Para responder à questão sobre a tradição crítica do currículo, precisamos considerar os elementos que Moreira e Silva (1994) mencionam em relação à crítica e à análise do currículo. A tradição crítica busca entender como o currículo é influenciado por fatores sociais, políticos e culturais, e como isso se relaciona com as identidades e as relações de poder. Vamos analisar as alternativas: a) As identidades sociais a quem ele se destina; o rol de métodos selecionados para sua veiculação e as ferramentas de avaliação nele empregados. - Embora mencione identidades sociais, não abrange a crítica social e política de forma ampla. b) A estrutura social na qual ele é construído, a conjuntura política de que provém e a seleção de cultura que nele é feita. - Esta alternativa aborda aspectos sociais e políticos, mas não menciona diretamente as relações de poder. c) As relações de poder que nele se expressam; análise dos marcos normativos por meio do qual é veiculado e a seleção de modelos de gestão escolar horizontalizados. - Foca nas relações de poder e na análise normativa, mas não abrange completamente a questão cultural. d) As relações de poder presentes em sua construção; as visões sociais e particulares de mundo que nele se inserem; e a seleção da cultura que o compõem, não sendo, portanto, neutro. - Esta alternativa aborda as relações de poder, as visões sociais e a seleção cultural, refletindo bem a crítica do currículo. A alternativa que melhor representa os três elementos-base da tradição crítica do currículo, conforme a perspectiva de Moreira e Silva, é: d) As relações de poder presentes em sua construção; as visões sociais e particulares de mundo que nele se inserem; e a seleção da cultura que o compõem, não sendo, portanto, neutro.