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Prévia do material em texto

Curso de Administração de 
Medicamentos na Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
83 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
MÓDULO IV 
 
◘ Soluções e diluição 
 
Diluição é uma operação em que se acrescenta solvente à solução. A 
quantidade de soluto permanece constante. Ao se diluir uma solução deve-se 
entender o conceito de concentração. 
Concentração é a relação entre a quantidade de massa do soluto e o volume 
da solução. 
Concentração = Massa do soluto C = M 
Volume da solução V 
 
Considerando que a massa do soluto não altera em uma diluição, ela é uma 
constante, tem-se: 
M = C.V 
 
- Cálculo através da regra de três 
Exemplo: Preparar 100 ml de solução de hipoclorito a 3%, sabendo que a 
solução padrão é 100%. 
 
100 ml..........................100% 
X .............................. 3% x = 3 mL 
 
Precisa-se de 3 ml da concentração disponível (100%) e acrescentam-se 97 
ml de água destilada para preparar 100 ml de solução de hipoclorito a 5%. 
 
- Diluição de Permanganato de potássio 
O KMnO4 (permanganato de potássio) normalmente é prescrito 1:20.000, 
isto é, deve-se pesar 1g e dissolvê-lo em 20.000 ml ou 20 litros de água, porém este 
volume é muito grande. 
 
 
 
 
 
 
84 
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O KMnO4 é apresentado comercialmente sob a forma de comprimido com 
100 mg. Tem-se: 
1g.......................................20.000 ml 
ou 
1.000mg.............................20.000 ml 
100mg................................x x = 2.000 mL ou 21 
 
Observação: o KMnO4 dissolverá mais facilmente se a água estiver 
aquecida. 
 
◘ Transformação de Solução Glicosada ou Fisiológica em 
Glicofisiológica 
 
Esta solução apresenta a seguinte composição: glicose 5% e NaCI 0,9%. 
Exemplo: Prescrição: 500 ml de SGF, isto é, nos 500 ml de solução tem-se 
25g de glicose e 4,5g de NaCl. No posto de enfermagem há soro glicosado 5% e 
ampolas de NaCI 20%. Procedimento: 
 
1º) Calcular o volume de NaCI 20% que deve ser adicionado à solução 
glicosada; 
5%. 
20g.........................100 mL 
4,5g.......................... x x = 22,5mL 
 
A solução glicofisiológica obtida através do cálculo é: 
500,0 ml de SG 5%...........................25g de glicose 
 + 22,5 de NaCI 20%.................4,5g de cloreto de sódio____ 
522,5 ml de SGF contendo 25g de glicose e 4,5g de NaCI 
 
Observação: Se o frasco de soro não comportar o volume excedente, 
refazer o cálculo até obter o volume prescrito. 
 
 
 
 
 
85 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Exemplo: Prescrição 300 ml de SGF, isto é, nos 300 ml de solução tem-se 
15g de glicose e 2,7g de NaCI. No hospital há soro fisiológico 0,9% e soro glicosado 
50%. Como preparar a solução prescrita? 
 
1º) Calcular o volume de soro glicosado que deve ser adicionado à solução 
fisiológica 0,9%. 
50g...........................100 mL 
15g........................... x x = 3 mL 
 
A solução glicofisiológica obtida através do cálculo é: 
300ml de NaCI 0,9%...............................2,7g de NaCI 
+ 3ml de glicose 50%................................15g de glicose 
303ml de SGF contendo 15g de glicose e 2,7g de NaCI 
 
◘ Cálculo para Transformação de Concentração de Soluções 
 
As prescrições nem sempre condizem com a medicação adotada como 
padrão pela instituição. No dia a dia a equipe de enfermagem deve estar preparada 
para adequar essas dosagens, o objetivo é preparar uma solução cujo volume e 
concentração sejam o mais próximo do prescrito. Existem algumas maneiras de 
facilitar essas adequações, como veremos abaixo. 
 
- Regra de três: 
Exemplo: Prescrição: 500 ml de soro glicosado (SG) 10%. Disponível: 500 
ml de SG 5% e 50%. 
 
 1º) Calcular quantos gramas de glicose há no frasco de 500ml de SG 5%: 
Aplicando a regra de três: 
100mL........................5g 
500mL.........................x x = 25g 
Conclui-se que: o frasco de 500ml de SG 5% contém 25g de glicose. 
 
 
 
 
 
86 
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2º) Calcular quantos gramas de glicose há no frasco de 500mL de SG 10%: 
Aplicando a regra de três: 
100ml..........................10g 
500ml............................x x = 50g 
 
Conclui-se que: há no frasco de 500 ml de SG 10%, 50g de glicose. 
 
3º) Calcular a diferença, em gramas, entre o SG disponível (5%) e o SG 
solicitado (10%). 
Portanto: 50g - 25g = 25g, isto significa que serão necessários 25g de 
glicose para acrescentar ao soro disponível (SG 5%) e essa quantidade será obtida 
do SG 50%. 
 
4º) Calcular quantos ml de SG 50% são necessários para obter 25g de 
glicose: 
Aplicando a regra de três: 
100mL..........................50g 
x.............................25g x = 50mL 
 
Sabe-se, então, que será necessário acrescentar 50ml de SG 50% ao frasco 
de 500ml de SG 5%, porém o volume final será 550ml, ultrapassando o volume 
solicitado. 
Devendo desprezar 50 ml de SG 5% e refazer o cálculo: 
 
5º) Calcular a quantidade de glicose desprezada: 
Aplicando a regra de três: 
100ml.........................5g 
50ml.........................x x = 2,5g 
 
Conclui-se que há perda de 2,5g de glicose do SG 5%; deve-se refazer o 
cálculo para acrescentar esta falta: 
 
 
 
 
 
87 
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6º) Será necessário acrescentar 2,5g de glicose do SG 50%: 
Aplicando a regra de três: 
 100mL........................50g 
x............................2,5g x = 5ml 
 
Serão necessários mais 5ml de SG 50%, resultando em 55ml de SG 50% 
que devem ser acrescidos ao frasco de SG 5%, uma vez que foram desprezados 
50ml de SG 5%, formando uma solução de 505ml de SG 10%. 
Resultado: 
 
SG 5% → V1 = 450mL → 22,5g de glicose 
 + SG 50% → V2 = 55 ml → 27,5g de glicose 
SG 10% → Vf = 505 ml → 50,0g de glicose 
 
Portanto, prepara-se 505ml de SG 10%, contendo 50g de glicose, porém 
como o volume ultrapassa em 5ml, deve-se refazer o cálculo até obter 500ml de SG 
10%. 
 
- Utilizando fórmulas: 
Fórmula 1 Fórmula 2 
Cf . Vf = C1 . V1 + C2 . V2 Vf = V1 + V2 
 
Onde: 
Cf = concentração desejada 
Vf = volume final 
C1 = concentração existente do soro menos concentrado 
V1 = volume do soro menos concentrado 
C2 = concentração existente do soro mais concentrado 
V2 = volume do soro mais concentrado 
 
Prescrição: 500ml de SG 10%, a partir de 500ml de SG 5% e 50%. 
Fórmula 1 → Cf . Vf = C1 . V1 + C2 . V2 
 
 
 
 
 
88 
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10.500 = 5. V1 + 50. V2 
 
Na expressão apresentada desconhecem-se dois valores, porém tem-se o 
volume final que é 500. Portanto, o volume final é a soma dos volumes do soro 
menos concentrado e do volume do mais concentrado, logo: 
 
Fórmula 2 → Vf = V1 + V2 
500 = V1 + V2 ou V1 = 500 - V2 
 
Assim, substituindo, na fórmula A, V1 = 500 - V2 se tem: 
10.500 = 5. (500 - V2) + 50. V2 
5.000 = 2.500 - 5V2 + 50. V2 
5.000 - 2.500 = 50V2 - 5V2 
2.500 = 45V2 
V2 = 2500 = 55,545 
 
Sabendo o valor de V2, basta substituí-lo na fórmula por 55, 5, então se tem: 
V1 = 500 - 55,5 = 444,5 
Resultado: 
C1 = SG 5% → V1 = 444,5mL → 22,22g de glicose 
+ C2 = SG 50% → V2 = 55,5mL → 27,75g de glicose 
Cf = SG 10% → Vf = 500 ml → 49,97g de glicose 
 
Esse método com a utilização de fórmulas proporciona o volume solicitado 
exato e a concentração com diferença insignificante (no caso 3 centésimos de 
gramas). Porém, pode-se, por dedução, aproximar mais a concentração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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► INFUSÃO DE QUIMIOTERÁPICOS E 
ANTINEOPLÁSICOS 
 
A escolha do agente quimioterápico 
Muitas características influenciam a escolha sensata 
dos agentes quimioterápicos, incluindo-se o tipo de tumor e as particularidades do 
paciente, a dose necessária e o padrão de administração mais eficaz. 
 
Características do tumor 
O tamanho e o tipo do tumor e a quantidade de metástases determinam a 
escolha dos agentes quimioterápicos. Em geral, esses agentes são mais eficazes 
contra tumores pequenos, que ainda não se disseminaram. 
 
Características do paciente 
As condições gerais de saúde do paciente também influenciam a escolha 
dos agentes quimioterápicos. Quanto melhores forem as condições do paciente, 
antes da quimioterapia, maiores as chances de que ele possa tolerá-la e conseguir 
uma evolução bem-sucedida. 
 
Dosagem 
A dose necessária para se conseguir o resultado desejado também 
influencia a escolha da quimioterapia mais apropriada. As doses maiores têm mais 
tendência a destruir as células cancerosas, mas também têm mais probabilidade de 
produzir efeitos tóxicos. 
 
▪ Tratamento cíclico 
Em consequência da sua toxicidade potencial, os agentes quimioterápicos 
costumam ser administrados em ciclos: após um ciclo de quimioterapia, o paciente 
entra em um período de repouso, durante o qual as células normais e o sistema 
imune do paciente podem se recuperar; em seguida, começa outro ciclo de 
 
 
 
 
 
90 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
quimioterapia e mais períodos de repouso, caso sejam necessários. Esse tratamento 
intermitente possibilita sessões repetidas usando doses altas dos medicamentos. 
Poliquimioterapia. A escolha dos medicamentos incluídos na 
poliquimioterapia depende da eficácia de cada agente, da parte do ciclo celular no 
qual atuam e do nível de toxicidade. Em geral, a poliquimioterapia deve seguir os 
princípios relacionados adiante: 
● Todos os medicamentos devem ser eficazes, caso sejam administrados 
isoladamente; 
● Cada medicamento deve produzir um efeito diferente sobre o ciclo celular; 
● Todos os medicamentos devem atuar ao mesmo tempo, sem quaisquer 
ações inibitórias de um agente sobre os demais; 
● Cada medicamento deve produzir efeitos tóxicos em momentos e 
sistemas orgânicos diferentes; 
● Existem dezenas de protocolos padronizados de quimioterapia para o 
tratamento de vários tipos de câncer. 
 
- Escolha da via de administração 
 
A melhor via de administração da quimioterapia será aquela que faz melhor 
uso do medicamento, ao mesmo tempo em que produz menores efeitos tóxicos ou 
adversos. A maioria dos agentes quimioterápicos é administrada por via venosa por 
meio de um cateter ou um tubo em Y por um acesso venoso para infusão contínua. 
Alguns pacientes com câncer têm risco maior de extravasamento do 
medicamento. Suas veias são frágeis, podem necessitar de punções venosas 
repetidas e tendem a desenvolver linfedema. Por essas razões, pode ser necessário 
administrar a quimioterapia por um dispositivo de acesso venoso central. 
Os dispositivos desse tipo possibilitam tratamento prolongado (semanas a 
anos) e permitem a administração de agentes mais cáusticos do que aqueles que 
podem ser administrados com segurança por uma veia periférica. O acesso venoso 
central também pode ser útil aos pacientes que precisam fazer tratamento venoso 
 
 
 
 
 
91 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
em casa, ou que necessitam realizar exames de sangue ou receber hemoderivados 
a intervalos frequentes. 
 
PERIGOS ASSOCIADOS AOS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS 
Alguns agentes quimioterápicos vesicantes podem causar lesão tissular e 
necrose profundas, caso extravasem. Como o próprio nome indica, os 
medicamentos irritantes causam irritação grave, se extravasarem. Vale lembrar que 
todos os agentes quimioterápicos, mesmo os não-vesicantes, podem causar 
câncer, mutações genéticas e lesão letal, se não forem manuseados corretamente. 
Essa tabela traz os medicamentos de cada categoria. 
 
Agentes vesicantes Agentes irritantes Agentes não-vesicantes 
 
cisplatina bleomicina asparaginase 
dactinomicina carmustina carboplatina 
daunorrubicina dacarbazina ciclofosfamida 
doxorrubicina estreptozocina citarabina 
mitomicina etoposida floxuridina 
mustardas nitrogenadas 5-fluorouracil ifosfamida 
paclitaxel mitoxantrona 
plicamicina teniposida 
vimblastina 
vincristina 
vindesina 
vinorelbina 
 
 
- Método utilizando duas seringas 
 
São utilizadas por esse método duas seringas, onde se administram 
pequenos volumes de soro fisiológico antes e após infundir o agente quimioterápico. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Primeiro, use uma seringa para irrigar o dispositivo de acesso venoso com soro 
fisiológico. Em seguida, retire a seringa usada, adapte a seringa com o medicamento 
e administre-o à velocidade prescrita. Por fim, tire a seringa vazia, conecte 
novamente a seringa com soro fisiológico e irrigue mais uma vez o dispositivo de 
acesso. 
 
- Injeção venosa 
Se for administrado um agente vesicante por injeção 
venosa faça-o em um acesso prévio que esteja correndo 
livremente com uma solução compatível. Verifique se o 
sangue está refluindo, após administrar 2 a 3 ml do 
medicamento, para ter certeza de que o acesso está bem posicionado na veia. Além 
disso, procure ter certeza de que o paciente não apresenta quaisquer sinais ou 
sintomas de extravasamento, tais como edema, dor ou ardência nos tecidos SC ao 
redor da área de inserção. 
 
- Extravasamento 
O extravasamento de um agente quimioterápico vesicante pode causar 
efeitos devastadores nos tecidos adjacentes. A lesão e a necrose resultantes dos 
tecidos podem causar desfiguração do membro do paciente, prejudicar sua função, 
cicatrizar mal, infectar e exigir vários desbridamentos ou até mesmo amputação. 
 
- Prevenção 
Para ajudar a evitar extravasamento de agentes vesicantes, observe as 
seguintes recomendações: 
• Tenha cuidado ao usar um acesso venoso já instalado para administrar 
um medicamento vesicante, confirme primeiro que o mesmo está desobstruído. 
Avalie a necessidade de fazer outra punção venosa, para assegurar a colocação 
correta da agulha; 
• Escolha uma veia distal que possibilite outras punções venosas proximais 
sucessivas; 
 
 
 
 
 
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• Evite a superfície dorsal da mão, o punho, os dedos e qualquer área 
lesada ou com circulação deficiente; 
• Não tente pegar novamente uma veia perdida. Em vez disso, tente a 
punção em outra área; 
• Aplique um curativo transparente, de modo que você possa avaliar a 
região; 
• Antes de administrar o medicamento, injete soro glicosado ou fisiológico e, 
em seguida, aplique um garroteamento acima do ponto de inserção da agulha para 
obstruir a veia.Se o líquido continuar fluindo, pode ser que esteja infiltrando os 
tecidos. Caso os tecidos comecem a inchar, a infiltração está confirmada; 
• Administre o medicamento por injeção venosa lenta ou infusão de volumes 
pequenos (50 a 100 ml); 
• Não use bomba de infusão; 
• Durante a administração, examine a região para detectar vermelhidão ou 
edema. Recomende ao paciente avisar quando sentir ardência, picadas, prurido ou 
alterações da temperatura; 
• Após a administração do medicamento, injete alguns mililitros de soro 
fisiológico para retirar o medicamento do tubo. 
 
- Tratamento em extravasamentos 
Se o medicamento extravasado for um agente vesicante, deverá ser 
realizado tratamento de emergência de acordo com as normas da sua instituição. 
Isso provavelmente inclui: 
• Interrompa imediatamente a infusão, aspire qualquer volume do 
medicamento que ainda reste no cateter e retire o acesso venoso (a menos que seja 
necessário infiltrar o antídoto); 
• Estime o volume de líquido extravasado e avise ao médico; 
• Instile o antídoto apropriado (se for o caso); 
• Eleve o membro; 
• Descreva o método que usou para confirmar que a veia estava 
desobstruída antes da administração, a região do extravasamento, os sinais e 
 
 
 
 
 
94 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
sintomas do paciente. A hora na qual você avisou ao médico, o nome do médico que 
você notificou e o tratamento que você administrou; 
• Aplique compressas de gelo na região por 15 a 20 minutos, a cada quatro 
a seis horas, durante cerca de três dias. (Se o paciente tiver recebido etoposida ou 
alcaloides da vinca, aplique calor em vez de gelo); 
• Caso a pele esteja lesada, aplique um curativo conforme a prescrição; 
• Caso a lesão seja grave, o paciente pode necessitar de cirurgia 
reparadora e fisioterapia. 
 
- Reações de hipersensibilidade 
 
Os agentes quimioterápicos que reconhecidamente causam reações de 
hipersensibilidade são antibióticos do grupo da antraciclina (como doxorrubicina e 
daunorrubicina), L-asparaginase, bleomicina, cisplatina, melfalam, paclitaxel, 
procarbazina e teniposida. 
Ao primeiro sinal de que está havendo uma reação de hipersensibilidade, 
interrompa a administração do medicamento e avise ao médico. Não deixe o 
paciente sozinho, porque os sintomas podem avançar rapidamente. Avalie 
continuamente o paciente e prepare-se para administrar tratamento de emergência. 
Tranquilize o paciente e seus familiares. 
Caso o agente quimioterápico desencadeante seja um componente 
essencial do tratamento do paciente. O médico que o prescreveu pode avaliar a 
possibilidade de substituí-lo por um medicamento semelhante, diluí-lo ainda mais, 
administrá-lo em um período mais longo, administrar um anti-histamínico ou 
corticoide antes da infusão do agente quimioterápico, ou realizar a dessensibilização 
do paciente ao medicamento. 
 
- Registro de Quimioterápicos 
O Registro de quimioterápicos deve incluir todos os aspectos do tratamento, 
tais como: 
 
 
 
 
 
95 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
• Sinais vitais, alergias, condição geral e estado mental antes do tratamento, 
resultados laboratoriais pertinentes; 
• Necessidades de informações detectadas e orientações dadas, aspectos 
da assistência relacionados com a idade ou com fatores culturais do paciente; 
• Nomes e doses dos medicamentos prescritos; 
• Tipo e calibre do cateter usado; 
• Sequência da administração da poliquimioterapia; 
• Solução venosa administrada junto com a quimioterapia; 
• Ocorrência de retomo do sangue durante a administração; 
• Localização e aspecto da região da infusão e resposta do paciente ao 
tratamento, após a retirada do acesso venoso; 
• Quaisquer complicações que tenham ocorrido e o procedimento adotado 
para tratá-las. 
 
► NUTRIÇÃO PARENTERAL 
 
O fornecimento de nutrientes por via intravenosa (IV) 
em teores suficientes para manter e repor a massa celular 
corporal é um processo relativamente recente. Apenas nas 
duas últimas décadas conseguiu-se administrar por via IV, 
calorias e nitrogênio numa proporção adequada para se obter 
um balanço nitrogenado positivo (BERNARD, M. A, 1986), utilizando formulações 
que simulem o estágio final das transformações das bioquímicas naturalmente 
sofridas pelos alimentos no trato digestivo. 
A NP é de importância primordial na clínica médica, constituindo-se num 
instrumento para a manutenção da vida nas situações em que seja possível ou 
contraindicada a alimentação por via oral. O objetivo principal dessa metodologia é 
melhorar ou prevenir a desnutrição nos pacientes, que apresentam impossibilidade 
total ou parcial de utilizar o tubo digestivo, corrigindo os sinais, sintomas e sequelas 
da desnutrição. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Em sua concepção mais geral a NP é o fornecimento de nutrientes 
essenciais, carboidratos, gorduras, proteínas, eletrólitos, vitaminas e água, por via 
venosa. Evidencia-se que nos pacientes com perda pré-operatória de 30% de peso 
corporal, antes de uma intervenção cirúrgica, a mortalidade pós-operatória chega a 
ser dez vezes maior que em indivíduos estróficos, sendo a infecção a causa da 
maioria das mortes (STUDLEY, M. C., 1936). 
Correlaciona-se a hipoproteínemia a um aumento da frequência de infecções 
pós-operatória, bem como um retardo de cicatrização do corte cirúrgico. 
 
● Indicações 
Os pacientes que se submetem a uma cirurgia de eleição, sem 
complicações e que apresentam um adequado estado nutricional, não constituem 
um fator crítico para o seu estabelecimento se eles passarem por um período de 
semi-inanição com curta etapa catabólica. Os pacientes que apresentam obstrução 
da via digestiva por doença maligna ou benigna, peritonites, pancreatite associada 
com íleo paralítico, síndrome do intestino curto, enterite actínica, fístulas digestivas, 
doenças inflamatória intestinal, síndrome da má-absorção, sepse, insuficiência 
orgânica múltipla, insuficiência renal aguda, encefalopatia hepática, anorexia 
nervosa, insuficiência refratária, incompetência imunológica, entre outros. 
Podem ser mantidos com sucesso através da NP. São pacientes debilitados, 
tendo baixos níveis de hematócrito e proteínas. Fazendo uso de antibióticos 
esteroides, radioterapia com mecanismo de defesa prejudicado, imunodeprimidos e 
predispostos à infecção. A administração da nutrição parenteral total (NPT) pode 
privar o trato gastrointestinal de nutrientes vitais e levar a atrofia e disfunções, 
intestinais e translocação de bactérias para a circulação sistêmica ocasionada pelo 
jejum prolongado. Assim sendo, recomenda-se a passagem de nutrientes, em 
pequena quantidade no tubo digestivo, sempre que possível, para permitir a 
manutenção da sua integridade morfológica e funcional. 
 
● Composição da nutrição Parenteral 
 
 
 
 
 
 
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As diferentes formulações para NP baseiam-se no princípio de fornecerem 
ao paciente as quantidades mínimas, indicadas pela literatura específica, para cada 
substrato. As indústrias farmacêuticas oferecem variadas apresentações de 
soluções contendo: aminoácidos, hidratos de carbono, eletrólitos, vitaminas. A 
eleição dos diferentes produtos que o comércio oferece não é tarefa fácil, uma vez 
que para as formulações mais complexas como as soluções de aminoácidos (AA), 
hidratos de carbono e vitaminas. A NP pode ser administrada por uma veia periférica 
ou central. 
A nutrição parenteral total(NPT), que deve ser administrada por uma veia 
central, é uma opção adequada aos pacientes com desnutrição moderadas a grave 
que não possa ser corrigida com a alimentação entérica; aos indivíduos que I 
precisam seguir restrições hídricas; que não têm veias periféricas acessíveis; ou que 
necessitem de nutrição parenteral por duas semanas ou mais. 
 
◘ Análise das Soluções para Nutrição Parenteral 
A escolha da solução parenteral apropriada é fundamental no sucesso do 
tratamento. 
 
- Nutrição Parenteral Total (NPT) 
Composta de glicose a 15 a 20% em água (1 litro da solução de glicose a 
25% contêm 850 calorias não-proteicas) e de aminoácidos cristalinos a 2,5 a 8,5%. 
Contêm também eletrólitos, sais minerais, vitaminas e oligoelementos. A emulsão 
lipídica a 10 ou 20% é administrada separadamente. 
A solução preparada para NPT pode atender plenamente às necessidades 
nutricionais do paciente. Contudo, como são altamente concentradas (até cerca de 
2.400 mOsm/l), essas soluções precisam ser administradas por uma veia central, na 
qual a hemodiluição maior protege o revestimento venoso. A solução de NPT 
administrada por uma veia periférica pode lesar o revestimento da veia. 
Em geral, esse tipo de terapia parenteral fornece mais de 2.000 calorias por 
dia. Esse tratamento pode ser administrado continuamente ou em ciclos. A NPT 
contínua é mais comumente usada nas condições agudas, enquanto a NPT cíclica é 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
fornecida aos pacientes que necessitam de suporte nutricional por meses ou anos. 
Por exemplo, um paciente em sua casa pode receber NPT à noite, mas não durante 
o dia. 
 
- Indicações: 
Administrada por duas semanas ou mais. Pode fornecer 2.000 a 4.000 
calorias/dia. Ajuda a recuperar o balanço nitrogenado e repor eletrólitos, sais 
minerais, vitaminas e oligoelementos. A nutrição parenteral total (NPT) também 
promove a síntese dos tecidos, cicatrização das feridas e função metabólica normal; 
permite que o intestino repouse e cicatrize; reduz as atividades da vesícula biliar, do 
pâncreas e do intestino delgado; e aumenta a tolerância do paciente a cirurgia. 
 
- Algumas Considerações 
Deve ser administrada por um cateter venoso central (CVC). A solução 
básica é completa do ponto de vista nutricional, é altamente hipertônica e pode 
causar complicações metabólicas como intolerância à glicose, distúrbios eletrolíticos 
e ácido-básicos. A emulsão lipídica pode ser ineficaz nos pacientes sob estresse 
grave (Ex: queimaduras). Além disso, pode interferir nos mecanismos imunes e, nos 
pacientes com disfunção respiratória, reduz a formação de dióxido de carbono. 
 
◘ Nutrição Parenteral Periférica 
Composição: glicose de 5 a 10% em água, aminoácidos cristalinos de 2,5 a 
5%, eletrólitos, sais minerais, vitaminas e oligoelementos. A emulsão lipídica a 10 ou 
20% é administrada separadamente. Conforme a prescrição, também se administra 
heparina ou hidrocortisona. 
As soluções desenvolvidas para a NPP contêm nutrientes em quantidades 
menores do que os nutrientes presentes nas soluções para NPT. Por essa razão, as 
soluções para NPP podem ser infundidas em uma veia periférica, com risco menor 
de lesar o revestimento venoso. Contudo, é importante lembrar que a solução para 
NPP não deve ultrapassar 900 mOsm/l e que a concentração da glicose não deve 
ser superior a 10%. 
 
 
 
 
 
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Caso necessite de teores calóricos mais altos do que os disponíveis em uma 
solução convencional para NPP, considere o acréscimo de uma solução lipídica a 10 
a 20%. Essa solução combinada pode fornecer até 2.000 calorias por dia. 
 
- Indicações 
Administrada por duas semanas ou menos. Pode fornecer até 2.000 
calorias/dia. Usada para manter o estado nutricional dos pacientes que podem 
tolerar volumes hídricos relativamente grandes, que reiniciarão a ingestão oral 
dentro de alguns dias e que sejam suscetíveis a infecções do CVC. 
 
- Considerações especiais 
A solução parenteral é completa do ponto de vista nutricional para uso 
breve. Como o local de inserção precisa ser trocado a cada 72 horas, o paciente 
deve ter veias acessíveis. A solução é menos hipertônica do que a NPT 
administrada por um CVC e sua osmolalidade não deve passar de 900 mOsm/l. 
Pode causar flebite e aumentar o risco de complicações metabólicas. Contraindicada 
para pacientes desnutridos e sob restrição de volume. Não aumenta o peso. A 
emulsão lipídica é uma fonte eficaz de calorias. Caso seja infundida com a solução 
nutricional, o risco de flebite diminui. 
 
Outros Componentes 
 
- Aditivos 
Eletrólitos, vitaminas, oligoelementos e água podem ser acrescentados a 
uma solução de NPP ou NPT para aumentar a sua eficácia ou evitar complicações. 
Também se podem adicionar medicamentos (como heparina) para reduzir o risco de 
flebite e a formação de fibrina no cateter de acesso venoso. Para inibir a secreção 
de ácido gástrico e diminuir o risco de desenvolver úlceras de estresse, pode-se 
acrescentar ranitidina, cimetidina ou famotidina à solução. 
A albumina pode ser acrescentada a uma solução de NPT para normalizar a 
pressão oncótica do plasma durante o tratamento. Contudo, tome cuidado para 
 
 
 
 
 
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evitar sobrecarga circulatória; que pode ser causada pela albumina. Além disso, 
lembre-se de que a albumina pode aumentar o risco de contaminação da solução. 
 
- Eletrólitos 
Os eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, cloreto, fosfato ou magnésio) são 
comumente acrescentados às soluções de NPP ou NPT. A quantidade e o tipo de 
eletrólitos acrescidos variam com as perdas atuais de eletrólitos do paciente. O 
farmacêutico acrescenta eletrólitos a uma solução parenteral em uma sequência 
prescrita e temperatura específica para evitar precipitação. Jamais adicione 
eletrólitos a uma solução parenteral, após a fórmula ter sido misturada. 
 
- Vitaminas 
Terão relação proporcional as necessidades específicas do paciente, as 
vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis costumam ser acrescentada em doses 
variáveis às soluções de NPP ou NPT. A vitamina K não é acrescentada 
rotineiramente porque o paciente pode estar recebendo anticoagulantes, que 
poderiam ser neutralizados por essa vitamina. Em vez disso, se o paciente 
necessitar de vitamina K, você poderá administrá-la por injeção intramuscular (IM) 
ou subcutânea (SC) semanal. 
 
-Oligoelementos 
Os micronutrientes (também conhecidos como oligoelementos) sustentam o 
metabolismo normal, promovendo o uso eficaz dos nutrientes para a produção de 
energia e síntese das proteínas. Em geral, os oligoelementos acrescentados às 
soluções parenterais são zinco, cromo, cobre, manganês, iodo e selênio. O ferro é 
acrescentado apenas quando for essencial, porque sua segurança na nutrição 
parenteral não está comprovada. Caso seu paciente necessite de ferro, o médico 
pode prescrevê-lo em forma de ferro-dextrano. 
 
- Água 
 
 
 
 
 
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São variáveis as necessidades hídricas de modo significativo (35 ml/kg/dia 
para um adulto, até 150 ml/kg/dia para um lactente). Os pacientes que estiverem 
sendo tratados para inanição, traumatismo, sepse ou queimaduras podem necessitar 
de volumes muito maiores de água. Em suma, o volume de água acrescentado à 
nutrição parenteral do paciente depende da sua condição atual, que pode mudar de 
um dia para outro. 
 
◘ Administraçãoda Nutrição Parenteral 
 
- Preparo do equipamento 
 
O preparo intra-hospitalar da NP que exige condições rigorosas de controle 
para garantir sua esterilidade é de total responsabilidade do farmacêutico, cuja 
formação técnica assegura a compatibilidade química dos seus componentes, 
controle físico, físico-químico e microbiótico dos aditivos e estabilidade da mistura. 
Cabe o farmacêutico informar, através de palestras ou cursos realizados no hospital, 
os resultados obtidos com controle microbiótico, técnicas mais adequadas de 
preparo e principais problemas de incompatibilidade e estabilidade nas misturas. 
Essas soluções são preparadas na farmácia, sob uma coifa com fluxo 
laminar e segundo técnica asséptica rigorosa. Logo, essas soluções são 
refrigeradas. As mesmas devem ser retiradas do refrigerador pelo menos uma hora 
antes de usá-la, para que possa ser aquecida à temperatura ambiente, igualando-se 
a essa temperatura. 
Deve-se conferir o rótulo da solução com a prescrição médica, para ter 
certeza de que a solução contém os componentes certos. Examine se há furos ou 
rachaduras no frasco e se a solução apresenta turvação, precipitados e opacidade. 
Se a solução contiver lipídios, fique atento a problemas como separação, espuma, 
aspecto oleoso ou coloração castanha. Além disso, verifique a data de validade. 
Caso encontre algum problema na solução, devolva-a a farmácia. 
Quando tiver conseguido a solução adequada, reúna uma bomba de infusão, 
um equipo adequado para administração, um filtro (caso o equipo não tenha um filtro 
 
 
 
 
 
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em linha), um conector que não necessite de agulha (para emulsões lipídicas), um 
suporte para infusão venosa, esparadrapo, luvas estéreis e gazes com álcool a 70%. 
 
- Orientações para a infusão 
 
O primeiro passo a ser tomado é esclarecer o procedimento ao paciente. 
Realizar a conferência dos 5 certos, certificando-se de que está administrando a 
solução adequada ao paciente certo. 
 
- Cuidados a serem observados na terapia: 
Esse procedimento requer muito cuidado. Use essas sugestões de 
especialistas, que ajudarão a administrar esse tratamento com segurança e eficácia. 
• Não deixe a solução da nutrição parenteral total (NPT) pendurada por 
mais de 24 horas; 
• Troque o equipo e o filtro da NPT a cada 24 horas; 
• Se o frasco da solução estiver violado e se não for possível substituí-lo de 
imediato, pendure um frasco com glicose a 10% e infunda à mesma taxa prescrita 
para a nutrição parenteral total. Isso evita uma reação hipoglicêmica grave. Monitore 
cuidadosamente o paciente, cuja glicose sanguínea ainda pode se alterar 
significativamente; 
• Não use o cateter destinado à nutrição parenteral para outras finalidades. 
Incluindo-se a infusão de hemoderivados, injeções rápidas, soluções simultâneas, 
coletas de sangue para exames laboratoriais ou determinação da pressão venosa 
central. Se estiver usando um cateter com lúmens múltiplos, destine um deles 
APENAS para a NPT. Os demais podem ser usados para outras necessidades. 
Caso esteja usando cateter com lúmen único, será necessário instalar outros pontos 
de acesso para os demais tratamentos; 
• Não faça "interrupções" com fluxos acelerados. A aceleração ou 
desaceleração da infusão de uma solução parenteral altera os níveis glicêmicos do 
paciente; 
 
 
 
 
 
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• Tranquilize o paciente de que você lhe fará higiene oral frequente para 
mantê-lo confortável; 
• Proporcione apoio emocional. O paciente que não consegue comer pode 
sentir falta dos prazeres social e emocional da alimentação; portanto, pode sentir-se 
aborrecido. 
Fique Atento: A elevação da temperatura corporal é um dos primeiros sinais 
de sepse associada ao cateter. 
 
Complicações Relacionadas com a Infusão da Quimioterapia 
 
- Cateter e Sepse 
Essa ocorrência (sepse associada ao cateter) é uma das complicações mais 
graves da terapia de nutrição parenteral. A causa mais comum é a contaminação da 
pele na região de acesso do cateter. Em geral, essa contaminação é causada por 
micro-organismos presentes nas mãos dos profissionais de saúde. Com base nessa 
informação entendemos a importância da lavagem das mãos cuidadosamente e com 
frequência quando estiver realizando procedimentos que envolvam cateteres. 
Para detectar infecção no local de acesso ou em qualquer outra área, 
monitore atentamente a temperatura do paciente. A frequência das verificações 
depende das normas da sua instituição e da doença subjacente do paciente. Se um 
paciente comumente sem febre apresentar uma elevação inesperada da 
temperatura durante a infusão da NPT, troque todo o sistema de infusão e envie os 
materiais trocados imediatamente para cultura, visando à detecção de contaminação 
da solução. 
 
- Emulsões lipídicas e suas complicações 
As complicações causadas pelas emulsões lipídicas podem ocorrer nos 
primeiros dias de tratamento, ou mais tarde. 
 
Complicações precoces: As reações adversas precoces à terapia com 
emulsão lipídica ocorrem em menos de 1% dos pacientes. Essas reações podem 
 
 
 
 
 
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incluir febre, dispneia, cianose, náuseas e vômitos, ruborização, sudorese, cefaleia, 
letargia, síncope, dor torácica ou lombar e pressão nos olhos. Também pode haver 
problemas como irritação no local da inserção, hiperlipidemia e trombocitopenia. 
 
Complicações tardias: As complicações tardias associadas à administração 
prolongada da emulsão lipídica são raras e podem incluir hepatomegalia, 
esplenomegalia, icterícia (devida a colestase lobular central) e discrasias sanguíneas 
(p. ex., trombocitopenia e leucopenia). Também pode haver elevações transitórias 
dos resultados das provas de função hepática (Isso também ocorre em alguns 
pacientes submetidos à nutrição parenteral total prolongada). 
A trombocitopenia pode ocorrer nos lactentes tratados com emulsão lipídica 
a 20%. Nos lactentes prematuros ou de baixo peso ao nascer, a nutrição parenteral 
periférica com emulsão lipídica pode levar à acumulação dos lipídios nos pulmões. O 
tratamento das complicações imediatas e tardias tem como objetivo aliviar os 
sintomas. Nas reações graves pode ser necessário interromper a terapia. 
É recomendável que seja feita uma investigação completa para febre. 
Dependendo das condições do paciente, dos resultados da cultura e do micro-
organismo isolado, o médico pode retirar o cateter. O paciente será tratado com 
antibiótico, a menos que a infecção seja causada por um fungo; 
 
- Flebite 
Essa é uma complicação comum da terapia de NPP ou NPT. Os sinais e 
sintomas são dor, hiperestesia, rubor e calor no local de acesso. Aplique calor suave 
na região e, se possível, eleve o membro; 
 
- Embolia gasosa 
A embolia gasosa é um risco sempre presente para o paciente que esteja 
com cateter venoso central. Pode entrar ar no sistema venoso central quando o 
equipo de administração estiver sendo trocado, ou quando uma conexão do equipo 
desconectar-se acidentalmente. Também pode entrar ar por uma rachadura no 
equipo, ou pelo trajeto deixado após a remoção de um cateter central. Quando 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
retirar um cateter venoso central, aplique pressão suave no trajeto e, em seguida, 
coloque um curativo oclusivo; 
 
- Distúrbios glicêmicos 
As complicações metabólicas mais comuns são distúrbios do metabolismo 
da glicose.Os níveis glicêmicos também podem ser alterados desfavoravelmente 
por sepse, estresse, inanição, insuficiência renal ou hepática, doença pancreática e 
alguns medicamentos. Como muitos pacientes tratados com NPP ou NPT têm uma 
ou mais dessas condições, fique atento à hiperglicemia ou hipoglicemia. 
O paciente com hiperglicemia pode mostrar-se cansado, inquieto, confuso, 
ansioso ou fraco. Você pode detectar poliúria, desidratação, elevação dos níveis 
glicêmicos, delírio ou coma. Como resposta a essas alterações, reduza a taxa de 
infusão ou diminua a concentração da glicose. Substitua as calorias da glicose pelas 
calorias da emulsão lipídica e comece o tratamento com insulina. 
Sintomas de hipoglicemia: o paciente pode ter sudorese, tremores e 
irritabilidade após a infusão da NPT. Quando isso ocorrer, aumente a ingestão de 
glicose ou reduza a dose da insulina exógena; 
 
- Disfunção hepática 
Os sinais e sintomas de disfunção hepática são elevações dos níveis da 
aminotransferase do aspartato, da fosfatase alcalina e da bilirrubina sérica. As 
ingestões calóricas total e de glicose do paciente devem ser reduzidas e as calorias 
perdidas devem ser repostas por uma emulsão lipídica. Além disso, mude para um 
esquema de infusões cíclicas. Lembre-se de que as formulações hepáticas 
específicas devem ser usadas apenas pelos pacientes com encefalopatia; 
 
- Hipercapnia 
Quando o paciente desenvolve hipercapnia, você observa aumento no 
consumo de oxigênio, na produção de dióxido de carbono e no quociente 
respiratório calculado em 1 ou mais. Para corrigir a hipercapnia, reduza a ingestão 
 
 
 
 
 
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calórica total do paciente e a concentração da glicose, equilibrando as calorias com 
glicose e gordura. 
Hiperosmolaridade. O paciente com hiperosmolaridade apresenta confusão, 
letargia, convulsões, síndrome não-cetótica hiperosmolar, hiperglicemia, 
desidratação e glicosúria. Como resposta a essas alterações, interrompa as infusões 
de glicose e comece o tratamento com insulina combinada com solução fisiológica a 
0,45% e 10 a 20 mEq/l de potássio; 
 
- Hipocalcemia 
O paciente com hipocalcemia pode ter poliúria, desidratação e elevações 
nos níveis sanguíneos e urinários da glicose. Os suplementos de cálcio devem ser 
aumentados; 
 
- Hipopotassemia 
Fraqueza muscular, paralisia, parestesia e arritmia são sinais e sintomas 
comuns da hipopotassemia. Para tratar esse distúrbio, administre suplementos de 
potássio; 
 
- Hipomagnesemia 
O paciente com hipomagnesemia pode sentir parestesias ao redor da boca 
ou nos dedos. Além disso, pode haver alterações no estado mental ou hiperreflexia. 
Aumente o suplemento de magnésio. 
 
- Hipofosfatemia 
Essa complicação associada à NPT causa irritabilidade, fraqueza, 
parestesia, coma e parada respiratória. O suplemento de potássio deve ser 
aumentado; 
 
- Acidose ou alcalose metabólica 
Na acidose metabólica, o nível sérico de Cloreto do paciente aumenta e a 
concentração sérica do bicarbonato diminui. Caso isso ocorra, deve-se aumentar a 
 
 
 
 
 
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quantidade de acetato da solução de NPT e reduzir o cloreto. Nos pacientes com 
alcalose metabólica, as alterações detectadas são opostas. Como resposta, reduza 
o acetato e aumente o cloreto da solução de NPT; 
 
- Coagulação no cateter 
Caso haja algum coágulo no cateter venoso do paciente, o fluxo será 
interrompido e você encontrará resistência quando estiver irrigando ou coletando 
sangue. Inicialmente, tente aspirar o coágulo. Se isso não funcionar, será necessário 
instilar urocinase para dissolvê-lo; 
 
- Rachadura ou fratura no equipo 
Se o equipo estiver rachado ou quebrado, você perceberá um vazamento de 
líquido pelo tubo. Aplique uma pinça hemostática acolchoada entre a fenda e o 
paciente, para evitar que entre ar no sistema e ocorra embolia gasosa. Troque o 
equipo; 
 
- Desconexão do cateter 
Caso o cateter de NPT saia da veia, comprima o local com uma gaze estéril 
e peça a alguém que avise ao médico. 
 
 
 
 
 
 
 
-------------------FIM DO MÓDULO IV ------------------

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