A neurociência contemporânea tem revelado a complexidade intrínseca dos processos de aprendizagem, transcendendo a visão tradicional de que o conhecimento é adquirido de forma puramente racional. Descobertas recentes, fundamentadas no estudo das estruturas do sistema nervoso e das funções das diferentes partes do cérebro, demonstram que a aprendizagem é profundamente modulada por estados emocionais, pela capacidade atencional e pelas características do ambiente. As estruturas cerebrais envolvidas nas emoções, como a amígdala e o córtex pré-frontal, interagem diretamente com as regiões associadas ao aprendizado e à memória, influenciando a consolidação de novas informações. Da mesma forma, a atenção, um processo neurobiológico crucial, determina quais estímulos ambientais serão processados e, consequentemente, quais informações terão maior probabilidade de serem retidas. O ambiente físico e social, por sua vez, pode tanto facilitar quanto inibir esses processos, ao gerar estímulos que afetam o humor, a concentração e a motivação. A compreensão dessa interdependência é fundamental para o desenvolvimento de abordagens educacionais e terapêuticas mais eficazes, que considerem o impacto das emoções na