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e-Book 2 Eduardo Soares Benjamin GESTÃO DE PROJETOS E PROCESSOS DE TI Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3 MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIO � 4 MODELAR NEGÓCIOS ATRAVÉS DA TÉCNICA BPMN �������������������������������������������40 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS ��������������������������������������������50 3 INTRODUÇÃO Você já sabe a diferença entre processo e projeto, não é mesmo? Pode parecer que não, mas essa diferenciação de conceitos é fundamental para o aprendizado do que vem pela frente. Igualmente importante é o levantamento de infor- mações sobre os processos e o levantamento de requisitos sobre o projeto. Neste módulo, vamos tratar disso e também estudar como fazer a mo- delagem desses dados. O que é modelagem? Como implementá-la? Quais são as diferenças entre Diagrama, Mapa e Modelos de Processos? Quais ferramentas podemos usar para fazer a modelagem de dados e como usar o BPMN (Business Process Model and Notation)? Vamos descobrir tudo isso e muito mais? 44 MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIO A modelagem de processos de negócio está se adequando às realidades impostas pelos dias atu- ais. Ao modelar dados de um processo, devemos ter a preocupação de fazê-lo levando-se em conta a forma como os clientes e os interessados no ne- gócio se relacionam com as tecnologias de ponta que os cercam. Os negócios, hoje em dia, estão inseridos em uma estrutura de dados gigantesca, com informações sendo extraídas de grandes re- positórios de dados que, certamente, você já deve ter ouvido falar: Big Data, Data Warehouse, Data Mining, entre outros. Toda essa capacidade, aliada às diversas ferramentas tecnológicas, resultará nas transformações não somente dos negócios, mas também das ferramentas que os ancoram. Se bem estudada e elaborada, a modelagem de processos pode suportar não apenas essa enormi- dade de informações como também tirar proveito disso, baseando-se nos processos de modelagem, desenho, execução e transformação de processos de negócio. Modelar processos, de maneira geral, não é uma coisa muito simples. Na verdade, precisamos de algumas competências e habilidades. Primeiramen- 55 te, se faz necessária a perfeita compreensão do processo e de todos os seus componentes, com uma visão holística do negócio do cliente. A partir dessa compreensão, precisamos de habilidades técnicas para comunicar e gerenciar todos esses componentes. Conforme define o Guia BPM CBOK, modelagem de processos de negócio é o conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de processos de negócio existentes ou propostos. Pode prover uma perspectiva ponta a ponta ou uma porção dos processos primários, de suporte ou de gerenciamento. (BPM CBOK, 2013) A modelagem é baseada em uma representação gráfica – que, como objetivo, representa o proces- so que está sendo modelado de maneira clara e precisa – de todos os seus componentes, a forma como esses componentes se relacionam, e os seus objetivos para a entrega de valor ao cliente. O nível de detalhamento da modelagem depende de uma só coisa: o entendimento do negócio. Cada negócio tem o seu grau de complexidade e imputa aos seus componentes esse grau. A partir daí, podemos ter situações de modelagem com diagramas mais simples em alguns casos e mais complexos em outros. 66 Por que usar modelos? Um modelo é uma representação simplificada de algo, como um produto, um processo, ou um ne- gócio, por exemplo. Temos o emprego do uso de modelo em diversas circunstâncias e com diversos propósitos. Podemos ter um modelo que permite representar, com maior ou menor precisão, o com- portamento de um processo. O modelo incorpora apenas as características consideradas importan- tes para a descrição do processo, selecionadas intuitivamente, por conveniência matemática, ou mesmo por observação e entendimento de todas as etapas de um processo. De modo geral, o pro- pósito de um modelo é simplificar uma atividade para que ela possa ser analisada e compreendida. Figura 1: Tipos de modelos e onde podem ser aplicados. Matemáticos Gráficos Físicos Narrativos Tipos * ou combinados Aplicação nos ambientes de negócio Organização (estruturação) Descoberta (aprendizagem) Previsão (estimativas) Medição (quantificação) Explicação (ensino, demonstração) Verificação (validação) Controle (restrições, objetivos) Modelos Fonte: elaborado pelo autor 77 Os processos de negócio são peculiares e, ao serem modelados, carregam essas peculiaridades para suas representações de modelos. Essas representações, portanto, podem ter diferentes níveis de abstração e detalhes. Não podemos esquecer que a modelagem de processos deve atender aos mais diversos públicos e propósitos. Elementos da modelagem de processos Um modelo de processos utiliza, como elemento básico e principal, os ícones. Esses ícones po- dem representar: atividades, eventos, decisões, condições e outros elementos do processo. Um modelo de processos pode conter ilustrações e informações sobre: y Os ícones (que representam quais são os ele- mentos do processo) y Os relacionamentos que existem entre esses ícones y Os relacionamentos desses ícones com o ambiente (interface) y Como os ícones se comportam ou o que exe- cutam (face aos eventos dos processos) FIQUE ATENTO 88 Diagrama, mapa ou modelo de processos Os termos diagrama de processos, mapa de processos e modelo de processos – que muitos acreditam ser a mesma coisa e outros acreditam ser sinônimos –, na verdade, servem para mostrar o nível do estágio do desenvolvimento do trabalho de modelagem. Cada uma dessas representações contribui muito para o entendimento do processo e, a partir daí, para a sua análise e desenho. 99 Figura 2: Diagrama X Mapa X Modelo. Diagrama Mapa + + Modelo A B B C D E F Fonte: Guia BPM CBOK (2013) 1010 Vamos compreender o objetivo de cada um. Tabela 1: As diferentes formas de representar um processo. Representação Objetivo Diagrama Mostrar somente os principais elementos de um fluxo de processo; não entra em detalha- mentos do workflow. Por analogia, podería- mos, em uma atividade empresarial como PCP (Planejamento e Controle de Produção), mostrar por quais setores da empresa o produto passa para ser produzido, mas sem especificar a qual transformação o produ- to passa em cada setor. Este é o papel do diagrama do processo: identificar e entender as principais atividades do processo. Mapa Mostrar uma visão mais detalhada, mas somente dos principais componentes do processo. No mapa encontramos mais in- formações e detalhes sobre o processo que o torna mais preciso do que um diagrama. Foca o processo e como este se relaciona com os atores, eventos e resultados. Modelo Esta representação é mais sofisticada porque mostra um determinado estágio de um negócio ou estado do negócio e quais os recursos envolvidos. Esses recursos são os insumos necessários para que o negócio funcione, tais como os recursos humanos, de infraestrutura, de tecnologias envolvidas, a parte financeira, etc. A representação do modelo é mais detalhada, por isso, necessi- ta de mais informações sobre o processo, os seus elementos e como eles interagem e afetam o seu comportamento. Fonte: elaborado pelo autor 1111 Compare as diferenças entre Diagrama ou Mapa de processo e Modelo de processos: Tabela 2: Diferença entre diagrama, mapa e modelo. Diagrama ou Mapa de processo Modelo de processos Notação ambígua Convenção padronizada da notação Baixa precisão Tão preciso quanto necessário Menos detalhado Mais detalhado Ícones (representando componentes do processo) “inventados” ou vagamente definidos Ícones objetivamente defini- dos e padronizados Relacionamentos dos ícones retratados visualmente Relacionamentos dos ícones definidos e explicados em anotações, glossário do mo- delo de processose narrativas de processo Limitado a representar ideias simples ou um contexto de alto nível Pode representar a complexi- dade adequada Limitado a retratar um mo- mento específico da realidade Pode crescer, evoluir e amadurecer Pode ser criado com fer- ramentas simples de diagramação Deve ser criado com a ferra- menta adequada ao objetivo Simples de utilizar, mas não permite explorar a informação de forma detalhada Pode fornecer simulação manual ou automatizada do processo Difícil de conectar com outros modelos existentes Ligações verticais e horizon- tais, mostrando relaciona- mentos entre os processos e diferentes níveis de processo 1212 Utiliza estruturas comuns de gerenciamento de arquivos Utiliza repositório de modelos relacionados e suportado por BPMS Apropriado para certas captu- ras rápidas de ideias Apropriado para qualquer nível de captura de processos, análise e desenho Não é adequado para importa- ção por um BPMS Pode ser importado por um BPMS Fonte: Guia BPM CBOK (2013) Modelos estatísticos x Modelos dinâmicos y Estáticos → à representam um estado único de um processo de negócio ou alguns elementos. y Dinâmicos → à permite interação com um ator de processo ou os que mostram o desenvolvimento de uma tendência, ao longo do tempo. Componentes de processos e ferramentas de modelagem Os componentes dos processos podem ser identifi- cados e estudados a partir de suas características. Como os componentes se comportam durante a execução de um processo específico e quais os seus objetivos: para que e por que os processos existem. 1313 Figura 3: Componentes de um processo. Componentes de processos Características Comportamento Objetivos Fonte: elaborado pelo autor As ferramentas de modelagem são normalmente utilizadas para entender o processo e, a partir daí, poder identificar e catalogar os seus componentes e as informações associadas a esses componentes com o propósito de organizar, analisar e gerenciar o portfólio de processos da organização. Há uma enormidade de ferramentas com esses objetivos: capturar os elementos de um processo, modelá-los e estudá-los. Elas variam em números, em tipos de componentes, e a forma que podem ser utilizados para representar os processos nos diversos níveis e estágios necessários para sua compreensão e o seu entendimento. É imprescindível ficar muito atento à escolha da ferramenta de modelagem, pois, na medida em que a modelagem dos processos de negócio vai avançando com base na análise e melhor enten- dimento da análise do negócio, a modelagem 1414 tende a crescer com relação ao seu escopo e à sua complexidade. É importante destacar alguns dos componentes e algumas informações presentes nos processos de modo em geral. Figura 4: Componentes em processos de modo geral. R e g r a s Distribuições Organização Eventos Custos Valor Agregado Agrupamento Dados Informação Regras de decisão Probabilidades Regras de junção Sequenciamento Tempo de Espera Tempo de Trabalho Tempo de Manuseio Tempo de Transmissão Nº pessoas disponíveis para o trabalho Padrões de chegada Entrada Processos Saídas Resultados R e g r a s Fonte: elaborado pelo autor 1515 Notações da Modelagem de Processos Uma notação é uma ação que tem o propósito de representar algo por sinais previamente conven- cionados. Normalmente, se utiliza um conjunto de sistema de símbolos e abreviações para representar determinado assunto e torná-lo mais compreensível. Conforme definição do Guia BPM CBOK, notação é “um conjunto padronizado de símbolos e regras que determinam o significado desses símbolos”. A notação de modelagem de processos de negócio inclui dois conjuntos de símbolos importantes: y ícones (figuras) y conectores (mostram o relacionamento entre diversos componentes de processos de negócio) Como destacado anteriormente, existem diversos padrões de notação de modelagem e fazer a me- lhor escolha dentre as opções disponíveis não é uma tarefa fácil. Ao fazer a escolha da ferramenta ideal, alguns aspectos de funcionalidades devem ser considerados. 1616 Figura 5: Funcionalidades necessárias nas Fer- ramentas de Modelagem de Processos. Entre as diversas ferramentas Atender a modelagem Conjunto de símbolos, linguagem e técnicas comuns para que as pessoas possam se entender e comunicar Consistência em forma e significado dos modelos de processos resultantes Importação e exportação de modelos de processos entre diferentes ferramentas Geração de aplicações a partir de modelos de processos Precisa ter Fonte: elaborado pelo autor O Guia BPM CBOK apresenta algumas dessas ferramentas e uma breve descrição de suas funcionalidades. Tabela 3: Notações de Modelagem de Processos. Notação Descrição BPMN (Business Process Model and Notation) Padrão criado pelo Object Management Group, útil para apresentar um modelo para públicos-alvo diferentes. Fluxograma Originalmente aprovado como um padrão ANSI (American National Standards Institute), inclui um conjunto simples e limitado de símbolos não padronizados; facilita entendi- mento rápido do fluxo de um processo. 1717 EPC (Event-driven Process Chain) Desenvolvido como parte da estrutura de trabalho ARIS, considera eventos como “gatilhos para” ou “resultados de” uma etapa do processo; útil para modelar conjuntos complexos de processos. UML (Unified Modeling Language) Mantido pelo Object Manage- ment Group, consiste em um conjunto-padrão de notações técnicas de diagramação, orientado à descrição de requisitos de sistemas de informação. IDEF (Integrated Definition Language) Padrão da Federal Information Processing Standard dos EUA que destaca entradas, saídas, mecanismos, controles de processo e relação dos níveis de detalhe do processo supe- rior e inferior; ponto de partida para uma visão corporativa da organização. Value Stream Mapping Do Lean Manufacturing, con- siste em um conjunto intuitivo de símbolos usado para mos- trar a eficiência de processos por meio do mapeamento de uso de recursos e elementos de tempo. Fonte: Guia BPM CBOK (2013) Fluxograma O Guia BPM CBOK apresenta o seguinte entendi- mento para fluxograma: Fluxogramas têm sido utilizados por décadas e são baseados em um conjunto simples de símbolos 1818 para operações, decisões e outros elementos de processo. A notação para o mapeamento de fluxo mais comum foi aprovado como um padrão ANSI em 1970 para representar fluxos de sistemas. Outras notações de fluxogramas têm sido utilizadas por engenheiros industriais com símbolos diferentes e esquemas para mapeamentos industriais específi- cos. Fluxogramas são usados para descrever o fluxo de materiais, papéis e trabalho ou a colocação de máquinas, análise de saídas e entradas em centros de expedição. (BPM CBOK, 2013) Observe exemplos de fluxogramas abaixo: Figura 6: Fluxograma com símbolos simples. Início Símbolo de Input típico Passo de processo 1 Documento Ponto de Decisão Passo de processo 2 Passo de processo Alternativo 1 Referente a uma sub-rotina Final Fonte: Guia BPM CBOK (2013) 1919 Figura 7: Fluxograma com vários símbolos. Fonte: Guia BPM CBOK (2013) EPC (Event-driven Process Chain) O Guia BPM CBOK apresenta o seguinte entendi- mento para o diagrama baseado em Event-driven Process Chain (EPC): EPC varia do muito simples ao mais complexo e descreve eventos desencadeantes ou resultantes de uma etapa do processo, chamada de “função”. Assim, o fluxo é normalmente evento-função-evento. EPC se baseia em operadores lógicos E, OU e OU EXCLUSIVO chamados regras. Regras expressam decisões, testes, paralelismo e convergência no fluxo de processo. Um EPC simples consiste de apenas esses objetos e mais setas que definem suas relações. (BPM CBOK, 2013) 2020 Figura 8: Exemplo de fluxo com EP. Customer order received Check availability Employee Articles Articles need to be produced Purchase material Make productionplan Material available XDR XDR Articles available Ship order Order shipped Ship bill Produce articles Finish production Customer order completed Plan available < < Fonte: Guia BPM CBOK (2013) 2121 UML (Unified Modeling Language) O Guia BPM CBOK apresenta o seguinte entendi- mento para o diagrama baseado em UML: A UML fornece um conjunto-padrão de técnicas de diagramação e notações para descrever requi- sitos de sistemas de informação. Embora a UML seja usada para análise e desenho de sistemas, algumas organizações também usam o diagrama de atividades da UML para modelar processos de negócio. A UML é mantida pelo OMG, o mesmo grupo que mantém a BPMN. Tem um Conjunto de técnicas de diagramação e notações relacionadas, descreve relacionamentos laterais e de pai-filho. O seu conjunto de símbolos varia de acordo com o tipo de modelo. (BPM CBOK, 2013) Figura 9: Exemplo de Diagrama UML. Start Enter Client ID Find Client Display Client Into [continue] Find Reservation Request Located Requested Auto [enter new client] [client not found] [client found] [auto available] Uptade Changes [cancel] [continue] Canceled Display “New Total” Uptade Auto Invetory Display “Inventory Updated” Print Recept [request not found] [auto not available] [reservation found] End Prompt to Continue Display Error “Request Not Found” Display Error “Auto Not Available” Prompt to Continue Fonte: Guia BPM CBOK (2013) 2222 IDEF (Integrated Definition Language) O Guia BPM CBOK apresenta o seguinte entendi- mento para o diagrama baseado em IDEF: IDEF é um padrão federal de processamento de informação (FIPS – Federal Information Processing Standard) desenvolvido pela Força Aérea dos EUA. É uma notação e técnica que faz parte da metodo- logia para definir processos de trabalho e sistemas de informação em ambientes de manufatura. Foi utilizado e disponibilizado em várias ferramentas de modelagem e agora é de domínio público. (BPM CBOK, 2013) A notação emprega um conjunto simples de sím- bolos, consistindo de caixas de processo com setas, mostrando entradas, saídas, controles e mecanismos. Apesar de cada nível do modelo ser lido da esquerda para a direita e de cima para baixo, o sistema de numeração usado para a maioria dos passos é representado de forma a possibilitar fácil associação entre níveis de pais e filhos de decomposição no processo. Sendo assim, uma caixa de processo A1.3 é interpretada como um processo-filho de um diagrama-pai A1. Cada nível consecutivo de decomposição usa outro ponto decimal para continuar a rastreabilidade de descendência. 2323 Figura 10: Exemplo de Diagrama IDEF0. Borrower Information Bocks Checked h Borrower Subsystem Check-Out/In Subsystem Honor Reserve Requests Reserve Subsystem Mailing Ponding Form Letter Subsystem Borrower Data Check Out Check In ReserveRequest Daily Batch Cycle Borrower Data A1.1 New Application A1.2 A1.3 A1.4 Inventory and Location Adjusts Books Checked Out ( ) Fonte: Guia BPM CBOK (2013) Value Stream Mapping (Mapeamento do fluxo de valor) O Guia BPM CBOK apresenta o seguinte entendi- mento para o diagrama baseado em VSM: Mapeamento do fluxo de valor (Value Stream Mapping) é uma técnica utilizada em Lean. Não devendo ser confundido com notação de cadeia de valor (Value Chain notation), o mapeamento do fluxo de valor expressa o ambiente físico e o fluxo de materiais e produtos. Na Toyota, onde se originou, a técnica é conhecida como ‘mapeamento de fluxo de materiais e informações’ (Material and Information Flow Mapping). O mapeamento do fluxo de valor 2424 é utilizado para adicionar custos de recursos do processo e elementos de tempo em um modelo de processos para incorporar uma visão da eficiência do processo. (BPM CBOK, 2013) Figura 11: Exemplo de Diagrama Mapeamento de Fluxo de Valor. Manufacturing Management Production Supervisor Customer Monthly Forecast Weekly Orders 2.500 Monthly Forecast = 11.000 Weekly Orders 2.500 Daily Communication 500 needed each day Weekly Supplier 2,500 Machine 1 operator 1 operator Assemble 2 operators Test 1 operator Package 1 operator Ship 500 2,000 2,0002,0002,5001,500 5 days 3 days 6 days 4 days 4 days 4 days 45 seconds 40 seconds 15 seconds 20 seconds 20 seconds Non-value-added time = 26 days Value-added time = 140 seconds Weekly Daily Component Mounting Fonte: Guia BPM CBOK (2013) Raias de piscina (Swim lanes) O Guia BPM CBOK apresenta o seguinte entendi- mento para o Diagrama baseado em Raias: Raias de piscina não representam uma notação específica, mas uma construção útil para outras notações. Introduzidas por Rummler and Brache2, 2525 raias são um complemento a ‘caixas e setas’ que representam como os fluxos de trabalho cruzam funções ou transferem o controle de um papel para outro. Realizado por meio da utilização de linhas dispostas horizontal ou verticalmente (raias), repre- sentam uma área funcional, papel ou, em alguns casos, organização externa. Essas linhas lembram as faixas de marcação em piscinas de natação. Ao organizar o fluxo de atividades e tarefas entre essas linhas é mais fácil visualizar handoffs no trabalho, um aspecto-chave da análise de processos de Rummler-Brache que se concentra em minimizar e gerenciar handoffs. Raias de piscina são muitas vezes incorporadas no BPMN, EPC, UML ou fluxogra- mas como meio para definir o executor responsável pela realização de uma ou mais atividades. (BPM CBOK, 2013) As raias representam executores ou combinações de executores e podem indicar papéis, organizações, sistemas ou qualquer outro executor ou ainda uma combinação deles. 2626 Figura 12: Exemplo de Diagrama de Raias. Montar protótipo do produto Aquisição de produto novo Verificar regra de alçadas para compras Recebe ordem de compra Revisar especificação e aprovar compra Programar compra Provisionar despesa e aprovar compra Informar programação da comp ra Compra com valor expressivo En ge nh ar ia Co m pr as Ad m in is tra çã o Ad qu ire m at er ia l p ar a te st e em p ro tó tip o de p ro du to Fonte: Guia BPM CBOK (2013) SIPOC (Supplier, Input, Process, Output, and Customer) O Guia BPM CBOK apresenta o seguinte entendi- mento para o diagrama baseado em SIPOC: SIPOC é sigla para Supplier, Input, Process, Output, and Customer. É um estilo de documentação de pro- cessos utilizado em Lean Six Sigma. Não há padrão ou conjunto de notação preferida e essa técnica pode ser aplicada por meio do preenchimento de uma tabela com os elementos que compõem a sigla. O modelo SIPOC é aplicado com mais frequência em situações em que é necessário obter um consenso sobre quais aspectos de um processo devem ser estudados. (BPM CBOK, 2013) 2727 Figura 13: Exemplo de Diagrama SIPOC. FORNECEDORES ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS CLIENTE Fornecedor Produto Área Comercial Área do Contas a Pagar Área de Contas a Pagar NF Dados Cadastrais Nota Fiscal recebida Nota Fiscal validada Nota Fiscal lançada Receber Nota Fiscal Validar Nota Fiscal Lançar Nota Fiscal no Sistema Pagar a Nota Fiscal Nota Fiscal OK Recebida Nota Fiscal validada com Inconsistência Nota Fiscal Agendada no Contas a Pagar Nota Fiscal Liquidada no vencimento Área Comercial Área de Contas a Pagar Área de Contas a Pagar Fornecedor de Peças S I P O C Fonte: elaborado pelo autor Business Process Model and Notation (BPMN) A notação BPMN é uma notação de modelagem que tem o objetivo de, por meio de símbolos, es- quematizar e comunicar visualmente processos no contexto do BPM. Foi criada e aprimorada pela Business Process Management Initiative que, pos- teriormente, se incorporou ao Object Management Group, uma associação internacional aberta e sem fins lucrativos, fundada em 1989. A BPMN foi criada para especificar um padrão, uma linguagem comum para modelagem de processos de negócios. 2828 Essa notação,entre outras, traz um conjunto robusto de símbolos para modelagem de diferen- tes aspectos de processos de negócio. Como na maioria das notações, os símbolos descrevem relacionamentos claramente definidos, tais como fluxo de atividades e ordem de precedência. Figura 14: Fluxo Simples BPM. Verificar o perfil do cliente Fornecer as melhores vantagens Fornecer vantagens básicas Oferecer novos produtos Efetivar a operação de crédito Receber a solicitação de crédito Informar resultados da operação Cliente possui aplicação Cliente possui cartão platina X X Fonte: Guia BPM CBOK (2013) Como você pode observar na imagem acima, o que a ferramenta para modelagem de processos BPMN faz é representar cada ação com um sím- bolo. Para representar os elementos que definem o comportamento do processo, temos os símbolos referentes a: y Objetos de fluxo y Objetos de conexão y Raias (swim lanes) y Artefatos Esses elementos, por sua vez, também são dividi- dos para gerar um desenho de modelagem mais completo e de mais fácil leitura e compreensão. 2929 Os objetos de fluxo são os principais elementos iconográficos usados para definir o comportamento de um processo de negócios. Figura 15: Elementos de Objeto de fluxo. Objeto de fluxo Atividade Evento Gateways Fonte: elaborado pelo autor Os objetos de conexão permitem que os objetos de fluxo, aqueles que mostram onde as atividades são realizadas, quando uma ação é disparada e qual o fluxo que o processo segue, sejam conectados. Figura 16: Elementos de Objeto de conexão. Objeto de fluxo Atividade Evento Gateways Fonte: elaborado pelo autor 3030 Existem duas formas de agrupar os elementos de modelagem por meio das raias ou swim lanes. Figura 17: Elementos de Raias ou Swim lanes. Raias ou swim lanes Raias Representam processos e participantes no processo No m e Cada piscina possui várias raias, que simbolizam os papeis, áreas e responsabilidades no processo N om e Raia N om e Raia Raias ou swim lanes Fonte: elaborado pelo autor Os artefatos são utilizados para fornecer infor- mações adicionais sobre o processo. E acabam trazendo mais informações, documentações, para a modelagem, e isso é bom. Figura 18: Elementos de Artefato. Grupos Anotações de texto Ree mais de uma tarefa em um mesmo grupo, indicando que esses elementos estão relacionados, simbolizado por retângulo tracejado Espécie de “lembrete” ou uma informação adicional que poderá facilitar a realização de uma determinada ação, simbolizado por um com uma linha pontilhada Artefatos Fonte: elaborado pelo autor Na notação BPMN, o modelo a ser estudado é dividido em várias linhas paralelas, que são 3131 chamadas de raias (Swim lanes). Para cada raia definimos um papel desempenhado por um ator na realização do trabalho, normalmente executado em um determinado local da empresa, como um setor ou departamento. Sabemos que, nesse setor ou departamento, o trabalho realizado move-se de atividade para atividade e isso é representando no BPMN por meio do fluxo dos serviços pelas raias. O modo como os modelos em BPMN são criados deve atender aos padrões corporativos definidos pela a empresa. Esses padrões definem como as raias são apresentadas (papel), em qual nível as atividades serão detalhadas, e quais os dados a serem coletados na modelagem. Figura 19: Modelagem de dados baseados em BPMN. BPMN Ícones organizados em conjuntos descritivos e analíticos para atender a diferentes necessidades de utilização Notação permite indicação de eventos de início, intermediário e fim; fluxo de atividades e mensagens; comunicação intranegócio e colaboração internegócio Para apresentar um modelo de processos para públicos-alvo diferentes Para simular um processo de negócio com um motor de processo Para gerar aplicações em BPMS a partir de modelos de processos Principais Características Quando usar Fonte: Guia BPM CBOK (2013) 3232 Figura 20: Modelagem de dados baseados em BPMN. BPMN Uso e entendimento difundido em muitas organizações Versatilidade para modelar as diversas situações de um processo Exige treinamento e experiência para uso correto do conjunto completo de símbolos Dificulta visualização do relacionamento entre vários níveis de um processo Diferentes ferramentas podem ser necessárias para a poiar diferentes subconjuntos da notação Vantagens Desvantagens Suportado por ferramentas BPMS Fonte: Guia BPM CBOK (2013) Atenção aos principais símbolos Business Process Model and Notation (BPMN) Figura 21: Os símbolos mais usados na modelagem de processos. Conectores: elementos de ligação da sequência dos fluxos de trabalho. Principais Símbolos BPMN Atividades: representam o trabalho que será realizado.Atividades: representam o trabalho que será realizado. Gateways: mostram a ramificação e a reunião do fluxo de tarefas. Eventos: indicam eventos exteriores ao processo que o influenciam. Fonte: Guia BPM CBOK (2013) 3333 Principais símbolos Business Process Model and Notation (BPMN) Conectores (Conectam, ligam os diferentes ele- mentos do BPMN). Fluxo de sequência das atividades Fluxo de Mensagens Associação de artefatos e elementos do fluxo Atividades (Tarefas que devem ser executadas; podem apresentar pequenos símbolos BPMN no canto superior esquerdo do retângulo). Tarefa Simples: representa um trabalho realizado no processo Tarefa de serviço: representa Web Service ou uma aplicação automatizada Tarefa de envio de mensagem: envia uma mensa- gem para outra piscina ou processo Tarefa de recebimento de mensagem: aguarda o recebimento de uma mensagem a partir de outra piscina ou processo Tarefa manual: representa uma tarefa realizada por uma pessoa que não utiliza um sistema de workflow 3434 Tarefa de usuário: representa o trabalho realiza- do por um usuário de um sistema conectado ao engine de workflow Tarefa de script: executa uma sequência de co- mandos utilizando o próprio motor de processos Tarefa de regra de negócio: aciona uma regra de negócio que retorna um valor para comparação Gateways (Controlam, são decisores. Analisam as iterações, as repetições do workflow, permitindo a criação de caminhos alternativos ou paralelos na modelagem do processo, ou mesmo unificando os fluxos para que eles continuem em uma mesma sequência de atividades). Exclusivo: quando o fluxo segue por apenas um dos caminhos de saída. O fluxo do processo só irá seguir um único determinado caminho se – e somente se – as condições estabelecidas forem satisfeitas. Paralelo: no momento em que o fluxo se divide em outros que ocorrem em paralelo. Permite que várias atividades possam ser iniciadas ao mesmo tempo e para diferentes pessoas ou diferentes papéis. 3535 Inclusivo: o fluxo segue por uma condição inclu- siva, ou seja, para cada fluxo de sequência de saída é avaliada uma fórmula e testada, se o valor retornado for verdadeiro, o caminho é ativado (booleano). Funciona como a mistura da paralela com a exclusiva, permitindo o fluxo seguir vários caminhos simultaneamente e aplicando uma vali- dação de condições nesses caminhos. Complexo: controla condições complexas de divergência e também convergência. Intermediário exclusivo baseado em eventos: usado sempre para dividir o fluxo iniciando um processo devido à ocorrência exclusiva de múl- tiplos eventos. É muito usado para receber uma mensagem a partir de outra piscina. Inicial exclusivo baseado em eventos: usado sem- pre para dividir o fluxo iniciando um processo devi- do à ocorrência exclusiva de múltiplos eventos. Inicial paralelo: usado para iniciar um processo a partir de vários eventos. Nesse caso, todos os eventos devem ocorrer para que seja gerada a instância do processo. 3636 Eventos (É um acontecimento dentro do processo que causa, de certa maneira, um impacto no seu fluxo. O evento é toda ocorrência no processo que, de alguma forma, tem o poder de influenciar outroselementos e eventos da cadeia desses processos). Figura 22: Os tipos de Eventos. EVENTOS Poderemos considerá-los como pontos de partida de algum acontecimento dentro de um processo. São aqueles que não representam a situação final, mas que já mostram mudanças no processo, se comparado ao evento de início. Fim Intermediários Início São aqueles que não representam a situação final, mas que já mostram mudanças no processo, se comparado ao evento de início. Fonte: elaborado pelo autor 3737 Eventos de início Início de processo simples. Normalmente é utilizado para representar o início manual de um processo. O processo é iniciado com a chegada de uma mensagem enviada por outro processo. Tempo: o processo é iniciado por uma condição de tempo. Condicional: uma condição lógica determina o início do evento. Sinal: um sinal vindo de outro processo inicia este processo. Múltiplo: um de muitos eventos possíveis inicia o processo. Múltiplo paralelo: múltiplos eventos devem ocorrer para iniciar o processo. 3838 Eventos intermediários Intermediário (genérico): quando um evento não possui uma ação definida. Ainda assim, represen- ta na modelagem do processo uma mudança de estado. Mensagem: pode ser utilizado para troca de men- sagens entre duas piscinas. Utilizado em envio e recebimento de e-mails, chamadas de serviços de internet. Temporizador: pode ser utilizado como um evento de borda (um evento definido para ocorrer durante uma tarefa específica). Na modelagem, se utiliza- do na borda de uma atividade, o evento intermedi- ário de timer representa que, enquanto a atividade estiver em execução, o evento poderá acontecer e, nesse caso, o fluxo desenhado a partir do evento será executado. Link: é utilizado para representar graficamente uma continuidade de um fluxo de sequência. Sinal: é um tipo de evento de escopo global. Por quê? O evento sinal é entregue a todos os mani- puladores ativos, os que estão esperando para capturar um evento de sinal. É utilizado para fins de broadcast em um sinal de evento de borda. Condicional: utilizado como evento de borda, para modificar o fluxo normal, ou fora de tarefas para representar uma restrição. Paralelo: parecido com os eventos condicional e timer, mas permite conter vários intermediários, onde todos os itens contidos devem ser atendidos para que o paralelo seja disparado. Múltiplo: muito parecido com o paralelo, entre- tanto, dispara o evento quando apenas um dos intermediários contidos for atendido. 3939 Eventos de fim Fim (genérico): marcação do fim do processo. Múltiplo: é formado por vários outros finalizado- res. Indica que serão todos executados ao término do processo. Mensagem: ao finalizar um determinado processo executa um lançamento de mensagem que pode ser utilizado para troca de mensagens entre duas piscinas. < Escalação: ao finalizar o processo, envia uma mensagem de escalação para que eventos de cap- tura iniciem fluxos complementares. Escalação são eventos que fazem referência a um escalona- mento nomeado. Eles são usados principalmente para se comunicar de um subprocesso para um processo superior. Sinal: envia um broadcast (para todos) de sinal para que outros processos iniciem fluxos por meio de iniciadores de sinal ou eventos intermediários de captura de sinal. Erro: finaliza o processo e envia um sinal de erro para tratamento por um subprocesso de erros. Encerramento: finaliza o processo. Compensação: finaliza o processo e inicia o fluxo de tratamento de compensações, que são utiliza- dos para desfazer ações previamente realizadas no processo. 40 MODELAR NEGÓCIOS ATRAVÉS DA TÉCNICA BPMN Componentes Principais do Modelo BPMN 1) Quem (executa o processo) 2) Faz o que (trabalho a ser executado) 3) Quando (tempo, o momento da execução) 41 Figura 23: Exemplo de Modelagem BPMN com os seus elemen- tos principais Registrar Pedido Posicionar Cliente Cortar ingredientes Montar o prato Embalar o prato Entregar o prato Receber o serviço Reclamação pelo atraso 1 2 3 A te nd im en to Su sh im an En tr eg ad or Termo usado em tecnologia PARTICIPANTES Termo usado em negócios PAPÉIS Termo usado em tecnologia TAREFAS e DECISÕES Termo usado em negócios RESPONSABILIDADES Termo usado em tecnologia FLUXO Termo usado em negócios REGRAS ou ROTAS P RO C ES SO : D el iv er y Ja pa F oo d + 1 2 3 Fonte: elaborado pelo autor 42 Sentido do fluxo do processo Figura 24: Sentido do fluxo do processo. Tarefa 1 Tarefa 2 Tarefa 3 Tarefa 4 Tarefa 5 O tempo é no sentido da esquerda para a direita Visualizar a ordem cronológica das tarefas: Tarefa 4 inicia depois da Tarefa 3 Tarefa 5 inicia depois da Tarefa 4 Se to r 1 Se to r 2 Fonte: elaborado pelo autor Participantes Figura 25: Participantes de um modelo BPMN. Registrar Pedido Posicionar Cliente Cortar ingredientes Montar o prato Embalar o prato Entregar o prato Receber o serviço Reclamação pelo atrasoA te nd im en to Su sh im an En tr eg ad or Participantes referem-se a todos os recursos envolvidos em um determinado processo de negócio. Por exemplo: uma pessoa, como um analista de departamento que lança os eventos de uma folha de pagamento mensalmente. Um processo de Planejamento e Controle de Produção. Um sistema baseado em BI. P R O C ES SO : D el iv er y Ja pa F oo d + Fonte: elaborado pelo autor 43 1) Cada piscina representa um participante e as raias podem ser usadas para representar fun- ções diferentes, ainda que seja para um mesmo participante. 2) Nas raias e piscinas são identificadas as trocas de serviços, quais os produtos, quais os valores, quais as transações, informações e conhecimento trocados entre clientes, fornecedores e parceiros da organização. Conhecendo os caminhos do fluxo da informação 1) Sequencial mostra a ordem em que as ativi- dades são processadas, sequencialmente, uma após a outra. Figura 26: Fluxo Sequencial. Tarefa 1 Tarefa 2 Tarefa 3 Se to r 1 Fonte: elaborado pelo autor 2) Condicional o fluxo pode tomar um ou outro caminho, dependendo de uma condição. 44 Figura 27: Fluxo condicional que leva a um ou a outro caminho. X X P ro ce ss o de c on su lta d e cr éd ito Consultar SPC Verificar crédito Adimplente Inadimplente Não tem limite Crédito Reprovado Tem limite Situação financeira do cliente Limite de Crédito Crédito Aprovado Fonte: elaborado pelo autor 3) Exceções situações fora do comum, que não se espera que aconteçam (mas que podem acontecer), devem ser tratadas na modelagem. Vamos ver? Consultar SPC deve ter um prazo estipulado para sua execução. Se o prazo for excedido, uma notifi- cação será disparada para o responsável pela ação. Figura 28: Fluxo com tratamento de exceção. X X Pr oc es so d e co ns ul ta d e cr éd ito Consultar SPC Verificar crédito Adimplente Inadimplente Não tem limite Crédito Reprovado Tem limite Situação financeira do cliente Comunicar o atraso Limite de Crédito Crédito Aprovado 3 dias Fonte: elaborado pelo autor 45 Passos para representar o seu processo de negócio através de um modelo 1) Encontre e defina as responsabilidades do processo. Como? Desenhe as piscinas e as raias do fluxo, nomeie o processo, e defina quem vai ser responsável por essas tarefas. Figura 29: Fluxo mostrando o nome do processo, as raias e os responsáveis pelas tarefas. N om e do P ro ce ss o R es po ns áv el 1 R es po ns áv el 2 Fonte: elaborado pelo autor 2) Adicione um iniciador. Como? Identifique como o processo é disparado. Pode ser, por exemplo, com uma mensagem eletrônica por e-mail ou outro meio de disparo qualquer. 46 Figura 30: Fluxo mostrando o início do processo (onde é disparado). N om e do P ro ce ss o Lo ca l 1 Lo ca l 2 Lo ca l 3 Tarefa 1 Tarefa 2 Tarefa 3 Tarefa 4 Tarefa 5 Fonte: elaborado pelo autor 3) Situe as tarefas e os possíveis desvios. Como? Identificadosos responsáveis pelas tarefas, é che- gado o momento de situá-las. Ao acompanharmos as tarefas dos processos, identificaremos também a sequência de seus caminhos durante o fluxo do processo (sequencial, condicional, exceção). Feito isso, estará definida a lógica do processo. Figura 31: Fluxo mostrando o nome do processo, as raias as tarefas e os seus fluxos pelo processo. N om e do P ro ce ss o Lo ca l 1 Lo ca l 2 Lo ca l 3 Tarefa 1 Tarefa 2 Tarefa 3 Tarefa 4 Tarefa 5 + Fonte: elaborado pelo autor 47 4) Identifique onde o processo termina. Como? Utilize um dos ícones de fim apresentados neste trabalho. Figura 32: Fluxo mostrando o final do processo. N om e do P ro ce ss o Lo ca l 1 Lo ca l 2 Lo ca l 3 Tarefa 1 Tarefa 2 Tarefa 3 Tarefa 4 Tarefa 5 x Fonte: elaborado pelo autor 5) Faça uma revisão final. Como? Crie um che- cklist de todas as tarefas que foram identificadas no processo, confirme onde elas acontecem e qual o caminho/fluxo de trabalho que elas percorrem. Faça tudo isso com muita atenção. 4848 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao finalizar este módulo, percebemos que visua- lizar processos por meio de uma representação gráfica é um excelente recurso que o analista, o modelador do processo de negócio, tem para compreender todo o negócio estudado. E é só isso? Claro que não! A modelagem permite também um perfeito enten- dimento das pessoas envolvidas e interessadas no negócio, o entendimento de todos os processos necessários para que os objetivos da organização sejam alcançados. Compreendemos, também, que a modelagem é baseada na representação gráfica, que tem como objetivo representar o processo que está sendo modelado de maneira clara e precisa: todos os seus componentes, a forma como esses componentes se relacionam e os seus objetivos para a entrega de valor ao cliente. Relembrando os elementos necessários para fazer a modelagem de um negócio: y Os ícones (que representam quais são os ele- mentos do processo); y Os relacionamentos que existem entre esses ícones; 4949 y Os relacionamentos desses ícones com o ambiente (interface); y Como os ícones se comportam ou o que exe- cutam (face aos eventos dos processos). Tenha em mente que o modelo é uma representa- ção mais detalhada e elucidativa para desenho de processos, se comparado aos diagramas e mapas, e que os elementos de notações são imprescindíveis para uma boa modelagem de negócios. Como existem diversas ferramentas para mode- lagem de dados, é de suma importância utilizar aquela que contemplará as suas necessidades, alcançando assim os objetivos da sua organização. Referências Bibliográficas & Consultadas ABPMP. Association of Business Process Professionals. Guia para o gerenciamento de processos de negócio: corpo comum de conhecimento (BPM CBOK). Brasília, 2013. CAVALCANTI, R. Modelagem de processos de negócios: roteiro para realização de projetos de modelagem de processos de negócios. Rio de Janeiro: Brasport, 2017. [Biblioteca Virtual] CRUZ, T. Manual para gerenciamento de processos de negócio: metodologia DOMP™: (documentação, organização e melhoria de processos). São Paulo: Atlas, 2015. [Minha Biblioteca] MEREDITH, J. R.; MANTEL, S. J. Administração de projetos: uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. [Minha Biblioteca] MUNHOZ, A. S. Fundamentos de tecnologia da informação e análise de sistemas para não analistas. Curitiba: Intersaberes, 2017. [Biblioteca Virtual] PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, INC. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (PMBOK). 5. ed. Pensilvânia: Newtown Square, 2013. REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação nas empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013. [Minha Biblioteca] TACHIZAWA, T.; SCAICO, O. Organização flexível: qualidade na gestão por processos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. TURBAN, E.; VOLONINO, L. Tecnologia da informação para gestão: em busca do melhor desempenha estratégico e operacional. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. [Minha Biblioteca] VALLE, R.; OLIVEIRA, S. B. Análise e modelagem de processos de negócio: foco na notação BPMN. (business process modeling notation). São Paulo: Atlas, 2013. [Minha Biblioteca] Introdução Modelagem de Processos de Negócio Modelar negócios através da Técnica BPMN Considerações finais Referências Bibliográficas & Consultadas