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PUNÇÃO VENOSA CENTRAL, PVC E DRENO DE TÓRAX E N C ON TRO 9 Prof. Ms. Cremilda Maria Corrêa 2021 - 2 1. Quais cuidados de enfermagem devem ser prestados a um com paciente com PVC? 2. Como realizar a verificação da PVC? 3. Quais cuidados de enfermagem devem ser prestados a um com paciente com DT? ❖ Pacientes criticamente doentes precisam de avaliação continua do seu sistema cardiovascular para diagnosticar e tratar suas condições clínicas complexas ❖ Isso é feito por meio de um sistema de monitoração de pressões conhecido como monitoração hemodinâmica, sendo uma delas a Pressão Venosa Central Punção Venosa Central ❖ O cateter tem sua ponta localizada em uma veia de grosso calibre, como veia jugular, subclávia, axilar ou femoral, Cateter Venoso Central ❖ Pode ser em uma veia braquial e se instalar um cateter central de inserção periférica. ❖ A punção venosa pode ser realizada de três formas: veia jugular interna (VJI), veia subclávia (VSC) e veia femoral, sendo o acesso jugular direito o mais indicado. 2 – Classificação dos Acessos Venosos ▪ Central ▪ Central de Inserção Periférica ▪ Periférico ▪ Arterial ▪ Venoso ▪ Intraóssea ▪ Implantado ▪ Semi implantado Via de Acesso Local do Acesso Técnica de Implantação Central - cateter é inserido percutaneamente em veias centrais: jugular interna, femoral ou subclávia. É o tipo de cateterização central mais utilizada . (Médico) Cateter Central de Inserção Periférica – PICC - é inserido em um vaso periférico veia cefálica ou basílica em membros superiores e vai ate a veia cava. ( Enfermeiro, médico) Punção Venosa Central Prática importante em pacientes politraumatizados traumatizados, em casos de emergências cirúrgicas e em pacientes críticos. ▪ Não haver possibilidade de veia periférica. ▪ Necessidade de monitorização hemodinâmica. ▪ Necessidade de administração de solução hipertônica ou irritante por (nutrição parenteral total (NPT). ▪ Necessidade de suporte para rápida infusão de fluidos, em ▪ casos de ressuscitação. ▪ Em casos de hemodiálise. Punção Venosa Central ❖ Passado o cateter central é feito RX de tórax para certificar-se que o cateter esteja bem posicionado e não esteja dentro do átrio direito ❖ Finalidade medicar, infundir grandes volumes, colher sangue ou verificar a pressão venosa central Punção Venosa Central Pressão Venosa Central (PVC) ou pressão do átrio direito refere-se à pré-carga do ventrículo direito, isto é, à capacidade de enchimento do ventrículo direito ao término da diástole. É uma medida que se determina pela interação entre o volume intravascular, função do ventrículo direito, tônus vasomotor e pressão intratorácica. Pressão Venosa Central (PVC) ❖ A PVC reflete a pressão do enchimento do ventrículo direito (pré-carga) Pressão Venosa Central - PVC ❖ Pressão Lado Direito do Coração < Lado Esquerdo Pré-carga do VD Enchimento do VD no final da diástole Capacidade Pressão Venosa Central Pressão do Átrio Direito Pressão Venosa Central - PVC ❖ Finalidade ▪ Avaliar a função ventricular direita ▪ Retorno venoso para o lado direito do coração ▪ Parâmetro hemodinâmico útil para observar quando se controla o estado do volume de líquidos de um paciente instável ❖ A monitoração da PVC é mais valiosa quando as pressões monitoradas com o passar do tempo são correlacionadas com o estado clínico do paciente Para a mensuração da PVC, é necessário o posicionamento de um cateter em veia central (veia cava superior), comumente utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia ou veia jugular interna. Pode ser cateter monolumen Pressão Venosa Central - PVC Subclávia Jugular Os valores normais da PVC são: ▪ Segundo Brunner e Suddarth, 2016 , o valor normal de uma PVC é de 4 a 12 mmHg ou cm H2O ▪ Algumas literaturas consideram de 6 a 10 quando em cm H2O 1 - Método da coluna de água, bastante utilizado, 2 - Método de transdutor eletrônico sofisticado, simples e baixo custo. Pressão Venosa Central - PVC ❖ Dois métodos de aferição da PVC Manômetro de água (Forma intermitente) Transdutor eletrônico (continuamente) 1 - Método de coluna d’água Mensuração de Pressão Venosa Central - PVC Material 1 Suporte de soro 1 Equipo apropriado de monitorização de PVC ( acompanha fita métrica) 1 Soro fisiológico 0,9% de 100 ml ou 250 ml. Luva de procedimento Fita adesiva. Régua de nível (Carpernter) Caneta Bandeja contendo: ✓ Paciente em decúbito dorsal horizontal (deitar a cama do paciente de maneira reta). Caso haja restrição, manter o decúbito do paciente e realizar da mesma maneira. ✓ Localizar o cruzamento que existe entre a linha axilar média (LAM) e o 4° espaço intercostal. ✓ Com a régua, delimitar a chamada “linha zero” de referência, marcando no suporte de soro a altura que foi encontrada. 1 - Método de coluna d’água Técnica de mensuração Pressão Venosa Central - PVC ▪ Lavar as mãos, reunir todo o material e levar próximo ao paciente. ▪ Abrir o equipo e conectar com a solução fisiológica, retirando o ar do equipo por completo, nas duas vias. ▪ Colocar o suporte ao lado do leito e nele pendurar o soro ▪ Encontrar o zero de referência. De que maneira? ▪ Após encontrar o zero de referência, fixar a fita graduada, que vem na embalagem do equipo, começando no número 0, ao nível da cama e marcar na fita o zero de referencia encontrado, fixar as duas vias do equipo, o número 0 no local(Y) onde o equipo se divide em dois (duas vias). Pressão Venosa Central - PVC ▪ Conectar o equipo no acesso central do paciente mantendo a roldana do equipo fechada e a via curta fica fixada junto à fita graduada. ▪ Fechar as soluções e deixar aberta a torneirinha apenas para PVC. Abrir o equipo para preencher a via da coluna graduada com a solução fisiológica. ▪ Fechar a roldana do frasco de soro deixando aberta apenas a via do paciente para que desça a solução da coluna graduada, observando até que entre em equilíbrio com a pressão venosa central. Técnica de mensuração coluna d’água, cont. Pressão Venosa Central - PVC ▪ Anotar este valor. ▪ Diminuir o valor encontrado do valor do “zero” de referência. ▪ Este, portanto, é o valor da PVC. ▪ Lavar as mãos após o procedimento. ▪ Deixar o ambiente em ordem, guardando os materiais. ▪ Fazer as anotações do procedimento na prescrição do paciente. Técnica de mensuração coluna d’água, cont. 2 - PVC medida pelo transdutor eletrônico ▪ Kit para monitoração com transdutor de pressão ▪ Suporte para monitoração de pressão ▪ Bolsa pressurizadora ▪ Soro Fisiológico 0,9% – 250 ml ▪ Heparina sódica 5.000/ml – 0,25 ml ▪ Nível de Carpenter – régua ▪ Monitor com entrada de pressão invasiva Materiais necessários Pressão Venosa Central - PVC ▪ Conecta-se o cateter intravenoso a um transdutor eletrônico de pressão posicionado ao nível do ponto zero de referência. ▪ A onda de pressão é captada pelo diafragma do transdutor, que transforma o impulso mecânico em elétrico, o qual é amplificado por um monitor eletrônico (programado para o registro das curvas) e representado na tela do equipamento conforme Jevon & Ewens, em forma de ondas: ▪ Paciente em decúbito dorsal horizontal, com os braços ao longo do corpo (posição anatômica), retire os travesseiros e deixe a cama reta ▪ Obtenha o ponto zero do manômetro ao nível do quarto espaço intercostal, que corresponde a linha axilar média (LAM). Pressão Venosa Central - PVC 2 - PVC medida pelo transdutor eletrônico Procedimento ▪ A literatura nacional e internacional considera a LAM como referência anatômica padrão ouro para definir o zero ▪ Faça todas as leituras com o paciente colocado na mesma posição e o ponto zero calculado da mesma maneira. Mantenha o sistema permeável ▪ Durante a mensuração, a coluna líquida corre livremente e é possível ver uma leve flutuação. ▪ Essa flutuação segue opadrão respiratório do paciente: cai na inspiração e se eleva na expiração, devido a alterações na pressão intrapulmonar. ▪ Quando o paciente está em uso de respirador será observada uma leitura falsamente elevada Pressão Venosa Central - PVC Procedimento 2 - PVC medida pelo transdutor eletrônico ❖ A maneira correta de realizar esta verificação é encontrar o “zero” todas as vezes em que se for realizar as medidas ▪ Preparar o material necessário que será utilizado. ▪ Auxiliar o médico no procedimento de cateterização venosa, oferecendo o material necessário. ▪ Realizar a zeragem, alinhado à linha média axilar. ▪ Realizar a anotação de enfermagem no prontuário do paciente, de modo que descreva o número de punções realizadas e o material utilizado. ▪ Estar atento à desconexão do sistema. ▪ Atentar-se à possibilidade de sangramento na inserção do cateter e infecção do sítio de punção. ▪ Manter curativo estéril. Cuidados de Enfermagem ▪ Realizar a troca do equipo com transdutor de pressão a cada 72 horas. ▪ Para verificação da PVC, interromper o fluxo de outras soluções e, depois, retornar normalmente. ▪ Realizar a troca da solução de soro fisiológico a cada 24 horas e sempre identificar o soro e o equipo. ▪ Na retirada do cateter: Cuidados de Enfermagem ✓ Utilizar lâmina de bisturi ou kit de retirada de pontos, ✓ Retirar o ponto com uso de luva de procedimento, ✓ Usar solução antisséptica, tracionando o cateter lentamente, evitando lesão íntima do vaso. Realizar a compressão do local da inserção do cateter com gaze dobrada por 5 minutos. ▪ Atentar-se aos valores da PVC, pois quando estão baixos podem indicar hipovolemia, por exemplo. ▪ No caso de estar com o valor alto, classificamos, então, como hipervolemia ou disfunção do coração. ▪ Registrar a cada 24 horas o controle de balanço hídrico e o volume infundido nas aferições. ▪ Atentar-se aos cuidados com o cateter, realizando sempre a troca de curativo e observando sinais flogísticos e a permeabilidade do cateter. Cuidados de Enfermagem ❑ Acesso Venoso Periférico Técnica em que uma veia é puncionada transcutaneamente por uma agulha afiada (com asa de borboleta); uma cânula (angiocateter que contem um cateter flexível de plástico) ou por uma agulha ligada a uma seringa. ❖ Acesso Venoso ou Intravenoso É a situação em que um dispositivo venoso/cateter encontra-se em uma veia/vaso ❖ Punção Venosa Periférico - cateter é inserido dentro de um vaso periférico, superficial. ( Enfermeiro, técnico ou auxiliar) Arterial – colocado em uma artéria - geralmente utilizado para monitorar estado hemodinâmico do paciente e análise gasométrica . - Pressão arterial invasiva - Pressão arterial média Classificação dos Acessos Indicações do acesso venoso ▪ Via rápida e segura para administrar medicamentos ou soluções diretamente no sistema circulatório do paciente ▪ Obter resultado de drogas de efeitos diversos e de resposta rápida ▪ Situações de emergência com necessidade de infusão de grandes volumes ▪ Impossibilidade de utilização da via oral Anatomia da Rede Venosa Periférica Principais opções de escolha Mais visível Mais palpável Mais calibrosa Fora de articulação - Visualização permite maior segurança na punção - Permite perceber a consistência da veia (bailarina) - Permite maior segurança na infusão das droga - Previne flebite química - Permite manter o fluxo contínuo sem obstrução. - Possibilita infusão em tempo certo http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjGtpKT6PrgAhUOE7kGHUuJBHEQjRx6BAgBEAU&url=http://rotinasdeenfermagem.blogspot.com/&psig=AOvVaw2iRJ9HiXk5o5-OGpra-Q0X&ust=1552418580140158 https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwixm4LJ6PrgAhUbH7kGHenWAdQQjRx6BAgBEAU&url=https://de.depositphotos.com/102541248/stock-photo-veins-on-an-arm.html&psig=AOvVaw0-MnVnzAhwELYImfuKdBXH&ust=1552418717165457 Tipos de Dispositivo Venoso Periférico Cateter Periférico Agulhado Cateter sobre agulha com dispositivo de segurança (Flexíveis simples) com extensor sem extensor Flexíveis tipo scalp Tipos de Dispositivo Venoso Periférico Procedimento técnico realizado pelo médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem, quando há necessidade de inserir um cateter na rede venosa de um paciente Técnica de Punção Venosa Periférica e materiais necessários ▪ Seleção do dispositivo para venopunção ▪ Escolha do local de inserção dependendo do tipo de solução a ser utilizada, frequência e duração da infusão ▪ Localização de veias acessíveis ▪ Idade e estado do cliente ▪ Sempre que possível, levar em consideração a preferência do cliente Passo a Passo da Técnica de Punção Venosa Periférica Antes da Punção • Verificar a necessidade de punção e a indicação • Lavar as mãos • Preparar a bandeja com todo o material necessário Passo a Passo da Técnica de Punção Venosa Periférica ▪ Lave as mãos, prepare o material e leve próximo ao paciente ▪ Se apresente, confira a identificação do paciente ▪ Oriente o paciente e o acompanhante sobre o procedimento ▪ Observe a rede venosa e escolha a melhor opção ▪ Escolha o dispositivo e corte a fita de fixação ▪ Calce as luvas, coloque o garrote 2,5 cm acima do local de punção ▪ Realize a antissepsia em sentido único ▪ Segure o membro a ser puncionado com a mão não dominante tracionando a pele ▪ Com a mão dominante introduza o cateter com bisel para cima, numa angulação entre 15 e 30 graus Passo a Passo da Técnica de Punção Venosa Periférica ▪ Introduza o cateter lentamente ▪ Mantenha o cateter no local com a mão não dominante e solte o garrote com a mão dominante ▪ Adapte o conector e fixe o cateter com a fita e identifique o acesso ▪ Oriente a não manusear o cateter ▪ Deixe o paciente confortável Passo a Passo da Técnica de Punção Venosa Periférica Pós execução • Retire a bandeja com o material utilizado • Despreze o material utilizado no expurgo • Higienize a bandeja • Lave as mãos • Realize a anotação em prontuário - hora da punção - local da punção - nº de tentativas - calibre do dispositivo - se houve alguma intercorrência Passo a Passo da Técnica de Punção Venosa Periférica 1 – Oriente paciente e acompanhante a não manipular o cateter e conexões e a sempre chamar a equipe de enfermagem 2 – Identifique todos os cateteres 3 – Higienize sempre as mãos antes de manipular os sistemas de infusão 4 – Faça desinfecção das conexões dos cateteres com gaze e solução alcoólica antes de desconectar os sistemas 5 – Antes de desconectar ou reconectar as conexões verifique todos os dispositivos da inserção ate a conexão 6 - Posicione as extensões dos cateteres em direções diferentes em presença de dispositivo sistema venoso e sistema enteral Cuidados de Enfermagem na manutenção segura do cateter 7 – Realize verificação do sistema venoso a cada plantão, avaliando: - integridade da pele, - posicionamento do cateter, - permeabilidade da veia, - presença de hiperemia, dor ou edema no local da punção - fixação adequada 8 – Troque o acesso venoso periférico a cada 72 horas 9 – Em caso de necessidade troque o curativo do acesso, porém mantenha a data da punção 10 – Proteja o acesso com plástico na hora do banho 11 – Passe plantão entre turnos e unidade com checagem dos dispositivos e conexões Cuidados de Enfermagem na manutenção segura do cateter ➢ Drenagem de tórax (DT) Tem a finalidade de restabelecer as pressões negativas drenando líquidos ou ar, Pode ser utilizado também para administração de medicação, tratamento de empiema (pus na cavidade) ou pleurodese (realizado para obliteração artificial do espaço pleural). Dreno de tórax é um tubo inserido no tórax do paciente a fim de realizar a drenagem de certos tipos de gases (pneumotórax) ou secreções(derrame pleural), ou pode ser colocado em pós-operatório de uma cirurgia torácica ou cardíaca ou para resolver algum tipo de traumatismo ou pneumotórax. ▪ Pneumotórax ▪ Hemotórax ▪ Derrame pleural ▪ Drenagem profilática ❖ Indicação Casos de emergência, como: ❖ Antes de se realizar o procedimento, deve ser feita a escolha do tubo, que pode ser de silicone ou PVC (tipo de plástico), possui material radiopaco próximo à porção do óstio de drenagem. ❖ O calibre é escolhido conforme o material que será drenado: quanto mais viscoso, mais largo o tubo deve ser. ➢ Drenagem de tórax (DT) ❖ O sistema de drenagem é composto por: dreno de tórax, conexões intermédias e extensões e um frasco (um exemplo: com selo d’água para pneumotórax). ❖ O dreno é inserido depois de uma adequada assepsia e antissepsia da pele no local e anestesia local com lidocaína. ❖ O posicionamento do dreno é baseado na densidade e peso do ar e dos líquidos. ❖ Para a remoção do ar insere-se o dreno próximo ao segundo espaço intercostal paralelo à linha hemiclavicular; ❖ Para a remoção de líquido, a inserção deve ser próxima ao quinto ou sexto espaço intercostal, localizado na linha hemiaxilar, com auxílio do cateter venoso n° 14. ➢ Drenagem de tórax (DT) ❖ A drenagem de tórax exige cuidados diários da equipe: ▪ Realização de curativo ▪ Uma precisa fixação ▪ Rigorosa observação das conexões extensões, ▪ Vigília do nível líquido no selo d’água, ▪ Controle de drenagem e localização do dreno ➢ Drenagem de tórax (DT) Técnica de Inserção do Dreno de tórax- (Médico) ❑ O dreno deve reduzir o desconforto do paciente e ser introduzido de maneira correta. ❑ Aplica-se a anestesia local na pele, periósteo das costelas superior e inferior e o feixe vásculo nervoso localizado na borda inferior do arco intercostal. ❑ Faz-se uma incisão de 2 cm a 3 cm transversal, paralela à costela, tracionando a pele antes, o que favorece a orientação do dreno no sentido do ápice da cavidade do tórax ❑ Deve-se determinar quanto do dreno será introduzido no espaço pleural, medindo externamente a linha clavicular até o limite da incisão onde será introduzido o dreno ❑ O seu posicionamento correto pode ser constatado 2 cm radiografias de tórax, frente e perfil. ➢ Drenagem de tórax (DT) ❑ Para sua fixação na parede do tórax, a incisão é fechada com um ponto em “U”, circulando o dreno. ❑ Um nó, apenas um, é dado na borda superior da pele, onde o fio trança o dreno, semelhante a um cadarço de sapato. ❑ Um outro fio é atado no dreno de maneira transversal sobre o fio trançado, de maneira longitudinal. ❑ Pode-se auxiliar na fixação à pele fitas adesivas, mas nunca acima dos fios de sutura. ❑ Isto permite que ocorra o fechamento do orifício quando o dreno for retirado, utilizando assim os próprios fios. Técnica de Inserção do Dreno de Tórax- (Médico) cont. ➢ Drenagem de tórax (DT) PACIENTE Sistema de drenagem Sistema de drenagem ❖ Os frascos utilizados têm capacidade de até a 5 litros, podendo ser usados até 3 frascos para um sistema de drenagem sob aspiração. ❖ O mais utilizado é o sistema simples de drenagem por um único frasco, chamado sistema de selo d’água Cuidados de Enfermagem ❖ Embora a responsabilidade de inserção do dreno seja do médico, muitos aspectos relacionados aos cuidados são de responsabilidade da equipe de enfermagem. ▪ Transporte do paciente: deve ser feito sem pinçar o sistema, mantendo abaixo do ponto de inserção. ▪ Controle de oscilação e drenagem: atentar-se ao funcionamento do dreno e volume e aspecto do material que está sendo drenado. ▪ Curativo: o tipo de cobertura e a frequência de troca deve ser estipulada em protocolo da instituição (colocar gaze entre o dreno e a pele e sobre o dreno) ✓ Água destilada estéril 500 ml ou 1000 ml. ✓ Frasco graduado para desprezar as secreções. ✓ Óculos de proteção. ✓ Pinça de ordenha. ✓ Luvas de procedimento. Material Cuidados de Enfermagem com o Sistema de Drenagem – Troca de Selo D’água ▪ Preparar o material levar próximo ao paciente e orientá-lo o sobre o procedimento. ▪ Lavar as mãos. ▪ Calçar luvas de procedimento e EPI. ▪ Clampear o dreno com o clamp da extensão do dreno e com a pinça de ordenha, para não ocorrer risco de entrada de ar. ▪ Desrrosquear a tampa do frasco. ▪ Desprezar o conteúdo em recipiente próprio para desprezar secreções. ▪ Encher o frasco com água destilada estéril at´e o nível. ▪ Rosquear a tampas do frasco do dreno. ▪ Desclampear e retirar a pinça de ordenha. ▪ Marcar o nível original de líquidos com uma fita adesiva na parte externa do frasco de drenagem, marcando também a data e o horário. ▪ Lavar as mãos, organizar o local e realizar as anotações na prescrição do paciente Cuidados de Enfermagem na Troca do Sistema de Drenagem ❑ Ordenhar o dreno em tempo determinado, conforme avaliação do enfermeiro: de uma em uma hora ou de duas em duas horas. ❑ Observar oscilação do dreno ❑ Abrir um frasco de drenagem com técnica estéril ❑ Calçar luva estéril e desrrosquear a tampa do frasco ❑ Colocar nele água destilada estéril (com auxilio) suficiente para imergir a ponta interna + 2 cm e rosquear de novo a tampa do frasco ❑ Com auxilio da pinça, gaze e solução antisséptica fazer antissepsia de toda extensão externa do dreno, conexão e parte proximal da extensão do coletor ❑ Pinçar o dreno Cuidados de Enfermagem na Troca do Sistema de Drenagem ❑ Com a mão não dominante, segurar firmemente o dreno rente ao corpo do paciente e com a mão dominante desconectar a extensão ❑ Conectar a extensão do novo frasco, despinçar o dreno e observar a oscilação ❑ Retirar o curativo e observar os pontos, presença de sinais flogísticos, ou enfisema subcutâneo. ❑ Realizar o novo curativo conforme a técnica mantendo-o oclusivo. ❑ Observar o paciente quanto à FR, padrão respiratório, sat O2. ❑ Observar a oscilação do dreno e o controle do RX de tórax. Retirada do Dreno de Tórax ❖ É feita pelo médico. A equipe de enfermagem auxilia (COREN-SP, 2011) ❖ Após a drenagem ser feita, este dreno deve ser retirado de acordo com a conduta médica (retirada é feita pelo médico). ❖ Em casos onde houve pneumotórax ou hemotórax, o dreno deve ser clampeado por 12 horas e avaliado pelo médico ❖ Antes de ser retirado o dreno, é importante que o médico solicite um raio x para se certificar da total expansão dos pulmões. ❖ Após retirado o dreno realizar curativo no local, identificar data, hora e autoria e mantê-lo oclusivo por 48 H ❖ Anotar no prontuário do paciente, o horário da retirada pelo médico e a realização do curativo Retirada do Dreno de Tórax ▪ Luvas estéril. ▪ Pinça de ordenha. ▪ Kit curativo (Pinça dente de rato, Pinça kelly e Pinça anatômica ▪ Solução antisséptica alcoólica ( Clorexidina 0,5%) ▪ Lâmina de bisturi. ▪ Gaze e micropore Material para o médico fazer a retirada