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11. Diz-se que no início do século XVII ainda vigorava uma certa franqueza. As práticas não procuravam o segredo; as palavras eram ditas sem reticências excessiva e, as coisas, sem demasiado disfarce; tinha-se com o ilícito uma tolerante familiaridade. Eram frouxos os códigos da grosseria, da obscenidade, da decência se comparados com os do século XIX. Gestos diretos, discursos sem vergonha, transgressões visíveis, anatomias mostradas e facilmente misturadas, crianças astutas vagando, sem incômodo nem escândalo, entre os risos dos adultos os corpos “pavoneavam”. Um rápido crepúsculo se teria seguido à luz meridiana, até as noites monótonas da burguesia vitoriana. A sexualidade é, então cuidadosamente encerrada. Muda-se para dentro de casa. A família conjugal a confisca. E absorve-a inteiramente na seriedade da função de reproduzir. Em torno do sexo, se cala. O casal, legítimo e procriador, dita a lei impõe-se como modelo, faz reinar a norma, detém a verdade, guarda o direito de falar, reservando-se o princípio. FOUCAULT, Michel História da Sexualidade I. A vontade de saber / trad. De Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque: Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988. De acordo com nossos estudos em relação ao estudo do corpo e da sexualidade na Idade Média, assinale a alternativa que contém uma relação de causa e consequência sobre os temas. A. Em 1970, temos a emergência de um campo de estudos que têm o corpo como chave fundamental para se entender a História. Entretanto, essa vertente logo é extinta pelas reivindicações dos integrantes da história Tradicional. B. O corpo enquanto instrumento do diabo deve ser considerado como principal ponto a ser estudado dentro da História da Sexualidade. C. Se o corpo é condenado como algo pecaminoso, a História da Sexualidade deve existir para incentivar que os bons cristãos sigam os preceitos religiosos. D. Se o corpo é alvo de retaliação e visto como instrumento do pecado, o sexo é o ápice desse pecado e, por isso, a História da Sexualidade é inviável. E
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Vamos analisar cada alternativa: A. Em 1970, temos a emergência de um campo de estudos que têm o corpo como chave fundamental para se entender a História. Entretanto, essa vertente logo é extinta pelas reivindicações dos integrantes da história Tradicional. Falso, essa afirmação não é precisa, pois o campo de estudos sobre o corpo e a sexualidade se consolidou e não foi extinto, mas sim ampliado e diversificado. B. O corpo enquanto instrumento do diabo deve ser considerado como principal ponto a ser estudado dentro da História da Sexualidade. Falso, embora o corpo tenha sido visto de forma negativa em algumas tradições, não é correto afirmar que ele deve ser o principal ponto de estudo na História da Sexualidade. C. Se o corpo é condenado como algo pecaminoso, a História da Sexualidade deve existir para incentivar que os bons cristãos sigam os preceitos religiosos. Falso, a História da Sexualidade não tem como objetivo incentivar a adesão a preceitos religiosos, mas sim entender as construções sociais e culturais em torno da sexualidade. D. Se o corpo é alvo de retaliação e visto como instrumento do pecado, o sexo é o ápice desse pecado e, por isso, a História da Sexualidade é inviável. Falso, a História da Sexualidade não é inviável; pelo contrário, ela busca entender as complexidades e as dinâmicas sociais em torno do corpo e da sexualidade, mesmo em contextos de repressão. Nenhuma das alternativas apresentadas contém uma relação de causa e consequência verdadeira sobre os temas discutidos. Portanto, não há uma alternativa correta entre as opções apresentadas.

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