Eliane Fermam - Mapa Métodos e Estudos Bíblicos do Novo Testamento

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MAPA HISTÓRIA DE M.E.B.N.T.
	Acadêmico: Eliane do Nasc. Fermam dos Santos
	R.A. 20130815-5
	Curso: Bacharelado em Teologia
	 Disciplina: MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS NO NOVO TESTAMENTO
	Valor da atividade: 3,5
	Prazo: 
Analise o texto a seguir de acordo com a proposta do método sêmio-discursivo e elabore uma proposta de estudo bíblico que contemple: Contexto, Apresentação das Mensagens do texto, Aplicação. Embora no começo pareça difícil, fique tranquilo(a), pois, conforme você for estudando vai assimilando mais contextos históricos e teológicos de forma a construir uma base sólida de conhecimentos sobre a Bíblia. O que você vai fazer nesse mapa é muito parecido com os estudos bíblicos ministrados na igreja. Eles precisam ser elaborados em duas etapas: Primeiro, a Pesquisa, estudo e organização do material. Segundo a Apresentação, que procura descrever os resultados da sua pesquisa em forma de estudo. Nessa proposta do método vamos estudar um texto paulino, o que sugere pesquisas sobre Paulo, sua vida e contextos. A proposta é que você primeiro tente fazer o exercício seguindo método e depois de terminado, pode ler alguns comentários para consultar outras interpretações e relacionar com a sua. Também dei uma ajudinha quanto ao método, facilitando em duas etapas e sintetizando os passos.
2 Coríntios 3:6-18
Ele nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito  porque a letra mata o Espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito? 
Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para glória, ​muito mais é em glória o que permanece. Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido. E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então, o véu se tirará. Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.
Para te ajudar, apresentei o texto respeitando a poética, sublinhei elementos teológicos para pesquisa intertextual e dispus abaixo questões que sintetizam o método em duas etapas, Preliminar e Final. Leia com atenção e preencha cada fase.
1. Ler e identificar pistas de leitura contextual (locais, épocas, costumes).
Pesquisa: 
Paulo escreve a segunda carta aos Coríntios, autor incontestável, sendo essa epístola biográfica altamente pessoal, passou dezoito meses ministrando (Atos 18.11). Escrita na Região da Macedônia, (possivelmente em Filipos), aproximadamente no 51 d.C., A cidade de Corinto no tempo do Império Romano, foi Reconstruída por Júlio César em 44 a.C., tornou-se colônia romana e capital da província romana da Acaia. Tinha dois portos e era a cidade mais rica da Grécia – um centro cultural e artístico, havia uma ponte comercial entre o Oriente e o Ocidente. Sua economia baseava-se no comércio de navios para a guerra, na cerâmica e no turismo, era conhecida como centro turístico que atraia visitantes de várias regiões do Império, contribuindo para fazer da cidade um local cosmopolita e alta cultura. No aspecto religioso, havia diversidade de religiões e de culto, inclusive o culto ao imperador. Sendo conhecida pela sua idolatria e imoralidade.
Apresentação:  
Paulo escreveu uma carta severa aos coríntios, "em muita tribulação e angústia de coração" (2.4), a presença de mestres falsos em Coríntios (12.12; 13.3). Ao apresentar-se como “ministro de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito” (3.6) e ao fazer o contraste entre o Evangelho e o Judaísmo (3.6-18), Paulo deixa transparecer que eles pregavam as glórias da antiga aliança baseada na lei de Moisés como superior ao Evangelho de Paulo. Colocava em dúvida a condição de Paulo como apóstolo e sua autoridade como líder, outro problema que estava ocorrendo, era com judeus que havia se estabelecido as suas sinagogas, onde a Lei de Moisés era pregada todos os sábados (At 15.21), de um lado estavam cercados por uma idolatria, ligada com o politeísmo; e por outro uma orgulhosa e desdenhosa filosofia, que mantinha a "parede da separação" que existia entre judeus e gentios (Ef 2.14).
O ministério que trouxe a morte foi gravado com letras em pedras; mas esse ministério veio com tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos na face de Moisés, devido ao resplendor do seu rosto, Paulo contrasta a lei de Moisés com o evangelho da graça, mostrando a superioridade sobre a antiga aliança. Entretanto o ministério do Novo Testamento trata de vida por intermédio do Espírito Santo essa Nova Aliança através de Jesus Cristo, a qual somos justificados pela graça redentora. 
	A lei de Moisés
	O evangelho da graça
	Estava acompanhada de uma glória passageira (3.7-10a).
	Vem acompanhado de uma glória permanente (3.8, 9b).
	Era temporária (3.11a).
	É eterno (3.11b).
	Conduzia a morte (3.9a).
	Conduz a vida (3.8).
	Funcionou como o véu, restringindo a glória de Deus (3.13-14a).
	Funciona como um espelho, refletindo a glória de Deus (3.16-18).
   
2. Ler novamente, identificar gênero, percursos temáticos.
Pesquisa:  
Uma nova aliança, que perdoa os pecados por meio da morte de Cristo. (Jr 31:31-34); Mt 26:28), a letra mata, mas o Espírito vivifica. A letra porque resulta uma morte viva, sendo impossível ser salvo por cumprir a lei e resulta em morte espiritual, sendo incapaz de guardar a lei sentenciando a morte eterna (Rm 5:12); Gl 3:10). Somente Jesus Cristo, por meio da ação do Espirito Santo, pode produzir vida eterna.
Gênero: 
Gênero textual carta.
Percursos temáticos:  
A lei de Moisés x O evangelho da graça; a glória passageira x glória permanente, ministério da morte x ministério da justiça, ministério da condenação x ministério da reconciliação, manifestação da Glória do Senhor no Antigo Testamento e Novo Testamento.
Apresentação: Após a leitura do texto, considerei de suma importância destaca esses temas, devido a relevância do discurso de Paulo. 
A Glória do Senhor no Antigo Testamento brilhava transitoriamente, havia glória para o ministério do Antigo Testamento, a glória de Deus pairou sobre as pessoas no inverno, no templo e seus cerimoniais e o próprio ato de dar a Lei a Moisés, Paulo relata essa experiência quando declara que por causa da glória do seu rosto, os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, no Antigo Testamento a glória refletia na pessoa que esteve na presença do Deus. Contudo na Nova aliança, o Espírito de Deus, foi derramado sobre nós, atuando dentro de nós. Consideramos que se o ministério da condenação (da Lei) era glorioso, então o da Justiça será ainda mais glorioso, a glória do evangelho. Moisés colocava um véu no rosto, pois a glória refletida em seu rosto incomodava os pecadores, então era colocado o véu para que não vissem a face do intermediador da Lei. Significa dizer que eles pela lição do Antigo Testamento não poderiam conhecer o intermediador da Antiga Aliança, quanto mais o Criador. A mensagem é passada conduzindo o pecador ao intermediador da Nova Aliança (Jesus), o véu se levanta em seus corações, de modo que eles não podem chegar ao pleno conhecimento do Senhor, Moisés escreveu a Lei do Senhor em pedras, enquanto na Nova Aliança,Deus escreveu no coração do homem, a “Letra” escrita na pedra pode ser segurada com as mãos, porém não pode transformar a sua vida, todavia, o Espírito do Senhor usa a palavra que pode tornar os cristãos iguais a Jesus. O novo pacto se baseia na ação do “Espírito Santo”, no interior do homem (3:1-11). 
​Fase Final: Análise e aplicação
2. Analisar o texto em diferentes pontos de vista:
Pesquisa: O tempo fora do tempo se contrapõe ao tempo no tempo servindo como modelo para o tempo e como contraste entre a existência divina e a existência criada. Os pontos de contrastes entre o Antigo e o Novo Testamento (v. 7,9,11); O ministério da justiça; O véu de Moisés escondeu o que se desvanecia (3.12,13); os apóstolos falaram com ousadia, sem esconder a esperança (3.12); A letra do Antigo Testamento condena (3.7,9) e somos transformados no Espirito no Novo Testamento (3.8).
Personagens: Senhor (vs.6); Cristo (vs.14); Espírito do Senhor (vs.18); Filhos de Israel (vs.7); Ministros (vs.6); Moisés (vs.13).
Ações: Capazes; aboliu; reflete a Glória do Senhor; não puderam olhar; ser capacitados; pôs um véu na face.
Quem/Por quem: Os crentes; Velho testamento; nos crentes; Moisés; Senhor; Diante dos filhos de Israel.
Para que/Por que: Ministros de um Novo Testamento; Levantar o véu; Sejam transformados; Glória de Deus; Não conseguiam olhar com firmeza; 
Apresentação: Há um contraste semelhante entre os templos das duas alianças, a habitação do Senhor foi representada por uma estrutura física no antigo Testamento, era também conhecida como "a Casa de Deus" (2 Cro 7.6). No Novo Testamento a habitação do Senhor é espiritual, que o Espírito de Deus – O Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade. Isso é provado conclusivamente por 1 Coríntios 6:19, onde ele é chamado de “o Espírito Santo” e habita em você – como anteriormente Deus habitava no tabernáculo e depois no templo, então Seu Espirito habita entre os cristãos.
Teologia: Análise do discurso, leitura intertextual.
Pesquisa: 
O período de Paulo em Corinto, é relatado no livro de Atos, capítulo 18, e relata a glória crescente do ministério do Espírito – que é diferente do ministério da lei, pois a letra mata e o Espírito vivifica, o ministério de Moisés é lei; condena e não justifica (Romanos 3.20). A lei é santa, boa, justa, mas não salva. A lei mostra o pecado, mas não o tira. A glória da nova aliança é maior que a glória da antiga. A carta retrata o Espírito Santo com Deus (3:17-18).
Apresentação: 
Paulo foi escolhido por Deus para ser exercer seu ministério como ministro da nova aliança, assim como Moisés foi escolhido para ser o profeta da antiga aliança. Paulo sabia da superioridade da nova aliança. Uma nova aliança, que perdoa os pecados por meio da morte de Cristo (Hb 8:7-12).
“O ministério do Espírito” é descrito por Paulo para a nova aliança (Mt 26:28), a lei sob o ministério que trouxe a morte, quanto mais glorioso será o ministério do Espírito na nova aliança, que traz justiça. A lei tinha uma glória, porém não era a solução final para situação dos pecadores, porém a nova aliança é a glória insuperável que permanece, é a consumação do plano da salvação de Deus.
Sócio-cultural e psicológica: Impacto social e pessoal.
Pesquisa: 
Corinto era uma cidade cosmopolita, era uma cidade composta por pessoas de várias origens culturais; incluía gregos, judeus, orientais, romanos e árabes, e fizeram do latim a língua oficial, o grego era a língua comum. Paulo, declara que a sua confiança é fundamentada em Cristo (II Coríntios 3.4-6), ele pregou a nova aliança sem medo, sem qualquer hesitação. Devemos remover o véu da ignorância um coração endurecido (Jo 5.38). Os israelitas não alcançaram a glória da antiga aliança por causa de sua incredulidade.
Apresentação: 
A cultura mediterrânea da honra se assemelha à cultura do espetáculo no século XXI, pois a imagem da pessoa contava até mais do que os fatos e a realidade de sua vida econômica, por exemplo. O valor da pessoa no mundo romano era medido em função do reconhecimento público de suas realizações a favor da cidade, na análise da dimensão sociocultural da ação, a perícope, “emocional” ou “, (a glória como o orgulho pessoal), o apóstolo expõe uma nova proposta no entendimento e vivência nas relações sociais, que deveriam passar pelo ato da renúncia ao status; constituindo uma comunidade igualitária.
Paulo proclamou o evangelho na sinagoga para os judeus e gentios tementes a Deus. Depois de ser rejeitado pela maioria dos judeus, ele usou uma frase tipicamente judaica, “Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue! Eu dele estou limpo e, desde agora, vou para os gentios” (v. 6), A presença de Deus não depende da nação em que nascemos. Depende da nossa decisão de servir a Jesus. Ele disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (João 14:23). O que o povo teve de fazer para ter o véu da incompreensão removido? “Ao voltarmos nosso coração ao Senhor, teremos o Espírito, que gradualmente nos ajudará a tornar-nos mais semelhantes a Deus”.
Aplicação: Proposta Missional.
Pesquisa:
Em II Coríntios 3. 7-18 vemos que viver na nova aliança é viver em ousadia, pois confia em Deus e não em si mesmo. E viver na antiga aliança é viver de forma cega. O objetivo final do cristão é ser como Cristo (Rm 8:29; Fp 3:12-14), com glória cada vez maior, enquanto olham para a glória do Senhor, somos continuamente transformados, o reino de Deus se estende a humanidade.
Apresentação:
O Espírito Santo nos revela progressivamente as coisas do Senhor, levando o homem ao genuíno arrependimento, o Espirito Santo nos Santifica, o véu permanece somente até a pessoa se converter a Cristo, assim que o véu é tirado, o Senhor é Espirito e onde está o Espirito do Senhor, há liberdade da morte, do pecado. Paulo relatou que o crente é habitado pelo "Espirito", pelo "Espirito de Deus". Os crentes estão sendo restaurados a uma semelhança cada vez maior a imagem de Deus, pois o Espírito convence o homem do seu estado; leva o homem ao arrependimento. Pois onde há o Espírito, há libertação. Devemos proclamar o evangelho da graça e não religião, legalismo, moralismo; que só ensinam cumprir a lei. A justificação é pela graça. Segundo Pr. Hernandes Dias Lopes diz: “Na nova aliança a força para uma vida vitoriosa não vem da terra, mas do céu; não vem de dentro, mas do alto; não vem do homem, mas de Deus”. 
Bibliografia
Haynes, Gary. Bíblia de Estudo Dake. Prefacio ed. brasileira: Atos Editora, 1987.
Macarthur, John. Uma Vida Fiel, tudo sobre Paulo, de Atos às suas cartas. 1 ed. Rio de Janeiro: Vida Melhor Editora S.A, 2021.
Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Wiesrbe Novo Testamento. 1 ed. Rio de Janeiro: Geográfica Editora Ltda, 2009.
Willmington, Harold L. A Bíblia em Esboços. 1 ed. São Paulo: Editora Hagnos, 2002.
Zabatiero, Júlio Paulo Tavares Mantovani. Métodos de Estudos Bíblicos no Novo Testamento. Maringá-Pr: Unicesumar, 2017.
https://estiloadoracao.com/historia-do-apostolo-paulo/ - Acesso 03/12/2021.
http://ipbtabuazeiro.com.br/wp-content/uploads/2017/02/33-2.pdf - Acesso 03/12/2021 às 14:32.
http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/216/1/Danielle%20Lucy%20Bosio%20Frederico.pdf - Acesso 15/12/2021 às 23:16.
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Bons estudos!