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Estude Direito – Danielle Castro 
 
Relatório de leitura: Café Filosófico - Ética no cotidiano com 
Mario Sergio Cortella e Clovis de Barros, Instituto CPFL, 2014, 
52min 
 
 
 Antigamente, a ética era relacionada como uma fonte de conhecimento 
estudada por grandes filósofos, médicos, dentre outros especialistas do 
comportamento humano. Entretanto, atualmente, está no vocabulário do povo, 
sendo considerado “falta de ética” uma manifestação da “(...) indignação com o 
comportamento alheio” (CAFÉ FILOSÓFICO, 0:40 min) 
O vídeo Café Filosófico - Ética no cotidiano com Mario Sergio Cortella e 
Clovis de Barros (2014) retrata o conceito de ética e sua evolução ao longo da 
história da humanidade. Clóvis de Barros Filho diz ser esse conhecimento não 
universal e inacabado. Isso quer dizer que não existe nenhuma tabela pronta, 
elencando quais condutas são corretas ou não. Até porque, caso existisse, não 
teria qualquer aplicação, pois a ética está relacionada com liberdade de escolher 
a forma de convivência e isso é dinâmico, evoluindo com o passar do tempo. 
 “A ética parte de uma premissa: a nossa convivência pode ser 
diferente do que ela é e, portanto, a nossa convivência pode ser melhor 
do que ela é. A ética é a inteligência compartilhada a serviço do 
aperfeiçoamento da convivência”. (CAFÉ FILOSÓFICO, 1:55 min) 
 
 Diferentemente das formigas, que sempre possuíram os mesmos 
princípios a respeito de suas responsabilidades dentro do formigueiro, a ética na 
sociedade humana está em constante evolução, a fim de se aperfeiçoar e 
garantir uma convivência mais harmônica e equilibrada nos diversos 
relacionamentos interpessoais. 
 Essa busca pela sociedade ideal motiva o estudo da ética, cuja finalidade 
é entender como o comportamento de cada indivíduo, com seus princípios e 
valores éticos, influencia no todo. 
 Nesse sentido, a liberdade é fundamental para a ética humana, pois nós 
somos capazes de escolher nossos comportamentos, com base em princípios e 
Estude Direito – Danielle Castro 
 
valores aprendidos. Os homens nascem sem limitações, sem conhecimento e 
isso os torna tão diferentes. É o ambiente e a sua ética (liberdade de escolha), 
responsável por moldar todo seu comportamento dentro de uma sociedade. 
Por outro lado, os animais, seres irracionais, não são detentores de tal 
liberdade ética e já nascem com todas as informações necessárias para moldar 
seu comportamento. Por isso, não se pode avaliar o comportamento deles sob 
o aspecto da ética, pois muitas vezes, eles agem por instinto, sem possibilidade 
de escolher fazer aquilo. 
Diferentemente dos animais, a vida em sociedade não é capaz de 
influenciar nosso comportamento, impedindo nossa liberdade de escolha. Quem 
alega tal fato age de má-fé, pois o sistema social não tem poder contra nossos 
princípios éticos. Na verdade, até mesmo essa pessoa escolheu agir daquela 
forma, mesmo que contrarie seus valores. 
A liberdade, aparentemente um sentimento maravilhoso, pode trazer 
consigo uma angústia, diante da necessidade constante de escolher como 
vamos pautar cada comportamento pessoal, diante de situações com mais de 
uma alternativa possível. Dessa forma, Clóvis de Barros Filho diz que existe uma 
hierarquia de valores, a ser avaliada por casa pessoa na escolha de seus 
comportamentos. 
Além disso, cada escolha feita pelo indivíduo acarretam perdas e ganhos, 
trazendo grandes responsabilidades e preocupação para quem tem essas 
questões a decidir. Nesse sentido, “a ética é um exercício de escolha 
permanente” (CAFÉ FILOSÓFICO, 18:12 min). 
Portanto, a ética não traz as soluções prontas, mas sim uma possibilidade 
de tornar o homem livre. Todavia, essa liberdade não é gratuita e vem 
acompanhada de consequências, complexidades e sentimentos angustiantes. 
A ética é relativa, sendo que as escolhas individuais dependem de outras 
circunstâncias, como tempo, modo, lugar e época. Por outro lado, a ética não é 
relativista, pois não vale qualquer comportamento. A ética, aplicada a 
determinada circunstância, pode ser fundamental para entender a história dos 
países e mostra quais os valores predominantes naquela sociedade. 
Estude Direito – Danielle Castro 
 
Nessa linha de pensamento, conclui Mario Sergio Cortella não ser a ética 
individual, mas de um grupo que vive em determinado tempo e possui 
determinada cultura. Dessa forma, “a ocasião não faz o ladrão”, mas sim o 
ambiente ao qual o indivíduo foi criado pode ser reflexo das escolhas futuras 
dele, mesmo quando ilegais e imorais. 
Não existe ética universal e nem individual, ela é sempre de 
um grupo, de uma comunidade (...) A ética é uma inteligência coletiva 
que estabelece os princípios para a boa convivência de uma 
sociedade. Por isso, ética é uma questão de cada tempo, cada cultura. 
(CAFÉ FILOSÓFICO, 39:13 min). 
Sobre o caráter, para os entrevistados, é sim questão de escolha e a 
liberdade que o indivíduo tem de decidir os caminhos a se seguir, 
independentemente das consequências e seus reflexos a terceiros. 
Portanto, independente da nossa liberdade, é preciso pautar as escolhas 
em princípios éticos que coincidem com nossos valores e da sociedade ao qual 
estamos inseridos.

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