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Um paciente chega à sessão e, com um tom de voz monótono e expressões faciais inalteradas, relata a perda de um ente querido, descrevendo o evento como "apenas um fato da vida". O analista, por sua vez, começa a sentir um peso incomum no peito e uma tristeza profunda, que não consegue associar a nenhum acontecimento recente em sua vida pessoal. Após a sessão, o analista reflete sobre essa sensação. Considerando o exposto e os conceitos de transferência e contratransferência apresentados no texto, a experiência do analista pode ser interpretada como: Opção A Uma falha na escuta psicanalítica, pois o analista deveria ter se mantido completamente alheio às emoções do paciente para não contaminar o campo. Opção B Uma clara manifestação da transferência negativa do paciente, que está irritado e, por isso, provoca sentimentos negativos no analista. Opção C Um sinal de que o paciente está, de fato, experienciando uma profunda dor e luto não expressos verbalmente, e a contratransferência do analista funciona como uma "ressonância" desse afeto, indicando algo no campo do paciente. Opção D Um indicativo de que o analista não possui a "neutralidade benevolente" necessária, pois está se identificando excessivamente com a situação do paciente. Opção E Uma evidência de que o analista está projetando seus próprios problemas não resolvidos no paciente, necessitando de uma nova análise pessoal urgente.
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Albanery Rejane Cordeiro de Araujo Costa

mês passado

Respostas

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mês passado

Vamos analisar as opções apresentadas com base na situação descrita: O paciente apresenta um tom de voz monótono e expressões faciais inalteradas, o que pode indicar uma forma de luto ou dor que não está sendo expressa de maneira clara. O analista, por sua vez, sente um peso no peito e uma tristeza profunda, que não consegue associar a eventos pessoais recentes. Isso sugere que o analista está experimentando uma contratransferência, que é a resposta emocional do terapeuta às emoções do paciente. Agora, vamos analisar as opções: A) Uma falha na escuta psicanalítica - Essa opção sugere que o analista deveria ser completamente alheio às emoções do paciente, o que não é uma abordagem adequada na psicanálise, onde a empatia é importante. B) Uma clara manifestação da transferência negativa do paciente - A transferência negativa implica que o paciente está projetando sentimentos negativos no analista, mas a situação descrita não sugere isso claramente. C) Um sinal de que o paciente está, de fato, experienciando uma profunda dor e luto não expressos verbalmente - Esta opção sugere que a contratransferência do analista é uma "ressonância" do afeto do paciente, o que faz sentido, pois o analista está sentindo algo que pode refletir a dor do paciente. D) Um indicativo de que o analista não possui a "neutralidade benevolente" - Embora a neutralidade seja importante, a situação não indica necessariamente que o analista está se identificando excessivamente com o paciente. E) Uma evidência de que o analista está projetando seus próprios problemas - Essa opção sugere que o analista está transferindo suas próprias questões para o paciente, mas não é a interpretação mais adequada para a situação descrita. Diante dessa análise, a opção que melhor se encaixa na situação apresentada é: C) Um sinal de que o paciente está, de fato, experienciando uma profunda dor e luto não expressos verbalmente, e a contratransferência do analista funciona como uma "ressonância" desse afeto, indicando algo no campo do paciente.

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