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Araújo e Teixeira (2009) apontam que Gilbert Durand foi um teórico proeminente nos estudos do imaginário, oferece uma perspectiva abrangente sobre o papel fundamental das imagens na formação da consciência humana. Durand critica a abordagem de Sartre ao tratar a imagem, argumentando que ele negligenciou as ricas dimensões poéticas e religiosas que compõem o imaginário coletivo.
Com base na análise de Gilbert Durand sobre o imaginário e sua crítica a Jean-Paul Sartre, qual das seguintes alternativas expressa corretamente essa relação e a perspectiva de Durand?
A Durand concorda em partes com Sartre sobre a natureza superficial do imaginário e enfatiza a necessidade de uma abordagem puramente racional para entender o mundo.
B Para Durand, Sartre superestimou a importância da poesia e da morfologia das religiões no desenvolvimento do imaginário humano, desviando-se da análise fenomenológica.
C Segundo Durand, Sartre acertadamente identificou a imagem como a sombra de um objeto, mas errou ao consolidar a ideia do imaginário como um campo fundamentalmente ligado às sensações físicas.
D Durand critica Sartre por sua abordagem demasiadamente poética do imaginário, alegando que isso compromete a objetividade necessária para o estudo da consciência.
E Durand apontou que a visão de Sartre sobre o imaginário é limitada e não considera a complexidade das imagens na formação da consciência.
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Questões Para a Compreensão

há 5 dias

Respostas

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há 5 dias

Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando a crítica de Gilbert Durand à abordagem de Sartre sobre o imaginário. A) Durand concorda em partes com Sartre sobre a natureza superficial do imaginário e enfatiza a necessidade de uma abordagem puramente racional para entender o mundo. - Esta opção não reflete a crítica de Durand, pois ele não vê o imaginário como superficial e não defende uma abordagem puramente racional. B) Para Durand, Sartre superestimou a importância da poesia e da morfologia das religiões no desenvolvimento do imaginário humano, desviando-se da análise fenomenológica. - Essa opção parece distorcer a crítica de Durand, que não necessariamente superestima a poesia, mas critica a falta de profundidade na análise de Sartre. C) Segundo Durand, Sartre acertadamente identificou a imagem como a sombra de um objeto, mas errou ao consolidar a ideia do imaginário como um campo fundamentalmente ligado às sensações físicas. - Essa opção não reflete a crítica central de Durand, que é mais sobre a dimensão poética e religiosa do imaginário. D) Durand critica Sartre por sua abordagem demasiadamente poética do imaginário, alegando que isso compromete a objetividade necessária para o estudo da consciência. - Embora essa opção mencione a crítica à poética, não é exatamente o foco da crítica de Durand, que é mais sobre a limitação da visão de Sartre. E) Durand apontou que a visão de Sartre sobre o imaginário é limitada e não considera a complexidade das imagens na formação da consciência. - Esta opção parece ser a mais adequada, pois reflete a crítica de Durand sobre a visão de Sartre, enfatizando a complexidade e a riqueza do imaginário. Portanto, a alternativa correta é: E) Durand apontou que a visão de Sartre sobre o imaginário é limitada e não considera a complexidade das imagens na formação da consciência.

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O conceito de “imaginário” é um tema central em diversos campos do conhecimento, incluindo filosofia, psicologia, sociologia e estudos culturais. Ele se refere ao repositório de imagens, símbolos, mitos e representações que uma cultura ou um indivíduo tem e que contribui para a construção da realidade percebida e vivenciada. Alguns teóricos, como Maffesoli (2001), enfatizam o papel do imaginário na estruturação do pensamento e da identidade, e outros destacam sua função na comunicação, na manutenção da coesão social ou na promoção de mudanças sociais.
Analise as alternativas a seguir a respeito dos pontos de vista sobre o imaginário e assinale a correta.
A O imaginário é um constructo individual, resultante unicamente da psique e das experiências pessoais, sem influência do contexto social ou cultural.
B O imaginário é considerado uma dimensão fundamental da realidade social, composto por símbolos e mitos que estruturam o comportamento e a comunicação dentro de uma cultura.
C Dentro do campo da semiótica, o imaginário é visto como um conjunto de signos sem significado, servindo apenas como decoração para a comunicação verbal.
D O imaginário é um fenômeno puramente estático, que não evolui ou se altera ao longo do tempo, permanecendo o mesmo através das gerações.
E Apenas as artes visuais e a literatura contribuem para a formação do imaginário; outros campos culturais e formas de expressão são irrelevantes para seu desenvolvimento.

Para Melo e Melo (2014), Charles Sanders Peirce foi uma figura central na fundação da semiótica, desenvolveu uma abordagem inovadora para a compreensão dos processos pelos quais percebemos e interpretamos signos. Em sua teoria, Peirce introduziu as noções de “primeiridade”, “secundidade” e “terceiridade” como categorias fundamentais que descrevem as diferentes fases operativas do processo de percepção e significação dos signos.
Considerando a classificação dos fenômenos em três categorias propostas por Peirce — primeiridade, secundidade e terceiridade —, qual das seguintes alternativas descreve corretamente estas fases operativas do processo de percepção dos signos?
A - “Primeiridade” refere-se à interação direta e física entre signos e objetos, onde o significado é imediatamente percebido sem mediação; 'secundidade' é a fase em que signos e seus objetos são completamente desconectados, operando em um nível de abstração pura sem referência ao mundo real; e 'terceiridade' relaciona-se à mediação, lei ou regra que organiza a relação entre signo e objeto.
B - “Primeiridade” está relacionada à qualidade pura ou possibilidade, sem referência a qualquer ação ou fato; “secundidade” ao encontro real e à ação ou reação; e “terceiridade” à mediação, lei ou regra que organiza a relação entre signo e objeto.
C - “Primeiridade” tem relação com qualidade pura ou possibilidade, sem referência a qualquer ação ou fato; “secundidade” é a fase em que signos e seus objetos são completamente desconectados, operando em um nível de abstração pura sem referência ao mundo real; “terceiridade” é um estado de confusão e ambiguidade em que o significado dos signos não pode ser claramente determinado ou aplicado.
D - “Primeiridade” é à qualidade pura ou possibilidade, sem referência a qualquer ação ou fato; “secundidade” é uma fase sequencial temporal no processo de percepção, significando reação; “terceiridade” significa um estado de confusão e ambiguidade em que o significado dos signos não pode ser claramente determinado ou aplicado.
E - “Primeiridade”, “secundidade” e “terceiridade” são fases sequenciais temporais no processo de percepção, começando com a compreensão, seguida pela reação e, finalmente, pela interpretação dos signos.

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