No setor público, o silêncio organizacional apresenta particularidades associadas a fatores como a rigidez das estruturas hierárquicas, o alto grau de burocracia, a estabilidade no serviço público e a centralização das decisões. Essas características tendem a criar contextos organizacionais em que a expressão de posicionamentos críticos é limitada, contribuindo para a manutenção de comportamentos de conformidade, receio de represálias e baixa confiança nos mecanismos institucionais de escuta e denúncia, conforme apontam Brinsfield et al. (2009) e Pinder e Harlos (2001).