Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Da União Ibérica ao
 governo de Marquês
 de Pombal 
 
 
 
Hispânica, além de ser o responsável pela construção 
de uma grandiosa frota naval intitulada Invencível 
Armada, com o objetivo de defender o vasto império 
espanhol. 
 
Após estudarmos a Economia Açucareira do 
Brasil Colonial costuma surgir a seguinte dúvida: Por 
que a região Nordeste, área mais rica nos primeiros 
séculos, é tão pobre nos dias de hoje? 
Tal questionamento é fundamental para o desen- 
volvimento de uma consciência da cidadania. Por meio 
do estudo das origens de nossos problemas, podemos 
buscar alternativas para uma sociedade melhor. 
Esse é o nosso caminho. Com a União Ibérica, 
Portugal e Brasil ficaram sob o domínio espanhol. 
E a Espanha, devido às rivalidades internacionais, 
proibiu a presença holandesa na economia açuca- 
reira do Brasil. 
Os holandeses decidiram invadir o Brasil e pro- 
vocaram, após a sua expulsão, a decadência de nosso 
principal produto de exportação: o açúcar. Os detalhes 
iremos aprender a partir de agora. 
Portugal e Espanha montaram vastos impérios 
coloniais através do processo de Expansão Marítima, 
ampliando a integração da Europa a outras regiões 
do globo. A grandiosidade dos impérios ibéricos 
estimulou rivalidades entre eles e entre estes e as 
potências emergentes como Inglaterra, França e 
Holanda, gerando guerras e invasões. 
Em 1556, ascendeu ao trono espanhol Filipe II 
de Habsburgo, dinastia que também controlava o 
Sacro-Império Romano Germânico. Esse rei intensi- 
ficou a exploração de metais preciosos na América 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A invencível armada. 
 
 
 
 
Paralelamente, o Império Português, embora 
estendendo-se do Brasil à Ásia demonstrava toda 
sua fragilidade a partir da ausência de infraestru- 
tura (navios, portos feitorias, núcleos coloniais) 
suficientes para a sua manutenção. Essa fragilidade 
portuguesa aguçou a cobiça de outras nações, espe- 
cialmente da vizinha Espanha que se aproveitou da 
morte prematura do rei D. Sebastião de Portugal para 
invadir o reino, transferindo para Portugal as rivalida- 
des internacionais espanholas. Essas tensões eram 
provocadas pela política externa agressiva de Filipe 
II, em prol da manutenção do que os historiadores 
denominam preponderância espanhola no 
século1 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
D
o
m
ín
io
 p
ú
b
li
c
o
. 
 
 
 
 
e distribuição do açúcar pela Europa. 
XVI. Uma das principais riva- 
lidades era entre a Espanha e a 
Holanda, uma vez que esta úl- 
tima, uma província controlada 
pelos Habsburgos espanhóis, 
lutava por sua independência 
desde 1581, diante da intransi- 
gência de Filipe II na aceitação 
do protestantismo, predomi- 
nante na Holanda. Rivalidade 
que afetou diretamente as até 
então amistosas relações entre 
holandeses e portugueses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Felipe II. 
Como não deixou herdeiros, assumiu o trono 
português seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que 
veio a falecer dois anos depois, dando fim à dinas- 
tia de Avis, inaugurada pelo mestre D. João I em 
1385. Aproveitando-se dessa ausência, o rei Filipe 
II (descendente pelo lado materno de D. Manuel, rei 
de Portugal entre 1495 e 1521) ordenou a invasão de 
Portugal, declarando: “Portugal, lo herdé, lo compré 
y lo conquisté” (Portugal, o herdei, o comprei e o 
conquistei). 
 
As consequências da 
União Ibérica para Portugal 
Apesar de Filipe II ter prometido através do 
Juramento de Tomar (1581) manter a autonomia 
administrativa e comercial portuguesa, realizou 
modificações significativas como a divisão do Brasil 
Portugal e Holanda mantinham próximas rela- 
ções desde a expansão marítima (XV-XVI), onde 
casas bancárias holandesas participaram do finan- 
ciamento das expedições lusas. Os holandeses ain- 
da tinham grande atuação na economia açucareira 
portuguesa, tanto no financiamento dos engenhos 
e transporte do açúcar para Portugal, quanto no 
refino 
 
 
 
A União Ibérica 
(1580-1640) 
Convencionou-se chamar de União Ibérica o 
período compreendido entre os anos de 1580 e 1640, 
onde o rei da Espanha passou a ser também o rei de 
Portugal. Este domínio ocorre logo após a morte do 
rei D. Sebastião de Portugal em 1578, na região de 
Alcácer-Qbir (norte da África) em batalha contra os 
mouros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho da batalha de Alcácer-Qbir, na África, onde 
morreu D. Sebastião. 
2 
em dois Estados, no ano de 1621, criando o Estado 
do Maranhão (capital em São Luiz) e o Estado do 
Brasil (capital em Salvador), para melhor combater as 
crescentes incursões estrangeiras. Outra modificação 
foi a ampliação dos limites territoriais da ocupação 
portuguesa na América, uma vez que com a União 
das Coroas Ibéricas, portugueses e espanhóis pude- 
ram transitar com mais desenvoltura entre os dois 
lados do meridiano de Tordesilhas. 
Entretanto, a mais significativa das consequên- 
cias desta união, foram as invasões estrangeiras ao 
Brasil, destacando-se as invasões holandesas. 
Portugal só recuperou sua autonomia no ano de 
1640 com apoio da Inglaterra, após a Guerra de Res- 
tauração. Sobe ao trono português D. João IV, dando 
início à dinastia de Bragança em Portugal. Apesar da 
autonomia em relação à Espanha, Portugal passou 
então a gravitar na esfera de influência inglesa, pro- 
cesso que se agravou no decorrer dos anos. 
 
As invasões holandesas 
ao Brasil 
 
Causa 
Filipe II decretou o bloqueio dos portos de seus 
domínios aos mercadores holandeses. Com a União 
Ibérica, esta restrição ampliou-se para o Brasil, moti- 
vando a invasão holandesa com o objetivo de garantir 
a participação na economia açucareira do Brasil. Para 
realizar a invasão, foi criada a WIC (Companhia das 
Índias Ocidentais Holandesas) em 1621, formada por 
mercadores flamengos que receberam o monopólio 
sobre a exploração comercial na América e África. 
D
o
m
ín
io
 p
ú
b
li
c
o
. 
D
o
m
ín
io
 p
ú
b
li
c
o
. 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
A invasão fracassada 
à Bahia (1624-1625) 
Em 1624, os holandeses iniciaram suas incur- 
sões ao Nordeste Brasileiro pela Bahia (sede do Go- 
verno Geral do Brasil e principal produtor de açúcar 
até então). Apesar do sucesso inicial, os holandeses 
comandados por Jacob Wilikens e Van Dorth foram 
expulsos da Bahia por uma tropa colonial liderada 
pelo bispo D. Marcos Teixeira, que utilizou um discur- 
so anticalvinista para mobilizar a população colonial 
contra os invasores. Uma esquadra luso-espanhola 
chamada Jornada dos Vassalos também foi envia- 
da para auxiliar na expulsão dos invasores que em 
1625 já tinham sido expulsos. Porém, não desistiram 
da empreitada no Nordeste e passaram a preparar 
uma nova invasão, financiada por saques a navios 
espanhóis carregados de metais preciosos. 
 
A invasão a Pernambuco 
(1630-1654) 
Em 1630, os holandeses com cerca de setenta 
navios, invadiram Pernambuco, vencendo a defesa 
comandada por Matias de Albuquerque. Embora 
tenha resistido aos ataques flamengos por cerca de 5 
anos, Matias de Albuquerque viu suas tropas serem 
derrotadas principalmente após a traição de Domin- 
gos Calabar, militar que atuou nas tropas de defesa, 
mas que passou a colaborar com os holandeses, 
indicando os principais centros de defesa colonial. 
Em 1635, completou-se a conquista holandesa, após 
a queda do Arraial do Bom Jesus. 
A administração de Maurício 
de Nassau (1637-1644) 
Em 1637, foi enviado para ser o administrador 
do Nordeste holandês, o nobre e funcionário da WIC 
João Maurício de Nassau-Siegen. O período de ad- 
ministração de Nassau foi um dos mais prósperos 
do Nordeste, e responsável pela consolidação da 
ocupação holandesa, buscando a conciliação com 
os luso-brasileiros. 
Entre as realizações de Nassau destacamos: 
• Respeito à propriedadedos senhores de 
engenho: diante das ameaças de saques 
e confiscos que poderiam ser feitos pelos 
holandeses. 
• Fornecimento de empréstimos: para esti- 
mular a produção açucareira no Nordeste, 
elevando a produtividade agrícola a partir 
do cultivo de novas áreas e introdução de 
novas técnicas. 
• Tolerância religiosa: respeito ao catolicismo, 
eliminando o temor que pairava entre os luso- 
-brasileiros de que os holandeses instituis- 
sem o calvinismo como religião oficial. 
• Criação da Câmara dos Escabinos: criada 
para administrar as possessões holandesas 
no Brasil. Embora comandada por holande- 
ses, contava com a participação dos senhores 
de engenho, garantindo-lhes relativa influên- 
cia política. 
• Urbanização do Recife: a partir da constru- 
ção de pontes, palácios, jardins e pavimen- 
tação das ruas. 
• Vinda de intelectuais e artistas europeus: 
como Franz Post, Willem Piso, Marcgrave e 
Albert Eckhout. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Domínio holandês. 
 
 
Os holandeses não limitaram sua conquista 
ao Nordeste Brasileiro, invadindo também o prin- 
cipal centro distribuidor de escravos na África (A 
fortaleza de São Jorge da Mina – atualmente em 
Gana). Se por um lado garantiam o fornecimento 
de escravos às áreas ocupadas pelos holandeses, 
por outro restringiam o fornecimento em outras 
áreas como São Vicente, que passou a se dedicar 
ao apresamento de índios. A fortaleza só foi reto- 
 
3 
T
e
m
á
ti
c
a
 c
a
rt
o
g
rá
fi
c
a
. 
 
 
o bastante lucrativo. 
ezembro de 1679. 
mada em 1649 por Salvador de Sá e Benevides, 
restabelecendo o fornecimento de escravos e 
provocando o declínio do apresamento de índios. 
Salvador de Sá e Benevides há muito tempo 
dedicava-se à compra de escravos na África que 
eram vendidos na região andina e platina, em um 
negóci 
que a patrícia de nossa religião seja abertamente 
introduzida entre os portugueses com a abolição 
dos seus ritos e cerimônias, pois nada há que mais 
os exarcebe.(...) 
(J. Maurício, Conde de Nassau 
Recife de Pernambuco, 6 de maio de 1644) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maurício de Nassau: Johann Mauritius van 
Nassau-Siegen, general holandês que governou 
as possessões holandesas no Brasil, nasceu em 
Dillenburg (Alemanha) em 17 de junho de 1604. 
Estudou nas universidades de Genebra e Basileia, 
cidades de forte influência calvinista. Participou 
em 1618 da Guerra dos Trinta Anos e aceitou a 
nomeação da Companhia das Índias Ocidentais 
para governar as recém conquistadas possessões 
holandesas no Brasil, chegando à Recife em janeiro 
de 1637. Sua administração conseguiu diminuir a 
revolta dos luso-brasileiros, introduzindo novas 
técnicas na produção dos engenhos, diminuindo 
os impostos, além de permitir liberdade religiosa. 
Remodelou a cidade, construiu palácios, pontes e 
o observatório astronômico na ilha de Antônio Vaz, 
criou também a cidade de Maurícia (hoje bairro de 
Recife). Após sua demissão pela WIC, retornou à 
Europa e tornou-se governador de Kleve na Renâ- 
nia. Em 1661 ainda viajou à Inglaterra em missão 
diplomática. No ano de 1668 tornou-se marechal- 
-de-campo durante a guerra entre a Holanda e a 
França de Luís XIV distinguindo-se nas batalhas. 
Em 1674 retornou aos seus domínios em Kleve, 
onde abandonou a carreira política e faleceu em 
20 de d 
 
 
Demitido da administração do Brasil holandês 
em 1644 por conta de seu estilo considerado “one- 
roso” pela WIC, recomendou muita prudência por 
parte da junta que o substituiu, como descrito no 
documento citado: 
(...) Convém que procurem angariar e manter, 
por meio de favores e de dinheiro, alguns portugue- 
ses particularmente dispostos e dedicados para com 
V. Sas., dos quais possam vir a saber em segredo os 
preparativos do inimigo (...). Não convém por agora 
 
 
Retrato de Maurício 
de Nassau, 1644. 
Jean de Baen. 
 
Os conselhos de Nassau não foram seguidos, ge- 
rando revolta entre os luso-brasileiros, que culminou 
com a Insurreição Pernambucana de 1645. 
 
A Insurreição 
Pernambucana (1645-1654) 
Esse movimento consistiu na luta para expulsar 
os holandeses do Nordeste. 
As causas fundamentais da Insurreição Per- 
nambucana foram: 
• mudança de política da WIC, elevando 
impostos, aumentando o preço do frete e co- 
brando os empréstimos feitos, uma vez que 
a WIC não obteve retorno compatível com os 
investimentos realizados; 
• a demissão de Maurício de Nassau em 1644, 
procurando contornar seu estilo administrati- 
vo bastante oneroso. Nassau foi substituído 
por um Conselho Supremo de três membros 
que anulou a tolerância religiosa e confis- 
cou propriedades de senhores de engenho, 
gerando profundo descontentamento e mo- 
bilização dos luso-brasileiros contra a ocu- 
pação holandesa, dando início à Insurreição 
Pernambucana. 
O movimento foi liderado por André Vidal de 
Negreiros, João Fernandes Vieira, Henrique Dias 
(negro) e pelo índio Poti Filipe Camarão. Os principais 
palcos de batalhas foram: região do Monte das Tabo- 
cas (1645), Guararapes (1648 e 1649) e Campina da 
 
4 
D
o
m
ín
io
 p
ú
b
li
c
o
. 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
de parte de sua frota naval. 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
Taborda, em 1654, ano em que foram definitivamente 
expulsos do Brasil. Os luso-brasileiros ainda contaram 
com o apoio inglês, o que contribuiu para ampliar a 
dependência de Portugal em relação à Inglaterra. 
 
 
 
 
 
Alguns fatores internacionais facilitaram a ex- 
pulsão dos holandeses do Brasil. Com o fim da União 
Ibérica em 1640, Portugal assinou a Trégua dos Dez 
Anos (1641-1651) com a Holanda. Sem recursos ma- 
teriais para lutar contra a ocupação, Portugal optou 
pela assinatura de um acordo onde os holandeses 
se comprometiam a não expandir sua dominação 
no Brasil. A paz entre as nações motivou os holan- 
deses a retirarem parte de suas tropas da região, 
facilitando o processo de expulsão. Outro aspecto 
importante foi a guerra entre Inglaterra e Holanda, 
pela disputa da hegemonia marítima no século XVII, 
motivada pela ascensão de Oliver Cromwell na 
Inglaterra (1649-1658) após a Revolução Puritana. 
Cromwell editou os Atos de Navegação de 1651, 
restringindo a participação dos holandeses no co- 
mércio com as possessões inglesas. A Inglaterra 
saiu vitoriosa no conflito, abrindo caminho não só 
para a hegemonia marítima inglesa, mas também 
para a derrota dos holandeses no Brasil com a des- 
truição 
• Concorrência holandesa na produção açu- 
careira, uma vez que os holandeses assi- 
milaram as técnicas de produção no Brasil, 
aperfeiçoaram-nas e aplicaram nas Antilhas 
(Aruba e Curaçao). Além da concorrência na 
produção, vale ressaltar que os holandeses 
possuíam contatos nos principais centros de 
consumo europeus, gerando uma forte crise 
da produção açucareira no Brasil. 
• Dependência econômica em relação à In- 
glaterra, após o apoio para expulsão dos 
espanhóis e holandeses. 
• Perda de várias possessões na África e na 
Ásia diante das constantes invasões dos 
inimigos de Castela. 
 
Consequências da 
expulsão dos holandeses 
A expulsão dos holandeses provocou duas im- 
portantes consequências: 
• crise econômica em Portugal; 
• aumento da exploração sobre o Brasil. 
 
Crise econômica portuguesa 
Após a União Ibérica, Portugal mergulhou numa 
profunda crise econômica: 
• Em 1661, Portugal e Holanda assinaram o 
Tratado de Paz de Haia, onde ao reconhecer 
a perda do Brasil, os holandeses receberiam 
de Portugal uma indenização no valor de 
quatro milhões de cruzados. 
 
 
A elevação da 
exploração sobre o Brasil 
Diante desta grave crise econômica, Portugal 
ampliou a exploração do Brasil, considerado pelo 
padre Antonil em seu livro Cultura e Opulência do 
Brasil como a “vaca leiteira” ao tornar-se a principal 
colônia portuguesa e sustentáculo do Império. Com 
esse fim, a Coroa Portuguesatomou uma série de 
iniciativas como: 
• Criação do Conselho Ultramarino em 1642, 
órgão sediado em Portugal e responsável pela 
centralização da administração do Império 
Colonial Português, restringindo o poder dos 
latifundiários nas câmaras municipais. 
• Criação da Companhias de Comércio do 
Maranhão e do Brasil, que adquiriram o 
monopólio sobre a exploração econômica dos 
dois Estados oriundos da divisão do Brasil em 
1621. A intensa exploração gerada pela Com- 
panhia do Maranhão está diretamente rela- 
cionada à Revolta de Beckman em 1684. 
5 
P
R
E
P
A
R
A
 J
Á
! 
B
ra
si
l 
S
.A
. 
 
 
A conquista do interior 
Chamamos de expansão territorial ao processo 
de ocupação portuguesa Além-Tordesilhas desenvol- 
vida nos séculos XVII e XVIII. 
 
Fatores da expansão 
Os principais fatores da expansão foram: 
• ocupação militar; 
• ação dos Jesuítas; 
• pecuária; 
• atividades bandeirantes; 
• a mineração; 
• a Colônia do Sacramento. 
 
Ocupação militar 
A ocupação militar ocorreu devido à presença 
dos franceses, interessados no pau-brasil, além de 
ingleses e holandeses, na região amazônica das 
“drogas-do-sertão”. 
A construção de fortes ocorreu em fins do século 
XVI e início do século XVII, ocupando o litoral norte, 
acima de Pernambuco. 
As principais fortificações foram: 
• Filipeia de Nossa Senhora das Neves (Paraí- 
ba) – atual cidade de João Pessoa. 
• Reis Magos (Rio Grande do Norte) – atual 
cidade de Natal. 
• São Luís do Maranhão (Maranhão) – atual 
cidade de São Luís (fundada por franceses, 
em 1612, e tomada em 1615). 
• Nossa Senhora do Amparo (Ceará) – atual 
cidade de Fortaleza. 
• Presépio de Santa Maria de Belém (Grão-Pará) 
– atual cidade de Belém. 
Assegurando o domínio do Grão-Pará, atuais 
Amazonas e Pará, os portugueses empurraram os 
franceses para as Guianas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Fortificação do Litoral Norte (acima de Pernambuco). 
P
R
E
P
A
R
A
 J
Á
! 
B
ra
si
l 
S
.A
. 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
Ação dos Jesuítas 
As missões jesuíticas permitiram a expansão 
na região amazônica e no sul. 
 
A Amazônia e as 
“drogas-do-sertão” 
Na região amazônica, os jesuítas estabeleceram 
o extrativismo das “drogas-do-sertão”, no caso: cra- 
vo, cacau, guaraná, baunilha, produtos medicinais 
e aromáticos, também chamados de “especiarias 
brasileiras”. 
A mão-de-obra indígena e os recursos obtidos 
enriqueciam os jesuítas, sendo estas riquezas utili- 
zadas para manutenção das missões e abertura de 
novos povoados. 
 
As missões do Sul 
Formadas principalmente por jesuítas espa- 
nhóis, no sul destacaram-se as seguintes missões: 
• Guairá – entre os rios Paranapanema e Igua- 
çu, no atual Paraná. 
• Itatim – na margem esquerda do rio Paraguai, 
no atual Mato Grosso do Sul. 
• Tape – oeste do atual Rio Grande do Sul. 
• Paraná-Uruguai – entre os rios Paraná e Uru- 
guai, atuais Rio Grande do Sul e Argentina. 
A Pecuária 
A Pecuária contribuiu na ocupação do sertão do 
Nordeste e do Sul. 
Nas duas áreas, a Pecuária foi uma atividade 
complementar, voltada basicamente para o mercado 
interno. 
 
Sertão nordestino 
Com a ocupação litorânea do açúcar, a criação 
de animais deslocou-se para o interior. 
O Rio São Francisco ficou conhecido como o 
“Rio dos Currais”, abrigando as fazendas em suas 
margens. 
A pecuária nordestina atendeu às necessidades 
dos engenhos açucareiros, destacando-se: 
• alimentação; 
• couro; 
• transporte; 
• tração (movendo arados e moendas, por 
exemplo). 
Devido à produção extensiva, o trabalhador 
geralmente era livre, e parte do pagamento era em 
crias, o que permitia uma certa mobilidade social. 
A fazenda de gado exigia pouco capital e pouca 
mão-de-obra. 
No século XVIII, também abasteceu a região 
mineradora. 
Os índios catequizados foram alvo dos bandei- 
rantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortes 
 
Ataques corsários 
Fundação de cidades e vilas 
N
 
OCUPAÇÕES 
 
Francesa (1512-1615) 
e Holandesa (1624-1654) O L 
 
Holandesa (1624-1654) 
Missões Jesuíticas 
Limite atual do Brasil S 
 
 
 
 
 
A ocupação do Brasil no século XVI e XVII – Regiões das 
missões jesuíticas. 
Pecuária no sertão nordestino, destacando o rio São Francisco. 
7
 
P
R
E
P
A
R
A
 J
Á
! 
B
ra
si
l 
S
.A
. P
R
E
P
A
R
A
 J
Á
! 
B
ra
si
l 
S
.A
. 
 
 
Campos do Sul 
No Sul, a pecuária abasteceu a mineração das 
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. 
As fazendas, fundadas por paulistas e gaúchos, 
eram chamadas de estâncias. Dominaram o gado 
muar e bovino que viviam em estado selvagem desde 
a destruição de missões jesuíticas pelas bandeiras 
no século XVII. 
O principal produto era o charque (carne-seca). 
Predominava o uso da mão-de-obra livre e assa- 
lariada, sob o controle dos capatazes, sem condições 
de montar a sua fazenda. 
 
Atividades bandeirantes 
As bandeiras eram expedições particulares que 
buscaram riquezas a partir do século XVI. 
A região empobrecida da Capitania de São Vi- 
cente foi o núcleo irradiador das bandeiras. O motivo 
da pobreza econômica da capitania foi devido ao 
fracasso da lavoura de exportação e o seu isolamento 
político. 
As principais atividades bandeirantes foram: 
• caça ao índio; 
• busca do ouro; 
• sertanismo de contrato; 
• monções. 
Os principais bandeirantes foram: Antônio Ra- 
poso Tavares e Manuel Preto. 
A consequência foi a destruição das missões 
jesuíticas do Sul, o despovoamento dessas regiões 
e a expansão das fronteiras para além do tratado de 
Tordesilhas. 
 
Busca do ouro 
Em meados do século XVII, com a destruição 
das missões e a reativação do tráfico dos negros 
africanos, os bandeirantes saíram à procura de nova 
riqueza: o ouro. 
O bandeirismo prospector ou busca do ouro des- 
tacou-se em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. 
• Antonio Rodrigues Arzão descobriu ouro em 
Cataguases em 1693: sendo esta a primeira no- 
tícia oficial de descoberta de jazida de ouro. 
 
Sertanismo de contrato 
O sertanismo de contrato consistiu na contra- 
tação de bandeirantes para combater índios rebel- 
des e destruir quilombos. Os contratadores eram 
autoridades ou latifundiários preocupados com as 
ameaças indígenas ou negras. 
Os principais exemplos foram: 
• Repressão à Confederação dos Cariri: revolta 
indígena no Rio Grande do Norte. 
• Destruição do Quilombo dos Palmares: núcleo 
Caça ao índio 
O bandeirismo apresador, também conhecido 
como caça ao índio ou preação, ganhou destaque du- 
rante o domínio holandês (1637-1654), diante da perda 
quilombola em Alagoas. 
O principal bandeirante foi Domingos Jorge 
Velho. 
 
Monções 
dos centros fornecedores de escravos na África. 
Partindo de São Vicente, os bandeirantes ata- 
caram as missões no Sul e chegaram até a região 
amazônica. O índio catequizado era mais dócil e, 
geralmente, conhecia o idioma português. Os indí- 
genas eram vendidos para o Nordeste e usados como 
escravos em São Vicente. 
As monções foram expedições fluviais de abas- 
tecimento das regiões do Mato Grosso e Goiás. 
Seguindo pelo rio Tietê, levavam alimentos, 
roupas e outros produtos para os mineradores do 
interior do Brasil. Contribuiu no povoamento de 
Mato Grosso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
A reação dos colonos de Buenos Aires e da 
Coroa Espanhola geraram invasões da Colônia do 
Sacramento e a assinatura de tratados de limites. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividades bandeirantes. 
 
 
Mineração 
No século XVIII, a mineração contribuiu na 
ocupação de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, 
conforme estudaremos a seguir. 
 
Colônia do 
Sacramento (1680) 
Por iniciativa do governo português, ocorreu a 
fundação deuma colônia no estuário do rio da Prata, 
no atual Uruguai, próxima a Buenos Aires (capital da 
atual Argentina). 
O principal motivo foi participar do contrabando 
de metais preciosos que desciam dos Andes pelo 
rio da Prata. 
 
 
 
 
Colônia de Sacramento. 
 
 
Tratados de limites e 
formação de fronteiras 
Os principais tratados que fixaram o território 
brasileiro, foram: 
• Tratado de Lisboa (1681): a Espanha reco- 
nhecia a posse portuguesa da Colônia do 
Sacramento. 
 
• 1.º Tratado de Utrecht (1713): assinado entre 
França e Portugal, os franceses reconheciam 
o domínio amazônico de Portugal em troca 
do controle da Guiana. 
 
 
• 2.º Tratado de Utrecht (1715): a Espanha é 
obrigada, mais uma vez, a ceder a Colônia 
do Sacramento para Portugal. 
 
 
• Tratado de Madri (1750): entre espanhóis e 
portugueses, definia a posse, de direito e de 
fato, das terras efetivamente ocupadas por 
 
 
 
 
9 
P
R
E
P
A
R
A
 J
Á
! 
B
ra
si
l 
S
.A
. 
P
R
E
P
A
R
A
 J
Á
! 
B
ra
si
l 
S
.A
. 
 
 
es foi chacinada pelas tropas portuguesas. 
Portugal além dos limites de Tordesilhas. Não 
houve participação da Igreja. Utilizou o prin- 
cípio de utis possidetis (a posse é de quem 
usa), defendida por Alexandre de Gusmão. A 
Espanha reconhecia a posse portuguesa de 
todas as terras efetivamente ocupadas por 
portugueses além da linha de Tordesilhas e 
cedia a Portugal a região de Sete Povos das 
Missões (RS). Portugal devolveria à Espanha 
a Colônia do Sacramento. Por esse tratado, 
o Brasil assumiu, praticamente, sua atual 
configuração geográfica. 
 
 
 
 
 
Guerras Guaraníticas: revolta dos índios dos 
Sete Povos das Missões liderados pelos jesuítas. 
O motivo era o fato dos jesuítas não concordarem 
com a entrega de Sete Povos das Missões para os 
portugueses e os índios suspeitarem de uma pos- 
sível ocupação de suas terras e da escravização. 
Com a repressão, a população de Sete Povos das 
Missõ 
 
 
• Tratado de El Pardo (1761): anulava o Tratado 
de Madri e a Colônia do Sacramento voltava 
para Portugal. 
• Tratado de Santo Ildefonso (1777): a Colônia 
do Sacramento e Sete Povos das Missões 
foram devolvidas para a Espanha. 
• Tratado de Badajós (1801): confirmava os limi- 
tes estabelecidos pelo Tratado de Madri. 
 
A descoberta do ouro 
Após estudarmos a crise açucareira e as ativi- 
dades bandeirantes, torna-se clara a importância da 
descoberta de grandes jazidas auríferas no Brasil. O 
ouro, principal produto do século XVIII, veio atender 
às necessidades econômicas portuguesas. 
Mas não foi apenas isso! A mineração deslocou 
o eixo político e econômico para o Sudeste brasileiro, 
completando, juntou a desvalorização da cana, o 
enfraquecimento do Nordeste. 
Aproveitaremos para estudar as medidas do 
Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, que 
aumentou a opressão colonial no Brasil. Preste aten- 
ção, porque nessa parte estão as causas das revoltas 
separatistas. 
10 
Com o fim da União Ibérica em 1640 e a pos- 
terior expulsão dos holandeses em 1654, o Império 
português enfrentou uma grave crise econômica 
que contribuiu para gerar a ampliação de inicia- 
tivas particulares e oficiais em busca de metais 
preciosos, vistos como saída para a crise. Desta 
maneira, ampliaram-se as bandeiras, que no final 
do século XVII, conseguem encontrar as primeiras 
minas de ouro na região das Minas Gerais. Quando 
as primeiras notícias das descobertas chegaram a 
Portugal, muitos portugueses partiram para Minas 
Gerais em busca dos metais, o que contrariava o 
desejo dos bandeirantes paulistas de obterem o mo- 
nopólio sobre a exploração das minas. Os forasteiros 
portugueses foram chamados pelos bandeirantes 
de emboabas (pés enfeitados, em tupi) devido ao 
hábito de usar calçados – geralmente os bandeiran- 
tes andavam descalços. Não tardou e as rivalidades 
entre os dois grupos transformaram-se na Guerra 
dos Emboabas (1707-1709), finalizada com a vitória 
dos forasteiros. 
 
A administração da 
região mineradora 
O Regimento de 1702, editado pelo governo 
português, deliberou sobre as regras básicas da 
mineração no Brasil. O regimento afirmava que a mi- 
neração era rigidamente controlada pela metrópole 
através de uma intensa política fiscal e controle ab- 
soluto sobre a mineração. Tal controle era justificado 
pela crise enfrentada pela Coroa, intensificando a 
exploração sobre o Brasil. O mesmo regimento afir- 
mava que a exploração era livre, mas os mineradores 
deveriam submeter-se às autoridades da Coroa e 
pagar os impostos. 
O principal órgão responsável pela adminis- 
tração da região mineradora foi a Intendência das 
Minas. A Intendência era o órgão responsável pelo 
policiamento, fiscalização e direção da exploração 
das jazidas, além de funcionar como um tribunal e 
de ser responsável pela cobrança dos impostos. To- 
das as minas pertenciam ao rei e o descobridor de 
uma jazida deveria comunicar a Intendência, caso 
contrário seria preso e julgado. A mina, depois de 
descoberta, era dividida pela Intendência em lotes 
(datas): as duas primeiras datas eram escolhidas 
pelo descobridor da mina, a terceira data era re- 
servada para a Coroa e depois leiloada e as demais 
datas eram distribuídas com os interessados que 
tivessem maior número de escravos. O guarda-mor 
era o auxiliar do Intendente das Minas responsável 
pela distribuição dos lotes. 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
 
 
 
 
 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
pelo minerador por cabeça de escravo, no valor de 17 
gramas de ouro. Essa forma gerou muita insatisfação, 
pois o minerador teria que pagar o imposto tendo ou 
não extraído ouro em quantidade significativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caminho para as Minas - Século XVIII 
Mineração 
Roteiros esquemáticos 
 
 Terrestre 
 
 
Fluviais 
 
Mineração. 
 Limite atual do Brasil 
 
Região mineradora. 
 
 
Formas de organização 
da produção aurífera 
Existiam duas formas básicas de exploração na 
região aurífera: 
• A grande exploração: feita nas lavras (jazi- 
das). A mina era a grande unidade de ex- 
tração e exigia volume razoável de capital. 
A mão-de-obra predominante era a escrava. 
• A faiscação ou pequena exploração: era feita 
no leito dos rios e riachos, além de minas 
abandonadas. Os garimpeiros ou faiscadores 
eram trabalhadores livres que trabalhavam 
isoladamente. 
 
A exploração tributária 
O principal imposto que incidia sobre a mine- 
ração foi o quinto, representando a quinta parte ou 
20% da produção aurífera que deveria ser destinada 
à Coroa Portuguesa. A cobrança do quinto sofreu 
uma série de alterações no sistema de cobrança. A 
primeira forma foi por bateia, ou seja, cobrada indi- 
vidualmente da produção de cada minerador. Mais 
tarde, foi instituída a capitação, imposto anual pago 
 
 
 
Posteriormente, a Coroa portuguesa instituiu 
o sistema de fintas, cotas fixas anuais no valor de 
100 arrobas (aproximadamente 1500kg). Porém, a 
sonegação de impostos era um problema que dimi- 
nuía a arrecadação metropolitana. Diante do imenso 
contrabando, a Coroa portuguesa decidiu proibir a 
circulação do ouro em pó ou em pepitas. Todo o ouro 
encontrado deveria ir para uma Casa de Fundição 
onde seria derretido, quintado (cobrado o quinto) 
e transformado em barras. A instalação das Casas 
de Fundição gerou protestos de mineradores, prin- 
cipalmente a Revolta de Vila Rica em 1720, local da 
instalação da primeira Casa. 
A Derrama, criada pelo Marquês de Pombal em 
1762 foi a forma de opressão criada para combater o 
contrabando e a queda na arrecadação de impostos. 
A Coroa instituiu que o quinto deveria atingir uma 
cota de 100 arrobas (cerca de 1500kg). Caso contrário, 
as tropas portuguesas em Minas Gerais (os dragões) 
realizaram uma violenta cobrança, arrematando o 
que encontrassem de valor, até atingir-se ovalor 
preterido pela Coroa. A Derrama foi uma das causas 
da Inconfidência Mineira de 1789. 
 
 
O destino do ouro brasileiro 
 
 
O ouro brasileiro foi basicamente para a Inglater- 
ra devido ao Tratado de Methuen (1703), também co- 
nhecido como o Tratado de Panos e Vinhos. Assinado 
entre Portugal e Inglaterra, o tratado estipulava que 
Portugal teria vantagens alfandegárias na venda de 
11 
P
R
E
P
A
R
A
 J
Á
! 
B
ra
si
l 
S
.A
. 
D
o
m
ín
io
 p
ú
b
li
c
o
. 
 
 
Chapada 
 
 
 
Oceano 
 
 
 
 
vinhos para a Inglaterra e esta teria vantagens alfan- 
degárias na venda de manufaturados para Portugal. 
A crise da economia açucareira no Brasil tinha 
arrasado a economia portuguesa, obrigando a assi- 
natura deste tratado que apresentava nítidas des- 
vantagens comerciais para Portugal. O ouro brasileiro 
serviu para a Coroa pagar suas dívidas e cobrir os 
prejuízos da balança comercial deficitária. 
Se para a Inglaterra as consequências foram 
favoráveis, para Portugal foram economicamente 
desastrosas uma vez que a grande entrada dos 
manufaturados ingleses a baixos preços, paralisava 
a indústria portuguesa, que além da concorrência, 
não contava com os mesmos investimentos em pro- 
dução que o Reino Unido. Dessa maneira, Portugal 
efetivou-se como uma nação agrária e submissa ao 
capital inglês. 
 
A extração de diamantes 
Os diamantes foram descobertos pelo bandeirante 
Bernardo da Fonseca Lobo (1729), no Vale do rio Jequi- 
tinhonha (Arraial do Tijuco – Diamantina, em MG). 
Segundo o Regimento dos Diamantes (1730), a 
região teria uma rígida fiscalização. Inicialmente, a 
Coroa concedeu a particulares o direito de extração 
em troca do pagamento de taxas e impostos. Diante 
do contrabando, foi decidida a entrega do direito de 
extração a um único indivíduo: o contratador. Em 
1771, Portugal tornou a exploração de diamantes um 
monopólio régio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extração de diamantes. 
 
 
Consequências 
da mineração 
A mineração gerou uma série de transformações 
no Brasil. Entre elas podemos destacar: 
• crescimento demográfico diante da grande 
12 imigração de portugueses e da ampliação do 
tráfico negreiro, fornecendo escravos para a 
exploração nas minas; 
• desenvolvimento da vida urbana a partir do 
surgimento e do desenvolvimento de cidades 
como Sabará, Vila Rica, Ouro Preto, São João 
Del Rey entre outras; 
• crescimento do comércio e do artesanato, 
dinamizando o mercado interno. Desenvolve- 
ram-se inclusive manufaturas coloniais que 
tiveram sua ação restringida pelo Alvará de 
1785 da rainha Maria I, que restringia a ins- 
talação de manufaturas coloniais, pois estas 
poderiam fazer concorrência com os produtos 
metropolitanos; 
• integração entre diferentes regiões do Brasil 
com a zona mineradora. O Rio de Janeiro 
conectou-se com Minas Gerais, pois tornou- 
-se a área preferencial de escoamento do ouro 
para a metrópole. São Paulo se destacou pela 
produção de charque para o abastecimento 
de Minas Gerais; 
• expansão do território brasileiro, devido à 
ocupação de Minas Gerais e de áreas no 
Centro-Oeste; 
• transferência da capital de Salvador para o 
Rio de Janeiro (1763), para melhor controlar 
o escoamento da produção aurífera, evitando 
saques e o contrabando; 
• deslocamento do eixo econômico do Nordeste 
para o Centro-Sul, ampliando ainda mais a 
crise econômica na tradicional área produtora 
de açúcar; 
• aparecimento de uma camada social média, 
formada por pequenos mineradores, comer- 
ciantes, funcionários do reino, profissionais 
liberais. Essa classe desenvolveu-se tanto pelo 
advento da mineração quanto pela ampliação 
da atividade urbana. Esses fatores também pro- 
porcionaram na colônia uma maior mobilidade 
social, ao contrário da sociedade açucareira; 
• crescimento das atividades intelectuais e 
culturais (arquitetura, escultura, música reli- 
giosa, poesia). Destacou-se a arte barroca de 
Aleijadinho e a difusão do Iluminismo entre os 
intelectuais de classe média, que estudavam 
em universidades europeias, assimilando 
tal ideologia setecentista e aplicando-a no 
Brasil em movimentos como a Inconfidência 
Mineira de 1789. Entre estes intelectuais 
destacaram-se Tomás Antonio Gonzaga, 
Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga, 
Alvarenga Peixoto. 
 
 
O
ce
a
n
o
 P
a
c
íf
ic
o
 
P
R
E
P
A
R
A
 J
Á
! 
B
ra
si
l 
S
.A
. 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
A decadência 
da mineração 
A partir de 1760, a quantidade de ouro no 
Brasil passou a decair fortemente. Entre os fatores 
responsáveis podemos citar um fator geológico: o 
ouro brasileiro era predominantemente aluvional 
recente, de pouca profundidade, o que determinou 
sua intensa exploração que contribuiu para o rápi- 
do esgotamento. As técnicas de extração bastante 
rudimentares dificultavam a extração de ouro em 
maiores profundidades. 
 
A época pombalina 
(1750-1777) 
Chamamos de época pombalina ao período em 
que Portugal e o Brasil ficaram sob a influência de 
Sebastião de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, 
ministro do rei D. José I. Baseado nos princípios do 
Despotismo Esclarecido (tentativa de usar ideias 
iluministas para racionalizar a administração em 
governos absolutistas), Pombal buscou salvar Por- 
tugal da dependência inglesa, tentando anular os 
efeitos desastrosos do Tratado de Methuen para a 
economia portuguesa. 
Dentre as principais medidas de Pombal, po- 
demos citar: 
• estímulo às manufaturas portuguesas após a 
proibição da exportação de ouro, o que garan- 
tiria capitais para investimentos e diminuiria 
a grande dependência econômica em relação 
à Inglaterra; 
• criação da Companhia de Comércio do Grão- 
-Pará e Maranhão e da Companhia de Co- 
mércio de Pernambuco e Paraíba que visava 
racionalizar a exploração da colônia para re- 
compor a economia da metrópole através do 
monopólio do comércio e da navegação; 
• centralismo e fortalecimento do Estado 
metropolitano, chocando-se com parcela da 
nobreza, visando eliminar a influência política 
dos membros mais influentes da nobreza; 
• expulsão da Companhia de Jesus em 1759. 
Pombal acusava-os de constituírem um im- 
pério em terras brasileiras e utilizou como 
pretexto a Guerra Guaranítica (1750) entre 
portugueses e jesuítas espanhóis que se 
recusavam a se retirar dos Sete Povos, de 
acordo com as determinações do Tratado 
de Madri. Como consequências da expulsão 
dos jesuítas, temos o confisco das terras pelo 
Estado português. Além disso, as institui- 
ções de ensino que até então eram religiosas 
passaram a ser controladas pelo Estado, 
tornando-se instituições laicas; 
• reforma na Universidade de Coimbra, dimi- 
nuindo as matérias ligadas ao ensino religio- 
so e ampliando o conhecimento das ciências 
exatas, naturais e jurídicas; 
• transferência da capital do Brasil de Salvador 
(BA) para o Rio de Janeiro (RJ) em 1763; 
• política colonial marcada pelos excessos e 
abusos, baseada numa política fiscal rígida e 
opressiva, como a criação da derrama. 
 
O renascimento agrícola 
Com a decadência da mineração, a agricultura 
voltou a destacar-se na economia, uma vez que os 
investimentos e atenções deslocaram-se para esta 
atividade. O algodão, principalmente no Maranhão, 
foi incentivado pela Revolução Industrial Inglesa e 
problemas na produção norte-americana envolvida 
em sua independência entre 1776 e 1783. Em guerra 
com a colônia, a Inglaterra deu preferência à compra 
do algodão brasileiro, o que gerou a elevação da 
produção no Maranhão. Outro produto que, no final 
do século XVIII, se destacou foi o açúcar. Produzido 
no Nordeste e Sudeste, foi incentivado pela crise nas 
Antilhas onde colônias como o Haiti rebelaram-se na 
época da Revolução Francesa em prol da indepen- 
dência e pelo fim do escravismo. O tabaco, além de 
ser usado na troca por escravos, foi incentivado peladifusão do hábito de fumar e foi produzido na Bahia, 
entre outras regiões. 
 
 
 
 
 
1. “E se a lição foi aprendida 
a vitória não será vã. 
Neste Brasil holandês, 
Tem lugar para o português 
 
e para o Banco de Amsterdam.” 
 
 
 
 
(Chico Buarque e Rui Guerra. Calabar, 1973.) 
 
 
Baseando-se nos versos da peça de teatro Calabar, 
responda: 
a) O que era o “Brasil holandês”? 
b) Por que os autores afirmam que no Brasil havia lugar 
“para o português e para o Banco de Amsterdam”? 
13
 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
` Solução: d) fundaram o Arraial do Bom Jesus, de onde partiram 
a) O nordeste brasileiro ocupado pelos holandeses a 
partir das INVASÕES na Bahia (1624-25) e em Per- 
nambuco (1630-1654) após a proibição do rei da 
Espanha, durante a União Ibérica, da participação 
holandesa no comércio do açúcar brasileiro. 
b) Durante a administração de Maurício de Nassau, ̀
banqueiros holandeses FINANCIAVAM a obtenção de 
ESCRAVOS e a produção açucareira aos senhores de 
engenho, HAVENDO uma relatIVA tranquilidade na 
CONVIVÊNCIA entre os INVASORES e INVADIDOS. 
2. Foram, respectivamente, fatores importantes na 
ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua 
posterior expulsão: 
e dominaram por completo os brasileiros. 
e) tiveram em Maurício de Nassau a maior figura ho- 
landesa no Brasil, pois foi ele quem reorganizou a 
vida econômica, após ter garantido a ocupação do 
território. 
 
Solução: 
Estão incorretas as alternatIVAS: “A”, pois Calabar auxi- 
liou a INVASÃO holandesa; “B”, pois a INVASÃO do Rio de 
Janeiro deu-se pelos franceses; “C”, pois o Quilombo 
de Palmares cresceu durante a INVASÃO holandesa e só 
HOUVE o combate após a expulsão dos holandeses; “D”, 
pois não HOUVE o completo domínio dos brasileiros, ape- 
nas do litoral nordestino. Portanto, a única alternativa 
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e 
os desentendimentos entre Maurício de Nassau e 
a Companhia das Índias Ocidentais. 
b) a participação da Holanda na economia do açúcar 
e o endividamento dos senhores de engenho com 
a Companhia das Índias Ocidentais. 
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a 
resistência e não-aceitação do domínio estrangeiro 
pela população. 
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio co- 
lonial e o fim da dominação espanhola em Portugal. 
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a 
mudança de interesses da Companhia das Índias 
Ocidentais. 
` Solução: 
A ocupação holandesa foi deVido aos interesses na 
economia açucareira, proibidos pela Espanha após a 
União Ibérica, enquanto a expulsão TEVE como estopim a 
cobrança dos impostos DEVIDOS pelos senhores de enge- 
correta é a “E”, pois o goVERNO Nassau foi RESPONSÁVEL 
pela ocupação do território e organização econômica da 
INVASÃO holandesa. 
4. (Adaptada) “Lula recria Sudene (Superintendência de 
Desenvolvimento do Nordeste) e defende política de 
desenvolvimento”. 
 
(Disponível em: <http://br.news.yahoo.com/030729/16/d4qt.html>.) 
 
Com a manchete acima, o Yahoo Notícias, de 28 de Julho 
de 2004, anunciava a recriação da Sudene. O órgão 
havia sido extinto em 2001, no Governo FHC, devido a 
inúmeras denúncias de corrupção. A nova Sudene foi 
uma das promessas de campanha do Presidente Lula. 
a) Explique o que é a Sudene e qual o objetivo de sua 
criação. 
b) Identifique os principais problemas regionais do 
Nordeste Brasileiro. 
c) Relacione a decadência nordestina com o processo 
de invasões holandesas. 
nho aos holandeses da Companhia das Índias Ocidentais. ` 
Portanto, a alternativa correta é a “B”. 
3. Os holandeses permaneceram no Brasil, em 
Pernambuco, de 1630 até 1654; conquistaram terras, 
desenvolveram a indústria açucareira e urbanizaram 
Recife. 
É correto afirmar, ainda, que: 
a) foram traídos por Domingos Fernandes Calabar 
quando invadiram o Brasil. 
b) invadiram primeiramente o Rio de Janeiro, onde 
fundaram o Brasil Holandês, uma colônia totalmen- 
te formada por protestantes. 
Resposta: 
a) Superintendência de DESENVOLVIMENTO do Nordes- 
te. Foi criada com o objetIVO de integração nacional 
e DESENVOLVIMENTO de regiões menos fAVORECIDAS. 
b) Poderá ser identificado problemas como: a seca, 
a miséria, a fome, subnutrição, êxodo rural, a con- 
centração fundiária, menor concentração industrial, 
atrasos educacionais etc. 
c) As INVASÕES holandesas permitiram o domínio da 
técnica de produção açucareira. Com a técnica, 
os holandeses foram produzir açúcar nas Antilhas, 
proVOCando a decadência econômica do Nordeste. 
c) dominaram grande parte dos senhores de engenho 
preocupados não só em escravizar os índios para 
trabalhar na lavoura, mas também em destruir o 
14 
Quilombo de Palmares. 
5. “A maior parte das representações atuais do paulista 
do século XVII, seja na pintura, seja na escultura, 
mostra-o como uma espécie de Pilgrim Father, em seu 
traje, com botas altas. Mas, na verdade, eles muito pouca EM
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
http://br.news.yahoo.com/030729/16/d4qt.html
http://br.news.yahoo.com/030729/16/d4qt.html
 
 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
coisa usaram além do chapelão de abas largas, barbas, 
camisas e ceroulas. Caminhavam quase sempre descal- 
ços, em fila indiana, ao longo das trilhas do sertão e dos 
caminhos dos matagais, embora muitas vezes levassem 
várias armas. Sua vestimenta incluía, igualmente, gibões 
de algodão, que se mostraram úteis contra as flechas 
ameríndias. ” 
 
(BOXER, C.R. A Idade do Ouro do Brasil.) 
 
a) A que figura da Capitania de São Vicente corres- 
ponde essa descrição? 
b) A que se deve sua existência nessa região? 
` Solução: 
a) O Bandeirante. 
b) A miséria na região, a mestiçagem, as lendas do 
Eldorado, as trilhas indígenas. 
6. Apesar do predomínio da agromanufatura açucareira 
na economia colonial brasileira, a pecuária e a extração 
das “drogas-do-sertão” foram fundamentais. A esse 
respeito, podemos afirmar que: 
8. O francês Saint-Hilaire, ao visitar, no século XIX, a 
região do Distrito dos Diamantes (Minas Gerais), 
explicou da seguinte maneira como ela fora criada no 
século XVIII: 
“Tendo o governo reconhecido que a extração de 
diamantes por arrendadores era frequentemente 
acompanhada por fraudes e abusos, resolveu explorar 
por sua própria conta as terras diamantinas (...). O 
Distrito dos Diamantes ficou como que isolado do 
resto do Universo; situado em um país governado por 
um poder absoluto, esse distrito foi submetido a um 
despotismo ainda mais absoluto.” 
 
(SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pelo distrito dos 
diamantes e litoral do Brasil, Belo Horizonte: 
Itatiaia/São Paulo: Edusp, 1974. p. 14. v. 5.) 
 
a) Quais as razões pelas quais era importante à Co- 
roa Portuguesa que o Distrito Diamantino ficasse 
“como que isolado do resto do Universo”? 
b) Como se dava a exploração das minas por parte da 
Coroa portuguesa? 
a) ocorreu uma grande absorção da mão-de-obra es- 
`
 Solução: 
crava negra, particularmente na pecuária. 
b) a presença do indígena na extração das “drogas- 
-do-sertão” foi essencial pelo conhecimento da 
geografia da região Nordeste. 
c) por serem atividades complementares, a força de 
trabalho não se dedicava integralmente a elas. 
d) ambas foram responsáveis pelo processo de inte- 
riorização do Brasil colonial. 
e) possibilitaram o surgimento de um mercado inter- 
no que se contrapunha às flutuações do comércio 
internacional. 
` Solução: 
Estão incorretas as alternatIVAS: “A”, pois a pecuária TEVE 
o predomínio de mão-de-obra LIVRE; “B”, pois as drogas- 
-do-sertão foram exploradas na região amazônica; “C”, 
por afirmar que a força de trabalho não se dedicAVA à 
pecuária e drogas-do-sertão; “E”, por afirmar que as duas 
atiVidades VOltaVam-se para o mercado interno (apenas a 
pecuária). A alternativa correta é a “D”, pois ambas 
atIVIDADES auxiliaram a expansão territorial. 
a) Garantir o total controleda extração de diamantes. 
b) ATRAVÉS do monopólio real realizado por um contra- 
tador que, ao garanti-lo, GANHAVA uma parte. 
9. (Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou 
muitas transformações na colônia. Entre elas podemos 
destacar: 
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção 
do tabaco, a introdução do trabalho livre com os 
imigrantes. 
b) a introdução do tráfico africano, a integração do ín- 
dio, a desarticulação das relações com a Inglaterra. 
 
 
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café 
no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovi- 
nos em Minas Gerais. 
 
 
d) a preservação da população indígena, a decadên- 
cia da produção algodoeira, a introdução de operá- 
rios europeus. 
 
e) o aumento da produção de alimentos, a integração 
de novas áreas por meio da pecuária e do comér- 
cio, a mudança do eixo econômico para o Sul. 
7. Durante o século XVIII, fortificações portuguesas foram 
construídas na Região Amazônica com o objetivo de 
consolidação e expansão territorial. 
Pesquise sobre as propostas relativas a Amazônia do 
candidato à presidência dos EUA, Barak Obama. 
` 
 
 
10. 
 
 
 
Solução: 
 
 
Estão totalmente incorretas as alternatiVas: “A”; “B”, “C” e 
“D”. Portanto, a única alternativa correta é a “E”. 
(UFMG) “Ninguém duvida que chegaremos àquela 
última infelicidade que receamos, se Vossa Majestade 
15 
 
 
não se dignar de fazer, às Câmaras destas Minas, a 
graça de que possam dispender tudo o que for preciso 
de porção certa e anual aos capitães-do-mato, para 
continuarem a desinfestar as estradas destes capitais 
inimigos [...], que querem lançar o jugo do cativeiro com 
maior conhecimento de suas forças, pelo nosso descuido 
em não os desbaratarmos em seus redutos, onde cada 
vez se fazem mais formidáveis”. 
 
(Carta do Senado da Câmara de São João 
del Rey ao Rei de Portugal, 28 de abril de 1745.) 
 
Esse trecho do documento citado refere-se: 
a) à pobreza da região mineradora, que necessitava 
de um fluxo constante de recursos fornecidos pela 
Metrópole. 
b) às lutas dos mineradores contra os índios da Ca- 
pitania de Minas Gerais que atacavam constante- 
mente as vilas e arraiais da região. 
c) à necessidade de controlar, na região mineradora, 
os atos de rebeldia dos escravos, como assaltos e 
formação de quilombos. 
d) à proibição da Coroa portuguesa de que os Sena- 
dos da Câmara das Minas Gerais contratassem e 
pagassem os capitães-do-mato. 
` Solução : 
O texto trata da necessidade de INVESTimentos em capi- 
tães-do-mato, ou seja, homens destinados à captura de 
ESCRAVOS, demonstrando a preocupação com a presença 
de ESCRAVOS fugitIVOS nas estradas e a formação de qui- 
lombos. Portanto, a alternativa correta é a “C”. 
 
 
 
 
 
11. “A sede insaciável do ouro estimulou a tantos a 
deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos 
tão ásperos como são os das minas, que dificultosa- 
mente se poderá dar conta do número das pessoas 
que atualmente lá estão.” 
 
(ANTONIL, André João. Cultura e Opulência 
do Brasil por suas Drogas e Minas.) 
 
O jesuíta Antonil foi um dos cronistas que analisaram 
a exploração aurífera do Brasil colonial, principal 
produto do século XVIII. Esgotado nas Minas Gerais, 
o ouro foi descoberto, mais tarde, em outras regiões. 
Infelizmente, a produção atual utiliza o mercúrio, 
gerando um grave problema ambiental. 
16 
a) Identifique no texto uma consequência da mine- 
ração no Brasil colonial. 
b) Explique o motivo do uso do mercúrio na pro- 
dução aurífera. 
` Resposta: 
a) O deslocamento populacional para a região das 
Minas Gerais, fruto da migração interna (pes- 
soas VINDAS do Nordeste) e de imigrantes eu- 
ropeus. 
b) O garimpeiro, para aumentar a recuperação das 
finas partículas de ouro, usa o mercúrio na sua 
forma líquida. Esse metal líquido tem a proprie- 
dade de capturar os grãos de ouro formando 
um amálgama. No garimpo, a operação com o 
mercúrio consiste em colocar grandes quanti- 
dades desse metal líquido nas caixas (sluice 
boxes) em posições estratégicas onde o ouro 
estará sendo também concentrado. O fluxo da 
água faz o ouro entrar em contato com o mer- 
cúrio sendo imediatamente aprisionado. (Dis- 
PONÍVEL em: <www.geologo.com.br>.) 
 
 
 
 
 
 
1. Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia 
durante a União Ibérica (1580-1640), destacam-se: 
a) a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos ho- 
landeses no Nordeste e o início da produção de 
tabaco no recôncavo baiano. 
b) a expansão da economia açucareira no Nordeste, 
o estreitamento das relações com a Inglaterra e a 
expulsão dos jesuítas. 
c) a incorporação do extremo Sul, o início da explo- 
ração do ouro em Minas Gerais e a reordenação 
administrativa do território. 
d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensifi- 
cação da escravização indígena e a introdução das 
companhias de comércio monopolistas. 
e) a expansão da ocupação interna pela pecuária, a ex- 
pulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo. 
2. Foram, respectivamente, fatores importantes na 
ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua 
posterior expulsão: 
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e 
os desentendimentos entre Maurício de Nassau e 
a Companhia das Índias Ocidentais. 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
http://www.geologo.com.br/
 
 
b) a participação da Holanda na economia do açúcar 
e o endividamento dos senhores de engenho com 
a Companhia das Índias Ocidentais. 
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a 
resistência e não aceitação do domínio estrangeiro 
pela população. 
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comér- 
cio colonial e o fim da dominação espanhola em 
Portugal. 
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a 
mudança de interesses da Companhia das Índias 
Ocidentais. 
3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A gravura a seguir foi publicada na Holanda, em 1648. 
Que situações típicas da realidade colonial brasileira 
ela ilustra? 
Observando o mapa acima, explique: 
a) Dois fatores que contribuíram para a configuração 
territorial alcançada pelo Brasil no século XVIII. 
 
 
 
b) O princípio que norteou o Tratado de Madrid. 
 
 
 
6. A partir de 1750, com os tratados de limites, fixou-
se a área territorial brasileira, com pequenas di- 
ferenças em relação à configuração atual. A expansão 
geográfica havia rompido os limites impostos pelo Tra- 
tado de Tordesilhas. No período colonial, os fatores que 
mais contribuíram para a referida expansão foram: 
a) criação de gado no vale de São Francisco e desen- 
volvimento de uma sólida rede urbana. 
b) apresamento do indígena e constante procura de 
riquezas minerais. 
c) cultivo de cana-de-açúcar e expansão da pecuária 
no Nordeste. 
d) ação dos donatários das capitanias hereditárias e 
Guerra dos Emboabas. 
e) incremento da cultura do algodão e penetração dos 
jesuítas no Maranhão. 
 7. 
4. A solução dada à questão dinástica portuguesa, após o 
desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer- 
-Qbir (1578), repercutiu na Europa e no ultramar. Con- 
sidere a fase de união das monarquias ibéricas (1580- 
1640) e relacione as consequências no Brasil. 
 A pecuária, além de contribuir para a interio- rização 
da colonização, complementava as atividades 
econômicas açucareira do litoral nordestino e a aurífera 
das Minas Gerais. Indique o fator natural que contribuiu 
para a multiplicação do rebanho bovino no extremo sul 
da colônia e esclareça a razão de seu relacionamento 
com as Minas Gerais. 
 
 
 
 
5. ) 
 
 
 
 
8. Entre 1750, quando assinaram o Tratado de Madrid, 
e 1777, quando assinaram o Tratado de Santo 
Ildefonso, Portugal e Espanha discutiram os limites 
entre suas colônias americanas. Nesse contexto, ga- 
nhou importância, na política portuguesa, a ideia da 
necessidade de: 
 
a) defender a colônia com forças locais, daí a organi- 
zação dos corposmilitares do centro-sul e a aboli- 
ção das diferenças entre índios e brancos. 
 
b) fortificar o litoral para evitar ataques espanhóis e 
isolar o Marquês de Pombal por sua política nitida- 
mente pró-bourbônica. 
c) transferir a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, 
para onde fluía a maior parte da produção açuca- 
reira, ameaçada pela pirataria. 
17 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
d) afastar os jesuítas da colônia por serem quase to- 
dos espanhóis e, nessa qualidade, defenderem os 
interesses da Espanha. 
e) aliar-se política e economicamente à França para 
enfrentar os vizinhos espanhóis, impondo-lhes suas 
concepções geopolíticas na América. 
d) representou forte obstáculo às relações favoráveis 
à Metrópole e não educou o colonizado para a luta 
contra a opressão do colonizador. 
e) as bandeiras não foram além dos limites territoriais 
estabelecidos em Tordesilhas, apesar dos conflitos 
com os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas 
9. Leia o texto e responda. 
“Em 1776, a população de Minas Gerais, excluindo os 
índios, superava as 300 000 almas o que representava 
20 da população total da América portuguesa e o 
 
11. 
do sertão sul-americano. 
 O bandeirismo foi uma atividade paulista do século 
XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas em 
dois grandes ciclos: 
maior aglomerado de toda a colônia. Mais de 50 
da população era negra... O resto compunha-se, em 
porcentagens aproximadamente iguais, de brancos, 
mulatos e outros mestiços de combinações raciais 
inteiramente americanas. Era grande a desproporção 
entre homens e mulheres e, no interior de vários grupos 
raciais, só as mulatas eram mais que os mulatos.” 
 
(MAXWEL, Kenneth I; SILVA Maria Beatriz N. da. 
O Império Luso-Brasileiro, 1750-1822.) 
 
a) Explique a concentração populacional em Minas e 
o elevado percentual da população de origem afri- 
cana. 
 
 
 
b) Exemplifique o que os autores afirmam ser “mestiços 
e combinações raciais inteiramente americanas”. 
a) o dos capitães do mato e de prospecção. 
b) o de expansão das fronteiras e de prospecção. 
c) da caça ao índio e o de busca do ouro. 
d) o dos capitães do mato e de caça ao índio. 
e) o de expansão das fronteiras e o de busca do ouro. 
 
 
 
 
1. O Brasil estava sob domínio ibérico de 1580 a 1640. 
Neste período, os criadores de gado e os bandei- 
rantes, que buscavam metais e pedras preciosas, atra- 
vessaram a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas, 
incorporando ao território brasileiro: 
a) Minas Gerais, Amazonas e Pará. 
b) Ceará, Piauí e Alagoas. 
c) Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. 
d) Maranhão, Pernambuco e Bahia. 
10. O açúcar e o ouro, cada qual em sua época de 
predomínio, garantiram para Portugal a posse e a 
ocupação de vasto território, alimentaram sonhos e 
cobiças, estimularam o povoamento e o fluxo expressivo 
de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades 
intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo 
progresso material e certa opulência barroca, além de 
contribuírem para o razoável florescimento das artes 
 
2. 
e) Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 
 A ocupação portuguesa do litoral Norte e 
Nordeste do Brasil, em fins do século XVI e início do 
século XVII, deu-se em virtude dos ataques ingleses, 
franceses e holandeses a esse território. Sobre essas 
invasões e ocupações, identifique as proposições ver- 
dadeiras e falsas. 
e das letras no período colonial. Apesar dessa ação 
comum ou semelhante, a economia aurífera colonial 
avançou em direção própria e se diferenciou das demais 
atividades, principalmente porque: 
a) não teve efeito multiplicador no desenvolvimento 
de atividades econômicas secundárias junto às mi- 
nas e nas pradarias do Rio Grande. 
b) interiorizou a formação de um mercado consumidor 
e propiciou surto urbano considerável. 
c) o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado 
externo, não resistiu à influência exercida pela prata 
das minas de Potosí. 
18 
( ) Os franceses invadiram Sergipe del Rei, a Paraíba, 
o Rio Grande do Norte, o Ceará, o Maranhão e o 
Grão-Pará. 
( ) Os holandeses ocuparam, por longo tempo, os ter- 
ritórios da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande 
do Norte. 
( )Os franceses, holandeses e ingleses conquista- 
ram todo o Norte e Nordeste, restando aos por- 
tugueses, no século XVI, o domínio do território 
abaixo da Bahia. 
( ) De todas as invasões do século XVII, a holandesa 
foi a mais duradoura, no sentido da permanência da 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
ocupação. Em Pernambuco, o domínio holandês se 
estendeu de 1630 a 1654. 
( ) A conquista do Grão-Pará, pelos portugueses, em 
1616, beneficiou o monopólio do comércio dessa 
região para Portugal e obrigou os franceses a se ins- 
talarem nas Guianas. 
3. Leia o texto. 
“Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando 
a marca do administrador. Seu período é o mais 
brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou a 
administração (...) Foi relativamente tolerante com os 
católicos, permitindo-lhes o livre exercício do culto. Como 
também com os judeus (depois dele não houve a mesma 
tolerância, nem com os católicos a nem com os judeus 
fato estranhável, pois a Companhia das Índias contava 
muito com eles, como acionistas ou em postos eminentes. 
Pensou no povo, dando-lhe diversões, melhorando as 
condições do porto a do núcleo urbano (...), fazendo 
museus de arte, parques botânicos e zoológicos, 
observatórios astronômicos”. 
5. Entre as causas da ocupação holandesa em Pernam- 
buco, pode-se destacar: 
a) o interesse no tráfico negreiro. 
b) a participação das companhias de comércio na ex- 
portação de algodão. 
c) a participação holandesa na indústria açucareira e 
a União Ibérica. 
d) a ausência dos jesuítas em Pernambuco. 
e) a necessidade de uma colônia protestante. 
6. Indique as principais razões da insurreição 
pernambucana contra os holandeses, ocorrida entre 
1645 e 1654. 
 
 
 
Esse texto refere-se: 
(Francisco lglésias) 
 
7. Explique o que é a “indústria da seca”. Qual foi a região 
a) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na 
Nova lnglaterra, em busca de liberdade religiosa. 
b) a invasão holandesa no Brasil, no período de União 
lbérica, a à fundação da Nova Holanda no nordeste 
açucareiro. 
c) as invasões francesas no litoral fluminense a à ins- 
talação de uma sociedade cosmopolita no Rio de 
Janeiro. 
d) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de 
uma sociedade moderna, influenciada pelo Renas- 
cimento. 
brasileira que os holandeses invadiram? 
 
 
 
 
8. Cite três realizações de Maurício de Nassau, durante a 
presença holandesa em Pernambuco. 
 
 
e) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na 
Guerra de Reconquista lbérica, nos Países Baixos a 
à fundação de Companhia das Índias Ocidentais. 
4. É característica da economia holandesa, na 
primeira metade do século XVII: 
a) a preponderância das atividades comerciais e finan- 
ceiras, com a formação de importante frota naval. 
b) o predomínio do setor industrial na economia, em 
detrimento das atividades comerciais. 
c) a formação de companhias de comércio, dando iní- 
cio ao liberalismo econômico. 
d) o aproveitamento exclusivo de rotas fluviais, consoli- 
dando a hegemonia econômica na Europa Oriental. 
e) a inexistência de agricultura e pesca, conduzindo à 
dependência dos países fornecedores. 
 
 
9. A ocupação do território brasileiro, res- trita, no 
século XVI, ao litoral e associada à lavoura de 
produtos tropicais, estendeu-se para o interior durante 
os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração de novas 
atividades econômicas e aos interesses políticos de 
Portugal em definir as fronteiras da colônia. 
As afirmações a seguir relacionam as regiões ocupadas 
a partir do século XVII e suas atividades dominantes. 
 
 
1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal as dro- 
gas do sertão e a captura de índios atraíramos co- 
lonizadores. 
2) A ocupação do pampa gaúcho não teve nenhum 
 
interesse econômico, estando ligada aos conflitos 
luso-espanhóis na Europa. 
19 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
3) O planalto central, nas áreas correspondentes 
aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato 
Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, 
e sua ocupação está ligada à mineração. 
4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava 
um obstáculo tanto aos colonos, interessados na 
escravização dos indígenas, quanto à Portugal, difi- 
cultando a demarcação das fronteiras. 
5) O sertão nordestino, primeira área interior ocupada 
no processo de colonização, foi um prolongamen- 
to da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e 
mão-de-obra para a expansão da lavoura. 
As afirmações corretas são: 
13. “A Amazônia selvagem sempre teve o dom de 
impressionar a civilização distante. Desde os primeiros 
tempos da Colônia, as mais imponentes expedições e 
solenes visitas pastorais rumavam de preferência às 
suas plagas desconhecidas. Para lá os mais veneráveis 
bispos, os mais garbosos capitães-generais, os mais 
lúcidos cientistas.” 
 
(CUNHA, Euclides da. À Margem da História, 
São Paulo, Cultrix, 1975, p. 32.) 
 
 
 
 
 
 
10. 
a) somente 1, 2 e 4. 
b) somente 1, 2 e 5. 
c) somente 1, 3 e 4. 
d) somente 2, 3 e 4. 
e) somente 2, 3 e 5. 
 No Brasil Colônia, a pecuária teve um papel de- 
cisivo na: 
a) Explique como ocorreu a ocupação da Amazônia 
desde o período colonial até o século XIX. 
 
 
 
b) Caracterize a principal atividade econômica da 
Amazônia, entre o final do século XIX e as primeiras 
décadas do século XX, mencionando as razões de 
sua importância internacional. 
a) ocupação das áreas litorâneas. 
b) expulsão do assalariado do campo. 
c) formação e exploração dos minifúndios. 
d) fixação do escravo na agricultura. 
e) expansão para o interior. 
11. Todas as alternativas apresentam afirmações 
corretas sobre a atividade pecuária no processo de 
colonização no Brasil, exceto: 
a) Constituiu-se numa atividade subsidiária da grande 
lavoura. 
b) Criou núcleos urbanos destinados ao comércio do 
couro. 
c) Destinou grande parte da produção de charque para 
o mercado externo. 
d) Foi um dos elementos importantes na interiorização 
da colonização. 
e) Produziu a figura do vaqueiro, um trabalhador livre 
 
 
 
 
 
 
 
14. Apresente fatores relacionados à Amazônia Brasi- 
leira. 
 
12. 
 
 
 
 
 
 
20 
geralmente pago em espécie. 
) Em 1703, é assinado o Tratado de Methuen entre 
Portugal e Inglaterra. Esse acordo, segundo Celso 
Furtado, “significou para Portugal renunciar a todo o 
desenvolvimento manufatureiro e implicou transferir para 
a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela produção 
aurífera no Brasil”. 
Explique o que foi o Tratado de Methuen e discuta a 
afirmativa de Celso Furtado. 
15. O mil e novecentos foi, em Manaus, (...) época de um 
esplendor artístico em desproporção com a paisagem 
agrestemente tropical que rodeava a um tanto postiça 
capital do Amazonas. Já Manaus tivera, com efeito, 
bonde elétrico, praças asfaltadas, porto eletrificado tudo 
antes de outros estados. O Teatro Amazonas já era o mais 
belo e o mais imponente teatro de todas as Américas. 
 
(FREYRE, Gilberto. Ordem e Progresso. Rio de Janeiro: 
Livraria José Olympio Editora, 1959, p. 408-411. tomo 2.) EM
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
Nas últimas décadas do século XIX e no início do século 
XX, o surgimento do pneumático e o desenvolvimento 
e) o quinto correspondia a uma porcentagem sobre a 
produção paga pelos mineradores. 
da indústria automobilística fizeram crescer a demanda 
internacional pela borracha. Nessa mesma época, o 
Brasil detinha praticamente do mercado mundial 
do produto, desfrutando assim de uma situação 
privilegiada no mercado internacional. 
Identifique uma atividade econômica que caracterizava 
a região amazônica no século XVII. 
19. Os bandeirantes paulistas foram responsáveis pela 
interiorização e expansão do projeto colonial português. 
Suas expedições visavam ao aprisionamento de índios, 
com a finalidade de transformá-los em mão-de-obra 
escrava, e a metais preciosos para seu enriquecimento 
pessoal ou da Coroa portuguesa. 
a) Diga como eram chamadas as expedições conduzi- 
das pelos bandeirantes. 
b) Apresente pontos de divergência presentes na his- 
toriografia brasileira, a respeito da ação dos ban- 
deirantes. 
 
 
16. 
 
 
 No século XVIII a produção do ouro provocou muitas 
transformações na colônia. Entre elas podemos 
destacar: 
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção 
do tabaco, a introdução do trabalho livre com os 
imigrantes. 
b) a introdução do tráfico africano, a integração do ín- 
dio, a desarticulação das relações com a Inglaterra. 
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café 
no vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos 
em Minas Gerais. 
d) a preservação da população indígena, a decadên- 
cia da produção algodoeira, a introdução de operá- 
20. Podemos afirmar sobre o período da mineração no 
Brasil que: 
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros 
de toda espécie, que inviabilizaram a mineração. 
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefí- 
cios para Portugal. 
c) a mineração deu origem a uma classe média ur- 
bana que teve papel decisivo na independência do 
Brasil. 
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que finan- 
ciou sua exploração. 
e) a mineração contribuiu para interligar as várias re- 
giões do Brasil, e foi fator de diferenciação da so- 
ciedade. 
 
 
 
 
17. 
 
 
 
 
18. 
rios europeus. 
e) o aumento da produção de alimentos, a integração 
de novas áreas por meio da pecuária e do comér- 
cio, a mudança do eixo econômico para o Sul. 
 Discorra sobre o impacto provocado pela 
descoberta do ouro das Minas Gerais na organização 
interna da colônia. 
 
 
 
 Todas as alternativas contêm afirmações cor- retas 
sobre a tributação do ouro nas Minas no período 
colonial, exceto: 
a) a Derrama era a cobrança dos impostos atrasados 
quando não eram preenchidas as cotas anuais. 
b) a tributação do ouro se verificou inicialmente sob a 
21. “Na mineração, como de resto em qualquer 
atividade primordial da colônia, a força de trabalho era 
basicamente escrava, havendo entretanto os interstícios 
ocupados pelo trabalho livre ou semilivre. Dificilmente o 
homem livre destituído de recursos vultosos poderia se 
manter como proprietário, sobretudo em Minas, região 
que, apesar de tida tradicionalmente como rica e demo- 
crática, apresentava possibilidades favoráveis apenas a 
um pequeno número de pessoas.” 
 
 
 
 
(SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do Ouro.) 
 
 
Qual o conceito expresso pela historiografia tradicional 
sobre o poder político e econômico nas áreas de 
mineração? Como esse conceito é contestado no trecho 
anterior? 
 
 
 
 
 
 
forma de cobrança por bateias. 
c) o imposto da Capitação recaía sobre todo escravo 
empregado nos trabalhos auríferos. 
d) o ouro passou a ser quintado somente a partir da 
instalação das Casas de Fundição. 
21 E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
 
 
 
 
 
22. Além das sub-regiões do Sudeste, o Centro-Sul é 
formado pelo Norte de Minas Gerais e pela região 
Sul. Explique por que podemos afirmar que essas são 
regiões economicamente opostas. Exemplifique. 
 
 
 
 
 
 
23. Explique o que era o bandeirismo de apresamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. E 
2. B 
3. A produção açucareira, o engenho, os escravos e o tipo 
de engenho, o trapiche movido à tração animal. 
4. A Holanda foi proibida de comercializar o açúcar do 
Nordeste, sendo assim, invade o Brasil. 
5. 
9. 
 
 
 
 
10. 
11. 
 
a) Deve-se à mineraçãoe à base escravista de pro- 
dução. 
b) Refere-se à composição étnica, especialmente bra- 
sileira de brancos europeus, negros e índios. 
B 
C 
a) 
 
b) 
 
6. B 
Bandeirismo, atividade missionária e criação de gado 
no Sul do país. 
“Uti posseditis”, ou seja, tem a terra quem dela se 
apossou. 
1. C 
2. V, F, F, V, V 
3. B 
4. A 
7. A região de pastagens naturais desenvolveu o gado 
bovino e muar, oferecendo carne, couro, força motriz 
e outros. 
8. A 
5. C 
6. A mudança da política de tolerância e a execução das 
dívidas dos portugueses. 
7. Utilização de um processo natural do Nordeste com 
finalidade de só conseguir recursos econômicos junto 
ao poder Federal Região Nordeste. 
23 
 
E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6
 
 
 
8. 
 
 
9. 
10. 
11. 
12. 
Promoveu a urbanização do Recife, convenceu os 
banqueiros holandeses a financiar os senhores-de- 
-engenho e permitiu a liberdade de culto religioso aos 
protestantes. 
C 
E 
C 
O Tratado de Methuen, também chamado de “Tratado 
dos Panos e Vinhos”, estabelecia que Portugal poderia 
exportar vinhos para a Inglaterra pagando tarifas alfan- 
degárias preferenciais; em contrapartida, a Inglaterra 
venderia seus tecidos (melhores e mais baratos que 
os panos portugueses) e Portugal sem quaisquer taxas 
aduaneiras. Com isso, as manufaturas portuguesas 
não puderam suportar a concorrência britânica. Con- 
15. 
 
 
 
 
 
16. 
17. 
 
 
 
18. 
19. 
No século XVII, a principal atividade econômica na região 
Amazônica foi o extrativismo vegetal caracterizado na 
exploração das “drogas-do-sertão” (condimentos, re- 
sinas aromáticas, sementes oleaginosas, frutos, plantas 
medicinais e tintoriais). Em menor escala, praticava-se a 
pecuária e em ambos os casos, explorava-se o trabalho 
indígena através do escambo. 
E 
O ouro provocou a mudança da capital de Salvador 
para o Rio de Janeiro; a interiorização da colonização; 
um mercado interno; a urbanização é uma menor con- 
centração de renda. 
D 
sequentemente, o ouro brasileiro foi canalizado para a 
Inglaterra, a fim de cobrir o déficit comercial português. 
Por todos esses aspectos, Celso Furtado conclui que 
o Tratado de Methuen criou condições favoráveis à 
intensificação da acumulação capitalista responsável 
pela Revolução Industrial Inglesa do século XVIII. 
 
 
 
 
20. 
a) Entradas ou bandeiras. 
b) Para muitos são vistos como heróis que desbrava- 
ram os sertões, para outros homens movidos pela 
cobiça e ganância de enriquecimento. 
E 
13. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14. 
 
 
a) Desde o período colonial até meados do século XX, 
a ocupação da Amazônia esteve vinculada às ativida- 
des extrativistas e a ação de missionários religiosos, 
tendo na hidrografia a via de acesso ao interior. 
No período do colonial destacaram-se a exploração 
das drogas do sertão e a ação sobretudo dos jesuí- 
tas na fundação de núcleos de povoamento. 
b) Entre 1880 e 1920, a região viveu o “Ciclo da Borra- 
cha”, favorecido pela demanda do produto em de- 
corrência da Segunda Revolução Industrial. 
Se de um lado a exploração da borracha enrique- 
cia seringalistas e atravessadores, fez proliferar na 
Amazônia uma massa pauperizada, formada princi- 
palmente por migrantes do Nordeste. 
21. 
 
 
 
22. 
 
 
 
 
 
23. 
O de que na sociedade colonial esta era polarizada entre 
senhores e escravos. Com a mineração, apresenta-se 
uma estratificação da sociedade com homens livres 
brancos trabalhadores (camada média). 
Devido ao ritmo diferente de atividades econômicas e 
ao quadro natural. 
Norte de Minas - semiárido, atividade restrita - pecuária 
extensiva. 
Região Sul - subtropical, dinamismo econômico influên- 
cia da imigração. 
Era a captura de índios por grupos de bandeirantes, para 
serem vendidos como escravos aos engenhos. 
1) A Amazônia constitui um espaço econômico, social 
e político pouco estruturado e potencialmente ge- 
rador de novas oportunidades. 
2) A diversidade biológica ímpar da região lhe con- 
fere, atualmente, grande valor tendo em vista o de- 
senvolvimento de biotecnologias. 
3) A região apresenta focos de modernidade, exem- 
plificados pela presença de uma zona franca de 
comércio e de grandes projetos de mineração. 
4) As disputas pela posse e pelo uso da terra envol- 
vendo posseiros, fazendeiros, extrativistas, garim- 
peiros, índios e companhias mineradoras e madei- 
reiras continuam. 
24 E
M
_
V
_
H
IS
_
0
2
6

Mais conteúdos dessa disciplina