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UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Tecnologia - Departamento de Tecnologia de Alimentos Aluno: Vítor Patrício da Silva Medeiros. Nº matrícula: 201721027-5. Redução da Acrilamida 1) O que é acrilamida? A acrilamida, molécula reativa α, β-carbonil insaturada, é obtida a partir da hidratação da acrilonitrila. Trata-se de substância química utilizada na indústria para produção de poliacrilamida, comumente usada na purificação da água potável, no tratamento de esgotos e efluentes, no condicionamento do solo para a construção de represas e como agente selante na engenharia civil, além de sua aplicação nas indústrias de papel e cosméticos. A acrilamida (fórmula molecular: C3H5NO) forma-se espontaneamente em alimentos ricos em carboidratos quando são fritos, cozidos ou assados em temperaturas acima de 120 ºC (WEISS, 2002). A acrilamida é um monômero sólido branco, inodoro, solúvel em água, metanol, etanol, acetona, acetato de etila e insolúvel em benzeno e heptano. Também é conhecida como prop-2-enamida (C3H5NO), possui massa molecular 71 g.mol-1 e sua estrutura molecular está representada na Figura 1. A alta solubilidade em água desta molécula está atribuída à presença da função amida polar, e sua capacidade de polimerização é devido ao grupo vinil. Figura 1 – Estrutura molecular da acrilamida. 2) Como este composto é formado nos alimentos? Os primeiros dados sobre a ocorrência de acrilamida em alimentos indicaram que produtos à base de batata, como batatas fritas e chips, e produtos à base de cereais, como pães, torradas, biscoitos e cereais matinais, apresentavam 6 os maiores teores de acrilamida, podendo atingir até 3500 µg/kg, dependendo do tipo de produto (FDA, 2002; NFCA, 2002; UK FSA, 2002). Níveis moderados de acrilamida (5-50 µg/kg) foram encontrados em produtos à base em proteínas processados termicamente, enquanto que em alimentos crus ou cozidos em água, a presença deste contaminante não foi detectada (<5 µg/kg) (TAREKE et al., 2002). Sabe-se hoje que a formação de acrilamida em alimentos ocorre a partir da reação de Maillard entre aminoácidos e açúcares redutores, em temperaturas acima de 120 ºC (MOTTRAM et al. 2002; STADLER et al. 2002; BECALSKI et al. 2003). Os aminoácidos livres (principalmente asparagina), açúcares redutores e condições de processamento como: a temperatura, a umidade, o tempo de cozimento, são fatores que afetam a formação da acrilamida. Os produtos à base de batata e de panificação representam cerca de 50% e 20% da exposição humana à acrilamida, respectivamente (ERIKSSON, 2005; KERAMAT et al., 2011). Em 1912, o químico Louis-Camille Maillard descreveu esta reação entre aminoácidos e açúcares redutores, contexto no qual o grupo amino da asparagina participa de uma reação de adição nucleofílica com o grupo aldeído da glicose formando uma base de Schiff, que sofre um rearranjo de Amadori (N-glicosídeo derivado de asparagina e glicose). Esse último sofre, então, desaminação e descaborxilação, quando perde a carbonila e o grupo amina para formar a acrilamida, ou então pode seguir através das reações de Maillard para formar produtos finais de glicação avançada e polímeros castanhos nitrogenados conhecidos como melanoidinas, que dão a cor e os aspectos característicos dos alimentos cozidos ou assados (FRIEDMAN, 2003). Conforme a Figura 2. Figura 2 – Mecanismo para a formação de acrilamida como uma reação secundária da reação de Maillard. Pesquisas feitas por Yasuhana et al. (2003) sugerem que a acrilamida pode ser formada a partir de aminoácidos e lipídios (Figura 3). Quando um lipídio é submetido a altas temperaturas levam a formação de acroleína, que é facilmente oxidado, formando o ácido acrílico. Este pode reagir com o amoníaco, produzido a partir da asparagina, para formar a acrilamida. Figura 3 – Mecanismo hipotético de formação de acrilamida a partir de um aminoácido e um lipídio. E também, Claus et al. (2006) propõem que acrilamida pode ser formada a partir da pirólise em proteína de glúten. Neste estudo, os autores removeram a asparagina e os açúcares redutores, concentrando então, o glúten. Após este procedimento o glúten foi seco e submetido a uma variação de temperatura de 160 a 240 ºC em um intervalo de 8 a 12 minutos, e posteriormente analisados em um cromatógrafo líquido com detector espectrômetro de massa (LC/MS), encontrando uma quantidade significativa de acrilamida. 3) Quais as principais preocupações no consumo deste composto? De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), a acrilamida pode provocar danos ao sistema nervoso em humanos, além de apresentar propriedades genotóxicas e carcinogênicas, confirmadas em estudos experimentais com animais (IARC, 1994). Os riscos associados à acrilamida não são recentes e, provavelmente, a população tem sido exposta a esta substância por algumas gerações. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), acrilamida é classificada como uma substância provavelmente carcinogênica em humanos (grupo 2A) e, além disso, pode ser tóxica ao sistema nervoso e reprodutivo de homens e animais em determinadas doses (IARC, 1994). Devido ao potencial tóxico deste contaminante e, consequentemente, aos riscos que a sua ingestão através de alimentos poderia representar para a saúde humana, o Comitê do Codex sobre Aditivos e Contaminantes em Alimentos (CCFAC), em 2004, recomendou ao Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO/OMS (JECFA) que realizasse uma avaliação do risco da acrilamida e, eventualmente, estabelecesse limites para sua ingestão, já que esta substância nunca tinha sido avaliada anteriormente. A acrilamida produz efeitos tóxicos agudos apenas por doses orais superiores a 100 mg.kg-1 de peso corporal, e doses letais são geralmente superiores a 150 mg.kg-1 de peso corporal. Esta é metabolizada ao epóxido glicidamida por meio de uma reação catalisada pela enzima CYP2E1, tendo como caminho alternativo a conjugação com a glutationa. A acrilamida e seus metabólicos são rapidamente eliminados pela urina. A biodisponibilidade absoluta da acrilamida varia de 23 – 48% em roedores para uma dose de 0,1 mg kg -1 peso corporal administrada na dieta por um período de 30 minutos (WHO, 2005). 4) Quais os principais grupos mais susceptíveis a formação desses compostos? Justifique sua resposta. Como já visto, a acrilamida é formada ao longo do processamento em altas temperaturas (> 120 °C), como na cocção, na fritura, na tostagem ou no processo de assar alimentos ricos em carboidratos (TAREKE et al, 2000; 2002), o que se dá, principalmente pela reação de Maillard entre o aminoácido asparagina e sacarídeos como a glicose e a frutose (STEDLER et al, 2002; MOTTRAM et al, 2002; ZYZAK et al, 2003). Alimentos ricos nestes dois precursores são derivados, principalmente, de produtos de origem vegetal como as batatas e cereais (por exemplo, aspargo, amêndoas, batata, lentilha), mas, aparentemente, não de produtos animais (FRIEDMAN, 2003). Foi observado em estudos que a presença de asparagina aumentava significativamente o nível de acrilamida formada e foi confirmado, através de experimentos com 15N e 13C marcados, que átomos de carbono e nitrogênio da molécula de acrilamida eram provenientes dos locais correspondentes da molécula de asparagina. Sendo assim, asparagina foi identificada como o principal precursor da acrilamida, embora o mecanismo exato da reação ainda não esteja completamente esclarecido. 5) Como a bioquímica pode auxiliar na redução deste composto nos produtos alimentícios? As informações pertinentes aos parâmetros envolvidos no preparo de alimentos, influenciando o processo de formação da acrilamida e os possíveis meios de minimizá-la são ainda limitadas. Porém, a dependência de tais fatorescomo tempo, temperatura, pH, associados à sua formação, tem despertado interesse de pesquisadores, pela possibilidade de identificação dos pontos críticos responsáveis por sua maior geração. Alguns grupos de pesquisa vêm buscando estratégias para a diminuição do potencial de formação de acrilamida nesses alimentos, tais como: a seleção de cultivares de batatas com menor conteúdo de açúcares redutores, resultando na diminuição dos precursores da matéria-prima; o armazenamento de batatas em temperaturas acima de 8 °C para evitar o aumento da concentração de açúcares redutores e técnicas simples como o branqueamento e a utilização da enzima asparaginase, que remove seletivamente a asparagina antes do tratamento térmico. Outra alternativa envolve o controle do tempo e da temperatura de processamento, assim como a diminuição do pH mediante a imersão de batatas em soluções de ácido clorídrico, cítrico ou acético (BRATHEN et al., 2005; DEWILDE et al., 2005; KERAMAT et al., 2010). A primeira investigação de uma possível estratégia para limitar os níveis de acrilamida baseou-se em efeitos obtidos pela alteração do pH, através do uso de acidulantes (ácido 39 cítrico) em amostras de batatas para frituras. As amostras foram mergulhadas em água destilada e solução de 1 e 2% de ácido cítrico, 1 hora antes da fritura. Os níveis de acrilamida foram comparativamente maiores entre as amostras sem a adição do ácido, conforme esquema na Figura 4. Ressalta-se que não houve diferenças significativas quanto ao grau de escurecimento, sugerindo que a quantidade de acrilamida não está diretamente relacionada ao escurecimento, porém a solução a 2%, tornou o sabor mais ácido com perda da textura do alimento (JUNG, 2003). Figura 4 – Influência da utilização do ácido cítrico na formação de ACM em batata. Outra forma de reduzir o teor de acrilamida em alimentos processados termicamente é utilizar espécies de vegetais que contenham menor quantidade do aminoácido asparagina, principal responsável pela formação de acrilamida (KERAMAT et al., 2011) Mottram (2002) demonstrou que a temperatura é relevante entre a possível influência de fatores externos ligados ao mecanismo de formação. No estudo, a acrilamida foi detectada quando misturas equimolares de asparagina e glicose reagiram a 185 °C com um sistema tampão fosfato em tubo de ensaio fechado. Em reações similares entre a glicose com outros aminoácidos, como a glicina, cisteína ou metionina a 185 °C, a acrilamida não foi detectada. Com a glutamina e o ácido aspártico apareceram quantidades traço. Arruda (2008) desenvolveu um método capaz de reduzir a quantidade de asparagina (percursor da acrilamida) em alimentos processados termicamente. O método desenvolvido propõe um contato do alimento a base de batata, contendo asparagina com uma solução para lixiviamento, para extrair a asparagina. Após este processo o alimento apresentou níveis mais baixos de acrilamida do que um produto a base de batata não- lixiviado e termicamente processado. Os métodos de fritar e assar batatas foram comparados com a quantidade de acrilamida formada. Constatou-se que assar as batatas a 170 ºC resultou em mais que o dobro do conteúdo de acrilamida em relação à fritura na mesma temperatura. No entanto, os níveis de acrilamida das batatas assadas a 180 e 190 ºC foram menores que os das batatas fritas (PALAZOGLU et al., 2010). Pedreschi et al. (2011) estudaram o branqueamento e o tratamento com asparaginase em fatias de batatas visando à redução da acrilamida. O branqueamento torna os tecidos mais permeáveis e, consequentemente, a enzima fica mais acessível ao substrato. Desta forma, a combinação dos dois tratamentos reduziu em 90 % a quantidade de acrilamida nas batatas. Hendriksen et al. (2009), fizeram observações similares utilizando o branqueamento das batatas e diminuição da asparaginase, que resultou em redução de 60 % da acrilamida em batatas fritas e batatas chips. Mestdagh et al. (2008) relataram redução da acrilamida de 65 % para batatas fritas e 96 % para batatas chips após o branqueamento a 70 ºC durante 10 a 15 minutos. Além do tempo e temperatura, a concentração de componentes solúveis extraídos dos cortes das batatas também influenciou a eficiência da extração do açúcar afetando, assim, a formação da acrilamida. No entanto, a técnica de branqueamento não é prática comum nas indústrias de batatas fritas e batatas chips, visto que provoca impacto negativo na qualidade (textura e sabor), bem como nas propriedades funcionais do produto frito (FOOT et al., 2007). Ensaios sobre a aplicação da asparaginase em batatas fritas refrigeradas têm mostrado a redução de acrilamida. Vinci et al. (2011) aplicaram asparaginase em batatas fritas que sofreram refrigeração por 4 dias, resultando na redução da asparagina. O conteúdo de acrilamida nessas batatas fritas foi reduzido em aproximadamente 90 % sem nenhum efeito sobre as propriedades sensoriais do produto após a fritura final. No entanto, a introdução dessa medida implica em modificação da linha principal para garantir melhor controle de temperatura. No mesmo estudo também foram utilizadas batatas congeladas aplicadas com ácido acético, lactato de cálcio, ácido cítrico e asparaginase. Observou-se a redução da acrilamida e das propriedades do produto final, afetando obviamente os atributos sensoriais das batatas fritas. Segundo Ou et al. (2008), a acrilamida foi reduzida de 85 a 96 % com a adição de cloreto de cálcio (5 g/L) durante o processo de branqueamento. Outro fator que pode influenciar a redução da acrilamida envolve o tipo de corte das batatas. A acrilamida é formada na camada superficial das batatas, e, portanto, o tamanho e sua forma podem influenciar o conteúdo de acrilamida final. Assim, quanto mais fino e menor o tamanho do corte das batatas, maior a concentração de acrilamida (MATTHÄUS et al., 2004). 6) Referências Bibliográficas • ARRUDA, L. E. Método para redução do teor de asparagina em um produto ou ingrediente alimentício e método para a redução da formação de acrilamida em produtos alimentícios processados termicamente. BR n. PI0806384-2 A2, 21 jan. 2008. • BECALSKI, A., et al. Acrylamide in Foods: Occurrence, Sources, and Modeling. J. Agric. Food Chem, v. 51, p. 802-808, 2003. • BRATHEN, E. et al. Addition of glycine reduces the content of acrylamide in cereal and potato products. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.53, n.8, p. 3259-3264, 2005. • CLAUS, A. et al. 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