Em relação ao primeiro momento da oficina proposta por Torres é incorreta:

a) Torres (2001) denomina de "Hora da Roda" o primeiro momento da Oficina Psicopedagógica com Jogos de regras. Por cerca de 20 minutos os participantes conversam, estabelecendo vínculos, interagindo e aprofundando relações. Essa prática de conversação é semelhante àquela que se desenvolve na rotina diária da educação infantil, chamada de "roda de conversa", em que os participantes sentam-se formando uma roda para conversar sobre si mesmos, sobre acontecimentos do dia anterior, sobre notícias e informações, sobre seus sentimentos, ideias e interesses.

b) momento foi organizado por Torres considerando o trabalho de Warschauer (1993, 2017) sobre a "roda". Autora que destaca a roda como um momento privilegiado de trocas entre os participantes, em que compartilham suas histórias de vida, seus modos de pensar e sentir, escutam com atenção, respeitam-se mutuamente e se identificam enquanto grupo. Os sujeitos conversam durante a roda, compartilhando sua intimidade, seus conflitos e angústias, o que requer confiança que só é possível por meio do estabelecimento de vínculos e estreitamento das relações e da formação da identidade grupal.

c) a roda é um espaço aberto de comunicação. Embora planejado, não há como prever o curso da conversa. Há um direcionamento, mas o conteúdo e a forma como o diálogo se desenvolvem são únicos e exclusivos daquele dia, o que lhe confere um caráter especial como espaço de interação, relação e comunicação genuína. Entendemos, como Torres, que a oficina tem seu início desde a recepção dos participantes no saguão ou entrada no prédio, momento em que são acolhidos, encaminhados para a sala e mobilizados. Em seguida, a roda é formada. Os participantes sentam-se no chão, sobre tapetes ou almofadas, ou ainda em cadeiras, o que depende dos objetivos e das atividades planejadas, formando um círculo.

d) quando os participantes se conhecem, há uma apresentação, que pode ser feita por meio de uma dinâmica e da distribuição de crachás. Caso não se conheçam, e nas demais sessões, esse momento é marcado por um convite para o diálogo. Estabelecem uma conversação, com participação espontânea, em que podem falar sobe si mesmos, sobre acontecimentos da semana, sobre notícias e fatos, sobre seus desejos, interesses e dificuldades, sobre a família, sobre a escola, ou outro assunto.