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há 5 dias
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) se comporta estruturalmente de maneira semelhante a outras línguas, pois possui gramática, vocabulário e sintaxe próprios. No entanto, existem algumas diferenças importantes em relação às línguas faladas: 1. Modalidade: Libras é uma língua visual-espacial, enquanto as línguas faladas são auditivas. Isso significa que a comunicação em Libras utiliza sinais manuais, expressões faciais e movimentos corporais. 2. Gramática: A estrutura gramatical da Libras é diferente da das línguas orais. Por exemplo, a ordem das palavras pode variar, e a utilização de espaço para indicar sujeitos e objetos é uma característica única. 3. Cultura: Libras é profundamente ligada à cultura surda, refletindo a identidade e as experiências da comunidade surda. Isso a diferencia das línguas faladas, que podem não ter essa conexão cultural tão forte. 4. Transcrição: A transcrição da Libras para a forma escrita é um desafio, pois não existe uma representação direta e exata dos sinais. A escrita da Libras muitas vezes utiliza glossas ou descrições, enquanto as línguas faladas têm uma ortografia estabelecida. Essas diferenças ressaltam a importância de reconhecer a Libras como uma língua legítima, com suas próprias regras e características, e não apenas como uma tradução das línguas orais.