Ricardo e Mariana são casados há dez anos e possuem dois filhos biológicos. O casal está cadastrado para adoção e, há seis meses, foi-lhes apresentada Laura, uma criança de quatro anos que está em acolhimento institucional desde os dois anos de idade, quando foi retirada da família biológica por maus-tratos. Durante o estágio de convivência, Laura tem demonstrado excelente adaptação à família, estabelecendo vínculos afetivos com Ricardo, Mariana e os irmãos. Os técnicos do Juizado emitiram parecer favorável à adoção. No entanto, Ricardo possui antecedentes criminais: foi condenado há oito anos por crime de lesão corporal culposa decorrente de acidente de trânsito, tendo cumprido pena alternativa e obtido reabilitação criminal há cinco anos.

Considerando a situação narrada e as regras sobre impedimentos à adoção, é correto afirmar que:

Opção A
A adoção será possível apenas em nome de Mariana, devendo Ricardo posteriormente ajuizar ação de adoção unilateral em relação ao cônjuge, após completados cinco anos da primeira adoção.

Opção B
Ricardo poderá adotar somente após transcorridos dez anos da extinção da punibilidade, prazo estabelecido pelo ECA para reabilitação do pretendente à adoção que possua condenação criminal.

Opção C
Ricardo está impedido de adotar por possuir antecedentes criminais, independentemente da natureza do crime, do tempo transcorrido ou da obtenção de reabilitação criminal.

Opção D
Qualquer condenação criminal, ainda que por crime culposo e com pena já cumprida, impede definitivamente a adoção, sendo esta vedação absoluta e insuperável no ordenamento jurídico brasileiro.

Opção E
A condenação criminal de Ricardo não impede a adoção, desde que demonstrada a reabilitação e que o crime cometido não se enquadre entre aqueles que geram impedimento absoluto para adoção, como os crimes dolosos contra criança ou adolescente.