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Ano V • Nº 18 • Jul - Set/2018
11º Simpósio 
mostra capacidade
científica e profissional 
da Enfermagem
O evento marcou também os 25 anos 
da SOBECC Nacional e reuniu cerca 
de 4.000 participantes.
AORN Opinião do especialista
Inalar fumaça cirúrgica é tão prejudicial 
quanto fumar
Como prevenir infecção em sítio cirúrgico: uma 
incógnita não desvendada, por Adriana Cristina 
de Oliveira.
Matriz
Rua Itaúna, 408
Vila Maria - São Paulo/SP
Fone: 55 (11) 2967-0763
Filial
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mack_medical_anuncio_21x28_final.pdf 6 06/09/18 17:26
Editorial 4
11º Simpósio: sonhamos, realizamos e vence-
mos nestes 25 anos.
Agenda 6
Programação de eventos.
Giro de Notícias 7
Destaques da SOBECC Nacional.
1ª Jornada Científica Catarinense 10
Programação científica da 1ª Jornada científi-
ca catarinense de bloco operatório da 
SOBECC Nacional.
11º Simpósio Internacional 12
Cobertura completa do evento.
Entrevista 22
Pesquisa da Enfa. Ms. Jeane Aparecida Gon-
zales Bronzatti, é premiada em 1º lugar na 
AORN Conference&Expo.
nesta edição
Diretoria da SOBECC — Gestão 2017-2019
Presidente: Giovana Abrahão de Araújo Moriya • Vice-presidente: 
Marcia Cristina Pereira de Oliveira • Primeira-secretária: Andréa 
Alfaya Acunã • Segundo secretário: Rafael Bianconi • Primeira-te-
soureira: Maria Lucia Leite Ribeiro • Segunda-tesoureira: Ana Lucia 
Gargione Sant´Anna • Diretora do Conselho Fiscal: Marcia Hitomi 
Takeiti • Membro do Conselho Fiscal: Liraine Laura Farah • Membro 
do Conselho Fiscal: Cecília da Silva Ângelo • Diretora da Comissão 
de Assistência: Simone Garcia Lopes • Membro da Comissão de As-
sistência: Juliana Rizzo Gnatta • Membro da Diretoria da Comissão 
de Assistência: Thiago Franco Gonçalves • Diretora da Comissão de 
Educação: Vanessa de Brito Poveda • Membro da Diretoria de Edu-
cação: Debora Cristina Popov • Membro da Comissão de Educação: 
Wagner Aguiar Junior • Diretora da Comissão de Publicação e Di-
vulgação: Rachel de Carvalho • Membro Comissão de Publicação e 
Divulgação: Rita Catalina Aquino Caragnato • Membro da Comissão 
de Publicação e Divulgação Maria Belén Salazar Posso • Diretora de 
Eventos Regionais: Soraya Palazzo.
Órgão oficial da Associação Brasileira de Enfermagem em Centro Ci-
rúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de material e Esterilização 
(SOBECC Nacional).
Comissão de Publicação e Divulgação – Diretora: Dra. Rachel de Car-
valho - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FIC-
SAE) • Membros – Dra. Rita Catalina Aquino Caragnato - Universidade 
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Dra. Maria 
Belén Salazar Posso - Faculdade de Pindamonhangaba (FUBVIC)
Equipe Técnica — Coordenação: Sirlene Aparecida Negri Glasenapp • 
Redação: Andrea Fagundes (MTb 40.376) e Evelina Fyskatoris (MTb 
46.219) • Pauta: Enf. Rafael Bianconi • Revisão: Profa. Dra. Rachel de 
Carvalho • Design Gráfico: Patricia Barboni • Secretaria: Maria Eliza-
beth Jorgetti e Claudia Martins Stival • Tiragem: 6.000 exemplares • 
Impressão: Editora Referência Ltda.
A SOBECC com Você é uma publicação trimestral da SOBECC Nacio-
nal, dirigida a profissionais de Enfermagem do Bloco Operatório, com 
o objetivo de divulgar informações sobre boas práticas de assistência 
de Enfermagem. A reprodução parcial ou total de qualquer matéria 
desta edição só é permitida mediante autorização.
Rua Vergueiro 875 • cj. 64 • Liberdade • 01504-001 • São Paulo • SP
CNPJ: 67.185.215/0001-03
Fone: (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br
CONTATO, DÚVIDAS E SUGESTÕES: sobecc@sobecc.org.br
EXPEDIENTE
SOBECC com Você 3
Opinião do especialista 23
Como prevenir infecção em sítio cirúrgico: 
uma incógnita não desvendada, por Adriana 
Cristina de Oliveira.
AORN 24
Inalar fumaça cirúrgica é tão prejudicial quanto 
fumar.
Fora da profissão 26
Enfermeira Lia Romero está incentivando hos-
pitais a participarem de um projeto de reutili-
zação das Mantas SMS.
Bem-estar 28
Os 50 são os novos 30!
Resenha 30
Trabalhos Científicos (TC) em Enfermagem 
Perioperatória.
SOBECC com Você4
EDITORIAL
SOBECC com Você
EDITORIAL
11º Simpósio: sonhamos, 
realizamos e vencemos 
nestes 25 anos!!
P
arabéns a você e a todos pela realização do nosso 11º Simpósio Internacional 
de Esterilização e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde! 
É uma alegria imensa poder compartilhar este momento da trajetória dos 
nossos 25 anos de SOBECC Nacional, pois o sonho começou pequeno 
e se tornou realidade neste evento lindo, imenso que tem credibilidade nacional 
e internacional, no qual centenas de colegas de todo o País, se encontram para 
compartilhar conhecimentos, experiências, rever amigos, fazer novas amizades e 
aprimorar nossas convicções associativas.
É impossível explicar o quanto a celebração do nosso Jubileu de Prata e o Sim-
pósio foram emocionantes para todos nós da diretoria. O trabalho incessante, 
com orgulho e a alegria para a organização deste evento tão especial, foi marca 
constante durante todo o tempo. Isso mostra a força da nossa profissão, que 
presta assistência, gera conhecimento científico, demonstra empatia com os 
nossos pacientes e clientes, sendo que, ao mesmo tempo, somos mães, pais, 
irmãos, irmãs e colegas amorosos.
Homenageamos pessoas especiais que ajudaram a construir a SOBECC Nacional, 
fazendo parte da diretoria, colaborando e patrocinando ao longo destes anos. Foi 
com muito esforço e determinação de tanta gente que acreditou neste ideal que 
permitiu que chegássemos até aqui. Mencionamos cada uma das ex-presidentes 
e profissionais de destaque na Enfermagem brasileira que contribuíram imensa-
mente com a história da nossa Associação. 
O tema do Simpósio deste ano “Atitudes que transcendem as habilidades técni-
cas em busca dos melhores desfechos em saúde” tem muito a ver com os en-
sinamentos pregados pela Monja Coen, durante o encerramento. O ambiente 
cirúrgico é muito estressante, sendo imprescindível ter o nosso coração aberto 
junto às técnicas e às habilidades, para sermos capazes de manter a empatia e 
a compaixão em ajudar o outro, mesmo nos momentos de maior tensão. 
É por querer transcender os aspectos técnicos que este 11º Simpósio trouxe 
palestras que abordaram o comportamento, o estresse e as terapias alternativas. 
Precisamos cuidar de nós mesmos e dos colegas, porque se não estivermos 
bem, como poderemos cuidar do outro?
Agora temos a nossa bandeira que, com grande emoção, hasteamos pela pri-
meira vez durante a cerimônia de abertura do Simpósio trazendo os valores da 
SOBECC Nacional: ética, responsabilidade e compromisso social. Esses valores 
norteiam nossa Associação para o alcance do principal objetivo da garantia de 
uma Assistência de Enfermagem de excelência.
Esta edição está recheada de temas abordados no Simpósio. Trazemos uma en-
trevista com a Enfa. Ms. Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti, que fez um trabalho 
científico sobre pré-limpeza. A seção Fora da Profissão traz Enfa. Lia Jeronymo 
Romero, com o lindo trabalho de reciclagem de material do CME. Na seção 
Bem-Estar o tema é “Os 50 são os Novos 30”, que fala sobre como as pessoas 
estão investindo em autoconhecimento e encarando novos desafios em qual-
quer idade.
Boa leitura!
Giovana Abrahão de Araújo Moriya
Presidente SOBECC Nacional
Giovana Abrahão de 
Araújo Moriya
Presidente SOBECC Nacional 
Gestão 2017/2019
É uma alegria 
imensa poder 
compartilhar 
este momento 
da trajetória dos 
nossos 25 anos de 
SOBECC Nacional4
SOBECC com Você6
 
AGENDA
CURSO EAD: ATUALIZAÇÃO EM CENTRO 
CIRÚRGICO SOBECC NACIONAL
Data: 19 de novembro de 2018 a 31 de janeiro de 2019
Inscrições: 30 de outubro a 9 de novembro de 2018
Informações e inscrições: www.sobecc.org.br
1ª JORNADA CIENTÍFICA CATARINENSE DE BLOCO 
OPERATÓRIO DA SOBECC NACIONAL
Data: 23 de novembro de 2018
Local: Universidade Federal de Santa Catarina 
(UFSC), Florianópolis - SC
Informações e inscrições: www.sobecc.org.br
14º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM EM 
CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA 
E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Data: 4 a 6 de setembro de 2019
Local: Palácio das Convenções do Anhembi - São Paulo
Informações e inscrições: www.sobecc.org.br
AORN GLOBAL SURGICAL CONFERENCE & EXPO
Data: 6 a 10 de abril de 2019
Local: Music Center City, Nashville - Tenessee - EUA
Informações e inscrições: www.aorn.org
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180316 Anúncio Optiline.pdf 1 16/03/2018 14:18:56
SOBECC com Você 7
 
GIRO DE NOTÍCIAS
7ª Reunião do Conselho do Instituto Ética Saúde
A presidente da SOBECC Nacional, Profa. Dra. Giovana 
Abrahão de Araújo Moriya, participou da 7ª Reunião do 
Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde, realizada dia 
13 de julho, na Sede da Associação Brasileira da Indústria 
de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABI-
MO). Estiveram presentes à reunião os novos membros do 
Conselho Consultivo e foram apresentadas as ações do 
Conselho Ética Saúde, como o Grupo de Trabalho – Hospi-
tais (normativas do Ética Saúde para hospitais), o Programa 
de Qualificação – QualIES, e o Programa de Sensibilização 
e Educação em Compliance. 
SOBECC com Você 7
Giovana Abrahão de Araújo Moriya
Presidente SOBECC Nacional
Da esquerda para direita Dr. Sérgio Madeira – Instituto Ética Saúde – IES, 
Dr. Marcos Luzo – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – 
SBOT, Dr. Fernando Costa – Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC, 
Dra. Giovana Abrahão de Araújo Moriya – SOBECC Nacional, Brigitte 
Dacosta – Câmara Brasileira de Diagnóstico – CBDL, Marcos Tadeu 
Machado – IES, Gláucio Pegurin Libório – IES, Dr. Luiz Fernando Lobo 
– Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial – 
CBCTBMF, Carlos Eduardo Gouvêa -IES e Eduardo Winston -IES.
Fórum de enfermeiros
O Laboratório MSD, em parceria com a SOBECC Nacional, 
promoveu no dia 18 de agosto, na capital paulista, o Fórum 
de Enfermeiros. Realizado no Hotel Bourbon Convention 
Ibirapuera, o evento teve como tema central: “Segurança 
do paciente cirúrgico vs. qualidade da assistência prestada”. 
A programação científica, elaborada pela presidente da 
SOBECC Nacional, Profa. Dra. Giovana Abrahão de Araújo 
Moriya, e pela 1ª Tesoureira da Associação, Andrea Alfaya 
Acunã, em conjunto com Rodrigo Sodré, da Specialty 
Care MSD Brasil, colocou em debate assuntos como: “O 
empoderamento do profissional enfermeiro em sua prática, 
“O bloqueio neuromuscular e as tecnologias que auxiliam 
na monitorização, “Paralisia residual pós-operatória: como 
identificar e atuar?”, “ Riscos na Sala de Recuperação Anes-
tésica: são mapeáveis?”, “Aplicabilidade dos bundles de 
infecção” e “ O manejo da sede pós-operatória”. 
SOBECC com Você8
GIRO DE NOTÍCIAS
A presidente da SOBECC Nacional, 
Profa. Dra. Giovana Abrahão de 
Araújo Moriya, e a diretora do Con-
selho Fiscal, Marcia Hitomi Takeiti, 
participaram, em Brasília, nos dias 3 
e 4 de julho, da reunião do Grupo de 
Trabalho dedicado à Revisão da RDC 
15/2012. Os participantes discutiram 
item por item os pontos que foram 
incluídos em análise feita pela ANVISA 
e outros que foram destacados pelos 
presentes na reunião. Quanto à nova 
minuta, o Grupo tratou em concor-
dância sobre as “Boas práticas para o 
processamento de produtos utilizados 
em serviços assistenciais de saúde”, 
independentemente dos locais onde 
as etapas são realizadas, de forma a 
manter a coerência necessária aos 
princípios gerais de processamento. 
O Grupo está trabalhando também a 
Minuta de Revisão da RE 2606/2006, 
que será discutida oportunamente por 
meio da Consulta Dirigida_RE_2606. 
A ANVISA deve fazer a regulação 
complementar à RDC, por meio de 
Revisão da RDC15/2012 - ANVISA
Grupo de Trabalho dedicado à Revisão da RDC - 15/2012
I Jornada científica do GIAM
Sob o tema central: “Ética, 
Gestão e Segurança no 
Bloco Operatório”, no dia 4 
de agosto foi realizada a I 
Jornada Científica do Grupo 
de Incentivo ao Aperfei-
çoamento Multiprofissional 
(GIAM), no Auditório do 
HCor, na cidade de São 
Paulo. O evento, organi-
zado pelos membros do 
GIAM, Maria Angelica R. 
Pereira, Jeane Ap. G. Bronzatti, Paulo Laranjeira e Léa Pe-
reira, contou com o apoio da SOBECC Nacional, que foi 
representada pela presidente, Profa. Dra. Giovana Abrahão 
de Araújo Moriya, e pela diretora do Conselho Fiscal, Marcia 
Hitomi Takeiti. As palestras científicas abordaram temas de 
suma importância para área de Bloco Operatório. Entre os 
assuntos, destacaram-se: “A importância das sociedades 
de classe – aspectos políticos, sociais e educacionais, “Pre-
venção e controle de infecção e a resistência de microrga-
nismos no Bloco Operatório – estratégias da Organização 
Mundial da Saúde”, “Gestão de Risco no Centro Cirúrgico 
e na Recuperação Pós-Anestésica”, “OPME para grandes 
desafios – soluções inovadoras. O Que Vem Por Aí?”, “De-
safios no planejamento e execução da construção de um 
Centro Cirúrgico e “Treinamento em CME – fazendo de for-
ma lúdica para conquistar o colaborador”. Outro debate de 
grande relevância, encerrando a jornada, foi a apresentação 
da palestra “É possível discutir o assédio moral na Enferma-
gem”. Apoiaram também o evento as empresas CNPH e 
LVC Share.
Da esq. para dir.: Paulo Laranjeira, Jeane 
Ap. G. Bronzatti, Marcia Hitomi Takeiti e 
Maria Angelica R. Pereira.
Instrução Normativa, Manuais, RDC 
comentada, Nota Técnica ou outros 
instrumentos, especificamente no 
que se refere à interpretação de itens 
destacados na norma durante as dis-
cussões. Esse trabalho deve prosse-
guir para avaliar e propor inclusões ou 
alterações na minuta. O restante do 
texto deve ser finalizado e publicado 
pela ANVISA em instrumento regulató-
rio complementar. 
SOBECC com Você 9
GIRO DE NOTÍCIAS
Da esq. para dir.: Jeferson Xavier, Giovana A. de Araújo 
Moriya, Fabiola Queiroz, Ivana Meire, Soraya Palazzo, Juliana 
Neponuceno e Samantha Freitas 
I Jornada Científica Norte - Nordeste
Salvador (BA) foi sede da I Jornada Científica Norte-Nordeste 
de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de 
Produtos para a Saúde, promovida e realizada pela SOBECC 
Nacional, com apoio do Grupo de Estudo Ciência&CME 
(CIME), no dia 7 de julho. A programação científica, cuida-
dosamente preparada pela diretora de Eventos da SOBECC 
Nacional, Soraya Palazzo, e membro do CIME, Fabíola Quei-
roz, reuniu mais de 250 enfermeiros e nove empresas expo-
sitoras. Os temas foram explorados de acordo com a neces-
sidade da região, como: “Método do dimensionamento de 
pessoal em Bloco Cirúrgico e CME - aplicabilidade prática” 
e “Interfaces profissionais na cirurgia segura - qual o nosso 
papel?”, que incluiu o tema: “A importância do protocolo 
de cirurgia segura e sua aplicabilidade”. A mesa-redonda 
de debates discorreu sobre “Risco de infecção relacionada 
ao processamento de produtos para a saúde”, “Garantia de 
segurança no processo de limpeza e desinfecção e prazo 
de validade do produto esterilizado” e “Reprocessamento 
de produtos de uso único - desafios para prática em CME 
e CC”. Para finalizar, a jornada abordou a questão sobre o 
“Posicionamento cirúrgico - avaliação de risco associado ao 
desenvolvimento de lesões”. As expositoras e apoiadoras do 
evento foram: 3Albe, 3M, Rioquímica, Steris, Galmed, Flex 
Medical, H.Stratnner, Space Med e Mogami. 
SOBECC com Você10
Programação científica - manhã
7h30 - 8h30 
10h30 - 11h15 
8h30 - 9h15
9h15 - 10h30
11h15 - 12h
Entrega de Material
CoffeeBreak
Abertura:
Representantes da SOBECC Nacional, UFSC e Coral NETI
Mesa-Redonda: 
Cultura de segurança na área cirúrgica nos estados de SC e SP.
Palestra:
Informatização do checklist cirúrgico
Palestrante: Enfa. Ms. Larissa de Siqueira Gutierres – Hospital Baía Sul – Florianópolis (SC).
Palestrante: 
Enfa. Profa. Ms. Soraya Palazzo – Centro Universitário São Camilo – São Paulo (SP).
Enfa. Dra. Ana Graziela Alvarez – Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis (SC).
I JORNADA CIENTÍFICA
23.11.2018
(sexta-feira)
DE BLOCO OPERATÓRIO DA
SOBECC NACIONAL
CATARINENSE
Período
de inscrições
de 16.10.2018 a
14.11.2018
AUDITÓRIO DA 
REITORIA - UFSC
Local do evento:
Rua Eng. Agronômico Andrei Cristian Ferreira,
Carvoeira, Florianópolis, (SC)
Florianópolis - Santa Catarina
SOBECC com Você 11
Drª. Giovana Abrahão de Araújo Moriya
Presidente SOBECC Nacional Gestão 2017/2019, 
Coordenadora do Centro de Material e Esterili-
zação (CME), do Hospital Israelita Albert Einstein, 
São Paulo.
Profª. Ms. Soraya Palazzo
Diretora da Comissão de Eventos Regionais SOBECC Na-
cional Gestão 2017/2019, Coordenação Pós-graduação em 
Assistência Multiprofissional em Oncologia, Coordenação 
Pós-graduação em Enfermagem em CC, CME e RA e Coor-
denação Pós-graduação em Enfermagem Pediátrica em 
UTI e CC Centro Universitário São Camilo, São Paulo.
JORNADA
13h15 - 14h45 
17h 15
15h45 - 16h15 
14h45 - 15h45
16h15 - 17h15
12h - 13h15
Almoço
Encerramento das atividades e sorteios
Coffee Break
Palestra:
O processo de estilização de materiais para a segurança na gestão do ambiente cirúrgico.
Palestrante: Enfa. Ms. Carmen E. Pozzer – Coordenadora Técnica de Esterilização, Complexo 
Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS).
Palestra:
Como lidar com a mídia social no bloco operatório?
Palestrante: Enfa. Profa. Ms. Soraya Palazzo – Centro Universitário São Camilo – São Paulo (SP).
Mesa-Redonda:
O cenário da segurança do paciente no ambiente cirúrgico: do ensino à gestão do processo.
Palestrante: Larissa de Siqueira Gutierres – Florianópolis (SC)
Comissão organizadora SOBECC Nacional
Segurança do paciente no ambiente cirúrgico:
Palestrante: Josiane de Oliveira Vivan – Professora de Pós-Graduação, Avaliadora Líder do 
Sistema Brasileiro de Acreditação/ONA, integrante do Comitê Técnico de Revisões Técnicas da 
ONA, Superintendente do IPASS – Curitiba (PR).
Simulação clínica perioperatória:
habilidades técnicas e comportamentais para desenvolvimento do profissional.
Palestrante: Enfa. Dra. Neide Knihs – Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis (SC).
Dra. Ana Graziela Alvarez
Dra. Juliana Balbinot Reis Girond 
Dra. Lucia Nazareth Amante 
Dra. Luciana Fabiane Sebold 
Dra. Keila Cristiane do Nascimento
Comissão
organizadora local
Membros Associadas – SOBECC Nacional
Programação científica - tarde
SOBECC com Você12
11º SIMPÓSIO
11º Simpósio 
mostra capacidade
científica e profissional 
da Enfermagem
O 11º Simpósio Internacional de Esteriliza-
ção e Controle de Infecção Relacionada à 
Assistência à Saúde reuniu durante três dias 
profissionais de todo o País, para comparti-
lhar informações científicas, ouvir palestran-
tes brasileiros e internacionais e conhecer o 
que a indústria oferece de mais atualizado 
em equipamentos e materiais. O evento 
marcou também os 25 anos da SOBECC 
Nacional. 
O Simpósio ocorreu entre os dias 29 e 31 de 
agosto de 2018, no Palácio das Convenções 
do Anhembi, em São Paulo, e reuniu cerca 
de 4.000 participantes, com mais de 60 
palestras, 11 apresentações orais e 160 apre-
sentações de e-pôsteres. Também estiveram 
presentes 68 empresas na Exposição Tecno-
lógica. Um evento desse porte demonstra a 
capacidade de gerar conhecimento científi-
co e o comprometimento profissional dos 
enfermeiros de Centro Cirúrgico. 
SOBECC com Você12
SOBECC com Você 13
Discurso 
emocionante marca 
abertura do evento
Em sua fala inicial do 11º Simpósio, 
a presidente da SOBECC Nacional, 
Profa. Dra. Giovana Abrahão de 
Araújo Moriya, destacou a impor-
tância do evento, mencionou os 
participantes da mesa e salientou 
o significado do tema deste ano, 
que valoriza as atitudes que levam 
a resultados positivos. Compondo 
a mesa da solenidade de abertura, 
estavam presentes Paulo Cobelis 
Gomes, representando o Conse-
lho Regional de Enfermagem de 
São Paulo (Coren-SP); Cristiane 
Schimitt da Associação Paulista 
de Epidemiologia e Controle de 
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (APECIH); 
Gláucio Pegurin Libério, Presidente do Conselho de Admi-
nistração do Instituto Ética Saúde; Benefran Junio da Silva 
Bezerra, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVI-
SA); e Cristine Dennis, Presidente da Federação Mundial da 
Ciência da Esterilização Hospitalar (WFHSS). O discurso de 
Giovana ressaltou: 
Este ano, o tema central do 
evento norteia “As atitudes que 
transcendem as habilidades 
técnicas em busca dos melhores 
desfechos em saúde”, tendo 
como foco o compromisso da 
execução de práticas diárias 
responsáveis e éticas, buscando 
continuamente os melhores 
resultados assistenciais. 
Giovana Abrahão de Araújo Moria, 
Presidente SOBECC Nacional
SOBECC com Você 13
SOBECC com Você14
11º SIMPÓSIO
Homenagens
Ex-Presidentes SOBECC Nacional
Destaques da Enfermagem
Ana Maria Ferreira de Miranda (Gestão 1991)
Nazaré Pelizetti Szymaniak (Gestão 1995 a 1999)
Joana Lech (Gestão 1999 a 2001 e 2001 a 2003)
Rosa Maria Pelegrini Fonseca (Gestão 2003 a 2006)
Ligia Garrido Calicchio (Gestão 2006 a 2007)
Jeane Ap. Gonzalez Bronzatti (Gestão 2007 a 2009)
Janete Akamine (Gestão 2010 a 2011 e 2011 a 2013)
Marcia Hitomi Takeiti (Gestão 2013 a 2015 e 2015 a 2017)
Maria do Carmo Querido Avelar 
Sandra Terezinha Amarante
Neide Valdez dos Santos 
Kazuko Uchikawa Graziano 
Estela Regina Ferraz Bianchi 
Lore Cecília Marx 
Rúbia Aparecida Lacerda 
Aparecida de Cássia Giani Peniche 
João Francisco Possari 
Maria Isabel Pedreira de Freitas 
Maria Belén Salazar Posso
Arlete Silva 
EIenice Aparecida de Oliveira Kocssis
A 
SOBECC Nacional homenageou, logo no início da 
cerimônia de abertura, as pessoas que marcaram 
os 25 anos da trajetória da entidade. Foi uma forma 
de reconhecer a importância, o valor e a dedicação 
de tantas pessoas. As primeiras homenageadas foram as 
ex-presidentes, que deixaram seu legado ao longo desses 
anos e tornaram a Associação uma referência para todos 
os profissionais de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Re-
cuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. 
Também, foram homenageados profissionais que se desta-
cam na Enfermagem, por serem grandes idealizadores de-
dicados à Associação, como ex-diretores de várias gestões, 
professores e pesquisadores na área do Bloco Operatório e 
Controle de Infecção, Enfermeiros dedicados à humaniza-
ção do cuidado, funcionários e associados que fazem parte 
da história da SOBECC Nacional:
Primeira associada
Zuleika Fazoni Souza (esq.) foi a primeira associada da SOBECC Nacional 
e também fez parte da Diretoria como membro da Comissão de Educa-
ção e 2ª Tesoureira.
SOBECC com Você 15
Parceiros desde sempre
Valores da Entidade
Bandeira da SOBECC Nacional
Foi muito importante para a Associação contar com o apoio 
das empresas que acreditaram na iniciativa e apoiaram a 
primeira edição da Revista SOBECC, publicando seus anún-
cios: Baumer, B|Braun, Cremer, 3M e Johnson & Johnson.
O 11º Simpósio foi também a oportunidade para a Diretoria da SOBECC Nacional apresentar aos associa-
dos e ao público em geral os valores que norteiam a entidade e seus profissionais:
• Ética
• Responsabilidade
• Compromisso social
Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia de abertura foi a entrada de representantes do Corpo de Enfermagem 
do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP), portando bandeiras, e também a Vice-Presidente da SOBECC Nacional, 
Marcia Cristina Oliveira Pereira, que apresentou, pela primeira vez, a bandeira da associação.
Talentos Ocultos
Tambémforam homenageados os 
talentos de profissionais fundamentais 
para o sucesso da SOBECC Nacional.
Beth Jorgetti: tem prestado assis-
tência cordial, delicada e carinhosa 
a todos os associados e à Diretoria. 
É respeitosa com todos, mesmo em 
situações de extrema dificuldade.
Sirlene Aparecida Negri Glazenapp: 
desde o ano de 1997 participou da Di-
retoria e apoiou a SOBECC Nacional. 
Hoje é um “pilar” da entidade e parti-
cipou de todas as grandes conquistas 
da Associação.
11º SIMPÓSIO
Leonardo Suzart, da Johnson & Johnson (esq.); 
Michael Dickscheid, da B|Braun; Rodrigo Marinho, 
da Baumer; e Marcelo de Camargo, da 3M
Grupo Corpo de Enfermagem do 
Hospital de Força Aérea de São Paulo
Bandeira da Associação Marcia Cristina de Oliveira Pereira: 
apresentação da bandeira
SOBECC com Você16
Programação científica
Palestrantes destacam importância do CME
C
om o tema “Atitudes que Transcendem as Habilidades Técnicas em Busca dos Melhores Desfechos em Saú-
de”, o 11º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde 
teve 60 palestras, 11 apresentações orais e 160 apresentações de e-pôsteres, muitos voltados às questões 
do CME. Todas as apresentações foram valiosas e contribuíram para o desenvolvimento técnico-científico e 
assistencial da Enfermagem. Veja a seguir entrevistas com alguns dos palestrantes. 
Gláucio Pegurin Libório, presidente do Instituto Ética Saúde abriu sua palestra 
“Impactos da Ética e do Compliance no Setor de Saúde” elogiando a SOBECC 
Nacional pela escolha do tema Ética e Integridade para o 11º Simpósio. O Insti-
tuto Ética Saúde tem a proposta de criar, voluntariamente, regras para preven-
ção de suborno e corrupção no setor saúde. A SOBECC Nacional faz parte do 
Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde.
Na palestra, Libório explicou como o funcionamento da Saúde no Brasil atual-
mente beneficia a atividade de empresas com desvios de conduta, o que leva 
ao desperdício de recursos e compromete a assistência ao paciente. Para 
Libório, quando se cria um contexto gerado pelas atitudes éticas, cria-se um 
círculo virtuoso, que leva à diminuição de custos e do desperdício e a uma 
concorrência justa entre fornecedores. Ele citou a SOBECC Nacional entre as 
entidades comprometidas com a ética.
A programação científica da tarde do primeiro dia do Sim-
pósio (29/ago) foi aberta por Christine Denis, Presidente e 
membro do Conselho do World Federation for Hospital 
Sterilisation Sciences (WFHSS). Ela é doutora em Farmácia 
pela Universidade de Lille II (França) e cofundadora e mem-
bro do Conselho da Sociedade Francesa de Esterilização.
O tema da palestra de Christine Denis foi “CME externo 
para o processamento de produtos para saúde: armadilhas 
a serem evitadas”. Em entrevista para a Revista SOBECC 
Nacional com Você, Christine destacou que a adoção de 
um CME externo costuma ser vantajosa. Ela argumenta 
que, mesmo um pequeno CME, precisa ter equipamentos 
em duplicidade para o caso de quebras, por exemplo, 
duas autoclaves, mesmo que sejam necessários apenas 
um ou dois ciclos por dia. “É muito investimento para qua-
se nada”, comenta.
Ética é o caminho para corrigir desvios na Saúde 
Christine Denis aponta 
vantagens do CME externo
11º SIMPÓSIO
“No caso de hospitais com CME pequenos, faz sentido fa-
zer parceria com outros do mesmo porte ou maiores, para 
terceirizar o CME”, diz Christine. No caso de hospitais de 
grande porte, é vantajoso oferecer serviços de esterilização 
para outras entidades, já que isso significa uma fonte de 
receita e um melhor uso da capacidade instalada do CME.
SOBECC com Você 17
Gerhar Kirmse é Diretor do Centro de 
Competência Técnica da Aesculap AG 
(Alemanha), fornecedora de instru-
mentos cirúrgicos. “É a primeira vez 
que venho a um Simpósio da SOBECC 
e estou realmente impressionado 
com o porte do evento e com o nível 
de conhecimento científico apresen-
tado”, comentou Kirmse. Na palestra 
“Descoloração e Alterações na Super-
Especialista da Aesculap discute
corrosão de instrumentos
11º SIMPÓSIO
A Profª Dra. Kazuko Uchikawa Gra-
ziano apresentou a palestra “Fatores 
Críticos da Esterilização Padrão Ouro 
por Vapor Saturado sob Pressão” onde 
apontou uma série de fatores que po-
dem comprometer o processo, inclu-
sive características da autoclave, qua-
lidade da água, qualidade do vapor e 
outros. Em entrevista, ela afirmou que 
o CME vem ganhando a atenção que 
merece e parabenizou a organização 
do Simpósio: “É um evento que está 
crescendo cada vez mais, com uma 
Kazuko afirma que CME vem 
ganhando a atenção que merece
diretoria que investe esforços para 
oferecer o melhor para seus sócios e 
todos estão de parabéns”, comentou.
Ela acredita que a melhor forma de se 
montar uma equipe realmente com-
prometida é escolher os profissionais 
com o perfil certo para trabalhar no 
CME. “´É preciso que as pessoas desse 
time acreditem que trabalhar no CME 
também é cuidado assistencial, para se 
ter uma equipe produtiva, comprome-
tida e competente”, disse Kazuko.
fície”, Kirmse discorreu sobre como os 
hospitais lidam diariamente com man-
chas, descoloração e corrosão nos 
instrumentos, e como a esterilização 
pode ser comprometida nessas con-
dições. “A preservação dos materiais 
é uma questão de longo prazo, por 
isso, muitas vezes, os hospitais não lhe 
dão a devida importância”, argumenta 
Kirmse.
Janet M. Prust, diretora de assuntos científicos e educa-
cionais da 3M nos EUA, apresentou o tema “Organismos 
multirresistentes e invasivos vs procedimentos endoscó-
picos: como processar efetivamente?”. Ela exibiu dados 
preocupantes quanto a contaminações relacionadas a 
procedimentos endoscópicos. “Esse é definitivamente um 
problema mundial”, afirma.
Segundo Janet, o principal problema continua sendo a 
fase de limpeza dos endoscópios flexíveis, porque os pro-
tocolos de limpeza frequentemente não são observados. 
“Se a remoção de sujidades não é eficaz, os resultados das 
etapas posteriores de desinfecção e esterilização serão 
comprometidos”, argumenta. Segundo ela, a adesão aos 
protocolos de limpeza vem melhorando porque surgiram 
novos indicadores para avaliar essa fase.
Janet Prust destaca a importância da fase de limpeza de endoscópios
SOBECC com Você18
11º SIMPÓSIO11º SIMPÓSIO
Encerramento
Monja Coen fala 
sobre aquietar o 
coração
N
o encerramento do Simpósio, os participantes tiveram a oportuni-
dade de ouvir as sábias palavras da Monja Coen. Logo de início, 
ela convidou todas a participarem de um momento de respiração 
consciente, para alcançarem mais serenidade. Ela lembrou do pri-
vilégio que é viver, e como é importante ter uma consciência plena de tudo 
que nos acontece, tanto as coisas boas, quanto as ruins, e saber observar a 
realidade sem sofrimento. E, assim, com sua presença doce e iluminadora, a 
Monja Coen cativou todos os presentes, que saíram dali com um pouco mais 
de paz no coração e amor pelos outros, mesmo por aqueles com os quais 
não concordamos. 
SOBECC com Você 19
Premiação
U
m dos pontos altos da cerimônia de encerramento do 11º Simpósio SOBECC Nacional foi a premiação dos 
trabalhos apresentados na categoria oral e na categoria e-pôsteres. São trabalhos que demonstram o com-
prometimento de pessoas que contribuem para o desenvolvimento do conhecimento técnico-científico da 
Enfermagem, Perioperatória, para que possamos obter resultados assistenciais cada vez melhores. Estão de 
parabéns, tanto os premiados, que listamos nestas páginas, quanto todos os participantes.
Tema: Protocolo do manejo de alergia medicamentosa.
Autores: Mariangela Ribeiro, Aline Oliveira, Alexandre 
Teruya, Ítala Piantino Atala Mourão, Ronia de Castro 
Santiago
Instituição: Hospital Moriah – São Paulo 
Tema: Segurança do paciente na atenção primária de saúde e o reprocessamento de artigos.
Autores: Isabela Camargo Potye Gomes1, Raquel Machado Cavalca Coutinho1, Lidiana Flora Vidôto1, Tayná Magalhães 
da Silva1 
Instituição: 1UniversidadePaulista – São Paulo 
Trabalho premiado em 2º LUGAR 
categoria e-pôster
Trabalho premiado em 1º LUGAR categoria e-pôster
Simone Garcia Lopes, Diretoria SOBECC Nacional (esq) 
autoras do trabalho
Simone Garcia Lopes, Diretoria SOBECC Nacional (esq.), Giovana Abrahão de Araújo Moriya,
Presidente SOBECC Nacional autoras do trabalho
11º SIMPÓSIO
SOBECC com Você20
Tema: Eficiência operacional em OPME: estudo de viabi-
lidade para time dedicado. 
Autoras: Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti, Alessandra 
Bokor, Cristina da Costa Porcelli, Flavia Lacerda Rodri-
gues.
Instituições: Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo.
Tema: Os jogos educativos como ferramenta de aprendi-
zagem na enfermagem.
Autores: Nayanne Santos Márcio Teixeira
Instituição: Faculdade de Macapá- Fama
Tema: Risco da ausência de parâmetro para determinar a 
“vida útil” de instrumental/implante cirúrgico.
Autores: Dayane de Melo Costa1, Anaclara Ferreira Veiga 
Tipple2, Lillian Kelly de Oliveira Lopes3, Honghua Hu4, 
Evandro Watanabe5, Karen Vickery6.
Instituições: 1 e 2 Universidade Federal de Goiás, 3Hospital 
das Clínicas / Universidade Federal de Goiás, 4 e 6 Faculty 
of Medicine and Health Sciences / Macquarie University, 
5Escola de Ondontologia / Universidade de São Paulo.
Trabalho premiado MENÇÃO 
HONROSA categoria e-pôster 
Trabalho premiado em 3º LUGAR 
categoria e-pôster 
Trabalho premiação em 1º LUGAR 
categoria Oral
Nayane Santos Marcio Teixeira (esq)
Juliana Rizzo Gnatta Diretoria SOBECC Nacional 
Vanessa de Brito Poveda, Diretoria SOBECC Nacional (esq) 
Dayane de Melo Costa
Giovana Abrahão de Araújo Moriya, Presidente da SOBECC 
Nacional (esq) Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti
11º SIMPÓSIO
Premiação
SOBECC com Você 21
11º SIMPÓSIO
No 31 de agosto, sexta-feira, após a cerimônia de encerramento, ocorreu um jantar de gala em comemoração aos 25 anos 
da SOBECC Nacional e ao 11º Simpósio, seguido de uma festa com música ao vivo. Foi um momento de bastante animação 
e alegria, confraternização e, claro, de muito dançar. Confira nesta página as fotos da festa:
Jantar comemorativo - 25 anos da SOBECC Nacional
Diretoria da SOBECC Nacional 
Presidente da SOBECC Nacional, Giovana Abrahão de Araújo 
Moriya entre participantes do 11º Simpósio 
no jantar de confraternização.
Banda Nova Era Animação dos convidados 
Presidente e Vice-presidente da SOBECC Nacional Giovana 
Abrahão de Araújo Moriya e Marcia Cristina de Oliveira 
Pereira, em visita de agradecimento aos convidados
SOBECC com Você22
Segurança do paciente
Elaborado por brasileiros, protocolo de validação para uso do lim-
pador a jato de vapor é compartilhado com Enfermagem mundial.
U
m equipamento compacto de limpeza a jato 
de vapor fabricado na Alemanha vem, recen-
temente, sendo amplamente utilizado no CME 
do Brasil no processo de limpeza de produtos 
para saúde (PPS), e não havia protocolo de validação 
da qualidade que assegurasse, de fato, a confiabilidade 
do processo, conforme a legislação brasileira exige. 
Objetivando a segurança do paciente, a Enfa. Ms. Jeane 
Aparecida Gonzalez Bronzatti, em parceria com outros 
pesquisadores, elaborou e validou o protocolo. O estu-
do foi apresentado na AORN Conference&Expo, maior 
evento de Enfermagem nos EUA, e foi premiado em 
primeiro lugar, entre as centenas de pesquisas apresen-
tadas.
SOBECC com Você: Em qual momento surgiu o in-
teresse pelo tema da pesquisa?
Jeane A. G. Bronzatti: Este equipamento específico 
não requer estrutura complexa para instalação, sendo, 
ainda, de fácil manuseio. Ele é vendido no Brasil por uma 
única distribuidora há mais de dois anos. Observei que 
os CME estavam adotando cada vez mais o aparelho de 
limpeza a jato de vapor no processamento de PPS, o que 
me chamou atenção. Embora haja diretrizes que reco-
mendam um programa de qualidade para que todos os 
equipamentos mecânicos funcionem adequadamente, 
como ANSI/AAMI ST70-2013 e IAHCSMM-2016, constatei, 
ao entrar em contato com a fabricante, que não havia um 
protocolo descrevendo como as qualificações deveriam 
ser realizadas, a fim de garantir a validação da qualidade 
do limpador a jato de vapor. Iniciei a pesquisa em par-
ceria com outros profissionais e desenvolvi um trabalho 
experimental em laboratório, propondo a elaboração do 
protocolo de validação do equipamento. 
SOBECC: Como foi o processo para elaboração do 
protocolo?
Jeane: A elaboração do protocolo de validação do lim-
pador a jato de vapor está embasada nas instruções de 
utilização para qualificações de: instalação, conforme 
ISO 15883-1:2006, operação e desempenho, as quais 
contêm uma série de itens de verificação, para realiza-
ção dos testes necessários. Com todos os resultados 
satisfatórios para as três qualificações, pode-se consi-
derar que o equipamento está apto para ser usado em 
um CME. Essa descrição das etapas que contempla o 
protocolo de validação do limpador a jato de vapor, o 
qual deve ser seguido pelos enfermeiros de CME, de 
forma a assegurar a qualidade do equipamento para a 
limpeza dos PPS.
SOBECC: O protocolo de validação do equipamen-
to está disponível para uso?
Jeane: Após premiação na conferência da Associação 
americana, reconhecendo a importância do desenvolvi-
mento do protocolo de validação do limpador a jato de 
vapor, o estudo está sendo trabalhado para que chegue 
aos CME em âmbito mundial. Mas, primeiramente, é 
possível acessar o pôster que foi publicado na revista da 
AORN. Para visualizar o estudo que descreve as etapas do 
protocolo, o link é: https://doi.org/10.1002/aorn.12413
SOBECC: Você esperava essa grande visibilidade?
Jeane: Na verdade, não tinha esta expectativa. Só me 
dei conta da importância do trabalho ao conferir, depois 
do prêmio, que não existe este protocolo no mundo. Foi 
um grande reconhecimento da pesquisa brasileira e a 
constatação de que os enfermeiros do Brasil têm enor-
me capacidade de desenvolver estudos para o mundo.
ENTREVISTA
Jeane Aparecida 
Gonzalez Bronzatti
Mestre em Enfermagem pela 
EE-USP, MBA em Gestão e 
Economia em Saúde pela 
UNIFESP e especialista em 
Gestão em Unidade de Saúde 
pela EE-USP e em Adminis-
tração Hospitalar pelo Centro 
Universitário São Camilo. Atua 
como docente, consultora em 
saúde e palestrante. Contato: 
gonzatti.edu@uol.com.br
SOBECC com Você 23
Como prevenir infecção 
em sítio cirúrgico: uma 
incógnita não desvendada
Por *Adriana Cristina de Oliveira
A 
Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) constitui uma das 
principais infecções relacionadas à assistência à 
saúde (IRAS), sendo que nos pacientes cirúrgicos as 
IRAS são as mais comuns. Apesar do grande número 
de estudos que avaliou a frequência da ISC, entre os muitos 
tipos de cirurgias realizadas anualmente em todo o mundo, 
e dos extensos trabalhos que detalharam os numerosos fa-
tores de risco associados à ISC, bem como as estratégias de 
prevenção, a ISC ainda continua a ocorrer com importante 
incidência de mortalidade e custos. As ISC podem acometer 
diferentes planos anatômicos, com ocorrência em até 30 a 
90 dias após a cirurgia. 
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA), a ISC ocupa o 3º lugar entre todas as IRAS nos 
serviços de saúde. Um levantamento de 2017 do National 
Healthcare Safety Network (NHSN), apontou que a ISC 
ocorreu em cerca de 31% de todas as IRAS, nos pacientes 
hospitalizados nos Estados Unidos, dentre os 16 milhões de 
procedimentos cirúrgicos registrados anualmente no país.
Apesar de 2/3 da ISC acometer a incisão e 1/3 envolver 
órgãos e espaços manipulados durante a cirurgia, estudos 
apontam que 77% dos óbitos de pacientes cirúrgicos estão 
relacionados à ISC, e que desses óbitos cerca de 93% são 
decorrentes de ISC que envolveram órgãos e espaços! 
Pacientes acometidos por ISC apresentam um risco de per-
manecerem de 7 a 11 dias extras de internação, possuem 5 
vezes mais chance de readmissão em 30 dias e de 2 a 11 ve-
*Profa. Dra. Adriana 
Cristina de OliveiraDocente do curso de graduação 
em Enfermagem do programa 
de pós-graduação da Escola de 
Enfermagem da Universidade 
Federal de Minas Gerais (UFMG). 
Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Epidemio-
logia e Controle de Infecções (ABIH). Desenvolve pesquisas 
na área de Saúde Pública, com ênfase nos temas: seguran-
ça do paciente e desafios globais da Organização Mundial 
de Saúde, epidemiologia, prevenção e controle da infecção 
relacionada ao cuidar em saúde e resistência bacteriana.
zes mais risco de morte, o que chama cada vez mais atenção 
para a necessidade de compreendermos melhor esse evento 
adverso, sobretudo pela constatação de diversas pesquisas 
apontarem que cerca de 60% das ISC são previsíveis! E, de 
acordo com estudo publicado neste ano, no American Jour-
nal of Infection Control, as estratégias de prevenção devem 
focar três áreas principais: o paciente, a técnica cirúrgica e o 
ambiente da sala de cirurgia (American Journal of Infection 
Control 46 (2018) 633-6).
Sendo uma complicação evitável em grande parte, revisar 
dados históricos da nossa instituição para definição do real 
problema, reunir as equipes cirúrgicas e das unidades de 
cirurgia e definir fatores de risco considerados prioritários 
para implementar intervenções padronizadas e baseadas em 
evidências, são estratégias que devem ser adotadas em um 
programa de melhoria para redução da taxa de ISC. Além 
disso, deve-se monitorar e divulgar resultados, com objetivo 
de educar e motivar equipes. Nesse monitoramento, você, 
enfermeiro, tem atuação fundamental na auditoria de pro-
cessos e vigilâncias das ISC, na intervenção de melhoria da 
comunicação entre os profissionais e na disseminação dos 
resultados visando a sustentação de boas práticas que devem 
ser implementadas em todas as especialidades cirúrgicas, 
tendo como suporte a cultura de segurança da instituição. 
Temos que compreender que a ISC é multifatorial, e, por 
isso, a relevância do trabalho da equipe multidisciplinar, 
apropriando-se da consciência da evidência como primeiro 
passo na tradução do conhecimento, pois existe uma impor-
tante lacuna entre as melhores evidências e a sua adoção na 
prática clínica. 
Se buscamos entender a incógnita da ocorrência para a pre-
venção da ISC, temos que avaliar a nossa prática, de forma 
a compreendê-la para que nos permita a implementação de 
ações direcionadas e efetivas. Assim, sugiro alguns questio-
namentos que precisamos fazer: Temos processos confiá-
veis de vigilância? Conhecemos nossas taxas de ISC? Temos 
indicadores que possam direcionar a tomada de decisão? 
Conhecemos os processos na prática? Conhecemos as evi-
dências e sabemos como aplicá-las em nossa organização? 
Como é a cultura de segurança da minha instituição?
Se querermos de fato entender a complexidade da ocorrên-
cia da ISC e traçar um plano de redução, precisamos, com 
esses questionamentos, estabelecer metas que sejam possí-
veis de serem alcançadas, que sejam definidas e acordadas 
pela equipe multidisciplinar e compreender, sobretudo, que 
a segurança do paciente é papel de todos. 
SOBECC com Você 23
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
SOBECC com Você24
AORN
Inalar fumaça cirúrgica é tão 
prejudicial quanto fumar
As instalações em que você trabalha eliminam fumaça cirúr-
gica durante os procedimentos em que ela é produzida? Você 
sofre efeitos na saúde que podem ser resultado de exposição 
à fumaça cirúrgica?
A
ntigamente era permitido fumar em ônibus, bares, 
restaurantes e até em aviões. Hoje é proibido, 
para não expor os outros passageiros, clientes e 
trabalhadores à fumaça do tabaco. Mas nas salas 
de cirurgia nada mudou: os colaboradores presentes em 
uma intervenção em que fumaça cirúrgica é gerada estão 
expostos a ela, e também o paciente. 
Em 2006, o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocu-
pacional dos EUA (National Institute for Occupational Safety 
and Health - NIOSH) recebeu duas solicitações confiden-
ciais para avaliar riscos de saúde, originárias de dois hos-
pitais, na Virgínia e Flórida. Ambas solicitações se deviam 
à preocupação dos colaboradores com efeitos nocivos à 
saúde pela exposição a subprodutos da fumaça cirúrgica. 
Nos dois casos, durante três dias foram coletadas amostras 
de ar durante procedimentos cirúrgicos com eletrocauteri-
zação. Nos dois casos, níveis mensuráveis de formaldeído, 
acetaldeído e tolueno foram encontrados no ar; os níveis 
desses componentes estavam abaixo do critério de expo-
sição ocupacional. 
Ainda assim, os funcionários acreditavam sofrer efeitos da 
exposição à fumaça cirúrgica: em um hospital 44%, e em 
outro 52% relataram sintomas como dores de cabeça e ir-
ritação dos olhos e vias aéreas superiores após a exposição 
à fumaça cirúrgica. Um número ainda maior reclamou do 
cheiro da fumaça. 
Os hospitais então implementaram controles durante os 
procedimentos em que fumaça cirúrgica é produzida. 
Além da ventilação da sala, foram utilizadas técnicas de 
ventilação recomendadas para saúde e segurança ocupa-
cional, inclusive uso de ventilação e exaustão local o mais 
próximo possível do ponto onde a fumaça é produzida. Os 
colaboradores também foram instruídos a relatar sintomas 
relacionados à fumaça.
SOBECC com Você 25
laser, for usado um dispositivo de eletrocirurgia, a inalação 
equivale a seis cigarros sem filtro. 
Em 2012, Daniel S. Hill e outros pesquisadores utilizaram a 
fórmula de Tomita para avaliar a poluição ambiental na sala 
cirúrgica durante um expedien-
te de 8 horas. Eles concluíram 
que seria necessário fumar de 
27 a 30 cigarros sem filtro na 
sala cirúrgica diariamente para 
gerar uma poluição do ar passi-
va com capacidade mutagênica 
equivalente. Os efeitos a longo 
prazo da exposição crônica à 
fumaça cirúrgica permanecem 
desconhecidos, mas os riscos 
da exposição passiva ao tabaco 
estão bem documentados. Os 
pesquisadores recomendaram 
o uso de exaustores de fumaça. 
A Administração de Segurança 
e Saúde Ocupacional dos EUA 
(Occupational Safety and Health Administration - OSHA) 
calcula que mais de 500 mil trabalhadores em saúde este-
jam expostos à fumaça cirúrgica todos os anos. Enfermei-
ros perioperatórios relatam o dobro de diversos problemas 
respiratórios em comparação 
com a população em geral. 
A AORN recomenda que a ins-
tituição faça uma avaliação do 
risco de exposição à fumaça 
cirúrgica; que os membros da 
equipe utilizem equipamento 
de proteção individual (EPI); 
que seja usado equipamento 
de exaustão da fumaça; que o 
equipamento de exaustão seja 
posicionado o mais próximo 
possível do campo cirúrgico; e 
que as políticas e procedimen-
tos para segurança de fumaça 
cirúrgica sejam desenvolvidas e 
revisadas periodicamente.
AORN
Fontes: AORN Surgical Smoke 
Safety (https://aornguidelines.org/guidelines/content?sectioni-
d=173725179&view=book#180191739)
NIOSH Health Hazard Evaluations Related to Surgical Smoke 
(https://aornguidelines.org/tool/content?gbosid=394074)
A fumaça cirúrgica é um subproduto do uso de disposi-
tivos de energia (por exemplo, unidade de eletrocirurgia, 
lasers, instrumentos elétricos). Quando a energia eleva a 
temperatura intracelular acima de 100° C, o tecido vapo-
riza, produzindo fumaça cirúr-
gica, que é visível e tem odor 
desagradável. Ela pode conter 
componentes tóxicos, bioae-
rosóis, vírus (p.ex. HPV e HIV), 
células de câncer viáveis, par-
tículas não viáveis (p.ex. poeira 
danosa aos pulmões), tecido 
carbonizado, fragmentos de 
sangue e bactérias. O vapor 
d’água representa 1% a 11% da 
fumaça cirúrgica e serve como 
veículo para os componentes, 
vírus e outras substâncias. 
Dispositivos eletrocirúrgicos uti-
lizam corrente de radiofrequên-
cia para cortar e coagular. Calor 
é gerado no tecido através do qual passa corrente. O calor 
faz as paredes celulares explodirem, liberando fluido celular 
no ar, o que forma a fumaça cirúrgica. Lasers também pro-
duzem calor, dispositivos ultrassônicos removem tecido por 
ação mecânica; os aspiradores 
ultrassônicos produzemuma 
névoa fina e bisturis ultrassô-
nicos produzem vapor. Outros 
instrumentos mecânicos de alta 
velocidade, como serras ou fura-
deiras, produzem aerossóis.
Onde há fumaça...
Fumantes passivos
Pesquisadores começaram a 
analisar os conteúdos da fuma-
ça cirúrgica no início dos anos 
1980. Em um estudo de 1981, 
Tomita Mihashi e outros pes-
quisadores observaram que os 
conteúdos da fumaça cirúrgica 
são similares aos de cigarros, 
com carcinógenos e mutágenos 
conhecidos. Em 1989, Tomita 
publicou um novo estudo, mos-
trando que inalar a fumaça produzida por um laser de CO2 
para vaporizar 1 grama de tecido (que não é muito) é como 
fumar três cigarros sem filtro em 15 minutos. Se, em vez do 
O controle à fumaça do cigarro aumentou 
bastante, mas nos hospitais raramente 
há controle sobre a fumaça cirúrgica.
Em um turno de 8 horas na sala cirúrgica 
 é como estar em um ambiente 
em que foram fumados 27 cigarros.
SOBECC com Você26
FORA DA PROFISSÃO
Reciclar é preciso!
Mantas SMS são essenciais na esterilização, mas só podem
ser utilizadas uma vez. A enfermeira Lia Romero percebeu
o potencial desse material e está incentivando hospitais
a participarem de um projeto de reutilização das mantas.
L
ia Jeronymo Romero é uma enfermeira com expe-
riência em gestão de CME e atualmente administra 
uma Faculdade de Ciências da Saúde. Ela é incansá-
vel: presta serviços voluntários em cirurgias na Ama-
zônia com a ONG Expedicionários da Saúde e administra a 
ArtEco, instituição responsável pela gestão compartilhada 
de projetos de reciclagem.
No seu trabalho em CME, Lia percebeu 
o potencial de reciclagem das mantas 
cirúrgicas de SMS (spunbond–meltblo-
wn–spunbond, material composto de 
três lâminas), também conhecidas 
como TNT (tecido–não–tecido). 
Trata-se de um invólucro descartável 
utilizado no processo de esterilização 
de instrumentos. “As caixas cirúrgicas 
são esterilizadas dentro da manta, e 
ela é removida no Centro Cirúrgico e 
descartada no lixo verde, então esse 
material não é contaminado”, explica 
Lia. 
As mantas não podem ser reutilizadas, porque durante a 
esterilização a trama da manta fecha e o vapor não penetra 
mais. Esse material pode ser doado sem custo para institui-
ções de caridade e ser transformado em itens úteis para o 
hospital, como nécessaires para kits de higiene distribuídos 
na internação. 
Lia fez a matemática dessa reciclagem e é muito vantajosa: 
“Nós calculamos que, para um ciclo de mil pacientes por 
mês, a economia para o hospital 
é de cerca de R$ 100 mil ao ano”, 
argumenta. Essa economia pode ser 
compartilhada com uma instituição 
de caridade que fabrique esses itens 
para a entidade, por exemplo, pagan-
do 60% desse valor e ainda ficando 
com 40% de economia. Outro benefí-
cio é a redução do gasto na destinação 
de cerca de uma tonelada de material 
por ano.
Ela entusiasma-se ao explicar todas 
as vantagens embutidas no processo: 
“Uma nécessaire nova costuma conter 
metal, além disso muitas vezes foi trazida de outro conti-
nente e esse transporte implica mais poluição”. Ela também 
lembra que existe um gasto de energia na fabricação das 
Lia Romero e G
iovana Moriya
Oficina de reutilização no Simpósio da SOBECC
SOBECC com Você 27
FORA DA PROFISSÃO
mantas de SMS, e quando se dá uma nova destinação ao 
mesmo material, isso quer dizer que o uso dessa energia 
(da fabricação) torna-se mais eficiente - “A reciclagem mais 
nobre é a transformação, fazer mais coisas com o mesmo 
material e não desperdiçar a energia que foi gasta para pro-
duzi-lo”, conclui.
A doação do material a custo zero já é uma grande vanta-
gem para a instituição de caridade, que deixa de pagar a 
matéria prima. O hospital também pode contribuir mostran-
do para pacientes e familiares o caminho que esse material 
percorre, através de pôsteres ou outra forma de comunica-
ção, e abrir espaços para venda das peças produzidas com 
as mantas.
As amostras das fotos desta reportagem foram feitas por 
pessoas que trabalharam com Lia, para demonstrar como 
é possível criar peças bonitas a partir das mantas de SMS. O 
material permite usos versáteis, como toalhas, almofadas, 
brinquedos e outros itens. A SOBECC apoia a ArtEco e pro-
moveu uma oficina de reciclagem durante o 11º Simpósio 
da SOBECC, no qual as participantes criaram peças com as 
mantas.
A transformação é o melhor tipo de reciclagem porque 
permite dar um novo uso para o material sem submetê-lo 
a um novo processo industrial, que envolveria mais gasto 
de energia (triturar, fragmentar, derreter por exemplo). Para 
saber mais sobre o projeto e aprender como reutilizar as 
mantas na sua instituição, acesso o site da ArtEco (sites.
google.com/view/art-ecoup).
Lia Jeronymo 
Romero
Enfermeira Lia Jeronymo 
Romero - Formada em En-
fermagem pela Faculdade 
de Medicina de São José do 
Rio Preto (FAMERP); Aprimo-
randa em Centro Cirúrgico e 
CME, pelo Hospital de Base 
de São José do Rio Preto; 
Especialista em Enfermagem 
em Dermatologia. Em 2010 
foi voluntária em um CC e 
CME no Haiti; presta serviços 
voluntários em cirurgias na 
Amazônia, com a ONG Expe-
dicionários da Saúde.
Exemplo de pro
dutos feitos com
 mantas SMS
SOBECC com Você28
BEM-ESTAR
Os 50 são os novos 30!
Com a expectativa de vida 
passando dos 75, aos 50 
muita gente está encarando 
essa fase como um novo 
começo
S
e antigamente muita gente resolvia recomeçar 
a vida aos 30, hoje é aos 50 que essa virada 
acontece. É um momento de maturidade, de 
sensação de ter cumprido metas e também 
obrigações em relação a outras pessoas e sentir-se 
energizado e motivado para procurar novas carreiras, 
hobbies, relacionamentos, o que for. É uma das maio-
res mudanças de comportamento dos nossos tempos. 
Vemos os cinquentões nas faculdades, nas academias 
e danceterias, e até praticando esportes radicais.
As estatísticas ajudam a entender esse fenômeno: em 
julho de 2018, o IBGE divulgou que a expectativa de 
vida do brasileiro alcançou 76 anos, a mais alta de 
nossa história. É um aumento de quase 20 anos em 
relação a 1970, quando a expectativa era de 57,6 anos. 
Hoje, aos 50, esperamos viver mais 20 ou 30 anos pelo 
menos, então as pessoas pensam: “Ainda posso fazer 
muita coisa”. 
As pessoas querem, claro, uma aparência jovial, que 
combine com a energia que ainda têm nessa fase da vida. 
Para falar desse assunto, entrevistamos a médica der-
matologista Maria Cecília Rivitti Machado, da divisão de 
Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de 
Medicina da USP, professora da especialidade na Univer-
sidade Metropolitana de Santos e membro da Sociedade 
Brasileira de Dermatologia. 
Em seus 30 anos de trabalho, ela observou uma mudança 
de comportamento importante: a vontade de cuidar da 
aparência se tornou natural. “É como se antigamente as 
pessoas tivessem vergonha de serem vaidosas”, diz Maria 
Cecília, “e hoje consideram que cuidar da aparência faz 
parte do seu bem-estar, da forma como se relacionam 
com o mundo”. Ela observa que nem todo mundo quer 
parecer mais jovem, a maioria quer apenas apresentar 
uma aparência saudável. 
“Não podemos ignorar o fato de que aos 50 anos todos nós 
já acumulamos cinco décadas de danos à pele”, diz Maria 
Cecília. A primeira medida a tomar é criar o costume de usar 
diariamente protetor solar no rosto, para evitar os danos da 
exposição ao sol. Se você já usa protetor solar, ótimo, mas 
nunca é tarde para adquirir esse hábito e prevenir que os 
danos continuem se acumulando. 
Quanto à vitamina D, produzida pelo organismo graças à 
exposição solar, Maria Cecília argumenta que não vale a 
pena expor justamente o rosto, que é uma área pequena. 
Cuidados com a pele
SOBECC com Você 29
BEM-ESTAR
Uma grande mudança que a psicóloga Fabiana Moraes 
observou ao longo do tempo é que o tipo de queixa que 
leva as pessoas na faixa dos 50 e 60 anos ao psicólogo mu-
dou: antigamente era a depressão, hoje é principalmente 
um pedido de apoio para as mudanças que deseja. “São 
pessoas que se sentemmuito bem, dispostas, e querem dar 
um novo rumo à carreira, iniciar um novo relacionamento, 
viver seus sonhos”, diz. É um desejo de continuar evoluindo. 
Fabiana Moraes atende em consultório particular e na clínica 
Estação PSI, que tem convênio com a SOBECC. Ela observa 
Menos depressão, mais desafios 
Márcia, a cinquentérrima
que por volta dos 50 as mulheres enfrentam as mudanças 
provocadas pela menopausa. “Elas se vêem na chamada 
‘idade da loba’, mas querem compreender que ‘loba’ é essa; 
é uma busca por autoconhecimento”, diz Fabiana. Muitas 
já cuidaram de uma família, trabalharam muito, e pedem 
ajuda para lidar com os conflitos, redescobrir sua beleza e 
sensualidade, buscar seus sonhos e encarar novos desafios. 
A quantidade de homens que busca auxílio terapêutico é 
menor, mas, em geral, estão em uma busca semelhante, de 
autoconhecimento nessa nova fase da vida. 
Faz parte desse processo de autoconhecimento usar os 
recursos que estão à nossa disposição, seja para manter a 
jovialidade, para se comunicar, para divertir-se. “Uma rou-
pa, um cílio, um batom, o celular, tudo isso são recursos 
de empoderamento, que dão segurança, prazer e trazem 
felicidade”, diz Fabiana, “e não há nada de errado em usá-
-los”. Ela brinca que as mulheres nessa fase não querem ser 
“cinquentonas”, elas querem ser “cinquentérrimas”. 
Mas não é preciso cair na ansiedade de acompanhar a 
velocidade alucinante em que os jovens de hoje se comu-
nicam, se relacionam e têm atividades. Para Fabiana, não é 
confortável nem necessário acompanhá-los, porque quem 
tem 50 anos cresceu em outro ambiente, ao passo que os 
jovens já nasceram dentro de uma cultura digital e é natural 
para eles viver nesse ritmo acelerado.
Marcia Cristina de Oliveira Pereira não tem problema nenhum em falar da 
idade: 52 anos. “Quando criança, uma mulher dessa idade para mim era de 
uma senhora”, diz Márcia, “mas não me vejo assim, me sinto melhor hoje 
em muitos aspectos do que quando mais jovem”. Ela se sente mais bonita, 
encara a vida com mais leveza e continua se divertindo e viajando. 
Márcia é enfermeira com especialização em Centro Cirúrgico e mestrado em 
Saúde do Adulto. Atualmente trabalha como supervisora de enfermaria em 
um grande hospital e dá aulas de pós-graduação em CC e CME. “Faço muita 
coisa, mas no meu tempo livre, procuro sair para me divertir, mesmo que me 
sinta um pouco cansada”, diz Márcia. 
Para manter a aparência jovial e a energia, ela se cuida bastante: “Cuido da alimentação, faço pilates, 
adoro dançar, todo ano vou à dermatologista”, afirma, “você pode ter um corpo saudável e perceber 
que a idade é só um fator cronológico, que você precisa considerar”.
Ela acredita que aos 50 as pessoas aprendem a dar valor ao que é realmente importante. “Descobri 
capacidades que não tinha e vivo esta idade plenamente”, afirma. Ela tem uma filha de 24 anos e 
deseja muito ser avó: “Acho que vai ser muito bom e uma grande realização”.
Ela explica que a exposição ao sol necessária para obter 
vitamina D é pequena, e que o rosto deve ser protegido 
para prevenir manchas, rugas e risco de câncer de pele. As 
mãos também estão constantemente expostas e devem 
ser protegidas com protetor solar - “As manchinhas escuras 
resultam da exposição crônica ao sol”, comenta. Além do 
sol, o cigarro também é uma grande fonte de danos à pele, 
por isso para preservá-la é essencial parar de fumar. 
Existe hoje um verdadeiro arsenal à disposição do dermato-
logista para preservar, ou mesmo recuperar a saúde da pele: 
“Há muitos recursos para manter uma aparência mais jovial, 
como peeling, toxina botulínica, tratamentos baseados em 
energia, e outros”, diz Maria Cecília. Ela alerta que qualquer 
tratamento estético deve ser precedido de um diagnóstico, 
que pode identificar alguma condição patológica. 
SOBECC com Você30
Trabalhos Científicos 
em Enfermagem Perioperatória
O 
livro Trabalhos Científicos (TC) em Enfer-
magem Perioperatória é dividido em cinco 
partes: TC em Centro de Material e Esteri-
lização, TC no Período Pré-Operatório, TC 
em Centro Cirúrgico, TC em Recuperação 
Anestésica e TC no Período Pós-Operatório. Contém 31 
TC, constituindo os capítulos de cada uma das partes.
São discutidos assuntos diversos, em direta relação com a 
Enfermagem Perioperatória, que incluem: artigos de uso 
único, processamento de produtos em odontologia, papel 
do enfermeiro, ansiedade e estresse de pacientes cirúrgi-
cos, classificação de cirurgias, prevenção e controle de 
infecções de sítio cirúrgico, antibioticoprofilaxia, cirurgia 
segura, tecnologia e humanização, recursos humanos, se-
gurança do paciente, assistência de Enfermagem, descon-
fortos e complicações na Recuperação 
Anestésica.
Apresenta, ao final dos capítulos, os ins-
trumentos de coleta de dados utilizados 
pelos autores.
A obra é recomendada para estudantes 
e profissionais de Enfermagem, e outros 
da Área da Saúde, interessados em temas 
relativos ao Bloco Cirúrgico, Biossegu-
rança, Metodologia da Pesquisa e Tra-
balhos de Conclusão, tanto em nível de 
Graduação, quanto Pós-Graduação.
RESENHA
Organizadora: Rachel de Carvalho
Editora: Andreoli
Ano: 2018
Nº de páginas: 616
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