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SISTEMA DE ENSINO
GRAMÁTICA
Sintaxe de Regência
Livro Eletrônico
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Sumário
Sintaxe de Regência ....................................................................................................................... 3
Regência Nominal ........................................................................................................................... 8
Regência Verbal .............................................................................................................................20
Transitividade Verbal ...................................................................................................................20
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 54
Questões Comentadas em Aula ................................................................................................. 55
Gabarito ...........................................................................................................................................83
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
SINTAXE DE REGÊNCIA
Em SINTAXE DE REGÊNCIA, estudaremos as relações de subordinação ou dependência 
entre os elementos da oração.
Há sempre, nas orações, elementos regentes e elementos regidos. Chamamos de regen-
tes aos termos que pedem complemento e de regidos aos que complementam o sentido dos 
primeiros.
Em palavras mais simples: regência significa “uso ou não de preposição”.
Veremos casos em que determinada palavra (substantivo, adjetivo, advérbio ou verbo) exi-
ge determinada preposição ou tem o seu sentido modificado em virtude do emprego de al-
guma delas.
REGÊNCIA NOMINAL – estuda a relação entre um substantivo, um adjetivo ou um advérbio 
com o termo que complementa o seu significado.
REGÊNCIA VERBAL – analisa o emprego e o significado dos verbos de acordo com a pre-
posição do seu complemento indireto (ou a ausência da preposição no complemento direto).
Nosso estudo terá por base as lições de Celso Pedro Luft presentes nas seguintes obras:
• Dicionário Prático de Regência Nominal – Editora Ática – 4ª edição – 2003;
• Dicionário Prático de Regência Verbal – Editora Ática – 9ª edição – 2010.
Por fim, outra expressão que usaremos aqui é “transitividade do verbo”. Nada mais é do 
que a relação que, em certa acepção, o verbo estabelece com o seu complemento, se é que 
este existe (no verbo intransitivo, não há complemento verbal).
Essa análise só pode ser feita na construção, pois, um mesmo verbo pode requerer com-
plementos diferentes de acordo com o significado que venha a apresentar na oração.
Exploram-se conhecimentos acerca não só da regência dos verbos, mas também, inclusive 
na mesma questão, do emprego dos pronomes relativos e da colocação pronominal. Por isso, 
esta aula está bastante ligada à que irá tratar de Pronomes.
Vamos lá!
001. (FUNDATEC/PREFEITURA DE NOVO HORIZONTE/PROFESSOR/2019) Avalie as afir-
mações que seguem a respeito de regência:
I – A sintaxe de regência ocupa-se das relações de dependência que as palavras man-
têm na frase.
II – A regência pode ser verbal ou nominal, conforme trate do regime dos verbos ou dos nomes 
(substantivos e adjetivos). Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência; 
sendo que a escolha desta ou daquela preposição deve, no entanto, obedecer às exigências da 
clareza e da eufonia e adequar-se aos diferentes matizes do pensamento.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
III – Derivado do verbo reger ‘governar, comandar, dirigir’; em gramática, emprega-se o termo 
em sentido amplo e restrito. Em sentido amplo, regência equivale à subordinação em geral, em 
que palavras subordinam outras. Em sentido restrito, regência é a subordinação especial de 
complementos às palavras que os preveem na sua significação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Nessa questão, a banca apresenta todas as definições acerca da Sintaxe de Regência.
Logo no item I, afirma que esse ponto trata das relações de subordinação entre as palavras na 
frase. Certo.
No item II, apresenta as modalidades dessas relações: sintaxe de regência nominal, que é a 
relação entre um nome (adjetivo, advérbio ou substantivo), e de regência verbal, que é relação 
entre um verbo e seu complemento. Além disso, assevera que, como veremos no decorrer da 
aula, certas palavras admitem mais de uma regência. Perfeito.
Finalmente, no item III, explora corretamente os conceitos – amplo e restrito – da palavra 
REGÊNCIA. O examinador, aliás, reproduziu o texto da introdução do Dicionário Prático de Re-
gência Nominal, de Celso Luft, já indicado como o material indispensável para o estudo de 
Regência (além do Dicionário Prático de Regência Verbal, do mesmo autor).
Merece destaque o seguinte trecho do referido livro:
a) distanciar-se da capital; b(1) distância/distanciamento da capital; b(2) distante/distanciado da 
capital; b(3) longe/perto da capital.
Está claro que a estrutura ‘da capital’ é igualmente ‘complemento’ em todas essas construções: 
‘completa’ as palavras que a precedem. Em a, é complemento do verbo ‘distanciar’ – complemento 
verbal; em b, é complemento de substantivos (distância e distanciamento), de adjetivos (distante e 
distanciado) e de advérbios (longe – e podia ser distante adv. – e perto) – complemento nominal, 
complemento de ‘nomes’.
Por fim, o autor ilustra com o seguinte diagrama toda essa relação sintática.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
PALAVRAS REGENTES
NOMES
NUCLEAR
ADVÉRBIOADJETIVOSUBSTANTIVO
PERIFÉRICOS
VERBO
Todos os itens estão certos.
Letra e.
002. (FCC/SABESP/TÉCNICO EM GESTÃO/2014)
Sobre a dificuldade de ler
Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda maior, 
ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da leitura, 
mas da ilegibilidade.
Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, 
mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele nos 
cai literalmente das mãos.
Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando o 
livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto 
a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta.
Há também uma outra e mais radical impossibilidade de ler, que até poucos anos atrás era, antes 
de tudo, comum. Refiro-me aos analfabetos, que, há apenas um século, eram a maioria. Um gran-
de poeta espanhol do século 20 dedicou um livro de poesia seu “ao analfabeto para/por quem eu 
escrevo”. É importante compreender o sentido desse “para/por”.
Gostaria que vocês refletissem sobre o estatuto especial desse livro que, na sua essência, é des-
tinado aos olhosque não podem lê-lo e foi escrito com uma mão que, em um certo sentido, não 
sabe escrever. O poeta ou escritor que escreve pelo/para o analfabeto tenta escrever o que não 
pode ser lido, põe no papel o ilegível. Mas precisamente isso torna a sua escrita mais interessan-
te do que a que foi escrita somente por/para quem sabe ler.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros 
que foram escritos e publicados, mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. Eu 
conheço − e cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e não 
foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se esses livros eram ver-
dadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera, mas de uma exigência. Esses livros não 
esperam, mas exigem ser lidos, mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.
Mas agora gostaria de dar um conselho aos editores e àqueles que se ocupam de livros: parem 
de olhar para as infames, sim, infames classificações de livros mais vendidos e − presume-se − 
mais lidos e tentem construir em vez disso na mente de vocês uma classificação dos livros que 
exigem ser lidos. Só uma editora fundada nessa classificação mental poderia fazer o livro sair da 
crise que − pelo que ouço ser dito e repetido − está atravessando.
(Adaptado de: AGAMBEN, Giorgio. Sobre a dificuldade de ler. Trad. de Cláudio Oliveira. Revista Cult, ano 16, n. 
180. São Paulo: Bregantini, junho de 2013. p. 46 e 47)
O texto menciona um poeta espanhol que dedicou seu livro ao “analfabeto para/por quem” 
escrevia, destacando os diferentes significados que as duas preposições assumem na frase. 
Neste caso, a preposição “por” tem o sentido de
a) junto com.
b) no lugar de.
c) em oposição a.
d) perto de.
e) a respeito de.
Nessa questão, podemos observar bem o papel da preposição como conectivo. O autor lançou 
mão de DOIS conectivos, cada qual com sua função, para estabelecer um valor em relação ao 
termo regido.
Ao citar que o livro era dedicado ao analfabeto PARA QUEM escrevia, o conectivo apresentava 
o valor de “direção”, ao passo que o valor da preposição “POR”, em “ao analfabeto POR QUEM 
escrevia”, assume o valor de “no lugar de”.
O estudo do valor semântico das preposições vai além da aula de Sintaxe de Regência e é 
muito amplo – não se esgotaria aqui. A apresentação desta questão serviu para ilustrar como 
é importante o candidato “sentir” o valor que o conectivo assume no contexto. Muitas vezes, 
isso é suficiente para acertar a resposta.
Letra b.
003. (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2011)
Ainda que se soubessem todas as palavras de cada figura da Inconfidência, nem assim se po-
deria fazer com o seu simples registro uma composição da arte. A obra de arte não é feita de 
tudo – mas apenas de algumas coisas essenciais. A busca desse essencial expressivo é que 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
constitui o trabalho do artista. Ele poderá dizer a mesma verdade do historiador, porém de outra 
maneira. Seus caminhos são outros, para atingir a comunicação. Há um problema de palavras. 
Um problema de ritmos. Um problema de composição. Grande parte de tudo isso se realiza, 
decerto, sem inteira consciência do artista. É a decorrência natural da sua constituição, da sua 
personalidade – por isso, tão difícil se torna quase sempre a um criador explicar a própria cria-
ção. No caso, porém, de um poema de mais objetividade, como o Romanceiro, muitas coisas 
podem ser explicadas, porque foram aprendidas, à proporção que ele se foi compondo.
Digo “que ele se foi compondo” e não “que foi sendo composto”, pois, na verdade, uma das coi-
sas que pude observar melhor que nunca, ao realizá-lo, foi a maneira por que um tema encontra 
sozinho ou sozinho impõe seu ritmo, sua sonoridade, seu desenvolvimento, sua medida.
O Romanceiro foi construído tão sem normas preestabelecidas, tão à mercê de sua expressão 
natural que cada poema procurou a forma condizente com sua mensagem. A voz irreprimível 
dos fantasmas, que todos os artistas conhecem, vibra, porém, com certa docilidade, e subme-
te-se à aprovação do poeta, como se realmente, a cada instante, lhe pedisse para ajustar seu 
timbre à audição do público. Porque há obras que existem apenas para o artista, desinteressa-
das de transmissão; outras que exigem essa transmissão e esperam que o artista se ponha a 
seu serviço, para alcançá-la. O Romanceiro é desta segunda espécie.
Quatro anos de quase completa solidão – numa renúncia total às mais sedutoras solicitações, 
entre livros de toda espécie relativos ao especializadamente século 18 – ainda pareceram cur-
tos demais para uma obra que se desejava o menos imperfeita possível, porque se impunha, 
acima de tudo, o respeito por essas vozes que falavam, que se confessavam, que exigiam, 
quase, o registro da sua história.
E era uma história feita de coisas eternas e irredutíveis: de ouro, amor, liberdade, traições...
Mas porque esses grandiosos acontecimentos já vinham preparados de tempos mais antigos 
e foram o desfecho de um passado minuciosamente construído – era preciso iluminar esses 
caminhos anteriores, seguir o rastro do ouro que vai, a princípio como o fio de um colar, ligando 
cenas e personagens, até transformar-se em pesada cadeia que prende e imobiliza num des-
tino doloroso.
Cecília Meireles. Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência. In: Romanceiro da Inconfidência. 3.ª ed., Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 2005, p. XVI-XVII (com adaptações).
Considerando as relações morfossintáticas no texto bem como os recursos estilísticos nele 
empregados, julgue (C ou E) o item subsequente.
Os vocábulos “decorrência” (l.5), “condizente” (l.11) e “irreprimível” (l.11) regem termos que 
lhes complementam, necessariamente, o sentido.
Nessa questão, podemos observar o papel de TERMO REGENTE dos vocábulos que exigem a 
subordinação dos outros elementos.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
No caso, na relação sintática, os substantivos decorrência e condizente atuam como TERMOS 
REGENTES em relação aos seus complementos, respectivamente “da sua constituição” e “com 
sua mensagem”.
Já o adjetivo irreprimível é o complemento do substantivo “voz”, por isso não é ele o termo 
regente, e sim o vocábulo “voz”.
Assim, as indicações do examinador estão incorretas.
Errado.
Regência nominal
004. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE/ASSISTENTE DE GESTÃO PÚBLICA/2019)
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar 
para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As 
cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corre-
dor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo – e as cidades não são exceção, segundo análise do 
Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e de-sigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente, en-
traram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre uma futura 
desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa possibilidade. 
Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão 
moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes 
como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o 
governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento 
de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma 
espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possi-
bilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão 
mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de: “5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em: 
https://epocanegocios.globo.com)
No que respeita à regência, segundo a norma-padrão, a alternativa que apresenta um comple-
mento nominal correto para o vocábulo sublinhado em Programas similares... é:
a) àqueles de Tallinn.
b) naqueles de Tallinn.
c) por aqueles de Tallinn.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
d) sobre aqueles de Tallinn.
e) com aqueles de Tallinn.
Como já foi exposto, a relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) com seu 
complemento é chamado de REGÊNCIA NOMINAL.
No caso do adjetivo similar, o vocábulo exige a preposição A para ligar-se ao termo regido: 
similar a alguma coisa.
Assim, a resposta correta seria “àqueles de Tallinn”, pois haverá o encontro da preposição A 
(exigida pelo adjetivo similar) com o “a” do pronome demonstrativo “aqueles”. Sobre o empre-
go do acento grave indicativo de crase, trataremos na aula correspondente.
Letra a.
005. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019)
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo 
fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência. Não há período histórico que 
não tenha sido julgado, de uma parte ou de outra, como um período em crise. Ouvi falar de cri-
se em todas as fases da minha vida: depois da Primeira Guerra Mundial, durante o fascismo e 
o nazismo, durante a Segunda Guerra Mundial, no pós-guerra, bem como naqueles que foram 
chamados de anos de chumbo. Sempre duvidei que o conceito de crise tivesse qualquer utili-
dade para definir uma sociedade ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver 
o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas 
ajudar a que se compreenda que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o 
risco de parecer leviano. Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é 
difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença 
em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou 
até mesmo biológicas.
Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais. Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Edi-
tora UNESP, 2002, p. 160-1 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item 
que se segue.
Nos trechos “intenção de difamar” e “nem de deplorar”, a preposição “de” poderia ser substitu-
ída por em, sem que a correção gramatical do texto fosse comprometida.
Excelente questão que explora a mudança de sentido em relação ao emprego de diferentes 
preposições.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Primeiramente, o candidato SEMPRE deve observar o que propõe o examinador: correção gra-
matical, alteração de sentido, manutenção da coerência (são coisas diferentes!!!), tudo isso 
junto e misturado?
Nessa questão, devemos nos ater aos aspectos gramaticais APENAS, ou seja, não importa se 
vai haver mudança de sentido – se estiver respeitando as regras gramaticais, ok.
Então, vamos comparar a forma original com a proposta.
“intenção de difamar... nem [intenção] de deplorar”
O termo regente é INTENÇÃO.
O Dicionário indica como possíveis preposições:
• a – no sentido de “dirigido, relacionado, pensando em”: falou em intenção à amada;
• de/em – intento, ideia, tenção de fazer algo: tinha intenção de ajudar os colegas/Não 
tenho a menor intenção em vetar o projeto;
• (para) com, sobre, contra/a favor de: plano, deliberação com/para alguém: intenção para 
conosco/intenção contra a proposta/a favor da proposta.
Como vimos, é possível, mesmo que haja mudança de sentido, substituir a preposição “de” 
pela preposição “em”.
Certo.
006. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS/PROGRAMADOR/2019)
É difícil ignorar a sensação........ estamos sendo vigiados quando navegamos na internet.
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
a) de que.
b) à qual.
c) sobre a qual.
d) em que.
e) ao que.
Agora, o termo regente é SENSAÇÃO, que rege a preposição de. O termo regido, por sua vez, 
se apresenta na forma de ORAÇÃO, mas isso não interfere em nada a relação entre TERMO 
REGENTE x TERMO REGIDO.
A lacuna deve ser preenchida, portanto, com a forma de que.
Letra a.
007. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/PROFESSOR/2019)
De tanto pegadio com o neto, até nos menores que fazeres fora de hora meu avô me queria 
com a cara metida nas coisas que as suas mãos manejavam. Era o seu jeito mais congruente 
de me passar o afeto calado de sua companhia, e ao mesmo tempo me adestrar na sabedoria 
que apanhara dos antepassados rurais: pequenos conhecimentos cristalizados em hábitos recorrentes 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
que eram exercidos todos os dias no amanho da terra e no cultivo dos animais, com a entra-
nhada naturalidade de quem já nasceu posseiro de seus segredos e de sua magia. Além de 
lavrar no Engenho Murituba os bens de consumo que abasteciam a sua gente, meu avô ainda 
tinha o domínio razoável de todos os pequenos ofícios necessários ao bom andamento de 
sua produção.
Francisco J. C. Dantas. Coivara da memória. São Paulo: Estação Liberdade, 1991, p. 174.
Com relação às propriedades linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
No trecho “pequenos ofícios necessários ao bom andamento de sua produção”, o emprego de 
“ao” indica a presença de preposição a, exigida pela regência de “necessários”, e artigo definido 
masculino singular o, que antecede “bom andamento”.
Essa é a forma como algumas bancas cobram esse assunto – retiram um trecho do texto e 
exigem que o candidato identifique qual foi o termo que estabeleceu determinada relação sin-
tática (isso acontece com regência, concordância, pronome, crase).
No caso, a preposição “a” (contraída com o artigo “o”, formando “ao”) é exigidapelo adjetivo 
necessários.
Está correta a afirmação do examinador, mas sempre tome cuidado para não cair na sua 
lábia, rs...
Certo.
008. (CESPE/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2014)
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade 
e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos 
os Estados e sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do 
mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e 
por todos os espaços geográficos, afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, 
independentemente de classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de relevância 
na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a associação do tráfico de 
drogas ilícitas e dos crimes conexos – geralmente de caráter transnacional – com a criminali-
dade e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania nacional e afetam a estrutura social e 
econômica interna, devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao tráfico de dro-
gas, articulando-se internamente e com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus 
mecanismos de prevenção e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
No que se refere aos aspectos linguísticos do fragmento de texto acima, julgue o próximo item.
O emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência do 
vocábulo “conexos”.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Para não errar esse tipo de questão, em que se deve identificar o termo regente, volte ao texto. 
O trecho em análise é:
Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a asso-
ciação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos – geralmente de caráter transnacional 
– com a criminalidade e a violência.
O examinador, malandramente, induz o candidato a pensar que a preposição “com” dos segmen-
tos “com a criminalidade e a violência”, foi exigida pelo adjetivo conexos. Só que, ao relermos 
a passagem, vemos que o termo regente, na verdade, é associação (de uma coisa com outra):
“... é a associação do tráfico de drogas... com a criminalidade e a violência”.
Bem que eu avisei que não era para confiar no examinador, não é?
Eu disse...
Errado.
009. (FCC/SABESP/CONTROLADOR DE SISTEMAS DE SANEAMENTO/2018)
O filósofo sempre foi considerado um personagem bizarro, estranho, capaz de cair num poço 
quando se embrenha em suas reflexões − é o que contam a respeito de Tales (cerca de 625-
547 a.C.). O primeiro filósofo, segundo a tradição grega, combina enorme senso prático para os 
negócios com uma capacidade de abstração que o retira do mundo. Por isso é visto como in-
divíduo dotado de um saber especial, admirado porque manipula ideias abstratas, importantes 
e divinas. No fundo não está prefigurando as oposições que desenharão o perfil do homem do 
Ocidente? O divino Platão e o portentoso Aristóteles fizeram desse estranhamento o autêntico 
espanto diante das coisas, o empuxo para a reflexão filosófica.
Nos dias de hoje essa imagem está em plena decadência; o filósofo se apresenta como um 
profissional competindo com tantos outros. Ninguém se importa com as promessas já inscri-
tas no nome de sua profissão: a prometida amizade pelo saber somente se cumpre se a inves-
tigação for levada até seu limite, cair no abismo onde se perdem suas raízes. A palavra grega 
filosofia significa “amigo da sabedoria”, por conseguinte recusa da adesão a um saber já feito 
e compromisso com a busca do correto.
Em contrapartida, o filósofo contemporâneo participa do mercado de trabalho. Torna-se mais 
seguro conforme aumenta a venda de seus livros, embora aparente desprezar os campeões 
de venda. Às vezes participa do jogo da mídia. Graças a esse comércio transforma seu saber 
em capital, e as novidades que encontra na leitura de textos, em moeda de troca. Ao tratar 
as ideias filosóficas como se fossem meras opiniões, isoladas de seus pressupostos ligados 
ao mundo, pode ser seduzido pela rigidez de ideias sem molejo, convertendo-se assim num 
militante doutrinário. Outras vezes, cai nas frivolidades da vida mundana. Não vejo na prática 
da filosofia contemporânea nenhum estímulo para que o estudioso se comprometa com uma 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
prática moral e política mais consciente de si mesma, venha a ser mais tolerante às opini-
ões alheias.
Num mundo em que as coisas e as pessoas são descartáveis, a filosofia e o filósofo também 
se tornam dispensáveis, sempre havendo uma doutrina ou um profissional capaz de enaltecer 
uma trama de interesses privados. A constante exposição à mídia acaba levando o filósofo a 
dizer o que o grande público espera dele e, assim, também pode usufruir de seus quinze mi-
nutos de celebridade. Diante do perigo de ser engolfado pela teia de condutas que inverte o 
sentido original de suas práticas, o filósofo, principalmente o iniciante, se pretende ser amante 
de um saber autêntico, precisa não perder de vista que assumiu o compromisso de afastar-se 
das ideias feitas − ressecadas pela falta da seiva da reflexão − e de desconfiar das novidades 
espalhafatosas. Se aceita consagrar-se ao estudo das ideias, que reflita sobre o sentido de seu 
comportamento.
(Adaptado de: GIANNOTTI, José Arthur. Lições de filosofia primeira. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, 
edição digital)
... e de desconfiar das novidades espalhafatosas. (último parágrafo)
No trecho acima, o emprego da preposição em destaque justifica-se pela regência do termo
a) compromisso.
b) desconfiar.
c) afastar-se.
d) reflexão.
e) assumiu.
Vamos reler o trecho em análise.
Diante do perigo de ser engolfado pela teia de condutas que inverte o sentido original de suas 
práticas, o filósofo, principalmente o iniciante, se pretende ser amante de um saber autêntico, 
precisa não perder de vista que assumiu o compromisso de afastar-se das ideias feitas − resse-
cadas pela falta da seiva da reflexão − e de desconfiar das novidades espalhafatosas.
O termo que exige a preposição em “de desconfiar...” é COMPROMISSO.
O afastamento dos termos possibilita uma série de falsas suposições, mas basta uma releitura 
para dissipar qualquer dúvida.
Letra a.
010. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA/ESPECIALISTA EM DESPORTOS/2019)
“se ambos devem atingir a mesma perfeição da qual são capazes.”
Nesse segmento, emprega-se a preposição de em função de um termo posterior: capazes.
O mesmo ocorre na seguinte frase:
a) “O esporte necessita de muita dedicação e esforço.”
b) “Os homens de fibra praticam esporte diariamente.”
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
c) “Gosto de que todos cheguem na hora marcada.”
d) “Essa é a prática esportiva de que todos necessitam.”
e) “A prática de todos os esportes favorece a boa saúde.”
A dificuldade dessa questão estava no enunciado. Não se explorava propriamenteconceitos 
referentes à sintaxe de regência (qual é o termo regente/qual a preposição exigida/qual o sen-
tido da frase...), mas a POSIÇÃO do termo regente em relação ao termo regido.
Note que, no enunciado, o examinador afirma: “emprega-se a preposição de em função de um 
termo posterior: capazes”.
Logo, o termo regente, na oração analisada, se apresenta em posição POSTERIOR ao termo 
regido (nesse caso, o pronome relativo “a qual” que, em função da contração com a preposição 
“DE”, exigida pelo adjetivo, formou da qual).
Isso acontece na opção D, em que o termo regente (o verbo NECESSITAR) está em posição pos-
terior ao seu termo regido (o pronome relativo que, cujo antecedente é “a prática esportiva”).
Em todos os demais casos, a posição é TERMO REGENTE X TERMO REGIDO.
Letra d.
011. (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018)
A atividade de inteligência é o exercício de ações especializadas para a obtenção e análise de 
dados, produção de conhecimentos e proteção de conhecimentos para o país. Inteligência e 
contrainteligência são os dois ramos dessa atividade. A inteligência compreende ações de ob-
tenção de dados associadas à análise para a compreensão desses dados. A análise transfor-
ma os dados em cenário compreensível para o entendimento do passado, do presente e para 
a perspectiva de como tende a se configurar o futuro. Cabe à inteligência tratar fundamental-
mente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de auxiliar o usuário a tomar 
decisões de maneira mais fundamentada. A contrainteligência tem como atribuições a produ-
ção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à proteção de dados, conhecimentos, 
infraestruturas críticas – comunicações, transportes, tecnologias de informação – e outros 
ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade. O trabalho desenvolvido 
pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a espionagem, a sabotagem, 
o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos 
estrangeiros.
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto.
O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso 
a preposição presente na expressão “contra ameaças” fosse substituída pela preposição de.
Agora, o examinador avalia dois aspectos – correção gramatical (mantida) e sentido do texto 
(alterado).
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Vamos verificar se, de fato, isso ocorreu.
No texto, o segmento é:
O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a 
espionagem
Na relação entre DEFESA e seu complemento, a mudança da preposição altera significativa-
mente o sentido:
Defesa de uma coisa CONTRA a outra.
Enquanto o conectivo CONTRA coloca o termo regido na posição de OPOSIÇÃO, o conectivo 
DE atribui ao termo regido o próprio elemento a ser preservado.
Por isso, está certo o examinador ao afirmar que, mesmo preservada a correção gramatical, 
ocorreria mudança de sentido.
Certo.
012. (CESPE/MPU/ANALISTA/APOIO JURÍDICO/2018)
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita 
a respeito de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de 
ser capturado por nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também 
demanda uma enunciação clara e uma análise arrazoada.
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racio-
nalmente sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação 
racional. É fácil ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com 
uma alastrada fome coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada 
sobre a justiça e a injustiça. Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se 
pudesse ter sido evitada, em especial se aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la 
tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir 
que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes (Trad.). São Paulo: Companhia das 
Letras, 2011 (com adaptações).
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora manti-
vesse o sentido do texto, prejudicaria sua correção gramatical.
Em alguns casos, o termo regente admite mais de um conectivo, sem que haja alteração 
semântica.
É o caso do adjetivo “relacionado(a)”. Segundo o Dicionário de Luft, esse vocábulo admite as 
seguintes preposições: a, com; entre. Uma pessoa ou coisa relacionada a (ou com) outra ou 
outras (...); coisas ou pessoas relacionadas entre si;
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Assim, a troca da preposição “com” pela preposição “a” (contraída com o artigo, formando “à”) 
é válida e não prejudicaria sua correção gramatical.
Cuidado!!! O examinador afirma que “prejudicaria”, por isso o item está ERRADO.
Errado.
013. (CESPE/CBM-AL/SOLDADO/2017)
O açúcar arrasou o Nordeste. A faixa úmida do litoral, bem regada por chuvas, tinha um solo de 
grande fertilidade, muito rico em húmus e sais minerais, coberto por matas tropicais da Bahia 
até o Ceará. Essa região de matas tropicais converteu-se em região de savanas. Naturalmente 
nascida para produzir alimentos, passou a ser uma região de fome. O latifúndio açucareiro, 
destrutivo e avassalador, deixou rochas estéreis, solos lavados, terras erodidas. Fizeram-se, a 
princípio, plantações de laranjas e mangas, que foram abandonadas e se reduziram a peque-
nas hortas que rodeavam a casa do dono do engenho, exclusivamente reservadas para a fa-
mília do plantador branco. Os incêndios que abriam terras aos canaviais devastaram a floresta 
e com ela a fauna; desapareceram os cervos, os javalis, as toupeiras, os coelhos, as pacas e 
os tatus. A flora e a fauna foram sacrificadas, nos altares da monocultura, à cana-de-açúcar. A 
produção extensiva esgotou rapidamente os solos. A abundância e a prosperidade eram, como 
de costume, simétricas à miséria da maioria da população, que vivia em estado crônico de 
subnutrição. Daqueles tempos coloniais nasceu o costume, ainda vigente, de comer terra. An-
tigamente, castigava-se esse “vício africano” colocando-se mordaças nas bocas das crianças 
ou pendurando-as dentro de cestas a grande distância do solo. A falta de ferro provoca anemia; 
o instinto leva as crianças a compensar com terra os sais minerais que não encontram em sua 
comida habitual. O Nordeste brasileiro padece hoje a herança da monocultura do açúcar.
Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina.Galeano de Freitas (Trad.). Rio de Janeiro, Paz e Terra 
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o item a seguir.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a expressão “re-
servadas para a família” fosse alterada para reservadas à família.
Do mesmo modo que na questão anterior, o vocábulo “reservado(as)” aceita indistintamente 
as preposições a e para.
O cuidado em relação ao empregodo acento grave se deve ao fato de que o termo regente 
(reservadas) exige a preposição e o termo regido (família) admite o artigo definido. Mais sobre 
esse assunto será tratado na aula sobre CRASE.
Certo.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
014. (CESPE/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)
Serviço de tráfego de embarcações (vessel traffic service – VTS)
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativa-
mente o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em 
que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
Internacionalmente, os sistemas de VTS são regulamentados pela International Maritime Or-
ganization, sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International As-
sociation of Maritime Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha 
do Brasil, autoridade marítima do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua 
implantação e operação.
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar 
o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado 
automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de 
TV, sensores ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e 
apresentação de dados. Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, 
ao qual cabe, na sua área de responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, ado-
tar ações de combate à poluição, planejar a movimentação de embarcações e divulgar infor-
mações ao navegante. Adicionalmente, o Centro VTS pode fornecer informações que contribu-
am para o aumento da eficiência das operações portuárias, como a atualização de horários de 
chegada e partida de embarcações.
Internet: <www defensea com br> (com adaptações)
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item 
que se segue.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um 
radar”, fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
Ao consultarmos o dicionário de regência, vemos que o autor apresenta a preposição DE na 
indicação dos elementos de sua constituição (time composto de jovens).
Apesar de a preposição POR não ter sido indicada naquele dicionário como um dos conecti-
vos válidos, seu uso é possível em função da possibilidade de o verbo COMPOR formar uma 
construção de voz passiva), por aproximação semântica com o verbo FORMAR (e o particípio 
formado): time composto (= formado) por jovens  jovens compõem (= formam) o time.
Alteram-se as relações sintáticas, mas, como o examinador se atém ao aspecto gramatical, a 
troca é válida.
Certo.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
015. (CESPE/ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E 
AUDIOVISUAL/2013)
O principal objetivo do cinema é retratar as emoções. O teatro pode recorrer às frases de efei-
to e sustentar o interesse da plateia por meio de diálogos eminentemente intelectuais, e não 
emocionais. Já para o ator de cinema, a ação é fundamental: é o único meio de assegurar a 
atenção do espectador, e mais, o seu significado e a sua unidade emergem dos sentimentos e 
das emoções que a determinam. No cinema, mais do que no teatro, os personagens são, antes 
de tudo, sujeitos de experiências emocionais. A alegria e a dor, a esperança e o medo, o amor 
e o ódio, a gratidão e a inveja, a solidariedade e a malícia conferem ao filme significado e valor. 
Quais as possibilidades de o cinema exprimir esses sentimentos de forma convincente?
Sem dúvida, uma emoção que não pode manifestar-se verbalmente perde parte de sua força; 
no entanto, os gestos, os atos e as expressões faciais se entrelaçam de tal forma no processo 
psíquico de uma emoção intensa que, para cada nuança, pode-se chegar à expressão carac-
terística. Basta o rosto – os rictos em torno da boca, a expressão dos olhos, da testa, os mo-
vimentos das narinas e a determinação do queixo – para conferir inúmeras nuanças à cor do 
sentimento. O close-up pode avivar muito a impressão. É no auge da emoção no palco que o 
espectador de teatro recorre aos binóculos para captar a sutil emoção dos lábios, a paixão ou 
o terror expressos no olhar, o tremor das faces. Na tela, a ampliação por meio do close-up acen-
tua ao máximo a ação emocional do rosto, podendo também destacar o movimento das mãos, 
por meio do qual a raiva e a fúria, o amor ou o ciúme falam em linguagem inconfundível. Se a 
cena tende para o humor, um close-up de pés em colóquio amoroso pode muito bem contar o 
que se passa no coração dos seus donos. Os limites, todavia, são estreitos. Muitos sintomas 
emocionais, tais como corar ou empalidecer, se perderiam na expressão meramente fotográfi-
ca, e, o que é mais importante, essas e muitas outras manifestações dos sentimentos fogem 
ao controle voluntário. Os atores de cinema podem recriar os movimentos cuidadosamente, 
imitando as contrações e os relaxamentos dos músculos, e, mesmo assim, ser incapazes de 
reproduzir os processos mais essenciais à verdadeira emoção – os que se passam nas glân-
dulas, nos vasos sanguíneos e nos músculos autônomos.
Hugo Munsterberg. As emoções. In: Ismail Xavier. A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal, 1983, p. 46-7 
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos apresentados no texto, julgue o item subsequente.
A substituição da preposição “de” por a, em “sujeitos de experiências emocionais”, manteria a 
correção gramatical do texto, mas não o seu sentido original.
Agora, o examinador afirma que, em relação ao adjetivo sujeitos, a troca da preposição de por 
a mantém a correção gramatical, mas altera o sentido.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Com a preposição “a”, o adjetivo indica “aquele que se sujeitou/se submeteu”: Estou sujeito a 
avaliações constantes.
Com a preposição “de”, indica um dos itens de uma relação, autor/receptor: “sujeitos de expe-
riências emocionais”.
De fato, são estruturas gramaticalmente válidas, mas com significados completamente dife-
rentes, conforme afirma o examinador.
Certo.
016. (CESPE/BRB/ADVOGADO/2010)
O mundo moderno, caracterizado pela globalização, pela revolução tecnológica e pelo avanço 
irrestrito da Internet, sinaliza uma crise mundial complexa, multidimensional, cujas facetas 
afetam inexoravelmente nossa saúde, nosso modo de vida e a qualidade do meio ambiente e 
das relações sociais, políticas e econômicas. Essa crise, cujas dimensões incluem aspectos 
intelectuais, morais e espirituais, exige a substituição da noção de estruturas sociais estáticas 
por uma percepção de padrões dinâmicos de mudança: mudanças estruturais em nossas ins-
tituições sociais, nos valores e, fundamentalmente, nas ideias.
É hoje crítico para a sobrevivência de qualquer organização o reconhecimento de quea criativi-
dade é a mola mestra para o sucesso de seus empreendimentos, sendo responsável pela pró-
pria sustentação das empresas no competitivo mundo dos negócios. Os profissionais criativos 
e empreendedores estão sendo cada vez mais valorizados nos seus ambientes de trabalho. 
São eles – não as máquinas, nem o capital – os verdadeiros responsáveis pelo sucesso de 
uma empresa.
Ângela M.R.Virgolim. Criatividade e saúde mental: desafio à família e à escola. In: A.M.R.Virgolim (org.). Talento 
criativo, Brasília: Ed. UnB, p. 29-30 (com adaptações).
Julgue o item a respeito da organização das estruturas linguísticas no desenvolvimento do texto.
No texto, o emprego do substantivo “substituição” exige as preposições presentes nos trechos 
“da noção” e “por uma percepção”, para indicar os dois termos envolvidos na ideia de troca.
Em alguns casos, o termo regente exige preposições diferentes, considerando o valor dos ter-
mos regidos. No caso da palavra SUBSTITUIÇÃO, por haver a ideia de troca, são dois os ele-
mentos regidos:
SUBSTITUIÇÃO DE UMA COISA POR OUTRA.
Está certa a afirmação do examinador.
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GRAMÁTICA
Regência VeRbal
TRansiTiVidade VeRbal
017. (FCC/TRT-8ª/TÉCNICO/2010)
O Polo Norte está ameaçado: o oceano gelado que o rodeia começou a derreter. O colapso da 
calota teve início. O explorador alemão Arvel Fuchs calcula que, durante o verão de 2009, os 
gelos derretidos do Polo Norte equivalem a quatro vezes a área da Alemanha. Dez filmes nos 
mostraram o sofrimento de ursos magros e extraviados à procura de seus antigos reinos invio-
lados de gelo. A partir deste verão, é possível que navios pioneiros consigam unir o Canadá à 
Sibéria. Esse desaparecimento da calota polar que envolve há milhões de anos o cimo da Terra 
é um grande movimento da história. A última “terra incógnita” vai desaparecer.
O imenso silêncio, os horizontes infinitos, as vastas brancuras do Polo Norte e seu nada vão 
ser substituídos por regiões às quais os homens, seus barulhos, seus motores a explosão, 
seus bancos, seus contêineres, terão acesso. Vamos assistir a um fenômeno raro: uma subver-
são da geografia que se desenrolará diante de nossos olhos. Semelhante aventura provocará 
grandes transformações econômicas em escala planetária: de um lado, o mar, quando ficar 
desimpedido e acessível, poderá ser explorado pelos homens. Ele deixará que engenheiros e 
operários revolvam suas entranhas até agora interditas.
Paralelamente, os navios poderão ligar diretamente a América ou a Europa ao Extremo Oriente, 
em vez de fazê-lo por enormes e custosos desvios pelo sul da África ou pelo Canal de Suez.
As nações que margeiam o Oceano Ártico já estão na linha de largada: Estados Unidos, Rússia, 
Canadá, Groenlândia (Dinamarca) e Noruega. Os olhos brilham de cobiça à espera da abertura 
de um cofre-forte cheio de lingotes. Que lingotes? Carvão, cobre, bilhões de barris de petróleo, 
bilhões de metros cúbicos de gás, cobalto, antimônio, níquel, peixes. Uma caverna de Ali Babá.
(Trecho do artigo de Gilles Lapouge. O Estado de S. Paulo, Economia, B14, 11 de julho de 2010)
Em relação à passagem do 3º parágrafo “... os navios poderão ligar diretamente...”, avalie a 
afirmação abaixo:
O verbo grifado exige a presença de dois complementos: um, direto; o outro, indireto, unido a 
ele por meio de preposição.
REGÊNCIA VERBAL
O conceito de REGÊNCIA VERBAL é a relação entre o verbo e seus complementos e isso passa 
necessariamente pela transitividade do verbo.
TRANSITIVIDADE VERBAL
Há verbos que bastam por si mesmos – são os verbos INTRANSITIVOS (I).
Outros há que necessitam de informações suplementares, ou seja, do auxílio de uma expres-
são subsidiária, que se apresenta sob a forma de COMPLEMENTO. Esses são os verbos TRAN-
SITIVOS (palavra da mesma origem que “trânsito”, “transitar”).
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Quando não há preposição necessária, o verbo é TRANSITIVO DIRETO (TD), ou seja, liga-se ao 
complemento diretamente (OBJETO DIRETO).
No caso de a preposição ser obrigatória, o verbo é classificado como TRANSITIVO INDIRETO 
(TI) e o complemento é antecedido de preposição (OBJETO INDIRETO).
Quando, simultaneamente, o verbo requer dois complementos, um direto e outro indireto, o 
chamamos de bitransitivo ou transitivo direto e indireto (TDI). Você também pode encontrar 
em prova a denominação “transitivo-relativo” (fonte: Dicionário Caldas Aulete Digital).
Por fim, há os que não se satisfazem apenas com a informação trazida pelo objeto, exigem 
mais alguma, esta trazida pelo predicativo do objeto. Esses são os verbos transobjetivos, 
estudados na aula de CONCORDÂNCIA (julgar, considerar etc.). Pode ser que o examinador tire 
do baú a expressão “transitivo-predicativo”, exatamente em função de este verbo exigir um pre-
dicativo do objeto. Já tratamos desse caso quando estudamos as relações de Concordância.
A todo momento, mencionamos “preposição necessária” ou “obrigatória”. Isso porque há casos 
em que a preposição é utilizada como recurso estilístico, como, por exemplo, para evitar ambi-
guidade, ou obrigatoriamente quando o objeto direto vier sob a forma de um pronome oblíquo 
tônico. Nesses casos, o complemento é chamado de OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO.
Atente para o fato de que a transitividade de um verbo só pode ser definida na oração, de acor-
do com os elementos presentes na construção.
Para identificar a transitividade do verbo LIGAR, teremos de retomar a passagem do texto:
Paralelamente, os navios poderão ligar diretamente a América ou a Europa ao Extremo Oriente...
Note que são realmente dois os complementos verbais:
“... ligar (...) a América ou a Europa [OBJETO DIRETO] ao Extremo Oriente [OBJETO INDIRETO]...”.
Detalhe: o objeto direto é composto, ou seja, possui dois núcleos, ligados pela conjunção alter-
nativa “ou”.
Está correta a afirmação.
Certo.
018. (FUNDATEC/PREFEITURA DE IMBÉ/2020)
A Obsessão por ser feliz
Reflexões sobre felicidade são antigas na história da humanidade. Estão até na obra de gran-
des filósofos gregos, como Platão e Aristóteles. Aliás, o conceito aristotélico de eudaimonia 
– condição de bem-estar originada no desenvolvimento pleno das potencialidades de cada um 
a serviço do bem comum – é ainda hoje estudado e central nas pesquisas sobre o que nos 
faz felizes. O que é recente é essa ideia intrusiva de que precisamos buscar a felicidade a todo 
instante – tem muito a ver com o processo produtivo de rendimento máximo surgido após a 
Revolução Industrial e cada vez mais intensificado pelo capitalismo.
De tão onipresente, tornou-se ela mesma causa de infelicidade. “Hoje, existe o conceito de uma 
felicidade permanente que depende exclusivamente de nós mesmos. Se ela acontece, era o es-
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
perado. Quando ela não vem, vira causa de culpa, inadequação. Faz as pessoas questionarem 
onde erraram”, explica o psicanalista Christian Dunker, professorda Universidade de São Paulo. 
A psicóloga e mestre zen-budista monja Kokai concorda. “Se você é infeliz, fracassou. Se não 
teve sucesso nos negócios, fracassou. Toda a culpa é do indivíduo. Isso é massacrante”, diz.
Foi exatamente essa sensação que levou a bancária gaúcha Bruna Teixeira, 31 anos, para a 
terapia. “Projetava coisas demais para o futuro e deixava o hoje de lado”, relata. “É complicado 
mudar essa lógica porque é muito difícil não criar expectativas”, completa. Bruna conta que 
chegou a se sentir em dívida até mesmo com a terapeuta e se desculpou porque não esta-
va cumprindo as tarefas planejadas durante as sessões da terapia cognitivo-comportamental 
(TCC). Diante das redes sociais, o sentimento de insatisfação é amplificado. “No Instagram, 
essas influenciadoras digitais têm corpos maravilhosos e querem vender tratamentos estéti-
cos. Falam de exercícios com personal e dieta com nutricionista. Elas postam fotos de seus 
relacionamentos perfeitos. É o que mais me deixa ansiosa, sabe?”, desabafa.
O impacto das redes sociais na saúde mental já virou uma preocupação nos consultórios. Pes-
quisadores da Royal Society para a Saúde Pública da Grã-Bretanha entrevistaram cerca de 1,5 
mil jovens com idade entre 14 e 24 anos sobre 14 pontos relativos ao bem-estar. Em seguida, 
as plataformas foram ranqueadas em termos de efeitos positivos e negativos. Resultado: o 
Instagram, que deixa Bruna ansiosa, foi a rede social com pior impacto na saúde mental dos 
participantes. Outra pesquisa, feita com cerca de 1 milhão de pessoas pelo Moment, aplicativo 
que monitora como são utilizados os smartphones, também relacionou o uso exagerado do 
Instagram a problemas como distúrbios do sono, ansiedade, depressão, solidão e distorção 
da imagem corporal. Na enquete realizada, 63% dos que passavam mais de uma hora por dia 
nessa rede social relataram se sentir infelizes.
(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/estilo-de-vida/obsessao-feliz-tornando-ansiosas-depressivas/ – 
texto adaptado especialmente para esta prova.)
Assinale a alternativa que indica a correta transitividade do verbo destacado no trecho a seguir: 
“Se não teve sucesso nos negócios”, retirado do texto.
a) Verbo de ligação.
b) Verbo intransitivo.
c) Verbo transitivo direto e indireto.
d) Verbo transitivo direto.
e) Verbo transitivo indireto.
Como vimos, a transitividade de um verbo só pode ser identificada NO CONTEXTO. O verbo 
TER, nesse caso, é transitivo direto (seu complemento verbal é “sucesso”). O sintagma “nos 
negócios” tem valor adverbial.
Letra d.
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GRAMÁTICA
019. (CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018)
Texto 6A1AAA
Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que se não con-
fundiu imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado, confun-
dido ou imaginado nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se 
não é erro tomar as palavras à letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. 
Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos 
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas. Quem não sabe deve perguntar, ter essa humil-
dade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que 
nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando, pois não 
faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar 
cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância. 
Nestas ajoujadas estantes, milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma curio-
sidade inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento. 
Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diversas 
fontes de informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as 
tecnologias da informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, 
é altura de dizê-lo, inclui-se entre os mais mal pagos do orbe. Um dia, mas Alá é maior, qual-
quer corrector de livros terá ao seu dispor um terminal de computador que o manterá ligado, 
noite e dia, umbilicalmente, ao banco central de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar 
que entre esses dados do saber total não se tenha insinuado, como o diabo no convento, o 
erro tentador.
Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, 
e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá 
fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as ex-
plicações do universo, também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre 
oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidên-
cia do seu erro próprio.Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma 
cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados dicionários da língua e 
vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do 
Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6.
Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se segue.
Em “disse-o quem sabia” e em “Quem não sabe deve perguntar”, o verbo saber é intransitivo.
Está vendo a importância de se analisar a transitividade na construção?
O verbo SABER poderia ser:
• transitivo direto: Ele não sabia seu nome.
• transitivo indireto: Ele sabe das coisas.
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GRAMÁTICA
No caso das duas passagens do texto, o verbo SABER não possui complemento, por isso é 
considerado INTRANSITIVO.
Certo.
020. (CESPE/STF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) O item apresenta fragmentos adaptados 
de textos diversos. Julgue-o quanto à correção gramatical.
Desde a sua promulgação, a Constituição da República Federativa do Brasil comprometeu-se 
a tratar, de forma igualitária e justa, aos cidadãos brasileiros.
Não existe a possibilidade de o verbo TRATAR reger a preposição “a”. No sentido da passagem, 
o verbo poderia ser transitivo direto (tratar os cidadãos) ou transitivo indireto, com a preposi-
ção de (tratar das pessoas).
Assim, não é válida a forma “tratar (...) aos cidadãos brasileiros”.
Errado.
021. (FCC/CMSP/TÉCNICO LEGISLATIVO/2014)
... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era também cantor-compositor.
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o destacado acima está empregado em:
a) E Adoniran estava tão estabelecido como ator...
b) Primeiro surgiu o cantor-compositor...
c) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...
d) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil...
e)... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução...
O verbo DESCOBRIR exige complemento direto (alguém descobre alguma coisa), logo é um 
verbo transitivo direto (TD).
A banca deseja saber em qual das opções se apresenta outro verbo TD.
�a) “E Adoniran estava tão estabelecido…” – verbo de ligação.
�Este verbo faz parte de um PREDICADO NOMINAL, ou seja, no papel de “núcleo” do predicado 
não está o verbo, que serve apenas para “ligar”,mas o adjetivo que o acompanha (PREDICATI-
VO DO SUJEITO).
�b) “Primeiro surgiu o cantor-compositor” – na ordem em que se apresenta a oração, o candidato 
ficaria “tentado” a marcar essa opção como correta, só que precisa observar que, na verdade, 
o que segue o verbo não é seu complemento, mas seu SUJEITO. Basta “perguntar” ao verbo: 
“o que surgiu?”, e a resposta indicará que “O cantor-compositor surgiu”. Assim, fica claro que o 
verbo SURGIR é INTRANSITIVO (I).
�c) “… esse título parece pleonástico” – o verbo PARECER, nesse sentido de “ter semelhança 
com, aparentar”, acompanhado de um predicativo, é um VERBO DE LIGAÇÃO.
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GRAMÁTICA
�d) “Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil…” – mais uma vez, um verbo de ligação.
�e) “… a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução…” – finalmente, um verbo que se apre-
senta com um objeto direto – TD.
Essa é a resposta.
Letra e.
022. (FCC/TRF-4ª/TÉCNICO/2014) Possuem os mesmos tipos de complemento os verbos 
grifados em:
a)... nossa época produz milagres todos os dias. //... o mito de que as humanidades humanizam.
b) Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio... // Um deles é o de Gilles Lipovetski...
c) A pós-modernidade destruiu o mito de que... //... nossa época produz milagres todos os dias.
d) Essa cultura de massas nasce com o predomínio... //... e nem sempre contribui para...
e) ... as ciências podem prosperar nas proximidades... // A pós-modernidade destruiu o 
mito de que...
Outra forma de exigir o mesmo conhecimento é apresentar duas orações e o candidato deve 
identificar em qual opção os dois verbos grifados apresentam a mesma regência.
Dá mais trabalho, pois temos de ler tudo, mas não é difícil. Vamos lá.
�a) “… produz milagres” – TRANSITIVO DIRETO
�“… as humanidades humanizam” – INTRANSITIVO
�b) “Essa ‘cultura de massas’ nasce …” – INTRANSITIVO
�“Um deles é o de Gilles…” – VERBO DE LIGAÇÃO
�c) “… destruiu o mito…” – TRANSITIVO DIRETO (a estrutura “de que…” complementa a palavra 
MITO – Mais sobre isso veremos na aula sobre Termos da Oração e Análise Sintática).
�“nossa época produz milagres…” – TRANSITIVO DIRETO
�Essa é a resposta!
�d) “Essa cultura de massas nasce …” – INTRANSITIVO
�“e nem sempre contribui para …” – TRANSITIVO INDIRETO (Bem que o examinador tentou enga-
nar o candidato, mantendo apenas a preposição nessa reprodução, mas ela já seria necessária 
para identificar a transitividade do verbo na construção).
�e) “… as ciências podem prosperar …” – INTRANSITIVO
�“A pós-modernidade destruiu o mito…” – TRANSITIVO DIRETO
Letra c.
023. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/2018) A questão se baseia no 
texto apresentado abaixo.
Limites da ciência
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Os deuses parecem ter um prazer especial em desmoralizar quem faz profecias sobre os limi-
tes da ciência. Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos 
a composição química das estrelas. Bem, o método existe e hoje sabemos do que elas são 
feitas. Sabemos até que nós somos feitos de poeira estelar.
É verdade que Comte não era cientista, mas filósofo. Só que cientistas não se saem muito me-
lhor. Um dos maiores físicos de seu tempo, lorde Kelvin, escreveu em 1900: “Não há mais nada 
novo a ser descoberto na física; só o que resta fazer são medidas cada vez mais precisas”. 
Vieram depois disso relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc.
Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido). Ele 
sabe, portanto, que caminha em terreno perigoso quando se propõe a discutir os limites do 
conhecimento humano. Mas Du Sautoy, que é professor de matemática em Oxford e autor de 
vários livros de divulgação, tenta jogar em território razoavelmente seguro. Ele vai às fronteiras 
da ciência em que já temos informações suficientes para saber que há barreiras formidáveis a 
um conhecimento total.
A teoria do caos, por exemplo, assegura que nunca conseguiremos fazer previsões de longo 
prazo acerca de fenômenos como a meteorologia e engarrafamentos de trânsito. O problema 
é que alterações mínimas nas condições iniciais podem produzir alterações dramáticas depois 
de um tempo – e nós nunca temos conhecimento completo do presente.
Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável 
inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento. Ao final, Du Sautoy 
retorna à sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas da incompletude de 
Gödel, que criam embaraços para a própria matemática. É diversão certa para quem gosta de 
grandes questões.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: www.folha.uol.com.br. 19.11.2017)
Vieram depois disso relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc. (2º parágrafo)
A forma verbal empregada nessa frase é intransitiva, assim como a destacada em:
a) Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido).
b) Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável 
inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento.
c) Ao final, Du Sautoy retorna à sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas 
da incompletude de Gödel [...]
d) Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos a compo-
sição química das estrelas.
e) Sabemos até que nós somos feitos de poeira estelar.
Mais uma vez, temos de ler todas as opções. Vamos a elas.
�a) contar essas histórias  transitivo direto.
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GRAMÁTICA
�b) ele mostra ISSO (= como o princípio da incerteza...)  transitivo direto.
�c) retorna à sua especialidade  transitivo indireto.
�d) surgiria um meio  algo surge  intransitivo.
�A dificuldade nessa questão é que alguns verbos intransitivos costumam se apresentar com 
o sujeito (às vezes até sujeito oracional) posposto ao verbo, o que leva o candidato a pensar 
tratar-se de um objeto direto, e não do sujeito.
�Alguns desses verbos: ocorrer, acontecer, surgir, urgir.
�Essa é a resposta.
�e) Sabemos ISSO (= que nós mesmos somos feitos de poeira estelar)  transitivo direto.
Letra d.
024. (FGV/CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR/ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL/2018)
Quem protege os cidadãos do estado?
Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate
O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações internacionais ratificadas 
pelos países, busca garantir aos cidadãos o acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no 
entanto, inúmeras situações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo 
políticas públicas autoritárias, investindo poucos recursos nos serviços públicos essenciais e 
envolvendo civis em conflitos armados, por exemplo.
Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a evitar que haja risco para 
a vida das pessoas nesses casos, como a Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos 
sem Fronteiras. Por meio de acordosinternacionais, essas instituições conseguem atuar em 
regiões de conflito onde há perigo para a população.
Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência de voluntariado em 
uma guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960. Um grupo de médicos e jornalistas decidiu 
criar uma organização que pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida 
em conflitos e guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma posição política favo-
rável ou contrária aos lados envolvidos. Assim, seus membros conseguem chegar a regiões 
remotas e/ou sob forte bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco de vida.
Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é preciso que as partes 
envolvidas no conflito respeitem os direitos dos pacientes atendidos. Assim, a organização 
informa a localização de suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é 
proporcionar uma atuação transparente, que sublinhe o caráter humanitário da ação dos pro-
fissionais da organização.
O segmento abaixo que apresenta dois complementos (direto e indireto) é:
a) “garantir aos cidadãos o acesso pleno”;
b) “coloca a população em risco”;
c) “investindo poucos recursos nos serviços públicos”;
d) “haja risco para a vida das pessoas”;
e) “conseguem atuar em regiões de conflitos”.
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Vamos às opções.
�a) O verbo GARANTIR, na passagem, apresenta dois complementos: um direto (o acesso pleno) 
e outro indireto (aos cidadãos).
�Essa é a resposta.
�b) O verbo COLOCAR é transitivo direto, apenas. A expressão “em risco” tem valor adverbial.
�c) O verbo INVESTIR também é transitivo indireto, cabendo ao sintagma “nos serviços públicos” 
papel adverbial (onde se investem os recursos).
�d) O verbo HAVER, no sentido de existência/ocorrência, é transitivo direto: seu complemento 
é “risco”.
�e) O verbo CONSEGUIR é transitivo direto (alguém consegue alguma coisa) e o verbo ATUAR 
é, na construção, intransitivo.
Letra a.
025. (FCC/SEMAR-PI/AUDITOR-FISCAL AMBIENTAL/2018) Atenção: Considere o texto 
abaixo para responder a questão abaixo.
Com cerca de 16% da água doce disponível na Terra, o Brasil é um país rico nesse insumo(d) 
que a natureza provê de graça. Cada habitante conta com mais de 43 mil m3 por ano dos 
mananciais, mas apenas 0,7% disso termina utilizado. Nações como a Argélia e regiões como 
a Palestina, em contraste, usam quase a metade dos recursos hídricos disponíveis, e outras 
precisam obter recursos hídricos por dessalinização de água do mar.
Só em aparência, contudo, é confortável a situação brasileira. Em primeiro lugar, há o problema 
da distribuição(c): o líquido é tanto mais abundante onde menor é a população e mais preser-
vadas são as florestas, como na Amazônia. No litoral do país, assim como nas regiões Sudeste 
e Nordeste (onde se concentra 70% da população), muitos centros urbanos já enfrentam difi-
culdades de abastecimento.
Para anuviar o horizonte, sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global(b). Com as 
crescentes emissões de gases do efeito estufa, a atmosfera terrestre retém mais calor do Sol 
perto da superfície. Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar(e), energia que alimenta 
os ventos e tempestades.
Se os resultados das simulações do clima futuro feitas por modelos de computador estiverem 
corretos, algumas regiões poderão sofrer estiagens mais frequentes e graves, enquanto outras 
ficarão sujeitas a inundações.
O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, um comitê com alguns dos maiores especialistas 
do país em climatologia, fez projeções sobre as alterações prováveis nas várias regiões, mas 
com diferentes graus de confiabilidade. As mais confiáveis valem para a Amazônia (aumento 
de temperatura de 5 °C a 6 °C e queda de 40% a 45% na precipitação até o final do século), para 
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o semiárido, no Nordeste (respectivamente 3,5 °C a 4,5 °C e − 40% a − 50%), e para os pampas, 
no Sul (2,5 °C a 3 °C de aquecimento e 35% a 40% de aumento de chuvas).
Não é possível afirmar com certeza que recentes secas no Sudeste e no Nordeste ou as inun-
dações em Rondônia tenham relação direta com a mudança global e regional do clima. Tam-
pouco se pode excluir que tenham. Por outro lado, é certo que esses flagelos, assim como 
o custo bilionário que acarretam, constituem uma boa amostra do que se deve esperar nas 
próximas décadas para o caso de o aquecimento global se agravar.
Ficar sem água, porém, é cena cada vez mais incomum no Nordeste, mesmo no semiárido, re-
gião onde moram 22 milhões de pessoas(a) e onde as chuvas são pouco previsíveis. Um siste-
ma improvisado de cisternas e açudes já supre, ainda que de forma irregular, as necessidades 
básicas da população, mesmo a mais isolada.
É uma realidade muito diferente das muitas secas do passado. Algumas das piores estiveram 
associadas ao fenômeno El Niño, aquecimento anormal das águas do Pacífico que costuma 
ser acompanhado de estiagens severas na Amazônia e no Nordeste.
(Adaptado de: Projeto multimídia Líquido e Incerto. Autores: ALMEIDA, Lalo de. LEITE, Marcelo. GERAQUE, Edu-
ardo. CANZIAN, Fernando. GARCIA, Rafael. AMORA, Dimmi. Disponível em: arte.folha.uol.com.br)
... energia que alimenta os ventos e tempestades.
No contexto, o verbo da frase acima possui o mesmo tipo de complemento do que se 
encontra em:
a) região onde moram 22 milhões de pessoas
b) sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global
c) Em primeiro lugar, há o problema da distribuição
d) o Brasil é um país rico nesse insumo
e) Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar
O verbo ALIMENTAR é transitivo direto (que alimenta os ventos e tempestades).
Vamos, então, em busca do verbo TD.
�a) O verbo MORAR é transitivo indireto e rege a preposição EM, por isso houve o emprego do 
pronome ONDE, retomando a palavra “região”. O sintagma “22 milhões de pessoas” é o SUJEI-
TO da construção.
�b) Na ordem direta (sujeito + verbo + complemento), temos: “os riscos de piora com o aqueci-
mento global sobrevêm”, assim o verbo SOBREVIR é intransitivo.
�c) O verbo HAVER, no sentido de existência/ocorrência, É TRANSITIVO DIRETO: seu comple-
mento direto é “o problema da distribuição”. Essa é a resposta.
�d) O verbo SER é um verbo de ligação.
�e) O verbo AUMENTAR é intransitivo, sendo seu SUJEITO “a temperatura das massas de ar”.
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026. (FCC/DPE-RO/NÍVEL SUPERIOR/ADMINISTRADOR/2015)
A morte e a morte do poeta
Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista Marcos Resende primeiro tratou de verifi-
car que estava vivo, bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem na sua secretária eletrôni-
ca: “Hoje é 27 e eu não morri. Não posso atender porque estou na outra linha dando a mesma 
explicação”. Quando li esta nota, me lembrei de como tudo neste mundo caminha cada vez 
mais depressa. Em 1862, chegou aqui a notícia da morte de Gonçalves Dias.
Opoeta estava a bordo do Grand Condé havia cinquenta e cinco dias. O brigue chegou a Mar-
selha com um morto a bordo. À falta de lazareto, o navio estava obrigado à caceteação da qua-
rentena. Gonçalves Dias tinha ido se tratar na Europa e logo se concluiu que era ele o morto. A 
notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão presidida por d. Pedro II. Suspensa 
a sessão, começaram as homenagens ao que era tido e havido como o maior poeta do Brasil.
Suspeitar que podia ser mentira? Impossível. O imperador, em pleno Instituto Histórico, só po-
dia ser verdade. Ofícios fúnebres solenes foram celebrados na Corte e na província. Vinte e cin-
co nênias saíram publicadas de estalo. Joaquim Serra, Juvenal Galeno e Bernardo Guimarães 
debulharam lágrimas de esguicho, quentes e sinceras. O grande poeta! O grande amigo! Que 
trágica perda! As comunicações se arrastavam a passo de cágado. Mal se começava a aliviar 
o luto fechado, dois meses depois chegou o desmentido: morreu, uma vírgula! Vivinho da silva.
A carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É mentira! Não morri, nem morro, nem hei de 
morrer nunca mais!” Entre exclamações, citou Horácio: “Não morrerei de todo.” Todavia, mor-
reu, claro. E morreu num naufrágio, vejam a coincidência. Em 1864, trancado na sua cabine 
do Ville de Boulogne, à vista da costa do Maranhão. Seu corpo não foi encontrado. Terá sido 
devorado pelos tubarões. Mas o poeta, este de fato não morreu.
[...]
(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p.107-8)
Joaquim Serra, Juvenal Galeno e Bernardo Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quen-
tes e sinceras.
O verbo transitivo empregado com o mesmo tipo de complemento com que foi empregado o 
verbo grifado acima está em:
a) É mentira!
b) A notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão presidida por d. Pedro II.
c)... que estava vivo, bem vivo.
d) E morreu num naufrágio...
e) Entre exclamações, citou Horácio...
Duas observações a respeito dessa questão. Ao contrário do que vimos até esse momento, 
pela primeira vez o candidato terá de voltar ao texto para analisar, no contexto, a transitividade 
do verbo. Jogo sujo da banca, mas ela está lá para isso mesmo, não é?
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Segunda: marquei no texto as passagens em análise para que o aluno não perca tempo pro-
curando, mas essa facilidade você não terá na hora da prova. Então, sugiro que, nesse caso, 
leia a questão e marque, no texto, as passagens, para não se iludir com o “canto da sereia” do 
examinador, ok?
Vamos lá.
No enunciado, o verbo destacado foi “debulhar”, que, na construção, possui um objeto direto 
(TD): “debulharam lágrimas…”.
Buscamos, pois, o verbo transitivo direto.
�a) “É mentira!” – verbo de ligação.
�b) “A notícia chegou ao Instituto Histórico…” – TRANSITIVO INDIRETO. Os verbos que denotam 
movimento (ir, chegar) normalmente regem a preposição “a”. Na linguagem coloquial, o bra-
sileiro emprega esse verbo CHEGAR com a preposição “em” (chegou em casa). Tal regência 
não é abonada pela norma culta, como observa Luft no Dicionário Prático de Regência Verbal 
(citado no início da aula): “… penso que em texto escrito culto formal se ajusta o chegar a”.
�c) “… que estava vivo…” – verbo de ligação.
�d) “… morreu num naufrágio” – INTRANSITIVO.
�e) “Entre exclamações, citou Horácio” – aqui estava a maldade da banca, porque, fora do con-
texto, não teríamos como afirmar que o verbo em negrito seria INTRANSITIVO (= Horário citou) 
ou TRANSITIVO DIRETO ([alguém] citou Horário). Por isso, precisamos voltar ao texto:
A carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É mentira! Não morri, nem morro, nem hei de 
morrer nunca mais!” Entre exclamações, citou Horácio: “Não morrerei de todo.” Todavia, morreu, 
claro. E morreu num naufrágio, vejam a coincidência. Em 1864, trancado na sua cabine do Ville 
de Boulogne, à vista da costa do Maranhão. Seu corpo não foi encontrado. Terá sido devorado 
pelos tubarões. Mas o poeta, este de fato não morreu.
A partir do contexto, podemos observar que o sujeito do verbo CITAR é “o poeta” – foi ele quem 
citou Horácio com a frase: “Não morrerei de todo.”. Assim, confirmamos que o verbo CITAR, na 
construção, é TRANSITIVO DIRETO, a resposta da questão.
Letra e.
027. (FCC/MANAUSPREV/TÉCNICO/2015) Encontra-se o mesmo tipo de complemento que 
o sublinhado no segmento Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológi-
cas da Amazônia... (5º parágrafo) em:
a) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909.
b) ...a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente”...
c) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho.
d) ... que dispunha de diversas peças...
e) ... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia...
O verbo VASCULHAR, na construção, possui complemento direto: “áreas arqueológicas da 
Amazônia”. TRANSITIVO DIRETO.
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GRAMÁTICA
Vejamos os demais verbos das opções.
�a) “João Barbosa faleceu” – INTRANSITIVO.
�b) “… a cultura miracanguera continua oficialmente ‘inexistente’…” – Nessa construção, CONTI-
NUAR é VERBO DE LIGAÇÃO.
�c) “Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho” – 
TRANSITIVO DIRETO! Essa é a resposta.
�d) “… dispunha de diversas peças” – TRANSITIVO INDIRETO.
�e) “… ainda existem regiões ocultas – A dificuldade desta opção é perceber que a oração não 
está na ordem direta (SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO).
O verbo EXISTIR, como vimos na aula sobre Concordância, é pessoal (possui sujeito) e cos-
tuma ser intransitivo. Já o verbo HAVER (no sentido de “existência”) é impessoal (não possui 
sujeito) e apresenta transitividade direta, ou seja, o que se lhe segue é objeto direto. Nesta 
oração, na ordem direta, teríamos “regiões ocultas existem”. Assim, notamos que o verbo é 
INTRANSITIVO, e não transitivo direto.
Letra c.
028. (FCC/MPE-PB/ANALISTA/2015) Honolulu é um dos milhares de exemplos a que pode-
mos recorrer.
O verbo sublinhado acima possui o mesmo tipo de complemento que o empregado em:
a) A indústria do turismo cria um mundo fictício de lazer...
b) O sujeito pertence ao lugar como este a ele.
c) O lugar é, em sua essência, produção humana...
d) Só a viagem como descoberta, busca do novo, abre a perspectiva de recomposição...
e)... e que, por isso, observa.
A dificuldade da questão está no fato de que o complemento verbal não está na forma de um 
substantivo, mas de um pronome relativo. A regência do verbo RECORRER é transitiva indireta 
(alguém recorre A alguma coisa). Vamos, então, analisar a regência dos demais verbos.
�a) “A indústria (…) cria um mundo fictício…” – TRANSITIVO DIRETO.
�b) “O sujeito pertence ao lugar…” – TRANSITIVO INDIRETO (alguém pertence a alguma coisa). 
Essa é a resposta!
�c) “O lugar é, (…), produção humana…” – VERBO DE LIGAÇÃO.
�d) “Só a viagem (…) abre a perspectiva…” – TRANSITIVO DIRETO.
�e) “… e que, por isso, observa” – INTRANSITIVO.
Letra b.
029. (FUNDATEC/PREFEITURA DE NOVO HORIZONTE/PROFESSOR/2019) Na frase “Eles 
também ensinam a criança a conjugar o verbo pedir em todos os modos e tempos”, retirada do 
texto, o verbo “ensinar”, quanto à predicação, é classificado como:
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
a) De ligação.
b) Intransitivo.
c) Transitivo direto.
d) Transitivo indireto.
e) Transitivo direto e indireto.
O verbo ENSINAR é um dos que admitem várias possibilidades – podemos:
Ensinar algo (OD = COISA) a alguém (OI = PESSOA)
Ensinar alguém (OD = PESSOA) a fazer algo (OI – oracional)
Na construção, ocorre essa última estrutura, com o objeto direto representado pela pessoa (a 
criança) e o objeto indireto, pela ação (a conjugar o verbo pedir em todos os modos e tempos).
Por isso, na construção, esse verbo se apresenta como transitivo direto e indireto.
Letra e.
030. (FGV/MPE-AL/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018)
NÃO FALTOU SÓ ESPINAFRE
A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos. Mostrou também danos morais.
Aconteceu num mercadinho de bairro em São Paulo. A dona, diligente, havia conseguido al-
gumas verduras e avisou à clientela. Formaram-se uma pequena fila e uma grande discussão. 
Uma senhora havia arrematado todos os dez maços de espinafre. No caixa, outras freguesas 
perguntaram se ela tinha restaurante. Não tinha. Observaram que a verdura acabaria estra-
gada. Ela explicou que ia cozinhar e congelar. Então, foram ao ponto: caramba, havia outras 
pessoas na fila, ela não poderia levar só o que consumiria de imediato?
“Não, estou pagando e cheguei primeiro”, foi a resposta.
Compras exageradas nos supermercados, estoques domésticos, filas nervosas nos postos de 
combustível – teve muito comportamento na base de cada um por si.
Cabem nessa categoria as greves e manifestações oportunistas. Governo, cedendo, também 
vou buscar o meu – tal foi o comportamento de muita gente.
Carlos A. Sardenberg, in O Globo, 31/05/2018.
“A dona, diligente, havia conseguido algumas verduras e avisou à clientela.”
Dentre as formas de reescrever um segmento desse trecho, assinale a que está gramatical-
mente incorreta.
a) Avisou à clientela de que havia conseguido verduras.
b) Avisou à clientela que havia conseguido verduras.
c) Avisou a clientela de que havia conseguido verduras.
d) Avisou à clientela ter conseguido verduras.
e) Avisou a clientela de ter conseguido verduras.
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GRAMÁTICA
Mais um dos verbos “polivalentes”.
Podemos:
Avisar algo a alguém
Avisar alguém de algo
O que não pode é haver dois objetos diretos ou dois objetos indiretos. Busquemos a sugestão 
incorreta!!!!
Vamos lá.
�a) Avisou à clientela (OI) DE QUE... (OI)... – errado.
Logo na opção A, o examinador apresentou os dois complementos regidos por preposição 
– não pode!
Essa é a resposta.
Letra a.
031. (CESPE/TCE-RN/ASSESSOR JURÍDICO/2015)
Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever, uma obrigação.
Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a lei, informar ao Tribunal de Contas 
do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos even-
tualmente praticados pelos agentes públicos.
A garantia desse preceito advém da própria Constituição do estado do Rio Grande do Norte, em 
seu artigo 55, § 3º, que estabelece que qualquer cidadão, partido político ou entidade organi-
zada da sociedade pode apresentar, ao TCE/RN denúncia sobre irregularidades ou ilegalidades 
praticadas no âmbito das administrações estadual e municipal.
Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto Exercício da cidadania, julgue o 
item seguinte.
Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “informar ao Tribunal de Contas do 
Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos” (l. 2 e 3) for reescrito da seguinte 
forma: informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) sobre os 
atos ilegítimos.
O verbo INFORMAR segue o padrão do verbo AVISAR, estudado anteriormente, e também ad-
mite a transitividade direta e indireta para coisa ou pessoa, indistintamente:
informar algo a alguém/informar alguém de algo.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Mas há espaço para um objeto direto e um objeto indireto – não podemos usar a preposição 
nos dois elementos, como sugeriu o examinador: informar ao Tribunal de Contas (...) sobre os 
atos ilegítimos.
Esse verbo também pode se apresentar na forma pronominal (informar-se de algo), caso em 
que o pronome exercerá a função de objeto direto.
Errado.
032. (FCC/TRF-1ª/TÉCNICO/2011)
1. De dezembro de 1951 a abril de 1974, a aventura
brasileira de Elizabeth Bishop estendeu-se por 22 anos
– alguns deles, os anos finais, vividos em Ouro Preto,
sobretudo após a morte de Lota de Macedo Soares, sua
5. companheira, em 1967. A cidade não tomou conhecimento
da grande escritora americana, cujo centenário
de nascimento se comemorou dias atrás. Nós, os então
jovens escritores de Minas, também não. Hoje leitor
apaixonado de tudo o que ela escreveu, carrego a frustração
10. retroativa de ter cruzado com Elizabeth em Ouro
Preto sem me dar conta da grandeza de quem ali estava,
na sua Casa Mariana − estupenda edificação por ela
batizada em homenagem à poeta Marianne Moore, sua
amiga e mestra. Consolam-me as histórias que saltam
15. de seus livros e, em especial, da memória de seus
(e meus) amigos Linda e José Alberto Nemer, vinhetas
que juntei na tentativa de iluminar ainda mais a personagem
retratada por Marta Goes na peça Um Porto para
Elizabeth. Algumas delas:
20. * Ela adorava aquela casa, construída entre 1698, dois
anos após a descoberta do ouro na região, e 1711,
quando Ouro Preto foi elevada à condição de vila.
Comprou-a em 1965 e não teve outra na vida, a não ser
o apartamentinho de Boston onde morreria em 1979.
25. Tinha, dizia, “o telhado mais lindo da cidade”, cuja forma
lhe sugeria “uma lagosta deitada de bruços”. Bem cuidada,
a casa, agora à venda, pertence aos Nemer desde
1982.
* “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth ao poeta
30. Robert Lowell, “porque tudo lá foi feito ali mesmo, à
mão, com pedra, ferro, cobre e madeira. Tiveram que
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
inventar muita coisa − e tudo está em perfeito estado há
quase 300 anos”.
(Humberto Werneck. “Um porto na Montanha”. O Estado de S. Paulo. Cidades/Metrópole. Domingo, 13 de feve-
reiro de 2011, C10)
“Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth ao poeta Robert Lowell...
No segmento acima, o verbo “gostar” está empregado exatamente com a mesma regência 
com que está empregado o verbo da seguinte frase:
a) Os manifestantes de todas as idades desfilaram pelas ruas da cidade.
b) Não junte este líquido verde com aquele abrasivo.
c) A casa pertence aos Nemer desde 1982.
d) Patrocinou o evento do último sábado.
e) Encontraram com um comerciante essas anotações.
Essa questãonão foi nem um pouco fácil, e você verá por quê.
O verbo GOSTAR é, na construção, TRANSITIVO INDIRETO (gostar DE alguma coisa).
Nota: Celso Luft faz uma observação sobre o emprego de objeto indireto oracional, ou seja, 
o complemento verbal vir na forma de uma oração – nesse caso, faculta-se a omissão da 
preposição: “Gosto (de) que me agradem o cabelo.”, mas, ressalte-se, o verbo continua sendo 
transitivo indireto e a oração, nesse caso, continuaria sendo classificada como uma oração 
subordinada substantiva objetiva indireta (ainda que a preposição tenha sido omitida). O quê? 
Você tremeu ao ler “oração subordinada substantiva...”? Trauma de infância, quando a profes-
sora lecionava esse ponto e o obrigava a decorar?!?! Fique calmo(a), pois não farei isso com 
você (“Ufa!”) – esse ponto será apresentado na aula sobre Períodos e você verá que o bicho 
não é tão feio como lhe parecia (rs...).
De volta à questão, estamos em busca de um verbo transitivo indireto.
�a) “Os manifestantes (...) desfilaram pelas ruas...” = o próprio Dicionário de Regência não deixa 
claro se o verbo DESFILAR é transitivo indireto ou intransitivo – nesse caso, não sabemos se o 
complemento “pelas ruas” seria objeto indireto (verbo transitivo indireto) ou adjunto adverbial 
(verbo intransitivo), então devemos deixar essa opção com um ponto de interrogação (ou uma 
caveira, se preferir...rs...) e verificar se há outra “melhor”.
�b) “Não junte este líquido verde com aquele abrasivo” – o verbo possui dois complementos: o 
objeto direto (este líquido verde) e o objeto indireto (com aquele abrasivo).
Veja o que Luft ensina sobre o verbo JUNTAR, acompanhado do conectivo COM: “A prepo-
sição com é mais indicada para ressaltar a ideia de ‘companhia’: ‘Quando se quer ressaltar a 
ideia daquilo a que se junta, pondo em companhia: Não junte um com outro’ (Nascentes, 1960: 
134). Traduzindo: o verbo JUNTAR rege as preposições “a” e “com”. Segundo o autor, citando 
Antenor Nascentes, ressalta que devemos optar pela preposição “com” quando a intenção for 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
realçar o elemento com que se junta algo (ou seja, dar ênfase ao objeto indireto). Sendo um 
verbo TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO, eliminamos a opção.
�c) “A casa pertence aos Nemer...” – o verbo PERTENCER é transitivo indireto: alguma coisa per-
tence a alguém. Em relação a essa regência não há nenhuma dúvida. Por isso, descartamos 
a opção A (o examinador considerou aquele verbo intransitivo) e marcamos esta opção como 
resposta.
Isso é saber fazer prova – não vá marcando a resposta. Em caso de dúvida, faça uma marca e 
verifique as demais opções.
�d) O verbo PATROCINAR possui um complemento direto: “Patrocinou o evento...”.
�e) “Encontraram com o comerciante essas anotações”.
Cuidado! Não à toa o examinador colocou a expressão “com o comerciante” próxima do verbo, 
mas note que, na ordem direta (sujeito + verbo + complemento verbal + adjunto adverbial), a 
construção seria: “Encontraram essas anotações com o comerciante”.
No sentido de “realizar um encontro” ou “dar de frente, deparar-se, chocar-se”, o verbo ENCON-
TRAR admite a seguinte transitividade: direta (encontrar alguém), direta pronominal e indireta 
(encontrar-se com alguém) e, finalmente, indireta (encontrar com alguém).
Sobre o emprego dessa preposição “com” junto ao verbo ENCONTRAR, Celso Luft observa 
que originalmente esse verbo era somente transitivo direto (encontrar alguém/encontrar-se). A 
preposição “com” teria sido introduzida em função de seus traços semânticos como “junção, 
choque, companhia”, levando à forma “encontrar COM alguém” ou “encontrar-se COM alguém”. 
Posteriormente, em um processo de simplificação (o que é comum de ocorrer em relação à 
regência, haja vista “assistir O jogo”, em vez de “assistir AO jogo”) houve a perda do pronome, 
transformando-se em “encontrar com alguém”.
A maior parte dos gramáticos só aceitam essa terceira forma (encontrar com alguém) na lin-
guagem coloquial. Assim, sendo exigida a norma culta padrão em prova, só seriam válidas as 
duas primeiras sintaxes (encontrar alguém/encontrar-se com alguém).
Tudo muito bem, tudo muito bom, mas... (rs... suspense!)... a regência de um verbo passa pelo 
sentido que ele apresenta na construção. A depender do sentido, a regência de um verbo pode 
ser alterada.
Na construção “encontraram as anotações com o comerciante”, o verbo ENCONTRAR não apre-
senta o sentido de “realizar um encontro” ou “chocar-se” (todo aquele “blá-blá-blá” acima...
rs...), mas “localizar”.
Assim, seria apenas transitivo direto (encontraram as anotações = localizaram as anotações) 
e a expressão “com o comerciante” tem valor adverbial, com ideia de posse (“Encontraram as 
anotações em posse do comerciante”).
Fica, portanto, o alerta para que o candidato não se deixe levar por lero-lero. Verifique o sig-
nificado do verbo para identificar sua regência. Esse tipo de “sedução” é bem recorrente em 
provas do Cespe, mas nada impede que seja apresentado nas provas de outras bancas.
Letra c.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Já que falamos em norma culta e linguagem coloquial, veja a questão seguinte.
033. (FCC/DEFENSORIA-RS/2011) Dentre as questões linguísticas, o texto também apresen-
ta discussão sobre a linguagem culta e a linguagem informal.
Qual das alternativas expressa essas linguagens, respectivamente?
a) “Assistir à televisão” e “visar a um objetivo”.
b) “Atender o telefone” e “responder a pergunta”.
c) “Responder à pergunta” e “assistir à televisão”.
d) “Responder a pergunta” e “visar um objetivo”.
e) “Visar a um objetivo” e “atender o telefone”.
A língua é viva e sofre variações ao longo do tempo. O que antigamente era condenado pode 
passar a ser aceito, em função do uso. Essa mudança é muito comum em relação à regência 
de verbos (o que chamam de “inovações sintáticas”).
Modernamente, não se ouve mais o verbo ASSISTIR (que é transitivo indireto: assistir ao filme, 
ao jogo) de acordo com a sintaxe recomendada pela norma culta. Dada a proximidade semân-
tica com o verbo VER (que é transitivo direto), as pessoas passaram a usar o verbo ASSISTIR, 
no sentido de ver/presenciar, como transitivo direto (assistir o jogo, o espetáculo), mas desta-
camos que essa não é a norma padrão e, para a prova, deve o candidato levar o que indica a 
gramática normativa, ou seja, o verbo transitivo indireto, regendo a preposição “a”.
De olho nas ruas (rs...), o examinador elaborou essa questão. Queria que o candidato apon-
tasse a expressão culta (norma padrão) e a coloquial (usada pelo povo), respectivamente. 
Então, vamos lá.
�a) Os verbos ASSISTIR (no sentido de “ver/presenciar”) e VISAR (no sentido de “ter por objeti-
vo”) são transitivos indiretos. As duas formas indicadas pelo examinador reproduzem a forma 
culta da regência desses verbos: “assistir à televisão” (contração da preposição “a” com o arti-
go definido feminino “a”) e “visar a um objetivo”.
Apesar de perfeitas as construções, não era isso o que buscávamos, mas o emprego formal e 
informal da sintaxe de regência, respectivamente.
�b) Os verbos ATENDER e RESPONDER são dois que sofreram alterações sintáticas ao longo do 
tempo.
ATENDER: No sentido de “escutar e responder” (como registra Luft), o verbo ATENDER pode 
ser transitivo direto (atender o telefone) ouindireto (atender ao telefone), indiferentemente, 
mas a sintaxe original (formal) exige o emprego da preposição: atender ao telefone (aliás, 
única regência usada em Portugal). Em função disso, eliminamos essa opção, que exige para 
a primeira alternativa o emprego da linguagem formal.
Sigamos na análise da regência deste verbo, que dá muito “pano pra manga”...rs...
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
No sentido de “dar ou prestar atenção”, também aceita as duas regências (direta e indireta), 
mas, quando usado com pronome, só deve se registrar a forma direta: “O diretor atendeu aos 
alunos/os alunos [tanto faz]”, mas, com pronome, só direta: “O diretor atendeu-os.”, isso porque 
a sintaxe originalmente era direta.
Finalmente, no sentido de “acatar, seguir, obedecer”, aceita também as duas transitividades 
(atendeu a ordem/atendeu à ordem), mas a transitividade direta se prefere, em função de sem-
pre ser possível a transformação em construção de voz passiva (a ordem foi atendida).
Assim, a forma “atender o telefone” é aceita na linguagem informal, mas originalmente exigia 
a preposição: “atender ao telefone”.
RESPONDER – A regência primária era a indireta (responder a algo), sendo esta a sintaxe exigi-
da pelos puristas: “responder à pergunta”. Assim, a forma “responder a pergunta” (direta) está 
consagrada na linguagem brasileira (se cair em prova sem que haja menção à linguagem for-
mal, pode marcar como certa), mas não é aceita pela norma culta.
�c) Vimos que a forma “responder à pergunta” (com preposição) é registro de norma culta (Até 
aqui, tudo bem), só que o segundo elemento da opção deveria apresentar o registro informal, o 
que não se observa. Informalmente, o verbo ASSISTIR é usado sem a preposição.
�d) Como vimos no comentário à opção B, a norma culta exige o emprego da preposição na 
construção “Responder à pergunta”.
�A segunda forma apresenta o registro informal do verbo VISAR. No sentido de “ter por objeti-
vo”, este verbo rege a preposição “a” (visou ao emprego, ao aumento de salário).
�e) Perfeita a opção. O primeiro registro apresenta o uso formal do verbo VISAR, ao passo que 
o segundo indica uma forma coloquial do verbo ATENDER, no sentido empregado.
Difícil essa questão por envolver verbos que sofreram alteração de regência e explorar o em-
prego formal/informal desta.
Letra e.
034. (FUNDATEC/PREFEITURA DE TRÊS DE MAIO/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Na 
linha 08, a expressão “dizia respeito” é seguida de uma preposição “a”, em virtude de sua re-
gência. Analise as frases a seguir e assinale a alternativa cuja lacuna poderia ser preenchida 
pela mesma preposição.
a) Ele visava _____ os documentos no local reservado para sua assinatura.
b) Ele visava ____ o cargo máximo da carreira.
c) Ele aspirou _____ o perfume da flor.
d) Esqueci-me _____ os fatos desagradáveis do dia.
e) Interessei-me ____ esta pesquisa.
O verbo VISAR, a depender do sentido, pode apresentar transitividades diferentes:
• no sentido de “dar um visto”, é transitivo direto: visava os documentos (opção A);
• no sentido de “ter por objetivo”, é transitivo indireto, com a preposição “a”: visava ao car-
go (opção B – a resposta).
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
O verbo ASPIRAR, assim como o verbo VISAR, também modifica sua relação com o comple-
mento a depender do sentido:
• no sentido de sorver, é transitivo direto: aspirar o perfume da flor (opção C);
• como “pretender, objetivar”, é transitivo indireto: aspirar ao cargo.
O verbo ESQUECER merece uma lição exclusiva, na próxima questão.
Por fim, alguém se interessa POR alguma coisa.
Letra b.
035. (CESPE/SE-DF/PROFESSOR/2017)
Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.1089.
A respeito dos aspectos gramaticais desse poema, julgue o item a seguir.
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta 
a seguinte reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.
Tudo o que for visto sobre o verbo ESQUECER se aplica ao verbo LEMBRAR.
Eles podem ser:
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
• Transitivos diretos: esquecer/lembrar algo;
• Transitivos diretos (pronominais) e indiretos: esquecer-se/lembrar-se de algo.
Então, em resumo, ou ligam-se diretamente ao complemento, ou apresentam-se com o “combo 
pronome + preposição”. Não pode usar apenas a preposição, como sugerido pelo examinador.
Errado.
036. (FUNDEP/PREFEITURA DE UBERLÂNDIA/ANALISTA CULTURAL/2019) Analise a tiri-
nha a seguir.
Quanto à regência do verbo “assistir”, assinale a alternativa correta, considerando a 
norma-padrão.
a) A regência encontra-se correta, pois, por se tratar de verbo transitivo direto, “assistir” não 
rege preposição.
b) No sentido utilizado no último quadrinho, o verbo “assistir”, assim como quando significa 
“prestar assistência”, é transitivo indireto; portanto, a regência está incorreta.
c) No sentido de “ver”, como utilizado no quadrinho, o verbo “assistir” é transitivo direto e indi-
reto; portanto, o uso de preposição é facultativo, e a tirinha está correta.
d) “Assistir”, no sentido utilizado pela última tirinha, é transitivo indireto; portanto, exige prepo-
sição, o que coloca a tirinha em desacordo com a norma-padrão.
O verbo ASSISTIR pode apresentar as seguintes transitividades:
• no sentido de prestar assistência, socorrer, ajudar, auxiliar, é indiferentemente transitivo 
direto ou transitivo indireto: O médico assistiu o/ao doente.
• no sentido de residir, é transitivo indireto, com a preposição em: Por muitos anos, assisti 
em Bangu.
• no sentido de ver, presenciar, é transitivo indireto, com a preposição a: Assistiu ao jogo, 
ao espetáculo.
Luft observa, citando Celso Cunha, que “na linguagem coloquial brasileira, o verbo constrói-se 
(...) de preferência com objeto direto (assisti o jogo), e escritores modernos têm dado acolhida 
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GRAMÁTICA
à regência gramaticalmente condenada”, e continua: “Isso não impede que, para a linguagem 
culta formal, se aconselhe a regência originária (assistira um espetáculo)”.
Letra d.
037. (FCC/CMSP/PROCURADOR LEGISLATIVO/2014) É INADEQUADA a construção do seg-
mento sublinhado na frase:
a) Gostaria que sempre me assistisse o direito de escolher entre um e outro tipo de leitura.
b) Quanto aos livros, ela acha preferível manuseá-los do que reconhecê-los num monitor.
c) Muita gente ainda prefere ler um livro impresso a visualizá-lo numa tela.
d) Minha preferência de leitura recai sobre os velhos livros impressos, e não sobre os virtuais.
e) A opinião que ele ousou expedir é a de que nada substitui o prazer de ler um livro de papel.
Essa é uma questão “clássica”, em que procuramos a opção com deslize em relação à sintaxe 
de regência.
Para começar, já falamos sobre o verbo ASSISTIR, nos sentidos de “VER, PRESENCIAR” (assis-
tir AO jogo), de “PRESTAR ASSISTÊNCIA” (assistir o/ao doente) e de “MORAR, RESIDIR” (assistir 
EM algum lugar).
Agora, chegou a vez do verbo ASSISTIR no sentido de CABER, COMPETIR: algo compete a al-
guém. Já deu para perceber que ele é TRANSITIVO INDIRETO, com a preposição “a”, em relação 
à pessoa. Esse objeto indireto também pode se apresentar na forma pronominal, como ocor-
reu na opção A: “sempre ME ASSISTISSE o direito...”. Note que “o direito” não é complemento 
verbal, mas SUJEITO da construção. Tudo certo na opção A.
Na opção B, o verbo PREFERIR, assim como o adjetivo correspondente, rege a preposição 
“a”: alguém prefere uma coisa A outra/algo é preferível A outra. Cuidado, pois, na linguagem 
coloquial, costumamos ouvir e falar: “prefiro uma coisa DO QUE outra”, “prefiro MUITO MAIS”, 
construções condenadas pela gramática normativa. Esse é o erro da questão.
Em C, voltamos a falar sobre o verbo PREFERIR, desta vez da forma recomendada: “prefere 
LER... a VISUALIZÁ-LO”.
Note, nesta construção, a perfeita correlação entre os complementos: tanto no objeto direto 
quanto no objeto indireto temos ORAÇÕES. Isso é o que se chama de PARALELISMO SINTÁTI-
CO: dar a elementos em situações sintáticas equivalentes o mesmo tratamento. Se, em vez de 
uma oração, resolvêssemos usar um substantivo em um dos elementos, melhor seria substi-
tuir o outro também: “prefere a LEITURA à VISUALIZAÇÃO”.
Na opção D, o verbo RECAIR corretamente foi regido pela preposição SOBRE.
Por fim, a opção E apresenta uma oração iniciada por um pronome relativo “que”. Esse assunto, 
também bastante recorrente nas provas da FCC, será tratado a partir de agora.
O pronome relativo é o termo que substitui um antecedente em uma oração subordina-
da adjetiva.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Se, nesta oração, o pronome relativo exercer a função de OBJETO INDIRETO ou COMPLEMEN-
TO NOMINAL, a preposição exigida pelo verbo ou nome deverá anteceder o pronome.
Observando a questão da prova, o verbo EXPEDIR é transitivo direto, e o pronome relativo (que 
substitui “opinião”) exerce a função de OBJETO DIRETO.
Se substituíssemos o pronome pelo nome, a oração adjetiva seria:
“Ele ousou expedir A OPINIÃO [OD]”
Como este verbo não exige preposição alguma, está correta a forma “A opinião QUE ELE OU-
SOU EXPEDIR...”. 
Letra b.
038. (FCC/TRT-16ª/ANALISTA/2014) O segmento do verbete que apresenta descuido quanto 
à regência é:
a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis.
b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-se com o equilíbrio eco-
lógico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social.
c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar da comunidade.
d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] conservar a vitalidade da 
terra e a biodiversidade.
e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] promover o desenvolvimen-
to sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.
Mais uma vez, o examinador explora a regência “compartilhada” por dois ou mais verbos em 
relação a um único termo regido.
Na opção C, o verbo RESPEITAR é transitivo direto (respeitar alguém), ao passo que o verbo 
CUIDAR é transitivo indireto (cuidar de alguém). Em função dessa “divergência”, os verbos não 
podem “dividir” o mesmo complemento. O correto seria: “procura respeitar A COMUNIDADE e 
cuidar dela.”.
Vamos analisar as demais opções.
�a) Quando há mais de um termo regido (políticas e práticas organizacionais) em relação a um 
único termo regente (Adoção), desde que se use a mesma preposição, podemos empregar o 
conectivo antes do primeiro elemento, omitindo nas demais ocorrências. É isso o que aconte-
ce em “Estatuto da Criança e Adolescente”. Também poderíamos repetir o conectivo (se for o 
caso, acompanhado de artigo) antes de cada termo regido: “Estatuto da Criança e do Adoles-
cente”.
�b) Foi exatamente isso o que aconteceu nesta opção. A combinação preposição + artigo an-
tecede cada um dos termos regidos: “inter-relacionando-se com o equilíbrio ecológico, com o 
desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social”.
�Qual a diferença entre as opções de repetir ou omitir o conectivo (+ artigo)?
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GRAMÁTICA
�Se formarmos um único “bloco”, como na opção A, estamos dando ênfase ao conjunto. Se re-
petirmos conectivo (+ artigo) antes de cada elemento, damos ênfase aos elementos.
�d) Nesta opção, pode ter suscitado dúvidas a estrutura “procura conservar a vitalidade da terra 
e a biodiversidade”. Alguns candidatos poderiam pensar que ficou faltando uma preposição 
antes de “a biodiversidade”, mas acontece que não faltou nada, simplesmente porque “a bio-
diversidade” é objeto direto de “conservar”, bem como “a vitalidade da terra”. Por isso, está 
correta a frase.
e) O verbo PROMOVER apresenta três complementos diretos: “o desenvolvimento sustentável”, 
“o bem-estar” e “a qualidade de vida”. Tudo perfeito!
Letra c.
039. (FCC/TRF-4ª/TÉCNICO/2014)
Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objetivo para viver noutro mun-
do. A janela iluminada noite adentro isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida 
subjetiva. Árvores ramalham. De vez em quando passam passos. Lá no alto estrelas teimosas 
namoram inutilmente a janela iluminada. O homem, prisioneiro do círculo claro da lâmpada, 
apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa do seu corpo, está suspenso no ponto 
ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço. No tapete voador só há lugar para 
dois passageiros: Leitor e autor.
O leitor ingênuo é simplesmente ator. Quero dizer que, num folhetim ou num romance policial, 
procura o reflexo dos seus sentimentos imediatos, identificando-se logo com o protagonista 
ou herói do romance. Isto, aliás, se dá mais ou menos com qualquer leitor, diante de qualquer 
livro; de modo geral, nós nos lemos através dos livros.
Mas no leitor ingênuo, essa lei dos reflexos toma a forma de um desinteresse pelo livro como 
obra de arte. Pouco importa a impressão literária, o sabor do estilo, a voz do autor. Quer di-
vertir-se, esquecer as pequenas misérias da vida, vivendo outras vidas desencadeadas pelo 
bovarismo da leitura. E tem razão. Há dentro dele uma floração de virtualidades recalcadas 
que, não encontrando desimpedido o caminho estreito da ação, tentam fugir pela estrada lar-
ga do sonho.
Assim éramos nós então, por não sabermos ler nas entrelinhas. E daquela primeirafase de 
educação sentimental, que parecia inevitável como as espinhas, passava quase sempre o jo-
vem monstro para uma crise de hipercrítica. Devido à necessidade de um restabelecimento 
de equilíbrio, o excesso engendrava o excesso contrário. A pouco e pouco os românticos per-
diam terreno em proveito dos naturalistas. Dava-se uma verdadeira subversão de valores na 
escala da sensibilidade e a fantasia comprazia-se em derrubar os antigos ídolos. Formava-se 
muitas vezes, coincidindo com manifestações mórbidas que são do domínio da psicanálise, 
um pedantismo da clarividência, tão nocivo como a intemperança imaginosa ou sentimental, 
e talvez mais ingênuo, pois refletia um ressentimento de namorado ainda ferido nas suas pri-
meiras ilusões.
(Adaptado de: MEYER, Augusto. “Do Leitor”, In: À sombra da estante, Rio de Janeiro, José Olympio, 1947, p. 
11-19)
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GRAMÁTICA
... esquecer as pequenas misérias da vida...
Quero dizer que, num folhetim ou num romance...
... os românticos perdiam terreno em proveito dos naturalistas.
Com as alterações necessárias, na ordem dada, os complementos verbais dos segmentos 
acima são corretamente substituídos por pronomes em:
a) esquecer-lhes − dizê-los − perdiam-no
b) esquecer-lhes − dizer-lhes − perdiam-lhes
c) esquecê-las − dizê-lo − perdiam-no
d) esquecê-la − dizê-los − perdiam-nos
e) esquecê-las − dizer-lhes − perdiam-no
Agora, a banca começa a explorar questão de regência com pronomes.
Por enquanto, basta-nos lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as” só podem atuar como 
OBJETOS DIRETOS, e os pronomes “lhe, lhes” podem ser OBJETOS INDIRETOS. Os demais 
(nos, vos, se) podem ser tanto OBJETOS DIRETOS, quanto OBJETOS INDIRETOS.
Então, como fazer para saber se o pronome “nos, vos ou se” são Ol ou OD? Trocando o prono-
me por um nome (= substantivo).
A mãe penteou-se.
Vamos trocar o pronome se por “a filha”: “A mãe penteou a filha.”
Pronto! Esse pronome, que está no lugar de “a filha”, exerce a função de OBJETO DIRETO.
A melhor maneira de resolver a questão é eliminando as opções inválidas. Comecemos.
1ª frase: “Esquecer as pequenas misérias da vida”
A função do segmento destacado é complementar o verbo sem preposição, por isso é OBJETO 
DIRETO. Como o núcleo está representado por “misérias”, trocamos os elementos pelo prono-
me “as”. Como o verbo termina com “r”, essa consoante cai e o “as” vira “las”: esquecê-las.
Com isso, eliminamos as opções A, B e D. Você já tem 50% de chances de acertar a questão!
Antes de seguirmos, preciso relembrar as possibilidades de regência do verbo ESQUECER (e 
consequentemente do verbo LEMBRAR).
Os verbos ESQUECER e LEMBRAR possuem duas transitividades: uma bitransitiva (com objeto 
direto – que pode ser pronominal – e objeto indireto) e outra transitiva direta (sem o pronome).
Assim, você pode:
• esquecer algo/lembrar algo;
• esquecer-se de algo/lembrar-se de algo.
Na linguagem das ruas, muita gente acaba usando a segunda forma sem o pronome (esqueci 
de algo), o que é condenado pela gramática normativa.
2ª frase: “Quero dizer que, num folhetim ou num romance…”
O verbo DIZER é transitivo direto (alguém diz alguma coisa). Desta vez, o complemento verbal 
veio na forma de uma oração. Então, é a chance de falarmos sobre VERBO VICÁRIO.
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GRAMÁTICA
Você pode não saber o que é “vicário”, mas sabe o que é um “vigário”?
Aquele religioso que, investido dos poderes de outro, exerce em seu nome sua função (fon-
te: Houaiss).
Então, o vigário é o que fica no lugar do padre. Do mesmo modo, o verbo vicário pode substituir 
algum termo, expressão, oração ou ideia, evitando sua repetição. Veja os seguintes exemplos:
“Há muito tempo eu planejo sair de férias e vou fazê-lo no meio desse ano.”  fazê-lo = fazer 
isso = sair de férias
“Eu lhe jurei que seria fiel e vou sê-lo”  ser isso – ser fiel
Por estar no lugar de outro elemento, o pronome permanece neutro, sem flexão de gênero ou 
número, assim como acontece com o “isso”.
É isso o que acontece nesse item. No lugar de toda a oração “que, num folhetim ou num roman-
ce …”, empregamos um pronome átono com papel vicário: “o”.
“Quero dizê-lo”.
Com essa resposta, chegamos ao gabarito: opção C.
De qualquer modo, por questões didáticas, verificaremos a última frase, mas, se na hora da 
prova, você tiver segurança, marque a resposta e siga para a próxima questão.
3ª frase: “Os românticos perdiam terreno em proveito dos naturalistas”
Agora, a coisa ficou mais simples. Como complemento direto do verbo PERDER, há um subs-
tantivo. Assim, no lugar de “terreno”, usamos o:
“Os românticos perdiam + o”  como fica?
Quando um verbo termina de forma nasal (-ão, -am, -õe) e, em seguida, há um pronome átono 
(o, os, a, as), devemos acrescentar ao pronome a letra “n”, para facilitar a pronúncia. Assim, a 
forma correta seria “perdiam-no”.
Com isso, confirmamos a resposta.
Letra c.
040. (FCC/DPE-RO/NÍVEL SUPERIOR/ADMINISTRADOR/2015) A substituição do elemento 
grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi feita corretamente em:
a) quando veio apanhar a crônica = quando veio apanhar-lhe
b) Depois de cumprir meus afazeres = Depois de cumprir-nos
c) Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas = Já lhes tive
d) pendurei o guarda-chuva = pendurei-no
e) Pedi ao moço de recados = Pedi-lhe
�Esse tipo de questão é “pá-pum”. Basta observar a regência do verbo e substituir o termo subli-
nhado por um pronome. Como sempre, sugiro que o candidato realize a troca mentalmente e, 
só depois, verifique a sugestão do examinador.
�a) “apanhar a crônica”  apanhá-la (cai o “r” e o “a” vira “la”). Item errado.
�b) “cumprir meus afazeres”  cumpri-los. Item errado.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
�c) “Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas  Já os tive. Item errado.
�d) “pendurei o guarda-chuva  Pendurei-o (não há justificativa para o “no”, pois o verbo não 
termina de forma nasal).
�e) “Pedi ao moço de recados  Pedi-lhe – Agora, sim (finalmente!)! Por exercer a função de 
OBJETO INDIRETO do verbo PEDIR, que pode ser bitransitivo: pedir algo (od) e alguém (oi), está 
correta a troca pelo pronome “lhe”.
Letra e.
041. (CESPE/SE-DF/PROFESSOR/2017)
As duas questões mais profundas sobre a mente são: “O que possibilita a inteligência?” e “O 
que possibilita a consciência?”. Com o advento da ciência cognitiva, a inteligência tornou-se 
inteligível. Talvez não seja tão chocante afirmar que, em um nível de análise muito abstrato, o 
problema foi resolvido. Entretanto, a consciência ou a sensibilidade, a sensação nua e crua da 
dor de dente, do rubor, do salgado, continua sendo um enigma embrulhado em um mistério 
dentro do impenetrável. Quando nos perguntamos o que é a consciência, não temos melhor 
resposta que a de Louis Armstrong quando uma repórter perguntou-lhe o que era o jazz: “Moça, 
se você precisa perguntar, nunca saberá”.
Steven Pinker. Como a mente funciona. 2.ªed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002 (com adaptações).
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue 
o próximo item.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida a preposi-
ção sobre imediatamente após “perguntou-lhe”.
O verbo PERGUNTAR é transitivo direto e indireto, sendo o objeto direto a coisa perguntada e o 
indireto, a pessoa a quem se pergunta (perguntar alguma coisa A alguém).
O pronome LHE atua como objeto indireto (pessoa), por isso não pode haver outro complemen-
to indireto em relação à coisa – esse será o objeto direto.
Errado.
042. (FCC/SEFAZ/TÉCNICO/2010)
Até pouco tempo atrás, as empresas costumavam atrelar seu nome às causas verdes princi-
palmente como estratégia de marketing. À medida que o mundo tomava consciência das ques-
tões ambientais, em especial da degradação dos recursos naturais, demonstrar preocupação 
com o planeta era uma forma de lustrar a imagem da companhia e atrair os consumidores para 
suas marcas. Essa relação entre o mundo dos negócios e a natureza avançou dramaticamen-
te. Se antes as empresas patrocinavam o reflorestamento de uma área ou reciclavam seu lixo, 
colocavam a conta na lista de despesas, sem esperar retorno financeiro. Hoje, os custos de 
ações como essas vão para a lista de investimentos, já que podem significar lucros e crescimento 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
nos negócios. Conglomerados como a General Electric, o Walmart e a IBM mantêm projetos de 
ecoeficiência e de preservação do ambiente porque os consideram estratégicos para a própria 
sobrevivência. O que mudou?
“O aquecimento global, a escassez de água, a extinção das espécies e o despejo de produtos 
tóxicos afetaram profundamente o funcionamento da sociedade e também o das empresas”, 
diz o economista Andrew Winston, consultor de grandes companhias para questões ambien-
tais. “Pela primeira vez na história os empresários deparam com limites de crescimento reais 
impostos por questões relacionadas à natureza”, ele completa.
O mundo dos negócios e o mundo natural estão inextricavelmente ligados. Todo produto que 
chega ao consumidor, seja um carro, um tênis ou uma xícara de café, tem origem na extração ou 
na colheita de bens da natureza. Esses bens – a água, as terras cultiváveis, as florestas – são 
finitos. Justamente nesse ponto reside o maior desafio para as empresas. Desde a Revolução 
Industrial, iniciada no século XVIII, o modelo econômico privilegiou a produção em detrimento 
da preservação dos recursos naturais. Essa conta está sendo cobrada agora – e é bem cara.
(Gabriela Carelli. Veja, 9 de junho de 2010, pp. 149-150, com adaptações)
Conglomerados como a General Electric, o Walmart e a IBM mantêm projetos de ecoeficiência 
e de preservação do ambiente... (1º parágrafo)
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento grifado acima aparece na frase:
a) À medida que o mundo tomava consciência das questões ambientais ...
b) Essa relação entre o mundo dos negócios e a natureza avançou dramaticamente.
c)... os empresários deparam com limites de crescimento reais ...
d) O mundo dos negócios e o mundo natural estão inextricavelmente ligados.
e) Todo produto que chega ao consumidor ...
Em “mantêm projetos de ecoeficiência e de preservação do ambiente”, o verbo apresentado no 
enunciado é transitivo direto (alguém mantém algo).
�a) O verbo TOMAR é transitivo direto (o núcleo do objeto direto é “consciência). Observe que o 
termo que exige preposição não é o verbo (que é, como vimos, transitivo direto), mas o subs-
tantivo CONSCIÊNCIA (alguém toma CONSCIÊNCIA DE alguma coisa). Temos aqui um caso 
de REGÊNCIA NOMINAL, e essa era a dificuldade da questão. Encontramos a resposta certa.
�b) O verbo AVANÇAR se encontra na forma intransitiva.
�c) O verbo DEPARAR (que pode ser pronominal também – deparar-se) rege a preposição “com”, 
na construção.
Observa Luft que a sintaxe originária deste verbo era direta (deparar alguém/algo). Em segui-
da, formou-se a voz reflexiva correspondente (alguém depara-se a algo). A ideia de “encontro” 
levou ao emprego da preposição “com” (deparar-se com algo), construção condenada por al-
guns puristas. Como a banca da FCC, de vez em quando, exige o conhecimento da norma culta, 
fica a dica em relação ao verbo DEPARAR.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
�d) O verbo ESTAR é de ligação.
�e) O verbo CHEGAR é transitivo indireto e rege a preposição “a” (a chegar AO consumidor).
Em relação ao emprego de preposições nesses casos, devemos lembrar que:
• os verbos que indicam deslocamento exigem a preposição “a”: “ir a algum lugar”, “di-
rigir-se a” etc.
• verbos que indicam ausência de movimento regem a preposição “em”: “morar em”, “as-
sistir (nesse sentido) em”, “estar em”, “permanecer em”, “ficar em”.
Por isso, o verbo CHEGAR exige a preposição “a” (chegar A algum lugar, e não “em” algum lu-
gar), apesar de o povo já ter alterado essa regência para a preposição EM (uso coloquial, regis-
tre-se, não abonado pela norma culta!!!). Já falamos sobre isso, mas não custa nada reforçar!
Quer uma dica: a melhor maneira de aprender a língua é incorporá-la ao seu dia a dia. Então, a 
partir de hoje, corrija todo mundo que usa “chegar em” e não se esqueça: “Quem diz chegar em 
não chega A lugar algum”.
Letra a.
043. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2019)
Texto 1A1-I
O direito tributário brasileiro depara-se com grandes desafios, principalmente em tempos de 
globalização e interdependência dos sistemas econômicos. Entre esses pontos de atenção, 
destacam-se três. O primeiro é a guerra fiscal ocasionada pelo ICMS. O principal tributo em 
vigor, atualmente, é estadual, o que faz contribuintes e advogados se debruçarem sobre vinte 
e sete diferentes legislações no país para entendê-lo. Isso se tornou um atentado contra o 
princípio de simplificação, contribuindo para o incremento de uma guerra fiscal entre os esta-
dos, que buscam alterar regras para conceder benefícios e isenções, a fim de atrair e facilitar 
a instalação de novas empresas. É, portanto, um dos instrumentos mais utilizados na disputa 
por investimentos, gerando, com isso, consequências negativas do ponto de vista tanto eco-
nômico quanto fiscal.
A competitividade gerada pela interdependência estadual é outro ponto. Na década de 60, a 
adoção do imposto sobre valor agregado (IVA) trouxe um avanço importante para a tributação 
indireta, permitindo a internacionalização das trocas de mercadorias com a facilitação da equi-
valência dos impostos sobre consumo e tributação, e diminuindo as diferenças entre países. 
O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto que, embora se pareça com 
o IVA, não é administrado pelo governo federal – o que dá aos estados total autonomia para 
administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados. A competência estadual do ICMS gera 
ainda dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da Federação, dada a coexistência 
dos princípios de origem e destino nas transações comerciais interestaduais, que gera a já 
comentada guerra fiscal.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
A harmonização com os outros sistemas tributários é outro desafio que deve ser enfrentado. 
É preciso integrar-se aos países do MERCOSUL, além de promover a aproximação aos padrões 
tributários de um mundo globalizado e desenvolvido, principalmente quando se trata de Euro-
pa. Só assim o país recuperará o poder da economia e poderá utilizar essa recuperação como 
condição para intensificar a integração com outros países e para participar mais ativamente 
da globalização.
André Pereira. Os desafios do direito tributário brasileiro. In: DCI – Diário Comércio, Indústria e Serviços. 2/
mar./2017. Internet: <www.dci.com.br> (com adaptações).
Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do trecho “O direito tributário brasilei-
ro depara-se com grandes desafios”, do texto 1A1-I, o segmento “depara-se com” poderia ser 
substituído por
a) depara-se a.
b) confronta com.
c) depara-se diante de.
d) confronta-se a.
e) depara com.
O verbo DEPARAR, no sentido de “aparecer ou surgir de repente, encontrar(-se)”, pode ser tran-
sitivo indireto, com a preposição COM, na forma pronominal ou não (deparar com/deparar-se 
com), mas também aceita a forma transitiva direta (deparar alguém).
Por isso, a forma “depara-se com” poderia ser substituída por “depara com” – opção E.
Letra e.
044. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016)
Texto CB1A1AAA
O tenente Antônio de Souza era um desses moços que se gabam de não crer em nada, que 
zombam das coisas mais sérias e que riem dos santos e dos milagres. Costumava dizer que 
isso de almas do outro mundo era uma grande mentira, que só os tolos temem a lobisomem e 
feiticeiras. Jurava ser capaz de dormir uma noite inteira dentro do cemitério.
Eu não lhe podia ouvir tais leviandades em coisas medonhas e graves sem que o meu cora-
ção se apertasse, e um calafrio me corresse a espinha. Quando a gente se habitua a venerar 
os decretos da Providência, sob qualquer forma que se manifestem, quando a gente chega à 
idade avançada em que a lição da experiência demonstra a verdade do que os avós viram e 
contaram, custa ouvir com paciência os sarcasmos com que os moços tentam ridicularizar as 
mais respeitáveis tradições, levados por uma vaidade tola, pelo desejo de parecerem espíritos 
fortes, como dizia o Dr. Rebelo. Peço sempre a Deus que me livre de semelhante tentação. 
Acredito no que vejo e no que me contam pessoas fidedignas, por mais extraordinário que pa-
reça. Sei que o poder do Criador é infinito e a arte do inimigo, vária.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Mas o tenente Souza pensava de modo contrário!
Apontava à lua com o dedo, deixava-se ficar deitado quando passava um enterro, não se benzia 
ouvindo o canto da mortalha, dormia sem camisa, ria-se do trovão! Alardeava o ardente desejo 
de encontrar um curupira, um lobisomem ou uma feiticeira. Ficava impassível vendo cair uma 
estrela, e achava graça ao canto agoureiro do acauã, que tantas desgraças ocasiona. Enfim, 
ao encontrar um agouro, sorria e passava tranquilamente sem tirar da boca o seu cachimbo de 
verdadeira espuma do mar.
Inglês de Sousa. A feiticeira. São Paulo: Ed. Difusão Cultural do Livro, 2008, p. 7-8 (com adaptações).
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os tolos temem a 
lobisomem e feiticeiras” a preposição “a” poderia ser suprimida.
Uma situação especial: verbos que indicam sentimentos (amar, adorar, louvar, exaltar, temer, 
odiar) admitem o emprego de preposição, sem que alterem sua sintaxe de regência. Esse com-
plemento é o que chamamos por OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO.
Isso certamente você conhece: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
O verbo AMAR é um desses casos. Se substituirmos o nome por um pronome, usamos “o/a/
os/as”, e não “lhe(s)”, uma vez que o emprego da preposição não se deve à regência verbal, 
mas à ênfase que se atribui ao elemento a ser amado.
Assim, o verbo TEMER, que é transitivo direto (temer alguém), foi empregado com um termo 
preposicionado, conectivo esse que poderia ser retirado sem nenhum prejuízo gramatical ou 
semântico à passagem.
Certo.
045. (FCC/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/CGM/2015) Considere o trecho abaixo − adapta-
do de Gramática de usos do português, de Maria Helena de Moura Neves (São Paulo: Edtora 
UNESP, 2000, p. 628 e 633), e o que se tem em I, II e III.
A preposição com funciona no sistema de transitividade, isto é, introduz complemento; pode 
introduzir, por exemplo, complemento de verbo ou de adjetivo.
I – Depois das devidas explicações, o cliente concordou com os advogados/a preposição com 
introduz complemento de verbo.
II – Identificou-se desde o primeiro momento com os ideais do grupo/a preposição com intro-
duz complemento de adjetivo.
III – Triste com a situação, procurou os amigos para esclarecer os fatos./a preposição com 
introduz complemento de adjetivo.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I, II e III.
c) I e II, apenas.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
d) II, apenas.
e) I e III, apenas.
Que primor de questão! Dá até gosto de fazer a prova! (Menos, professora! Menos!)
No enunciado, o examinador reproduz uma lição de Maria Helena de Moura Neves (Gramática 
de usos do Português), em que se analisa o papel da preposição “com” nas frases que serão 
analisadas a seguir.
I – Em “… o cliente concordou com os advogados”, de fato a preposição “com” é exigência do 
verbo CONCORDAR (alguém concorda COM alguma coisa/alguém). ITEM CERTO.
II – Nessa frase, a preposição “com” também está sendo usada por força da regência do verbo 
IDENTIFICAR(-SE), e não de um adjetivo. ITEM ERRADO.
III – Em “Triste com a situação”, quem exige a preposição é o adjetivo “triste” (alguém fica triste 
COM alguma coisa/alguém). Está certa a afirmação do examinador. ITEM CERTO.
Deste modo, estão certas as afirmações I e III, apenas.
Letra e.
046. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/PROFESSOR/2019) Analise as afirmativas abaixo 
sobre regência verbal.
1 – Está correta quanto à regência verbal a seguinte frase: “Os alunos obedeceram às instru-
ções da prova e responderam ao questionário”.
2 – As duas frases a seguir, mantendo o mesmo sentido, estão corretas quanto à regência: “A 
enfermeira assistiu o médico na operação”/“A enfermeira assistiu ao médico na operação”.
3 – “Banhou-se, barbeou-se e foi-se embora.” Nesta frase, temos exemplo de verbo pronominal.
4 – Na frase “Feijoada, o prato que todos os brasileiros gostam”, o verbo “gostar” é transitivo 
direto e, por isso, não é precedido de preposição.
Assinale a opção que indica as afirmativas corretas.
a) 1 – 3
b) 1 – 2
c) 2 – 3
d) 3 – 4
e) 2 – 4
Vamos analisar todas as afirmações.
1 – Os verbos obedecer e desobedecer são transitivos indiretos e regem a preposição a, mas 
cabe observar que, em função de sua origem transitiva direta, são exceções em relação à for-
mação de voz passiva. Sabemos que apenas os objetos diretos possibilitam a transposição 
para voz passiva, só que podemos empregar “pais são obedecidos”, ainda que, atualmente,esses verbos (obedecer/desobedecer) sejam transitivos indiretos.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
O verbo RESPONDER, como já vimos, originalmente apresentava a transitividade indireta (res-
ponder a alguém/alguma coisa), sendo modernamente aceita também a regência direta ou 
indireta (responder alguém/alguma coisa).
Por ter apresentado as duas formas verbais em regência indireta (possíveis), está correta a 
afirmação.
2 – Na acepção de “prestar assistência”, o verbo assistir pode, indistintamente, apresentar 
complemento direto ou indireto (tanto faz). Certa.
3 – Verbos pronominais são os que não existem sem os pronomes, como ARREPENDER-SE, 
QUEIXAR-SE, SUICIDAR-SE. Os verbos indicados na opção não se incluem nessa categoria – 
os pronomes poderiam ser substituídos por nomes (banhou a criança/barbeou seu pai) ou 
mesmo eliminados, como é o caso de “foi-se embora”, em que o papel do pronome é apenas 
expletivo, ou seja, é uma partícula de realce, sem função sintática. Errada.
4 – O verbo GOSTAR é transitivo indireto, com a preposição DE, por isso a forma correta seria 
“Feijoada, o prato DE QUE todos os brasileiros gostam”. Errada.
Estão corretas, portanto, as proposições 1 e 2.
Letra b.
Por hoje é só.
Na próxima aula, trataremos de CRASE, um assunto intimamente relacionado à Sintaxe 
de Regência.
Até lá! Bons estudos.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
MAPAS MENTAIS
Sintaxe de Regência
PALAVRAS REGENTES
NOMES
NUCLEAR
ADVÉRBIOADJETIVOSUBSTANTIVO
PERIFÉRICOS
VERBO
Transitividade Verbal
TRANSITIVIDADE 
VERBAL
INTRANSITIVO
TRANSOBJETIVOS
INTRANSITIVO DIREITO E INDIRETO
VERBO DE LIGAÇÃO
INTRANSITIVO INDIRETO
INTRANSITIVO DIRETO
COMPLEMENTO 
COM 
PREPOSIÇÃO 
OBRIGATÓRIA
DOIS COMPLEMENTOS: UM COM 
PREPOSIÇÃO E OUTRO SEM
Além do complemento, exige a 
informação trazida pelo PREDICATIVO DO 
OBJETO
FORMA PREDICADO NOMINAL E POSSUI 
PREDICATIVO DO SUJEITO
COMPLEMENTO 
SEM 
PREPOSIÇÃO 
OBRIGATÓRIA
SEM COMPLEMENTO
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
QUESTÕES COMENTADAS EM AULA
001. (FUNDATEC/PREFEITURA DE NOVO HORIZONTE/PROFESSOR/2019) Avalie as afir-
mações que seguem a respeito de regência:
I – A sintaxe de regência ocupa-se das relações de dependência que as palavras man-
têm na frase.
II – A regência pode ser verbal ou nominal, conforme trate do regime dos verbos ou dos nomes 
(substantivos e adjetivos). Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência; 
sendo que a escolha desta ou daquela preposição deve, no entanto, obedecer às exigências da 
clareza e da eufonia e adequar-se aos diferentes matizes do pensamento.
III – Derivado do verbo reger ‘governar, comandar, dirigir’; em gramática, emprega-se o termo 
em sentido amplo e restrito. Em sentido amplo, regência equivale à subordinação em geral, em 
que palavras subordinam outras. Em sentido restrito, regência é a subordinação especial de 
complementos às palavras que os preveem na sua significação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
002. (FCC/SABESP/TÉCNICO EM GESTÃO/2014)
Sobre a dificuldade de ler
Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda maior, 
ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da leitura, 
mas da ilegibilidade.
Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, 
mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele nos 
cai literalmente das mãos.
Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando o 
livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto 
a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta.
Há também uma outra e mais radical impossibilidade de ler, que até poucos anos atrás era, antes 
de tudo, comum. Refiro-me aos analfabetos, que, há apenas um século, eram a maioria. Um gran-
de poeta espanhol do século 20 dedicou um livro de poesia seu “ao analfabeto para/por quem eu 
escrevo”. É importante compreender o sentido desse “para/por”.
Gostaria que vocês refletissem sobre o estatuto especial desse livro que, na sua essência, é des-
tinado aos olhos que não podem lê-lo e foi escrito com uma mão que, em um certo sentido, não 
sabe escrever. O poeta ou escritor que escreve pelo/para o analfabeto tenta escrever o que não 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
pode ser lido, põe no papel o ilegível. Mas precisamente isso torna a sua escrita mais interessan-
te do que a que foi escrita somente por/para quem sabe ler.
Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros 
que foram escritos e publicados, mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. Eu 
conheço − e cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e não 
foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se esses livros eram ver-
dadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera, mas de uma exigência. Esses livros não 
esperam, mas exigem ser lidos, mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.
Mas agora gostaria de dar um conselho aos editores e àqueles que se ocupam de livros: parem 
de olhar para as infames, sim, infames classificações de livros mais vendidos e − presume-se − 
mais lidos e tentem construir em vez disso na mente de vocês uma classificação dos livros que 
exigem ser lidos. Só uma editora fundada nessa classificação mental poderia fazer o livro sair da 
crise que − pelo que ouço ser dito e repetido − está atravessando.
(Adaptado de: AGAMBEN, Giorgio. Sobre a dificuldade de ler. Trad. de Cláudio Oliveira. Revista Cult, ano 16, n. 
180. São Paulo: Bregantini, junho de 2013. p. 46 e 47)
O texto menciona um poeta espanhol que dedicou seu livro ao “analfabeto para/por quem” 
escrevia, destacando os diferentes significados que as duas preposições assumem na frase. 
Neste caso, a preposição “por” tem o sentido de
a) junto com.
b) no lugar de.
c) em oposição a.
d) perto de.
e) a respeito de.
003. (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2011)
Ainda que se soubessem todas as palavras de cada figura da Inconfidência, nem assim se po-
deria fazer com o seu simples registro uma composição da arte. A obra de arte não é feita de 
tudo – mas apenas de algumas coisas essenciais. A busca desse essencial expressivo é que 
constitui o trabalho do artista. Ele poderá dizer a mesma verdade do historiador, porém de outra 
maneira. Seus caminhos são outros, para atingir a comunicação. Há umproblema de palavras. 
Um problema de ritmos. Um problema de composição. Grande parte de tudo isso se realiza, 
decerto, sem inteira consciência do artista. É a decorrência natural da sua constituição, da sua 
personalidade – por isso, tão difícil se torna quase sempre a um criador explicar a própria cria-
ção. No caso, porém, de um poema de mais objetividade, como o Romanceiro, muitas coisas 
podem ser explicadas, porque foram aprendidas, à proporção que ele se foi compondo.
Digo “que ele se foi compondo” e não “que foi sendo composto”, pois, na verdade, uma das coi-
sas que pude observar melhor que nunca, ao realizá-lo, foi a maneira por que um tema encontra 
sozinho ou sozinho impõe seu ritmo, sua sonoridade, seu desenvolvimento, sua medida.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
O Romanceiro foi construído tão sem normas preestabelecidas, tão à mercê de sua expressão 
natural que cada poema procurou a forma condizente com sua mensagem. A voz irreprimível 
dos fantasmas, que todos os artistas conhecem, vibra, porém, com certa docilidade, e subme-
te-se à aprovação do poeta, como se realmente, a cada instante, lhe pedisse para ajustar seu 
timbre à audição do público. Porque há obras que existem apenas para o artista, desinteressa-
das de transmissão; outras que exigem essa transmissão e esperam que o artista se ponha a 
seu serviço, para alcançá-la. O Romanceiro é desta segunda espécie.
Quatro anos de quase completa solidão – numa renúncia total às mais sedutoras solicitações, 
entre livros de toda espécie relativos ao especializadamente século 18 – ainda pareceram cur-
tos demais para uma obra que se desejava o menos imperfeita possível, porque se impunha, 
acima de tudo, o respeito por essas vozes que falavam, que se confessavam, que exigiam, 
quase, o registro da sua história.
E era uma história feita de coisas eternas e irredutíveis: de ouro, amor, liberdade, traições...
Mas porque esses grandiosos acontecimentos já vinham preparados de tempos mais antigos 
e foram o desfecho de um passado minuciosamente construído – era preciso iluminar esses 
caminhos anteriores, seguir o rastro do ouro que vai, a princípio como o fio de um colar, ligando 
cenas e personagens, até transformar-se em pesada cadeia que prende e imobiliza num des-
tino doloroso.
Cecília Meireles. Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência. In: Romanceiro da Inconfidência. 3.ª ed., Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 2005, p. XVI-XVII (com adaptações).
Considerando as relações morfossintáticas no texto bem como os recursos estilísticos nele 
empregados, julgue (C ou E) o item subsequente.
Os vocábulos “decorrência” (l.5), “condizente” (l.11) e “irreprimível” (l.11) regem termos que 
lhes complementam, necessariamente, o sentido.
004. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE/ASSISTENTE DE GESTÃO PÚBLICA/2019)
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar 
para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As 
cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corre-
dor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo – e as cidades não são exceção, segundo análise do 
Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e de-
sigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente, en-
traram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre uma futura 
desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa possibilidade. 
Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão 
moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes 
como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento 
de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma 
espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possi-
bilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão 
mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de: “5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em: 
https://epocanegocios.globo.com)
No que respeita à regência, segundo a norma-padrão, a alternativa que apresenta um comple-
mento nominal correto para o vocábulo sublinhado em Programas similares... é:
a) àqueles de Tallinn.
b) naqueles de Tallinn.
c) por aqueles de Tallinn.
d) sobre aqueles de Tallinn.
e) com aqueles de Tallinn.
005. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019)
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo 
fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência. Não há período histórico que 
não tenha sido julgado, de uma parte ou de outra, como um período em crise. Ouvi falar de cri-
se em todas as fases da minha vida: depois da Primeira Guerra Mundial, durante o fascismo e 
o nazismo, durante a Segunda Guerra Mundial, no pós-guerra, bem como naqueles que foram 
chamados de anos de chumbo. Sempre duvidei que o conceito de crise tivesse qualquer utili-
dade para definir uma sociedade ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver 
o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas 
ajudar a que se compreenda que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o 
risco de parecer leviano. Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é 
difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença 
em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou 
até mesmo biológicas.
Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais. Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Edi-
tora UNESP, 2002, p. 160-1 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item 
que se segue.
Nos trechos “intenção de difamar” e “nem de deplorar”, a preposição “de” poderia ser substitu-
ída por em, sem que a correção gramatical do texto fosse comprometida.
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GRAMÁTICA
006. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS/PROGRAMADOR/2019)
É difícil ignorar a sensação........ estamos sendo vigiados quando navegamos na internet.
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
a) de que.
b) à qual.
c) sobre a qual.
d) em que.
e) ao que.
007. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/PROFESSOR/2019)
De tanto pegadio com o neto, até nos menores que fazeres fora de hora meu avô me queria 
com a cara metida nas coisas que as suas mãos manejavam.Era o seu jeito mais congruente 
de me passar o afeto calado de sua companhia, e ao mesmo tempo me adestrar na sabedoria 
que apanhara dos antepassados rurais: pequenos conhecimentos cristalizados em hábitos re-
correntes que eram exercidos todos os dias no amanho da terra e no cultivo dos animais, com 
a entranhada naturalidade de quem já nasceu posseiro de seus segredos e de sua magia. Além 
de lavrar no Engenho Murituba os bens de consumo que abasteciam a sua gente, meu avô 
ainda tinha o domínio razoável de todos os pequenos ofícios necessários ao bom andamento 
de sua produção.
Francisco J. C. Dantas. Coivara da memória. São Paulo: Estação Liberdade, 1991, p. 174.
Com relação às propriedades linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
No trecho “pequenos ofícios necessários ao bom andamento de sua produção”, o emprego de 
“ao” indica a presença de preposição a, exigida pela regência de “necessários”, e artigo definido 
masculino singular o, que antecede “bom andamento”.
008. (CESPE/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2014)
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade 
e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos 
os Estados e sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do 
mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e 
por todos os espaços geográficos, afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, 
independentemente de classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de relevância 
na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a associação do tráfico de 
drogas ilícitas e dos crimes conexos – geralmente de caráter transnacional – com a criminali-
dade e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania nacional e afetam a estrutura social e 
econômica interna, devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao tráfico de dro-
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
gas, articulando-se internamente e com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus 
mecanismos de prevenção e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
No que se refere aos aspectos linguísticos do fragmento de texto acima, julgue o próximo item.
O emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência do 
vocábulo “conexos”.
009. (FCC/SABESP/CONTROLADOR DE SISTEMAS DE SANEAMENTO/2018)
O filósofo sempre foi considerado um personagem bizarro, estranho, capaz de cair num poço 
quando se embrenha em suas reflexões − é o que contam a respeito de Tales (cerca de 625-
547 a.C.). O primeiro filósofo, segundo a tradição grega, combina enorme senso prático para os 
negócios com uma capacidade de abstração que o retira do mundo. Por isso é visto como in-
divíduo dotado de um saber especial, admirado porque manipula ideias abstratas, importantes 
e divinas. No fundo não está prefigurando as oposições que desenharão o perfil do homem do 
Ocidente? O divino Platão e o portentoso Aristóteles fizeram desse estranhamento o autêntico 
espanto diante das coisas, o empuxo para a reflexão filosófica.
Nos dias de hoje essa imagem está em plena decadência; o filósofo se apresenta como um 
profissional competindo com tantos outros. Ninguém se importa com as promessas já inscri-
tas no nome de sua profissão: a prometida amizade pelo saber somente se cumpre se a inves-
tigação for levada até seu limite, cair no abismo onde se perdem suas raízes. A palavra grega 
filosofia significa “amigo da sabedoria”, por conseguinte recusa da adesão a um saber já feito 
e compromisso com a busca do correto.
Em contrapartida, o filósofo contemporâneo participa do mercado de trabalho. Torna-se mais 
seguro conforme aumenta a venda de seus livros, embora aparente desprezar os campeões 
de venda. Às vezes participa do jogo da mídia. Graças a esse comércio transforma seu saber 
em capital, e as novidades que encontra na leitura de textos, em moeda de troca. Ao tratar 
as ideias filosóficas como se fossem meras opiniões, isoladas de seus pressupostos ligados 
ao mundo, pode ser seduzido pela rigidez de ideias sem molejo, convertendo-se assim num 
militante doutrinário. Outras vezes, cai nas frivolidades da vida mundana. Não vejo na prática 
da filosofia contemporânea nenhum estímulo para que o estudioso se comprometa com uma 
prática moral e política mais consciente de si mesma, venha a ser mais tolerante às opini-
ões alheias.
Num mundo em que as coisas e as pessoas são descartáveis, a filosofia e o filósofo também 
se tornam dispensáveis, sempre havendo uma doutrina ou um profissional capaz de enaltecer 
uma trama de interesses privados. A constante exposição à mídia acaba levando o filósofo a 
dizer o que o grande público espera dele e, assim, também pode usufruir de seus quinze mi-
nutos de celebridade. Diante do perigo de ser engolfado pela teia de condutas que inverte o 
sentido original de suas práticas, o filósofo, principalmente o iniciante, se pretende ser amante 
de um saber autêntico, precisa não perder de vista que assumiu o compromisso de afastar-se 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
das ideias feitas − ressecadas pela falta da seiva da reflexão − e de desconfiar das novidades 
espalhafatosas. Se aceita consagrar-se ao estudo das ideias, que reflita sobre o sentido de seu 
comportamento.
(Adaptado de: GIANNOTTI, José Arthur. Lições de filosofia primeira. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, 
edição digital)
... e de desconfiar das novidades espalhafatosas. (último parágrafo)
No trecho acima, o emprego da preposição em destaque justifica-se pela regência do termo
a) compromisso.
b) desconfiar.
c) afastar-se.
d) reflexão.
e) assumiu.
010. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA/ESPECIALISTA EM DESPORTOS/2019)
“se ambos devem atingir a mesma perfeição da qual são capazes.”
Nesse segmento, emprega-se a preposição de em função de um termo posterior: capazes.
O mesmo ocorre na seguinte frase:
a) “O esporte necessita de muita dedicação e esforço.”
b) “Os homens de fibra praticam esporte diariamente.”
c) “Gosto de que todos cheguem na hora marcada.”
d) “Essa é a prática esportiva de que todos necessitam.”
e) “A prática de todos os esportes favorece a boa saúde.”
011. (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018)
A atividade de inteligência é o exercício de ações especializadas para a obtenção e análise de 
dados, produção de conhecimentos e proteção de conhecimentos para o país. Inteligência e 
contrainteligência são os dois ramos dessa atividade. A inteligência compreende ações de ob-
tenção de dados associadas à análise para a compreensão desses dados. A análise transfor-
ma os dados em cenário compreensível para o entendimento do passado, do presente e para 
a perspectiva de como tende a se configurar o futuro. Cabe à inteligência tratar fundamental-
mente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de auxiliar o usuário a tomar 
decisões de maneira mais fundamentada. A contrainteligência tem como atribuições a produ-
ção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à proteção de dados, conhecimentos, 
infraestruturas críticas – comunicações, transportes, tecnologias de informação – e outros 
ativos sensíveis e sigilosos de interessedo Estado e da sociedade. O trabalho desenvolvido 
pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a espionagem, a sabotagem, 
o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos 
estrangeiros.
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).
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GRAMÁTICA
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto.
O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso 
a preposição presente na expressão “contra ameaças” fosse substituída pela preposição de.
012. (CESPE/MPU/ANALISTA/APOIO JURÍDICO/2018)
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita 
a respeito de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de 
ser capturado por nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também 
demanda uma enunciação clara e uma análise arrazoada.
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racio-
nalmente sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação 
racional. É fácil ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com 
uma alastrada fome coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada 
sobre a justiça e a injustiça. Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se 
pudesse ter sido evitada, em especial se aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la 
tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir 
que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes (Trad.). São Paulo: Companhia das 
Letras, 2011 (com adaptações).
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora manti-
vesse o sentido do texto, prejudicaria sua correção gramatical.
013. (CESPE/CBM-AL/SOLDADO/2017)
O açúcar arrasou o Nordeste. A faixa úmida do litoral, bem regada por chuvas, tinha um solo de 
grande fertilidade, muito rico em húmus e sais minerais, coberto por matas tropicais da Bahia 
até o Ceará. Essa região de matas tropicais converteu-se em região de savanas. Naturalmente 
nascida para produzir alimentos, passou a ser uma região de fome. O latifúndio açucareiro, 
destrutivo e avassalador, deixou rochas estéreis, solos lavados, terras erodidas. Fizeram-se, a 
princípio, plantações de laranjas e mangas, que foram abandonadas e se reduziram a peque-
nas hortas que rodeavam a casa do dono do engenho, exclusivamente reservadas para a fa-
mília do plantador branco. Os incêndios que abriam terras aos canaviais devastaram a floresta 
e com ela a fauna; desapareceram os cervos, os javalis, as toupeiras, os coelhos, as pacas e 
os tatus. A flora e a fauna foram sacrificadas, nos altares da monocultura, à cana-de-açúcar. A 
produção extensiva esgotou rapidamente os solos. A abundância e a prosperidade eram, como 
de costume, simétricas à miséria da maioria da população, que vivia em estado crônico de 
subnutrição. Daqueles tempos coloniais nasceu o costume, ainda vigente, de comer terra. An-
tigamente, castigava-se esse “vício africano” colocando-se mordaças nas bocas das crianças 
ou pendurando-as dentro de cestas a grande distância do solo. A falta de ferro provoca anemia; 
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GRAMÁTICA
o instinto leva as crianças a compensar com terra os sais minerais que não encontram em sua 
comida habitual. O Nordeste brasileiro padece hoje a herança da monocultura do açúcar.
Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina.Galeano de Freitas (Trad.). Rio de Janeiro, Paz e Terra 
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o item a seguir.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a expressão “re-
servadas para a família” fosse alterada para reservadas à família.
014. (CESPE/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)
Serviço de tráfego de embarcações (vessel traffic service – VTS)
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativa-
mente o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em 
que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
Internacionalmente, os sistemas de VTS são regulamentados pela International Maritime Or-
ganization, sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International As-
sociation of Maritime Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha 
do Brasil, autoridade marítima do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua 
implantação e operação.
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar 
o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado 
automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de 
TV, sensores ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e 
apresentação de dados. Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, 
ao qual cabe, na sua área de responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, ado-
tar ações de combate à poluição, planejar a movimentação de embarcações e divulgar infor-
mações ao navegante. Adicionalmente, o Centro VTS pode fornecer informações que contribu-
am para o aumento da eficiência das operações portuárias, como a atualização de horários de 
chegada e partida de embarcações.
Internet: <www defensea com br> (com adaptações)
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item 
que se segue.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um 
radar”, fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
015. (CESPE/ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E 
AUDIOVISUAL/2013)
O principal objetivo do cinema é retratar as emoções. O teatro pode recorrer às frases de efei-
to e sustentar o interesse da plateia por meio de diálogos eminentemente intelectuais, e não 
emocionais. Já para o ator de cinema, a ação é fundamental: é o único meio de assegurar a 
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GRAMÁTICA
atenção do espectador, e mais, o seu significado e a sua unidade emergem dos sentimentos e 
das emoções que a determinam. No cinema, mais do que no teatro, os personagens são, antes 
de tudo, sujeitos de experiências emocionais. A alegria e a dor, a esperança e o medo, o amor 
e o ódio, a gratidão e a inveja, a solidariedade e a malícia conferem ao filme significado e valor. 
Quais as possibilidades de o cinema exprimir esses sentimentos de forma convincente?
Sem dúvida, uma emoção que não podemanifestar-se verbalmente perde parte de sua força; 
no entanto, os gestos, os atos e as expressões faciais se entrelaçam de tal forma no processo 
psíquico de uma emoção intensa que, para cada nuança, pode-se chegar à expressão carac-
terística. Basta o rosto – os rictos em torno da boca, a expressão dos olhos, da testa, os mo-
vimentos das narinas e a determinação do queixo – para conferir inúmeras nuanças à cor do 
sentimento. O close-up pode avivar muito a impressão. É no auge da emoção no palco que o 
espectador de teatro recorre aos binóculos para captar a sutil emoção dos lábios, a paixão ou 
o terror expressos no olhar, o tremor das faces. Na tela, a ampliação por meio do close-up acen-
tua ao máximo a ação emocional do rosto, podendo também destacar o movimento das mãos, 
por meio do qual a raiva e a fúria, o amor ou o ciúme falam em linguagem inconfundível. Se a 
cena tende para o humor, um close-up de pés em colóquio amoroso pode muito bem contar o 
que se passa no coração dos seus donos. Os limites, todavia, são estreitos. Muitos sintomas 
emocionais, tais como corar ou empalidecer, se perderiam na expressão meramente fotográfi-
ca, e, o que é mais importante, essas e muitas outras manifestações dos sentimentos fogem 
ao controle voluntário. Os atores de cinema podem recriar os movimentos cuidadosamente, 
imitando as contrações e os relaxamentos dos músculos, e, mesmo assim, ser incapazes de 
reproduzir os processos mais essenciais à verdadeira emoção – os que se passam nas glân-
dulas, nos vasos sanguíneos e nos músculos autônomos.
Hugo Munsterberg. As emoções. In: Ismail Xavier. A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal, 1983, p. 46-7 
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos apresentados no texto, julgue o item subsequente.
A substituição da preposição “de” por a, em “sujeitos de experiências emocionais”, manteria a 
correção gramatical do texto, mas não o seu sentido original.
016. (CESPE/BRB/ADVOGADO/2010)
O mundo moderno, caracterizado pela globalização, pela revolução tecnológica e pelo avanço 
irrestrito da Internet, sinaliza uma crise mundial complexa, multidimensional, cujas facetas 
afetam inexoravelmente nossa saúde, nosso modo de vida e a qualidade do meio ambiente e 
das relações sociais, políticas e econômicas. Essa crise, cujas dimensões incluem aspectos 
intelectuais, morais e espirituais, exige a substituição da noção de estruturas sociais estáticas 
por uma percepção de padrões dinâmicos de mudança: mudanças estruturais em nossas ins-
tituições sociais, nos valores e, fundamentalmente, nas ideias.
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É hoje crítico para a sobrevivência de qualquer organização o reconhecimento de que a criativi-
dade é a mola mestra para o sucesso de seus empreendimentos, sendo responsável pela própria 
sustentação das empresas no competitivo mundo dos negócios. Os profissionais criativos e em-
preendedores estão sendo cada vez mais valorizados nos seus ambientes de trabalho. São eles 
– não as máquinas, nem o capital – os verdadeiros responsáveis pelo sucesso de uma empresa.
Ângela M.R.Virgolim. Criatividade e saúde mental: desafio à família e à escola. In: A.M.R.Virgolim (org.). Talento 
criativo, Brasília: Ed. UnB, p. 29-30 (com adaptações).
Julgue o item a respeito da organização das estruturas linguísticas no desenvolvimento do texto.
No texto, o emprego do substantivo “substituição” exige as preposições presentes nos trechos 
“da noção” e “por uma percepção”, para indicar os dois termos envolvidos na ideia de troca.
017. (FCC/TRT 8/TÉCNICO/2010)
O Polo Norte está ameaçado: o oceano gelado que o rodeia começou a derreter. O colapso da 
calota teve início. O explorador alemão Arvel Fuchs calcula que, durante o verão de 2009, os 
gelos derretidos do Polo Norte equivalem a quatro vezes a área da Alemanha. Dez filmes nos 
mostraram o sofrimento de ursos magros e extraviados à procura de seus antigos reinos invio-
lados de gelo. A partir deste verão, é possível que navios pioneiros consigam unir o Canadá à 
Sibéria. Esse desaparecimento da calota polar que envolve há milhões de anos o cimo da Terra 
é um grande movimento da história. A última “terra incógnita” vai desaparecer.
O imenso silêncio, os horizontes infinitos, as vastas brancuras do Polo Norte e seu nada vão 
ser substituídos por regiões às quais os homens, seus barulhos, seus motores a explosão, 
seus bancos, seus contêineres, terão acesso. Vamos assistir a um fenômeno raro: uma subver-
são da geografia que se desenrolará diante de nossos olhos. Semelhante aventura provocará 
grandes transformações econômicas em escala planetária: de um lado, o mar, quando ficar 
desimpedido e acessível, poderá ser explorado pelos homens. Ele deixará que engenheiros e 
operários revolvam suas entranhas até agora interditas.
Paralelamente, os navios poderão ligar diretamente a América ou a Europa ao Extremo Oriente, 
em vez de fazê-lo por enormes e custosos desvios pelo sul da África ou pelo Canal de Suez.
As nações que margeiam o Oceano Ártico já estão na linha de largada: Estados Unidos, Rússia, 
Canadá, Groenlândia (Dinamarca) e Noruega. Os olhos brilham de cobiça à espera da abertura 
de um cofre-forte cheio de lingotes. Que lingotes? Carvão, cobre, bilhões de barris de petróleo, 
bilhões de metros cúbicos de gás, cobalto, antimônio, níquel, peixes. Uma caverna de Ali Babá.
(Trecho do artigo de Gilles Lapouge. O Estado de S. Paulo, Economia, B14, 11 de julho de 2010)
Em relação à passagem do 3º parágrafo “... os navios poderão ligar diretamente...”, avalie a 
afirmação abaixo:
O verbo grifado exige a presença de dois complementos: um, direto; o outro, indireto, unido a 
ele por meio de preposição.
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018. (FUNDATEC/PREFEITURA DE IMBÉ/2020)
A Obsessão por ser feliz
Reflexões sobre felicidade são antigas na história da humanidade. Estão até na obra de gran-
des filósofos gregos, como Platão e Aristóteles. Aliás, o conceito aristotélico de eudaimonia 
– condição de bem-estar originada no desenvolvimento pleno das potencialidades de cada um 
a serviço do bem comum – é ainda hoje estudado e central nas pesquisas sobre o que nos 
faz felizes. O que é recente é essa ideia intrusiva de que precisamos buscar a felicidade a todo 
instante – tem muito a ver com o processo produtivo de rendimento máximo surgido após a 
Revolução Industrial e cada vez mais intensificado pelo capitalismo.
De tão onipresente, tornou-se ela mesma causa de infelicidade. “Hoje, existe o conceito de uma 
felicidade permanente que depende exclusivamente de nós mesmos. Se ela acontece, era o es-
perado. Quando ela não vem, vira causa de culpa, inadequação. Faz as pessoas questionarem 
onde erraram”, explica o psicanalista Christian Dunker, professor da Universidade de São Paulo. 
A psicóloga e mestre zen-budista monja Kokai concorda. “Se você é infeliz, fracassou. Se não 
teve sucesso nos negócios, fracassou. Toda a culpa é do indivíduo. Isso é massacrante”, diz.
Foi exatamente essa sensação que levou a bancária gaúcha Bruna Teixeira, 31 anos, para a 
terapia. “Projetava coisas demais para o futuro e deixava o hoje de lado”, relata. “É complicado 
mudar essa lógica porque é muito difícil não criar expectativas”, completa. Bruna conta que 
chegou a se sentir em dívidaaté mesmo com a terapeuta e se desculpou porque não esta-
va cumprindo as tarefas planejadas durante as sessões da terapia cognitivo-comportamental 
(TCC). Diante das redes sociais, o sentimento de insatisfação é amplificado. “No Instagram, 
essas influenciadoras digitais têm corpos maravilhosos e querem vender tratamentos estéti-
cos. Falam de exercícios com personal e dieta com nutricionista. Elas postam fotos de seus 
relacionamentos perfeitos. É o que mais me deixa ansiosa, sabe?”, desabafa.
O impacto das redes sociais na saúde mental já virou uma preocupação nos consultórios. Pes-
quisadores da Royal Society para a Saúde Pública da Grã-Bretanha entrevistaram cerca de 1,5 
mil jovens com idade entre 14 e 24 anos sobre 14 pontos relativos ao bem-estar. Em seguida, 
as plataformas foram ranqueadas em termos de efeitos positivos e negativos. Resultado: o 
Instagram, que deixa Bruna ansiosa, foi a rede social com pior impacto na saúde mental dos 
participantes. Outra pesquisa, feita com cerca de 1 milhão de pessoas pelo Moment, aplicativo 
que monitora como são utilizados os smartphones, também relacionou o uso exagerado do 
Instagram a problemas como distúrbios do sono, ansiedade, depressão, solidão e distorção 
da imagem corporal. Na enquete realizada, 63% dos que passavam mais de uma hora por dia 
nessa rede social relataram se sentir infelizes.
(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/estilo-de-vida/obsessao-feliz-tornando-ansiosas-depressivas/ – 
texto adaptado especialmente para esta prova.)
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GRAMÁTICA
Assinale a alternativa que indica a correta transitividade do verbo destacado no trecho a seguir: 
“Se não teve sucesso nos negócios”, retirado do texto.
a) Verbo de ligação.
b) Verbo intransitivo.
c) Verbo transitivo direto e indireto.
d) Verbo transitivo direto.
e) Verbo transitivo indireto.
019. (CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018)
Texto 6A1AAA
Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que se não con-
fundiu imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado, confun-
dido ou imaginado nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se 
não é erro tomar as palavras à letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. 
Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos 
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas. Quem não sabe deve perguntar, ter essa humil-
dade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que 
nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando, pois não 
faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar 
cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância. 
Nestas ajoujadas estantes, milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma curio-
sidade inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento. 
Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diversas 
fontes de informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as 
tecnologias da informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, 
é altura de dizê-lo, inclui-se entre os mais mal pagos do orbe. Um dia, mas Alá é maior, qual-
quer corrector de livros terá ao seu dispor um terminal de computador que o manterá ligado, 
noite e dia, umbilicalmente, ao banco central de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar 
que entre esses dados do saber total não se tenha insinuado, como o diabo no convento, o 
erro tentador.
Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, 
e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá 
fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as ex-
plicações do universo, também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre 
oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidên-
cia do seu erro próprio.Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma 
cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados dicionários da língua e 
vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do 
Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6.
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Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se segue.
Em “disse-o quem sabia” e em “Quem não sabe deve perguntar”, o verbo saber é intransitivo.
020. (CESPE/STF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) O item apresenta fragmentos adaptados 
de textos diversos. Julgue-o quanto à correção gramatical.
Desde a sua promulgação, a Constituição da República Federativa do Brasil comprometeu-se 
a tratar, de forma igualitária e justa, aos cidadãos brasileiros.
021. (FCC/CMSP/TÉCNICO LEGISLATIVO/2014)
... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era também cantor-compositor.
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o destacado acima está empregado em:
a) E Adoniran estava tão estabelecido como ator...
b) Primeiro surgiu o cantor-compositor...
c) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...
d) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil...
e)... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução...
022. (FCC/TRF 4/TÉCNICO/2014) Possuem os mesmos tipos de complemento os verbos 
grifados em:
a)... nossa época produz milagres todos os dias. //... o mito de que as humanidades humanizam.
b) Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio... // Um deles é o de Gilles Lipovetski...
c) A pós-modernidade destruiu o mito de que... //... nossa época produz milagres todos os dias.
d) Essa cultura de massas nasce com o predomínio... //... e nem sempre contribui para...
e)... as ciências podem prosperar nas proximidades... // A pós-modernidade destruiu o 
mito de que...
023. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/2018) A questão se baseia no 
texto apresentado abaixo.
Limites da ciência
Os deuses parecem ter um prazer especial em desmoralizar quem faz profecias sobre os limi-
tes da ciência. Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos 
a composição química das estrelas. Bem, o método existe e hoje sabemos do que elas são 
feitas. Sabemos até que nós somos feitos de poeira estelar.
É verdade que Comte não era cientista, mas filósofo. Só que cientistas não se saem muito me-
lhor. Um dos maiores físicos de seu tempo, lorde Kelvin, escreveu em 1900: “Não há mais nada 
novo a ser descoberto na física; só o que resta fazer são medidas cada vez mais precisas”. 
Vieram depois disso relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc.
Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido). Ele 
sabe, portanto, que caminha em terreno perigoso quando se propõe a discutir os limites do 
conhecimento humano. Mas Du Sautoy, que é professor de matemática em Oxford e autor de 
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vários livros de divulgação, tenta jogar em território razoavelmente seguro. Ele vai às fronteiras 
da ciência em que já temos informações suficientes para saber que há barreiras formidáveis a 
um conhecimento total.
A teoria do caos, por exemplo, assegura que nunca conseguiremos fazer previsões de longo 
prazo acerca de fenômenos como a meteorologia e engarrafamentos de trânsito. O problema 
é que alterações mínimas nas condições iniciais podem produzir alterações dramáticas depois 
de um tempo – e nós nunca temos conhecimento completo do presente.
Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável 
inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento. Ao final, Du Sautoy 
retorna à sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas da incompletude de 
Gödel, que criam embaraços para a própria matemática. É diversão certa para quem gosta de 
grandes questões.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: www.folha.uol.com.br. 19.11.2017)
Vieram depois disso relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc. (2º parágrafo)
A forma verbal empregada nessa frase é intransitiva, assim como a destacada em:
a) Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido).
b) Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável 
inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento.
c) Ao final, Du Sautoy retorna à sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas 
da incompletude de Gödel [...]
d) Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos a compo-
sição química das estrelas.
e) Sabemos até que nós somos feitos de poeira estelar.
024. (FGV/CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR/ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL/2018)
Quem protege os cidadãos do estado?
Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate
O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações internacionais ratificadas 
pelos países, busca garantir aos cidadãos o acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no 
entanto, inúmeras situações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo 
políticas públicas autoritárias, investindo poucos recursos nos serviços públicos essenciais e 
envolvendo civis em conflitos armados, por exemplo.
Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a evitar que haja risco para 
a vida das pessoas nesses casos, como a Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos 
sem Fronteiras. Por meio de acordos internacionais, essas instituições conseguem atuar em 
regiões de conflito onde há perigo para a população.
Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência de voluntariado em 
uma guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960. Um grupo de médicos e jornalistas decidiu 
criar uma organização que pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida 
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em conflitos e guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma posição política favo-
rável ou contrária aos lados envolvidos. Assim, seus membros conseguem chegar a regiões 
remotas e/ou sob forte bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco de vida.
Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é preciso que as partes 
envolvidas no conflito respeitem os direitos dos pacientes atendidos. Assim, a organização 
informa a localização de suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é 
proporcionar uma atuação transparente, que sublinhe o caráter humanitário da ação dos pro-
fissionais da organização.
O segmento abaixo que apresenta dois complementos (direto e indireto) é:
a) “garantir aos cidadãos o acesso pleno”;
b) “coloca a população em risco”;
c) “investindo poucos recursos nos serviços públicos”;
d) “haja risco para a vida das pessoas”;
e) “conseguem atuar em regiões de conflitos”.
025. (FCC/SEMAR-PI/AUDITOR-FISCAL AMBIENTAL/2018) Atenção: Considere o texto 
abaixo para responder a questão abaixo.
Com cerca de 16% da água doce disponível na Terra, o Brasil é um país rico nesse insumo(d) 
que a natureza provê de graça. Cada habitante conta com mais de 43 mil m3 por ano dos 
mananciais, mas apenas 0,7% disso termina utilizado. Nações como a Argélia e regiões como 
a Palestina, em contraste, usam quase a metade dos recursos hídricos disponíveis, e outras 
precisam obter recursos hídricos por dessalinização de água do mar.
Só em aparência, contudo, é confortável a situação brasileira. Em primeiro lugar, há o problema 
da distribuição(c): o líquido é tanto mais abundante onde menor é a população e mais preser-
vadas são as florestas, como na Amazônia. No litoral do país, assim como nas regiões Sudeste 
e Nordeste (onde se concentra 70% da população), muitos centros urbanos já enfrentam difi-
culdades de abastecimento.
Para anuviar o horizonte, sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global(b). Com as 
crescentes emissões de gases do efeito estufa, a atmosfera terrestre retém mais calor do Sol 
perto da superfície. Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar(e), energia que alimenta 
os ventos e tempestades.
Se os resultados das simulações do clima futuro feitas por modelos de computador estiverem 
corretos, algumas regiões poderão sofrer estiagens mais frequentes e graves, enquanto outras 
ficarão sujeitas a inundações.
O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, um comitê com alguns dos maiores especialistas 
do país em climatologia, fez projeções sobre as alterações prováveis nas várias regiões, mas 
com diferentes graus de confiabilidade. As mais confiáveis valem para a Amazônia (aumento 
de temperatura de 5 °C a 6 °C e queda de 40% a 45% na precipitação até o final do século), para 
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o semiárido, no Nordeste (respectivamente 3,5 °C a 4,5 °C e − 40% a − 50%), e para os pampas, 
no Sul (2,5 °C a 3 °C de aquecimento e 35% a 40% de aumento de chuvas).
Não é possível afirmar com certeza que recentes secas no Sudeste e no Nordeste ou as inun-
dações em Rondônia tenham relação direta com a mudança global e regional do clima. Tam-
pouco se pode excluir que tenham. Por outro lado, é certo que esses flagelos, assim como 
o custo bilionário que acarretam, constituem uma boa amostra do que se deve esperar nas 
próximas décadas para o caso de o aquecimento global se agravar.
Ficar sem água, porém, é cena cada vez mais incomum no Nordeste, mesmo no semiárido, re-
gião onde moram 22 milhões de pessoas(a) e onde as chuvas são pouco previsíveis. Um siste-
ma improvisado de cisternas e açudes já supre, ainda que de forma irregular, as necessidades 
básicas da população, mesmo a mais isolada.
É uma realidade muito diferente das muitas secas do passado. Algumas das piores estiveram 
associadas ao fenômeno El Niño, aquecimento anormal das águas do Pacífico que costuma 
ser acompanhado de estiagens severas na Amazônia e no Nordeste.
(Adaptado de: Projeto multimídia Líquido e Incerto. Autores: ALMEIDA, Lalo de.LEITE, Marcelo. GERAQUE, Edu-
ardo. CANZIAN, Fernando. GARCIA, Rafael. AMORA, Dimmi. Disponível em: arte.folha.uol.com.br)
... energia que alimenta os ventos e tempestades.
No contexto, o verbo da frase acima possui o mesmo tipo de complemento do que se 
encontra em:
a) região onde moram 22 milhões de pessoas
b) sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global
c) Em primeiro lugar, há o problema da distribuição
d) o Brasil é um país rico nesse insumo
e) Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar
026. (FCC/DPE-RO/NÍVEL SUPERIOR/ADMINISTRADOR/2015)
A morte e a morte do poeta
Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista Marcos Resende primeiro tratou de verifi-
car que estava vivo, bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem na sua secretária eletrôni-
ca: “Hoje é 27 e eu não morri. Não posso atender porque estou na outra linha dando a mesma 
explicação”. Quando li esta nota, me lembrei de como tudo neste mundo caminha cada vez 
mais depressa. Em 1862, chegou aqui a notícia da morte de Gonçalves Dias.
O poeta estava a bordo do Grand Condé havia cinquenta e cinco dias. O brigue chegou a Mar-
selha com um morto a bordo. À falta de lazareto, o navio estava obrigado à caceteação da qua-
rentena. Gonçalves Dias tinha ido se tratar na Europa e logo se concluiu que era ele o morto. A 
notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão presidida por d. Pedro II. Suspensa 
a sessão, começaram as homenagens ao que era tido e havido como o maior poeta do Brasil.
Suspeitar que podia ser mentira? Impossível. O imperador, em pleno Instituto Histórico, só 
podia ser verdade. Ofícios fúnebres solenes foram celebrados na Corte e na província. 
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Vinte e cinco nênias saíram publicadas de estalo. Joaquim Serra, Juvenal Galeno e Bernardo 
Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quentes e sinceras. O grande poeta! O grande 
amigo! Que trágica perda! As comunicações se arrastavam a passo de cágado. Mal se come-
çava a aliviar o luto fechado, dois meses depois chegou o desmentido: morreu, uma vírgula! 
Vivinho da silva.
A carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É mentira! Não morri, nem morro, nem hei de 
morrer nunca mais!” Entre exclamações, citou Horácio: “Não morrerei de todo.” Todavia, mor-
reu, claro. E morreu num naufrágio, vejam a coincidência. Em 1864, trancado na sua cabine 
do Ville de Boulogne, à vista da costa do Maranhão. Seu corpo não foi encontrado. Terá sido 
devorado pelos tubarões. Mas o poeta, este de fato não morreu.
[...]
(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p.107-8)
Joaquim Serra, Juvenal Galeno e Bernardo Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quen-
tes e sinceras.
O verbo transitivo empregado com o mesmo tipo de complemento com que foi empregado o 
verbo grifado acima está em:
a) É mentira!
b) A notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão presidida por d. Pedro II.
c)... que estava vivo, bem vivo.
d) E morreu num naufrágio...
e) Entre exclamações, citou Horácio...
027. (FCC/MANAUSPREV/TÉCNICO/2015) Encontra-se o mesmo tipo de complemento que 
o sublinhado no segmento Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológi-
cas da Amazônia... (5º parágrafo) em:
a) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909.
b)...a cultura miracanguera continua oficialmente “inexistente”...
c) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho.
d)... que dispunha de diversas peças...
e)... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia...
028. (FCC/MPE-PB/ANALISTA/2015) Honolulu é um dos milhares de exemplos a que pode-
mos recorrer.
O verbo sublinhado acima possui o mesmo tipo de complemento que o empregado em:
a) A indústria do turismo cria um mundo fictício de lazer...
b) O sujeito pertence ao lugar como este a ele.
c) O lugar é, em sua essência, produção humana...
d) Só a viagem como descoberta, busca do novo, abre a perspectiva de recomposição...
e) ... e que, por isso, observa.
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029. (FUNDATEC/PREFEITURA DE NOVO HORIZONTE/PROFESSOR/2019) Na frase “Eles 
também ensinam a criança a conjugar o verbo pedir em todos os modos e tempos”, retirada do 
texto, o verbo “ensinar”, quanto à predicação, é classificado como:
a) De ligação.
b) Intransitivo.
c) Transitivo direto.
d) Transitivo indireto.
e) Transitivo direto e indireto.
030. (FGV/MPE-AL/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018)
NÃO FALTOU SÓ ESPINAFRE
A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos. Mostrou também danos morais.
Aconteceu num mercadinho de bairro em São Paulo. A dona, diligente, havia conseguido al-
gumas verduras e avisou à clientela. Formaram-se uma pequena fila e uma grande discussão. 
Uma senhora havia arrematado todos os dez maços de espinafre. No caixa, outras freguesas 
perguntaram se ela tinha restaurante. Não tinha. Observaram que a verdura acabaria estra-
gada. Ela explicou que ia cozinhar e congelar. Então, foram ao ponto: caramba, havia outras 
pessoas na fila, ela não poderia levar só o que consumiria de imediato?
“Não, estou pagando e cheguei primeiro”, foi a resposta.
Compras exageradas nos supermercados, estoques domésticos, filas nervosas nos postos de 
combustível – teve muito comportamento na base de cada um por si.
Cabem nessa categoria as greves e manifestações oportunistas. Governo, cedendo, também 
vou buscar o meu – tal foi o comportamento de muita gente.
Carlos A. Sardenberg, in O Globo, 31/05/2018.
“A dona, diligente, havia conseguido algumas verduras e avisou à clientela.”
Dentre as formas de reescrever um segmento desse trecho, assinale a que está gramatical-
mente incorreta.
a) Avisou à clientela de que havia conseguido verduras.
b) Avisou à clientela que havia conseguido verduras.
c) Avisou a clientela de que havia conseguido verduras.
d) Avisou à clientela ter conseguido verduras.
e) Avisou a clientela de ter conseguido verduras.
031. (CESPE/TCE-RN/ASSESSOR JURÍDICO/2015)
Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever, uma obrigação.
Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a lei, informar ao Tribunal de Contas 
do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos even-
tualmente praticados pelos agentes públicos.
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A garantia desse preceito advém da própria Constituição do estado do Rio Grande do Norte, em 
seu artigo 55, § 3º, que estabelece que qualquer cidadão, partido político ou entidade organi-
zada da sociedade pode apresentar, ao TCE/RN denúncia sobre irregularidades ou ilegalidades 
praticadas no âmbito das administrações estadual e municipal.
Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto Exercício da cidadania, julgue o 
item seguinte.
Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “informar ao Tribunal de Contas do 
Estadodo Rio Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos” (l. 2 e 3) for reescrito da seguinte 
forma: informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) sobre os 
atos ilegítimos.
032. (FCC/TRF-1ª/TÉCNICO/2011)
1. De dezembro de 1951 a abril de 1974, a aventura
brasileira de Elizabeth Bishop estendeu-se por 22 anos
– alguns deles, os anos finais, vividos em Ouro Preto,
sobretudo após a morte de Lota de Macedo Soares, sua
5. companheira, em 1967. A cidade não tomou conhecimento
da grande escritora americana, cujo centenário
de nascimento se comemorou dias atrás. Nós, os então
jovens escritores de Minas, também não. Hoje leitor
apaixonado de tudo o que ela escreveu, carrego a frustração
10. retroativa de ter cruzado com Elizabeth em Ouro
Preto sem me dar conta da grandeza de quem ali estava,
na sua Casa Mariana − estupenda edificação por ela
batizada em homenagem à poeta Marianne Moore, sua
amiga e mestra. Consolam-me as histórias que saltam
15. de seus livros e, em especial, da memória de seus
(e meus) amigos Linda e José Alberto Nemer, vinhetas
que juntei na tentativa de iluminar ainda mais a personagem
retratada por Marta Goes na peça Um Porto para
Elizabeth. Algumas delas:
20. * Ela adorava aquela casa, construída entre 1698, dois
anos após a descoberta do ouro na região, e 1711,
quando Ouro Preto foi elevada à condição de vila.
Comprou-a em 1965 e não teve outra na vida, a não ser
o apartamentinho de Boston onde morreria em 1979.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
25. Tinha, dizia, “o telhado mais lindo da cidade”, cuja forma
lhe sugeria “uma lagosta deitada de bruços”. Bem cuidada,
a casa, agora à venda, pertence aos Nemer desde
1982.
* “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth ao poeta
30. Robert Lowell, “porque tudo lá foi feito ali mesmo, à
mão, com pedra, ferro, cobre e madeira. Tiveram que
inventar muita coisa − e tudo está em perfeito estado há
quase 300 anos”.
(Humberto Werneck. “Um porto na Montanha”. O Estado de S. Paulo. Cidades/Metrópole. Domingo, 13 de feve-
reiro de 2011, C10)
“Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth ao poeta Robert Lowell...
No segmento acima, o verbo “gostar” está empregado exatamente com a mesma regência 
com que está empregado o verbo da seguinte frase:
a) Os manifestantes de todas as idades desfilaram pelas ruas da cidade.
b) Não junte este líquido verde com aquele abrasivo.
c) A casa pertence aos Nemer desde 1982.
d) Patrocinou o evento do último sábado.
e) Encontraram com um comerciante essas anotações.
033. (FCC/DEFENSORIA-RS/2011) Dentre as questões linguísticas, o texto também apresen-
ta discussão sobre a linguagem culta e a linguagem informal.
Qual das alternativas expressa essas linguagens, respectivamente?
a) “Assistir à televisão” e “visar a um objetivo”.
b) “Atender o telefone” e “responder a pergunta”.
c) “Responder à pergunta” e “assistir à televisão”.
d) “Responder a pergunta” e “visar um objetivo”.
e) “Visar a um objetivo” e “atender o telefone”.
034. (FUNDATEC/PREFEITURA DE TRÊS DE MAIO/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Na 
linha 08, a expressão “dizia respeito” é seguida de uma preposição “a”, em virtude de sua re-
gência. Analise as frases a seguir e assinale a alternativa cuja lacuna poderia ser preenchida 
pela mesma preposição.
a) Ele visava _____ os documentos no local reservado para sua assinatura.
b) Ele visava ____ o cargo máximo da carreira.
c) Ele aspirou _____ o perfume da flor.
d) Esqueci-me _____ os fatos desagradáveis do dia.
e) Interessei-me ____ esta pesquisa.
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GRAMÁTICA
035. (CESPE/SE-DF/PROFESSOR/2017)
Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.1089.
A respeito dos aspectos gramaticais desse poema, julgue o item a seguir.
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta 
a seguinte reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.
036. (FUNDEP/PREFEITURA DE UBERLÂNDIA/ANALISTA CULTURAL/2019) Analise a tiri-
nha a seguir.
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Quanto à regência do verbo “assistir”, assinale a alternativa correta, considerando a 
norma-padrão.
a) A regência encontra-se correta, pois, por se tratar de verbo transitivo direto, “assistir” não 
rege preposição.
b) No sentido utilizado no último quadrinho, o verbo “assistir”, assim como quando significa 
“prestar assistência”, é transitivo indireto; portanto, a regência está incorreta.
c) No sentido de “ver”, como utilizado no quadrinho, o verbo “assistir” é transitivo direto e indi-
reto; portanto, o uso de preposição é facultativo, e a tirinha está correta.
d) “Assistir”, no sentido utilizado pela última tirinha, é transitivo indireto; portanto, exige prepo-
sição, o que coloca a tirinha em desacordo com a norma-padrão.
037. (FCC/CMSP/PROCURADOR LEGISLATIVO/2014) É INADEQUADA a construção do seg-
mento sublinhado na frase:
a) Gostaria que sempre me assistisse o direito de escolher entre um e outro tipo de leitura.
b) Quanto aos livros, ela acha preferível manuseá-los do que reconhecê-los num monitor.
c) Muita gente ainda prefere ler um livro impresso a visualizá-lo numa tela.
d) Minha preferência de leitura recai sobre os velhos livros impressos, e não sobre os virtuais.
e) A opinião que ele ousou expedir é a de que nada substitui o prazer de ler um livro de papel.
038. (FCC/TRT-16ª/ANALISTA/2014) O segmento do verbete que apresenta descuido quanto 
à regência é:
a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis.
b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-se com o equilíbrio eco-
lógico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social.
c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar da comunidade.
d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] conservar a vitalidade da 
terra e a biodiversidade.
e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] promover o desenvolvimen-
to sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.
039. (FCC/TRF-4ª/TÉCNICO/2014)
Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objetivo para viver noutro mun-
do. A janela iluminada noite adentro isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida 
subjetiva. Árvores ramalham. De vez em quando passam passos. Lá no alto estrelas teimosas 
namoram inutilmente a janela iluminada. O homem,prisioneiro do círculo claro da lâmpada, 
apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa do seu corpo, está suspenso no ponto 
ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço. No tapete voador só há lugar para 
dois passageiros: Leitor e autor.
O leitor ingênuo é simplesmente ator. Quero dizer que, num folhetim ou num romance policial, 
procura o reflexo dos seus sentimentos imediatos, identificando-se logo com o protagonista 
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ou herói do romance. Isto, aliás, se dá mais ou menos com qualquer leitor, diante de qualquer 
livro; de modo geral, nós nos lemos através dos livros.
Mas no leitor ingênuo, essa lei dos reflexos toma a forma de um desinteresse pelo livro como 
obra de arte. Pouco importa a impressão literária, o sabor do estilo, a voz do autor. Quer di-
vertir-se, esquecer as pequenas misérias da vida, vivendo outras vidas desencadeadas pelo 
bovarismo da leitura. E tem razão. Há dentro dele uma floração de virtualidades recalcadas 
que, não encontrando desimpedido o caminho estreito da ação, tentam fugir pela estrada lar-
ga do sonho.
Assim éramos nós então, por não sabermos ler nas entrelinhas. E daquela primeira fase de edu-
cação sentimental, que parecia inevitável como as espinhas, passava quase sempre o jovem 
monstro para uma crise de hipercrítica. Devido à necessidade de um restabelecimento de equi-
líbrio, o excesso engendrava o excesso contrário. A pouco e pouco os românticos perdiam ter-
reno em proveito dos naturalistas. Dava-se uma verdadeira subversão de valores na escala da 
sensibilidade e a fantasia comprazia-se em derrubar os antigos ídolos. Formava-se muitas vezes, 
coincidindo com manifestações mórbidas que são do domínio da psicanálise, um pedantismo 
da clarividência, tão nocivo como a intemperança imaginosa ou sentimental, e talvez mais ingê-
nuo, pois refletia um ressentimento de namorado ainda ferido nas suas primeiras ilusões.
(Adaptado de: MEYER, Augusto. “Do Leitor”, In: À sombra da estante, Rio de Janeiro, José Olympio, 1947, p. 
11-19)
... esquecer as pequenas misérias da vida...
Quero dizer que, num folhetim ou num romance...
... os românticos perdiam terreno em proveito dos naturalistas.
Com as alterações necessárias, na ordem dada, os complementos verbais dos segmentos 
acima são corretamente substituídos por pronomes em:
a) esquecer-lhes − dizê-los − perdiam-no
b) esquecer-lhes − dizer-lhes − perdiam-lhes
c) esquecê-las − dizê-lo − perdiam-no
d) esquecê-la − dizê-los − perdiam-nos
e) esquecê-las − dizer-lhes − perdiam-no
040. (FCC/DPE-RO/NÍVEL SUPERIOR/ADMINISTRADOR/2015) A substituição do elemento 
grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi feita corretamente em:
a) quando veio apanhar a crônica = quando veio apanhar-lhe
b) Depois de cumprir meus afazeres = Depois de cumprir-nos
c) Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas = Já lhes tive
d) pendurei o guarda-chuva = pendurei-no
e) Pedi ao moço de recados = Pedi-lhe
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041. (CESPE/SE-DF/PROFESSOR/2017)
As duas questões mais profundas sobre a mente são: “O que possibilita a inteligência?” e “O 
que possibilita a consciência?”. Com o advento da ciência cognitiva, a inteligência tornou-se 
inteligível. Talvez não seja tão chocante afirmar que, em um nível de análise muito abstrato, o 
problema foi resolvido. Entretanto, a consciência ou a sensibilidade, a sensação nua e crua da 
dor de dente, do rubor, do salgado, continua sendo um enigma embrulhado em um mistério 
dentro do impenetrável. Quando nos perguntamos o que é a consciência, não temos melhor 
resposta que a de Louis Armstrong quando uma repórter perguntou-lhe o que era o jazz: “Moça, 
se você precisa perguntar, nunca saberá”.
Steven Pinker. Como a mente funciona. 2.ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002 (com adaptações).
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue 
o próximo item.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida a preposi-
ção sobre imediatamente após “perguntou-lhe”.
042. (FCC/SEFAZ/TÉCNICO/2010)
Até pouco tempo atrás, as empresas costumavam atrelar seu nome às causas verdes princi-
palmente como estratégia de marketing. À medida que o mundo tomava consciência das ques-
tões ambientais, em especial da degradação dos recursos naturais, demonstrar preocupação 
com o planeta era uma forma de lustrar a imagem da companhia e atrair os consumidores 
para suas marcas. Essa relação entre o mundo dos negócios e a natureza avançou dramatica-
mente. Se antes as empresas patrocinavam o reflorestamento de uma área ou reciclavam seu 
lixo, colocavam a conta na lista de despesas, sem esperar retorno financeiro. Hoje, os custos 
de ações como essas vão para a lista de investimentos, já que podem significar lucros e cres-
cimento nos negócios. Conglomerados como a General Electric, o Walmart e a IBM mantêm 
projetos de ecoeficiência e de preservação do ambiente porque os consideram estratégicos 
para a própria sobrevivência. O que mudou?
“O aquecimento global, a escassez de água, a extinção das espécies e o despejo de produtos 
tóxicos afetaram profundamente o funcionamento da sociedade e também o das empresas”, 
diz o economista Andrew Winston, consultor de grandes companhias para questões ambientais. 
“Pela primeira vez na história os empresários deparam com limites de crescimento reais im-
postos por questões relacionadas à natureza”, ele completa.
O mundo dos negócios e o mundo natural estão inextricavelmente ligados. Todo produto que 
chega ao consumidor, seja um carro, um tênis ou uma xícara de café, tem origem na extração ou 
na colheita de bens da natureza. Esses bens – a água, as terras cultiváveis, as florestas – são 
finitos. Justamente nesse ponto reside o maior desafio para as empresas. Desde a Revolução 
Industrial, iniciada no século XVIII, o modelo econômico privilegiou a produção em detrimento 
da preservação dos recursos naturais. Essa conta está sendo cobrada agora – e é bem cara.
(Gabriela Carelli. Veja, 9 de junho de 2010, pp. 149-150, com adaptações)
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Conglomerados como a General Electric, o Walmart e a IBM mantêm projetos de ecoeficiência 
e de preservação do ambiente... (1º parágrafo)
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento grifado acima aparece na frase:
a) À medida que o mundo tomava consciência das questões ambientais ...
b) Essa relação entre o mundo dos negócios e a natureza avançou dramaticamente.
c)... os empresários deparam com limites de crescimento reais ...
d) O mundo dos negócios e o mundo natural estão inextricavelmente ligados.
e) Todo produto que chega ao consumidor ...
043. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2019)
Texto 1A1-I
O direito tributário brasileiro depara-se com grandes desafios, principalmente em tempos de 
globalização e interdependência dos sistemas econômicos.Entre esses pontos de atenção, 
destacam-se três. O primeiro é a guerra fiscal ocasionada pelo ICMS. O principal tributo em 
vigor, atualmente, é estadual, o que faz contribuintes e advogados se debruçarem sobre vinte 
e sete diferentes legislações no país para entendê-lo. Isso se tornou um atentado contra o 
princípio de simplificação, contribuindo para o incremento de uma guerra fiscal entre os esta-
dos, que buscam alterar regras para conceder benefícios e isenções, a fim de atrair e facilitar 
a instalação de novas empresas. É, portanto, um dos instrumentos mais utilizados na disputa 
por investimentos, gerando, com isso, consequências negativas do ponto de vista tanto eco-
nômico quanto fiscal.
A competitividade gerada pela interdependência estadual é outro ponto. Na década de 60, a 
adoção do imposto sobre valor agregado (IVA) trouxe um avanço importante para a tributação 
indireta, permitindo a internacionalização das trocas de mercadorias com a facilitação da equi-
valência dos impostos sobre consumo e tributação, e diminuindo as diferenças entre países. 
O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto que, embora se pareça com 
o IVA, não é administrado pelo governo federal – o que dá aos estados total autonomia para 
administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados. A competência estadual do ICMS gera 
ainda dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da Federação, dada a coexistência 
dos princípios de origem e destino nas transações comerciais interestaduais, que gera a já 
comentada guerra fiscal.
A harmonização com os outros sistemas tributários é outro desafio que deve ser enfrentado. 
É preciso integrar-se aos países do MERCOSUL, além de promover a aproximação aos padrões 
tributários de um mundo globalizado e desenvolvido, principalmente quando se trata de Euro-
pa. Só assim o país recuperará o poder da economia e poderá utilizar essa recuperação como 
condição para intensificar a integração com outros países e para participar mais ativamente 
da globalização.
André Pereira. Os desafios do direito tributário brasileiro. In: DCI – Diário Comércio, Indústria e Serviços. 2/
mar./2017. Internet: <www.dci.com.br> (com adaptações).
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do trecho “O direito tributário brasilei-
ro depara-se com grandes desafios”, do texto 1A1-I, o segmento “depara-se com” poderia ser 
substituído por
a) depara-se a.
b) confronta com.
c) depara-se diante de.
d) confronta-se a.
e) depara com.
044. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016)
Texto CB1A1AAA
O tenente Antônio de Souza era um desses moços que se gabam de não crer em nada, que 
zombam das coisas mais sérias e que riem dos santos e dos milagres. Costumava dizer que 
isso de almas do outro mundo era uma grande mentira, que só os tolos temem a lobisomem e 
feiticeiras. Jurava ser capaz de dormir uma noite inteira dentro do cemitério.
Eu não lhe podia ouvir tais leviandades em coisas medonhas e graves sem que o meu cora-
ção se apertasse, e um calafrio me corresse a espinha. Quando a gente se habitua a venerar 
os decretos da Providência, sob qualquer forma que se manifestem, quando a gente chega à 
idade avançada em que a lição da experiência demonstra a verdade do que os avós viram e 
contaram, custa ouvir com paciência os sarcasmos com que os moços tentam ridicularizar as 
mais respeitáveis tradições, levados por uma vaidade tola, pelo desejo de parecerem espíritos 
fortes, como dizia o Dr. Rebelo. Peço sempre a Deus que me livre de semelhante tentação. 
Acredito no que vejo e no que me contam pessoas fidedignas, por mais extraordinário que pa-
reça. Sei que o poder do Criador é infinito e a arte do inimigo, vária.
Mas o tenente Souza pensava de modo contrário!
Apontava à lua com o dedo, deixava-se ficar deitado quando passava um enterro, não se benzia 
ouvindo o canto da mortalha, dormia sem camisa, ria-se do trovão! Alardeava o ardente desejo 
de encontrar um curupira, um lobisomem ou uma feiticeira. Ficava impassível vendo cair uma 
estrela, e achava graça ao canto agoureiro do acauã, que tantas desgraças ocasiona. Enfim, 
ao encontrar um agouro, sorria e passava tranquilamente sem tirar da boca o seu cachimbo de 
verdadeira espuma do mar.
Inglês de Sousa. A feiticeira. São Paulo: Ed. Difusão Cultural do Livro, 2008, p. 7-8 (com adaptações).
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os tolos temem a 
lobisomem e feiticeiras” a preposição “a” poderia ser suprimida.
045. (FCC/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/CGM/2015) Considere o trecho abaixo − adapta-
do de Gramática de usos do português, de Maria Helena de Moura Neves (São Paulo: Edtora 
UNESP, 2000, p. 628 e 633), e o que se tem em I, II e III.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
A preposição com funciona no sistema de transitividade, isto é, introduz complemento; pode 
introduzir, por exemplo, complemento de verbo ou de adjetivo.
I – Depois das devidas explicações, o cliente concordou com os advogados/a preposição com 
introduz complemento de verbo.
II – Identificou-se desde o primeiro momento com os ideais do grupo/a preposição com intro-
duz complemento de adjetivo.
III – Triste com a situação, procurou os amigos para esclarecer os fatos./a preposição com 
introduz complemento de adjetivo.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I, II e III.
c) I e II, apenas.
d) II, apenas.
e) I e III, apenas.
046. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/PROFESSOR/2019) Analise as afirmativas abaixo 
sobre regência verbal.
1 – Está correta quanto à regência verbal a seguinte frase: “Os alunos obedeceram às instru-
ções da prova e responderam ao questionário”.
2 – As duas frases a seguir, mantendo o mesmo sentido, estão corretas quanto à regência: “A 
enfermeira assistiu o médico na operação”/“A enfermeira assistiu ao médico na operação”.
3 – “Banhou-se, barbeou-se e foi-se embora.” Nesta frase, temos exemplo de verbo pronominal.
4 – Na frase “Feijoada, o prato que todos os brasileiros gostam”, o verbo “gostar” é transitivo 
direto e, por isso, não é precedido de preposição.
Assinale a opção que indica as afirmativas corretas.
a) 1 – 3
b) 1 – 2
c) 2 – 3
d) 3 – 4
e) 2 – 4
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
GABARITO
1. e
2. b
3. E
4. a
5. C
6. a
7. C
8. E
9. a
10. d
11. C
12. E
13. C
14. C
15. C
16. C
17. C
18. d
19. C
20. E
21. e
22. c
23. d
24. a
25. c
26. e
27. c
28. b
29. e
30. a
31. E
32. c
33. e
34. b
35. E
36. d
37. b
38. c
39. c
40. e
41. E
42. a
43. e
44. C
45. e
46. b
Claudia Kozlowski
Aprovada nos concursos de Analista Judiciário do TRF-2ª, em 1997; Técnico da Receita Federal (atual 
Analista Tributário), em 1998; e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, em 2001, cargo que ocupa até 
hoje. Professora de Língua Portuguesa para concursos públicos desde 2002.
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