Com o avanço da urbanização e os impactos ambientais crescentes, torna-se urgente repensar os modelos tradicionais de desenvolvimento urbano. Nas últimas décadas, o Brasil passou rapidamente de um país rural para urbano, e atualmente mais de 80% da população vive em cidades. Esse processo acelerado, porém, ocorreu de forma desordenada, gerando uma série de desafios para os gestores públicos, como mobilidade, habitação, saneamento e desigualdade social. Diante desse cenário, a sustentabilidade urbana torna-se uma pauta essencial, que deve integrar o Direito Administrativo, já que o direito existe para servir à sociedade. Para isso, é necessário adotar uma visão holística e integrada da cidade, superando a ideia de que o desenvolvimento urbano se faz apenas com obras físicas isoladas. A cidade deve ser vista como um organismo vivo, que exige planejamento estratégico, participação social e políticas públicas sustentáveis para garantir qualidade de vida e justiça social no espaço urbano.

Considerando o contexto da urbanização acelerada e a importância da sustentabilidade na gestão pública, assinale a alternativa correta.

Alternativas:

• a)
• O crescimento urbano brasileiro ocorreu de forma planejada e homogênea, o que permitiu o desenvolvimento equilibrado das cidades, com soluções amplamente eficazes nas áreas de mobilidade, habitação e saneamento.
• b)
• A sustentabilidade urbana é uma questão exclusiva das áreas ambientais, não devendo ser vinculada ao Direito Administrativo ou ao planejamento urbano, pois se trata de uma pauta técnica e não jurídica.
• c)
• A desordem no processo de urbanização brasileira nas últimas décadas gerou desafios que exigem, por parte da gestão pública, uma abordagem fragmentada e focada apenas na construção de infraestrutura física.
• d)
• A sustentabilidade nas cidades deve considerar uma visão integrada, que reconheça a cidade como um organismo vivo e que articule planejamento estratégico, políticas públicas sustentáveis e participação social.
• e)
• Como o crescimento urbano é um fenômeno natural, os problemas gerados são passageiros, e a gestão pública deve priorizar intervenções pontuais, sem a necessidade de estratégias de longo prazo ou mudanças estruturais.