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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 ELETROTERAPIA ...................................................................................... 5 2.1 Eletroterapia e sua história ................................................................... 6 2.2 Aplicações da Eletroterapia .................................................................. 6 2.3 Classificação das correntes quanto às frequências ............................. 7 2.4 Classificação das correntes quanto às formas de ondas ..................... 7 3 CÓDIGO DE ÉTICA APLICADO A BIOMEDICINA ESTÉTICA E CAMPO DE ATUAÇÃO ............................................................................................................. 8 3.1 Campo de atuação do biomédico esteta ............................................ 12 4 CLASSIFICAÇÃO DA PELE ..................................................................... 15 4.1 Quanto a hidratação e oleosidade ...................................................... 15 4.2 Preparação da pele para procedimentos estéticos ............................ 17 5 ELETROTERAPIA FACIAL ....................................................................... 21 5.1 Eletrolifting / Galvanopuntura / Skin tightening ................................... 21 5.2 Microcorrentes / MENS ...................................................................... 26 5.3 Radiofrequência facial ........................................................................ 28 5.4 Ionização microgalvânica ................................................................... 30 5.5 Laser .................................................................................................. 31 5.6 Vapor de ozônio ................................................................................. 32 5.7 Alta Frequência .................................................................................. 32 5.8 Desincruste ........................................................................................ 33 6 PEELINGS FACIAIS ................................................................................. 34 6.1 Peeling ultrassônico ........................................................................... 34 6.2 Peeling de Diamante .......................................................................... 36 3 6.3 Peeling de Cristal ............................................................................... 37 7 HIDROLIPOCLASIA ................................................................................. 39 8 ELETROTERAPIA CORPORAL ............................................................... 42 8.1 Ultrassom- Manthus/ HECCUS .......................................................... 42 8.2 Ultrassom ........................................................................................... 43 8.3 Lipocavitação ..................................................................................... 47 8.4 Criolipólise .......................................................................................... 49 8.5 Estimulação galvânica (GS) ............................................................... 50 8.6 Corrente Farádica .............................................................................. 52 8.7 Corrente Russa .................................................................................. 53 8.8 Carboxiterapia .................................................................................... 55 8.9 Endermologia / Endermoterapia / Vacuoterapia ................................. 57 8.10 Maxxi Plate (Plataforma Vibratória) ................................................. 60 8.11 Neurodyn (Eletroporação) ............................................................... 61 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 62 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 ELETROTERAPIA Fonte: tuasaude.com Eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas dentro da terapêutica. Os aparelhos de eletroterapia utilizam uma intensidade de corrente muito baixa, são miliamperes e microamperes. Os eletrodos são aplicados diretamente sobre a pele e o organismo será o condutor. Na eletroterapia temos que considerar parâmetros como: resistência, intensidade, voltagem potência e condutividade (KADE, 2015). É importante ter conhecimento da história da Eletroterapia para entender porque nas modalidades de tratamento analgésico os recursos elétricos terapêuticos são frequentemente indicados e utilizados (KADE, 2015). A origem da Eletroterapia vem da época em que os homens viviam em cavernas e que um homem com dores crônicas no calcanhar, ao banhar-se em um rio, encostou acidentalmente seu pé em uma enguia elétrica e obteve uma melhora dos sintomas. Scribonius Largus, (46 d.C.), conta que na época Antero usavam os peixes elétricos para curar nevralgias, cefaleias e artrites. Verificou ainda que o adormecimento era gradual e que persistia mesmo após o contato com o peixe ter sido interrompido. Jallabert (1748) e o Nollet trabalharam muito com a estimulação de hemiplégicos e de soldados paralíticos. Duchenne confeccionou seu próprio aparelho 6 de estimulação neuromuscular e aprimorou a técnica de uso de eletrodos de superfície (KADE, 2015). 2.1 Eletroterapia e sua história Em 1855 Guillaume Duchenne, o pai da eletroterapia, anunciou que a eletricidade alternada era superior a direta para o acionamento eletroterapêutico de contrações musculares. O que ele chamou de "efeito de aquecimento" da corrente direta irritava a pele. Além disso, a corrente alternada produzia fortes contrações musculares independente da condição do músculo, enquanto a corrente direta induzia contrações fortes em músculos fortes, e fracas em músculos fracos (DUCHÊNE, 2018). Desde essa época, quase toda reabilitação envolvendo contração muscular tem sido feita com ondas simétricas bifásicas. Porém, nos anos 40, o Departamento de Guerra dos Estados Unidos, ao investigar a aplicação da eletroterapia, descobriu que a estimulação elétrica não somente retardava e prevenia atrofia, como também restaurava a massa muscular e força. Eles empregaram o que foi chamado exercício galvânico nas mãos de pacientes que tiveram lesão nos nervos. Esses exercícios galvânicos utilizavam corrente direta monofásica (MARANHÃO-FILHO, 2019). 2.2 Aplicações da Eletroterapia A eletroterapia é usada para relaxamento de espasmos musculares, prevenção e retardamento de atrofia por falta de uso, elevação da circulação sanguínea local, reabilitação e reeducação muscular, manutenção e elevação da amplitude demovimentos, controle da dor, estimulação pós-cirúrgica imediata dos músculos para evitar trombose venosa, recuperação de lesão e aplicação de medicamentos (FELICE, 2011). Outras indicações clínicas desse procedimento: Controle da dor aguda e crônica; Redução de edema; Redução de espasmo muscular; Minimização de atrofia por desuso; Facilitação da reeducação muscular; Fortalecimento muscular; Facilitação 7 da cicatrização tecidual; Facilitação da consolidação de fraturas; Realização da substituição ortésica (FELICE, 2011). 2.3 Classificação das correntes quanto às frequências Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz, mas utilizada na prática clínica a faixa de 1 a 200 Hz. Corrente Galvânica, Farádica, Diadinâmicas, TENS (Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea) e FES (Estimulação Elétrica Funcional). Média Frequência: 1.000 a 10.000 Hz, sendo utilizado na eletroterapia de 2.000 a 4.000 Hz. Interferencial e Corrente Russa (COSTA, 2018). Alta Frequência: 10.000 Hz a 100.000 Hz. Ondas Curtas, Microondas, Ultrassom (Ultrassom) (COSTA, 2018). 2.4 Classificação das correntes quanto às formas de ondas Formas de ondas: • Retilínea: direta ou contínua, polarizada. Exemplo: Corrente Galvânica. Efeitos: aplicação dos medicamentos por ter polaridade definida; hiperemia e vasodilatação. • Quadrática: alternada, despolarizada. Exemplo: Tens, Ultra excitante, Corrente Russa, SMS. Efeitos: analgesia, contração, estimulação muscular de força. • Exponencial: polar e apolar Exemplo: Corrente Farádica Efeitos: contração muscular • Senoidal: alternada, bifásica, simétrica, apolar. Exemplo: Corrente Interferencial. • Semi - senóide: monofásica, polar ou apolar. Exemplo: Diadinâmicas de Bernard: DF, MF, CP, LP, RS. • Triangular: apolar ou polar (dependendo do aparelho), monofásica, alternada. Exemplo: Corrente Farádica. 8 • Quadrática com triangular: apolar, alternada, bifásica, assimétrica. Exemplo: só existe no TENS. • Ondas simétricas: quando a geometria dos semiciclos é invertida em relação ao 0V. • Ondas assimétricas: quando a geometria dos semiciclos é diferente. • Monofásica: quando a onda existe somente em um dos semiciclos, sendo bloqueada no outro semiciclo. Neste caso a onda é necessariamente assimétrica. • Bifásica: quando a onda existe nos dois semiciclos. Pode ser simétrica ou assimétrica (COSTA, 2018). 3 CÓDIGO DE ÉTICA APLICADO A BIOMEDICINA ESTÉTICA E CAMPO DE ATUAÇÃO • RESOLUÇÃO Nº. 241, DE 29 DE MAIO DE 2014. Dispõe sobre atos do profissional biomédico com habilitação em biomedicina estética e regulamenta a prescrição por este profissional para fins estéticos. O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso de suas atribuições legais que lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº. 6.684/79, e o inciso III e XVIII do artigo 12, do Decreto nº.88.439/83. CONSIDERANDO, que a prescrição de substâncias e medicamentos é um documento com valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o paciente e sociedade, aqueles que prescrevem, dispensam e administram as substâncias, sendo regida por certos preceitos gerais, de forma a não deixar dúvida nem tão pouco dificuldades de interpretação; CONSIDERANDO, que no Brasil, como em outros países, existem regulamentações sobre a prescrição de medicamentos e sobre aspectos éticos a serem seguidos pelos profissionais envolvidos no processo. As principais normas que versam sobre a prescrição de medicamentos são a Lei Federal n.º 5991, de 17 de dezembro de 1973 e o Decreto n.º 3181, de 23 de setembro de 1999 que regulamenta a Lei n.º 9787, de 10 de fevereiro de 1999, bem como a Resolução – CFF n.º 357, de 9 20 de abril de 2001, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que define as Boas Práticas em Farmácia; CONSIDERANDO, que as normativas sobre prescrição versam que a prescrição deve ser clara, legível e em linguagem compreensível; a prescrição deve ser escrita sem rasura, em letra de fôrma, por extenso e legível, utilizando tinta e de acordo com nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais; o documento não deve trazer abreviaturas, códigos ou símbolos. Não é permitido abreviar formas farmacêuticas, vias de administração, quantidades ou intervalos entre doses; CONSIDERANDO, a necessidade de normatizar a atividade do profissional biomédico quanto ao uso de substâncias para fins estéticos, visto o reconhecimento desta especialidade na área de saúde; CONSIDERANDO, que o uso de substâncias para fins estéticos deve se dar de forma segura e eficaz e por profissional com conhecimento técnico científico das mesmas; CONSIDERANDO, a necessidade do uso de substâncias para a execução de procedimentos para fins estéticos, pelo qual o Biomédico possui legitimidade; CONSIDERANDO, a efetiva necessidade de dar a devida interpretação jurídica à Lei nº. 6.684/79 e Decreto nº. 88.439/83, mantendo-se atualizada sua regulamentação, bem como os termos inseridos na Resolução nº. 197, de 21 de fevereiro de 2011, Resolve: Art. 1º - Que as substâncias necessárias aos realizados por profissionais biomédicos, devidamente habilitados na área de biomedicina estética, deverão seguir estritamente as recomendações em conformidade com a sua especialidade e em obediência às normas estabelecidas pela sociedade científica. Art. 2º - Regulamentar a prescrição e utilização de substâncias (incluindo injetáveis), pelo profissional biomédico habilitado em biomedicina estética para fins estéticos, em consonância com a sua capacitação profissional e legislação vigente. 10 Art. 3º - Na prescrição devem constar: nome da substância ou formulação, forma farmacêutica e potência do fármaco prescrito (a potência do fármaco deve ser solicitada de acordo com abreviações do Sistema Internacional, evitando abreviações e uso de decimais); a quantidade total da substância, de acordo com a dose e a duração do tratamento; a via de administração, o intervalo entre as doses, a dose máxima por dia e a duração do tratamento; nome completo do biomédico prescritor, assinatura e número do registro no Conselho Regional de Biomedicina, local, endereço e telefone do prescritor de forma a possibilitar contato em caso de dúvidas ou ocorrência de problemas relacionados ao uso das substâncias prescritas; data da prescrição. A prescrição deverá seguir as instruções contidas na RDC 67 de 08 de outubro de 2007 e demais normas regulamentadoras da ANVISA; Art. 4º - O profissional biomédico para habilitar-se legalmente em biomedicina estética e poder realizar a administração e prescrição de substâncias para fins estéticos, que são adquiridas somente mediante prescrição, deverá comprovar a conclusão de curso de pós graduação em biomedicina estética que contemple disciplinas ou conteúdos de semiologia e farmacologia e demais recursos terapêuticos e farmacológicos utilizados na biomedicina estética ou comprovar estágio supervisionado em biomedicina estética com no mínimo 500 horas/aula durante a graduação ou título de especialista em biomedicina estética de acordo com normas vigentes da Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM) ou por meio de residência biomédica de acordo com normas e Resoluções nº 169 e 174, do Conselho Federal de Biomedicina. Art. 5º - O biomédico que possuir habilitação em Biomedicina Estética poderá realizar a prescrição de substâncias e outros produtos para fins estéticos incluindo substâncias biológicas (toxina botulínica tipo A), substâncias utilizadas na intradermoterapia (incluindo substâncias eutróficas, venotróficas e lipolíticas), substâncias classificadas como correlatos de uso injetável conforme ANVISA, preenchimentos dérmicos, subcutâneos e supraperiostal (excetuando-se o Polimetilmetacrilato/PMMA), fitoterápicos, nutrientes (vitaminas, minerais, 11 aminoácidos, bioflavonóides, enzimase lactobacilos), seguindo normatizações da ANVISA. Art. 6º – Caberá ao profissional biomédico a prescrição de formulações magistrais ou de referência de cosméticos, cosmecêuticos, dermocosméticos, óleos essenciais e fármacos de administração tópica. Formulações magistrais e de referência de peelings químicos, enzimáticos e biológicos, incluindo a Tretinoína (Ácido retinóico de 0,01 a 0,5% de uso domiciliar e até 10% para uso exclusivo em clínica) seguindo instruções da ANVISA. Art. 7º – O exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e habilidades científicas que abranjam boas práticas de prescrição, semiologia e farmacologia. Art. 8º – Cabe ainda ao profissional biomédico esteta a prescrição e a realização dos procedimentos que envolvam a utilização de lasers (de baixa, média e alta potência) e outros recursos tecnológicos utilizados para fins estéticos. Art. 9º - O processo de prescrição biomédica deverá seguir as seguintes etapas: • I - identificação das necessidades estéticas do paciente; • II – definição e prescrição do tratamento para fins estético, seja de natureza farmacológica, biotecnológica ou que envolvam procedimentos invasivos não cirúrgicos para fins estéticos. • III - seleção do tratamento ou intervenções relativas aos cuidados à saúde estética e qualidade de vida, com base em sua segurança, eficácia e bases científicas; • IV - redação da prescrição; • V - orientação ao paciente; • VI - avaliação dos resultados; • VII - documentação do processo de prescrição e do tratamento adotado. 12 Art. 10º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário (CFBM, 2014). O biomédico, habilitado a atuar na estética pela resolução n°197, de 21 de fevereiro de 2011 do Conselho Federal de Biomedicina, é um profissional altamente capacitado para a realização de tratamentos de disfunções corporais e faciais decorrentes do fotoenvelhecimento. Além disso, esse profissional é capacitado para elaboração de tratamentos específicos através de uma anamnese minuciosa, cuidando da saúde, bem-estar e beleza das pessoas (CFBM, res. 197, 2011, apud SILVA, 2016). 3.1 Campo de atuação do biomédico esteta A Biomedicina Estética cuida da saúde, bem-estar e beleza do paciente, levando os melhores recursos da saúde relacionados ao seu amplo conhecimento para o tratamento e recuperação dos tecidos e do organismo como um todo. De maneira geral, trata-se de um profissional com atuação diferenciada da dos profissionais de estética e de saúde, pois trabalha seguindo parâmetros multiprofissionais, como o código de ética biomédico e as legislações da área da estética. Além disso, ele pode criar pesquisas em biomedicina estética e auxiliar na criação de tecnologias e procedimentos. O espaço para o profissional está em consultórios, clínicas, redes de franquias e diferentes tipos de companhias de pequeno, médio e grande porte. Também é possível dar aulas em cursos de graduação e pós-graduação na área, desde que, além do bacharelado, o profissional tenha também o grau de licenciatura. Procedimentos Injetáveis, Perfurocortantes e Escarificantes e minimamente invasivos (que não dão acesso a órgãos internos e não- cirúrgicos) • Carboxiterapia; Fios de Sustentação; • Intradermoterapia/Mesoterapia; • Intramuscular; Microagulhamento; • Microvasos; • Preenchimento e Bioplastia; • Toxina Botulínica. Laserterapia 13 • Laser Fracionado; • Laser para Remoção/Clareamento de Tatuagens e Maquiagem Definitiva; • LED; • Luz Intensa Pulsada. Eletroterapia • Correntes elétricas (todas); • Radiofrequência; • Ultracavitação; • Ultrassom dissipado e focalizado – HIFU. Avaliação e Consulta estética: • Anamnese corporal e facial; • Análise das disfunções estéticas (dermatofisiológicas); • Classificação da pele; • Classificação da Síndrome de Desarmonia Corporal; • Definição e estratégia do tratamento estético a ser realizado; • Dermatoscópio; • Evolução do paciente saudável; • Registro de foto; Exames Laboratoriais • Exames rápidos para realização de triagem; • Análises clínicas metabólicas. Prescrição e Receita de substâncias e medicamentos de fins estéticos • Cosméticos, cosmecêuticos e nutricosméticos; • Medicamentos biológicos; • Medicamentos correlatos; • Medicamentos livres; • Medicamentos manipulados não controlados; • Terapias de longevidade, antienvelhecimento, antiaging e envelhecimento saudável. 14 Responsabilidade Técnica de estabelecimentos que executam atividades de fins estéticos • Acompanhamento do paciente saudável durante o tratamento estético; • Formar um raciocínio dinâmico, rápido e preciso na solução de problemas de disfunções dermatofisiológicas dentro da Biomedicina Estética; • Supervisão do tratamento estético; • Treinamentos técnicos (CFBM, 2014). Segundo a resolução n° 241 do Conselho Federal de Biomedicina (de 29 de maio de 2014), uma das classes de procedimentos que podem ser utilizados pelo biomédico esteta no tratamento do fotoenvelhecimento, são os procedimentos minimamente invasivos, ou seja, procedimentos invasivos não cirúrgicos como a aplicação de toxina botulínica do tipo A preenchimentos, carboxiterapia, peelings químicos, microagulhamento e Intradermoterapia. Pelo artigo 5° dessa mesma resolução, o biomédico esteta torna-se ainda prescritor das substâncias utilizadas para tais procedimentos (CFBM, res. 241, 2014, apud SILVA, 2016). A Biomedicina Estética é uma das áreas de atuação do profissional biomédico que foi reconhecida pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM). O profissional dessa área atua no desenvolvimento de tratamentos aplicados para estética corporal e facial (LABE, 2016). A Biomedicina Estética teve início no ano de 2006, com o projeto da biomédica Dra. Ana Carolina Puga (PUGA, 2013) e, no dia 10 de outubro de 2010, a atuação do biomédico nesta vertente fora aprovada, em reunião com o Conselho Federal de Biomedicina, por unanimidade pelos membros do CFBM e CRBM (Conselho Regional de Biomedicina). Durante a reunião foram discutidos pontos necessários para que o biomédico pudesse atender pacientes, como as avaliações seriam feitas e que disciplinas dão suporte ao biomédico para que essas avaliações sejam desenvolvidas (BME, 2016). A Biomedicina Estética abriu novos campos de trabalho para o biomédico, possibilitando a saída de trás da bancada e permitindo sua atuação como profissional liberal em clínicas especializadas e em empresas relacionadas com a área da estética, como indústrias de produtos para beleza. A atuação do biomédico esteta é aplicando e desenvolvendo tratamentos para disfunções estéticas faciais e corporais, 15 envelhecimento fisiológico que estão ligados à pele, metabolismo e tecido adiposo. Além de levar beleza e bem estar, o biomédico esteta pode atuar no desenvolvimento de pesquisas em biomedicina no ramo da estética e procedimentos (BIOMEDICINA BRASIL, 2011). 4 CLASSIFICAÇÃO DA PELE Fonte: sbd.org.br 4.1 Quanto a hidratação e oleosidade O teor de lubrificação é dado pela quantidade de glândulas sebáceas presentes na área e pelo sebo produzido. Em alguns locais a intensidade de produção deste sebo é maior, como face e região dorsal. Já a hidratação da pele é dada pela capacidade que essa tem de manter a água em sua estrutura, seja por ingestão de líquidos, seja por troca com o meio ambiente. Dessa forma, podemos verificar diferentes comportamentos para uma mesma pele dependendo do clima onde se encontra. Em climas mais úmidos a hidratação está favorecida pelo meio. A redução da hidratação cutânea ocorre pela evaporação da água presente no estrato córneo da epiderme. A reposição desta perda deve ser compensada por meio endógeno (ingesta de líquidos)ou meios exógenos (cosméticos). Existem quatro tipos básicos de pele: normal, seca, oleosa e mista. O estado da pele está ligado a vários fatores, dentre eles o clima, a poluição, medicamentos, 16 estresse, suor, entre outros. Os cuidados dispendidos com a pele interferem no seu estado, pois os produtos utilizados devem se adaptar ao tipo de pele e suas condições (EUCERIN, 2017). Dentre a classificação dos tipos de pele, pode-se classificar como normal (endérmica/ eudérmica), quando a pele possui textura saudável e aveludada e ao ser avaliada apresenta textura e granulação finas, sem pontos negros e brilhos, folículos e poros normais, não possui excesso de brilho ou ressecamento. Pele seca (alípica), muito sensível ao frio, vento e calor. Caracteriza normalmente por ter poucos poros visíveis, pouca luminosidade e é mais provável à descamação e vermelhidão. Ao ser avaliada apresenta aspecto farinhoso, não há dilatação dos poros e os comedões são raros. Pele oleosa (lipídica), caracterizada pelo excesso de produção do sebo, tornando mais dilatados e visíveis. A pele mista, possui uma oleosidade maior na zona T que envolve nariz, testa e queixo (EUCERIN, 2017). • Quanto ao fototipo A coloração cutânea está relacionada aos melancólicos, células presentes na pele, que tem como função a produção de um pigmento chamado melanina que é responsável pela coloração pele. Cada indivíduo possui uma quantidade de melancólicos semelhantes, o que diferencia a coloração de brancos e negros é a sua capacidade de produção de melanina. Os melanócitos de um indivíduo negro têm a capacidade celular mais acentuada. A pele pode ser classificada de acordo com o em seis fototipos cutâneos diferentes (GONZAGA, 2014). Escala de Fitzpatrick Fototipo I Pele branca sempre queima nunca bronzeia muito sensível ao sol Fototipo II Pele branca sempre queima bronzeia muito pouco sensível ao sol Fototipo III Pele morena clara queima (moderadamente) bronzeia (moderadamente) sensibilidade normal ao sol 17 Fototipo IV Pele morena moderada queima (pouco) sempre bronzeia sensibilidade normal ao Sol Fototipo V Pele morena escura queima (raramente) sempre bronzeia pouco sensível ao sol Fototipo IV Pele negra nunca queima totalmente pigmentada insensível ao sol 4.2 Preparação da pele para procedimentos estéticos Para um bom andamento dos procedimentos estéticos, o profissional deve estar atento aos níveis de hidratação cutânea, pois a partir do mecanismo de hidratação da pele que obtém resultados satisfatórios, além disso, estará colaborando para uma pele saudável, macia, com flexibilidade e elasticidade (MEDLIJ, 2015). Qualquer procedimento estético exige cuidados. Alguns, um pouco mais delicados, requerem total atenção, e muitas vezes um preparo e cuidado adequados, essenciais para atingir o resultado adequado. A preparação de pele para procedimentos estéticos ou clínicos reúne as seguintes etapas: Higienizar: Antes de realizar qualquer procedimento estético convém ressaltar a importância do uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelo profissional (jaleco, luvas, toucas, máscara, entre outros) e pelo cliente e, ainda, a execução da avaliação clínica facial para verificação das particularidades de cada tipo de pele. O processo de higienização superficial da pele envolve a assepsia cutânea diária para remover células mortas, maquilagem, secreções sebáceas e impurezas. Neste processo a água é muito utilizada associada a sabões e detergentes que tem a função de emulsificar os ácidos graxos da pele, de preferência os sabonetes líquidos e cremosos, elaborados com tensoativos suaves e de baixa irritação cutânea. São incorporados a formulação dos sabonetes produtos que conferem caráter emoliente. 18 Para este fim são utilizados Leites ou loções de limpeza; e géis de limpeza e soluções hidroalcóolicas (DRAELOS, 2018). A higienização superficial da pele pode ser realizada com auxílio de sabonete, emulsão ou gel de limpeza para remoção das sujidades superficiais como poluição, suor e maquiagem. A limpeza profunda de pele deve ser realizada respeitando-se o ciclo de renovação celular a cada 28 dias (DRAELOS, 2018). Esfoliar: A esfoliação é o processo de remoção de células mortas da camada córnea da pele. A esfoliação é responsável por estimular o desenvolvimento de uma pele com brilho, maciez e viço. Pode ser usada por todos os tipos de pele, desde que se tenha o cuidado de não esfregar com muita intensidade, pois pode agredir as peles mais secas e sensíveis (DRAELOS, 2018). Os tipos de esfoliação da pele são: • Física/Mecânica: Atua por atrito. Retira as células mortas a partir do atrito promovido por pequenas partículas presentes em um creme esfoliante com a pele. Deve sempre ser feita de forma gentil, já que se empregarmos muita força, podemos acabar sensibilizando a pele. Há também peelings físicos em que são usados aparelhos de microdermoabrasão por fluxo de cristais ou lixas de pontas de diamantes. •Química: É feita com substâncias químicas, como a aplicação dos Alfa- hidroxiácidos (AHA) com pinceis específicos. Neste caso, não se esfrega o produto. Apenas aplica-se na pele, onde permanece por tempo variado em cada caso. É uma esfoliação mais intensa, por isso exige cuidados após a aplicação. Na esfoliação química, o produto faz com que as células mortas se desprendam, deixando a “pele nova” com mais brilho e uma textura mais macia (FASIH, 2016). • Enzimática/Biológica: Utilizam enzimas para eliminar o acúmulo de células mortas da superfície da pele. Podem ser obtidas de compostos naturais (biológicos), mas também podem ser sintéticas. No caso da biológica, ela utiliza enzimas provenientes da natureza – como a papaína (do mamão), bromelina (do abacaxi) ou a enzima da romã, que quebram 19 proteínas e lipídeos na camada mais superficial da pele, ajudando na remoção das células mortas e deixando-a mais fina, uniforme e viçosa. Costuma ser bem tolerada até por peles mais sensíveis (DAL GOBBO, 2010) Aplicação de máscaras: A aplicação da máscara deve ser feita após a aplicação do alta frequência. A escolha da mesma vai depender do tipo de pele do paciente, por exemplo, as peles mais sensíveis devem receber uma máscara calmante, as oleosas, uma que ajude no controle da oleosidade, as desidratadas uma hidratante. Ressalta-se também o uso de máscaras de argila, máscaras nutritivas, máscaras clareadoras e máscaras firmantes. A mesma deve ser utilizada de acordo com a indicação do fabricante (SILVA, 2020). Aplicação do Filtro de Proteção Solar: Para finalizar o procedimento, é aplicado protetor solar com fator de proteção acima de 30 (FPS) e PPD (Persistent Pigmented Darkening) acima de 12 o qual protege a pele contra os raios ultravioleta A (UVA), para manter a pele protegida, evitando manchas e queimaduras solares. Recomenda-se também o uso diário do protetor solar na rotina diária, devendo ser reaplicado a cada 3 horas (SILVA, 2020). Inspeção: Durante a inspeção devemos observar: Aspecto geral da pele, buscando escoriações ou feridas: Observar a integridade dos tecidos (presença de cicatrizes, queloides, áreas descativas); Presença de lesões cutâneas (crostas, áreas de descamação, fissuras). Tipo, cor e quantidade dos pelos na área a ser depilada (por exemplo). Quanto mais escuro e calibroso for o pelo, mais rapidamente ocorrerá a destruição pelo laser. Presença de discromias (acromias, hipercromias, hipocromias). Presença de manchas de origem vascular (angiomas, eritemas, hematomas, petéquias, telangiectasias). Presença de áreas avermelhadas, indicando inflamação local. Palpação: Durante a palpação da áreaa ser tratada, o examinador deve atentar-se para os seguintes aspectos: Temperatura: a temperatura da pele pode estar normal, elevada ou diminuída. A temperatura elevada da pele indica processo inflamatório presente, situação que 20 contra índica o procedimento de epilação. Quando a temperatura da pele está diminuída, a circulação local pode estar deficiente, o que também contraindica o uso do laser. Espessura da pele: a pele pode estar com espessura normal, aumentada (engrossada) ou diminuída (afinada). Em peles muito finas, o uso da técnica requer cuidados especiais pelo risco de queimaduras. Quanto mais grossa a pele, maior será sua capacidade de relaxamento térmico (maior proteção). Tônus da pele: pode estar normal (equilibrado), diminuído (flácido) ou aumentado (hipertônico). Após a conclusão da avaliação, é importante avaliar a disponibilidade do paciente em relação ao número de sessões previstas e ao intervalo entre as sessões. Como a depilação a laser está vinculada ao ciclo de crescimento do pelo da região em tratamento, qualquer descontinuidade entre os ciclos, poderá interferir. Em relação ao número e intervalo entre as sessões não existe consenso entre os autores e há diferenciações para cada tipo de equipamento. Porém, em média, na face os intervalos variam entre 30 e 45 dias. No corpo, os intervalos variam entre 30 a 60 dias. Quanto ao número de sessões, há uma variação grande de acordo com a idade e sexo do indivíduo, cor do pelo e da pele, região e fluência do equipamento. O número médio se sessões para a face fica entre cinco e seis sessões e para o corpo entre oito e dez sessões. Todos os pacientes devem ser informados sobre a possibilidade de recrescimento do pelo e da necessidade de múltiplas sessões para alcançar o resultado desejado, além do preenchimento do termo de consentimento pós- informado, para que o profissional se assegure de que o paciente está ciente de todos os benefícios e possíveis riscos a que está submetido durante o tratamento. 21 5 ELETROTERAPIA FACIAL Fonte: tuasaude.com.br O exercício do biomédico na prática dos tratamentos estéticos é recente e foi regulamentada pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), que vem se aplicando em diversas disfunções, com a realização de procedimentos invasivos não cirúrgicos, regulamentados a partir da resolução nº 197 de 21 de fevereiro de 2011, na qual apresenta o biomédico como um profissional responsável pelos tratamentos estéticos, além de outras resoluções como a CFBM nº 200, de 1º de julho de 2011 e nº 214, de 10 de Abril de 2012 que estabelece a habilitação em Biomedicina estética, fazendo o uso da aplicação de substâncias na prática de diversos procedimentos disponibilizados pelo mercado da estética (LORENZET et.al., 2015). 5.1 Eletrolifting / Galvanopuntura / Skin tightening A corrente galvânica/Eletrolifting é um recurso de baixo custo muito utilizado na prática clínica da fisioterapia para o tratamento das estrias albas. Essa intervenção tem demonstrado resultados satisfatórios, no que diz respeito à melhora do aspecto, redução da espessura, retorno da sensibilidade local, refletindo-se assim uma melhor qualidade tecidual. (MILANI, 2006, apud COSTA, 2018). 22 O eletrolifting é um procedimento de tratamento que foi desenvolvido pelo médico dermatologista francês Humberto Pierantoni, em 1952, para preenchimento de sulcos e estrias. Essa técnica também é conhecida como galvanopuntura ou microgalvanopuntura e consiste numa técnica que utiliza a corrente galvânica na ordem de alguns microampères (µA), ou seja, microgalvânica, sendo que o eletrodo com ou sem a agulha (eletrodo ativo) sempre deverá ser conectado ao polo negativo. Pierantoni observou que a estimulação elétrica permitia a atenuação dos sulcos e estrias. (DAL GOBBO, 2010). Fonte: minasdayspa.com.br É sabido que o eletrolifting tem seus efeitos fisiológicos distribuídos em quatro fenômenos: eletroquímicos, osmóticos, vasomotores e alteração na excitabilidade celular (BRAGATO, et al., 2013). A estimulação na pele promoverá hiperemia ativa e aumentará o quantitativo de fibroblastos jovens, promoverá a migração de queratinócitos e macrófagos e desenvolverá a neovascularização e, desta forma, regenerará o tecido subepidérmico. (DAL GOBBO, 2010). Essa técnica pode ser obtida através de uma corrente galvânica que irá gerar um processo inflamatório na pele e estimulará uma regeneração tecidual, pois o trauma promovido pela agulha junto com a corrente elétrica promoverá o aumento do metabolismo para recomposição de tecido colagenoso, o qual poderá preencher a área tratada. (SILVA, ROSA e SILVA, 2017). 23 É sabido que o eletrolifting deverá provocar uma pequena lesão na pele que irá resultar em edema e hiperemia que surgem devido à liberação de mediadores químicos vasodilatadores. A lesão passa a ser preenchida por um exsudato inflamatório mesclado de leucócitos, eritrócitos, proteínas plasmáticas e fáscias de fibrina. Tem-se de forma simultânea a epitelização da área lesionada e, desta forma, células epidérmicas passam a invadir o local no qual foi feita a inserção da agulha ou da ponteira. Um dos fenômenos que estimulam a invasão das células epidérmicas é a formação de fibrina originada pela hemorragia da microlesão. Haverá também o aumento do número de fibroblastos jovens na região, além de uma nova microcirculação e do retorno da sensibilidade álgica devido à reparação tecidual que podem fechar as estrias e dar uma melhor aparência da pele. (SANTOS e OGATA, 2012). Técnica: O tratamento é feito com o uso de um aparelho que produz corrente galvânica com microamperagem com emprego de dois tipos de eletrodos: um negativo, tipo caneta, que irá entrar em contato direto com a área a ser tratada e outro positivo, de borracha e esponja, que irá fechar o circuito elétrico. (DAL GOBBO, 2010). A aplicação do eletrolifting pode ser dividida em duas técnicas principais: uma que utiliza a ponteira de eletrolifting e a outra a que utiliza agulha estéril descartável. Fonte: BESSA, 2019 Na primeira técnica, usa-se o eletrolifting com agulha e é bem mais agressiva e neste caso usa-se sempre uma agulha estéril e descartável ao invés da ponteira eletrolifting. Essa agulha deve ser fina, resistente e pontiaguda, construída em material inoxidável e com comprimento máximo de 4 mm a fim de penetrar com facilidade na pele. (BORGES, 2010). 24 Fonte: BESSA, 2019 Já a segunda técnica, usa-se uma ponteira de eletrolifting estéril fixada a caneta que corresponde ao eletrodo negativo (ativo) e deverá ser arranhada a estria ao logo de toda região afetada até que haja hiperemia. O eletrodo positivo (passivo) deverá estar próximo a região a ser tratada para fechar o campo elétrico. Essa técnica é menos agressiva e mais tolerável pelos clientes. Há profissionais que dividem a técnica de aplicação do eletrolifting com agulha em quatro formas de aplicação: De forma puntiforme ou punturação sendo que a agulha deverá ser introduzida na pele verticalmente na estria em toda extensão do sulco com profundidade de perto 1 mm. Essa técnica tem sido considerada a mais aconselhada, apesar de ser incômoda e nela são feitas várias inserções da agulha na mesma estria. (MEYER et al, 2009); De forma linear em que a agulha é introduzida obliquamente à estria com movimentos circulares de levantamento e com profundidade de cerca de 2 a 3 mm; De forma angulada ou “escama de peixe”, neste caso a agulha é inserida sobre as bordas da estria, alternando-se os lados de forma oblíqua, sendo facultativo o levantamento da pele; De forma transversal, em que a agulha precisará erguer toda a superfície da estria, indo de uma borda à outra da pele, sem, contudo, adentrar aquém da epiderme. A permanência da elevaçãoda pele por cerca de 2 segundos, aumentará a resposta almejada (BESSA, 2019). 25 Eletrolifting com agulha Fonte: BESSA, 2019 Eletrolifting com ponteira Fonte: BESSA, 2019 Vale ressaltar que as técnicas poderão ser aplicadas de forma isolada ou associada, dependendo da profundidade, extensão, textura da pele e área a ser tratada. É necessário frisar que o eletrolifting emprega uma corrente de intensidade reduzida a microamperagem e quanto menor o tamanho do eletrodo, menor será a intensidade máxima tolerável e vice-versa. Não existe um consenso sobre a intensidade da aplicação do eletrolifting (BORGES, 2010). 26 5.2 Microcorrentes / MENS Fonte: fisiojunias.com.br É um dos tipos de tratamento de eletroestimulação que utiliza correntes de baixa intensidade e baixa frequência, podendo ser contínua ou alternada. A microcorrente aumenta o metabolismo das células em até 500%, incluindo a produção de energia, síntese de proteínas, oxigenação e eliminação de resíduos, estimulando assim a drenagem linfática do local em que ela foi aplicada (BORGES, 2018). A Microcorrentes é uma corrente elétrica em baixa intensidade, na faixa de microampères (μA), podendo variar de 10 a 900μA. A frequência de utilização encontrada nos equipamentos varia de 0,5 a 900 Hz de frequência, e a forma de aplicação de onda varia, podendo ser aplicada de maneira continua (Microcorrentes galvânica) ou alternada. Os estímulos produzidos pela corrente no organismo são subsensoriais, ou seja, não causa nenhum desconforto ao paciente durante a aplicação, tornando a técnica segura e de fácil aceitação pelos pacientes (LIMA, 2012). Como efeitos fisiológicos e terapêuticos importantes no processo de reparação tecidual podemos observar: - Reestabelecimento da bioeletricidade tecidual: gatilho para estimulo da cura, regeneração e crescimento em todo organismo vivo por meio da eletricidade endógena; 27 - Incremento à síntese de ATP: favorece a melhora da oxigenação e nutrição tecidual, acelerando o processo de cicatrização, com consequente aumento no transporte de membranas e aumento da síntese de proteínas; - Analgesia: normaliza a fisiologia alterada na área álgica, promovendo homeostase e reversão dos quadros de dor; - Reparação tecidual /Anti-inflamatório Bactericida: consequente dos demais efeitos fisiológicos descritos, o reparo tecidual, o efeito anti-inflamatório e bactericida são descritos por vários autores (FREITAS, 2013). A microcorrente pode ser aplicada usando os eletrodos comuns, como borracha de silicone ou autoadesivos, ou com eletrodos em forma caneta. O tempo de aplicação vai depender do objetivo do tratamento. Ela pode ser aplicada no corpo todo e também no rosto. A principal característica desse tratamento é o uso de correntes com amplitude ajustada em até 600 microampères. A intensidade e a frequência variam de acordo com a finalidade do tratamento, mas sempre serão medidas em unidades micro. O número de sessões depende do objetivo do tratamento. Os efeitos das microcorrentes são acumulativos, ou seja, vão aparecendo no decorrer das sessões. Normalmente deve-se realizar várias sessões para que sejam alcançados os resultados desejados, no mínimo dez, com a periodicidade de até duas vezes na semana. A manutenção pode ser necessária, mas depende da necessidade do paciente. Ela pode ocorrer em um período mais curto (como para acne), ou uma manutenção mais demorada como para um rejuvenescimento. • Cuidados Não há cuidados específicos que o paciente deve fazer antes da sessão. O mesmo deve apenas garantir que a pele esteja íntegra, ou seja, sem machucados e não utilizar nenhum creme. Porém, após o tratamento, é importante fazer um home care com produtos à base de colágeno e elastina, de acordo com a orientação do especialista. Contraindicações: Esse tratamento é contraindicado para pessoas com alergia ou irritação à corrente elétrica, neoplasias, portadores de implantes metálicos, dermatites e dermatoses cutâneas. Também não deve ser feito diretamente sobre o 28 eixo cardíaco e marca-passo. Gestantes são contraindicadas a qualquer tratamento que utilize corrente elétrica. 5.3 Radiofrequência facial Fonte: vidaativa.pt A Radiofrequência conceitua-se na emissão de correntes elétricas de alta frequência, formando um campo eletromagnético que produz calor, quando em contato com os tecidos corporais humanos. Trata-se de uma terapia em que se programa e modula as frequências projetadas ao tecido corporal, afim de se atingir a camada subdérmica, para tratamento do FEG, gordura localizada e de colágeno. Sendo uma terapia segura e aplicável a todos os fototipos cutâneos (DIAS, 2018). A Radiofrequência destaca-se por ser um procedimento não invasivo, dentre os seus pontos positivos encontra-se a facilidade do tratamento, na qual as sessões são rápidas e geram bem-estar no paciente, na qual o mesmo não precisa se afastar de nenhuma atividade para realizar o tratamento, o que gera comodidade. Sua ação térmica aumenta a produção de colágeno nas camadas mais profundas da pele, provocando o estiramento imediato do tecido cutâneo, produzindo um novo colágeno e reduzindo os sinais do envelhecimento (VICENTE, 2017). Segundo (VICENTE, 2017), os benefícios do tratamento podem ser notados já na primeira sessão, devido ao efeito lifting imediato. Portanto, recomenda-se o uso da radiofrequência para o tratamento estético de flacidez cutânea e sugere-se que novas 29 pesquisas sejam realizadas a fim de aumentar o conhecimento da técnica e seus efeitos cutâneos. Técnica: O transdutor (ponteira) deve ser movimentado o tempo todo a fim de distribuir bem o calor por toda a pele. Durante o tratamento é medida a temperatura da pele diversas vezes para garantir que a mesma chegue a 40-42 graus Celsius e não ultrapasse esse nível de temperatura. A radiofrequência pode ser realizada em todas as regiões do corpo e face, exceto região da tireoide. • Tipos de Radiofrequência O modo de emissão da energia pode ser monopolar, bipolar, tripolar e multipolar (possui três ou mais eletrodos). A manopla monopolar possui potência e densidade elevada superior às demais manoplas. A técnica é aplicada, geralmente, por dois ou 10 três eletrodos; o eletrodo ativo que provoca grande densidade de corrente, o circuito da corrente é fechado pelo eletrodo passivo que consiste em uma placa condutiva de grande contato fazendo com que a energia retorne ao paciente (CARVALHO, 2011) Aplicador Monopolar: Tratamentos corporal e facial – Incluindo terapias para celulite, gordura localizada, fotoenvelhecimento. Aplicador Bipolar: O aplicador bipolar é indicado para tratamentos tanto corporais quanto faciais (VIEIRA, 2016). Aplicador Multipolar: Indicada para tratamentos corporais como exemplo, a gordura localizada, a celulite, flacidez, rugas e linhas de expressão, estrias cutâneas e sequelas de acne (BEASLEY, 2014). O efeito térmico alcançado através da temperatura constante de 40C, promove uma agitação molecular que induz uma resposta inflamatória que favorece a migração de fibroblastos reforçando a estrutura e remodelação de colágeno, resultando assim na melhora na textura da pele e do contorno corporal, com uma aparência mais firme e retraída a longo prazo. Quanto mais rico em água e eletrólitos o tecido for, a temperatura é atingida mais rápido (BEASLEY, 2014). A temperatura alcançada e o tempo durante qual o calor é mantido, são fatores de extrema importância, para um resultado satisfatório, afetando diretamente os tecidos. Cada pessoa possui uma descrição diferente, por isso deve ser 30 supervisionado através de um termômetro que acompanha a radiofrequência até que atinja a temperatura ideal. O procedimento é finalizado com hiperemiae sensação de intenso calor, que é aliviado em breve, podendo retornar suas atividades normais (VIEIRA, 2016). Não é necessário nenhum cuidado específico antes da radiofrequência. Logo após a radiofrequência, a pele ficará com uma leve vermelhidão e inchaço suave a médio. Pode ainda haver urticária - caracterizada por vergões vermelhos e salientes na superfície da pele que geralmente provocam coceira - e marcas arroxeadas na pele. Pode ainda acontecer alergia à substância utilizada (o gel ou a vaselina). Todos esses efeitos colaterais são transitórios O protetor solar é recomendado todos os dias, mas deve ser aplicado depois de pelo menos uma hora da realização do procedimento. Contraindicações: O procedimento é contraindicado em indivíduos que apresentam alteração de sensibilidade cutânea local, telangiectasias, portadores de marca-passo cardíaco, processo inflamatório agudo, tuberculose ativa, infecção recente, aparelhos auditivos, neoplasias, gestantes, trombose venosa profunda, condições hemorrágicas ou probabilidade de esta ocorrer, diabéticos, doenças da tireoide (VIEIRA, 2016). Também é contraindicada a aplicação de diatermia em região abdominal baixa de pacientes que fazem uso de dispositivo intra-uterino. Em processos inflamatórios agudos como pós-operatórios e acnes ativas a RF pode ser aplicada como terapia complementar, tendo efeitos benéficos, porém a única e determinante cautela é que se deve estar atento é quanto a meta máximo de aquecimento (AGNES, 2013). 5.4 Ionização microgalvânica Na ionização, se utiliza a corrente galvânica para aumentar a permeabilidade dos ativos. Os cosméticos são aplicados diretamente na pele, minimamente invasivos agindo profundamente na pele, assim sendo usado para fins terapêuticos. São capazes de estimular colágeno e elastina, devido a permeação dos ativos na pele, ativando a resposta celular (BAUMANN, 2018). 31 Os cosmecêuticos, não são como cosméticos utilizados apenas para o embelezamento, ele tem uma ação terapêutica na pele pois atua com profundidade, aplicados de forma tópica. (BAUMANN, 2018). Os produtos cosméticos têm várias utilizações, pois possuem ativos para antienvelhecimento, antioxidantes, hidratantes, esfoliantes, repositores de colágeno e diversas vitaminas (DRAELOS, 2014). 5.5 Laser São utilizados dois tipos de laser o não ablativo como o Nd:YAG que tem comprimento de onda de 1.064nm, atuando profundamente na camada da derme. E os lasers ablativos, como o Erbium: YAG com 2.940nm e o de CO2 com 10.600nm de comprimento de onda foram os primeiros laseres utilizados para tratar rejuvenescimento (NOVAIS, 2020). O laser ablativo fracionado é uma tecnologia avançada a qual engloba alguns tipos de técnicas ablativas juntamente com a fototermólise fracionada. Esse laser tem uma ablação no tecido proporcionando a regeneração do colágeno ou estiramento devido ao aquecimento dérmico, levando a um lifting facial onde ainda se discute nesses tempos (LIPOZEN, 2013). Os efeitos proporcionados a pele são de reorganização das fibras elásticas e de colágeno, melhora no aspecto dermoepidérmico (NOVAIS, 2020). A luz do laser é coerente, pois são um tipo de raio colimado somente com um comprimento de onda, diferente da luz intensa pulsada que tem uma variação de comprimento entre 500nm a 1.200nm (WAT, 2014). Vários estudos apresentam como efeito da luz intensa pulsada a remodelação do tecido, além de estimular a neocolagênese, diminui a elastose, com um tempo determinado de tratamento, e promove a estimulação dos fibroblastos in vitro, além de aumentar a produção de colágeno (CAO, 2011). 32 5.6 Vapor de ozônio A ozonioterapia é uma metodologia que utiliza o gás ozônio para fins terapêuticos, esta vem sendo difundida amplamente a várias áreas medicinais por sua administração de baixo custo de investimento e manutenção, além de seu fácil manuseio e aplicação (MORETTE, 2011). A ozonização se destaca frente a outros produtos oxidantes por ser considerado um método mais seguro uma vez que não libera resíduos químicos. Além disso, em contato com fluídos biológicos, o ozônio forma moléculas bioreativas de oxigênio que acabam por 6 influenciar o metabolismo celular alterando eventos bioquímicos que geram benefícios como a reparação tecidual (COELHO, 2015). Essa técnica permite direcionar o vapor para determinadas partes do corpo tal como o rosto, e em contato com a cútis promove sudorese facilitando a eliminação de toxinas, aquecimento, vasodilatação periférica e emoliência da camada córnea. (BARROS, 2014). Os olhos devem ser protegidos sempre com algodão umedecido em loção apropriada, deixar uma distância de saída do vapor até a região a ser tratada de aproximadamente 40 centímetros e observar se a pele apresenta poros dilatados ou problemas circulatórios ou se é muito sensível, casos em que a vaporização é contraindicada (MARINGÁ, 2017). 5.7 Alta Frequência “A alta frequência é um equipamento que possui propriedades bactericida, fungicida, antimicrobiana e cicatrizante. Tais efeitos são resultado da ação do ozônio liberado pelo equipamento” (SILVA, 2013). O gerador de alta frequência é um aparelho que vem sendo utilizado para auxiliar no tratamento das lesões pois ele é um aparelho que trabalha correntes alternadas com frequência entre 100.000 e 200.000 Hz, além disso o aparelho possui eletrodos de vidro que contém um gás denominado ozônio (O³) que só será liberado quando usado na superfície da lesão, que irá apresenta efeito térmico causando vasodilatação local, aumento do fluxo sanguíneo, oxigenação e do metabolismo 33 celular, promovendo também efeito analgésico, anti-inflamatório, antisséptico e cicatrizante (COSTA, 2019). As bactérias são os organismos mais sensíveis ao O³ o que garante a sua eficácia bactericida e consequentemente a cura, de modo que o gerador de alta frequência é considerado um ótimo aliado no tratamento de lesões por pressão (KORELO et al., 2013). 5.8 Desincruste O eletrodo ativo dever ser envolvido com algodão embebido em alguma substância desincrustante, sem que as partes metálicas entrem em contato com a pele, para que não haja queimaduras. Deve-se movimentar o eletrodo ativo lentamente sobre a região da pele a ser tratada, exercendo uma pressão uniforme e firme. Os movimentos devem ser retilíneos e ordenados de maneira a esquadrinhar toda a superfície a ser tratada (BARROS, 2014). A substância desincrustante, frequentemente, apresenta sódio em sua composição (exemplo: sulfato de sódio, salicilato de sódio, cloreto de sódio, carbonato de sódio, entre outros). Quando o eletrodo ativo, com o algodão embebido na substância desincrustante, toca a pele da paciente e a corrente começa a fluir, dá-se início à eletrólise da substância desincrustante, precipitando assim o sódio (BARROS, 2014). Tomando-se por base esse efeito, o desincruste pode ser realizado de duas formas. Primeiramente utilizando-se como eletrodo positivo o polo negativo; neste caso, o sódio eletrolisado no algodão do eletrodo ativo entra em contato com o sebo da pele e a partir do momento que o algodão é deslizado sobre a pele seborreica, pelo fato dos íons de sódio terem polaridade positiva, são atraídos para o polo negativo no eletrodo ativo, fixando-se ao algodão que envolve este eletrodo (BARROS, 2014). Ao eliminar as capas superficiais da epiderme, estimula a remoção do tecido cutâneo, mediante a eliminação das células mortas da pele, conseguem efeitos revitalizantes e a micropercussão pode elevar a temperatura e melhorando a 34 circulação sanguínea e consequentemente a melhora da oxigenação (BARROS, 2014). Contraindicações: Feridas, lesões, ou inflamações no local da aplicação; Gestantes; Próteses metálicas no local da aplicação; Portadores de marca-passo; Neoplasias; Pessoascom distúrbios de sensibilidade; Pessoas epiléticas; hipertensos ou hipotensos descompensados; Diabéticos descompensados. 6 PEELINGS FACIAIS Fonte: dermaclub.com.br 6.1 Peeling ultrassônico O peeling ultrassônico é um procedimento de limpeza da pele, remoção de impurezas e células mortas através do peeling ultrassônico. Possibilita aplicação de um sistema de vibração e simultânea de terapia combinada, ou seja, a emissão do ultrassom juntamente com a estimulação elétrica que pode ser microcorrente ou microgalvânica para favorecer a renovação e o reequilíbrio da pele ou permear ativos ionizáveis. Ao eliminar as capas superficiais da epiderme, estimula a remoção do tecido cutâneo, mediante a eliminação das células mortas da pele, conseguem efeitos revitalizantes e a micropercussão pode elevar a temperatura e melhorando a 35 circulação sanguínea e consequentemente a melhora da oxigenação A aplicação do peeling se dá por meio de uma corrente ultrassônica, que ao entrar em contato com a pele promove uma limpeza profunda e elimina as células mortas, o que promove a renovação celular e também a produção de elastina e colágeno (BARROS, 2014). A técnica é indolor e não agride tanto a pele tanto quanto outras técnicas. Devido a isto a pele reage melhor ao tratamento, e potencializa a ação de produtos nutritivos e hidratantes. O peeling ultrassônico age em etapas: primeiro realiza uma higienização profunda, e depois hidrata a pele. Em seguida vem a tonificação e a finalização do procedimento, em que o profissional aplica uma máscara para promover o relaxamento muscular (BARROS, 2014). O resultado é uma pele revitalizada e renovada, com aparência uniforme e com menos manchas e cicatrizes de acne. • Modo peeling por ultrassom com emissão contínuo ou pulsado 50% com a ponta da espátula. • Modo ultrassom com emissão contínuo ou pulsado 50%. Sonoforese com o dorso da espátula. • Terapia combinada ultrassom de baixa frequência + eletroestimulação, com o dorso da espátula: ultrassom + microcorrente (MENS) e Ultrassom + microgalvânica (GMES – polaridade positiva ou negativa). A parte metálica da espátula ultrassônica atua também como um eletrodo, isso é permite a passagem de correntes produzidas pelo gerador do equipamento (microcorrente MENS e microgalvânica GMES) e pode atuar como terapia combinada com emissão simultânea de ultrassom de baixa frequência + MENS ou emissão simultânea de ultrassom de baixa frequência + GMES (polaridade negativa ou polaridade positiva) ou ainda pode atuar como terapia isolada emitindo somente MENS ou somente GMES, e neste caso, basta não aumentar a intensidade do ultrassom ( BORGES, 2010). 36 6.2 Peeling de Diamante O peeling de diamante é um procedimento de esfoliação não cirúrgica, e sua ação é estimular o desenvolvimento da mitose celular, realizando assim uma renovação epitelial mais acelerado, possibilitando efeitos de clareamento das regiões mais superficiais da epiderme. Realiza microesfoliações, removendo células mortas, uniformizando a quantidade de melanina sobre a pele e estimulando a deposição de colágeno na área afetada (BATISTA et al., 2017). O peeling de diamante é composto por uma manopla com diferentes ponteiras diamantadas de granulometrias diferentes. Portanto, o peeling é um equipamento próprio para promover uma microesfoliação da camada mais superficial da pele, a epiderme, no intuito de remover as células mortas que permanece na epiderme e estimular a produção de colágeno (BORGES, 2010). Cuidados pré peeling: É recomendada a suspensão do uso de ácidos, como por exemplo o ácido retinóico, de 24 a 48 horas antes do procedimento, pois são componentes que deixam a pele mais sensível. Além disso, a paciente deve questionar o seu dermatologista sobre outros produtos que devem ser suspensos antes das sessões. Cuidados pós peeling: Contudo, após aplicação do peeling, é preciso ter alguns cuidados, principalmente com a exposição ao sol, devendo esta ser realizada moderadamente e com uso devido do protetor solar. É necessário realizar hidratação diária, com produtos específicos orientados pelo profissional. O uso de água termal, para hidratação extra, bem como de água gelada ou chá de camomila gelado, ajuda a melhorar a vermelhidão e o calor gerado. Importante a não retirada das chamadas casquinhas, devendo deixar sair naturalmente (PINTO et al., 2015). Algumas intercorrências podem ocorrer caso os cuidados não sejam realizados, sendo elas alergias, queimaduras, hiperpigmentação pós-inflamatórios, edemas excessivos, vermelhidão, não obtendo os resultados desejados (ROSA, 2020). O número de sessões varia de 3 a 5, de acordo com o caso, com periodicidade quinzenal. Caso o paciente queira apenas a renovação da pele, três sessões bastam. 37 Quem precisa aliviar a aparência de cicatrizes de acne, estrias e poros muito abertos deve fazer pelo menos cinco sessões. Cada sessão dura em média 30 minutos. Contraindicações: Para peles sensíveis ou com rosácea o peeling de diamante e qualquer outro tratamento que faça o lixamento da pele não são boas opções, pois é grande o risco de a pele ficar ainda mais irritada. Peles com inflamações, como uma acne amarelada, por exemplo, também não devem passar pelo procedimento sob o risco de aumentar a inflamação ou mesmo espalhar microorganismos pela pele. Caso haja micro lesões em outros locais, pode haver o surgimento de novas acnes. Grávidas podem fazer o tratamento, mas sempre é indicado a mulheres gestantes que consultem o médico antes de passar por qualquer procedimento estético. A atenção deve ser redobrada caso seja feita a associação de cosméticos ao peeling de diamante. 6.3 Peeling de Cristal A microdermoabrasão é um tipo de esfoliação mecânica e foi inventada na Europa. O aparelho de microdermoabrasão possui um vácuo eletrônico potente e a abrasão é obtida pulverizando microcristais de dióxido de alumínio, na superfície da pele. Os equipamentos de microdermoabrasão consistem em motores internos, mangueira, filtros e caneta aplicadora. As mangueiras e caneta aplicadora precisam estar secas para que os cristais possam fluir perfeitamente. Use apenas os cristais indicados pelo fabricante. (STANDARD, 2011). Para BORGES (2009), a microdermoabrasão é um recurso esfoliantes e pode ser usado pelo fisioterapeuta por se constituir em técnicas de peeling mecânico de caráter superficial (epidérmico), logo, sem caráter lesivo a estruturas nobres da pele (anexos da pele). GUIRRO e GUIRRO (2002) explicam que os vários níveis de abrasão envolvem diferentes profundidades da pele e, consequentemente, diferentes respostas: • Nível 1 - superficial, atinge apenas a epiderme, ocasionando um eritema. • Nível 2- intermediário, atinge a epiderme e parte da derme, ocasionando uma hiperemia e edema. 38 • Nível 3 – profundo, atinge todas as camadas da derme, ocasionando um sangramento associado a outros sinais. O uso da microdermoabrasão gera uma esfoliação da pele, geralmente por meio de um sistema que lança um fluxo de microcristais na pele através de vácuo controlado. Existem vários níveis de abrasão, que se relacionam a diversos fatores: nível de sucção, movimento e velocidade das manobras, tempo de exposição, número de repetições na mesma área e também o tipo de pele (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Segundo VANZIN (2011) a microdermoabrasão pode ser empregada para suavizar as seguintes condições: danos causados pelo sol, pigmentação, comedões abertos e fechados, linhas de expressão e rugas, poros dilatados e pele espessa. Apresenta a vantagem de possuir tecnologia não invasiva e não cirúrgica a microdermoabrasão (peeling de cristal), devido à sua técnica peculiar de remover células envelhecidas, estimular a produção de células jovem e novo colágeno. Por isso, é umamedida de tratamento fisioterápico interessantes para as estrias (MENDONCA, 2011). Cuidados pré peeling: No geral, não são precisos cuidados específicos antes do peeling de cristal. Normalmente, quem vai fazer um tratamento para estrias, clareamento ou foliculite costuma-se usar ativos renovadores celulares (como ácido retinóico e ácido glicólico), que preparam a pele, deixando-a uniforme, o que permite melhor penetração dos ativos. Cuidados pós peeling: Após o peeling de cristal, o cuidado principal é com o uso constante do filtro solar, com fator de proteção solar (FPS) mínimo de 30, com reaplicação de quatro em quatro horas. Para acalmar a pele, é recomendado o uso de hidratantes calmantes e água termal para ajudar na recuperação da pele. O uso de cosméticos comuns deve esperar de quatro a cinco dias. Caso você use algum específico, como os ácidos, siga a orientação do seu dermatologista. Contraindicações: A microdermoabrasão está contraindicada nas lesões tegumentares seguidas de processo inflamatório. Em relação às precauções devem ser levadas em importância, tais como: evitar a exposição solar 48 horas antes e após cada sessão; controle com o uso de cosméticos ou cosmecêuticos à base de ácidos, evitando-se uma grande sensibilização epidérmica, exceto sob indicação e rigoroso 39 acompanhamento médico; usar qualquer técnica de peeling ou de produtos ceratolíticos, cuidados nas peles negras, grande fragilidade capilar, hemangiomas, sensibilidades ou alergias (BORGES, 2010). O uso impróprio da microdermoabrasão pode acarretar hipopigmentação e hiperpigmentação, além de poder gerar sensibilização da pele. Qualquer procedimento forte de esfoliação requer a abstinência do sol e o uso diário de protetor solar. A microdermoabrasão não é recomendada para pele sensível, com telangiectasias, com rosácea ou de clientes com predisposição a problemas de pigmentação (STANDARD, 2011). 7 HIDROLIPOCLASIA Fonte: institutovitalsaude.com.br A hidrolipoclasia é um procedimento estético realizado por Biomédicos Estetas com o objetivo de potencializar os resultados do ultrassom focado na redução da gordura localizada, tendo uma grande significância nos seus resultados na redução de medida e contorno corporal. Além de ser um procedimento minimamente invasivo, indolor, rápido, baixo custo, e não cirúrgico, e por não precisar de repouso após a sessão (SONG et al., 2006). 40 O procedimento que visa potencializar os efeitos do ultrassom focado, através da introdução de soro fisiológico (solução isotônico 0,9%), associados a substâncias lipolíticas. O objetivo da técnica é expandir as células de gordura causando uma maior facilidade de ruptura de membrana quando associada à cavitação do ultrassom que irá causar uma vibração e um repuxamento das células, levando a uma maior perda de gordura localizada (RODRIGUES, 2011). As soluções cristaloides utilizadas em hidrolipoclasia, são aquelas que contêm eletrólitos como partículas dissolvidas em solução, que atravessam facilmente a barreira endotelial e tendem a se acumular em maior quantidade no interstício. A concentração de sódio (Na+) na solução desempenha um papel importante na determinação do compartimento no qual o fluido é distribuído. Soluções cristaloides são divididos em categorias isotônicas, hipertónicas e hipotônicas (COOPER, 2000). A solução isotônica é a mais utilizada na técnica de hidrolipoclasia devido ao baixo risco de eventos adversos e por ocasionar a sua maior absorção pelos adipócitos deixando a membrana suscetível a ruptura quando submetido as vibrações das ondas ultrassônicas (HAND, 2001). Por ser uma substância que não causa danos a saúde do paciente, o seu uso no procedimento de hidrolipoclasia pode ser de até 500 ml por sessão. A quantidade de soro fisiológico irá depender da quantidade de gordura na área a ser tratada e o objetivo do paciente a ser atingido em poucas sessões. Assim, a quantidade ideal injetada deverá ser de responsabilidade do profissional, após uma anamnese minuciosa, feita antes do início do procedimento. Em seguida, o ultrassom é aplicado sobre a região a ser tratada (ROSENTHAL, 2006). Segundo a resolução Nº 197, de 21 de fevereiro de 2011, compete ao profissional Biomédico com a graduação específica na área de saúde estética realizar procedimentos invasivos não-cirúrgicos na área de estética. Sendo assim, o Biomédico Esteta está apto a realizar o procedimento de hidrolipoclasia não aspirativa. O profissional tem o compromisso ético de avaliar e preparar o paciente informando e esclarecendo-o quanto ao procedimento a ser realizado, aos cuidados pré e pós-procedimento, aos riscos e benefícios, em uma linguagem acessível. Bem como, tentar suprir suas necessidades e questionamentos, para que efetive o 41 processo de tomada de decisão de forma consciente (BEAUCHAMP; CHILDRESS, 2002). As complicações podem acontecer em qualquer tipo de procedimento, seja ele invasivo não cirúrgico ou invasivo cirúrgico, o que diferencia é o biossegurança dentro das clínicas antes e durante o início do procedimento, bem como orientar o paciente sobre os possíveis acontecimento após a sessão. Um profissional bem capacitado e com responsabilidades éticas são de grande importância para que as chances de contaminação e complicações sejam reduzidas, eliminando assim possíveis sequelas pós procedimentos (MAIO, 2004). A terapia combinada surgiu há pelo menos 15 anos nos tratamentos estéticos como uma das opções terapêuticas para o tratamento da gordura localizada abdominal, associando os benefícios do ultrassom ao da corrente elétrica alternada, com o objetivo de estimular a lipólise e ativar o sistema linfático, reduzindo o tamanho do adipócito (AGNES, 2013, apud TENÓRIO, 2019). Procedimento: O procedimento inicia com a higienização da pele na área a ser tratada, em seguida deve ser feita as medições da prega cutânea da região com o auxílio do Adipômetro para saber qual ponteira será utilizada do equipamento de ultrassom focado e o comprimento da agulha a ser utilizado, após isso é feita as demarcações da área com lápis esferográfico região que será tratada. Antes da infiltração da agulha com solução salina fisiológica (cloreto de sódio a 0,9% pode ser aplicado um botão com anestésico, como lidocaína 5% para atenuar a dor causada devido a compressão das terminações nervosas durante a introdução da agulha e a infiltração da solução para pacientes sensíveis a dor. São misturados em uma seringa de 20 ml, 0,5 ml de bicarbonato, 0,5 ml de lidocaína 5% e suplementado com 19 ml de solução isotônica, a quantidade de soro a ser infiltrado irá depender na prega de gordura do paciente. A introdução do soro fisiológico leva a um inchaço dos adipócitos deixando a membrana da célula frágil facilitando sua lise quando administrado o ultrassom. O ultrassom utilizado nesse procedimento é o de alta frequência e atinge uma profundida de até 3 cm, após a infiltração do soro e o inchaço local, inicia-se a técnica de ultrassom que deve ser utilizado um gel próprio para melhor deslizamento da ponteira na pele do paciente e evitar possíveis desconforto e queimaduras durante o 42 procedimento. O procedimento dura em torno de 40 minutos dependendo da área a ser tratada. Por fim, pode ser feita uma drenagem linfática ou atividade física para ajudar na eliminação dos triglicerídeos livre na corrente sanguínea, que serão metabolizadas no fígado e eliminada de forma natural do organismo (BORGES, 2018). Para ser realizado o procedimento, o paciente deve estar apto, não possuir nenhum tipo de lesão na região a ser tratada, bem como nenhuma destas contraindicações: áreas isquêmicas; tromboflebites e varizes, hepatopatias, implantes metálicos, gestante, tumores cancerígenos, áreas anestesiadas, não deve ser realizadosobre as infecções ativas, gônadas, área cardíaca, olhos, hemofílicos não tratados, lembrando que o procedimento não terá resultados satisfatórios em pessoas obesas. Para pacientes que possuem doenças cardiovasculares, IMC acima do normal, com níveis de colesterol ou triglicerídeos elevado ou com mau funcionamento do fígado, também é contraindicado o procedimento de hidrolipoclasia (BERTOLOTTI, 2016). 8 ELETROTERAPIA CORPORAL A eletroterapia é uma técnica que consiste no uso de correntes elétricas em tratamentos terapêuticos. A demanda para tratamentos que visem a redução de gordura localizada é muito grande e, além das técnicas manuais é muito importante que haja a associação de tratamentos eletroterápicos. Para cada caso é necessária uma técnica diferenciada, motivo pelo qual é importante que o profissional da área esteja devidamente habilitado. 8.1 Ultrassom- Manthus/ HECCUS O Manthus é caracterizado como ultrassom aliado a corrente senoidal, consistindo em vibrações mecânicas responsáveis por micro massagens celulares, estas por sua vez movimentam o tecido ocasionando o aumento de fluidos intra e extracelulares, onde favorecem a retirada de catabólicos e a oferta de nutrientes. Além 43 disto, quando utilizado a corrente continua, fornece efeito térmico, aumento da permeabilidade da membrana e vasodilatação (TENÓRIO, 2019). Este equipamento trabalha com as chamadas terapias combinadas, constituídas por um potente emissor de ultrassom, associado a um gerador de estímulos elétricos e correntes polarizadas com grande penetração. As correntes estereodinâmicas aceleram o sistema linfático, diminuindo a célula de gordura e as toxinas que foram expulsas com a realização do ultrassom. As correntes polarizadas permitem que o aparelho realize a introdução de princípios ativos (melanges) específicos para redução de gordura localizada, celulite e flacidez de pele (BERTOLOTTI, 2016). O Heccus® é um gerador de ondas ultrassônicas associado a corrente alternada de baixa frequência e correntes polarizadas de média frequência, possibilitando o uso das correntes ou do ultrassom individualmente. Sua nova versão, Heccus Turbo®, realiza a terapia combinada com o ultrassom de 3,3MHz e 1,1MHzassociado as correntes Aussie, polarizada e High Volt, de estimulo elétrico tripolar que estimula não só os vasos linfáticos como também o sistema sensorial e motor (BERTOLOTTI; MOREIRA, 2016, apud TENÓRIO, 2019). Possibilita o tratamento de gordura localizada, celulite e pós-operatório através de procedimento indolor e não invasivo. Tem um sistema de emissão e combinação simultânea do Ultrassom com as correntes estereodinâmicas, onde as formas de onda e frequências foram elaboradas para maximizar os resultados; promovem a Sonoporação e Macroporação, técnicas que aceleram a obtenção dos resultados. Indicação: Gordura localizada; Flacidez de pele; Celulite de todos os graus; após hidrolipoclasia; pós-operatório de cirurgia plástica. Contraindicação: Gestante; Câncer; DIU de cobre na região; Abdominal; Hipertensão descompensada. Duração e sessões: Mínimo de 10 sessões de 30 minutos cada. 8.2 Ultrassom O termo “ultrassom” surgiu por volta do século XX, quando foram produzidas e detectadas ondas sonoras com frequência superior aos níveis audíveis pelo homem. 44 A partir disso muito foi estudado e aperfeiçoado chegando hoje onde se tem potência e frequências diferentes para cada tipo de disfunção estética (BORGES, 2009). É definido por oscilações cinéticas ou mecânicas produzidas por um transdutor vibratório que quando aplicado sobre a pele, atravessa-a alcançando diferentes profundidades (CHARTUNI, 2015). Para cada tipo de disfunção estética existe um tipo de potência e frequência, sendo as frequências utilizadas na estética de 1 e 3 MHz. Assim, quanto mais alta frequência mais superficialmente a onda penetra no tecido. No tratamento da gordura localizada a frequência utilizada é de 3 MHz e a potência varia de 9 Watts á 13 Watts Também se considera o tamanho da “prega de gordura” do paciente, na escolha do tipo de ultrassom a ser utilizado: alta ou baixa frequência. Considerando que o ultrassom de baixa frequência apresenta riscos de atingir a musculatura, os ossos, alguns órgãos trazendo risco a saúde do indivíduo quando aplicado indevidamente (BORGES, 2009). De acordo com NEVES (2007) em virtude dos efeitos mecânicos, térmicos e químicos o ultrassom produz diversos efeitos terapêuticos quando se trata de gordura. O ultrassom focado de alta frequência também age nas células de gordura causando lipólise, sendo essa eliminada pelo sistema linfático, porém, atinge uma camada de gordura de até 3 cm de espessura, sendo indicado então para paciente que possuem gorduras localizadas menores e que estão no seu peso ideal. FERNANDEZ (2009) afirma que o ultrassom focado pode ser controlado pelo alcance da gordura, através da escolha da manopla ideal, atuando de forma mecânica, comprimindo e "puxando" as células adiposas alternadamente, o que faz com que elas se quebrem. O intervalo de cada sessão é de quinze dias. Conforme HAAR e colaboradores (2003) a ultracavitação é uma onda de ultrassom com frequência abrangendo a vibração do tecido adiposo. Essas ondas ultrassônicas vão produzir bolhas de gás ou de vapor que serão submetidas a consideráveis pressões negativas ou positivas. As bolhas estarão próximas ao tecido subcutâneo que também responderão a frequência do ultrassom, sofrendo rompimento e por estarem próximas ao adipócito farão com que esse fragmente sua membrana, promovendo o extravasamento da gordura. 45 O ultrassom de baixa frequência é indicado para pacientes que possuem uma prega maior que 4 cm de gordura, pois atua nas camadas mais espessas de tecido adiposo criando vibrações nas células. Quando elas vibram, provocam aumento do calor e com isso o colágeno é estimulado, ajudando a reduzir a flacidez da pele no local tratado (AGNES, 2013). Para pacientes que possuem doenças cardiovasculares, IMC acima do normal, com níveis de colesterol ou triglicerídeos elevado ou com mau funcionamento do fígado, é contra indicado o procedimento de hidrolipoclasia. Já que, mais gordura será liberada na circulação para ser metabolizada nesse órgão, e então, pode haver uma sobrecarga desnecessária, que consequentemente pode gerar algum prejuízo à saúde (RORATTO, 2018). • Tipos de ondas terapêuticas Contínuo: Não possui interrupções no fluxo longitudinal das ondas. Normalmente são indicadas para as lesões crônicas. Pulsátil: Possui interrupções no fluxo contínuo de ondas ultrassônicas. As vibrações são interrompidas por pausas. São indicadas para lesões agudas. • Efeitos As vibrações mecânicas produzem um aumento do metabolismo local, gerando aumento do fluxo sanguíneo local, melhorando a nutrição tecidual, a retirada de catabólitos, favorecendo a regeneração tecidual. O aumento do metabolismo local e a consequente retirada dos catabólitos levam a uma descompressão das terminações nervosas. A ação mecânica entre os tecidos produz a liberação de aderências, devido a separação das fibras de colágenos, remodelagem das camadas intracelular, absorção de excesso de íons de Ca++. • Passo a passo da terapia com o ultrassom: Limpar a região a ser tratada; Usar gel condutor ou medicamento à base de gel. O ultrassom é bloqueado na presença de vaselina e, óleos; Ligar o aparelho; Escolher a intensidade adequada para a lesão; 46 Manter o contato perfeito em ângulo de 90º; Deslizar o cabeçote em movimentos circulares. Na redução da adiposidade abdominal, o ultrassom tem sido avaliado como um ótimo recurso. Na terapia combinada seus resultados podem ser ainda mais potencializados com a corrente elétrica alternada, que produz eletroneuroestimulação muscular. A energia provocadapelas ondas ultrassônicas promove uma agitação das células adiposas, proveniente do efeito mecânico da cavitação, associado ao aumento da temperatura local, 8 decorrente do efeito térmico do ultrassom, que potencializa o metabolismo. Já a corrente elétrica estimula o fluxo sanguíneo e linfático, melhorando a drenagem de líquidos corporais, e ainda a liberação de catecolaminas, através de terminações nervosas, que tem ação direta nos receptores das células do tecido adiposo, provocando a lipólise naquela região (TENÓRIO, 2019). Efeitos deletérios: Queimaduras: Altas intensidades podem produzir efeitos térmicos exagerados; permanecer com o cabeçote parado durante a terapia. Cavitação: Ocorrem por doses excessivas, que irá produzir lesões teciduais locais com liberação de gases e a formação de cavernas. Hiperdosagens podem produzir fibroses teciduais. Alterações no aparelho: falta de manutenção técnica, um acoplamento errado do cabeçote pode não produzir o efeito terapêutico desejado. Contraindicações: Ouvidos; Olhos, Ovários e Testículos, Zonas de crescimento; Útero grávido; Neoplasias; Processos infecciosos; Cicatrizes em pós- operatórios imediatos/ mediatos; Tromboses e Flebites; Áreas tratadas com radioterapia. Indicações terapêuticas: Tendinites, Mialgias, Contraturas e tensões musculares, Bloqueios articulares, cicatrizes cirúrgicas, Formação de calo ósseo (retardo de consolidação). Dosimetria: Dependerá da lesão e do quadro da lesão se aguda ou crônica. O tempo pode variar de 1 a 8 minutos. Área Tamanho da área Tempo Área pequena 5cm2 2 minutos Área média 10cm2 4 minutos 47 Área grande 25cm2 6 a 8 minutos *Cálculo da intensidade Dose = área a ser tratada (cm2) x 0,1W / área do cabeçote (cm2). 8.3 Lipocavitação Fonte: mundoboaforma.com.br O ultrassom cavitacional baseia- se na emissão de ondas de pressão que entram no meio e se expandem novamente quando saem; essas sofrem repetidas compressões e refrações podem causar bolhas microscópicas em forma biológica de fluidos que crescem em tamanho e oscilam até que implodem. Dentro dessas bolhas podem concentrar-se altas temperaturas e as forças geradas pelo colapso das bolhas podem causar a lise da membrana das células adiposas através de processos mecânicos (TOSCAN, 2017). A cavitação pode ser classificada como estável ou instável. O processo pelo qual pequenas bolhas são forçadas a oscilar na presença de um campo sonoro é chamado de cavitação não-inercial ou estável; essas bolhas geradas aumentam e diminuem seu volume, porém permanecem intactas. Neste caso as ondas mecânicas são dinâmicas e uniformes, apresentando capacidade mínima de causar lesões 48 teciduais e não demonstrando, desta forma, se tratar de uma técnica interessante para a estética (GOMES, 2015). No entanto, quando um volume de líquido é submetido a uma pressão suficientemente alta, pode ocorrer o rompimento das bolhas formadas, sendo consequência deste efeito a cavitação instável. Este processo mecânico é produzido por equipamentos de ultrassom em altas potências ou em altas frequências, associado às altas temperaturas produzidas pelo fenômeno de cavitação, que são suficientes para atingir o tecido focalizado. A grande vantagem é que o tecido circundante tratado permanece inalterado, evidenciando se tratar de uma técnica segura e com especificidade para tecido adiposo (JENS, 2010). Indicações: Este tratamento está indicado, principalmente, para casos de gordura localizada. Em decorrência da melhora da gordura localizada, a lipocavitação também pode amenizar a celulite. A lipocavitação não é tratamento para sobrepeso ou obesidade. Contraindicações: É mito que a lipocavitação aumenta o colesterol, uma vez que libera gordura. A quantidade de gordura eliminada é muito pequena para causar danos aos órgãos. No entanto, se o paciente já tiver gordura no fígado (esteatose hepática) ou colesterol elevado este procedimento estético deve ser evitado. Gestantes também devem evitar o tratamento. Indivíduos com histórico de tumor ou câncer também devem evitar o tratamento. Sessões: Desde a primeira sessão é possível ver diferença, no entanto são necessárias, em média, de quatro a oito sessões de lipocavitação para o resultado completo. Cada uma delas dura cerca de 30 minutos. É possível tratar mais de uma área por sessão, mas o ideal é que sejam tratadas no máximo duas, pois quanto mais áreas, maior o tempo e mais cansativo o procedimento para o paciente. O paciente deve ser orientado a realizar uma atividade física após o procedimento de lipocavitação (como corrida, musculação plataforma vibratória, entre outros). 49 8.4 Criolipólise A criolipólise é caracterizada pelo resfriamento localizado do tecido adiposo subcutâneo de forma não invasiva, com temperaturas em torno de -5 a -10 ºC, causando uma paniculite fria localizada e provocando morte adipocitária por apoptose, por um período de 40 a 60 minutos. Este congelamento leva à cristalização dos lipídios encontrados dentro do citoplasma dos adipócitos, causando à inviabilidade dessas células (ARAÚJO, 2016). A exposição ao frio aumenta a necessidade de produção de calor pelo corpo a fim de promover a homeotermia através da liberação de hormônios pelo hipotálamo, que induzem a utilização dos ácidos graxos livres como substratos energéticos nas mitocôndrias, promovendo o aumento o metabolismo energético. Quando ocorre a paniculite o organismo reage causando uma resposta anti-inflamatória, ocasionando a eliminação das células lesadas (ARAÚJO, 2016). Fonte: esteticanatv.com.br O dispositivo clínico atualmente utilizado é composto de um aplicador (manopla) em forma de copo, que utiliza um vácuo moderado para puxar uma prega (composta de pele e gordura) para dentro do aplicador, posicionando-a entre duas placas de arrefecimento. Estes painéis de resfriamento executam a extração de calor proporcionando uma intensa diminuição da temperatura, necessária para induzir os adipócitos na área de tratamento a uma morte apoptótica. A criolipólise - um tratamento não invasivo - atua na gordura localizada, através do congelamento das células lipídicas. Esse método com tecnologia 50 de resfriamento intenso atinge apenas o tecido desejado sem danos aos tecidos adjacentes. A técnica de aplicação se dá pela colocação da manopla do aparelho na superfície da pele submetendo-a a temperaturas negativas, provocando um congelamento das células de gordura. A remoção dos adipócitos é feita pelo sistema imune, e a gordura do interior dessas células é levada ao fígado pelo sistema linfático, para que ocorra sua metabolização. (ARAÚJO, 2016, apud NUNES, 2017). A técnica de Criolipólise vem sendo amplamente utilizada nas clínicas de estética como conduta principal no tratamento de gordura localizada. A Criolipólise apresenta contraindicações tais como, Dermatites ou pruridos na região a ser tratada; Cirurgia recente, cicatriz ou hérnia na região a ser tratada; Gravidez ou lactação; feridas abertas ou infectadas; Doenças neuropáticas; Sensibilidade conhecida ao frio; Sensação dérmica prejudicada; Hemoglobinúria paroxística ao frio; Crioglobulinemia, pacientes com dispositivos intrauterinos (DIU), tumores, câncer (NUNES, 2017). • Protocolo de aplicação O protocolo de aplicação pode chegar à temperatura de -10 ºC, onde uma membrana de gel é aplicada sobre a pele para perfeito acoplamento do aplicador. A sucção do tecido é realizada no interior da manopla, por pressão a vácuo, durante 60 minutos, quando ocorre o processo de resfriamento tecidual, seguido por 5 minutos de massagem manual (NUNES, 2017). A técnica envolve efeitos adversos mínimos, que puderam ser contornados ou desapareceram nos indivíduos submetidospela técnica, possibilitando o mesmo a sair do procedimento e retomar as atividades normalmente. Tais efeitos colaterais foram: dor local, edema, hematoma, equimose, dormência, entre outros. (FERRARO, 2012). 8.5 Estimulação galvânica (GS) Guillaume Duchenne, o criador da eletroterapia, aprendeu que a aplicação de correntes alternadas no músculo produzia fortes contrações, independentemente da condição do próprio músculo. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi descoberto que isto impedia a atrofia (deterioração) muscular e era útil na restauração da massa muscular após ferimentos e lesões. GS de alta voltagem reduz espasmos musculares e edemas do tecido mole, 51 reduzindo assim a dor. Ela é mais eficaz durante os estágios iniciais de tratamento, quando combinada com outras formas de fisioterapia, como gelo, calor e exercícios de reforço e de amplitude de movimento. A GS é um aparelho de aplicação de corrente elétrica direta. Mais utilizado para lesões agudas associadas a graves traumas tecidulares com hemorragias e edemas. Cria um campo eléctrico numa área específica que supostamente alterna a corrente. Possui eléctrodos positivos, que reduzem a circulação e, por conseguinte o edema, atuando como frios e negativos, que aumentam a circulação acelerando a cura e atuando como calor. A corrente galvânica também chamada voltaica ou contínua é unidirecional e essencialmente polarizada, mantendo seus polos bem determinados durante todo o tratamento. Uma vez fechado, o circuito atravessa um eletrólito, os íons se dirigem para os dois polos, conforme sua carga. Empregam-se baixa voltagem e baixa intensidade, sendo esta, abaixo de 50ma. A corrente galvânica atua sobre os nervos sensitiva com sensação de ardor e agulhada, que cresce com a intensidade da corrente, e sobre os nervos motores, provocando a contração dos músculos por eles inervados. Na área estética, esta corrente é utilizada para introduzir na pele determinadas substâncias consideradas curativas. A corrente galvânica possui a propriedade de determinar efeito térmico, químico e efeitos fisiológicos e de formar um campo magnético. Ao atravessar os tecidos do corpo humano produz uma cadeia de fenômenos físico-químicos cujos fundamentos se manifestam especialmente na dissociação molecular. Como por exemplo podemos citar o cloreto de sódio existente em nosso organismo ao se dissociar forma íons Na e Cl. A iontoforese (ionização) se resume no aproveitamento desses fenômenos físico-químicos com a finalidade de fazer penetrar substâncias terapêuticas através de pele íntegra. O ionizador galvânico constante com produto químico colocado no eléctrodo negativo é colocado em cima do depósito de gordura e o elétrodo positivo paralelo, 52 produz uma contratura local, fazendo penetrar o produto químico com suas partículas elétricas no interior do depósito de gordura (tratamento localizado). O músculo diretamente atingido também se contrai no fechamento ou abertura do circuito. Um estímulo gradualmente crescente pode estimular um músculo desnervado sem se propagar aos músculos com inervação e aos nervos nas suas proximidades. Impulsos muito breves podem exigir uma intensidade muito alta, sendo os impulsos com 100 milissegundos mais adequados para a estimulação de músculos desnervados. O fim do estímulo é prevenir a atrofia muscular dos músculos desnervados, melhorar a circulação venosa e linfática e impedir a fibrose do tecido conjuntivo no músculo. Ação físico – química: Com a corrente galvânica são realizadas as seguintes técnicas faciais: Ionização, Desincruste, Eletrolifting ou Galvanopuntura, Eletrólise ou Eletrocoagulação. Efeitos fisiológicos: Hiperemia local (produção de calor), Vasodilatação local, Elevação da temperatura local, Elevação do metabolismo, Otimização da circulação sanguínea, Analgesia. 8.6 Corrente Farádica É uma corrente do tipo alternada, ou seja, que muda sua polaridade em um determinado tempo pré-estabelecido, e que realiza uma estimulação muscular por excitação nervosa. Cada estímulo provoca uma contração e em seguida há um período de repouso. A sucessão de impulsos segue uma determinada ordem denominada frequência, cuja unidade de medida é Hertz. Traduz o número de impulsos em cada segundo, por exemplo, uma frequência de 10Hz significa que estão passando dez estímulos em cada segundo. Esta técnica tem por objetivo proporcionar um trabalho isométrico passivo melhorando o contorno facial e reduzindo o quadro de flacidez muscular com consequente melhoria da circulação periférica. É aplicada por eléctrodos de borracha 53 siliconada e chamex (esponja vegetal) umedecida para facilitar a transmissão da corrente. Além de estimular a musculatura, a aplicação da corrente farádica promove a otimização do metabolismo e da circulação sanguínea do tecido muscular. A intensidade deve ser ajustada de acordo com a sensibilidade da cliente e o tempo médio de aplicação deve ser em torno de 5 a 10 minutos. A região a ser estimulada deve seguir o mapa muscular, porém não por pontos motores, mas sim por grupos que apresentem maior tendência à flacidez (regiões mentoniana, zigomática, entre outras). • Propriedades Fisiológicas da Corrente Farádica As correntes de baixa frequência como a corrente farádica têm a capacidade de produzir contrações musculares que aumentam o tônus muscular sendo indicadas para os casos de flacidez e hipotonia muscular. Entre as indicações estéticas podemos destacar: flacidez e atonia muscular, estase circulatória, tratamentos de celulite. A contração muscular realizada pela corrente farádica é semelhante a ginástica isométrica ativa que tem o objetivo de estimular o metabolismo muscular. 8.7 Corrente Russa Fonte: g1.com.br 54 A estimulação russa foi criada para preencher uma lacuna no tratamento estético, onde várias técnicas, como a plástica, tratavam celulite, a gordura localizada e a flacidez de pele (LIMA, 2012). O aumento da popularidade da eletroestimulação se deve especialmente aos estudos do fisiologista russo Yadov Kots, 8 em 1977, após apresentar um estudo sobre o uso do estimulador muscular elétrico para aumentar o ganho de força do músculo. Os protocolos de eletroestimulação de Kots foram aplicados nos atletas olímpicos russos (OLIVEIRA, 2015). É uma corrente elétrica de média frequência, constituída por trens de pulsos, bipolar, simétrica, disparados numa frequência de onda portadora de 2500 Hz, modulada em até 100 Hz ou pouco mais de acordo com cada equipamento (AGNE, 2017). A estimulação elétrica máxima produzida pela corrente russa é a base teórica para seu uso, pois pode fazer com que quase todas as unidades motoras em um músculo se contraiam de forma sincronizada, algo que não seria possível obter na contração voluntária (OLIVEIRA, 2015). Na corrente russa pode-se modular diferentes parâmetros, entre eles o tempo em que a corrente passa para o tecido assim como o tempo em que ela cessa sua passagem, sendo ON o tempo em que há contração muscular e o OFF o tempo em que a contração é cessada. Outro importante parâmetro é a frequência. Há dois tipos, a frequência portadora e a frequência modulada. A portadora é a frequência do aparelho, na corrente russa utiliza-se a de 2.500Hz. Já́ a frequência modulada normalmente varia entre 80Hz a 100Hz (ROCKENBACH, 2017). De acordo com a área a ser trabalhada, são utilizadas diferentes frequências, quando o objetivo é um músculo que tenha função postural é necessário utilizar frequência de 20-30Hz, mas quando o objetivo é trabalhar com músculos que tenham função mais dinâmica, é necessário usar uma frequência mais alta, entre 50-150Hz (BORGES, 2010). Para a finalidade médica e/ ou estética é utilizada a frequência acima de 110MHz (TAGIOLATTO, 2015). Indicações: A correnterussa também pode ser utilizada para fins estéticos para fortalecer os abdominais, glúteos e pernas, e para melhorar a performance do 55 atleta, já que promove a contração muscular, tendo como resultado aumento da força e da resistência. Nesses casos, a orientação é que a pessoa continue a praticar atividade física regular e a corrente seja aplicada no músculo que necessita de uma contração muscular mais forte. Contraindicações: Em indivíduos que possuem marcapasso ou doença cardíaca para não alterar os batimentos cardíacos; Em pessoas que sofrem com epilepsia porque pode desencadear uma crise epiléptica; Em caso de doença mental porque a pessoa pode retirar os eletrodos do lugar; Em caso de hipertensão arterial de difícil controle porque a pressão pode ficar muito alterada; Durante a gravidez não deve ser posicionado sobre o abdômen; Não deve ser aplicado nas pernas com grandes varizes. Além disso, a corrente russa não deve ser aplicada durante um episódio de flebite ou de trombose venosa profunda, ou em caso de lesão muscular, nos ligamentos, tendões ou em caso de fratura no local em que seria aplicada a corrente. 8.8 Carboxiterapia Fonte: tuasaude.com.br O dióxido de carbono (CO2), gás utilizado nas sessões de carboxiterapia, é inodoro, incolor e atóxico. É o produto endógeno natural do metabolismo das reações 56 oxidativas celulares, produzido no organismo diariamente em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões durante a respiração (GANONG, 2006). Segundo BRANDI (2001), este gás não causa efeitos adversos e/ou secundários no tecido conectivo e na estrutura nervosa, pois a quantidade utilizada é inferior à produzida pelo organismo. Por conseguinte, os sintomas secundários da carboxiterapia são dor local, pequenos hematomas ou equimoses que desaparecem em 30 minutos, podendo ocorrer um aumento da temperatura local devido à velocidade do fluxo limiar do paciente. O volume de gás introduzido nos procedimentos é menor ou igual à quantidade encontrada no organismo humano. Ademais, é importante destacar que não causa embolia nem efeitos colaterais sistêmicos e é um procedimento de fácil aplicação, que pode ser utilizado em qualquer área do corpo (BORGES, 2012). O tratamento com a carboxiterapia possibilita a melhora do fluxo sanguíneo e linfático, concede o acréscimo da oxigenação cutânea e a melhora nutricional celular. Além disso, ajuda na eliminação de produtos do metabolismo, aumenta a produção de colágeno, reduz a quantidade de tecido adiposo e melhora o tônus da pele, melhorando, por conseguinte, a estética corporal (COSTA, 2014.). Também é importante mencionar que a injeção de anidro de carbono no corpo aumenta a concentração de dióxido de carbono e minimiza-se a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, pois depende do pH do meio para a liberação de oxigênio. Com isso, há melhoria na concentração de oxigênio e um aumento da pressão parcial de oxigênio nas células, o que favorece o metabolismo dos tecidos (MILANI, 2020). Observa-se, no entanto, que, respeitadas essas contraindicações, os benefícios da carboxiterapia são inúmeros e podem ser constatados em tratamentos já realizados com diferentes pacientes (MILANI, 2020). Diferentes autores (SCORZA, 2008) revelam que o fluxo de CO2, normalmente infundido durante tratamentos com carboxiterapia, encontra-se entre parâmetros de 20 e 80 ml/min. No entanto, há equipamentos que disponibilizam fluxos de até 150 ml/min. Com relação ao volume total administrado, este gira em torno de 600 ml a 1000 ml, sendo capaz de atingir 3000 ml nos casos de grandes depósitos de gordura. 57 Estudos apontam que deve ser feita a infusão de um volume total de 2000 ml em aplicação para gordura localizada (MILANI, 2020). As sessões de carboxiterapia podem ser feitas até duas vezes a cada semana, com duração de 15 a 30 minutos, obedecendo aos limites estipulados para cada área tratada. Os resultados positivos começam a surgir entre a quinta e a oitava sessão (BORGES, 2006). Indicações: O tratamento a partir da carboxiterapia possibilita a melhora do fluxo sanguíneo/linfático, permitindo o acréscimo da oxigenação cutânea e a melhora nutricional celular. Ademais, ajuda na eliminação de produtos do metabolismo, no aumento da produção de colágeno, na redução da quantidade de tecido adiposo e na melhora do tônus da pele, o que proporciona melhoria na estética corporal. No tratamento da celulite, o CO2 promove uma vasodilatação e um aumento da drenagem venolinfática e, com a vasodilatação, ocorre um aumento do fluxo de nutrientes entre eles, as proteinases necessárias para remodelar os componentes da matriz extracelular para acomodar a migração e a reparação tecidual. Já, no trato da gordura localizada, ocorre a troca gasosa entre as células adiposas e a corrente sanguínea é intensa, contribuindo para uma rica vascularização do tecido conjuntivo (MILANI, 2020). Contraindicações: Apesar de a carboxiterapia apresentar inúmeros benefícios e os efeitos colaterais serem reduzidos, deve-se mencionar que existem algumas contraindicações, tais quais: flebite, gangrena, epilepsia, insuficiência cardíaco respiratória, insuficiência renal e hepática, hipertensão arterial severa, gestação e alterações de comportamentos psiquiátricos (SOLÁ, 2004). 8.9 Endermologia / Endermoterapia / Vacuoterapia A endermoterapia promove uma drenagem linfática através dos seus movimentos já que há uma estimulação contínua e/ou pulsada das pressões na pele tanto interna, como externa, provocando uma oxigenação da área e, portanto, a liberação de toxinas via e estimulação do metabolismo celular. CARDOSO e REUS (2018) destacam o uso da endermoterapia e suas indicações na estética, de acordo 58 com BORGES (2010): fibroedemagelóide, estrias, pré e pós-operatório de cirurgias plásticas estéticas e queimaduras. E as contraindicações são: tumores cutâneos, grandes dermatoses, fragilidade capilar, doenças infecciosas evolutivas e reumatismos inflamatórios. Fontes: shopfisio.com.br Concluem CARDOSO e REUS (2018) que: “endermoterapia melhora a maleabilidade do tecido, até mesmo nas etapas mais avançadas do FEG, colabora com o sistema circulatório, aumenta a oxigenação dos tecidos e ainda favorece a eliminação de toxinas indesejáveis, diminuição da flacidez, relaxa os músculos, melhora a aparência da celulite e altera a distribuição da gordura.” Segundo os estudos realizados por COSTA et al (2016) que comparou a termografia cutânea com os procedimentos de massagem modeladora endermoterapia e eletrolipose confirmou que os três tem eficácia quanto ao aumento da temperatura da pele, no estudo de caso na área de abdômen, estabelecendo a incidência na ordem decrescente o nível de aquecimento na área em até 20 minutos após a aplicação de cada procedimento, portanto nesse estudo, a endermoterapia apresenta melhores resultados que a eletrolipólise na pesquisa objeto desses autores. Descreve COSTA et al (2016) que o recurso de endermoterapia é eficaz no aumento de temperatura cutânea, “consiste na aplicação de um aparelho com pressão negativa em nível hipodérmico, que permite uma melhora na circulação sanguínea periférica, provoca um aumento das trocas gasosas e posterior eliminação de toxinas” esse esforço faz com que haja uma melhora na aparência cutânea. 59 Destaca GONÇALVES et al, (2017) que o procedimento da endermoterapia implica “no mecanismo de vácuo-rolamento: as ventosas de polipropileno são providas de rolos que promovem simultaneamente sucção, mobilização dos tecidos e massageamento profundo na pele e em tecido subcutâneo” De tal forma que estimula o aumento da circulação sanguínea superficial e auxiliar a maleabilidade dos tecidos, que em relação as fases d fibro edema gelóide, remodelando as células degordura com uma melhor distribuição tecidual implicando em redução de medidas e nos aspecto em si da FEG. Considerando as explicações quanto aos procedimentos da endermoterapia MELLO (2016) detalha que “as manobras devem ser executadas no sentido das fibras musculares e linhas de tensão da pele, visando impedir a flacidez tecidual.” E ressalta que a eficácia do tratamento através da endermoterapia além de reduzir os graus da FEG contribui para melhoria da aparência da pele e estimula a satisfação pessoal. Outra ocorrência destacada como satisfatória na ação dessa eletroterapia ligada a melhoria do aspecto físico e estética de um indivíduo são as estrias, que de acordo com BOING et al (2017) é encontrada em homens (com predomínio na região do dorso, lombo sacra e parte externas das coxas) mas implicam numa incidência 2,5 mais vezes em mulheres( com predomínio na região das nádegas, abdômen e mamas) . Acrescentam ainda podem aparecer em adolescentes femininas na faixa etária de 12 a 14 anos e nos masculinos de 12 a 15 anos. Reforçam a frequência em pessoas obesas, gestantes e ou usuários de esteroides. BOING et al (2017) reforçam a explicação de GUIRRO E GUIRRO (2004) quanto a ocorrência de um “ estiramento da pele, como consequente ruptura ou perda de fibras elásticas dérmicas, é tido como fator básico de sua origem, o estiramento da pele por crescimento abrupto ou deposição de gordura seja a causa para o aparecimento das estrias” Desta forma esteticamente há maior tensão em eixo perpendicular a pele estabelecendo linha de pressão e depressão na área afetada. Tempo de duração: Cada sessão de endermologia, que trabalha o corpo todo, dura cerca de 35 minutos. Sessões: São necessárias em média seis sessões para que sejam vistos os resultados, mas há casos em que são necessárias até 10 sessões. Elas devem ser 60 feitas cerca de duas vezes por semana: no mínimo uma vez por semana e no máximo a cada dois dias. Depois de conquistados os resultados, ela deve ser realizada uma sessão por mês para manutenção e, em casos mais graves, de 15 em 15 dias. 8.10 Maxxi Plate (Plataforma Vibratória) Fonte: plataformavibro.com Vibração pode ser entendida como o movimento alternado de um corpo sólido em relação ao seu centro de equilíbrio, ou ainda, como um movimento de característica oscilatória que se repete em torno de uma posição de referência (TORVINEN, 2001). O estímulo possui uma ação significativa sobre a musculatura humana: o fato desta se contrair e relaxar involuntariamente 30 a 50 vezes por segundo em resposta a uma vibração que é ajustável em freqüência, duração e amplitude, faz com que os músculos sejam estimulados quase a 100% de forma muito menos arriscada e estressante, atuando em diversos públicos, tanto na questão estética, como patológica (DOS SANTOS, 2011). A terapia da vibração na estética vem obtendo resultados significativos, sendo eles: fortalecimento muscular, melhora do fluxo sanguíneo, redução de celulite, redução de medidas, estimulação do sistema hormonal. Devido aos seus diversos benefícios, a plataforma vibratória investiga-se a sua aceitação em universidades, equipes desportivas, profissionais da área médica, reabilitação e sua eficácia na utilização terapêutica na estética (DOS SANTOS, 2011). 61 8.11 Neurodyn (Eletroporação) A Eletroporação é uma técnica nova e revolucionária, reconhecida pelo Food and Drug Administration - FDA americano, que através da emissão de ondas eletromagnéticas com características específicas, permite o aumento da permeabilidade da membrana celular em até 400 vezes facilitando a introdução de ativos em tratamentos estéticos a uma velocidade de aproximadamente 1mL/minuto (FERNANDES E SILVA, 2006). O estímulo dado na pele pelo eletroporador ajuda na abertura ou permeabilidade das passagens entre as células, a ponto de prepará-la para a recepção de ativos. Pode ser um hidratante, calmante, renovador celular, controlador de oleosidade, clareador, entre outros. O tratamento é totalmente indolor, não causa fasciculações musculares e a velocidade de absorção dos ativos é de aproximadamente 1mL por minuto (FERNANDES E SILVA, 2006). A eletroporação pode ser utilizada para revitalização, iluminação, hidratação ou até mesmo após uma limpeza de pele, que precisa estar limpa e sem lesões ativas. Não há número específico de sessões, mas o procedimento pode ser feito semanalmente, até que o objetivo seja alcançado (FERNANDES E SILVA, 2006). Alguns protocolos ou rituais podem ser seguidos antes da eletroporação do produto em questão, otimizando todo o tratamento. Em primeiro contato com a pele, a limpeza e a integridade podem ser definitivas para um bom aproveitamento do procedimento e seu resultado (FERNANDES E SILVA, 2006). Cabe ressaltar que gestantes e portadores de marca-passo cardíaco não devem submeter-se à eletroporação, bem como peles machucadas ou extremamente sensíveis ao ativo a ser empregado (FERNANDES E SILVA, 2006). 62 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGNES, J.E., Eletrotermofototerapia. 1ª ed. Rio Grande do Sul: o Autor, 2013, p.348-356. AGNE, J.E., Eletrotermofototerapia. 4ª. ed. Santa Maria: Andreoli, 2017. ARAÚJO, J.G., MEJIA, D.P.M., Eliminação da gordura localizada abdominal com criolipólise: Artigo de revisão [TCC]. Cuiabá: Faculdade FAIPE; 2016. BARROS, F.B., MEIJA, D.P.M., Recursos Eletrotermoterapêuticos Utilizados na Limpeza de Pele Facial. 2014. 14f. Dissertação (Pós-Graduação) – Faculdade de Cambury, Cambury, 2014. BATISTA, H.A.F., VIDAL, G.P., Efeito do peeling de diamante no tratamento das hipercromias dérmicas. Rev. 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