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Prévia do material em texto

PROFESSORES
Me. Augusto Cesar Oliveira Camelo
Me. José Manoel da Costa
Me. Tatiane Garcia da Silva Santos
Contabilidade
Introdutória
ACESSE AQUI O SEU 
LIVRO NA VERSÃO 
DIGITAL!
EXPEDIENTE
Coordenador(a) de Conteúdo 
Juliana Moraes da Silva
Projeto Gráfico e Capa
André Morais, Arthur Cantareli e 
Matheus Silva
Editoração
Adrian Marcareli e Juliana Duenha
Design Educacional
Ana Claudia Salvadego e Daniele Bel-
lese dos Santos
Curadoria
Luana Brutscher
Revisão Textual
Cindy Mayumi Okamoto Luca e Aria-
ne Fabreti
Ilustração
Geison Odlevati Ferreira
Fotos
Shutterstock
DIREÇÃO UNICESUMAR
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho Diretoria de Cursos Híbridos Fabricio Ricardo Lazilha Diretoria de Permanência Leonardo Spaine 
Diretoria de Design Educacional Paula Renata dos Santos Ferreira Head de Graduação Marcia de Souza Head de 
Metodologias Ativas Thuinie Medeiros Vilela Daros Head de Tecnologia e Planejamento Educacional Tania C. 
Yoshie Fukushima Gerência de Planejamento e Design Educacional Jislaine Cristina da Silva Gerência de 
Tecnologia Educacional Marcio Alexandre Wecker Gerência de Produção Digital Diogo Ribeiro Garcia Gerência de 
Projetos Especiais Edison Rodrigo Valim Supervisora de Produção Digital Daniele Correia
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de 
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino 
de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. CAMELO, Augusto Cesar 
Oliveira; COSTA, José Manoel da; SANTOS, Tatiane Garcia 
da Silva.
Contabilidade Introdutória. Augusto Cesar Oliveira 
Camelo, José Manoel da Costa e Tatiane Garcia da Silva 
Santos. Maringá - PR.: Unicesumar, 2021. 
228 p.
ISBN 978-65-5615-693-4
“Graduação - EaD”. 
1. Contabilidade 2. Contabeis 3. Custos. 4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 657 
FICHA CATALOGRÁFICA
Reitor 
Wilson de Matos Silva
A UniCesumar celebra os seus mais de 30 anos de 
história avançando a cada dia. Agora, enquanto 
Universidade, ampliamos a nossa autonomia e 
trabalhamos diariamente para que nossa educação à 
distância continue como uma das melhores do Brasil. 
Atuamos sobre quatro pilares que consolidam a visão 
abrangente do que é o conhecimento para nós: o 
intelectual, o profissional, o emocional e o espiritual.
A nossa missão é a de “Promover a educação de 
qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, for-
mando profissionais cidadãos que contribuam para o 
desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária”. 
Neste sentido, a UniCesumar tem um gênio impor-
tante para o cumprimento integral desta missão: o 
coletivo. São os nossos professores e equipe que 
produzem a cada dia uma inovação, uma transforma-
ção na forma de pensar e de aprender. É assim que 
fazemos juntos um novo conhecimento diariamente.
São mais de 800 títulos de livros didáticos como este 
produzidos anualmente, com a distribuição de mais 
de 2 milhões de exemplares gratuitamente para nos-
sos acadêmicos. Estamos presentes em mais de 700 
polos EAD e cinco campi: Maringá, Curitiba, Londrina, 
Ponta Grossa e Corumbá, o que nos posiciona entre 
os 10 maiores grupos educacionais do país.
Aprendemos e escrevemos juntos esta belíssima 
história da jornada do conhecimento. Mário Quin-
tana diz que “Livros não mudam o mundo, quem 
muda o mundo são as pessoas. Os livros só 
mudam as pessoas”. Seja bem-vindo à oportu-
nidade de fazer a sua mudança!
Tudo isso para honrarmos a 
nossa missão, que é promover 
a educação de qualidade nas 
diferentes áreas do conhecimento, 
formando profissionais 
cidadãos que contribuam para 
o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Me. Tatiane Garcia da Silva Santos
Olá, aluno(a)! Atuo como professora nos cursos de Ges-
tão e Ciências Contábeis no EaD e no ensino presencial 
da Unicesumar desde 2009. Aos meus 13 anos de idade, 
comecei a trabalhar na empresa de minha família como 
auxiliar administrativo. Em 2001, iniciei a faculdade de 
Ciências Contábeis na Unicesumar. No final de 2006, sai 
da empresa de minha família e, em fevereiro de 2007, 
comecei a trabalhar no almoxarifado de um frigorífico. 
Posteriormente, fui para o setor de contabilidade.
Em 2008, recebi um convite para ministrar aulas em 
uma escola de cursos técnicos da cidade e, com o passar 
do tempo, a minha vontade de ser professora começou 
a se destacar. Por isso, ingressei em uma pós-graduação 
voltada à contabilidade e à controladoria. Em 2009, passei 
a ministrar aulas na Unicesumar. Foi uma alegria enorme! 
Nesse período, trabalhava no frigorífico, ministrava aulas 
na faculdade e, aos sábados, lecionava no curso técnico. 
O escritório do frigorífico foi uma escola! Tudo o que sei 
de contabilidade, aprendi naquela empresa. Por isso, sou 
muito grata aos anos que estive naquela organização.
Tive a oportunidade de trabalhar como professora 
mediadora no curso de Ciências Contábeis do EaD da 
Unicesumar e, ao mesmo tempo, estar no ensino pre-
sencial. De 2012 a 2016, estive na mediação, lecionei e 
escrevi alguns livros para o EaD. Fiz mestrado em Gestão 
do Conhecimento nas Organizações e, a partir de 2016, 
escolhi permanecer apenas na área da educação. No in-
tervalo de todo esse processo da minha vida profissional, 
casei-me e, aos 40 anos, realizei o sonho de ser mãe da 
Maria Eduarda.
Sou muito agradecida a Deus por tudo aquilo que 
aconteceu e vem acontecendo em minha vida. Sou apa-
ixonada pelo que faço! Amo a minha profissão. Por isso, 
agradeço a Deus todos os dias por estar transformando 
vidas por meio das minhas aulas. Também sou grata por 
poder me apresentar a você por intermédio deste livro. 
Agradeço, por fim, a oportunidade de poder compartilhar 
com você os meus conhecimentos sobre a contabilidade.
http://lattes.cnpq.br/6987439622263692
http://lattes.cnpq.br/6987439622263692
Me. Augusto Cesar Oliveira Camelo
Mestre em Ciências Contábeis, área de concentração Con-
troladoria e linha de pesquisa Contabilidade para Usuá-
rios Externos (UEM, 2017). Especialista em Controladoria 
e Gerência Financeira (UniFCV, 2013) e Auditoria e Perícia 
Contábil (UEM, 2004). Bacharel em Ciências Contábeis 
(UEVA, 2001). Atualmente é Contador da Universidade 
Estadual de Maringá (UEM) e Professor de Graduação 
em Ciências Contábeis (UniFCV). Professor Convidado: 
Graduação (Unicesumar) e Pós-Graduação Lato Sensu 
(PUC Maringá, Unicesumar e UniFCV). Exerce o magistério 
desde 2004 com experiência nas áreas de Administração 
Financeira, Análise das Demonstrações Contábeis, Audi-
toria, Contabilidade Agropecuária, Contabilidade Geral, 
Contabilidade Gerencial, Controladoria, Perícia, Sistemas 
de Informações, Teoria da Contabilidade e Trabalho de 
Conclusão de Curso. Trabalhos extras como Instrutor de 
Cursos Empresariais e Consultor Autônomo.
http://lattes.cnpq.br/1755838524473556
Me. José Manoel da Costa
Mestrado em Metodologias para o Ensino de Linguagens 
e suas Tecnologias (UNOPAR, 2014/2016). Especialização 
em Contabilidade Geral e Auditoria (UEL, 1994/1995). Gra-
duação em Ciências Contábeis (UEL, 1987/1993). Atua há 
14 anos como Coordenador de cursos de Graduação e 
Pós-graduação nas IES: UNICNEC (2018 a 2020); UNICESU-
MAR (2014 a 2018); UNOPAR (2007-2014). Atua na docên-
cia desde 2001 de diversas disciplinas nas áreas contábil 
e administrativa, tais como: Contabilidade Básica, Conta-
bilidade Geral, Contabilidade Introdutória, Contabilidade 
Empresariale Trabalhista, Contabilidade Industrial, Aná-
lise das Demonstrações Contábeis, Administração Finan-
ceira e Orçamentária, Ética e Legislação Profissional etc, é 
autor de mais de 20 livros didáticos. Atua na área contábil 
administrativa desde 1983 em empresas de diversos ra-
mos de atividades econômicas: cooperativa agropecuária, 
indústria cervejeira e moveleira, usina de açúcar e álcool, 
concessionária de veículos, comércio, agropecuária etc. 
Tem experiência na área de Administração, com ênfase 
em Contabilidade e Finanças, atuando principalmente nos 
seguintes temas: indústria, ensino, tecnologia, comércio e 
prestação de serviços. Palestrante de Finanças Pessoais.
http://lattes.cnpq.br/8720424420446751
Olá, caro(a) acadêmico(a). Você sabe a importância do livro diário para a escrituração 
contábil? Imagine que a sua empresa deve realizar a entrega do Sistema Público de 
Escrituração Digital (SPED) em 30/06/XX, de acordo com o regulamento da Receita Fe-
deral. Para a entrega do arquivo, é necessária a realização do Livro Diário, com o intuito 
de gerar os demais livros auxiliares e as demonstrações contábeis.
Caso essa entrega não aconteça, a empresa será advertida pela Receita Federal e 
pelos demais órgão públicos. Diante disso, faço o seguinte questionamento: você co-
nhece a forma de preenchimento e sabe as informações que podem ser extraídas do 
Livro Diário? Caso não saiba, você passará a entender a temática a partir dos assuntos 
que serão apresentados neste livro. 
O Livro Diário é um dos relatórios obrigatórios, segundo as Normas Brasileiras de 
Contabilidade. A elaboração das demonstrações financeiras acontece em virtude do 
Livro Diário. Sem a escrituração do Livro Diário, a empresa não consegue realizar o 
fechamento contábil por meio das demonstrações financeiras. No entanto, com este 
material, você aprenderá a realizar os registros das transações financeiras que ocorrem 
nas empresas a partir da escrituração dos débitos e dos créditos. 
No processo de escrituração contábil, o Livro Diário tem um papel fundamental na 
geração dos lançamentos contábeis, ou seja, na apresentação de todos os débitos e 
créditos referentes ao período contabilizado. Você sabe como fazer as partidas dobra-
das? Para um melhor entendimento, assista ao vídeo Método das Partidas Dobradas, 
presente do canal “Contabilidade sem segredos” do YouTube. Depois de assisti-lo, você 
pode realizar uma pesquisa sobre o lançamento contábil para o registro da subscrição 
e integralização do capital de uma nova empresa no ramo comercial. 
Depois de assistir ao vídeo e fazer a pesquisa proposta, é possível refletir sobre a impor-
tância do Livro Diário para a escrituração contábil e as informações que podemos extrair 
do Livro Diário e dos demais demonstrativos contábeis. Questiono: quais são as informa-
ções que podem ser geradas a partir do processo de escrituração contábil das empresas?
Caro(a) aluno(a), este livro apresenta os assuntos que envolvem o processo de 
escrituração contábil. Inicialmente, conheceremos os livros e os relatórios que devem 
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
ser elaborados para emissão das demonstrações contábeis, incluindo Livro Diário, livro 
razão/razonete e balancete de verificação. Na sequência, entenderemos os aspectos 
que envolvem as rotinas trabalhistas. Dessa forma, a partir da exposição dos aspectos 
teóricos, realizaremos a parte prática dos cálculos dos proventos e dos descontos para 
apuração do valor da folha de pagamento. 
Para complementar, conheceremos os lançamentos contábeis de todo esse pro-
cesso. Em continuidade, entenderemos a teoria e a prática das férias, do 13º salário 
e da rescisão de contrato em conjunto com os lançamentos contábeis. Depois, apre-
sentaremos as partes teórica e prática dos assuntos relativos aos inventários e aos 
critérios de estoques. Por fim, compreenderemos os lançamentos contábeis voltados 
aos processos de compra e venda, e devolução de compra e venda. 
A partir do estudo da disciplina, você conhecerá o processo contábil necessário para 
a elaboração e a emissão das demonstrações contábeis, tais como Livro Diário, razão/
razonetes, balancete de verificação e cálculo e contabilização da folha de pagamento. 
Além disso, entenderá as operações que envolvem o estoque das organizações. Com 
base nessas informações, você poderá fazer o registro de todas as operações da em-
presa, o que possibilita a separação das contas patrimoniais das contas de resultado. 
Desse modo, são geradas as informações necessárias para a elaboração do Balanço 
Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
Diante dos conhecimentos a serem adquiridos no decorrer das unidades, reflita 
sobre todo o processo necessário para a realização da escrituração contábil das orga-
nizações. Como seria realizado o processo contábil de uma empresa no ramo comercial 
de venda de sapatos? Primeiramente, você deve pensar nas despesas e nas receitas que 
aconteceram no decorrer do exercício social. Em seguida, precisa pensar no processo 
que envolve as operações de mercadorias para revenda e nas situações que acontece-
ram no decorrer do mês para o fechamento da folha de pagamento. Contudo, para a 
folha de pagamento, também é preciso apurar várias informações, tais como as horas 
extras, as demissões e as admissões. Se possível, busque conhecer uma empresa real 
nesse ramo, para que possa entender todo o processo relativo.
IMERSÃO
RECURSOS DE
Ao longo do livro, você será convida-
do(a) a refletir, questionar e trans-
formar. Aproveite este momento.
PENSANDO JUNTOS
NOVAS DESCOBERTAS
Enquanto estuda, você pode aces-
sar conteúdos online que amplia-
ram a discussão sobre os assuntos 
de maneira interativa usando a tec-
nologia a seu favor.
Sempre que encontrar esse ícone, 
esteja conectado à internet e inicie 
o aplicativo Unicesumar Experien-
ce. Aproxime seu dispositivo móvel 
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex-
plore as ferramentas do App para 
saber das possibilidades de intera-
ção de cada objeto.
REALIDADE AUMENTADA
Uma dose extra de conhecimento 
é sempre bem-vinda. Posicionando 
seu leitor de QRCode sobre o códi-
go, você terá acesso aos vídeos que 
complementam o assunto discutido.
PÍLULA DE APRENDIZAGEM
OLHAR CONCEITUAL
Neste elemento, você encontrará di-
versas informações que serão apre-
sentadas na forma de infográficos, 
esquemas e fluxogramas os quais te 
ajudarão no entendimento do con-
teúdo de forma rápida e clara
Professores especialistas e convi-
dados, ampliando as discussões 
sobre os temas.
RODA DE CONVERSA
EXPLORANDO IDEIAS
Com este elemento, você terá a 
oportunidade de explorar termos 
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos on-line. O download do 
aplicativo está disponível nas plataformas: Google Play App Store
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3881
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
1 2
3 4
5
AS CONTAS E 
O PROCESSO 
CONTÁBIL
13
ROTINAS 
TRABALHISTAS E 
CONTABILIZAÇÃO – 
PARTE I
41
87
ROTINAS 
TRABALHISTAS E 
CONTABILIZAÇÃO – 
PARTE II
135
ESTOQUE E 
CONTROLE DE 
MERCADORIAS
167
OPERAÇÕES 
COM 
MERCADORIAS 
SEM IMPOSTOS
1As Contas e o 
Processo Contábil
Me. Tatiane Garcia da Silva Santos
Me. Augusto Cesar Oliveira Camelo
Nesta unidade, você poderá conhecer alguns itens que complemen-
tam o processo da escrituração contábil realizado nas organizações. 
Assim, começaremos pelo Plano de Contas, que tem a finalidade de 
apresentar as estruturas das contas contábeis necessárias à elabora-
ção do Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE). Na sequência, veremos a escrituração contábil, a qual 
representa os registros das atividades das empresas nos seus diversos 
livros e relatórios. À vista disso, dentro desse processo, teremos o 
LivroDiário e o Razão/Razonetes, que proporcionará a elaboração do 
Balancete de Verificação. Por fim, estes assuntos proporcionarão os 
conhecimentos sobre os procedimentos contábeis necessários para 
a realização da escrituração contábil das entidades.
UNIDADE 1
14
Em um domingo de verão pleno, dois amigos que se formaram na faculdade de 
Ciências Contábeis resolvem conversar sobre a necessidade que as empresas têm 
em obter informações para tomada de decisão. Os dois eram recém-formados e 
estavam com vontade de atuar na área do empreendedorismo contábil. Ambos 
tinham o mesmo propósito: o de abrir um escritório de Contabilidade que pu-
desse atender às organizações com necessidade de informações para tomada de 
decisão empresarial, informações de cunho contábil e financeiro. 
Entre os dois amigos existia, porém, uma pequena diferença: o Marcos já 
havia trabalhado em um escritório contábil, enquanto o Alessandro nunca teve 
contato com a Contabilidade, na prática. 
Com base nestas informações, ambos resolveram conversar com um conta-
dor que já tinha anos de experiência na área para ver quais seriam os requisitos 
legais à abertura do escritório. Assim, marcaram uma conversa informal com o Sr. 
Antônio a fim de conhecer as formalidades legais bem como os conhecimentos 
necessários para serem donos do escritório e atender às necessidades das empre-
sas. Na sequência, Marcos e Alessandro começaram a levantar o dinheiro e os 
bens necessários para a formalização do escritório de Contabilidade. Em alguns 
meses, os dois conseguiram o investimento necessário ao empreendimento. 
Houve a inauguração do escritório e, em seguida, a entrada de alguns clientes. 
Porém Marcos e Alessandro começaram a ficar preocupados em como consegui-
riam atender os seus clientes em relação ao cumprimento da escrituração contábil 
e ao fornecimento das informações necessárias à continuidade dessas empresas. 
Sendo assim, pergunto para você: quais seriam os conhecimentos necessários 
que o Marcos e o Alessandro precisariam, a fim de atender o processo de escritu-
ração contábil das organizações que se tornaram os seus clientes?
Marcos e Alessandro estão com um dilema profissional. A preocupação está 
em torno de como proceder com o processo de escrituração contábil para as 
empresas dos seus clientes. Sendo assim, eles precisam rever quais são as etapas 
desse processo. Em virtude deste problema, os dois começaram a pesquisar, em 
livros e sites da área contábil, informações relevantes ao processo para iniciar os 
seus trabalhos. 
15
Para todo profissional da área contábil, contudo, é essencial saber o processo 
da escrituração contábil, porque essa é a base de toda informação que será ge-
rada aos empresários. Assim, por meio dessa escrituração, serão elaboradas as 
Demonstrações Financeiras. 
Dessa forma, com base nas pesquisas realizadas, Marcos e Alessandro con-
seguiram relembrar tudo o que foi visto na faculdade em relação à escrituração 
contábil, ou seja, a ordem de como elaborar esse processo. Assim, eles consegui-
ram fazer um plano de ação com a finalidade de desenvolver a escrituração das 
empresas, conforme a seguinte sequência: revisar o plano de contas do sistema 
contábil; adequar o plano de acordo com o ramo de atividade das empresas; fazer 
o registro, no Livro Diário, das operações que acontecem todos os meses; no final 
do mês, realizar a emissão do Livro Diário e razão para o processo de conciliação 
contábil; no final do exercício social, realizar o fechamento do Balancete de Veri-
ficação e, por fim, emitir as demonstrações contábeis do ano base.
Com base no que foi apresentado sobre o problema enfrentado por Marcos e 
Alessandro, proponho que você realize uma pesquisa acerca de como proceder na 
realização da escrituração contábil independente do ramo e do porte da organi-
zação. Para realizar essa pesquisa, faça uma busca nos sites dos principais órgãos 
que regem a Contabilidade no Brasil, tais como o CFC – Conselho Federal de 
Contabilidade e o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Anote as suas 
primeiras impressões, os dados da pesquisa e, também, as suas dúvidas. 
Pensando na importância da escrituração contábil na gestão empresarial e 
em tudo que foi exposto até aqui, peço que reflita os seguintes pontos: 
 ■ Quais são as atribuições necessárias para o contador atender às organi-
zações?
 ■ Quais são os requisitos básicos para o processo de escrituração contábil?
 ■ Quais são os documentos que as empresas devem encaminhar ao conta-
dor para realização do processo de escrituração contábil?
 ■ Como realizar o fechamento do processo contábil com emissão das de-
monstrações contábeis?
Utilize o Diário de Bordo com o objetivo de fazer as suas anotações, assim, você 
poderá conferi-las no decorrer da unidade. 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
16
Com a finalidade de iniciarmos os nossos estudos sobre os processos que en-
volvem a escrituração contábil das organizações, começamos compreendendo 
como desenvolver o processo contábil, por meio da elaboração do Plano de 
Contas, Livro Diário, Livro Razão/Razonete e Balancete de Verificação. Porém, 
para o entendimento de todo esse processo, você precisa conhecer, um pouco, 
a Contabilidade. 
A contabilidade é muito antiga e sempre existiu para auxiliar os seus usuários, 
pois ela fornece o máximo de informações úteis à tomada de decisões dentro e 
fora da empresa (MARION, 2018) e o seu desenvolvimento acompanha as ne-
cessidades de informação da sociedade (FAVERO, 2009).
Para que essa informação, contudo, chegue aos seus usuários com qualidade, 
integridade, precisão e tempestividade, torna-se necessária uma organização dos 
dados que produzirão os diversos relatórios contábeis. Estes dados constituem a 
estrutura básica informacional das contas patrimoniais e de resultado que con-
duzirão os lançamentos contábeis de pagamentos, recebimentos, devoluções, 
investimentos etc., portanto, deve-se agrupar, organizar ou ordenar as contas em 
um plano contábil.
Em relação ao Plano de Contas, Padoveze (2012) comenta que ele visa a 
atender às necessidades de registro dos fatos contábeis administrativos, possibi-
litando a construção dos relatórios contábeis, bem como o atendimento a todos 
os usuários da informação. Para Marion (2012), o plano de contas é indispensável 
17
ao registro de todos os fatos contábeis, pois é ele que, de forma ordenada, agrupa 
todas as contas que serão utilizadas pela Contabilidade.
De modo abrangente, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 2009) define 
o Plano de Contas como o conjunto de títulos, apresentados de forma coordenada 
e, previamente definidos, que traduzem a estrutura das contas a serem utilizadas, 
de maneira uniforme, para representar o estado patrimonial da entidade e de suas 
variações, em determinado período. Em outras palavras, o Plano de Contas repre-
senta uma estrutura de contas contábeis com a finalidade de padronizar o processo 
de escrituração, a fim de produzir os inúmeros relatórios e demonstrativos contá-
beis, como o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, entre outros.
De acordo com Crepaldi (2013), o Plano de Contas é o elo de comunicação 
da empresa com os diversos usuários da informação contábil, dentre eles, desta-
cam-se: administradores, investidores, clientes, fornecedores, agentes financeiros, 
Fisco etc. Vale ressaltar que o Plano de Contas é utilizado para contabilizar os 
fatos administrativos e as alterações do patrimônio das empresas privadas (em-
presa com ou sem fins lucrativos) e das empresas públicas (esfera federal, estadual 
e municipal). Em ambos os casos, há normas e leis específicas para sugestão de 
estrutura, nomenclatura, códigos e distribuição das contas contábeis, com a fi-
nalidade de dar conformidade aos fins empresariais.
Segundo Bächtold (2011), o Plano de Contas é um instrumento de trabalho 
que permite identificar todas as contas que poderão ser utilizadaspela empresa 
e está ordenado conforme as diretrizes legais que orientam os registros contá-
beis. Lembra, ainda, que não há um número mínimo ou máximo de contas e 
que, no estabelecimento do plano, é necessário haver flexibilidade, permitindo 
a inclusão de contas —, até mesmo daquelas contas cuja previsão de utilização 
seja em longo prazo.
Cordeiro (2006) salienta que a sua elaboração não é uma tarefa simples, pois 
deve-se levar em consideração diversos aspectos, como o tamanho da empresa 
e os interesses dos usuários da informação contábil.
Iudícibus e Marion (1991) exemplificam, conforme o quadro, a seguir, al-
guns requisitos fundamentais a serem observados no desenvolvimento de um 
Plano de Contas:
UNICESUMAR
UNIDADE 1
18
Quadro 1 - Requisitos fundamentais para delineamento do Plano de Contas / Fonte: adaptado de 
Iudícibus e Marion (1991).
Assim, observa-se que a configuração do Plano de Contas respeita as caracterís-
ticas legais, operacionais e gerenciais de uma empresa para garantir a geração de 
informações compreensíveis e seguras aos diversos usuários. Com a finalidade 
de transmitir mais entendimento, o próximo assunto apresentará uma estrutura 
básica à elaboração de um Plano de Contas Contábil. 
Após conhecer a definição e a importância desse plano como diretriz e orien-
tação dos lançamentos contábeis de uma empresa, torna-se oportuno entender 
como este instrumento de trabalho permite, de forma sistematizada, a identificação 
de todas as contas contábeis que podem ser utilizadas nos registros dos fatos que 
alteram o patrimônio de uma entidade em determinado período (exercício social).
Inicialmente, destaca-se a importância da codificação no Plano de Contas 
para identificar cada conta, grupo de contas, classes, subgrupos e demais requi-
sitos. Em seguida, o desenvolvimento de um manual descritivo e informativo 
da função de cada conta, das suas contrapartidas e toda sua utilização (GRECO, 
REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA
 DELINEAMENTO
 DO PLANO DE CONTAS
Amplitude do 
desdobramento das 
contas de uma 
empresa diferen-
cia-se das contas de 
uma pequena 
empresa, em virtude 
da ênfase aos 
centros de custos.
O plano de contas 
deve ser elaborado 
levando-se em 
consideração os 
objetivos, as 
características e o 
setor de atividade de 
cada empresa.
O sistema contábil 
usado pela empresa 
deve permitir as 
adaptações 
necessárias no plano 
de contas conforme 
suas especi�cidades 
e da estrutura básica 
que norteia o 
processo contábil.
Na de�nição do 
plano de contas o 
interesse do usuário 
(interno ou externo) 
também deve ser 
ponderado e 
respeitado.
TAMANHO 
DA EMPRESA
RAMOS DE
 ATIVIDADE
SISTEMA 
CONTÁBIL USUÁRIOS
19
2006). Em relação à codificação das contas, Cordeiro (2006) lembra que a sua 
elaboração deve contemplar diversos níveis, permitindo, dentro de uma lógica de 
classificação das operações realizadas pela empresa, o atendimento de informação 
aos usuários da Contabilidade.
A atribuição desses códigos, no entanto, dependerá do ambiente onde será 
aplicado o Plano de Contas, pois o uso excessivo de dígitos dificultará o enten-
dimento das informações geradas (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2018). 
Desse modo, no plano, as contas contábeis e os seus subgrupos caracterizam-se 
pelos diferentes níveis numéricos, de tal modo que os grandes grupos de contas 
recebem, apenas, um número, representando o 1º nível. As demais contas mos-
tram-se como subconjuntos e são numeradas pelos níveis seguintes (2º, 3º, 4º ou 
mais níveis), confirmando que pertencem ao grupo maior. A quantidade de níveis 
será determinada conforme a necessidade da empresa, contudo, na maioria dos 
Planos de Contas utilizados no processo da escrituração contábil, usa-se até o 5º 
nível, no qual são utilizadas as contas analíticas para os lançamentos contábeis: 
1º Nível 1 Ativo
Contas sintéticas (recebem, ape-
nas, soma dos valores).
2º Nível 1.1 Ativo Circulante
3º Nível 1.1.1 Disponibilidade
4º Nível 1.1.1.01 Caixa e Fundo Fixo
5º Nível 1.01.01.01.0001 Caixa
Contas analíticas (contas contá-
beis que recebem movimentações 
de valores).
Quadro 2 - Níveis do plano por contas sintéticas e analíticas / Fonte: os autores.
Assim, a cada lançamento contábil ou movimentação nessas contas analíticas, 
haverá um efeito direto e imediato nas de nível superior (ou sintéticas), aumen-
tando ou diminuindo o saldo dessas contas. Nesta lógica, Crepaldi (2013) ensina 
que as contas podem ser classificadas conforme a sua funcionalidade:
 ■ Quanto à composição, dividem-se em sintéticas e analíticas (contas que 
exigem desdobramentos).
 ■ Quanto à natureza dos saldos, podem ser unilaterais ou bilaterais (contas 
que sofrem variações aumentativas ou diminutivas).
UNICESUMAR
UNIDADE 1
20
 ■ Quanto à movimentação, manifestam-se como dinâmicas (eventos roti-
neiros: caixa) ou estáticas (eventos específicos: capital social).
 ■ Conforme legislação societária, em patrimoniais (ativo, passivo e patri-
mônio líquido) ou de resultado (receitas e despesas).
 ■ Podem ser divididas, ainda, em permanentes (contas criadas ao aten-
dimento de fatos contínuos da empresa) ou transitórias (para situações 
especiais).
Na prática do dia a dia da Contabilidade, geralmente, usamos o Código Reduzido 
que, também, consta no Plano de Contas. O Código Reduzido de contas é utiliza-
do pelos sistemas contábeis (softwares) para o desenvolvimento da escrituração 
contábil das empresas. Assim, graças à identificação da conta contábil, por meio 
de do Código Reduzido (código de quatro ou cinco dígitos), conseguimos realizar 
os lançamentos contábeis.
A Lei das Sociedades por Ações nº 6.404, em seu Art. nº 177 (BRASIL, 1976, 
on-line), prevê que a escrituração da companhia seja mantida em registros per-
manentes e observe os métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo, para 
registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. A legisla-
ção relaciona, ainda, grupos e contas contábeis. Como exemplo de algumas contas 
patrimoniais, observe o descrito nos Art. nº 179 e 180 (BRASIL, 1976, on-line):
 “ Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em 
despesas do exercício seguinte;
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o 
término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, 
adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou contro-
ladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da 
companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do 
objeto da companhia;
21
III - em investimentos: as participações permanentes em outras 
sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no 
ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade 
da companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens 
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia 
ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de-
correntes de operações que transfiram à companhia os benefícios, 
riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 
2007)
V – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incor-
póreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com 
essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído 
pela Lei nº 11.638, de 2007)
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da em-
presa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no 
circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Passivo Exigível
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos 
para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas 
no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e 
no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazomaior, 
observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Re-
dação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). 
Com a finalidade de ter mais entendimento sobre o assunto, analise o modelo 
de Plano de Contas, abrangendo contas patrimoniais e de resultado, disponível 
no Anexo I deste livro. 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
22
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Contabilidade Digital
Autor: Edson Oliveira 
Editora: Atlas
Sinopse: as novas tecnologias e a utilização da rede mundial de com-
putadores (internet) proporcionaram mudanças significativas na relação 
entre o Fisco e as empresas. A Contabilidade passou a ter um papel ainda 
maior na importância de registrar bem como de gerenciar as informações 
das empresas e demais instituições tanto públicas quanto privadas. Este li-
vro apresenta pontos importantes dessas mudanças, visando a contribuir 
para novos conhecimentos de estudantes e profissionais da área.
Comentário: a Contabilidade entra na era digital apor meio do Sistema Pú-
blico de Escrituração Digital (SPED) e, no capítulo 5 do livro, são abordados 
assuntos em torno desse sistema, com informações sobre o SPED, incluindo 
os seus objetivos e aspectos operacionais. 
23
Falamos do Plano de Contas, agora, verificaremos a importância do Livro Diário 
para a escrituração contábil das empresas. Porém, antes, falaremos do processo 
da escrituração contábil, que tem como função registrar os fatos operacionais 
e administrativos sobre as mutações patrimoniais de uma empresa com ou sem 
fins lucrativos, pública ou privada.
Conforme o Art. 177 da Lei nº 6.404 (BRASIL, 1976, on-line), a escrituração 
deve ser mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos legais 
e aos princípios geralmente aceitos da Contabilidade, observando-se os métodos 
ou critérios contábeis voltados a registrar as mutações patrimoniais segundo o 
regime de competência. Além de manter em registros permanentes, a escrituração 
contábil deverá ser lançada em idioma e moeda correntes nacionais e critérios 
contábeis uniformes no tempo em obediência às disposições legais pertinentes 
(GRECO, 2006).
O Regulamento do Imposto de Renda (RIR), por meio do Decreto nº 9.580, 
de 22/11/2018,) na seção sobre os livros comerciais, Art. 272, também prevê que 
“a pessoa jurídica é obrigada a seguir sistema de contabilidade com base na escri-
turação uniforme de seus livros, em correspondência com a sua documentação, e 
utilizar os livros e os papéis adequados, cujo número e espécie ficam a seu critério” 
(BRASIL, 2018, on-line).
Segundo Favero (2009, p. 127), a escrituração contábil “é o ato de se registrar 
nos livros da empresa as movimentações ocorridas em seu patrimônio”, represen-
tando, dessa forma, uma variedade de lançamentos das operações empresariais a 
qual segue uma sequência lógica para o registro da data, das contas e dos valores 
correspondentes. Assim, o lançamento ou a escrituração contábil precisa conter 
elementos essenciais:
 ■ Local e data da ocorrência do fato contábil.
 ■ Conta debitada/devedora.
 ■ Conta creditada/credora.
 ■ Histórico com informações do documento de suporte.
 ■ Valor da operação ou transação.
Atualmente, a maior parte das empresas utiliza sistema eletrônico quando efetua a 
sua escrituração contábil. Embasada nos fatos contábeis e documentos de suporte, 
o profissional digita o lançamento a débito e a crédito das contas envolvidas, e o sis-
tema escritura, automaticamente, os Diário e Razão (VICECONTI; NEVES, 2013).
UNICESUMAR
UNIDADE 1
24
Segundo Favero (2009, p. 127), “Todavia, se não houver uma organização e 
controle por parte dos responsáveis pela Contabilidade da empresa, as informa-
ções geradas não atingirão os objetivos esperados”. Sendo, portanto, fundamental 
um Plano de Contas adequado às necessidades de informação dos gestores e 
demais usuários da Contabilidade bem como maios atenção do contador em rela-
ção à autenticidade da documentação que deu origem às variações patrimoniais.
Viceconti e Neves (2013) salientam, ainda, que o lançamento contábil é o 
registro dos fatos (que provocam alterações na composição do patrimônio ou do 
resultado empresarial) nos livros de escrituração comercial da empresa: Livros 
Diário e Razão. Nesse sentido, o Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406, de 
2002 (BRASIL, 2002, on-line), também faz referência aos livros contábeis quando 
determina que o empresário (com exceção do empresário rural e do pequeno 
empresário) e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema contábil, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme dos seus livros, em con-
sonância com a respectiva documentação de suporte. Para fins de levantamento 
anual do Balanço Patrimonial e do resultado econômico. É possível que alguns 
equívocos possam ocorrer no momento da escrituração contábil, e Grego (2006) 
lembra que, diante destas eventualidades, os erros deverão ser corrigidos median-
te o lançamento complementar ou o estorno (parcial ou total), efetuando-se um 
novo lançamento, caso seja necessário.
Com base nas orientações da Resolução nº 1.330/11, porém, alterada pela 
ITG 2000 (R1) /2014 – Escrituração Contábil, (CFC, 2011, on-line) emitida pelo 
Conselho Federal de Contabilidade sobre a retificação de lançamento contábil, 
é oportuno destacar que este procedimento técnico pode ser realizado por meio 
de estorno, transferência e complementação. Nesse contexto, o histórico é im-
portante para identificar qual é o motivo da retificação de lançamento, no qual 
podem ser apresentados itens necessários a esse processo. 
A resolução mencionada diferencia, ainda, o conceito de estorno, transferên-
cia e complementação, conforme a figura, a seguir:
25
Quadro 3 - Conceito de estorno, transferência e complementação / Fonte: adaptado de CFC (2011, 
on-line).
Desse modo, infere-se que os lançamentos contábeis não estão isentos de erros 
ou falhas durante o processo de escrituração. Ocorrendo este lapso, o profissio-
nal tem as condições, bem como o dever, de retificá-lo por meio do estorno, da 
transferência ou da complementação, a fim de que os fatos registrados na Con-
tabilidade sejam fiéis àqueles ocorridos na empresa. 
Conceito de
estorno,
transferência e
complementação
ESTORNO
TRANSFERÊNCIA 
COMPLEMENTAÇÃO
Consiste em lançamento inverso
àquele feito erroneamente,
anulando-o totalmente.
Lançamento de transferência
é aquele que promove a
regularização de conta
indevidamente debitada ou
creditada, por meio da transposição
do registro para a conta adequada. 
É aquele que vem posteriormente
complementar, aumentando ou
reduzindo o valor anteriormente
registrado
NOVAS DESCOBERTAS
Caro(a) aluno(a), você pode encontrar a redação completa sobre a Resolu-
ção nº 1.330/11 no portal do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, no 
item “Resoluções e Ementas”. Acesse pelo QR-Code:
UNICESUMAR
UNIDADE 1
26
Agora, falaremos sobre o Livro Diário. Ele tem a função de registrar os fatos 
contábeis ocorridos na empresa em determinado período, para fins de atendi-
mento à legislação e aos princípios contábeis. Dentre tantos livros existentes na 
Contabilidade, o Livro Diário é utilizado com a finalidade de registrar todas as 
operações de uma entidade, em ordem cronológica, aplicando o método das par-
tidas dobradas; sendo que a expressão “partidas dobradas” não indica duplicidade 
ou repetição de um mesmo registro (IUDÍCIBUS et al., 2010), mas uma operação 
onde cada valor debitado será igual ao valor creditado (GRECO, 2006).
Segundo Greco (2006), outras fórmulas ou métodos podem ser utilizados 
para executar os registros contábeis no Diário:
Lançamento de 1ª fórmula Quando há registro de um débito e um crédito.
Lançamento de 2ª fórmula Registro de um débito e vários créditos.
Lançamento de 3ª fórmula
Várias contas são debitadas e, apenas, uma 
creditada.
Lançamento de 4ª fórmula
Diversas contas são debitadas e creditadas, 
simultaneamente.
Quadro 4 - Lançamentos contábeis da 1ª até a 4a fórmula / Fonte: adaptado de Greco (2006).O Livro Diário, de escrituração obrigatória, deve contemplar as operações da 
atividade mercantil que modifiquem ou possam vir a modificar a situação pa-
trimonial da entidade (FAVERO, 2009). Essas operações devem ser registradas 
contemplando os seguintes campos do Livro Diário:
27
LIVRO DIÁRIO
DATA
CÓ-
DIGO 
RE-
DUZI-
DO
NOME 
DA CON-
TA
HISTÓRI-
CO
DÉBITO CRÉDITO
01/10/20XX 1042
Mercado-
rias para 
revenda
Valor 
referente 
à compra 
de merca-
dorias a 
prazo, con-
forme NF. 
125.987 
de Global 
Ind. E Com. 
Ltda.
10.000,00
01/10/20XX 2203
Forne-
cedores 
nacionais
10.000,00
20/10/20XX 2013
FGTS a 
recolher
Valor re-
ferente ao 
pagamento 
da Guia do 
FGTS da 
competên-
cia do mês 
09/20XX.
2.300,00
20/10/20XX 1008
Banco 
TFG
2.300,00
Quadro 5 - Modelo da estrutura básica do Livro Diário / Fonte: os autores.
De modo mais abrangente, o Decreto nº 9.580 de 22/11/2018, em seu Art. 272 
(BRASIL, 2018, on-line) determina que:
 “ A pessoa jurídica é obrigada a seguir sistema de contabilidade com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a sua documentação, e utilizar os livros e os papéis adequados, 
cujo número e espécie ficam a seu critério. 
§ 1º No livro diário serão lançadas, com individuação, clareza e ca-
racterização do documento, dia a dia, todas as operações relativas 
ao exercício da pessoa jurídica. 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
28
§ 2º A individualização a que se refere o § 1 compreende, como 
elemento integrante, a consignação expressa, no lançamento, das 
características principais dos documentos ou dos papéis que derem 
origem à escrituração. 
§ 3º A escrituração contábil resumida do livro diário é admitida, 
com todas que não excedam o período de trinta dias, relativamente 
a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede 
do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares, regular-
mente autenticados, para registro individualizado, e conservados os 
documentos que permitam a sua perfeita verificação. 
§ 4º O livro diário e os livros auxiliares referidos no § 3º deverão 
conter termos de abertura e de encerramento, e ser autenticados 
nos termos estabelecidos.
§ 5º Os livros auxiliares, tais como livro-caixa e livro contas-cor-
rentes, ficarão dispensados de autenticação quando as operações a 
que se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em 
livros devidamente registrados e autenticados.
Assim, observa-se que a legislação admite a escrituração mecanizada; justifican-
do, portanto, a utilização expressiva de processos mecânicos e eletrônicos pelas 
empresas e escritórios contábeis, para registrar os lançamentos em folhas que são 
encadernadas, numeradas e anexadas aos termos de abertura e encerramento, 
com a finalidade de registro e autenticação nos órgãos competentes.
Em continuidade ao contexto em torno da escrituração contábil, falaremos do 
Livro Razão. Conforme Favero (2009, p. 131), o Livro Razão “representa um dos 
mais importantes instrumentos de registro das operações da empresa, permitin-
do a classificação dos fatos de acordo com sua natureza, envolvendo elementos 
patrimoniais e de resultado”.
Iudícibus et al. (2010) orientam que, nesse livro, utilizam-se as contas, separa-
damente, para representar cada tipo de elemento que compõe o Ativo, o Passivo, 
o Patrimônio Líquido, as Despesas ou Receitas. Cada uma dessas contas será 
distinguida das demais por sua denominação, ou seja, nesse livro, o registro delas 
é feito de forma individualizada, viabilizando um controle por cada tipo de conta. 
Segundo Greco (2006), essas contas registram todas as variações do patrimônio, 
possibilitando, desse modo, a elaboração das demonstrações contábeis.
29
Marion (2018) ressalta que o Razão é um livro obrigatório e, em virtude de 
sua eficiência, é indispensável em qualquer tipo de empresa, pois consiste no 
agrupamento de valores em contas da mesma natureza e de forma racional. Na 
linguagem contábil, os termos Razão e Razonete significam o mesmo conceito, 
sendo este último uma forma simplificada e derivada do Livro Razão.
O Decreto nº 9.580, de 22/11/2018, em seu Art. 274 (BRASIL, 2018, on-line), 
estabelece que a pessoa jurídica deverá manter o Livro Razão ou as fichas utilizadas 
a fim de resumir e totalizar as contas ou subcontas em boa ordem, e que a escri-
turação deverá ser individualizada, seguindo a ordem cronológica das operações.
Exemplificando o funcionamento das contas no Razão, tem-se a conta de 
Duplicatas a Receber como sintética e totalizadora dos saldos que a empresa tem 
a receber das vendas efetuadas em determinado período. Assim, existem, dentro 
da conta Clientes, as contas (ou subcontas) analíticas as quais mostram, indivi-
dualmente, quanto a empresa tem a receber do Cliente A, quanto tem a receber 
do Cliente B e assim por diante. Marion (2018) apresenta um modelo didático e, 
assim, diferencia as contas analíticas e sintéticas.
UNICESUMAR
UNIDADE 1
30
Quadro 6 - Diferença entre contas sintéticas e analíticas / Fonte: adaptado de Marion (2018).
Além da necessidade de compreender a diferença entre as contas sintéticas e 
analíticas, é preciso aprender quais informações compreendem a ficha do Livro 
Razão. Segundo Favero (2009, p. 132):
 “ Não existe um modelo-padrão obrigatório para o razão. No entan-to, algumas informações são obrigatórias em sua apresentação, tais 
Diferença entre contas sintéticas e analíticas
RAZÃO SINTETICO(GERAL)
conta sintética
ESTOQUES
Estoque de
Mercadorias
Estoque de Produtos
Acabados
Estoque de Produtos
em Elaboração
Estoque de
Matérias-primas
BANCOS CONTA
MOVIMENTO
Banco Alfa S/A
Banco Beta S/A
Banco da Praça S/A
FORNECEDORES
Fornecedor ABC Ltda.
Fornecedor XYZ Ltda.
RAZÃO ANALÍTICO (AUXILIAR)
Conta Analítica
31
como: a) Identificação da conta; b) Data da operação; c) Histórico; 
d) Coluna para lançamentos a débito; e) Coluna para lançamen-
tos a crédito; e f) Coluna para o saldo (identificando se “devedor” 
ou “credor”). 
Desse modo, apresenta-se um modelo simplificado e utilizado do Razão para 
escriturar o saldo das contas utilizadas na escrituração contábil:
CONTA CONTÁBIL:
Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Quadro 7 - Modelo simplificado do Livro Razão / Fonte: adaptado de Favero (2009).
Após conhecer a importância e o conceito do Razão, bem como do seu relacio-
namento com o termo Razonete (ou Razonete em T), a seguir, apresenta-se um 
esquema gráfico do funcionamento de uma ficha contábil do Razão, a partir do 
Razonete. Considere que determinada empresa, no dia 10/06/X1, tenha adquiri-
do, à vista, mercadorias para revenda, no valor total de R$ 5.000,00:
a) Graficamente, no Razonete (em forma T), tem-se a seguinte distribuição 
das contas e dos valores:
SALDO ANTERIOR
SALDO FINAL
CAIXA
80.000,00 5.000,00
75.000,00
COMPRA MERCADORIAS PARA REVENDA
5.000,00 0
5.000,00
Descrição da Imagem: a figura apresenta as movimentações que acontecem nos Razonetes, de acordo 
com os lançamentos contábeis realizados no Livro Diário. Da esquerda para direita, temos, na lateral 
esquerda, as palavras: “Saldo anterior” (em preto) e “Saldo final” (em vermelho). Ao lado direito, temos a 
palavra: “Caixa” (em preto) e, embaixo dela, os valores “80.000,00” (em preto) e, ao lado, “5.000,00” (em 
preto), eles estão na linha do “Saldo anterior”. Embaixo desses valores, temos o valor de 75.000,00 (em 
vermelho) na linha do “Saldo final”. Ao lado, há a palavra “Compra” (em vermelho), embaixo dela, está 
uma seta azul apontando tanto para os valores do “Caixa” quanto para os valores que estão a seguir e que 
correspondem ao texto “Mercadorias para revenda” (na cor preta), embaixo da palavra “Mercadorias para 
revenda”, tem-se o valor de 5,000,00 (em preto), enquanto que, ao lado, temos o valor 0 (na cor preta), na 
linha do “Saldo anterior”. Embaixo, na linha do “Saldo final”, temos o valor de 5.000,00 (na cor vermelha).
Figura 1 - Razonete contas contábeis: caixa e mercadorias para revenda / Fonte:os autores.
UNICESUMAR
UNIDADE 1
32
b) Na ficha do Razão, o reflexo dessas movimentações está assim apresen-
tado:
CONTA CONTÁBIL: CAIXA
Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C
31/05 Saldo anterior 80.000,00 - 80.000,00 D
10/06
Compra de 
mercadorias
-
5.000,00 75.000,00 D
CONTA CONTÁBIL: MERCADORIAS P/ REVENDA
Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C
31/05 Saldo anterior - - 0,00 -
10/06
Compra de 
mercadorias
5.000,00
- 5.000,00 D
Quadro 8 - Conta contábil: caixa e mercadorias para revenda / Fonte: os autores.
Por meio dos exemplos mencionados, é possível compreender como a dinâmica 
das contas (saldo anterior, aquisição e saldo final) acontecem e como são repre-
sentadas no Razão e no Razonete. Essa movimentação deve considerar o tipo de 
conta para lançar a débito (lado esquerdo) ou a crédito (lado direito), conforme 
o aumento ou a redução dos saldos. Nesse sentido, tem-se o seguinte esquema 
para contribuir no entendimento do que será debitado ou creditado:
CONTAS DO ATIVO
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Aumentos Reduções DEVEDOR
CONTAS DO PASSIVO E 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Reduções Aumentos CREDOR
33
CONTAS DE RECEITAS
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Reduções Aumentos CREDOR
CONTAS DE DESPESAS
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Aumentos Reduções DEVEDOR
Quadro 9 - Sistema de débito e crédito nos Razonetes / Fonte: os autores. 
Após a alocação dos saldos devedores ou credores, conforme movimentação das 
contas patrimoniais (Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido) ou contas de resulta-
do (Receitas ou Despesas), o Razão apresentará um saldo final o qual aparecerá 
nas demonstrações contábeis. Observe, portanto, que o ciclo de lançamentos 
contábeis é iniciado no Livro Diário, depois, esta informação é apresentada no 
Livro Razão (Razonete) e, por conseguinte, o valor final é evidenciado no Balan-
cete de Verificação e nos demonstrativos contábeis.
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Contabilidade Básica
Autores: Paulo Viceconti e Silvério das Neves
Editora: Saraiva Uni
Sinopse: o livro apresenta a proposta que o transformou em sucesso 
editorial: noções introdutórias, porém, essenciais, sem perder de vista o ri-
gor técnico e a aplicação dos conceitos apresentados. 
Comentário: este livro te auxiliará nesta introdução aos estudos em tor-
no do processo da escrituração contábil em seus diversos exemplos. Desse 
modo, o capítulo 2 abordará conceitos de contas, mecanismo do débito e 
crédito, Razonetes, Balancete de Verificação, partidas dobradas, entre ou-
tros assuntos da área. Assim, você conseguir entenderá a escrituração con-
tábil e onde ficam registrados todos os fatos administrativos e econômicos 
que acontecem, todos os meses, nas entidades.
UNICESUMAR
UNIDADE 1
34
Sendo assim, para finalização do assunto em torno da escrituração contábil, 
conheceremos o Balancete de Verificação, seguindo, desse modo, a lógica de 
estruturação das informações contábeis aos seus diversos usuários, iniciando 
pelo estabelecimento de um Plano de Contas e, posteriormente, pela execução 
dos lançamentos contábeis nos livros Diário e Razão (Razonete), tem-se um ci-
clo de propagação informacional até alcançar o Balancete de Verificação e os 
demonstrativos contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado 
do Exercício etc.). Viceconti e Neves (2013) ilustram, perfeitamente, como estas 
etapas ocorrem:
Processo Contábil
Documentos Diversos
Livro Diário
Livro Razão / Razonete
Balancete de Veri�cação
Balanço Patrimonial DRE Outras Demonstrações
Descrição da Imagem: a figura ilustra a ordem de como acontece o processo da escrituração contábil. 
Há cinco retângulos na cor azul, e o primeiro deles contém uma seta na parte inferior (também na cor 
azul) que indica para o retângulo embaixo. Cada retângulo possui, em seu centro, uma frase escrita em 
branco. O primeiro retângulo contém a frase “Processo Contábil”, o segundo “Documentos Diversos”, o 
terceiro “Livro Diário”, o quarto “Livro Razão/Razonete” e o quinto “Balancete de Verificação”. A seta do 
quinto retângulo divide-se em três setas na cor azul que se ligam a outros três retângulos da mesma cor, 
dispostos lado a lado, com frases escritas, em seu centro, na cor branca. O primeiro retângulo à esquerda 
contém a frase “Balanço Patrimonial”, no retângulo central encontra-se escrita a sigla “DRE” e, no retângulo 
da direita, há a frase “Outras Demonstrações”.
Figura 2 - Processo de escrituração contábil completa / Fonte: adaptada de Viceconti e Neves (2013).
35
Segundo Greco (2006, p. 169):
 “ O Balancete de Verificação compreende uma listagem de contas com sua titulação prevista no Plano de Contas e que tenham re-gistro inicial e posterior de valores monetários correspondentes ao 
movimento do mês, ou acumulado dos meses, total de débito e de 
crédito, e respectivo saldo, devedor ou credor.
 Conforme Favero (2009), o Balancete de Verificação pode ser elaborado com 
duas ou mais colunas, de acordo com o interesse e a necessidade dos usuários da 
informação contábil:
CONTAS SALDOS
DEVEDOR CREDOR
 
 
TOTAIS 
Quadro 10 - Balancete de Verificação de duas colunas / Fonte: Favero (2009, p. 173). 
Ao comparar a estrutura entre os Balancetes de duas e quatro colunas, observa-
-se que, no primeiro, é apresentado apenas o saldo final das contas (devedoras e 
credoras) decorrentes da apuração contábil feita nos Razonetes, diferentemente 
do segundo modelo, no qual são consideradas as colunas de movimentação do 
mês, conforme mostra o quadro, a seguir:
CONTAS
MOVIMEN-
TO DO MÊS
SALDOS
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
 
 
TOTAIS 
Quadro 11 - Balancete de verificação de quatro colunas / Fonte: Favero (2009, p. 173).
UNICESUMAR
UNIDADE 1
36
No modelo de seis colunas, apresentado, a seguir, percebe-se uma estrutura 
mais completa da evolução das contas patrimoniais e de resultado, favorecen-
do oportunidades de análise aos profissionais e usuários sobre a movimentação 
dos saldos anteriores, atuais e finais. Nestas condições, outras análises podem 
surgir para identificar variações aumentativas e diminutivas, assim como o seu 
relacionamento com o patrimônio empresarial.
CON-
TAS
SAL-
DOS
ANTE-
RIORES
MOVI-
MENTO
DO 
MÊS
SAL-
DOS
DEVE-
DOR
CRE-
DOR
DÉBITO
CRÉDI-
TO
DEVE-
DOR
CRE-
DOR
 
 
TOTAIS 
Quadro 12 - Balancete de verificação de seis colunas / Fonte: Favero (2009, p. 174).
Independentemente da quantidade de colunas, o Balancete de Verificação pode 
ser extraído a qualquer tempo. Entretanto o método mais usual é o de preparar 
relatórios mensais para ciência e decisões da administração sobre a posição fi-
nanceira e patrimonial da empresa (GRECO, 2006).
Viceconti e Neves (2013) informam, também, que, se o Balancete se destina a 
fins externos, o relatório deverá conter o nome e a assinatura do contabilista, a sua 
categoria profissional e o número de registro no Conselho Regional de Contabili-
dade – CRC do seu estado. Dessa forma, conclui-se que o Balancete de Verificação 
poderá ser utilizado de diversos formatos bem como atender às demandas infor-
macionais tanto internas quanto externas. Adicionalmente, esse relatório fornecerá 
o saldo final das contas que alimentará os demonstrativos contábeis.
37
Depois de todos estes conteúdos abordados na unidade, você parou para pensar 
quais complicações poderiam acontecer com as empresas, no caso de as mesmas 
não realizarem, de forma correta, a escrituração contábil? 
Todos os assuntos abordados, nesta unidade, visam ao dia a dia do profis-
sional da Contabilidade e são muito importantes. Nesse contexto, as empresas 
precisam encaminhar todas as documentações do período (mês) ao contador, 
assim, os documentos serão registrados por meio dos lançamentos contábeis, ou 
seja, pelo método das partidas dobradas. Em decorrência desse registro, gera-se 
o Livro Razão (relatório gerado pelo sistema contábil), que apresenta todos os 
saldos das contas contábeis referentes ao mês registrado.
Por fim, com base nos saldosdas contas, deve-se fazer o enceramento das Re-
ceitas e Despesas, a fim de apurar o Balancete de Verificação, somente, das contas 
patrimoniais. Dessa forma, com base em todos estes conhecimentos, Marcos e 
Alessandro conseguirão realizar o processo de escrituração contábil das empresas. 
Caro(a) aluno(a), venho convidar você para ouvir o podcast que 
trata da temática da escrituração contábil. Assim, este áudio trará 
algumas informações relevantes sobre esse processo e como ele é 
desenvolvido, no dia a dia, na Contabilidade das empresas. Vale a 
pena conferir! 
UNICESUMAR
38
1. O Plano de Contas é uma estrutura de códigos e de classificações usadas no processo 
da escrituração contábil das organizações. A estrutura desse plano não varia muito, 
pois a sua modelagem pode ser personalizada por empresa. Assim, é um processo 
de construção que não termina e, sempre, será necessário complementá-lo, em 
função do ramo de atividade da entidade. Desse modo, para definir um Plano de 
Contas, deve-se levar em consideração alguns requisitos fundamentais, então, com 
base nisso, assinale a alternativa correta:
a) O tamanho da empresa e a quantidade de usuários, uma vez que o ramo de 
atividade não é importante à definição de algumas contas.
b) O sistema contábil e o ramo de atividade empresarial.
c) O ramo de atividade empresarial, os usuários e os sistemas de informação, com 
exceção do sistema contábil.
d) O tamanho da empresa, os usuários, o ramo de atividade e o sistema contábil.
e) O sistema contábil, o tamanho da empresa, o ramo de atividade e, somente, os 
usuários internos (administradores, gestores etc.).
2. No Plano de Contas, temos as contas ativas e passivas. Assim, as que pertencem ao 
Ativo representam os bens e direitos e, à vista disso, aquelas do passivo representam 
as obrigações. Nesse sentido, essas contas são divididas em sintéticas e analíticas 
e devem ter, no mínimo, quatro níveis, portanto, temos as contas que recebem lan-
çamentos conforme os débitos e créditos e as que representam os totais de cada 
grupo. Considerando os níveis das contas sintéticas e analíticas do Plano de Contas, 
leia as afirmativas, a seguir:
I - A conta Disponibilidade pode ser considerada de 3º nível e analítica.
II - A conta do 4º nível é considerada sintética.
III - A conta de Ativo representa o 1º nível.
IV - A conta do 2º nível é analítica e utilizada nos lançamentos de partida dobrada.
É correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.
39
3. O método das partidas dobradas é um critério que determina o seguinte: para cada 
lançamento a débito em uma conta contábil, deve haver um lançamento correspon-
dente a crédito, em outra conta contábil. Assim, esse método representa o regis-
tro de todos os fatos contábeis que acontecem nas organizações. Em relação aos 
lançamentos de débito e crédito (partidas dobradas) feitos no Livro Diário, assinale 
Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) O lançamento de 3ª fórmula registra um débito e, apenas, um crédito.
( ) O lançamento que representa várias contas debitadas e, apenas, uma crédito 
é 4ª fórmula.
( ) O lançamento de 1ª fórmula registra uma conta devedora e outra credora.
A sequência correta para a resposta da questão é:
a) F, F, V.
b) V, V, F.
c) V, F, V.
d) F, V, F.
e) F, V, V.
4. Retificação de lançamento contábil é uma técnica de correção de registro realizado 
com erro na escrituração contábil das organizações. Assim, é utilizado quando há 
casos de duplicidade de lançamento contábil ou erro de lançamento das contas que 
foram debitadas e creditadas. Em relação à retificação dos lançamentos contábeis, 
é possível e pode ser realizada por:
a) Estorno, transferência (lançamento inverso) e complementação.
b) Complementação (valor aumentado ou reduzido), estorno (lançamento inverso) 
e transferência.
c) Transferência, estorno (lançamento inverso) e complementação.
d) Complementação, estorno (transposição do registro para a conta adequada) e 
transferência.
e) Estorno (valor aumentado ou reduzido), transferência e complementação (trans-
posição de registro para a conta adequada).
40
5. Os Razonetes em forma T são uma representação gráfica utilizada no processo de 
escrituração contábil das empresas. Dessa forma, representa um instrumento didá-
tico para desenvolver o raciocínio contábil nos indivíduos. Com base nos conceito 
e funcionamento dos Razonetes para lançamento das contas de débito e crédito, 
considere as seguintes afirmativas, a seguir:
I - As contas de Passivo e Patrimônio Líquido são lançadas a crédito quando há 
aumento.
II - As contas do Ativo são lançadas a débito quando ocorrem aumentos.
III - As contas do Ativo são lançadas a Débito quando há reduções, e as do Passivo 
e Patrimônio Líquido, quando há aumento.
IV - As contas de Receitas são creditadas quando há reduções.
É correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) II e IV, apenas.
2Rotinas Trabalhistas e Contabilização – 
Parte I
Me. Tatiane Garcia da Silva Santos 
Me. José Manoel da Costa 
Nesta Unidade, você poderá conhecer as rotinas trabalhistas que fa-
zem parte do Departamento de Pessoal. Além disso, também conhe-
cerá o processo contábil dessas rotinas. Sendo assim, no decorrer da 
unidade, serão apresentadas as verbas positivas, que representam os 
proventos, e as negativas, que são os descontos. Essas verbas cons-
tituem o recibo de pagamento ou holerite entregue aos funcionários 
no dia do pagamento do salário mensal (até o quinto dia útil de cada 
mês). Por fim, após todo o processo de cálculo das verbas, serão de-
monstrados os lançamentos contábeis (débitos e créditos) para a con-
tabilização do resumo da folha de pagamento. 
UNIDADE 2
42
Uma empresa de porte médio, no ramo de confecções, vem passando por alguns 
problemas em relação ao processamento da folha de pagamento mensal. Todos 
os meses acontecem erros nos cálculos de algumas verbas trabalhistas, e esta si-
tuação vem trazendo alguns problemas internos com os funcionários, em função 
dos salários pagos, erroneamente. Sendo assim, a organização precisará contratar 
dois funcionários com experiência em Departamento de Pessoal e, também, com 
experiência na contabilização da folha de pagamento. 
As vagas foram anunciadas nos meios de comunicação da organização. Uma 
das exigências em relação a uma das vagas de trabalho era o conhecimento em 
torno da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT e da Reforma Trabalhista 
ocorrida em 2017. 
Depois de duas semanas, a empresa começa a fazer o processo de recrutamento 
e seleção de pessoal para estas vagas de trabalho. Assim, apareceram duas pessoas 
interessadas: Alex, que tinha formação em Ciências Contábeis e conhecimento na 
área de cálculo das verbas que compõem a folha de pagamento, pois havia feito 
vários cursos sobre este tema na última empresa onde trabalhou, e Maria Eduarda, 
recém-formada em Ciências Contábeis, sem experiência em cálculos da folha de 
pagamento, mas tinha experiência no processo contábil da mesma.
Com base nas entrevistas e na análise de currículo dos candidatos, a empresa 
optou por contratar os dois. Desse modo, Alex ficará na função de processo e ge-
ração da folha de pagamento, enquanto Maria Eduarda se responsabilizará pelo 
processo da contabilização do resumo da folha, em virtude de a organização não 
ter um sistema integrado para geração da informação. 
De acordo com a necessidade da empresa, pergunto a você:
 ■ Quais são os conhecimentos que Alex precisa ter, a fim de desempenhar 
a sua função?
 ■ Quais são as noções sobre Contabilidade que Maria Eduarda precisar ter, 
para realizar a contabilização da folha de pagamento?
 ■ Quais são as consequências à empresa, no caso de pagar e gerar informa-
ções incorretas no pagamento dos funcionários?
No primeiro dia de trabalho de Alex e Maria Eduarda, ambos foram alocados nosseus respectivos setores. Em seguida, cada um verificou como estava a situação 
em relação ao sistema que gera a folha de pagamento e o processo contábil da 
folha, o qual era feito de forma manual. 
43
Na sequência, Alex conversou com o funcionário responsável pela folha de 
pagamento e que estava deixando a empresa, para verificar a parametrização das 
tabelas do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, do Imposto de Renda Re-
tido na Fonte – IRRF, do salário-família e de várias outras verbas. Assim, Maria 
Eduarda também conversou com o contador da organização, com o objetivo 
de saber sobre o processo de lançamentos contábeis e a conciliação da folha de 
pagamento na Contabilidade. 
Com base nas informações levantadas por ambos, de acordo com a função de 
cada um, Alex e Maria Eduarda começaram a desenvolver as suas atividades. Des-
se modo, Alex começou a fazer as verificações de quantidades de horas extras por 
funcionários, faltas justificadas e injustificadas, atestados de saúde, entre outros, 
para preparar a base do sistema à geração da folha de pagamento no final do mês.
Maria Eduarda começou a fazer a conciliação contábil referente às contas 
contábeis utilizadas na contabilização do resumo da folha de pagamento. Porém 
ela constatou que essa conciliação estava atrasada e precisava ser colocada em 
dia, para fazer os lançamentos contábeis da folha de pagamento do próximo mês, 
a qual será gerada pelo Alex.
Com base nas informações apresentadas, anteriormente, quais são os co-
nhecimentos que Alex e Maria Eduarda necessitam, a fim de exercerem as suas 
funções na empresa?
 ■ Alex: ter noção dos cálculos das verbas de proventos e descontos para a 
composição da folha de pagamento, além disso, saber as regras impostas 
pela CLT a cada verba. Por fim, conhecer o sistema que faz o processo de 
geração da folha de pagamento da empresa. 
 ■ Maria Eduarda: ter noção do processo dos lançamentos contábeis (débito 
e crédito) para realizar a contabilização do resumo da folha de pagamento 
no final de cada mês; conhecer a metodologia com o intuito de concilia-
ção das contas contábeis que serão usadas na contabilização da folha de 
pagamento.
Quais informações podem ser extraídas do resumo da folha de pagamento para 
o processo de tomada de decisões nas empresas? Proponho que você realize uma 
pesquisa e, assim, seja capaz de responder a esta questão. Anote as informações 
que encontrar bem como as suas dúvidas. 
UNIDADE 2
UNIDADE 2
44
Com nas informações, previamente, apresentadas, venho sugerir a reflexão sobre 
os seguintes assuntos:
 ■ Quais são as atribuições necessárias para uma pessoa trabalhar no De-
partamento de Pessoal de determinada empresa?
 ■ Quais são os conhecimentos necessários para trabalhar com o processo 
de contabilização e conciliação contábil referente ao resumo da folha de 
pagamento? 
Vimos, anteriormente, que Alex e Maria Eduarda têm um considerável desafio à 
frente em relação ao processo da folha de pagamento da empresa. Sendo assim, 
a fim de assimilarmos os conhecimentos necessários que eles necessitarão para 
corrigir erros sobre a folha de pagamento, precisaremos iniciar o nosso aprendi-
zado a partir das rotinas trabalhistas. 
Dessa forma, será necessário apresentar as verbas básicas que compõem os 
proventos e os descontos à composição do recibo de pagamento (holerite) entre-
gue aos funcionários. Além disso, demonstraremos o processo contábil destinado 
ao registro dos lançamentos contábeis de acordo com as verbas que incidem no 
holerite. Assim, no final desta unidade, você terá aprendido a calcular o salário 
bem como a contabilizar o recibo de pagamento. 
O recibo de pagamento ou holerite é o contracheque entregue ao 
empregado no momento da realização do pagamento do seu salário líquido. 
Assim, no Holerite, deve constar todas as verbas, tanto as positivas (como é o 
45
caso do salário, das horas extras, adicionais, do salário-família, etc.) quanto as 
negativas (é o caso dos descontos do INSS, do Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço – FGTS, vale-transporte etc.). 
Nesse contexto, as verbas positivas representam os proventos, e as negativas 
simbolizam os descontos. Assim sendo, para melhor compreensão dos assuntos 
que serão vistos, simularemos o cálculo de salário de dois funcionários, o da Fer-
nanda Lima e do Bruno Gonçalves, a fim de que você possa aprender, na prática, 
cada cálculo relativo às verbas que incidem na folha de pagamento. 
Para isso, serão apresentados vários quadros que demonstrarão a composição 
do salário líquido de cada um dos funcionários. Desse modo, o mês de referência 
será abril de 2021, pois tem 24 dias úteis e 6 não úteis. A situação dos dois em-
pregados é a seguinte:
FERNANDA LIMA
•Função: Assistente Administrativo
•Salário mensal (base): R$ 1.300,00
•Filhos: 3 �lhos menores de 14 anos
•Transporte público para ir ao
trabalho: 48 passes 
•Carga horária mensal: 220 horas
•Faltas não justi�cadas: 2 em uma
semana e 1 em outra semana
BRUNO GONÇALVES
•Função: Gerente Administrativo
•Salário mensal (base): 4.400,00
•Filhos: 1 �lho com 14 anos e 2
com 6 anos de idade
•Carga horária mensal: 220 horas
•Horas extras em abril/2021: 10 horas
UNIDADE 2
UNIDADE 2
46
As verbas positivas são os proventos. O principal provento é o salário, pois, para 
que haja a relação de emprego é necessário que seja combinado um salário entre 
empregador e empregado. Além disso, podemos ter diversas outras verbas positi-
vas em decorrência da prestação de seus serviços do empregado ao empregador, 
verbas essas que serão conceituadas e calculadas, individualmente, para que você 
possa aprender a partir de aspectos tanto teóricos quanto práticos. 
A soma do salário com as outras verbas positivas é denominada remuneração. 
O Art. 457 da CLT (BRASIL, 1943, on-line) dispõe que a remuneração é a soma 
do salário e outras vantagens e adicionais, concedidos ao empregado em função 
das suas atividades, como: horas extras; adicional de insalubridade; adicional de 
periculosidade; adicional noturno; comissões; gorjetas; gratificações contratuais; 
prêmios; ajudas de custo e quaisquer outras parcelas pagas, habitualmente, ainda 
que em utilidades, previstas em acordo ou em convenção coletiva ou mesmo 
concedidas por liberalidade do empregador. 
Uma das verbas que compõem os proventos é o salário. De acordo com a 
CLT (BRASIL, 1943, on-line), no Art. 3º, “Considera-se empregado toda pessoa 
física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a depen-
dência deste e mediante salário”. Assim, utilizaremos, de forma fictícia, os dados 
dos trabalhadores citados no início, para a simulação de cálculo de geração do 
salário líquido, conforme as teorias que serão apresentadas na unidade.
Começaremos a elaboração do recibo de pagamento de Salário (holerite), 
em forma de tabela, considerando, somente, o salário contratual dos empregados 
Fernanda Lima e Bruno Gonçalves:
HOLERITE
Apuração Salário 
Líquido
Empregados
Código
Descri-
ção
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proventos Descontos Proventos Descontos
001
Salário 
Base
1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
47
Soma Proventos/
Descontos
1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
Salário Líquido 1.300,00 4.400,00
Quadro 1 - Recibo de pagamento de salário / Fonte: os autores. 
Temos, então, um recibo parcial, pois, com certeza, teremos outras verbas; caso 
houvesse a possibilidade de termos apenas esta verba, teríamos, portanto, o salário 
líquido do Bruno em R$ 4.400,00.
Além do salário, temos outras duas verbas que consideramos como provento: 
as horas extras e o Repouso Semanal Remunerado – RSR. Assim, a Consti-
tuição Federal – CF (BRASIL, 1988, on-line) diz no Art. 7º, inciso XVI, que são 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a “remuneração do serviço extraor-
dinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal”; e a redação 
dada pela Lei nº 13.467/2017 diz que “a duração normal do trabalho poderá ser 
acrescida de horas extras, em número não excedentede duas, por acordo indivi-
dual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho” (BRASIL, 2017, on-line).
As horas suplementares podem ser compensadas, desde que não ultrapassem 
a carga horária de trabalho semanal, como é o caso do Bruno: ele cumpre 44 ho-
ras semanais de segunda a sexta-feira, trabalhando, então, 48 minutos diários a 
mais. As horas excedentes devem ser remuneradas considerando a Constituição 
Federal, a Consolidação das Leis Trabalhistas – o CLT e a Convenção Coletiva ou 
Dissídio Coletivo, sempre o que for mais benéfico ao empregado. Nesta unidade, 
consideraremos 50% de acréscimos para horas extras de segunda a sábado e 100% 
para domingos e feriados, mas se a convenção estipular percentual maior, este 
deverá ser considerado.
Sobre o Repouso Semanal Remunerado – RSR, veremos no quadro, a seguir, 
o que dizem os dispositivos legais:
UNIDADE 2
UNIDADE 2
48
CF Art. 7º, inciso XV
(BRASIL, 1988, on-line)
CLT Art. 67
(BRASIL, 1943, on-line)
Lei 605/1949 Art. 1º
(BRASIL, 1949, on-line)
São direitos dos tra-
balhadores urbanos e 
rurais, além de outros 
que visem à melhoria 
de sua condição social:
XV – Repouso semanal 
remunerado, preferen-
cialmente, aos domin-
gos.
Será assegurado a todo 
empregado um des-
canso semanal de 24 
(vinte e quatro) horas 
consecutivas, o qual, 
salvo motivo de con-
veniência pública ou 
necessidade imperiosa 
do serviço, deverá coin-
cidir com o domingo, 
no todo ou em parte.
Todo empregado tem 
direito ao repouso 
semanal remunerado 
de 24 (vinte e quatro 
horas) consecutivas, 
preferentemente, aos 
domingos e, nos limites 
das exigências técni-
cas das empresas, nos 
feriados civis e religio-
sos, de acordo com a 
tradição local.
Quadro 2 - Repouso Semanal Remunerado / Fonte: os autores.
Os empregados cujo salário contratual é mensal não têm destacado no seu recibo 
de pagamento o valor do RSR, porque o valor combinado é mensal, independen-
temente de quantos domingos ou feriados tenham durante o mês, neste caso, 
existe o repouso sem prejuízo do salário.
Para as verbas que são pagas além do salário, como é o caso das horas extras, 
comissões, produtividade, entre outras, deverá ser pago o RSR à parte, pois são 
horas e valores cumpridos além da carga horária contratada. Para calcular o RSR 
sobre as verbas variáveis, devemos, primeiramente, levantar quantos dias úteis 
tem o mês, pelo fato de o cálculo ser feito a partir do valor da verba base, divi-
dindo-se pelos dias úteis e multiplicando pelos dias não úteis. 
Exemplificando: se o mês de apuração tem 26 dias úteis e cinco dias não úteis, 
e o valor de horas extras é de R$ 409,20; o valor de RSR sobre essas será calculado 
assim: 409,20 dividido pelos 26 dias úteis e multiplicado pelos cinco dias não 
úteis, desse modo, o RSR será de R$ 78,69.
Sendo assim, segue uma figura com a fórmula para cálculo das horas extras 
e RSR:
49
Veja, a seguir, os cálculos realizados com a finalidade de encontrar os valo-
res das horas extras e RSR sobre as mesmas, que serão lançados no recibo 
de pagamento do funcionário Bruno Gonçalves. Contudo esse funcionário 
tem o adicional de periculosidade assunto que abordaremos na sequência 
que será adicionado no cálculo das horas extras:
Salário base
Horas trabalhadas no
Mês
Valor por hora
trabalhada
= Valor das
horas extras
= Valor por hora
trabalhada
Quantidade de horas
extras trabalhadas
no mês
Valor das horas extras
Acréscimo legal (50%
a 100%)
= Valor total das
horas extras
Valor total das horas
extras do mês
Dias úteis do mês
Dias descansados
=RSR 
sobre horas extras
÷
÷
x
x
+
Descrição da Imagem: A figura corresponde à um fluxograma com a forma de cálculo das horas extras 
e do Repouso Semanal Remunerado - RSR. São apresentados quatro quadrados grandes que contém 
em seus interiores um retângulo menor e estão dispostos lado a lado. Cada quadrado corresponde à 
um passo do cálculo e cada retângulo ao resultado do passo. O primeiro quadrado contém "Salário base 
dividido por horas trabalhadas no mês", e no retângulo pode-se ler "igual valor por hora trabalhada", este 
retângulo se conecta, por meio de uma seta, ao quadrado da direita, que apresenta o passo seguinte. No 
segundo quadrado há escrito "Valor por hora trabalhada vezes a Quantidade de horas extras trabalhadas 
no mês" e no seu retângulo de resultado há "igual ao valor das horas extras", este resultado se interliga 
ao quadrado três por uma seta. No quadrado três pode-se ler "Valor das horas extras mais Acréscimo 
legal (cinquenta a cem por cento)", no retângulo de resultado pode-se ler "Igual ao Valor total das horas 
extras", ele se liga, por meio de uma seta, ao quadrado com o passo final. No quarto quadrado pode-se 
ler "Valor total das horas extras do mês, dividido pelos dias úteis do mês, vezes os dias descansados" e 
no retângulo de resultado se lê "igual ao RSR", que corresponde ao resultado final do cálculo.
Figura 1 - Horas extras e RSR / Fonte: os autores.
UNIDADE 2
UNIDADE 2
50
Dados:
Cálculo horas extras:
(4.400,00+1.320,00)/220 = R$ 26,00
26,00 x 10 horas = R$ 260,00
260,00 + 50% = R$ 390,00
Bruno Gonçalves
Horas Extras: 10 horas no mês
Adicional: Periculosidade
Acréscimo da hora: 50%
Mês: 04/2021
Dias úteis: 24
Dias descansados (domingos e feria-
dos): 6 Cálculo da RSR:
(390,00/24) x 6 = R$ 97,50
Regime horas: 220 mensais
Quadro 3 - Cálculo de horas extras e RSR sobre essas horas / Fonte: os autores. 
Agora, continuaremos o preenchimento dos recibos de pagamento de sa-
lário:
HOLERITE
Apuração Salário 
Líquido
Empregados
Código
Descri-
ção
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Descon-
tos
Proven-
tos
Descon-
tos
001
Salário 
Base
1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
002
Horas Ex-
tras 50%
0,00 0,00 390,00
003
RSR s/ H. 
E. 50%
0,00 0,00 97,50
51
Soma Proventos/Des-
contos
1.300,00 0,00 0,00
Salário Líquido 1.300,00 4.887,50
Quadro 4 - Recibo de pagamento de salário / Fonte: os autores.
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o reflexo de horas extras e RSR. 
Caso houvesse a possiblidade de termos somente essas verbas, teríamos, então, 
o salário líquido do Bruno em R$ 4.887,50.
#Novas Descobertas#
#Novas Descobertas#
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Cálculos Trabalhistas
Autor: Aristeu de Oliveira
Editora: Atlas
Sinopse: este livro vem apresentar os cálculos e regras sobre folha de 
pagamento, vale-transporte, férias, rescisão do contrato de trabalho, 13º sa-
lário e contribuição sindical. Assim, por meio dos conteúdos práticos, a obra 
esclarece as dúvidas referentes aos cálculos das áreas trabalhista e previ-
denciária. A obra também apresenta exercícios práticos e cálculos trabalhis-
tas a partir da fundamentação legal de como e por que cada caso deve ser 
executado. O autor demonstra o passo a passo dos cálculos trabalhistas, tais 
como: contribuição sindical; 13º salário; férias; folha de pagamento; rescisão 
do contrato de trabalho; anexos e novos modelos do TRTC; saques do FGTS; 
vale-transporte; e-social. 
UNIDADE 2
UNIDADE 2
52
Na sequência da apresentação das verbas positivas, temos os Adicionais de Insa-
lubridade e Periculosidade. Desse modo, algumas atividades laborais são con-
sideradas insalubres (prejudiciais à saúde do trabalhador), enquanto outras são 
consideradas perigosas. Os trabalhadores expostos a situações de insalubridade 
ou periculosidade têm o direito de receber um valor adicional aos seus salários.
O adicional de insalubridade é calculado sobre o valor do salário mínimo 
nacional, de acordo com o grau de insalubridade. A tabela, a seguir, considera os 
graus de acordo com a legislação e o valor, tomando como base o salário mínimo 
vigente, em 2021, de R$ 1.100,00.
Grau Percentual Valor
Mínimo 10% R$ 110,00
Médio 20% R$ 220,00
Máximo 40% R$ 440,00
Quadro 5 - Adicional de Insalubridade / Fonte: os autores.
O adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário contratual do empregado. 
Desse modo, os Art. 189 a 194 da CLT (BRASIL, 1943, on-line) com redação 
dadapelas Leis 6.514/1977 (BRASIL, 1977, on-line), 12.740/2012 (BRASIL, 2012, 
on-line) e 12.997/2014 (BRASIL, 2014, on-line) dizem o seguinte:
 “ Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos li-
mites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade 
do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (BRASIL, 1977, 
on-line). 
Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das ativida-
des e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de 
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes 
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do 
empregado a esses agentes (BRASIL, 1977, on-line).
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medi-
das de proteção do organismo do trabalhador nas operações que 
53
produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incô-
modos (BRASIL, 1977, on-line).
Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocor-
rerá (BRASIL, 1977, on-line): 
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância (BRASIL, 1977, on-line). 
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao tra-
balhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites 
de tolerância (BRASIL, 1977, on-line). 
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, com-
provada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos 
para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo (BRA-
SIL, 1977, on-line). 
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima 
dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, 
assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quaren-
ta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salá-
rio-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, 
médio e mínimo (BRASIL, 1977, on-line). 
Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na 
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, 
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente 
do trabalhador a: (BRASIL, 2012, on-line). 
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (BRASIL, 2012, on-
-line).
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades 
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (BRASIL, 2012, 
on-line). 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao 
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o 
UNIDADE 2
UNIDADE 2
54
salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou 
participações nos lucros da empresa (BRASIL, 1977, on-line). 
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade 
que porventura lhe seja devido (BRASIL, 1977, on-line).
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da 
mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio 
de acordo coletivo (BRASIL, 2012, on-line).
§ 4 o São também consideradas perigosas as atividades de trabalha-
dor em motocicleta (BRASIL, 2014, on-line). 
Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou 
de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou 
integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas 
pelo Ministério do Trabalho (BRASIL, 1977, on-line). 
Visando ao aspecto prático do nosso estudo, as fórmulas para calcular os dois 
adicionais são:
Insalubridade: Salário Mínimo x 10% = Valor da Insalubridade
 Salário Mínimo x 20% = Valor da Insalubridade
 Salário Mínimo x 40% = Valor da Insalubridade
Periculosidade: Salário Base x 30% = Valor da Periculosidade
Desse modo, consideraremos que a Fernanda tenha o adicional de insalu-
bridade de 20%, e o Bruno tenha o direito ao adicional de periculosidade:
Dados:
Cálculo da Insalubridade:
1.100,00 (Salário Mínimo vigente em 2021) x 20% = 
R$ 220,00
Fernanda
Salário Base: 
1.300,00
Quadro 6 - Cálculo da Insalubridade / Fonte: os autores.
Para um melhor entendimento, o salário base é o valor que será pago 
pela empresa ao empregado, ou seja, o salário de registro na carteira de 
trabalho. 
55
Dados:
Cálculo da Periculosidade:
4.400,00 x 30% = 1.320,00Bruno
Salário Base: 4.400,00
Quadro 7 - Cálculo da periculosidade / Fonte: os autores. 
Com base no cálculo referente às insalubridade e periculosidade, continua-
remos o preenchimento dos Recibos de Pagamento de Salário:
HOLERITE
Apuração Salário 
Líquido
Empregados
Có-
digo
Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Descon-
tos
Proven-
tos
Descon-
tos
001 Salário Base 1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
002
Horas Extras 
50%
0,00 0,00 390,00 0,00
003
RSR s/ H. E. 
50%
0,00 0,00 97,50 0,00
011
Ad. Insalubri-
dade
220,00 0,00 0,00 0,00
012
Ad. Periculosi-
dade
0,00 0,00 1.320,00 0,00
Soma Proventos/
Descontos
1.520,00 0,00 6.207,50 0,00
Salário Líquido 1.520,00 6.207,50
Quadro 8 - Recibo de pagamento de salário / Fonte: os autores.
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o reflexo de horas extras, RSR e 
adicional de periculosidade; caso houvesse a possibilidade de termos somente 
estas verbas, teríamos, então, o salário líquido do Bruno em R$ 6.207,50 e, da 
Fernanda em R$ 1.520,00.
UNIDADE 2
UNIDADE 2
56
Neste momento, apresentaremos o adicional noturno. Considera-se período 
noturno as horas trabalhadas no seguinte intervalo: trabalho urbano das 22h00 
até 5h00, trabalho agrícola das 21h00 até 5h00 e trabalho na pecuária das 20h00 
até 4h00, sendo que o adicional será de 20% para o trabalho urbano e de 25% 
para as atividades agrícola e pecuária.
As horas noturnas têm a duração de 52 minutos e 30 segundos, portanto, a 
cada 7 horas consideram-se 8 horas trabalhadas, como a assistente administrativo 
trabalha das 22h00 até 23h45 e, em março/20XX são 26 dias, temos que conside-
rar 2 horas de adicional noturno por dia que são 52 horas no mês.
O Art. 73 da CLT (BRASIL, 1943, on-line), com redação dada pelo Decreto-
-Lei nº 9.666/1946 (BRASIL, 1946, on-line), diz sobre o trabalho noturno urbano:
 “ Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo 
menos, sobre a hora diurna (BRASIL, 1946, on-line.)
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 
(cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos (BRASIL, 1946, 
on-line.)
§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho 
executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) 
horas do dia seguinte (BRASIL, 1946, on-line.)
 A Lei 5.889, de 8 de junho de 1973, que estatui normas reguladoras do trabalho 
rural diz no Art. 7º:
 “ Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro 
horas do dia seguinte, na atividade pecuária.
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vin-
te e cinco por cento) sobre a remuneração normal (BRASIL, 1973, 
on-line).
57
Sendo assim, segue a fórmula para calcular o adicional noturno, porém a apre-
sentaremos de duas formas:
Adicional noturno que incide direto sobre o salário base:
Salário base x 20% = Valor do adicional noturno
ou
Adicional noturno que pode ser calculado pela quantidade de horas 
noturnas realizadas no mês:
A seguir, uma figura com a fórmula para cálculo do RSR sobre as horas noturnas:
Salário base
Regime de Horas
Mensal
Valor por hora
trabalhada
= Valor da hora
com o adicional
= Valor por hora
trabalhada
Valor das horas com
o Adicional
Quantidade de Horas
Trabalhadas
= Valor total das
horas noturnas
÷
x
x
20%
Descriçãoda Imagem: A figura corresponde à um fluxograma com a forma de cálculo dado Adicional 
Noturno. São apresentados três quadrados grandes que contém em seus interiores um retângulo menor 
e estão dispostos lado a lado. Cada quadrado corresponde à um passo do cálculo e cada retângulo ao 
resultado do passo. O primeiro quadrado contém "Salário base dividido por Regime de Horas Mensal", e 
no retângulo pode-se ler "igual valor por hora trabalhada", este retângulo se conecta, por meio de uma 
seta, ao quadrado da direita, que apresenta o passo seguinte. No segundo quadrado há escrito "Valor 
por hora trabalhada vezes vinte por cento" e no seu retângulo de resultado há "igual ao valor da hora 
com adicional", este resultado se interliga ao quadrado três por uma seta. O quadrado três apresenta o 
passo final e pode-se ler "Valor das horas com o Adicional vezes a Quantidade de Horas Trabalhadas" e 
no retângulo de resultado se lê "igual ao Valor total das horas noturnas", que corresponde ao resultado 
final do cálculo.
Figura 2 - Adicional noturno / Fonte: os autores.
UNIDADE 2
UNIDADE 2
58
Calcularemos o adicional noturno da Fernanda no quadro, a seguir:
Dados:
Cálculo Adicional Noturno:
1.300,00/220 = 5,91
5,91 x 20% = 1,18 Valor da Hora No-
turna
1,18 x 52 = R$ 61,36
Fernanda
Salário Base: 1.300,00
Quantidade de Horas Noturnas: 52
Regime horas: 220 mensal
Mês: 04/2021
Cálculo da RSR s/ Adicional Noturno:
61,36 / 24 x 6 = R$ 15,34Dias úteis: 24
Dias descansados: 6
Quadro 9 - Adicional noturno / Fonte: os autores.
A seguir, demonstraremos os recibos de pagamento dos dois emprega-
dos, mas, somente o da Fernanda terá alterações, pois o Bruno não teve 
trabalho noturno.
Valor Total das Horas Noturnas
÷
Dias Úteis do mês
x
Dias Descansados
= RSR
Descrição da Imagem: A figura apresenta o esquema de cálculo do Repouso Semanal Remunerado - 
RSR, sobre as horas noturnas. Há um quadrado grande que contém em seu canto superior direito um 
retângulo menor, que representa o resultado final do cálculo. Pode-se ler no quadrado "Valor Total das 
Horas Noturnas, dividido pelos Dias Úteis do mês, vezes os Dias Descansados" e no retângulo de resultado 
se lê "igual ao RSR".
Figura 3 - RSR sobre as horas noturnas / Fonte: os autores.
59
HOLERITE
Apuração Salário Líquido Empregados
Código Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Des-
con-
tos
Proven-
tos
Des-
con-
tos
001 Salário Base 1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
002 Horas Extras 50% 0,00 0,00 390,00 0,00
003 RSR s/ H. E. 50% 0,00 0,00 97,50 0,00
011 Ad. Insalubridade 220,00 0,00 0,00 0,00
012 Ad. Periculosidade 0,00 0,00 1.320,00 0,00
013 Ad. Noturno 61,36 0,00 0,00 0,00
006 RSR s/ Ad. Noturno 15,34 0,00 0,00 0,00
Soma Proventos/Descontos 1.596,70 0,00 6.207,50 0,00
Salário Líquido 1.596,70 6.207,50
Quadro 10 - Recibo de pagamento de salário / Fonte: os autores.
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o reflexo de horas extras, RSR, os 
adicionais de insalubridade e periculosidade e adicional noturno, caso houvesse 
a possibilidade de termos somente estas verbas, teríamos, então, o salário líquido 
da Fernanda em R$ 1.596,70 e do Bruno em R$ 6.207,50.
Na soma dos proventos também temos um benefício, o salário-família. Este 
não é uma despesa da empresa, pois ela paga aos empregados, mas deduz do 
valor a pagar ao INSS, portanto, é uma despesa da Previdência em benefício ao 
trabalhador que tenha filhos menores de 14 anos e esteja enquadrado nas regras 
para concessão do benefício. Cabe ressaltar que este benefício não entra na base 
para o cálculo dos demais proventos, como horas extras, RSR e adicionais. 
Em 2021, as regras para o salário-família foram definidas pela Portaria SE-
PRT/ME nº 477 de 12 de janeiro de 2021 (BRASIL, 2021, on-line), que, em seu 
Art. 4º, diz: 
UNIDADE 2
UNIDADE 2
60
 “ Art. 4º O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2021, é de R$ 51,27 
(cinquenta e um reais e vinte e sete centavos) para o segurado com 
remuneração mensal não superior a R$ 1.503,25 (um mil quinhen-
tos e três reais e vinte e cinco centavos). 
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, considera-se remuneração 
mensal do segurado o valor total do respectivo salário de 
contribuição, ainda que resultante da soma dos salários de 
contribuição correspondentes a atividades simultâneas.
§ 2º O direito à cota do salário-família é definido em razão 
da remuneração que seria devida ao empregado no mês, 
independentemente do número de dias efetivamente trabalhados.
§ 3º Todas as importâncias que integram o salário de contribuição 
serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, 
exceto o décimo terceiro salário e o adicional de férias previsto no 
inciso XVII do art. 7º da Constituição, para efeito de definição do 
direito à cota do salário-família.
§ 4º A cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias 
trabalhados nos meses de admissão e demissão do empregado. 
Com base na referida portaria, segue tabela de valores:
Remuneração Quota
Até 1.503,25 R$ 51,27
Quadro 11 - Tabela salário-família a partir de 01/01/2021 / Fonte: Brasil (2021, on-line).
Em função do valor da remuneração da tabela do salário-família, não teremos 
a inclusão desse salário no holerite da Fernanda Lima, em virtude do total dos 
proventos ser de R$ 1.596,70, e o Bruno não se enquadra nas regras da tabela. 
Até agora, você conheceu as verbas que compõem os proventos para a for-
mação do salário bruto. Na sequência, aprenderemos quais são as verbas que 
constituem os descontos. Estes não são receitas do empregador, pois representam 
valores descontados dos empregados — por obrigatoriedade legal — para repas-
61
ses a um ou mais órgãos. São despesas do empregado que a legislação obriga, em 
nome desse empregado, que sejam recolhidas pelo empregador. Algumas verbas 
ficam com a empresa, como é o caso de desconto de vale-transporte ou adianta-
mento de salário, mas, mesmo nesses casos, não serão receitas do empregador, 
afinal, são reembolsos de desembolsos feitos, anteriormente. 
 No caso das faltas que, porventura, acontecerem, elas também deverão 
ser consideradas descontos porque, neste caso, o empregado não terá direito ao 
salário contratual integral. Os principais descontos são: INSS; IRRF; adianta-
mento salarial; vale-transporte; contribuição sindical; faltas; pensão alimentícia 
judicial, entre outros.
Então, veremos o que compreendem as faltas. Neste desenvolvimento prá-
tico, temos a Fernanda com 3 faltas durante o mês, sendo que 2 foram em uma 
semana e 1 em outra. Estas informações são importantes porque, na semana que 
o empregado tiver uma ou mais faltas, terá o desconto do RSR, também, assim, 
teremos 3 dias de faltas e 2 dias de RSR a descontar, pois as faltas foram, somente, 
em 2 semanas.
Para melhor entendimento, seguem as fórmulas para cálculo das faltas e RSR:
Faltas: 
ValorTotal das Faltas Salário Base
Dias doMês
Quantidade� � � �
� �
�� � ddeDias Faltados� � 
RSR:
ValorTotal doDescontodoRSR Salário Base
Dias doMês
Qu� � � � � � �
� �
� � aantidadedeDias deDescontroRSR� � � � �
Para melhor entendimento, seguem os cálculos das faltas e RSR da Fer-
nanda:
Dados:
Cálculo das Faltas:
1.300,00/30 = 43,33
43,33 x 3 = R$ 130,00
Fernanda Lima
Salário Base: 1.300,00
Dias do mês: 30
UNIDADE 2
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62
Quantidade de faltas: 3 Cálculo RSR:
1.300,00/30 x 2 = R$ 86,67RSR: 2 dias
Quadro 12 - Cálculo das faltas e RSR / Fonte: os autores.
Desse modo, segue o demonstrativo para entendimento dos descontos 
que acontecerão sobre os salários da Fernanda e do Bruno. Assim, parti-
remos do valor do salário bruto para a elaboração dos descontos. 
HOLERITE
Apuração Salário Líquido Empregados
Código Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Des-
contos
Proven-
tos
Des-
contos
001 Salário Base 1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
002Horas Extras 50% 0,00 0,00 390,00 0,00
003 RSR s/ H. E. 50% 0,00 0,00 97,50 0,00
011 Ad. Insalubridade 220,00 0,00 0,00 0,00
012 Ad. Periculosidade 0,00 0,00 1.320,00 0,00
013 Ad. Noturno 61,36 0,00 0,00 0,00
006 RSR s/ Ad. Noturno 15,34 0,00 0,00 0,00
101 Faltas 0,00 130,00 0,00 0,00
110 RSR s/ Faltas 0,00 86,67 0,00 0,00
Soma Proventos/Descontos 1.596,70 216,67 6.207,50 0,00
Salário Líquido 1.380,03 6.207,50
Quadro 13 - Recibo de pagamento de salário / Fonte: os autores.
Temos um recibo, ainda parcial, mas com o total do salário bruto e o desconto 
das faltas e RSR sobre faltas. Caso houvesse a possibilidade de termos apenas 
estas verbas, teríamos, então, o salário líquido da Fernanda em R$ 1.380,03 e do 
Bruno em R$ 6.207,50.
63
Conheceremos, neste momento, como funciona o cálculo do Instituto Nacional 
do Seguro Social – INSS. De acordo com o Regime Geral da Previdência Social – 
RGPS, o financiamento da seguridade social brasileira será feito por toda a socieda-
de, de forma direta, pelas empresas e a entidade a ela equiparada, pelo empregador 
doméstico e o trabalhador empregado. São contribuintes segurados obrigatórios, 
além das empresas, as seguintes pessoas físicas: empregado, empregado doméstico, 
contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial.
A Lei 8.212/91 (BRASIL, 1991, on-line) que dispõe sobre a organização da 
Seguridade Social, institui Plano de Custeio e dá outras providências, em seus 
Art. 10 e 11, diz:
 “ Art. 10. A Seguridade Social será financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Fe-deral e desta Lei, mediante recursos provenientes da União, dos Es-
tados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais.
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é com-
posto das seguintes receitas:
I - receitas da União;
II - receitas das contribuições sociais;
III - receitas de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: 
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou cre-
ditada aos segurados a seu serviço; (Vide art. 104 da lei nº 11.196, 
de 2005)
b) as dos empregadores domésticos;
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribui-
ção; (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005)
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos. 
UNIDADE 2
UNIDADE 2
64
Neste desenvolvimento prático, estudaremos o pagamento ao INSS em dois mo-
mentos: no cálculo do desconto dos empregados, o qual é descontado dos em-
pregados, e no cálculo dos encargos por parte da empresa. Ambos são recolhidos 
à Previdência pela empresa, em guia apropriada.
Com o objetivo de calcular o valor do INSS a descontar dos empregados, é 
necessário utilizar a tabela vigente, segue a de 2021:
Tabela para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso
a partir de 01/01/2021
Salário de Contribuição (R$) Alíquota (%)
Até R$ 1.100,00 7,50%
De R$ 1.100,01 até R$ 2.203,48 9,00%
De R$ 2.203,49 até R$ 3.305,22 12,00%
De R$ 3.305,23 até R$ 6.433,57 14,00%
Quadro 14 - Tabela do INSS / Fonte: Brasil (2021, on-line).
A fim de transmitir melhor entendimento, segue a maneira de calcular o INSS, 
conforme a tabela progressiva:
1º passo: 1.100,00 x 7,5% = 82,50
2º passo: 2.203,48 – 1.100,01 = 1.103,48 (valor excedente) 
 1.103,48 x 9% = 99,31
3º passo: 3.305,22 – 1.100,00 – 1.103,48 = 1.101,74 (valor excedente) 
1.101,74 x 12% = 132,21
4º passo: 6.433,57 – 1.100,00 – 1.103,48 – 1.101,74 = 3.128,35 (valor exce-
dente) 
65
3.128,35 x 14% = 437,97
Total da Contribuição do INSS = 82,50 + 99,31 + 132,21 + 437,97 
Total da Contribuição do INSS = R$ 751,99
O cálculo também demonstra o valor máximo de contribuição permitido pelo 
INSS para o ano de 2021:
Total do Teto = 82,50 + 99,32 + 132,21 + 437,97 = R$ 751,99
O salário de contribuição que consta na tabela é a remuneração total que será 
utilizada como base de cálculo. Caso haja faltas descontadas, o valor das mesmas 
deve ser deduzido. A fim de encontrar a base de cálculo do INSS, não conside-
ramos, também, o salário-família como salário de contribuição. Assim, temos:
 ■ Da colaboradora Fernanda Lima somaremos os proventos, e deduziremos 
as faltas e o RSR sobre faltas. Encontramos o valor de R$ 1.380,03, desse 
modo, segue o cálculo do INSS:
Dados:
Fernanda Lima
Salário Bruto para a base do INSS: 
1.380,03
Cálculos do INSS:
1º passo: 
1.100,00 x 7,5% = R$ 82,50
2º passo:
1.380,03 – 1.100,01 = 280,02 (valor 
excedente)
280,02 x 9% = R$ 25,20
Total do INSS = 82,50 + 25,20
Total do INSS = R$ 107,70 
Quadro 15 - Cálculo do INSS / Fonte: os autores.
UNIDADE 2
UNIDADE 2
66
 ■ Do colaborador Bruno Gonçalves somaremos os proventos e encontra-
mos o valor de R$ 6.207,50. Sendo assim, segue o cálculo do INSS: 
Dados:
Bruno Gonçalves 
Salário Bruto: 
6.207,50
Cálculos do INSS:
1º passo: 
1.100,00 x 7,5% = R$ 82,50
2º passo: 2.203,48 – 1.100,00 = 1.103,48 (valor 
excedente) 
 1.103,48 x 9% = R$ 99,31 
3º passo: 3.305,22 – 1.100,00 – 1.103,48 = 
1.101,74 (valor excedente) 
1.101,74 x 12% = R$ 132,21
4º passo: 6.207,50 – 1.100,00 – 1.103,48 – 
1.101,74 = 2.902,28 (valor excedente) 
2.902,28 x 14% = R$ 406,32 
Total do INSS = 82,50 + 99,31 + 132,21 + 406,32 
Total do INSS = R$ 720,34 
Quadro 16 - Cálculo do INSS / Fonte: os autores.
Portanto, com base nos valores do INSS da Fernanda e do Bruno, segue 
o demonstrativo:
HOLERITE
Apuração Salário Líquido Empregados
Código Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Descon-
tos
Proven-
tos
Des-
contos
001 Salário Base 1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
002 Horas Extras 50% 0,00 0,00 390,00 0,00
003 RSR s/ H. E. 50% 0,00 0,00 97,50 0,00
011 Ad. Insalubridade 220,00 0,00 0,00 0,00
012 Ad. Periculosidade 0,00 0,00 1.320,00 0,00
013 Ad. Noturno 61,36 0,00 0,00 0,00
67
006 RSR s/ Ad. Noturno 15,34 0,00 0,00 0,00
101 Faltas 0,00 130,00 0,00 0,00
110 RSR s/ Faltas 0,00 86,67 0,00 0,00
201 INSS descontado 0,00 107,70 0,00 720,34
Soma Proventos/Descon-
tos
1.596,70 324,37 6.207,50 720,34
Salário Líquido 1.272,33 5.487,16
Quadro 17 - Recibo de pagamento de salário / Fonte: os autores.
Temos agora, um recibo quase finalizado. Caso não houvesse mais descontos, 
teríamos, então, o salário líquido da Fernanda em R$ 1.272,33 e do Bruno em R$ 
5.487,16, mas faltam dois itens: o IRRF e o vale-transporte.
Verificaremos, primeiro, o Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF. 
As pessoas físicas fazem a declaração de imposto de renda nos meses de março 
e abril, referente aos recebimentos do ano anterior, no entanto o pagamento do 
imposto de renda é feito mensalmente, por meio do desconto nos salários.
Para calcular o imposto de renda a ser retido dos empregados e recolhido ao 
governo, devemos utilizar a Tabela Progressiva Mensal. Consideremos, para os 
cálculos, os salários de abril/2021, conforme segue:
Tabela Progressiva do IRRF - Incidência mensal
a partir de 01/2021
Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Valor a deduzir
De 0,00 até 1.903,98 Isento
De 1.903,99 até 2.826,65 7,50% R$ 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15,00% R$ 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,50% R$ 636,13
a partir de 4.664,68 27,50% R$ 869,36
Dedução por Dependente: R$189,59
Quadro 18 - Tabela do IRRF / Fonte: adaptado de Brasil (2007, on-line).
UNIDADE 2
UNIDADE 2
68
Além do valor por dependente, também poderá ser deduzido da base de cálculo 
do IRRF — conforme a letra “c” do parágrafo 1º do Art. 25 da Lei nº 7.713 de 22 
de dezembro de 1988, com a redação dada pela Lei nº 8.269 de 16 de dezembro de 
1991 — “o valor da contribuição paga, no mês para a Previdência Social da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” (BRASIL, 1991, on-line).
Pela tabela, vemos que os empregados que têm ganhos de até R$1.903,98 
estão isentos de IRRF, portanto, a colaboradora Fernanda não terá des-
conto de IRRF, mas, quanto ao colaborador Bruno, precisamos calcular. 
Utilizaremosa Tabela Progressiva Mensal e calcularemos o valor a ser 
descontado: 
IRRF Bruno Gonçalves 
Soma dos proventos 6.207,50
(-) INSS descontado 720,34
(-) Dependentes (3 x 189,59) 568,77
Base de cálculo 4.918,39
Alíquota de acordo com a tabela 27,50%
Cálculo preliminar do IRRF 1.352,56
Valor a deduzir de acordo com a tabela 869,36
IRRF a descontar do empregado 483,20
Quadro 19 - Cálculo IRRF de Bruno Gonçalves / Fonte: os autores.
HOLERITE
Apuração Salário Líqui-
do
Empregados
Có-
di-
go
Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Des-
contos
Proven-
tos
Descon-
tos
001 Salário Base 1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
69
002 Horas Extras 50% 0,00 0,00 390,00 0,00
003 RSR s/ H. E. 50% 0,00 0,00 97,50 0,00
011 Ad. Insalubridade 220,00 0,00 0,00 0,00
012 Ad. Periculosidade 0,00 0,00 1.320,00 0,00
013 Ad. Noturno 61,36 0,00 0,00 0,00
006 RSR s/ Ad. Noturno 15,34 0,00 0,00 0,00
101 Faltas 0,00 130,00 0,00 0,00
110 RSR s/ Faltas 0,00 86,67 0,00 0,00
201 INSS descontado 0,00 107,70 0,00 720,34
202 IRRF 0,00 0,00 0,00 483,20
Soma Proventos/Des-
contos
1.596,70 324,37 6.207,50 1.203,54
Salário Líquido 1.272,33 5.003,96
Quadro 20 - Recibo de pagamento de salário / Fonte: os autores.
Estamos quase no final dos demonstrativos de pagamento dos dois colaborado-
res, falta, apenas, o desconto de vale-transporte. Por enquanto, o salário líquido 
da Fernanda é de R$ 1.272,33 e o do Bruno é de R$ 5.003,96.
Por fim, temos o vale-transporte. A Lei nº 7.418/1985, que o instituiu, com 
alterações inseridas pela Lei nº 7.619/1987, diz que o desconto de vale-transporte 
corresponde a 6% do salário base, caso o gasto da empresa com a compra dos 
passes seja maior do que o valor equivalente a este percentual, ou, se o gasto for 
menor do que 6% do salário base, a empresa poderá cobrar o efetivo custo. 
Exemplificando: se o empregado utiliza 50 vezes o transporte, por mês, ao 
custo de R$ 4,30 cada, a empresa desembolsa R$ 215,00 para adquirir o cartão 
ou o vale-transporte, se o salário for R$ 1.100,00, multiplicamos por 6% e encon-
tramos o valor R$ 66,00. Neste caso, o custo da empresa foi de R$ 149,00, então, 
o desconto poderá ser de R$ 66,00. Se o custo de R$ 215,00 fosse menor do que 
o valor obtido no cálculo dos 6%, poderia ser descontado o custo efetivo.
Veremos alguns artigos da Lei 7.418/1985 (BRASIL, 1985, on-line) com alte-
rações inseridas pela Lei 7.619/1987 (BRASIL, 1987, on-line):
UNIDADE 2
UNIDADE 2
70
 “ Art. 1º Fica instituído o vale-transporte, que o empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, através do 
sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal e/
ou interestadual com características semelhantes aos urbanos, geridos 
diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas regulares 
e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos os servi-
ços seletivos e os especiais (BRASIL, 1987, on-line).
Art. 2º - O Vale-Transporte, concedido nas condições e limites de-
finidos, nesta Lei, no que se refere à contribuição do empregador: 
(Renumerado do art. 3º, pela Lei 7.619, de 30.9.1987)
a) não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração para 
quaisquer efeitos;
b) não constitui base de incidência de contribuição previdenciária 
ou de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
c) não se configura como rendimento tributável do trabalhador.
Art. 4º - A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição 
pelo empregador dos Vales-Transportes necessários aos desloca-
mentos do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice-ver-
sa, no serviço de transporte que melhor se adequar. (Renumerado 
do art. 5º, pela Lei 7.619, de 30.9.1987)
Parágrafo único - O empregador participará dos gastos de desloca-
mento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela 
que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico (Renume-
rado do art. 5º, pela Lei 7.619, de 30.9.1987). 
Calcularemos, então, o desconto do vale-transporte da colaboradora Fernanda:
Vale-transporte Fernanda Lima 
Gasto com a compra (48 x R$ 4,30) 206,40
Salário Base 1.300,00
Alíquota de desconto 6%
71
Valor a descontar (salário x 6%) 78,00
Valor efetivo a descontar (o menor dos dois) 78,00
Custo da empresa 128,40
Quadro 21 - Cálculo vale-transporte de Fernanda Lima / Fonte: os autores.
HOLERITE
Apuração Salário Líquido Empregados
Códi-
go
Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Des-
contos
Proven-
tos
Descon-
tos
001 Salário Base 1.300,00 0,00 4.400,00 0,00
002 Horas Extras 50% 0,00 0,00 390,00 0,00
003 RSR s/ H. E. 50% 0,00 0,00 97,50 0,00
011 Ad. Insalubridade 220,00 0,00 0,00 0,00
012 Ad. Periculosidade 0,00 0,00 1.320,00 0,00
013 Ad. Noturno 61,36 0,00 0,00 0,00
006 RSR s/ Ad. Noturno 15,34 0,00 0,00 0,00
101 Faltas 0,00 130,00 0,00 0,00
110 RSR s/ Faltas 0,00 86,67 0,00 0,00
201 INSS descontado 0,00 107,70 0,00 720,34
202 IRRF 0,00 0,00 0,00 483,20
102 Vale-transporte 0,00 78,00 0,00 0,00
Soma Proventos/Descon-
tos
1.596,70 402,37 6.207,50 1.203,54
Salário Líquido 1.194,33 5.003,96
Quadro 22 - Recibo de pagamento de salário / Fonte: os autores.
UNIDADE 2
UNIDADE 2
72
Com base no último demonstrativo apresentado, referente ao recibo de paga-
mento, vimos que o salário líquido da Fernanda é de R$ 1.194,33 e o do Bruno 
de R$ 5.003,96. 
Finalmente, chegamos à última verba que pode ser considerada no grupo dos 
descontos, caso o funcionário faça a opção. Assim, temos a contribuição sindi-
cal. A Lei nº 13.467/2017, que representa a Reforma Trabalhista, instituiu várias 
mudanças para a obrigatoriedade da contribuição sindical. Esta tem como objeti-
vo custear as atividades essenciais das entidades sindicais, assim, a sua finalidade 
é defender os interesses das categorias, por meio da representatividade perante 
as autoridades, os órgãos governamentais, entre outros. 
Nesse contexto, os Art. 578 e 579 da CLT, pela Lei 13.467/2017 (BRASIL, 2017, 
on-line), passa a contribuição sindical facultativa, sendo assim, retira-se a sua 
natureza tributária e o seu enquadramento visto pelo Art. 149 da Constituição 
Federal (BRASIL, 1988, on-line). Porém, independentemente de realização de 
assembleia ou previsão estatutária, a cobrança da contribuição sindical ocorre, 
anualmente, sempre no mês de janeiro, cuja base de cálculo é o capital social das 
organizações. Contudo, conforme o Art. 589 da CLT (BRASIL, 2017, on-line), os 
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Gestão de Pessoas
Autor: Gilson José Fidelis
Editora: Érica
Sinopse: Gilson José Fidelis apresenta, neste livro, a visão de como 
funciona a Gestão de Pessoas, as rotinas e inovações do Departamento de 
Pessoal nas organizações. Desse modo, também aborda as novas tecno-
logias e os sistemas de informação estratégicas, tais como os sistemas de 
controle das obrigações sociais e trabalhistas. Além disso, demonstra as no-
vas modalidades de contratação, desburocratização e informação de docu-
mentos e registros do empregador, a escrituração fiscal e digital da folha de 
pagamento, entre vários outros assuntos relacionados com o Departamento 
do Pessoal. 
Comentário: todos os conteúdos apresentados no livro têm, como base, a 
Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) e a Declaração de Direitos de Liber-
dade Econômica (Lei nº 13.874/2019). 
73
valores arrecadados serão distribuídos da seguinte forma: 60% será para o sin-
dicato que representa a categoria, 20% para a Conta Especial Emprego e Salário 
– CEES do Ministério do Trabalho e Emprego – TEM, 15% à federação estadual 
e 5% à Confederação.
Em relação à contribuição, entretanto, por parte dos empregados, a contribui-
ção sindical torna-se opcional, ou seja, o trabalhador só paga essa taxa se quiser 
realizar a contribuição. Portanto, o funcionário deve autorizar a organização onde 
trabalha a fazer o desconto (sobre o valor do salário bruto) e repassar ao sindicato.
À vista detudo que foi apresentado, anteriormente, sobre as verbas de pro-
ventos e descontos em relação aos salários de Fernanda e Bruno, temos o salário 
líquido final dos dois colaboradores:
 ■ Fernanda Lima: R$ 1.194,33.
 ■ Bruno Gonçalves: R$ 5.003,96.
Para finalizar o processo da folha de pagamento, agora, conheceremos o resumo 
da folha. A fim de atender à legislação, as empresas devem fazer diversas decla-
rações e transmissão de informações aos órgãos governamentais referentes à 
movimentação de empregados e aos valores do resumo da folha de pagamento, 
a todas essas atividades denominamos obrigação acessória, considerando que a 
obrigação principal está na relação de trabalho com os empregados. 
A elaboração da folha de pagamento, tanto individual (recibo de pagamento) 
quanto o resumo que lista todos os empregados, diretores, sócios-administradores 
e, inclusive, os autônomos que prestaram serviços à empresa durante o período, é 
obrigatória pela legislação, mas, mesmo que não houvesse esta obrigatoriedade, 
seria impossível manter o controle sobre todas as verbas e detalhes que envolvem 
as rotinas trabalhistas sem elaborar o recibo de pagamento e o resumo da folha.
O inciso I do Art. 225 do Decreto-Lei nº 3.048/1999 (BRASIL, 1999, on-line) 
trata dessa obrigatoriedade:
 “ Art. 225. A empresa é também obrigada a:I - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em 
cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pa-
gamentos. 
UNIDADE 2
UNIDADE 2
74
Desse modo, temos a apuração do salário líquido – resumo. Assim, con-
siderando nesta aplicação prática que a empresa tem dois colaboradores, 
aqueles que foram utilizados para elaborar os recibos de pagamento de 
salário, o resumo da folha é o seguinte:
RESUMO DA FOLHA DE PAGAMENTO REFERENTE AO MÊS DE ABRIL DE 2021
Apuração Salário Líquido Empregados
Total
Código Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Des-
con-
tos
Proven-
tos
Descon-
tos
001 Salário Base 1.300,00 0,00 4.400,00 0,00 5.700,00
002 Horas Extras 50% 0,00 0,00 390,00 0,00 390,00
003 RSR s/ H. E. 50% 0,00 0,00 97,50 0,00 97,50
011 Ad. Insalubridade 220,00 0,00 0,00 0,00 220,00
012 Ad. Periculosidade 0,00 0,00 1.320,00 0,00 1.320,00
013 Ad. Noturno 61,36 0,00 0,00 0,00 61,36
006 RSR s/ Ad. Noturno 15,34 0,00 0,00 0,00 15,34
101 Faltas 0,00 130,00 0,00 0,00 130,00
110 RSR s/ Faltas 0,00 86,67 0,00 0,00 86,67
201 INSS descontado 0,00 107,70 0,00 720,34 828,04
202 IRRF 0,00 0,00 0,00 483,20 483,20
102 Vale-transporte 0,00 78,00 0,00 0,00 78,00
Soma Proventos/Descontos 1.596,70 402,37 6.207,50 1.203,54 -
Salário Líquido 1.194,33 5.003,96 6.198,29
Quadro 23 - Resumo da folha de pagamento / Fonte: os autores. 
75
Em continuidade, conheceremos os encargos parte da empresa. Além de fazer 
o cálculo das verbas trabalhistas demonstradas nos recibos de pagamento e no 
resumo, onde consta a contribuição do empregado ao INSS, a empresa tem, como 
despesa própria, a sua contribuição ao INSS e, também, o depósito na conta vin-
culada do FGTS do empregado. Em relação ao FGTS, a empresa pode se basear 
na Lei nº 8.036/1990 (BRASIL, 1990, on-line), a fim de fazer o entendimento dos 
seus regulamento e alíquota. Para o INSS Patronal, é necessário entrar na página 
do Instituto Nacional do Seguro Social e consultar a alíquota de acordo com o 
regime tributário da empresa. Segue tabela com estes valores:
ENCARGOS PARTE DA EMPRESA
Códi-
go
Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
TotalBase 
Cálculo
Valor
Base 
Cálculo
Valor
501 INSS Empresa – 20% 1.380,03 276,00 6.207,50 1.241,50 1.517,50
502 FGTS – 8% 1.380,03 110,40 6.207,50 496,60 607,00
Quadro 24 - Encargos trabalhistas / Fonte: os autores.
Com a finalidade de ter melhor identificação das verbas trabalhistas no holerite, 
as empresas usam códigos de identificação para cada verba calculada, então, cada 
software cria o seu próprio código. Sendo assim, 502 identifica a verba referente 
ao FGTS, contudo cada empresa tem o seu. 
Na sequência, conforme os valores apresentados no Quadro 24, a base de 
cálculo da Fernanda é referente ao valor dos proventos menos o valor das faltas 
e RSR sem faltas. E, para o funcionário Bruno, utilizamos o valor total dos pro-
ventos como base. Assim, os custos mensais de uma empresa com os seus cola-
boradores são compostos pela remuneração direta, pelos encargos e provisões, 
entretanto, aqui, não abordaremos as provisões, pois serão objeto de estudo em 
outro momento.
UNIDADE 2
UNIDADE 2
76
Caro(a) aluno(a), além de aprender o processo de cálculo das verbas que compõem 
os proventos e os descontos referentes aos salários dos colaboradores de uma orga-
nização, também conheceremos como funciona a contabilização do resumo da 
folha. O nosso resumo da folha mostra uma empresa com apenas dois empregados, 
mas com verbas positivas (proventos) e negativas (descontos) bem extensa, desse 
modo, podemos demonstrar a contabilização de forma bem completa. 
Depois de desenvolvermos os cálculos de cada uma das verbas, elaboramos 
o resumo da folha, pois os lançamentos não precisam ser feitos por empregado, 
mas de forma global ou por departamento, quando for o caso.
Os nossos dois empregados são do departamento administrativo, portanto, 
a contabilização da folha não precisa ser departamentalizada, todas as contas de 
despesas serão em despesas administrativas. Utilizaremos, para esta contabiliza-
ção, o plano de contas disponível no Anexo I deste livro.
RESUMO DA FOLHA DE PAGAMENTO REFERENTE AO MÊS DE ABRIL DE 
2021
Apuração Salário Líquido Empregados
Total
Código Descrição
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Proven-
tos
Des-
con-
tos
Proven-
tos
Descon-
tos
001 Salário Base 1.300,00 0,00 4.400,00 0,00 5.700,00
002 Horas Extras 50% 0,00 0,00 390,00 0,00 390,00
003 RSR s/ H. E. 50% 0,00 0,00 97,50 0,00 97,50
011 Ad. Insalubridade 220,00 0,00 0,00 0,00 220,00
012 Ad. Periculosidade 0,00 0,00 1.320,00 0,00 1.320,00
Com base nos conteúdos abordados, você deve estar se perguntando: qual é a diferença 
entre RH e Departamento de Pessoal? O RH visa à gestão das pessoas em determinada 
empresa, e o Departamento de Pessoal tem o foco nas atividades administrativas e buro-
cráticas na relação empregado versus empregador. 
PENSANDO JUNTOS
77
013 Ad. Noturno 61,36 0,00 0,00 0,00 61,36
006 RSR s/ Ad. Noturno 15,34 0,00 0,00 0,00 15,34
101 Faltas 0,00 130,00 0,00 0,00 130,00
110 RSR s/ Faltas 0,00 86,67 0,00 0,00 86,67
201 INSS descontado 0,00 107,70 0,00 720,34 828,04
202 IRRF 0,00 0,00 0,00 483,20 483,20
102 Vale-transporte 0,00 78,00 0,00 0,00 78,00
Soma Proventos/Descontos 1.596,70 402,37 6.207,50 1.203,54 -
Salário Líquido 1.194,33 5.003,96 6.198,29
Quadro 25 - Resumo da folha de pagamento / Fonte: os autores.
Para melhor efeito didático, faremos lançamentos de 1ª fórmula (um débito e um 
crédito), pois, assim, os saldos das contas vão sendo formados com o registro dos 
fatos individualizados.
Os salários representam despesas para a empresa e, ao mesmo tempo, uma 
dívida com o empregado (caso o pagamento não seja feito dentro do mês traba-
lhado, situação mais comum). Essa dívida será paga até o quinto dia útil do mês 
seguinte, entretanto, nas demonstrações de cada mês, inclusive as de dezembro, 
é uma obrigação trabalhista no passivo. O lançamento é o seguinte:
Data
Conta Deve-
dora
Conta Cre-
dora
Histórico Valor
30/04/21
Salários e 
Ordenados 
(DRE)
Salários a 
pagar (Pas-
sivo)
Valor referente a 
Folha de Pagamen-
to 04/2021 - Salá-
rios
5.700,00
Quadro 26 - Lançamento dos salários no diário / Fonte: os autores. 
No nosso Plano de Contas, não temos contas específicas para horas extras, adicio-
nais de periculosidade, insalubridade e noturno e o respectivo repouso semanal 
remunerado de cada um, por isso, utilizaremos as mesmas contas, mas faremos 
lançamentos separados, com a finalidade evidenciar o registro de cada verba.
UNIDADE 2
UNIDADE2
78
Data
Conta De-
vedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
30/04/21
Horas Ex-
tras (DRE)
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - Horas Extras 
50%
390,00
30/04/21
Horas Ex-
tras (DRE)
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - RSR sobre 
Horas Extras 50%
97,50
30/04/21
Salários e 
Ordenados 
(DRE)
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - Adicional de 
Insalubridade
220,00
30/04/21
Salários e 
Ordenados 
(DRE)
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - Adicional de 
Periculosidade
1.320,00
30/04/21
Salários e 
Ordenados 
(DRE)
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - Adicional 
Noturno
61,36
30/04/21
Salários e 
Ordenados 
(DRE)
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - RSR sobre 
Adicional Noturno
15,34
Quadro 27 - Lançamento dos adicionais, RSR e horas extras no diário / Fonte: os autores.
Apenas para conhecimento, porque não está no nosso resumo da folha de paga-
mento, apresentaremos o lançamento contábil do salário-família. De acordo com 
a legislação, esta verba é creditada ao empregado pela empresa, mas quem paga é 
a Previdência Social, então, muito embora seja paga ao empregado pelo emprega-
dor, não representa uma despesa própria. Na guia de pagamento da Previdência, 
o empregador desconta o valor do salário-família do valor a pagar. Assim sendo, o 
lançamento contábil representa uma diminuição do valor da conta de INSS a pagar 
79
e um aumento na conta Salários a Pagar. Desse modo, apenas para apresentação do 
lançamento contábil, segue o mesmo, no quadro, a seguir, sem valor em função de 
não ter inserido em nenhum dos funcionários exemplificados:
Data
Conta De-
vedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
30/04/21
INSS a 
recolher 
(Passivo)
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Valor referente à Folha 
de Pagamento 04/2021 
– Salário-Família
0,00
Quadro 28 - Lançamento salário-família no diário / Fonte: os autores.
As duas primeiras verbas de desconto referem-se a faltas injustificadas ocorridas 
durante o mês. Tanto o valor específico do dia da falta quanto o respectivo RSR 
têm o mesmo tratamento — é o lançamento inverso ao valor do salário —, por-
tanto, é um dos poucos lançamentos irregulares que fazemos: crédito em uma 
conta de despesa. Esta exceção só ocorre porque estamos fazendo um lançamento 
de reversão ou recuperação da despesa, anteriormente, lançada.
Data
Conta De-
vedora
Conta Cre-
dora
Histórico Valor
30/04/21
Salários a 
pagar (Pas-
sivo)
Salários e 
Ordenados 
(DRE)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - Faltas
130,00
30/04/21
Salários a 
pagar (Pas-
sivo)
Salários e 
Ordenados 
(DRE)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - RSR sobre 
Faltas
86,67
Quadro 29 - Lançamento das faltas no diário / Fonte: os autores.
O INSS aparece em diversas situações nas rotinas trabalhistas. Neste momento, 
estamos falando da contribuição ao INSS que é despesa do empregado, é o valor 
que a empresa desconta do empregado para recolher à Previdência. 
UNIDADE 2
UNIDADE 2
80
Data
Conta De-
vedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
30/04/21
Salários a 
pagar (Pas-
sivo)
INSS a 
recolher 
(Passivo)
Valor referente à Folha 
de Pagamento 04/2021 
- INSS descontado
828,04
Quadro 30 - Lançamento do INSS descontado no diário / Fonte: os autores.
O IRRF também é despesa do empregado, é o valor que a empresa desconta do 
empregado para recolher à Receita Federal. Portanto, a origem do fato está na 
conta do Imposto de Renda a Recolher, e a aplicação também está na conta Sa-
lários a Pagar, reduzindo o seu valor. 
Data
Conta De-
vedora
Conta Cre-
dora
Histórico Valor
30/04/21
Salários a 
pagar (Pas-
sivo)
IRRF a reco-
lher (Passi-
vo)
Valor referente à 
Folha de Pagamento 
04/2021 - IRRF
483,20
Quadro 31 - Lançamento do IRRF no diário / Fonte: os autores.
O valor do vale-transporte que a legislação permite ser descontado do empregado 
pode ser registrado de várias formas. Estamos considerando, aqui, que o valor 
total dos vales-transportes comprados pela empresa foi lançado, diretamente, na 
Despesa Vale-Transporte, por isso, estamos creditando essa conta, porque o valor 
descontado do empregado representa uma recuperação de despesa. 
Data
Conta De-
vedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
30/04/21
Salários a 
pagar (Pas-
sivo)
Vale-trans-
porte (DRE)
Valor referente à Folha 
de Pagamento 04/2021 – 
Vale-transporte
78,00
Quadro 32 - Lançamento do desconto de vale-transporte no diário / Fonte: os autores.
 Agora, lançaremos os valores dos encargos sociais: INSS (parte da empresa) e 
FGTS.
Ao contrário do INSS descontado dos empregados, que consta no recibo 
de pagamento e no resumo da folha, este INSS é despesa própria da empresa, 
portanto, registrado em uma conta de resultado. Utilizaremos a mesma conta 
81
a crédito, mas a conta a débito será no grupo Despesas Operacionais, Despesas 
Administrativas. Sendo assim, apresentaremos a contabilização dos valores do 
INSS Patronal de R$ 1.517,50 e do FGTS de R$ 607,00. 
Data
Conta Deve-
dora
Conta Cre-
dora
Histórico Valor
30/04/21 INSS (DRE)
INSS a 
recolher 
(Passivo)
Valor referente aos 
Encargos Trabalhis-
tas 04/2021 - INSS
1.517,50
30/04/21 FGTS (DRE)
FGTS a 
recolher 
(Passivo)
Valor referente aos 
Encargos Trabalhis-
tas 04/2021 - FGTS
607,00
Quadro 33 - Lançamento dos encargos sociais no diário / Fonte: os autores.
Por fim, apresentamos todos os lançamentos contábeis referentes ao resumo da 
folha de pagamento e, também, dos encargos da empresa.
Verificamos, na unidade, as principais verbas que acontecem na geração da folha 
de pagamento no decorrer do mês, em uma empresa. Nesse contexto, podemos re-
fletir sobre os conteúdos que Alex e Maria Eduarda precisam conhecer para ajudar 
a organização no processo da folha de pagamento e na contabilização da mesma. 
Com base em diversas leis e normas, o Alex precisa rever o sistema que 
realiza o cálculo das verbas, a fim de encontrar os erros e realizar a parametri-
zação de forma correta, principalmente, em relação às tabelas de INSS e IRRF. 
Já Maria Eduarda necessita rever as normas bem como os procedimentos da 
Contabilidade para escolher a forma mais prática de contabilizar as verbas 
que constituem toda a folha de pagamento. Por fim, com base em todos estes 
conhecimentos, Alex e Maria Eduarda conseguirão apurar, corretamente, os 
saldos dos salários dos funcionários. 
Aqui, apresentaremos um bate-papo sobre o processo que 
envolve as rotinas trabalhistas dentro de um escritório de Contabi-
lidade. Então, trago um profissional da área para esta conversa. 
UNIDADE 2
82
1. O holerite representa o comprovante de pagamento que será entregue até o quinto 
dia útil de cada mês aos funcionários. Contudo esse comprovante também é deno-
minado resumo de pagamento, ou seja, apresenta todas as informações referentes 
às verbas trabalhistas que são usadas para a composição do salário líquido. Desse 
modo, temos a Maria, que é assistente financeira em uma clínica médica. O seu salário 
bruto é de R$ 1.100,00 e, no seu holerite vêm informados os seguintes descontos: 
- R$ 82,50 referente ao INSS Folha.
- 1,5% referente ao sindicato de sua categoria.
Com base nessas informações e, sabendo que Maria optou por permitir o desconto 
referente à contribuição sindical, assinale a alternativa que representa o valor de 
seu salário líquido:
a) R$ 999,00.
b) R$ 1.001,00.
c) R$ 1.017,50.
d) R$ 1.083,00.
e) R$ 1.100,00.
2. Em novembro de 2020, a empresa Global Software Ltda. não precisou fazer alte-
rações nos cálculos dos salários dos seus funcionários, em função de a jornada de 
trabalho ficar igual ao mês de outubro. Nesse contexto, no processo de cálculo da 
folha de pagamento, também não houve a verba referente ao IRRF, em virtude de 
não alcançar o valor para incidência da mesma. Portanto,em relação à folha de pa-
gamento do mês de novembro, temos as seguintes informações: 
- Salários e ordenados: R$ 80.000,00.
- Horas extras trabalhadas: R$ 15.000,00.
- INSS patronal a 28,8%.
- INSS do segurado a 14%.
- FGTS do segurado a 8%.
A partir dos dados apresentados, assinale a alternativa que representa o valor da 
despesa mensal com a folha de pagamento:
83
a) R$ 34.960,00.
b) R$ 95.000,00.
c) R$ 102.600,00.
d) R$ 122.360,00.
e) R$ 129.960,00.
3. Em abril de 2020, a Clean Serviços Domésticos, uma organização do ramo de limpe-
za, relacionou informações sobre as verbas trabalhistas que incidiram na folha de 
pagamento: 
- Salários: R$ 20.000,00.
- INSS patronal a 22%.
- Previdência Social dos empregados a 9%.
- FGTS do segurado a 8%.
- Salário-família R$ 102,54.
De acordo com os dados apresentados, assinale a alternativa que representa o valor 
da despesa da organização em relação à folha de pagamento do mês de abril:
a) R$ 23.994,92.
b) R$ 24.405,08.
c) R$ 26.000,00.
d) R$ 26.205,08.
e) R$ 28.005,08.
84
4. Na composição da folha de pagamento, temos as verbas que representam os des-
contos. Desse modo, os descontos são os valores devidos pelos funcionários e que 
a empresa tem a obrigação de descontar e repassar para as entidades, como a Pre-
vidência Social. A organização Malu Comércio de Roupas Ltda. tem uma estrutura 
organizacional dividida em setores para melhor distribuição dos empregados, todavia 
esta separação em setores reflete a divisão no resumo da folha de pagamento da 
empresa. Portanto, em relação ao processo de contabilização da folha de pagamento, 
assinale a alternativa que representa o lançamento contábil do desconto do INSS dos 
funcionários referente ao departamento comercial: 
a) Débito: INSS (custo); crédito: INSS a recolher (ativo).
b) Débito: INSS a recolher (passivo); crédito: INSS (despesa).
c) Débito: salários a pagar (passivo); crédito: INSS a recolher (passivo).
d) Débito: salário (despesa); crédito: salários a pagar (passivo).
e) Débito: salários a pagar (passivo); crédito: INSS Patronal a recolher (passivo).
5. Um dos descontos frequentes no holerite é o IRRF. Este imposto tem, como base de 
cálculo, a subtração do valor do INSS e dos dependentes legais. Dessa forma, a orga-
nização Flor de Liz Moda Confecções Ltda. elaborou a folha de pagamento referente 
ao mês 03/2020 e verificou que existem valores de IRRF para serem descontados 
dos seus funcionários. Sendo assim, assinale a alternativa que indica o lançamento 
contábil do IRRF na folha de pagamento: 
a) Débito: IRRF (custo); crédito: IRRF a recolher (ativo).
b) Débito: IRRF a recolher (passivo); crédito: IRRF (despesa).
c) Débito: salários a pagar (passivo); crédito: IRRF a recolher (passivo).
d) Débito: salário (despesa); crédito: IRPJ a pagar (passivo).
e) Débito: salários a pagar (ativo); crédito: IRPJ a recolher (despesa).
85
6. Todas as empresas no momento da elaboração da folha de pagamento devem rea-
lizar os descontos legais nos salários dos funcionários. Assim, nessa elaboração, 
temos as verbas denominadas proventos e descontos. Desse modo, assinale a al-
ternativa que indica uma verba de desconto que pode aparecer no resumo da folha 
de pagamento: 
a) Salário-família.
b) Vale-transporte.
c) Adicional de insalubridade.
d) Comissões.
e) Salário-maternidade.
7. A organização Mega Mega Calçados Ltda. tem um número expressivo de empregados 
na sua linha de produção e no setor administrativo. Todos os meses, a organização 
realiza a elaboração da folha de pagamento por departamento. Assim, no mês de 
outubro de 2020, a empresa apresentou as seguintes informações em relação à 
soma total de todos os setores: 
- Salários e ordenados: R$ 225.000,00.
- Horas extras trabalhadas: R$ 61.363,64.
- DSR: R$ 9.440,56.
- INSS patronal a 23%.
- INSS segurado a 11%.
- FGTS do segurado a 8%.
Na folha de pagamento de novembro de 2020, houve o cálculo do adicional noturno 
no valor total de R$ 35.000,00. Dessa forma, com base nas informações apresenta-
das, assinale a alternativa que indica o total das despesas por parte da organização 
em 30/11/2020:
a) R$ 295.804,20.
b) R$ 330.807,20.
c) R$ 357.268,54.
d) R$ 406.889,17.
e) R$ 433.353,50.
3Rotinas Trabalhistas e Contabilização – 
Parte II
Me. Tatiane Garcia da Silva Santos
Me. José Manoel da Costa 
Nesta unidade, serão apresentados os itens que faltam em relação 
às rotinas trabalhistas. Assim, trataremos do 13º salário, das férias e 
da rescisão de contrato. Nesse contexto, discorreremos sobre as re-
gras necessárias para o cálculo e a contabilização de cada um desses 
assuntos. Constataremos que o 13º salário é um direito garantido, 
que as férias correspondem a um período de descanso anual que o 
empregado tem direito e que a rescisão de contrato se refere ao final 
do vínculo empregatício do empregado com a empresa.
UNIDADE 3
88
Uma organização do ramo industrial de alimentos precisava realizar a demissão 
de vários funcionários em virtude da situação econômica que enfrentava o país. 
Assim, os diretores da empresa foram conversar com o responsável pelo setor de 
Recursos Humanos, a fim de saber o valor monetário que seria necessário para a 
realização das dispensas desses colaboradores.
Contudo, o gerente do setor de Recursos Humanos comentou com um dos 
diretores que seria necessário fazer uma simulação das demissões para levantar 
o valor total de todas as rescisões de contrato. Ele precisava saber qual seria a 
modalidade para a formalização das rescisões. Em conjunto com a diretoria, 
houve a definição da modalidade “Demissão Sem Justa Causa”, que promoveria 
a liberação dos direitos dos trabalhadores.
Diante da situação, o gerente de Recursos Humanos pediu para que o funcio-
nário Marcos realizasse as simulações para o levantamento dos valores das demis-
sões. Com base nas informações apresentadas, faço o seguinte questionamento: 
quais verbas trabalhistas estariam sendo calculadas no processo de rescisão de 
contrato dos funcionários envolvidos? 
O funcionário Marcos era o responsável pela geração da folha de pagamento 
mensal da instituição. Desse modo, sabia quais verbas deveriam ser consideradas 
nas Demissões Sem Justa Causa. 
A Demissão Sem Justa Causa é uma forma de encerrar o contrato de trabalho, ou 
seja, é uma maneira de dispensar o funcionário por parte da empresa. Nesse sentido, 
os cálculos devem ser realizados com base nos direitos dos trabalhadores, incluindo 
o saldo de salário, o aviso prévio indenizado, as férias vencidas com 1/3, as férias 
proporcionais com 1/3, o 13º salário proporcional, o saque do FGTS e a liberação do 
seguro desemprego. Logo, Marcos deveria observar, na legislação trabalhista, o que 
poderia considerar para realizar os cálculos voltados às verbas trabalhistas. 
Com base nos dados citados, quais seriam os procedimentos que Marcos de-
veria realizar para a simulação das rescisões? Quais seriam os cálculos necessários 
para a apuração dos valores das rescisões? Elenque, em seu diário de bordo, todas 
as informações que encontrou em sua pesquisa. 
Em sua pesquisa, você deve ter encontrado várias informações sobre o que 
Marcos precisa para realizar os procedimentos e os cálculos voltados às rescisões. 
Espero que você também tenha encontrado os itens expostos a seguir:
 ■ Relação dos funcionários que serão demitidos pela empresa.
 ■ Verificação do tempo de contrato de trabalho de cada funcionário.
89
 ■ Verificação das datas de admissão de cada funcionário para verificação 
do aviso prévio.
 ■ Data de encerramento do contrato de trabalho.
 ■ Verificação de férias vencidas.
 ■ Levantamento do extrato do FGTS de cada funcionário para apurar o 
saldo rescisório para o pagamento da multa do FGTS.
 ■ Elaboração das rescisões de cada funcionário. 
De acordo com as informações necessárias para a realização dos cálculos voltados 
às rescisões de trabalho, são válidas as seguintes reflexões sobre o assunto:
 ■ Quais são os direitos dos trabalhadorespela modalidade Demissão Sem 
Justa Causa?
 ■ Os funcionários terão direito ao seguro-desemprego?
 ■ Quanto tempo leva para a liberação do valor do FGTS aos funcionários?
 ■ Qual é o prazo para o pagamento das rescisões de contrato?
Para finalizarmos o estudo em relação às rotinas trabalhistas, é necessário apre-
sentar a forma de cálculo e a contabilização do 13º salário, das férias e da rescisão 
de contrato. Assim, iniciaremos pelo 13º salário. O 13º salário ou gratificação de 
Natal foi instituído em 1962 por meio da Lei nº 4.090. Em 1965, a Lei nº 4.749 
trouxe alterações à Lei 4.090 e o Decreto nº 57.155 proporcionou a regulamen-
tação da lei (BRASIL, 1965).
UNICESUMAR
UNIDADE 3
90
O 13º salário, como ficou conhecido, deve ser pago pelo empregador ao em-
pregado urbano, rural, doméstico, avulso ou temporário que trabalha por, pelo 
menos, um mês (considerando “mês” a fração igual ou superior a quinze dias) do 
ano, a uma razão de 1/12 ou 8,3333% do salário de dezembro por mês trabalhado. 
Portanto, o empregado que for admitido no dia 16 de dezembro terá direito a 
1/12 do salário enquanto 13º salário. O 13º salário será pago em duas parcelas: a 
primeira pode ser paga de fevereiro a 30 de novembro, enquanto a segunda pode 
ser efetuada até o dia 20 de dezembro (BRASIL, 1965).
O valor a ser pago como 13º salário tem como base o valor do salário con-
tratual de dezembro. Contudo, quando há remuneração variável (horas extras e 
comissões, por exemplo), as verbas deverão ser consideradas no cálculo da média 
para, depois, somar-se ao salário fixo do mês de dezembro (BRASIL, 1965). É 
facultado aos empregados solicitar, em janeiro de cada ano, o recebimento da 
primeira parcela do 13º salário em conjunto com as verbas das férias em qualquer 
mês entre fevereiro e novembro, desde que tenha requerido (BRASIL, 1965).
Agora, verificaremos o cálculo da primeira parcela do 13º salário. Para 
tanto, calcularemos a primeira e a segunda parcela do 13º salário que deverão 
ser pagas a um colaborador fictício. A seguir, é apresentado o cálculo da média 
de horas extras e a média de RSR s/horas extras.
BRUNO GONÇALVES
 ■ Função: gerente administrativo.
 ■ Salário mensal (base): 4.400,00.
 ■ Carga horária mensal: 220 horas.
 ■ Horas extras em abril/2021: 10 horas.
Para fins de cálculo da primeira parcela, é preciso considerar os meses de janeiro 
a outubro. Dessa forma, temos os cálculos expostos a seguir para as médias.
Média Horas Extras = Total de Horas Extras (janeiro a outubro) / 10 meses
Média Horas Extras = 10 / 10
Média Horas Extras = 1 hora
Quadro 1 - Cálculo da média de horas extras sobre o 13º salário / Fonte: os autores.
91
Após o cálculo da média, devemos encontrar o valor da hora de trabalho do 
empregado, considerando o acréscimo de 50%.
Valor da Hora de Trabalho = Salário-Base / Regime de horas 
Valor da Hora de Trabalho = 4.400,00 / 220 
Valor da Hora de Trabalho = 20,00 por hora de trabalho 
Em seguida, devemos fazer o acréscimo legal de 50% sobre a hora: 
Valor da Hora de Trabalho = 20,00 + 50%
Valor da Hora de Trabalho = 30,00 por hora de trabalho
Quadro 2 - Cálculo da média de horas extras sobre o 13º salário / Fonte: os autores.
Agora, podemos encontrar o valor da média das horas extras com base nos va-
lores calculados.
Média Horas Extras = 1 hora x 30,00
Média Horas Extras = 30,00
Quadro 3 - Cálculo da média de horas extras sobre o 13º salário / Fonte: os autores.
A seguir, realizamos o cálculo referente à média RSR sobre horas extras.
Média RSR s/ H.E. = Média da Horas Extras / Dias Úteis x Dias Descansados
Média RSR s/ H.E. = 30,00 / 26 x 4
Média RSR s/ H.E. = 4,62
Quadro 4 - Cálculo da média RSR sobre horas extras do 13º salário / Fonte: os autores.
No quadro a seguir, segue a base de cálculo para o 13º salário por funcionário.
Base para cálculo do 13º salário de 2021
Descrição Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Salário de Dezembro 1.300,00 4.400,00
Média Horas Extras 50% 30,00
Média RSR s/ H.E. 50% 4,62
Ad. Insalubridade 220,00
Ad. Periculosidade 1.320,00
Média Ad. Noturno 20,48
UNICESUMAR
UNIDADE 3
92
Base para cálculo do 13º salário de 2021
Descrição Fernanda Lima Bruno Gonçalves
Média RSR Ad. Noturno 3,15
TOTAIS 1.543,64 5.754,62
Valor da 1ª parcela 771,82 2.877,31
Valor da 2ª parcela 771,82 2.877,31
Quadro 5 - Base para cálculo do 13º salário / Fonte: os autores.
FUNCIO-
NÁRIO
(+) PRO-
VENTO
(=) SA-
LÁRIO 
BRUTO
(=) DES-
CONTOS
(=) SA-
LÁRIO 
LÍQUIDO
FGTS(+) 13º 
SALÁ-
RIO – 1ª 
PARCELA
Fernanda 
Lima
771,82 771,82 0,00 771,82 61,75
Bruno 
Gonçalves
2.877,31 2.877,31 0,00 2.877,31 230,18
Quadro 6 - Recibo de pagamento de 13º salário - 1ª parcela – 30/11/21 / Fonte: os autores.
A primeira parcela do 13º salário é bem simples de calcular. Somente em caso 
de salário variável, é preciso tomar cuidado com as médias, inclusive, devemos 
consultar a Convenção Coletiva ou o Dissídio Coletivo, a fim de verificar se há 
algum benefício adicional no cálculo das médias. Com exceção dessa particula-
ridade, basta considerar 50% do valor do salário fixo de dezembro e calcular o 
FGTS dessa parcela. Ficam, para a segunda parcela, os descontos dos empregados.
Agora, calcularemos a segunda parcela do 13º salário que deverá ser paga 
aos colaboradores até 20 de dezembro. Diante disso, usaremos a mesma base de 
cálculo elaborada. O valor positivo (provento) da segunda parcela é o valor total 
do 13º salário calculado, menos o valor da primeira parcela já paga em novembro. 
Como descontos, temos o INSS e o IRRF.
93
Você percebeu que, na primeira parcela, não é feito o desconto do INSS e 
do IRRF dos empregados? Na segunda parcela, porém, a base de cálculo, tanto 
do INSS quanto do IRRF, é o valor total do 13º salário, e não somente a segunda 
parcela. Portanto, o que ocorre é uma postergação do desconto. Contudo, as 
alíquotas e o valor dos dependentes são encontrados na tabela do IRRF (de 
acordo com o ano-base). O cálculo do INSS resultará nos valores de 108,20 
para Fernanda e 656,94 para o Bruno.
IRRF sobre 13º salário
Bruno Gonçalves 
Valor do 13º salário 5.754,62
(-) INSS descontado 656,94
(-) Dependentes (3 x 189,59) 568,77
Base de cálculo 4.528,91
Alíquota de acordo com a tabela 22,5%
Cálculo preliminar do IRRF 1.019,00
Valor a deduzir de acordo com a tabela (636,13)
IRRF a descontar do empregado 382,87
Quadro 7 - Cálculo IRRF sobre 13º salário de Bruno Gonçalves / Fonte: os autores.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
94
FU
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3,
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1.
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2,
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0,
00
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4,
25
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5
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G
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lv
es
5.
75
4,
62
5.
75
4,
62
2.
87
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95
A empresa também tem os encargos sobre o 13º salário. Sendo assim, conhece-
remos os encargos sobre a segunda parcela do 13º salário. Lembre-se de que 
o INSS será representado pelo valor total do 13º salário, haja vista que ele não é 
calculado na primeira parcela. Já o FGTS recai somente sobre o valor da segunda 
parcela, pois já foi calculado e pago na primeira parcela.
Encargos parte da empresa 13º Salário
Código
Des-
cri-
ção
Fernanda Lima Bruno Gonçalves
TOTALBase de 
cálculo
Valor
Base de 
cálculo
Valor
501
INSS 
parte 
da 
em-
presa
1.543,64 308,73 5.754,62 1.150,92 1.459,65
502 FGTS 771,82 61,75 2.877,31 230,18 291,93
Quadro 9 - Encargos sobre o 13º salário - 2ª parcela / Fonte: os autores.
Na sequência, aprenderemos o processo de contabilizaçãodo 13º salário. Desse 
modo, obedecendo ao princípio da competência, a contabilidade deve, mensal-
mente, fazer os registros contábeis das provisões do 13º salário. Os lançamentos 
referentes aos dias 30/11 e 20/12, que serão aqui desenvolvidos, consideram que 
essa provisão foi constituída.
Inicialmente, verificaremos a contabilização da primeira parcela do 13º 
salário. Na primeira parcela do 13º salário, temos o pagamento sem descontos 
aos empregados e o recolhimento do FGTS. Como se trata de uma antecipação 
de parte do direito adquirido pelos empregados, lançaremos esse pagamentono 
final de Novembro, como adiantamento do 13º salário no ativo e, no dia 20/12, 
serão feitos os lançamentos utilizando as provisões constituídas. Assim, em 30/11, 
teremos os lançamentos apresentados a seguir.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
96
Data
Conta 
Devedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
30/11/21
Adiantamento 
do 13º Salário 
(Ativo)
Caixa 
Geral (Ativo)
Valor referente 
ao pagamento 
da 1ª parcela do 
13º salário
3.649,13
Quadro 10 - Lançamento do pagamento da primeira parcela do 13º salário no diário
Fonte: os autores.
Data
Conta 
Devedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
30/11/21
FGTS a reco-
lher (Passivo)
Caixa Geral 
(Ativo)
Valor referente ao 
FGTS da 1ª parcela 
do 13º salário
291,93
Quadro 11 - Lançamento do FGTS sobre a primeira parcela do 13º salário no diário
Fonte: os autores.
Depois, temos a contabilização da segunda parcela do 13ª salário. Assim, no 
dia 20/12, os cálculos são mais complexos, pois os descontos que deixaram de 
ser feitos em 30/11, agora, são realizados sobre o total do 13º salário. Para essa 
contabilização, consideraremos que as provisões foram feitas mensalmente e de 
acordo com os dados fornecidos na Unidade 2, que são demonstrados a seguir.
Fernanda Lima Salário Bruto: 1.596,70
Bruno Gonçalves Salário Bruto: 6.207,50
Salário Bruto Total: 7.804,20
Quadro 12 - Dados para provisão mensal do 13º salário / Fonte: os autores.
97
Cálculo da Provisão Mensal do 13º Salário:
Provisão p/ 13º Salário = Salário Bruto (mensal) / 12 meses
Provisão p/ 13º Salário = 7.804,20 / 12
Provisão p/ 13º Salário = 650,35 
Encargos do INSS:
INSS (20%) = 650,35 x 20% 
INSS = 130,07 
Encargos do FGTS:
FGTS (8%) = 650,35 x 8%
FGTS (8%) = 52,03
Quadro 13 - Cálculo da provisão mensal do 13º salário/ Fonte: os autores.
Temos a contabilização apresentada a seguir e que é referente à provisão mensal 
do 13º salário realizada pela contabilidade no final de cada mês.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
30/04/21
13º Salário 
 (Despesa)
13º Salário a 
pagar (Passivo)
Valor do 13º 
salário 
650,35
30/04/21 INSS (Despesa)
13º Salário a 
pagar (Passivo)
Valor INSS 
sobre o 13º 
salário 
130,07
30/04/21 FGTS (Despesa)
13º Salário a 
pagar (Passivo)
Valor FGTS 
sobre o 13º 
salário 
52,03
Quadro 14 - Contabilização da provisão mensal do 13º salário / Fonte: os autores.
Por fim, temos diversos lançamentos contábeis sobre o 13º salário. Acompanhe.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
20/12/21
13º Salário 
 (Despesa)
13º Salário a 
pagar (Passivo)
Valor do 
13º salário 
7.298,26
Quadro 15 - Lançamento do 13º salário no diário / Fonte: os autores.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
98
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
20/12/21
13º Salário a 
pagar (Passivo)
Adiantamento 
do 13º Salário 
(Ativo)
Valor da 1ª 
parcela do 
13º salário 
descontado 
3.649,13
Quadro 16 - Lançamento do desconto da primeira parcela do 13º salário no diário
Fonte: os autores.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
20/12/21
13º Salário a 
pagar (Passivo)
INSS a recolher 
(Passivo)
Valor do 
INSS des-
contado 
sobre 13º 
salário 
779,37
Quadro 17 - Lançamento do desconto do INSS do 13º salário no diário / Fonte: os autores.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
20/12/21
13º Salário a 
pagar (Passivo)
IRRF a recolher 
(Passivo)
Valor do IRRF 
descontado 
sobre 13º 
salário 
382,87
Quadro 18 - Lançamento do desconto IRRF do 13º salário no diário / Fonte: os autores.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
20/12/21
13º Salário a 
pagar (Passivo)
Caixa 
Geral (Ativo)
Pagamen-
to do 13º 
salário
2.486,89
Quadro 19 - Lançamento do pagamento do 13º salário no diário / Fonte: os autores.
Já sabemos que devemos reconhecer os encargos da empresa sobre o 13º salário. 
Assim, veremos a contabilização dos encargos do 13º salário. Quanto ao INSS, 
os encargos sobre o 13º salário serão sobre o valor total do 13º salário, tendo em 
vista que o INSS não é calculado na primeira parcela. Já o FGTS recai somente 
sobre o valor da segunda parcela, pois já foi calculado e pago na primeira parcela.
99
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
20/12/21 INSS (Despesa)
INSS a recolher 
(Passivo)
INSS parte 
da empre-
sa sobre 
13º salário
1.459,65
20/12/21 FGTS (Despesa)
FGTS a recolher 
(Passivo)
FGTS sobre 
a 2ª parcela 
do 13º salá-
rio
291,93
Quadro 20 - Lançamento dos encargos sobre o 13º salário no diário / Fonte: os autores.
Para continuarmos os assuntos vinculados às rotinas trabalhistas, agora, conhe-
ceremos os aspectos legais das férias.
Quando falamos em férias, normalmente, lembramos de descanso. Isso está 
correto, pois as férias compreendem um período em que o empregado fica sem 
trabalhar, mas recebe normalmente o salário. Conheceremos os aspectos teóricos 
e práticos sobre o tema, visto que, para as empresas, as férias representam muito 
mais que o descanso do colaborador.
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Manual de rotinas trabalhistas
Autor: Roni Genicolo Garcia
Editora: Atlas
Sinopse: este livro apresenta as abordagens necessárias sobre as ro-
tinas trabalhistas com base no Direito do Trabalho. Os conteúdos abordados 
estão em conformidade com a Reforma Trabalhista, que entrou em vigor 
em 11 de novembro de 2017. No entanto, também evidencia a Medida Pro-
visória nº 808, de 14 de novembro de 2017, que visa ao crivo do Congresso 
Nacional para alteração da Lei nº 13.467/2017. Sendo assim, a legislação tra-
balhista será apresentada de forma sistematizada, com o intuito de prevenir 
problemas por meio de propostas e soluções calcadas na jurisprudência. Os 
assuntos são direcionados às áreas administrativas e empresariais, dos Re-
cursos Humanos, do Direito e da Contabilidade, por exemplo. 
UNICESUMAR
UNIDADE 3
100
Inicialmente, saberemos o que é período aquisitivo. Trata-se do período de 12 
meses que começa no dia da contratação e se encerra exatamente um ano depois, 
quando começa o próximo período. O Art. 130 da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT) sustenta que, “após cada período de doze meses de vigência do 
contrato de trabalho, o empregado tem direito a férias” (BRASIL, 1943, on-line).
No processo das férias, também há o período concessivo. Trata-se do pe-
ríodo de 12 meses em que o empregador deve conceder as férias ao empregado, 
no que diz respeito ao período aquisitivo imediatamente anterior. O período 
concessivo se inicia no dia seguinte, ao final do período aquisitivo, e termina 12 
meses após. É importante ressaltar que o empregado deverá encerrar o gozo de 
férias dentro do período concessivo.
Contudo, com a Reforma Trabalhista, houve a permissão para o fracionamen-
to das férias. Nesse sentido, o Art. 134 da CLT afirma que, “desde que haja concor-
dância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo 
que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não 
poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um” (BRASIL, 1943, on-line). 
Durante o período concessivo, o empregador é quem determina o período 
de gozo de férias, em consonância com a forma que melhor convier às atividades 
da empresa: isso é o que determina o Art. 136 da CLT (BRASIL, 1943). Todavia, 
os membros de uma família que trabalham na mesma empresa terão o direito de 
gozar das férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disso não resultar 
emprejuízo para o serviço. Do mesmo modo, o empregado estudante menor de 18 
anos terá o direito de coincidir as férias dele com as férias escolares (BRASIL, 1943).
101
Também existe o período de gozo. Trata-se do período de 30 dias em que o 
empregado fica fora das atividades laborais. A partir da Reforma Trabalhista 
realizada em 2017, as férias de 30 dias passaram a ser fracionadas em até três 
períodos. Contudo, o empregador e o funcionário devem fazer um acordo, a fim 
de regulamentar a situação. Assim, um dos períodos não deve ser menor do que 
14 dias e o restante não pode ser inferior a cinco dias (BRASIL, 1943). A seguir, 
seguem alguns exemplos de períodos de férias.
14 dias + 11 dias + 5 dias;
20 dias + 5 dias + 5 dias;
15 dias + 15 dias;
14 dias + 7 dias + 9 dias.
Quadro 21 - Exemplos de período de gozo / Fonte: os autores.
A lei faculta que o período de gozo pode ser reduzido para 20 dias. Nesse senti-
do, é facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias que 
tiver direito em abono pecuniário conforme o valor da remuneração que lhe 
seria devido nos dias correspondentes (Art. 143 da CLT) (BRASIL, 1943). Caso 
o empregado tenha faltas injustificadas durante o período aquisitivo, os dias de 
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1º Período
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2º Período
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3º Período
Aquisitivo
1º Período
Concessivo
2º Período
Concessivo
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Descrição da Imagem: a figura mostra um fluxograma linear horizontal com nove retângulos. Assim, da 
esquerda para a direita, são expostos os esquemas dos períodos aquisitivo e concessivo sobre as férias. 
Há quatro retângulos com datas, as quais estão ligadas por uma linha. Também há cinco retângulos com 
períodos. Inicia-se com um retângulo escrito: “Admissão 01/03/20XX”. Em seguida, há outro retângulo, 
o chamado: “1º Período Aquisitivo”. Depois, é apresentado um novo retângulo com o seguinte texto: 
“01/03/20X1”. Seguindo o fluxograma, temos dois retângulos: um acima da linha, o chamado “2º Perío-
do Aquisitivo”, e outro abaixo da linha, o chamado “1º Período Concessivo”. Também há um retângulo 
com a data “01/03/20X2” e dois retângulos: um acima da linha, o chamado: “3º Período Aquisitivo”, e um 
abaixo da linha, o chamado: “2º Período Concessivo”. Para finalizar, o último retângulo tem a seguinte 
data: 01/03/20X3.
Figura 1 - Períodos aquisitivo e concessivo / Fonte: os autores
UNICESUMAR
UNIDADE 3
102
férias poderão ser reduzidos, de acordo com o Art. 130 da CLT. Um resumo sobre 
a temática é exposto no quadro a seguir (BRASIL, 1943).
Número de faltas injustificadas durante o 
período aquisitivo
Dias corridos de férias
0 a 5 faltas 30 dias
6 a 14 faltas 24 dias
15 a 23 faltas 18 dias
24 a 32 faltas 12 dias
Acima de 32 faltas 0 dias
Quadro 22 - Dias de férias / Fonte: os autores.
O aviso do período de gozo de férias deve ser comunicado por escrito pelo em-
pregador ao empregado com antecedência mínima de 30 dias. O empregado deve 
assinar o aviso. É o que determina Art. 135 da CLT (BRASIL, 1943).
Em relação ao adicional de férias, a Constituição Federal de 1988, no in-
ciso XVII do Art. 7º, estabelece que o que o gozo de férias deve ser remunerado 
em 1/3 a mais que o salário normal (BRASIL, 1988a). Deve-se considerar que o 
salário concebido é o salário fixo mais as médias das remunerações variáveis, 
assim como acontece no 13º salário (BRASIL, 1943). O pagamento do valor 
total das férias deverá ser mediante um recibo que discrimine os proventos e 
os descontos no prazo de, no mínimo, dois dias antes do início do período de 
gozo (BRASIL, 1943).
Sobre as férias em dobro, o empregado terá direito ao valor das férias em 
dobro, caso o empregador não conceda o período de gozo de férias dentro do 
período concessivo, tendo em vista que o final do período de gozo deve ocorrer 
dentro do período concessivo (BRASIL, 1943). Além disso, existem as férias co-
letivas. Os empregadores podem conceder férias coletivas, seja para a empresa 
toda, seja para um departamento todo. Todavia, a legislação não prevê a possibi-
lidade de haver férias coletivas apenas para alguns empregados (BRASIL, 1943).
O grande objetivo das férias coletivas, na gestão das empresas, está na admi-
nistração de pessoas em períodos sazonais de produção ou em atividade empre-
sarial. Assim, a empresa pode escolher um ou dois períodos do ano para conceder 
férias a todos os empregados em conjunto.
103
 “ Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os em-pregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, 
de 13.4.1977
§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais 
desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. (Re-
dação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará 
ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mí-
nima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, preci-
sando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida co-
municação aos sindicatos representativos da respectiva categoria 
profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de tra-
balho. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 (BRASIL, 
1943, on-line).
Para um melhor entendimento, faremos o cálculo de férias de mês integral 
(de 1 a 30 de abril) da colaboradora Fernanda Lima. Como ela tem remune-
ração variável, primeiramente, temos que fazer a média para, depois, encon-
trarmos o salário-base para as férias.
Base para cálculo de férias em Abril/20X1
Fernanda Lima 
Descrição Valor
Salário de Abril 1.300,00
Adicional de Insalubridade 220,00
Média Adicional Noturno 20,48
Média RSR Adicional Noturno 3,15
SALÁRIO-BASE PARA FÉRIAS 1.543,63
Quadro 23 - Base para o cálculo de férias / Fonte: os autores.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
104
Encontramos, desse modo, o salário-base para férias, cujo valor é de R$ 1.543,63 
Agora, calcularemos o valor a ser pago dois dias antes do início do gozo de férias.
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No exemplo apresentado, as férias são pagas com base no salário calculado ante-
riormente e as verbas variáveis são calculadas pela média. Nesse caso, o empre-
gador deverá pagar um adicional de 1/3 sobre o salário-base. De acordo com a 
legislação, o valor das férias deve ser somado com o adicional para utilizar, como 
base de cálculo, o INSS e o IRRF. Sendo assim, calculamos somente o INSS, pois 
o IRRF, segundo o Art. 6 da Lei nº 7.713, é isento, em virtude de o valor total dos 
proventos estar entre o valor de isenção conforme a tabela do IRRF (faixa de 
isenção de R$ 1.903,98) (BRASIL, 1988b).
É importante considerar que o período de gozo de férias abrangeu o mês 
de abril inteiro. Nesse caso,não houve trabalho em abril, portanto, não haverá 
salário, uma vez que o empregado, normalmente, recebe as férias antecipada-
mente. Somente seria pago em 5 de maio o valor do salário-família caso a cola-
boradora tivesse direito.
Na sequência, verificaremos o cálculo de férias de 20 dias com abono de 
21 de maio a 9 de junho. Para exemplificar, faremos o cálculo das férias do cola-
borador Bruno Gonçalves. Como ele tem remuneração variável, primeiramente, 
temos que fazer a média para encontrarmos o salário-base para as férias. Além 
dessa preparação para calcular as férias, veremos, na prática, duas situações mais 
complexas e enfrentadas durante o cálculo de férias: o abono pecuniário e o início 
e o fim das férias durante o mês.
Primeiramente, encontraremos o salário-base de férias.
Base para cálculo de férias em Maio/20X1
Bruno Gonçalves
Descrição Valor
Salário de Maio 4.400,00
Adicional de Periculosidade 1.320,00
Média HE 50% 182,40
Média RSR HE 50% 35,07
SALÁRIO-BASE PARA FÉRIAS 5.937,47
Quadro 25 - Base para o cálculo de férias / Fonte: os autores.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
106
Como serão somente 20 dias de férias e os outros 10 dias serão pagos como abono 
pecuniário, tanto o INSS quanto o IRRF incidem somente sobre o valor referente 
aos 20 dias, incluindo o adicional de 1/3. O abono e o adicional são isentos. A 
seguir, calcularemos o IRRF.
IRRF sobre férias do Bruno Gonçalves
Valor das férias (20 dias) 3.958,31
Valor do adicional de 1/3 sobre os 20 dias de férias 1.319,43
(-) INSS descontado 590,17
(-) Dependentes (3 x 189,59) 568,77
Base de cálculo 4.118,80
Alíquota de acordo com a tabela 22,5%
Cálculo preliminar do IRRF 926,73
Valor a deduzir de acordo com a tabela (636,13)
IRRF a descontar do empregado 290,60
Quadro 26 - Cálculo de IRRF sobre o 13º salário de Bruno Gonçalves / Fonte: os autores.
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UNIDADE 3
108
Quando há a concessão de férias com as características 
em questão, temos que destacar alguns elementos que 
refletirão no recibo de pagamento de salário dos meses 
de maio e junho:
 ■ Como o início do período das férias foi em 21/05, 
o empregado tem a receber, em 05/06, como sa-
lário do mês de maio, 20 dias de trabalho.
 ■ Como o final do período das férias foi em 09/06, 
o empregado terá a receber, em 05/07, como sa-
lário do mês de junho, 21 dias de trabalho.
Sabemos que o período de gozo das férias representa 
um descanso para o trabalhador. No entanto, para a 
empresa, simboliza um período improdutivo, mas re-
munerado. Além disso, o desembolso da organização ao 
colaborador será com acréscimo de ⅓ do valor da remu-
neração mensal média. Desse modo, contabilmente, de 
acordo com o regime de competência, o valor pago por 
ocasião das férias não pode ser considerado uma despe-
sa do mês das férias, pois não há trabalho e as despesas 
são gastos necessários para a geração de receitas. Como 
o colaborador que está de férias não trabalhou, também 
não contribuiu para a geração das receitas do período.
Por isso, durante o processo de registro na conta-
bilidade, mensalmente, devemos constituir uma pro-
visão para as férias. Assim, quando o colaborador sair 
de férias, utilizaremos contabilmente essa provisão ao 
contrário das despesas.
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UNICESUMAR
UNIDADE 3
110
No caso das férias da colaboradora Fernanda Lima, temos a seguinte linha do 
tempo para os fatos contábeis e os lançamentos:
 ■ 28/03/21: dois dias antes do início do período de férias. Pagamento do 
valor líquido de férias.
 ■ 30/04/21: lançamento das férias.
 ■ 30/04/21: lançamento dos encargos sobre as férias.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
28/03/21
Adiantamento de 
Férias (Ativo)
Caixa Geral
Valor 
referente 
ao paga-
mento das 
férias de 
Fernanda 
Lima
 1.889,43
Quadro 29 - Lançamento do pagamento das férias no diário / Fonte: os autores.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
30/04/21 Férias (Despesa)
Férias a pagar 
(Passivo)
Valor das 
férias de 
Fernanda 
Lima
1.543,63
30/04/21 Férias (Despesa)
Férias a pagar 
(Passivo)
Valor do 
adicional 
de férias de 
Fernanda 
Lima 
 514,54
111
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
30/04/21
Férias a pagar 
(Passivo)
INSS a recolher 
(Passivo)
Valor do 
INSS des-
contado das 
férias de 
Fernanda 
Lima
168,74
30/04/21
Férias a pagar 
(Passivo)
Adiantamento 
de Férias (Ativo)
Valor das 
férias de 
Fernanda 
Lima
1.889,43
Quadro 30 - Lançamento do pagamento das férias no diário / Fonte: os autores.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
30/04/21 INSS (Despesa)
INSS a recolher 
(Passivo)
INSS parte 
da empresa 
sobre Férias 
411,63
30/04/21 FGTS (Despesa)
FGTS a recolher 
(Passivo)
FGTS sobre 
férias
164,65
Quadro 31 - Lançamento dos encargos das férias no diário / Fonte: os autores.
Com os lançamentos expostos, a conta “Adiantamento de Férias” deve ficar com 
saldo ZERO. O mesmo fato deve ocorrer com a conta “Férias a Pagar”.
No mês de maio, temos as férias do colaborador Bruno Gonçalves. Veja a seguir.
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UNIDADE 3
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113
Para lançarmos os valores, estabelecemos a seguinte linha do tempo para os fatos 
contábeis e os lançamentos:
 ■ 19/05/21: dois dias antes do início do período de férias. Pagamento do 
valor líquido de férias.
 ■ 31/05/21: lançamento das férias.
 ■ 31/05/21: lançamento dos encargos sobre férias.
Data
Conta 
Devedora
Conta Credora Histórico Valor
19/05/21
Adiantamento 
de Férias (Ativo)
Caixa Geral
Valor re-
ferente ao 
pagamento 
das férias de 
Bruno Gon-
çalves
7.035,83
Quadro 33 - Lançamento do pagamento das férias no diário / Fonte: os autores.
Data
Conta 
Devedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
31/05/21
Férias (Des-
pesa)
Férias a pa-
gar (Passivo)
Valor das férias de 
Bruno Gonçalves
3.958,31
31/05/21
Férias (Des-
pesa)
Férias a pa-
gar (Passivo)
Valor do adicional 
de férias de Bruno 
Gonçalves
1.319,43
31/05/21
Férias (Des-
pesa)
Férias a pa-
gar (Passivo)
Valor do Abono Pe-
cuniário de Bruno 
Gonçalves
1.979,15
31/05/21
Férias (Des-
pesa)
Férias a pa-
gar (Passivo)
Valor do adicional 
de 1/3 sobre o Abo-
no Pecuniário de 
Bruno Gonçalves
659,71
31/05/21
Férias a pa-
gar (Passivo)
INSS a reco-
lher (Passivo)
Valor do INSS des-
contado das férias 
de Bruno Gonçal-
ves
590,17
UNICESUMAR
UNIDADE 3
114
Data
Conta 
Devedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
31/05/21
Férias a pa-
gar (Passivo)
IRRF a reco-
lher (Passivo)
Valor do IRRF des-
contado das férias 
de Bruno Gonçal-
ves
290,60
31/05/21
Férias a pa-
gar (Passivo)
Adiantamen-
to de Férias 
(Ativo)
Valor das férias de 
Bruno Gonçalves
7.035,83
Quadro 34 - Lançamento do pagamento das férias no diário / Fonte: os autores.
Data Conta Devedora Conta Credora Histórico Valor
31/05/21 INSS (Despesa)
INSS a recolher 
(Passivo)
INSS parte 
da empresa 
sobre Férias 
1.055,55
31/05/21 FGTS (Despesa)
FGTS a reco-
lher (Passivo)
FGTS sobre 
férias
422,21
Quadro 35 - Lançamento dos encargos das férias no diário / Fonte: os autores.
Por fim, com os lançamentos apresentados, a conta “Adiantamento de Férias” deve 
ficar com saldo zero. O mesmo processo deve ocorrer com a conta “Férias a Pagar”.
Para finalizarmos as rotinas trabalhistas, o processo de rescisão do contrato 
de trabalho pode ser considerado a última etapa das práticas trabalhistas. 
É um processo, tendo em vista que não acontece de uma vez. Normalmente, 
começa com o aviso prévio, passa pelos cálculos dos direitos do empregado e 
pelo recolhimento do FGTS sobre a rescisão, e chega até o cumprimento de 
Com base nos assuntos abordados no decorrer desta unidade, você deve estar se pergun-
tando: qual é a importância da Reforma Trabalhista na vida do empregador e do emprega-
do? A Reforma Trabalhista veio proporcionar a adaptação do trabalho às necessidades do 
empregador e do empregado, visto que concede maior flexibilidade às leis trabalhistas. 
PENSANDO JUNTOS
115
algumas obrigações acessórias, tais como o envio de informações ao órgão de 
controle do Ministério do Trabalho.
Durante o processo de rescisão de contrato, temos o aviso prévio. Tanto 
o empregado quanto o empregador podem manifestar o desejo de encerrar a 
relação de emprego. Essa manifestação de vontade é chamada de aviso prévio.
O Art. 487 da CLT sustenta que:
 “ Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua re-solução com a antecedência mínima de:
I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo 
inferior;
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que 
tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. (BRASIL, 
1943, on-line)
A Constituição Federal de 1988, no Art. 7º, inciso XXI, afirma:
 “ Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de ou-tros que visem à melhoria de sua condição social:XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mí-
nimo de trinta dias, nos termos da lei (BRASIL, 1988, on-line)
A Lei nº 12.506/2011, no Art. 1º, explica:
 “ Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto--Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção 
de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de 
serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acres-
cidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, 
até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 
(noventa) dias. (BRASIL, 2011, on-line).
UNICESUMAR
UNIDADE 3
116
A seguir, é exposta uma tabela exemplificativa dos novos prazos para o aviso 
prévio a partir da lei supracitada.
Anos Trabalhados Dias de aviso Anos Trabalhados Dias de aviso
Até 1 ano 30 Até 11 anos 60
Até 2 anos 33 Até 12 anos 63
Até 3 anos 36 Até 13 anos 66
Até 4 anos 39 Até 14 anos 69
Até 5 anos 42 Até 15 anos 72
Até 6 anos 45 Até 16 anos 75
Até 7 anos 48 Até 18 anos 81
Até 8 anos 51 Até 18 anos 81
Até 9 anos 54 Até 19 anos 84
Até 10 anos 57 Até 20 anos 87
Mais de 20 anos 90
Quadro 36 - Tempo de aviso prévioFonte: os autores.
O aviso prévio, independentemente da parte que o motive, pode ocorrer de duas 
formas: trabalhado ou indenizado. Assim, se a iniciativa da dispensa for do em-
pregador, ele deverá reduzir a jornada de trabalho do empregado em duas horas 
diárias durante o aviso prévio trabalhado, sem prejuízo do salário integral, 
conforme Art. 488 da CLT (BRASIL, 1943). O empregado mensalista poderá 
optar por não reduzir a jornada diária e reduzir sete dias no período de 30 dias, 
trabalhando somente 23 dias. Por outro lado, se a iniciativa da dispensa for do 
empregado, a legislação não prevê a redução de jornada (BRASIL, 1943).
No aviso prévio indenizado, quando o empregador promove o desligamento 
do empregado sem tê-lo avisado com antecedência, ele deve indenizar o empre-
gado. É preciso considerar que o contrato de trabalho se estenderá por mais, no 
mínimo, 30 dias, indo até a 90 dias, caso o tempo de trabalho na mesma empresa 
seja maior que 20 anos. Quando isso ocorrer, todas as verbas rescisórias devem levar 
em consideração o período de aviso prévio. Isso terá reflexo, inclusive, nos valores 
do 13º salário e das férias a serem pagos na rescisão (BRASIL, 1943).
117
Da mesma forma, o empregado pode promover o desligamento sem o devi-
do aviso com antecedência. Quando isso ocorrer, o empregador poderá deduzir 
dos haveres do empregado o valor de 30 dias como indenização à empresa pelo 
desligamento imediato. Na prática, não tem sido considerado o tempo adicional 
do aviso prévio preconizado pela Lei nº 12.506/2011, quando o desligamento é 
promovido pelo empregado (BRASIL, 1943).
Também temos as verbas rescisórias. Logo, para o cálculo das verbas referen-
tes à rescisão do contrato de trabalho, é preciso observar a legislação. Expore-
mos, em alguns quadros, um resumo daquilo que deve constar nas rescisões 
para cada tipo de desligamento. Entretanto, antes, apresentaremos os principais 
tipos de desligamento:
 ■ Rescisão por pedido de demissão: ocorre quando o funcionário solicita 
o término do contrato de trabalho. 
 ■ Rescisão por dispensa sem justa causa: acontece quando o empregador 
(empresa) pede o término do contrato de trabalho com o funcionário. Em 
outras palavras, por algum motivo, a empresa não pode mais ficar com o 
empregado e, porisso, é realizado esse tipo de rescisão.
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Reforma trabalhista
Autores: Arnaldo Pipek, Alexandre Lauria Dutra e Isabella Renwick 
Magano
Editora: Blucher
Sinopse: o livro demonstra as principais alterações que aconteceram em vir-
tude da Reforma Trabalhista realizada em 2017. A Reforma Trabalhista mo-
dificou algumas regras que eram utilizadas nos processos voltados à folha 
de pagamento, ao 13º salário, às férias e à rescisão de contrato. A Consolida-
ção das Leis do Trabalho (CLT) passou por algumas mudanças ao longo dos 
anos para atender às necessidades dos empregados e dos empregadores. 
A Lei nº 13.467/2017 expõe as necessidades da sociedade em relação à re-
gulamentação trabalhista vigente no país. Por meio de uma escrita simples 
e objetiva, o livro apresenta as principais mudanças e questões recorrentes 
sobre os temas que envolvem as rotinas trabalhistas. 
UNICESUMAR
UNIDADE 3
118
 ■ Rescisão por dispensa com justa causa: a empresa realiza o desliga-
mento do funcionário em função de ele ter cometido algum ato grave 
que tenha prejudicado a organização. Algumas ações incluem o ato de 
improbidade, a embriaguez habitual e a violação de segredo da empresa. 
Causa do Afastamento
Rescisão 
por pedi-
do de de-
missão 
(menos 
de 1 ano)
Rescisão 
por pedi-
do de de-
missão 
(mais de 
1 ano)
Resci-
são por 
dispensa 
SEM jus-
ta causa 
(menos 
de 1 ano)
Resci-
são por 
dispensa 
SEM jus-
ta causa 
(mais de 
1 ano)
Saldo de Salário SIM SIM SIM SIM
Aviso Prévio NÃO NÃO SIM SIM
13º Salário SIM SIM SIM SIM
Férias Vencidas NÃO SIM NÃO SIM
Férias Proporcionais SIM SIM SIM SIM
Adicional 1/3 Férias SIM SIM SIM SIM
FGTS mês anterior SIM SIM SIM SIM
FGTS mês da rescisão SIM SIM SIM SIM
Multa FGTS NÃO NÃO SIM SIM
Indenização Adicional NÃO NÃO SIM SIM
Indenização Art. 479 CLT NÃO NÃO NÃO NÃO
Salário Família SIM SIM SIM SIM
Quadro 37 - Verbas rescisórias por pedido de demissão e dispensa sem justa causa
Fonte: os autores.
119
Causa do Afastamento
Resci-
são por 
dispensa 
COM jus-
ta causa 
(menos 
de 1 ano)
Resci-
são por 
dispensa 
COM jus-
ta causa 
(mais de 
1 ano)
Resci-
são por 
dispensa 
indireta 
(menos 
de 1 ano)
Resci-
são por 
dispensa 
indireta 
(mais de 
1 ano)
Saldo de Salário SIM SIM SIM SIM
Aviso Prévio NÃO NÃO SIM SIM
13º Salário NÃO NÃO SIM SIM
Férias Vencidas NÃO SIM NÃO SIM
Férias Proporcionais NÃO NÃO SIM SIM
Adicional 1/3 Férias NÃO SIM SIM SIM
FGTS mês anterior SIM SIM SIM SIM
FGTS mês da rescisão SIM SIM SIM SIM
Multa FGTS NÃO NÃO SIM SIM
Indenização Adicional NÃO NÃO SIM SIM
Indenização Art. 479 CLT NÃO NÃO NÃO NÃO
Salário Família SIM SIM SIM SIM
Quadro 38 - Verbas rescisórias por dispensa com justa causa e dispensa indireta / Fonte: os autores.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
120
Causa do Afastamento
Resci-
são por 
culpa re-
cíproca 
(menos 
de 1 ano)
Resci-
são por 
culpa re-
cíproca 
(mais de 
1 ano)
Resci-
são por 
aposen-
tadoria 
especial 
(menos 
de 1 ano)
Resci-
são por 
aposen-
tadoria 
especial 
(mais de 
1 ano) 
Saldo de Salário SIM SIM SIM SIM
Aviso Prévio SIM SIM NÃO NÃO
13º Salário NÃO NÃO SIM SIM
Férias Vencidas SIM SIM SIM SIM
Férias Proporcionais SIM SIM SIM SIM
Adicional 1/3 Férias SIM SIM SIM SIM
FGTS mês anterior SIM SIM SIM SIM
FGTS mês da rescisão SIM SIM SIM SIM
Multa FGTS SIM SIM NÃO NÃO
Indenização Adicional NÃO NÃO NÃO NÃO
Indenização Art. 479 CLT NÃO NÃO NÃO NÃO
Salário Família SIM SIM SIM SIM
Quadro 39 - Verbas rescisórias por culpa recíproca e aposentaria especial / Fonte: os autores.
121
Causa do Afastamento
Rescisão 
pelo fim do 
contrato de 
experiência
Rescisão an-
tecipada do 
contrato de 
experiência 
pelo empre-
gador
Rescisão an-
tecipada do 
contrato de 
experiência 
pelo empre-
gado
Saldo de Salário SIM SIM SIM
Aviso Prévio NÃO NÃO NÃO
13º Salário SIM SIM SIM
Férias Vencidas NÃO NÃO NÃO
Férias Proporcionais SIM SIM SIM
Adicional 1/3 Férias SIM SIM SIM
FGTS mês anterior SIM SIM SIM
FGTS mês da rescisão SIM SIM SIM
Multa FGTS NÃO SIM NÃO
Indenização Adicional NÃO SIM NÃO
Indenização Art. 479 CLT NÃO SIM NÃO
Salário Família SIM SIM SIM
Quadro 40 - Verbas rescisórias por fim de contrato de experiência e rescisão antecipada do fim do 
contrato de experiência (empregador e empregado) / Fonte: os autores.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
122
Causa do Afastamento
Rescisão por faleci-
mento (menos de 1 
ano)
Rescisão por fale-
cimento (mais de 1 
ano)
Saldo de Salário SIM SIM
Aviso Prévio NÃO NÃO
13º Salário SIM SIM
Férias Vencidas NÃO SIM
Férias Proporcionais SIM SIM
Adicional 1/3 Férias SIM SIM
FGTS mês anterior SIM SIM
FGTS mês da rescisão SIM SIM
Multa FGTS NÃO NÃO
Indenização Adicional NÃO NÃO
Indenização Art. 479 CLT NÃO NÃO
Salário Família SIM SIM
Quadro 41 - Verbas rescisórias por falecimento / Fonte: os autores.
Agora, aprenderemos a base de cálculo da rescisão. A base para o cálculo das 
verbas da rescisão de contrato será a maior remuneração a que o empregado faz 
jus no mês da demissão. Como maior remuneração, devemos considerar: o salá-
rio contratual, os adicionais (noturno, periculosidade, insalubridade e outros), a 
média de horas extras, a média das comissões e as outras remunerações variáveis.
Segundo as regras para a rescisão de contrato, existe um prazo de pagamen-
to da rescisão. Nos casos de contrato por prazo determinado e de aviso prévio 
trabalhado, a quitação das verbas rescisórias deverá ser feita no primeiro dia útil 
seguinte ao último dia trabalhado (BRASIL, 1990). Quando o contrato for por 
prazo indeterminado e não houver aviso prévio, ou seja, se o aviso prévio for 
indenizado, a quitação das verbas rescisórias deverá ser feita até o décimo dia 
corrido após o último dia trabalhado (BRASIL, 1990).
123
No processo de rescisão, também temos o FGTS e os depósitos rescisórios. 
Mensalmente, o empregador deposita, na conta vinculada ao FGTS do empre-
gado, 8% da remuneração. O depósito também deverá ser feito sobre as verbas 
rescisórias. Ao final de cada ano, a conta apresenta, aproximadamente, o equiva-
lente à remuneração de um mês. Na ocasião do desligamento, em algumas causas 
de afastamento (rescisão por dispensa sem justa causa, rescisão antecipada do 
contrato de experiência por iniciativa da empresa, rescisão por dispensa indireta 
e rescisão por culpa recíproca), a empresa, além de fazer a liberação do valor 
depositado na conta do empregado, o que inclui o valor calculado na rescisão, 
deve depositar ao empregado a multa equivalente a 40% do saldo acumulado na 
conta do empregado. Os prazos para recolhimento do FGTS da rescisão são os 
mesmos para o pagamento da rescisão ao empregado (BRASIL, 1990).
Para a formalização da rescisão de contrato, há um modelo do Termo de Res-
cisão do Contrato de Trabalho. O Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho foi 
padronizado em 2002 pela Portaria nº 302, de 26 de junho de 2002, que aprovou o 
modelo de Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho a ser utilizado como recibo 
de quitação das verbas rescisórias e para o saque de FGTS (MTE, 2002). 
A referida portaria foi revogada em 2010 pela Portaria nº 1.621, de 14 de 
julho de 2010, que sofreu alterações em 2011 pela Portaria nº 2.685, de 26 de 
dezembro de 2011, e, em 2012, pela Portaria nº 1.057, de 6 de julho de 2012, que 
expôs adequações relacionadas à transmissão pelo Sistema HomologNet (MTE, 
2012). Visualize o modelo do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho e os 
reflexos dele acessando o site do Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região de 
São Paulo (SRT, [2022], on-line)¹.
Com base nos assuntos trabalhados, explicaremos o cálculo prático do Ter-
mo de Rescisão do Contrato de Trabalho. Dessa forma, para elaborar uma 
simulação do cálculo de rescisão, consideraremos algumas informações. Conhe-
ça-as a seguir.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
124
Base para cálculo da Rescisão – Dispensa Sem Justa Causa pelo 
empregador
Aviso: 05/08/2021 Desligamento: 03/09/2021
Admissão:01/02/2012 Férias Gozadas: 8
Dependentes menores de 21 anos: 3
Saldo FGTS até o depósito ref. julho/2021: R$ 18.409,55
Descrição Bruno Gonçalves
Salário-Base de Setembro/2021 4.400,00
Adicional de Periculosidade 1.320,00
Média HE 50% 150,00
Média RSR HE 50% 28,85
Valor Salário-Base 5.898,85
Quadro 42 - Base para cálculo da rescisão / Fonte: os autores.
Na rescisão, devemos calcular o INSS e o IRRF separadamente sobre a remunera-
ção do mês da rescisão e sobre o valor do 13º salário. Sobre as férias, não incidem 
INSS, nem o IRRF. Demonstraremos o cálculo do IRRF sobre a rescisão, tendo 
em vista que, sobre a remuneração do mês, ele não incide, porque ficou dentro 
da faixa de isenção. Observe o cálculo.
IRRF sobre rescisão – 13º salário
Bruno Gonçalves
Valor do 13º Salário Proporcional 3.813,33
(-) INSS descontado sobre 13º Salário 385,15
(-) Dependentes (3 x 189,59) 568,77
Base de cálculo 2.859,41
Alíquota de acordo com a tabela 15%
Cálculo preliminar do IRRF 428,91
125
Valor a deduzir de acordo com a tabela (354,80)
IRRF a descontar do empregado 74,11
Quadro 43 - Cálculo IRRF sobre rescisão – 13º salário / Fonte: os autores.
Valores que constarão no termo de rescisão do contrato de trabalho
CÓDIGO DESCRIÇÃO PROVENTOS DESCONTOS
901 Saldo de salário - rescisão 440,00
902
Adicional de Periculosidade – 
Rescisão
132,00
907 Férias Vencidas - Rescisão 5.720,00
908
Adicional 1/3 Férias Vencidas – 
Recisão
1.906,66
909 Férias Proporcionais – Rescisão 2.933,33
910
Adicionals 1/3 Férias Prop - 
Rescisão
977,77
911
13º Salário Proporcional - Res-
cisão
3.813,33
951
INSS desc. s/ Salários – Resci-
são
33,00
952 INSS s/ 13º Sal. – Rescisão 385,15
954
IRRF desc. s/ 13º Salário - Res-
cisão
74,11
SOMA DE PROVENTOS/DESCONTOS 15.923,09 492,26
LÍQUIDO DE RESCISÃO A PAGAR 15.430,83
Quadro 44 - Termo de rescisão do contrato de trabalho / Fonte: os autores.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
126
Demonstraremos, a seguir, as verbas referentes ao FGTS decorrentes da rescisão, 
considerando as condições já demonstradas.
TOTAL FGTS A RECOLHER – BRUNO GONÇALVES
Saldo FGTS até o depósito ref. a julho/2021 18.409,55
FGTS do mês anterior 487,60
FGTS s/ salário na rescisão (572,00 x 8%) 45,76
FGTS s/ 13º salário (3.813,33 x 8%) 305,06
Novo Saldo do FGTS (Saldo anterior 18.409,55 + mês ante-
rior 487,60 + salário rescisão 45,76 + 13º salário na rescisão 
305,06)
19.247,97
40% resgatável pelo empregado 7.699,19
TOTAL A RECOLHER 8.537,61
VALOR A SER RESGATADO PELO EMPREGADO DEMITIDO 26.947,16
Quadro 45 - FGTS sobre rescisão / Fonte: os autores.
O gasto financeiro da empresa diante da rescisão simulada é de R$ 15.923,09, 
referente aos proventos. Não deduzimos os descontos desse valor, consideran-
do que os descontos do empregado representam as retenções que a empresa 
deve fazer, mas que recolhe dos referidos órgãos públicos. Soma-se a esse valor 
o FGTS depositado, que tem o valor de R$ 838,42, e a multa de 40% sobre o 
saldo do FGTS, que é equivalente a R$ 7.699,19. Desse modo, temos um total 
de gastos de R$ 24.460,70.
Por outro lado, o recebimento total pelo empregado desligado em detrimen-
to da rescisão é de R$ 26.947,16. Para chegar a esse valor, somamos: o saldo do 
FGTS acumulado antes da rescisão (R$ 18.409,55), o FGTS do mês anterior, o 
qual ainda não tinha sido depositado (R$ 487,60), o FGTS sobre os salários e o 
13º salário calculados na rescisão (R$ 350,82), e a multa de 40% sobre o saldo 
do FGTS (R$ 7.699,19).
Por fim, contabilizaremos as verbas referentes à rescisão do contrato de 
trabalho calculada.
127
Valores que constarão no termo de rescisão do contrato de trabalho
CÓDIGO DESCRIÇÃO PROVENTOS DESCONTOS
901 Saldo de salário - rescisão 440,00
902
Adicional de Periculosidade – 
Rescisão
132,00
907 Férias Vencidas - Rescisão 5.720,00
908
Adicional 1/3 Férias Vencidas 
– Recisão
1.906,66
909
Férias Proporcionais – 
Rescisão
2.933,33
910
Adicionals 1/3 Férias 
Prop - Rescisão
977,77
911
13º Salário Proporcional - 
Rescisão
3.813,33
951
INSS desc. s/ Salários – 
Rescisão
33,00
952 INSS s/ 13º Sal. – Rescisão 385,15
954
IRRF desc. s/ 13º Salário - 
Rescisão
74,11
SOMA DE PROVENTOS/DESCONTOS 15.923,09 492,26
LÍQUIDO DE RESCISÃO A PAGAR 15.430,83
Quadro 46 - Termo de rescisão do contrato de trabalho / Fonte: os autores.
Na rescisão, temos diversas verbas a serem contabilizadas. Precisamos entender 
as caraterísticas de cada uma delas para identificarmos as contas que deverão ser 
utilizadas. Analisemos as verbas.
 ■ As verbas positivas do saldo de salário e do adicional de periculosida-
de são referentes ao trabalho do mês da rescisão. Portanto, esses valores 
serão lançados pelo resumo da folha de pagamento no débito de despesas 
e no crédito de salários a pagar. Dessa forma, o débito, no momento da 
rescisão, não deverá acontecer nas despesas, mas na conta.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
128
 ■ As verbas positivas referentes às férias, tantos as vencidas quanto as pro-
porcionais, não serão lançadas em despesas, porque, mensalmente, são 
constituídas (veja o tópico “Contabilização das Férias” que se encontra 
nesta unidade).
 ■ As verbas referentes ao 13º salário foram lançadas mensalmente. Conhe-
çamos os lançamentos da rescisão no diário.
Data
Conta 
Devedora
Conta 
Credora
Histórico Valor
03/09/21
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Rescisões 
a pagar 
(Passivo)
Saldo de Salário na 
rescisão de Bruno 
Gonçalves 
440,00
03/09/21
Salários 
a pagar 
(Passivo)
Rescisões 
a pagar 
(Passivo)
Adicional de Periculo-
sidade na rescisão de 
Bruno Gonçalves 
132,00
03/09/21
Férias 
(Despesa)
Rescisões 
a pagar 
(Passivo)
Férias vencidas e 
proporcionais mais 
adicional de férias na 
rescisão de Bruno 
Gonçalves 
11.537,76
03/09/21
13º Salário 
(Despesa)
Rescisões 
a pagar 
(Passivo)
13º Salário na rescisão 
de Bruno Gonçalves
3.813,33
03/09/21
Rescisões 
a pagar 
(Passivo)
INSS a 
recolher 
(Passivo)
INSS descontado sobre 
salários e 13º salário 
na rescisão de Bruno 
Gonçalves
418,15
03/09/21
Rescisões 
a pagar 
(Passivo)
IRRF a 
recolher 
(Passivo)
IRRF descontado sobre 
13º salário na rescisão 
de Bruno Gonçalves 
dos Santos
74,11
03/09/21
Rescisões 
a pagar 
(Passivo)
Caixa 
Geral
Pagamento da rescisão 
de Bruno Gonçalves 
dos Santos
15.430,83
Quadro 47 - Lançamento da rescisão no diário / Fonte: os autores.
129
Quanto aos encargos: o INSS parte da empresa e o FGTS será lançado pelo total 
do mês, envolvendo as demais verbas da folha além da rescisão.
Demonstraremos, a seguir, as verbas referentes ao FGTS e decorrentes dessa 
rescisão, considerando as condições já expostas.
TOTAL DE FGTS A RECOLHER – BRUNO GONÇALVES
Saldo FGTS até o depósito ref. a julho/2021 18.409,55
FGTS do mês anterior 487,60
FGTS s/ salário na rescisão (572,00 x 8%) 45,76
FGTS s/ 13º salário (3.813,33 x 8%) 305,06
Novo saldo do FGTS (Saldo anterior 18.409,55 + mês anterior 
487,60 + salário rescisão 45,76 + 13º salário na rescisão 305,06)
19.247,97
40% Resgatável Pelo Empregado 7.699,19
TOTAL A RECOLHER (04/09) 8.537,61
VALOR A SER RESGATADO PELO EMPREGADO DEMITIDO 26.947,16
Quadro 48 - FGTS sobre rescisão / Fonte: os autores.
Para a contabilização dos fatos contábeis referentes ao FGTS da rescisão, consi-
deraremos que:
 ■ O valor do FGTS da folha de pagamento do mês anterior e do mês da 
rescisão já foram lançados nas despesas a crédito do FGTS a recolher.
 ■ A multa sobre o saldo do FGTS não foi provisionada, pois a empresa não 
sabe quais empregados serão desligados por iniciativa da empresa. Então, 
lançaremos esses valores nas contas de despesas.
Veja o lançamento apresentado a seguir.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
130
Data
Conta Deve-
dora
Conta Cre-
dora
Histórico Valor
04/09/21
Indenização e 
Aviso Prévio 
(Despesa)
FGTS a 
recolher 
(Passivo)
Multa do FGTS da 
rescisão de Bruno 
Gonçalves
7.699,19
Quadro 49 - Multa do FGTS sobre rescisão / Fonte: os autores.
Considerando os valores do FGTS lançados e o valorda multa contabilizado, é possível 
lançar o pagamento total utilizando a conta FGTS a recolher. Segue o lançamento:
Data
Conta De-
vedora
Conta Cre-
dora
Histórico Valor
04/09/21
FGTS a 
recolher 
(Passivo)
Caixa Geral 
(Ativo)
Pagamento do 
FGTS da rescisão 
de Bruno Gon-
çalves 
8.537,61
Quadro 50 - Recolhimento do FGTS total sobre rescisão / Fonte: os autores.
Assim, finalizamos os cálculos e os lançamentos contábeis referentes às seguintes 
rotinas trabalhistas: 13º salário, férias e rescisão do contrato de trabalho.
Os conteúdos que foram abordados nesta unidade abrangem a segunda parte 
dos aspectos da folha de pagamento. Nesse contexto, exploramos as regras e o 
processo de contabilização do 13º salário, das férias e da rescisão de contrato de 
trabalho. Os profissionais da área de Recursos Humanos e os contadores devem 
estar alinhados com as práticas trabalhistas, a CLT, as leis e as normas contábeis, 
para que possam realizar todos os procedimentos necessários para cálculo e con-
tabilização dessas situações dentro de uma organização. 
Realizaremos um bate-papo com um profissional da área sobre 
o processo que envolve as rotinas trabalhistas dentro de um 
escritório de contabilidade. 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/9694
131
1. As férias representam um período de descanso concedido anualmente pelas or-
ganizações aos funcionários. Assim, as férias são um direito garantido a todos os 
trabalhadores. Contudo, para que esse direito seja respeitado, é necessário seguir 
uma série de recomendações legais e observações quanto à forma de concessão 
desse benefício. 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o período de gozo permitido após 
a Reforma Trabalhista feita em 2017:
a) 13 dias + 12 dias + 05 dias.
b) 19 dias + 07 dias + 04 dias.
c) 8 dias + 04 dias + 18 dias.
d) 12 dias + 13 dias + 06 dias.
e) 20 dias + 05 dias + 05 dias.
2. As férias constituem um período de descanso das atividades referentes ao contrato 
de trabalho. Além de não gerar prejuízo na remuneração mensal, deve ter um valor 
adicional de 1/3. Sendo assim, descreva o período necessário de trabalho para que 
o empregado tenha direito às férias. Em seguida, discorra sobre o período que o 
empregador tem para conceder as férias.
3. Tanto o empregado quanto o empregador podem manifestar o desejo de encerrar 
a relação de emprego. Essa manifestação de vontade é chamada de aviso prévio e 
pode ser feita de duas formas. Identifique-as e as descreva.
4. O pagamento do 13º salário faz jus ao trabalhador urbano, rural, avulso ou doméstico. 
Já as férias são concedidas por ato do empregador em apenas um período nos 12 
(doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. 
Desse modo, a rescisão de contrato de trabalho representa a formalização do térmi-
no de um vínculo empregatício. Para calcularmos as verbas do 13º salário, das férias 
e da rescisão do contrato de trabalho, precisamos de uma remuneração para a base. 
Discorra sobre essa remuneração e explique como ela deve ser formada. 
132
5. O 13º salário foi instituído em 1962 por meio da Lei nº 4.090/62. Trata-se de um paga-
mento extra concedido às pessoas que têm o direito garantido. Assim, o 13º salário é 
concedido a todo trabalhador com carteira assinada, aos funcionários públicos e aos 
aposentados e pensionistas da Previdência Social. O 13º salário é pago em duas par-
celas: a primeira acontece até 30/11 e a outra pode ser feita em 20/12 de cada ano. 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o lançamento contábil referente 
ao pagamento da primeira parcela do 13º salário:
a) Débito: 13º salário (despesa); crédito: 13º salário a pagar (passivo).
b) Débito: adiantamento de fornecedores (ativo); crédito: caixa ou banco (ativo).
c) Débito: 13º salário a pagar (passivo); crédito: adiantamento de 13º salário (ativo).
d) Débito: caixa ou banco (ativo); crédito: 13º salário a pagar (passivo).
e) Débito: adiantamento de 13º salário (ativo); crédito: caixa (ativo).
6. O desconto do Imposto de Renda (IRRF) é calculado sobre o valor bruto do 13º salário, 
de acordo com as regras do regulamento do imposto de renda. Sobre a primeira 
parcela do 13º salário, não há incidência do IRRF. Assim, a importância paga ao em-
pregado a título de primeira parcela será deduzida do valor do 13º salário devido 
até o dia 20 de dezembro. 
Assinale a alternativa que indica corretamente o lançamento contábil referente ao 
IRRF descontado dos funcionários no pagamento da segunda parcela do 13º salário.
a) Débito: IRRF (despesa); crédito: IRRF a recolher (ativo).
b) Débito: IRRF a recolher (passivo); crédito: 13º salário (despesa).
c) Débito: 13º salário a pagar (passivo); crédito: IRRF a recolher (passivo).
d) Débito: 13ª salário (despesa); crédito: IRRF a pagar (passivo)
e) Débito: 13º salário a pagar (ativo); crédito: IRPJ a recolher (despesa)
133
7. Em 1 de março de 2020, entrou em vigor a nova tabela de INSS estabelecida pela 
Portaria SEPRT nº 3.659/2020 em função da nova sistemática de desconto progres-
sivo definida pela Emenda Constitucional nº 103/2019 (Reforma da Previdência). De 
acordo com a alteração, as rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da 
data em questão precisam obedecer às novas faixas de salário-de-contribuição e aos 
respectivos percentuais de desconto progressivo. 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o lançamento contábil referente 
ao desconto do INSS na rescisão do contrato de trabalho:
a) Débito: INSS (despesa); crédito: INSS a recolher (ativo).
b) Débito: INSS a recolher (passivo); crédito: Rescisão de contrato (passivo).
c) Débito: Salário a pagar (passivo); crédito: INSS a recolher (passivo).
d) Débito: Rescisões a pagar (passivo); crédito: Salários a pagar (passivo).
e) Débito: Rescisões a pagar (passivo); crédito: INSS (despesa).
4Estoque e Controle de 
Mercadorias
Me. Tatiane Garcia da Silva Santos 
Me. José Manoel da Costa 
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, conheceremos as temáticas voltadas 
às rotinas contábeis do estoque e do controle de mercadorias. Assim, 
entenderemos a relevância dos estoques às organizações e o concei-
to e a metodologia de apuração do Custo das Mercadorias Vendidas 
(CMV). Além disso, saberemos as diferenças entre os inventários pe-
riódico e permanente no processo dos estoques. Por fim, compreen-
deremos os critérios de estoques utilizados pelas empresas, incluindo 
o Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS), o Último a Entrar, Primeiro 
a Sair (UEPS), a Média Ponderada Móvel (MPM) e o Custo Específico.
UNIDADE 4
136
Uma organização do ramo de fabricação de embutidos de carne suína e que se 
enquadra no regime tributário do Lucro Real vem passando por dificuldades 
no processo de apuração dos saldos dos estoques. Em outras palavras, foram 
encontradas divergências de valores em relação aos custos da matéria-prima, dos 
insumos e dos produtos industrializados. Portanto, o contador Rodrigo precisa 
fazer uma conciliação contábil de todas as notas fiscais de entrada e saída, com 
o intuito de fazer a apuração correta dos valores do custo de aquisição das maté-
rias-primas, dos insumos e do Custo do ProdutoVendido (CPV).
Dessa forma, será necessário emitir os relatórios do sistema contábil, o livro 
diário e os razonetes para verificar os valores registrados na compra e na venda. 
A partir desses relatórios, será possível confrontar os valores e conferir se o custo 
de aquisição está correto. No entanto, se o custo de aquisição estiver incorreto, ele 
impactará no CPV, no momento da baixa do produto vendido.
Diante disso, convido você a pensar nos seguintes questionamentos: quais 
são os tributos envolvidos no processo de compra de matéria-prima? Qual é a 
fórmula que realiza a apuração do custo de aquisição da matéria-prima? Quais 
são os critérios de controle de estoque que podem ser utilizados pela empresa? 
Como apurar o CPV referente à baixa do produto vendido?
O contador Rodrigo estava muito preocupadoem realizar a conciliação con-
tábil dos saldos dos estoques, em virtude da aproximação do fechamento contábil 
anual. Desse modo, houve o levantamento dos arquivos de todas as notas fiscais 
de compra e de venda, a fim de realizar a averiguação. 
Rodrigo distribuiu os meses que deveriam ser conferidos pelos funcionários 
da equipe para a realização da conciliação contábil. A princípio, cada funcioná-
rio emitiria o livro diário e os razonetes de acordo com o mês de conferência. 
Com todos os documentos encontrados e os relatórios emitidos, os trabalhos 
de conciliação começaram. Durante o processo de conciliação, foram feitas a 
verificação do valor da nota fiscal de compra e a conferência do valor do custo 
de aquisição para a confirmação do valor lançado na ficha de estoque. O mesmo 
raciocínio será seguido para a conferência das notas de saída. 
A partir das informações apresentadas, os conhecimentos que Rodrigo e a 
equipe dele precisam relembrar para realizar as conciliações contábeis são: 
 ■ Saber os itens que compõem o custo dos produtos produzidos pela empresa.
 ■ Rever os tributos que fazem parte desse processo de acordo com o regime 
tributário da empresa, tais como ICMS, PIS e COFINS.
137
 ■ Verificar a existência de frete e/ou seguro nas operações de compras.
 ■ Analisar o critério de estoque utilizado pela empresa (MPM, PEPS e UEPS).
 ■ Com a adequação dos valores de aquisição na ficha de estoque, automati-
camente, o sistema realizará os acertos relativos aos valores do Custo das 
Mercadorias Vendidas (CMV) no que diz respeito à venda dos produtos.
Proponho a análise das informações e da situação relatada. Posteriormente, anote 
os possíveis erros que podem ser encontrados na conciliação contábil.
A partir das suas anotações sobre os possíveis erros, reflita: quais são as conse-
quências para a organização em apurar o saldo dos estoques de forma incorreta? 
Qual é a importância dos estoques para as empresas?
Sabemos que o contador da empresa citada precisa realizar uma conciliação 
contábil dos saldos dos estoques em função da existência de valores incorretos. 
Nesta unidade, exploraremos os assuntos relativos aos estoques e ao controle 
de mercadorias. As mercadorias adquiridas por uma empresa e destinadas à 
comercialização passam por um processo de controle, seja periódico, seja per-
manente, com o objetivo de apurar, em determinada época, o inventário desses 
produtos relacionando a descrição da mercadoria, o saldo inicial, a quantidade, 
o preço unitário, o preço total e outras informações necessárias à adequada ad-
ministração do estoque.
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UNIDADE 4
138
O Decreto nº 9.580/2018, ao tratar dos livros fiscais, no Art. 275, determina que 
a pessoa jurídica deverá ter, além dos livros de contabilidade, o registro de in-
ventário (BRASIL, 2018). Já o Art. 276 preconiza que o livro inventário e os itens 
apresentados a seguir deverão ser arrolados com especificações que facilitem a 
identificação deles (BRASIL, 2018).
Dependendo do volume comercializado, a empresa precisará adotar um controle 
mais ágil, seguro e efetivo para proteger os bens e gerar informações tempestivas e 
atualizadas sobre a movimentação dos produtos negociados. Ao vender um pro-
duto, a organização precisa contabilizar o valor da receita de vendas, os impostos 
referentes à operação e identificar se a transação ocorreu à vista ou a prazo. Tão 
importante quanto contabilizar a venda é registrar o custo das mercadorias que 
saíram do estoque. 
Assim, para Favero et al. (2009), o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
diz respeito aos gastos efetuados para colocar os itens em condições de venda. Por 
sua vez, Viceconti e Neves (2013, p. 85) ponderam que, durante a venda da mer-
cadoria, o preço de venda é conhecido. “Mas e quanto ao preço de custo? Como 
a empresa pode determinar que a mercadoria vendida (que está no estoque) 
veio deste ou daquele fornecedor já que os preços de compra foram diferentes?”.
O questionamento apresentado é importante para demonstrar que as 
mercadorias destinadas à revenda precisam de algum tipo de controle para que 
o custo seja identificado e lançado adequadamente no período em que ocorreu 
a venda. Esse controle tende a ser mais simples em entidades de pequeno porte e 
mais complexo em organizações de médio ou grande porte, em virtude das carac-
terísticas empresariais, limitações dos sistemas de informações ou da quantidade 
As
mercadorias
Os produtos
manufaturados
As matérias-
primas
Os produtos
em
fabricação
Os bens em
almoxarifado
Descrição da Imagem: a figura apresenta as classificações a respeito dos itens que compõem os estoques 
das organizações. Desse modo, há cinco setas na cor azul que carregam as classificações. Da esquerda 
para a direita, encontram-se: “As mercadorias”, “Os produtos manufaturados”, “As matérias-primas”, “Os 
produtos em fabricação” e “Os bens em almoxarifado”. 
Figura 1 - Itens que deverão constar no livro de inventário / Fonte: adaptada de Brasil (2018).
139
insuficiente de funcionários. A dificuldade em questão pode ser facilitada pelo 
método de controle de estoque chamado de “inventário periódico”.
 Nesse segmento, para uma melhor compreensão do CMV, trabalharemos 
o conceito e a metodologia de apuração do CMV. Ao adotar o sistema de 
inventário periódico, o registro contábil do estoque de mercadorias ocorrerá 
apenas no final de determinado período com a contagem física das quantidades 
existentes (GRECO; AREND, 2006).
Favero et al. (2009) defendem que, mediante a ocorrência da compra e da venda 
de mercadorias sem um controle permanente, é inviável conhecer o CMV quan-
do a venda é realizada. No inventário periódico, esse custo só será identificado 
por meio de um levantamento ou da contagem física e da respectiva valoração 
com base na fórmula apresentada a seguir, que objetiva identificar o CMV.
CMV = Estoque Inicial (EI) + Compras (C) – Estoque Final (EF)
Quadro 1 - Fórmula da CMV / Fonte: os autores.
Viceconti e Neves (2013) explicam que o inventário periódico ocorre quando os 
estoques existentes na empresa são avaliados na data de encerramento do Balanço 
Patrimonial por meio da contagem física. Diante disso, o estoque das mercadorias 
é chamado de estoque final. Em relação à valoração ou ao preço utilizado para 
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Estoques e armazenagem
Autor: Bruno Paoleschi
Editora: Érica
Sinopse: Bruno Paoleschi expõe, no livro, as atividades relacionadas 
à armazenagem e aos estoques. Assim, aborda e explica o processo de ar-
mazenagem referente a diversos produtos. Também explana a administra-
ção dos armazéns e o planejamento dos inventários. Contextualiza os crité-
rios de estoques, como média, PEPS e a UEPS. Não só, mas também trata do 
planejamento dos setores de recebimento e expedição, e explica os proce-
dimentos alfandegários para exportação. Por fim, indica algumas planilhas e 
exercícios práticos para a fixação dos conteúdos. Os temas podem ser apli-
cados em diversos cursos, tais como Administração, Comércio e Finanças. O 
livro está disponível na Biblioteca Virtual da Unicesumar.
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UNIDADE 4
140
a avaliação dos estoques, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), por 
intermédio do Pronunciamento Técnico 16 (R1), no item 9, prevê que os estoques 
devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido. Dos 
dois, o menor (CPC, 2009).
Em consonância com o pronunciamento técnico, a Lei das Sociedades por 
Ações, materializada pela Lei nº 6.404/76, ao tratar do critério de avaliação dos 
elementos do ativo, estabelece, no Art. 183, inciso II, que as mercadorias e os 
produtos do comércio da companhia, as matérias-primas, os produtos em fabri-
cação e os bens em almoxarifado serão avaliados pelo custo de aquisição ou de 
produção, deduzido de provisão, para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este 
for inferior (BRASIL, 1976).
Iudícibus et al. (2010) reforçam que, quando é necessário apurar o resulta-
do obtido com a Venda deMercadorias (RCM) e as vendas são realizadas sem 
controle paralelo e concomitantemente ao estoque, é preciso realizar um levan-
tamento físico para avaliar as mercadorias existentes naquela data. A partir da 
diferença entre o total dos produtos disponíveis para venda durante o período 
definido e o estoque final (apurado extracontabilmente), obtém-se o CMV.
Considere o seguinte exemplo:
a) Determinada empresa iniciou o ano com um estoque inicial avaliado 
e escriturado no valor de R$ 100.000,00, referente a 100 unidades (R$ 
1.000,00 cada uma).
b) No decorrer do ano, algumas compras e vendas foram realizadas. Todas 
foram comprovadas por meio de notas fiscais. As compras totalizaram R$ 
120.000,00 e as vendas R$ 480.000,00.
c) No final do ano, a empresa realizou uma contagem física dos produtos 
existentes no estoque e, com base nos últimos preços de compras (excluí-
dos os impostos recuperáveis), identificou um saldo de 50 unidades ao 
valor unitário de R$ 1.100,00 (R$ 55.000,00 no total).
Com base nas informações exibidas e de acordo com a fórmula do Custo das 
Mercadorias Vendidas, a empresa apresentará um CMV de R$ 165.000,00. Ob-
serve os dados apresentados a seguir.
141
Percebe-se, assim, que o CMV de R$ 165.000,00 representa um saldo residual 
das mercadorias que existiam em estoque, adicionadas às compras e subtraídas 
do estoque final. Em outras palavras, esse valor demonstra quanto foi o custo de 
X produtos vendidos em determinado período.
Ao apurar o resultado contábil apenas com as informações apresentadas, a 
empresa teria um saldo final no Balanço Patrimonial, na conta de estoque de 
mercadorias, de R$ 55.000,00 (representando os bens físicos destinados às ven-
das). Já na Demonstração do Resultado do Exercício, haveria um lucro bruto de 
R$ 315.000,00, resultado do valor das vendas (R$ 480.000,00) subtraído do CMV 
(R$ 165.000,00).
No exemplo evidenciado, é importante observar dois aspectos em relação 
ao resultado obtido:
A. Vendas: na apuração do lucro, são consideradas todas as vendas rea-
lizadas no período, independentemente se elas foram feitas à vista ou a 
prazo. O que diferencia é o destino ou a contrapartida das vendas. Por 
exemplo, se a venda foi à vista, o destino dos recursos recebidos será o 
caixa da empresaou sua conta em banco. Se a venda foi realizada a pra-
Estoque
inicial Compras
Estoque
�nal CMV
R$100.000,00 R$120.000,00 R$55.000,00 R$165.000,00+ - =
Descrição da Imagem: na figura, é apresentado um exemplo voltado à composição da formula do custo. 
Na parte superior, constam quatro retângulos azuis. Cada um carrega uma seta na parte inferior, a qual é 
direcionada para um único retângulo na cor branca. Da direita para a esquerda, o primeiro retângulo tem 
escrito no centro: “Estoque Inicial”. A seta dele se volta ao valor de R$100.000,00, contido no retângulo 
branco. Depois, há um símbolo de adição e o segundo retângulo azul. Nele, está escrito: “Compras” e a 
seta dele se direciona ao valor de R$ 120.000,00. Na sequência, há um símbolo de subtração e o terceiro 
retângulo. Nele, está redigido: “Estoque Final” e a seta dele se volta ao valor de R$ 55.000,00. Depois, há 
um símbolo de igualdade e um retângulo com a escrita “CMV”. A seta dele aponta para o resultado final 
de R$ 165.000,00.
Figura 2 - Fórmula esquematizada do CMV / Fonte: os autores.
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UNIDADE 4
142
zo, terá, como contrapartida, uma conta de direito (conta de clientes ou 
duplicatas a receber).
B. Lucro bruto: de acordo com o resultado apresentado de R$ 315.000,00, 
em uma situação real, a empresa precisaria considerar o acréscimo de ou-
tras receitas (financeiras, descontos obtidos, bonificações etc.) e despesas 
(vendas, administrativas etc.) para apurar o lucro ou o prejuízo líquido do 
exercício.
Além das contas de estoque inicial, compras e estoque final, outras são conside-
radas para a apuração do custo das mercadorias vendidas na metodologia do 
inventário periódico. A seguir, são expostas as contas mais usuais para identificar 
o CMV de acordo com Favero et al. (2009).
3211 - CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS
321101 - Estoque Inicial (+)
321102 - Compras de Mercadorias (+)
321103 - Estoque Final (-)
321104 - ICMS sobre Compras (-)
321105 - ICMS sobre Fretes (-)
321106 - ICMS sobre Devolução de Compras (+)
321107 - PIS Faturamento sobre Fretes (-)
321108 - PIS Faturamento sobre Devolução de Compras (+)
321109 - PIS Faturamento sobre Fretes (-)
321109 - PIS Faturamento sobre Devolução de Compras (+)
321110 - COFINS sobre Compras (-)
321111 - COFINS sobre Fretes (-)
321112 - COFINS sobre Devolução de Compras (+)
321113 - Fretes sobre Compras (+)
321114 - Seguros sobre Compras (+)
321115 - Devolução de Compras (-)
321116 - Abatimento sobre Compras (-)
Quadro 2 - Composição da conta CMV / Fonte: adaptado de Favero et al. (2009).
143
Assim, é perceptível que há inúmeras contas contribuindo para o aumento ou a 
redução do valor do custo das mercadorias vendidas. Dentre essas contas, desta-
cam-se os impostos, pela relevância dos valores deles na aquisição de estoques. No 
momento de compra das mercadorias para revenda, se a empresa puder aprovei-
tar ou recuperar os valores de ICMS, PIS ou COFINS, eles não comporão o custo 
da mercadoria, uma vez que a organização está se beneficiando dos valores para 
abater possíveis obrigações tributárias relacionadas aos impostos.
Em continuidade, entenderemos o inventário permanente. Ele objetiva con-
trolar os estoques de uma empresa de forma constante para as compras, as vendas 
e as devoluções de mercadorias. Nesse sentido, você aprenderá a metodologia de 
controle e de avaliação dos estoques permanentes. O inventário permanente, ao 
contrário do periódico, controla os estoques constantemente a cada compra ou 
venda realizada. É desnecessária a realização de qualquer contagem física para 
apurar o saldo de estoques e determinar o CMV.
Para Greco e Arend (2006), o inventário permanente contabiliza o custo das 
mercadorias vendidas no ato da venda. Isso permite que a empresa controle con-
tinuamente as quantidades e os valores das entradas, das saídas e das devoluções 
dos produtos. Iudícibus et al. (2010) destacam que, nas médias e nas grandes em-
presas, principalmente, há a necessidade de um controle sucessivo e ininterrupto 
do estoque das mercadorias, o que justifica a utilização do inventário permanente. 
Portanto, é fundamental o uso de sistemas de informações modernos que 
gerem dados e relatórios pontuais e compatíveis com o fluxo de movimentação 
do estoque de produtos. Sobre a geração de informações, Favero et al. (2009, p. 
236) declaram que: 
 “ O inventário permanente refere-se a um controle de estoque que per-mite aos usuários da informação contábil obter a qualquer momento informações precisas sobre a quantidade e valor de cada item do es-
toque da empresa. Com a utilização do inventário permanente não 
há necessidade de se fazer um desdobramento das contas, similar ao 
ocorrido no caso do inventário periódico. No inventário permanente, 
todos os lançamentos relativos às operações com a compra de merca-
dorias poderão ser efetuados utilizando-se a conta MERCADORIAS, 
classificada no subgrupo de Estoque no Ativo Circulante.
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UNIDADE 4
144
 No inventário permanente, o controle do estoque de mercadorias é feito por meio 
de fichas de controle de entradas e saídas de mercadorias. Essas fichas podem 
ser físicas (material gráfico) ou eletrônicas (sistemas de informações contábeis e 
gerenciais). Nos últimos anos, a Tecnologia da Informação (TI) vem contribuindo 
substancialmente aos processos de escrituração, controle e geração de informa-
ções contábeis. Em relação ao controle de estoques, é possível destacar o uso de 
aplicativos e de multimídias tecnológicas, como o código de barras e a leitura 
ótica, que favorecem a obtenção de um controle mais ágil e seguro. A seguir, é 
apresentado um modelo de ficha de controle de estoques.
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Com base no modelo apresentado, a ficha é composta basicamente por quatro 
colunas:
1. Data: especificação do período referente à transação realizada.
2. Entrada: classificação das compras realizadas e da devolução das respec-
tivas compras com sinal negativo.
3. Saída: descrição das vendas ocorridas e da devolução das respectivas 
vendas com sinal negativo, compondo, no final, o custo das mercadorias 
vendidas.
4. Saldo: funciona como um termômetro, indicando a variação final das 
entradas e das saídas de mercadorias. É importante destacar que o saldo 
final identificado na ficha de controle é o mesmo apresentado no Balanço 
Patrimonial da empresa, na conta “Mercadorias” no ativo circulante.
Em comparação ao inventário periódico, em que o CMV é identificado com base 
na contagem física e a atribuição de valor se fundamenta nas últimas compras, no 
inventário permanente, esse custo é identificado diretamente na coluna “Saída”.
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Favero et al. (2009) explicam que a ficha de controle de estoque é usada com o 
intuito de fornecer informações relacionadas à quantidade de itens estocados e 
aos respectivos valores deles. Além disso, serve de referência para a confrontação 
entre a contagem física e a quantidade registrada na ficha. De modo conclusivo, 
o inventário permanente pode ser avaliado pelos seguintes métodos: Primeiro 
que Entra, Primeiro que Sai (PEPS), Último que Entra, Primeiro que Sai (UEPS) 
e Média Ponderada Móvel (MPM). 
Agora, entenderemos os critérios relacionados à avaliação do estoque (PEPS, 
UEPS e MPM). O estoque é avaliado pelo custo de aquisição e o controle é feito 
de acordo com a baixa ou a saída de uma mercadoria pelos seguintes métodos: 
PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai), UEPS (Último que Entra, Primeiro 
que Sai) e MPM (Média Ponderada Móvel).
O Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (PEPS), traduzido do inglês “First 
In, First Out” (FIFO), é um método que utiliza primeiramente o custo das com-
pras efetuadas, a fim de obter o valor do custo das mercadorias vendidas. Desse 
modo, toda vez que ocorre uma venda, baixam-se as primeiras compras efetuadas 
(GRECO; AREND, 2006). 
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Almoxarifado e gestão de estoques
Autor: Bruno Paoleschi
Editora: Érica
Sinopse: este livro apresenta a importância da gestão de estoques 
para as empresas e explica o impacto dessa informação no processo de to-
mada de decisão empresarial. Além disso, demonstra como é a parte ope-
racional do setor de almoxarifado das organizações. Desse modo, expõe 
diversas planilhas para facilitar o entendimento dos conteúdos relativos à 
gestão de estoques. Também explica as etapas do planejamento industrial 
nas organizações, o PCP, a produção, a engenharia e marketing e a gestão da 
qualidade, por exemplo. Por fim, explora a noção de logística no processo de 
estoques. Você pode acessá-lo na Biblioteca Virtual da Unicesumar.
149
Viceconti e Neves (2013) explicam que o objetivo do método PEPS é avaliar 
o estoque final pelas aquisições mais recentes e o custo das mercadorias vendidas 
pelas aquisições mais antigas. Em outras palavras, o estoque final é reflexo das 
últimas compras realizadas: representa aquilo que ficou no estoque. O custo das 
mercadorias vendidas, porém, é avaliado pelas primeiras compras, pois as primei-
ras mercadorias compradas devem ser as primeiras a serem baixadas: primeiro 
que entra, primeiro que sai. O raciocínio exposto, segundo Favero et al. (2009), 
visa demonstrar que, primeiramente, são vendidas as mercadorias mais antigas.
Considere as seguintes informações:
• No dia 01/07/X1, a empresa identifica um saldo de 110 unidades com 
valor unitário de R$ 5,00. Quando há estoque inicial, é necessário conside-
rar essa informação como a “primeira entrada”.
• No dia 05/07/X1, são adquiridas 100 unidades pelo valor unitário de 
R$ 6,00.
• No dia 08/07/X1, é realizada uma venda de 80 unidades pelo valor de 
R$ 10,00 cada. Perceba que, nesse caso, na ficha de controle de estoque, 
o valor da “venda” não é considerado, mas tão somente o valor do “custo 
de aquisição” do produto.
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Com base na ficha apresentada, são depreendidas as seguintes informações:
• Estoque inicial (EI): R$ 550,00.
• CMV: R$ 400,00.
• Estoque final (EF): R$ 750,00.
• Aplicando a fórmula para a identificação do CMV, tem-se: R$ 550,00 
(EI) + R$ 600,00 (C) – R$ 750,00 (EF) = R$ 400,00 (CMV).
Agora, entenderemos o Último que Entra, Primeiro que Sai (UEPS). O mé-
todo UEPS ou “Last In, First Out” (LIFO), em inglês, considera o CMV pelo 
custo das últimas mercadorias adquiridas. Contudo, proporciona maior custo 
às mercadorias vendidas e, consequentemente, menor resultado. Portanto, esse 
critério de valoração do estoque não é aceito pela legislação brasileira do Imposto 
de Renda (FAVERO et al., 2009). 
Viceconti e Neves (2013) sustentam que o método UEPS tem como objetivo 
avaliar o estoque final pelas aquisições mais antigas e o CMV pelas aquisições 
mais recentes. Em um contexto de alta inflação, o UEPS subavalia o valor do 
estoque final (aquisições mais antigas) e preserva o valor do CMV (aquisições 
mais recentes). O CPC, por intermédio do Pronunciamento Técnico 16 (R1), de 
8 de maio de 2009, também não admite a utilização desse método para valoração 
do estoque (CPC, 2009). 
Utilizando os mesmos dados (quantidades e valores) da metodologia PEPS, 
tem-se o seguinte cenário para o critério do método UEPS.
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153
De acordo com a ficha apresentada, depreendem-se as seguintes informações:
 ■ Estoque inicial (EI): R$ 550,00.
 ■ CMV: R$ 480,00.
 ■ Estoque final (EF): R$ 670,00.
Aplicando a fórmula para a identificação do CMV, tem-se:
 R$ 550,00 (EI) + R$ 600,00 (C) – R$ 670,00 (EF) = R$ 480,00 (CMV)
 É possível concluir que o UEPS (R$ 480,00) apresentou um CMV superior ao 
método PEPS (R$ 400,00). Isso justifica a reprovação desse método pela legis-
lação brasileira do Imposto de Renda, tendo em vista que, com um custo maior, 
dispõe-se de um lucro menor e, consequentemente, um imposto menor a recolher 
dos cofres públicos.
Por fim, compreenderemos a Média Ponderada Móvel (MPM). Ela consi-
dera o CMV pelo valor médio das mercadorias compradas, fugindo do controle 
de preços por lotes, assim como acontece nos métodos anteriores. É o método 
mais utilizado e lógico, pois o valor médio de cada unidade em estoque se altera 
à medida que são compradas outras unidades. Desse modo, o custo é calculado 
a partir da divisão do custo total do estoque pelas unidades existentes (IUDÍ-
CIBUS et al., 2010). 
Favero et al. (2009) advertem que, na MPM, normalmente, o CMV apurado 
fica abaixo do valor apurado pelo método UEPS e acima do valor encontrado 
por meio do PEPS, ou seja, um valor médio.
Utilizando as informações que já foram expostas, tem-se a situação apresen-
tada a seguir.
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154
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155
Pela MPM, os saldos de estoque e CMV são:
 ■ Estoque inicial (EI): R$ 550,00.
 ■ CMV: R$ 438,10.
 ■ Estoque final (EF): R$ 711,90.
Aplicando a fórmula para a identificação do CMV, tem-se: 
R$ 550,00 (EI) + R$ 600,00 (C) – R$ 711,90 (EF) = R$ 438,10 (CMV)
 Assim, é visível que o custo das mercadorias vendidas pela MPM (R$ 438,10) 
ficou abaixo do valor apurado pelo método UEPS (R$ 480,00) e acima do valor 
encontrado por meio do PEPS (R$ 400,00), o que corrobora com as explicações 
de Favero et al. (2009). A seguir, é possível identificar as principais diferenças 
entre os métodos PEPS, UEPS e MPM.
MÉTODO PEPS UEPS MPM
Estoque inicial 550,00 550,00 550,00 
(+) Compras 600,00 600,00 600,00 
(-) Estoque final (750,00) (670,00) (711,90)
(=) CMV 400,00 480,00 438,10 
Quadro 8 - Comparação entre os métodos PEPS, UEPS e MPM / Fonte: os autores.
Com base no quadro anterior, é perceptível que os saldos de estoque inicial e de 
compras não sofrem alterações, somente as contas de estoque final e o custo das 
mercadorias vendidas pela interferência dos custos diferenciados e relacionados 
com as compras e as baixas de mercadorias. Contudo, além dos métodos apresen-
tados, Greco e Arend (2006) apresentam outro sistema de valoração e controle: o 
custo específico ou identificado, que é o controle de mercadoria específica. Ele é 
adequado somente aos produtos com preço elevado e pouca rotação nos estoques, 
como tratores e automóveis, os quais permitem uma identificação por unidade.
Favero et al. (2009, p. 250), que nomeiam o método em questão de “preço 
específico”, esclarecem que “cada unidade de mercadoria terá seu preço específico 
e, por este valor, será dada a baixa no momento de sua venda”. Nesse sentido, o 
UNICESUMAR
UNIDADE 4
156
preço específico pode apresentar uma contabilização mais perfeita, visando à 
apuração de um resultado contábil mais correto, quando o determinamos pela 
diferença entre o valor de venda e o valor de custo exato de determinada unidade. 
Quando é possível determinar, no momento da venda, o preço exato de cada 
unidade em estoque, é possível dar a baixa na ficha de estoque por esse valor. 
Sendo assim, o estoque final será a soma de todas as mercadorias existentes no 
estoque pelos preços específicos delas.
Portanto, esse critério pode ser aplicado em alguns casos, quando a quanti-
dade, o valor ou a própria característica da mercadoria o permitem. Considere 
um tipo de empresa comercial que avalia o estoque pelo preço específico de auto-
móveis. Geralmente não é possível identificar o custo específico de cada unidade. 
Assim, atribui-se, à cada unidade do estoque, o preço efetivamente pago por ela. 
Para um melhor entendimento do custo ou do preço específico, a seguir, é 
exposto um exemplo.
Com base nas operações da empresa Volks Comércio de Carros Novos, será 
apresentada a ficha de estoque pelo critério de custo específico.
• Em 05/07/X1: compra de um automóvel da marca CrossFox, chassi nº 
2.500, por R$ 46.067,00.
• Em 12/07/X1: compra de um automóvel da marca Polo Sedan, chassi 
nº 5.134, por R$ 49.490,00.
• Em 12/07/X1: compra de um automóvel da marca Jetta, chassi nº 
00221, por R$ 62.990,00.
• Em 13/07/X1: venda de um automóvel da marca Polo Sedan, chassi 
nº 5.134.
• Em 15/07/X1: compra de três automóveis da marca Parati, chassis nº 
6.850, nº 6.851 e nº 6.852, por R$ 42.420,00 cada um.
• 18/07/X1: compra de dois automóveis da marca Kombi, chassis nº 
750 e nº 751, por R$ 48.150,00 cada uma.
• 20/07/X1: venda de um automóvel da marca Parati, chassi nº 6.852.
• 20/07/X1: venda de um automóvel da marca Kombi, chassi nº 751.
• 25/07/X1: compra de três automóveis da marca Fusca, chassis nº 
8.507, nº 8.508 e nº 8.509, por R$ 79.990,00 cada um.
• 29/07/X1: venda de um automóvel da marca Fusca, chassi nº 8.507.
Quadro 9 - Dados para resolução do exemplo / Fonte: os autores.
De acordo com as informações expostas, a seguir, é evidenciada a resolução da 
ficha de estoque pelo custo específico.
157
Atenção, querido(a) aluno(a)!
Forma de leitura
[página dupla]
Aproveite sua leitura!
Devido ao tamanho, o quadro/tabela a seguir deverá 
ser interpretado(a) no sentido horizontal (livro aberto). 
Para visualização no formato digital (PDF), você 
precisará configurar em: Visualizar > Exibição da 
página > Exibição em duas páginas.
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DATA HISTORICO
ENTRADA
QUANT. VR. UNIT. VR. TOTAL
05/07/X1 C. Cros Fox 1 46.067,00 46.067,00 
SALDO FINAL DO DIA:
12/07/X1 C. POLO SEDAN 1 49.490,00 49.490,00 
12/07/X1 C. JETTA 1 62.990,00 62.990,00 
SALDO FINAL DO DIA:
13/07/X1 V. POLO SEDAN
SALDO FINAL DO DIA:
15/07/X1 C. PARATI 3 42.420,00 127.260,00 
SALDO FINAL DO DIA:
18/07/X1 C. KOMBI 2 48.150,00 96.300,00 
SALDO FINAL DO DIA:
20/07/X1 V. PARATI 
V. KOMBI
SALDO FINAL DO DIA:
25/07/X1 C. FUSCA 3 79.990,00 239.970,00 
SALDO FINAL DO DIA:
29/07/X1 V. FUSCA
SALDO FINAL DO DIA:
Quadro 10 - Resolução da ficha de estoque pelo preço específico / Fonte: os autores.159
SAÍDAS SALDOS
QUANT. VR. UNIT. VR. TOTAL QUANT. VR. UNIT. VR. TOTAL
1 46.067,00 46.067,00 
1 - 46.067,00 
1 49.490,00 49.490,00 
1 62.990,00 62.990,00 
3 - 158.547,00 
1 49.490,00 49.490,00 
2 - 109.057,00 
3 42.420,00 127.260,00 
5 - 236.317,00 
2 48.150,00 96.300,00 
7 - 332.617,00 
1 42.420,00 42.420,00 
1 48.150,00 48.150,00 
5 - 242.047,00
3 79.990,00 239.970,00 
8 - 482.017,00 
1 79.990,00 79.990,00 
7 - 402.027,00
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UNIDADE 4
160
Com base nos conceitos e nos ensinamentos apresentados, observa-se que, de-
pendendo do método aplicado, o estoque poderá ser avaliado pelas primeiras ou 
pelas últimas compras, ficando mais próximo ou mais distante do valor atual. O 
custo das mercadorias vendidas também será maior ou menor, o que também 
interfere no resultado do exercício. Reforça-se, portanto, a necessidade de serem 
feitas leituras complementares e realizados exercícios práticos para melhor com-
preensão do assunto.
Esta unidade apresentou os principais assuntos relativos às rotinas do estoque. 
Assim, pudemos refletir sobre os problemas que podem acontecer pela falta de 
gerenciamento dos estoques nas organizações. O registro incorreto da compra de 
uma mercadoria poderá gerar um erro no cálculo do preço de venda das merca-
dorias e no valor que será contabilizado de CMV no momento da baixa da venda. 
Esses erros impactarão na DRE, em função do valor incorreto da CMV. Além 
disso, prejudicarão o saldo final que será apresentado no Balanço Patrimonial e 
no DRE. Portanto, o contador Rodrigo e a equipe dele devem realizar a concilia-
ção contábil dos registos das notas fiscais de entrada e saída para verificação do 
saldo final do estoque. Com base no processo de conciliação contábil, foi possí-
vel encontrar os valores incorretos e realizar o procedimento de acertos para a 
apuração do saldo correto, o qual será apresentado nas demonstrações contábeis. 
De acordo com os conteúdos apresentados no decorrer desta unidade, você deve estar se 
perguntando: quais critérios de estoque podem ser utilizados para fins fiscais? Segundo o 
Regulamento do Imposto de Renda, de 1999, os critérios MPM e PEPS podem ser usados 
para atender às demandas fiscais. Contudo, o UEPS só pode ser utilizado para cunho ge-
rencial (BRASIL, 1999). 
PENSANDO JUNTOS
Realizaremos um bate-papo voltado ao processo que envolve 
as rotinas do controle de estoque e exporemos a relevância dele 
para as empresas. Aperte o play e confira.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/9695
161
1. O inventário periódico é realizado em intervalos e é permitido pela legislação do Im-
posto de Renda. Esse tipo de inventário permite apurar os custos em determinado 
período, por exemplo, um mês. 
Adotando-se o sistema de inventário periódico, a apuração e registro do CMV ocor-
rerá:
a) Apenas no início de determinado período, com a contagem das notas fiscais 
lançadas no ano anterior ao ocorrido.
b) No final de determinado período, por meio do critério PEPS.
c) No início de um período, utilizando a metodologia UEPS.
d) Apenas no final de determinado período, com a contagem física das quantidades 
existentes.
e) Somente no final de um período, com a contagem física e a utilização da meto-
dologia MPM.
2. O inventário permanente é um modo de controlar os estoques nas empresas. Assim, 
é dado baixa nos itens em estoque após cada operação de venda. 
Sobre o inventário permanente, leia as afirmativas a seguir:
I - Além de contabilizar o CMV no ato da venda, o inventário permanente precisa 
de uma contagem física dos produtos para apurar o saldo final de estoques.
II - Esse sistema consiste em contabilizar o CMV no ato da venda.
III - No inventário permanente, é desnecessária a realização de qualquer contagem 
física para apurar o saldo de estoques e determinar o CMV.
IV - De maneira oposta ao inventário periódico, no permanente, os estoques não são 
controlados constantemente, seja a cada compra, seja a cada venda realizada.
É coreto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.
162
3. Os critérios de estoque mais conhecidos e utilizados para a avaliação de estoque e 
a mensuração do preço da mercadoria, do produto e do serviço são os seguintes: 
MPM, PEPS e UEPS. De acordo com a legislação do Imposto de Renda, no Brasil, as 
empresas podem apenas usar a MPM e a PEPS para fins de contabilidade de custos. 
Em relação à avaliação dos estoques pelos métodos PEPS, UEPS e MPM, analise as 
afirmativas a seguir e assinale (V) para as Verdadeiras e (F) para as Falsas:
( ) A MPM considera o CMV pelo valor da primeira entrada, fugindo do controle de 
preços por lotes.
( ) No critério PEPS, avalia-se o estoque final pelas aquisições mais recentes e o CMV 
pelas aquisições mais antigas.
( ) O CMV apurado na MPM é mais alto que o valor encontrado no método UEPS, 
aceito pela legislação brasileira do Imposto de Renda.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) V, F, F.
b) V, F, V.
c) F, V, F.
d) F, F, V.
e) F, F, F.
4. Bastante usado pelas organizações de pequeno e de médio porte, o inventário perió-
dico demanda pouca rotina, visto que é feito periodicamente, em intervalos. Assim, 
é realizado o controle de estoques com base no número de itens, apurando o custo 
de fabricação. 
No inventário periódico, o CMV é composto por diversas contas. Dentre elas, des-
tacam-se:
a) Estoque Inicial (+), compras de mercadorias (+) e devolução de compras (-).
b) Estoque inicial (+), COFINS sobre compras (+) e abatimento sobre compras (-).
c) Estoque final (-), compras de mercadorias (+) e devolução de compras (+).
d) COFINS sobre compras (-), fretes sobre compras (-) e abatimento sobre compras (+).
e) Abatimento sobre compras (-), estoque final (+) e estoque inicial (-).
163
5. O PEPS é um dos critérios de estoque que realiza a movimentação das mercadorias 
ou dos produtos. Dessa forma, os itens que entram primeiro no estoque devem sair 
antecipadamente no momento da venda. 
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120 - 240,00 
Fonte: os autores.
Com base na ficha de controle de estoque exposta e no método PEPS, considere as 
afirmativas a seguir:
I - O estoque inicial será de R$ 360,00 e o CMV de R$ 90,00.
II - O estoque final será de R$ 510,00.
III - O CMV será de R$ 100,00 e o estoque inicial de R$ 240,00.
IV - O estoque final será de R$ 540,00 e o CMV de R$ 90,00.
É correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) III e IV apenas.
164
6. O controle de estoque nas empresas pode ser realizado pelo inventário periódico 
ou pelo inventário permanente. Assim, pode ser feita uma contagem física extra para 
determinação do estoque e valorização das demonstrações contábeis. 
Considerando os critérios aceitos para a gestão dos estoques, analise as afirmativas 
a seguir:
I - Os tipos de inventário permitidos são PEPS, UEPS e MPM.
II - O único inventário aceito legalmente no Brasil é o UEPS.
III - O inventário legalmente aceito se refere à sobreposição do maior preço, o que 
diminui os custos dos produtos, dos mercados e dos serviços.
É correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I e III apenas.
d) II apenas.
e) I apenas.
165
7. No Brasil, o critério de estoque mais usado é o MPM. Nesse critério, os itens do 
estoque são avaliados pelo custo médio de aquisição apurado na entrada dos itens. 
Contudo, também existem outros métodos que podem ser utilizados, tais como 
PEPS, UEPS e custo específico. 
Com base nos critérios de avaliação de estoques, relacione os métodos expostos na 
coluna da esquerda às respectivas definições, presentes na coluna da direita: 
1- Preço específico( ) Nesse critério, os custos mais antigos são atribuídos 
aos estoques. 
2- PEPS 
( ) Consiste em atribuir, a cada unidade do estoque, o 
preço efetivamente pago por ela. 
3- UEPS 
( ) Nesse critério, as mercadorias estocadas serão sem-
pre valoradas pela média dos custos de aquisição. 
4- MPM
( ) Nesse critério, os custos mais recentes são atribuídos 
aos estoques. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) 3, 1, 4, 2.
b) 2, 4, 1, 3.
c) 3, 4, 1, 2.
d) 2, 1, 4, 3.
e) 1, 2, 3, 4.
5Operações com Mercadorias sem 
Impostos
Me. Tatiane Garcia da Silva Santos
Me. José Manoel da Costa 
Nesta unidade, compreenderemos as operações com mercadorias 
sem impostos. Desse modo, contextualizaremos como a contabilidade 
trata as operações que abrangem as compras, as vendas e as devolu-
ções de compras e de vendas. Por fim, demonstraremos como essas 
operações contábeis são importantes para a geração de informações 
para a tomada de decisão empresarial.
UNIDADE 5
168
A empresa Casa Conforto Comércio de Móveis Ltda. realiza operações de com-
pras de mercadorias para revenda, tais como mesas, cadeiras e sofás. No decorrer 
do mês de agosto, o gerente da empresa verificou, por meio dos relatórios geren-
ciais, que os valores de custos das mercadorias compradas não estavam sendo 
calculados da forma correta. Essa situação poderia impactar o valor das vendas 
das mercadorias aos consumidores finais. 
Consequentemente, o gerente da organização deve verificar a composição 
dos custos das mercadorias adquiridas e os valores delas nas fichas de estoque. 
Além disso, precisa constatar se o sistema gerencial da empresa está calculando 
de forma correta os custos das mercadorias.
Faço os seguintes questionamentos em relação ao problema da empresa Casa 
Conforto Comércio de Móveis Ltda.:
 ■ Qual é a fórmula que deve ser usada para a apuração do custo de aquisição 
das mercadorias compradas?
 ■ Quais são as consequências de formular o custo de aquisição das merca-
dorias de forma incorreta?
 ■ Qual é o impacto do custo incorreto na formulação do preço de venda 
das mercadorias?
O gerente da empresa Casa Conforto Comércio de Móveis Ltda. está preocupado 
com o valor do custo de aquisição das mercadorias, porque ele sabe as conse-
quências dessa situação para a organização. Portanto, deve fazer o levantamento 
das notas fiscais de entrada do mês de agosto para realizar uma conferência no 
sistema gerencial. Por meio dessa conferência, pode ser encontrada uma falha de 
registro que impactará o custo de aquisição das mercadorias, o preço de venda 
delas e a baixa do estoque.
O escritório de contabilidade encaminhou os arquivos XML das notas fiscais 
de entrada para o processo de conferência do mês de agosto. O gerente começou a 
rever as notas fiscais e o registro realizado no sistema gerencial. No entanto, houve 
a necessidade de rever o cálculo executado pelo sistema gerencial em relação à 
formulação do custo de aquisição. Esse processo de conferência deve ser realizado 
o mais rápido possível, pois o custo incorreto poderá impactar o próximo mês. 
Com base nas informações expostas, quais são os conhecimentos que o ge-
rente precisa para realizar a conferência do custo de aquisição das mercadorias 
compradas e dos demais processos? Conheça-os a seguir:
169
 ■ Relembrar o processo de composição do custo de aquisição das merca-
dorias compradas.
 ■ Verificar os itens que podem ser incorporados no processo de custo de 
aquisição de mercadorias, tais como frete e seguro.
 ■ Analisar os impactos das devoluções de compras e de vendas no custo 
das mercadorias.
 ■ Explorar o critério de estoque que a empresa utiliza para o gerenciamento 
das mercadorias.
Proponho a seguinte ação: a partir das informações e dos conhecimentos que 
você tem, anote, no diário de bordo, os possíveis erros de registro que o gerente 
poderá encontrar no sistema gerencial.
De acordo com as informações apresentadas sobre a empresa Casa Conforto 
Comércio de Móveis Ltda., convido você a fazer as seguintes reflexões:
 ■ Ao realizar o cálculo do custo da mercadoria comprada de forma incor-
reta, é possível haver um impacto no preço de venda?
 ■ O custo sobre as vendas das mercadorias poderá influenciar os resultados 
da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)?
A empresa Casa Conforto Comércio de Móveis Ltda. vem passando por pro-
blemas de gerenciamento na formulação do custo de aquisição das mercado-
rias para revenda. Por meio dos assuntos que serão abordados nesta unidade, 
UNICESUMAR
UNIDADE 5
170
entenderemos o impacto da falta de controle e de registro das operações com 
mercadorias sem impostos. 
Primeiramente, entenderemos a compra de mercadorias para revenda. 
Assim, a contabilização das operações com mercadorias apresentada seguirá o 
método do inventário permanente, o qual foi estudado na Unidade 4, de maneira 
a permitir o controle constante das movimentações de compra, venda e devolu-
ções, e a identificação do custo das mercadorias vendidas no ato da venda. Isso se 
difere do método do inventário periódico, em que o controle gerencial não ocorre 
simultaneamente às operações, mas se dá por intermédio da concentração dos 
lançamentos na conta de Custo da Mercadoria Vendida (CMV) e da contagem 
física das mercadorias para confirmação e ajustes dos saldos em estoque.
O estoque de mercadorias representa um dos principais elementos do pa-
trimônio de uma empresa e está presente na maioria delas. Portanto, precisa ser 
avaliado, contabilizado e demonstrado, a fim de permitir um controle eficiente 
(NASCIMENTO; COSTA, 2015).
As mercadorias, quando ingressam na empresa, têm o valor registrado no 
grupo “Ativo Circulante” do Balanço Patrimonial. Isso proporciona um aumento 
do valor dos bens patrimoniais, ou seja, amplia-se o valor do grupo dos Esto-
ques. No momento da venda, o estoque tem, como contrapartida, uma conta de 
resultado conhecida como Custo de Mercadoria Vendida (CMV), constante na 
Demonstração do Resultado do Exercício. 
Desse modo, é necessário conhecer a metodologia de cálculo para identificar 
os itens que farão parte do custo da mercadoria adquirida. Greco e Arend (2006) 
explicam que o custo unitário da mercadoria é obtido pelo valor total das respec-
tivas compras, incluindo os seguros e os fretes, dividido pela quantidade adqui-
rida. Em outras palavras, o custo das compras de mercadorias é calculado com 
base no esquema indicado pelo Quadro 1.
VALOR DOS PRODUTOS ADQUIRIDOS
(+) FRETES
(+) SEGUROS
(+) OUTROS GASTOS
(=) CUSTO TOTAL DE AQUISIÇÃO
171
(/) QUANTIDADE COMPRADA
(=) CUSTO UNITÁRIO DE AQUISIÇÃO
Quadro 1 - Composição do custo de aquisição de mercadoria
Fonte: adaptado de Nascimento e Costa (2015).
Cabe ressaltar que, dentre os valores que compõem o custo das mercadorias 
adquiridas, é possível incluir os tributos não recuperáveis e excluir os tributos 
recuperáveis (impostos que dão o direito de a empresa abater ou recuperar de-
terminado valor sobre o montante final a pagar). Contudo, para fins didáticos 
e facilitar o aprendizado do conteúdo proposto, esta unidade não tratará dos 
impostos envolvidos na aquisição, na venda e na devolução de mercadorias.
De modo prático, considere que a empresa Exemplo Ltda. comprou 50 uni-
dades de determinada mercadoria para revenda. O valor das mercadorias 
totalizou R$ 500,00. A empresa também pagou R$ 80,00 de frete e R$ 20,00 
de seguro. Assim, o valor unitário da mercadoria adquirida é de R$ 12,00, 
de acordo com as informações presentes no Quadro 2.
Identificação Qte. Valor Unitário Valor Total
Valor dos produtos 50 R$ 10,00 R$ 500,00
(+) Valor do Frete R$ 80,00
(+) Valor do Seguro R$ 20,00
(=) Custo Total de Aquisição R$ 600,00
(/) Quantidade comprada 50
(=) Custo Unitário de Aquisição R$ 12,00
Quadro 2 - Exemplo de composição e identificação do custo unitário de mercadoria
Fonte: os autores.
Com base no exemplo anterior, as próximas informações se referem às compras 
de mercadoriasusando a metodologia do Livro Diário e Razão para contabilizar 
os fatos ocorridos. Suponha que a Empresa Exemplo Ltda. realizou uma compra 
de mercadorias para revenda no dia 02/01/X1, com o pagamento do frete e do 
seguro. A compra poderia acontecer à vista ou a prazo.
UNICESUMAR
UNIDADE 5
172
1. Compra de mercadorias para revenda no valor total de R$ 8.0000,00.
1.1) Compras à vista:
D (Débito) – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C (Crédito) – Caixa ou bancos........ R$ 8.000,00
1.2) Compras a prazo:
D – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C – Fornecedores ou duplicatas a pagar........ R$ 8.000,00
Caro(a) aluno(a), a seguir, é apresentado um único razonete. Nele, são visíveis as 
possíveis contas contábeis que poderão ser utilizadas na operação de compra de 
mercadorias para revenda, tais como caixa (à vista), bancos (à vista, via cheque) 
e fornecedores (a prazo). 
Observe que, no formato de lançamento contábil exposto, independentemente 
de ser uma compra à vista ou a prazo, todo débito corresponde a um crédito de 
igual valor. Cumpre-se, assim, o que determina o método das partidas dobradas.
2. Pagamento do frete referente ao transporte das mercadorias adquiridas 
no valor de R$ 1.000,00. 
D – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C – Caixa, bancos ou fretes a pagar........ R$ 1.000,00
A seguir, é apresentado um único razonete. Nele, são inseridas as possíveis contas 
contábeis que poderão ser utilizadas na operação de compra de mercadorias para 
Mercadorias p/ Revenda
Cx/Bancos/Fornecedores
8.000,00
8.000,00
D C
D C
Figura 1 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
173
revenda com a incidência do frete, tais como caixa (à vista), bancos (à vista, via 
cheque) e fretes a pagar (a prazo). 
3. Pagamento de seguro das mercadorias adquiridas no valor de R$ 500,00. 
D – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C – Caixa, bancos ou seguros a pagar........ R$ 500,00
A seguir, é apresentado um único razonete. Nele, encontram-se as possíveis contas 
contábeis que poderão ser utilizadas na operação de compra de mercadorias para 
revenda com a incidência do seguro, tais como caixa (à vista), bancos (à vista, via 
cheque) e seguros a pagar (a prazo). 
Mercadorias p/ Revenda
Cx/Bancos/Fretes a Pagar
1.000,00
1.000,00
D C
D C
Figura 2 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
Mercadorias p/ Revenda
Cx/Bancos/Seguros a Pagar
500,00
500,00
D C
D C
Figura 3 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
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UNIDADE 5
174
Ao usar a ficha de controle do estoque de mercadorias e a Média Ponderada 
Móvel (MPM), os valores de compra, de frete e de seguro permanecem do modo 
como a Tabela 1 os apresenta.
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É perceptível que os preços do frete e do seguro pagos pela empresa na aquisição 
das mercadorias contribuíram para aumentar o valor do estoque. Dessa forma, o 
custo final das mercadorias adquiridas apresenta um valor de R$ 9.500,00. Nesse 
caso, a instituição consegue identificar o custo unitário das mercadorias quando 
divide o valor total pelas quantidades que servirão de referência para apurar o CMV.
As empresas também realizam a venda de mercadorias, que é o objetivo prin-
cipal das organizações comerciais e industriais. O valor do faturamento deve ser 
superior ao custo das mercadorias adquiridas, a fim de suprir as diversas neces-
sidades operacionais e administrativas.
No momento da venda, com base no enquadramento tributário e na atividade 
econômica empresarial, os valores dos impostos sobre a receita de vendas devem 
ser apurados, contabilizados e provisionados para o pagamento. Entretanto, esta 
unidade não tratará dos impostos relacionados à movimentação de mercadorias. 
A contabilização da receita de vendas de mercadorias pode apresentar um des-
dobramento em vendas à vista ou a prazo, de acordo com o tipo de negociação 
estabelecido. No primeiro caso, a empresa recebe os valores por meio do caixa ou 
via crédito bancário. Por outro lado, nas vendas a prazo, esse valor só é recebido 
posteriormente, embora haja, de imediato, o reconhecimento do direito a receber 
por meio do registro contábil na conta “Clientes” ou “Duplicatas a Receber”.
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Contabilidade comercial
Autores: Sérgio de Iudícibus e José Carlos Marion
Editora: Atlas
Sinopse: no livro, são apresentados os assuntos relativos à contabili-
dade comercial. Assim, são destacados os temas relacionados às principais 
operações que acontecem nas organizações. Além disso, são explicados os 
assuntos com base nos aspectos legais e fiscais vigentes no país. A obra pode 
ser utilizada nas disciplinas que tratam das operações com mercadorias sem 
e com tributos. No decorrer do livro, também são explicadas as operações 
comerciais destinadas aos processos de exportação e importação, as técni-
cas contábeis para a contabilização de matriz e de filial, o custo de reposição 
e as operações comerciais e financeiras. Caso queira, você pode encontrar o 
livro na Biblioteca Virtual da Unicesumar.
UNICESUMAR
UNIDADE 5
176
Greco e Arend (2006) sustentam que as vendas de produtos ou serviços via 
cartões de crédito também são caracterizadas como vendas a prazo, pois as em-
presas administradoras de cartões de crédito somente efetuam o pagamento, 
normalmente, depois de 20 dias da data de venda. Também é importante ressaltar 
que, no registro da venda de mercadorias, independentemente de ser à vista ou 
a prazo, a organização precisa fazer o lançamento contábil dessa venda e a baixa 
do estoque, reconhecendo o CMV.
Considere, portanto, que, no dia 10/01/X1, ocorreu uma venda de 10 unidades 
ao valor unitário de R$ 200,00 cada uma:
4. Venda de mercadorias no valor total de R$ 2.000,00 (10 x R$ 200,00):
4.1) Vendas à vista:
D – Caixa ou bancos
C – Receita com vendas à vista........ R$ 2.000,00
4.2) Vendas a prazo:
D – Clientes ou duplicatas a receber
C – Receita com vendas a prazo........ R$ 2.000,00
Caixa/Bancos
Receita c/ Vendas à Vista
2.000,00
2.000,00
D C
D C
Figura 4 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
177
4.3) Independentemente do tipo de venda, a seguir, há um exemplo de baixa 
do estoque e de reconhecimento do CMV:
D – CMV
C – Mercadorias p/ revenda (estoque)........ R$ 950,00 (10 unid. x R$ 95,00)
Com base em (4.3), observe que o registro do CMV e da baixa da mercadoria do 
estoque diz respeito ao custo de aquisição da mercadoria constante na ficha de 
controle de estoque, e não ao valor de venda. No razonete, essas movimentações 
são registradas da forma exposta a seguir.
Após o lançamento contábil do CMV, é identificado o saldo final da conta “Esto-
que de Mercadorias”, o qual é de R$ 8.550,00, referente às 90 unidades restantes 
com valor unitário de R$ 95,00. Desse modo, a ficha de controle de mercadorias 
sofre alterações, com redução da quantidade de produtos estocados e do saldo 
total, assim como é visível na Tabela 2.
Clientes/Dup. a Receber
Receita c/ Vendas a Prazo
2.000,00
2.000,00
D C
D C
Figura 5 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
CMW
Mercadorias p/ Revenda
����������
���������������������
950,00
950,009.500,00
8.550,00
D C
D C
Figura 6 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
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Agora, serão estudados os lançamentos contábeis referentes às devoluções de 
compra e de vendas de mercadorias. Assim, entenderemos como essas situações 
podem alterar a ficha de controle de estoque. Para iniciarmos, conheceremos a 
devolução de compras de mercadorias. 
A devolução total ou parcial das mercadorias adquiridas pode ocorrer por 
diversos fatores, incluindo entrega inadequada do pedido, nota fiscal com erros e 
produto com avaria ou defeito. Essa devolução também precisa ser registrada nos 
livros contábeis, com o intuito de refletir os efeitos do fato gerador no inventário 
de mercadorias e na apuração tributária.
Considere, por exemplo, que, no dia 15/01/X1 a Empresa Exemplo Ltda. de-
volveu 05 unidades de um produto comprado no dia 02/01/X1. A seguir, são 
expostos dois exemplos, considerando a devolução de compra à vista e a prazo:
1. Devolução de compra à vista:
D – Caixa ou bancos
C – Mercadorias p/ revenda (estoque) ........ R$ 475,00 (05 x R$95,00)
2. Devolução de compra a prazo:
D – Fornecedores ou duplicatas a pagar
C – Mercadorias p/ revenda (estoque)........ R$ 475,00 (05 x R$95,00)
Desse modo, a conta “Estoque de Mercadorias” tem o saldo reduzido em R$ 
475,00, referente às 05 unidades devolvidas. Na Tabela 3, a qual apresenta uma 
ficha de controle de estoque, é possível visualizar o controle da baixa de devolução 
e a quantia final, de acordo com o saldo demonstrado no razonete.
Cx/Bancos/Fornecedores
Mercadorias p/ Revenda
����������
����������������
475,00
950,00
475,00
9.500,00
8.550,00
8.075,00
D C
D C
Figura 7 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
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Agora, compreenderemos a devolução de vendas de mercadorias. Para tanto, 
serão evidenciados os lançamentos contábeis e o reflexo deles nos razonetes e na 
ficha de controle do estoque. A devolução de mercadorias pode ser realizada tanto 
pelo cliente (empresa) quanto pelo cliente (consumidor final). A instituição que 
realizou a venda pode receber uma mercadoria devolvida pelo consumidor final 
por várias razões, tais como problemas relacionados à qualidade, à especificação 
técnica, à demora na entrega e à divergência no pedido (GRECO; AREND, 2006).
Para ilustrar a devolução de uma venda, considere que a Empresa Exem-
plo Ltda. recebeu dois produtos devolvidos no dia 20/01/X1. Nesse caso, como 
o cliente pagou, no dia 10/01/X1, a quantia de R$ 200,00 por cada unidade, a 
empresa precisa devolver a esse consumidor o valor total de R$ 400,00 (02 x R$ 
200,00). Além disso, precisa registrar, no estoque, o ingresso das mercadorias e 
estornar o CMV no valor de R$ 190,00 (02 x R$ 95,00).
3. Devolução da venda: a conta “Devolução de Venda” utilizada é uma conta 
“Resultado”, pertencente à DRE. 
3.1) Devolução da venda à vista:
D – Devolução de Vendas (DRE)
C – Caixa ou bancos........ R$ 400,00 (02 x R$ 200,00)
 3.2) Devolução da venda a prazo:
D – Devolução de Vendas (DRE)
C – Clientes ou duplicatas a receber........ R$ 400,00 (02 x R$ 200,00)
Devolução de Vendas
Caixa/Bancos/Clientes
400,00
400,00
D C
D C
Figura 8 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
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182
Observe que, no lançamento “Devolução de Vendas”, é feito um débito na pró-
pria conta de devolução. Isso representa uma redução da conta “Receita de Ven-
das”, presente no demonstrativo contábil DRE (Demonstração do Resultado do 
Exercício). Essa classificação pode ser melhor visualizada no Quadro 3.
RECEITA BRUTA DE VENDAS R$ 800.000,00
(-) DEDUÇÕES R$ 50.000,00
 (-) Devoluções de Vendas R$ 50.000,00
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS R$ 750.000,00
Quadro 3 - Exemplo da classificação da devolução de vendas na DRE / Fonte: os autores.
Após o lançamento da devolução de vendas ao cliente, é necessário fazer o estorno 
do CMV e o ingresso da referida mercadoria no estoque de produtos da empresa 
por meio do seguinte registro:
 3.3) Estorno do CMV e do ingresso da mercadoria ao estoque:
D – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C – CMV (DRE) .................................... R$ 190,00 (02 x R$ 95,00)
Na ficha de controle de estoque, o resultado final das mercadorias disponíveis 
para venda é de R$ 8.265,00. 
Mercadorias p/ Revenda
CMV
9.500,00
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8.550,00
8.075,00
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190,00
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D C
Figura 9 - Razonete das contas contábeis / Fonte: os autores.
183
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UNIDADE 5
184
Empresa Exemplo Ltda. Ficha de Controle de Estoque
DATA HISTÓRICO
ENTRADA
QUANT. VR. UNIT. VR. TOTAL
02/01/X1
COMPRA 
+ FRETE + 
SEGURO
100 95,00 9.500,00 
10/01/X1 VENDA
15/01/X1
DEVOLU-
ÇÃO DE 
COMPRAS
-5 95,00 (475,00)
20/01/X1
DEVOLU-
ÇÃO DE 
VENDAS
- - - 
TOTAL 95 95,00 9.025,00 
Tabela 4 - Ficha de controle de estoque (devolução das compras) / Fonte: os autores.
185
SAÍDAS SALDO
QUANT. VR. UNIT.
VR. TO-
TAL
QUANT. VR. UNIT.
VR. TO-
TAL
- - - 100 95,00 9.500,00 
10 95,00 950,00 90 95,00 8.550,00 
- - - 85 95,00 8.075,00 
-2 95,00 (190,00) 87 95,00 8.265,00 
8 95,00 760,00 87 95,00 8.265,00 
Dessa maneira, a empresa consegue evidenciar a própria movimentação de com-
pras e vendas, e devolução de compras e vendas utilizando o registro contábil 
a partir do método das partidas dobradas (débito e crédito), com reflexo nos 
razonetes. Além do mais, é possível controlar as mercadorias monetariamente e 
fisicamente pela ficha de controle de estoque.
UNICESUMAR
UNIDADE 5
186
Por fim, contextualizaremos o inventário do estoque de mercadorias. Ele é um 
sistema de controle contábil (monetário e físico) das mercadorias necessário ao 
acompanhamento e à tomada de decisão por parte dos proprietários, dos gerentes 
e dos sócios da empresa.
Foi possível identificar, por meio da ficha de controle do estoque, o inventário 
permanente, as informações essenciais sobre o saldo de estoques disponível para 
venda, o total do custo das mercadorias vendidas no período e o saldo final de 
estoque. Essas informações podem ser extraídas facilmente da fichade controle, 
assim como é exposto na Tabela 5.
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Noções de contabilidade comercial
Autor: Osni Moura Ribeiro
Editora: Érica
Sinopse: o livro trata dos assuntos voltados aos fundamentos da 
contabilidade, mas visando à contabilidade comercial. Assim, apresenta os 
conceitos e a parte prática da contabilidade comercial, demonstrando os 
processos de contabilização das operações comerciais, tais como compra, 
venda e devolução de compra e de venda. Também explica os aspectos que 
envolvem o resultado bruto das organizações comerciais. Nesse contexto, 
explora as temáticas que envolvem a depreciação, a amortização e os re-
gimes de caixa e competência. Por fim, ensina os processos de apuração e 
contabilização do resultado do exercício para as empresas comerciais. Todos 
os assuntos apresentados estão em conformidade com a contabilidade IFRS. 
Caso queira, você pode acessar a obra na Biblioteca Virtual da Unicesumar.
187
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UNIDADE 5
188
Empresa Exemplo Ltda. Ficha de Controle de Estoque
DATA HISTÓRICO
ENTRADA
QUANT. VR. UNIT. VR. TOTAL
01/01/X1
ESTOQUE 
INICIAL
- - -
02/01/X1
COMPRA 
+ FRETE + 
SEGURO
100 95,00 9.500,00 
10/01/X1 VENDA
15/01/X1
DEVOLU-
ÇÃO DE 
COMPRAS
-5 95,00 (475,00)
20/01/X1
DEVOLU-
ÇÃO DE 
VENDAS
- - - 
TOTAL 95 95,00 9.025,00 
Tabela 5 - Ficha de controle de estoque (devolução das compras) / Fonte: os autores.
189
SAÍDAS SALDO
QUANT. VR. UNIT.
VR. TO-
TAL
QUANT. VR. UNIT.
VR. TO-
TAL
- - - - - -
- - - 100 95,00 9.500,00 
10 95,00 950,00 90 95,00 8.550,00 
- - - 85 95,00 8.075,00 
-2 95,00 (190,00) 87 95,00 8.265,00 
8 95,00 760,00 87 95,00 8.265,00 
CMV ESTOQUE FINAL
A partir da ficha de controle, podemos retirar as seguintes informações:
Estoque inicial: R$ 0,00. A empresa, quando iniciou o mês de janeiro de 
X1, não tinha nada no estoque. Foi apenas a partir do dia 02/01/X1 que iniciou a 
movimentação, por meio da compra de 100 unidades de determinado produto.
CMV: R$ 760,00. Esse custo representa as mercadorias que saíram do estoque 
por motivo de venda. A quantia registrada representa o custo de aquisição, e não 
o preço de venda. Esse valor deverá ser idêntico ao apresentado na Demonstração 
do Resultado do Exercício.
UNICESUMAR
UNIDADE 5
190
Estoque final: R$ 8.265,000. Após a realização de compras, vendas e de-
voluções, a Empresa Exemplo Ltda. ficou, no dia 20/01/X1, com 87 unidades 
no estoque. Esse valor deverá ser o mesmo apresentado na conta “Estoques do 
Balanço Patrimonial”.
Assim, o inventário cumpre o papel de informar toda a movimentação de 
mercadorias ocorrida em determinado período, ao indicar os valores e as quanti-
dades que servirão de parâmetros para a conciliação com outras contas e grupos 
contábeis do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
Por fim, para auxiliar na compreensão dos assuntos voltados às operações de 
mercadorias sem tributos, a seguir, são apresentados alguns exemplos práticos 
sobre compras, devoluções e vendas. 
Desenvolvimento:
Primeiramente, devemos realizar o cálculo do custo de aquisição referente à 
compra das mercadorias, para que o custo possa ser lançado na ficha de estoque. 
O critério de estoque usado no exemplo será MPM.
CUSTO DE AQUISIÇÃO
MERCADORIA 25.200,00 
(+) FRETE 504,00 
(+) SEGURO 252,00 
(=) CUSTO 25.956,00 
Quadro 4 - Custo de aquisição / Fonte: os autores.
07/06/2021 – Compra de mercadorias para revenda. Nota fiscal nº 
004.124, de Perolar Indústria e Comércio de Móveis Ltda. Pago à vis-
ta via cheque nº 000.487 do Bando TFG. 
10 – Jogo de sofá do modelo “Zen” R$ 25.200,00
Valor Total do Produto: R$ 25.200,00
Na operação evidenciada, houve a incidência de frete no valor de 
2% sobre o total dos produtos, com pagamento à vista via cheque do 
banco TFG. Além disso, houve a contratação de seguro no valor de 
1% sobre o total dos produtos, com pagamento a prazo para 15 dias. 
01 EXEMPLO
191
Depois, realizaremos os lançamentos contábeis das partidas dobradas referentes 
à compra:
1. Valor total das mercadorias:
D – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C – Banco TFG ............................................ R$ 25.200,00
2. Valor total do frete:
D – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C – Banco TFG ............................................ R$ 504,00
3. Valor do seguro:
D – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C – Seguros a pagar ...................................... R$ 252,00
Desenvolvimento:
Inicialmente, é preciso fazer o lançamento contábil do valor financeiro 
da devolução. Em seguida, é necessário realizar o lançamento do estorno do 
frete e do seguro.
1. Valor total da devolução de compra:
D – Banco TFG (ativo)
C – Mercadorias p/ revenda (estoque) ........................... R$ 2.520,00
2. Valor referente ao estorno do frete: na situação em questão, o frete é enten-
dido como uma despesa, porque a empresa assume esse gasto no processo 
de devolução. 
D – Frete e carretos (DRE)
C – Mercadorias p/ revenda (estoque) ........................... R$ 50,40
08/06/2021 – Devolução referente a uma compra efetuada no dia 
07/06/2020 por defeito na mercadoria. Nota fiscal n° 004.124, de Pe-
rolar Indústria e Comércio de Móveis Ltda. Devolução efetuada por 
meio da nota fiscal nº 000.420, sendo abatida no valor do banco TFG.
01 - Jogo de sofá do modelo “Zen” R$ 2.520,00
Valor dos produtos: R$ 2.520,00
Na operação evidenciada, houve a incidência de frete no valor 
de 2% sobre o total das mercadorias. Além disso, foi feito um seguro 
de 1% sobre o valor das mercadorias. 
02 EXEMPLO
UNICESUMAR
UNIDADE 5
192
3. Valor referente ao estorno do seguro: na situação em questão, o seguro 
é uma despesa, porque a empresa assume esse gasto no processo de de-
volução. 
D – Seguros (DRE)
C – Mercadorias p/ revenda (estoque) ........................... R$ 25,20
Observação: ao realizar a somatória dos lançamentos a crédito, o valor total será 
R$ 2.595,60, ou seja, o mesmo valor do custo de devolução na ficha de estoque. 
Desenvolvimento:
Primeiramente, devemos realizar os lançamentos contábeis referentes à venda 
e à baixa de estoque da mercadoria vendida. Contudo, devemos verificar o valor 
do CMV na ficha de estoque:
1. Valor total da venda:
D – Banco TFG
C – Receita com vendas à vista (DRE)................... R$ 7.560,00
2. Valor referente ao custo da baixa na ficha de estoque:
D – CMV (DRE)
C – Mercadorias p/ revenda (estoque)................... R$ 5.191,20
10/06/2021 – Venda de mercadorias para revenda. Nota fiscal nº 
000.350 para Sofá Comercial Ltda., com sede na Avenida Mandacaru, 
nº 820, Curitiba, Paraná, CNPJ 00.874.369/0001-60 e Inscrição Esta-
dual nº 000.47147-01. Pagamento à vista, por meio de um depósito 
ao banco TFG. 
02 - Jogo de sofá do modelo “Zen” R$ 7.560,00
Valor Total da Nota Fiscal:R$ 7.560,00
03 EXEMPLO
10/06/20 – Devolução referente à venda efetuada no dia 10/06/2021. 
Nota fiscal nº 000.350 para Sofá Comercial Ltda. por defeito nas mer-
cadorias. A devolução será efetuada por meio da nota fiscal nº 000.356, 
sendo abatida no valor destinado ao banco TFG. 
01 - Jogo de sofá do modelo “Zen” R$ 3.780,00
Valor Total da Nota Fiscal:R$ 3.780,00
04 EXEMPLO
193
Inicialmente, devemos fazer o lançamento referente ao valor financeiro da de-
volução de venda e, em seguida, registrar o custo da devolução de acordo com 
os valores da ficha de estoque.
1. Valor da devolução de venda:
D – Devolução de venda (DRE)
C – Banco TFG .............................................. R$ 3.780,00
2. Valor referente ao custo da baixa da devolução de venda:
D – Mercadorias p/ revenda (estoque)
C – CMV (DRE) ..............................................R$ 2.595,60
Para finalização dos exemplos práticos apresentados, segue a ficha de estoque 
com todas as operações.
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UNIDADE 5
194
Ficha de Controle de Estoque. JOGO DE SOFÁ MODELO "ZEN"
DATA HISTÓRICO
ENTRADA
QUANT. VR. UNIT. VR. TOTAL
7/6/21 COMPRA 10 2.595,60 25.956,00 
8/6/21
DEV. 
COMPRA
-1 2.595,60 (2.595,60)
10/6/21 VENDA
10/6/21 DEV. VENDA
TOTAL 9 - 23.360,40 
Tabela 6 - Ficha de controle de estoque / Fonte: os autores.
Diante dos temas apresentados no decorrer desta unidade, podemos fazer o seguinte 
questionamento: qual é a importância das operações de mercadorias para a geração de 
informações destinadas à tomada de decisão empresarial? As operações que envolvem as 
compras, as vendas e as devoluções de compras e vendas impactam o custo de aquisição, 
interferindo no custo final e no preço de venda 
PENSANDO JUNTOS
Realizaremos um bate-papo sobre o processo que envolve as 
operações de mercadorias e o estoque. Aperte o play. 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/9696
195
SAÍDAS SALDO
QUANT. VR. UNIT.
VR. TO-
TAL
QUANT. VR. UNIT.
VR. TO-
TAL
10 2.595,60 25.956,00 
9 2.595,60 23.360,40 
2 2.595,60 5.191,20 7 2.595,60 18.169,20 
-1 2.595,60 (2.595,60) 8 2.595,60 20.764,80 
1 - 2.595,60 8 2.595,60 20.764,80 
Nesta unidade, foram apresentados os principais assuntos relativos às opera-
ções de mercadorias que acontecem nas organizações. Dessa forma, foi explo-
rado o tratamento contábil para as operações de compra e venda e devoluções 
de compra e venda. Por fim, foi explanado o inventário permanente para o 
controle dos estoques. 
O gerente da empresa Casa Conforto Comércio de Móveis Ltda. fez a confe-
rência das notas fiscais de entrada para verificar os valores dos custos de aquisição 
das mercadorias compradas. Essa conciliação de valores também foi realizada, 
para que não ocorressem erros no custo de aquisição das mercadorias, em virtude 
de ele impactar o valor de venda. 
Constatamos que o estoque com saldo incorreto impacta o CMV, que vai à 
DRE e, em consequência, o resultado da organização. Portanto, com a realização 
da conferência dos valores de entrada das mercadorias compradas, o gerente pôde 
identificar e corrigir os erros encontrados no custo de aquisição, que impactou 
o custo da baixa referente à venda das mercadorias e a DRE do mês de agosto. 
UNICESUMAR
196
1. O inventário permanente sempre está atualizando o saldo dos estoques para a apu-
ração correta do custo. Já o inventário periódico é realizado por fórmula e a confe-
rência dele é feita pela contagem física do estoque ao final do exercício da empresa. 
Sobre os inventários periódico e permanente, assinale a alternativa correta:
a) Pelo inventário permanente, as mercadorias, quando ingressam na empresa, têm 
o valor registrado no Ativo Circulante, subgrupo do Estoque.
b) No momento de aquisição, as mercadorias são registradas no Ativo Circulante, 
subgrupo do CMV.
c) O estoque de mercadorias é um item pouco estudado na contabilidade, por não 
representar um elemento importante no patrimônio empresarial.
d) Pelo inventário periódico, as mercadorias, quando ingressam na empresa, têm o 
valor registrado no Ativo Circulante, subgrupo do Estoque.
e) A empresa, ao adquirir mercadorias para revenda, deve registrar essa aquisição 
na conta contábil CMV e, no momento de venda, contabilizar na conta Devolução 
de Vendas.
2. As mercadorias representam os artigos adquiridos pelas empresas comerciais para 
revenda no varejo ou no atacado. 
Sobre os valores a serem considerados na aquisição de mercadorias para revenda, 
com o intuito de compor o custo de aquisição, considere as afirmativas a seguir:
I - O valor dos produtos (+) fretes.
II - O valor dos produtos (+) seguros e (+) outros gastos.
III - O valor dos produtos (+) fretes e (-) seguros.
IV - O valor dos produtos (-) fretes (+) seguros e (+) outros gastos.
É correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) III e IV apenas.
197
3. As vendas de uma organização devem ser contabilizadas pelo regime de competên-
cia contábil. O regime de competência reconhece a receita no momento em que ela 
acontece, independentemente do recebimento dela. 
Em relação à venda de mercadorias, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para 
as Verdadeiras e (F) para as Falsas:
( ) A conta de débito corresponde à contrapartida do tipo de venda (à vista ou a 
prazo). Pode ser um recebimento (caixa ou bancos) ou o reconhecimento de um 
direito (clientes ou duplicatas a receber).
( ) A conta de crédito corresponde à receita de venda, efetivamente. Pode ser re-
gistrada à vista ou prazo.
( ) A conta de crédito corresponde à contrapartida do tipo de venda (à vista ou a 
prazo). Pode ser um recebimento (caixa ou bancos) ou o reconhecimento de um 
direito (clientes ou duplicatas a receber).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) V, F, F.
b) V, V, F.
c) F, V, F.
d) F, F, V.
e) V, V, V.
198
4. A devolução de vendas ocorre de duas maneiras. A primeira se dá pela recusa da 
mercadoria por parte do destinatário. Já a outra acontece por meio da devolução da 
mercadoria pelo destinatário. 
Quando a empresa registra uma devolução de vendas, é correto afirmar:
a) Há um lançamento debitando a conta de devolução de vendas e creditando es-
toque de mercadorias.
b) Há um lançamento debitando a conta de estoque de mercadorias e creditando 
devolução de vendas.
c) Há dois lançamentos: um para registrar a devolução de vendas utilizando caixa, 
bancos ou clientes, a fim de baixar os saldos, e outro para registrar o retorno do 
estoque de mercadorias e o estorno do CMV.
d) Há dois lançamentos: um para registrar o CMV utilizando caixa, bancos ou clientes 
para baixar os saldos, e outro para registrar o retorno do estoque de mercadorias 
e o estorno da devolução de vendas.
e) Há três lançamentos: um para registrar o CMV, outro para evidenciar a devolução 
de vendas e o terceiro para retornar o estoque das mercadorias.
5. A ficha de estoque é um relatório que as organizações utilizam para o controle e a 
geração de informação a respeito da entrada e da saída de mercadorias. 
Com base na ficha de controle de estoque, pelo inventário permanente, considere 
as afirmativas a seguir:
I - O saldo do CMV é indicado na coluna de saída.
II - Os saldos do CMV e do Estoque Final são indicados nas colunas de entrada e 
saída, respectivamente.
III - Os saldos de Estoque Final e Inicial são indicados nas colunas de entrada e saída, 
respectivamente.
IV - Os saldos do CMV e do Estoque Final são indicados nas colunas de saída e en-
trada, respectivamente.
É correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) I apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) II e IV apenas.
199
6. Na contabilidade, usamos o inventário permanente para o controle dos estoques. 
Assim, por meio do gerenciamento das fichas de estoque, é possível apurar diaria-
mente os saldos. 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o lançamento contábil realizado 
para o registro de uma mercadoria comprada:
a) Débito: Caixa/Crédito: Mercadorias para revenda
b) Débito: Mercadorias para revenda/Crédito: Caixa ou Banco ou Fornecedores
c) Débito: Fornecedores/Crédito: Mercadorias para revenda
d) Débito: Banco/Crédito: Mercadorias para revenda
e) Débito: Mercadorias para revenda/Crédito: Estoque
7. Tudo aquilo que acontece no dia a dia das empresas deve ser contabilizado, inclusive, 
as operações com mercadorias. Sendo assim, quando a compra de uma mercadoria 
tem frete, devemos fazer a inclusão dele no custo de aquisição. 
Assinale a alternativa queapresenta corretamente o lançamento contábil de reco-
nhecimento do frete a prazo no custo de aquisição:
a) Débito: Mercadorias para revenda/Crédito: CMV
b) Débito: Mercadorias para revenda/Crédito: Banco TFG.
c) Débito: Fretes a pagar/Crédito: Mercadorias para revenda
d) Débito: Mercadorias para revenda/Crédito: Fretes a pagar
e) Débito: Mercadorias para revenda/Crédito: Fretes (despesa)
200
UNIDADE 1
BÄCHTOLD, C. Contabilidade Básica. Curitiba: IFPR EaD, 2011. Disponível em: http://redeetec.
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ção, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Nature-
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GRECO, A. L. Contabilidade: teoria e prática básicas. São Paulo: Saraiva, 2017.
IUDÍCIBUS, S. de et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicada a todas 
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Atlas, 2010.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de Contabilidade das Sociedades por 
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PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade Básica: Uma introdução à prática contábil. 8. ed. 
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de Serviço, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
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institui Plano de Custeio, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L8212cons.htm. Acesso em: 8 dez. 2021.
202
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previ-
dência Social e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
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BRASIL. Lei nº 8.269, de 16 de dezembro de 1991. Reajusta valores da tabela progressiva para 
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8 dez. 2021.
BRASIL. Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007. Efetua alterações na tabela do imposto de ren-
da da pessoa física; dispõe sobre a redução a 0 (zero) da alíquota da CPMF nas hipóteses que 
menciona; altera as Leis nos 7.713, de 22 de dezembro de 1988, 9.250, de 26 de dezembro de 
1995, 11.128, de 28 de junho de 2005, 9.311, de 24 de outubro de 1996, 10.260, de 12 de julho 
de 2001, 6.194, de 19 de dezembro de 1974, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 9.432, de 8 
de janeiro de 1997, 5.917, de 10 de setembro de 1973, 8.402, de 8 de janeiro de 1992, 6.094, 
de 30 de agosto de 1974, 8.884, de 11 de junho de 1994, 10.865, de 30 de abril de 2004, 8.706, 
de 14 de setembro de 1993; revoga dispositivos das Leis nos 11.119, de 25 de maio de 2005, 
11.311, de 13 de junho de 2006, 11.196, de 21 de novembro de 2005, e do Decreto-Lei no 2.433, 
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(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n º 6.019, de 3 de 
janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de ade-
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ponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seprt/me-n-477-de-12-de-janeiro-
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203
UNIDADE3
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Fede-
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BRASIL. Decreto nº 57.155, de 3 de novembro de 1965. Expede nova regulamentação da Lei 
nº 4.090, de 13 de julho de 1962, que institui a gratificação de Natal para os trabalhadores, com 
as alterações introduzidas pela Lei nº 4.749, de 12 de agôsto de 1965. Brasília, DF: Presidência 
da República, 1965. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/
d57155.htm. Acesso em: 3 jan. 2022.
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Tra-
balho. Brasília, DF: Presidência da República, 1943. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm. Acesso em: 3 jan. 2022.
BRASIL. Lei nº 12.506, de 11 de outubro de 2011. Dispõe sobre o aviso prévio e dá outras 
providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2011. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12506.htm. Acesso em: 3 jan. 2022.
BRASIL. Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988. Altera a legislação do imposto de renda e dá 
outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1988b. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7713.htm. Acesso em: 3 jan. 2022.
BRASIL. Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8036compilada.htm. Acesso em: 4 jan. 2022.
MTE. Portaria MTE nº 302, de 26 de junho de 2002. Brasília, DF: MTE, 2002. Disponível em: 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/portariamet302_2002.htm. Acesso 
em: 4 jan. 2022.
MTE. Portaria nº 1.057, de 6 de julho de 2011. Altera a Portaria nº 1.621, de 14 de julho de 2010, 
que aprovou os modelos de Termos de Rescisão do Contrato de Trabalho e Termos de Homo-
logação. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 131, p. 108-118, 9 jul. 2012. 
REFERÊNCIA ON-LINE
¹Em: http://sistema-homolognet.mte.gov.br/inter/homolognet/pages/public/consultarResci-
soes.seam. Acesso em: 7 jan. 2022.
204
UNIDADE 4
BRASIL. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscalização, ar-
recadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Bra-
sília, DF: Presidência da República, 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
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BRASIL. Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018. Regulamenta a tributação, a fiscali-
zação, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer 
Natureza. Brasília, DF: Presidência da República, 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm. Acesso em: 4 jan. 2022.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Bra-
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CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16(R1). Estoques. Brasília, DF: CPC, 2009. 
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GRECO, A. L.; AREND, L. R. Contabilidade: teoria e prática básicas. São Paulo: Saraiva, 2006.
IUDÍCIBUS, S. de. et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades 
de acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010.
VICECONTI, P.; NEVES, S. das. Contabilidade básica. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
UNIDADE 5
CFC. Edital do exame de suficiência edição nº 02/2020. [Exame de suficiência como requisito 
para obtenção de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC)]. Brasí-
lia: CFC, 20 set. 2020. p. 1-14. Disponível em: https://d3du0p87blxrg0.cloudfront.net/concur-
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GRECO, A. L.; AREND, L. R. Contabilidade: teoria e prática básicas. São Paulo: Saraiva, 2006.
NASCIMENTO, C. de L.; COSTA, J. M. da. Contabilidade introdutória. Maringá: Unicesumar, 
2015.
205
UNIDADE 1 
1. D. O tamanho da empresa, os usuários, o ramo de atividade e o sistema contábil. O 
Plano de Contas deve ser elaborado conforme o ramo de atividade da empresa, em 
função das diversas contas contábeis que podem ser utilizadas conforme a opera-
cionalidade da organização. Por fim, cada sistema contábil tem um plano de contas 
padrão, porém cada software tem um layout diferente para elaboração das demons-
trações contábeis. 
2. B. As alternativas II e III estão corretas em função dos quatro níveis que podem ser 
usados para tal finalidade. Por isso, a conta do 4º nível é considerada sintética, en-
quanto a conta de ativo representa o 1º nível.
3. A. No lançamento de 3ª fórmula, temos contas que são debitadas e, apenas, uma 
creditada, então, a primeira e a segunda alternativas são falsas.
4. C. Transferência, estorno (lançamento inverso) e complementação. Retificação dos 
lançamentos contábeis podem ser realizados por meio de transferências, estorno e 
complementação. 
5. A. As contas de Passivo e Patrimônio Líquido são lançadas a crédito quando há au-
mento, e as contas do Ativo são lançadas a débito, quando ocorrem aumentos. As 
alternativas estão corretas porque, realmente, representam o critério de lançamento 
conforme a natureza das contas. Assim, toda conta de natureza credora aumenta com 
um crédito, e toda conta de natureza devedora aumenta com um débito. 
UNIDADE 2 
1. B.
Resolução:
Salário: 1.100,00.
(-) INSS: 82,50.
(-) Sindicato: 16,50.
(=) Salário Líquido: 1.001,00.
206
2. E.
Resolução:
Consideramos como despesas da empresa:
Salários e ordenados: R$ 80.000,00.
Horas extras trabalhadas: R$ 15.000,00.
Salário bruto: R$ 95.000,00.
INSS patronal a 28,8%: R$ 27.360,00. 
FGTS do segurado a 8%: R$ 7.600,00.
Total de despesas (somatória de todos os valores): R$ 129.960,00.
3. C.
Resolução:
(+) Salários: 20.000,00.
(+) INSS Patronal: 4.400,00.
(+) FGTS: 1.600,00. 
(=) Total despesas: 26.000,00.
4. C. Na Contabilidade, existem várias formas de realizar a contabilização da folha de 
pagamento. Porém, conforme ensinado na unidade, a Contabilidade precisa realizar 
os registros de todas as verbas referentes à folha de pagamento. Assim, o lançamen-
to, a seguir, representa o desconto do INSS do funcionário na folha de pagamento. 
Débito: salários a pagar (passivo); crédito: INSS a recolher (passivo).
5. C. Conforme visto na unidade, a contabilidade registra todas as verbas que incidem 
sobre a folha de pagamento. Dessa forma, sobre o desconto do IRRF, podemos utilizar 
o lançamento, a seguir: 
Débito: salários a pagar (passivo); crédito: IRRF a recolher (passivo).
6. B. Na geração da folha de pagamento, existe o processamento de várias verbas. Nesse 
sentido, temos as verbas que representam os descontos, os quais são as obrigações 
por parte do empregado em relação ao salário, tais como: vale-transporte; IRRF; INSS, 
entre outros. Por isso, a alternativa correta é o vale-transporte.
207
7. E.
Resolução:
(+) Salários e ordenados: 225.000,00.
(+) Horas extras trabalhadas: 61.363,64.
(+) DSR: 9.440,56.
(+) Adicional noturno: 35.000,00.
(=) Salário bruto: 330.804,20
(+) INSS Patronal: 76.084,97.
(+) FGTS: 26.464,34.
(=) Total despesas: 433.353,50.
UNIDADE 3
1. E. 
Reduz de 10 para 5 o número mínimo de dias de cada período fracionado. Ressal-
va-se que um deles não poderá ser inferior a 14 dias.
2. Período aquisitivo: trata-se do períodode 12 meses que começa no dia da contratação 
e se encerra exatamente um ano depois, quando começa o próximo período. Período 
concessivo: trata-se do período de 12 meses em que o empregador deve conceder 
as férias ao empregado, no que diz respeito ao período aquisitivo imediatamente 
anterior. O período concessivo se inicia no dia seguinte, ao final do período aquisitivo, 
e termina 12 meses após. É importante ressaltar que o empregado deverá encerrar 
o gozo de férias dentro do período concessivo.
3. O aviso prévio, independentemente da parte que o motive, pode ser trabalhado ou 
indenizado. O aviso prévio trabalhado, caso haja contrato mensal, é aquele que ocorre 
30 dias ou mais antes do último dia previsto para ser trabalhado. Já o aviso prévio 
indenizado é um aviso para desligamento imediato, quando não haverá trabalho 
a partir do dia do aviso. Nesse caso, a parte que promover o desligamento deverá 
indenizar a outra pelo período de, no mínimo, 30 dias.
208
4. Para calcular o 13º salário, as férias e a rescisão, devemos considerar a maior remu-
neração a que o empregado fizer jus no mês do evento. Essa remuneração é formada 
pelo salário fixo contratual, os adicionais (noturno, periculosidade e insalubridade, 
por exemplo), a média de horas extras, a média de comissões e outras remunerações 
variáveis.
5. E.
Débito: adiantamento de 13º salário (ativo); crédito: caixa (ativo).
6. C.
Débito: 13º salário a pagar (passivo); crédito: IRRF a recolher (passivo).
7. D.
Débito: rescisões a pagar (passivo); crédito: salários a pagar (passivo).
UNIDADE 4
1. D.
O inventário período é realizado em períodos, tais como mensal, bimestral, semestral 
e anual. Sendo assim, a partir da contagem física, é possível confirmar as quantidades 
e os valores na contabilidade. 
2. B.
O inventário permanente realiza a apuração do custo de aquisição de mercadorias e 
da matéria-prima, por exemplo. Assim, o custo de aquisição é levado à ficha de esto-
que, a fim de fornecer os valores de custos referentes às vendas dos itens. Portanto, 
com um controle efetivo das notas de entrada e de saída, não é necessário realizar 
a contagem física do estoque. 
209
3. C.
A MPM representa a média realizada entre a entrada e a saída de itens do esto-
que. Entretanto, pelo critério da PEPS, os itens são retirados na ordem da primeira 
aquisição. Desse modo, o CMV fica valorizado pelo valor mais antigo. Logo, o valor 
apurado pela MPM é mediano em relação aos outros critérios. A PEPS representa 
um valor mais alto que a MPM. Contudo, a MPM e a PEPS são aceitas pela legislação 
do Imposto de Renda. 
4. A.
O inventário periódico utiliza as principais contas que apuram o valor dos estoques. 
Desse modo, temos a seguinte fórmula: CMV = EI + C – EF. Logo, para a apuração da 
fórmula, é necessário encontrar o valor das contas contábeis que fazem parte desse 
processo, como devoluções de compras. 
5. A.
De acordo com as informações apresentadas na ficha de estoque, o valor total do 
estoque inicial é de R$ 360,00, com um custo unitário de R$ 1,80. No entanto, a CMV 
será de R$ 90,00, porque serão 50 unidades vendidas ao custo da primeira aquisição, 
que é R$ 1,80 cada. Ao realizar um cálculo temos: 50 unidades x 1,80 = 90,00. 
6. E.
Segundo a legislação do Imposto de Renda no Brasil, somente os critérios MPM e 
PEPS são aceitos para a geração de informação fiscal. Entretanto, de forma gerencial, 
é permitido o uso dos seguintes critérios: MPM, PEPS e UEPS. 
7. D.
De acordo com cada critério de estoque, temos as seguintes definições: PEPS: atribui 
os custos mais antigos aos estoques; preço específico: atribui, a cada unidade do 
estoque, o preço efetivamente pago por ela; MPM: as mercadorias estocadas são 
valoradas pela média dos custos de aquisição; UEPS: atribui os custos mais recentes 
aos estoques. 
210
UNIDADE 5
1. A.
A conta “Mercadorias para Revenda” está inserida no grupo “Ativo”, subgrupo “Circu-
lante”, que contempla o subgrupo “Estoques”.
2. A.
A alternativa representa os itens necessários para a apuração do custo de aquisição. 
É preciso representar da seguinte forma:
Valor dos produtos
(+) Fretes
(+) Seguros
(+) Outros gastos
(+) Custo total de aquisição
3. B.
Nas operações de venda, temos que reconhecer o “caixa” ou “banco” se a operação 
for à vista. Caso seja a prazo, devemos usar a conta “Clientes” ou “Duplicatas a rece-
ber”. Na venda, é preciso reconhecer a receita efetuando um lançamento a crédito, 
independentemente se a venda for à vista ou a prazo. 
4. C.
No caso da devolução de vendas, realmente, temos que utilizar as contas contábeis 
“Caixa”, “Banco” ou “Clientes” na baixa de saldos. Também é preciso considerar o 
estorno nas contas contábeis “Mercadorias para Revenda” e “CMV”. 
5. C.
Na ficha de estoque, a CMV está localizada na coluna da saída, que representa o valor 
do custo sobre a operação de venda de mercadorias. 
211
6. B.
Na compra de mercadorias para revenda, o lançamento contábil deve passar pelas 
seguintes contas contábeis:
Débito: mercadorias para revenda.
Crédito: caixa, banco ou fornecedores.
Todavia, é necessário identificar se a operação de compra é à vista ou a prazo. 
7. D.
Na compra de mercadorias para revenda com incidência de frete, o lançamento 
contábil deve passar pelas seguintes contas contábeis:
Débito: mercadorias para revenda.
Crédito: fretes a pagar.
De acordo com a fórmula do custo de aquisição, o frete incorpora o custo da mer-
cadoria. 
212
Anexo I
Caro(a) aluno(a), segue um Modelo de Plano de Contas elaborado pelo CFC – Conse-
lho Federal de Contabilidade, para ser utilizado na elaboração de Balanço Patrimonial 
e DRE. 
213
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