Retenção de K+ - podem causar hipercalemia
15
146
Fármacos que interferem na ação 
enzimática: sulfonamidas
15
147
As sulfonamidas são agentes antibacterianos 
de amplo espectro, os quais têm lugar 
destacado na terapêutica antimicrobiana, 
principalmente quando não é possível ou não 
é conveniente a administração de antibióticos
Fármacos que interferem na ação 
enzimática: sulfonamidas
15
148
Antagonismo competitivo com o ácido p-
aminobenzóico (PABA)
Inibição da enzima di-hidropteroato sintase
Impede a formação do ácido fólico
Estruturalmente semelhantes ao PABA
(A) p-aminobenzóico. (B) 
Sulfanilamida. (C) 
Estrutura geral das 
sulfonamidas.
15
149
15
150
Sulfonamidas sistêmicas – ação prolongada -
>lipofilia
Sulfonamidas intestinais – pró-fármacos 
hidrofílicos
Sulfonamidas urinárias – rápida absorção 
/excreção lenta
15
151
Fármacos que interferem na ação 
enzimática: antibióticos -
lactâmicos 
15
152
Os fármacos pertencentes a classe dos β-
lactâmicos possuem em sua estrutura um 
anel de quatro membros, denominado de anel 
-lactâmico, sendo 3 átomos de carbono e um 
átomo de nitrogênio
Fármacos que interferem na ação 
enzimática: antibióticos -lactâmicos 
15
153
Antibióticos -lactâmicos clássicos
Penicilinas e cefalosporinas
Anel -lactâmico - condensado com um 
anel contendo um heteroátomo + cadeia 
lateral amídica na posição  à carbonila
15
154
Penicilinas
15
155
Cefalosporinas
Cefalosporinas clássicas X = S e R’’ = H
Cefamicinas X = S e R’’ = OCH3
Oxacefemas X = O e R’’ = OCH3
COOH – C4 - formação de sais solúveis 
R’ = propriedades farmacocinéticas
R’’ = espectro antibacteriano
R’’ = CH3O  resistência à -
lactamase
15
156
-lactâmicos não-clássicos
Carbapenens, monobactans, oxapenens e 
sulbactam
15
157
Fármacos que inibem a síntese 
proteica: tetraciclinas 
15
158
São fármacos caracterizados pela presença 
de um sistema formado por quatro anéis 
condensados e pelo seu amplo espectro de 
ação
A principal representante da classe é a 
tetraciclina
Fármacos que inibem a síntese proteica: 
tetraciclinas 
15
159
Moléculas anfotéricas - apresentam três valores 
de pKa
2,8 a 3,4 correspondente ao sistema de triona
conjugado que se estende de C1 a C3 no anel A
7,2 a 7,8 que corresponde ao sistema enólico
fenólico conjugado que se estende de C10 a 
C12
9,1 a 9,7 correspondente ao ácido conjugado 
do grupo dimetilamino em C4
15
160
Capazes de quelar íons metálicos polivalentes
Formação de quelatos insolúveis a pHs
neutros - não são absorvidos via oral
Tetraciclinas são incompatíveis com 
antiácidos ricos em íons multivalentes 
15
161
Orientação -estéreo do grupo dimetilamino
– C4 - essencial para a atividade antibiótica
Presença do grupo hidroxila terciário e um 
grupo benzílico no C-6
Desidratação catalisada por ácido 
envolvendo o hidrogênio do C-5a
Possibilidade de formação da 4-
epianidrotetraciclina
Nefrotoxicidade
15
162
Fármacos que atuam nos ácidos 
nucléicos e outros: antivirais 
15
163
Os vírus são estruturas, extremamente 
pequenas, que variam de 0,02 a 0,4 m. Eles 
apresentam uma constituição bastante 
simples, necessitando das células do 
hospedeiro para se reproduzirem (parasitas 
intracelulares). 
Fármacos que atuam nos ácidos nucléicos e 
outros: antivirais 
15
164
Agentes envolvidos na inibição dos estágios 
iniciais da replicação viral
15
165
Agentes que afetam a transcrição, tradução e 
translação dos ribossomos
Metisazona
15
166
Agentes que interferem com a replicação do 
ácido nucléico (análogos de nucleosídeos)
15
167
Agentes utilizados na Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida (SIDA = AIDS) 
Agentes inibidores de transcriptase reversa 
análogos de nucleosídeos
15
168
Agentes inibidores de transcriptase reversa 
não-nucleosídeos
15
169
Agentes inibidores de protease

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