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Eletroterapia

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Atualmente, acredita-se que a dor crônica ocorre por um processo patológico de reorganização do sistema nervoso. Diferentes fatores estão implicados nessa gênese, entre eles a predisposição genética e os mecanismos de sensibilização central e periférica. Fenômenos de sensibilização central e periférica são a base da fisiopatologia da dor crônica. O conhecimento da fisiopatologia, dos conceitos de sensibilização central e periférica, bem como da modulação da dor é essencial para a compreensão, a avaliação e tratamento mais adequado, se tornando necessário para uma abordagem terapêutica multidimensional. Sobre a sensibilização periférica, assinale a alternativa correta:

Escolha uma opção:

a.

As reações que se seguem podem aparecer após alguns dias e persistir por longo período. A irreversibilidade de alguns mecanismos de sensibilização se deve à morte neuronal (apoptose) dos neurônios inibitórios do corno posterior da medula espinal, facilitando a transmissão do sinal nociceptivo.

b.

As células liberam diversas substâncias inflamatórias (prostaglandinas, ATP/ADP, serotonina, bradicinina, fator de crescimento neuronal, entre outras) que constituem a chamada “sopa inflamatória”. Essas substâncias estimulam os nociceptores das fibras C e A-delta, que transformam esse estímulo em potencial elétrico. Essa “sopa” induz a modificação de diferentes nociceptores. O influxo elétrico segue em direção ao sistema nervoso central (SNC), mas também retorna para a periferia (refluxo axônico antidrômico) liberando substância P e o peptídeo ligado ao gene da calcitonina (CGRP), que são responsáveis por induzir alterações gênicas e também a no nível do gânglio espinal, que a longo prazo modificam a resposta às fibras aferentes (nociplasticidade).

c.

De modo menos definitivo, os interneurônios inibidores gabaérgicos ou glicinérgicos podem ser modulados, exercendo um efeito menos evidente, podendo até desenvolver uma ação excitatória em decorrência dos níveis iônicos a que ficam expostos.

d.

Neurotransmissores e fatores tróficos são liberados, mantendo uma resposta mais intensa e mais prolongada. Ocorre também aumento do número de receptores. Em seguida, inicia-se a expressão de novos genes que atuam tanto no nível pré como pós-sináptico. As primeiras alterações ocorrem em segundos e duram alguns minutos.

e.

Com a manutenção do estímulo nociceptivo, os receptores N-Metil D-Aspartato (NMDA), que normalmente estão bloqueados pelo íon magnésio, são ativados e então permitem a entrada de cálcio no neurônio pós-sináptico.

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Melissa Ágatha

há 6 dias

Respostas

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há 6 dias

Vamos analisar as alternativas uma a uma para identificar a correta sobre a sensibilização periférica: a) Esta opção fala sobre a morte neuronal (apoptose) dos neurônios inibitórios, o que pode ser um fator, mas não é a principal característica da sensibilização periférica. b) Esta alternativa descreve a "sopa inflamatória" e como as substâncias liberadas estimulam os nociceptores, além de mencionar o refluxo axônico antidrômico e a nociplasticidade. Essa descrição está correta e abrange bem o conceito de sensibilização periférica. c) Esta opção menciona os interneurônios inibidores, mas não aborda diretamente a sensibilização periférica de forma clara e objetiva. d) Esta alternativa fala sobre a resposta intensa e prolongada, mas não se concentra especificamente na sensibilização periférica. e) Esta opção menciona a ativação dos receptores NMDA, que é um aspecto importante, mas não é o foco principal da sensibilização periférica. Após essa análise, a alternativa que melhor descreve a sensibilização periférica é: b) As células liberam diversas substâncias inflamatórias (prostaglandinas, ATP/ADP, serotonina, bradicinina, fator de crescimento neuronal, entre outras) que constituem a chamada “sopa inflamatória”...

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