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Didática
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Kethlen Leite de Moura
Revisão Textual:
Jaquelina Kutsunugi
Planejamento e a Prática Docente II: 
Plano de Ensino e Plano de Aula
Planejamento e a Prática Docente II: 
Plano de Ensino e Plano de Aula
• Introdução;
• Planejamento de Ensino;
• Plano de Aula.
• Discutir a importância da elaboração do planejamento e do plano de aula no 
trabalho docente.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Planejamento e a Prática Docente II: 
Plano de Ensino e Plano de Aula
Introdução
Os pressupostos que envolvem o planejamento de ensino e o plano de aula não 
são novidade na área educacional. Esse instrumento serve para atender a propósi-
tos diferentes no âmbito da educação, delineamentos esses que têm determinados 
objetivos a serem cumpridos na formação do indivíduo.
 PLANEJAMENTO DE ENSINO
Figura 1 – Planejamento de ensino
Fonte: Andrew Grossman / 123RF
Assim, para compreendermos a ideia que permeia o planejamento de ensino e o 
plano de aula, precisamos esboçar nem que seja brevemente algumas considerações 
sobre o sentido do planejamento, delimitando algumas ideias sobre ensino para que 
finalmente possamos debater sobre o planejamento de ensino e o plano de aula.
Quando falamos de planejamento, precisamos considerar algumas tendências 
contemporâneas, pois tanto o planejamento de ensino quanto o plano de aula 
estão ligados a essa configuração do planejar, que precisa considerar informações 
que sejam passíveis de serem organizadas e categorizadas em três grandes fatores 
associados ao processo de ensino: mudança no papel do homem no mundo, 
mudança no estilo de aprender e mudança no estilo de ensinar.
Leia o texto de José Moran sobre Mudar a forma de Ensinar e Aprender.
Disponível em: https://bit.ly/2bUglQO.Ex
pl
or
Quando tratamos da perspectiva de mudanças, sabemos que o papel do homem 
na sociedade em que ele está inserido é transformar. O homem torna-se criador e 
colecionador de informações que permitem que esse mesmo indivíduo interprete 
dados e seja responsável pelas tomadas de decisões.
Os indivíduos, a partir do momento que passam a manipular informações, têm 
de lidar com inúmeras informações que são consideradas flutuantes, ou seja, que 
se modificam ao longo do tempo e de maneira cada vez mais rápida. Por isso, as 
8
9
decisões que competem ao homem devem projetar ações a serem desenvolvidas 
para um futuro melhor.
As mudanças no estilo de vida das pessoas também afetam a forma de aprendi-
zagem dos indivíduos, e passamos a ter um processo de aprendizagem baseado na 
leitura de textos, de interação com meios digitais e a autoaprendizagem. Quando se 
trata desse processo, percebemos que a aprendizagem audiovisual torna-se a que 
mais contempla a necessidades dos alunos e alunas em sala de aula, levando à total 
necessidade de transformar a maneira de planejar e até mesmo a autonomia que 
precisa ser concedida aos estudantes. 
Importante!
O espaço da sala de aula é um lugar privilegiado, pois nela se encontram professores e 
alunos que participam de ambientes sociais diversifi cados que necessitam estabelecer 
uma convivência. O professor necessita colaborar com a formação do educando na sua 
totalidade - consciência, caráter, cidadania -, tendo como mediação fundamental o co-
nhecimento, visando à emancipação humana (CERQUEIRA, 2006. p. 21).
Você Sabia?
Por isso, quando falamos em mudanças, estamos nos referindo a modificações 
no estilo de ensinar, o que também implica na mudança do professor enquanto 
facilitador do processo de ensino e de aprendizagem. Para Garcia (1984, p. 10), 
deve “o professor deixar de ser mero transmissor de informações para se tornar 
um criador de estruturas para a organização de informações”.
Nesse processo, saímos de um modelo de professor que é apenas transmissor 
de conhecimento para um professor-pesquisador, que busca explorar novas ações 
e metodologias para o processo de ensino-aprendizagem. 
Outro aspecto a destacar é o da consideração do professor isolado 
incompatível com todas as mudanças apresentadas, para a consideração 
de professor participante de redes de trabalho com diversificação de 
papéis, trabalho interdisciplinar para gerar novos campos de estudo 
e mesmo professor capaz de compartilhar suas competências com os 
demais membros de grupos de trabalho, visando decisões mais ricas e 
efetivas. (GARCIA, 1984. p. 10)
Quando citamos essas transformações, entendemos que elas não se esgotam 
apenas com o processo de inovação e que não acontecem de maneira compul-
sória. Acreditamos que essas mudanças ocorrem em meio a dificuldades, que são 
sentidas por professores e alunos no processo de aprendizagem.
Importante!
O maior desafi o da educação nos dias atuais é fazer com que alunos e alunas consigam 
aprender o que realmente está delimitado no planejamento do professor.
Importante!
9
UNIDADE Planejamento e a Prática Docente II: 
Plano de Ensino e Plano de Aula
O conhecimento do professor e seu processo de formação contínua é importan-
te para que as condições básicas consigam orientar o projeto de mudanças que são 
pretendidos ao longo a ação de formação de cada estudante.
Figura 2 – Formação continuada de professores 
Fonte: Rawpixel / 123RF
A seguir veremos o planejamento de ensino.
Planejamento de Ensino
Assim, estudante, adentramos na questão do planejamento de ensino. Quando 
falamos a respeito do planejamento de ensino, estamos falando de um processo de 
tomada de decisões, que partem de informações que são constantemente coletadas. 
O professor, ao reuni-las, permite iniciar o processo de racionalização dos recursos 
para que ele consiga atingir os objetivos estipulados previamente dentro do processo 
de ensino-aprendizagem. No entanto, é bom lembrar que nesse processo não se deve 
especificar apenas um agente para a tomada de decisões, isto porque a responsabi-lidade para que o planejamento de ensino se efetive é de todos os atores da escola.
Por isso, a instituição de ensino deve impulsionar a qualidade da educação que 
ali é ofertada, alunos e professores precisam ser vistos dentro da coletividade, e o 
planejamento de ensino precisa se associar às mais diversas áreas do conhecimento 
– até mesmo o corpo administrativo da instituição deve fazer parte desse processo de 
construção do conhecimento.
Veja o vídeo de Selma Cravo, sobre o planejamento do professor com a BNCC. 
Disponível em: https://bit.ly/2w6Tga6. Ex
pl
or
Dessa maneira, o planejamento de ensino deve ser um documento qualitativo, 
que tende a contribuir de maneira decisiva para o desempenho integrado de papéis 
específicos que detém uma meta comum, “a efetividade dos resultados atingidos, 
em relação ao proposto” (GARCIA, 1984. p. 12).
10
11
Assim, o planejamento de ensino não pode ser visto apenas como uma tarefa 
única e exclusivamente do professor da disciplina, já que compete a todo o corpo 
escolar e/ou universitário, e precisa estar de acordo com as políticas curriculares 
destinadas a cada área do conhecimento. O estilo de planejamento de ensino é 
resultante das práticas interdisciplinares da prática docente e deve estar envolvido 
com princípios, procedimentos e técnicas de melhoria da qualidade da educação.
Como o planejamento de ensino se torna um instrumento de garantia para a aprendizagem 
dos alunos? Ex
pl
or
E o que vem a ser o ensino nesse processo? Entendemos por ensino toda a ação 
deliberada e objetivada que atende a um processo planejado pelo professor, e tem 
por função alinhar os procedimentos de comunicação para que se possa prover 
interação com o aluno, visando sempre facilitar a aprendizagem dos estudantes.
Ao pensarmos sobre o processo de ensino, precisamos pensar como está a 
interação entre professor e aluno, isso porque a natureza que envolve o ensi-
no passa a se estabelecer dentro da sala de aula. E nesse movimento podemos 
destacar três fatores: professor como autoridade, professor como coordenador, 
professor como facilitador.
No entanto, diante de qualquer estilo que o professor adote para poder ensinar, 
ele precisa ter em mente a meta que pretende atingir no processo de aprendizagem 
de seus alunos. 
Apoiar o ensino em algumas acepções de aprendizagem é útil, pois facilita 
a compatibilização dos eventos de processo de aprendizagem do aluno 
(condições internas) com as situações propostas pelo professor (condições 
externas) para efetivação da aprendizagem. (GARCIA, 1984, p. 14)
Assim, mencionamos no quadro a seguir algumas possibilidades sobre o processo 
de ensino:
• Possibilidades no processo de ensino
 » Aprender é um processo contínuo, individual, único e intransferível;
 » Aprendizagem ocorre como resposta do indivíduo à estimulação decorrente 
de sua interação com o ambiente;
 » A ideia de permanência do aprendizado implica em algum processo de orga-
nização de experiências ou de estímulos;
 » O ato de aprender envolve uma série de fases, ocorrentes internamente 
no indivíduo;
 » O conhecimento dessas fases ajuda o professor a implementar eventos exter-
nos, capazes de influenciar ato de aprendizagem mais efetivo;
11
UNIDADE Planejamento e a Prática Docente II: 
Plano de Ensino e Plano de Aula
 » Modelos de ensino são modos de prover e criar ambientes adequados à efe-
tivação da aprendizagem;
 » Instrução/ensino consiste no conjunto de eventos planejados para iniciar, 
ativar e manter a aprendizagem do aluno;
 » Qualquer que seja o modelo de ensino implementado por estilo de ensinar, 
ele envolve três fases de desenvolvimento: preparação, entrega e avaliação. 
(GARCIA, 1984, p. 13-14)
As fases mencionadas acima delineiam os direcionamentos que os professores 
precisam tomar em relação ao processo de ensino. Mas é importante destacar uma 
questão que o professor precisa realizar ao longo de sua carreira:
Como está o meu estilo de ensinar?
Ex
pl
or
A pergunta estruturada traz reflexões e uma proposta de ação conscientizado 
da importância do planejamento de ensino no processo de aprendizagem. Mes-
mo diante das dificuldades dessa ação por parte dos docentes, o planejamento de 
ensino é o melhor instrumento para efetivar a aprendizagem dos alunos, a partir 
do momento que os professores demonstram fragilidades em seus planejamentos, 
pouco eles conseguiram intervir na realidade dos alunos. A seguir apresentamos 
um modelo de plano de ensino, para que você, estudante, saiba como construir 
esse material tão importante na organização do trabalho docente.
Quadro 1 – Planejamento de ensino
CURSO:
DOCENTE:
CÓDIGO DA DISCIPLINA: ANO DE IMPLANTAÇÃO:
CARGA-HORÁRIA:
 
EMENTA:
A ementa é uma forma de descrever discursivamente o conteúdo conceitual e procedimental de uma disciplina.
OBJETIVO GERAL: 
corresponde ao objetivo mais amplo da disciplina, sempre buscando pensar: “o que meu aluno deve saber ao final 
desta disciplina?”.
OBJETIVO ESPECÍFICOS: 
referem-se às unidades de ensino, é o momento que explicita-se as ações que irão contribuir para o objetivo geral.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
explicita-se os conteúdos a serem trabalhados ao longo da disciplina, distribuídos em tópicos.
ESTRATÉGIAS DE ENSINO: 
são as ações previamente planejadas para facilitar a relação de ensino e aprendizagem. Essas ações podem apoiar-se 
em recursos como: aula expositiva, dialogada, seminário, resenha, debates, entre outros.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 
aqui deve se especificar o sistema de avaliação programada pelo departamento ou pelo colegiado do curso, 
especificando valores para as avaliações.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: apresentar os principais livros que irão orientar a disciplina.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: livros e/ou artigos que auxiliam nos estudos.
12
13
Para Souza e Figueiredo (s/d), o planejamento de ensino é um organizador me-
todológico do conteúdo e visa atender às necessidades dos alunos.
O planejamento deve ser compreendido como um instrumento capaz de 
intervir em uma situação real para transformá-la. É uma mediação teórico-
metodológica para a ação consciente e intencional que tem por finalidade fazer 
algo vir à tona, fazer acontecer. Para isto, é necessário estabelecer as condições 
materiais, bem como a disposição interior, prevendo o desenvolvimento da 
ação no tempo e no espaço; caso contrário, vai se improvisando, agindo sob 
pressão, administrando por crise (SCHEWTSCHIK, 2017, p. 10664)
Para compreender melhor a questão apresentada, organizamos um quadro que 
demonstra a série de técnicas e procedimentos disponíveis para o professor utilizar 
no planejamento de ensino da disciplina.
Quadro 2 – Técnicas e procedimentos para o professor em sua refl exão pessoal
Fases de 
Desenvolvimento 
da Instrução
Estilos de Ensinar Professor Aluno
Preparação Professor Autoridade Impõe programação que considera responsável único
Apresenta passividade em relação 
à programação proposta
Entrega Professor Coordenador
Coordena a ação para que 
cada aluno opere dentro de 
sua própria escolha
Aciona meios escolhidos para 
atingir metas selecionadas dentre 
as propostas pelo professor
Avaliação Professor Avaliador
Diagnostica as dificuldades 
para ampliação do programa 
individual do aluno
Vê na avaliação o momento de se 
autoavaliar, uma experiência
Fonte: Garcia (1982, p. 6)
A partir do momento que o professor compreende esses passos ele está apto a 
planificar. E o planejamento irá envolver: ideias, dinâmicas, projeções, programa-
ções, corporificações, plano de ação, entre outros.
Acesse o Blog Horário e veja a importância sobre o planejamento na escola.
Disponível em: https://bit.ly/30uhRDy.Ex
pl
or
Assim, podemos dizer que o planejamento de ensino envolve diversas etapas, 
como: análise lógica de conteúdo,mapeamento do conteúdo, relação de objetivos 
e elaboração do plano de avaliação. Lembrando que essas etapas devem ser feitas 
de maneira concomitante.
Apresentamos os princípios que envolvem o planejamento, e não obstante se 
faz necessário mostrar como o plano de aula está envolto a esse processo.
13
UNIDADE Planejamento e a Prática Docente II: 
Plano de Ensino e Plano de Aula
Plano de Aula 
De acordo com Veiga (2008, p. 267), “a aula, é um lugar privilegiado da vida 
pedagógica, refere-se às dimensões do processo didático - ensinar, aprender, pes-
quisar e avaliar - preparado e organizado pelo professor e seus alunos”. Segundo a 
autora, aula nada mais é do que o momento em que se efetiva o fazer pedagógico, 
em que acontece de fato a aprendizagem, a pesquisa e o processo avaliativo – pro-
cessos esses que precisam ser bem planejados. 
O ato de planejar e organizar a ação docente é um processo que exige domínio 
de conhecimento sobre os diversos níveis que compõem o planejamento. Por isso, 
a didática é tão importante, pois, além de fazer parte da pedagogia, trata dos pre-
ceitos científicos que tendem a orientar a atividade educativa.
E a didática em geral nos ensina que o planejamento de uma aula inicia-se 
com o plano de aula, e é nesse instrumento que iremos delimitar o que o aluno 
irá aprender. A isso se deve a necessidade de pensar em objetivos, nos conteúdos 
que se pretende ensinar, na metodologia e na avaliação, tudo isso apresentado de 
maneira detalhada.
Para Zanon e Althus (2010), a atividade docente ainda apresenta fragilidades, 
isso porque, para alguns professores, planejar e dispor na construção de atividades 
é fácil, já para outros a dificuldade é maior. Assim, o processo de reflexão a respei-
to das finalidades e objetivos do plano de aula precisa ser feito por meio de grandes 
estudos. Caso o professor não realize o planejamento, a ação docente deixa de 
atingir seu principal objetivo que é a aprendizagem. 
Os objetivos do plano de aula são caracterizados por verbos no infinitivo e visam 
designar um produto final da aula do professor; no caso, aquilo que queremos que 
o aluno aprenda.
De acordo com Libâneo (2013), o professor precisa ter conhecimento dos obje-
tivos educacionais, para que o seu planejamento esteja de acordo com todo o pro-
cesso pedagógico. O norte da prática docente ocorre por meio do planejamento e 
do plano de aula, por isso os objetivos são considerados o ponto de partida para o 
desenvolvimento da prática educativa, já que será por meio delas que o professor 
irá encaminhar o processo de ensino visando atingir a aprendizagem dos alunos.
Destacamos ainda que os conteúdos são um conjunto de conhecimentos, ha-
bilidades, hábitos e modos valorativos de atuação histórico-social, que estão or-
ganizados pedagogicamente e didaticamente para o processo de construção do 
conhecimento dos alunos. Libâneo (2013) coloca que os conteúdos são saberes 
que emergem da prática social e histórica que foram construídas pela humanidade, 
e traduzidos em matérias de ensino – por isso se transformam em conhecimento, o 
que resulta em capacidade cognoscitivas, e colaboram com o desenvolvimento das 
competências e habilidades.
14
15
Ela [a aula] é feita de prévias e planejadas escolhas de caminhos, que 
são diversos do ponto de vista dos métodos e técnicas de ensino; [...] 
também se constrói, em sua operacionalização, por percalços, que impli-
cam correções de rota na ordem didática, bem como mudanças de rumo; 
[...] está sujeita a improvisos, porque não foram previstos, mas não pode 
constituir-se por improvisações. (ARAUJO, 2008, p.60-62)
Assim, para que a aprendizagem ocorra, é necessário que o professor encontre 
caminhos ou métodos de ensino. O método de ensino permite que o plano de 
aula tenha uma característica ativa, pois visa direcionar o processo de construção 
da aprendizagem, além de atender às necessidades dos alunos. Dessa forma, o 
professor precisa ter conhecimento de um “maior número de meios e estratégias 
para atender as diferentes demandas que aparecerão no transcurso do processo de 
ensino/aprendizagem” (ZABALA, 1998, p. 93).
Ainda, o “processo de planejamento inclui o processo de avaliação, sem exa-
gero pode-se afirmar que o planejamento é um processo de avaliação que se junta 
a ação para mudar o que não esteja de acordo com o ideal” (GANDIN, 1994, p. 
115). Pela ótica do autor, conseguimos compreender que a avaliação é responsável 
pela reorganização da prática pedagógica, sendo ela quem vai demonstrar se os 
objetivos foram alcançados.
O plano de aula precisa atender a todas as especificidades dos itens que o 
compõem. Trazer o objetivo da aula bem especificado, uma avaliação que 
revele se a intencionalidade foi atingida e as atividades relacionadas aos 
conteúdos que desenvolverão as habilidades necessárias para que ocorra 
a aprendizagem. Para tanto, ele precisa apontar uma avaliação que esteja 
alinhada aos objetivos de aprendizagem e que retrate se estes foram ou 
não alcançados. (SCHEWTSCHIK, 2017, p. 10668)
Por isso é tão importante alinhar a avaliação aos objetivos propostos no plano de 
aula. A seguir apresentamos um modelo de plano de aula, para que você, estudante, 
possa utilizá-lo no momento de elaboração de suas aulas semanais ou mensais.
Ficha do plano de aula
Objetivo geral Público alvo
Conteúdos 
ministrados
Procedimentos a 
serem tomados Avaliação
Tema: _________________________________________________________________________________
Professor/Aluno: ________________________________________________________________________
Escola/Instituição: _______________________________________________________________________
Palavras/Chave: _________________________________________________________________________
Data: ____/_____/_____
Figura 3 – Plano de Aula
15
UNIDADE Planejamento e a Prática Docente II: 
Plano de Ensino e Plano de Aula
Vejam que o plano de aula contém praticamente os mesmos quesitos do plano 
de ensino, no entanto, o que os diferencia é que o plano de aula é elaborado para 
a semana que irá se trabalhar determinados conteúdos. Outro fator que se alinha a 
esse processo construtivo da prática docente é que, no plano de aula, o professor 
precisa direcionar a avaliação da aprendizagem, ou seja, ele precisa dizer como irá 
desenvolver o avaliação. O plano de aula e a prática de ensino se concentra em 
resultados da aprendizagem:
Um exemplo de prática de ensino que se concentra nos resultados de 
aprendizagem que se pretende que os estudantes alcancem [...] forne-
ce orientações práticas aos professores sobre como planejar suas aulas, 
levando em consideração a perspectiva dos estudantes, de tal modo a 
mantê-los engajados de forma produtiva. (MENDONÇA, 2014, p. 2)
Nesse sentido, as atividades que serão realizadas pelos alunos devem demonstrar 
o que eles aprenderam. O plano de aula mais completo utilizado é do Professor 
Gasparin, organizado da seguinte maneira:
Quadro 4 – Plano de aula
DISCIPLINA: 
 
OBJETIVO GERAL: 
corresponde ao objetivo mais amplo do conteúdo a ser ministrado, sempre buscando 
pensar: “o que meu aluno deve saber ao final deste conteúdo?”.
OBJETIVO ESPECÍFICOS: 
referem-se às unidades de ensino, é o momento que se explicitam as ações que irão 
contribuir para o objetivo geral.
I. PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO
1.1 CONTEÚDO:
Vivência do Conteúdo:
a) O que os alunos já sabem sobre o conteúdo ministrado?
b) O que os alunos gostariam de saber mais sobre o conteúdo?
II. PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 DISCUSSÃO:
a) O que é necessário para a produção de XXXXXXXXXXXX???
2.2 DIMENSÕES DO CONTEÚDO:
a) Conceitual
b) Social
c) Histórica
d) Cultural
III. INSTRUMENTALIZAÇÃO
Aqui o professor deve explicar como será a aulae prever como irá desenvolver os conteúdos, 
a problematização e os recursos que utilizará para desenvolver as atividades.
IV. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
V. CATARSE
5.1 SÍNTESE MENTAL DO ALUNO
Aqui o professor irá explicitar tudo aquilo que o aluno apreendeu ao longo dessa etapa e 
qual o resultado dela.
VI. PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO
6.1 Intenções do Aluno
6.2 Ações do Aluno
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores 
Associados, 2003.
16
17
Isso demonstra que o plano de aula deve conter objetivos de aprendizagem que 
estejam bem definidos e atividades avaliativas alinhadas ao objetivo proposto. 
O que eu pretendo que meus alunos sejam capazes de fazer depois do que 
eu ensinei e que não podiam fazer antes? Em que nível eles são capazes 
de fazer? Como faço para promover atividades que irão ajudá-los a alcan-
çar os resultados pretendidos da aprendizagem? Como posso avaliá-los 
para ver se eles alcançaram tais resultados? (BIGGS; TANG, 2010, apud 
MENDONÇA, 2014. p.2)
Por isso focar no alinhamento entre objetivos e avaliação é tão importante, 
pois possibilita que o professor alcance bons resultados no processo de ensino. É 
justamente nesse processo que as atividades que irá desenvolver no processo de 
avaliação precisam estar no mesmo nível dos objetivos de aprendizagem, ou seja, 
a avaliação deve corresponder ao objetivo.
Objetivo
Atividades da aula
Atividade avaliativa
de veri�cação da 
aprendizagem
1
3
2
1 - Inicia-se com o planejamento dos objetivos de aprendizagem, o que se quer que os alunos aprendam. 
2 - Planeja-se em seguida uma atividade para veri�car se eles aprenderam o que foi proposto com o objetivo.
3 - Busca-se, depois de elaborar a atividade avaliativa de veri�cação, a(s) atividade(s) que será(ão) proposta(s)
 durante a aula para que os alunos atinjam o objetivo pedagógico.
Figura 4 – Esquema de Alinhamento Construtivismo
Fonte: Dalcorso e Tamassia (2017)
O esquema apresentado ilustra o detalhamento do alinhamento construtivo. 
Essa prática descrita nele visa definir os resultados pretendidos na aprendizagem. 
Tanto o planejamento de ensino quanto o plano de aula são instrumentos es-
senciais na prática docente, pois eles visam garantir a aprendizagem e avaliar o 
que realmente se efetivou ao final de cada aula, sem se desvincular do processo 
de aprendizagem.
Até aqui tratamos sobre as questões que envolvem o plano de ensino e o plano 
de aula, no entanto há conceitos importantes para que essa prática do trabalho do-
cente se efetive. Assim, o infográfico estruturado exclusivamente para seus estudos 
demonstra quais são os importantes conceitos que fazem parte dos instrumentos 
da prática pedagógica docente.
17
UNIDADE Planejamento e a Prática Docente II:
Plano de Ensino e Plano de Aula
A
B
C
PREPARAÇÃO
Autoanálise do professor, técnicas de redação de 
objetivos instrucionais, técnicas de mapeamento do 
conteúdo.
ENTREGA DA INSTRUÇÃO
Estratégias instrucionais especí�cas para que o 
processo de ensino dos alunos seja e�ciente.
AVALIAÇÃO 
Avaliação normativa, avaliação por critérios e 
realimentação do processo de aprendizagem.
Figura 5 – Instrumentos da prática pedagógica docente
Assim, o infográfico apresentado permite compreendermos os principais que-
sitos que envolvem o plano de aula e o plano de ensino, além de como eles são 
importantes para a prática docente. Ao longo da nossa aula, buscamos discutir 
a respeito da necessidade da construção do plano de ensino e do plano de aula, 
evidenciando os elementos necessários para a sua construção, e como esses do-
cumentos fazem parte da prática docente e são fundamentais para o processo de 
aprendizagem com qualidade do aluno
18
19
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Planejamento de Aula na BNCC , com a Doutora Guaciara Fornaciari.
O vídeo apresentado pela professora Guaciara visa demonstrar como ficará o 
planejamento das aulas após a aprovação da BNCC, ao enfatizar discussões a respeito 
do que muda na prática dos professores.
https://bit.ly/2YwzGjG
Planejamento Escolar – N.º 01 - Planejamento: o que não é
https://youtu.be/MfyI6iwKnzA
Planejamento Escolar – N.º 02 - O que é planejamento
https://youtu.be/6nfDFsNhh-Y
Planejamento Escolar – N.º03 - O que deve contemplar
https://youtu.be/-V-BdMix_5c
 Leitura
A influência do plano de aula na práxis docente
O texto de Dorta e Franco (2013) visa abordar a importância que o plano de aula tem 
na práxis docente. Os autores focam na prática do ensino superior e ressaltam que até 
mesmo no ensino superior o plano de aula é importante. 
DORTA, G. C. da S.; FRANCO, S. A. P. A influência do plano de aula na práxis 
docente: uma abordagem no ensino superior. II Jornada de didática e I Seminário de 
pesquisa do CEMAD, 2013. Disponível em:
https://bit.ly/2DEG6Cl
A importância do planejamento no contexto escolar.
O texto aborda a importância do planejamento no contexto escolar. Os autores retratam 
o papel que o planejamento desempenha nas práticas docentes e a importância desse 
documento no momento de nortear as ações pedagógicas dos professores e até mesmo 
da equipe pedagógica. 
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UNIDADE Planejamento e a Prática Docente II: 
Plano de Ensino e Plano de Aula
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