Os espaços agrários e rurais são moldados por uma complexa teia de relações econômicas, sociais, culturais e ambientais. Historicamente, esses espaços foram concebidos como áreas produtivas voltadas prioritariamente à agricultura, pecuária e extrativismo. No entanto, essa concepção tem sido progressivamente superada à medida que se reconhece a pluralidade de sujeitos, práticas e dinâmicas que compõem o mundo rural. Pequenos agricultores, comunidades tradicionais, mulheres, povos indígenas e juventudes rurais são atores que participam ativamente da construção e transformação desses territórios. Além disso, os espaços rurais também desempenham funções ambientais, culturais, turísticas e de lazer, revelando um caráter multifuncional. A modernização do campo, os avanços tecnológicos e as políticas públicas têm impactado de forma diferenciada esses espaços, gerando processos de exclusão, mas também de resistência e inovação. Compreender a diversidade desses territórios e seus sujeitos é essencial para formular políticas inclusivas e sustentáveis, que promovam justiça social e valorizem os modos de vida rurais. Com base no texto e considerando a diversidade de sujeitos e processos que constituem os espaços agrários e rurais no Brasil, Alternativas: • a) a multifuncionalidade dos espaços rurais reflete a atuação de sujeitos sociais diversos que, mesmo com pouco reconhecimento político e institucional, desenvolvem práticas produtivas, culturais e ambientais que ressignificam o território rural, ampliando seu papel na sociedade e contribuindo para o fortalecimento da identidade local e regional. • b) os avanços tecnológicos e a modernização agrícola beneficiam de maneira homogênea todos os sujeitos do campo, pois elevam a produtividade e proporcionam acesso igualitário a recursos, contribuindo para eliminar as desigualdades historicamente observadas nos territórios rurais. • c) o mundo rural deve ser compreendido unicamente como espaço de produção agrícola em larga escala, já que práticas tradicionais e experiências locais de agricultura familiar não são economicamente sustentáveis e pouco contribuem para o desenvolvimento do país. • d) os sujeitos sociais que vivem nos espaços rurais, especialmente pequenos produtores, mulheres e povos originários, geralmente resistem ao uso de novas tecnologias, o que impede a modernização e a diversificação produtiva nesses territórios, limitando sua integração com os circuitos econômicos urbanos. • e) os espaços agrários apresentam baixa relevância sociocultural e econômica atualmente, uma vez que a urbanização e a globalização concentraram as principais atividades de inovação, produção e geração de renda nas grandes cidades, tornando o campo apenas fornecedor de matéria-prima.