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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE CIENCIAS EXATAS E DA COMPUTAÇÃO Relatório – Capacitor em Regime DC Alunos: Fernando Wallace N. Prado Gabriel de Paiva Castro Giulianni dos Santos Oliveira Lucas Monteiro Silva Victor Muci Aguiar Damasio Vinicius Biasi Nascimento Wemerson Moura Viana GOIÂNIA MAIO 2019 1 – Objetivos: Verificar, experimentalmente, as situações de carga e descarga de um capacitor. 2 – Material Utilizado: ● 1 Kit de Circuitos Elétricos I contendo: ○ 1 Fonte de tensão variável: 0 a 15 V; ○ 1 Resistor de 220K; ○ 1 Capacitor Eletrolítico de 100 F / 25V; ○ 01 Matriz de contato. ● 02 Multímetros digitais com ponta de prova; ● 01 Cronômetro; ● Fios e cabos para conexão. 3 – Introdução: O capacitor é um componente cujo objetivo é armazenar energia em seu campo elétrico. Sua formação contém duas placas condutoras, separadas por um material isolante (ou dielétrico). Ligados a essas placas condutoras estão os terminais para conexão destes outros componentes. Capacitores são comumente utilizados extensivamente em equipamentos eletrônicos, de comunicação, computadores e sistemas de potências. Em várias aplicações práticas, as placas podem ser de folhas de alumínio, enquanto que o dielétrico pode ser ar, cerâmica, papel ou mica. Os capacitores são comercialmente disponíveis em diferentes tipos e valores. Sua unidade de medida é o Farad (F). Quando se aplica uma tensão de 1 volt (V) e o capacitor armazenar 1 Coulomb (C), tem-se então uma capacitância igual a 1 Farad (F). A capacitância se trata basicamente da razão entre a carga depositada em uma placa de um capacitor e a diferença de potencial entre as duas placas, medidas em farads. Por ser componentes elétricos muito comuns, no mercado é possível achar diversos tipos e valores para seus inúmeros usos. Figura. Exemplos de tipos de capacitores. 4 - Procedimento Experimental: Parte 1 Montamos o circuito conforme a Figura 1, com o capacitor descarregado. Figura 01. Circuito de Carga do Capacitor. Antes de utilizar o capacitor, descarregou-se o capacitor que já estava carregado com um fio elétrico. Parte 2 Acionamos a “chave S” e o cronômetro simultaneamente. Determinamos e anotamos o instante em que cada tensão foi atingida, conforme o quadro: Tabela 01. Carga do capacitor. Vc (V) 0 1 2 3 4 5 t(s) 0 3,17 4,95 9,25 16,07 25,91 Vc (V) 6 7 8 9 10 11 11,6 t(s) 39,16 51,34 77,87 116,34 183,20 380,75 539,41 Não foi possível carregar o capacitor em 12V completo como esperado, pois conforme o tempo a tensão elétrica no capacitor crescia lentamente, seria necessário um tempo infinito para carregar conforme o experimento. Após a espera de cinco minutos adotou- se a tensão de 12V como sendo 11,6V. Houve dificuldade para a verificação mais exata do tempo que o capacitor carregava nas primeiras tensões, pois o fluxo de elétrons no início da carga é muito alto, por ser a diferença de potencial entre as placas que constituem o capacitor muito grande, e esse valor de I máxima é dada por: 𝐈 𝐦á𝐱𝐢𝐦𝐚 = 𝑬 𝐑 𝐈 𝐦á𝐱𝐢𝐦𝐚 = 𝟏𝟐𝐕 𝟐𝟐KΩ = 𝟎, 𝟓𝟓 𝒎𝑨 Observamos que esse valor de corrente máxima é a corrente estacionária que haveria se o capacitor fosse um fio de contato apenas, pois é como se entre as placas não houvesse fluxo de elétrons de uma armadura para a outra. Com o tempo essa dificuldade foi diminuída e a diferença de potencial entre as placas começa a ficar muito próxima a tensão da fonte, então o fluxo de elétrons diminui até atingir zero, quando o capacitor está carregado totalmente. Parte 3 Montamos o circuito conforme a Figura 2, com o capacitor carregado. Figura 2. Circuito de Descarga do Capacitor. Parte 4 Repetimos a parte 2 para o quadro abaixo: Tabela 02. Descarga do capacitor. Como carregamos até 11,6V, o processo de descarga do capacitor também se iniciará com este mesmo valor. Encontramos a mesma dificuldade do processo anterior de não obter precisão nos primeiros volts descarregados pelo capacitor. Para ambos os processos (carga e descarga) verificou-se um tempo bastante elevado principalmente no carregamento. Um dos possíveis motivos para o tempo de carregamento elevado pode estar associado a algum mau funcionamento do capacitor, visto que foram feitas várias tentativas para carregá-lo, mas ele carregava, porém em uma determinada tensão descarregava. Vc (V) 11,6 11 10 9 8 7 t (s) 0 2,88 5,06 7,48 10,06 14,01 Vc (V) 6 5 4 3 2 1 0 t (s) 18,19 22,75 28,84 35,78 46,73 65,78 151,41 5 – Resultados: 1) Com os resultados obtidos na Tabela 1, construa o gráfico Vc = f(t) para a carga do capacitor. Gráfico de carga do capacitor (𝑽𝒄 = −𝟎, 𝟎𝟕𝟔𝟒𝒕 + 𝟖, 𝟒𝟎𝟐𝟏). Figura 3: Gráfico referente ao processo de carga do capacitor. 2) Com os resultados obtidos na Tabela 2, construa o gráfico Vc = f(t) para a descarga do capacitor. Gráfico de descarga do capacitor (𝑽𝒄 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟖𝟗𝒕 + 𝟑, 𝟖𝟗𝟐). Figura 4: Gráfico referente ao processo de descarga do capacitor. 0 100 200 300 400 500 600 0 2 4 6 8 10 12 14 t(s) 𝑽 c (v ) 𝑽𝒄 = f(t) 0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 2 4 6 8 10 12 t(s) 𝑽 c (v ) 𝑽𝒄= f(t) 6 – Questionário: Comparar os valores medidos no item 7 com aqueles do item 2. O que se pode concluir? R: Percebemos que em relação à carga a tensão crescia em relação ao tempo porem enquanto inicialmente o tempo de carga era maior conforme o tempo crescia havia um intervalo de tempo maior, o mesmo acontece no item 7 porem ocorre de forma inversa com a descarga. 1– Escreva a equação de vc(t) para os circuitos das Figuras Questão 01 e Questão 02. 2– Calcule o intervalo de tempo necessário para que o capacitor dos circuitos das Figuras Questão 01 e Questão 02 se carregue, com a tensão igual a 8V, após acionada a Chave S. Figura 1: Referente a Questão 1 e 2. 1) 𝜏 = 𝑅 𝑥 𝐶 𝜏 = 10𝑥103 𝑥 470𝑥 10−6 𝜏 = 4.7𝑠 𝑉𝑐 = 𝐸. (1 − 𝑒−𝑡/𝜏) 𝑉𝑐 = 𝐸. (1 − 𝑒−𝑡/4.7) 𝑉𝑐 = 10. (1 − 𝑒−𝑡/4.7) 2) 𝑉𝑐 = 10. (1 − 𝑒−𝑡/4.7) 8 = 10. (1 − 𝑒−𝑡/4.7) 8 = 10 – 10 . 𝑒−𝑡/4.7 −2 = −10. 𝑒−𝑡/4.7 −2/10 = −𝑒−𝑡/4.7 −1/5 = −𝑒−𝑡/4.7 𝑙𝑛(1/5) = 𝑙𝑛𝑒.−𝑡/4.7 −1.61 =.−𝑡/4.7 𝑡 = 7.57𝑠 3– Escreva a equação de i(t) para os circuitos da Figura Questão 03 e Questão 04. 4– Calcule o valor da corrente i(t), indicada no circuito da figura abaixo, após decorridos 40s do acionamento da Chave S. Figura 2 - Referente a Questão 3 e 4. 7 – Conclusão: Concluímos aqui que através do experimento realizado conseguimos uma prova do funcionamento real de um capacitor através dos resultados obtidos. Pudermos observar o comportamento de um capacitor quando simulado os processos de carga e descarga de tensão em corrente contínua. Para o processo de carga a tensão elétrica cresce em função do tempo, chegando sempre ao valor de tensão elétrica da fonte de onde acumula tensão, a corrente elétrica no início do processo tem seu valor máximo e chega a atingir seu valor mínimo quando o capacitor se encontra totalmente carregado. Para o processo de descarga, a tensão elétrica decai em função do tempo e o decaimento é determinado pelo produto da capacitância do dispositivo de modo a ser o meio por onde a tensão é descarregada. 8 – Referência Bibliográfica: ALEXANDER, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O. Fundamentosde Circuitos Elétricos. 5 ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2013.