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Sobre a ética aristotélica é incorreta: Questão 2Resposta a. Junto de Aristóteles (1984, p. 54) entendemos que existe outro tipo de situação ou ação, pois percebemos que também há o agir que serve para algo diverso dele mesmo, ou seja, a ação ou situação não é um fim em si mesma, mas é apenas um meio (cumpre a finalidade intermediária), serve para outra coisa que não ação mesma. O ato de trabalhar, por exemplo, serve para ganhar um salário que nos permitam sustentar nossas necessidades e confortos. Por meio disso, podemos compreender que o trabalho não possui um valor em si mesmo, ainda que ele seja extremamente importante na estrutura ética, tanto da antiguidade, quanto nesta dos nossos dias. b. Para Aristóteles (2008) a felicidade é a finalidade última de todas as ações humanas. Com isso, somos chamados a entender que todo ação humana, que deve ser um agir racional, tem por meta final (escopo) a felicidade. Por este motivo, a filosofia moral aristotélica é entendida também como sendo uma ética eudaimônica - eudaimonia é a palavra grega para que define a felicidade. Assim, devemos que compreender que a excelência humana (o melhor que o homem pode buscar realizar), ou seja, a virtude do homem relaciona-se diretamente com sua busca pelo bem viver ou pela vida feliz (Angioni, 2009, p.189). c. O homem é essencialmente sua alma, o que determina que a atividade racional que é própria da alma humana (psyché) nos torna incapazes de promover nossa liberdade, isto, do seguinte modo: Ao praticarmos ações que se pautam no uso de nossa capacidade irracional, optamos em agir mediante a disposição mais essencial em nosso ser, isto é, ações deste tipo não são ações que encontram fundamento em nossa alma. Do contrário, sempre que optamos em praticar ações, as quais se pautam nos desejos instintivos ou passionais de nosso corpo, neste caso, fortalecemos o domínio do corpo sobre a alma. Agimos, neste último caso contrários à nossa essência, e tornamos nossa alma ainda mais cativa. d. Quanto à filosofia moral, para Aristóteles (1984), todo agir humano pretende ou possui uma finalidade, isto é, toda ação busca um propósito a realizar. Em nossa vida prática podemos observar isso, ao notarmos que existem ações das quais os propósitos buscamos realizar por elas mesmas e, outras que procuramos realizar por coisas diversas do nosso agir, com efeito, tem um fim distinto da ação realizada. Uma das formas mais tranquilas de entendermos a finalidade de nosso agir diz respeito ao questionamento que podemos efetuar, indagando sobre o "serve para", ou o "para que" de um ato. Quando fazemos estas perguntas, estamos questionando a finalidade de tal situação ou ação.
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claudiomir freitas

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ontem

Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar qual delas é incorreta em relação à ética aristotélica: a) Esta opção discute a ideia de que algumas ações são meios para um fim e não fins em si mesmas. Isso está alinhado com a ética aristotélica, que considera a finalidade das ações. b) Esta opção afirma que a felicidade é a finalidade última de todas as ações humanas, o que é um conceito central na ética de Aristóteles. Portanto, está correta. c) Esta opção sugere que a atividade racional da alma humana nos torna incapazes de promover nossa liberdade, o que não é uma interpretação comum da ética aristotélica. Aristóteles valoriza a razão como um meio de alcançar a virtude e a felicidade, e não como algo que nos torna incapazes de agir livremente. d) Esta opção fala sobre a finalidade das ações humanas e como podemos questionar o propósito delas, o que está em linha com o pensamento aristotélico. Após essa análise, a alternativa que apresenta uma interpretação incorreta da ética aristotélica é a c).

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