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QUÍMICA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Antonio César Baroni Santoro Neste caderno estudaremos as relações entre trocas de calor e fenômenos físico-químicos, em um ramo da Química denominado Termoquímica. Também serão avaliados como e quais são os fatores que interferem na rapidez dos processos químicos. TERMOQUÍMICA E CINÉTICA QUÍMICA Capítulo 1 Introdução à Termoquímica 2 Capítulo 2 Lei de Hess / Energia de ligação 24 Capítulo 3 Cinética química I 40 Capítulo 4 Cinética química II 59 D a v id T a d e v o s ia n /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 1 5/17/18 4:13 PM ► Avaliar aspectos qualitativos e quantitativos que envolvem os processos termoquímicos. Principais conceitos que você vai aprender: ► Processos endotérmicos e exotérmicos ► Entalpia ► Variação de entalpia ► Calor de formação (ou entalpia de formação) ► Calor de combustão 2 OBJETIVOS DO CAPÍTULO O livier Le Q u e in e c/S h u tte rsto ck 1 INTRODUÇÃO À TERMOQUÍMICA Dessalinizador que usa energia solar torna 16 litros de água salobra em potável e ganha prêmio nacional Um dessalinizador de baixo custo, desenvolvido a partir da captação de energia solar, foi premiado nacionalmente no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2017. [...] Custando até R$ 1 mil para produzir o dessalinizador, a fase de experiência implemen- tou 28 unidades em três assentamentos em Pedra Lavrada, Cubati e São Vicente do Seridó. O professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Francisco Loureiro, que capitea- neou o projeto, recebeu o prêmio em 23 de novembro. [...] Segundo Francisco, o dessalinizador foi projetado a partir de um trabalho de construção participativa, envolvendo alunos e agricultores da região. A ideia surgiu diante da necessi- dade de facilitar o acesso à água potável para as famílias que vivem em regiões com escassez de água. [...] Dessalinizador O modelo do dessalinizador foi projetado em uma caixa construída com placas pré-molda- das de concreto, com uma cobertura de vidro, que possibilita a passagem da radiação solar. Os processos de dessalinização e desinfecção da água, segundo o professor, ocorrem quando a alta temperatura no interior do dessalinizador provoca a evaporação da água, que entra em contato com a superfície resfriada e faz o condensamento, retirando os sais antes existentes. O método também elimina bactérias que podem causar doenças. Cada unidade do dessali- nizador produz um volume de água potável de 16 litros por dia. [...] Disponível em: <https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/dessalinizador-de-agua-da-uepb-que-usa- energia-solar-ganha-premio-nacional.ghtml>. Acesso em: 9 maio 2018. • O equipamento desenvolvido para purifi car água do Sertão usa energia solar. Você se lembra de outras fontes de energia limpa e renovável? Dessalinizador de água da UEPB ganha prêmio nacional. F u n d a ç ã o B a n c o d o B ra s il/ C o o p e ra ti v a d e T ra b a lh o M ú lt ip lo d e A p o io à s O rg a n iz a ç õ e s d e A u to p ro m o ç ã o /N ú c le o d e E x te n s ã o R u ra l A g ro e c o ló g ic a - N E R A , d a U E P B Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 2 5/17/18 4:13 PM 3 Q U ÍM IC A Esses são exemplos da relação existente entre o calor e os diversos tipos de trans- formações físicas e químicas; o estudo dessa relação é chamado Termoquímica. Vamos entender o que acontece em cada exemplo, começando pelo “esquenta-ração”. Como visto, a reação entre magnésio e água libera calor. Podemos representar essa reação com a seguinte equação: Mg (s) + 2H 2 O (,) w Mg(OH) 2(s) + H 2(g) + calor Transformações que ocorrem com liberação de calor são chamadas exotérmicas. Outro exemplo de transformações exotérmicas são as reações de combustão, como a do metano (componente do gás natural). Observe a equação da combustão completa: CH 4(g) + 2O 2(g) w CO 2(g) + 2H 2 O (g) + calor Já as transformações que ocorrem com absorção de calor são chamadas endotérmi- cas. É uma transformação desse tipo que ocorre na bolsa de gelo instantâneo. Ao se dis- solver na água, o nitrato de amônio absorve calor da vizinhança, ou seja, da própria água, causando a diminuição da temperatura do sistema. NH 4 NO 3(s) + calor H O2 → NH 4(aq.) + + NO 3(aq.) Ð A fusão do gelo é outro exemplo de transformação endotérmica, porque é um proces- so que ocorre com absorção de calor: H 2 O (s) + calor w H 2 O (,) No dia a dia, a palavra calor está relacionada a temperaturas elevadas, como quando dizemos num dia quente: “Nossa, que calor!” Na química e na física, porém, calor signifi ca energia térmica transferida de um corpo para outro, acompanhada de variação de tem- peratura. 1 Defi nição Exo : do grego éxo, “para fora, fora de”. Endo : do grego éndon, “para dentro, dentro de”. Atenção 1 As unidades mais usadas para quantidade de calor são: Caloria (cal): 1 caloria é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 g de água em 1 °C (de 14,5 °C para 15,5 °C). Também se utiliza a quilocaloria (kcal), que corresponde a 1 000 cal (ou 1 Cal, com letra maiúscula); Joule (J): seu uso é recomendado pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), assim como o uso do quilojoule (kJ), que corresponde a 1 000 J. A relação entre essas unidades é: 1 cal = 4,18 J ou 1 kcal = 4,18 kJ Termoqu’mica Você já ouviu falar em “bolsa de gelo” sem gelo? E em esquentar comida sem fogo e sem colocá-la no forno de micro-ondas? Pois saiba que isso é possível. Quando um atleta sofre contusão, costuma-se colocar gelo no local. Atualmente, existe um produto chamado “bolsa de gelo instantâneo” que, na verdade, consiste em nitrato de amônio (NH 4 NO 3 ) e água dentro de um invólucro plástico dividido em duas partes, separadas por uma película. Para usar essa bolsa, deve-se romper a película de separação, fazendo com que as duas substâncias entrem em contato. Rapidamente, a bolsa fi ca gelada. Depois, é só colocá-la no local da contusão. Quando um atleta sofre contusão, costuma-se colocar gelo no local. Atualmente, existe um produto chamado “bolsa de gelo instantâneo” que, na verdade, romper a película de separação, fazendo com que as duas substâncias entrem em contato. Rapidamente, a bolsa fi ca gelada. Depois, é só colocá-la no local da contusão. Quanto a aquecer as refeições sem fogo, soldados em campanha, por exemplo, utilizam um dispositivo chamado “esquenta-ração sem chama”. Esse dispositivo também é uma bolsa plástica dividida em duas partes, separadas por uma película. Uma das partes contém magnésio sólido, e a outra, água. Ao se romper a película, o magnésio entra em contato com a água. Ocorre, então, uma reação que libera calor, deixando a bolsa quente, o que permite aquecer a comida. Além das bolsas de gelo instantâneo, existem bolsas para compressas quentes. Basicamente, a diferença entre elas é a substância empregada: nitrato de amônio no primeiro tipo e cloreto de cálcio no segundo. Bolsa de gelo instantâneo Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 3 5/17/18 4:13 PM 4 CAPÍTULO 1 Entalpia (H) Durante uma transformação exotérmica, parte da energia que estava armazenada no sistema é liberada para o meio ambiente. Ao falarmos do conteúdo de energia de um sistema – medido a pressão constante –, estamos falando da sua entalpia, a qual repre- sentaremos pela letra H. A defi nição completa de entalpia vai além dos objetivos deste curso; assim, por simplifi cação, vamos considerar a entalpia como uma forma de medir a energia armazenada em um sistema. Como um sistema armazena energia? A entalpia está relacionada a diversos fatores, como o movimento das partículas – átomos e moléculas – que formam as substâncias, o movimento dos elétrons ao redor do núcleo de cadaátomo, as ligações químicas, as atrações intermoleculares, entre outros. Por causa dessa variedade de fatores, não é pos- sível medir a entalpia de um sistema; entretanto, podemos medir quanto ela varia numa transformação que ocorre à pressão constante (num recipiente aberto, por exemplo): seu valor é igual ao calor – liberado ou absorvido – durante a transformação. Geralmente, con- sidera-se a pressão igual a 1 atm. Para as transformações que não ocorrem à pressão constante, o cálculo da variação de entalpia é mais complicado; assim, não se costumam estudar essas transformações no Ensino Médio. 1 Determinação do calor envolvido numa transformação Para determinar o calor envolvido numa transformação, utiliza-se um equipamento chamado calorímetro. Para entender como o calorímetro funciona, veja como é feita a determinação do calor envolvido na dissolução de uma substância. 1. Primeiramente, coloca-se uma quantidade conhecida de água no calorímetro e anota- -se a temperatura indicada no termômetro. 2. Adiciona-se, então, certa massa da substância e fecha-se o calorímetro. 3. Agita-se a mistura cuidadosamente até a completa dissolução da substância. 4. Anota-se a temperatura fi nal indicada no termômetro. Numa transformação exotér- mica, o calor liberado aquece a água, e a temperatura fi nal será maior que a inicial. Já numa transformação endotérmica, a temperatura diminuirá. 5. Determina-se a quantidade de calor envolvida na transformação, sabendo-se que ela é proporcional à variação da temperatura da água. A expressão que relaciona quantidade de calor (Q) e variação de temperatura (∆θ) é: Q = m ⋅ c ⋅ ∆θ Nessa expressão, m é a massa da amostra e c é o calor específi co (quantidade de calor que deve ser fornecida a 1 g de material para elevar sua temperatura em 1 °C). O calor específi co é característico de cada substância (o da água, por exemplo, é igual a 1 cal/g ⋅ °C). Um exemplo prático é a determinação do calor envolvido na dissolução do clo- reto de cálcio. Vamos considerar que a dissolução de uma pequena quantidade de cloreto de cálcio em água – inicialmente a 25 °C – fez com que a temperatura final chegasse a 33 °C. A dissolução do cloreto de cálcio é, portanto, exotérmica. Vamos calcular o calor liberado nessa dissolução, considerando que a massa da solução seja 100 g. Dados: m = 100 g; c = 1 cal/g ⋅ °C (O calor específi co de uma solução diluída é pratica- mente igual ao da água.) ∆θ = θ fi nal - θ inicial = 33 - 25 = 8 °C Observação 1 Numa transformação à pressão constante, a variação de entalpia é igual ao calor liberado ou absorvido durante a transformação. Termômetro Água Copo de espuma de poliestireno (interno) A fi gura mostra um calorímetro simples usado para transformações em solução aquosa. A n d re i N e k ra s s o v /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 4 5/17/18 4:13 PM 5 Q U ÍM IC A Assim: Q = m ⋅ c ⋅ ∆θ = 100 ⋅ 1 ⋅ 8 = 800 cal Portanto, o calor liberado nessa dissolução é igual a 800 cal, que correspondem a 3 344 J ou 3,344 kJ. A unidade mais adequada nesse caso, de acordo com o SI, é o J. 1 Vimos que a quantidade de calor (Q) é proporcional à variação da temperatura (∆θ), como nos mostra esta equação: Q = m ⋅ c ⋅ ∆θ. De acordo com ela, percebemos também que o calor é proporcional à quantidade de substância (logo, a entalpia é uma propriedade extensiva); assim, quanto mais cloreto de cálcio for dissolvido, maior será a quantidade de calor liberada. Por isso, nesse caso, referimo-nos aos valores correspondentes à disso- lução de 1 mol de substância. O calor liberado na dissolução de 1 mol de cloreto de cálcio em água a 25 °C é igual a 81,3 kJ. 1 Varia•‹o de entalpia de um sistema A variação de entalpia de um sistema (∆H) é igual à diferença entre as entalpias fi nal (depois da transformação) e inicial (antes da transformação): ∆H = H fi nal - H inicial Transformação endotérmica Ocorre com absorção de calor; a entalpia fi nal é maior que a inicial: ∆H . 0 H Entalpia final Entalpia inicial Absorve calor do meio: Hf > Hi H f H i ∆H > 0 Transformação exotérmica Ocorre com liberação de calor; a entalpia fi nal é menor que a inicial: ∆H , 0 H Entalpia inicial Entalpia final Libera calor para o meio: H i > H f H i H f ∆H < 0 Como visto, numa transformação à pressão constante, a variação de entalpia é igual ao calor liberado ou absorvido durante a transformação. Assim, a variação de entalpia ocorrida na dissolução de cloreto de cálcio em água, por exemplo, é: ∆H = - 81,3 kJ/mol É comum nos referirmos à variação de entalpia como calor ou, simplesmente, ental- pia. Assim, se a variação de entalpia da dissolução de cloreto de cálcio é - 81,3 kJ/mol, dizemos que a entalpia de dissolução do cloreto de cálcio é - 81,3 kJ. Observação 1 Nos cálculos apresentados, consideramos que todo o calor liberado durante a dissolução foi absorvido pela água. Isso foi possível porque a perda de calor para o meio ambiente e o calor absorvido pelo calorímetro são desprezíveis. Atenção 1 Propriedades intensivas: são aquelas que não dependem da quantidade de matéria, como pontos de fusão e ebulição. Propriedades extensivas: são aquelas que dependem da quantidade da matéria, como a massa de uma amostra qualquer. Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 5 5/17/18 4:13 PM 6 CAPÍTULO 1 Equa•‹o termoqu’mica A dissolução do cloreto de cálcio em água pode ser representada pela seguinte equação: CaCl 2(s) H O2 → Ca (aq.) 2+ + l2C (aq.) – + calor Como o calor liberado na dissolução de 1 mol de cloreto de cálcio é igual a 81,3 kJ, temos: CaCl 2(s) H O2 → Ca (aq.) 2+ + l2C (aq.) – + 81,3 kJ Um diagrama de entalpia dessa dissolução seria: H (kJ) CaCl 2(s) Ca2+ + 2Cl – (aq.) H i H f ∆H = – 81,3 kJ/mol (aq.) A forma mais empregada para representar essa equação é: CaCl 2(s) H O2 → Ca(aq.) 2+ + l2C (aq.) – ∆H = - 81,3 kJ/mol O sinal negativo indica que a dissolução é exotérmica. Por causa do calor liberado, esse pode ser um material para ser colocado em uma bol- sa térmica para aquecimento. Essa é a equação termoquímica da dissolução do cloreto de cálcio, ou seja, é a equa- ção da dissolução acompanhada da variação de entalpia correspondente. Outro exemplo de equação termoquímica é a que representa a dissolução do nitrato de amônio (a reação que ocorre nas bolsas de “gelo instantâneo”) e poderia ser representada da seguinte forma: NH 4 NO 3(s) + 25,7 kJ H O2 → NH4(aq.) + + NO 3(aq.) – ou mais usualmente: NH 4 NO 3(s) H O2 → NH4(aq.) + + NO 3(aq.) – ∆H = +25,7 kJ/mol O sinal positivo indica que a dissolução é endotérmica. J a k s u th e p T e e k u l/ S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 6 5/17/18 4:13 PM 7 Q U ÍM IC A Veja como fi caria em um diagrama de entalpia: H (kJ) NH+ + NO– NH 4 NO 3(s) H f H i ∆H = +25,7 kJ/mol 4(aq.) 3(aq.) A variação de entalpia indicada está relacionada aos coefi cientes dos participantes na equação termoquímica. Portanto, durante a dissolução de 1 mol de nitrato de amônio, são absorvidos 25,7 kJ. Da mesma maneira, se a quantidade dissolvida for igual a 2 mol, serão absorvidos 51,4 kJ: 2NH 4 NO 3(s) H O2 → 2NH4(aq.) + + 2NO 3(aq.) Ð ∆H = +51,4 kJ Algumas observações importantes sobre a variação de entalpia de um sistema. 1. O calor envolvido na dissolução de uma substância também depende da quantidade de água presente. Em todos os casos que estudarmos, vamos sempre considerar que temos soluções diluídas. 2. A temperatura infl ui no grau de agitação das partículas e, portanto, infl ui na sua ener- gia. Por isso, devemos indicar a temperatura em que ocorre a transformação, pois o ca- lor envolvido depende dela. Neste estudo, todos os processos estarão nas condições ambientais (25 °C e 1 atm). 3. O estado físico também deverá ser fornecidoporque infl ui na entalpia do sistema. Nesse caso, não se esquecer de que: SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO Aumenta a energia, logo aumenta a entalpia. 4. A variedade alotrópica das substâncias também infl ui. Sabemos que: Abundância na natureza Estabilidade Energia (ou entalpia) 1 Forma mais estável Forma menos estável Grafi camente C (grafi te) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H = -94 kcal (a 25 °C e 1 atm) C (diamante) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H = -94,5 kcal (a 25 °C e 1 atm) C (diamante) + O 2(g) C (grafite) + O 2(g) ∆H = –94 kcal ∆H = –94,5 kcal CO 2(g) menos estável mais estável H Como determinar qual é a forma mais estável quando temos duas substâncias dife- rentes formadas pelo mesmo elemento químico, sabendo-se que não é possível medir a entalpia de um sistema (ou de uma substância)? Para algumas substâncias, como grafi te e diamante, é fácil; porém, se considerarmos as formas alotrópicas do enxofre, é mais complicado. É preciso saber se o enxofre mais estável é o rômbico ou o monoclínico. Atenção 1 Analise a combustão (reação exotérmica) do gás hidrogênio em diferentes estados físicos e note que seria liberada maior quantidade de calor se a água formada estivesse no estado sólido. H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O 1 2 H H 2(g) + O 2(g) H i sólido líquido gás A u m en ta a e n ta lp ia H 2 O (g) ∆H (g) ∆H (,) ∆H (g) < ∆H (,) < ∆H (s) Aumenta o calor liberado! Note: ∆H (s) H 2 O (,) H 2 O (s) Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 7 5/17/18 4:13 PM 8 CAPÍTULO 1 Para resolver esse problema, observe a equação a seguir, em que a variação de entalpia (∆H) foi determinada experimen- talmente a 25 °C e 1 atm. S (r) + O 2(g) w SO 2(g) ∆H = -296,8 kJ Nessa reação acima, o dióxido de enxofre foi obtido pela reação entre oxigênio e enxofre rômbico (S (r) ). O enxofre mono- clínico é outra forma alotrópica do enxofre encontrada na natureza. A equação termoquímica da produção de dióxido de enxofre a partir do enxofre monoclínico (S (m) ) é, a 25 °C e 1 atm: S (m) + O 2(g) w SO 2(g) ∆H = -297,1 kJ Representando essas duas equações em um mesmo diagrama, temos: S (m) + O 2(g) S (r) + O 2(g) ∆H 2 = –297,1 kJ ∆H 1 = –296,8 kJ SO 2(g) H (kJ) Progresso da reação A desigualdade entre ∆H 1 e ∆H 2 está na diferença de entalpia entre as formas alotrópicas do enxofre. A partir do gráfi co, concluímos que a forma de enxofre que apresenta menor entalpia, ou seja, que é mais estável, é o enxofre rômbico. Portanto, a entalpia de formação do SO 2 é igual a - 296,8 kJ/mol (entalpia da reação do enxofre rômbico com o oxigênio). Elemento Forma mais estável (mais abundante na natureza) Forma menos estável (menos abundante na natureza) Carbono Grafi te Diamante Oxigênio O 2(g) – gás oxigênio O 3(g) – gás ozônio Enxofre S(α) – enxofre rômbico S(β) – enxofre monoclínico Fósforo P n – fósforo vermelho P 4 – fósforo branco Atividades 1. (Unimontes-MG) A nutrição parenteral é usada em pacien- tes incapazes de ingerir uma nutrição adequada, oralmente. Os lipídios podem ser utilizados para fornecer energia quan- do o corpo não pode obter toda a necessidade energética dos carboidratos. A proporção de calorias providas por lipídios é normalmente 30% das calorias diárias totais. Os lipídios provêm 9 cal de energia por grama, e o limite máximo de gordura para uma dieta saudável deve ser inferior a 65 g. Foi preparada para um paciente uma dieta de 3 000 calo- rias diárias. Considerando os padrões de limites aceitáveis, pode-se afi rmar que a quantidade de lipídios na dieta é: a) aceitável, inferior a 50 g. b) aceitável, igual a 64 g. c) indesejável, superior a 100 g. d) indesejável, igual a 100 g. 2. (Ufes) Uma pessoa com febre de 38,5 °C deve perder cerca de 4,18 ⋅ 105 J de calor para que sua temperatura corporal volte ao normal (36,5 °C). Supondo que a única forma de o corpo perder calor seja através da transpiração, a massa de água, em gramas, a ser perdida para abaixar a febre em 2 °C é: Dados: ∆H = 43,4 kJ ⋅ mol-1 (calor de vaporização da água); MH 2 O = 18 g/mol a) 9,6 b) 43,4 c) 96,0 d) 173,4 e) 1 734,0 Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 8 5/17/18 4:13 PM 9 Q U ÍM IC A 3. (Vunesp) Em uma cozinha, estão ocorrendo os seguintes processos: I. gás queimando em uma das “bocas” do fogão; e II. água fervendo em uma panela que se encontra sobre essa “boca” do fogão. Com relação a esses processos, pode-se afi rmar que: a) I e II são exotérmicos. b) I é exotérmico e II é endotérmico. c) I é endotérmico e II é exotérmico. d) I é isotérmico e II é exotérmico. e) I é endotérmico e II é isotérmico. 4. (Fuvest-SP) Considere os seguintes dados: Reagente Produto ∆H condições padrão 1) C (gr) w C (diam) + 0,5 kcal/mol de C 2) I (g) w 1 2 I 2(g) - 25 kcal/mol de I 3) 1 2 Cl 2(g) w Cl (g) + 30 kcal/mol de Cl Pode-se afi rmar que o reagente tem maior energia do que o produto somente em: a) 1 b) 2 c) 3 d) 1 e 2 e) 1 e 3 5. (UPM-SP) Observe a reação a seguir. Fe 2 O 3(s) + 3C (s) + 491,5 kJ w 2Fe (s) + 3CO (g) Da transformação do óxido de ferro III em ferro metálico, segundo a equação dada, pode-se afi rmar que: a) é uma reação endotérmica. b) é uma reação exotérmica. c) é necessário 1 mol de carbono para cada mol de Fe 2 O 3(s) transformado. d) o número de mols de carbono consumido é diferente do número de mols de monóxido de carbono produzi- do. e) a energia absorvida na transformação de 2 mol de Fe 2 O 3(s) é igual a 491,5 kJ. 6. (UFMG) O gás natural (metano) é um combustível utiliza- do, em usinas termelétricas, na geração de eletricidade, a partir da energia liberada na combustão. CH 4(g) + 2O 2(g) w CO 2(g) + 2H 2 O (g) ∆H = - 800 kJ/mol Em Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte, está em fase de instalação uma termelétrica que deveria ter, aproximadamente, uma produção de 2,4 ⋅ 109 kJ/hora de energia elétrica. Considere que a energia térmica liberada na combustão do metano é completamente convertida em energia elétrica. Nesse caso, a massa de CO 2 lançada na atmosfera será, aproximadamente, igual a: Dado: Massa molar do CO 2 = 44 g/mol. a) 3 toneladas/hora. b) 18 toneladas/hora. c) 48 toneladas/hora. d) 132 toneladas/hora. 7. (FMU-SP) Em um texto encontramos a seguinte frase: “Quando a água funde, ocorre uma reação exotérmica”. Na frase há: a) apenas um erro, porque a água não funde. b) apenas um erro, porque a reação química é endotérmica. c) apenas um erro, porque não se trata de reação quími- ca, mas de processo físico. d) dois erros, porque não se trata de reação química nem o processo físico é exotérmico. e) três erros, porque a água não sofre fusão, não ocorre reação química e o processo físico é endotérmico. 8. +Enem [H17] No estudo da Termoquímica, a variação de entalpia de uma reação é um importante dado a respeito do caráter energético das reações. O próprio conceito de entalpia é fundamental para o entendimento das relações energéticas existentes na natureza. A reação: 2CO 2 w 2CO + O 2 apresenta ∆H positivo. Essa informação revela que a reação: a) ocorre com contração de volume, evidenciada pela di- ferença energética entre reagentes e produtos. b) libera energia térmica sem que ocorra de fato uma reação química. c) é catalisada, ou seja, ocorre com velocidade maior que uma reação de ∆H negativo. d) é endotérmica, ou seja, apresenta produtos com ental- pia maior que a entalpia dos reagentes. e) é espontânea, não necessitando de energia para iniciar-se. Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 9 5/17/18 4:13 PM 10 CAPÍTULO 1 Complementares Tarefa proposta 1 a 12 9. (Uninove-SP) A reação de queima do etanol, um combus- tível de uso amplo, pode ser representada pela equação termoquímica: C 2 H 6 O (,) + 3O 2(g) w 2CO 2(g) + 3H 2 O (g) ∆H = - 1 366 kJ Considerando-se essas informações,pode-se afi rmar que na queima de 138,0 g desse combustível ocorre a: (Dado: massas molares (g ⋅ mol-1): H = 1; C = 12 e O = 16) a) liberação de 455,6 kJ, pois a reação é exotérmica. b) liberação de 1 366,9 kJ, pois a reação é endotérmica. c) liberação de 1 136,1 kJ, pois a reação é endotérmica. d) liberação de 3 044,7 kJ, pois a reação é exotérmica. e) liberação de 4 098,0 kJ, pois a reação é exotérmica. 10. (UPM-SP) Observando-se os dados a seguir, pode-se dizer que o reagente apresenta menor energia que o produto somente em: I. 1 2 Cl 2(g) w Cl (g) ∆H = + 30 kcal/mol de Cl II. C (diamante) w C (grafi te) ∆H = - 0,5 kcal/mol de C III. H 2 O (g) w H 2 O (,) ∆H = - 9,5 kcal/mol de H 2 O a) II b) III c) III e II d) III e I e) I 11. (UFVJM-MG) A energia que os animais necessitam para sua sobrevivência vem de reações de oxidação que ocor- rem no interior de suas células. Uma dessas reações é a da oxidação da molécula de glicose, descrita pela reação C 6 H 12 O 6 + 6O 2 w 6CO 2 + 6H 2 O, que libera 686 kcal por mol de glicose. Com base nessas informações e em seus conhecimentos, avalie estas afi rmações. I. 1 mol de glicose sofre combustão, produzindo 108 g de água. II. 686 kcal correspondem à energia cinética das molécu- las de CO 2 e de H 2 O. III. Cal é unidade física de potência. IV. A energia liberada nas reações da glicose é usada para manter os órgãos funcionando. Na forma de energia térmica, para manter o animal aquecido e na forma de energia mecânica, para locomoção do animal. Assinale a alternativa que contém apenas as afi rmações corretas. (Dado: MA(u): C = 12; H = 1; O = 16) a) I e III b) II e IV c) I e IV d) II e III 12. (UFSM-RS) Considere o seguinte gr áfi co: De acordo com o gráfi co, indique a opção que comple- ta, respectivamente, as lacunas da frase: “A variação da entalpia, ∆H, é ....; a reação é .... porque se processa .... calor.” a) positiva, exotérmica, liberando. b) positiva, endotérmica, absorvendo. c) negativa, endotérmica, absorvendo. d) negativa, exotérmica, liberando. e) negativa, exotérmica, absorvendo. R e p ro d u ç ã o /U F S M -R S . Atenção 1 Uma mesma substância apresenta entalpias diferentes em estados físicos diferentes, a uma mesma temperatura. Por isso, sempre devemos indicar o estado físico de cada substância numa equação termoquímica. Variação de entalpia nas mudanças de estado f’sico Vimos que a fusão do gelo é uma transformação endotérmica, pois é um processo que ocorre com absorção de calor. A variação de entalpia relacionada à fusão de 1 mol de água no estado sólido a 0 °C ou, simplesmente, a entalpia de fusão da água no estado sólido a 0 °C, determinada experimentalmente, é igual a 6,0 kJ/mol. Isso signifi ca que, para fundir 1 mol de água no estado sólido a 0 °C, devemos fornecer 6,0 kJ de energia na forma de calor. 1 A equação termoquímica para a fusão do gelo é: H 2 O (s) w H 2 O (,) ∆H = + 6,0 kJ No entanto, como visto antes: ∆H = H fi nal - H inicial Assim, como ∆H . 0, a entalpia da água no estado líquido é maior que a entalpia da água no estado sólido. Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 10 5/17/18 4:13 PM 11 Q U ÍM IC A Podemos representar essa transformação em um diagrama de entalpia: H 2 O (,) H 2 O (s) ∆H = + 6,0 kJ H (kJ) Progresso da transformação O processo inverso à fusão é a solidifi cação. O diagrama de entalpia para a solidifi ca- ção da água é: H 2 O (,) H 2 O (s) ∆H = – 6,0 kJ H (kJ) Progresso da transformação A entalpia de solidifi cação da água a 0 °C é igual a - 6,0 kJ/mol, ou seja, durante a soli- difi cação de 1 mol de água a 0 °C, são liberados 6,0 kJ de energia. A vaporização, assim como a fusão, é um processo endotérmico. A entalpia de vapori- zação da água a 100 °C é igual a + 40,7 kJ/mol. Observe a equação termoquímica e o diagra- ma de entalpia para a vaporização da água: H 2 O (,) w H 2 O (v) ∆H = + 40,7 kJ H 2 O (v) H 2 O (,) ∆H = +40,7 kJ H (kJ) Progresso da transforma•‹o O processo inverso à vaporização é a liquefação (ou condensação). Observe a equa- ção termoquímica e o diagrama de entalpia que indicam a entalpia de liquefação da água: H 2 O (v) w H 2 O (,) ∆H = - 40,7 kJ H 2 O (v) H 2 O (,) ∆H = – 40,7 kJ H (kJ) Progresso da transformação A vaporização, assim como a fusão, é um processo endotérmico. A entalpia de vapori- zação da água a 100 °C é igual a +40,7 kJ/mol. Observe a equação termoquímica e o diagra- ma de entalpia para a vaporização da água. 2 1 A fusão é um processo endotérmico. A 0 °C, a água no estado líquido apresenta entalpia 6,0 kJ maior que a da mesma quantidade de água no estado sólido, à mesma temperatura. A solidifi cação é um processo exotérmico. Observe que a quantidade de calor liberada na solidifi cação é a mesma que a absorvida na fusão. Para vaporizar 1 mol de água a 100 °C, devemos fornecer 40,7 kJ de energia. Durante a liquefação de 1 mol de água, a 100 °C, são liberados 40,7 kJ de energia. 1 Atenção 1 Note que a quantidade de calor necessária para a fusão da água (6 kJ/mol) é bem menor que a quantidade de calor necessário para a ebulição da água (40,7 kJ/mol). Isso acontece porque, na fusão, são rompidas algumas ligações de hidrogênio (lembre-se: ligações de hidrogênio são as forças intermoleculares mais intensas); e, na ebulição, são rompidas todas as ligações de hidrogênio. 2 A variação de entalpia para um processo inverso é igual à variação de entalpia para o processo direto à mesma temperatura, mas com o sinal trocado. Observação 1 Como visto, a entalpia de vaporização da água a 100 °C é igual a 40,7 kJ/mol. Se a temperatura for menor que 100 °C, a energia necessária à vaporização será maior. Se a água estiver a 25 °C, por exemplo, a entalpia de vaporização será igual a 44 kJ/mol. Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 11 5/17/18 4:13 PM 12 CAPÍTULO 1 Desenvolva H14 Identifi car padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros. Leia o texto. A água é a substância mais abundante dos tecidos vegetais e torna-se de grande importância o conhecimento de algumas de suas propriedades, bem como as diversas funções fi siológicas relacionadas com a água nas plantas. Sabemos que a água, apesar da abundância, torna-se um recurso bastante escasso quando se trata de sua disponibilidade para as plantas, pois, além de sua má distribuição em algumas regiões (áridas e semiáridas), as plantas são pouco ou nada efi cientes no seu uso, uma vez que a retém muito pouco para as suas necessidades (água de constituição, de transporte, reagente e de turgescência). Ao longo do seu ciclo, desde a germinação da semente até a reprodução dela, as plantas aéreas absorvem grandes quantidades de água do solo, que é transportada através de suas partes e que passam à atmosfera, sem que intervenha em alguma função aparente. Esta perda de água ocorre, sobretudo, em forma de vapor, através de um processo chamado transpiração. Disponível em: <www2.ufrb.edu.br/mapeneo/downloads/category/10-relacoes-hidricas?download>. Acesso em: 9 maio 2018. Após a leitura do texto, responda às questões. a) Qual é a função do processo descrito no texto? b) Cite pelo menos três fatores externos que infl uem no processo descrito no item a. c) Se um vegetal, em um ambiente natural a 20 °C, apresentando 105 folhas com área média de 0,5 dm2/ folha, está perdendo água para a atmosfera através dos estômatos, em uma média de 5 g/dm2/h, qual será o calor absorvido entre 10 horas e 14 horas? Apresente o resultado em kcal. (Dado: calor latente de vaporização da água = 600 cal/g) Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 12 5/17/18 4:13 PM 13 QU ÍM IC A Entalpia de reação Entalpia de reação (∆H) é o nome dado à variaçãode entalpia observada em uma rea- ção química. A entalpia de uma reação é igual à diferença entre as entalpias fi nal (produ- tos) e inicial (reagentes): ∆H = H produtos - H reagentes De acordo com o tipo de reação envolvida, a entalpia de reação recebe denominação específi ca para cada caso analisado. 1 Entalpia de combust‹o Como visto no começo deste capítulo, toda reação de combustão é exotérmica. Expe- rimentalmente, determinou-se que a combustão de 1 mol de metano, por exemplo, libera 890 kJ a 25 °C e 1 atm. Assim, a equação termoquímica da combustão do metano pode ser representada por: CH 4(g) + 2O 2(g) w CO 2(g) + 2H 2 O (,) ∆H = - 890 kJ O valor de ∆H que aparece em uma equação termoquímica está relacionado aos coefi cien- tes estequiométricos de cada substância participante. Assim, ocorre liberação de 890 kJ por mol de metano consumido, ou seja, a entalpia de combustão do metano é igual a 890 kJ/mol. 1 Observe as equações termoquímicas a seguir, referentes à combustão completa de al- guns combustíveis a 25 °C e 1 atm (as entalpias foram determinadas experimentalmente): • Octano (presente na gasolina) C 8 H 18(,) + 25 2 O 2(g) w 8CO 2(g) + 9H 2 O (,) ∆H = -5 471 kJ/mol • Etanol C 2 H 6 O (,) + 3O 2(g) w 2CO 2(g) + 3H 2 O (,) ∆H = -1 368 kJ/mol • Hidrogênio H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (,) ∆H = -286 kJ/mol Interação A energia não é criada nem destruída. Em Física, os processos de propagação de calor entre dois corpos são tratados no caderno 5, capítulo 3. A energia liberada nas reações de combustão será usada na obtenção de trabalho, como será visto nos capítulos 3 e 4 do caderno 6. E se fosse possível? Tema integrador Educação alimentar e nutricional Especialistas falam sobre os riscos do açúcar para obesidade e diabetes O açúcar não está presente apenas em doces, frutas e refrigerantes, mas também em alimentos salgados como pães e massas, que se transformam em glicose dentro do organismo. A diferença entre eles está na velocidade com que caem na corrente sanguí- nea: o doce leva poucos segundos, enquanto as moléculas dos demais podem demorar até uma hora para serem quebradas. Em excesso, o açúcar pode provocar obesidade e diabetes tipo 2, doenças que são facilmente evitadas, com atividade física e reeducação alimentar. [...] Tomar uma bola de sorvete é o mesmo que comer uma colher e meia de sopa de açúcar. [...] Apesar dos riscos, o açúcar não é apenas um vilão: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que ele responda por 10% do consumo total de calorias diárias. Em colheres de sopa, a quantidade não deve passar de quatro, o equivalente a 50 gramas. [...] Disponível em: <g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/05/especialistas-falam-sobre-os-riscos-do-acucar-para-obesidade-e-diabetes.html>. Acesso em: 9 maio 2018. A glicose é uma das principais fontes de energia do organismo, liberando, aproximadamente, 2 800 kJ a cada 180 g. Essa quantidade é liberada aos poucos conforme a necessidade fi siológica. O que aconteceria com o corpo humano se toda a energia contida na forma de glicose fosse liberada rapidamente? Observação 1 A quantidade de calor liberado ou absorvido em um processo químico pode depender de diversos fatores, tais como estado físico e alotrópico das substâncias, condições de temperatura e pressão na qual o sistema está submetido e, por fi m, a quantidade de substância envolvida. Atenção 1 A entalpia de combustão é o calor liberado por um mol de combustível nas condições padrão (25 oC e 1 atm). Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 13 5/17/18 4:13 PM 14 CAPÍTULO 1 Qual é o melhor combustível? Na escolha de um combustível, podemos usar diferentes critérios de comparação, como seu preço, sua disponibilidade ou a poluição gerada por ele. Outra maneira, ainda, é analisarmos a quantidade de calor liberada na sua combustão. Uma das formas mais usuais para avaliarmos esses combustíveis é comparando o calor liberado na combustão de massas iguais entre eles. Assim, considerando 1 g de cada combustível, temos: • Metano Massa ——— Calor liberado 16 g ——— 890 kJ 1 g ——— x x = 55,63 kJ/g • Octano Massa ——— Calor liberado 114 g ——— 5 471 kJ 1 g ——— y y = 47,99 kJ/g • Etanol Massa ——— Calor liberado 46 g ——— 1 368 kJ 1 g ——— z z = 29,74 kJ/g • Hidrogênio Massa ——— Calor liberado 2 g ——— 286 kJ 1 g ——— w w = 143 kJ/g Concluímos que o melhor combustível é o hidrogênio, pois é o que libera maior quan- tidade de calor pa ra a mesma massa. Podemos, então, generalizar que, em uma reação de combustão, temos a presença de uma substância química (combustível) que reage com o oxigênio (O 2 ), chamado de combu- rente, formando os produtos da combustão e liberando calor (reação exotérmica). Acom- panhe o esquema a seguir. Combustível Hidrocarboneto ou composto orgânico oxigenado O 2(g) CO 2 + H 2 O s Completa (chama azul) CO + H 2 O s Incompleta (chama amarela) C (s) + H 2 O s Incompleta (chama amarela) Comburente Produtos da combustão ∆H < O Nesse sentido aumenta a quantidade de calor liberado. Fuligem, carvão ou negro de fumo Interação Reações de combustão relacionam-se intimamente com fontes de energia. Carvão e petróleo são dois materiais usados, principalmente, como combustíveis. Esses são assuntos que ocupam toda o caderno 4 de Geografi a. As espaçonaves do tipo shuttle, como a Challenger – que explodiu em pleno voo em 1986 –, utilizam a mistura hidrogênio oxigênio para a obtenção de energia de seus propulsores. 1 Observações 1 O hidrogênio também é o combustível menos poluente (tanto que muitas vezes ele é chamado de combustível limpo), pois o único produto formado na sua combustão é a água. 2 Quando há formação de CO 2 , a combustão é dita completa porque essa substância não é combustível; muito pelo contrário, ela extingue a chama. Formando CO ou C (s) , a combustão é dita incompleta porque ambas as substâncias são combustíveis, ou seja, reagem com oxigênio, liberando calor. 2 E v e re tt H is to ri c a l/ S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 14 5/17/18 4:13 PM 15 Q U ÍM IC A Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Qual é a relação estabelecida pelo exercício: Este item envolve relação entre quantidade de energia liberada e quantidade de CO 2 produzido. De que depende a quantidade de CO 2 ? A quantidade de CO 2 produzido depende da quantidade de átomos de carbono presentes no combustível. Assim, deve-se compor a equação da reação de combustão. Como resolver na prática: O processo terá de ser repetido nas cinco alternativas. (Enem) Um dos problemas dos combustíveis que contêm carbono é que sua queima produz dióxido de carbono. Portanto, uma característica importante, ao se escolher um combustível, é analisar seu calor de combustão ( )∆HC 0 , defi nido como a energia liberada na queima completa de um mol de combustível no estado padrão. O quadro seguinte relaciona algumas substâncias que contêm carbono e seu ( )∆HC 0 . Substância Fórmula ( )∆HC0 (kJ/mol) benzeno C 6 H 6(,) -3 268 etanol C 2 H 5 OH (,) -1 368 glicose C 6 H 12 O 6(s) -2 808 metano CH 4(g) -890 octano C 8 H 18(,) -5 471 Neste contexto, qual dos combustíveis, quando queimado completamente, libera mais dióxido de carbono no ambiente pela mesma quantidade de energia produzida? a) Benzeno b) Metano c) Glicose d) Octano e) Etanol Resolução Resposta: C As reações de combustão são: C 6 H 6(,) + 15 2 O 2(g) w 6CO 2(g) + 3H 2 O (,) ∆HC 0 = -3 268 kJ C 2 H 5 OH (,) + 3O 2(g) w 2CO 2(g) + 3H 2 O (,) ∆HC 0 = -1 368 kJ C 6 H 12 O 6(s) + 6O 2(g) w 6CO 2(g) + 6H 2 O (ℓ) ∆HC 0 = -2 808 kJ CH 4(g) + 2O 2(g) w CO 2(g) + 2H 2 O (ℓ) H∆ C 0 = -890 kJ C 8 H 18(,) + 25 2 O 2(g) w 8CO 2(g) + 9H 2 O (,) H∆C 0 = -5 471 kJ Para uma mesma quantidade de energia liberada (Q), teremos; • Para o benzeno: 1 mol de benzeno forma 6 mol de CO 2 ——— 3 268 kJ a mol de CO 2 ——— Q a = 0,0018Q mol de CO 2 • Para o etanol: 1 mol de etanol forma 2 mol de CO 2 ——— 1 368 kJ b mol de CO 2 ——— Q b = 0,0014Q mol de CO 2 • Para a glicose: 1 mol de glicose forma 6 mol de CO 2 ——— 2 808 kJ c mol de CO 2 ——— Q c = 0,0021Q mol de CO 2 • Para o metano: 1 mol de metano forma 1 mol de CO 2 ——— 890 kJ d mol de CO 2 ——— Q d = 0,0011Q mol de CO 2 • Para o octano: 1 mol de octano forma 8 mol de CO 2 ——— 5 471 kJ e mol de CO 2 ——— Q e = 0,0014Q mol de CO 2 Analisando-se os valores, nota-se que, para uma mesma quantidade de energia liberada, a glicose libera maior quantidade de CO 2 . Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 15 5/17/18 4:13 PM 16 CAPÍTULO 1 Contextualize Movido a urina e fezes: o potencial dos dejetos humanos como combustíveis do futuro O nosso planeta tem um problema. Os humanos, como todas as outras criaturas vivas, produzem mui- to... bem, muitos restos desagradáveis. [...] Mas talvez estejamos olhando para nosso esgoto pelo lado errado – ele pode ser uma commodity pre- ciosa, em vez de um subproduto malcheiroso das nos- sas vidas diárias. Vários engenheiros criativos estão encontrando maneiras de aproveitar o potencial dos nossos dejetos corporais, transformando-os em energia para ilumi- nar nossas casas e dar combustível aos nossos carros. [...] O poder do xixi [...] Pesquisadores da Universidade do Oeste da In- glaterra criaram estações compactas de eletricidade conhecidas como pilhas de combustível microbiótico capazes de transformar xixi em energia elétrica que pode ser usada para iluminar salas pequenas ou ligar pequenos aparelhos eletrônicos. As pilhas de combustíveis são únicas por conter bactéria que geralmente é encontrada na parte de baixo de navios ou plata- formas de petróleo no oceano. Elas crescem em eletrodos e se alimentam do material orgânico presente na urina conforme ele passa por elas, produzindo uma pequena corrente de energia. [...] Os pesquisadores já usaram as pilhas movidas a xixi para recarregar um smartphone, apesar de ter demorado cerca de 64 horas para encher a bateria totalmente. [...] O potencial do cocô [...] “Sedimentos fecais” pode parecer uma frase estranha no contexto de energia limpa, mas esse não é o único projeto da área envolvendo o chamado número dois. [...] Segundo um relatório feito pela Universidade das Nações Unidas no Japão, se todas as fezes humanas forem transformadas em biogás, isso poderia gerar eletricidade para 138 milhões de lares. [...] Combustível de gordura Em quase toda cidade do mundo, há bolhas coaguladas de gordura, óleo e sebo que formam “fatbergs” (“icebergs de gordura”, em português) que entopem canos. Entre os maiores descobertos publicamente está um encontrado neste ano nos túneis vitorianos embaixo do bairro de Whitechapel, em Londres. O fatberg de 250 metros – o dobro do comprimento de um campo de futebol do Estádio de Wembley – pesava 130 toneladas e levou quase três semanas para ser limpo. Mas, em vez de ser despejado em um aterro, o bloco de gordura foi enviado a uma planta de processamento inovador e transformado em 10 mil litros de biodiesel que pode ser usado em ônibus e caminhões. [...] O combustível resultante pode ser misturado com diesel normal para ser usado em motores. [...] Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/vert-fut-41743336>. Acesso em: 9 maio 2018. 1. Cite um problema ambiental gerado pela falta de tratamento de esgoto das cidades. 2. Avalie qual é o impacto social e econômico da produção de energia elétrica pelo processo descrito na reportagem. 3. A respeito da produção de energia a partir dos dejetos sólidos: a) Escreva a equação da reação de combustão do principal combustível produzido no tratamento do cocô. b) Qual é o problema ambiental associado ao uso do combustível produzido a partir do fatberg? Um técnico de esgoto segura um "fatberg" em um túnel de Londres. A d ri a n D e n n is /A g ê n c ia F ra n c e -P re s s e Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 16 5/17/18 4:13 PM 17 Q U ÍM IC A Entalpia de neutralização É o calor liberado na reação entre 1 mol de H+ proveniente de um ácido de Arrhenius e 1 mol de OH- proveniente de uma base de Arrhenius. A quantidade de calor liberada na reação entre um mol de ácido forte e um mol de base forte, a 25 °C e 1 atm, é constante e igual a 13,6 kJ/mol, pois se encontram totalmente ionizados (no caso dos ácidos) ou dissociados (no caso das bases). Assim: +1H (aq.) + 1OH (aq.) – w H 2 O (,) ∆H = - 13,6 kJ Entalpia de formação Entalpia de formação é a quantidade de calor liberada ou absorvida na formação de 1 mol de substância composta a partir de substâncias simples no estado-padrão. Segue uma lista de entalpia-padrão de algumas substâncias inorgânicas e orgânicas. Substância Fórmula ∆H f 0 (kJ ⋅ mol21) Amônia NH 3(g) - 46,11 Dióxido de carbono CO 2(g) - 393,5 Monóxido de carbono CO (g) - 110,53 Tetróxido de dinitrogênio N 2 O 4(g) + 9,16 Cloreto de hidrogênio HCl (g) - 92,31 Fluoreto de hidrogênio HF (g) - 271,1 Dióxido de nitrogênio NO 2(g) + 33,18 Óxido nítrico NO (g) + 90,25 Cloreto de sódio NaCl - 411,15 Água (líquida) H 2 O (,) - 285,83 Água (gás) H 2 O (g) - 241,82 Benzeno C 6 H 6 + 49,0 Etanol C 2 H 5 OH (,) - 277,69 Etino (acetileno) C 2 H 2(g) + 226,73 Glicose C 6 H 12 O 6(g) - 1 268 Metano CH 4(g) - 74,81 Fonte: P. Atkins. Princ’pios de Qu’mica. Estado-padr‹o Como visto, não é possível determinar a entalpia de uma substância, mas é possí- vel determinar experimentalmente a variação de entalpia de uma transformação. Assim, somente podemos conhecer a entalpia de uma reação química fazendo a reação. Como existem muitas reações possíveis, para facilitarem a determinação da entalpia, os quími- cos passaram a defi nir valores arbitrários para a entalpia de algumas substâncias. Assim, defi niu-se que todas as substâncias simples apresentam entalpia igual a zero, em determi- nadas condições, conhecidas como estado-padrão. 1 Portanto, substâncias simples, como H 2(g) , O 2(g) , C (gr.) , S (r) , Br 2(,) e Fe (s) , por convenção, apre- sentam entalpia igual a zero no estado-padrão. Determinamos agora as entalpias para outras substâncias, usando os valores de ental- pia escolhidos como referência. Veja o exemplo. Considere a equação a seguir, a 25 °C e 1 atm. C (gr.) + O 2(g) w CO 2(g) H f 0∆ = - 393,5 kJ/mol Na equação, H f 0∆ é chamado entalpia-padrão de formação. Como ∆H = H produtos - H reagentes , temos: H f 0∆ = H CO 0 2(g) - ( )+H HC(gr.)0 O02(g) = - 393,5 kJ/mol Como H C 0 (gr .) = H O 0 2(g) = 0, temos: H CO 0 2(g) = - 393,5 kJ Defi nição Estado-padr‹o : estado físico e alotrópico mais estáveis de uma substância sob pressão de 1 atm e temperatura de 25 °C. Observação 1 Usamos entalpia-padrão somente se estamos nas condições padrão. É comum, porém, encontrarmos, em algumas questões e livros, o símbolo ∆H (e não ∆H0), mesmo para a entalpia-padrão. Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 17 5/17/18 4:14 PM 18 CAPÍTULO 1 A entalpia do gás carbônico é numericamente igual à sua entalpia-padrão de formação. As entalpias-padrão de forma- ção das outras substâncias são determinadas da mesma forma que a do gás carbônico. Veja os exemplos. H 2(g) + O 2(g) w H 2 O (,) H f 0∆ = H H O 0 2 = - 285,8 kJ/mol S (r) + O 2(g) w SO 2(g) H f 0∆ = H SO 0 2 = - 296,8 kJ/mol Cálculo da entalpia-padrão de uma reação Podemos calcular a entalpia-padrão de uma reação a partir dos valores de entalpias-padrão de formação. Para isso, bas- ta revermos alguns conceitos, tais como: 1. ∆H = H fi nal - H inicial 2. A entalpia-padrão de uma substância simples, nas condições padrão, porconvenção é zero. 3. A entalpia-padrão de uma substância composta é numericamente igual ao seu calor (entalpia) de formação. Em uma reação química, podemos pensar da seguinte forma: Reagente(s) w Produto(s) ∆H = ? ΣH reagentes H inicial ΣH produtos H final Então, o ∆H de uma reação poderá ser dado por: ∆H = ΣH produtos - ΣH reagentes Atividades 13. (UFMG) Um tubo de ensaio aberto, contendo acetona, é mergulhado em um béquer maior, isolado termicamente, o qual contém água, conforme mostrado na fi gura. Acetona Água Termômetro A temperatura da água é monitorada durante o processo de evaporação da acetona, até que o volume desta se reduz à metade do valor inicial. Assinale a alternativa cujo gráfi co descreve qualitativamente a variação da tempe- ratura registrada pelo termômetro mergulhado na água, durante esse experimento. a) 0 Tempo Te m p e ra tu ra b) 0 Tempo Te m p e ra tu ra c) 0 Tempo Te m p e ra tu ra d) 0 Tempo Te m p e ra tu ra 14. (UFRGS-RS) Considere as transformações a que é subme- tida uma amostra de água, sem que ocorra variação da pressão externa: Vapor de água Água líquida Gelo 1 2 3 4 Pode-se afi rmar que: a) as transformações 3 e 4 são exotérmicas. b) as transformações 1 e 3 são endotérmicas. c) a quantidade de energia absorvida em 3 é igual à quantidade liberada em 4. d) a quantidade de energia liberada em 1 é igual à quan- tidade liberada em 3. e) a quantidade de energia liberada em 1 é igual à quan- tidade absorvida em 2. Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 18 5/17/18 4:14 PM 19 Q U ÍM IC A 15. (UFMG) Ao se sair molhado em local aberto, mesmo em dias quentes, sente-se uma sensação de frio. Esse fenô- meno está relacionado com a evaporação da água que, no caso, está em contato com o corpo humano. Essa sensação de frio explica-se corretamente pelo fato de que a evapo- ração da água: a) é um processo endotérmico e cede calor ao corpo. b) é um processo endotérmico e retira calor do corpo. c) é um processo exotérmico e cede calor ao corpo. d) é um processo exotérmico e retira calor do corpo. 16. (UFV-MG) Considere as equações das reações de combus- tão do metano e do propano: CH 4(g) + 2O 2(g) w CO 2(g) + 2H 2 O (,) ∆H0 = -890 kJ ⋅ mol-1 C 3 H 8(g) + 5O 2(g) w 3CO 2(g) + 4H 2 O (,) ∆H0 = -2 220 kJ ⋅ mol-1 A combustão completa de 44 g de metano libera: (Dado: massa molar do CH 4 = 16 g/mol) a) a mesma quantidade de gás carbônico que a combus- tão completa de 1,0 mol de propano. b) mais gás carbônico que a combustão completa de 44 g de propano. c) a mesma quantidade de energia que a combustão completa de 44 g de propano. d) mais energia que a combustão de 1,0 mol de propano. e) menos energia que a combustão de 44 g de propano. 17. (PUC-MG) Sejam dados os processos abaixo: I. Fe (s) w Fe (,) II. H 2 O (,) w H 2(g) + 1 2 O 2(g) III. C (s) + O 2(g) wCO 2(g) IV. H 2 O (v) w H 2 O (s) A opção que representa somente fenômenos químicos endotérmicos é: a) I e II apenas. b) II e IV apenas. c) III e IV apenas. d) II, III e IV apenas. 18. (Uece) O sulfeto de zinco, usado por Ernest Rutherford no seu famoso experimento, emite luz por excitação causada por raios X ou feixe de elétrons e reage com o oxigênio, produzindo um óxido de zinco e dióxido de enxofre. Os calores de formação das diferentes substâncias estão na tabela a seguir. Substância Calor de formação (kcal/mol) ZnS (s) - 43,90 SO 2(g) - 69,20 ZnO (s) - 83,50 Utilizando-se os valores da tabela, o calor de combustão do sulfeto de zinco será: a) - 217,6 kcal/mol b) + 163,2 kcal/mol c) - 108,8 kcal/mol d) + 54,4 kcal/mol Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 19 5/17/18 4:14 PM 20 CAPÍTULO 1 19. (PUC-MG) Sejam dadas as seguintes equações termoquí- micas (25 °C, 1 atm): I. C (grafi te) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H 1 = -393,5 kJ/mol II. C (diamante) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H 2 = -395,4 kJ/mol Com base nessas equações, todas as afi rmativas estão corretas, exceto: a) a formação de CO 2 é um processo exotérmico. b) a equação II libera maior quantidade de energia, pois o carbono diamante é mais estável que o carbono grafi te. c) a combustão do carbono é um processo exotérmico. d) a variação de entalpia necessária para converter 1,0 mol de grafi te em diamante é igual a + 1,9 kJ. e) a reação de transformação de grafi te em diamante é endotérmica. Nesse processo, certa quantidade de energia é fornecida ao organismo, cujo valor pode ser estimado a partir dos dados da tabela a seguir. Substância ∆H reação 0 (a 298 K, em kJ/mol) C 6 H 12 O 6(s) - 1 277 CO 2(g) - 394 H 2 O (,) - 286 Considerando essas informações, o valor da variação de entalpia-padrão da reação para a oxidação de 1 mol de glicose é: a) - 1 957 kJ/mol b) + 597 kJ/mol c) + 2 803 kJ/mol d) - 597 kJ/mol e) - 2 803 kJ/mol 24. Conhecem-se as equações termoquímicas: S (r) + O 2(g) w SO 2(g) ∆H 2 = -71,0 kcal/mol S (m) + O 2(g) w SO 2(g) ∆H 1 = -71,1 kcal/mol Sobre elas, julgue (V ou F) as afi rmações a seguir. I. A formação de SO 2 é sempre endotérmica. II. A conversão da forma rômbica na forma monoclínica é endotérmica. III. A forma alotrópica estável do enxofre na temperatura da experiência é monoclínica. 21. (Ufl a-MG) Considere a seguinte reação ocorrendo à pres- são constante: H 2 O (s) w H 2 O (,) ∆H = 7,3 kJ Sobre essa reação, é correto afi rmar: a) A entalpia da água líquida é menor que a da água no estado sólido (gelo). b) A solidifi cação da água é um processo que libera calor. c) A variação entre a entalpia dos produtos e dos reagen- tes é menor que zero. d) A reação é exotérmica. 22. (FCC-BA) Qual das reações a seguir exemplifi ca uma mu- dança de estado que ocorre com liberação de energia térmica? a) H 2(,) w H 2(g) b) H 2 O (s) w H 2 O (,) c) O 2(g) w O 2(,) d) CO 2(s) w CO 2(,) e) Pb (s) w Pb (,) 23. (UFPB) A glicose, C 6 H 12 O 6 , é encontrada em vários frutos e pode ser obtida industrialmente pela hidrólise do ami- do. No organismo, a glicose é oxidada em um processo metabólico que ocorre nas células, por meio de uma série de reações, cuja reação global pode ser representada pela equação a seguir. C 6 H 12 O 6(s) + 6O 2(g) w 6CO 2(g) + 6H 2 O (,) 20. +Enem [H17] O fenômeno da combustão é comum a diversos tipos de substância e representa uma forma de o ser humano angariar energia de processos químicos para alimentar máquinas térmicas. Nos últimos anos, a busca por combustíveis capazes de gerar menos gases poluentes passou a ser encarada com prioridade pelas nações que se comprometeram a lutar pela defesa do meio ambiente. O gás hidrogênio está entre os combustíveis que cumprem essa missão, cuja combustão é evidenciada pela seguinte reação: a) 2H 2(g) + C (s) + 2O 2(g) w H 2 O (g) + CO 2(g) ∆H = + 286 kJ/mol b) 2H 2(g) + C (s) + 2O 2(g) w H 2 O (g) + CO 2(g) ∆H = - 286 kJ/mol c) 2H (g) + O (g) w H 2 O (g) ∆H = + 286 kJ/mol d) 2H 2(g) + O 2(g) w 2H 2 O (,) ∆H = - 286 kJ/mol e) 2H 2(g) + O 2(g) w 2H 2 O (,) ∆H = + 286 kJ/mol Complementares Tarefa proposta 13 a 24 Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 20 5/17/18 4:14 PM 21 QU ÍM IC A Tarefa proposta 5. (Fuvest-SP) Experimentalmente observa-se que, quando se dissolve etanol na água, há aumento na temperatura da mistura. Com base nesse fato, demonstre ou refute a seguinte afi rmação: “A dissolução do etanol em água é um processo endotérmico”. 6. (Unicamp-SP) Um botijão de gás de cozinha, contendo butano, foi utilizado em um fogão durante um certo tem- po, apresentando uma diminuição de massa de 1,0 kg. Sabendo-se que: C 4 H 10(g) + 6,5O 2(g) w 4CO 2(g) + 5H 2 O (g) ∆H = -2 900 kJ/mol a) Qual a quantidade de calor que foi produzida no fogão devido à combustão do butano? b) Qualo volume, a 25 °C e 1,0 atm, de butano consu- mido? (Dados: o volume molar de um gás ideal a 25 °C e 1,0 atm é igual a 24,51 litros. Massas atômicas relativas: C = 12; H = 1) 7. (UFMG) As dissoluções de NaCl (s) e de NaOH (s) em água provocam diferentes efeitos térmicos. O quadro mostra as etapas hipotéticas do processo de dissolução desses dois sólidos. Etapa Dissolução do NaCl Dissolução do NaOH Dissociação do sólido NaCl (s) w +Na(g) + lC (g) – NaOH (s) w +Na(g) + OH(g) – Solvatação do cátion +Na(g) w +Na(aq.) +Na(g) w +Na(aq.) Solvatação do ânion lC (g) – w lC (aq.) – OH(g) – w OH(aq.) – Processo global NaCl (s) w +Na(aq.) + lC (aq.) – ∆H = 5 kJ/mol NaOH (s) w +Na(aq.) + OH(aq.) – ∆H = -44 kJ/mol Considerando-se, em cada etapa, a formação e o rompi- mento de ligações químicas, ou interações intermolecu- lares, e as variações de entalpia, é incorreto afi rmar que: a) a dissolução do sólido, em ambos os casos, consome energia. b) a solução de NaCl (aq.) tem mais energia que o sistema formado por NaCl (s) e água. c) a temperatura aumenta na dissolução de NaOH (s) . d) o ânion OH- forma ligações de hidrogênio com a água. 8. (Fuvest-SP) Quando 0,500 mol de etanol (C 2 H 6 O) líquido sofre combustão total sob pressão constante, produzindo CO 2 e H 2 O, gasosos, a energia liberada é 148 kcal. Na combustão de 3,00 mol de etanol, nas mesmas condições, a entalpia dos produtos, em relação à dos reagentes, é: a) 74 kcal menor. b) 444 kcal menor. c) 888 kcal menor. d) 444 kcal maior. e) 888 kcal maior. 9. (UFRS) A dissolução de NaCl em água envolve basicamente a quebra da ligação iônica e a formação da interação íon- -dipolo (solvatação). Como essa dissolução é endotérmica, é correto afi rmar que: 1. (Unitau-SP) Observe as seguintes equações termoquímicas: I. C (s) + H 2 O (g) w CO (g) + H 2(g) ∆H = 31,4 kcal II. CO (g) + 1 2 O 2(g) w CO 2(g) ∆H = - 67,6 kcal III. H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (g) ∆H = - 57,8 kcal De acordo com a variação de entalpia, podemos afi rmar: a) I é endotérmica, II e III exotérmicas. b) I e III são endotérmicas, II exotérmica. c) II e III são endotérmicas, I exotérmica. d) I e II são endotérmicas, III exotérmica. e) II é endotérmica, I e III exotérmicas. 2. (Univaço-MG) Ao sair de uma piscina, em local aberto e ventilado, mesmo em dias quentes, sente-se uma sensação de frio. Esse fenômeno está relacionado com a evaporação da água que, no caso, está em contato com o corpo hu- mano. Essa sensação de frio explica-se corretamente pelo fato de a evaporação da água ser: a) um processo endotérmico e cede calor ao corpo. b) um processo endotérmico e retira calor do corpo. c) um processo exotérmico e cede calor ao corpo. d) um processo exotérmico e retira calor do corpo. 3. A “cal extinta” [Ca(OH) 2 ] pode ser obtida pela reação entre óxido de cálcio (CaO) e água (H 2 O), com conse- quente liberação de energia. O óxido de cálcio, ou “cal viva”, por sua vez, é obtido por forte aquecimento de carbonato de cálcio (CaCO 3 ). As equações referentes às reações são: I. CaO + H 2 O w Ca(OH) 2 + calor II. CaCO 3 + calor w CaO + CO 2 Identifi que a afi rmativa correta: a) A reação II é exotérmica. b) Ambas as reações são endotérmicas. c) A reação I é uma reação endotérmica. d) Ambas as reações são exotérmicas. e) A reação II é endotérmica. 4. (PUC-MG) Sejam dadas as seguintes equações termoquí- micas (∆H em kcal/mol (25 °C e 1 atm) I. Cu (s) + 1 2 O 2(g) w CuO (s) ∆H = - 37,6 II. C (s) + 1 2 O 2(g) w CO (g) ∆H = - 26,0 III. 2 Al (s) + 3 2 O 2(g) w Al 2 O 3(s) ∆H = - 400,0 IV. 2Au (s) + 3 2 O 2(g) w Au 2 O 3(s) ∆H = + 20,0 V. F 2(g) + 1 2 O 2(g) w F 2 O (g) ∆H = + 5,0 Nas condições citadas, a equação que representa a reação mais exotérmica é: a) I b) II c) III d) IV e) V Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 21 5/17/18 4:14 PM 22 CAPÍTULO 1 a) a energia da ligação iônica é, em módulo, maior que a energia de interação íon-dipolo. b) a energia da ligação iônica é, em módulo, menor que a energia da interação íon-dipolo. c) a energia da ligação iônica é, em módulo, igual à ener- gia da interação íon-dipolo. d) a ligação iônica é mais fraca que a interação íon-dipolo. e) o meio externo absorve energia durante a dissolução. 10. (IFPI) As gorduras apresentam, em geral, um valor energético de 9 000 cal/g. A manteiga comum con- tém 85% de gordura (em massa) e as manteigas light têm uma redução de 30% na quantidade de gorduras em relação às manteigas comuns. Teoricamente, para que uma pessoa aumente seu peso em 1 kg, ela deve acumular 7 700 cal além do mínimo necessário para o bom funcionamento do organismo. Considere uma pessoa que tenha uma dieta na qual não há excesso nem carência de calorias e que consuma semanalmente 2 g de manteiga light. Se essa pessoa decidir trocar a manteiga light por comum, mantendo o consumo de 2 g por se- mana, quantos dias, aproximadamente, levaria para que ela engordasse 2 kg? a) 4 b) 8 c) 24 d) 16 e) 20 11. (Unicamp-SP) Uma vela é feita de um material ao qual se pode atribuir a fórmula C 20 H 42 . Qual o calor liberado na combustão de 10,0 g desta vela à pressão constante? (Massas molares: C = 12 g/mol; H = 1 g/mol) C 20 H 42(s) + 61 2 O 2(g) w 20CO 2(g) + 21H 2 O (g) ∆H = - 13 300 kJ 12. +Enem [H17] Ao abrirmos a válvula de um botijão de gás de cozinha, percebemos que o sistema sofre resfriamento intenso. Isso porque a expansão é um processo endotérmico, que resulta em retirada de calor das vizinhanças do processo. Quando se comprime o mesmo gás, em um botijão de menor volume que o inicial, pode-se observar: a) absorção de luz na compressão do gás. b) manutenção da temperatura do sistema. c) aquecimento do sistema. d) a ocorrência de reação química entre as moléculas do gás e o ferro do botijão. e) a queda de pressão no interior do botijão por causa da repentina variação da quantidade de gás. 13. (UFU-MG) São processos endotérmicos e exotérmicos, respectivamente, as mudanças de estado: a) fusão e ebulição. b) solidificação e liquefação. c) condensação e sublimação. d) sublimação e fusão. e) sublimação e solidificação. 14. (Acafe-SC) Sessenta e quatro gramas de gás metano fo- ram submetidos a combustão completa. A energia liberada nessa reação nas condições padrão (em módulo) é de: (Dados: entalpias de formação nas condições padrão: CH 4(g) = - 75 kJ/mol; CO 2(g) = - 394 kJ/mol; H 2 O (,) = - 286 kJ/mol; massas molares: C: 12 g/mol, H: 1 g/mol; equação de combustão completa do gás metano (não balanceada): CH 4(g) + O 2(g) w CO 2(g) + H 2 O (,) ) a) 605 kJ b) 891 kJ c) 3 564 kJ d) 755 kJ 15. (UFJF-MG) Considere os processos a seguir. I. queima do carvão; II. fusão do gelo à temperatura de 25 ºC; III. combustão da madeira. a) Apenas o primeiro é exotérmico. b) Apenas o segundo é exotérmico. c) Apenas o terceiro é exotérmico. d) Apenas o primeiro é endotérmico. e) Apenas o segundo é endotérmico. 16. (UFRGS-RS) A reação de formação da água é exotérmica. Qual das reações a seguir desprende a maior quantidade de calor? a) H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (g) b) H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (,) c) H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (s) d) H 2(g) + 1 2 O 2(,) w H 2 O (,) e) H 2(,) + 1 2 O 2(,) w H 2 O (,) 17. (Fuvest-SP) Com relação aos combustíveis metanol (H 3 COH) e etanol (C 2 H 5 OH): (Dados: massas atômicas (H = 1,0; C = 12; O = 16); calor de combustão do metanol = 640 kJ/mol; do etanol = = 1 240 kJ/mol) a) calcule a massa de CO 2 formada na queima completa de 1 mol de cada um dos álcoois; b) para massas iguais dos combustíveis, em qual caso haverá liberação de maior quantidade de calor? Justi- fique. 18. (UEL-PR) Considere asseguintes entalpias de formação em kJ/mol: Al 2 O 3(s) = -1 670 e MgO (s) = -604 Com essas informações, pode-se calcular a variação da entalpia da reação representada por: 3MgO (s) + 2Al (s) w 3Mg (s) + Al 2 O 3(s) Seu valor é igual a: a) -1 066 kJ b) -142 kJ c) +142 kJ d) +1 066 kJ e) +2 274 kJ Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 22 5/17/18 4:14 PM 23 Q U ÍM IC A 19. (Vunesp) Na fabricação de chapas para circuitos eletrôni- cos, uma superfície foi recoberta por uma camada de ouro, por meio de deposição a vácuo. (Dados: n = 6 ⋅ 1023; massa molar do ouro = 197 g/mol; 1 g de ouro = R$ 17,00 (Folha de S.Paulo, 20 ago. 2000) a) Sabendo que para recobrir essa chapa foram neces- sários 2 ⋅ 1020 átomos de ouro, determine o custo do ouro usado nessa etapa do processo de fabricação. b) No processo de deposição, o ouro passa diretamente do estado sólido para o estado gasoso. Sabendo que a entalpia de sublimação do ouro é 370 kJ/mol, a 298 K, calcule a energia mínima necessária para vaporizar essa quantidade de ouro depositada na chapa. 20. (UFPR) Fulerenos são compostos de carbono que podem possuir forma esférica, elipsoide ou cilíndrica. Fulerenos esféricos são também chamados buckyballs, pois lembram a bola de futebol. A síntese de fulerenos pode ser realizada a partir da combustão incompleta de hidrocarboneto sem condições controladas. a) Escreva a equação química balanceada da reação de combustão de benzeno (C 6 H 6 ) a C 60 . b) Fornecidos os valores de entalpia de formação na tabela a seguir, calcule a entalpia da reação padrão do item a. Espécie ∆H f 0 (kJ ⋅ mol21) H 2 O (,) - 286 C 6 H 6(,) 49 C 60(s) 2 327 21. (UFRS-RS) A reação cujo efeito térmico representa o calor de formação do ácido sulfúrico é: a) H 2 O (,) + SO 3(g) w H 2 SO 4(,) b) H 2(g) + S (m) + 2O 2(g) w H 2 SO 4(,) c) H 2 O (g) + S (r) + O 2(g) w H 2 SO 4(,) d) H 2 S (g) + 2O 2(g) w H 2 SO 4(,) e) H 2(g) + S (r) + 2O 2(g) w H 2 SO 4(,) 22. (Fuvest-SP) Tanto gás natural como óleo diesel são utilizados como combustível em transportes urbanos. A combustão completa do gás natural e do óleo libera, respectivamente, 9 ⋅ 102 kJ e 9 ⋅ 103 kJ por mol de hi- drocarboneto. A queima desses combustíveis contribui para o efeito estufa. Para igual energia liberada, quantas vezes a contribuição do óleo diesel é maior que a do gás natural? Considere: gás natural = CH 4 ; óleo diesel = C 14 H 30 a) 1,1 b) 1,2 c) 1,4 d) 1,6 e) 1,8 23. (Fuvest-SP) Considere a reação de fotossíntese e a reação de combustão da glicose representadas a seguir. 6CO 2(g) + 6H 2 O (,) w C 6 H 12 O 6(s) + 6O 2(g) (fotossíntese) C 6 H 12 O 6(s) + 6O 2(g) w 6CO 2(g) + 6H 2 O (,) (combustão da glicose) Sabendo que a energia envolvida na combustão de um mol de glicose é 2,8 ⋅ 106 J, ao sintetizar meio mol de gli- cose, a planta irá liberar ou absorver energia? Determine o calor envolvido nessa reação. 24. +Enem [H17] A nitroglicerina é um poderoso explosivo e produz quatro diferentes tipos de gás quando detonada. 2C 3 H 5 (NO 3 ) 3(,) w 3N 2(g) + 6CO 2(g) + 5H 2 O (g) + 1 2 O 2(g) Dadas as entalpias-padrão das substâncias: CO 2(g) = - 393,5 kJ/mol H 2 O (g) = - 241,8 kJ/mol C 3 H 5 (NO 3 ) 3 = - 364 kJ/mol tem-se que a energia liberada ao se fazer reagir 1 mol de nitroglicerina apresenta sinal: a) positivo e é igual a 1 421 kJ. b) negativo e é igual a 364 kJ. c) negativo e é igual a 182 kJ. d) negativo e é igual a 1 421 kJ. e) positivo e é igual a 2 842 kJ. Vá em frente Acesse <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/energy-forms-and-changes>. Acesso em: 23 dez. 2017. Neste site é possível fazer simulações de como acontecem as trocas de energia em diferentes sistemas químicos. Autoavaliação: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. Et_EM_2_Cad6_QUI_c01_01a23.indd 23 5/17/18 4:14 PM ► Aplicar o conhecimento químico para a determinação da variação de energia em diferentes situações-problema. Principais conceitos que você vai aprender: ► Calor de neutralização ► Lei de Hess ► Energia de ligação OBJETIVOS DO CAPÍTULO PrasongTakh am /S h u tte rsto ck 24 2 LEI DE HESS / ENERGIA DE LIGAÇÃO UDMH. Essa é a sigla do nome do combustível usado no controverso acionamento dos mísseis nucleares da Coreia do Norte. A dimetil-hidrazina assimétrica é um compos- to de estrutura muito simples, um derivado mais estável da hidrazina. Sua chama é tão característica que, pelos vídeos de lançamento do primeiro míssil intercontinental norte- -coreano, fi cou claro à comunidade científi ca internacional o combustível escolhido por Kim Jong-un. O UDMH consegue grande propulsão em relação ao peso de combustível que os mísseis precisam levar, funcionando muito bem ao papel de propulsor de mísseis de longo alcance. N — N CH 3 CH 3 H H Estrutura da dimetil-hidrazina Afora seu papel em reações de combustão, a simples inalação dessa substância pode causar irritação na garganta, no nariz e nos olhos, além de náusea e vômito. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (EUA) alerta que o UDMH afeta os sistemas nervoso cen- tral e respiratório, além de prejudicar o funcionamento do fígado, trato gastrointestinal, sangue, olhos e pele. • Como é calculada a quantidade de calor liberado pelo combustível desses foguetes? C h in a O u t/ S T R /A g ê n c ia F ra n c e P re s s e Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 24 5/17/18 4:15 PM 25 Q U ÍM IC A Lei de Hess Podemos determinar experimentalmente a variação de entalpia de uma transforma- ção, à pressão constante, usando um aparelho chamado calorímetro. Essa determina- ção, porém, nem sempre é precisa e, em certos casos, não é possível. Veja por que isso acontece. 1. Numa reação muito lenta, o tempo necessário para que ocorra a transformação com- pleta dos reagentes em produtos é muito grande; assim, as possibilidades de perda de calor para o meio ambiente são maiores, o que prejudica o resultado obtido. 2. Numa reação que não acontece de forma completa, devemos considerar a quantidade de reagente que não foi transformado em produto e corrigir o resultado obtido, o que será menos preciso. 3. Numa reação que apresente um valor de ∆H muito pequeno, mínimos detalhes na exe- cução das medidas, ou até mesmo imprecisões características dos equipamentos uti- lizados, podem determinar uma variação muito grande no resultado. Dizemos, nesse caso, que o erro experimental é grande. 4. Se ocorrerem reações secundárias, ou seja, reações diferentes que acontecem simul- taneamente entre as substâncias presentes, a determinação experimental de ∆H de apenas uma delas se torna impossível. A quantidade de calor envolvida, nesse caso, estará relacionada a todas as reações que acontecerem no sistema. Considere, por exemplo, a reação de formação do monóxido de carbono, cuja equação é: C (grafi te) + 1 2 O 2(g) w CO (g) Experimentalmente, não conseguimos determinar com precisão a entalpia dessa rea- ção, pois, ao misturarmos grafi te e oxigênio, também ocorre a formação de gás carbônico: C (grafi te) + O 2(g) w CO 2(g) Além disso, parte do monóxido de carbono formado também reage com oxigênio, pro- duzindo mais gás carbônico: CO (g) + 1 2 O 2(g) w CO 2(g) Em outra análise, a entalpia de combustão de 1 mol de hidrogênio no estado-padrão, determinada experimentalmente, é igual a -241,8 kJ/mol. A equação termoquímica dessa reação é: H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (g) ∆H0 = -241,8 kJ Na prática, essa reação pode ocorrer em duas etapas: H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (,) ∆H0 = -285,8 kJ H 2 O (,) w H 2 O (g) ∆H0 = +44 kJ Nessas situações pode-se usar a lei de Hess: A variação da entalpia em processos físicos e químicos é constante, independentemente da quantidade de etapas no qual o processoé realizado, pois a variação de energia depende somente das etapas inicial e final. Observe que a adição dessas duas equações corresponde à equação de combustão do hidrogênio, produzindo H 2 O (g). Observe, ainda, que a soma das entalpias de cada uma das etapas também é igual a -241,8 kJ, conforme estabelece a lei de Hess: H 2(g) + –– O 2(g) w H2O(,) H 2 O (,) w H 2 O (g) H 2(g) + –– O 2(g) w H 2 O (g) ∆H0 = –285,8 kJ ∆H0 = +44 kJ ∆H0 = –241,8 kJ 1 2 1 2 Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 25 5/17/18 4:15 PM 26 CAPÍTULO 2 Graficamente obtemos: H 2(g) + O 2(g) H 2 O (g) H 2 O (,) ∆H = – 241,8 ∆H = 44 ∆H = – 285,4 H (kJ) 1 2 –– Logo, podemos escrever que o ∆H de uma reação é a soma algébrica das equações químicas que representam o processo envolvido. Devemos lembrar que, para se obter o resultado, o que for feito com a equação química também deverá ser feito com seu res- pectivo ∆H. A lei de Hess é extremamente importante, pois possibilita a determinação de um valor desconhecido de entalpia para uma reação a partir de outras reações com ∆H conhecidos. E a entalpia de formação do CO? Considere novamente a reação de formação do monóxido de carbono (CO (g) ), apresen- tada no início deste capítulo: C (grafite) + 1 2 O 2(g) w CO (g) ∆H0 = ? Como visto, não conseguimos conhecer, experimentalmente, o ∆H0 dessa reação. En- tretanto, como as duas reações a seguir têm entalpias-padrão conhecidas: C (grafite) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H0 = -393,5 kJ CO (g) + 1 2 O 2(g) w CO 2(g) ∆H0 = -283 kJ podemos, aplicando a lei de Hess, determinar ∆H0 para a reação de formação do CO (g) : w w w C 1 2 O CO x CO 1 2 O CO –283 kJ C O CO –393,5 kJ (grafite) 2(g) (g) 0 (g) 2(g) 2(g) 0 (grafite) 2(g) 2(g) u xuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu + ∆ = + ∆ = + ∆ = H H H Da sequência apresentada, temos: -393,5 = x + (-283) s s x = -393,5 + 283 s s x = -110,5 kJ Portanto: C (grafite) + 1 2 O 2(g) w CO (g) ∆H0 = -110,5 kJ A reação de formação do monóxido de carbono (CO (g) ) libera 110,5 kJ/mol. Dissolução em água: exotérmica ou endotérmica? A dissolução de alguns sólidos, como o CaCl 2 , é exotérmica, enquanto a dissolução de outros, como o NH 4 NO 3 , é endotérmica. Por que isso acontece? Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 26 5/17/18 4:15 PM 27 Q U ÍM IC A A dissolução de uma substância consiste basicamente em duas etapas: Primeira etapa: Ocorre a separação das partículas que formam o sólido. Para que isso ocorra, deve haver absorção de energia; trata-se, portanto, de uma transformação endo- térmica. A energia absorvida nessa etapa é chamada energia reticular. Segunda etapa: Ocorre a interação entre as partículas do soluto e da água. Quando isso ocorre, há liberação de energia, chamada energia de hidratação; trata-se, portanto, de uma transformação exotérmica. É o balanço dessas duas etapas que defi ne se a dissolução é exotérmica ou endotérmica: ∆H dissolução = energia reticular - energia de hidratação Assim, se: energia reticular . energia de hidratação ∆H dissolução . 0 (endotérmica) energia reticular , energia de hidratação ∆H dissolução , 0 (exotérmica) Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Atenção para que quantidade e substância o valor do ∆H deve ser calculado. Nesse caso, é por mol de FeO. Para aplicarmos a lei de Hess, além das substâncias presentes na reação, que estão na mesma quantidade e estado físico, deve-se cancelar qualquer substância que não apareça na reação, que é o caso do Fe 3 O 4 . Cuidado com os sinais dos valores do ∆H ao efetuar a adição. Faça uma expressão usando símbolos matemáticos, como parênteses e colchetes. Isso ajuda a minimizar os erros. (Enem) O ferro é encontrado na natureza na forma de seus minérios, tais como a hematita (α–Fe 2 O 3 ), a magnetita (Fe 3 O 4 ) e a wustita (FeO). Na siderurgia, o ferro-gusa é obtido pela fusão de minérios de ferro em altos fornos em condições adequadas. Uma das etapas nes- se processo é a formação de monóxido de carbono. O CO (gasoso) é utilizado para reduzir o FeO (sólido), conforme a equação química: FeO (s) + CO (g) w Fe (s) + CO 2(g) Considere as seguintes equações termoquímicas: Fe 2 O 3(s) + 3CO (g) w 2Fe (s) + 3CO 2(g) ∆ r Hθ = -25 kJ/mol de Fe 2 O 3 3FeO (s) + CO 2(g) w Fe 3 O 4(s) + CO (g) ∆ r Hθ = -36 kJ/mol de CO 2 2Fe 3 O 4(s) + CO 2(g) w 3Fe 2 O 3(s) + CO (g) ∆ r Hθ = +47 kJ/mol de CO 2 O valor mais próximo de ∆ r Hθ em kJ/mol de FeO, para a reação indicada de FeO (sólido) com o CO (gasoso), é: a) -14 b) -17 c) -50 d) -64 e) -100 Resolu•‹o Resposta: B Algumas alterações devem ser feitas nas equações fornecidas. Dividir a 1a equação por 2: 1 2 Fe 2 O 3(s) + 3 2 CO (g) w 2 2 Fe (s) + 3 2 CO 2(g) ∆ r Hθ = – 25 2 kJ Dividir a 2a equação por 3: FeO (s) + 1 3 CO 2(g) w 1 3 Fe 3 O 4(s) + 1 3 CO (g) ∆ θHr 1 = – 36 3 kJ Dividir a 3a equação por 6: 2 6 Fe 3 O 4(s) + 1 6 CO 2(g) w 3 6 Fe 2 O 3(s) + 1 6 CO (g) ∆ r Hθ = 47 6 + kJ Adicionando as três equações e os respectivos ∆ r Hθ, teremos: + + ∆ = + + ∆ = + + ∆ = + + + ∆ = θ θ θ θ w w w w H H H H 1 2 Fe O 3 2 CO 1Fe 3 2 CO –12,5 kJ FeO 1 3 CO 1 3 Fe O 1 3 CO –12 kJ 1 3 Fe O 1 6 CO 1 2 Fe O 1 6 CO 7, 8 kJ FeO CO Fe CO –16,7kJ 2 3(s) (g) (s) 2(g) r (s) 2(g) 3 4(s) (g) r 1 3 4(s) 2(g) 2 3(s) (g) r (s) (g) (s) 2(g) r Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 27 5/17/18 4:15 PM 28 CAPÍTULO 2 Conexões Aluminotermia É um processo de soldagem, baseado na liberação de calor, que acontece na reação química entre alumínio metálico pulverizado e um óxido metálico em uma reação de deslocamento, produzindo, além do óxido de alumínio, o metal que estava associado ao oxigênio no óxido. Esse método surgiu no fi m do século XIX, com o químico Hans Goldschmidt ob- servando a alta quantidade de calor liberada na reação citada, que, após se iniciar com o fornecimento de calor, se torna autossustentada. A patente foi feita em nome da empresa Goldschmidt AG com o nome de “Thermit®” ou “Thermite®”. Assim, na soldagem de uma peça, basta que o óxido metálico seja do mesmo metal que será obtido, fundido na sua forma metálica. Após o resfriamento do sistema soldado, o metal da peça se solidifi ca, unindo as partes desejadas. Uma das reações utilizadas para a soldagem pode ser representada pela equação: 8Al + 3Fe 3 O 4 w 4Al 2 O 3 + 9Fe ∆H = -3 350 kcal A liberação de calor dessa reação atinge a temperatura de 3 100 °C, que é muito superior à temperatura de fusão do ferro, que é de 1 535 °C. É lógico que parte do calor é perdida para o meio e para partes do sistema no qual ocorrem as reações químicas. A reação é iniciada adicionando-se à mistura um “pavio” de magnésio metálico, que fornece energia sufi ciente para o início da reação entre o alumínio e o óxido metálico. Esse processo é usado para solda de trilhos em ferrovias, de cabos elétricos, artefatos bélicos, como bombas incen- diárias e foguetes de longo alcance, e reciclagem de latas de alumínio. Construção de trilho de trem com soldagem de Thermite®. ¥ A respeito desse processo, qual seria a quantidade de calor liberada por 540 g de alumínio metálico (massa molar = = 27 g/mol)? s e ra to /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 28 5/17/18 4:15 PM 29 Q U ÍM IC A Atividades 1. (Unimontes-MG) O esquema a seguir ilustra a formação do gás metano (CH 4 ) através da combinação direta dos elementos, nos seus estados normais, e a combinação dos gases monoatômicos dos elementos. Assinale a alternativa correta. a) 4 0∆H = 1 0∆H + 2 0∆H b) 3 0∆H = 1 0∆H + 2 0∆H c) 4 0∆H = 1 0∆H + 2 0∆H + 3 0∆H d) 3 0∆H = 4 0∆H 2. (Univaço-MG) Observe as equações a seguir e responda ao que se pede. C + O 2w CO 2 ∆H = -94 kcal ⋅ mol-1 H 2 + 1 2 O 2 w H 2 O ∆H = -68 kcal ⋅ mol-1 CH 4 + 2O 2 w CO 2 + 2H 2 O ∆H = -212 kcal ⋅ mol-1 Determine o calor de formação do metano. a) +212 kcal/mol b) -212 kcal/mol c) +18 kcal/mol d) -18 kcal/mol R e p ro d u ç ã o /U n im o n te s -M G . 3. (Vunesp) Se grafi te e hidrogênio forem introduzidos num frasco para reagir, pode ocorrer a reação (a), mas o pro- cesso não se completa e, portanto, a variação de entalpia ∆H não pode ser determinada diretamente. O ∆H pode ser determinado indiretamente, aplicando-se a lei de Hess às equações (b), (c) e (d). Calcular ∆H da reação (a). a) 3C (grafi te) + 4H 2(g) w C 3 H 8(g) b) C 3 H 8(g) + 5O 2(g) w 3CO 2(g) + 4H 2 O (,) ∆H = -2 220,1 kJ c) C (grafi te) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H = -393,5 kJ d) H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (,) ∆H = -285,9 kJ 4. (FEI-SP) São dadas as seguintes variações de entalpia de combustão. C (s) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H 1 = -94,0 kcal H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (,) ∆H 2 = -68,0 kcal CH 4(g) + 2O 2(g) w CO 2 + 2H 2 O (,) ∆H 3 = -212,0 kcal Considerando a formação do metano, segundo a equação: C (s) + 2H 2(g) w CH 4(g) A quantidade em quilocalorias, em valor absoluto, envol- vida na formação de 1 mol de metano é: a) 442 b) 50 c) 18 d) 254 e) 348 Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 29 5/17/18 4:15 PM 30 CAPÍTULO 2 5. (UFMS) Dadas as equações termoquímicas a seguir. CH 4(g) + 2O 2(g) w CO 2(g) + 2H 2 O (,) ∆H = -820 kJ/mol CH 4(g) + CO 2(g) w 2CO (g) + 2H 2(g) ∆H = +206 kJ/mol CH 4(g) + H 2 O (g) w CO (g) + 3H 2(g) ∆H = +247 kJ/mol Calcule a variação de entalpia envolvida na reação a se- guir, em kJ/mol de CH 4 . (Caso necessário, aproxime o re- sultado para o inteiro mais próximo.) 2CH 4(g) + 3O 2(g) w 2CO (g) + 4H 2 O (,) ∆H = ? 6. (Fatec-SP) A fermentação que produz o álcool das bebi- das alcoólicas é uma reação exotérmica representada pela equação: C 6 H 12 O 6(s) w 2C 2 H 5 OH (,) + 2CO 2(g) + x kJ Considerando-se as equações que representam as com- bustões da glicose e do etanol: C 6 H 12 O 6(s) + 6O 2(g) w 6CO 2(g) + 6H 2 O (,) + 2 840 kJ C 2 H 5 OH (,) + 3O 2(g) w 2CO 2(g) + 3H 2 O (,) + 1 350 kJ pode-se concluir que o valor de x em kJ/mol de glicose é: a) 140 b) 280 c) 1 490 d) 4 330 e) 5 540 7. (Fatec-SP) Considere as afirmações a seguir, segundo a lei de Hess: I. O calor de reação (∆H) depende apenas dos estados inicial e final do processo. II. As equações termoquímicas podem ser somadas como se fossem equações matemáticas. III. Podemos inverter uma equação termoquímica desde que inverta o sinal de ∆H. IV. Se o estado final do processo for alcançado por vários caminhos, o valor de ∆H dependerá dos estados inter- mediários através dos quais o sistema pode passar. Conclui-se que: a) as afirmações I e II são verdadeiras. b) as afirmações II e III são verdadeiras. c) as afirmações I, II, III são verdadeiras. d) todas são verdadeiras. e) todas são falsas. 8. +Enem [H23] Um atleta precisa entrar em forma após um longo período de recuperação de uma lesão. Para isso, precisa perder 4,5 kg de gordura localizada, no total. Foi aconselhado por seu preparador físico a exercitar-se de modo a ter um gasto calórico de 15 kcal/minuto, durante 30 minutos por dia. A tabela a seguir traz informações sobre o poder calórico genérico de alguns alimentos. Substância Valor calórico (kcal/g) Glicose 3,8 Carboidratos 4,1 Proteínas 4,1 Gorduras 9,3 O atleta calculou que o número de dias até a perda com- pleta da gordura localizada, respeitando o treino mencio- nado e uma dieta calórica de 2 500 kcal/dia, seria igual a: a) 68 dias. b) 93 dias. c) 110 dias. d) 207 dias. e) 273 dias. Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 30 5/17/18 4:15 PM 31 QU ÍM IC A Complementares Tarefa proposta 1 a 12 a) - 58,0 kJ b) + 58,0 kJ c) - 77,2 kJ d) + 77,2 kJ e) + 648 kJ 11. (Uerj) Um dos processos de controle de dióxido de car- bono em atmosferas artifi ciais consiste na utilização do hidróxido de lítio, que, após a hidratação, seguida de carbonatação, elimina o referido gás do ambiente. São apresentadas a seguir duas das três equações que des- crevem esse processo. Primeira etapa: LiOH (s) + H 2 O (g) w LiOH ⋅ H 2 O (s) ∆H = - 14,5 kcal Reação global: 2LiOH (s) + CO 2(g) w Li 2 CO 3(s) + H 2 O (g) ∆H = - 21,4 kcal Escreva a equação termoquímica correspondente à se- gunda etapa do processo descrito. 12. (Fuvest-SP) A entalpia de combustão da grafi te a gás carbônico é -94 kcal/mol. A do monóxido de carbono gasoso a gás carbônico é -68 kcal/mol. Desses dados, pode-se concluir que a entalpia de combustão da grafi te a monóxido de carbono gasoso, expressa em kcal/mol, vale: a) +13 b) +26 c) -13 d) -26 e) -162 9. (UTFPR) O metanol é um excelente combustível alternati- vo para motores de alta compressão, bem como um dos combustíveis usados em aviões a jato e foguetes. Ele pode ser produzido através da reação controlada do oxigênio do ar com metano do gás natural. CH 4(g) + 1 2 O 2(g) w H 3 COH (,) Dadas as equações a seguir: CO (g) + 3H 2(g) w CH 4(g) + H 2 O (g) ∆H = -206,1 kJ 2H 2(g) + CO (g) w H 3 COH (,) ∆H = -128,3 kJ 2H 2(g) + O 2(g) w 2H 2 O (g) ∆H = -483,6 kJ Podemos afi rmar que a entalpia-padrão de reação para a formação de 1 mol de metanol a partir de metano e oxigênio é igual a: a) -164,0 kJ b) -818,0 kJ c) -405,8 kJ d) -576,2 kJ e) -92,6 kJ 10. (Fuvest-SP) Com base nas variações de entalpia associadas às reações a seguir: N 2(g) + 2O 2(g) w 2NO 2(g) ∆H 1 = + 67,6 kJ N 2(g) + 2O 2(g) w N 2 O 4(g) ∆H 2 = + 9,6 kJ Pode-se prever que a variação de entalpia associada à rea- ção de dimerização do NO 2 será igual a: 2NO 2(g) w 1N 2 O 4(g) Entalpia de liga•‹o Uma reação química é uma transformação em que ocorre a formação de uma ou mais substâncias diferentes das iniciais. Durante essa transformação, ocorrem dois processos, como será visto a seguir. Quebra das liga•›es existentes nos reagentes Para que ocorra essa quebra, deve haver absorção de energia; trata-se, portanto, de um processo endotŽrmico. A quantidade de calor envolvida na quebra de ligações é chamada entalpia de ligação. 1 Veja os exemplos. A entalpia de ligação de H 2(g) é: H 2(g) w 2H (g) ∆H0 = +436 kJ Ou, utilizando fórmulas estruturais: H — H (g) w 2H (g) ∆H0 = +436 kJ Assim, são necessários 436 kJ para quebrar 1 mol de ligações H — H do H 2(g) a 25 °C e 1 atm. Grafi camente: H f H i 2H (g) H 2(g) ∆H = +436 kJ Quebra de ligação (processo endotérmico) Defi nição Entalpia de ligação ou energia de ligação : variação de entalpia (∆H > 0) quando ocorre a quebra de 1 mol de determinado tipo de ligação, com a substância no estado gasoso, a 25 °C e 1 atm. Observação 1 ► Lembre-se de que 1 mol faz referência ao número 6 ⋅ 1023. Assim, a quebra de 1 mol de ligações expressa essa quantidade de ligações a serem quebradas. ► Quanto mais fortemente os átomos estiverem ligados, maior será a energia de ligação. Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 31 5/17/18 4:15 PM 32 CAPÍTULO 2 O gráfi co a seguir mostra que a ruptura de ligação absorve calor e a formação da liga- ção libera a mesma quantidade de calor. 2H H 2 ∆H = –436∆H = +436 H (kJ) + Veja a mesma situação, só que agora para o HF (g) : A entalpia de ligação de HF (g) é: HF (g) w H (g) + F (g) ∆H0 = +565 kJ Ou, utilizando fórmulas estruturais: H — F (g) w H (g) + F (g) ∆H0 = +565 kJ Assim, são necessários 565 kJ para quebrar 1 mol de ligações H — F do HF (g) a 25 °C e 1 atm. Grafi camente: H f H i H (g) + F (g) HF (g) ∆H = +565 kJ Quebra de ligação (processo endotérmico) No caso do HF, a ruptura e a formação daligação teriam os valores apresentados no gráfi co a seguir. H (g) + F (g) HF (g) ∆H = –565∆H = +565 H (kJ) + Analisando agora a molécula de água, tem-se: A entalpia de ligação de H 2 O é: H 2 O (g) w 2H (g) + O (g) ∆H0 = +926 kJ Ou, utilizando fórmulas estruturais: O H H (g) w 2H (g) + O (g) ∆H 0 = +926 kJ Como cada molécula de água apresenta duas ligações H — O, então essa é a energia necessária para a quebra de 2 mol dessas ligações. Assim, são necessários 463 kJ, ou seja, a metade de 926 kJ, para quebrar 1 mol de ligações H — O no H 2 O (g) a 25 °C e 1 atm. A tabela a seguir mostra mais alguns exemplos de ligações e seus respectivos valores de entalpia de ligação. Ligação Entalpia de ligação (kJ/mol) H — Cl 431 C — H 412 O O 496 N — H 388 Cl — Cl 242 1 Observação 1 A entalpia de ligação entre dois átomos é praticamente a mesma em qualquer substância; assim, para 1 mol de ligações H — O, por exemplo, o ∆H0 será considerado igual a 463 kJ em qualquer substância. Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 32 5/17/18 4:15 PM 33 Q U ÍM IC A Formação de novas ligações, originando os produtos Quando átomos se juntam e formam uma ligação, ocorre liberação de energia, pois átomos ligados entre si são mais estáveis que átomos isolados; trata-se, portanto, de um processo exotérmico. A quantidade de energia liberada durante a formação de 1 mol de ligações “numericamente” igual à sua entalpia de ligação, mas com o sinal trocado. Por exemplo, ∆H0 para a formação de 1 mol de ligações H — H é igual a - 436 kJ: 2H (g) w H 2(g) ∆H0 = - 436 kJ H i H f 2H (g) H 2(g) ∆H = – 436 kJ Formação de ligação (processo exotérmico) Adicionando as quantidades de energia envolvidas nesses dois processos, ou seja, a energia absorvida na quebra de ligações e a energia liberada na formação de novas liga- ções, podemos calcular a variação de entalpia de uma reação, pois o ∆H da reação será o saldo de energia obtido nesses dois processos. Podemos resumir esse procedimento no seguinte esquema: Quebra ligação Fenômeno endotérmico sinal Forma ligação Saldo de energia Fenômeno exotérmico sinal Reagente(s) Produto(s) ∆H = ? + Ð Entropia e energia livre de Gibbs Em Termoquímica, é comum fazer análise somente da quantidade de calor de um sis- tema, medida a pressão constante, que é o somatório de todos os movimentos de uma partícula, denominado de entalpia (H). No entanto, existem outras funções termodinâ- micas que poderão ser usadas se houver necessidade de uma análise mais detalhada da energia contida em um sistema. São elas a entropia e a energia livre de Gibbs. Entropia É a função termodinâmica que avalia o grau de desorganização de um sistema, se- gundo a qual, por defi nição, o aumento da desordem de um sistema provoca aumento da entropia. Assim, para um sistema no qual ocorra troca de calor, podemos escrever: passa para Recebe calor (Q) T Si T Sf em que T ⋅ ∆S é denominado de variação da organização de um sistema. ∆S = Q T (em K) ou Q = T ⋅ ∆S Por causa dessa nova função e dos raciocínios feitos anteriormente, foram enuncia- dos os seguintes princípios da Termodinâmica: • segundo princípio da Termodinâmica: “Em todo processo espontâneo sempre há au- mento da entropia total”. • terceiro princípio da Termodinâmica: “A entropia de um cristal com o maior grau de organização possível a 0 K é zero”. S a m m lu n g R a u ch /I n te rf o to /L a ti n s to ck Willard Gibbs (1839-1903), físico, químico e matemático estadunidense. Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 33 5/17/18 4:15 PM 34 CAPÍTULO 2 Energia livre de Gibbs Intuitivamente, percebemos que os processos exotérmicos têm maior tendência de apresentar espontaneidade. Assim como discutido no item anterior, os processos que provocam maior grau de desordem também apresentam espontaneida- de; então se criou uma nova função termodinâmica que relaciona entalpia e entropia, denominada “energia livre de Gibbs”, representada por ∆G. Essa nova função é dada pela seguinte equação (válida para pressão e temperatura constantes): ∆G = ∆H - T ⋅ ∆S em que T é a temperatura termodinâmica. Assim, quando ∆G < 0, a transformação será espontânea; quando ∆G > 0, a transformação não será espontânea; e, se ∆G = 0, o sistema estará em equilíbrio. Atividades 13. (UEL-PR) Dada a reação: H 2(g) w 2H (g) , considere os seguin- tes diagramas da variação de en talpia: H 2H (g) ∆H H 2(g) I H H 2(g) w 2H (g) V H ∆H H 2(g) 2H (g) II H 2H (g) ∆H H 2(g) III H H 2(g) ∆H 2H (g) IV Qual dos diagramas corresponde à reação? a) I b) II c) III d) IV e) V 14. (Fatec-SP) Das equações que se seguem I. C 8 H 18(,) + 25 2 O 2(g) w 8CO 2(g) + 9H 2 O (g) II. H 2 O (,) w H 2 O (g) III. CH 4(g) w C (g) + 4H (g) representa(m) transformações que se realizam com absor- ção de energia: a) a II e a III. b) a I e a III. c) a I e a II. d) a I apenas. e) a III apenas. 15. (Udesc) Explosivos são usados de forma pacífi ca na abertu- ra de estradas, túneis e minas ou na implosão de edifícios. O princípio teórico do processo químico envolvido está re- lacionado ao conceito de energia de ligação. A decompo- sição da nitroglicerina, C 3 H 5 N 3 O 9(,) , é rápida e gera grande quantidade de gases como N 2(g) , CO 2(g) , H 2 O (g) e pequena quantidade de O 2(g) . Analise as proposições em relação ao processo de combustão. I. A energia das ligações na nitroglicerina é fraca. II. A reação tem ∆H > 0. III. A energia das ligações nos produtos formados é muito fraca. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afi rmativa I é verdadeira. b) Somente a afi rmativa II é verdadeira. c) Somente a afi rmativa III é verdadeira. d) Somente as afi rmativas I e II são verdadeiras. e) Somente as afi rmativas II e III são verdadeiras. Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 34 5/17/18 4:16 PM 35 Q U ÍM IC A 16. (UFMG) Conhecendo-se as seguintes energias no estado gasoso: H — H ∆H = + 104 kcal/mol Cl — Cl ∆H = + 58 kcal/mol H — Cl ∆H = + 103 kcal/mol concluímos que o calor da reação (∆H): H 2(g) + Cl 2(g) w 2HCl (g) será igual a: a) -206 kcal b) -103 kcal c) -59 kcal d) -44 kcal e) -22 kcal 17. (UFTM-MG) Considere os dados da tabela nas condições padrão, em kJ/mol de produto. Valor da entalpia Combustão do hidrogênio molecular gasoso, produzindo água líquida. -286 Atomização do hidrogênio molecular gasoso. +218 Atomização do oxigênio molecular diatômico. +248 A partir desses dados, calcule, em kJ/mol: a) o ∆H de formação de água líquida a partir de átomos H e O isolados; b) a energia de ligação O O. 18. (FGV-SP) Na tabela são dadas as energias de ligação (kJ/mol) a 25 °C para algumas ligações simples, para mo- léculas diatômicas entre H e os halogênios (X). H F Cl Br I H 432 568 431 366 298 F 158 254 250 278 Cl 243 219 210 Br 193 175 I 151 Analise as afi rmações seguintes. I. Entre os compostos HX, o HF é o ácido mais fraco e a sua ligação H — X é a mais forte. II. A distância de ligação entre os átomos nas moléculas X 2 é maior no I 2 , já que a sua energia de ligação é a mais fraca. III. A molécula com maior momento dipolar é o HI. Está correto o contido em: a) I, II e III. b) I e III, apenas. c) II, apenas. d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 35 5/17/18 4:16 PM 36 CAPÍTULO 2 19. (Ucsal-BA) Considere as seguintes equações: 2H (g) w H 2(g) ∆H = -435 kJ/mol de H 2 2H (g) + O (g) w H 2 O (g) ∆H = -928 kJ/mol de H 2 O 2O (g) w O 2(g) ∆H = -492 kJ/mol de O 2 Qual das transformações absorve mais energia? a) O rompimento da ligação H — H. b) O rompimento da ligação O — H. c) O rompimento da ligação O O. d) A formação da ligação H — H. e) A formação da ligação O — H. 20. +Enem [H19] O elemento hidrogênio é o padrão em di- versos tipos de análisecomparativa em Química, como no estudo dos potenciais-padrão de redução. Quando ana- lisamos a quebra da molécula de hidrogênio, podemos equacionar a seguinte reação: 2H 2(g) w 4H (g) ∆H = + 208,4 kcal/mol Essa reação fornece a informação de que: a) a quebra de duas moléculas de hidrogênio libera 208,4 kcal. b) a energia absorvida na quebra de um mol de ligações H — H é igual a 104,2 kcal. c) a quebra de duas moléculas de hidrogênio absorve 208,4 kcal. d) a energia liberada na quebra de um mol de ligações H — H é igual a 104,2 kcal. e) o valor absoluto da energia liberada na formação de uma ligação é diferente da energia absorvida na que- bra da mesma ligação. Complementares Tarefa proposta 13 a 24 21. (Fuvest-SP) Dadas as seguintes energias de ligação, em kJ por mol de ligação: N N: 950; H — H: 430; N — H: 390 Calcular o valor da energia térmica (em kJ por mol de NH 3 ) envolvida na reação representada por: N 2 + 3H 2 w 2 NH 3 22. (PUC-SP) Uma das maneiras de obter calor sufi ciente para fundir metais é o processo de aluminotermia, por causa do seu alto caráter exotérmico. Esse processo pode ser exemplifi cado por: 2Al (s) + Fe 2 O 3(s) w Al 2 O 3(s) + 2Fe (s) (Dados: calor de formação do Fe 2 O 3 = -824 kJ/mol; calor de formação do Al 2 O 3 = -1 626 kJ/mol; calor de fusão do Fe = +14,9 kJ/mol, calor de fusão do manganês = +14,4 kJ/mol; massas atômicas: Al = 27 e Mn = 55) a) Escreva a equação termoquímica de formação de Fe 2 O 3 . b) Escreva a equação termoquímica de formação do Al 2 O 3 . c) Utilizando os dados, calcule a quantidade de calor li- berada no processo exemplifi cado. d) Calcule a massa de manganês que poderá ser fundida, se no processo forem empregados 27 gramas de alumínio. 23. (FCC-BA) A dissociação de 1 mol de fosfi na (PH 3 ) é repre- sentada por: 9,6 ⋅ 102 kJ + PH 3(g) w P (g) + 3H (g) Sendo assim, a energia de ligação P — H é: a) 1,2 ⋅ 102 kJ/mol b) 2,4 ⋅ 102 kJ/mol c) 3,2 ⋅ 102 kJ/mol d) 4,8 ⋅ 102 kJ/mol e) 8,6 ⋅ 102 kJ/mol 24. (Fuvest-SP, adaptada) Considere o equilíbrio: C CH 2 + H 2 O z C H 3 C H 3 C H 3 C CH 3 OHH 3 C A B Calcule, usando as energias de ligação, o valor do ∆H da reação de formação de 1 mol de B, a partir de A. Ligação Energia (kJ/mol) (H 3 C) 3 C — OH 389 HO — H 497 (H 3 C) 2 C(OH)CH 2 — H 410 C C Transformação de ligação dupla em simples 267 Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 36 5/17/18 4:16 PM 37 QU ÍM IC A Tarefa proposta 5. (UFV-MG) Considere as seguintes equações: C + B w D ∆H 1 = +300 kJ/mol (eq. 1) A + 2B w D ∆H 2 = -500 kJ/mol (eq. 2) a) Determine o calor da reação: A + B w C (equação 3) b) Classifi que cada uma das reações representadas pelas equações 1, 2 e 3 como endotérmica ou exotérmica. 6. (Unicamp-SP) Grafi ta e diamante são formas alotrópicas do carbono, cujas equações de combustão são apresentadas a seguir: C (graf) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H 1 = -393,5 kJ ⋅ mol-1 C (diam) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H 2 = -395,4 kJ ⋅ mol-1 a) Calcule a variação de entalpia necessária para conver- ter 1,0 mol de grafi ta em diamante. b) Qual a variação de entalpia envolvida na queima de 120 g de grafi ta? (massa molar do C = 12 g ⋅ mol-1 ) 7. (Vunesp) Silício elementar, na forma sólida, pode ser obtido pela reação entre dióxido de silício pulverizado e magnésio metálico. a) Escreva a equação balanceada da reação, indicando os estados de agregação de reagentes e produtos. b) Calcule a variação de entalpia deste processo químico a partir das entalpias de reação dadas a seguir: Si (s) + O 2(g) w SiO 2(s) ∆H 1 = -910,9 kJ Mg (s) + 1 2 O 2(g) w MgO (s) ∆H 1 = -1 203,6 kJ 8. (UFJF-MG) Como é possível notar pela análise do gráfi co, o cristal de KCl tem energia mais baixa do que os átomos isolados de potássio, K (g) , e cloro, Cl (g) , e mesmo em relação às substâncias simples, gás cloro, Cl 2(g) , e potássio metálico, K (s) . Observando os valores das variações de entalpia de cada etapa do ciclo, ∆H, marque a opção que apresenta o valor correto para o ∆H correspondente à formação do KCl (s) . 1 2 3 4 5 6 K (g) + Cl (g) K+ (g) + Cl– (g) KCl (s) K (g) + Cl 2(g) 1 2 — K (s) + Cl 2(g) 1 2 — K+ + e– + Cl (g)(g) a) -717 kJ ⋅ mol-1 b) -349 kJ ⋅ mol-1 c) -437 kJ ⋅ mol-1 d) +280 kJ ⋅ mol-1 e) -177 kJ ⋅ mol-1 ∆H 1 = +89,0 kJ ∙ mol–1 ∆H 2 = +122,0 kJ ∙ mol–1 ∆H 3 = +418,0 kJ ∙ mol–1 ∆H 4 = -349,0 kJ ∙ mol–1 ∆H 5 = -717,0 kJ ∙ mol–1 1. (Udesc) A reação de redução óxido de cobre II (CuO (s) ) pelo grafi te (C (s) ) pode ser representada pela equação (1): 1. 2CuO (s) + C (s) w 2Cu (s) + CO 2(g) As equações (2) e (3) mostram os ∆H de outras reações: 2. Cu (s) + 1 2 O 2(g) w CuO (s) ∆H = -39 kcal 3. C (s) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H = -93 kcal Com base nesses dados, pode-se afi rmar que a reação (1) tem ∆H (em kcal) igual a: a) +171 (reação endotérmica) b) -15 (reação exotérmica) c) +132 (reação endotérmica) d) -54 (reação exotérmica) e) +15 (reação endotérmica) 2. (UFRS) As formas alotrópicas mais estáveis do enxofre ele- mentar são enxofre rômbico e enxofre monoclínico. Considere as equações termoquímicas a seguir. S (rômbico) + O 2(g) w SO 2(g) ∆H = -296,8 kJ/mol S (monoclínico) + O 2(g) w SO 2(g) ∆H = -297,2 kJ/mol A partir dessas equações, é possível calcular ∆H0 para a transição S(rômbico) w S(monoclínico). Assinale a alterna- tiva que indica o calor envolvido na formação de 6,4 g de enxofre monoclínico a partir da forma rômbica. (Dado: S = 32) a) -0,08 kJ b) +0,08 kJ c) -0,4 kJ d) +0,4 kJ e) -594 kJ 3. (Famerp-SP) São dadas as equações termoquímicas e as respectivas entalpias de combustão (∆H0) a 25 °C. I. C (s) + O 2(g) w CO 2(g) ∆H 1 = -94 kcal/mol II. C 6 H 6(,) + 15 2 O 2(g) w 6CO 2(g) + 3H 2 O (,) ∆H 2 = -3 268 kcal/mol III. H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (,) ∆H 3 = -286 kcal/mol Utilizando essas equações e aplicando a lei de Hess, escre- va a reação de formação do C 6 H 6(,) (benzeno). 4. (UFV-MG) O peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ) é um composto de uso comum devido a suas propriedades alvejantes e an- tissépticas. Esse composto, cuja solução aquosa é conhe- cida no comércio como “água oxigenada”, é preparado por um processo cuja equação global é: H 2(g) + O 2(g) w H 2 O 2(,) Considere os valores de entalpias fornecidos para as se- guintes reações: H 2 O (,) + 1 2 O 2(g) w H 2 O 2(,) ∆H = +98 kJ ⋅ mol-1 H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (,) ∆H = -572 kJ ⋅ mol-1 O valor da entalpia-padrão de formação do peróxido de hidrogênio líquido é: a) -188 kJ ⋅ mol-1 b) -474 kJ ⋅ mol-1 c) -376 kJ ⋅ mol-1 d) +188 kJ ⋅ mol-1 Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 37 5/17/18 4:16 PM 38 CAPÍTULO 2 9. (Ufes) Na reação de hidrogenação de 1,0 mol de propeno e na combustão de 1,0 mol de propano, são liberados, respectivamente, 124 kJ e 2 220 kJ de calor. Sabendo que o calor de formação da água líquida é -286 kJ/mol, de- termine a variação de entalpia na combustão de 2,0 mol de propeno. Observação: Os processos apresentados são realizados a p = 1 atm e T = 25 °C. (Dado: equações químicas: hidrogenação do propeno: C 3 H 6 + H 2 w C 3 H 8 ; combustão do propano: C 3 H 8 + 5O 2 w 3CO 2 + 4H 2 O) 10. (UFMG) As variações de entalpia envolvidas nas etapas de formação de NaCl (s) a partir dos átomos gasosos são: Na (g) w Na(g) + + e- ∆H 1 = +502,0 kJ/mol Cl (g) + e- w lC (g) – ∆H 2 = -342,0 kJ/mol Calcule a variação de entalpia da reação: Na (g) + Cl (g) w Na(g) + + lC (g) – 11. (Vunesp) A reação entre alumínio e óxido de ferro III pul- verizados é exotérmica e fornece, como produtos, ferro metálico e óxido de alumínio III sólidos. a) Escreva a equação balanceada da reação, indicando osestados de agregação de reagentes e produtos. b) Calcule a variação de entalpia deste processo químico a partir das entalpias de reação dadas a seguir: 2Fe (s) + 3 2 O 2(g) w Fe 2 O 3(s) ∆H 1 = -824,2 kJ/mol 2Al (s) + 3 2 O 2(g) w Al 2 O 3(s) ∆H 2 = -1 676 kJ/mol 12. +Enem [H20] O monóxido de carbono (CO) é um gás extremamente nocivo, podendo levar à morte em poucos minutos dependendo da concentração no ar. É emitido pelo escapamento de automóveis, de modo que os fabri- cantes têm de criar soluções para minimizar seu impacto. Com o uso de catalisadores nos escapamentos, ocorre a seguinte reação: CO (g) + 1 2 O 2(g) w CO 2(g) ∆H = -283 kJ/mol CO Sabe-se que a variação de entalpia da reação a seguir é -393,5 kJ/mol C. C (s) + O 2(g) w CO 2(g) Pela lei de Hess, a variação de entalpia da reação de for- mação do monóxido de carbono é igual a: a) -110,5 kJ, constituindo uma reação endotérmica. b) -110,5 kJ, constituindo uma reação exotérmica. c) +110,5 kJ, constituindo uma reação endotérmica. d) +110,5 kJ, constituindo uma reação exotérmica. e) +110,5 kJ, constituindo uma reação homeotérmica. 13. (UFSE, adaptada) Analise as proposições a seguir. I. Numa reação química, à temperatura constante, a soma algébrica de todos os calores de formação das substâncias envolvidas é igual a zero. II. Numa reação de combustão em que participa o oxigê- nio, a entalpia da reação é menor que zero. III. Nem toda reação de combustão é exotérmica, pois, na de hidrogênio com oxigênio, não há energia térmica envolvida. IV. A reação de fotossíntese é um exemplo clássico de uma reação endotérmica cuja energia é fornecida pelo Sol. V. Para quebrar ligações químicas, há absorção de ener- gia, enquanto que, para formar ligações químicas, há liberação de energia. 14. (Univaço-MG) A energia presente na chama de um fogão a lenha provém, principalmente: a) da oxidação do gás oxigênio presente no ar ao reagir com a madeira em combustão. b) da chama do palito de fósforo usada para iniciar a queima. c) das ligações químicas que se transformam, originando ligações de mais baixa energia. d) do rompimento das forças intermoleculares existentes entre as moléculas do combustível no estado sólido. 15. (Acafe-SC) Considere que a reação química a seguir possui um ∆H = -154 kJ/mol. H — C C — H + Cl — Cl w H — C — C — H H H H H Cl Cl Calcule a energia média em módulo da ligação C C presente na molécula do etileno e assinale a alternativa correta. (Dado: para resolução dessa questão considere as seguintes energias de ligação (valores médios): Cl — Cl: 243 kJ/mol, C — C: 347 kJ/mol, C — Cl: 331 kJ/mol) a) 766 kJ/mol b) 265 kJ/mol c) 694 kJ/mol d) 612 kJ/mol 16. (UFSJ-MG) As energias de ligação do H 2 , do F 2 e do HF são 104 kcal/mol, 37 kcal/mol e 135 kcal/mol, respectivamente. Com base nesses dados, é correto afirmar que, nas condi- ções padrão, a entalpia de formação do HF, em kcal/mol, é: a) -64,5 b) -129 c) -6 d) 147,5 17. (Fuvest-SP) Pode-se conceituar energia de ligação química como sendo a variação de entalpia (∆H) que ocorre na quebra de 1 mol de uma dada ligação. Assim, na reação representada pela equação: NH 3(g) w N (g) + 3H (g) ∆H = 1 170 kJ/mol NH 3 são quebrados 3 mol de ligação N — H, sendo, portanto, a energia de ligação N — H igual a 390 kJ/mol. Sabendo- -se que na decomposição: N 2 H 4(g) w 2N (g) + 4H (g) ∆H = 1 720 kJ/mol N 2 H 4 são quebradas ligações N — N e N — H, qual o valor, em kJ/mol, da energia de ligação N — N? a) 80 b) 160 c) 344 d) 550 e) 1 330 Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 38 5/17/18 4:16 PM 39 Q U ÍM IC A 18. (Unicamp-SP) No funcionamento de um motor, a energia envolvida na combustão do n-octano (C 8 H 18 ) promove a expansão dos gases e também o aquecimento do motor. Assim, conclui-se que a soma das energias envolvidas na formação de todas as ligações químicas é: a) maior que a soma das energias envolvidas no rompi- mento de todas as ligações químicas, o que faz o pro- cesso ser endotérmico. b) menor que a soma das energias envolvidas no rom- pimento de todas as ligações químicas, o que faz o processo ser exotérmico. c) maior que a soma das energias envolvidas no rompi- mento de todas as ligações químicas, o que faz o pro- cesso ser exotérmico. d) menor que a soma das energias envolvidas no rom- pimento de todas as ligações químicas, o que faz o processo ser endotérmico. 19. (Unicamp-SP) Por “energia de ligação” entende-se a varia- ção de entalpia (∆H) necessária para quebrar um mol de uma dada ligação. Esse processo é sempre endotérmico (∆H . 0). Assim, no processo representado pela equação: CH 4(g) w C (g) + 4H (g) ∆H = 1 663 kJ/mol são quebrados 4 mols de ligações C — H, sendo a ener- gia de ligação, portanto, 416 kJ/mol. Sabendo-se que no processo: C 2 H 6(g) w 2C (g) + 6H (g) ∆H = 2 826 kJ/mol são quebradas ligações C — C e C — H qual o valor da energia de ligação C — C? Indique os cálculos com clareza. 20. (UFG-GO) Determine a entalpia de formação de ácido clorí- drico gasoso, segundo a reação representada pela equação: H 2(g) + Cl 2(g) w 2HCl (g) Dados: H 2(g) w 2H (g) ∆H0 = 436 kJ/mol Cl 2(g) w2Cl (g) ∆H0 = 243 kJ/mol HCl (g) w H (g) + Cl (g) ∆H0 = 431 kJ/mol Indique os cálculos. 21. (UPM-SP) C 2 H 4(g) w 2C (g) + 4H (g) ∆H = + 542 kcal/mol Na reação representada pela equação anterior, sabe-se que a energia da ligação C — H é igual a 98,8 kcal/mol. O valor da energia de ligação C C, em kcal/mol, é: a) 443,2 b) 146,8 c) 344,4 d) 73,4 e) 293,6 22. (UFPA) Considere as seguintes energias de ligação em kcal ⋅ mol-1: C — Cl 81 C — O 86 C O 178 C — H 99 H — O 110 Qual dos compostos a seguir requer maior energia para se dissociar completamente em átomos, quando aquece- mos 1 mol do mesmo, no estado gasoso? a) d) b) e) c) 23. (UFRS) Dadas as energias de ligação em kcal ⋅ mol-1. C C: 143 C — H: 99 C — Br: 66 Br — Br: 46 C — C: 80 A variação de entalpia da reação de adição de bromo ao alceno, representada pela equação: é igual a: a) -23 kcal b) +23 kcal c) -43 kcal d) -401 kcal e) +401 kcal 24. +Enem [H19] O tetracloreto de carbono é uma molécula que pode ser usada como solvente para compostos orgâni- cos por causa de seu caráter apolar. Ele pode ser obtido pela tetracloração do gás metano, de acordo com a equação: CH 4(g) + 4Cl 2(g) w CCl 4(g) + 4HCl (g) ∆H = -420 kJ São dadas as energias de ligação: C — H = 414 kJ/mol Cl — Cl = 243 kJ/mol C — Cl = 331 kJ/mol A energia de ligação H — Cl é igual a: a) 431 kJ/mol b) 105 kJ/mol c) 183 kJ/mol d) 208 kJ/mol e) 316 kJ/mol R e p ro d u ç ã o /U F R S . Vá em frente Leia Usos de energia: alternativas para o sŽculo XXI, de Helena da Silva Freire Tundisi (São Paulo: Atual, 2013). O livro traz um panorama dos diferentes usos de energia no Brasil e no mundo e a necessidade de pesquisa em busca de novas alternativas. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o /U F P A . Et_EM_2_Cad6_QUI_c02_24a39.indd 39 5/17/18 4:16 PM ► Estimar quantitativamente a variação da rapidez de um processo químico e as condições necessárias para a ocorrência de uma reação química. Principais conceitos que você vai aprender: ► Rapidez de um processo químico ► Colisão efetiva ► Energia de ativação ► Energia do complexo ativado ► Catalisador 40 OBJETIVOS DO CAPÍTULO C U T W O R L D /S h u tte rs to ck 3 CINÉTICA QUÍMICA I Núcleo do gelo 1 750 1 800 1 850 1 900 1 950 2 000 Medidas atmosféricas C O 2 ( p p m ) C H 4 ( p p b ) N 2 O ( p p b ) 400 370 340 310 280 260 280 300 320 1 600 1 300 1 000 1 900 700 Média anual Te m p e ra tu ra r e la ti va ( °C d e 1 9 8 6 -2 0 0 5 ) Média da década 1 800 1 800 1800 1 800 0,2 −0,2 −0,4 −0,6 −0,8 −1 0,2 −0,2 −0,4 −0,6 −0,8 −1 0 0 Os gráfi cos traduzem uma realidade alarmante. A partir da Primeira Revolução Industrial, o advento das máquinas térmicas e o uso de combustíveis fósseis foram responsáveis pela inten- sifi cação inequívoca das emissões de gases estufa, com destaque para o gás carbônico (CO 2 ) e o gás metano (CH 4 ). Nas últimas décadas, houve uma escalada preocupante dos níveis de emissão desses gases, principalmente por causa do aumento populacional e da facilidade de acesso aos bens de consumo, com a necessidade de quantidades cada vez maiores de energia. As reações responsáveis pela produção dos gases estufa são reações de combustão, mui- tas vezes dos derivados do petróleo. Por seu caráter explosivo, elas acabam sendo muito rápi- das. As reações que fazem com que o petróleo seja formado pela decomposição dos organis- mos antigos, no entanto, são extremamente lentas, levando milhões de anos. O estudo das velocidades de reações químicas, portanto, é de suma importância para a indústria. Ele permite que as reações tenham velocidades maleáveis, sendo usadas a serviço da humanidade em diversos processos. • Existe um cenário em que seria vantajoso acelerar uma reação? E quando seria be- néfi co diminuir a velocidade de um processo? Analise com os colegas as questões e discutam-nas com o professor. Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 40 5/17/18 4:16 PM 41 Q U ÍM IC A Rapidez de uma rea•‹o Se você já viu alguma peça de ferro enferrujar (oxidar) – como as barras de um portão, um brinquedo ou uma ferramenta –, você pôde perceber que esse não é exa- tamente um processo rápido, como uma explosão, que acontece num instante, mas lento, no qual a ferrugem vai se formando bem devagar, às vezes de maneira quase imperceptível. O processo de oxidação de um metal, no entanto, não precisa ser necessariamente tão lento como o da formação da ferrugem. Para exemplifi car, leia o trecho a seguir, extraído da biografi a de Oliver Sacks, em seu livro intitulado Tio Tungst•nio. Numa das visitas, tio Dave mostrou-me uma grande barra de alumínio... “Vou mostrar a você uma coisa interessante”, ele disse. Pegou um pedaço menor de alumínio, com superfície lisa e brilhante, e o lambuzou de mercúrio. Subitamente – como se fosse uma doença terrível –, a superfície se rompeu em uma substância branca, como um fungo, que rapidamente se for- mou, cresceu meio centímetro, um centímetro, e continuou crescendo até que o alumínio estivesse totalmente consumido. “Você já viu o ferro enferrujar, oxidar-se, quando combinado com o oxigênio do ar”, meu tio explicou, “mas aqui, com o alumínio, é um milhão de vezes mais rápido. Esta grande barra ainda está bem brilhante, pois é recoberta por uma fi na cama- da de óxido, que a protege de mudanças adicionais. Mas quando a friccionamos com mercú- rio, destruímos esse revestimento da superfície, o alumínio fi ca sem proteção e se combina com o oxigênio em segundos”. A diferença apresentada nas oxidações do ferro e do alumínio mostra um aspecto importante das reações químicas: a rapidez ou a velocidade. Se prestarmos atenção ao redor, vamos perceber a ocorrência de reações rápidas (até instantâneas), lentas e outras que, de tão lentas, parecem nem estar acontecendo. A rapidez das reações é estudada por uma parte da Química conhecida como Cinética química. 1 Sob os pontos de vista, econômico social e ambiental conhecer os mecanismos que determinam a rapidez de uma reação e como alterá-los é de fundamental importância. Veja alguns exemplos a seguir. Econômico: A dinamização da produção de uma indústria barateia o custo daquilo que é produzido. Social: A aceleração da produção de um remédio faz com que ele fi que mais acessível à população; a melhoria no rendimento da produção dos plásticos no século XX mudou ra- dicalmente o modo de vida das pessoas, já que desde bolas de futebol até computadores precisam de plásticos para serem produzidos. Ambiental: A partir da década de 1980, o desenvolvimento dos catalisadores automo- tivos diminuiu muito a emissão de poluentes pelos automóveis. Observação 1 Rapidez ou velocidade? A expressão “velocidade de reação” é muito empregada nos meios acadêmicos, mas é bom esclarecer a diferença em relação ao termo velocidade usada na Física. A “velocidade” é uma grandeza física relacionada a deslocamentos; portanto, é uma grandeza vetorial (tem direção e sentido). Em uma reação química, a velocidade está relacionada apenas ao consumo de reagentes ou à formação de produtos em relação ao tempo. Por isso, é possível, em Química, usarmos também o termo rapidez. (A) A explosão de fogos de artifício ocorre de maneira muito rápida, em segundos. (B) A formação de estalactites acontece de maneira lenta, durante milhares de anos. A B D a n a .S /S h u tt e rs to c k D B ro w e r/ S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 41 5/17/18 4:16 PM 42 CAPÍTULO 3 Medindo a rapidez de uma reação Em uma reação química, a taxa de transformação dos reagentes em produtos, em ge- ral, não se mantém constante durante o processo. Pelas fotos apresentadas a seguir, é possível comparar a velocidade das duas reações. Como consequência, a velocidade da reação também não é constante. Por esse moti- vo, costuma-se trabalhar com a velocidade média. A quantidade da substância pode ser expressa em diferentes grandezas, como massa (m), quantidade de matéria em mol (n), volume (V) e concentração em quantidade de matéria (mol/L). Usando o símbolo Δ para indicar variação (fi nal – inicial), temos: v m = m t ∆ ∆ v m = n t ∆ ∆ v m = V t ∆ ∆ v m = t [ ]∆ ∆ 1 A concentração em quantidade de matéria, que é dada em mol/L, pode ser representa- da pelo símbolo [ ] ou µ. Exemplo: µ HCl = 2 mol/L, signifi ca que estamos lidando com uma solução que apresenta 2 mol de ácido clorídrico por litro. Para exemplifi carmos o cálculo da velocidade média, vamos considerar uma reação química qualquer representada por A + 2B w X, para a qual foram coletados os valores de concentração (em mol/L) de cada uma das substâncias envolvidas, em períodos de tempo determinados. O resultado está na tabela a seguir. Tempo (min) µ A (mol/L) µ B (mol/L) µ X (mol/L) 0 1,0 2,0 0 5 0,6 1,2 0,4 10 0,4 0,8 0,6 15 0,3 0,6 0,7 20 0,3 0,6 0,7 25 0,3 0,6 0,7 Podemos determinar a velocidade média da reação em função das substâncias parti- cipantes no intervalo de 0 a 5 minutos. Para a substância A, temos: 0,6 1 5 0m A final A inicial final inicial v µ µ µA fµ µinµ µalµ µ = ∆ ∆ = µ µ−µ µ − = 6 1−6 1 5 0−5 0t t t l i t l i ∴v m = – 0,08 mol ⋅ L–1 ⋅ min–1 Para a substância X, temos: 0,4 0 5 0m X X final X inicial final inicial v µ µ µX fµ µinµ µalµ µ = ∆ ∆ = µ µ−µ µ − = 4 0−4 0 5 0−5 0t t t l i t l i ∴v m = 0,08 mol ⋅ L–1 ⋅ min–1 A B Defi nição Velocidade média (vm) : razão entre a variação da quantidade de determinada substância (produto ou reagente) envolvida em uma reação química e o intervalo de tempo decorrido. Matematicamente, temos: variação da quantidade de uma espécie química intervalo de tempom =v Observação 1 A unidade da velocidade varia conforme a grandeza utilizada para expressar a variação da quantidade de substância. Por exemplo, se o tempo for marcado em minutos, teremos as seguintes possibilidades: g/min, mol/min, L/min ou ainda mol/L ⋅ min (mol ⋅ L–1 ⋅ min–1). Ao colocarmos um comprimido efervescente na água, há muitas bolhas sendo produzidas (A). Depois de transcorridos aproximadamente 30 segundos, essa quantidade diminui, ou seja, a rapidez dessa reação, e de praticamente todas as outras, diminui com o passar do tempo (B). F o to s : S c ie n c e S o u rc e /L a ti n s to c k Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 42 5/17/18 4:16 PM43 Q U ÍM IC A Observe que, se a substância considerada for um produto da reação (substância X), o numerador da expressão será positivo – pois, no fi nal, sempre haverá mais produto que no início – e a velocidade terá valor positivo. No entanto, se a substância considerada for um reagente (substância A), ele vai sendo consumido e, ao fi nal do experimento, sua quan- tidade será menor; assim, o numerador será negativo e, consequentemente, a velocidade também terá valor negativo. Como o sinal negativo da velocidade indica apenas que a substância está sendo consumida, costuma-se adotar os valores da velocidade, seja em função de qualquer um dos participantes – reagentes ou produtos – da reação, em módu- lo. Observe o exemplo a seguir. Para a substância B, temos: 1,2 2 5 0m B B final B inicial final inicial v µ µ µB fµ µinµ µalµ µ = ∆ ∆ = µ µ−µ µ − = 2 2−2 2 5 0−5 0t t t l i t l i ∴v m = 0,16 mol ⋅ L–1 ⋅ min–1 Comparando os resultados encontrados, nos primeiros cinco minutos, para as subs- tâncias A e B, verifi camos que a velocidade de consumo de B (0,16 mol ⋅ L–1 ⋅ min–1) é o dobro da velocidade de consumo do reagente A (0,08 mol ⋅ L–1·min–1), que é justamente a proporção estequiométrica indicada pelos coefi cientes da equação (1A : 2B). Mas, en- tão, qual é a rapidez da reação? Para que o valor da velocidade média da reação seja único, qualquer que seja a subs- tância considerada convenciona-se dividir a velocidade de consumo (para os reagentes) ou de formação (para os produtos) de uma dada substância pelo seu coefi ciente estequio- métrico. Assim, no exemplo dado, há as seguintes relações: v m = A t µ∆ ∆ = 2 B t µ∆ ∆ = X t µ∆ ∆ ∴ v m = 0,08 mol ⋅ L–1 ⋅ min–1 Outra análise importante quanto à dinâmica das reações químicas se baseia na variação das quantidades das substâncias. Aproveitando-se novamente os dados da tabela, é possível perceber que, com o passar do tempo, as concentrações dos rea- gentes – substâncias A e B – vão diminuindo, pois elas vão sendo consumidas para, ao mesmo tempo, formar o produto – substância X –, cuja concentração vai aumen- tando. No início do experimento, portanto, a concentração dos reagentes é máxima, e a do produto é mínima (zero). No fi nal do processo, a situação se inverte: a concentração do produto é máxima e a dos reagentes, mínima, podendo até ser zero. Grafi camente, temos: Concentração (mol/L) Tempo (min)0 2,0 1,0 X B A 0,7 0,6 0,3 Generalizando: Concentração (mol/L) Tempo0 Produto Reagente De acordo com o exemplo, o ponto de partida para a determinação da rapidez de uma reação é a experimentação, que pode ser por processos químicos, conforme apresentado, ou até mesmo por processos físicos, como a verifi cação de propriedades como condutibi- lidade elétrica, intensidade de cor de solução ou medidas calorimétricas. Em todos os ca- sos, a prática mostra que, no início, a velocidade é máxima, diminuindo progressivamente com o passar do tempo. Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 43 5/17/18 4:16 PM 44 CAPÍTULO 3 O gráfi co da velocidade em função do tempo terá a aparência da fi gura a seguir. Velocidade Tempo0 v máx. Além da velocidade média, é possível conhecer a velocidade da reação em dado instante, isto é, quando a variação da quantidade da substância ocorre no menor tempo possível, dizemos que o tempo tende a zero: é a velocidade instantânea. O cálculo pode ser feito por operações matemáticas (que vão além dos objetivos deste curso) ou pela análise de gráfi co. Esse último método consiste em traçar uma reta tangente à curva – exatamente no ponto que representa o instante em que se quer determinar a velocidade. Observe. Concentração (mol/L) Tempo0 t Ponto que indica o instante em que se quer determinar a velocidade instantânea. t Concentração (mol/L) Tempo B αA Tangente C Sobre a reta tangente traçada devem-se escolher dois pontos e traçar as suas coordenadas. Constrói-se, então, um triângulo retângulo (ABC, indicado na fi gura). A tangente do ângulo α tg AB AC α = expressará, no instante t predeterminado, a velocidade com que o reagente é consumido por unidade de tempo. Atividades 1. (FEI-SP) A substância NO reage com uma velocidade de 0,10 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1, na reação a seguir. O 2(g) + 2NO (g) w 2NO 2(g) Quanto (em mol ⋅ L–1) de NO 2 é formado por segundo? a) 0,10 b) 2,20 c) 3,30 d) 5,40 e) 8,50 2. (UEMT) Considere a reação de fotossíntese representada a seguir. 6CO 2(g) + 6H 2 O (,) →Clorofila Luz C 6 H 12 O 6(s) + 6O 2(g) Se houver um consumo de 24 mol de dióxido de carbono a cada 20 minutos de reação, o número de mol de glicose produzido em 1 hora será: a) 12 b) 24 c) 0,75 d) 6 e) 1 Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 44 5/17/18 4:16 PM 45 Q U ÍM IC A 3. (FEl-SP) Seja a decomposição de H 2 O 2 : 2H 2 O 2 w 2H 2 O + O 2 Em 2 minutos, observa-se uma perda de 3,4 g de H 2 O 2 . Qual a velocidade média dessa reação em relação ao O 2 em mol/min? (Dado: massa molar H 2 O 2 = 34 g/mol ) a) 0,250 b) 0,025 c) 0,0025 d) 0,500 e) 0,050 4. (Uepa) Considere a queima do isoctano, segundo a reação a seguir. 2C 8 H 18(,) + 25O 2(g) w 16CO 2(g) + 18H 2 O (g) Se a concentração de C 8 H 18 está diminuindo a velocidade de 0,22 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1, as velocidades de formação da con- centração de CO 2 e H 2 O, respectivamente são: a) 1,22 e 1,38 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 b) 1,76 e 1,98 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 c) 1,96 e 2,12 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 d) 2,08 e 2,18 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 e) 2,17 e 2,22 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 5. (Fuvest-SP) O gráfi co mostrado a seguir foi construído com dados obtidos no estudo da decomposição de iodeto de hidrogênio, à temperatura constante. Em qual dos quatros trechos assinalados na curva, a reação ocorre com maior velocidade média? 0 Tempo (min) [HI] I II III IV 6. (UFPE) Óxidos de nitrogênio, NO x , são substâncias de in- teresse ambiental, pois são responsáveis pela destruição de ozônio na atmosfera, e, portanto, suas reações são amplamente estudadas. Num dado experimento, em um recipiente fechado, a concentração de NO 2 , em função do tempo, apresentou o seguinte comportamento: O papel do NO 2 , nesse sistema reacional, é: a) reagente. b) intermediário. c) produto. d) catalisador. e) inerte. R e p ro d u ç ã o /U F P E . Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 45 5/17/18 4:16 PM 46 CAPÍTULO 3 7. (UPM-SP) Considere que, na reação abaixo equacionada, a formação de O 2 tem uma velocidade média constante e igual a 0,06 mol/L ⋅ s. 2NO 2(g) + O 3(g) w N 2 O 5(g) + O 2(g) A massa de dióxido de nitrogênio, em gramas, consumida em um minuto e meio é: (Dado: massa molar (g/mol) N = 14, O = 16) a) 496,8 g b) 5,4 g c) 162,0 g d) 248,4 g e) 324,0 g 8. +Enem [H19] A amônia na forma gasosa é produzida industrialmente pela síntese de Haber-Bosch, envolvendo uma pressão altíssima e uma temperatura baixa, para be- nefi ciar seu rendimento. Por causa da baixa temperatura, o processo só se torna viável se forem usados catalisadores adequados. A equação desse processo é: N 2 + 3H 2 w 2NH 3 Em um experimento, a velocidade de produção de amô- nia foi estimada em 3,0 ⋅ 10–4 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1. A velocidade da reação, em termos de consumo de H 2 , será: a) 1,0 ⋅ 10–4 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 b) 2,5 ⋅ 10–4 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 c) 3,0 ⋅ 10–4 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 d) 4,5 ⋅ 10–4 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 e) 5,0 ⋅ 10–4 mol ⋅ L–1 ⋅ s–1 Complementares Tarefa proposta 1 a 12 9. (UFPR) No gráfi co a seguir, estão representadas as concen- trações, ao longo do tempo, de quatro substâncias – A, B, C e D – que participam de uma reação hipotética. 0 1,0 · 10–3 0,0 2,0 · 10–3 3,0 · 10–3 4,0 · 10–3 10 20 30 40 50 A C D B Tempo (s) C o n ce n tr a çã o ( m o l · L– 1 ) A partir dessas informações, julgue (V ou F) as afi rmações a seguir. I. As substâncias A e B são reagentes dareação. II. A velocidade de produção de C é menor que a veloci- dade de produção de A. III. Transcorridos 50 s do início da reação, a concentração de C é maior que a concentração de B. IV. Nenhum produto se encontra presente no início da reação. V. A mistura das substâncias A e D resulta na produção de B. VI. As substâncias A, B e D estão presentes no início da reação. 10. (UFMS) Considerando a equação abaixo, não balanceada, para a queima do propano: C 3 H 8(g) + O 2(g) w CO 2(g) + H 2 O (,) + calor determine a quantidade de mol de água produzida em uma hora, se a velocidade da reação for 5 ⋅ 10–3 mol de propano por segundo. 11. (UEPG-PR) Considere a equação a seguir que representa a síntese da amônia. N 2(g) + 3H 2(g) w 2NH 3(g) Verifi cou-se em um experimento que, em 5 minutos, foi consumido 0,20 mol de N 2 . Com base nessas informa- ções, assinale o que for correto. (01) A velocidade média de consumo de N 2 é de 0,040 mol/min. (02) A velocidade média de consumo de H 2 é de 0,12 mol/min. (04) A velocidade média de formação de NH 3 é de 0,080 mol/min. (08) A velocidade média da reação é de 0,040 mol/min. (16) O volume de NH 3 formado após 1 hora de reação, considerando as CNTP, é igual a 107,52 litros. Dê a soma dos números dos itens corretos. 12. (UFTM-MG) Numa reação completa de combustão, foi consumido, em 5 minutos, 0,25 mol de metano, que foi transformado em CO 2 e H 2 O. A velocidade da reação será: a) 0,8 mol/min b) 0,4 mol/min c) 0,05 mol/min d) 0,6 mol/min e) 0,3 mol/min Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 46 5/17/18 4:16 PM 47 Q U ÍM IC A Condições para a ocorrência de uma reação química No início deste capítulo, mencionamos duas reações muito parecidas (as oxidações do alumínio e do ferro), mas que apresentam evoluções muito diferentes. Enquanto o alumínio reage “violentamente” com o oxigênio (nas condições descritas), o ferro apre- senta intensidade de reação bem mais moderada. Antes de sabermos o que faz uma reação acontecer mais rapidamente que outra e quais são os fatores determinantes, devemos lembrar que, para ocorrer uma reação química, é preciso que as ligações quí- micas entre os átomos das substâncias reagentes sejam rompidas. A partir daí, será for- mado um novo arranjo para o posicionamento dos átomos, de modo a produzir novas substâncias. O que é necessário para romper essas ligações? O modelo que explica satisfatoriamen- te por que uma reação ocorre é conhecido como teoria das colisões. 1 A teoria das colisões supõe que a frequência de choques entre as partículas reagentes seja o fator determinante para uma reação acontecer. Quanto maior a frequência de coli- sões, maior a probabilidade de ocorrência de reação e maior a velocidade do processo. No entanto, experiências mostram que há colisões que não levam à formação de produtos: são as colisões não efetivas. O que torna uma colisão efetiva (ou choque efetivo ou efi caz), ou seja, aquela que resulta em reação, são duas condições indispensáveis: orientação fa- vorável das partículas reagentes e partículas reagentes com energia sufi ciente para rom- per as ligações existentes entre seus átomos. Na colisão efetiva, no instante do choque entre as partículas, alguns átomos se sepa- ram e outros se juntam, simultaneamente, produzindo um composto intermediário muito instável denominado complexo ativado, que caracteriza um estado de transição entre reagente e produto. Na atmosfera, principalmente próximo ao solo, ocorre uma série de reações entre as substâncias provenientes de escapamento de automóveis, sob ação da radiação solar. Esse processo é mais acentuado no smog fotoquímico, névoa de poluição que se forma nas grandes cidades. Um gás presente no smog é o ozônio, que, nas camadas mais altas da atmosfera, fi ltra os raios ultravioleta – nocivos para a saúde – que atingem a Terra; porém, altas concentra- ções de O 3 próximas da superfície terrestre tornam-se um problema para a saúde e o meio ambiente. Vamos usar como exemplo a possibilidade de ocorrer reação entre ozônio (O 3 ) e óxido de nitrogênio (NO) para produzir gás oxigênio (O 2 ) e dióxido de nitrogênio (NO 2 ). Observando o esquema apresentado, verifi camos que, se a orientação for desfavorá- vel, não haverá possibilidade de a reação acontecer. Para que o NO 2 (que apresenta um átomo central de nitrogênio ligado a dois átomos de oxigênio) seja produzido, é importan- te que o átomo de nitrogênio do NO colida com um dos átomos de oxigênio do O 3 (observe, no esquema dado, a disposição dos átomos na molécula do produto). Outra orientação para essa colisão não ocasionará a formação dos produtos, isto é, não levará à reação química desejada. Sendo a orientação favorável, também não há garantia de que a reação ocorra. Para consumarem a reação, as moléculas devem colidir com energia cinética sufi ciente para romper as ligações preexistentes, formar outras e afastar as novas moléculas. Essa ener- gia é chamada energia de ativação. Ao se chocarem, as moléculas reagentes têm parte da energia cinética transforma- da em energia potencial, fazendo com que o complexo ativado tenha alto conteúdo de energia, tornando-se instável. Quando ele se desfaz, a quantidade de energia potencial diminui, produzindo moléculas estáveis, que são os produtos. Portanto, o complexo ativado terá mais energia que as moléculas reagentes e as mo- léculas dos produtos. Pode-se dizer, então, que a energia de ativação é “uma barreira a ser vencida” pelos reagentes. Atenção 1 Para que aconteça qualquer reação química, duas condições são fundamentais: 1o) contato entre as partículas reagentes; 2o) afi nidade química entre as partículas reagentes. O que é necessário para romper essas ligações? O modelo que explica satisfatoriamen- A teoria das colisões supõe que a frequência de choques entre as partículas reagentes seja o fator determinante para uma reação acontecer. Quanto maior a frequência de coli- sões, maior a probabilidade de ocorrência de reação e maior a velocidade do processo. No entanto, experiências mostram que há colisões que não levam à formação de produtos: (ou choque efetivo ou efi caz), ou seja, aquela que resulta em reação, são duas condições indispensáveis: orientação fa- vorável das partículas reagentes e partículas reagentes com energia sufi ciente para rom- fotoquímico, névoa de poluição que se forma é o ozônio, que, nas camadas mais altas da atmosfera, fi ltra os raios ultravioleta – nocivos para a saúde – que atingem a Terra; porém, altas concentra- próximas da superfície terrestre tornam-se um problema para a saúde e o meio ) e óxido Observando o esquema apresentado, verifi camos que, se a orientação for desfavorá- (que apresenta um vorável das partículas reagentes e partículas reagentes com energia sufi ciente para rom- Na colisão efetiva, no instante do choque entre as partículas, alguns átomos se sepa- ram e outros se juntam, simultaneamente, produzindo um composto intermediário muito entre Na atmosfera, principalmente próximo ao solo, ocorre uma série de reações entre as substâncias provenientes de escapamento de automóveis, sob ação da radiação solar. fotoquímico, névoa de poluição que se forma vorável das partículas reagentes e partículas reagentes com energia sufi ciente para rom- fotoquímico, névoa de poluição que se forma O 3 + NO NO O 3 O 2 + Choque Não efetivoEfetivo Complexo ativado Não houve reação Houve reação [O 3 NO] = Átomo de oxigênio = Átomo de nitrogênio NO 2 Defi nição Energia de ativação (Ea) : energia mínima de que os reagentes precisam para se converterem no complexo ativado e, consequentemente, se transformarem em produtos. Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 47 5/17/18 4:16 PM 48 CAPÍTULO 3 Quanto maior a energia de ativação, maior será a difi culdade em atingir o complexo ativado e maislenta será a reação. Quando a energia de ativação é baixa, fi ca fácil formar os produtos: a reação torna-se rápida. Representando grafi camente a transformação de reagentes em produtos, tem-se o gráfi co a seguir. Energia de ativação Energia Progresso da reação Energia do complexo ativado O 3 + NO O 2 + NO 2 [O 3 NO] ∆H Veja que o valor da energia de ativação (E a ) é sempre a diferença entre as energias do reagente e do complexo ativado e independe da entalpia da reação (∆H), que é função apenas dos estados inicial e fi nal. Generalizando: Reações exotérmicas Reações endotérmicas Energia do complexo ativado Energia Progresso da reação Produtos Reagentes E a s Energia de ativação ∆H Energia do complexo ativado Energia Progresso da reação Produtos Reagentes E a s Energia de ativação ∆H Catalisador O conhecimento químico é necessário para as mais diversas áreas de atividade: da agricultura à conservação de alimentos, dos corantes à moda, da indústria farmacêutica aos equipamentos hospitalares, da mineração aos plásticos e muitas outras. Hoje em dia, a aplicação dos conhecimentos químicos em investigações policiais comprova diversos exemplos interessantes sobre a ação dos catalisadores. Mesmo que a cena de um crime tenha sido limpa com muita efi ciência, se havia manchas de sangue em algum lugar, uma reação química é capaz de detectá-las. Basta borrifar no ambiente uma solução aquosa básica contendo uma substância chamada “luminol” com um pouco de água oxigenada. Com as luzes apagadas, um brilho azul indicará a presença de traços de sangue. A reação que produz a luz azul acontece entre o luminol e a água oxigenada, e ela precisa ser acelerada. Esta é a função do sangue: acelerar o processo. Explicando melhor: existem substâncias – chamadas catalisadores – que aumentam a velocidade de algumas reações. Defi nição Catalisadores : substâncias químicas que diminuem a energia de ativação sem serem consumidas no processo. Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 48 5/17/18 4:16 PM 49 Q U ÍM IC A O mecanismo de atuação do catalisador é muito complexo, mas os químicos desco- briram que sua ação faz diminuir a energia de ativação da reação química em estudo. O catalisador modifi ca a maneira como a reação ocorre, ou seja, ele promove interações entre os reagentes, que facilitam a transformação destes em produtos, e esse novo meca- nismo proporcionado pelo catalisador apresenta uma energia de ativação mais baixa, que acelera a reação. 1 A reação entre o luminol e a água oxigenada é catalisada por vários metais de transi- ção como o cobre e o ferro; assim, o catalisador não é propriamente o sangue, mas, sim, o ferro contido nas moléculas de hemoglobina. Portanto, ao se borrifar luminol em uma mancha de sangue, ainda que invisível a olho nu, um brilho intenso será produzido, pois o ferro causa aceleração nessa reação, chamada pelos químicos de reação quimiolumi- nescente. Outro exemplo pode ser visto em um experimento simples, apresentado nas f otos a seguir. O frasco (kitassato) contém água oxigenada sofrendo decomposição: 2H 2 O 2(aq.) w 2H 2 O (,) + O 2(g) Em A, temos apenas a água oxigenada que se decompõe lentamente; em B, um pouco de catalisador (dióxido de manganês – MnO 2 ) foi adicionado. Repare, em C, como a ve- locidade de produção de O 2 é aumentada, enchendo rapidamente o balão. Em D, após a decomposição total da água oxigenada, podemos observar o catalisador (MnO 2 ), que não é consumido na reação, depositado no fundo do frasco. W im a r N u n e s /B IP Luminescência emitida pela reação entre o luminol e a água oxigenada permite coletar traços de sangue em locais onde possa ter havido um crime. Observação 1 Dois aspectos importantes a respeito dos catalisadores. 1. Luz, calor e pressão podem alterar a rapidez de uma reação química, mas não são catalisadores, porque não são substâncias químicas. 2. O catalisador só altera a energia de ativação. O valor da variação de entalpia (∆H) é o mesmo na presença ou na ausência de catalisador. A B C D C o u p e rfi e ld /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 49 5/17/18 4:16 PM 50 CAPÍTULO 3 Veja o efeito do catalisador no diagrama de energia. Energia de ativação da reação na ausência de catalisador Energia de ativação da reação na presença de catalisador Energia Progresso da reação Produtos Reagentes Veja a analogia: Processo demorado – mais difícil Montanha Processo rápido – mais fácil Túnel Mecanismos de catálise As reações que usam catalisador envolvem o que chamamos mecanismo de catálise. Esses mecanismos de catálise po- dem ser homogêneos ou heterogêneos. Homogêneos São processos em que catalisador e reagentes estão na mesma fase da mistura reagente. Para reagentes que estiverem em fase gasosa, um catalisador homogêneo também deverá ser um gás. Os clorofluorcarbonetos (CFC) são gases que, na alta atmosfera, aceleram (catalisam) a transformação do ozônio em oxigênio. Isso acontece porque radicais livres de cloro (átomos de cloro que precisam de um elétron) são formados por ação dos raios ultravioleta do Sol sobre as moléculas de CFC e atacam a camada de ozônio – essencial para a sobrevivência humana, pois filtra a radiação ultravioleta (nociva para a pele) do Sol. Veja as reações envolvidas: 2O 3 3O 2 Radical livre Radical livre O 3 + Cl O 2 + ClO ClO + O 3 2O 2 + Cl Gráfico representando essa reação com e sem catalisador: Energia Reagentes (O 3 ) Produtos (O 2 )∆H < 0 E a2 E a1 Caminho reacional Observe que o radical livre de cloro não é consumido durante o processo (ele é reagente da primeira etapa, mas é produto da segunda). Nesse caso, isso não é interessante, porque um único radical livre pode destruir muitas moléculas de O 3 . Esta é uma pro- priedade importante dos catalisadores: eles não são consumidos efetivamente pelo processo, podendo ser usados várias vezes. Ea1 = Energia de ativação com catalisador para a etapa 1 Ea2 = Energia de ativação com catalisador para a etapa 2 Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 50 5/17/18 4:16 PM 51 Q U ÍM IC A Heterogêneos Ocorrem quando catalisador e reagente estão em fases distintas. Em geral, os reagen- tes são gasosos, e os catalisadores, sólidos (muitas vezes, fi namente pulverizados). A rea- ção torna-se mais rápida porque ocorre adsorção dos gases (retenção na superfície) nos sólidos, enfraquecendo as ligações das moléculas gasosas e, portanto, facilitando o cho- que efetivo. Esse processo é aplicado na síntese industrial da amônia, conhecido como processo Haber. Em condições especiais de temperatura e pressão, moléculas de nitrogê- nio fi cam adsorvidas em óxido de ferro III e, ao colidirem com hidrogênio, moléculas de amônia se desprendem da superfície. Moléculas de N 2 adsorvidas Óxido de ferro III Ligação enfraquecida Moléculas de NH 3 produzidas Óxido de ferro III N 2(g) + 3H 2(g) 2NH 3(g) Átomo de nitrogênio Átomo de hidrogênio Autocatálise Neste caso, o produto de uma reação é o catalisador da reação que o formou. À me- dida que a reação avança, sua rapidez aumenta. Observe o exemplo representado pelo processo. 3Cu (s) 0 + 8HNO 3(conc.) w 3Cu(NO 3 ) 2(aq.) + 4H 2 O (,) + 2NO (g) NO (g) s é o catalisador da reação! Inibidores São substâncias que apresentam efeito contrário ao do catalisador: aumentam a ener- gia de ativação, diminuindo a rapidez da reação. Essas substâncias auxiliam os químicos no estudo de reações muito rápidas, ou ainda na indústria química como conservantes, ou seja, aumentando o prazo de validade, principalmente de produtos perecíveis. 1 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Se falamos em enzimas falamos em catalisadores biológicos. Lembre-se das principais características dos catalisadores e das enzimas. O enunciado fala da “vantagem” das enzimas sobre “oscatalisadores químicos tradicionais”, então deveremos analisar as diferenças entre eles. (Enem) Há processos industriais que envolvem reações químicas na obtenção de diver- sos produtos ou bens consumidos pelo homem. Determinadas etapas de obtenção desses produtos empregam catalisadores químicos tradicionais, que têm sido, na medida do possível, substituídos por enzimas. Em processos industriais, uma das vantagens de se substituírem os catalisadores químicos tradicionais por enzimas decorre do fato de estas serem: a) consumidas durante o processo. b) compostos orgânicos e biodegradáveis. c) inespecífi cas para os substratos. d) estáveis em variações de temperatura. e) substratos nas reações químicas. Resolução Resposta: B As enzimas são susceptíveis a variações de diversos parâmetros, entre eles, temperatura, pH do meio e concentração do substrato. Uma das vantagens da substituição de catali- sadores químicos tradicionais por enzimas deve-se ao fato de que estas são compostos orgânicos, além de serem facilmente degradadas na natureza. 1 Atenção 1 A adsorção é um fenômeno de adesão reversível do qual resulta o acúmulo de uma substância gasosa ou dissolvida na superfície de um material. A absorção é o processo no qual uma substância “recebe” outra. A substância absorvida infi ltra-se na substância que a absorve. A sorção é quando ocorrem os dois fenômenos simultaneamente. Curiosidade 1 O caso do besouro- -bombardeiro O besouro-bombardeiro tem, no abdome, glândulas com dois compartimentos separados. O primeiro contém algumas enzimas, e o outro, uma mistura de água oxigenada com uma substância chamada hidroquinona. Em um momento de defesa contra alguma ameaça, as substâncias presentes nos dois compartimentos entram em contato, de modo que as enzimas aceleram infi nitamente uma reação química extremamente exotérmica, que ocorre entre a hidroquinona e a água oxigenada. Assim, jatos de água (formada na reação) fervente são bombardeados no inimigo! Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 51 5/17/18 4:16 PM 52 CAPÍTULO 3 Interação Em Biologia, caderno 2, capítulo 2, é estudado como as enzimas são substâncias que aceleram as reações químicas dos processos biológicos, diminuindo a energia de ativação. Enzimas Praticamente a totalidade das enzimas é de proteínas que aceleram as reações químicas do metabolismo dos seres vivos. Muitas enzimas são catalisadores de ação específi ca, como a lactase, que é necessária para a digestão da lactose, um açúcar encontrado no leite dos mamíferos. Essa é sua única fi nalidade e nenhuma outra molécula pode substituí-la. Alguns bebês nascem com defi ciência nessa proteína e, no período de amamentação, precisam tomar leites especiais. A especifi cidade ocorre por causa do mecanismo de atuação dessas moléculas, conhecido por chave-fechadura. A ideia mais aceita é que essas moléculas têm depressões em sua superfície, chamadas sítios ativos, e só um tipo de molécula reagen- te, chamada substrato, tem a geometria adequada para se encaix ar ali. Enzima Enzima Substratos Complexo enzima-substrato Produto Atividades 13. (Fuvest-SP) Dada a seguinte equação: reagentes x complexo ativado x produtos + calor represente em um gráfi co (entalpia em ordenada e caminho de reação em abscissa) os níveis das entalpias de reagentes, complexo ativado e produtos. Conexões Vimos que enzimas são substâncias capazes de acelerar as reações químicas que acontecem no organismo humano. Sabemos também que os inibidores têm o efeito contrário ao dos catalisadores, ou seja, são capazes de retardar a reação química. Nessa experiência, você vai visualizar o efeito de catalisadores e de inibidores em materiais caseiros. Nota: Para medida de volumes, usar copinhos de medida de medicamentos e/ou seringas descartáveis, sem agulha. Descartar todos esses materiais no lixo após o uso. 1. Preparo das “soluções”. a) Triturar uma batata em um liquidifi cador com um copo americano de água e coar. Guardar o fi ltrado em um copo. b) Diluir 20 mL de água oxigenada 20 V para um volume total de 40 mL. c) Dissolver duas colheres de café cheias com sulfato de cobre penta-hidratado (fungicida que pode ser comprado em qualquer loja de produtos para plantas) em 20 mL de água até a total dissolução. 2. Misturar as soluções de acordo com as instruções a seguir. Primeira experiência: misturar 2,5 mL da água de batata com 5 mL da solução de água oxigenada. Observar o sistema por 5 minutos. Segunda experiência: misturar 2,5 mL da água de batata com 5 mL da solução de água oxigenada e 2,5 mL da solução de sulfato de cobre penta-hidratado. Observar o sistema por 5 minutos. Compare os resultados obtidos na primeira experiência com os da segunda. Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 52 5/17/18 4:16 PM 53 Q U ÍM IC A 14. (UFV-MG) A queima da gasolina ou do álcool, nos moto- res dos carros, é que fornece a energia motriz para eles. No entanto, para que haja a “explosão” no motor, faz-se necessário o uso de velas de ignição. Qual dos gráfi cos a seguir melhor representa a variação de entalpia (calor de reação a pressão constante) da reação de combustão no motor? a) d) b) e) c) 15. (UFRGS-RS) As fi guras a seguir representam as colisões entre as moléculas reagentes de uma mesma reação em três situações. Pode-se afi rmar que: a) na situação I, as moléculas reagentes apresentam energia maior que a energia de ativação, mas a geometria da colisão não favorece a formação dos produtos. b) na situação II, ocorreu uma colisão com geometria fa- vorável e energia sufi ciente para formar os produtos. c) na situação III, as moléculas reagentes foram comple- tamente transformadas em produtos. R e p ro d u ç ã o /U F V -M G . R e p ro d u ç ã o /U F R G S -R S . d) nas situações I e II, ocorreram reações químicas, pois as colisões foram efi cazes. e) nas situações I, II e III, ocorreu a formação do comple- xo ativado, produzindo novas substâncias. 16. (PUC-MG) Considere a seguinte reação: 2SO 2(g) + O 2(g) w 2SO 3(g) É correto afi rmar que a energia de ativação da reação diminuirá com: a) a adição de SO 2(g) . b) a adição de um catalisador. c) a retirada de SO 3(g) . d) a diminuição da pressão. 17. (Udesc) Os óxidos de nitrogênio NO e NO 2 são emitidos pelos automóveis e podem contribuir para a destruição da camada de ozônio. O processo ocorre em duas etapas: Etapa 1: O 3 + NO w O 2 + NO 2 Etapa 2: NO 2 + O 3 w 2O 2 + NO Em relação a este processo, indique a alternativa incorreta. a) O NO não é consumido no processo. b) O O 2 é o catalisador no processo de destruição do ozônio. c) O NO é catalisador neste processo. d) Trata-se de uma catálise homogênea. e) Os catalisadores diminuem a energia de ativação de reações químicas. Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 53 5/17/18 4:16 PM 54 CAPÍTULO 3 22. (UFPR) Com base no diagrama energético abaixo: X x Y Quais afi rmações são corretas? (01) A representa a energia de ativação de uma reação exotérmica. (02) B representa o ∆H de uma reação endotérmica. (04) C representa a energia dos produtos de uma reação endotérmica. (08) (B + A) é a energia de ativação da reação endotérmica. Dê a soma das afi rmações corretas. R e p ro d u ç ã o /U F P R . 18. (Ufscar-SP, adaptada) À temperatura ambiente, a reação química entre eteno (C 2 H 4 ) e hidrogênio, ambos gasosos, é exotérmica. A reação é muito lenta, mas pode ser ace- lerada quando se adiciona um metal em pó, como níquel, paládio ou platina. a) Escreva a equação química balanceada da reação que ocorre e explique por que a reação é acelerada pela adição do metal. O produto formado é o etano (C 2 H 6 ). b) Esquematize um diagrama de energias, indicando as entalpias de reagentes e produtos, relacionando-as com o calor de reação. Localize no diagrama a energia de ativação antes e depois da adição do metal. 19. (Ufl a-MG)A velocidade de uma reação química depende: I. do número de colisões entre as moléculas na unidade de tempo. II. da energia cinética das moléculas envolvidas na reação. III. da orientação das moléculas. Estão corretas as alternativas: a) I, II e III. b) somente I. c) somente II. d) somente I e II. e) somente I e III. 20. +Enem [H17] As reações das substâncias combustíveis, como carvão, madeira, gasolina, etc., são exotérmicas e, por isso, po- de-se inferir que são espontâneas. No entanto, mesmo quando essas substâncias se encontram em contato com quantida- des abundantes de gás oxigênio, não ocorre o fenômeno da combustão espontânea. Uma explicação para isso é que: a) há infl uência de catalisadores negativos da reação. b) na verdade, essas reações são endotérmicas. c) a combustão não necessita, de fato, da presença de gás oxigênio. d) há necessidade de fornecer energia de ativação para que as reações ocorram. e) ocorre a infl uência da baixa concentração de água no ambiente, difi cultando as reações. Complementares Tarefa proposta 13 a 24 21. (UMC-SP) Considere o diagrama para a reação A × B. 5 4 2 1 3 E n e rg ia p o te n ci a l Coordenada de reação A B C A energia de ativação da reação inversa é representada pelo número: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 54 5/17/18 4:17 PM 55 QU ÍM IC A 24. (Ufop-MG, adaptada) Considere o gráfi co a seguir, que mostra a variação de energia da reação para a obtenção do metanol a partir do clorometano. Caminho de reação E n e rg ia p o te n ci a l δ− HO — CH 3 — Cl δ− OH– + H 3 CCl H 3 COH + Cl– E a = 24,5 kcal · mol–1 ∆H0 = –24 kcal · mol–1 Estado de transição Reagentes Produtos a) Em quantas etapas esta reação se processa? Justifi que. b) Esta reação é exotérmica ou endotérmica? Justifi que. c) Qual é o valor da energia de ativação? d) Qual o valor da energia de ativação da reação inversa? Tarefa proposta 1. (Uepa) Um dos grandes problemas ambientais na atua- lidade relaciona-se com o desaparecimento da camada de ozônio na atmosfera. É importante notar que, quando desaparece o gás ozônio, aparece rapidamente o gás oxi- gênio de acordo com a equação: 2O 3(g) →hv 3O 2(g) Considerando a velocidade de aparecimento de O 2 igual a 12 mol/L ⋅ s, a velocidade de desaparecimento do ozônio na atmosfera em mol/L ⋅ s é: a) 12 b) 8 c) 6 d) 4 e) 2 2. (UFPE) Uma boca de fogão a gás queima 5 L de butano (C 4 H 10 ) por hora. Qual a velocidade da produção de gás carbônico nessa reação em L/hora, nas mesmas condições de temperatura e pressão? 3. (Unisinos-RS) A combustão completa do pentano é repre- sentada, qualitativamente, pela seguinte equação: C 5 H 12(g) + O 2 w CO 2(g) + H 2 O (g) Partindo da equação química ajustada e estabelecendo um consumo de 1,5 mol de pentano em 30 minutos de reação, pode-se concluir que a velocidade da reação, em mols de gás carbônico por minuto, é: a) 0,05 b) 0,15 c) 0,25 d) 0,30 e) 7,5 4. (Vunesp) A decomposição de N 2 O 5 em fase gasosa para formar NO 2 e O 2 está ocorrendo com o consumo de 3 mol de N 2 O 5 por minuto. A velocidade de produção de NO 2 na reação é: a) 3 mol/minuto. b) 4 mol/minuto. c) 6 mol/minuto. d) 9 mol/minuto. e) 12 mol/minuto. 5. (Ufop-MG) A destruição da camada de ozônio pode, sim- plifi cadamente, ser representada pela equação química: O 3(g) + O (g) w 2O 2(g) Com base nessa equação, a velocidade de aparecimento do oxigênio molecular é: a) o dobro da velocidade de desaparecimento do ozônio. b) o triplo da velocidade de desaparecimento do ozônio. c) igual à velocidade de desaparecimento do ozônio. d) a metade da velocidade de desaparecimento do ozônio. e) um terço da velocidade de desaparecimento do ozônio. 6. (Ufscar-SP) Para a reação A + 2B w C, com concentrações iniciais de A e B iguais a 8,5 mol/L e 15 mol/L, respectiva- mente, colheram-se os seguintes dados em laboratório: Tempo (h) 0 1,0 2,0 3,0 4,0 µ mol/L 0 3,0 4,5 5,0 5,5 Com os dados fornecidos, calcule: a) a velocidade média da reação no intervalo de tempo 1 h a 3 h; b) a concentração de A no tempo 4 h. 7. (UFSM-RS) A água oxigenada é uma solução de peróxido de hidrogênio em água. A solução é instável e se decom- põe de acordo com a equação: 2H 2 O 2(aq.) w 2H 2 O (,) +O 2(g) Como a água oxigenada é um bom agente oxidante, ela é usada, em concentrações baixas como clareador de roupa e cabelo e também como agente desinfetante ou esterilizante. Em um experimento de medida da sua decomposição, foram obtidos os resultados a seguir. t (min) 0 5 10 15 [H 2 O 2 ] (mol ⋅ L21) 4,0 2,0 1,0 0,5 23. (FGV-SP) A energia envolvida nos processos industriais é um dos fatores determinantes da produção de um pro- duto. O estudo da velocidade e da energia envolvida nas reações é de fundamental importância para a otimização das condições de processos químicos, pois alternativas como a alta pressurização de reagentes gasosos, a eleva- ção de temperatura ou ainda o uso de catalisadores podem tornar economicamente viável determinados processos, colocando produtos competitivos no mercado. O estudo da reação reversível A + B x C + D revelou que ela ocorre em uma única etapa. A variação de entalpia da reação direta é de – 25 kJ. A energia de ativação da reação inversa é + 80 kJ. Então, a energia de ativação da reação direta é igual a: a) –80 kJ b) –55 kJ c) +55 kJ d) +80 kJ e) +105 kJ Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 55 5/17/18 4:17 PM 56 CAPÍTULO 3 0 5 10 15 2,0 1,0 0,5 4,0 B C A t (min) [H 2 O 2 ] (mol · L–1) Em relação ao experimento de decomposição, analise as seguintes afirmativas: I. A velocidade de decomposição nos intervalos de tem- po A, B e C é a mesma. II. O gráfico indica que a quantidade de moléculas de H 2 O 2 diminui no decorrer da reação. III. No intervalo entre 0 e 15 minutos, a velocidade média da reação é de 0,23 mol ⋅ L–1 ⋅ min–1. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e III. e) apenas II e III. 8. (UFTM-MG) Em determinada experiência, a reação de for- mação de água está ocorrendo com o consumo de 4 mol de oxigênio por minuto. Consequentemente, a velocidade de consumo de hidrogênio é de: a) 8 mol/minuto. b) 4 mol/minuto. c) 12 mol/minuto. d) 2 mol/minuto. 9. (UEPE) O gráfico a seguir representa variação de concen- tração das espécies A, B e C com o tempo. Qual das al- ternativas a seguir contém a equação química que melhor descreve a reação representada pelo gráfico? 0 0,5 1 B A C Tempo Concentra•‹o (mol/L) a) 2A + B w C b) A w 2B + C c) B + 2C w A d) 2B + C w A e) B + C w A 10. (UEL-PR) Em fase gasosa: NO 2 + CO x CO 2 + NO NO 2 e CO são misturados em quantidades equimola- res. Após 50 segundos, a concentração de CO 2 é igual a 1,50 ⋅ 10–2 mol/L. A velocidade média dessa reação em mol ⋅ (L ⋅ s)–1 é: a) 1,50 ⋅ 10–2 b) 7,5 ⋅ 10–3 c) 3,0 ⋅ 10–3 d) 3,0 ⋅ 10–4 e) 6,0 ⋅ 10–4 11. (Uneb-BA) A amônia é produzida industrialmente a partir do gás nitrogênio (N 2 ) e do gás hidrogênio (H 2 ), segundo a equação: N 2(g) + 3H 2(g) x 2NH 3(g) (Dado: massa molar do H 2 = 2,0 g ⋅ mol–1) Numa determinada experiência, a velocidade média de consumo de gás hidrogênio foi de 120 gramas por minuto. A velocidade de formação do gás amônia, nessa expe- riência, em mols por minuto será de: a) 10 b) 20 c) 40 d) 50 e) 60 12. +Enem [H20] Uma reação química genérica é esquema- tizada de acordo com a equação: A w B A tabela mostra a variação da concentração do reagente A em função do tempo. [A] (mol/L) 6,0 4,5 3,5 2,5 1,5 Tempo (s) 0 3 5 15 35 Analisando-se a tabela, percebe-se que: a) a reação tem velocidade constante. b) no instante t = 3 s, a concentração de B é igual a 4,5 mol/L. c) a reação tem velocidade que decresce ao longo do tempo. d) no intervalo de 0 a 15 s, a velocidade dareação é igual a 0,5 mol/L ⋅ s. e) a reação deve ser endotérmica. 13. (Ufpel-RS) A reação de combustão do etanol está repre- sentada pela equação a seguir. C 2 H 6 O (g) + 3O 2(g) w 2CO 2(g) + 3H 2 O (,) ∆H = –1 365,48 kJ Considerando que a reação ocorre em uma única etapa, o gráfico que representa corretamente essa reação é o: a) Energia Caminho da rea•‹o b) Energia Caminho da rea•‹o c) Energia Caminho da rea•‹o d) Energia Caminho da rea•‹o e) Energia Caminho da rea•‹o Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 56 5/17/18 4:17 PM 57 Q U ÍM IC A 14. (Cefet-MG) O dicromato de amônio, (NH 4 ) 2 Cr 2 O 7 , é um só- lido alaranjado, usado em experimentos que simulam um pequeno vulcão devido a seu comportamento pirotécnico. Para iniciar a reação de combustão, necessita-se de um aquecimento. Entretanto, a reação prossegue espontanea- mente com liberação de luz e calor, mesmo após a retirada do aquecimento inicial. Considerando essas informações, a reação é e a energia é a (à) energia fornecida pelo aquecimento. Os termos que completam corretamente as lacunas são: a) exotérmica – liberada – igual b) exotérmica – de ativação – maior que c) endotérmica – liberada – proporcional d) exotérmica – de ativação – menor que e) endotérmica – de ativação – menor que 15. (Vunesp) O diagrama refere-se à reação representada pela equação: N 2 + 2O 2 w 2NO 2 realizada em condição de pressão e temperatura constantes. A B C N 2 + 2O 2 2NO 2 Energia Caminho da rea•‹o Com relação a essa reação, pode-se afi rmar que: a) um catalisador tornaria a reação direta mais espontâ- nea, aumentando o valor da entalpia de reação. b) em presença de um catalisador, a entalpia do comple- xo ativado seria representada por um ponto D, que no diagrama estaria entre os pontos A e B. c) a entalpia do complexo ativado, representada pelo ponto A, corresponde também à energia de ativação da reação direta. d) a reação direta é exotérmica, e o módulo de sua ental- pia é dado por A – B. e) a reação inversa é endotérmica, e o módulo de sua entalpia é dado por A – C. 16. (UEL-PR) Analise o gráfi co abaixo da reação entre SO 2(g) e O 2(g) , dando SO 3(g) . R e p ro d u • ‹ o /U E L . Considerando apenas as informações dadas, pode-se afi r- mar que essa reação: I. é endotérmica. II. tem energia de ativação dada por z – y. III. ocorre com liberação de energia. Dessas afi rmações, somente: a) I é correta. b) II é correta. c) III é correta. d) I e II são corretas. e) II e III são corretas. 17. (UFMG) Um palito de fósforo não se acende, espontanea- mente, enquanto está guardado. Porém, basta um ligeiro atrito com uma superfície áspera para que ele imediatamente entre em combustão, com emissão de luz e calor. Conside- rando-se essas observações, é correto afi rmar que a reação: a) é endotérmica e tem energia de ativação maior que a energia fornecida pelo atrito. b) é endotérmica e tem energia de ativação menor que a energia fornecida pelo atrito. c) é exotérmica e tem energia de ativação maior que a energia fornecida pelo atrito. d) é exotérmica e tem energia de ativação menor que a energia fornecida pelo atrito. 18. (UFPR) Uma reação química pode ocorrer no sentido R w P ou P w R. O gráfi co de variação de entalpia é: R A BP Coordenada da reação Energia Assinale as corretas: (01) A transformação R w P é exotérmica com ∆H = –B. (02) A reação P w R tem maior energia de ativação que R w P. (04) A reação P w R é endotérmica com ∆H = B. (08) A energia liberada R w P é A + B. (16) A energia de ativação de P w R é A + B. (32) R w P é mais lenta que P w R. Dê a soma dos números dos itens corretos. 19. (UPE) Analise as informações contidas no seguinte gráfi co: ∆E a 0 Caminho da reação E n e rg ia d e a ti va çã o Produtos Reagentes E a (direta) Reação 1 E a (inversa) Reação 1 E a (inversa) Reação 2 E a (direta) Reação 2 Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 57 5/17/18 4:17 PM 58 CAPÍTULO 3 Assinale a alternativa que expressa o processo evidencia- do nesse gráfico. a) Modificações nos rendimentos de uma reação. b) Variações endotérmicas de um mesmo tipo de reação. c) Influência da presença de um catalisador no andamen- to de uma reação. d) Efeitos das concentrações dos reagentes sobre a velo- cidade de uma reação. e) Dependência da concentração de reagentes sobre o rendimento de uma reação. 20. (PUCC-SP) O uso de conversores catalíticos em veículos au- tomotores a gasolina leva à diminuição da emissão de po- luentes como monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos, pois estes são convertidos em dióxido de carbono, água e nitrogênio. Logo, tais conversores: I. contribuem para evitar o aumento dos índices de po- luição nos grandes centros urbanos, principalmente nos “horários de pico”; II. auxiliam na diminuição do efeito estufa; III. permitem grande economia de petróleo. Dessas afirmações: a) somente I é correta. d) somente I e II são corretas. b) somente II é correta. e) I, II e III são corretas. c) somente III é correta. 21. (UFSM-RS) Para que ocorra uma reação química, é necessário que os reagentes entrem em contato, através de colisões, o que se chama teoria das colisões. Essa teoria baseia-se em que: I. todas as colisões entre os reagentes são efetivas (ou favoráveis). II. a velocidade da reação é diretamente proporcional ao número de colisões efetivas (ou favoráveis). III. existem colisões que não são favoráveis à formação do produto. IV. maior será a velocidade de reação, quanto maior for a energia de ativação. Estão corretas: a) apenas I, II e III. d) apenas I, II e IV. b) apenas II e III. e) apenas III e IV. c) apenas I e IV. 22. (Vunesp) A queima de um combustível como a gasolina, ou seja, sua reação com o oxigênio, é bastante exotér- mica e, do ponto de vista termodinâmico, é espontânea. Vá em frente Acesse <www.youtube.com/watch?v=bOLMdFhlv4c>. Acesso em: 20 jan. 2018. Neste vídeo você poderá ver a importância dos catalisadores para o melhoramento do bio-óleo e a aceleração dos processos químicos. Autoavaliação: Vá até a página 87 e avalie seu desempenho neste capítulo. Entretanto, essa reação inicia-se somente com a concor- rência de um estímulo externo, como, por exemplo, uma faísca elétrica. Dizemos que o papel deste estímulo é: a) favorecer a reação no sentido da formação de reagentes. b) deslocar o equilíbrio no sentido de formação de produtos. c) aumentar a velocidade da reação direta e diminuir a velocidade da reação inversa. d) fornecer a energia de ativação necessária para a rea- ção ocorrer. e) remover o nitrogênio do ar, liberando o oxigênio para reagir. 23. (Uninove-SP) Na limpeza de um sangramento, usando um algodão molhado com água oxigenada, observam-se, após alguns segundos, uma pequena efervescência e a forma- ção de espuma. Efeito análogo se observa ao adicionar pequena quantidade de MnO 2 à água oxigenada. a) Explique, usando equações químicas completas, o que ocorre com a água oxigenada tanto na presença do sangue quanto na do MnO 2 . b) Considere que, em lugar de água oxigenada, essas experiências sejam repetidas com água pesada, D 2 O. O que é que ocorre, em um tempo de observação igual ao anterior? 24. +Enem [H19] O gráfico a seguir representa uma reação de combustão de 1 mol de um alcano de cadeia intermediária, utilizado principalmente em processos de soldagem quando a temperatura da solda deve permanecer abaixo de 500 K. 40 35 E n e rg ia ( k ca l/ m o l) Caminho da reação 30 25 20 15 10 5 O gráfico de energia em função do caminho da reação per- mite calcular que a energia de ativação para a reação de 1 mol desse hidrocarboneto é de, aproximadamente: a) 5 kcal b) 15 kcal c) 20 kcal d) 25 kcal e) 40 kcal Et_EM_2_Cad6_QUI_c03_40a58.indd 58 5/17/18 4:17 PM ► Descreverquais são e como funcionam os fatores que podem alterar a rapidez dos processos químicos e aplicá- -los em diferentes situações- -problema. Principais conceitos que você vai aprender: ► Infl uência da superfície de contato ► Infl uência da temperatura ► Infl uência da concentração ► Lei de Guldberg-Waage ► Confi ra no infográfi co do capítulo a camada de ozônio, sua formação e os riscos envolvidos em sua deterioração. 59 4 CINÉTICA QUÍMICA II OBJETIVOS DO CAPÍTULO Q U ÍM IC A E D U W A TA N A B E /S h u tte rsto ck Rea•›es verdes Em um planeta cada vez mais necessitado de cuidados ambientais, a indústria química pas- sa pelo desafi o de encontrar substitutos para os derivados de petróleo. Essa matéria-prima, segundo estudo da petrolífera britânica BP, conforme dados de 2016, tem reservas mundiais para mais 50,6 anos. Além de fatores econômicos, como a variação dos preços do petróleo, existem também restrições ambientais ao uso de produtos de origem pe- trolífera em função do aquecimento global, da destruição da camada de ozônio e da poluição. O caminho para encontrar substitutos leva o nome de Química verde, que busca produtos análogos que substituam os compostos petroquímicos ou novas substâncias para uso da in- dústria e para o consumo. [...] Um dos exemplos de uso de biomassa, que pode ajudar a mudar os parâmetros da indústria química, é o da empresa Elevance, dos Estados Unidos, que utiliza desde 2007 um processo para quebrar as moléculas de óleos vegetais e produzir matéria-prima para detergentes, ce- ras, solventes e óleos para cosméticos. A empresa emprega um processo de catálise (para realizar as reações químicas) chamado metátese de olefi nas, que substitui alguns derivados petrolíferos, usa menos energia, produz menos resíduos e reduz as emissões de gases nocivos que contribuem para o efeito estufa. [...] O prêmio anual de Química verde concedido pela EPA revelou em 2016 outra empresa que desenvolveu uma solução com microrganismos para substituir insumos derivados do petró- leo. A norte-americana Verdezyne desenvolveu uma plataforma de fermentação de leveduras Candida sp. para produção do ácido dodecanodioico (DDDA), usado na fabricação de um tipo de o de náilon utilizado em plásticos de alta resistência a produtos químicos e, ainda, em adesivos, revestimentos e lubrifi cantes. [...] Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2017/10/072-075_quimica- verde_260.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2018. • As pesquisas citadas precisam, além de substâncias viáveis para a substituição de componentes do petróleo, de métodos de produção viáveis e de baixo custo – econo- micamente viáveis – ambientalmente seguros. Além do uso de catalisadores, que ou- tros fatores contribuiriam para aumentar o método da produção dessas substâncias? a n g e lo g ila rd e lli /S h u tt e rs to ck S U W IT N G A O K A E W /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 59 5/17/18 4:17 PM 60 CAPÍTULO 4 O que altera a rapidez de uma reação? Podemos pensar rapidamente em algumas questões corriqueiras em que há reações químicas envolvidas, como o fato de a palha de aço usada para a limpeza doméstica ser facilmente infl amável e uma barra de aço não, ou a necessidade de guardarmos os medi- camentos em local fresco e sem luz, ou o leite, uma vez aberta a embalagem, estragar mais rápido fora da geladeira. As respostas para essas questões vêm por experiência adquirida e também de mui- ta pesquisa. Sabe-se, por exemplo, muitas vezes instintivamente, que há necessidade de interferirmos na velocidade das transformações, como o simples fato de armazenarmos alimentos em locais frescos para diminuir a velocidade de sua deterioração. Com a sistematização do conhecimento e as descobertas da estrutura da matéria, foi possível perceber que a rapidez das reações estava relacionada com a frequência de cho- ques das partículas que formam as substâncias. No capítulo anterior, estudamos a teoria das colisões e é ela que usaremos para justifi car certas observações feitas no cotidiano. Existem alguns fatores que aceleram ou retardam uma reação química. Vejamos os principais deles. Superfície de contato Primeiramente, vamos saber por que a palha de aço queima facilmente enquanto uma barra de aço não apresenta essa facilidade de se infl amar. Sabemos que o ferro não é um bom combustível, mas na palha ele reage com o oxigê- nio, produzindo luz e calor (chama). E por que isso não ocorre com a barra ou até mesmo com um arame ou um prego? Acontece que a palhinha é formada por vários fi os de aço ex- tremamente fi nos, que possibilitam maior contato do ferro como oxigênio e, consequen- temente, maior número de colisões efetivas. Quanto maior a frequência de colisões efe- tivas (quantidade de colisões por unidade de tempo decorrido), mais veloz será a reação. É possível comprovar isso com uma experiência bem simples: pegue dois copos com o mesmo volume de água (à mesma temperatura) e coloque um comprimido efervescente inteiro em um dos copos e, no outro, adicione outro desses comprimidos, estando este previamente quebrado. Você deverá perceber nitidamente que, no copo em que foi colo- cado o comprimido quebrado, a rapidez de produção de gás (evidenciada pela efervescên- cia) é bem maior, porque este tem maior superfície de contato com a água. 1 Atenção 1 Quanto maior a superfície de contato, maior o número de colisões e maior a rapidez da reação. Ferro na forma de palha se infl ama rapidamente, diferentemente da barra, que não tem a mesma facilidade. W im a r N u n e s /B IP O comprimido efervescente inteiro apresenta menor superfície de contato com a água. Apenas as partículas presentes na superfície do comprimido entram em contato com as moléculas de água. O comprimido fi namente dividido apresenta maior superfície de contato e reage mais rapidamente. Conforme o comprimido vai sendo quebrado, partículas anteriormente internas fi cam expostas ao contato com a água. F o to s : A le s s a n d ro Z o c ch i/ E a s y p ix Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 60 5/17/18 4:17 PM 61 Q U ÍM IC A Temperatura Há séculos o ser humano sabe que o aumento da temperatura torna mais rápida uma reação, pois facilmente se percebeu que, em períodos de calor intenso, os alimentos es- tragavam mais depressa que em épocas de frio e que o calor produzido pela queima da madeira possibilitava o cozimento dos alimentos e podia ser usado em processos meta- lúrgicos. No fi m do século XIX, com o conhecimento mais organizado e desenvolvido, o cientis- ta Van’t Hoff verifi cou que, em determinadas reações, elevando-se em 10 °C a temperatura de algumas reações, elas aproximadamente dobravam de velocidade. 1 A velocidade das reações aumenta com o aumento da temperatura porque esta é a me- dida do grau de agitação das partículas. Lembre-se de que a teoria das colisões afi rma que a velocidade das reações está relacionada com a frequência de choques dessas partículas. Numa “amostra” de moléculas, nem todas estão com a mesma agitação, isto é, elas têm energias cinéticas diferentes. Estudos estatísticos mostram que a maioria das molé- culas apresenta uma energia cinética média e que o número de moléculas que se afastam desse valor, tanto para mais como para menos, vai diminuindo. Nesse caso, já existem mo- léculas com energia igual à energia de ativação – portanto, prontas para reagir. Observe o gráfi co a seguir. Energia cinética média Energia de ativação Estas moléculas já têm energia maior que a de ativação Energia Número de moléculas Com a elevação da temperatura, a quantidade de moléculas é a mesma, mas há aumen- to na agitação, levando a um acréscimo no valor da energia cinética de todas as moléculas. No gráfi co apresentado, a curva teria um deslocamento para a direita, como será de- monstrado em outrográfi co a seguir. Energia de ativação T 2 > T 1 T 1 T 2 Energia Número de moléculas Observe que a área sob o gráfi co (da temperatura T 2 ) que está acima da energia de ativação é bem maior agora, o que signifi ca que mais moléculas atingiram a energia de ativação, portanto haverá frequência maior de choques efetivos. O resultado será uma reação mais rápida. Veja o raciocínio a seguir. Maior a rapidez da reação Maior a frequência de choques efetivos Maior a agitação das partículas Maior a temperatura Atenção 1 Segundo Van’t Hoff, a cada aumento de 10 °C a velocidade da reação será dobrada em reações específi cas. Por esse motivo, esse cálculo só será válido se tal condição estiver descrita no texto em questão. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 61 5/17/18 4:17 PM 62 CAPÍTULO 4 Desenvolva H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. (Fuvest-SP) A vitamina C, presente em sucos de frutas como a manga, pode sofrer processos de degradação em certas con- dições. Um pesquisador fez um estudo sobre a degradação da vitamina C contida em sucos de manga comerciais, determi- nando a variação da concentração dessa vitamina com o tempo, em diferentes temperaturas. O gráfi co a seguir representa os dados de degradação da vitamina C em três diferentes temperaturas, 25 °C, 35 °C e 45 °C, estando identifi cada a curva referente ao experimento realizado a 35 °C. a) No estudo a 35 °C, a velocidade média de degradação da vitamina C é a mesma nos intervalos de tempo correspondentes aos 30 primeiros dias e aos 30 últimos dias do estudo? Explique apresentando cálculos das velocidades (em mg ⋅ L–1 ⋅ dia–1) para esses dois intervalos de tempo. = ∆ ∆ v C t ⋅60 mg L 30 dias –1L–1–1–1L = ∆ ∆ v C t ⋅30 mg L 30 dias –1L–1–1–1L R e p ro d u ç ã o /F U V E S T, 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 62 5/17/18 4:17 PM 63 Q U ÍM IC A C A O número de moléculas com determinada energia cinética varia com a temperatura, conforme está ilustrado na fi gura a seguir. Suponha que a fi gura se refi ra à energia das moléculas de vitamina C presentes no suco, cujo processo de degra- dação está sendo estudado nas temperaturas de 35 oC e de 45 oC. Na fi gura, está representada, também, a energia de ativação desse processo de degradação.ativação desse processo de degradação. b) Identifi que, no primeiro gráfi co, qual das curvas representa os dados da variação da concentração de vitamina C com o tempo, a 45 °C. Justifi que sua escolha, utilizando a fi gura acima para fundamentar sua explicação. R e p ro d u ç ã o /F U V E S T, 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 63 5/17/18 4:17 PM 64 CAPÍTULO 4 Concentra•‹o dos reagentes Se a concentração aumenta, a quantidade de moléculas por unidade de volume é maior, assim como o número de choques. Se o número de choques aumenta, a possibilidade de choques efetivos também aumenta e a reação fi ca mais rápida. Onde haverá maior frequência de choques entre as pessoas: em uma piscina lotada ou em outra idêntica, mas com poucas pessoas? A análise representada pela fi gura é apenas qualitativa. A análise quantitativa será vista mais adiante. Maior rapidez da reação Maior número de colisões Maior concentração de reagentes Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Fique atento ao contexto. No caso, ao contexto da preparação e da conservação de alimentos. Tente descobrir o assunto a que se refere o exercício. Aqui, são fatores que infl uenciam a rapidez das transformações químicas. Relembre a teoria relativa ao assunto. Os fatores mais importantes são: superfície de contato, temperatura, catalisadores e concentração. (Enem) Alguns fatores podem alterar a rapidez das reações químicas. A seguir, desta- cam-se três exemplos no contexto da preparação e da conservação de alimentos: 1. A maioria dos produtos alimentícios se conserva por muito mais tempo quando subme- tidos à refrigeração. Esse procedimento diminui a rapidez das reações que contribuem para a degradação de certos alimentos. 2. Um procedimento muito comum utilizado em práticas de culinária é o corte dos ali- mentos para acelerar o seu cozimento, caso não se tenha uma panela de pressão. 3. Na preparação de iogurtes, adicionam-se ao leite bactérias produtoras de enzimas que aceleram as reações envolvendo açúcares e proteínas lácteas. Com base no texto, quais são os fatores que infl uenciam a rapidez das transforma- ções químicas relacionadas aos exemplos 1, 2 e 3, respectivamente? a) Temperatura, superfície de contato e concentração. b) Concentração, superfície de contato e catalisadores. c) Temperatura, superfície de contato e catalisadores. d) Superfície de contato, temperatura e concentração. e) Temperatura, concentração e catalisadores. Resolução Resposta: C A associação correta entre os fatores que aceleram a rapidez das reações químicas e a preparação de alimentos será: 1. O abaixamento da temperatura aumenta o tempo de conservação dos alimentos 2. O corte dos alimentos aumenta a superfície de contato, acelerando o cozimento dos alimentos 3. As enzimas atuam como catalisadores na preparação de alguns alimentos, como os iogurtes. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 64 5/17/18 4:17 PM 65 QU ÍM IC A Contextualize Batatas e a Cinética química Vamos discutir dois fatores que infl uem na rapidez das reações por meio de experimentos com batatas (Solanum tuberosum L.) em diferentes condições experimentais. 1o experimento Material 300 mL de água em temperatura ambiente (. 25 °C) Uma batata-inglesa lavada Uma faca Um copo transparente de vidro ou plástico de 500 mL Procedimento Colocar no copo 300 mL de água à temperatura ambiente. Descasque a batata e divida-a em quatro pedaços. Adicione um dos pedaços à água do copo e mantenha um segundo pedaço exposto ao ar. Acompanhe a coloração da batata por 40 minutos nas duas situações. 1. Em qual dos casos, na batata exposta ao ar ou na água, a evolução da coloração ocorreu com maior rapidez? 2. Existe alguma causa que justifi que a diferença na rapidez das reações? 3. A banana e a maçã se escurecem quando pedaços são expostos ao ar. Qual é a razão desse fenômeno? 4. Por que razão alguns alimentos, após serem descascados, como o aipim (mandioca), devem ser mantidos em água? 2o experimento Material Uma batata-inglesa Sistema para aquecimento de água (fogão a gás ou resistência elétrica) Recipiente de metal para aquecimento de água (panela ou leiteira) 200 mL de água Xícara de vidro Prato de vidro Freezer Procedimento Aqueça 250 mL de água até a ebulição. Enquanto esta é aquecida, corte uma batata descascada em três pedaços. Em um prato, deixe um dos pedaços à temperatura ambiente; leve o segundo ao freezer, mantendo-o por 5 a 10 minutos; e coloque o terceiro na água fervente e deixe-o por 5 a 10 minutos. Em seguida, cesse o aquecimento e, com o auxílio de um garfo, retire o tubérculo e o exponha sobre o prato junto com aquele exposto à temperatura do laboratório. Repita o procedimento com o tubérculo exposto ao freezer. Aguarde cerca de 30 minutos para tirar suas observações acerca da coloração dos pedaços de batata. 1. Em qual dos experimentos a reação ocorreu com maior velocidade? 2. Existe alguma causa que justifi que a diferença nas velocidades de reação? ATIVIDADES experimentais simples para o entendimento de conceitos. Química Nova na Escola, v. 35, n. 1, p. 27-33, fev. 2013. Atividades 1. (UFVJM-MG) Várias transformações químicas podem ocorrer nos alimentos, comprometendo a qualidade de- les. Entretanto, existem muitos recursos disponíveis que diminuem a velocidade destas transformações. O uso da geladeira é comum na conservação dos alimentos, devido ao fator: a) catalisador.b) temperatura. c) superfície de contato. d) concentração dos reagentes. 2. (Udesc) Se um comprimido efervescente que contem ácido cítrico e carbonato de sódio for colocado em um copo com água, e manteve-se o copo aberto, observa-se a dissolução do comprimido acompanhada pela liberação de um gás. Assinale a alternativa correta sobre esse fenômeno. a) A massa do sistema se manterá inalterada durante a dissolução. b) A velocidade de liberação das bolhas aumenta com a elevação da temperatura da água. c) Se o comprimido for pulverizado, a velocidade de dis- solução será mais lenta. d) O gás liberado e o oxigênio molecular. e) O fenômeno corresponde a um processo físico. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 65 5/17/18 4:17 PM 66 CAPÍTULO 4 3. (Vunesp) A fonte energética primária do corpo humano vem da reação entre a glicose (C 6 H 12 O 6 ) em solução e o oxigênio gasoso transportado pelo sangue. São gerados dióxido de carbono gasoso e água líquida como produtos. Na temperatura normal do corpo (36,5 °C), a interrupção do fornecimento energético para certos órgãos não pode exceder 5 minutos. Em algumas cirurgias, para evitar le- sões irreversíveis nestes órgãos, decorrentes da redução da oxigenação, o paciente tem sua temperatura corporal reduzida para 25 °C, e só então a circulação sanguínea é interrompida. a) Escreva a equação química balanceada que representa a reação entre a glicose e o oxigênio. b) Explique por que o abaixamento da temperatura do corpo do paciente impede a ocorrência de lesões du- rante a interrupção da circulação. 4. (Fuvest-SP) Para remover uma mancha de um prato de porcelana, fez-se o seguinte: cobriu-se a mancha com meio copo de água fria, adicionaram-se algumas gotas de vinagre e deixou-se por uma noite. No dia seguinte, a mancha havia clareado levemente. Usando apenas água e vinagre, sugira duas alterações no procedimento, de tal modo que a remoção da mancha possa ocorrer em menor tempo. Justifique cada uma das alterações propostas. 5. (UnB-DF) Assinale verdadeiro (V) ou falso (F). (1) O catalisador afeta a velocidade de uma reação, por- que aumenta a energia de ativação da reação. (2) A temperatura afeta a velocidade de uma reação, por- que muda a energia de ativação da reação. (3) A área de contato dos reagentes afeta a velocidade da reação, porque há alteração no número de colisões efetivas. (4) Uma reação ocorre quando há colisão efetiva entre as moléculas reagentes numa orientação apropriada. 6. (Vunesp) Explique, cientificamente, as seguintes observa- ções experimentais: a) Uma barra de ferro aquecida em uma chama branda não altera muito seu aspecto visual. Contudo, se sobre esta mesma chama se atira limalha de ferro, verifica-se que as partículas da limalha se tornam incandescentes. b) A adição de níquel metálico, finamente dividido, au- menta a velocidade da reação entre C 2 H 4(g) e H 2(g) para produzir C 2 H 6(g) . 7. (Fuvest-SP, adaptada) Foram realizados quatro experimentos. Cada um deles consistiu na adição de solução aquosa de ácido sulfúrico de concentração 1 mol/L a certa massa de ferro. A 25 °C e 1 atm, mediram-se os volumes de hidrogênio desprendido em função do tempo. No final de cada experimento, sempre sobrou ferro que não reagiu. A tabela mostra o tipo de ferro usado em cada experi- mento, a temperatura e o volume da solução de ácido sulfúrico usado. O gráfico mostra os resultados. Experimento Material Temperatura (oC) Volume da solução de H 2 SO 4 (em mL) A Pregos 60 50 B Limalha 60 50 C Limalha 60 80 D Limalha 40 80 1 3 4 2 Tempo Volume de hidrog•nio Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 66 5/17/18 4:17 PM 67 QU ÍM IC A I. As curvas de 1 a 4 correspondem, respectivamente, aos experimentos: 1 2 3 4 a) D C A B b) D C B A c) B A C D d) C D A B e) C D B A II. Justifi que sua escolha. 8. +Enem [H19] A imagem representa duas maneiras di- ferentes de dispor madeira para a construção de uma fogueira com o objetivo de cozinhar alimentos: 1 2 A rapidez com que a madeira vai queimar é distinta em cada um dos casos, já que na disposição de número: a) 1 a quantidade de madeira é maior, e a queima ocor- rerá mais rapidamente nesse caso. b) 2 a quantidade de madeira é maior, e a queima ocor- rerá mais rapidamente nesse caso. c) 1 a superfície de contato da madeira com o ar é maior, e a queima ocorrerá mais rapidamente nesse caso. d) 2 a superfície de contato da madeira com o ar é maior, e a queima ocorrerá mais rapidamente nesse caso. e) 1 a madeira tem maior contato com o solo, e a queima ocorrerá mais rapidamente nesse caso. Complementares Tarefa proposta 1 a 12 9. (PUC-RS) Para responder a esta questão, relacione os fe- nômenos descritos na coluna I com os fatores que infl uen- ciam na velocidade deles, mencionados na coluna II. Coluna I 1. Queimadas alastrando-se rapidamente quando está ventando. 2. Conservação dos alimentos no refrigerador. 3. Efervescência da água oxigenada na higiene de feri- mentos. 4. Lascas de madeira queimando mais rapidamente que uma tora de madeira. Coluna II A. Superfície de contato B. Catalisador C. Concentração D. Temperatura Associe corretamente as duas colunas. 10. (Faap-SP) “Ao fazer pão caseiro deixa-se a massa ‘descan- sar’ a fi m de que o fermento atue. Algumas cozinheiras costumam colocar uma pequena bola de massa dentro de um copo com água. Após algum tempo, a bolinha, inicialmente no fundo do copo, passa a fl utuar na água. Isso indica que a massa está pronta para ir ao forno.” Com base no texto, podemos afi rmar que: I. a densidade inicial da bolinha é maior que a da água. II. a atuação do fermento faz a bolinha fl utuar porque a fermentação libera gás dentro da massa. Isso faz a bolinha aumentar de volume até fi car menos densa que a água e subir. III. em dias frios a bolinha leva mais tempo para subir, por- que a fermentação, como toda reação química, tem sua velocidade reduzida com a diminuição da temperatura. Dessas afi rmações: a) somente a afi rmativa I é correta. b) somente a afi rmativa II é correta. c) somente a afi rmativa III é correta. d) somente as afi rmativas I e II são corretas. e) as afi rmativas I, II e III são corretas. 11. (Univaço-MG, adaptada) O ácido fórmico (HCOOH) decom- põe-se na fase gasosa a temperaturas elevadas como a seguir: HCOOH (g) w CO 2(g) + H 2(g) Um gráfi co da pressão parcial de HCOOH versus tempo para decomposição a uma determinada temperatura é mostrado na curva pontilhada. Quando uma pequena quantidade de ZnO sólido é adicionada a câmara de rea- ção, a pressão parcial do ácido versus tempo varia como mostrado pela curva em linha contínua. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 67 5/17/18 4:17 PM 68 CAPÍTULO 4 Curiosidade 1 Peter Waage nasceu em Flekkefjord, Noruega, em 9 de junho de 1833, e morreu em Oslo, Noruega, em 13 de janeiro de 1900. Formou-se em Química em 1859 e tornou-se professor na Royal Frederick University. Cato Maximilian Guldberg nasceu em Oslo, Noruega, em 11 de agosto de 1836, e morreu na mesma cidade de seu nascimento, em 14 de janeiro de 1902. Formou-se em Matemática. Juntos, Waage e Guldberg, que eram cunhados, enunciaram a lei da ação das massas em 1864. II. Quando a reação se completa, consequentemente, a pressão será duas vezes a pressão inicial. III. A energia de ativação do sistema com o óxido de zin- co será mais elevada do que o sistema sem o ZnO. A partir dessa análise, conclui-se que está(ao) correta(s): a) I e III, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) I, apenas. 12. (UFMT) Nas madeireiras, o pó de madeira (serragem) pode ser queimado por uma faísca ou chama e produzir incên- dios de proporções incalculáveis. a) Quais os fatores que têm infl uência na velocidade da reação que justifi cam a afi rmação acima? b) Justifique sua resposta. 300 225 150 75 0 500 1.000 1.500 Tempo (s) P re ss ‹ o , H C O O H ( to rr ) Analise as afi rmativas concernentes ao processo de de- composição do ácido fórmico citado. I. A reação prossegue mais rapidamente na presença de ZnO sólido. Assim a superfície do óxido atua como um catalisador. Lei da velocidade É possível estabelecer uma relação matemática entre a velocidade de uma reação e a concentração de reagentes que somente pode ser obtida experimentalmente. Esse estu- do foi feito, pela primeira vez, por E. M. Guldberg e P. Waage, que, ao estudarem a cinética de reações químicas, enunciaram a lei da ação das massas ou lei de Guldberg-Waage: para uma mesma temperatura, a velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao pro- duto das concentrações, em quantidade de matéria, dos reagentes, quando estes estão elevados a expoentes que são determinados experimentalmente. 1 Esses experimentos são relativamente simples: enquanto a temperatura é mantida cons- tante, repete-se algumas vezes a reação, alterando-se a concentração inicial dos reagentes e, em cada caso, determina-se a velocidade correspondente. Se a reação tem mais de um reagente, para uma análise mais apurada da infl uência de um deles, mantém-se constante a concentração dos demais, variando-se apenas a do reagente que está sendo analisado. Em seguida, emprega-se esse mesmo sistema para os outros parti- cipantes. Vamos ver os exemplos a seguir. 1. Um estudo, feito em laboratório, do comportamento cinético da reação entre NO e O 3 , a 25 °C, representada pela equação NO + O 3 wNO 2 + O 2 , que contribui para a diminuição da camada de ozônio da atmosfera, permitiu que se obtivessem os dados da tabela a seguir. Experiência [NO] (mol ⋅ L21) [O 3 ] (mol ⋅ L21) Velocidade (mol ⋅ L21 ⋅ s21) 1 1,00 ⋅ 10–6 3,00 ⋅ 10–6 0,66 ⋅ 10–4 2 1,00 ⋅ 10–6 6,00 ⋅ 10–6 1,32 ⋅ 10–4 3 1,00 ⋅ 10–6 9,00 ⋅ 10–6 1,98 ⋅ 10–4 4 2,00 ⋅ 10–6 9,00 ⋅ 10–6 3,96 ⋅ 10–4 5 3,00 ⋅ 10–6 9,00 ⋅ 10–6 5,94 ⋅ 10–4 Analisando as experiências 1 e 2, verifi camos que, se a concentração do NO permanece constante e a concentração de O 3 dobra, a velocidade também dobra. Conclui-se, então, que a velocidade dessa reação é diretamente proporcional à con- centração de O 3 . Matematicamente, temos: v = k 1 ⋅ [O 3 ] em que k 1 é uma constante de proporcionalidade. Agora, vamos fazer o mesmo tipo de análise para o NO. Escolhendo os dados conve- nientemente, verifi camos que, nas experiências 3 e 5, se a [O 3 ] permanece constante e a [NO] triplica, a velocidade também triplica. Portanto, a velocidade da reação também é diretamente proporcional à concentração de NO. A expressão matemática fi ca: v = k 2 ⋅ [NO] em que k 2 é uma constante de proporcionalidade. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 68 5/17/18 4:17 PM 69 Q U ÍM IC A Concluindo, se a velocidade é diretamente proporcional às concentrações de NO e O 3 , também será proporcional ao produto delas, o que nos leva à expressão fi nal: v = k ⋅ [NO] ⋅ [O 3 ] A constante de velocidade k é uma característica da própria reação e varia com a temperatura. 1 Esta expressão representa a lei da velocidade para a reação: NO + O 3 w NO 2 + O 2 Para determinar o valor da constante de velocidade (k) dessa reação, basta considerar os dados de qualquer uma das experiências. Escolhendo-se a experiência 1, veja como fi ca: v = k ⋅ [NO] ⋅ [O 3 ] 0,66 ⋅ 10–4 = k ⋅ 1,00 ⋅ 10–6 ⋅ 3,00 ⋅ 10–6 s k = 0,66 10 3,00 10 –4 –12 ⋅ ⋅ s k = 0,22 ⋅ 108 ou k = 2,2 ⋅ 107 L ⋅ mol–1 ⋅ s–1 Veja a dedução para outra reação química. 2. A tabela a seguir refere-se à reação re- presentada pela equação 2NO + Cl 2 w 2NOCl e realizada à temperatura constante. Seguindo o mesmo raciocínio usado para a reação anterior, temos a seguinte análise da tabela: com a concentração de NO constante e a concentração de Cl 2 duplicada (experiências 1 e 2), a velocidade da reação duplica; portan- to, ela é diretamente proporcional à concentração de Cl 2 . No entanto, se a concentração de Cl 2 é fi xada e a de NO é duplicada (experiências 1 e 3), a velocidade quadruplica; portan- to, a velocidade é proporcional ao quadrado da concentração de NO. Então, a expressão para a lei de velocidade dessa reação é: v = k ⋅ [NO]2 ⋅ [Cl 2 ] Ordem de rea•‹o Analisando-se as três reações exemplifi cadas a seguir, pode-se concluir que a velocidade da reação é proporcional à concentração dos reagentes elevada a um expoente, que é determinado experimentalmente. Vejamos: NO + O 3 w NO 2 + O 2 v = k ⋅ [NO] ⋅ [O 3 ] 2NO + Cl 2 w 2NOCl v = k ⋅ [NO]2 ⋅ [Cl 2 ] 2H 2 + 2NO w N 2 + 2H 2 O v = k ⋅ [H 2 ] ⋅ [NO]2 Para uma reação qualquer do tipo: aA + bB w produtos a expressão da velocidade é a seguinte: v = k ⋅ [A]x ⋅ [B]y • x é a ordem de reação em relação a A; • y é a ordem de reação em relação a B; • (x + y) é a ordem global da reação. 1 Retomando os casos estudados e relacionando-os com a ordem de reação, temos: v = k · [NO] · [O 3 ] v = k · [NO]2 · [Cl 2 ] v = k · [NO]2 · [H 2 ] Ordem de reação 1 ou de 1a ordem em relação a NO Ordem de reação 2 ou de 2a ordem em relação a NO Ordem de reação 2 ou de 2a ordem em relação a NO Ordem de reação 1 ou de 1a ordem em relação a O 3 Ordem de reação 1 ou de 1a ordem em relação a Cl 2 Ordem de reação 1 ou de 1a ordem em relação a H 2 Ordem global de reação 2 ou de 2a ordem Ordem global de reação 3 ou de 3a ordem Ordem global de reação 3 ou de 3a ordem Observação 1 Substâncias que apresentam concentração constante, como sólidos ou líquidos puros, não aparecem na expressão da lei da rapidez, pois já estão inclusas na constante de proporcionalidade k. Atenção 1 Ordem de reação indica a relação que existe entre a concentração de determinado componente e a velocidade da reação. Experiência [NO] (mol · L21) [Cl 2 ] (mol · L21) Velocidade (mol · L21 · s21) 1 0,10 0,10 2,53 · 10–6 2 0,10 0,20 5,06 · 10–6 3 0,20 0,10 10,12 · 10–6 4 0,30 0,10 22,77 · 10–6 · 2 · 2 · 22 · 21 Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 69 5/17/18 4:17 PM 70 CAPÍTULO 4 Atenção 1 Somente usaremos os coefi cientes estequiométricos como a ordem da reação, em relação a um componente, se na situação analisada houver a afi rmação de que se trata de uma reação elementar (ou seja, ocorre em uma única etapa). Observação 1 Para reações químicas não elementares, não importa em quantas etapas elas ocorrem. Uma delas será mais lenta que as demais, logo a lei de rapidez da equação global será determinada a partir desta. Se compararmos os coefi cientes de balanceamento dos reagentes nos dois primeiros casos com os expoentes que aparecem na expressão da lei da velocidade, verifi caremos que eles são iguais. Mas, no terceiro caso, não há essa coincidência. Estamos nos referindo a dois grupos distintos de reações quanto à dinâmica do processo, conforme veremos a seguir. Reações elementares São aquelas que se processam com uma única colisão entre as moléculas reagentes; dizemos que ocorrem em uma única etapa. Nesse caso, os coefi cientes estequiométricos dos reagentes são iguais aos expoentes da expressão da velocidade. Para reações elementares do tipo aA + bB w produtos, a lei da velocidade fi ca: v = k ⋅ [A]a ⋅ [B]b 1 Reações não elementares São aquelas que se desenvolvem em duas ou mais etapas, isto é, uma única colisão não é sufi ciente para formar os produtos. Nesse caso, a velocidade depende apenas de uma das etapas ou de todas elas? Para responder a essa pergunta, considere a seguinte comparação: Um alpinista leva dois dias para chegar ao topo de uma alta montanha. Lá chegando, ele pula de paraque- das e volta ao solo em dois minutos. O tempo total de duração do processo de subida e descida é de dois dias e dois minutos, mas a etapa mais demorada – subida – foi determinante para a duração total do processo(subida ao topo e volta ao solo). Assim, se um processo acontece em várias etapas, a mais demorada delas (etapa lenta) é a determinante da velocidade do processo. Nas reações não elementares, as etapas não têm a mesma velocidade, e a mais lenta é que vai determinar a velocidade da reação. O conjunto de etapas elementares que com- põem uma reação química é chamado mecanismo de reação. Vamos ao exemplo de uma reação não elementar. Uma das reações que podem ocor- rer no ar poluído é a do ozônio com o dióxido de nitrogênio, representada pela equação: 2NO 2(g) + O 3(g) w N 2 O 5(g) + O 2(g) Essa reação requer uma colisão simultânea de três moléculas. A probabilidade de isso acontecer é muito pequena. Reações que envolvem mais de duas moléculas ou íons ge- ralmente ocorrem em duas etapas. Estudos mostram que o mecanismo dessa reação é: 1a etapa w NO 2(g) + O 3(g) w NO 3(g) + O 2(g) Etapa lenta 2a etapa w NO 2(g) + NO 3(g) w N 2 O 5(g) Etapa rápida Portanto, a expressão da lei da velocidade para essa reação é construída de acordo coma primeira etapa: v = k ⋅ [NO 2 ] ⋅ [O 3 ] e é uma reação de ordem 2 (ou seja, 1 + 1) ou de 2a ordem. Repare como a montagem da expressão da lei da velocidade obedeceu aos coefi cien- tes de balanceamento dos reagentes da etapa lenta. 1 Molecularidade Costuma-se também caracterizar uma reação pelo que se chama de molecularidade. Não confundir com ordem de reação. Se a reação é elementar, a molecularidade é igual à ordem de reação, que é dada pela soma dos coefi cientes dos reagentes. Veja como fun- ciona na reação elementar a seguir. NO + O 3 w NO 2 + O 2 Reação de 2a ordem Molecularidade = 2 ou bimolecular Se a reação ocorre em várias etapas, a molecularidade é determinada a partir das eta- pas elementares e a ordem de reação é dada pela etapa lenta. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 70 5/17/18 4:17 PM 71 QU ÍM IC A Considere a reação representada pela equação: 4HBr + O 2 w 2H 2 O + 2Br 2 O mecanismo dessa reação apresenta três etapas: 1a etapa w HBr + O 2 w HOOBr Etapa lenta 2a etapa w HBr + HOOBr w 2HBrO Etapa rápida 3a etapa w 2HBrO + 2HBr w 2H 2 O + 2Br 2 Etapa rápida Velocidade Ordem Molecularidade A expressão da lei da velocidade é dada pela etapa lenta: v = k ⋅ [HBr] · [O 2 ] A reação é de 2a ordem. A 1a etapa tem molecularidade igual a 2; a 2a etapa tem molecularidade igual a 2; a 3a etapa tem molecularidade igual a 4. Interação Em algumas situações, para a determinação dos expoentes na expressão da lei da velocidade de uma reação, será necessário o conhecimento básico da defi nição de logaritmo: ax = b s x = log a b, em que a ≠ 1, a > 0 e b > 0. Esse assunto é tratado em Matemática, caderno 3, capítulo 3. Será que frascos como este são apropriados para armazenar água oxigenada? Infl uência da luz A luz também pode infl uenciar a velocidade de uma reação. As reações que ocorrem na presença de luz são chamadas fotoquímicas. Muitos produtos são comercializados em embalagens escuras ou opacas, porque a luz muitas vezes provoca reações indesejadas ou acelera reações que alteram a constituição do produto. Em alguns casos, porém, a pre- sença da luz para acelerar determinada reação é até desejável. Veja dois exemplos. • A luz intensifi ca a decomposição da água oxigenada: 2H 2 O 2 →Luz 2H 2 O + O 2 Por isso, são utilizados frascos escuros ou opacos no armazenamento dessa substân- cia. Por esse motivo, ao levar o frasco de água oxigenada para o banho de sol a fi m de clarear os pelos, lembre-se de deixar o frasco escuro – para evitar a entrada de luz – bem fechado, em local fresco, a fi m de diminuir a rapidez da decomposição da água oxigenada. • Outra aplicação dos conhecimentos químicos na investigação policial é para a visualiza- ção de impressões digitais. Ao manipularmos um objeto, sempre deixamos nele as impres- sões digitais. Nessas impressões, encontramos algumas substâncias químicas, tais como o cloreto de sódio – um dos componentes do suor, sempre presente em alguma quantidade nos dedos. Assim, os detetives borrifam uma solução de nitrato de prata nos objetos ana- lisados, formando um precipitado de cloreto de prata, que, exposto à luz solar, é decom- posto em gás cloro e prata metálica (substância de cor acinzentada), sendo esta última a responsável pela “revelação” das linhas da impressão digital. 2AgCl →Luz 2Ag + Cl 2 Estado de agregação e natureza dos reagentes Comparando-se os estados de agregação, as reações envolvendo substâncias gasosas deve- rão ser mais rápidas que as reações entre sólidos, por exemplo. Isso porque as partículas no esta- do gasoso estão em constante e intenso movimento, possibilitando maior número de colisões e, consequentemente, maior número de choques efetivos, aumentando a rapidez dessas reações. Outro fator a se considerar é o número de ligações a serem rompidas. Moléculas muito grandes, com várias ligações, necessitam de mais energia, o que faz as reações que envol- vem moléculas desse tipo serem mais lentas. Outros fatores que podem infl uir na rapidez das reações químicas Pressão: nesse caso, só será considerável em sistemas com substâncias na fase gaso- sa. O aumento de pressão provoca aumento no número de colisões, portanto aumenta a rapidez da reação. Eletricidade: há reações químicas que, quando colocadas em presença de corrente elétrica, ocorrem de forma imediata. É o caso da reação: 2H 2 O (,) w 2H 2(g) + O 2(g) S e rg io D o tt a J r. /T h e N e x t Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 71 5/17/18 4:17 PM INFO + ENEM 72 CAPÍTULO 4 S ubstâncias fabricadas pelo ser humano estão destruindo a camada de ozônio que protege a Terra dos raios ultravioleta. Este fenômeno é evidenciado a cada ano nos polos (principalmente na Antártida) entre agosto e outubro. Por causa disso, a Terra recebe mais raios nocivos, o que talvez explique a aparição de certas doenças: aumento de casos de câncer de pele, danos na vista e enfraquecimento do sistema imunológico. A camada de ozônio Mesosfera Estratosfera Camada de ozônio Troposfera CAMADA DE OZÔNIO A Terra encontra-se rodeada, entre 20 e 30 km de altura, por uma camada de ozônio estratosférico de vital importância para a vida na superfície. Forma-se a partir do oxigênio molecular, mediante a absorção da luz ultravioleta do Sol. Essa reação é reversível, ou seja, o ozônio volta ao seu estado natural, o oxigênio. Esse oxigênio é transformado de novo em ozônio, originando um processo contínuo de formação e destruição de tais compostos. A diminuição ou redução anormal que ocorre na camada de ozônio é popularmente denominada de buraco na camada de ozônio. Os raios ultravioleta incidem sobre uma molécula de oxigênio. 1 2 3 5 4 6 A radiação ultravioleta incide sobre uma molécula de gás CFC. Um átomo de cloro é liberado. Esta molécula se parte e libera seus dois átomos. Um dos átomos liberados se une a uma molécula de oxigênio. Formam uma molécula de ozônio Sobre a nova molécula de oxigênio o processo volta a se iniciar. A molécula de ozônio absorve raios UV. Divide-se e forma uma molécula de oxigênio e um átomo livre. COMO O OZÔNIO É FORMADO COMO SE DETERIORA QUANDO? QUEM? COMO? Em 1974 descobriu-se que os clorofl uorcarbonos industriais (CFC) afetam a camada de ozônio. O mexicano Mario Molina e o estadunidense F. Sherwood Rowland são os cientistas que demonstraram que os CFC industriais são os gases que enfraquecem a camada ao destruírem as moléculas de ozônio. Gases CFC São uma família de gases com várias aplicações. São usados nos sistemas de refrigeração, nos equipamentos de ar condicionado e nos aerossóis. 2004 24 200 000 km2 2005 27 000 000 km2 1 2 Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 72 5/17/18 4:17 PM 73 Acesse a questão Info + Enem e mais conteúdos do exame utilizando seu celular. Saiba mais em <www.plurall.net>. © S ol 9 0 I m a g e s Este átomo se une a uma molécula de ozônio, destruindo-a e formando uma de monóxido de cloro e uma de oxigênio. O monóxido de cloro se une a um átomo de oxigênio livre e libera o átomo de cloro. Este, livre outra vez, ataca outra molécula de ozônio. BURACO AUSTRAL Assim chamado o afi namento da camada de ozônio sobre a zona antártica. Ali existe uma série de fenômenos que provocam a destruição do ozônio por causa da presença de radicais de cloro extremamente destrutivos. 2006 29 500 000 km2 2010 22 000 000 km2 km2 alcançou a área enfraquecida no ano 2000. do câncer de pele é atribuído às radiações UV-B. 28 000 000 75% São os anos que os gases CFC vivem na atmosfera. 50 a 100 RADIAÇÕES UV A radiação ultravioleta (UV) é uma forma de energia radiante que provém do Sol. As diversas formas de radiação classifi cam-se segundo a longitude de onda, medida em nanômetro (nm), que equivale à bilionésima parte do metro. Quanto mais curta for a longitude de onda, maior energia terá a radiação. UV-A Estes raios penetram facilmente na camada de ozônio. Causadores de rugas e envelhecimento cutâneo. UV-B São absorvidos quase totalmente pela camada de ozônio. Prejudiciais, provocam diferentes tipos de câncer de pele. UV-C São os mais prejudiciais, porém são totalmente fi ltrados pela parte superior da camada de ozônio. A camada de ozônio funciona como fi ltro natural ao absorver os raios UV. PESSOAS Câncer de pele. Danos à visão. Enfraquecimento do sistema imunológico. Queimaduras severas. Envelhecimento da pele. PLANTAS Destruição do fi toplâncton. Inibição do processo de fotossíntese. Alteração no crescimento. Redução no rendimento das colheitas. ANIMAIS Doenças no gado. Destruição de elos das cadeias alimentares. Aumento do câncer de pele. 3 4 5 Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 73 5/17/18 4:17 PM 74 CAPÍTULO 4 Atividades 16. (Unicentro-PR, adaptada) Uma reação química é uma trans- formação da matéria na qual ocorrem mudanças qualita- tivas na composição química de uma ou mais substâncias, resultando em um ou mais produtos. Cada reação química apresenta respectiva velocidade, sendo algumas mais lentas, outras mais rápidas. Entre os fatores que alteram a velocidade das reações químicas estão: temperatura, pressão, superfície de contato, concentração dos reagentes, entre outros. Com isso, considere a reação não balanceada a seguir. N 2(g) + H 2(g) w NH 3(g) Quando duplicarmos, simultaneamente, as concentra- ções de N 2(g) e H 2(g) , a velocidade da reação, supondo que a reação seja elementar: a) diminui quatro vezes. d) aumenta dezesseis vezes b) aumenta quatro vezes. e) diminui oito vezes. c) diminui dezesseis vezes. 17. (UFF-RJ) Considere a reação: M (g) + N (g) w O (g) Observa-se, experimentalmente, que, dobrando-se a concen- tração de N, a velocidade de formação de O quadruplica e, dobrando-se a concentração de M, a velocidade da reação não é afetada. A equação da velocidade v dessa reação é: a) v = k ⋅ [M]2 b) v = k ⋅ [N]2 c) v = k ⋅ [M] d) v = k ⋅ [M] ⋅ [N] e) v = k ⋅ [M] ⋅ [N]2 18. (UTFPR) Através de diversos estudos, os cientistas compro- varam que durante o período da tarde, principalmente, o ozônio atinge altas concentrações na atmosfera, sendo um dos causadores do smog fotoquímico. Uma das reações su- geridas nos estudos é a interação do dióxido de nitrogênio com moléculas de ozônio (O 3 ), diminuindo esses níveis. NO 2(g) + O 3(g) w NO 3(g) + O 2(g) Um experimento envolvendo esses gases é mostrado na tabela a seguir. Experimento Concentração inicial (mol ⋅ L21) Velocidade inicial (mol ⋅ L21 ⋅ s21)NO 2 O 3 1 0,21 0,70 6,3 2 0,21 1,40 12,6 3 0,42 0,70 12,6 4 0,63 1,40 x 13. (ITA-SP) Uma certa reação química é representada pela equação: 2A (g) + 2B (g) w C (g) onde A, B e C signifi cam as espécies químicas que são colocadas para reagir. Verifi cou- -se, experimentalmente, numa certa temperatura, que a velocidade desta reação quadruplica com a duplicação da concentração da espécie A, mas não depende das concen- trações das espécies B e C. Assinale a opção que contém, respectivamente, a expressão correta da velocidade e o valor correto da ordem da reação. a) v = k[A]2 [B]2 e 4 b) v = k[A]2 [B]2 e 3 c) v = k[A]2 [B]2 e 2 d) v = k[A]2 e 4 e) v = k[A]2 e 2 14. (UEL-PR) O gráfi co a seguir mostra o que acontece com a velocidade (v) de determinada reação química quando se altera a concentração inicial (C) de determinado reagente. 0 C v Na equação da velocidade da reação, o expoente da con- centração do reagente deve ser: a) 4 b) 3 c) 2 d) 1 e) 0 15. (Fuvest-SP) O estudo cinético, em fase gasosa, da reação representada por NO 2 + CO w CO 2 + NO mostrou que a velocidade da reação não depende da concentração de CO, mas depende da concentração de NO 2 elevada ao quadrado. Esse resultado permite afi rmar que: a) o CO atua como catalisador. b) o CO é desnecessário para a conversão de NO 2 em NO. c) o NO 2 atua como catalisador. d) a reação deve ocorrer em mais de uma etapa. e) a velocidade da reação dobra se a concentração inicial de NO 2 for duplicada. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 74 5/17/18 4:17 PM 75 QU ÍM IC A Utilizando a tabela, podemos afi rmar corretamente que: a) a velocidade da reação não depende da concentração de O 3 . b) a velocidade da reação não depende da concentração de NO 2 . c) o valor de x que completa a tabela deve estar próximo de 12. d) a lei de velocidade da reação e dada por v = k [NO 2 ][O 3 ]. e) duplicando-se [NO 2 ] e [O 3 ], a velocidade permanecerá constante. 19. (PUC-MG) A seguir, estão representadas as etapas da reação: H 2 + Br 2 w 2HBr I. Br 2 wBr + Br (etapa rápida) II. H 2 + Br w HBr + H (etapa lenta) III. H + Br 2 w HBr + Br (etapa rápida) IV. Br + Br w Br 2 (etapa rápida) V. H + H w H 2 (etapa rápida) A velocidade da reação é determinada pela etapa: a) I b) II c) III d) IV e) V 20. +Enem [H21] Observe a reação a seguir. 3A (g) + 2B (g) w A 3 B 2(g) Essa reação terá a velocidade multiplicada por 4 quando a concentração de A ou a de B for duplicada separadamen- te. Quando as concentrações de A e B são duplicadas si- multaneamente, a velocidade da reação torna-se 16 vezes maior. Assim, a expressão de velocidade da reação é: a) v = k [A]2 [B]2 e trata-se de uma reação elementar. b) v = k [A]3 [B]2 e trata-se de uma reação elementar. c) v = k [A]2 [B]2 e trata-se de uma reação não elementar. d) v = k [A] [B]2 e trata-se de uma reação não elementar. e) v = k [A]2 [B] e trata-se de uma reação elementar. Complementares Tarefa proposta 13 a 24 21. (UFJF-MG) Observe os quatro recipientes de mesmo vo- lume (I, II, III e IV), nos quais ocorre a reação entre os reagentes A e B. Cada círculo representa uma molécula de A ou B. I A A A A A A B B B B B B II III IV Tendo em vista as possibilidades de colisão entre as mo- léculas dos reagentes para formar o produto e que as reações apresentadas são elementares, é correto afi rmar: a) A velocidade da reação no recipiente IV é quatro vezes a do recipiente I, se A + B w produto. b) As velocidades da reação A + B w produto nos reci- pientes II e III são diferentes. c) Se a velocidade da reação nos recipientes I e III for pro- porcional a 2A + B w produto, então a velocidade da reação III será o dobro da velocidade da reação em I. d) Somente no recipiente II há a possibilidade de ter o do- bro da velocidade de reação que ocorre no recipiente I. 22. (UFRS) Uma reação é de primeira ordem em relação ao reagente A e de primeira ordem em relação ao reagente B, sendo representada pela equação: 2A (g) + B (g) w 2C (g) + D (g) Mantendo-se a temperatura e a massa constantes e redu- zindo-se a metade os volumes de A(g) e B(g), a velocidade da reação: a) duplica. b) fica reduzida à metade. c) quadruplica. d) fi ca oito vezes maior. e) fi ca quatro vezes menor. 23. (Unip-SP) Considerando a reação química NO 2(g) + CO (g) w NO (g) + CO 2(g) verifi ca-se que a velocidade (rapidez) da mesma é dada pela equação: v = k ⋅ [NO 2 ]2 A etapa lenta do processo poderia ser: a) 2NO 2 w NO 3 + NO d) 2NO 2 + 2CO w 2NO + 2CO 2 b) NO 2 + CO 2 w NO 3 + CO e) 2NO 2 w NO + O 3 c) NO 3 + CO w NO 2 + CO 2 24. (Uniube-MG) A equação X + 2Y w XY 2 representa uma reação, cuja equação da velocidade é: v = k [X] [Y]. Assinale o valor da constante de velocidade, para a rea- ção acima, sabendo que, quando a concentração de X é 1 mol/L e a concentração de Y é 2 mol/L, a velocidade da reação é de 3 mol/min. a) 3,0 b) 1,5 c) 1,0 d) 0,75 e) 0,5 Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 75 5/17/18 4:17 PM 76 CAPÍTULO 4 Tarefa proposta 1. (UCB-RJ) A rapidez de uma transformação química está diretamente relacionada à probabilidade de ocorrência de colisões efetivas entre as partículas que constituem as espécies reagentes. Considere a transformação química que ocorre entre o me- tal alumínio (Al) e o mineral hematita (Fe 2 O 3 ), produzindo alumina (Al 2 O 3 ) e ferro (Fe). Entre as condições indicadas nas alternativas, aquela que propicia maior rapidez de reação é: a) alumínio em pó, hematita em pó, ambos resfriados a 0 °C. b) alumínio em pó, hematita em pó, ambos aquecidos a 1 500 °C. c) alumínio em lingotes, hematita em blocos, ambos aquecidos a 1 500 °C. d) alumínio em pó, hematita em blocos, ambos resfria- dos a 0 °C. e) alumínio em lingotes, hematita em pó, ambos resfria- dos a 0 °C. 2. (Fuvest-SP) NaHSO 4 + H 3 CCOONa w H 3 CCOOH + Na 2 SO 4 A reação representada pela equação anterior é realizada segundo dois procedimentos: I. triturando os reagentes sólidos; II. misturando soluções aquosas concentradas dos reagentes. Utilizando mesma quantidade de NaHSO 4 e mesma quan- tidade de H 3 CCOONa nesses procedimentos, a mesma temperatura, a formação do ácido acético: a) é mais rápida em II, porque em solução a frequência de colisões entre os reagentes é maior. b) é mais rápida em I, porque no estado sólido a concen- tração dos reagentes é maior. c) ocorre em I e II com igual velocidade, porque os rea- gentes são os mesmos. d) é mais rápida em I, porque o ácido acético é liberado na forma de vapor. e) é mais rápida em II, porque o ácido acético se dissolve na água. 3. (Unicid-SP) Quanto maior for a superfície de contato entre os reagentes de uma transformação química, maior é a sua rapidez, pois há aumento do número de colisões efe- tivas por unidade de tempo entre as partículas (átomos, moléculas, íons) que os constituem. E por isso que 1 kg de carne crua: a) em bifes dura mais tempo na geladeira do que na tem- peratura ambiente. b) em bifes dura mais tempo do que se estiver em peça única. c) moída estraga mais rapidamente na temperatura am- biente do que na geladeira. d) moída estraga mais rapidamente do que em bifes, na mesma temperatura. e) moída estraga mais rapidamente do que se for previa- mente cozida. 4. (UEMG) Um professor, utilizando comprimidos de an- tiácido efervescente à base de NaHCO 3 , realizou quatro procedimentos, ilustrados a seguir. I 150 mL 25 °C II 150 mL 5 °C III 150 mL 25 °C IV 150 mL 5 °C Procedimento I – Comprimido inteiro e água a 25 °C Procedimento II – Comprimido inteiro e água a 5 °C Procedimento III – Comprimido pulverizado e água a 25 °C Procedimento IV – Comprimido pulverizado e água a 5 °C A reação ocorreu mais rapidamente no procedimento: a) I b) II c) III d) IV 5. (UFMG, adaptada) Responda ao que se pede: I. Em dois experimentos, massas iguais de ferro reagi- ram com volumes iguais da mesma solução aquosa de ácido clorídrico, a mesma temperatura. Num dos experimentos, usou-se uma placa de ferro; no outro, a mesma massa de ferro, na forma de limalha. Nos dois casos, o volume total de gás hidrogênio pro- duzido foi medido, periodicamente, até que toda a massa de ferro fosse consumida. Assinale a alternativa cujo gráfi co melhor representa as curvas do volume to- tal do gás hidrogênio produzido em função do tempo. a) Placa Limalha Tempo Volume total de H 2 b) Tempo Placa Limalha Volume total de H 2 c) Placa Limalha Tempo Volume total de H 2 d) Placa Limalha Tempo Volume total de H 2 II. Haveria alguma alteração na velocidade da reação se em vez de ácido clorídrico fosse utilizado ácido acético na mesma concentração? III. Equacione a reação ocorrida entre o ferro e o ácido (clorídrico ou acético), utilizando apenas as espécies químicas efetivamente participantes da reação. 6. (Fuvest-SP) A luz acelera a velocidade das reações foto- químicas. A luz pode ser considerada um catalisador? Justifi que sua resposta. 7. (Fuvest-SP) Para estudar a velocidade da reação que ocorre entre magnésio e ácido clorídrico, foram feitos dois ex- perimentos a 15 °C, utilizando a mesma quantidade de Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 76 5/17/18 4:17 PM 77 Q U ÍM IC A magnésio e o mesmo volume de ácido. Os dois experimen- tos diferiram apenas na concentração do ácido utilizado. O volume de hidrogênio produzido em cada experimento, em diferentes tempos, foi medido a pressão e temperatura ambientes. Os dados obtidos foram: Experimento Tempo/ min 0 1 2 3 4 5 6 7 I Vol. de H 2 (cm3) 0 18 33 48 60 63 63 63 II Vol. de H 2 (cm3) 0 28 49 60 62 63 63 63 Volume de H 2 Tempo Experimento I a) Em qual dos experimentos a velocidade da reação foi maior? Justifi que com base nos dados experimentais. b) A curva obtida para o experimento I (15 °C) está no gráfi co dado. Represente a curva que seria obtida se o experimento I fosse realizado a uma temperatura mais alta. Explique. 8. (PUCC-SP) Ferro, em presença de ar (contendo 20%, em mols, de oxigênio) e água, sofre a seguinte transformação: < 2Fe 3 2 O nH O Fe O ·nH O(s) 2(g) 2 (g ou ) 2 3(s) 2 (s) amarelo acastanhado w 1 244 344 + + Dentre as condições indicadas, aquela em que se forma o produto (Fe 2 O 3 ⋅ nH 2 O (s) ) em menor intervalo de tempo é: a) (ferro em barras + ar + H 2 O) resfriados a – 10 °C. b) (ferro em barras + O 2 + H 2 O) resfriados a 0 °C. c) (limalha de ferro + ar + H 2 O) resfriados a 0 °C. d) (limalha de ferro + ar + H 2 O) aquecidos a 50 °C. e) (limalha de ferro + O 2 + H 2 O) aquecidos a 100 °C. 9. (UFC-CE) As reações químicas metabólicas são fortemen- te dependentes da temperatura do meio. Como conse- quência, os animais de sangue frio possuem metabolismo retardado, fazendo com que os mesmos se movimentem muito mais lentamente em climas frios. Isso os torna mais expostos aos predadores em regiões temperadas do que em regiões tropicais. Assinale a alternativa que justifi ca corretamente esse fe- nômeno. a) Um aumento na temperatura aumenta a energia de ativação das reações metabólicas, aumentando suas velocidades. b) Um aumento na temperatura aumenta a energia ciné- tica média das moléculas reagentes, aumentando as velocidades das reações metabólicas. c) Em temperaturas elevadas, as moléculas se movem mais lentamente, aumentando a frequência dos cho- ques e a velocidade das reações metabólicas. d) Em baixas temperaturas, ocorre o aumento da ener- gia de ativação das reações metabólicas, aumentando suas velocidades. e) A frequência de choques entre as moléculas reagentes não depende da temperatura do meio, e a velocidade da reação não depende da energia de ativação. 10. (UFU-MG) Considere a equação: A 2(s) + B 2(aq.) w 2AB (aq.) Assinale para cada afi rmação (V) verdadeira ou (F) falsa. ( ) Adicionando A 2(s) fi namente dividido, observa-se um aumento na velocidade da reação. ( ) Adicionando um catalisador específi co, pode-se re- duzir a energia de ativação da reação.( ) Aumentando a temperatura da reação, diminui-se o número de partículas com energia igual ou superior à energia de ativação (Ea). ( ) Aumentando a concentração de B 2 , a velocidade da reação diminuirá. 11. (PUC-RS) Para responder à questão, analise as afi rmativas abaixo. I. Uma reação com energia de ativação 40 kJ é mais len- ta que uma outra reação que apresenta energia de ativação igual a 130 kJ. II. A adição de um catalisador a uma reação química pro- porciona um novo “caminho” de reação, no qual a energia de ativação é diminuída. III. Um aumento de temperatura geralmente provoca um aumento na energia de ativação da reação. IV. A associação dos reagentes com energia igual à ener- gia de ativação constitui o complexo ativado. Pela análise das afi rmativas, conclui-se que somente estão corretas: a) I e II b) I e III c) II e IV d) I, II e IV e) II, III e IV 12. +Enem [H19] Os CFC, ou fréons, são substâncias derivadas de hidrocarbonetos que contêm átomos de fl úor e/ou cloro em sua composição molecular. Estão envolvidos na destruição da camada de ozônio da atmosfera terrestre, que diminui a incidência de radiação ultravioleta proveniente do Sol no solo terrestre. A destruição da camada de ozônio pode ser entendi- da pela análise de duas etapas reacionais envolvendo os CFC. 1a etapa: O 3 + Cld w O 2 + ClOd 2a etapa: ClOd + O 3 w 2O 2 + Cld A análise cuidadosa do processo revela que: a) a reação global é: O 3 + ClO w Cl + 2O 2 b) a reação ocorre sem a produção de intermediários. c) o Cl atua como catalisador no processo de conversão do ozônio a oxigênio. d) o aumento da emissão de CFC não traduz risco direto ou indireto para a saúde humana. e) para cada molécula de ozônio, são produzidas duas moléculas de oxigênio. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 77 5/17/18 4:17 PM 78 CAPÍTULO 4 13. (UEPG-PR) Com relação ao mecanismo da reação a seguir, assinale o que for correto. 1a etapa: O 3 + NO 2 w O 2 + NO 3 (etapa lenta) 2a etapa: NO 3 + NO 2 w N 2 O 5 (etapa rápida) (01) A equação global não balanceada dessa reação é: O 3 + NO 2 w O 2 + N 2 O 5 . (02) A etapa determinante da velocidade do processo global e a 1a etapa. (04) A colisão das moléculas de NO 3 e NO 2 é determinan- te para a velocidade da reação. (08) A equação de velocidade do processo global é: v = k ⋅ [O 3 ] ⋅ [NO 2 ]. Dê a soma dos números dos itens corretos. 14. (UFTM-MG) A reação expressa pela equação: 2NO + 2H 2 w N 2 + 2H 2 O tem lei de velocidade de formação de N 2 expressa pela equação: v = k [NO]2 [H 2 ] onde k é a constante de velocidade. a) Discuta por que o expoente que afeta a concentração de H 2 na lei de velocidade é diferente do coeficiente da equação estequiométrica. b) Foram feitas duas determinações da velocidade dessa reação. Nas duas determinações as concentrações de H 2 empregadas foram as mesmas, enquanto a concen- tração de NO empregada numa delas é o dobro da concentração empregada na outra. Qual é a relação existente entre as velocidades de reação das duas de- terminações? Justifique. c) Qual a ordem dessa reação? 15. (UEPG-PR) No ar poluído pode ocorrer a reação representada a seguir, entre o dióxido de nitrogênio (NO 2 ) e o ozônio (O 3 ): NO 2(g) + O 3(g) wNO 3(g) + O 2(g) Para essa reação, os seguintes dados foram obtidos a 25 °C: Experimento Concentração inicial de NO 2 (mol/L) Concentração inicial de O 3 (mol/L) Velocidade inicial (mol/L ⋅ s) 1 5,0 ⋅ 10–6 1,0 ⋅ 10–6 2,2 ⋅ 10–3 2 5,0 ⋅ 10–6 2,0 ⋅ 10–6 4,4 ⋅ 10–3 3 2,5 ⋅ 10–6 2,0 ⋅ 10–6 2,2 ⋅ 10–3 De acordo com os dados da tabela, assinale o que for correto. (01) A ordem global da reação é 2. (02) A expressão da lei cinética da reação é v = k ⋅ [NO 2 ] ⋅ [O 3 ]. (04) A ordem da reação em relação ao O 3 é 2, pois, du- plicando a sua concentração, a velocidade também é duplicada. (08) Utilizando os dados do experimento 1, o valor da constante de velocidade para essa reação é de 4,4 ⋅ 108 L/s · mol. (16) A velocidade da reação independe da concentração de NO 2 . Dê a soma dos números dos itens corretos. 16. (ITA-SP) Um recipiente aberto, mantido à temperatura am- biente, contém uma substância A (s) que se transforma em B (g) sem a presença de catalisador. Sabendo-se que a reação acontece segundo uma equação de velocidade de ordem zero, responda com justificativas às perguntas. a) Qual a expressão algébrica que pode ser utilizada para representar a velocidade da reação? b) Quais os fatores que poderiam influenciar a velocidade da reação? 17. (Unaerp-SP, adaptada) A reação global: 2HBr + NO 2 w Br 2 + NO + H 2 O processa-se em duas etapas: Etapa lenta: HBr + NO 2 w HBrO + NO Etapa rápida: HBr + HBrO w H 2 O + Br 2 a) Julgue (V ou F) as afirmações a seguir. I. Ao duplicarmos a concentração do ácido bromídrico, a velocidade da reação será quadruplicada. II. A equação da velocidade da reação é: v = k ⋅ [HBr] ⋅ [NO 2 ] III. Ao duplicarmos a concentração NO 2 , a velocidade da reação será duplicada. IV. Ao aumentarmos a temperatura da reação, a sua ve- locidade aumentará. V. A velocidade da reação é dependente de sua etapa lenta. b) Determine a expressão da lei da velocidade para o pro- cesso indicado. c) O que aconteceria com a velocidade inicial dessa rea- ção se fossem dobradas as concentrações (mol/L) de HBr e de NO 2 ? 18. (Ufscar-SP) A decomposição do pentóxido de dinitrogênio é representada pela equação: 2N 2 O 5(g) w 4NO 2(g) + O 2(g) Foram realizados três experimentos, apresentados na tabela. Experimento [N 2 O 5 ] Velocidade I X 4Z II X 2 2Z II X 4 Z A expressão da velocidade da reação é: a) v = k ⋅ [N 2 O 5 ]0 b) v = k ⋅ N O2 5 1 4[ ] c) v = k ⋅ N O2 5 1 2[ ] d) v = k ⋅ [N 2 O 5 ]1 e) v = k ⋅ [N 2 O 5 ]2 19. (UFPE) Para a reação 2A + B w C + 3D foram obtidos os seguintes dados sobre velocidade inicial com respeito às concentrações iniciais dos reagentes: [A] (mol/L) [B] (mol/L) [ ]∆ ∆t A (µmol/L ⋅ s) 0,127 0,346 1,5 0,254 0,346 3,0 0,254 0,692 12,0 0,254 1,038 x Qual é o valor de x? Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 78 5/17/18 4:17 PM 79 Q U ÍM IC A Vá em frente Acesse <www.youtube.com/watch?v=8JaPJLT34E8>. Acesso em: 10 maio 2018. Neste link você poderá assistir a um vídeo sobre como a etapa lenta é determinante na velocidade de uma reação. Autoavaliação: V‡ atŽ a p‡gina 87 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. 20. (UFPI) O NO 2 ocorre como um contaminante do ar am- biente e pode produzir lesão oxidativa em bronquíolos terminais e alvéolos proximais. Ele é produzido a partir da reação entre NO (g) e O 2(g) . Um estudo cinético dessa reação mostrou que ela era de segunda ordem em relação ao NO (g) e de primeira ordem em relação ao O 2(g) . Assim, quando as concentrações de ambos os reagentes são dobradas, a velocidade de reação e multiplicada por: a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 8 21. (PUC-RJ) Dados experimentais sobre a reação do brometo de t-butila com hidroxila, a 55 °C: (CH 3 ) 3 CBr + OH– w (CH 3 ) 3 COH + Br– [(CH 3 ) 3 CBr] [OH2] Velocidade (mol/L ⋅ s) 1 0,1 0,1 0,001 2 0,2 0,1 0,002 3 0,3 0,1 0,003 4 0,1 0,2 0,001 5 0,1 0,3 0,001 Assinale a opção que contém a expressão da velocidade da reação: a) v = k [(CH 3 ) 3 CBr] b) v = k [OH-] c) v = k [(CH 3 ) 3 CBr]2 [OH] d) v = k [(CH 3 ) 3 CBr]3 [OH]2 e) v = k [(CH 3 ) 3 CBr] [OH] 22. (UFRN) A água oxigenada é uma substância oxidante que, em meio ácido, permite a obtenção de iodo, a partir de iodetos existentes nas águas-mães das salinas, como mostra a reação: H 2 O 2 + 2H 3 O+ + 2I– w 4H 2 O + I 2 Quando se faz um estudo cinético dessa reação em solução aquosa e se examina, separadamente, a infl uência da con- centração de cada reagente, na velocidade da reação (v), obtêm-se os gráfi cos seguintes: A expressão da lei de velocidadeda reação é: a) v = k ⋅ [H 2 O 2 ] ⋅ [I–] b) v = k ⋅ [H 3 O+] c) v = k ⋅ [H 2 O 2 ] ⋅ [H 3 O+] d) v = k ⋅ [H 3 O+] ⋅ [I–] 23. (Uniube-MG) O metal Mg interage com ácido clorídrico, produzindo gás hidrogênio. Mg (s) + 2HCl (aq.) w H 2(g) + MgCl 2(aq.) R e p ro d u ç ã o /V e s ti b u la r. Foram realizados vários experimentos em que se utiliza- ram a mesma massa de magnésio e o mesmo volume de solução de HCI 0,3 mol/L, 0,4 mol/L e 0,5 mol/L. Os dados coletados foram projetados no gráfi co. Analisando-se os dados, pode-se afi rmar que a rapidez da reação é: a) maior em A, porque a concentração do HCI utilizado é maior. b) maior em B, porque a curva se encontra mais inclinada. c) maior em C, porque a concentração do HCI utilizado é menor. d) maior em C, porque a quantidade de H 2 produzida é menor. e) a velocidade não depende da concentração do HCI utilizado. 24. +Enem [H20] Ácidos podem reagir com alguns metais al- calinoterrosos (Me), liberando gás hidrogênio, segundo uma reação de deslocamento que tem equacionamento genérico: 2H+ + Me w Me2+ + H 2 A tabela resume dados de um experimento em que volu- mes idênticos de ácidos em solução aquosa interagiram com massas iguais do metal magnésio (Mg). Experimento Tempo até o fi nal da reação Ácido A + Mg Inferior a 1 s Ácido B + Mg Superior a 30 s A análise dos experimentos revela que: a) os ácidos A e B são necessariamente diferentes. b) o metal magnésio não é apropriado para a experimen- tação feita. c) os ácidos A e B podem ser o mesmo ácido, porém em concentrações diferentes. d) o ácido A deve ser fraco, e B, forte. e) a concentração de íons H+ é maior na solução do ácido B. R e p ro d u ç ã o /U N IU B E . Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 79 5/17/18 4:17 PM 80 GabaritoooGabarito Capítulo 1 Complementares 9. e 10. e 11. c 12. d 21. b 22. c 23. e 24. F – V – F Tarefa proposta 1. a 2. b 3. e 4. c 5. A afi rmação é falsa. O aumento de temperatura da mistura se deve, necessariamente, à quantidade de calor liberada no meio. Como o único processo que ocorreu foi a dissolução do etanol, pode-se afi r- mar que se trata de um processo que libera calor e, portanto, exotér- mico. 6. a) 50 000 kJ b) 422,6 litros 7. a 8. c 9. a 10. c 11. 471,6 kJ 12. c 13. e 14. c 15. e 16. c 17. a) Para o metanol: 44 g Para o etanol: 88 g b) Q etanol > Q metanol 18. c 19. a) R$ 1,11 b) 0,12 kJ 20. a) 10C 6 H 6(,) + 15O 2(g) w 1C 60(s) + + 30H 2 O (,) b) – 6 743 kJ/mol 21. e 22. c 23. A síntese de glicose é um processo endotérmico (ocorre com absorção de energia) com ∆H = 1,4 ⋅ 106 J. 24. d Capítulo 2 Complementares 9. a 10. a 11. 2LiOH ⋅ H 2 O (s) + CO 2(g) w Li 2 CO 3(s) + + 3H 2 O (g) 12. d 21. –50 kJ/mol de NH 3 22. a) 2Fe (s) + 3 2 O 2(g) w Fe 2 O 3(s) ∆H = –824 kJ/mol de Fe 2 O 3 b) 2Al (s) + 3 2 O 2(g) w Al 2 O 3(s) ∆H = –1 626 kJ/mol de Al 2 O 3 c) –802 kJ/mol d) 1,5 kg, aproximadamente. 23. c 24. – 35 kJ/mol Tarefa proposta 1. b 2. b 3. 6C (s) + 3H 2(g) w C 6 H 6(ℓ) ∆H = + 1 846 kcal/mol 4. b 5. a) –800 kJ/mol b) 1: endotérmica 2: exotérmica 3: exotérmica 6. a) +1,9 kJ/mol b) 3 935 kJ 7. a) SiO 2(s) + 2Mg (s) w Si (s) + 2MgO (s) b) –1 496,3 kJ 8. c 9. – 4 116 kJ 10. +160 kJ/mol 11. a) 2Al (s) + Fe 2 O 3(s) w 2Fe (s) + Al 2 O 3(s) b) 851,8 kJ/2 mol de Al 12. b 13. F – V – F – V – V 14. c 15. d 16. a 17. b 18. c 19. 330 kJ/mol 20. –91,5 kJ/mol 21. b 22. b 23. a 24. a Capítulo 3 Complementares 9. F – V – V – F – F – V 10. 72 mol de H 2 O 11. Soma = 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16) 12. c 21. e 22. Soma = 15 (01 + 02 + 04 + 08) 23. c 24. a) Em uma etapa, pois apresenta apenas uma energia de ativação. b) Reação exotérmica, pois a ental- pia dos reagentes é maior que a entalpia dos produtos. ∆H = –24 kcal/mol c) E a = 24,5 kcal/mol (gráfi co) d) 48,5 kcal/mol Tarefa proposta 1. b 2. 20 L/h 3. c 4. c 5. a 6. a) 1 mol/L ⋅ min b) 3 mol/L 7. b 8. a 9. c 10. d 11. c 12. c 13. c 14. d 15. b 16. e 17. d 18. Soma = 23 (01 + 02 + 04 + 16) 19. c 20. a 21. b 22. d 23. a) 2H 2 O 2(aq.) 2H 2 O (,) + O 2(g) MnO 2 O MnO 2 e a enzima catalase (do sangue) atuam como catalisador e aceleram a decomposição da água oxigenada (peróxido de hidrogê- nio) em água e gás oxigênio. b) A água oxigenada libera gás; a água pesada, não. 24. b Capítulo 4 Complementare s 9. 1-C; 2-D; 3-B; 4-A 10. e 11. b 12. a) e b) Superfície de contato: na forma de pó, a madeira tem muito mais contato com o oxigênio do ar, aumentando a velocidade da reação de combustão que provoca o fogo. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 80 5/17/18 4:17 PM LÍ N G U A P O RT U G U ES A 81 Q U ÍM IC A Temperatura: a alta temperatura causada pela liberação de calor da combustão faz com que a velocida- de da reação seja alta, predispondo a proporção gigantesca do incêndio. 21. a 22. c 23. a 24. b Tarefa proposta 1. b 2. a 3. d 4. c 5. I. b O uso da limalha aumenta a su- perfície de contato entre o ferro e o ácido, acelerando a reação; porém, como as massas de ferro são iguais e os volumes de ácido são iguais, os experimentos pro- duzem o mesmo volume de gás hidrogênio. II. Sim, pois, sendo o ácido acético um ácido fraco, teríamos uma oferta menor de íons H+. Sendo menor a concentração de um dos reagentes, mais lenta seria a reação. III. Fe (s) + 2H(aq.) + w Fe(aq.) 2+ + H 2(g) 6. Não. A luz não pode ser considera- da um catalisador porque ela não é uma substância, e sim uma onda eletromagnética. A luz deve ser en- tendida como um agente capaz de alterar a velocidade de alguns tipos específi cos de reações, chamadas fotoquímicas. 7. a) No experimento II. Analisando- -se o primeiro minuto decorrido, pode-se perceber claramente o maior volume de hidrogênio (28 cm3) produzido nesse segun- do experimento. b) Volume (H 2 ) T > 15 °C T = 15 °C Tempo 8. e 9. b 1 0. V – V – F – F 11. c 12. c 1 3. Soma = 11 (01 + 02 + 08) 1 4. a) Isso ocorre porque, provavelmen- te, a reação apresentada não é elementar, ou seja, ocorre em mais do que uma etapa. Se fosse uma reação elementar, o expoen- te de [H 2 ] deveria ser igual ao seu coefi ciente estequiométrico (2). b) A velocidade da reação na de- terminação em que a [NO] foi dobrada será igual a 4 vezes o valor da velocidade da reação na outra determinação. c) Ordem 3. 15 . Soma = 11 (01 + 02 + 08) 1 6. a) v = k ⋅ [A]0 b) Os fatores são: superfície de contato do reagente A, tempe- ratura e presença de catalisador. 1 7. a) F – V – V – V – V b) v = k ⋅ [HBr] ⋅ [NO 2 ] c) A velocidade seria quadruplicada. 18. d 19. 27 µmol/L ⋅ s 20. e 21. a 22. a 23. a 24. c Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 81 5/17/18 4:17 PM 82 HIA V II IA o u 0 II A II IA IV A V A V IA V II A II IB IV B V B V IB V II B 8 V II IB 10 IB II B 1 18 2 13 14 15 16 17 3 4 5 6 7 9 11 12 1 H ID R O G ÊN IO [1 ,0 07 ; 1 ,0 09 ] L i 3 LÍ TI O [6 ,9 38 ; 6 ,9 97 ] B e 4 S ím b o lo N úm er o at ôm ic o B ER ÍL IO 9, 01 2 N O M E M as sa a tô m ic a N a 11 SÓ D IO 22 ,9 9 M g 12 M A G N ÉS IO 24 ,3 1 K 19 PO TÁ SS IO 39 ,1 0 C a 20 C Á LC IO 40 ,0 8 R b 37 R U B ÍD IO 85 ,4 7 S r 38 E ST R Ô N C IO 87 ,6 2 C s 55 C ÉS IO 13 2, 9 B a 56 BÁ R IO 13 7, 3 F r 87 FR Â N C IO 22 3, 01 97 R a 88 R Á D IO 22 6, 02 54 S c 21 E SC Â N D IO 44 ,9 6 Y 39 ÍT R IO 88 ,9 1 57 – 7 1 LA N TA N ÍD EO S 89 – 1 03 A C TI N ÍD EO S T i 22 TI TÂ N IO 47 ,8 7 Z r 40 ZI R C Ô N IO 91 ,2 2 H f 72 H Á FN IO 17 8, 5 R f 10 4 RU TH ER FÓ RD IO 26 1, 1088 V 23 VA N Á D IO 50 ,9 4 N b 41 N IÓ B IO 92 ,9 1 Ta 73 TÂ N TA LO 18 0, 9 D b 10 5 D Ú B N IO 26 2, 11 41 C r 24 C R Ô M IO 52 ,0 0 M o 42 M O LI B D ÊN IO 95 ,9 6( 2) W 74 TU N G ST ÊN IO 18 3, 8 S g 10 6 SE A B Ó R G IO 26 6, 12 19 M n 25 M A N G A N ÊS 54 ,9 4 Tc 43 TE C N ÉC IO 97 ,9 07 2 R e 75 R ÊN IO 18 6, 2 B h 10 7 B Ó H R IO 26 4, 12 F e 26 FE R R O 55 ,8 5 R u 44 R U TÊ N IO 10 1, 1 O s 76 Ó SM IO 19 0, 2 H s 10 8 H Á SS IO 27 7 C o 27 C O BA LT O 58 ,9 3 R h 45 R Ó D IO 10 2, 9 Ir 77 IR ÍD IO 19 2, 2 M t 10 9 M EI TN ÉR IO 26 8, 13 88 D s 11 0 D A R M ST Á D IO 27 1 R g 11 1 R O EN TG ÊN IO 27 2 C n 11 2 C O PE R N ÍC IO 27 7 N i 28 N ÍQ U EL 58 ,6 9 P d 46 PA LÁ D IO 10 6, 4 P t 78 PL A TI N A 19 5, 1 C u 29 C O B R E 63 ,5 5 A g 47 PR A TA 10 7, 9 A u 79 O U R O 19 7, 0 Z n 30 ZI N C O 65 ,3 8( 2) C d 48 C Á D M IO 11 2, 4 H g 80 M ER C Ú R IO 20 0, 6 G a 31 G Á LI O 69 ,7 2 A l 13 A LU M ÍN IO 26 ,9 8 B 5 B O R O [1 0, 80 ; 1 0, 83 ] S i 14 SI LÍ C IO [2 8, 08 ; 2 8, 09 ] G e 32 G ER M Â N IO 72 ,6 3 A s 33 A R SÊ N IO 74 ,9 2 S b 51 A N TI M Ô N IO 12 1, 8 Te 52 TE LÚ R IO 12 7, 6 P o 84 PO LÔ N IO [2 08 ,9 82 4] A t 85 A ST A TO [2 09 ,9 87 1] I 53 IO D O 12 6, 9 B r 35 B R O M O 79 ,9 0 S e 34 SE LÊ N IO 78 ,9 6( 3) C l 17 C LO R O [3 5, 44 ; 3 5, 46 ] S 16 EN X O FR E [3 2, 05 ; 3 2, 08 ] P 15 FÓ SF O R O 30 ,9 7 F 9 FL Ú O R 19 ,0 0 N e 10 N EÔ N IO 20 ,1 8 H e 2 H ÉL IO 4, 00 3 A r 18 A R G Ô N IO 39 ,9 5 K r 36 C R IP TÔ N IO 83 ,8 0 X e 54 X EN Ô N IO 13 1, 3 R n 86 R A D Ô N IO [2 22 ,0 17 6] O 8 O X IG ÊN IO [1 5, 99 ; 1 6, 00 ] N 7 N IT R O G ÊN IO [1 4, 00 ; 1 4, 01 ] C 6 C A R B O N O [1 2, 00 ; 1 2, 02 ] In 49 ÍN D IO 11 4, 8 T l 81 TÁ LI O [2 04 ,3 ; 2 04 ,4 ] S n 50 ES TA N H O 11 8, 7 P b 82 C H U M B O 20 7, 2 L v 11 6 LI V ER M Ó R IO 29 3 F l N h M c Ts O g 11 4 FL ER Ó V IO 28 9 11 3 N IH Ô N IO 11 5 M O SC Ó V IO 11 7 TE N N ES SI N O 11 8 O G A N ES SÔ N IO B i 83 B IS M U TO 20 9, 0 L u 71 LU TÉ C IO 17 5, 0 L r 10 3 LA U R ÊN C IO [2 62 ,1 09 7] Y b 70 IT ÉR B IO 17 3, 1 N o 10 2 N O B ÉL IO [2 59 ,1 01 0] T m 69 TÚ LI O 16 8, 9 M d 10 1 M EN D EL ÉV IO [2 58 ,0 98 4] E r 68 ÉR B IO 16 7, 3 F m 10 0 FÉ R M IO [2 57 ,0 95 1] H o 67 H Ó LM IO 16 4, 9 E s 99 E IN ST ÊN IO [2 52 ,0 83 0] D y 66 D IS PR Ó SI O 16 2, 5 C f 98 C A LI FÓ R N IO [2 51 ,0 79 6] T b 65 TÉ R B IO 15 8, 9 B k 97 B ER Q U ÉL IO [2 47 ,0 70 3] G d 64 G A D O LÍ N IO 15 7, 3 C m 96 C Ú R IO [2 47 ,0 70 4] E u 63 EU R Ó PI O 15 2, 0 A m 95 A M ER ÍC IO [2 43 ,0 61 4] S m 62 SA M Á R IO 15 0, 4 P u 94 P LU TÔ N IO [2 44 ,0 61 4] P m 61 P R O M ÉC IO [1 44 ,9 12 7] N p 93 N ET Ú N IO [2 37 ,0 48 2] N d 60 N EO D ÍM IO 14 4, 2 U 92 U R Â N IO 23 8, 0 P r 59 PR A SE O D ÍM IO 14 0, 9 P a 91 PR O TA C TÍ N IO 23 1, 0 C e 58 C ÉR IO 14 0, 1 T h 90 TÓ R IO 23 2, 0 L a 57 LA N TÂ N IO 13 8, 9 A c 89 A C TÍ N IO [2 27 ,0 27 7] Ta b e la p e ri ó d ic a d o s e le m e n to s Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 82 5/17/18 4:17 PM REVISÃO Nome: Data: Turma:Escola: 83 Química – Termoquímica e Cinética química Capítulo 1 – Introdução à Termoquímica Capítulo 2 – Lei de Hess / Energia de ligação 1-2 H8 Identifi car etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos. 1. O gás de botijão (GLP) é uma mistura de duas substâncias, acondicionada dentro de cilindros no estado líquido. À medida que a válvula do fogão é aberta, o GLP em estado líquido começa a se transformar em vapor. Supondo que o GLP seja formado, exclusivamente, por propano (C 3 H 8 ), responda ao que se pede. a) Qual é o nome dado à mudança de fase que acontece no uso do GLP? Justifi que. b) Determine a entalpia-padrão da reação de combustão completa do propano. (Dados: Equação da combustão completa do propano: C 3 H 8(g) + 5O 2(g) w 3CO 2(g) + 4H 2 O (ℓ) ∆H0 = ?; entalpias-padrão de formação: Hf 0 ∆ C 3 H 8(g) = –103,9 kJ/mol Hf 0 ∆ CO 2(g) = –393,5 kJ/mol Hf 0 ∆ H 2 O (,) = –285,8 kJ/mol) c) Calcule a quantidade de calor liberado por um botijão com 13 kg de GLP, sabendo que a massa molar do propano é 44 g/mol. Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 83 5/17/18 4:18 PM 84 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. 2. No futuro, o hidrogênio pode se tornar uma alternativa promissora para a obtenção de energia. Ele é capaz de liberar uma quantidade de energia maior quando comparado a outros combustíveis, além de não produzir resíduos tóxicos após sua reação com o oxigênio. A seguir, são fornecidas as equações termoquímicas relativas a diferentes processos físicos e químicos. H 2(g) + 1 2 O 2(g) w H 2 O (,) ∆H = –68,4 kcal H 2 O (g) w H 2 O (,) ∆H = –10,5 kcal H 2 O (g) w O (g) + 2H (g) ∆H = +221 kcal O 2(g) w 2O (g) ∆H = +118,5 kcal a) Suponha que, em dois processos diferentes do uso de hidrogênio como combustível, seja produzida, em um deles, água no estado líquido e, em outro, água no estado gasoso. Qual dos processos será mais adequado para a obtenção de energia? Justifi que. b) Para que uma reação química aconteça, uma das condições é que ocorra a ruptura de ligações químicas das moléculas reagentes. Assim, para o uso de hidrogênio como combustível, qual é a energia necessária para a ruptura de um mol de ligações: b.1) no oxigênio molecular? b.2) no hidrogênio molecular? w w w + ∆+ ∆+ ∆+ ∆ ∆ = + + ∆ = + ∆ = ∆ + ∆ + ∆ + ∆ << << H∆ =HHH∆ = H H H∆ =H HH HH H∆ = ∆ +H HH HH H∆ + H H∆ +H HH HH H∆ + ∆ +H HH HH H∆ + H H 11 + ∆ 111 + ∆ 2 O HO HO H+ ∆O HO HO H+ ∆+ ∆O HO HO H+ ∆+ ∆O HO HO H+ ∆w+ ∆+ ∆+ ∆wO HO HO Hw+ ∆+ ∆O H+ ∆w O –+ ∆O –O –O –+ ∆+ ∆O –O –O –+ ∆ =O –O –O –= < O –O –O – < + ∆ <<< + ∆O –O –O –+ ∆ << O – < + ∆HO –O –O –H 68, 4 kcal H OH O H OH O 10,5 kcal H OH O O 2O 2+ ∆O 2O 2O 2+ ∆H+ ∆HHH+ ∆ 221 kcal OO 11 2 O –O –∆ =O –O –O –∆ =HO –O –O –H∆ =HHH∆ =O –O –O –∆ =HHO –H∆ = 59,25 kcal H 2wH 2H 2H 2w H 2(g) 2(2(O H2(2(2(O HO H2(2(2(O H+ ∆O HO HO H+ ∆2(2(2(+ ∆O HO H2(O H+ ∆+ ∆O HO HO H+ ∆2(2(2(+ ∆O HO H2(O H+ ∆g)g)O Hg)g)g)O H+ ∆O HO HO H+ ∆g)g)g)+ ∆O HO Hg)O H+ ∆2 (2 (+ ∆2 (2 (2 (+ ∆O –2 (2 (2 (O –O –2 (2 (2 (O –+ ∆O –O –O –+ ∆2 (2 (2 (+ ∆O –O –2 (O –+ ∆+ ∆O –O –O –+ ∆2 (2 (2 (+ ∆O –O –2 (O –+ ∆))O –)))O –+ ∆O –O –O –+ ∆)))+ ∆O –O –)O –+ ∆ 2 (2 (H O2 (2 (2 (H OH O2 (2 (2 (H O ) 2) 2w) 2) 2) 2w H O) 2) 2) 2H O(g(g) 2 (2 (H O2 (2 (2 (H OH O2 (2 (2 (H O g)g) (g(gO 2(g(g(gO 2O 2(g(g(gO 2) () (+ ∆) () () (+ ∆O 2) () () (O 2+ ∆O 2O 2O 2+ ∆) () () (+ ∆O 2O 2) (O 2+ ∆+ ∆HHH+ ∆) () () (+ ∆HH) (H+ ∆g)+ ∆g)g)g)+ ∆ (g(g) 2) 2) 2w) 2) 2) 2w 2 ) 2) 2) 2 2 O –) 2) 2) 2O –O –) 2) 2) 2O –(g(gO –(g(g(gO –)O –)))O – 2(H 22(2(2(H 2g)H 2g)g)g)H 2 (g) 1∆ =) 1) 1) 1∆ = ∆ +) 1) 1) 1∆ +H H) 1) 1) 1H H∆ =H HH HH H∆ =) 1) 1) 1∆ =H HH H) 1H H∆ = ∆ +H HH HH H∆ +) 1) 1) 1∆ +H HH H) 1H H∆ + 2 3∆ +2 32 32 3∆ +H H2 32 32 3H H∆ +H HH HH H∆ +2 32 32 3∆ +H HH H2 3H H∆ + ∆ +H HH HH H∆ +2 32 32 3∆ +H HH H2 3H H∆ + 4 Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 84 5/17/18 4:18 PM REVISÃO Nome: Data: Turma:Escola: 85 Química – Termoquímica e Cinética química Capítulo 3 – Cinética química I Capítulo 4 – Cinética química II 3-4 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentesformas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, ta- belas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. 1. Amostras de zinco metálico foram adicionadas a quatro soluções de ácido sulfúrico, em diferentes condições, ha- vendo dissolução total do zinco e liberação de hidrogênio gasoso. Os resultados obtidos foram colocados na tabela a seguir. Amostra Massa de zinco adicionada Tempo necessário para dissolução A 6,0 g 30 min B 1,2 g 6 min C 1,2 g 3 min D 1,5 g 3 min Em que amostra: a) a reação foi mais rápida? Justifi que. m t 6 30 0,2 ∆ ∆ = == = m t 1,2 6 0,2 ∆ ∆ = == = m t 1,2 3 0,4 ∆ ∆ = == = m t 1,5 3 0,5 ∆ ∆ = == = b) foi liberada maior quantidade de hidrogênio? Justifi que. O estudo cinético das reações originou o diagrama de energia a seguir. Energia Caminho da reação x a b c y Analisando o gráfi co, determine, em função de a, b e c, os valores de: c) variação de entalpia (∆H); Energia Caminho da reação x a E a b c y ∆H d) energia de ativação (E a ). Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 85 5/17/18 4:18 PM 86 H24 Utilizar códigos e nomenclatura da Química para caracteri- zar materiais, substâncias ou transformações químicas. 2. O nitrogênio atmosférico é assimilado naturalmente pela interação entre vegetais e bactérias, sendo fi xado no solo em diferentes espécies químicas. Industrialmente, a trans- formação do nitrogênio atmosférico em amônia é feita pelo processo Haber, que ocorre segundo a reação: N 2(g) + 3H 2(g) w 2NH 3(g) Em um estudo cinético para determinação da equação da velocidade da produção de amônia pelo processo Haber, foram obtidos os dados a seguir, para uma mesma tem- peratura. [N 2 ] mol/L [H 2 ] mol/L Velocidade (mol · L21⋅ min21) 0,03 0,01 4,2 ⋅ 10–5 0,06 0,01 1,7 ⋅ 10–4 0,03 0,02 3,4 ⋅ 10–4 Analisando os dados apresentados responda ao que se pede. a) Qual é a expressão da equação da velocidade? b) O que acontece com a rapidez da reação se duplicar- mos, simultaneamente, as concentrações de hidrogê- nio e nitrogênio? c) Qual é o valor da constante k nas condições experi- mentais estudadas? d) Qual é a velocidade da reação, em mol ⋅ L–1 ⋅ min–1, se as concentrações de H 2 e N 2 forem iguais a 0,01 mol ⋅ L–1? Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 86 5/17/18 4:18 PM Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala: 4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim. Escala de desempenho Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifi que seu desempenho geral no caderno e a recomendação feita a você. Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns conteúdos para reforçar o aprendizado. Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1. Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais. Procure refl etir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identifi car seus erros e corrigi-los. Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir. 87 Q U ÍM IC A Autoavaliação Introdução à Termoquímica 4 3 2 1 Entendeu como identifi car os fenômenos endotérmicos e exotérmicos? 4 3 2 1 Consegue classifi car e/ou identifi car se uma reação é ou não de formação? 4 3 2 1 É capaz de avaliar a efi ciência energética de um combustível em diferentes situações-pro- blema? Lei de Hess / Energia de ligação 4 3 2 1 Tem difi culdade para determinar a variação de entalpia de um processo a partir da análise de um diagrama de entalpia? 4 3 2 1 Está preparado para executar a lei de Hess usando qualquer tipo de informação fornecida em um exercício? 4 3 2 1 Compreendeu como é estimada a quantidade de calor em uma reação usando as ener- gias de ligação envolvidas no processo? Cinética química I 4 3 2 1 Consegue perceber a relação estequiométrica que envolve a rapidez de uma reação entre reagentes e produtos? 4 3 2 1 É capaz de distinguir uma colisão efetiva de uma colisão não efetiva? 4 3 2 1 Percebeu como os catalisadores são capazes de acelerar uma reação química? Cinética química II 4 3 2 1 Identifi ca que fator está infl uindo na rapidez de uma reação química? 4 3 2 1 Sabe dizer, entre diversos procedimentos diferentes, qual seria capaz de deixar a reação química mais rápida? 4 3 2 1 Calcula com facilidade os expoentes da lei da velocidade da reação usando qualquer tipo de informação fornecida? Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 87 5/17/18 4:18 PM 88 Revise seu trabalho com este caderno. Com base na autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: aquilo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Conclus‹o Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy, Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata Edição e diagramação: Texto e Forma Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira, Carlos Eduardo de Macedo, Mayara Crivari Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama, Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma Arte: Daniela Amaral (ger.), Leandro Hiroshi Kanno (coord.), Daniel de Paula Elias (edição de arte) Iconografi a: Sílvio Kligin (ger.), Denise Durand Kremer (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfi ca) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Thiago Fontana (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto, Catherine Bonesso, Maria Favoretto e Tamara Queiróz (licenciamento de textos), Erika Ramires, Luciana Pedrosa Bierbauer e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Ilustrações: Flávio Ribeiro e Luís Moura Cartografi a: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte), Ericson Guilherme Luciano Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfi co) Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro São Paulo – SP – CEP 04755-070 Tel.: 3273-6000 © SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ético Sistema de Ensino : ensino médio : livre : química : cadernos 1 a 12 : aluno / obra coletiva : responsável Renato Luiz Tresolavy. -- 1.ed. -- São Paulo : Saraiva, 2019. Bibliografi a. 1. Química (Ensino médio) I. Tresolavy, Renato Luiz. 18-12930 CDD-540.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Química : Ensino médio 540.7 2019 ISBN 978 85 5716 167 2 (AL) Código da obra 2150133 1a edição 1a impressão Impressão e acabamento Uma publicação 627403 Et_EM_2_Cad6_QUI_c04_59a88.indd 88 5/17/18 4:17 PM