Prévia do material em texto
Configuração e Estrutura dos Monossacarídeos Os carboidratos (ou glicídios, açúcares, hidratos de carbono) quimicamente são polihidroxialdeídos, polihidroxicetonas, polihidroxiálcoois, polihidroxiácidos, derivados e polímeros, constituindo um grupo amplo e importante, de grande ocorrência na natureza, tendo função energética (reserva energética de animais e plantas, constituindo também a base da alimentação humana, em termos de calorias) e estrutural (tecidos de sustentação vegetal, carapaças, cartilagens), sendo também componentes de importantes matérias-primas da agroindústria e da indústria biotecnológica. Carboidratos - definição Os carboidratos classificam-se em : Monossacarídeos: são os mais simples, não podendo ser hidrolisados a açúcares mais simples; Oligossacarídeos: são formados por até 10 unidades de monossacarídeos unidas entre si por ligações denominadas glicosídicas; justamente esta ligação é que poderá ser hidrolisada, resultando, é claro, em açúcares mais simples; Polissacarídeos: são carboidratos de alta massa molar, formados por mais de 10 unidades de monossacarídeos. Carboidratos - definição Os carboidratos classificam-se em : Monossacarídeos: Oligossacarídeos: Polissacarídeos: Carboidratos - definição Os monossacarídeos dividem-se em aldoses (polihidroxialdeídos) subdivididos em trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses*, e cetoses (polihidroxicetonas), subdivididos em triuloses, tetruloses, pentuloses, hexuloses, etc; sendo os monossacarídeos de 5 e 6 átomos de carbono os mais comuns e abundantes. Há ainda dialdoses (2 grupos aldeídos), osuloses (1 grupo aldeído e 1 grupo cetona) e diuloses (2 grupos cetona). A aldose mais simples, o gliceraldeído, apresenta três átomos de carbono, cujas possíveis estruturas são representadas a seguir. * Há poucas heptoses na natureza, entre as quais D-altroheptulose, manoheptulose e L-glicero-D-mano-heptose. Configuração e estrutura D(+) e L(-) gliceraldeído Monossacarídeos mais simples Configuração e estrutura Relações estereoquímicas das D-aldoses contendo três, quatro, cinco e seis átomos de carbono Configuração e estrutura Enantiômeros (imagens especulares um do outro) Diastereoisômeros (neste caso, em particular, epímeros) Configuração e estrutura D(+)-glicose L(-)-glicose D(+)-glicose D(+)-galactose Fórmulas de projeção de Fischer para D–glicose (esquerda) e D-frutose (direita) Configuração e estrutura Formação da ligação hemiacetálica Configuração e estrutura Configuração e estrutura Formas piranosídica e furanosídica da a-D-glicose Configuração e estrutura Configuração e estrutura Mutarrotação da glicose Configuração e estrutura Conformação em cadeira (esquerda) e barco (direita) Axial: perpendicular ao plano imaginário que contém o anel Equatorial: paralelo ao plano imaginário que contém o anel Configuração e estrutura Formação da ligação hemiacetálica, resultando na a-D-frutofuranose Configuração e estrutura Configuração e estrutura Nome Ocorrência L-arabinose Gomas de plantas, hemiceluloses, pectinas D-lixose Ácidos nucleicos de leveduras D-ribose Ácido ribonucleico D-xilose Xilanas, hemiceluloses, gomas de plantas D-galactose Amplamente distribuída em oligossacarídeos e polissacarídeos D-glicose Amplamente distribuída em animais e plantas D-manose Amplamente distribuída em polissacarídeos D-frutose Plantas (frutas) e mel D-psicose Resíduos de melaço fermentado Fonte: Adaptado de Belitz et al. (2009) Configuração e estrutura