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“O nascimento dos deuses egípcios a partir de Chu e Tefnut”.
 Na cosmogonia egípcia, muitos mitos foram criados para falar sobre a criação do mundo. Entretanto, a mais conhecida delas é a da cidade de Iwnw, sendo batizada posteriormente pelos gregos como Heliopólis, assim os egípcios criaram um sistema religioso para explicar a origem do mundo. Tal mito enfatiza o deus sol Rá como sendo criador e pai de todos os deuses, a enéade desse mito era composta por nove deuses que eram ligados entre si por laços familiares. A fonte mais eminente que traz essa mitologia são os chamados “Textos das Pirâmides” (datados de 2550 a.c).
 A criação
 Segundo o mito exposto nos “Textos das Pirâmides” (2550 a.c), no princípio havia um oceano primordial chamado Nun, que representa o início de tudo. Um dia Num desperta e começa a se mover das profundezas, do mar revolto surge o primeiro pedaço de terra chamado Ben Ben. Das sombras apareceu uma garça real, comparável a uma fênix, denominada Bennu. A ave pousou sob a montanha e emitiu um forte apito, com isso o silêncio deu lugar ao som e o pássaro voou. No centro da montanha aparece uma pequena flor de lótus, desta flor nasce uma nova divindade: Atum, o deus solar e criador. Sua luz tomou o lugar da escuridão e da não existência. Rá tomou a forma de Atum e se tornou Atum-Rá. 
Figura 1: Khepri-Rá-Atum: o Uno e o Múltiplo.
Fonte: https://youtu.be/imOEh3sC4Hc Acesso em: 19/06/2021
 A associação de Atum com o deus Rá vem antes da época das pirâmides. O nome “Rá” é uma palavra para designar o deus sol, indicando sua presença física no céu. Assim como “Khepri”, também é associado a Tá, que é a imagem do sol movido por um escaravelho, que representava o deus sol da manhã. Por isso, não é muito difícil encontrar o nome Rá-Atum-Khepri para se referir a um único deus, Rá.
“Sou a alma divina de Rá que vem do deus Nu, a divina alma que é de deus[...] Eu dou forma a mim mesmo com o Nu. Eu sou a luz [...] Eu chego grande alma, minha alma e meu corpo são ureaus; meu futuro é a eternidade [...] Eu sou a alma criadora do abismo celeste, autor de sua morada na divina região do inferior”. ( Livro dos mortos, Cap.: LXXXV).
 Sozinho no meio da criação, Rá se pôs a tarefa de criar outros deuses. Como um deus andrógeno, Rá ejaculou em sua própria boca e cuspiu seus filhos e filhas. Dentre esses deuses estava Chu, que representa o ar seco, e Tefnut que representa a umidade. Os jovens deuses se tornaram um casal, e dessa união estável surgiu outras divindades: Geb a terra e Nut o céu. Esses dois últimos deuses também se tornaram um casal.
“Eu criei todas as formas com o que saiu da minha boca, quando não havia nem céu, nem terra”. (Texto do papiro de Nesiansu).
 Todavia, a união de Geb e Nut não foi aceita pelo deus sol. Rá temendo perder o poder absoluto que possuía, decidiu impedir a copulação entre os deuses da terra e do céu, restringindo assim a futura geração de deuses. Para impedir que o casal se encontre Rá ordena que seu filho Chu , o ar, separasse seus filhos impedindo qualquer relação entre eles. Chu, em obediência a seu pai, se coloca no meio do céu e da terra. Eleva Nut aos céus, tirando-a do alcance de Geb.
Figura 2- Trecho do livro dos mortos que representa a separação do céu e da terra.
Fonte: http://museuegipcioerosacruz.org.br/o-mito-cosmogonico-de-heliopolis/ Acesso em: 17/06/2021
 Durante todo o ano eles seriam vigiados, Nut não sabia o que era ano e resolve visitar Thot, o deus da sabedoria e o convenceu a ajudá-la. Ao chegar lá, Thot estava terminando de escrever o calendário em um pergaminho. O calendário egípcio dividia o ano em três períodos de quatro meses em três décadas, que representam um total de 360 dias. Para ajudar Nut, Thot então desafia Khonsu, o deus da lua, para uma partida de Senet, Thot vence. Assim, Nut consegue que fosse adicionado mais cinco dias ao calendário egípcio, permitindo que os dois jovens pudesse se relacionar. Quando o 361° dia chegou, Chu teve que se retirar dali, já que sua ordem se restringia a apenas 360 dias. Nesses cinco dias Geb e Nut se encontraram e dessa união tiveram cinco filhos: Osíris, o primogênito relacionado a vegetação e o reino dos mortos; Ísis, esposa de Osíris e deusa da magia; Seth, o deus do caos e do deserto; Néftis, esposa de Set e deusa da proteção; e Hórus, o antigo. 
Figura 2- Descrição da Enéade dos deuses egípcios.
Fonte:https://docs.google.com/presentation/d/1PA5TpjjNwNzelxFzgaeJP_0h20e6OA9R/edit#slide=id.p1 Acesso em: 17/06/2021
 A primeira geração de filhos de Rá eram Chu e Tefnut, eles dois geraram Geb e Nut que tiveram a terceira geração de deuses egípcios: Osíris, Ísis, Seth, Néftis e Hórus. 
Bibliografia:
JUNIOR, M.A.N. Mito egípcio da criação do mundo versão heliopolitana. Nearco. Rio de Janeiro, v.8, n.10, p.109-120, 2017.
LOBIANCO, Luís Eduardo. Antiga I (O Egito faraônico – política, cultura e religião), 2021.36 slides. Disponível em: https://docs.google.com/presentation/d/1PA5TpjjNwNzelxFzgaeJP_0h20e6OA9R/edit#slide=id.p1 Acesso em: 18/06/2021
O mito cosmogônico de Heliopólis. Museu Egípcio de Rosacruz, 2021. http://museuegipcioerosacruz.org.br/o-mito-cosmogonico-de-heliopolis/ Acesso em: 21/06/2021
SELEEM, Ramses. O livro dos mortos do antigo Egito. Madras, São Paulo; 2003.

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