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Alfredo Xavier
Bento da Rita
Kelven Farnela
João Bechane
Noel Carlos 
Piedade Hilário
Wilma Torres
Planificação e instalação de laboratório de ciências para o ensino Superior
Licenciatura em ensino de biologia com habilidades de Gestão de laboratório
Universidade Púnguè
Chimoio
2022
Alfredo Xavier
Bento da Rita
Kelven Farnela
João Bechane
Noel Carlos
Piedade Hilário
Wilma Torres
Planificação e instalação de laboratório de ciências para o ensino Superior
	Trabalho de pesquisa a ser entregue ao Departamento de Ciências Agrárias e Biológica, curso de Biologia, 4o ano, 2o semestre, na cadeira de Estágio de laboratório, sob a orientação do docente Msc Eduardo Mulima.
Universidade Púngué
Chimoio
2022
Índice 
1.	Introdução	4
1.1. Objectivos	4
1.1.1.	Geral	4
1.1.2.	Específicos	4
1.2.	Metodologia	4
2.	Relevância do tema para a ciência	5
2.1.	Planificação e instalação de laboratório de ciências para o ensino Superior	5
2.2.	Perfil básico de um laboratório de ciências	7
2.3.	Materiais, equipamentos e reagentes em um laboratório de ciências	7
2.3.1.	Equipamentos de protecção	7
2.3.2.	Vidrarias	8
2.3.3.	Reagentes	8
2.4.	Discussão do tema em relação á ciência no mundo	9
3.	Conclusões e recomendação	10
4.	Referências bibliográficas	11
1. Introdução
A educação de estudantes do Ensino Superior na área da ciência tem recebido uma atenção crescente nos últimos anos. As Escolas querem tornar-se numa referência em termos de métodos e ambientes de aprendizagem, com consequentes bons níveis de aproveitamento. Mas não é só a nível da educação que as Escolas querem ser reconhecidas. Existe igualmente a preocupação de as mesmas reforçarem o seu contributo na investigação e fortalecer a sua visibilidade, causando um maior impacto ao nível da sociedade.
O presente trabalho tem como principal objectivo acompanhar o planeamento de um laboratório de ciências de ensino superior até a sua instalação.
Como escola de ensino superior, todos os conhecimentos teóricos leccionados nestas e outras temáticas devem ser reforçados através de uma componente experimental, onde técnicas possam ser testadas e onde possa ser construída uma plataforma de experiências. Assim, o fortalecimento do ensino passa por uma aprendizagem mais activa por parte dos alunos.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
· Desenvolver a planificação e instalação de laboratório de ciências para o ensino Superior.
1.1.2. Específicos 
· Definir o conceito de laboratório de ciências;
· Descrever acerca da relevância do tema para a ciência;
· Descrever o perfil de um laboratório de ciências;
· Propor recomendações para a melhoria dos laboratórios de ciências do ensino superior.
1.2. Metodologia
Para o efeito ou materialização deste presente trabalho, recorreu-se a consulta de algumas obras bibliográficas, que por sua vez, abordam aspectos do trabalho em estudo, além de recurso à alguns sites da internet, cujas referências encontram-se citadas nas últimas páginas deste trabalho.
2. Relevância do tema para a ciência
A pesquisa poderá contribuir na melhoria da qualidade do ensino de Ciências e Biologia e, acima de tudo fomentar a discussão e a pesquisa sobre a utilização das actividades experimentais no ensino de conteúdos de Ciências nas escolas de ensino Superior. (Watanabe, 2012) 
O papel dos Laboratórios de Ciências consiste em promover o diálogo com a sociedade por meio da interacção com as instituições que formam o mundo exterior e com as quais interage. Nesse sentido, a autora propõe que (re) constituir as origens, a constituição e o desenvolvimento dos Laboratórios de Ciências seria buscar estabelecer um caminho necessário para a construção de um olhar amplo do uso do Laboratório para a ciência, para os estudantes e para escola.
As aulas em laboratório devem fazer parte de uma sequência didáctica que envolva exposições teóricas, registos dos estudantes e confrontações de ideias. Desse modo, justifica-se tal estudo por tratar-se de uma problemática bastante pertinente, haja vista que essa discussão é fundamental para trazer respostas aos problemas que a Educação em Ciências enfrenta hoje, além de buscar alternativas para melhorar os Laboratórios de Ciências. (Watanabe, 2012)
2.1. Planificação e instalação de laboratório de ciências para o ensino Superior
As aulas de Ciências e Biologia ainda são baseadas em um método que atravessou décadas e que sozinho não consegue suprir as necessidades encontradas dentro da sala de aula. Como consequência, as aulas têm-se tornado monótonas e desestimulantes, sendo necessário que o professor busque alternativas para tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes, a fim de facilitar o processo de ensino e aprendizagem.
Vale destacar que uma actividade prática não carrega em si só todos os conteúdos que se quer ensinar, assim como ela não é necessariamente o procedimento principal no ensino de Ciências. (Rosito, 2011)
Nesse sentido, Zompero e Laburú (2011) descreveram as actividades práticas e experimentais como forma de possibilitar e vivenciar a aprendizagem, inclusive tornando o desenvolvimento dos conteúdos uma actividade interactiva e prazerosa, mas para isso são necessárias políticas e acompanhamento do que é realizado em cada escola. Conforme constatamos, a presença e monitoramento dos gestores escolares na orientação e condução dos recursos para manutenção do espaço e, principalmente, o acompanhamento pedagógico das acções dos professores em realizar actividades no Laboratório de Ciências/Biologia são importantes para o processo de ensino e aprendizagem de Ciências e Biologia.
Os autores reafirmam o que outrora já foi referido por outros autores, que os mesmos servem para aplicar e testar conhecimentos teóricos em situações práticas. 
É através de um laboratório real que os estudantes conseguem ver, ouvir e ter contacto com os espaços e equipamentos presentes no mesmo. 
Muitos pesquisadores defendem as actividades experimentais com o objectivo de promover interacções sociais que tornem as explicações mais acessíveis e eficientes no ensino de ciências. (Santos, 2012)
O ensino pela experimentação em laboratório com o uso prático possibilita ao educando relacionar o conhecimento científico com aspectos de sua vivência, facilitando assim a elaboração de significados dos conteúdos ministrados. 
 As experiências laboratoriais para além de fazerem parte da própria natureza da ciência são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos. Neste sentido, devem ser disponibilizadas e mantidas instalações apropriadas, de modo a ajudar a qualificar a operacionalização dos programas educativos. (Taha, 2016)
No campo da Educação em Ciências, (Kauark, 2015) apresenta sua percepção do Laboratório de Ensino. Para esse autor, o laboratório busca superar a postura tradicional do ensino e a visão positivista, impulsionando a utilização de actividades diferenciadas com maior envolvimento e participação dos estudantes.
Tradicionalmente, o ensino de ciências tem-se limitado à simples transmissão do conhecimento já elaborado por teorias definidas, favorecendo a passividade dos estudantes e o desinteresse pelas disciplinas científicas. No bojo dessa questão, acredita-se que as Ciências são detentoras de verdades absolutas construídas por cientistas, dentro de uma racionalidade técnica proveniente do positivismo, perdurando até a contemporaneidade, o que estimula a mera memorização de conceitos. (Sasseron, 2015)
2.2. Perfil básico de um laboratório de ciências
De acordo com Motz, Biehle & West (2007) as instalações de um laboratório devem:
· Ser capazes de apoiar todos objectivos do programa;
· Ter recursos que proporcionem uma larga selecção de experiencias apropriadas ao potencial de aprendizagem e interesses dos estudantes;
· Ter flexibilidade na disposição do mobiliário e dos equipamentos para que o professor possa ter o máximo controlo e concomitantemente os estudantes possam circular sem obstáculos;
· Estar disponíveis para todos estudantes (pelo menos uma turma) ao mesmo tempo.
2.3.Materiais, equipamentos e reagentes em um laboratório de ciências
"Uma série de vidrarias e equipamentos são utilizadas em laboratórios, estes materiais são necessários para uma infinidade de procedimentos que fazem parte da rotina destes locais. "
Iniciaremos falando dos equipamentos de segurança é importante lembrar que em laboratórios poderá haver contacto com reagentes tóxicos ou corrosivos e submissão a temperaturas muito altas ou muito baixas. Portanto, é sempre importante de usar os equipamentos de protecção individual.
2.3.1. Equipamentos de protecção 
Dentre os equipamentos de segurança individual destacam-se:
· O jaleco;
· As luvas;
· Os óculos de protecção.
No que diz respeito aos equipamentos, existe um leque destes que não pode faltar em um laboratório de ciências de ensino superior sendo eles:
4
· 
· Balança
· Manta e chapa de aquecimento;
· pHmetro;
· Centrífuga;
· Bico de Bunsen;
· Capela;
· Termômetro;
· Micropipetador;
· Microscópio;
· Destilador de água;
2.3.2. Vidrarias
· 
· Copo de bequer;
· Erleymeyer;
· Balão volumétrico;
· Balão de fundo redondo
· Balão de fundo chato;
· Funil de vidro;
· Tubos de ensaio
· Condensadores;
· Bastão de vidro;
· Proveta
· Bureta
· Pipetas;
· Almofariz e pistilo;
· Placas de petri;
· Espátulas;
· Pinça
· Suporte metálico
· Pipetador
2.3.3. Reagentes
· 
· Ácido clorídrico;
· Ácido sulfúrico;
· Ácido nítrico;
· Carbonato de sódio;
· Cloreto de potássio;
· Cloreto de sódio;
· Dicromato de potássio
· Fenolftaleína;
· Hidróxido de potássio;
· Hidróxido de sódio;
· Corante; azul de metileno eosina
· Solução_de lugol;
· Iodeto de potássio;
· Sulfato de cobre II;
· Nitrato de prata;
· Indicador universal de pH;
· Corante, alaranjado de metila;
· Hidróxido de amônio
2.4. Discussão do tema em relação á ciência no mundo
Como o conceito já diz, laboratório é um espaço físico devidamente equipado com instrumentos próprios para a realização de experimentos e pesquisas científicas diversas, dependendo do ramo da ciência para o qual o planejado.
O ensino de Ciências precisa ser visto como uma construção humana, pois a eles estão integrados temas como tecnologia, meio ambiente e saúde. Ainda precisamos superar algumas metodologias consideradas tradicionais, como as exposições, em que o professor e o livro didáctico são as únicas fontes de informação, havendo o incentivo à memorização de definições e à experimentação em laboratório servindo para comprovar a teoria, o que não significa que eles não sejam importantes, já que têm pontos fortes e limitações em todas as modalidades didácticas. (Santos, 2012)
3. Conclusões e recomendação 
A realização de experimentos auxilia o estudante a compreender melhor a teoria envolvida, bem como tornar o conteúdo mais significativo para ele. 
O Laboratório é o espaço mais adequado para que isso aconteça, embora também seja possível realizar alguns momentos em outros espaços, inclusive na sala de aula. O importante é que o estudante crie hipóteses, manipule os materiais, produza algo ou mesmo observe por si próprio um fenómeno, uma experiência, e não que o professor leve tudo pronto para o estudante.
É necessário garantir que os estudantes tenham acesso às aulas práticas com actividades investigativas desenvolvidas no Laboratório de Ciências/Biologia e que o mesmo faça parte da rotina da escola, o qual deve estar estruturado minimamente com reagentes, instrumentos e equipamentos capazes de proporcionar manipulação, medidas e leituras coerentes com a finalidade de contribuir para a construção do conhecimento científico e tecnológico entre os estudantes.
Outro ponto importante revelado nessa pesquisa diz respeito à reflexão sobre a literatura dessa temática no Ensino de Ciências, que tem sido centralizada na Física e na Química, tendo a Biologia pouca repercussão na experimentação, o que nos permite afirmar que precisamos, enquanto estudantes de Ciências/Biologia, contribuir também com essa discussão, isto é, precisamos pautar a existência da experimentação no Ensino de Biologia e divulgar essas acções como forma de pesquisa e construção do conhecimento.
Destacamos que, no âmbito escolar, para que o Ensino de Ciências/Biologia se materialize, são necessários quatro pontos principais: a escola, o Laboratório, o professor e os estudantes. 
As análises aqui empreendidas, permitem apontar algumas direcções para futuras investigações sobre a estrutura e funcionamento em termos de práticas docentes em Laboratórios de Ciências/Biologia e o objectivo desse espaço na rotina da escola e no planeamento pedagógico, de modo que as aulas práticas e o uso do Laboratório possam se tornar mais motivadoras e, também, mais significativas, isto é, possibilitem pesquisas que delimitem suas problemáticas, a partir das complexas relações sociais. 
4. Referências bibliográficas
KAUARK, F. S. Desvendando os laboratórios de ensino de ciências: investigação sobre suas características e actividades. Dissertação de Mestrado Profissional (Mestrado Profissional em Educação em Ciências e Matemática). Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática. Instituto Federal do Espírito Santo. Vitória – Espírito Santo, 2015. 
Motz, L., Biehle, J. & West, S. (2007). NSTA Guide to planning school science facilities. (2 ed). Arlington, VA: NSTA Press.
ROSITO, B. A. O Ensino de Ciências e a Experimentação. In: MORAES, R. (Org.). Construtivismo e Ensino de Ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2011. 
SANTOMAURO. B. O QUE ENSINAR EM CIÊNCIAS. Disponível em: <http://novaescola.org.br/conteudo/48/o-que-ensinar-em-ciencias>. Acesso em: 20 de Agosto 2022.
SANTOS, L. C. P. Dilemas e perspectivas na relação entre ensino e pesquisa. In: ANDRÉ, M. (Org.). O Papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 12. ed. São Paulo: Papirus, 2012.
SASSERON, L. H. Alfabetização Científica, Ensino por Investigação e Argumentação: relações entre Ciências da Natureza e escola. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte. v. 17, n. especial, 2015.
SILVA, N. R. R. (Watanabe, 2012) (Zompero & Laburu, 2012) da (Org.). Experimentos biológicos: a prática no quotidiano. Natal: IFRN, 2014.
TAHA, M. S. et al. Experimentação como ferramenta pedagógica para o ensino de Ciências. Experiências em Ensino de Ciências, Cuiabá, v. 11, n. 1, 2016.
WATANABE, G. Construindo subsídios para a promoção da Educação Científica em vistas para a laboratório de pesquisa. 2012. 224 Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências – Matemática Física) – Instituto de Física, Instituto de Química, Instituto de Biociências, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. 
ZOMPERO, A. F.; LABURU, C. E. Actividades investigativas no Ensino de Ciências: aspectos históricos e diferentes abordagens. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 13, n. 3, 2012.

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