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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL DISCIPLINA DE MECÂNICA DOS SOLOS I SEMESTRE 2021.2 LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS ASSUNTO: MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA “IN SITU” EMPREGANDO O FRASCO DE AREIA Alunos: Antônio Werleson Belchior Martins; Leonildo de Sousa Ferreira Matrículas: 472382; 471279 Curso: Engenharia Civil Turma: 01 A Professora: Mariana Vela Silveira Fortaleza/CE 2021 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 3 2 MEMORIAL DE CÁLCULO E RESULTADOS .................................................... 4 2.1 Determinação da massa de areia que preencher o funil e o orifício no rebaixo da bandeja .............................................................................................................................. 4 2.2 Determinação da massa específica aparente da areia ................................................. 5 2.3 Determinação da massa de areia que preenche a cavidade no terreno ....................... 6 2.4 Determinação da massa específica aparente seca do solo “in situ” ............................ 6 2.5 Determinação do grau de compactação e o desvio de umidade ................................. 7 3. ANÁLISE DE RESULTADOS .................................................................................. 8 4. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 9 ANEXO A – Tabela de dados completa ..................................................................... 10 1 APRESENTAÇÃO O presente relatório tem por objetivo determinar a massa específica aparente seca “in situ” a partir do emprego de frascos de areia. O ensaio é fundamentado na norma ABNT NBR 7185. A norma ABNT NBR 7185: Solo – Determinação da massa específica aparente, in situ, com emprego do frasco de areia, tem por objetivo redigir a determinação da massa específica aparente seca e o grau de compactação das amostras do solo. O ensaio citado foi realizado no Laboratório de Mecânica dos Solos da Universidade Federal do Ceará, fazendo uso dos devidos materiais. Com isso, é apresentado o memorial de cálculo, os resultados e a análise dos resultados. 2 MEMORIAL DE CÁLCULO E RESULTADOS Os valores analisados, a seguir, foram obtidos por meio do método de frasco de areia. Os dados numéricos encontrados no ensaio estão dispostos na tabela 1, apresentada a seguir, e serão utilizados para a obtenção de todos os índices expressos neste laudo técnico. Tabela 1 – Dados do Ensaio Etapas Calibração Massa do Frasco de Areia (g) Antes de abrir o funil P1 (g) 6018 Depois de abrir o funil P2 (g) 5507 Diferença P3 (P1-P2) (g) - Densidade da Areia Frasco + Areia + Funil (antes) (g) P4 (g) 6013 Frasco + Areia + Funil (depois) (g) P5 (g) 4116 Massa de areia no cilindro P6 (P4-P5-P3) (g) - Volume Cilindro V (cm³) 997 Massa específica seca/aparente da areia - - Densidade do Solo Frasco + Areia + Funil (antes) (g) P7 (g) 6003 Frasco + Areia + Funil (depois) (g) P8 (g) 3580 Massa de areia (Funil + orifício + buraco) (g) P9 (P7-P8) (g) - Massa de areia no buraco (g) P10 (Pr-P3) (g) - Massa do solo úmido no buraco (g) PU (g) 2192 Umidade gravimétrica W 9 % Massa específica seca “In situ” (g/cm³) - - Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 2.1 Determinação da massa de areia que preencher o funil e o orifício no rebaixo da bandeja A massa de areia que preenche o funil e o orifício será calculada através da diferença entre as massas do fresco depois e antes do funil abrir, como expresso na equação 1 abaixo: 𝑴𝟑 = 𝑴𝟏 − 𝑴𝟐 (1) Fonte: NBR 7185:2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. Onde: M1 é a massa do frasco de areia antes de abrir o funil (g); M2 é a massa do frasco de areia depois de abrir o funil (g); M3 é a massa de areia que preenche o funil e o orifício (g). Substituindo os valores de acordo com a tabela 1 expressa anteriormente, temos: 𝑀3 = 𝑀1 − 𝑀2 = 6018 − 5507 → 𝑴𝟑 = 𝟓𝟏𝟏 𝒈 2.2 Determinação da massa específica aparente da areia Para ser possível determinar a massa específica aparente seca da areia, é necessário encontrar, inicialmente, a massa de areia contida no cilindro, disposta equação 2 abaixo: 𝑴𝟔 = 𝑴𝟒 − 𝑴𝟓 − 𝑴𝟑 (2) Fonte: NBR 7185:2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. Onde: M4 é a massa inicial do sistema frasco+areia+funil montado (g); M5 é a massa do sistema frasco+areia+funil após o escoamento (g); M6 é a massa de areia contida no cilindro (g). Como o valor de M3 foi encontrado anteriormente, podemos encontrar o valor de M6, substituindo os valores da tabela 1: 𝑀6 = 𝑀4 − 𝑀5 − 𝑀3 = 6013 − 4116 − 511 → 𝑴𝟔 = 𝟏𝟑𝟖𝟔 𝒈 Com isso, de acordo com a norma, podemos encontrar o valor da massa específica aparente da areia, por meio da equação 3 abaixo: 𝜌𝑑,𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 𝑀6 𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 (3) Fonte: NBR 7185:2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. Onde: ρd,areia é a massa específica aparente da areia (g/cm³); Vcilindro é o volume do cilindro. Substituindo os valores, temos: 𝜌𝑑,𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 𝑀6 𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 1386 997 → 𝝆𝒅,𝒂𝒓𝒆𝒊𝒂 = 𝟏, 𝟑𝟗 𝒈 𝒄𝒎𝟑 2.3 Determinação da massa de areia que preenche a cavidade no terreno Para determinar a massa de areia deslocada, que preencheu a cavidade no terreno, é preciso encontrar o valor da massa de areia deslocada que preencheu o funil, o orifício no rebaixo da bandeja e a cavidade no terreno, por meio da equação 4 abaixo: 𝑀9 = 𝑀7 − 𝑀8 (4) Fonte: NBR 7185:2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. Onde: M7 é a massa do conjunto frasco+areia+funil antes do escoamento, na análise do solo (g); M8 é a massa do conjunto frasco+areia+funil depois do escoamento, na análise do solo (g); M9 é a massa da areia deslocada que preenche o funil, o orifício e a cavidade (g). Substituindo os valores da tabela 1, temos: 𝑀9 = 𝑀7 − 𝑀8 = 6003 − 3580 → 𝑴𝟗 = 𝟐𝟒𝟐𝟑 𝒈 Dessa forma, conseguimos encontrar a massa de areia deslocada que preenche a cavidade no terreno, a partir da equação 5 abaixo: 𝑀10 = 𝑀9 − 𝑀3 (5) Fonte: NBR 7185:2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. Substituindo os valores de M9 e M3 encontrados anteriormente no relatório presente, temos: 𝑀10 = 𝑀9 − 𝑀3 = 2423 − 511 → 𝑴𝟏𝟎 = 𝟏𝟗𝟏𝟐 𝒈 2.4 Determinação da massa específica aparente seca do solo “in situ” A massa específica aparente seca, de acordo com a norma, é encontrada de acordo com a equação 6 abaixo: 𝜌𝑑 = ρ𝑑,𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 × 𝑀𝑤 𝑀10 × 100 100 + 𝑤 (6) Fonte: NBR 7185:2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. Onde: ρd é a massa específica aparente seca do solo “in situ” (g/cm³); ρd,areia é a massa específica seca aparente da areia (g/cm³) Mw é a massa do solo extraído da cavidade no terreno (g); M10 é a massa de areia que preencheu cavidade no terreno (g); W é o teor de umidade do solo extraído da cavidade no terreno (%). Substituindo os valores encontrados na tabela 1 e nos tópicos do memorial de cálculo do presente relatório, temos: 𝜌𝑑 = ρ𝑑,𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 × 𝑀𝑤 𝑀10 × 100 100 + 𝑤 = 1,390 × 2192 1912 × 100 100 + 9 → 𝝆𝒅 = 𝟏, 𝟒𝟔𝟐 𝒈/𝒄𝒎³ 2.5 Determinação do grau de compactação e o desvio de umidade Ademais, é preciso encontrar o grau de compactação do solo ensaiado. Para encontrar esse valor, é necessário o valor máximo da massa específica aparente seca encontrado em laboratório,o qual foi calculado na Prática 5 – Compactação do Solo. Com isso, podemos encontrar o grau de compactação a partir da equação 7 abaixo: 𝐺𝐶 = ρ𝑑,𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 ρ𝑑,𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 × 100 (7) Fonte: NBR 7185:2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. 𝐺𝐶 = ρ𝑑,𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 ρ𝑑,𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 × 100 = 1,462 1,824 × 100 → 𝑮𝑪 = 𝟖𝟎, 𝟐% Por fim, o desvio de umidade será a diferença entre o teor obtido em campo neste ensaio e o teor de umidade obtido em laboratório, de acordo com a equação 8 abaixo: ∆𝑤 = 𝑤𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 − 𝑤𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 (8) Fonte: NBR 7185:2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. ∆𝑤 = 𝑤𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 − 𝑤𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 = 9,00 − 8,18 → ∆𝒘 = 𝟎, 𝟖𝟐% 3. ANÁLISE DE RESULTADOS Dado o exposto, é possível, a partir dos cálculos feitos, concluir que, de acordo com o PINTO (2006), o grau mínimo de compactação deve ser de 95%. Com isso, o material deve ser revolvido e recompactado, por não seguir o parâmetro, tornando-se inadequado pelas especificações do projeto. Ademais, a mesma bibliografia define que as especificações não fixam intervalos de umidade e de densidade seca a serem obtidos, mas um desvio de umidade em relação à umidade ótima – entre wot-1% e wot+1%, ou wot-2% e wot . Dessa forma, o desvio obtido para a amostra apresentou um valor satisfatório. 4. BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 64577: Amostras de solo – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caraterização. Rio de Janeiro: ABNT, 2016 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7185: Solo – Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia. Pinto, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 aulas. 3a ed. São Paulo: Oficina de textos, 2006. ANEXO A – Tabela de dados completa Tabela 1 – Dados do Ensaio Etapas Calibração Massa do Frasco de Areia (g) Antes de abrir o funil P1 (g) 6018 Depois de abrir o funil P2 (g) 5507 Diferença P3 (P1-P2) (g) 511 Densidade da Areia Frasco + Areia + Funil (antes) (g) P4 (g) 6013 Frasco + Areia + Funil (depois) (g) P5 (g) 4116 Massa de areia no cilindro P6 (P4-P5-P3) (g) 1386 Volume Cilindro V (cm³) 997 Massa específica seca/aparente da areia ρd,areia (g/cm³) 1,39 Densidade do Solo Frasco + Areia + Funil (antes) (g) P7 (g) 6003 Frasco + Areia + Funil (depois) (g) P8 (g) 3580 Massa de areia (Funil + orifício + buraco) (g) P9 (P7-P8) (g) 2423 Massa de areia no buraco (g) P10 (Pr-P3) (g) 1912 Massa do solo úmido no buraco (g) PU (g) 2192 Umidade gravimétrica W 9 % Massa específica seca “In situ” (g/cm³) ρd (g/cm³) 1,462 Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)