Prévia do material em texto
Enfermagem Cirúrgica Dados Pessoais Nome:______________________________________Turma:___________________ Endereço:____________________________________________________________ Cidade:____________________________________CEP:_______________________ Estado: _______________________Telefone:________________________________ E-mail:_______________________________________________________________ DBF_nome_disciplina Copyright © 2018 – CEDTEC – Ensino e Soluções Didáticas Ltda. Todos os Direitos Reservados. Capa e Projeto Gráfico: CEDTEC Enfermagem Cirúrgica Nº Registro: 549.291 Livro: 1046 Folha: 132 A reprodução deste material, total ou parcial, só poderá ser realizada com autorização do CEDTEC – Ensino e Soluções Didáticas Ltda. CEDTEC – Ensino e Soluções Didáticas Ltda. Av. Civit, 911, Parque Residencial Laranjeiras, Serra – ES CEP: 29.165-032 e-mail: cedtec@cedtec.com.br Caro AlunoSistema de Ensino Profissional CEDTEC O caminho para uma qualificação profissional de qualidade. “A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês pode se tornar uma médica, que o filho de um mineiro pode se tornar o diretor da mina, que uma criança de peões de fazenda pode se tornar o presidente de um país.” NELSON MANDELA Prevenir doenças é o ideal e este deve ser o nosso objetivo primordial; mas, quando isto fugir do nosso alcance, o tratamento precoce passa a ser a nossa meta, evitando assim grande debilidade física e emocional ou sequelas dos longos períodos de atuação da doença. O tratamento cirúrgico, pela sua radicalidade, apresenta riscos aos indivíduos. Portanto, sua indicação é viável quando formas mais simples e seguras de tratar são ineficazes e não possibilitam a cura ou o controle da doença. As cirurgias são realizadas desde a antiguidade, mas neste século é que vem apresentando grande êxitos, devido ao crescente desenvolvimento científico e tecnológico, o que propicia a redução marcante das complicações operatórias. Cabe ao técnico de enfermagem obter conhecimento e atualizá- los continuamente para prestarem uma assistência eficiente e eficaz, que leve ao indivíduo a retornar, o mais rápido possível, ao seu equilíbrio livre de desconforto e complicações Bons estudos! CEDTEC – Ensino e Soluções Didáticas Ltda. Educação profissional levada a sério Sumário REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 1 - INTRODUÇÃO 2 - CIRURGIA 2.1 - Conceito ........................................................................................................................7 2.2 - Classificação das Cirurgias ........................................................................................7 2.3 - Fatores que Podem Influenciar no Resultado da Cirurgia ...................................8 3 - TERMINAÇÕES CIRÚRGICAS 3.1 - Prefixos Atribuídos aos Órgãos .................................................................................9 3.2 - Sufixos Atribuídos as Finalidades da Cirurgia ........................................................9 3.3 - Cirurgias de Remoção (Ectomia) ..............................................................................9 3.4 - Cirurgias de Abertura (Tomia) ..................................................................................10 3.5 - Construção Cirúrgica de Novas Bocas (Stomia) ....................................................10 3.6 - Cirurgias de Fixação ou Reposicionamento (Pexia) .............................................10 3.7 - Cirurgias para Alteração da Forma e/ou Função (Plastia) ...................................10 3.8 - Cirurgias de Sutura (Rafia) ........................................................................................11 3.9 - Cirurgias para Observação e Exploração (Scopia) ................................................11 3.10 - Terminologias Diversas ...........................................................................................11 4 - ATENDIMENTO DO CLIENTE CIRÚRGICO 4.1 - Objetivo dos Setores Cirúrgicos ..............................................................................12 4.2 - Nomenclatura Cirúrgica ...........................................................................................12 4.3 - Exemplos de Prefixos ou Raiz ..................................................................................12 4.4 - Unidades que Assistem o Paciente Cirúrgico ........................................................13 4.4.1 - Unidade de Clínica Cirúrgica .......................................................................................................................................... 13 4.4.2 - Centro Cirúrgico ................................................................................................................................................................. 15 4.4.3 - Sala de Recuperação Pós Anestésica .......................................................................................................................... 17 4.4.4 - Central de Material e Esterilização .............................................................................................................................. 18 4.5 - Assistência de Enfermagem ao Paciente Cirúrgico ............................................. 24 4.5.1 - Período Pré-Operatório.................................................................................................................................................... 24 4.5.2 - Período Trans-Operatório ............................................................................................................................................... 24 4.5.3 - Período Pós-Operatório ................................................................................................................................................... 29 4.5.4 - Desconfortos Pós-Operatórios ...................................................................................................................................... 30 4.5.5 - Complicações Pós-Operatórias ..................................................................................................................................... 30 4.5.6 - Cuidados com Curativos Cirúrgicos e Drenos ......................................................................................................... 32 4.5.7 - Assistência de Enfermagem em Drenos e Cateteres ........................................................................................... 32 DBF_numregistro RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 4.6 - Assistindo nas Cirurgias ........................................................................................... 34 4.6.1 - Gastrointestinais ................................................................................................................................................................. 34 4.6.2 - Cirurgias Torácicas ............................................................................................................................................................. 35 4.6.3 - Cirurgias Ortopédicas ....................................................................................................................................................... 36 4.6.4 - Cirurgias Renais ................................................................................................................................................................... 36 5 - INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO 6 - CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS DE ALGUMAS CIRURGIAS 6.1 - Traqueostomia ........................................................................................................... 40 6.2 - Drenagem Torácica ................................................................................................... 40 6.3 - Gastrostomia...............................................................................................................41 6.4 - Jejunostomia ...............................................................................................................417 - COLOSTOMIAS EXERCÍCIOS GABARITO BIBLIOGRAFIA DBF_numregistro 1 6 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Introdução A cirurgia, seja ela eletiva ou de emergência, é um evento estressante e complexo para o paciente. Muitos dos procedimentos cirúrgicos são realizados na sala de operação do hospital, embora muitos procedimentos simples que não precisam de hospitalização sejam feitos em centros cirúrgicos e unidades ambulatoriais de cirurgia. Pacientes com problemas de saúde que cujo tratamento envolve uma intervenção cirúrgica, geralmente se submetem a uma cirurgia. Tal procedimento envolve a administração de anestesia local, regional ou geral, aumentando assim o grau de ansiedade do paciente o que provoca alterações emocionais decorrentes do anúncio do diagnóstico cirúrgico. Isto causa, portanto situações desagradáveis no estado bio-psico-socio-espiritual do paciente, acarretando problemas graves podendo chegar à suspensão da cirurgia ou até mesmo óbito do paciente. Com o aumento considerável de complicações no pré-operatório é exigido da enfermagem um sólido conhecimento sobre todos os aspectos do cuidado do paciente cirúrgico. Não mais o conhecimento sobre a enfermagem pré-operatória e pós-operatória é suficiente devendo-se ter uma compreensão plena sobre a atividade intra-operatória. Estaremos agora realizando um estudo sobre os principais conhecimentos que a enfermagem deve possuir para assistir plenamente o cliente cirúrgico. DBF_numregistro 7 2 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Cirurgia 2.1 - Conceito Tratamento de doenças, lesão, deformidade (interna ou externa) com objetivo de reparar,corrigir Ou Aliviar Um Problema Físico. 2.2 - Classificação das Cirurgias • Quanto ao risco ◦ Cirurgia de emergência – exige intervenção imediata, devido risco iminente de morte. » Ex: Hemorragia interna » Cirurgia de urgência – exige intervenção em curto espaço de tempo. » Ex: Abdome agudo » Cirurgia Eletiva – são aquelas realizadas com data pré fixada. » Ex: Varizes de MMII » Cirurgia Optativa – São aquelas realizadas conforme preferência pessoal do cliente » Ex: Plásticas • Quanto a finalidade ◦ Diagnostica ou exploratória – realizada com objetivo de visualizar partes internas ou realizar biopsias Ex: Laparatomia Exploratória ◦ Reparadora – quando repara múltiplos ferimentos. Ex: Enxerto de pele ◦ Curativa – quando corrige alterações orgânicas. Ex: Retirada de amígdala ◦ Reconstrutora ou cosmética – quando se processa uma reconstituição. Ex: Plástica de mama, nariz,etc ◦ Paliativa – quando se necessita corrigir algum problema ,aliviando os sintomas da enfermidade,não havendo cura. Ex: colostomia • Quanto ao potencial de contaminação ◦ Limpa – realizada em tecidos estéreis ou de fácil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Ex: Cirurgia de ovário,mama,hérnia,cardíaca, neurológica, vascular,enxerto cutâneo. ◦ Potencialmente contaminada – realizada em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de supuração local e sem contaminação significativa. Ex: Histerectomia, vias biliares,apêndice,vagina,etc ◦ Contaminada – realizada em tecidos recentemente traumatizado e abertos,feridas abertas acidentalmente,de difícil descontaminação com processo inflamatório e sem supuração. Ex: Apêndice supurada, cirurgia de colon, desbridamento de queimadura, orofarinfe, intra nasal,fratura exposta com intervenção após 10h. ◦ Infectadas – realizada em tecido com supuração local, tecido necrótico, vísceras perfuradas .Ex: Cirurgia de reto e ânus com pus,abdome com pus, nefrectomia com infecção • Quanto ao nível de gravidade: ◦ Alto – cirurgias de emergência e urgências, idosos, longa duração, grandes perdas sanguíneas, cranianas,aneurismas aórtico torácico ou abdominal. Grandes articulações, vascular de grandes vasos ◦ Médio – Próstata convencional, cabeça e pescoço, cirurgias ortopédicas, colecistectomia, histerectomia, lipoaspiração,cirurgias intraabdominais e intratorácicas. ◦ Baixo – Biopsias, hernioplatia, procedimentos endoscópicos, facectomias. DBF_numregistro Capítulo 28 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 2.3 - Fatores que Podem Influenciar no Resultado da Cirurgia Relacionados ao paciente: a) Idade b) Estado Geral c) Obesidade d) Tabagismo e) Doenças associadas: ◦ Hipertensão; ◦ Doença coronariana; ◦ Arritmias; ◦ Insuficiência cardíaca; ◦ Doença pulmonar obstrutiva crônica; ◦ Diabete; ◦ Insuficiência renal; ◦ Coagulopatias Relacionado aos fatores cirúrgicos: • Experiência do grupo cirúrgico • Emergência • Perda intersticial • Clampeamento e desclampeamentos de vasos maiores • Hipotensão transoperatória • Hipertensão pós-operatória DBF_numregistro 9 3 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Terminações Cirúrgicas É o conjunto de termos usados para indicar o procedimento cirúrgico O nome da cirurgia é composto pela RAIZ( Prefixo) que identifica a parte do corpo a ser cirurgiada mais o SUFIXO que é o elemento colocado depois da raiz. 3.1 - Prefixos Atribuídos aos Órgãos • Adeno - relativo a glândula. • Cisto - relativo à bexiga. • Cole - relativo à vesícula. • Colo - relativo ao colo. • Colpo - relativo à vagina. • Êntero - relativo ao intestino. • Gastro - relativo ao estômago. • Hístero - relativo ao útero. • Nefro - relativo ao rim. • Oftalmo - relativo aos olhos. • Oofor - relativo aos ovários. • Orqui - relativo aos testículos. • Ósteo - relativo ao osso. • Oto - relativo ao ouvido. • Procto - relativo ao reto. • Rino - relativo ao nariz. • Salpinge - relativo às trompas • Tráqueo - relativo à traquéia 3.2 - Sufixos Atribuídos as Finalidades da Cirurgia • Ectomia - remoção de um órgão ou parte dele tom ia - abertura de um órgão. • Stomia - abertura cirúrgica de uma nova boca. • Pexia - fixação de um órgão. • Plastia - alteração da forma de um órgão. • Rafia - sutura. • Scopia - olhar no interior. 3.3 - Cirurgias de Remoção (Ectomia) • Apendicectomia - remoção do apêndice. • Cistectomia - remoção da bexiga. • Colecistectomia - remoção da vesícula biliar. • Colectomia - remoção do colo. • Embolectomia - extração de um êmbolo. • Esofagectomia - remoção do esôfago. • Esplenectomia - remoção do baço. • Fistulectomia - remoção de fístula. • Gastrectomia - remoção parcial ou total do estômago. • Hemorroidectomia - remoção de hemorróidas. • Hepatctomia - remoção de parte do fígado. • Histerectomia- extirpação do útero. • Lobectomia - remoção de um lobo de um órgão. DBF_numregistro Capítulo 310 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 • Mastectomia - remoção da mama. • Miomectomia - remoção de mioma. • Nefrectomia - remoção do rim. • Ooforectomia - remoção do ovário. • Pancreatectomia - remoção do pâncreas. • Pneumectomia - remoção do pulmão. • Prostatectomia - remoção da próstata. • Retossigmoidectomia - remoção do retossigmóide. • Salpingectomia - extirpação da trompa. • Tireoidectomia - remoção da tireóide. 3.4 - Cirurgias de Abertura (Tomia) • Artrotomia - abertura da articulação. • Broncotomia - abertura do brônquio. • Cardiotomia - abertura do cárdia (transição esôfago-gástrica). • Coledocotomia - abertura e exploração do colédoco. • Duodenotomia - abertura do duodeno. • Flebotornia - dissecção (individualização e cateterismo) de veia. • Laparotomia - abertura da cavidade abdominal. • Papilotomia - abertura da papila duodenal. • Toracotomia - abertura da parede torácica. 3.5 - Construção Cirúrgica de Novas Bocas (Stomia) • Cistostomia - abertura da bexiga para drenagem de urina. • Colecistostomia - abertura e colocação de dreno na vesícula biliar. • Coledocostomia - colocação de dreno no colédoco para drenagem. • Colostomia - abertura do colo através da parede abdominal. • Enterostomia - abertura do intestino através da parede abdominal. • Gastrostomia abertura e colocação de uma sonda no estômago através da parede abdominal. • Ileostomia - formação de abertura artificial no íleo. • Jejunostomia - colocaçãode sonda no JeJuno para alimentação. • Nefrostomia - colocação de sonda no rim para drenagem de urina. 3.6 - Cirurgias de Fixação ou Reposicionamento (Pexia) • Histeropexia - suspensão e fixação do útero. • Nefropexia - suspensão e fixação do rim. • Orquiopexia - abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa. 3.7 - Cirurgias para Alteração da Forma e/ou Função (Plastia) • Piloroplastia - plástica do piloro para aumentar seu diâmetro. • Rinoplastia - plástica do nariz. • Salpingoplastia - plástica da trompa para sua recanalização. • Toracoplastia - plástica da parede torácica. • Artroplastia – Reconstrução da articulação com a finalidade de restaurar o movimento e a função da mesma. • Queiloplastia – Repara dos defeitos dos lábios. • Rinoplastia – Cirurgia plástica do nariz. DBF_numregistro 11Terminações Cirúrgicas RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 3.8 - Cirurgias de Sutura (Rafia) • Colporrafia - sutura da vagina. • Gastrorrafia - sutura do estômago. • Herniorrafia - sutura da hérnia. • Perineorrafia - sutura do perineo. • Tenorrafia - sutura de tendão. 3.9 - Cirurgias para Observação e Exploração (Scopia) • Broncoscopia - exame sob visão direta dos brônquios. • Cistoscopia - idem para bexiga. • Colposcopia - idem para vagina. • Esofagoscopia - idem para esôfago. • Gastroscopia - idem para estômago. • Laringoscopia - idem para laringe. • Laparoscopia - idem para cavidade abdominal. • Retossigmoidoscopia - idem para retossigmóide. 3.10 - Terminologias Diversas » Enxerto – Transplante de órgãos ou tecidos. » Amputação – Operação para eliminar membro ou segmento de corpo necrosado. » Anastomose – Formação de comunicação entre órgãos ou entre vasos. » Artrodese – Fixação cirúrgica de articulação para fundir as superfícies. DBF_cap3 DBF_numregistro 4 12 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Atendimento do Cliente Cirúrgico O atendimento é realizado por um conjunto de setores interligados como Pronto Socorro, ambulatório, enfermaria clínica, enfermaria cirúrgica, Centro cirúrgico e Recuperação pós anestésica e Central de Material Esterilizado. 4.1 - Objetivo dos Setores Cirúrgicos • Proporcionar experiência menos traumática • Promover recuperação rápida e segura ao paciente • Fornecer materiais estéreis para cirurgia 4.2 - Nomenclatura Cirúrgica É o conjunto de termos usados para indicar o procedimento cirúrgico O nome da cirurgia é composto pela RAIZ que identifica a parte do corpo a ser cirurgiada mais o SUFIXO que e o elemento colocado depois da raiz. 4.3 - Exemplos de Prefixos ou Raiz ANGIO = VASOS SANGUÍNEOS. FLEBO = VEIAS. TRAQUEO = TRAQUEIA. RINO = NARIZ. OTO = OUVIDO. OFTALMO = OLHOS. HISTERO = ÚTERO. LAPARO = PAREDE ABDOMINAL. ORQUI = TESTÍCULO. OOFORO = OVÁRIO. ESPLENO = BAÇO. A = SEM, NEGATIVA. AMBI = AMBOS. NA = SE NEGATIVA. ANTI = CONTRA. BI = DOISECTO = EXTERNO, FORA END = DENTRO. EPI = ACIMA,SOBRE. EXTRA = FORA. HEMI = METADE. HIPR = ACIMA, SOBRE. HIPO = ABAIXO. INTRA = DENTRO. MICRO = PEQUENO. PARA = AO LADO, ALEM. DBF_numregistro 13Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 PER = AO REDOR, PRÓXIMO. PÓS = APÓS, ATRÁS. PRÉ = ANTES. SEMI = METADE. SUB = SOB. SUPRA = ACIMA. TAQUI = RÁPIDO. TRANS = ATRAVÉS, DURANTE. 4.4 - Unidades que Assistem o Paciente Cirúrgico 4.4.1 - Unidade de Clínica Cirúrgica A unidade de clínica cirúrgica possui todos leitos destinados a tratamento cirúrgicos A clínica abrange diversas especialidades tais como: cirurgia geral, cirurgia urológica, cirurgia ortopédica, cirurgia ginecológica, cirurgia vascular, cirurgia neurológica, correções plásticas além de curativos extensos de queimados. É COMPOSTA PELAS SEGUINTES ÁREAS E EQUIPAMENTOS: Tabela 4.0 - Fonte: RDC 50 ANVISA Posto de Enfermagem Área física de acordo com RDC n 50/02 Localização de fácil acesso Sala/área para prescrição médica e de enfermagem Área para guarda de prontuários Sala/área para serviço de enfermagem Equipamentos de uso geral, disponíveis na unidade Esfigmomanômetro Estetoscópio duossom Otoscópio Oftalmoscópio Negatoscópio Eletrocardiógrafo Carro de emergência com desfibrilador/desfibrilador 102 Mobiliário e outros elementos constituídos de material de fácil limpeza e desinfecção Armário para guarda de material esterilizado e de medicamentos Armário/gaveta com chave para guarda de medicamentos controlados Bancada com pia Recipiente rígido para descarte de material pérfuro- cortante Lixeira com saco plástico branco leitoso e tampa de acionamento por pedal Condições de lavagem e anti-sepsia das mãos Lavatório Torneira acionada sem o comando das mãos Dispensador com sabão líquido Suporte com papel toalha Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 414 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Condições especiais de armazenamento Geladeira exclusiva para guarda de medicamentos e imunobiológicos Tomada exclusiva para a geladeira Termômetro de máxima e mínima na geladeira SALA DE UTILIDADES/EXPURGO Mobiliário e outros elementos constituídos de material de fácil limpeza e desinfecção Bancada com pia Armário para guarda de material limpo e desinfetado Dispensador com sabão liquido Suporte com papel toalha Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal Lixeira com saco plástico branco leitoso e tampa de acionamento por pedal Recipiente rígido para descarte de material pérfuro – cortante Pia de despejo Hamper SALA PARA GUARDA DE EQUIPAMENTOS Aspirador portátil Suporte de soro Maca Cadeira de rodas Biombos Outros ROUPARIA OU LOCAL PARA GUARDA DE ROUPAS Armário de fácil limpeza e desinfecção ENFERMARIA/QUARTO Mobiliário e outros elementos constituídos de material de fácil limpeza e desinfecção Leitos Fowler Colchões e travesseiros revestidos de material impermeável, integro e limpo Mesinha de cabeceira/armário por leito Escada de dois degraus ao lado do leito Biombos Sinalização sonora e/ou luminosa, funcionando para todos os leitos Iluminação de vigília Sistema de assistência respiratória Ponto de ar comprimido Ponto de oxigênio Ponto de vácuo Fluxômetros Condições de lavagem e anti-sepsia das mãos Lavatório Torneira acionada sem o comando das mãos Dispensador com sabão líquido Suporte com papel toalha Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal Condições de segurança e higienização do paciente Banheiro Barra de apoio Portas dos sanitários com abertura para fora Lavatório Suporte com papel toalha DBF_numregistro 15Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Dispensador com sabão liquido Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal Chuveiro ISOLAMENTO Área ou antecâmara com visor Suportes/cabides para aventais Armário para roupas limpas Hamper 4.4.2 - Centro Cirúrgico O centro cirúrgico é uma unidade dentro do hospital composta por várias áreas interligadas entre si, a fim de proporcionar ótimas condições para a realização do ato cirúrgico. A equipe que atua no centro cirúrgico estabelece uma coordenação com as demais equipes e serviços (laboratórios, radiologia, banco de sangue etc), oferecendo assistência adequada às necessidades do paciente; constitui-se, desta forma, uma equipe multidisciplinar. Localização A unidade de Centro Cirúrgico deve ocupar uma área independente da circulação geral, ficando livre do transito de pessoas e materiais estranhos ao serviço; com mínimo de ruído possível; possibilitando o acesso livre e fácil de pacientes das Unidades de internação, Pronto Socorro e UTI. Esta equipe é composta por médicos, cirurgiões, anestesistas, pessoal de enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar) e pessoal de limpeza, e tem como objetivos: • Proporcionar cuidados ao paciente; • Buscar a recuperação ou melhora do paciente por meio de uma intervenção cirúrgica; • Oferecer segurança e bem-estarao paciente. Por ser um local restrito, o acesso ao público é limitado, ficando restrito a circulação dos profissionais que lá atuam. Para efeito de controle asséptico, o Centro Cirúrgico divide-se em áreas, quais sejam: Área Irrestrita - os profissionais podem circular livremente por estas áreas com roupas próprias (secretaria, vestiário e corredor de entrada). Área Semi-restrita – aquela que permite a circulação de pessoal e de modo a não intervir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. (expurgo, sala de estar e sala de preparo de material). Área Restrita - além da roupa própria do centro cirúrgico, devem ser usadas máscaras e gorros conforme normas da unidade e as técnicas assépticas devem ser utilizadas de maneira rigorosa, a fim de diminuir os riscos de infecção (salas de cirurgias, lavabos, sala de recuperação pós-anestésica, sala de depósito, e corredor interno). Sua estrutura física compreende: • Salas cirúrgicas; • Um expurgo; • Duas salas que abrigam aparelhos e materiais; • Uma sala de recuperação pós - anestésica; • Uma sala de armazenamento de material anestésico; • Uma sala de armazenamento de materiais esterilizados; • Uma sala de armazenamento de material de vídeo laparoscopia; • Um posto de enfermagem; • Uma sala de armazenamento de soros, aventais de chumbo e geladeira específica para medicações; • Lavabos; • Uma sala de escritório utilizada pela enfermeira (chefe do setor); • Uma sala de descanso com sofá, colchonetes e televisão; • Um vestiário com banheiro feminino e outro masculino; • Uma sala de lanche/copa; DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 416 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Rituais do Centro Cirúrgico são as rotinas e procedimentos que executados pela equipe cirúrgica (enfermagem, cirurgiões, anestesistas) para garantir a qualidade e manutenção da esterilidade do procedimento cirúrgico independente do tipo de cirurgia a ser realizada. Portanto existem certos rituais comuns a todas as cirurgias. São eles: • Receber o cliente ao chegar no Centro Cirúrgico e encaminhá-lo para a sala cirúrgica. • Para que o cliente esteja familiarizado ao ambiente que estará inserido e para iniciar os rituais do Centro Cirúrgico. • Manter diálogo e orientá-lo a cada passo do procedimento. • Procurando acalmá-lo deixando falar de suas ansiedades. • Nivelar a altura da mesa cirúrgica com a altura da maca e encoste a maca paralelamente à mesa cirúrgica, lembrando de fixá-la. • Para facilitar a transferência do cliente e prevenir quedas, evitando que a mesa se desloque. • Auxiliar o cliente na transferência para a mesa cirúrgica. • Colocar em posição decúbito dorsal (DD) confortável, cuidando sempre para não descobri-lo. • Auxiliar na transferência de soros e sondas quando presentes • Puncionar veia calibrosa • Evitar tracionar sondas e equipos de soro, prevenindo também a perda do acesso venoso. Para manter acesso venoso permeável para administração de medicações. • Colocar o lenço na cabeça do cliente, cobrindo todo o couro cabeludo. • Facilitando visibilidade de áreas de punção (jugulares), evitando que suje o cabelo de sangue, e facilitando o manuseio da cabeça. • Colocar apoio de braço (braçadeiras) o mais anatômico possível. • Para facilitar quando necessário à punção venosa, além de possibilitar os procedimentos do anestesista e a delimitação da equipe cirúrgica sem prejudicar o ato anestesiar/operar e para colocar as amarras fixando os braços evitando qualquer movimento do cliente durante o ato cirúrgico. • Instalar os eletrodos do monitor cardíaco e instalar o aparelho de pressão arterial (P.A). • Para monitorar os sinais vitais do cliente durante a cirurgia, preferencialmente instalando o aparelho de (P.A), do lado oposto a veno-punção. Instalar o oxímetro de pulso: Para medir a quantidade de oxigênio que o cliente esta inspirando e preferencialmente instalando-o do lado oposto do aparelho de (P.A) Remover as cobertas e roupas do cliente: Tem como finalidade iniciar a anti-sepsia e colocação do campo estéril dando início a cirurgia. Prender o campo no arco de narcose (divisório entre o anestesista e o cirurgião): Procedimento realizado após o cliente anestesiado com objetivo de não haver contaminação entre o anestesista e a cirurgia propriamente dita. Colocar a placa do bisturi elétrico em contato com a pele do cliente: A placa serve como um fio terra, evitando descarga elétrica no cliente, utilizando-se um gel condutor na placa, geralmente localizada nas panturrilhas ou região escapular. Colocar luvas de água nas proeminências ósseas ou utilizar coxins quando necessário: Com a finalidade de evitar escaras de pressão. Para o bom funcionamento de um centro cirúrgico, é necessário que: • As cirurgias sejam agendadas com no mínimo 24 horas de antecedência; • Confeccionar e encaminhar o mapa cirúrgico, na data anterior à da cirurgia, para o centro- cirúrgico, farmácia, CTI, laboratório, rouparia, chefia de enfermagem, banco de sangue, nutrição e diretoria técnica; • As cirurgias têm tolerância de 30 minutos para possíveis intercorrências; • Não deve ser permitido porte ou ingestão de gêneros alimentícios no interior da área crítica do centro cirúrgico (central de esterilização, central de material, salas operatórias e corredor cirúrgico); DBF_numregistro 17Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 • Somente deve ser permitida a entrada de pessoas pertencentes à área de saúde, com autorização da chefia do setor e do chefe da equipe cirúrgica; • Não deve ser permitido circular pelo hospital fazendo uso do conjunto cirúrgico; • Não é aconselhável o uso do conjunto cirúrgico por cima da roupa comum; • As malas, maletas e bolsas só poderão entrar quando envoltas em sacos plásticos; • Só deve ser permitida a entrada na área crítica a pessoas devidamente paramentadas; • Não é aconselhável o uso de adereços (brincos, anéis, pulseiras, cordões etc), no interior do centro cirúrgico; • O cirurgião deve preencher completamente o boletim cirúrgico, incluindo assinaturas e carimbos dos respectivos integrantes da equipe; • A entrada do paciente no bloco cirúrgico só deve ser permitida com a confirmação da autorização do procedimento; • As salas cirúrgicas deverão ser arrumadas, pelo menos, 15 minutos antes do horário agendado, após a confirmação da internação do paciente e a autorização da cirurgia. 4.4.3 - Sala de Recuperação Pós Anestésica Estrutura organizacional da SRPA Planejamento: A sala de RPA é a área que se destina à permanência do paciente logo após o termino do ato anestésico cirúrgico. Neste local o paciente fica sob os cuidados das equipes de enfermagem e médica, especialmente o anestesista. Nesta sala o tempo de permanência do paciente varia, em media de 1 a 6 horas. Localização: A SRPA deve estar instalada dentro do CC ou nas suas proximidades, de modo a favorecer o transporte fácil do paciente anestesiado para este local, assim como o seu rápido retorno à sala de operação, na vigência de uma re-intervenção cirúrgica. Esta localização possibilita também o livre acesso dos componentes da equipe médica. Estrutura física: A área física da SRPA, em metros quadrados, varia de acordo com as especificações do ministério da saúde, que estabelece para “uma sala com dois leitos no mínimo, 8,5 m² por leito, com distancia entre estes e a parede, exceto cabeceira, de 1,0m; 6,5 m², quando houver mais de dois leitos”. Características Arquitetônicas: As características de construção desta não diferem das daquele quais sejam: • Paredes e pisos devem ser revestidos de material lavável, e as portas largas, para permitirem a passagem de camas ou macas e aparelhos. • A temperatura ambiental e a ventilação devem ser iguais às da sala cirúrgica, com o objetivo de proporcionar conforto e segurança ao paciente. • A iluminação deve favorecer a avaliação precisa da cor da pele do paciente. Para a artificial, o uso de lâmpadas fluorescentesé mais econômico, ao se considerar que necessitam permanecer acesas por longos períodos. É imprescindível que a iluminação desta sala esteja inclusa no sistema de luz de emergência. Deve-se planejar ainda uma área para o posto de enfermagem e serviços, no tamanho de 6 m² para uma SRPA de até 12 leitos; se esta área for utilizada também como secretaria e prescrição médica, deve ser acrescida de mais 2,0 m². O posto de enfermagem deve ser provido de armários para a guarda de roupas e balcões com gavetas para armazenar os medicamentos e materiais estéreis. Deve ter também pias com água quente e fria. Deve existir ainda uma mesa ou balcão provido de telefone, sistema de comunicação interna, impressos próprios de uso na referida unidade e cadeiras ou bancos. Prevê-se ainda uma área de utilidades destinadas à guarda do hamper e outros materiais como comadre e papagaio. Este local deve ser provido de uma pia profunda. A SRPA deve ser provida de equipamentos básicos, em perfeitas condições de uso, para atender a qualquer situação de emergência. Didaticamente, tais equipamentos e materiais de uma SRPA podem ser divididas em: • Equipamentos básicos, geralmente fixos à parede, acima da cabeceira de cada leito, tais como: duas saídas de oxigênio com fluxômetro, uma saída de ar comprimido, uma fonte de aspiração a vácuo, um foco de luz, tomadas elétricas de 110 e 220 watts, monitor cardíaco, oxímetro de pulso, esfignomanômetro e estetoscópio. DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 418 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 • Equipamentos e materiais de suporte respiratório, tais como: ventilador mecânico, mascara e cateteres par O 2 , sondas para aspiração, carrinho de emergência com material completo para intubação orotraqueal e ventilação manual. • Equipamento e materiais de suporte cardiovascular, tais como: equipos de soro e transfusão, cateteres, seringas e agulhas; equipos para medida de PVC. • Outros materiais: bandeja de cateterismo vesical, sondas vesicais de demora, sistema de drenagem vesical, pacote de curativo, bolsas coletoras para drenos e ostomias, gazes, chumaços e adesivos, termômetros, frascos e tubos esterilizados para coleta de sangue, fitas regentes para dosagem de glicose no sangue e urina, caixa de pequena cirurgia, medicamentos e soros, soluções desinfetantes e antissépticos, cilindros de O 2 e ar comprimidos a aspirador elétrico, travesseiros, almofadas, cobertores e talas. É conveniente destacar que as camas par uso na SRPA devem ser do tipo cama-maca, providas de grades laterais de segurança, manivelas para dar posição de pró-clive e tredelemburg, encaixes para adaptar suporte de soro e cabeceira removível para facilitar o atendimento em situações de emergência. 4.4.4 - Central de Material e Esterilização DEFINIÇÃO A Central de Material e Esterilização (CME) é a área responsável pela limpeza e processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares. É na CME que se realiza o controle, o preparo, a esterilização e a distribuição dos materiais hospitalares. A CME pode ser de três tipos, de acordo com sua dinâmica de funcionamento: • Descentralizada: utilizada até o final da década de 40, neste tipo de central cada unidade ou conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza; • Semi-centralizada: teve início na década de 50, cada unidade prepara seus materiais, mas os encaminha para serem esterilizados em um único local; • Centralizada: utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no mesmo local, ou seja, os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e qualitativamente na CME. A CME centralizada apresenta inúmeras vantagens, das quais podem-se destacar: a eficiência, a economia e a maior segurança para a equipe e para os clientes. OBJETIVOS • Fornecer o material esterilizado a todo hospital; • Promover a interação entre as áreas: expurgo, preparo e montagem de instrumental; • Adequar as condições ambientais às necessidades do trabalho na área; • Promover o envolvimento e compromisso de toda a equipe com os objetivos e finalidades do serviço; • Prover materiais e equipamentos que atendam às necessidades do trabalho na área. SETORES DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO » Expurgo. » Preparo de Materiais. » Preparo de Instrumentais Cirúrgicos. » Esterilização. EXPURGO Setor responsável por receber, conferir , lavar e secar os materiais provenientes do Centro Cirúrgico e Unidades de Internação. Os funcionários desta área utilizam EPIs (Equipamentos de proteção individual) para se protegerem de se contaminarem com sangue e fluidos corpóreos, quando lavam os instrumentais. As lavadoras ultrassônicas auxiliam na lavagem dos instrumentais através da vibração do som adicionado com solução desincrostante, promovendo uma limpeza mais eficaz e maior segurança para o funcionário. DBF_numregistro 19Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 PREPARO DE MATERIAIS Setor responsável por preparar e acondicionar os materiais. São utilizados invólucros especiais que permitam a passagem do agente esterilizante e impeçam a passagem dos microorganismos. PREPARO DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS Setor responsável por conferir, preparar e acondicionar caixas para as diversas especialidades cirúrgicas. ESTERILIZAÇÃO O setor de esterilização da Central de Material e Esterilização (CME) é responsável pela esterilização dos materiais. Esta área destina-se à instalação dos equipamentos utilizados para a esterilização de materiais pelos métodos físicos e químicos. Tipos de Esterilização • Esterilização por meios físicos: ◦ Vapor saturado sob pressão; ◦ Calor seco; ◦ Radiação ionizante; ◦ Radiação não ionizante. • Esterilização por meios químicos: ◦ Formaldeído; ◦ Glutaraldeído; ◦ Óxidode etileno; ◦ Peróxido de hidrogênio; ◦ Ácido peracético; ◦ Plasma de peróxido de hidrogênio. ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO O processo de esterilização pelo vapor saturado sob pressão é o método mais utilizado e o que maior segurança oferece ao meio hospitalar. O vapor pode ser obtido em vários estados físicos, sendo as mais comuns: • Vapor saturado: é a camada mais próxima da superfície líquida, encontra-se no limiar do estado líquido e gasoso, podendo apresentar-se seca ou úmida. • Vapor úmido: é normalmente formado quando o vapor carrega a água que fica nas tubulações. • Vapor super aquecido: vapor saturado submetido à temperaturas mais elevadas. Para a esterilização o tipo de vapor utilizado é o vapor saturado seco, uma vez que o vapor úmido tem um excesso de água que torna úmidos os materiais dentro da esterilizadora; já o vapor super aquecido é deficiente de umidade necessária para a esterilização. O vapor saturado seco é capaz de circular por convecção permitindo sua penetração em materiais porosos. A produção do vapor utilizado na esterilização requer alguns cuidados como a água utilizada para a produção do vapor, esta deve estar livre de contaminantes em concentração que possa interferir no processo de esterilização, danificar o aparelho ou os produtos a serem esterilizados. Equipamentos Os equipamentos utilizados para este método de esterilização são as autoclaves. Estas constituem- se basicamente de uma câmara em aço inox, com uma ou duas portas, possui válvula de segurança, manômetros de pressão e um indicador de temperatura. Elas podem ser divididas em dois tipos: Autoclave gravitacional: o ar é removido por gravidade, assim quando o vapor é admitido na câmara, o ar no interior desta, que é mais frio (mais denso), sai por uma válvula na superfície inferior da câmara. Pode ocorrer a permanência de ar residual neste processo, sendo a esterilização comprometida principalmente para materiais densos ou porosos. Autoclave pré-vácuo: o ar é removido pela formação de vácuo, antes da entrada do vapor, assim quando este é admitido, penetra instantaneamente nos pacotes.DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 420 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 As autoclaves podem ainda ser do tipo horizontal ou vertical. As do tipo horizontal possuem paredes duplas, separadas por um espaço onde o vapor circula para manter o calor na câmara interna durante a esterilização; as do tipo vertical não são adequadas pois dificultam a circulação do vapor, a drenagem do ar e a penetração do vapor devido à distribuição dos pacotes a serem esterilizados, que ficam sobrepostos. Mecanismo de ação e ciclo de esterilização O efeito letal decorre da ação conjugada da temperatura e umidade. O vapor, em contato com uma superfície mais fria, umedece, libera calor, penetra nos materiais porosos e possibilita a coagulação das proteínas dos microrganismos. O ciclo de esterilização compreende: • Remoção do ar; • Admissão do vapor; • Exaustão do vapor; • Secagem dos artigos. Remoção do ar: para que a esterilização seja eficaz, é necessário que o vapor entre em contato com todos os artigos da câmara e, para que ocorra a penetração do vapor em toda a câmara e no interior dos pacotes, é preciso que o ar seja removido. A remoção do ar pode ser por gravidade ou por utilização de vácuo antes da entrada do vapor. Admissão do vapor: é também o período de exposição. Este é iniciado pela entrada do vapor, substituindo o ar no interior da câmara. O tempo de exposição começa a ser marcado quando a temperatura de esterilização é atingida. O tempo de exposição pode ser dividido em três partes: tempo de penetração do vapor, tempo de esterilização e intervalo de confiança. Exaustão do vapor: é realizada por uma válvula ou condensador. A exaustão pode ser rápida para artigos de superfície ou espessura; para líquidos a exaustão deve ser o mais lenta possível para se evitar a ebulição, extravazamento ou rompimento do recipiente. Secagem dos artigos: é obtida pelo calor das paredes da câmara em atmosfera rarefeita. Nas autoclaves de exaustão por gravidade, o tempo de secagem varia de 15 a 45 minutos; nas autoclaves de alto vácuo o tempo é de 5 minutos. Tempo de esterilização Tempo mínimo de exposição (em minutos) para esterilização pelo vapor, segundo a temperatura Tabela 4.1 Artigos Hospitalares / Acondicionamento Autoclave(Gravidade) 121O C Vácuo 132O C Alto Vácuo 132O C ESCOVA DE FIBRA SINTÉTICA - Embrulhadas individualmente, em papel ou campo de algodão cru. 30 15 4 ROUPAS - Embrulhadas em campo de algodão cru. 30 15 4 INSTRUMENTOS METÁLICOS - Em bandejas metálicas, embrulhadas em campo de algodão cru (duplo); - Envolvidos individualmente em compressas ou campo simples, embrulhados em campo duplo. 30 30 15 15 4 4 AGULHAS OCAS COM LUME ÚMIDO - Embaladas em tubo de vidro, com tampa de algodão. 30 15 4 LUVAS DE BORRACHA - Embrulhadas em papel ou campo de algodão cru. 20 15 4 CATÉTERES, DRENOS E TUBOS DE BORRACHA COM LUME ÚMIDO - Envolvidos individualmente, em algodão cru ou papel. 30 15 4 DBF_numregistro 21Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 BANDEJAS, CUBAS E OUTROS MATERIAIS SEMELHANTES - Embrulhadas em campo de papel ou algodão cru. 30 15 4 SERINGAS DE VIDRO, DESMONTADAS - Embrulhadas individualmente, em papel ou algodão cru. 30 15 4 LÂMINAS DE CORTE, SERRAS, TESOURAS - Envolvidas em compressas e embrulhadas em campo duplo; - Em caixas metálicas (rasas). - - - - 4 4 LÍQUIDOS EM FRASCO PIREX (cheios até a metade, aproximadamente) -45 a 250 ml -500 a 1000 ml -1500 a 2000 ml 20 30 40 - - - - - - Disposição dos artigos dentro da câmara Artigos de superfície como bandejas, bacias e instrumentais não devem ser esterilizados com artigos de espessura como campo cirúrgicos, compressas e outros, nas autoclaves gravitacionais. O volume de material dentro da autoclave não deve exceder 80% da sua capacidade. Os pacotes devem ser colocados de maneira que haja um espaçamento de 25 a 50 mm entre eles, e de forma que o vapor possa circular por todos os itens da câmara. Os pacotes maiores devem ser colocados na parte inferior e os menores na parte superior da câmara; os maiores podem ter no máximo 30cm x 30cm x 50cm de tamanho. Cuidados básicos para a eficiência da autoclavação • Antes da esterilização Higienizar convenientemente os materiais: ◦ Material crítico deve permanecer em solução desinfetante durante 30 minutos, antes de se realizar a limpeza. ◦ Os instrumentais devem ser lavados manualmente com o uso de escovas, ou em lavadoras ultra-sônicas. ◦ Drenos, tubos, catéteres devem ser lavados com água e detergente apropriado; deve-se usar seringas para lavar e enxaguar a luz dos mesmos. ◦ Agulhas e seringas devem ser lavadas com detergente e enxaguadas abundantemente para que este seja removido completamente. Acondicionar os artigos em embalagens adequadas, que permitam a esterilização e a estocagem do artigo. Identificar os pacotes corretamente, não ultrapassar as dimensões de 30cm x 30cm x 50cm, e o peso de 7 kg. Colocar os pacotes pesados sob os mais leves; evitar encostá-los nas paredes da câmara, deixar espaço entre eles para facilitar a drenagem do ar e penetração do vapor. Não sobrecarregar o equipamento, utilizar apenas 80% de sua capacidade. Colocar a fita indicadora na embalagem externa e vedar os pacotes menores com a mesma. Recipientes como bacias, jarros, ou outros que possuem concavidade devem ser colocados com sua abertura para baixo para facilitar o escoamento do ar e da água resultante da condensação do vapor. • Durante a esterilização Verificar constantemente os indicadores de temperatura e pressão. • Após a esterilização A porta do aparelho deve ser aberta lentamente e deve permanecer entreaberta de 5 a 10 minutos. ◦ Os pacotes não devem ser colocados em superfícies metálicas logo após a esterilização, pois em contato com superfície fria o vapor residual se condensa e torna as embalagens úmidas, comprometendo a esterilização uma vez que a umidade diminui a resistência do invólucro de papel e interfere no mecanismo de filtração do ar. ◦ Não utilizar os pacotes em que a fita indicadora apareça com as listras descoradas após a esterilização. DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 422 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Falhas no processo de autoclavação As falhas neste processo podem ser mecânicas ou humanas. Principais falhas humanas: • Limpeza incorreta ou deficiente dos materiais; • Utilização de invólucros inadequados para os artigos a serem esterilizados; • Confecção de pacotes muito grandes, pesados ou apertados; • Disposição inadequada dos pacotes na câmara; • Abertura muito rápida da porta ao término da esterilização; • Tempo de esterilização insuficiente; • Utilização de pacotes que saíram úmidos da autoclave; • Mistura de pacotes esterilizados e não esterilizados; • Não identificação da data de esterilização e data-limite de validade nos pacotes; • Desconhecimento ou despreparo da equipe para usar o equipamento. Falhas mecânicas: As falhas mecânicas decorrem da operação incorreta e da falta de manutenção das autoclaves. ESQUEMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE AUTOCLAVES Tabela 4.2 Diariamente Limpeza da câmara interna (álcool ou éter) Mensalmente Limpeza dos elementos filtrantes e linha de drenagem Trimensalmente Descarga do gerador Semestralmente Verificação e limpeza dos eletrodos de nível Lubrificação do sistema de fechamento Verificação da guarnição da tampa Avaliação dos sistemas de funcionamento e segurança Desimpregnação dos elementos hidráulicos Ajustagem e reaperto do sistema de fechamento Anualmente Verificação do elemento filtrante de entrada de água Aferição dos instrumentos de controle, monitorização e segurança Limpeza do gerador de vapor Após 3 anos de funcionamento, teste, avaliação hidrostática, aferição dos instrumentos de controle Prevenção de riscos operacionais Para o manuseio das autoclaves, embora existam diferentes modelos e cada um deles possua seu próprio manual de instrução de uso, algunscuidados são fundamentais para a prevenção de acidentes: • Manter as válvulas de segurança em boas condições de uso; • Não abrir a porta da autoclave enquanto a pressão da câmara não se igualar à pressão externa; ao abrir a porta da autoclave proteger o rosto para evitar queimaduras, explosões ou implosões dos frascos de vidro; • Utilizar luvas de amianto para a retirada dos artigos metálicos da câmara; • Verificar periodicamente o funcionamento de termostatos, válvulas de segurança; • Não forçar a porta para abrir quando esta emperrar; • A porta da autoclave deve possuir uma trava de segurança para que esta não abra enquanto houver pressão no interior da câmara. TESTES DE CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO É fundamental a realização de testes biológicos para controle e comprovação da esterilização. Monitoramento dos Métodos de Esterilização Para se garantir a eficiência dos processos de esterilização deve-se elaborar um programa de monitoramento para controle de qualidade de esterilização. DBF_numregistro 23Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Este programa deve avaliar e controlar todas as fases da esterilização, a fim de se detectar possíveis falhas e onde elas ocorrem: • IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS » Os materiais a serem esterilizados devem conter o nome do material, tipo de esterilização, lote da esterilização, a data de validade da esterilização, nome do responsável pelo empacotamento; » Cada ciclo de esterilização deve manter um registro com o lote, o conteúdo do lote, temperatura e tempo de esterilização, nome do operador, resultado do teste biológico e do indicador químico obtido e qualquer intercorrência. • MONITORAÇÃO MECÂNICA » a monitoração mecânica consiste no controle e registro de parâmetros tempo, temperatura e pressão durante a esterilização e na manutenção do equipamento e dos aparelhos de registro (manômetros e termômetros). • INDICADORES QUÍMICOS Os indicadores químicos são fitas de papel impregnadas com uma tinta termocrômica que mudam de cor quando expostas à temperatura elevada por certo tempo. Elas podem apenas indicar a exposição ou não ao calor (indicadores específicos de temperatura) ou ainda indicar a ação de diferentes componentes como tempo, temperatura e vapor (integradores). Devem ser colocados indicadores externos nos pacotes a serem esterilizados. Essa prática indica apenas se o material passou ou não pelo processo de esterilização. Indicadores colocados no interior dos pacotes devem estar posicionados em locais de difícil acesso ao agente esterilizante, assim poderá se obter informações sobre falhas na esterilização com relação à penetração do vapor ou concentração de óxido de etileno. Para cada processo existe um tipo de indicador apropriado: autoclave, calor seco ou óxido de etileno. Um outro teste químico utilizado é o Teste de Bowie-Dick. Este método testa a eficácia do sistema de vácuo na autoclave de pré-vácuo. Para sua realização faz-se um pacote com campos empilhados um sobre o outro formando uma pilha de 25 a 28 cm de altura, no meio desta pilha coloca-se um papel com fitas de autoclave ou fitas zebradas coladas em forma de cruzes, cobrindo toda a superfície do papel. O pacote deve ser colocado acima ao dreno da autoclave, com esta vazia. Processa-se então um ciclo a 132oC por 3 a 4 minutos. Se as fitas não apresentarem homogeneidade na coloração indica que ocorreu a formação de bolhas de ar e deve ser feita a revisão do equipamento. Este teste deve ser realizado todos os dias, antes da primeira carga ser processada. • INDICADORES BIOLÓGICOS A utilização destes indicadores permite a comprovação da eficiência da esterilização, uma vez que o crescimento de microrganismos após a aplicação do processo é diretamente testado. Este indicador consiste em uma preparação padronizada de esporos bacterianos em suspensões que contém em torno de 106 esporos por unidade de papel. Os microrganismos utilizados são de acordo com o processo de esterilização avaliado (APECIH, 1998): » Autoclave a vapor: B. stearothermophilus; » Calor seco: B. subtilis var. niger; » Autoclave a óxido de etileno: B. subtilis var. niger; » Plasma de peróxido de hidrogênio: B. subtilis var. niger; » Radiação gama: Bacillus pumilus; Após o processamento dos indicadores, eles devem ser incubados para se verificar se as cepas ainda são viáveis. As condições de incubação e o meio em que os indicadores devem ser incubados devem ser fornecidas pelo fabricante das preparações. O indicador que fora processado é incubado nas mesmas condições e juntamente com um outro que não tenha passado pelo processo de esterilização a fim de se verificar a viabilidade das cepas e as condições adequadas de incubação que favoreçam o crescimento bacteriano. A realização de testes biológicos deve ser, no mínimo, semanalmente e após cada manutenção ou suspeita de mau funcionamento. No processo de esterilização a óxido de etileno o teste deve ser realizado em cada ciclo de esterilização devido a complexidade do processo e a maior probabilidade de falhas. DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 424 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS Setor responsável por distribuir materiais esterilizados para as Unidades de Internação e Ambulatório 4.5 - Assistência de Enfermagem ao Paciente Cirúrgico 4.5.1 - Período Pré-Operatório MEDIATO: compreende desde a indicação até dia antes da cirurgia. IMEDIATO: 24 horas antes da cirurgia. • Banho com anti-sépticos específicos • Esvaziamento intestinal: controverso, porém nas cirurgias abdominais é importante para prevenir ruptura de alças intestinais e melhorar visualização do campo operatório. ENEMA = até 500 ml LAVAGEM OU ENTEROCLISMA = até 2000ml • Jejum: 12 horas antes • Esvaziamento da bexiga: importante nas cirurgias ginecológicas pois pode haver lesão durante a Cirurgia. • Tricotomia: mais próximo possível da hora, numa menor área possível (CC) e/ou 2 hora antes. • Medicação Pré Anestésica: 45 a 60 minutos antes da cirurgia, reduz ansiedade, facilita indução anestésica, diminui a secreção. Preparação da pele e a região a ser operada O preparo da pele a ser operada, consiste em tratar a pele empregando meios químicos e mecânicos, os quais a manterão limpa, sem pêlos, livres de micróbios. Finalidade Evitar infecção e promover uma boa cicatrização da ferida operatória. Meios utilizados Antissepsia por agentes químicos (povidine) e tricotomia (raspagem de pelos). Antissepsia com agentes químicos • São utilizados sabões especiais e anti-sépticos da pele. A limpeza da pele com esses produtos é feita durante o dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da rotina do hospital. • O emprego desta técnica visa remover ou destruir os germes existentes na pele. Tricotomia É a raspagem dos pelos na pele. É feita com a finalidade de facilita a limpeza e a antissepsia da pele e da região a ser operada. Áreas de tricotomia • Cirurgia de crânio: todo o couro cabeludo ou conforme prescrição medica. • Cirurgias torácicas: região torácica até umbigo e axilas. • Cirurgia cardíaca: toda extensão corporal (face anterior e posterior), menos o couro cabeludo. • Cirurgia abdominal: desde a região mamaria até o púbis. • Cirurgia dos rins: região abdominal anterior e posterior. • Cirurgia de membros inferiores: todo o membro inferior e púbis. 4.5.2 - Período Trans-Operatório Período que compreende o momento que o paciente entra no Centro Cirúrgico até a sua saída da sala de recuperação anestésica. DBF_numregistro 25Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 TEMPOS CIRÚRGICOS Diérese: primeiro tempo operatório que consiste em cortar separar os tecidos Homeostasia: 2º tempo operatório que consiste no controle de sangramento Exérese: 3º tempo operatório que consiste na cirurgia propriamente dita. Síntese: 4º tempo operatório que consistena etapa final, sutura INSTRUMENTAL PARA DIÉRESE BISTURI É com certeza o instrumento para diérese que mais representa o cirurgião. É constituído por um cabo de tamanho e formato variados, onde se encaixam diferentes tipos de lâminas, estas na grande maioria das vezes descartáveis. TESOURAS As tesouras mais utilizadas: tesouras reta e curva. Reta para o corte de fios, de secção ou curva (Mayo) e a de dissecção, mais delicada (Metzembaum). INSTRUMENTAL PARA HEMOSTASIA A hemostasia pode ser temporária ou definitiva, preventiva ou corretiva. O método de hemostasia por pinçamento é cruento e temporário, podendo transformar-se em definitivo por ligadura, cauterização ou angiotripsia. Em cirurgia vascular, utilizam-se pinças hemostáticas atraumáticas para que não se produzam danos na parede dos vasos quando aplicados, não favorecendo a trombose. As atraumáticas mais utilizadas são as de Buldogue e Satinsky. As pinças hemostáticas traumáticas quando aplicadas são substituídas por ligadura ou eletrocoagulação, sendo as mais utilizadas: Rochester, Kelly e a longa de Mixter INSTRUMENTAL PARA SÍNTESE AGULHAS - São utilizadas para transfixar os tecidos como guia aos fios de sutura, podendo ser classificadas como retas ou curvas, podendo ser cilíndricas ou cortantes; as que já vem montadas com o fio, são denominadas agulhas atraumáticas, proporcionando orifícios de entrada e saída menos traumáticos. As agulhas curvas,possuem raio de curvatura variável, adaptando-se a cada tipo de síntese. PINÇAS - As utilizadas para a síntese são as pinças de dissecção: anatômica que não possui dentes na extremidade e, portanto são menos traumatizantes ao apreenderem as bordas, e a pinça dente de rato que possui dentes na sua extremidade, portanto favorecem melhor apreensão. PORTA-AGULHAS - São utilizados para a condução de agulhas curvas, sendo os mais utilizados: MAYO, HEGAR e MATHIEU. OUTROS INSTRUMENTOS PREENSÃO - Pinça de preensão intestinal ou de Allis; pinça de preensão aponeurótica ou de Kocher, pinças de Foerstes e Ballenger e as chamadas pinças de campo ou Backaus. AFASTADORES - São subdivididos em dinâmicos, sendo os mais conhecidos o de Farabeuf, as válvulas manuais de Doyen e a válvula suprapúbica. Os estáticos mais conhecidos são o Gosset e o Balfour. MESA CIRÚRGICA É rotina a montagem da mesa cirúrgica, observando-se regras para a distribuição dos instrumentais cirúrgicos: • Material de diérese permanece no canto inferior esquerdo; • De síntese no canto superior esquerdo; • Material de hemostasia e preensão no meio da mesa inferiormente, sendo os afastadores no canto superior. DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 426 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 SÍNTESE A síntese cirúrgica é uma operação fundamental que consiste na aproximação das bordas de tecidos seccionados ou ressecados. Tem como objetivo manter a continuidade tecidual e facilitar as fases iniciais do processo de cicatrização. É um processo obrigatório na maioria dos procedimentos cirúrgicos. Para se garantir a eficácia do processo, deve-se utilizar materiais resistentes às tensões e trações que serão exercidas sobre a ferida nas fases iniciais da cicatrização. A síntese cirúrgica, juntamente com o processo de cicatrização, constitui o meio pelo qual a continuidade do tecido é restaurada, sendo que a missão da primeira não deve terminar antes que a Segunda já esteja em pleno curso. Os instrumentos utilizados na sutura são agulhas, pinças, porta-agulha e fios cirúrgicos. Os fios são usados para ligaduras vasculares que garantem uma hemostasia perfeita e para a aproximação dos tecidos, são empregados isoladamente ou montados em agulhas. Diversos fatores são de importância para a escolha do fio pelo cirurgião, como o custo, a resistência tênsil, a facilidade de esterilização, a maleabilidade mínima e a reação tecidual. O fio ideal deve manter a força tênsil por tempo suficiente, até que a cicatriz adquira sua própria resistência frente ao estímulos mecânicos habituais, além de portar-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual. À sutura não deve ser isquemiante devido à tensão exagerada dos fios. Deve-se levar em conta a resistência tênsil do fio frente à sua constituição físico-química, com especial destaque ao seu diâmetro transversal. FIOS CIRÚRGICOS 1 - Fios Absorvíveis Categute - é obtido da submucosa do intestino delgado de ovelhas ou da serosa de bovinos. Podem ser simples ou cromados, dependendo do tempo de absorção. Os simples têm absorção mais rápida (cerca de 08 dias), enquanto que os cromados têm uma absorção mais lenta (cerca de 20 dias) e são tratados com bicromato de potássio. De fácil manipulação, comporta-se como um corpo estranho, desencadeando uma reação inflamatória intensa ao seu redor. São muito utilizados em suturas gastrointestinais, amarraduras de vasos na tela subcutânea, cirurgias ginecológicas e urológicas. Ácido Poliglicólico - é um fio sintético, obtido pela polimerização do ác. glicólico, e possui uma maior resistência. Sua reabsorção por hidrólise ocorre por volta de 60 a 90 dias após sua utilização. A resistência tênsil efetiva de seus nós é perdida muito antes, em torno da 3a semana. É muito usado na sutura de músculos, fáscias e tecido celular subcutâneo, ocasionando pouca reação inflamatória. Entretanto, como é um fio multifilamentar, pode albergar (assim como qualquer fio com essa característica) em seu interior bactérias que escapam da fagocitose. Ácido Poligaláctico - é um fio sintético, absorvido por volta de 60 dias. É utilizado em cirurgias gastrointestinais, urológicas, ginecológicas, oftalmológicas e na aproximação do tecido celular subcutâneo. Polidioxanona - É um fio sintético, monofilamentar, possuidor de um absorção lenta, com manutenção da resistência tênsil por longo período. É então utilizado na sutura de tendões, cápsulas articulares e fechamento da parede abdominal. 2 - Fios Não Absorvíveis Seda - é um filamento protéico obtido do bicho-da-seda. Suas fibras são retorcidas ou trançadas, tratadas com polibutilato. É fácil de ser manuseada, produzindo nós firmes. É degradado ao longo dos anos, perdendo sua resistência tênsil. Algodão - é um fio multifilamentar, maleável e agradável ao tato. Proporciona um nó forte. Como é multifilamentar, pode perpetuar um processo infeccioso, caso usado em território contaminado - granuloma de corpo estranho. Poliéster - sintético, multifilamentar, é resistente e de grande durabilidade. Requer um mínimo de 05 nós para uma fixação segura (algodão, seda e polímeros absorvíveis: 3 nós, categute: 4 nós). Causam pouca reação tecidual, com pouca resposta inflamatória. Devem ser evitados em locais contaminados por serem multifilamentares. São excelentes para suturas de aponeuroses, tendões e vasos. Nylon - derivado de poliamidas, caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água. Mono ou multifilamentar, é um fio de pouca reação, mas de difícil manuseio. É duro e corrediço, não produzindo DBF_numregistro 27Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 nó firme. Perde resistência tênsil ao longo do tempo, podendo ser degradado e absorvido ao longo de dois anos, apesar de ser considerado inabsorvível. São os preferidos para suturas de pele. Polipropileno - Sintético e monofilamentar, produz pouca reação tecidual. Mantém sua resistência tênsil por vários anos após sua utilização. Muito usado para sutura vascular e, como é facilmente removível, é ideal para sutura intradérmica. Nós e suturas O nó cirúrgico tem como objetivo evitar que o fio entrelaçado se solte. O principal é que não se afrouxe, permitindo perfeito ajuste das bordas a serem afrontadas. Para que isso ocorra, devem ser levados em consideração: a) o tipo de nó; b) o treino do cirurgião; c) o grau de tensão dos tecidos a serem suturados; d) a natureza do fio. O nó consiste, em geral, de uma primeira laçada,que aperta, e uma segunda, fixadora, que impede o afrouxamento da primeira. Pode-se ainda acrescentar um terceiro nó, para dar uma maior segurança. Sutura é a síntese por meio de pontos. Tem como finalidade manter os tecidos unidos até que se complete a cicatrização. Tem como princípios fundamentais: 1 - Aproximar as bordas sem tensão; 2 - Manter entre dois pontos distância igual à espessura do plano suturado; 3 - Não suturar em um só plano grandes espessuras; 4 - Não deixar espaço morto; 5 - Não unir planos de natureza diferente. Paramentação Cirúrgica • Conceito: Técnica complementar a degermação cirúrgica que consiste do ato de vestir o avental cirúrgico e calçar luvas estéries. Materiais necessários: • Pacote com aventais cirúrgicos onde normalmente já encontramos compressas estéreis para enxugar as mãos e antebraços. Passos para vestir o capote: • Segurar o capote pela parte interna do ombro onde estava a compressa e com movimento firme, puxar o avental que se abrirá deixando aparecer as duas cavas das mangas, tomando cuidado para não tocar na parte externa. • Segurando pela parte interna das costura do ombro, introduzir um braço pela manga do avental e a seguir o outro. • Vire de costas para que a circulante de sala amarre as duas tiras de extremidade do pescoço. LEMBRE-SE: O capote deve ser retirado primeiro que a luva após a cirurgia. CUIDADOS NO TRANS OPERATÓRIO » Receber, identificar paciente; checar exames e preparo. » Transporte em maca com grades » Posicionamento na mesa - braços para realizar infusão venosa deve estar num ângulo de 90° em relação ao corpo p/ evitar dores musculares e articulares no pós operatório » Controle de SSVV DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 428 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 » Administrar infusões mornas, troca de campos molhados p/ evitar hipotermia devido temperatura da Sala de Operação. » Cuidados de CIRCULANTE- entre eles ajudar colocar o ARCO DE NARCOSE (suporte que separa o anestesista do campo operatório. » Cuidado com bisturi elétrico- queimaduras » Auxiliar na indução anestésica ANESTESIAS UTILIZADAS NAS CIRURGIAS Os tipos de anestesias mais realizadas são: Anestesia Geral: Através da administração de medicamentos o paciente é mantido inconsciente, sem dor e imóvel durante todo o procedimento. Está indicada para cirurgias sobre o Abdômen superior, tórax, cabeça, pescoço, cirurgias neurológicas e cardíacas. Cirurgias em crianças são realizadas, normalmente com anestesia geral para evitar movimentação brusca durante os procedimentos. Em alguns casos, é possível a administração de anestésicos locais, após a criança ter adormecido, nos locais onde as cirurgias são realizadas, para diminuir a dor pós- operatória. Atualmente, bloqueios anestésicos associados a anestesia geral são bastante comuns em crianças, dando mais conforto a este grupo de pacientes. Vias de administração da anestesia geral: A anestesia geral pode ser aplicada por via venosa, inalatória ou ambas. Posição de decúbito dorsal com pernas estendidas é a forma utilizada para administrar esse tipo de anestesia. O anestesiologista é a pessoa que punciona a sua veia, coloca o soro, monitoriza todas as suas funções vitais-como batimentos cardíacos, respiração, pressão arterial, temperatura corporal e etc, mantendo-os normais ou tratando quando estes se alteram, através de monitores e avaliação clínica. Anestesia Regional: Através da administração de medicamentos obtemos anestesia de apenas algumas áreas do corpo, como por exemplo: • Anestesia Raquidiana: realizada com anestesia local nas costas, no espaço subaracnoide. O paciente fica com os membros inferiores e parte do abdomen completamente anestesiados e imóveis. É usada para cirurgias abdominais e de MMII • Anestesia Peridural: Também realizada pela adição de anestésicos locais nas costas próximos aos nervos que transmitem a sensibilidade dolorosa. É realizada no espaço peridural (antes da dura mater) Neste caso é possível se realizar o bloqueio de apenas algumas raízes nervosas ou várias - como anestesia peridural para mamoplastias, por exemplo, onde o anestesiologista pode anestesiar apenas a região do tórax onde estão localizadas as mamas. As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades totais de anestésicos, o local onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha utilizada. Posição para anestesia Raqui e peridural: Decúbito lateral fetal c/ joelhos fletidos e/ou sentado com pernas pendentes e queixo encostado no tórax. • Os bloqueios de nervos periféricos são outro tipo de anestesia e, neste caso, o anestesiologista administra o anestésico apenas ao redor dos nervos que irão para o local da cirurgia a ser realizada. Por exemplo, cirurgias sobre a mão podem ser realizadas com bloqueios dos nervos que inervam a mão, através da administração de anestésicos próximos a estes, na altura da axila ou do pescoço. FUNÇÕES DA CIRCULANTE NA SALA DE CIRURGIA RELATIVA AO ANESTESISTA: • Posicionar paciente para indução anestésica conforme tipo de anestesia; • Fornecer material estéril para punção; • Fornecer soluções venosas aquecidas para hidratação do paciente; DBF_numregistro 29Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 • Montar o carro de anestesia com borrachas de aspiração e de oxigênio,bem como seringas,agulhas, AD e medicamentos de uso rotineiro. RELATIVA AO PACIENTE: • Receber o paciente pelo nome, checar exames no prontuário, preparo pré operatório e presença de prótese dentária; • Posicionar o paciente para cirurgia, tranquilizando-o; • Fixar os braços nas braçadeiras e posicionar o arco de narcose; • Manter aspirador de secreção, bisturi elétrico próximo do paciente; • Colocar placa de bisturi elétrico no paciente embebida com gel condutor em áreas com presença de tecido subcutâneo; • Fazer controle de compressas utilizadas durante a cirurgia, conferindo-as após a cirurgia, antes do fechamento da incisão cirúrgica; • Preencher a folha de gasto cirúrgico e as intercorrências apresentadas durante ato cirúrgico; • Identificar e encaminhar peças anatômicas para laboratório de anatomia patológica; • Limpar o paciente ao término da cirurgia, realizando curativo e transportando-o para RPA e/ou unidade de internação; • Manter SO arrumada e limpa para próxima cirurgia. RELATIVA AO CIRURGIÃO/INSTRUMENTADOR: • Auxiliar na paramentação cirúrgica; • Fornecer os fios, agulhas, sondas de aspiração ao instrumentador de maneira asséptica; • Aproximar pedais do bisturi e do aspirador do cirurgião; • Dispor os focos centrais e auxiliares no campo operatório; • Fornecer solução antiséptica para antissepsia da pele do paciente; 4.5.3 - Período Pós-Operatório Período cirúrgico é dividido em três fases: a primeira é a pré-operatória; a segunda, a intra- operatória e, a terceira, pós-operatória. Nesta última, a enfermagem desempenha o importante papel de proporcionar ao paciente o retorno às atividades rotineiras. O pós-operatório inicia-se com os períodos pós-anestésico e pós-operatório imediato, nos quais o paciente está se recuperando dos efeitos anestésicos. O pós-operatório tardio é o tempo de cicatrização e prevenção das complicações, este período pode durar semanas ou meses após cirurgia. A assistência de enfermagem durante o período pós-operatório imediato concentra-se em intervenções destinadas a prevenir ou tratar complicações. Por menor que seja a cirurgia, o risco de complicações sempre estará presente. A prevenção destas, no pós-operatório promove rápida convalescência, poupa tempo, reduz gastos, preocupações, ameniza a dor e aumenta a sobrevida Imediato: até 24 horas pós cirurgia Mediato: pós 24 horas até 7 dias. Tardio: pós 7 dias do recebimento da alta Objetivos Gerais da Assistência é PREVENIR: • Dor; • Laringite pós entubação; • Náuseas e vômitos; • Retenção urinária; • Flebite pós venoclise. CUIDADOS NO POI (SRPA) • Controle de sangramento,dreno (sucção ou sanfonado p/ secreção sanguinolenta usado em cirurgia de osteosíntese e drenagens de hematoma craniano;com reservatório de Jackson- Prat (JP) - funciona com pressão negativa tem forma de pêra usado em cirurgias abdominais; (penrose) sondagens, infusões venosas; • Sinais vitais; • Posicionamento no leito- verificar tipo de anestesia usada; • Aquecimento; DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 430 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 • Avaliação neurológica; • Controle da dor, soluços. Avaliação de retorno de nível de consciência e estabilidade hemodinâmica pós cirurgia A avaliação deve ser direcionada à: • Atividade Motora É capaz de mover as extremidades voluntariamente? • Função Respiratória É capaz de respirar de forma profunda, de tossir, há presença de dispneia ou limitação respiratória, bem como apnéia? • Função cardiovascular Observar variação de pressão arterial • Nível de Consciência Observar se o paciente está completamente acordado, se desperta ao comando ou se responde ao estímulo auditivo. • Cor da Pele Observar se a pele ou mucosas estão coradas, pálidas, ictericas ou cianoticas. 4.5.4 - Desconfortos Pós-Operatórios Dor: é um dos primeiros sintomas a surgir no pós-operatório. A ferida cirúrgica não é espontaneamente dolorosa após 48 horas do ato cirúrgico. Quando o paciente se queixa de dor é judicioso acreditar nele. A dor é subjetiva e o seu limiar é imensurável. É importante um cuidadoso exame, antes de medicá-lo com analgésicos. O técnico neste caso deve administrar o medicamento analgésico comunicar o fato a enfermeira, fazer anotação sobre a dor e sobre as providencias tomadas. Vômitos: Habitual nas primeiras horas de pós operatório. A realimentação oral precoce é uma importante causa de vômito. Antes da administração de um anti-emético, pensar na possibilidade de obstrução mecânica do tubo digestivo. O técnico deve colocar o paciente com a cabeça voltada para o lado e avisar a enfermeira, administrando o medicamento se houver prescrição. Sede: para evitar o ressecamento da boca, deve-se umedecê-la com água e lubrificar os lábios com vaselina. Cefaléia: É a mais frequente complicação de uma raquianestesia. Excluídos outros fatores etiológicos, deve ser feita generosa reposição volêmica e endovenosa. Pirose: Secundária ao refluxo gastroesofágico ácido ou alcalino, muito relacionada à presença de cateter nasogástrico nas primeiras horas de pós-operatório. Soluço: Desagradável complicação cirúrgica determinada por irritação frênica, pequena quantidade de CO 2 ou acidose respiratória. Dispnéia: De imediato pensar na possibilidade de pneumopatia aguda ou no início de uma complicação cardíaca. Febre: Evolução habitual da doença pós-operatória ou indício precoce de uma infecção aguda. Até 48 a 72 horas pode ser consequente apenas à reação à agressão cirúrgica. Tosse: Exacerba a dor após laparotomia pode provocar evisceração e evidencia uma complicação do sistema respiratório. Oligúria: O débito urinário na faixa de 30 a 50 ml por hora, com densidade satisfatória, constitui importante evidência de funções cardiovascular e renal 4.5.5 - Complicações Pós-Operatórias COMPLICAÇÕES PULMONARES: As mais comuns são: pneumonia e embolia pulmonar. Para prevenir o aparecimento dessas complicações o auxiliar deve: • Movimentar o paciente no leito. • Força-lo a tossir. DBF_numregistro 31Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 • Ensina-lo a realizar exercícios respiratórios. • Estimular deambulação. COMPLICAÇÃO URINÁRIAS: Podem ocorrer: • Infecções urinarias. • Retenção urinaria. • Anuria. No ato de retenção urinaria, deve-se estimular a micção pelos seguintes meios: • Compressa de éter sobre a bexiga. • Abrir a torneira mais próxima. • Sondagem vesical de alivio em ultimo caso. COMPLICAÇÕES GASTRO INTESTINAIS Pode ocorrer obstrução intestinal, por isso o numero e aspecto da evacuação deve ser sempre anotada. COMPLICAÇÕES VASCULARES Trombose venosa profunda COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA As mais frequentes são: • Hematoma: ocorre por haver uma hemorragia oculta na ferida. Quando é grande, pode interferir no processo de cicatrização. • Infecção: ocorre devido a diversos fatores, inclusive devido a curativo mal feito. • Seroma – formam-se principalmente quando há a existência de espaço morto. Esta indicada a drenagem por punção ou abertura de pontos. Sua persistência predispõe a infecção. • Deiscência – Evisceração – hérnias – há fatores sistêmicos e locais que predispõe a tais complicações: DM, uremia, imunossupressão, sepse, hipoalbuminemia, câncer, obesos e pacientes fazendo uso de esteróides; técnica de fechamento, aumento da pressão intraabdominal, cicatrização deficiente. Quando ocorre evisceração após 5º ao 10º PO, há a saída de líquido serossanguinolento após a abertura da pele. As alças evisceradas devem ser cobertas com compressas úmidas e a cirurgia de urgência deve ser realizada. Rotura ou deiscência É uma abertura que ocorre na ferida operatória, que ocorre devido à infecção ou grande distensão abdominal. Retirada de pontos A cicatrização é um processo que ocorre de dentro para fora. Pode ocorrer sem nenhum problema (primeira intenção), apresentar dificuldade para cicatrização imediata (segunda intenção) ou ainda necessitar de uma nova sutura (terceira intenção). A retirada de pontos é feita geralmente no sétimo dia após a cirurgia ou nos dias posteriores. Material necessário: • Pinça anatômica. • Tesoura. • Bisturi. • Gases. • Anti-sépticos. Procedimento » Observar as condições da ferida. » Retirar pontos alternados e se não houver problemas retirar o restante. » Anotar na papeleta. DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 432 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES • Choque hipovolêmico • Ocorre normalmente devido a hemorragias pós cirurgia. Deve ser tratado com hidratação venosa e se necessário transfusões sanguíneas. 4.5.6 - Cuidados com Curativos Cirúrgicos e Drenos CUIDADOS COM CURATIVOS DE FERIDAS CIRÚRGICAS Ferida limpa e fechada: o curativo deve ser realizado com soro fisiológico e mantido fechado nas primeiras 24 horas após a cirurgia , passado este período a incisão deve ser exposta e lavada com água e sabão. Se houver secreção (sangue ou seroma) manter curativo semi-oclusivo na seguinte técnica; Feridas com drenos abertos: O curativo do dreno deve ser realizado separado da incisão, e o primeiro a ser realizado será sempre o do local menos contaminado. O curativo deve ser mantido limpo e seco, isto significa que o número de trocas deve estar diretamente relacionado com quantidade de drenagem. Feridas com drenagem superior a 50ml quando possível deve-se aplicar uma bolsa para coletar o excesso de drenagem. Colocar bolsas em torno de feridas permite medir com exatidão a quantidade de drenagem, restringe a disseminação de contaminação e aumenta o conforto do paciente. Alfinetes não são indicados como meio de evitar mobilização dos drenos de penrose pois enferrujam facilmente e proporcionam a colonização do local. Feridas com sistema de drenos fechados (Toráxico, Hemovácuo), cateter venoso central (Intracath, duplo lúmem): Antes de iniciar o curativo, inspecionar o local de inserção do dreno por meio de palpação. Realizar troca de curativo a cada 24 horas ou sempre que o mesmo se tornar úmido, solto ou sujo. Observação: os curativos em cateter venoso central (intracath) e cateter de duplo lúmen deverão se realizados pelo enfermeiro do setor. Feridas com Fistula ou Deiscência de Paredes: Quando ocorre uma fistula ou deiscência de parede ou túnel torna-se difícil a realização de limpeza no interior da ferida proporcionando um ambiente ideal para a colonização de patógenos. O ideal é realizar a limpeza da ferida em todo o seu interior com jatos de solução fisiológica. 4.5.7 - Assistência de Enfermagem em Drenos e Cateteres Drenos: são tubos ou materiaiscolocados no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluído ou ar; Cateteres: são tubos de diversos materiais e calibres inseridos no organismo, tendo como função a infusão de líquidos ou a sua retirada; Classificação quanto ao material e a estrutura: • Borracha (tubular rígido ou laminar); • Polietileno/plástico (tubular, rígido); • Silicone. Classificação quanto ao uso: • Intravenosos (cateteres centrais e periféricos); • Sistema Digestório (esôfago, estômago, intestino delgado, vias biliares, reto e sigmóide); • Cavidades; • Urinários. Finalidades • Evitar acúmulo de líquidos em espaços potenciais; • Remover coleções diversas de cavidades naturais, vísceras e locais de cirurgia. Indicações • Cirurgias; • Infecção ativa; • Alto risco de deiscência. DBF_numregistro 33Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Tipos de Drenos • Dreno Laminar; • Penrose Dreno simples de cavidade. Material: • Látex; Permite o escoamento de líquidos por capilaridade nas suas superfícies. Cuidados de enfermagem: • Anotar volume e aspecto da drenagem; • Manter gaze estéril sob o dreno; • Ocluir o orifício de saída do dreno com gaze estéril ou colocar bolsa plástica estéril coletora; • Manter curativo sempre limpo e seco. Dreno Penrose • Utilizado em cavidades para drenagem de fluídos por capilaridade. Dreno de sucção • Mais utilizado em afecções biliares; • Tem a forma de uma granada; • É leve. Jackson-Pratt Utilizado para drenagem de resíduos da cirurgia como sangue ou outros fluídos. Hemovac Dreno que atua por sucção e são utilizados quando se prevê o acúmulo de líquidos em grande quantidade. Material: Polietileno com múltiplas fenestrações na extremidade; Retirando o ar cria-se um vácuo com aspiração ativa do conteúdo. TIPOS DE DRENOS Cirurgia Ortopédica • Dreno Porto-vack; • Zammi-vack ou Drenofast; • Hemovac; • Jackson-Pratt. Cuidados de enfermagem: • Anotar volume e aspecto da drenagem; • Manter com pressão negativa conforme orientação; Para esvaziar o reservatório: • Feche o clamp do sistema,comprima o recipiente e recoloque a tampa; Atenção: não esquecer de abrir o clamp do sistema, após esvaziar e fechar o reservatório. Se houver interrupção da drenagem verifique na extensão do dreno se não há presença de coágulos ou fibrina Adaptação de dreno de Cirurgia Plástica Adaptação de um dreno utilizando uma sonda levine e uma seringa de 60 ml como reservatório. • Dreno de Kehr – afecções biliares Cateteres: • gastrostomias e jejunostomias DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 434 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Gastrostomia: Procedimento cirúrgico realizar sobre o estômago com o objetivo de administrar líquidos e alimentos; Indicação: • Quando o doente necessita de nutrição por + de 6 semanas ou quando o CNE não pode ser utilizado devido: à obstrução do esôfago;trauma da face ou da cavidade oral;grande risco de aspiração. Complicações: Infecção no local de saída do cateter; Refluxo gastroesofágico; • Aspiração brônquica; • Extravasamento de suco gástrico; • Obstrução. Cuidados de enfermagem: • Administração da dieta o mais precocemente possível (RHA+); • Cabeceira elevada; • Administrar gradativamente o volume indicado; • Administrar lentamente a dieta; • Lavar circuito após dieta. • Teste de refluxo: (vol. residual < 50% do vol. a ser adm infundir o suficiente para completar o vol. total indicado); Lavar o tubo antes da infusão de cada dieta; • Após 24 a 48 h o curativo deverá ser retirado e a área deverá ser limpa, diariamente, com água e sabão. Jejunostomias Indicação: Drenagem de secreção gástrica para descompressão e para administração de alimentos, quando impedida por problemas gástricos (fístulas, trauma, tumores, refluxo gastroesofágico. Cuidados de enfermagem • São os mesmos da gastrostomia; • Não há necessidade de verificação de volume gástrico; • Administrar lentamente para evitar diarréia 4.6 - Assistindo nas Cirurgias 4.6.1 - Gastrointestinais TIPOS DE PROCEDIMENTOS: • Cirurgias Gástricas. • Cirurgias de Hérnia. • Cirurgias Intestinais. • Cirurgia Laparoscopia. CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS: • Explicar todos os procedimentos e exames pré-operatórios para promover cooperação e relaxamento; • Promover coleta de material para exames; • Monitorar a ingesta e o débito através do balanço hídrico; • Proceder limpeza Intestinal antes da cirurgia para melhor visualização; • A preparação pode incluir modificação na dieta, uso de laxante prescrito pelo medico, supositórios ou enemas; • Administrar antibiótico prescritos para minimizar , para o crescimento bacteriano no cólon; • O paciente deve permanecer em dieta zero após a meia-noite na noite anterior à cirurgias. DBF_numregistro 35Atendimento do Cliente Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO: • Monitorar sinais vitais buscando detectar sinais precoces de infecção e choque – febre, hipotensão, taquicardia; • Monitorar ingesta e débito para sinais de desequilíbrio, desidratação e choque. Incluem todos os drenos; • Avaliação do abdome para dor crescente e distensão, rigidez, pois podem indicar complicações pós-operatórias. Comunicar os achados anormais; • Avaliar o curativo e a incisão, verificar drenagem purulenta ou sanguinolenta, odor, rubor no local da incisão, o que pode indicar infecção ou sangramentos; • Avaliar a eliminação de gases e fezes; • Monitorar para náuseas e vômito. Observar a presença de hálito ou material fecal no vômito, o que pode indicar obstrução; • Verificar o aspirado da SNG, vômitos e fezes para os sinais de sangramento, registrar e relatar os achados; • Monitorar sondas e drenos, acessos venosos e sinais de infecção e infiltração; • Trocar curativo diariamente ou quando necessário, mantendo técnicas assépticas caso tenha ostomias, reforçar cuidados; • Administrar medicamentos prescritos como emolientes fecal, laxativos, até que a função intestinal seja recuperada; • Proporcionar conforto mediante mudança de decúbito, estimular e auxiliar deambulação para promover peristalse. 4.6.2 - Cirurgias Torácicas As cirurgias torácicas são procedimentos operatórios realizados para auxiliar no diagnóstico e tratamento de determinadas doenças pulmonares. Os procedimentos englobam toracotomia, lobectomia, pneumonectomia. CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS O objetivo destes cuidados é maximinizar a função respiratória , para melhorar os resultados no pós-operatório e reduzir o risco de complicações: • Estimular o paciente a parar de fumar, a fim de restaurar a ação ciliar brônquica e reduzir a quantidade de escarro e a probabilidade de atelectasia pós-operatória. ENSINAR A TÉCNICA DE TOSSE EFICAZ: • Sentar ereto com os joelhos flexionados e inclinar discretamente o corpo para frente (ou deitar em decúbito lateral com os quadris flexionados, quando incapaz de sentar); • Imobilizar a incisão com as mãos ou uma toalha dobrada; • Realizar três respirações curtas, seguidas por uma inspiração profunda, inspirando lenta e uniformemente através do nariz; • Contrair os músculos abdominais e tossir vigorosamente duas vezes com a boca aberta e língua para fora; • Umidificar o ar para liquefazer as secreções; • Administrar antibióticos e broncodilatadores prescritos; • Estimular a respiração profunda; • Realizar drenagem postural a fim de diminuir acumulo de secreções; • Monitorar sinais vitais; • Proceder hidratação, alimentação por sonda quando indicado e prescrito; • Administrar anticoagulantes profiláticos, conforme prescrição, afim de diminuir incidência perioperatória de trombose e embolia pulmonar; • Certificar-se de que o paciente compreende a cirurgia e está emocionalmente preparado para o procedimento. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS Usar respirador mecânico , até que a função respiratória e o estado cardiovascular se estabilizem. Ajudar com o desmame e extubação.• Monitorar sinais vitais. • Monitorar SaO 2 ou gasometria. DBF_cap4 DBF_numregistro Capítulo 436 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 • Monitorar e controlar drenagem torácica (se usar), para drenar liquido sangue coágulos. • Administrar analgésicos prescritos se necessários. • Avaliar PVC (pressão venosa central), para controlar Hipovolemia e eficácia da reposição hídrica. 4.6.3 - Cirurgias Ortopédicas TIPOS DE CIRURGIAS: • Fixação Interna. • Artroplastia. • Amputação. • Fixação externa, etc. CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS • Monitorar hidratação, nutrição. O objetivo é maximinizar a cicatrização e reduzir os riscos de complicações pelo fornecimento de líquidos IV, conforme indicado. • Administrar antibióticos se prescritos no pré-operatório. • O paciente deve urinar antes da cirurgia para diminuir a necessidade de cateterismo vesical. • Familiarizar o paciente com o aparelho de tração e necessidade de imobilização a gesso, conforme indicado pelo tipo de cirurgia. • Monitorar sinais vitais. • Proporcionar conforto e segurança psicológica ao paciente. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS • Atentar para sinais e sintomas de choque originado de hemorragias. • Auxiliar o paciente com suas limitações, mediante imobilização e proteção do local cirúrgico. • Avaliar e monitorar sinais vitais • Administrar líquidos e /ou Hemoderivados, se prescritos. • Administrar analgésicos se necessário, e proporcionar conforto ao paciente. • Atentar para infecções do sítio cirúrgico, se possível. 4.6.4 - Cirurgias Renais TIPOS DE CIRURGIAS • Nefrectomia. • Nefrostomia, etc. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS • Preparar o paciente emocionalmente para o procedimento; • Administrar antibióticos se necessário; • Proceder limpeza intestinal; • Proceder ensino de exercícios respiratórios de respiração profunda e tosse efetiva; • Verificas sinais e sintomas como dor no flanco, febre , hipertensão o que podem indicar embolia da ateria renal ou pós-infarto renal; • Monitorar sinais vitais. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS • Monitorar sinais vitais; • Atentar para sangramentos ou Hemorragia; • Monitorar distensão abdominal e dor; • Em casos de transplante é importante monitorar a temperatura como sinal de rejeição (superior a 38,5ºC), diminuição do debito urinário , Ganho de peso 1,5 kg ou mais durante a noite; • Administrar imunossupressores, se prescritos para pacientes transplantados; • Administrar antibióticos se prescritos; • Trocar curativos sempre que secretantes; • Monitorar acesso venoso , cuidado com infiltrações ; • Auxiliar o paciente com exercícios respiratórios e tosse e a deambulação também; • Auxiliar cuidados de higiene; • Proceder retirada de cateter vesical; DBF_numregistro 37 5 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Infecção em Sítio Cirúrgico A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil, ocupando a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e compreendendo 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. FATORES CIRÚRGICOS TRANS OPERATÓRIOS Técnica Cirúrgica: • Hemostasia efetiva. • Adequado suprimento sanguíneo. • Manuseio cuidadoso dos tecidos. • Evitar acidentes com lesões de vísceras ocas. • Remover tecido desvitalizado. • Usar drenos e material de sutura adequado. • Erradicar espaço morto. DEFINIÇÃO DE PACIENTE CIRÚRGICO PASSÍVEL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE ROTINA Cirurgia em paciente internado em serviço de saúde Paciente submetido a um procedimento dentro do centro cirúrgico, que consista em pelo menos uma incisão e uma sutura, em regime de internação superior a 24horas, excluindo-se procedimentos de desbridamento cirúrgico, drenagem, episiotomia e biópsias que não envolvam vísceras ou cavidades. Cirurgia ambulatorial Paciente submetido a um procedimento cirúrgico em regime ambulatorial (hospital-dia) ou com permanência no serviço de saúde inferior a 24horas que consista em, pelo menos, uma incisão e uma sutura, excluindo-se procedimentos de desbridamento cirúrgico, drenagem e biópsias que não envolvam vísceras ou cavidades. Cirurgia endovascular Paciente submetido a um procedimento terapêutico realizado por acesso percutâneo, via endovascular, com inserção de prótese, exceto stents. Cirurgia endoscópica com penetração de cavidade Paciente submetido a um procedimento terapêutico, por via endoscópica, com manipulação de cavidade ou víscera através da mucosa. Estão incluídas aqui cirurgias transgástricas e transvaginais (NOTES), cirurgias urológicas e cirurgias transnasais. CLASSIFICAÇÃO E CRITÉRIOS DEFINIDORES DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO INCISIONAL SUPERFICIAL ISC – IS Critério: Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia e envolve apenas pele e subcutâneo. Com pelo menos 1 (um) dos seguintes: Drenagem purulenta da incisão superficial; Cultura positiva de secreção ou tecido da incisão superficial, obtido assepticamente (não são considerados resultados de culturas colhidas por swab); A incisão superficial é deliberadamente aberta pelo cirurgião na vigência de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: dor, aumento da sensibilidade, edema local, hiperemia ou calor, EXCETO se a cultura for negativa; DBF_numregistro Capítulo 538 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Diagnóstico de infecção superficial pelo médico assistente. LEMBRE-SE: No caso de cirurgia oftalmológica conjuntivite será definida como infecção incisional superficial. Não notificar mínima inflamação e drenagem de secreção limitada aos pontos de sutura. INCISIONAL PROFUNDA ISC - IP Critério: Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até UM ano, se houver colocação de prótese, e envolve tecidos moles profundos à incisão (ex: fáscia e/ou músculos). Com pelo menos UM dos seguintes: Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não de órgão/cavidade; Deiscência parcial ou total da parede abdominal ou abertura da ferida pelo cirurgião, quando o paciente apresentar pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: temperatura axilar _ 37,8ºC, dor ou aumento da sensibilidade local, exceto se a cultura for negativa; Presença de abscesso ou outra evidência que a infecção envolva os planos profundos da ferida, identificada em reoperação, exame clínico, histocitopatológico ou exame de imagem; Diagnóstico de infecção incisional profunda pelo médico assistente. ÓRGÃO /CAVIDADE ISC – OC Critério: Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até UM ano, se houver colocação de prótese, e envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia. Com pelo menos UM dos seguintes: Cultura positiva de secreção ou tecido do órgão/cavidade obtido assepticamente; Presença de abscesso ou outra evidência que a infecção envolva os planos profundos da ferida, identificada em reoperação, exame clínico, histocitopatológico ou exame de imagem; Diagnóstico de infecção de órgão/cavidade pelo médico assistente. LEMBRE-SE: Osteomielite do esterno após cirurgia cardíaca ou endoftalmite são consideradas infecções de órgão/cavidade. Em pacientes submetidos a cirurgias endoscópicas com penetração de cavidade, serão utilizados os mesmos critérios de infecção do sítio cirúrgico do tipo órgão-cavidade. Não há, até o momento, critérios que permitam separar infecção ascendente do trato urinário, de infecção urinária como expressão secundária de infecção em cirurgia urológica. NÃO considerar que a eliminação de secreção purulenta através de drenos seja necessariamente sinal de ISC-OC. Sinais clínicos (febre, hiperemia, dor, calor, calafrios) ou laboratoriais (leucocitose, aumento de PCR quantitativa ou VHS) são inespecíficos, mas podem sugerir infecção DBF_numregistro 39Infecção em Sítio Cirúrgico RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 CARACTERÍSTICAS: • É a terceira causa mais comum de IH. • Acresce uma média de 8 dias de internação, com custo de 2.000 a7.500 dólares. • É diagnosticado comoIH até 30 dias após procedimento cirúrgico. • Se implantação de material protéico- até 1 ano após cirurgia. • As infecções podem ser superficiais, profundas ou em órgão/espaço (cavidade). • As principais fontes são: paciente, funcionários do CC, ambiente materiais e equipamentos. • Em geral são causadas por germes que colonizam a pele ou mucosas do próprio paciente. • Stafilococus aureus é o mais isolado em cirurgia que não exponha os tecidos a flora visceral. FATORES DE RISCO Relacionados ao paciente: • Pacientes são os reservatórios mais importantes • Idade- < de 1 ano e > de 50 anos. • Doença preexistente - Diabetes. • Obesidade - irrigação local do tecido adiposo, sutura subcutânea para fechar ferida. • Desnutrição - imunodeficiência. • Tabagismo. • Presença de infecção fora do sítio operatório - tratar antes e contra indicar procedimento eletivo. Relacionados a cirurgia: • Antibioticoterapia profilática - falta dele quando indicado. • Retirada de pêlos - próximo a cirurgia (2 horas) procedido do banho ou no CC.( ideal) • Preparo pré - operatório da pele - lavagem e anti-sepsia. • Campo cirúrgico - estéreis • Técnica cirúrgica - manutenção adequada da homeostasia, prevenção de hipotermia, manipulação cuidadosa de tecidos, remoção tecidos desvitalizados, lavagem ou irrigação tópica de feridas consideradas sujas ou contaminadas, utilização de materiais de suturas e drenos apropriados. • Drenos - porta de entrada de microorganismos, cuidado na manipulação, uso de sistemas fechados e retirada precoce. • Instrumentais cirúrgicos - incluindo a videolaparascopia, próteses principalmente de origem não biológico que pode estar contaminado com S. coagulasse negativo. Relacionados ao ambiente: • Ar ambiente - controverso na transmissão direta, atentar para a portaria 1884/94 MS regulamenta a ventilação correta de CC. • Limpeza da sala de cirurgia - concorrente, descontaminação e desinfecção. • Duração da hospitalização pré-operatória - períodos curtos e/ou ambulatorial • Duração da cirurgia - quanto mais longo maior a probabilidade de IH. • Perfuração de luvas - troca • Transfusão de sangue - dúvidas, preferir sangue autólogo. • Paramentação cirúrgica - EPIs, luvas duplas, troca de luvas. • Lavagem das mãos e degermação - de 3 a 5 minutos na 1ª cirurgia do turno e de 2 a 3 minutos nas subsequentes. • Equipe cirúrgica - portador de Sthafilococus aureus ou Sthafilococus .piogenes DBF_cap5 DBF_numregistro 6 40 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Cuidados Pós-Operatórios de Algumas Cirurgias 6.1 - Traqueostomia É a inserção de um tubo de demora na traqueia para permitir a respiração CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS: • Sinai s vitais 2/2h; • Leito em semi fowler; • Aspirar secreções 2/2h com técnica asséptica; • Estimular tosse para facilitar eliminação de secreções; • Oferecer prancheta, lápis e papel para proporcionar comunicação; • Desinsuflar balonete da cânula 2/2h para prevenir úlcera e necrose da traqueia; • Manter curativo limpo e seco realizando-o com técnica asséptica; • Higiene oral 4x/dia. COMPLICAÇÕES: • Infecção; • Estenose; • Perfuração da traqueia; • Fístula; • Broncopneumonia. 6.2 - Drenagem Torácica É a colocação de um dreno tubular no espaço intrapleural para remoção de ar, líquidos e sólidos. Hemotórax = presença de sangue no espaço intrapleural Pneumotórax = presença de ar no espaço intrapleural Empiema = presença de pús no espaço intrapleural PÓS OPERATÓRIO: • Verificar estado de consciência e resposta aos estímulos; • Sinais vitais 2/2h; • Leito em semi-fowler; Cuidados com dreno de torax: • Colocar água estéril no frasco de drenagem cobrindo 2cm do tubo longo. • Clampear o sistema durante a troca d frasco ou retirada das secreções para evitar pneumotórax • Anotar rigorosamente o volume drenado por unidade de tempo. • Rotular o frasco de drenagem, indicando data hora e volume da água estéril. • Manter o frasco de drenagem abaixo do nível do tórax para evitar refluxo das drenagens. • Evitar clampear o dreno durante o transporte do paciente ou deambulação. • Evitar formação de alças na tubulação, pois elas produzem pressão retrógada e podem favorecer a refluxo ou comprometer a drenagem do espaço pleural. • Encorajar o indivíduo a respirar profundamente e a tossir em intervalos frequentes, pois isto aumenta a pressão intrapleural e permite o esvaziamento do espaço pleural, removendo as secreções traqueobrônquicas, favorecendo a expansão pulmonar e evitando a atelectasia. DBF_numregistro 41Cuidados Pós-Operatórios de Algumas Cirurgias RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 • Observar relatar e registrar imediatamente sinais de respiração rápida e superficial, cianose, enfisema subcutâneo, sintomas de hemorragia, pois os mesmos indicam complicações. • Estimular mudanças de posição. • Estimular movimentos com o braço e o ombro do lado afetado para evitar anquilose do ombro e reduzir a dor e o desconforto pós operatório. • Estimular a deambulação precoce. • Fazer curativo asséptico diariamente. COMPLICAÇÕES: » Pneumotorax hipertensivo; » Deslocamento mediastinal; » Dor incisional; » Embolia pulmonar; » Tamponamento cardíaco. 6.3 - Gastrostomia Procedimento cirúrgico que mantém uma comunicação da luz gástrica com o plano cutâneo da parede abdominal através de uma sonda com finalidade de drenagem (descompressão) ou de alimentação (nutrição). PÓS OPERATÓRIO: • Conectar a sonda da gastrostomia ao frasco coletor. • Manter sonda aberta no POI (pós operatório imediato). • Observar e registrar aspecto e volume das drenagens de 6/6h. • Iniciar dieta pela sonda de gastrostomia quando houver retorno do peristaltismo, normalmente entre 1º e 2º dia pós operatório. • Não administrar rapidamente as dietas para não causar distensão abdominal. • Não oferecer dietas muito frias ou quentes. • Não utilizar êmbolo de seringas para forçar entrada de alimentos. Administrar dieta utilizando a lei da gravidade. • Irrigar sonda de gastrostomia antes e após as refeições com 15ml de água filtrada para prevenir obstrução e infecções gastrointestinais. • Manter sonda fechada após as refeições. • Posicionar paciente em semi-fowler para administrar a dieta. • Pesar o paciente diariamente. • Higiene oral de 4/4h • Registrar frequência e aspecto das eliminações intestinais. COMPLICAÇÕES: Emagrecimento / desnutrição Distúrbios do funcionamento intestinal 6.4 - Jejunostomia Comunicação cirúrgica do jejuno com o plano cutâneo da parede abdominal PRÉ OPERATÓRIO: Dieta líquida e mínimo de resíduos Anotar frequência e aspecto das evacuações Jejum de 12h Enteroclise até que água retorne limpa DBF_cap6 DBF_numregistro Capítulo 642 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 PÓS OPERATÓRIO: • Conectar sonda a tubos de drenagem e adaptar ao frasco coletor. • Manter aberta a sonda no POI ou até quando necessário. • Anotar volume e aspecto das drenagens. • Após retorno do peristaltismo fechar a sonda e iniciar a irrigação intercalada e gota a gota com soro fisiológico e glicosado. • A dieta deve ser morna e agitada antes de administrar de forma lenta com os frascos mantidos na altura do jejuno • Pesar diariamente e no mesmo horário o paciente COMPLICAÇÕES: • Diarreia • Cólicas DBF_numregistro 43 7 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Colostomias Estoma (ou ostoma) é uma abertura feita cirurgicamente no abdome, por onde o conteúdo dos intestinos (colostomia) será expelido e coletado para uma bolsa externa. Colostomia é a porção do intestino exteriorizada através da parede abdominal. Pode ser permanente ou temporária e a consistência das fezes varia de acordo com a porção do intestino que foi exteriorizada. Há três tipos de colostomia: • Colostomia ascendente: o estoma é feito na alça ascendente, lado direito do abdome. As fezes têm consistência semi-líquida. • Colostomia transversa: o estoma é feito na alça do transverso, no lado esquerdo oudireito do abdome. As fezes têm consistência pastosa. • Colostomia descendente: o estoma é feito na alça descendente, no lado esquerdo do abdome. As fezes têm consistência semi-sólida. Há um outro tipo de ostomia intestinal, chamado de ileostomia, que faz a comunicação do íleo com o exterior. Íleo é o nome dado à parte do intestino delgado que se conecta ao intestino grosso. O estoma é feito no lado inferior direito do abdome. O estoma não pode ser controlado voluntariamente. Por essa razão, o paciente utilizará uma bolsa de coleta de fezes. Um dos maiores problemas com que os ostomizados se deparam, depois da operação, é a adaptação à vida normal com este novo componente. São várias as preocupações: os cheiros, os ruídos, a reintegração social e profissional, as frequentes idas ao banheiro, o tratamento da pele à volta do estoma e até mesmo a atividade sexual. Todas elas são legítimas, mas, superado o choque inicial, a maioria dos colostomizados volta às atividades normais, tomando os devidos cuidados de higiene e utilizando materiais adequados. Para cada tipo de estomia existem bolsas com características específicas, que melhor se adaptam ao caso. De uma ou duas peças, há vários modelos à disposição no mercado, além de dispositivos que melhoram a qualidade de vida dos colostomizados, tais como filtros para controlar o volume e odor dos gazes. Alguns cuidados a evitar: • Carregar peso excessivo; • Praticar esportes que exijam muito esforço; • Cintos, fivelas ou outros artigos que comprimam o estoma; • Evitar alimentos que produzam gazes e/ou odores fortes; Alguns cuidados com hábitos alimentares: • Consumir legumes, frutas e beber muito líquido; • Mastigar bem os alimentos. Outros cuidados • Lavar a pele ao redor do estoma delicadamente, com um sabonete neutro; • Observar o estoma com regularidade: a pele à sua volta deve estar úmida, lisa, de cor avermelhada, livre de coceiras e/ou feridas; • Caso não esteja normal, procurar atendimento especializado; DBF_numregistro Capítulo 744 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 Complicações das colostomias Embora as colostomias sejam procedimentos cirúrgicos relativamente simples, apresentam várias complicações, desde simples irritações cutâneas até problemas potencialmente letais: • Irritação cutânea - evitada pelo uso de bolsas e pomadas protetoras, que evitam o contato entre o contato fecal e a pele; • Estenose ◦ Por abertura insuficiente da parede abdominal; ◦ Angulação do cólon exteriorizado por passagem sinuosa pelos diferentes planos da parede abdominal; ◦ Estenose temporária decorrente do edema da boca cólica; ◦ Processo inflamatório que ocorre na serosa da alça exteriorizada; • Infecção - da pele e/ou subcutâneo, causando celulite pericolostômica; • Hérnia paracolostômica - particularmente nas colostomias terminais; • Necrose e retração do coto cólico - ocorre por falta de suprimento sanguíneo no coto exteriorizado. As causas podem ser várias: ◦ Ligadura inadvertida das artérias que irrigam o segmento; ◦ Exteriorização do coto cólico com tensão tal que prejudique sua irrigação; ◦ Abertura muito estreita na parede abdominal, causando constrição do coto cólico; • Fístula - evento raro, ocorre como resultado da fixação da alça à parede abdominal ou a partir de pequenos focos de necrose na parede da alça; Fechamento da colostomia Indica-se o fechamento da colostomia temporária quando cessam as condições que determinaram sua abertura. É fundamental comprovar-se esse fato antes que se realize o fechamento, lançando-se mão de exames radiológicos contrastados, proctológicos, endoscópico etc. O intervalo de tempo que se espera para o fechamento do estoma depende da situação que determinou sua abertura. Por exemplo, se a colostomia foi aberta para desfuncionalizar temporariamente uma anastomose a jusante, ela pode ser fechada tão logo se comprove a integridade definitiva dessa anastomose. Nestas situações tende-se a fechar a colostomia cada vez mais precocemente, havendo autores que preconizam seu fechamento até na mesma internação hospitalar. No entanto, o intervalo mínimo que se deve esperar é de 30 dias. O fechamento da colostomia é, em última análise, uma anastomose colocólica ou colorretal, e, portanto, todos os cuidados dispensados a este procedimento devem ser tomados. Nas colostomias em alça o preparo mecânico do cólon proximal pode ser anterógrado, retrógrado, ou misto, e o biológico, de acordo com o costume do cirurgião. O cólon distal, no entanto, será limpo através de enteroclismas que deverão conter os antimicrobianos utilizados por via oral coso tenha sido este o preparo biológico escolhido. Nos fechamentos de colostomias em alça, onde a manipulação é pequena, frequentemente as sondagens vesical e nasogástrica são dispensáveis. Tornam-se importantes, no entanto, quando a manipulação for grande, principalmente através de laparotomia, com dissecção do coto retal ou sigmoideano sepultado ou exteriorização pela incisão. Colocação da bolsa de colostomia É recomendável que a colocação da bolsa se faça na posição em que geralmente vai permanecer enquanto o tiver posto. Assim por exemplo, para colocar a bolsa que vai utilizar durante o dia, faça-o pela manha estando de pé ou sentado. Para a noite, para se deitar, é recomendável colocar a bolsa na posição de deitado. Poderá também ser útil colocar a bolsa em frente de um espelho. Quanto à fixação a bolsa em redor do estoma, é importante que o sistema de fixação evite a fuga de fezes pois estas irritam a pele. A abertura a bolsa co ou da placa que o suporta depende do contorno do estoma; este por sua vez sofre alterações ao longo do tempo. Na mudança a bolsa deve retirar o adesivo delicadamente e na direção do crescimento dos pelos. Deverá limpar a pele suavemente sempre que colocar uma nova bolsa. DBF_numregistro 45Colostomias RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Cuidados com a colostomia: Observe a cor (deve ser vermelho vivo), o brilho, a umidade, a presença de muco, o tamanho e a forma. Limpe a estoma delicadamente, com água, de preferência durante o banho. Não é necessário esfregá-la. Evite roupas com elásticos ou cintos que apertem a estoma. Cuidados com a pele ao redor da colostomia: A pele ao redor da colostomia requer um cuidado especial porque o contato prolongado com as fezes pode causar irritação. Para manter a integridade e a aderência da pele ao dispositivo deve-se ter os seguintes cuidados: 1 - NUNCA utilizar substâncias agressivas à pele, como álcool, benzina, colônias, tintura de benjoim, mercúrio, merthiolate, pomadas e cremes. Estes produtos ressecam a pele, favorecendo o aparecimento de feridas e reações alérgicas. 2 - A limpeza da pele ao redor da colostomia deve ser feita com água e sabão neutro. Não é necessário esfregar com força ou usar esponjas ásperas. 3 - Tome cuidado com insetos, em especial as moscas. Não permita que eles pousem na colostomia ou na pele ao redor. DBF_cap7 DBF_numregistro 46 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 CAPÍTULO 2 1 - Os procedimentos cirúrgicos realizados em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e sem contaminação significativa, que tenha ocorrido penetração no trato respiratório, digestivo ou geniturinário, é classificada quanto ao grau de contaminação como: a) ( ) Contaminada b) ( ) Infectada c) ( ) Potencialmente contaminada d) ( ) Limpa 2 - No centro cirúrgico, a via de administração de preferência é: a) ( ) oral. b) ( ) retal. c) ( ) endovenosa. d) ( ) intradérmica. 3 - Quanto a classificação das cirurgias podemos dizer que compreende em: 4 - Palidez intensa nos lábios e unhas, ouso gradualmente mais fraco e respiração difícil, em pacientes operados, pode ser sintomas de: a ( ) Hemorragia interna b ( ) Sono profundo c ( ) Que a cirurgia foi bem sucedida d ( ) Choque cardiogênico 5 - As cirurgiascontaminadas são aquelas realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Dentre as cirurgias a seguir, qual se enquadra melhor nessa descrição? a) ( ) Mastectomia radical b ( ) Desbridamento de queimaduras Exercícios c ( ) Enxertos cutâneos d ( ) cirurgia do reto e ânus com pus 6 - Quanto à classificação cirúrgica, são considerados quanto aos riscos: a) ( ) Diagnostica, curativa, reconstrutora e paliativa b) ( ) Limpa, potencialmente contaminada, infectada c) ( ) Tratamento da doença com objetivo de um reparo posterior d) ( ) Cirurgia emergencial, urgencial, eletiva e optativa CAPÍTULO 3 1 - Que é cirurgia? Como deve conduzida e indicada de acordo com a legislação? 2 - Pesquise o que é consentimento operatório e quando deve ser obtido? 3 - Que é terminologia cirúrgica e de que forma ela é aplicada para definir cada tipo de cirurgia? 4 - Como está classificada as cirurgias conforme a finalidade e gravidade? 5 - Quando classificamos uma cirurgia como potencialmente contaminada, estamos nos referindo a que exemplo de cirurgia? 6 - Classifique as cirurgias abaixo quanto a gravidade, potencial de contaminação, risco e finalidade: Histerectomia __________________________________ Laparatomia ___________________________________ DBF_numregistro 47 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Mamoplastia __________________________________ Apendicectomia supurada _______________________ Abdome agudo ________________________________ 7 - Comente com suas palavras de que forma a Diabetes Melitus e as cirurgias de emergências interferem no processo operatório. 8 - O termo traqueostomia significa: a) ( ) Abertura tubas uterinas b) ( ) Abertura orofaringe c) ( ) Fechamento da traqueia d) ( ) Abertura da traqueia 9 - Colecistectomia consiste em: a) ( ) Retirada total ou parcial do baço b) ( ) Retirada total ou parcial do rim c) ( ) Retirada total da vesícula d) ( ) Retirada total do estômago 10 - Um paciente retorna do centro cirúrgico após submeter-se a remoção das trompas. Esse procedimento recebe a seguinte denominação de: a) ( ) trompas b) ( ) vesícula c) ( ) Articulação d) ( ) amigdalas 11 - Histerectomia significa a retirada de: a) ( ) Baço b) ( ) útero c) ( ) mama d) ( ) vesícula 12 - O termo gastrectomia consiste em: a) ( ) Operação plástica do estômago b) ( ) retirada total ou parcial do estômago c) ( ) abertura do estômago d) ( ) sutura de ferimento no estômago CAPÍTULO 4 1 - Cite quais são as atividades desenvolvidas na área de Preparo de uma Central de Material Esterilizado e os Epis necessários para uso nesta área. 2 - Segundo a Rdc 50 que define parâmetros físicos das áreas dos estabelecimentos de saúde, cite quais as principais características que deve ter a SRPA e o Expurgo do CME. 3 - Qual a principal função da fita teste utilizada nos pacotes e materiais estéreis? De que forma podemos identificar um material como estéril? 4 - Quais são os tipos de processo de esterilização de materiais. Cite as vantagens e desvantagens de cada um. 5 - Explique como ocorre o ciclo de esterilização por autoclave. 6 - Que são indicadores biológicos,quais os esporos utilizados e como funciona? 7 - Cite quais são os materiais e equipamentos de suporte ventilatório que deve possuir uma sala de recuperação anestésica. DBF_numregistro 48 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 8 - Pesquise quais são as outras formas de controle de esterilização existentes que permitem uma maior segurança para o processo de esterilização. 9 - Cite 03 cuidados que devem ser observados antes, durante e após o processo de autoclavação. 10 - Onde deve ser localizado o centro cirúrgico e quais as áreas que o compõe. 11 - Caracterize o período pré operatório. 12 - Que é tricotomia, qual a sua finalidade e em que período do pré operatório deve ser realizado? 13 - Qual o objetivo da medicação pré anestésica? 14 - Cite 05 cuidados de enfermagem do período pré operatório imediato. 15 - Pesquise os cuidados e orientações que devem ser dadas ao pacientes no pré operatório de cirurgias eletivas relacionadas a prevenção de complicações respiratórias e vasculares. 16 - Considerando período trans operatório,responda as seguintes questões? a) O que compreende este período? b) Qual a função exercida pelo técnico de enfermagem neste período? 17 - Relacione a 2º coluna de acordo com a 1º em relação aos fios cirúrgicos. ( 1 ) Catgut simples ( ) Fio utilizado em ossos ( 2 ) Fio de aço ( ) Fio não absorvível utilizado em obesos ( 3 ) Catgut cromado ( ) Fio absorvível em 2 a 3 semanas ( 4 ) Fio de seda ( ) Fio absorvível em 6 meses 18 - Cite e caracterize os tempos cirúrgicos. 19 - Exemplifique 02 tipos de instrumentais utilizados na diérese, hemostasia e síntese. 20 - De que consiste a paramentação cirúrgica e como deve ser colocado e retirado o capote cirúrgico? 21 - Que é circulante de cirurgia? 22 - Cite 04 cuidados da circulante relacionada a paciente no trans operatório. 23 - Quais são os tipos de anestesias utilizadas e a localização que deve ser posicionado o paciente para sua realização? 24 - Qual a principal complicação da anestesia raquidiana e que cuidados devem ser implementados para prevenir e curar a mesma? DBF_numregistro 49 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 25 - Que é Arco de Narcose? 26 - Caracterize período pós operatório e cite os objetivos gerais da assistência a ser implementados nesse período. 27 - Quais são as funções a serem observadas pela enfermagem para avaliar o retorno do nível de consciência do paciente no pós operatório? 28 - A dor é um dos primeiros sintomas do pós operatório. Pesquise a sua fisiopatologia,descrevendo os cuidados necessários para diminuir a mesma, 29 - Identifique a causa dos seguintes desconfortos pós operatório: Vômito _______________________________________ Sede _________________________________________ Soluço ________________________________________ 30 - Qual a principal causa de retenção urinária no pós operatório? 31 - Complicações de ferida operatória nas cirurgias abdominais são a deiscência e evisceração. Apresente os cuidados imediatos de enfermagem em caso de evisceração? 32 - Como deve ser realizada a retirada de ponto pós cirurgia? Justifique sua resposta. 33 - Cite as principais complicações respiratórias pós cirurgia e o cuidado preventivo para evitá-los. 34 - Cite 03 cuidados a serem implementados nos curativos de feridas cirúrgicas: a) Fechadas e limpas b) Com dreno aberto c) com dreno fechado 35 - Conceitue drenos e classifique-os quanto a estrutura do material e do seu uso. 36 - Descreva a indicação dos drenos abaixo : a) Penrose b) Sucçao c) Jackson-Pratt d) Hemovac 37 - Descreva a indicação da gastrostomia e jejunostomia. 38 - Cite 5 cuidados pós operatórios de maior importância nas cirurgias gastrointestinais. 39 - Nas cirurgias torácicas o pré operatório deve ser marcado por um conjunto de orientações aos pacientes visando um pós operatório livre de complicações. Descreva essas orientações de forma completa. 40 - As cirurgias ortopédicas podem desencadear complicações cardiovasculares graves. Faça uma pesquisa sobre essas complicações,descrevendo a causa e os cuidados de enfermagem para prevenção e tratamento. DBF_numregistro 50 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 41 - Dentre as cirurgias renais de maior frequência na atualidade é a RTU próstata. Ela exige um cuidado de enfermagem no pós operatório rigoroso relacionado a irrigação urinária. Qual a finalidade e ações de enfermagem na realização desse procedimento. 42 - Durante a transferência do paciente da salade operação para a sala de recuperação, de responsabilidade do anestesista, deve-se dar especial atenção à incisão cirúrgica e a eventuais alterações, movimentando-se o paciente lentamente para evitar hipotensão ortostática. a) ( ) Certo b) ( ) Errado 43 - Relacione as terminologias de acordo com suas definições e assinale a alternativa que corresponde à sequência correta. ( 1 ) diérese ( 2 ) hemostasia ( 3 ) cirurgia ( 4 ) síntese cirúrgica ( ) Realização do tratamento cirúrgico. ( ) Detém ou impede o sangramento. ( ) Aproximação das bordas da ferida. ( ) Corte dos tecidos para abordagem de um órgão. a) ( ) 1,3,4,2 b) ( ) 4, 2, 3, 1 c) ( ) 3, 2, 4, 1 d) ( ) 2, 4, 1, 3 e) ( ) 1, 2, 3, 4 44 - Quanto ao período Pós- operatório imediato podemos afirmar que... a) ( ) Consiste no momento em que o paciente está em sala de procedimento b) ( ) Momento em que o paciente deixa a sala de cirurgia e fica na SRPA ate 24 horas após procedimento cirúrgico c) ( ) É quando o paciente esta na SPRA até a sua saída do Centro cirúrgico d) ( ) Momento em que se realiza o curativo e encaminha o paciente a SRPA. 45 - O período trans-operatório consiste em: a) ( ) Todo o período que se segue após a realização do procedimento anestésico-cirúrgico. b) ( ) Dois momentos distintos: o primeiro consiste na recepção do paciente no centro cirúrgico e o segundo diz respeito à sua permanência na sala de operações. c) ( ) Permanência do paciente na sala de cirurgia. É o momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou seja, do início da indução da anestesia até sua reversão. d) ( ) No período de 24 horas antes da cirurgia até o encaminhamento do paciente para o centro cirúrgico. 46 - A cirurgia é classificada em 4 tempos, são eles: a) ( ) Diérese, Hemostasia, Síntese. b) ( ) Hemorragia interna, Urgência, Estabilidade. c) ( ) Emergência, Urgência, eletiva e optativa. d) ( ) Pré operatório, Peri-operatório, Pós Operatório 47 - O que é esterilização? a) ( ) Destruição de bactérias. b) ( ) Destruição de todas as formas de vida microbiana por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos, inclusive esporos. c) ( ) Destruição do vírus da hepatite. d) ( ) Destruição de vírus. 48 - Sabe se que o Centro cirúrgico se divide em três áreas. Cite a alternativa correta. a) ( ) Área irrestrita, área semi-restrita e área restrita b) ( ) Isolamento, Semi intensiva, Área irrestrita c) ( ) Área restrita, farmácia, Área semi-restrita d) ( ) Área Semi- restrita, Área restrita e isolamento DBF_numregistro 51 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 49 - No centro cirúrgico, não cabe ao técnico de enfermagem a) ( ) receber o paciente. b) ( ) desenvolver procedimentos técnicos conforme orientação do enfermeiro. c) ( ) prover a sala com materiais e equipamentos adequados, de acordo com o tipo de cirurgia. d) ( ) auxiliar no posicionamento correto do paciente e) ( ) abrir materiais estéreis sem o uso de técnica asséptica. CAPÍTULO 5 1 - Conceitue infecção de sítio cirúrgico e cite 04 fatores trans cirúrgicos que podem favorecer o seu aparecimento, explicando-os. 2 - De acordo com os critérios nacionais de infecções relacionadas à assistência à saúde da Anvisa, quais são os pacientes cirúrgicos passíveis de vigilância epidemiológica de rotina para infecção de sítio cirúrgico. 3 - Qual o tempo máximo que podemos relacionar uma infecção ao procedimento cirúrgico realizado no paciente ? E quando é implantado alguma material protéico? 4 - Quais as principais fontes e agentes causadores de infecção de sítio cirúrgico? 5 - As infecções podem ser superficiais, profundas ou em órgão/espaço( cavidade).Faça um resumo sobre as principais características das mesmas. 6 - De que forma a obesidade e o tabagismo influencia a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico? 7 - Cite e comente 03 fatores relacionados a cirurgia propriamente dita são risco de infecção de sítio cirúrgico. 8 - Faça uma resenha sobre o uso de antibioticoterapia profilaxia cirúrgica. 9 - Comente 04 fatores de risco relacionado ao ambiente que predispõe a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico. 10 - O cuidado básico a ser realizado antes da execução de um curativo é: a) ( ) Comunicar o médico b) ( ) Lavar cuidadosamente as mãos c) ( ) Preparar o material d) ( ) Abrir todo material antes de ir ao quarto 11 - As feridas operatórias são: a) ( ) Assépticas b) ( ) Contaminadas c) ( ) Laceradas d) ( ) sépticas 12 - Constitui causa de deiscência de sutura, exceto: a) ( ) Distensão abdominal b) ( ) hematoma c) ( ) diarreia d) ( ) constipação 13 - A principal função do curativo compressivo é: a) ( ) Ajudar no controle do sangramento b) ( ) Apoiar o membro afetado c) ( ) Absorver secreção excessiva d) ( ) Diminuir a dor DBF_numregistro 52 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 14 - Cite os fatores de risco referente a infecção de sítio cirúrgico relacionados ao paciente. R: Idade maior de 50 anos e menor que 1 ano, doenças pré existentes, obesidade, desnutrição, trabagismo, presença de algum tipo de infecção antes do procedimento cirúrgico. 15 - Infecção primária da ferida cirúrgica é aquela que: a) ( ) Desde o início corresponde à coleção purulenta b) ( ) Instala-se em cima de um hematoma c) ( ) Instala-se em área de necrose gordurosa d) ( ) Instala-se em seroma CAPÍTULO 6 1 - Para um paciente portador de qualquer tipo de ostomia, o diagnóstico de enfermagem “risco de integridade cutânea diminuída, relacionada com a irritação da pele periestomal” pode estar presente devido a sua localização e ao tipo de efluente. Indique o tipo de ostomia que mais necessita de prevenção de lesão da pele: a) ( ) Jejunostomia b) ( ) Sigmoidostomia c) ( ) Duodenostomia d) ( ) ileostomia 2 - Compreende a traqueostomia: a) ( ) Abertura do esôfago b) ( ) Inserção de um tubo de demora na traquéia c) ( ) Inserção de um tubo no abdome d) ( ) Fechamento da tranquéia 3 - São cuidados do pós operatório de drenagem torácica: a) ( ) Verificar estado de consciência e resposta aos estímulos, leito semi-fowler, sinais vitais a cada 2 horas. b) ( ) Verificar estado de consciência, leito em posição de tremdelemburg, sinais vitais quando solicitado. c) ( ) Semi-fowler, sinais vitais quando solicitado e não necessita resposta a estímulos. d) ( ) Não necessita anotar a quantidade drenada, clampear o dreno na troca do selo d’água, sinais vitais a cada 2 horas. 4 - Após a remoção da sonda nasogástrica em pacientes submetidos a cirurgia gástrica, devem-se: a) ( ) Restringir líquidos orais por algumas horas b) ( ) administrar grande quantidade de líquidos c) ( ) oferecer líquidos gelados d) ( ) oferecer alimentos semissólidos 5 - A obstrução intestinal é uma complicação que pode acompanhar as cirurgias abdominais. Ocorre mais frequentemente após cirurgias de abdome inferior e da pelve. A fim de identificar essa situação, o profissional de enfermagem que atua na unidade cirúrgica deve estar atento aos seguintes sinais e sintomas: a) ( ) Diarreia e febre b) ( ) Dor abdominal e vômitos c) ( ) Desidratação e hipotensão d) ( ) Perda de peso e hipertensão CAPÍTULO 7 1 - JD, 42 anos, foi informada pelo seu médico que necessitará ser submetida cirurgia de torocotomia, sendo utilizado na cirurgia bisturi elétrico para realizar a incisão. Após cirurgia foi instalado dreno de tórax devido um pneumotórax.. Paciente evoluiu com complicações respiratórias, sendo entubado e colocado prótese respiratória por traqueostomia. Diante do caso, pergunta-se: a) Quais os cuidados pós operatórios imediatos necessários a esta paciente? b) Classifiquea cirurgia realizada na paciente quanto ao potencial de contaminação. c) Cite os cuidados de enfermagem para o paciente frente ao uso de bisturi elétrico. DBF_numregistro 53 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 d) Em que tempo cirúrgico está sendo utilizado o bisturi elétrico nesta cirurgia? e) Cite 03 cuidados de enfermagem ao paciente com drenagem torácica. f ) Que é pneumotórax? g) Descreva o passo a passo necessário para realizar a troca do frasco de drenagem de tórax. h) Cite 05 cuidados no pós operatório de traqueostomia e suas complicações. 2 - Defina os tipos de colostomia existentes e a diferença entre elas. 3 - Quais são as preocupações que a maioria dos colostomizados passa para se adaptar quando sua colostomia é permanente? 4 - Qual a diferença de colostomia para ileostomia. 5 - Cite as principais complicações da colostomia. 6 - Descreva os cuidados primordiais a serem tomados para a proteção da pele peri colostomia. 7 - Quais os cuidados gerais do pós operatórios de enfermagem ao paciente portador de gastrostomia e jejunostomia. 8 - Delicadamente o dispositivo de uma ostomia deve ser trocado a qualquer momento em que o paciente se queixe de prurido ou de dor na área do periestoma, mas as trocas rotineiras ocorrem: a) ( ) A cada 5 a 7 dias b) ( ) Diariamente, após o jantar c) ( ) Diariamente, pela manhã d) ( ) A cada 5 a 7 horas 9 - A colostomia é o ato cirúrgico destinado a promover o desvio do trânsito instestinal para permitir a eliminação de fezes e gases; desse modo, é correto afirmar que as complicações tardias desse procedimento são: a) ( ) Sangramento, necrose e septicemia periestomal b) ( ) Edema, retração e deslocamento mucocutâneo c) ( ) Estenose, prolapso e hérnia periestomal d) ( ) Hipertensão abdomina, isquemia e necrose 10 - O termo colostomia compreende em: a) ( ) Abertura com a colocação de um dreno tubular no espaço intrapleural b) ( ) É uma abertura feita cirurgicamente no abdome por onde o conteúdo dos intestinos(colostomia) será expelido e coletado para uma bolsa externa c) ( ) É a comunicação cirúrgica do jejuno com o plano cutâneo d) ( ) Procedimento cirúrgico que mantém uma comunicação da luz gástrica com o plano cutâneo da prarede abdominal 11 - São cuidados da colostomia exceto: a) ( ) Carregar peso excessivo b) ( ) evitar alimentos que produzam gazes e odores fortes c) ( ) Ao trocar a bolsa, deixar o paciente 48 horas sem recolocar uma nova d) ( ) Lavar a pele ao redor do estoma, com sabonete neutro 12 - São tipos complicações da colostomia: DBF_numregistro 54 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 CAPÍTULO 2 1 - Os procedimentos cirúrgicos realizados em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e sem contaminação significativa, que tenha ocorrido penetração no trato respiratório, digestivo ou geniturinário, é classificada quanto ao grau de contaminação como: a) ( ) Contaminada b) ( ) Infectada c) ( x ) Potencialmente contaminada d) ( ) Limpa 2 - No centro cirúrgico, a via de administração de preferência é: a) ( ) oral. b) ( ) retal. c) ( x ) endovenosa. d) ( ) intradérmica. 3 - Quanto a classificação das cirurgias podemos dizer que compreende em: R: Cirurgia de emergência, urgência, eletiva e optativa 4 - Palidez intensa nos lábios e unhas, ouso gradualmente mais fraco e respiração difícil, em pacientes operados, pode ser sintomas de: a ( x ) Hemorragia interna b ( ) Sono profundo c ( ) Que a cirurgia foi bem sucedida d ( ) Choque cardiogênico Gabarito 5 - As cirurgias contaminadas são aquelas realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Dentre as cirurgias a seguir, qual se enquadra melhor nessa descrição? a) ( ) Mastectomia radical b ( ) Desbridamento de queimaduras c ( ) Enxertos cutâneos d ( x ) cirurgia do reto e ânus com pus 6 - Quanto à classificação cirúrgica, são considerados quanto aos riscos: a) ( ) Diagnostica, curativa, reconstrutora e paliativa b) ( ) Limpa, potencialmente contaminada, infectada c) ( ) Tratamento da doença com objetivo de um reparo posterior d) ( x ) Cirurgia emergencial, urgencial, eletiva e optativa CAPÍTULO 3 1 - Que é cirurgia? Como deve conduzida e indicada de acordo com a legislação? R: Tratamento de Doenças, lesão deformidades, com o objetivo de repara, corrigir ou Aliviar um problema físico. O procedimento cirúrgico deve ser realizado conforme o seu nível de gravidade: Alto, médio ou baixo. 2 - Pesquise o que é consentimento operatório e quando deve ser obtido? R: O termo de consentimento informado permite que o paciente possa tomar decisões sobre os tratamentos e procedimentos propostos a ele. Após haver recebido as informações pertinentes, o paciente ou responsável registrará, com sua assinatura, o documento consentindo ao médico a realização de determinado procedimento diagnóstico ou terapêutico. Esse procedimento visa assegurar que o paciente esteja orientado e que possa optar pela aceitação do seu tratamento. Da mesma forma, delimita a responsabilidade do médico que realiza os procedimentos. DBF_numregistro 55 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 3 - Que é terminologia cirúrgica e de que forma ela é aplicada para definir cada tipo de cirurgia? R: É o Conjunto de termos usados para indicar o procedimento cirúrgico. O nome da cirurgia é composto pelo prefixo que indica a parte do corpo a ser cirurgiada mais o sufixo que é o elemento colocado depois da raiz. 4 - Como está classificada as cirurgias conforme a finalidade e gravidade? R: Conforme a Finalidade: Diagnóstica ou exploratória- Realizada com o objetivo de visualizar partes internas ou realizar Biopsias. Reparadora- quando repara múltiplos ferimentos Curativa- Quando corrige alterações orgânicas Paliativa – Quando se necessita corrigir algum problema, avaliando os sintomas da enfermidade, não havendo cura. Reconstrutora: Processo de reconstituição. Gravidade: Alto: cirurgia de urgência e emergência. Médio: cirurgias como lipoaspiração Baixo: pequenos procedimentos. 5 - Quando classificamos uma cirurgia como potencialmente contaminada, estamos nos referindo a que exemplo de cirurgia? R: Histerectomia, Vias Biliares, Apendice e Vagina. 6 - Classifique as cirurgias abaixo quanto a gravidade, potencial de contaminação, risco e finalidade: Histerectomia: Eletiva, Potencialmente contaminada, média e curativa Laparatomia: urgência, potencialmente contaminada, alto e curativa Mamoplastia: Optativa, limpa, média, reconstrutora. Apendicectomia supurada: urgência, contaminada, alta, curativa Abdome agudo: urgência, contaminada, alta, diagnóstica. 7 - Comente com suas palavras de que forma a Diabetes Melitus e as cirurgias de emergências interferem no processo operatório. R: Quando mais controlado está o Diabetes, menores riscos de infeção e melhor a qualidade da cicatrização. Mesmo em pequenas cirurgias, o risco de infecção existe. Um dos fatores que preocupa quando um paciente diabético vai se submeter à procedimentos cirúrgicos é o risco cardíaco. Sabemos que pacientes diabéticos apresentam maiores chances de infartos, por exemplo, e quanto mais bem controlado está o paciente, os riscos são menores. 8 - O termo traqueostomia significa: a) ( ) Abertura tubas uterinas b) ( ) Abertura orofaringe c) ( ) Fechamento da traqueia d) ( x ) Abertura da traqueia 9 - Colecistectomia consiste em: a) ( ) Retirada total ou parcial do baço b) ( ) Retirada total ou parcial do rim c) ( x ) Retirada total da vesícula d) ( ) Retirada total do estômago 10 - Um paciente retorna do centro cirúrgico apóssubmeter-se a remoção das trompas. Esse procedimento recebe a seguinte denominação de: a) ( x ) trompas b) ( ) vesícula c) ( ) Articulação d) ( ) amigdalas 11 - Histerectomia significa a retirada de: a) ( ) Baço b) ( x ) útero c) ( ) mama d) ( ) vesícula DBF_numregistro 56 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 12 - O termo gastrectomia consiste em: a) ( ) Operação plástica do estômago b) ( x ) retirada total ou parcial do estômago c) ( ) abertura do estômago d) ( ) sutura de ferimento no estômago CAPÍTULO 4 1 - Cite quais são as atividades desenvolvidas na área de Preparo de uma Central de Material Esterilizado e os EPIs necessários para uso nesta área. R: É o local onde ocorre a limpeza e processamento dos artigos e instrumentais médico-hospitalares. EPIs Mascara, gorro, óculos luva de procedimento. 2 - Segundo a RDC 50 que define parâmetros físicos das áreas dos estabelecimentos de saúde, cite quais as principais características que deve ter a SRPA e o Expurgo do CME. R: Paredes e Pisos devem ser revestidos de material lavável, e as portas largas Temperatura ambiental e ventilação devem ser iguais a sala cirúrgica A iluminação deve ser adequada. 3 - Qual a principal função da fita teste utilizada nos pacotes e materiais estéreis? De que forma podemos identificar um material como estéril? R: Elas indicam a exposição ao calor, indicam que o produto passou por um processo de esterilização verificando a coloração da fita teste. 4 - Quais são os tipos de processo de esterilização de materiais. Cite as vantagens e desvantagens de cada um. R: Vapor saturado ou sob pressão; Calor seco; Radiação ionizantes; Radiação não ionizantes: método mais seguro, a água deve está livre de contaminantes pois pode danificar o aparelho ou produtos a serem esterilizados. Esterilização por meios químicos: Formaldeído, Glutaraldeído, óxido de etileno, Peróxido de hidrogênio, ácido Peracético e Plasma de peróxido de hidrogênio 5 - Explique como ocorre o ciclo de esterilização por autoclave. R: Na autoclave Gravitacional: o ar é removido por gravidade, assim quando i vapor é admitido na câmara, o ar no interior desta, que é mais frio (mais denso), sai por uma válvula na superfície inferior da câmara. Pode ocorrera permanência de ar residual neste processo, sendo a esterilização comprometida principalmente para materiais densos ou porosos. 6 - Que são indicadores biológicos,quais os esporos utilizados e como funciona? R: São indicadores que permitem a comprovação da eficiência da esterilização. São utilizados esporos bacterianos. Após utilização eles são encubados na mesma condição que os outros que não foram expostos a autoclave para verificar a viabilidade das cepas e as condições adequadas de incubação que favoreçam o crescimento bacteriano. 7 - Cite quais são os materiais e equipamentos de suporte ventilatório que deve possuir uma sala de recuperação anestésica. R: Ambú, Respirador, Tubo, Larigoscópio, Oxigênio. 8 - Pesquise quais são as outras formas de controle de esterilização existentes que permitem uma maior segurança para o processo de esterilização. R: Indicadores Biológicos e químicos, monitoramento do método de esterilização, identificação dos Produtos, monitoramento mecânica. 9 - Cite 03 cuidados que devem ser observados antes, durante e após o processo de autoclavação. R: Antes: Higienizar adequadamente os materiais, acondicionar os materiais em embalagens adequadas, colocar as fitas indicadora nas embalagens. Durante: Verificar constantemente os indicadores de temperatura e pressão. DBF_numregistro 57 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Após : A porta do aparelho deve ser aberta lentamente e deve permanecer entreaberta de 5 a 10 minutos. 10 - Onde deve ser localizado o centro cirúrgico e quais as áreas que o compõe. R: Deve ser um local de fácil acesso às demais unidades do hospital, principalmente aos setores de internação, pronto-socorro, centro de terapia intensiva e unidade coronariana. O centro cirúrgico necessita de ambientes de apoio como sala para guardar equipamentos, vestiários com banheiro, sala administrativa, sala para guarda de cilindros, laboratório, copa, sala de espera para os acompanhantes com banheiro, sala de estar para os funcionários, área destinada à guarda de cadeiras de rodas e macas. 11 - Caracterize o período pré operatório. R: Período pré operatório é aquele que compreende antes da cirurgia ele pode ser mediato compreende desde a indicação até dias antes da cirurgia. E o imediato é caracterizado 24 horas antes da cirurgia. 12 - Que é tricotomia, qual a sua finalidade e em que período do pré operatório deve ser realizado? R: É a tonsura dos pelos próximo ao local a ser operado. Facilitar a limpeza e antissepsia da pele. 13 - Qual o objetivo da medicação pré anestésica? R: Consiste na administração de uma ou mais diferentes drogas antes do ato anestésico com o objetivo de produzir amnésia e sedação, diminuir a dor, potencializar os agentes anestésicos, diminuir secreções de vias aéreas e o metabolismo, reduzir volume do conteúdo gástrico e aumentar o seu pH, reduzindo as necessidades de anestésicos. Reduz a ansiedade, pois o estresse pré-operatório pode provocar inquietação, insônia, arritmias, hipertensão arterial e crise de angina. 14 - Cite 05 cuidados de enfermagem do período pré operatório imediato. R: Apoio psicológico o paciente Orientar o Jejum a ser realizado Encaminhar o paciente ao Centro cirúrgico Orientar a retirada de adornos e próteses dentária Verificar a assinatura do termo de autorização para cirurgia 15 - Pesquise os cuidados e orientações que devem ser dadas ao pacientes no pré operatório de cirurgias eletivas relacionadas a prevenção de complicações respiratórias e vasculares. R: Grande parte das complicações respiratórias, no entanto, pode ser evitada, a profilaxia consiste em um pré-operatório bem feito e na tomada de precauções durante e após a cirurgia. Por isso, se antes da cirurgia o paciente apresenta sintomas como tosse, espirro, conjuntivas inflamadas e secreção nasal, o cirurgião deve ser avisado imediatamente. Durante a cirurgia, e logo depois também, deve-se evitar que o paciente sinta frio, para protegê-lo de possíveis complicações respiratórias. Outro procedimento importante para evitar tais problemas é a aspiração de secreções na sala de recuperação. Também é necessário estimular o paciente a realizar exercícios de tosse e respiração, pois com a dor, principalmente em operações torácicas e abdominais, eles evitam respirar profundamente. Vasculares: As medidas preventivas incluem manter o MMII enfaixados, inclusive durante a cirurgia, se for portador de veias varicosas nesses membros; evitar a compressão de vasos sanguíneos, ao posicionar o paciente na mesa cirúrgica; estimular a deambulação precoce; fazer movimentos de extensão e flexão com os MMII, se o paciente estiver impossibilitado de deambular e manter o uso de meias elásticas ou faixas nos MMII, também no PO. DBF_numregistro 58 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 16 - Considerando período trans operatório,responda as seguintes questões? a) O que compreende este período? R: Compreende o momento que o paciente entra no centro cirúrgico até sua saída da sala de recuperação anestésica. b) Qual a função exercida pelo técnico de enfermagem neste período? R: Circulante de sala. 17 - Relacione a 2º coluna de acordo com a 1º em relação aos fios cirúrgicos. ( 1 ) Catgut simples ( 2 ) Fio utilizado em ossos ( 2 ) Fio de aço ( 4 ) Fio não absorvível utilizado em obesos ( 3 ) Catgut cromado ( 1 ) Fio absorvível em 2 a 3 semanas ( 4 ) Fio de seda ( 3 ) Fio absorvível em 6 meses 18 - Cite e caracterize os tempos cirúrgicos. R: Diérese: Primeiro tempo operatório que consiste em cortar separa os tecidos Homeostasia: 2 tempo operatório que consisteno controle de sangramento. Exérese: 3 tempo operatória que consiste na cirurgia propriamente dita. Síntese: 4 tempo operatório que consiste na etapa final, sutura 19 - Exemplifique 02 tipos de instrumentais utilizados na diérese, hemostasia e síntese. R: Diérese: Bisturi-intrumental cirúrgico, contem um cabo para encaixe de lamina; Tesouras, pode ser reta ou curva. Hemostasia: Pinçamento: uso de pinça; eletrocautério: bisturi elétrico Síntese: Agulhas Utilizado para transfixar os tecidos; Pinças: síntese de dissecção, Porta agulhas: utilizada para condução de agulhas curvas. 20 - De que consiste a paramentação cirúrgica e como deve ser colocado e retirado o capote cirúrgico? R: Técnica complementar a degermação cirúrgica que consiste do ato de vestir o avental cirúrgico e calçar luvas estéreis. O capote : segurar o Capote pela parte interna do ombro onde estava a compressa e com movimento firme, puxar o avental que se abrirá deixando aparecer as duas cavas das mangas, tomando cuidado para não tocar na parte externa. Segurando pela parte interna das costura do ombro, introduzir Um braço pela manga do avental e seguir o outro Vire de costas para que a circulante de sala amarre as duas tiras De extremidade do pescoço 21 - Que é circulante de cirurgia? R: É o técnico de enfermagem que auxilia no pre , inter e pós operatório. 22 - Cite 04 cuidados da circulante relacionada a paciente no trans operatório. R: Receber o Paciente pelo nome, checar os exames no Prontuário, preparo pré operatório e Presença da Próteses dentária: Posicionar o paciente para cirurgia e tranquiliza-lo, Fixar os braços nas braçadeiras e posicionar o arco de narcose; colocar a placa de bisturi elétrico no paciente embebecida com gel condutor em áreas com presença de tecido subcutâneo. 23 - Quais são os tipos de anestesias utilizadas e a localização que deve ser posicionado o paciente para sua realização? R: Anestesia Geral, Regional raqui e Peridural Na anestesia local o paciente deve está em decúbito dorsal, a regional o paciente deverá posicionar o paciente conforme a área a ser anestesiada. Raquianestesia: Decúbito lateral. DBF_numregistro 59 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 24 - Qual a principal complicação da anestesia raquidiana e que cuidados devem ser implementados para prevenir e curar a mesma? R: Cefaleia pos raqui. Posicionamento em decúbito dorsal, cabeceira totalmente abaixada. 25 - Que é Arco de Narcose? R: Utilizado para sustentar um dos braços do paciente num ângulo de 90º e para isolar o campo operatório do anestésico. 26 - Caracterize período pós operatório e cite os objetivos gerais da assistência a ser implementados nesse período. R: É o período que abrange o termino da cirurgia. São as intervenções destinadas a prevenir ou tratar complicações. 27 - Quais são as funções a serem observadas pela enfermagem para avaliar o retorno do nível de consciência do paciente no pós operatório? R: Observar se o paciente está completamente acordada, se desperta ao comando ou responde ao estímulo auditivo. 28 - A dor é um dos primeiros sintomas do pós operatório. Pesquise a sua fisiopatologia, descrevendo os cuidados necessários para diminuir a mesma, R: A dor é subjetiva e o seu limiar imensurável. O técnico deve administrar analgésicos e comunicar o fato a enfermeira, relatar no prontuário sobre a dor e as providências tomadas. 29 - Identifique a causa dos seguintes desconfortos pós operatório: R: Vômito: Realimentação precoce Sede: Ocorre pela ausência de componentes hidoeletrolíticos. Soluço: Irritação frênica, acidose respiratória pequena quantidade do CO2 30 - Qual a principal causa de retenção urinária no pós operatório? R: Uso de medicamentos. 31 - Complicações de ferida operatória nas cirurgias abdominais são a deiscência e evisceração. Apresente os cuidados imediatos de enfermagem em caso de evisceração? R: Realização de curativo, limpeza com soro fisiológico utilizando jatos. 32 - Como deve ser realizada a retirada de ponto pós cirurgia? Justifique sua resposta. R: Deve ser retirada após a prescrição, ou orientação MÉDICA. 33 - Cite as principais complicações respiratórias pós cirurgia e o cuidado preventivo para evitá-los. R: Pneumonia, e embolia pulmonar. Movimentar o paciente no leito, Força-lo a tossir, ensina-lo a realizar exercícios respiratórios e estimular deambulação. 34 - Cite 03 cuidados a serem implementados nos curativos de feridas cirúrgicas: a) Fechadas e limpas R: manter curativo fechado por 24 horas; após 24 horas lavar com água e sabão; se houver secreção manter curativo oclusivo b) Com dreno aberto R: Curativo deve ser realizado separado da incisão; Realizar curativo em lugar menos contaminado;manter o curativo limpo e seco c) com dreno fechado R: Inspecionar o local de inserção; troca do curativo a cada 24 horas;realizar troca sempre que sujo ou úmido DBF_numregistro 60 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 35 - Conceitue drenos e classifique-os quanto a estrutura do material e do seu uso. R: Drenos são tubos ou material colocados no interior da ferida ou cavidade, visando saída de fluido ou ar., Classificação quanto ao material ou estrutura: borracha, plástico ou silicone. Quanto ao uso: Intravenosos, Sistema digestório, Cavidades e Urinários 36 - Descreva a indicação dos drenos abaixo : a) Penrose R: Cavidades para drenagem de fluidos corporais b) Sucção R: Em afecções Biliares c) Jackson-Pratt R: Drenagem de resíduo da cirurgia como sangue e outros fluidos d) Hemovac R: Drenagem por sucção de liquidpos em grande quantidade 37 - Descreva a indicação da gastrostomia e jejunostomia. R: Indicado para alimentação de pacientes. 38 - Cite 5 cuidados pós operatórios de maior importância nas cirurgias gastrointestinais. R: Verificar os Sinais Vitais prever sinais precoces de choque, febre , hipotensão e taquicardia Monitora a ingesta e débitos Avaliar dor e distensão abdominal Avaliar curativo e incisão Proporcionar conforto através da mudança d e decúbito 39 - Nas cirurgias torácicas o pré operatório deve ser marcado por um conjunto de orientações aos pacientes visando um pós operatório livre de complicações. Descreva essas orientações de forma completa. R: estimular o paciente a parar de fumar. Sentar paciente ereto com os joelhos fletidos e inclinar o corpo ligeiramente para frente. Mobilizar a incisão cirúrgica com as mãos ou travesseiro Orientar a realizar três respirações curtas, seguidas por uma inspiração profunda, inspirando lentamente através do nariz Contrair os músculos abdominais e tossir vigorosamente duas vezes com a boca aberta e língua para fora Umidificar o ar e liquefazer as secreções Estimular a respiração profunda Realizar drenagem postural a fim de diminuir acúmulo de secreções 40 - As cirurgias ortopédicas podem desencadear complicações cardiovasculares graves. Faça uma pesquisa sobre essas complicações,descrevendo a causa e os cuidados de enfermagem para prevenção e tratamento. R: Complicações vasculares: são as de natureza circulatória, causadas pela imobilidade do paciente durante a operação. Em virtude disso, o sangue tende a fluir pelas veias mais lentamente do que o normal podendo levar a problemas como flebite (inflamação de uma veia) e tromboflebite (inflamação de uma veia com formação de coágulos no interior), afetando mais as veias dos membros inferiores. Tromboflebite: os coágulos formados e liberados podem ocasionar a interrupção do fluxo sanguíneo de um órgão vital, como por exemplo, do pulmão. Quando o coágulo obstrui a artéria pulmonar, provoca a embolia pulmonar, uma das complicações mais graves no pós- operatório, podendo, inclusive, levar à morte. Os fatores que predispõem a tromboflebite são: já possuir distúrbios venosos em membros inferiores, como varizes; a posição do paciente durante a operação, em especial aquelas nas quais os membrosficam dobrados, como em operações ginecológicas, proctológicas e algumas urológicas; mobilidade no leito e hidratação insuficiente. DBF_numregistro 61 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 As medidas preventivas incluem manter o MMII enfaixados, inclusive durante a cirurgia, se for portador de veias varicosas nesses membros; evitar a compressão de vasos sanguíneos, ao posicionar o paciente na mesa cirúrgica; estimular a deambulação precoce; fazer movimentos de extensão e flexão com os MMII, se o paciente estiver impossibilitado de deambular e manter o uso de meias elásticas ou faixas nos MMII, também no PO. Cuidados de enfermagem: Atentar ao sinais de choque Auxiliar o paciente nas suas limitações Avaliar e monitorar Sinais Vitais Administrar líquidos e hemoderivados prescritos Proporcionar conforto ao paciente Administrar analgésicos prescritos Monitorar sangramento e curativo cirúrgico 41 - Dentre as cirurgias renais de maior frequência na atualidade é a RTU próstata. Ela exige um cuidado de enfermagem no pós operatório rigoroso relacionado a irrigação urinária. Qual a finalidade e ações de enfermagem na realização desse procedimento. R: Irrigação vesical é a lavagem da mucosa que reveste a bexiga, com o objetivo de remover sedimentos, coágulos, urina em decomposição ou fins terapêuticos. A enfermagem deve está atenta a não deverá interromper a irrigação Deverá orientar ao paciente e a família para não manipular a irrigação Deixar sempre próximo o soro para não interromper a irrigação Ficar atento aos sinais de hemorragia 42 - Durante a transferência do paciente da sala de operação para a sala de recuperação, de responsabilidade do anestesista, deve-se dar especial atenção à incisão cirúrgica e a eventuais alterações, movimentando-se o paciente lentamente para evitar hipotensão ortostática. a) ( x ) Certo b) ( ) Errado 43 - Relacione as terminologias de acordo com suas definições e assinale a alternativa que corresponde à sequência correta. ( 1 ) diérese ( 2 ) hemostasia ( 3 ) cirurgia ( 4 ) síntese cirúrgica ( ) Realização do tratamento cirúrgico. ( ) Detém ou impede o sangramento. ( ) Aproximação das bordas da ferida. ( ) Corte dos tecidos para abordagem de um órgão. a) ( ) 1,3,4,2 b) ( ) 4, 2, 3, 1 c) ( x ) 3, 2, 4, 1 d) ( ) 2, 4, 1, 3 e) ( ) 1, 2, 3, 4 44 - Quanto ao período Pós- operatório imediato podemos afirmar que... a) ( ) Consiste no momento em que o paciente está em sala de procedimento b) ( x ) Momento em que o paciente deixa a sala de cirurgia e fica na SRPA ate 24 horas após procedimento cirúrgico c) ( ) É quando o paciente esta na SPRA até a sua saída do Centro cirúrgico d) ( ) Momento em que se realiza o curativo e encaminha o paciente a SRPA. 45 - O período trans-operatório consiste em: a) ( ) Todo o período que se segue após a realização do procedimento anestésico-cirúrgico. b) ( x ) Dois momentos distintos: o primeiro consiste na recepção do paciente no centro cirúrgico e o segundo diz respeito à sua permanência na sala de operações. DBF_numregistro 62 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 c) ( ) Permanência do paciente na sala de cirurgia. É o momento do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, ou seja, do início da indução da anestesia até sua reversão. d) ( ) No período de 24 horas antes da cirurgia até o encaminhamento do paciente para o centro cirúrgico. 46 - A cirurgia é classificada em 4 tempos, são eles: a) ( ) Diérese, Hemostasia, Síntese. b) ( ) Hemorragia interna, Urgência, Estabilidade. c) ( x ) Emergência, Urgência, eletiva e optativa. d) ( ) Pré operatório, Peri-operatório, Pós Operatório 47 - O que é esterilização? a) ( ) Destruição de bactérias. b) ( x ) Destruição de todas as formas de vida microbiana por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos, inclusive esporos. c) ( ) Destruição do vírus da hepatite. d) ( ) Destruição de vírus. 48 - Sabe se que o Centro cirúrgico se divide em três áreas. Cite a alternativa correta. a) ( x ) Área irrestrita, área semi-restrita e área restrita b) ( ) Isolamento, Semi intensiva, Área irrestrita c) ( ) Área restrita, farmácia, Área semi-restrita d) ( ) Área Semi- restrita, Área restrita e isolamento 49 - No centro cirúrgico, não cabe ao técnico de enfermagem a) ( ) receber o paciente. b) ( ) desenvolver procedimentos técnicos conforme orientação do enfermeiro. c) ( ) prover a sala com materiais e equipamentos adequados, de acordo com o tipo de cirurgia. d) ( ) auxiliar no posicionamento correto do paciente e) ( x ) abrir materiais estéreis sem o uso de técnica asséptica. CAPÍTULO 5 1 - Conceitue infecção de sítio cirúrgico e cite 04 fatores trans cirúrgicos que podem favorecer o seu aparecimento, explicando-os. R: É caracterizada na infecção ocorrida no sítio cirúrgico após 24 horas após o ato cirúrgico ou até 1 ano após implante de prótese. Ausência de antibioticoterapia profilática Retirar os pelos antes de 2 horas-risco de infecção Contaminação do campo cirúrgico - contaminação do campo risco aumentado para contaminar sitio cirúrgico Não realização da antissepsia- risco aumentado de infecção da pele. 2 - De acordo com os critérios nacionais de infecções relacionadas à assistência à saúde da Anvisa, quais são os pacientes cirúrgicos passíveis de vigilância epidemiológica de rotina para infecção de sítio cirúrgico. R: Pacientes que submeteram a uma cirurgia que tiveram internação superior a 24 horas, incluindo sua exceções. 3 - Qual o tempo máximo que podemos relacionar uma infecção ao procedimento cirúrgico realizado no paciente? E quando é implantado alguma material protéico? R: Até um ano após procedimento. 4 - Quais as principais fontes e agentes causadores de infecção de sítio cirúrgico? R: Ar ambiente, limpeza da sala de cirurgia, duração da hospitalização, duração da cirurgia, perfuração de luvas, Transfusão de sangue, paramentação cirúrgica, lavagem das mãos, equipe cirúrgica portador de sthafilococus. DBF_numregistro 63 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 5 - As infecções podem ser superficiais, profundas ou em órgão/espaço( cavidade).Faça um resumo sobre as principais características das mesmas. R: As infecções superficiais é aberta pelo cirurgião quando apresenta sinais como dor, aumento da sensibilidade, edema hiperemia e calor. Já as infecções profunda são abertas pelo cirurgião na presença de secreção purulenta ou febre. 6 - De que forma a obesidade e o tabagismo influencia a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico? R: Dificultam na irrigação local do tecido adiposo, sutura subcutânea para fechar a ferida. 7 - Cite e comente 03 fatores relacionados a cirurgia propriamente dita são risco de infecção de sítio cirúrgico. R: Ausência da antibioticoterapia, drenos são porta de entrada de microorganismos e técnica cirúrgica, manipulação adequada dos tecidos. 8 - Faça uma resenha sobre o uso de antibioticoterapia profilaxia cirúrgica. R: O uso do antibiótico é uma forma utilizada, para auxiliar a diminuição da infecção do sitio cirúrgico. 9 - Comente 04 fatores de risco relacionado ao ambiente que predispõe a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico. R: Ar ambiente, Perfuração da luvas; Lavagem das mãos e degermação e paramentação cirúrgica. 10 - O cuidado básico a ser realizado antes da execução de um curativo é: a) ( ) Comunicar o médico b) ( x ) Lavar cuidadosamente as mãos c) ( ) Preparar o material d) ( ) Abrir todo material antes de ir ao quarto 11 - As feridas operatórias são: a) ( x ) Assépticas b) ( ) Contaminadas c) ( ) Laceradas d) ( ) sépticas 12 - Constitui causa de deiscência de sutura, exceto: a) ( ) Distensão abdominal b) ( ) hematoma c) ( x ) diarreia d) ( ) constipação13 - A principal função do curativo compressivo é: a) ( x ) Ajudar no controle do sangramento b) ( ) Apoiar o membro afetado c) ( ) Absorver secreção excessiva d) ( ) Diminuir a dor 14 - Cite os fatores de risco referente a infecção de sítio cirúrgico relacionados ao paciente. R: Idade maior de 50 anos e menor que 1 ano, doenças pré existentes, obesidade, desnutrição, trabagismo, presença de algum tipo de infecção antes do procedimento cirúrgico. 15 - Infecção primária da ferida cirúrgica é aquela que: a) ( x ) Desde o início corresponde à coleção purulenta b) ( ) Instala-se em cima de um hematoma c) ( ) Instala-se em área de necrose gordurosa d) ( ) Instala-se em seroma DBF_numregistro 64 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 CAPÍTULO 6 1 - Para um paciente portador de qualquer tipo de ostomia, o diagnóstico de enfermagem “risco de integridade cutânea diminuída, relacionada com a irritação da pele periestomal” pode estar presente devido a sua localização e ao tipo de efluente. Indique o tipo de ostomia que mais necessita de prevenção de lesão da pele: a) ( ) Jejunostomia b) ( ) Sigmoidostomia c) ( ) Duodenostomia d) ( x ) ileostomia 2 - Compreende a traqueostomia: a) ( ) Abertura do esôfago b) ( x ) Inserção de um tubo de demora na traquéia c) ( ) Inserção de um tubo no abdome d) ( ) Fechamento da tranquéia 3 - São cuidados do pós operatório de drenagem torácica: a) ( x ) Verificar estado de consciência e resposta aos estímulos, leito semi-fowler, sinais vitais a cada 2 horas. b) ( ) Verificar estado de consciência, leito em posição de tremdelemburg, sinais vitais quando solicitado. c) ( ) Semi-fowler, sinais vitais quando solicitado e não necessita resposta a estímulos. d) ( ) Não necessita anotar a quantidade drenada, clampear o dreno na troca do selo d’água, sinais vitais a cada 2 horas. 4 - Após a remoção da sonda nasogástrica em pacientes submetidos a cirurgia gástrica, devem-se: a) ( x ) Restringir líquidos orais por algumas horas b) ( ) administrar grande quantidade de líquidos c) ( ) oferecer líquidos gelados d) ( ) oferecer alimentos semissólidos 5 - A obstrução intestinal é uma complicação que pode acompanhar as cirurgias abdominais. Ocorre mais frequentemente após cirurgias de abdome inferior e da pelve. A fim de identificar essa situação, o profissional de enfermagem que atua na unidade cirúrgica deve estar atento aos seguintes sinais e sintomas: a) ( ) Diarreia e febre b) ( x ) Dor abdominal e vômitos c) ( ) Desidratação e hipotensão d) ( ) Perda de peso e hipertensão CAPÍTULO 7 1 - JD, 42 anos, foi informada pelo seu médico que necessitará ser submetida cirurgia de torocotomia, sendo utilizado na cirurgia bisturi elétrico para realizar a incisão. Após cirurgia foi instalado dreno de tórax devido um pneumotórax.. Paciente evoluiu com complicações respiratórias, sendo entubado e colocado prótese respiratória por traqueostomia. Diante do caso, pergunta-se: a) Quais os cuidados pós operatórios imediatos necessários a esta paciente? R: Manter o leito em Semi Fowler, Anotar rigorosamente a drenagem do dreno, clampear o sistema durante a troca do frasco ou retirada das secreções para evitar o pneumotórax; Fazer curativo asséptico diariamente e realizar mudança de posição b) Classifique a cirurgia realizada na paciente quanto ao potencial de contaminação. R: Limpa c) Cite os cuidados de enfermagem para o paciente frente ao uso de bisturi elétrico. R: Limpar a pele do paciente, colocando aplaca aplicada com gel nas panturrilhas. d) Em que tempo cirúrgico está sendo utilizado o bisturi elétrico nesta cirurgia? R: hemostasia e) Cite 03 cuidados de enfermagem ao paciente com drenagem torácica. R: Monitorar os sinais Vitais, monitora oximetriae monitorar e controlar a drenagem torácica. DBF_numregistro 65 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 f ) Que é pneumotórax? R: Pneumotórax é a presença de ar na cavidade da pleura g) Descreva o passo a passo necessário para realizar a troca do frasco de drenagem de tórax. R: 1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao acompanhante; 2. Reunir o material; 3. Lavar as mãos; 4. Calçar as luvas de procedimento; 5. Pinçar a extensão do dreno; 6. Observar o aspecto da solução drenada e seu volume, para posterior anotação; 7. Abrir o frasco de drenagem; 8. Desprezar o conteúdo do frasco de drenagem no recipiente; 9. Lavar o frasco de drenagem, com solução esterilizada, e desprezar seu conteúdo no recipiente; 10. Preencher o frasco com nova solução esterilizada, até o nível especificado pelo fabricante ou até que o tubo do frasco de drenagem fique submerso na solução esterilizada; 11. Despinçar a extensão do dreno; 12. Marcar o nível original da nova solução em uma fita adesiva aderida verticalmente ao lado externo do frasco de drenagem; 13. Anotar em uma fita adesiva o volume da nova solução que foi colocada no frasco de drenagem, contendo: data, hora e nome do profissional que realizou o procedimento - e fixar ao frasco; 14. Registrar no prontuário do paciente o volume proveniente da drenagem, observada anteriormente, descontado o volume de solução esterilizada que foi colocada anteriormente no frasco, assim como o seu aspecto. h) Cite 05 cuidados no pós operatório de traqueostomia e suas complicações. R: Leito em Semi-fowler, Verificar sinais Vitais 2/2 horas; Estimular tosse para facilitar eliminações das secreções e Aspirar as secreções de 2/2 horas com técnica asséptica. Complicações: Infecção estenose, Perfuração da traqueia, fístula e Broncopneumonia. 2 - Defina os tipos de colostomia existentes e a diferença entre elas. R: Colostomia ascendente, colostomia transversa e colostomia descendente. A colostomia ascendenteela é feota na alça ascendente, lado direito do abdome. A colostomia transversa é feito na alça do transverso, pode ficar do lado direito ou esquerda. A colostomia descendente: é realizado na alça descendente no lado esquerdo do abdome. 3 - Quais são as preocupações que a maioria dos colostomizados passa para se adaptar quando sua colostomia é permanente? R: Adaptação da bolsa de colostomia, cheiros, ruídos s integração social e profissional e as frequentes idas ao banheiro. 4 - Qual a diferença de colostomia para ileostomia. R: A colostomia é a exteriorização do intestino, parte anterior, já a ileostomia é realizada para comunicação com intestino grosso. 5 - Cite as principais complicações da colostomia. R: Irritação cutânea, estenose, infecção fistula, hérnia e necrose. 6 - Descreva os cuidados primordiais a serem tomados para a proteção da pele peri colostomia. R: Nunca utilizar substâncias agressivas à pele, Limpeza ao redor da colostomia, cuidado com insetos não pousarem na colostomia. DBF_numregistro 66 REG - 549.291 - CO PYRIG H T - B002 7 - Quais os cuidados gerais do pós operatórios de enfermagem ao paciente portador de gastrostomia e jejunostomia. R: » Higienizar as mãos com água e sabão antes e depois da manipulação; » Trocar a gaze que protege a pele ao redor orifício (orifício é onde o dispositivo entra na pele); » Manter cabeceira elevada sempre no momento que estiver administrando alimentação, água ou medicação, para não provocar enjoos e vômitos; » Após o término da administração, deixar o paciente nesta posição por aproximadamente 40 minutos; » Após a administração de alimentação e medicação realizar uma lavagem com 20 ml de água em jato utilizando a seringa; » Em caso de dificuldade na passagem da alimentação ou medicação, utilizar água em jato com o auxílio de uma seringa, antes de administração da alimentação ou medicação; » Observar o orifício, em caso de vermelhidão, escoriações (pele ralada) e sangramentos avisar a equipe; » Observar presença de Granuloma no orifício (Granuloma é uma inflamaçãodo tecido no nosso organismo); » Em caso de escape do dispositivo de Gastrostomia do orifício, realizar recolocar a sonda no orifício para que não corra o fechamento do orifício 8 - Delicadamente o dispositivo de uma ostomia deve ser trocado a qualquer momento em que o paciente se queixe de prurido ou de dor na área do periestoma, mas as trocas rotineiras ocorrem: a) ( ) A cada 5 a 7 dias b) ( ) Diariamente, após o jantar c) ( x ) Diariamente, pela manhã d) ( ) A cada 5 a 7 horas 9 - A colostomia é o ato cirúrgico destinado a promover o desvio do trânsito instestinal para permitir a eliminação de fezes e gases; desse modo, é correto afirmar que as complicações tardias desse procedimento são: a) ( ) Sangramento, necrose e septicemia periestomal b) ( ) Edema, retração e deslocamento mucocutâneo c) ( x ) Estenose, prolapso e hérnia periestomal d) ( ) Hipertensão abdomina, isquemia e necrose 10 - O termo colostomia compreende em: a) ( ) Abertura com a colocação de um dreno tubular no espaço intrapleural b) ( x ) É uma abertura feita cirurgicamente no abdome por onde o conteúdo dos intestinos(colostomia) será expelido e coletado para uma bolsa externa c) ( ) É a comunicação cirúrgica do jejuno com o plano cutâneo d) ( ) Procedimento cirúrgico que mantém uma comunicação da luz gástrica com o plano cutâneo da prarede abdominal 11 - São cuidados da colostomia exceto: a) ( ) Carregar peso excessivo b) ( ) evitar alimentos que produzam gazes e odores fortes c) ( x ) Ao trocar a bolsa, deixar o paciente 48 horas sem recolocar uma nova d) ( ) Lavar a pele ao redor do estoma, com sabonete neutro 12 - São tipos complicações da colostomia: R: Irritação cutânea, Estenose, Infecção da pele ou subcutâneo, fístula DBF_numregistro 67 RE G - 54 9. 29 1 - C O PY RI G H T - B 00 2 Bibliografia ANDREOLLI, T. E. Cecil. Medicina Interna Básica. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 50,de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios Nacionais de Infecções de sítio cirúrgico relacionadas à assistência à saúde, Brasília, 2009. DOENGES, marilynn; MOORHOUSE, Mary, GEISSLER, Alice. Planos de Cuidados de Enfermagem, 5ª ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2003. JANE C. ROTHROCK & MARGARETH HUTH MEEKER, Cuidados de Enfermagem ao paciente Cirúrgico,Guanabara Koogan 1997 MORAES IN. Tratado de clinica cirúrgica. In: Risco cirúrgico e cuidados pré e pós-operatórios, 1ª Ed.., Rocca Editora, 2005. NETTINA, Sandra. Prática de Enfermagem, 7º ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2003. Práticas Recomendadas – SOBECC( Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico) – 5ª Edição 2009 Petrez F, Pioner S. Pré e Pós-operatório, Editora Artmed, 2ª ed., 2003. SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner & Suddarth Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica, V.1, 8a Ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998, 369p. TOWNSEND e Sabiston. Tratado de Cirurgia, Editora Elsevier, 17ª ed., 2005. Editora Elsvier. DBF_numregistro