Ler em voz altaDurante o Seminário Nacional sobre Currículo, Diversidade e Educação Bilíngue, realizado em Porto Alegre, educadores, pesquisadores e representantes da comunidade surda discutiram os desafios da construção de currículos que respeitem as identidades linguísticas e culturais dos estudantes surdos. Em uma das mesas, intitulada Currículo, diferença e direito linguístico, foi enfatizado que os currículos escolares historicamente reproduziram uma lógica homogênea e ouvintizada, desconsiderando as experiências e vivências dos sujeitos surdos. Os participantes defenderam que a construção de uma educação bilíngue de qualidade exige a valorização da Libras como primeira língua e a articulação entre profissionais da educação de surdos, familiares e a própria comunidade surda. Essa aliança é fundamental para garantir o direito linguístico e promover um currículo plural, que reconheça a surdez como diferença e não como deficiência. A proposta é que o currículo deixe de ser um instrumento de padronização e passe a ser um espaço de afirmação da diversidade e da cidadania surda.Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SANTOS, Rhaul de Lemos. A surdez na história e educação. Aula 6. Curitiba: InterSaberes, 2023.Sobre a educação bilíngue:A Espaço de disputa entre surdos e ouvintes, que privilegia o oralismo como método principal de ensino.B Local produzido somente pelos aliados ouvintes, responsáveis por definir os rumos da educação de surdos.C Essencialismo surdo e produção da unificação identitária, desconsiderando as singularidades dos sujeitos.D O bilinguismo na educação de surdos precisa ter a língua de sinais como protagonista, sendo a primeira língua em sala de aula.